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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL LFG 2015

Legislação Penal Especial

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Legislação Penal Especial - Resumo de Pontos Importantes de Legislação penal especial muito presentes nos concursos atuais.

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Page 1: Legislação Penal Especial

LEGISLAÇÃO

PENAL ESPECIALLFG 2015

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ABUSO DE AUTORIDADELEI 4898/65

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ABUSO DE AUTORIDADELEI 4898/65

Legislação majoritariamente penal, mas aborda sanções de natureza civil e administrativo

CIVIL + PENAL + ADMINISTRATIVO

Responsabilidade Civil Art. 6º §2 - devera ser apurada por ação proposta pela vitima de acordo com legislação civil vigente.

Responsabilidade Administrativa Art. 6º §1 – cita o rol- Advertência- Repreensão- Suspensão- Destituição- Demissão

Nota! Lei não cita o procedimento, que deverá seguir as normas administrativas respectivasex. Servidor da união à Estatuto da União; Militar à código Militar

ASPECTOS PENAIS

OBJETIVIDADE JURÍDICAIMEDIATA / PRINCIPAL – direitos fundamentais da vitima (PF ou PJ)MEDIATA / SECUNDARIA – regularidade e probidade dos serviços públicos

FORMAS DE CONDUTAAÇÃO ou Omissão – Inclusive na forma omissiva própria/pura onde a forma penal é a própria omissão

ELEMENTO SUBJETIVODOLO + finalidade especifica – deve haver a vontade do agente em praticar o abuso.

AÇÃO PENAL - Ação Penal publica incondicionada NOTA! O MP exerce apenas direito de petição que ainda que não exercido subsiste o ação penal.

COMPETÊNCIA

JECRIM – Estadual ou Federal Pena 10 dias a 06 meses – crime de menos potencial Ofensivo

NOTA! - Vítima = servidor publico federal; competência – Jecrim federal (Há interesse da união)- Infrator = Servidor federal: No exercício – Federal

Em razão do Cargo – Estadual

- Militar = JECRIM Estadual ou federal , abuso de autoridade não é crime militar. Sumula 172 STJ

- Abuso de autoridade + Crime militar = 2 processos ( 1 Jecrim + 1 Justiça militar)

CONCURSO DE INFRAÇÕES

Abuso de autoridade NÃO absorve ou é absorvido pelas infrações a ela conexo.Exceção: tortura – pois o abuso de autoridade é meio no crime de tortura.

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PRESCRIÇÃOLei Omissa – aplica-se a regra do CP, inclusive, quanto a interrupção e suspensão.

Nota! Tanto a PPP e PPE, serão de 03 anos!

SUJEITO DE CRIMES“Crime próprio”

ATIVO = AUTORIDADE – Art. 5º - Qualquer pessoa com função publica, ainda que gratuito ou transitório”Munus Publico – NÃO é autoridade!Particular SEM função publico – apenas em concurso de pessoas (Particular + Autoridade)

PASSIVOImediato/Principal – PF ou PJ que sofre a condutaMediato/Secundário - Administração Publica

Penas Art. 6º §3 a 5- MULTA- DETENÇÃO- PERDA DO CARGO Obs. + inabilitação por 3 anos!+ Proibição do exercício de atividade policial no município do abuso de 1 a 5 anos. (se policial)

Nota! - Podem ou não ser aplicadas em conjunto “... aplicadas isoladas ou cumulativamente”- CABE transação penal

Crimes do Artigo 3ºTipo penal ABERTO/GENERICO, não descreve a conduta

Notas!- Não é inconstitucional, o legislador não pode prever todas as formas de pratica de abuso de autoridade.

- Consumação – Formal/Antecipada, se consuma com a pratica da conduta ainda que não produza efeitos naturalísticos. OBS- Tentativa – NÃO há, a mera conduta já caracteriza a consumação do crime.

- Domicilio – qualquer lugar não aberto onde se exerça Profissão ou moradia, ainda que transitória.

- havendo situação de flagrante dispensa-se ordem judicial, ainda que a autoridade não soubesse antecipadamente da situação de flagrante.

- Correspondência “apenas a fechada” sigilo relativo, em situações excepcionalIssimas poderá ser violado.

- quanto ao “voto”, será abuso de poder quando a infração não for crime de competência da justiça eleitoral.

- Crime de violência arbitraria NÃO foi revogado.

- letra J – quanto as garantias profissionais – É norma penal em branco, depende de norma regulamentadora para produção de seus efeitos.

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Crimes do artigo 4º

A. Ordenar ou executar medida privativa de liberdade SEM as devidas formalidades legais ou com abuso de poder.“Ordenar” Crime Formal – consuma-s com a mera conduta, tentativa apenas se plurisbsistente “Executar” crime Material – admite tentativa. Obs. Não será punido em caso cumprimento de ordem

de superioridade hierárquico, excludente de punibilidade.Objeto Material – Medida privativa de liberdade individualSem formalidades legais (1º) ex. sem lavratura de flagrante ou Com abuso de poder (2º) ex. excesso no

uso de algemas.

Obs. Se a conduta for descrita no Eca, crime especifico, não será abuso de autoridade.

B. Submeter pessoa sob sua guarda ou custodia a VEXAME ou CONSTRANGIMENTO não autorizado por lei.“Submeter” crime formal - consuma-se com o efetivo constrangimento, admite tentativa!Sujeito Ativo : Autoridade Sujeito Passivo: Maior de 18 anos.

Nota!ECA - Cometido contra criança e adolescente configura-se ART 232 ECA e NÃO abuso de autoridade.Sujeito Ativo : Qualquer pessoa que detenha: Guarda, poder ou vigilanciaSujeito Passivo: MAIOR de 18 anos.

C. Deixar de comunicar IMEDIATAMENTE ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;D. Deixar o juiz de ordenar o relaxamento (...)

Nota! - Imediatamente – 1ª Oportunidade possível ao caso concreto!A demora injustificada também configura abuso de autoridade.

- CF 5º - Juiz Competente Art. 306 – Juiz Competente - Família ou pessoa indicada - Família ou pessoa indicada

+ MP+ Defensoria: Cópia do flagrante

(preso sem advogado)231 ECA - Juiz Competente

- Família ou pessoa indicada+ MP

Conseqüência – Lei 4898/65 Não comunicar a família ou MP , NÃO É CRIME, fato atípico.ECA – contra criança ou adolescente É CRIME, não comunicar a família e/ou MP.

- Juiz Incompetente – a comunicação dolosa ao juiz incompetente também configura o abuso de autoridade.- Deixar de comunicar – Crime Omissive próprio, não admite tentativa, a mera omissão configura o crime.- Negligencia (culposa) – NÃO configura abuso de autoridade!

E. Levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei;Nota!- Delegado – fiança crimes pena máxima até 4 anos

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- Direcionado ao delegado, pois, a discricionariedade do juiz na concessão ou não do beneficio da fiança afasta o abuso de autoridade.

cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;

F. cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;

G. Se recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa;NOTA!Não há no Brasil custas de carceragem!!

H. Ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;Nota!

- Ato lesivo da honra ou patrimônio: - Legal – Fato Atípico. Ex Vigilância sanitária

- Ilegal – Abuso de Poder - Crime Material: se consuma com a efetiva lesão ao patrimônio, cabe tentativa!

I. Prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade.Crime de conduta mista (Ação “Prolongar” + Omissão “Deixando de libertar”)Nota!

- NÃO admite tentativa! Consumação: simples Omissão.- Prisão Preventiva: Ainda que não haja prazo, configura-se abuso de poder !

Art. 6º, b – submeter o preso a constrangimento ilegal!

NOTA! ART 350 DO CP – Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as

formalidades legais ou com abuso de poder: Caput Revogado ART 4º, A – lei 4898/65Pena - detenção, de um mês a um ano.

Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcionário que:

I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a estabelecimento destinado a execução de pena privativa de liberdade ou de medida de segurança; VIGENTE

II - prolonga a execução de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de executar imediatamente a ordem de liberdade; REVOGADO ART 4º, i – lei 4898/65

III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; REVOGADO ART 4º, b – lei 4898/65

IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.

DERROGADO

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QUADRO RESUMO:

LEI 4898/65 - ABUSO DE AUTORIDADE

Matérias: CIVIS + ADMINISTRATIVO +

PENAL Nota! Majoritariamente Penal.

Ação Penal PUBLICA INCONDICIONA

Exige:DOLO + Finalidade

Especifica (vontade do agente de praticar o

abuso)

COMPETÊNCIA

JECRIM – Estadual ou Federal

Observações!FEDERAL

VITIMA = servidor FEDERALInfrator = servidor FEDERAL

(NO exercício do cargo)

ESTADUALInfrator = servidor FEDERAL

(EM RAZÃO do cargo)

MILITAR– NÃO é crime militar, julgamento pela justiça comum (Estadual ou Federal) Sumula 172 STJ

Abuso de autoridade NÃO absorve ou é absorvido pelas infrações a ela conexo. ADMITE CONCURSO DE CRIMES

Prescrição – Lei Omissa = REGRA GERAL DO CP!

PPP e PPE = 03 anos“CRIME PRÓPRIO”

Admite Concurso de pessoas

CRIMES –ART. 3º

TIPO PENAL ABERTO

Pena – Podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente.Admite Transação Penal.

FIANÇADELEGADO

Crimes Até 4 anosJUIZ

Qualquer pena

CRIMES –ART. 4º (TIPO PENAL FECHADO)

a. Ordenar ou executar medida privativa de liberdade SEM as devidas formalidades legais ou com abuso de poder.

b. Submeter pessoa sob sua guarda ou custodia a VEXAME ou CONSTRANGIMENTO não autorizado por leiNotas!

- Contra criança e adolescente = ART 232 ECA NÃO é abuso de autoridade.

Sujeito Ativo = Quem possua: Guarda, Poder ou vigilânciaSujeito Passivo = Maior de 18 anos.

c. Deixar de comunicar IMEDIATAMENTE ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;

d. Deixar o juiz de ordenar o relaxamentoNota! - Imediatamente –= 1ª Oportunidade possível.

e. Levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei; (ao delegado)

ART 350 DO CPCaput (Revogado)IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência. (VIGENTE)

(...) Continuação artigo 4ºf. cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial

carceragem(...)g. Se recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial

recibo de importância recebida a título de carceragem.NOTA! Não há no Brasil custas de carceragem !!

h. Ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;

i. Prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade.

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CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITOS DE RAÇA OU DE COR

Lei n.º 7.716/89LEI DE RACISMO

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CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITOS DE RAÇA OU DE CORLei n.º 7.716/89LEI DE RACISMO

Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

BENS JURIDICO PROTEGIDO - 1. Dignidade da pessoa Humana – Art 1º, III2. Igualdade – Art 5º, I

FUNDAMENTOS DA ELABORAÇÃO DA LEI Constitucionais

a. Dignidade da pessoa humana – art. 1º, IIIb. Promoção do bem de todos sem preconceitos - Art. 3, IV. c. Brasil em suas relações Internacionais (repudio ao Racismo) - Art 4º, VIII

Convencionais Pactos Internacionais em que o Brasil seja signatário e se comprometa a repudiar/combater o racismo e demais praticas preconceituosa.

ELEMENTOS NORMATIVOSNota ! - Raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

- a lei NÃO se restringe a questão racial, MOTI! - DOLO + ESPECIAL FIM DE AGIR (DISCRIMINAÇÃO perante raça, cor, etnia, religião

ou procedência nacional.

CONCEITOSa. Discriminação – Fazer diferença, aspecto normalmente negativo! Desigualdade!

Observação. A Discriminação nem sempre vem a ser negativa Exemplo. Lei Maria da penha, Estatuto do Idoso, existe discriminação positiva. ps. O legislador NÃO pode adotar a discriminação negativa.

b. Preconceito – deriva do latim praejudicium, julgamento anterior “Pre-juizo” . Opinião, sentimento, ou juízo antecipado, desqualificando-o, tratando a vítima de maneira desigual.

c. Raça – aspectos transmitidos pela hereditariedade, características sob os aspectos físicos, fenótipos .Obs. IBGE: 5 raças – branco, preta, parda, amarela ou indígena!

d. Cor – Aspecto Cromático, tonalidade da pele!e. Etnia – junção de 2componentes: BILOGICO + CULTURAL.f. Religião – Crença em algo superior (divindade)g. Procedência Nacional - Elemento identificador da ORIGEM, xenofobia.

Observação! Decisoes tem entendido que a questão abrange também as condutas de segregação regional.

Observações!a. Formas NÃO Abrangidas pelas Leis

SEXO

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IDADEORIENTAÇÃO SEXUALESTADO CIVIL

Justificativa! Opção Legislativa

b. Lei Afonso Arinos Quanto : - Raça ou Cor – DERROGADA

- sexo e estado civil – VIGENTE

ASPECTOS COMUNS AO CRIME1. Especial Fim de Agir

Intenção do agente de discriminar alguém em razão da raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.Nota! Se não houver especial fim de agir a conduta será atípica,

2. Pratica de Atos Segregacionistas Ações ou Omissões que obsta a vitima de exercer atividades comuns de direitos básicos de cidadão. Verbos Usuais do tipo: impedir, obstar, negar e recusar.

DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO Art. 3º, 4º e 13

ARTIGO 3º Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional.

- IMPEDIR acesso na administração Direta ou indireta.Nota! - Crime próprio

- Crime Formal – Não depende da produção de efeitos naturalísticos, mesma o que a vitma consiga ter acesso ao cargo (através de MS por exemplo) já esta caracterizado o crime de racismo.

Artigo 4ºArt. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada. § 1o Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os demais trabalhadores; II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profissional; III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário. § 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas exigências

Notas!- AMBITO PRIVADO

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- Só incorre ao crime aquele que detém poderes para selecionar, ou de gerencia para fornecimento de equipamento ou condições de emprego ou salário.- PENA: Reclusão de 2 a 5 anos.

Artigo 13 Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas. Pena: reclusão de dois a quatro anos.

-Crime Próprio – agente competente das forças armadas que tiver competência para admissão (impedir/obstar).

DISCRIMINAÇÃO NA EDUCAÇÃO ART 6º

 Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de qualquer grau. Pena: reclusão de três a cinco anos. Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço).

- Preconceito ao acesso a educação (Acesso ou Inscrição)- Crime Próprio: diretor ou aquele que detenha capacidade para selecionar e receber as inscrições de matricula. - Agravamento de pena: Cometido contra menor de 18 anos.

DISCRIMINAÇÃO NO COMERCIO ART 5º, 7º E 10

Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador. Pena: reclusão de um a três anos. Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar. Pena: reclusão de três a cinco anos. Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades.

- Crime Próprio: diretor ou aquele que detenha capacidade para selecionar e receber as inscrições de matricula. - Não Abrange o estabelecimento industrial. Justificativa! Opção do legislador (principio da taxatividade)!Nota! A recusa ao atendimento sem o especial fim de agir desclassifica o crime de racismo, mas pode configurar crime contra relações de consumo!

 Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público. Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao público.

Nota! Locais abertos apenas não se extendendo a locais que não sejam de acesso comum a todos(Restrito!) Privados ou fechados, não há a incidência do inciso 8 ou 9!

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DISCRIMINAÇÃONA VIDA SOCIAL ART 11, 12 E 14

Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos:Pena: reclusão de um a três anos.

Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido.Pena: reclusão de um a três anos.

Notas! – Apenas transportes públicos , transportes particulares NÃO CARACTERIZA a incidência do art. 12 da lei de racismo. Observação! Taxi : ainda que fornecido ao publico, não há contrato com administração publico e não caracteriza a incidência do art. 12.

Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social.Pena: reclusão de dois a quatro anos.

Notas! – Casamento pressupõe a união de HOMEM E MULHER, não se amplia a união estável (união homo afetiva) Justificativa! Opção do legislador (principio da taxatividade)!-

- Convivência familiar pressupõe a conexão familiar!

DISCRIMINAÇÃONA GENERICA ART 20

  Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) Pena: reclusão de um a três anos e multa.(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

- Conceito Amplo, mais genérico.- Tipo Residual (subsidiário): Incide quando os demais tipos penais não se amoldar na conduta do agente.

- Diferença entre o concurso de pessoas Se o crime se aperfeiçoa, este será participe. Se não se aperfeiçoar caracteriza a incidência do art.20 na modalidade induzir

FORMA QUALIFICADA DE RACISMO

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

PROPRAGANDA NAZISTA§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97).

- Crime Comum

§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

Page 13: Legislação Penal Especial

II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer meio; (Redação dada pela Lei nº 12.735, de 2012) (Vigência) III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de computadores. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência) § 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do material apreendido. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

CONSIDERAÇÕES FINAIS !

RACISMO INJURIA RACIAL-Crime contra a dignidade da pessoa humana.- generalidade, não especifica!Dolo de Segregar

- Crime contra a honra subjetiva- vítima certa / determinada- dolo de ofender honra da vítima, utilizando condição de etnia, raça, cor, condição de idoso!

EFEITOS DA CONDENAÇÃO – Art 16 e 18 Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.

1. Perda do cargo ou função (Publico);2. Suspensão do funcionamento do estabelecimento comercial (Privado)

Nota! Prazo NÃO superior a 3 meses!3. Não são automáticos: Dependem de serem expressamente motivados em sentença!

IMPRESCRITIBILIDADE E INAFIANÇABILIDADE -ART, 5º XLII CF

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

a. CRIME INAFIANÇAVELb. IMPRESCRITIVEL

Nota!- LIBERDADE PROVISORIA: SIM, sem fiança!- A Imprescritibilidade se estende TODAS as hipóteses (cor, raça, etnia, crença religiosa ou

procedência nacional)!

Page 14: Legislação Penal Especial

QUADRO RESUMO:

‘CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITOS DE RAÇA OU DE CORLei n.º 7.716/89

BEM JURÍDICO TUTELADO

1º DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Art. 1º, III

2º IGUALDADE Art. 5º, I

FUNDAMENTOS

Constitucionaisa.Dignidade da pessoa

humana – art. 1º, IIIb.Promoção do bem de

todos s/ preconceitos - Art. 3, IV.

c.Brasil em relações Internacionais - Art 4º, VIII

Convencionais Pactos Internacionais.

FORMAS COMUNS AO CRIME

1. 1. Atos discriminatórios com especial fim de agir.

2.3. 2. Atos Segregacionistas -

Ações ou Omissões que obsta a vitima de exercer atividades comuns

Obs. impedir, obstar, negar e recusar e etc

FORMA QUALIFICADA DE RACISMO - § 2º

Se praticado através de MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL OU

PUBLICAÇÃO de qualquer natureza4.

ART. 20DISCRIMINAÇÃO GENÉRICA

Nota! Ainda que os artigos anteriores tragam tipos penais fechados, o artigo 20 trás tipo penal aberto subsidiário, onde não for possível qualificar um dos anteriores aplica-se o Art.20.

ELEMENTOS NORMATIVOS

RAÇA, COR, ETNIA, RELIGIÃO ou

PROCEDÊNCIA NACIONAL.

- NÃO se restringe a questão racial! Exige:DOLO + ESPECIAL FIM DE AGIR

“CRIME COMUM”RACISMO X INJURIA RACIAL

-Crime contra a dignidade da pessoa humana.

-GENERALIDADE, não especifica!

- Imprescritível- inafiançável

DOLO: Segregar

Nota! Admite Liberdade Provisória

- Crime contra a honra subjetiva

- vítima certa / DETERMINADA

DOLO: Ofender honra da vítima, utilizando condição de etnia, raça, cor, condição de idoso!

FORMAS NÃO ABRANGIDAS PELAS LEIS -Sexo- Idade- Orientação sexual - Estado Civil

Page 15: Legislação Penal Especial

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Lei n.º 9.503/97

Page 16: Legislação Penal Especial

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIROLei n.º 9.503/97

PARTE CRIMINAL - Artigos. 291 a 301 – Disposições Gerais- Artigos 302 a 312 – Crimes em espécie

PARTE GERAL 1. APLICAÇÃO DA LEI 9.099AOS CRIMES DO CTB – art. 291

- CTB PREVÊ 11 CRIMES

Crimes de menor potencial ofensivoArtigos 304; 305; 307 a 312 (– pena máxima não superior a 2 anos) -Transação penal- Composição civil de dano- Competência do JECRIM- Cabimento de suspensão condicional do processo- Rito sumaríssimo [APLICAM-SE INTEGRALMENTE 9.099]

Crimes que NÃO são de menor potencial ofensivo Artigo 302 – Homicídio CulposoPena de2 a 4 anos [NÃO SE APLICA NADA DA LEI 9.099]

Artigo 306 – Embriaguez ao volantePena 6 meses a 3 anos- Não é menor potencial ofensivoObs. SALVO suspensão condicional do processo Justificativa! Pena mínima não superior a 1 ano

Artigo 303 - Lesão corporal culposa no transito Pena 6 meses a 2 anos

APLICAÇÃO DA LEI 9.099

FORA 291§1º

- Circunstancias Normais de transito.

Dentro 291§1º- Embriaguez - Racha - 50km/h (ou + da vel. Máxima)

- Transação penal -Ação penal Pub. Cond a representação- Suspensão condicional do processo- Termo circunstanciado

- NÃO Transação penal - Ação penal Pub INCONDICIONADA- Suspensão condicional do processo- Inquérito policial - SIM

2. SUSPENSÃO E PROIBIÇÃO DO DIREITO DE DIRIGIRSuspensão – Condutor que JÁ possui a permissão para dirigirProibição – Condutor que NÃO tem o direito de dirigir, fica proibido de adquirir

Nota! Naturezas Jurídicas (CTB) =Penas OU Medidas Cautelares

Page 17: Legislação Penal Especial

a. PENAS 302 (Homicídio Culposo)303 (Lesão corporal culposa no transito )306 (Embriaguez ao volante)307 (Violação da suspensão do direito de dirigir)308 (Racha)

TODOS OS DEMAIS CRIMES

PENA DE SUSPENÇÃO/PROIBIÇÃO OBRIGATORIA+

PRISÃO Cominadas no tipo penal incriminador

Suspensão obrigatória APENAS, se o condutor for reincidente especifico de crimes do CTB.

Cominadas no tipo penal incriminador

Observações!- São cabíveis a TODOS os crimes do CTB.- STF e STJ - A pena de Suspensão/Proibição deve guardar proporcionalidade com a pena de prisão

aplicada. - NÃO se inicia durante o período que o condenado está preso. - 302 (Homicídio Culposo) – 3 penas restritivas de direito: Prisão = 2 substutivas de direitas + 1

Suspensão /Proibição do direito de dirigir. (Resp. 628730)- aplicação a MOTORISTAS PROFISSIONAIS:

1ª corrente INCONSTITUCIONAL – viola o direito ao trabalho e a dignidade da pessoa humana.2ª corrente CONSTITUCIONAL – Pena cominada em lei que não prevê exceções. (STJ).

Descumprimento Conseqüência Jurídica – CRIME DO ARTIGO 307

- detenção de 06 meses a 01 ano+ imposição de idêntico prazo de suspensão/proibição.

Prazo de DuraçãoRegra - 2 meses a 5 anos (artigo 293)Exceção – Idêntico prazo a suspensão/proibição descumprida (Art. 307)

b. MEDIDAS CAUTELARES - ARTIGO 294- Cabível tanto na fase investigatória (IP) quanto na Ação Penal.- modos:

Requerimento Representação da autoridadeDe oficio. Nota! CTB x CPP – Cautelares de oficio no IP, foi derrogado a parte do CPP que possibilitava

ao juiz decretar de oficio cautelares na fase investigativa.- Garantia da Ordem públicaNota! Quando relevante a questões de trânsito.

3. MULTA REPARATÓRIA – ART. 297FINALIDADE: Vítimas de crimes de transito sejam indenizados já no processo criminal.- NÃO poderá ser superior ao prejuízo - Em favor da vítima através de deposito judicial

Nota!- Permanece em vigor;

Page 18: Legislação Penal Especial

- Perdeu a finalidade pratica com a edição do Art. 387 que prevê que em qualquer crime o juiz poderá poder fixar indenização para vítima.

NATUREZA JURIDICA DA MULTA1ª Corrente – SANÇÃO PENAL, fixada por juiz penal, decorrente de crime e

calculada/executada como multa penal.2ª Corrente – SANÇÃO CIVIL, fixada pelo juiz penal, finalidade indenizatória (NÃO punitivo),

paga a vitima, valor pago será descontado de eventual condenação civil. MAJORITARIA

3ª Corrente – EFEITO EXTRAPENAL da condenação,

DESCUMPRIMENTOLetra da lei - Transforma-se em divida ativa da fazenda

- Executada pela fazenda na vara da fazenda publica. Notas! Doutrina diverge, execução deve ser executada pela vítima na vara

comum.

4. PERDÃO JUDICIAL – ART. 299 (VETADO)- Causa Extintiva de punibilidade- VETADO - CTB NÃO prevê o perdão de transito- Art. 107 CP – Apenas expressamente Nos casos de:- LESÃO CORPORAL CULPOSA e HOMICIO CULPOSOAPLICA-SE por analogia in bona partem

Nota! Veto se deu por o código penal ser mais amplo e por entender que nos crimes de transito (LESÃO CORPORAL CULPOSA e HOMICIO CULPOSO) a extensão deveria seguir o CP.

5. PRISÃO EM FLAGRANTE E FIANÇA – ART. 301 - aplica-se a: LESÃO CORPORAL CULPOSA (303) ou HOMICIO CULPOSO (302) PRONTO e INTEGRAL SOCORRO: a. NÃO PODE

b. NÃO pode ser exigido fiançac. NÃO responde pela causa de aumento de pena(omissão de socorro)

SEM PRONTO e INTEGRAL SOCORRO: a.PODE ser preso em flagrante.b. PODE ser exigido fiançac. RESPONDE pela causa de aumento de pena(omissão de socorro)

Observações!a. Demora injustificada ou socorro parcial = OMISSÃO DE SOCORRO.b. Motorista sem condições de prestar socorro = PRONTO SOCORROc. Dolo eventual – NÃO se aplica o CTB, homicídio doloso, aplica-se o CP, não se aplicam as

circunstancias do Artigo 301.

Page 19: Legislação Penal Especial

CRIMES EM ESPECIE1. HOMICIDIO CULPOSO – Artigo 302

VIOLAÇÃO DO PRINCIPIO DA TAXATIVIDADE- “Praticar homicídio culposo...”- O tipo penal NÃO prevê a conduta.- Majoritária: NÃO há inconstitucionalidade!

CTB X CP302 CTB 121§3º CP

- APENAS na direção de veiculo automotor - aplica-se a QUALQUER outra hipótese de homicídio culposo.

Observação!- Veiculo de tração humana - Veiculo de tração animal CODIGO- Aquático/Aéreo PENAL- ciclomotor

Pena 2 a 4 anos Pena 1 a 3 anos

Nota! - A previsão de penas diferente NÃO viola o principio da proporcionalidade- NÃO é inconstitucionalJustificativa! Os altíssimos índices de acidentes fatais no transito justificam o tratamento

desigual.

c – parágrafo único - DE 1/3 A 1/2

I - NÃO possuir permissão ou carteira de habilitação;Observações! - Motorista NÃO habilitado NÃO responde por falta de habilitação (309). (bis in idem)- habilitação VENCIDA NÃO se aplica a causa de aumento de pena.

II - Praticá-lo em faixa de pedestres ou calçada.

III – Deixar de prestar socorroNota! Só se aplica se o motorista PODIA e não socorreu.

IV – Exercício de profissão com passageirosNotas! - Majoritária – Ainda que o carro esteja vazio. Justificativa! Profissionais devem ter

maior cuidado- NÃO se aplica para motoristas de carga.

V – Embriagues -A LTERADO PELA LEI 11.275: - Revoga a causa de aumento

Page 20: Legislação Penal Especial

REDAÇÃO ORIGINAL ALTERAÇÃO LEI 11.275

REVOGAÇÃO LEI 11.705 - Hoje

- Não havia a previsão de Embriagues

Embriagues=

Causa de aumento de pena

(Lei seca)- Revoga a causa de aumento de

penaDoutrina diverge:1ª – Homicídio absorve embriagues2ª – Concurso material3ª – Dolo eventual = homicídio do CP

Nota! STJ e STF = se a pronuncia foi feita por homicídio doloso cabe ao tribunal do júri dizer se é caso de DOLO EVENTUAL ou CULPA CONSCIENTE.

2. LESÃO CORPORAL CULPOSA – Artigo 303Aplica-se TUDO o que foi dito no homicídio culposo, inclusive quanto às causas aumento de pena.

Nota! - Motorista SEM habilitação + vitima não quer representar Ainda assim o motorista não pode responder APENAS pela falta de habilitação (309), havendo lesão corporal é causa de aumento de pena e segue o crime principal.- Artigos 302 e 303 em vias particulares

1ª corrente – aplica-se CÓDIGO PENAL e NÃO o código de transito. Justificativa! Art. 2º CTB só se aplica para as vias publicas.

2ª corrente – aplica-se CTB, pois o tipo penal não contem a elementar “via publica”.

3. OMISSÃO DE SOCORRO – Artigo 304- deixar de prestar - Sujeito Ativo – Crime de Mão Própria (condutor do veiculo) - Apenas LESÃO CORPORAL CULPOSA(304) e HOMCIDIO CULPOSO(303)

Homicídio Culposo + Aumento de pena– VEDADO = BIS IN IDEM Quando cabe:- MOTORISTA NÃO CULPADO QUE OMITE SOCORRO Não cabe!- Motorista Culpado – Apenas aumento de pena

- Motorista não envolvido no acidente = Código Penal (NÃO se aplica CTB)Observações!

- Suprida por terceiros Regra Há SIM! Exceção Se o terceiros foram mais rápidos NÃO há

- Morte instantâneaRegra Há SIM!

Exceção Se facilmente constatada a morte instantânea é CRIME IMPOSSIVEL! - Ferimentos Leves

Regra Há SIM! Nota! Desde que sejam ferimentos que reclamem socorro!

4. FUGA DO LOCAL DO ACIDENTE – Artigo 305- AFASTAR-SE do local para fugir da responsabilidade: - Penal (exige finalidade especifica) - Civil

Page 21: Legislação Penal Especial

1ª correntePENAL- Inconstitucional - VIOLAÇÃO DO PRINCIPIO DA NÃO OBRIGAÇÃO CIVIL- Inconstitucional - VIOLA A NORMA CONSTITUCIONAL QUE IMPEDE A PRISÃO POR DIVIDA

2ª corrente (STJ)- Constitucional

5. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE Artigo 306- 3ª REDAÇÃO (original + LEI 11.705 + LEI 12.760/12)

ARTIGO 306REDAÇÃO ORIGINAL LEI 11.705 LEI 12.760/12

- Hoje

- Não importava a quantidade de álcool.Prova: QUALQUER MEIO

Lei seca- Quantidade 3dg ou mais Prova: - Exame de sangue

- Etilômetro (apenas)

- Não importa a quantidade, importa a comprovação da capacidade psquico motora alteradaProva: QUALQUER MEIO

Previa Via Publica Previa Via Publica QUALQUER LOCALPrevia Perigo de dano

(crime de perigo concreto)NÃO Previa Perigo de dano(crime de perigo abstrato)

NÃO Prevê Perigo de dano(crime de perigo abstrato)

6. RACHA- Sujeito Ativo – Crime de Mão Própria (condutor do veiculo)

+ADMITE PARTICIPAÇÃO+Crime de co-autoria necessária+Admite co-autoria (Exceção aos crimes de mão própria)

- VIA PUBLICA – OBRIGATÓRIO - Competição

- Participar de: - Disputa (ex. Cavalo de pau)- Corrida

- Crime de PERIGO CONCRETO.- MORTE= homicídio doloso (dolo eventual)

7. SEM HABILITAÇÃO/ CAÇADO - Objeto material: Veiculo automotor- VIA PUBLICA – OBRIGATÓRIO- Habilitação / Permissão / Direito Caçado

Nota! - Habilitação Vencida ou Não portar = infração administrativa (NÃO é crime) - Falsa Habilitação 309 + falsidade documental do CP (Concurso de crimes)- Suspenso ou Proibido = crime do 307 COM perigo= crime do 309

STFSEM perigo = Infração administrativa

Portanto! Crime de perigo concreto.

Page 22: Legislação Penal Especial

ARTIGO 310 – Entregar veiculo automotor - Não tenha habilitação- Não tenha condições ou capacidade para dirigirCRIME DE PERIGO ABSTRATONota! - Exceção pluralista a teoria monista ( condutor – artigo 309 ; quem entrega – artigo 310).

Quadro Resumo:

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIROLei n.º 9.503/97

HIPOTESES DE CABIMENTO DA LEI 9.099

a. DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO [SIM

b.HOMICIDIO CULPOSO [NÃO]

c. LESÃO COPORAL CULPOSA : [SIM]

- Embriaguez - Racha [NÃO]- Vel. 50km/h ou +

SUSPENSÃO/PROIBIÇÃOOBRIGATÓRIO + Prisão302 (Homicídio Culposo)303 (Lesão corporal culposa no transito )306 (Embriaguez ao volante)307 (Violação da suspensão do direito de dirigir)

308 (Racha)

FACULTATIVA Demais crimesExceção reincidência especifica Obs.Proporcional a pena de prisão.

MEDIDAS CAUTELARES - - Cabível: IP ou Ação Penal.- modos: Requerimento Representação da autoridade De oficio.

PERDÃO JUDICIAL (VETADO)- CAUSA EXTINTIVA DE PUNIBILIDADE-APLICA-SE POR ANALOGIA O CP

PRISÃO EM FLAGRANTE E FIANÇAApenas no casos de HC(303) e LCC(304)SEM prestação de socorro + Aumento de penaObs.Demora injustificada ou socorro parcial

OMISSÃO DE SOCORRO.Motorista sem condições de prestar

PRESTAÇÃO SOCORRO

HOMICIDIO CULPOSO- NÃO viola o principio da proporcionalidade com 121§3º CPAumento de penaI - SEM carteira/permissão de habilitaçãoII- Calçada ou faixa de pedestresIII- deixar de prestar socorroIV- Profissionalmente (de passageiros) Obs. Ainda que semV- Embriaguez

Obs.IGUAL A LESÃO CORPORAL CULPOSA

OMISSÃO DE SOCORRO- Crime de Mão Própria- Bis In Idem: Vedado cumulação c/ aumento de pena no LCC e HC- Cabimento: MOTORISTA NÃO CULPADO

Observações!Morte instantânea – exceto se facilmente

constatadaSuprida por 3º- exceto se não houve

demora, o 3º foi + rápidoFerimentos leves – ferimentos que

peçam socorroFUGA DO LOCAL DO ACIDENTE

DOUTRINA – INCONSTITUCIONALCIVIL - VEDAÇÃO A PRISÃO POR DIVIDA PENAL - PRINCIPIO DA NÃO OBRIGAÇÃO

STJ - CONSTITUCIONAL

EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Redação OriginalProvada por QUALQUER meioVia publicaCrime de perigo concretoLei 11.705(Lei Seca)Prova: Apenas Etilômetro ou Sangue (3dg)Via publicaCrime perigo abstratoHoje(12.760/12)Qualquer meio de provaQualquer localCrime perigo abstrato

RACHA- Crime de co-autoria necessária- Objeto Material: veiculo automotor - apenas Via Publica- Crime de perigo concreto.- via publica (obrigatório)MORTE= homicídio doloso (dolo eventual)

Page 23: Legislação Penal Especial

LEI MARIA DA PENHA Lei nº 11.340/06

Page 24: Legislação Penal Especial

LEI MARIA DA PENHALei nº 11.340/06

1. ANTECEDENTE HISTORICOCriada a partir de um caso especifico que chegou a OEA.Maria da penha maia Fernandes, farmacêutica, CEARA, 29/05/1993, vitima de dupla tentativa de homicídio pelo marido.Tentativa 2Tiro de Espingarda durante o sonoConseqüência: Paraplegia Tentativa 2(1 semana depois) – Choque elétrico no banho.Denuncia – Setembro de 1984Condenação – Setembro 2002 (prisão)

OEA – acionada diante a morosidade na condenação Maria da penha. BRASIL foi condenado pela OEA.

2. ASPECTOS CONSTITUCIONAIS - Art226§8ºArt. 226. § 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

Notas!1975 (ONU) - I Conferencia mundial sobre a mulher (Cidade do México)1979 - Convenção sobre todas as formas de discriminação sobre a mulher (convenção da mulher)

-Ações afirmativas para promover isonomia material entre homens e mulheres1980 - II Conferencia Mundial sobre a Mulher (Copenhague)1985 - III Conferencia Mundial sobre a Mulher (Quênia)1993 - Conferencia de Direitos Humanos das Nações Unidas para a Mulher (Viena-Austria)

- Marco Histórico: violência contra mulher = espécie de violação aos direitos humanos

Nota! BRASIL- AMBITO INTERNACIONAL1994 - ADERIU (Decreto legislativo 26/1999);2002 - INCORPORAÇÃO no ordenamento jurídico brasileiro - Decreto Legislativo 4377/2002

- AMBITO REGIONAL1994 – ASSEMBLEIA GERAL DA OEA

- Convenção do Belém do para Objetivo: Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Domestica Incorporação: Decreto 1.973/962006 - LEI MARIA DA PENHA Em razão da condenação do Brasil pela OEA

3. INTERPRETAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA – ART. 4º- LEI DE GENERO – determinado numero de pessoas (MULHER)MULHER + VULNERABILIDADE + VIOLENCIA DOMESTICA (ou familiar)

Page 25: Legislação Penal Especial

4. SITUAÇÕES DE VULNERABILIDIDADE DA MULHERVulnerabilidade = Comportamento delitivos (Ação ou Omissão)

- Morte - Lesão - sexual- Sofrimento - físico

- emocional

4.1 - AMBIANCIAS – AMBITOS DE INCIDENCIAS DA LEI MARIA DA PENHA

A. AMBITO DA UNIDADE DOMESTICA - espaço de convívio permanente perante de pessoas- Com ou SEM vinculo familiar

Notas!- NÃO se exige vinculo familiar - Basta o espaço físico (unidade doméstica)- Agressor e vítima devem integrar A MESMA unidade domestico- Pessoas esporadicamente agregadas:

(letra da lei)INCISO I - No âmbito da UNIDADE DOMÉSTICA, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar , inclusive as esporadicamente agregadas;

B. FAMILIA - Indivíduos considerados aparentados

-por afinidade- Laços - naturais (consangüíneo)

- vontade expressa Notas!- NÃO importa o local e sim o VINCULO.- Laços entre agressor e vitima. Afinidade: ex. cunhado, sogro etc. Nota! Desde que haja a vulnerabilidade da mulher.Vontade Expressa: ex. Marido.- a lei possibilita o reconhecimento do vinculo daqueles que “Se considerem aparentados” ex. Família que pega criança para criar sem adotá-la.

(letra da lei)INCISO II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

C. RELAÇÃO INTIMA DE AFETO Nota! - Independentemente de coabitação.

- Conviva ou tenha convivido.

LEI MARIA DA PENHAMULHERLei de gênero

VULNERABILIDADE

VIOLENCIA DOMESTICA+ FAMILIAR

Page 26: Legislação Penal Especial

- Independe de vinculo parentesco, unidade domestica.- Requisito é RELAÇÃO INTIMA DE AFETONOTA! - independe de orientação sexual – PODE ocorrer entre duas mulheres.

- 2 CORRENTES:1ª corrente: Qualquer relação estreita – ex. camaradagem, confiança,

amizade etc.2ª corrente: APENAS relação com conotação sexual ou amorosa.

(MAJORITARIA)- NAMORO: DEPENDE da profundidade da relação, NÃO se qualifica qualquer situação de

namoro.(letra da lei)INCISO III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

FORMAS DE VIOLENCIA DOMESTICA CONTRA A MULHER – ART. 7º

1. VIOLÊNCIA FÍSICA (inciso I)- Vis corporale- Qualquer conduta que ofenda a sua integridade física ou fisiológica (saúde corporal, interna; ex. induzir ao vomito )

2. VIOLÊNCIA PSCOLOGICA (inciso II)- Dano emocional - Ocasione diminuição de auto-estima- Rol exemplificativo

3. VIOLÊNCIA SEXUAL (inciso III)- CONSTRANJER a mulher a: participar, manter, presenciar de relação sexual NÃO desejada-comercializar sua sexualidade-impeça da utilização de método contraceptivo- tutela a Dignidade Sexual da mulher (engloba estupro)

4. VIOLÊNCIA PATRIMONIAL (inciso IV)Nota! Maria da penha X Escusa Absolutória 1ª Corrente Inaplicáveis2ª Corrente Aplicáveis pois quisesse o legislador afastar as escusas absolutórias, permanecem cabíveis (majoritária).

5. VIOLÊNCIA MORAL (inciso V)-Calunia-Injuria X MULHER-Difamação

Nota! NÃO é grave ameaça, conceito especifica de violência moral

PRESSUPOSTOS (CUMULATIVOS) DE APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA

a. SUJEITO PASSIVO : MULHERb. Pratica de um dos tipos de violência do ART. 7º.c. Art. 5º - Âmbito familiar, unidade domestica.

Page 27: Legislação Penal Especial

Observações!CASUÍSTICAS1. Por mulher contra mulher [SIM] – independem de orientação sexual.

Nota! Agressora (sujeito ativo) deve se encontrar em superioridade hierárquica, deve haver vulnerabilidade da agredida perante a agressora.

2. Crime contra honra envolvendo IRMÃS [NÃO] – STJ – neste caso não há situação de vulnerabilidade.

3. Homem no âmbito domestico [NÃO] – LEI DE GÊNERO, ainda que haja vulnerabilidade NÃO se aplica.

4. Pai contra casal de filhos (homem e mulher) NÃO se aplica com relação ao homem, APENAS contra a filha (Mulher).

AUTORIDADE POLICIAL E A LEI MARIA DA PENHA – ART. 12Devera a autoridade adotar os seguintes procedimentos, sem prejuízos pelo adotado pelos já previstos no CPP.- Rol exemplificativo

ART. 12Inciso I - Ouvir a ofendida

- Lavrar B.O- Tomar a representação a termo.(Ação Penal Publica Condicionada)

Inciso II - todas as ProvasInciso III - remeter no prazo de 48horas ao JUIZ expediente apartado para cautelares.Inciso IV - Exame de corpo de delito da ofendido (Art. 158 do CP)

Nota! Caso não haja o exame de corpo delito poderá ser comprovado por outros meios de prova. ex. Atestados e Laudos medico, ainda que particulares.

Inciso V - Ouvir o acusado e Testemunhas.Inciso VI - Ordenar a identificação do Agressor e juntando aos autos folha de antecedente

criminal.Nota! NÃO se trata de identificação criminal.

Inciso VII - Remeter ao MP (prazo legal)

FONTES NORMATIVAS SUBSIDIARIAS – ART. 13

CPC+ CPP + ECA + ESTATUTO DO IDOSO

MICROSISTEMA NORMATIVODa lei Maria da Penha

Nota! Aplicam-se subsidiariamente os demais diplomas em tudo que não for conflitante e naquilo que a lei Maria da Penha for omisso.

ÓRGAO JUDICIAL ESPECIFICO – ART. 14- Competência Cível ou criminal-Objetivo: evitar a morosidade- Juizado especializado em violências domestica (Civil e Criminal).

Nota! - Não se aplica a lei 9.099/99- NÃO é jecrim.-ORGÃO ESPECIAL DA JUSTIÇA ORDINARIA- CRIMES CONTRA A VIDA E TRIBUNAL DO JURI :

Page 28: Legislação Penal Especial

- O juizado especializado é competente até a Pronuncia (1ª fase- Juízo de Admissibilidade)- O julgamento de mérito é de competência privativa do Órgão Colegiado.

FORO DE ELEIÇÃO – ART. 15- Processos Cíveis, foro competente:

I. Seu domicilio II. Lugar do fato em que se baseou a demandaIII. Domicilio do agressorNota! Processos Criminais,rege-se as regras de competência do CPP (Art. 73)

RETRATAÇÃO NA LEI MARIA DA PENHA – ART.16- Crimes para ação penal mediante representação.

Regra Geral Lei Maria da penha

Antes do oferecimento da denuncia. Antes do RECEBIMENTO da denuncia- Na presença do JUIZ e MP(deve ser ouvido). - Em audiência especialmente designadaObjetivo: - Evitar Coação

- Garantir a espontaneidade

Nota! - Onde o legislador diz Renuncia leia-se retratação.- Lesão corporal leve ou culposa:

ART. 88 Lei 9099/95 – exigência de representação (redação original)Art. 41 da LMP – vedava aplicação da 9099STJ – VEDA a inaplicabilidade da 9099 e entende a exigência de representação.**STF – ADI 4424 – Interpretação conforme a CF – Ação penal publica INCONDICIONADA a lesão corporal leve ou culposa nos casos da LMP. (majoritaria – pacificado)

VEDAÇÃO DE APLICAÇÃO DE PENA DE CESTA BASICA OU MULTA ISOLADA - ARTIGO 17

ANTES DA LMP ART. 16 LEI 9.099/95 – Lesão corporal leve havia transação penal para pagamento de sexta básica. HOJE VEDADO pagamento de cesta básica ou pagamento de multa isolada como forma de transação penal.

Nota! Cabe a aplicação da multa como medida penal cumulativa a outra.

MEDIDAS PROTETIVAS DE URGENCIAART. 18 a 24

NATUREZA JURIDICAMEDIDAS DE NATUREZA CAUTELAR

PRESSUPOSTOS (binômio)- fumus boni iuris - periculum in mora

Page 29: Legislação Penal Especial

Nota! - Exige um juízo de Cognição sumaria: Plausibilidade do pedido- Juiz pode definir audiência de cognição previa para melhor averiguar o pedido.

PROCEDIMENTO PARA A CONCESSÃO – ART. 19- Devem ser decretadas pelo Juiz! (Principio da jurisdicionalidade) - A requerimento: MP ou OFENDIDA

Nota! - A Ofendida tem capacidade postulatória.- NÃO PODE ser decretada pelo Delegado.- fase judicial: Ex officio ou por provocação.- podem ser decretadas CUMULADAMENTE ( uma ou mais)- Alterada as condições da aplicação das medidas elas poderão ser revistas - clausula rebus

sic stantibus.- Decisão que INDEFERE medida: cabe RESE – Recurso em sentido estrito. Obs. 1. A LMP

não prevê recurso, aplica-se subsidiariamente o CPC em decisão interlocutória. 2. Não há efeito suspensivo, cabe mandado de segurança do réu. 3. Da decisão que defere a medida, é cabivel ao réu é o Habeas Corpus.

QUE OBRIGAM O AGRASSOR – art. 24- Em desfavor do agressor, em prol da mulher- Rol exemplificativo

I- SUSPENSÃO da posse ou restrição ao porte de arma;II- AFASTAMENTO do lar (Expulsão- Separação de Corpus) III- Proibição de condutas::

a. APROXIMAÇÃO física;Nota! Ao Juiz é OBRIGATORIA a fixação de aproximação mínima.

b. CONTATO com ofendida, familiares e testemunhas;c. Proibição de freqüentar determinados lugares;

Nota! O local deve ser descrito, não é possível decisão genérica e a limitação deve ser conexo a medida.

IV- RESTRIÇÃO e suspensão de VISITAS a dependentes menoresV- Prestação de ALMIMENTOS PROVISÓRIOS

Nota! Direito material CIVIL, Provisórios : Natureza de tutela antecipatória Provisionais (Ad litem): Para manutenção da agredida durante o tramite processual. OBS. Obrigatória a impetração de alimentos sobre perda da eficácia cautelar!

-O JUIZ a fim de garantir a aplicabilidade das medidas cautelares PODE:1. REQUISITAR Auxílio da força policial2. Utilização mecanismos de aplicabilidade do 461 §5º e 6º (multa, busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas etc.)

EM FAVOR DA OFENDIDA – Art. 23 e 24

ART. 23I- ENCAMINHAR A OFENDIDA e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção

ou de atendimento;Nota! Exigível em conjunto medidas publicas, caso contrario há inaplicabilidade do inciso.

Page 30: Legislação Penal Especial

II- DETERMINAR A RECONDUÇÃO da ofendida e a de seus dependentes AO RESPECTIVO DOMICÍLIO, após afastamento do agressor;

III- AFASTAMENTO da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; Obs. A pedido da ofendida, “QUER SAIR”!

IV- Determinar a separação de corpos.

Nota! - Ação autônoma não é ajuizada no juizado especializado e sim no CIVEL.

ART. 24I- RESTITUIÇÃO DE BENS indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;II- PROIBIÇÃO temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de

propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial;III- SUSPENSÃO DAS PROCURAÇÕES conferidas pela ofendida ao agressor;IV- PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO PROVISÓRIA, mediante depósito judicial Objetivo! Futura reparação civil.

OBSERVAÇÕES!

- TODAS as medidas cautelares estão regidas sob o principio da jurisdicionalidade, ou seja, para sua decretação o juiz precisa ser PROVOCADO.

- OBRIGATÓRIA a propositura de ação principal cível, vedada a perpetuação da medida cautela (medidas definitivas).

- o DESCUMPRIMENTO das Medidas cautelares pode acarretar na PRISÃO PREVENTIVA do Agressor (Art. 20)

COMPETÊNCIA CIVIL E CRIMINAL DOS JUIZADOS - ART. 14 e 33

- ENQUANTO NÃO ESTRUTURADOS OS JUIZADOS ESPECIALIZADOS a competência será das VARAS CRIMINAIS

Nota! - Estas varas criminais ACUMULARÃO as competências: CÍVEL e CRIMINAL! - Será garantido o DIREITO DE PREFERÊNCIA, nas varas criminais.- ADC: CONSTITUCIONAL quanto a atribuição de competência dos juizados, não há interferência

quanto a competência.- LEI 9.099/95 - INAPLICÁVEL Para CRIME e CONTRAVENÇÃO- Para ASSEGURAR a medida preventiva pode ser decretada a PRISÃO PREVENTIVA, no caso de

DESCUMPRIMENTO. STJ. Devem estar presente os elementos da preventiva

Page 31: Legislação Penal Especial

Quadro Resumo:

LEI MARIA DA PENHALEI DE GENERO: APENAS MULHER

INAPLICAVEL LEI 9099/99Para CRIM Ou Contravenção

DEPENDE DE ESTADO DE VULNERABILIDADE DA MULHER

Nota! Deve ser observada a casuística.

MICROSISTEMA:

CPC / CPP / ECA / EST. DO IDOSO

Nota! Aplicam-se SUBSIDIARIAMENTE os demais diplomas em tudo que não for conflitante e naquilo que a lei for omissa.

Hipóteses de Ocorrência :

AMBITO FAMILIAR (relações consangüíneas ou agregados)

ouAMBITO UNIDADE DOMESTICA

(espaço físico)

AO AGRESSOR – art. 24 exemplificativo

- SUSPENSÃO da posse ou restrição ao porte de arma;- AFASTAMENTO do lar Proibição de condutas:- APROXIMAÇÃO física; fixação de aproximação mínima.- CONTATO c/ ofendida, familiares e testemunhas;- Proibição de freqüentar determinados lugares;Nota! O local deve ser descrito, não genérico.- RESTRIÇÃO e suspensão de VISITAS a dependentes menores-ALMIMENTOS PROVISÓRIOS

EM FAVOR DA OFENDIDA

- ENCAMINHAMENTO a programa oficial ou comunitário de proteção;AFASTAMENTO da ofendida do lar, Nota! não há prejuízo aos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;

- DETERMINAR A RECONDUÇÃO da ofendida e a de seus dependentes AO RESPECTIVO DOMICÍLIO, após afastamento do agressor;

- separação de corpos.

MEDIDAS PROTETIVAS

ISOLADAS ou CUMULATIVAS

Notas!Rol Exemplificativo

Principio da JURISDICIONALIDADE (depende de provocação do Juiz)

PS. Cabe PRISÃO PREVENTIVApelo descumprimento de alguma outra Medida PROTETIVA.

VARAS CRIMINAIS - Enquanto não estruturados os juizados especializados a competência será das varas criminais.

Notas! -ACUMULARÃO as competências: CÍVEL e CRIMINAL! -Garantido o DIREITO DE PREFERÊNCIA, nas varas criminais.

VEDADA DE APLICAÇÃO DE PENA DE CESTA BASICA OU MULTA

ISOLADA

MEDIDAS A SEREM ADOTADAS PELA AUTORIDADE POLICIAL– ART. 12-sem prejuízos pelo adotado pelos já previstos no CPP.- Rol exemplificativo- Ouvir a ofendida - Lavrar B.O- Tomar a representação a termo. (Ação Penal Publica Condicionada a Representação) - todas as Provas- remeter no prazo de 48horas ao JUIZ expediente apartado para cautelares. - Exame de corpo de delito da ofendido (Art. 158 do CP) Obs. Caso não haja o exame de corpo delito poderá ser comprovado por outros meios de prova. - Ouvir o acusado e Testemunhas. - Ordenar a identificação do Agressor e juntando aos autos folha de antecedente criminal. Obs! NÃO se trata de identificação criminal.- Remeter ao MP (prazo legal)

RETRATAÇÃO– ART.16- Crimes de A.P.C.Representação.

Requisitos.-Antes do RECEBIMENTO da

denuncia- Na presença do JUIZ

- Ouvido o MP- Em audiência especialmente

designadaObjetivos:

- Evitar Coação- Garantir a espontaneidade

TRÁFICO ILÍCITO E USO INDEVIDO DE SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES

Page 32: Legislação Penal Especial

LEI N.º 11.343/2006

EVOLUÇÃO HISTÓRICA + Antes – CP (crimes contra saúde publica) + 6368/76 (LEI DE TOXICOS)+ 10409/2002

Toda parte material vetada pela presidência da republica. +LEI N.º 11.343/2006

- Criou o SISNAD – Sistema nacional de políticas publicas sobre drogas.- Adotou a terminologia “drogas”; Aboliu Tóxicos e substancias entorpecentes

CP(Crimes contra saúde publica) 10409/2002

6368/1976 11.343/2006(LEI DE TOXICOS) (atual LEI DE DROGAS)

LEI N.º 11.343/2006

OBJETIVIDADE JURIDICA Crimes contra a SAÚDE PÚBLICA.

Nota! O legislador não se preocupa com a saúde do usuário!

OBJETO MATERIALDROGAS- A lei de drogas não define o rol de drogas.- É obrigatória a existência de legislação que defina droga para a eficácia da lei. - Os crimes da lei de drogas estão em normas penais em branco, ou seja, tipo penal prevê o crime é

preciso buscar o complemento em outro complemento normativo.Nota!Conceito de drogas – Substancias assim indicadas em lei ou ato normativo/administrativo.Rol de drogas – 344/1988 ANVISA

Prova da existência - EXAME QUÍMICO TOXICOLÓGICO (demonstra a materialidade através da localização do PRINCIPIO ATIVO da substancia!)

SUJEITO ATIVORegra CRIME COMUM – podem ser praticado por qualquer pessoa

Nota! A qualidade de sujeito ativo pode caracterizar causa de aumento de pena!ex. Trafico por Funcionário Publico.

Exceção Crime Próprio (ART. 38) – Medico, dentista, enfermeira SUJEITO PASSIVOCOLETIVIDADE - CRIMES VAGOS – Aquele que tem como sujeito passivo entidade destituído de

personalidade jurídica. Ex. que atingem: a coletividade, o meio ambiente, a família e etc.

Page 33: Legislação Penal Especial

ELEMENTO SUBJETIVORegra DOLO Exceção CULPA (Artigo 38)

CRIMES DE PERIGO ABSTRATRO- São os crimes da lei de droga

Observações!Crime de dano: Consumação requer efetivo dano ao bem jurídico.Crime de perigo (risco): Não requer efetiva lesão ao bem jurídico, se consuma a probabilidade

de dano ao bem jurídico. Concreto: Perigo não se presume, deve ser provado.Abstrato: São aqueles que a lei presume de forma absoluta a situação de perigo em razão da pratica da conduta criminosa.Nota! STF- CONSTITUCIONAIS, mas devem ser criados com extrema cautela.

Reflexos! 1. Principio da insignificância – INCOMPATÍVEIS

Nota! Art. 28 – Porte para consumo pessoal, existe a discussão sobre o cabimento ou não .

AÇÃO PENAL- AÇÃO PENAL É PUBLICA INCONDICIONADA (em TODOS)

CRIMES EM ESPÉCIE- NÃO possui RUBRICA MARGINAL (A lei de drogas não atribuiu nome aos delitos).- Nomes fornecidos pela doutrina e Jurisprudência.

PORTE DE DROGA PARA CONSUMO PESSOAL - ART.28

Guardar, ter em depósito, adquirir, transportar e trazer consigo.

PARA CONSUMO PROPRIOPENAS- Advertência- Prestação de serviços a comunidade- Medida educativa sobre os efeitos da droga

NATUREZA JURIDICA STF – É CRIME – NÃO houve a descriminalização da conduta, houve a despenalização (no sentido pena privativa de liberdade) Obs. NÃO cabe pena privativa de liberdade em nenhuma de suas modalidades.Observações!

Page 34: Legislação Penal Especial

- Conseqüência do Principio da alteridade – Não há crime na conduta que prejudique somente a quem a praticou. - O uso da droga isoladamente é irrelevante ao direito penal.- Não há crime no uso pretérito da droga!

Relembrando! Crime = reclusão ou detenção

Contravenção = Detenção ou multa

FIGURA EQUIPARADA- 2 requisitos cumulativos = CONSUMO PESSOAL + PEQUENA QUANTIDADE

Nota! Ausente qualquer um dos requisitos configura-se o crime de Trafico!

DISTINÇÃO COM TRÁFICO- Natureza e quantidade- Local e condições.- Circunstancias sociais - Circunstâncias pessoais (ex. Antecedentes criminais)

Observações!- O traficante que usa parte da droga: responde somente pelo trafico, ou seja,

o trafico absorve o crime do art. 28.- Usuário que vende parte da droga: Configura-se TRAFICO! Nota! Não admite

o principio da insignificância.

PRESCRIÇÃO- Não há pena, como se calcular a prescrição.Art. 30 – 2 anos (PPP e PPE)

RITO PROCESSUALLei 9.099/95

Nota!Doutrina – Crime de mínimo potencial ofensivo (menor que crime de menor potencial

ofensivo)

TRAFICO DE DROGAS- ART.33CAPUT – Tráfico de drogas próprio - crime assemelhado a hediondo (NÃO é hediondo)

 IMPORTAR, EXPORTAR, REMETER, PREPARAR, PRODUZIR, FABRICAR, ADQUIRIR, VENDER, EXPOR À VENDA, OFERECER, TER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR, TRAZER CONSIGO, GUARDAR,

PRESCREVER, MINISTRAR, ENTREGAR A CONSUMO OU FORNECER DROGASNota!- Ainda que gratuitamente- Tipo MISTO ALTERNATIVO (crime de ação múltipla) – contem vários múltiplos e se o agente praticar 2 ou mais, contra o mesmo objeto material, estará

Page 35: Legislação Penal Especial

caracterizado um único delito. Ex. Guardou cocaína, vendeu heroína e transportou maconha – crimes diferentes. - Pluralidade de núcleos para evitar a impunidade da conduta.- Vender droga NÃO é necessariamente crime, a comercialização licita de drogas NÃO é crime.

!(...) sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.”

SUJEITO ATIVO – Crime COMUM.OBS. Aumento de pena de 1/6 a 2/3 – Função pública, desempenho de missão de

educação, no poder familiar, guarda ou vigilância.

FLAGRANTE PREPARADO (provocado/ crime putativo por obra do agente provocador)

Quanto a conduta de VENDER a droga –NÃO há crime, aplica-se sumula 145 STF – Não há crime quando a preparação do flagrante pela policia torna impossível a sua consumação. – (Hipótese de Crime impossível.)

Quanto a conduta de TER EM DEPOSITO – HÁ CRIME, hipótese de crime em permanente.

DOSIMETRIA DAS PENAS

REGRA GERAL LEI DE DROGAS

PRIV. DE LIBERDADE MULTA PRIV.A DE LIBERDADEart.42

MULTA

CRITÉRIO TRIFÁSICO CRITÉRIO BIFÁSICO CRITÉRIO TRIFÁSICO CRITÉRIO BIFÁSICO1. PENA BASE (art. 59 –

circunstancias judiciais)2. AGRAVANTES/ ATENUANTES 3. AUMENTO / DIMINUIÇÃO

1. Nº dias/multa2. VALOR dia/multa

Nota! Pode ser aumentada 3x!

1 PENA BASE (Natureza, Quantidade de droga, Personalidade e conduta + art. 59)

2 AGRAVANTES/ ATENUANTES 3 AUMENTO / DIMINUIÇÃO

1. Nº dias/multa(Natureza, Quantidade de droga, Personalidade e conduta)

2. VALOR dia/multa

Nota! Pode ser aumentada 10x!

Nota!- Concurso de Crimes: Penas de multa serão sempre impostas cumulativamente, podem ser aumentadas até 10x , se em virtude da situação econômica o juiz a considere ineficazes ainda que aplicadas ao Maximo . Nota! 1. Regra Geral (CP) – 3x! 2. Compatível aos crimes de colarinho branco 7492/86. 3. Compatível aos contra propriedade industrial.

- Dia multa não pode 5x salário mínimo nem inferior a 1/30 salário mínimo

Page 36: Legislação Penal Especial

CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA – art. 33 § Vale para o caput (propriamente dito) e §1º (por equiparação)- Benefício para o TRAFICANTE EVENTUAL. (Episódico)- 4 requisitos cumulativos

1. Agente Primário – Conceito por exclusão é primário aquele que não for reincidente.

2. Bons Antecedentes 3. NÃO pode se dedicar a atividades criminosas – Episodio isolado, ainda que diferente do

trafico.4. NÃO pode integrar organizações criminosas

Nota!INCONSTITUCIONAL – a vedação a conversão de pena privativa de liberdade em pena restritiva de direitos (STF)

COMBINAÇÃO DE LEIS PENAIS – Só é aplicável na vigência da ATUAL lei de drogas, vedação a combinação de leis penais. Sumula 501 STJ Nota! Ela pode retroagir, porém, APENAS no todo!

FIGURAS EQUIPARADAS AO TRAFICO – ART 33 § 1º Inciso I- Equiparado a hediondo- Aplica-se as causas de diminuição de pena- Objeto material - MATERIA PRIMA , INSUMO ou PRODUTO QUIMICO destinada a produção de drogas.

Notas! - NÃO precisa ser droga (não precisa conter o principio ativo da droga) ex. Acetona utilizada no refino da cocaína.- Animus lucrandi DISPENSÁVEL

Inciso II- Semeia cultiva ou faz a colheita.

Observações! - Plantas de uso ritualístico e religioso (convenção de Viena) – NÃO configura crime, conduta atípica- NÃO é necessariamente crime, a comercialização licita de drogas NÃO é crime.- Planta NÃO precisa originar diretamente a droga, basta que seja utilizada em seu processo

preparatório.APLICAÇÃO DO ART. 243 CF

Sem prejuízo de outras sanções Expropriação

Sem indenização Notas! - Se trata de COFISCO, NÃO há desapropriação!

- Exige-se O DOLO - vedado o COFISCO do proprietário em boa-fé

- Objeto do COFISCO

Page 37: Legislação Penal Especial

STF – atinge TODA a propriedade! NÃO apenas a gleba destinada para a pratica criminosa.

- Art. 28 §1º(PORTE) X Art. 33 §1º (TRAFICO)Art. 28 §1º Art. 33 §1º

Pequena QuantidadePara uso pessoal

Quando ausentes os requisitos do 28 §1º

COFISCO COFISCO

Inciso III- EMPRESTA bem para fins de trafico. Ex. companheira que empresta o carro para trafico. - EXIGE o DOLO.- Bem móvel ou imóvel.

Nota! - NÃO se caracteriza quando utilizado para o consumo!- NÃO é necessário que o agente seja proprietário do bem.- Sentença condenatória – O juiz poderá decretar a perda de Veículos, embarcações

ou Aeronaves utilizadas para o trafico de drogas.

INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO E AUXILIO AO USO DE DROGAS – ART 33§2º-NÃO é trafico, NÃO é equiparado a hediondo– Figura privilegiadaParticipação

Moral - INDUZIMENTO e INSTIGAÇÃO A pessoa (s) DETERMINADAS!!!Material – AUXILIARNota!- Manifestações sociais (marcha da maconha) NÃO caracteriza o crime!- Deve se dirigir a pessoa ou pessoas determinada.Consumação – Exige o efetivo USO pelo 3º.

OFERECER DROGA A PESSOA DE SEU RELACIONAMENTO – ART 33§3º-NÃO é trafico, NÃO é equiparado a hediondo. – Figura privilegiada-Competência do JECRIM.- 4 requisitos (CUMULATIVOS)

1. Oferta EVENTUAL – não constante, não reiterada2. GRATUITA3. Destinatário pessoa DO RELACIONAMENTO – Não se trata de

desconhecido.4. Consumo CONJUNTO

MAQUINISMOS E OBJETOS DESTINADOS AO TRAFICO - ART.34

FABRICAR, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer

Instrumento ou qualquer objeto destinado à FABRICAÇÃO, PREPARAÇÃO, PRODUÇÃO ou transformação de drogas

Finalidade – Incriminar condutas que não são alcançadas pelo artigo 33, RELACIONADAS A PRODUÇÃO.

Objeto Material – BEM RELACIONADO A PRODUÇÃO (fabricação) da droga!

Page 38: Legislação Penal Especial

Nota! - Se existir a droga (produção + DROGA) – o TRAFICO ABSORVE O ART. 34, o agente responderá

pelo ARTIGO 33. - ARTIGO 63 – Na sentença o juiz decidira sob a destinação do produto, que poderão ser

perdidos à União!

ASSOCIAÇÃO PARA O TRAFICO - ART.35 02 OU MAIS PESSOAS + REITERADAMENTE, OU NÃO.

ARTIGO 33 caput, §1º e ARTIGO 34(equiparados a hediondos)

- CRIME DE CONCURSO NECESSÁRIO (obrigatório) - CONDUTAS reiteradas – Não existe associação sem vinculo estável/permanente!

Nota!- Possível associação da associação com o crime pratica Ex. Art. 35 cc art. 33,

caput.- Admite a conduta isolada, ainda que não haja a pratica das demais condutas

do trafico. - NÃO admite tentativa – crime

LEI 11.343 - ARTIGO 35 ARTIGO 288 - CP LEI 11.343

ASSOCIAÇÃO PARA O TRAFICO

ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

02 OU MAIS PESSOA +

TRAFICO

ARTIGO 33 caput, §1º e ARTIGO 34

03 OU MAIS PESSOAS+

CRIMES

04 OU MAIS PESSOAS+

INFRAÇÕES PENAIS-PENAS MAXIMAS SUP. 4 anos-Estruturalmente organizada

CONDUTA REITERADA CONDUTA REITERADA CONDUTA REITERADA

PENA 03 A 10 ANOS 01 A 03 ANOS 03 A 08 ANOS

FINANCIAMENTO PARA O TRAFICO - ART.36FINANCIAR à ARTIGO 33, CAPUT / ARTIGO 33 §1 º / ARTIGO 34

Observações! - Maior pena da lei de drogas 8 a 20 anos- Financiamento Reiterado (contumaz)- Não absorve o Trafico / ADMITE concurso material de crimes com trafico

ARTIGO 36 ARTIGO 40 VIICRIME AUTONOMO

Contumaz / REITERADO

Causa de aumento de pena

EVENTUAL / ACIDENTAL

Nota! VEDADO o concurso de crimes entre eles. (bis in idem)

Page 39: Legislação Penal Especial

INFORMANTE COLABORADOR - ART.37COLABORAR COMO INFORMANTE

comoGRUPO / ORGANIZAÇÃO / ASSOCIAÇÃO

Nos crimesHEDIONDOS (Artigo 33, Caput / Artigo 33 §1 º / Artigo 34)

Observações! - Tipo penal reclama que seja em relação a GRUPO / ORGANIZAÇÃO / ASSOCIAÇÃO- Informante NÃO integra o grupo e NÃO toma parte do trafico. - Conduta se limita a CEDER INFORMAÇÃO(ÕES).- Funcionário público recebe vantagem indevida: Concurso de Crimes = Art. 37 + corrupção

Passiva (317CP).

CAUSAS DE AUMENTO DE PENA DOS ARTIGOS - ART.40- NÃO SE APLICAM aos artigos 28, 38 e 39 - Incidem na 3ª fase da dosimetria da pena- Podem ser cumuladas entre si

I - TRANSNACIONALIDADE - Trafico Internacional de drogas. Obs! Competência da Justiça Federal II – FUNÇÃO PUBLICA / MISSÃO DE EDUCAÇÃO / PODER FAMILIAR / GUARDA / VIGILÂNCIAIII – LOCAL: Estabelecimentos prisionais / de ensino ou hospitalares / de ensino / trabalho coletivo /

tratamento de drogas / unidades militares / interior transporte publico coletivo . Fatores: 1. GAVIDADE ACENTUADA 2. MAIOR EXTENSÃO DO DANO Nota! Transporte coletivo – basta que o traficante transporte.

IV – VIOLENCIA OU GRAVE AMEAÇA , ARMA DE FOGO ou Atividade intimidatória V – ENTRE ESTADOS ou DF – trafico interestadual de drogas Obs! Competência (originaria) da Justiça

ESTADUALVI- Envolver ou visar atingir CRIANÇA , ADOLESCENTE ou tiver diminuída a cognição

MODALIDADE DE DELAÇÃO PREMIADA - ART.41 (Origem direito penal alemão – direito premial)Pressuposto: Crime praticado em CONCURSO DE PESSOAS (Deletor e Delatado ao menos)- Indiciado ou Acusado, cabível a qualquer tempo Obs. Fase Judicial deve ser anterior a sentença ou acórdão condenatório. - Colaborar voluntariamente (LIVRE DE COAÇÃO pode agir por influencia de outrem. Ex família, advogado etc.)- Além da delação é necessário que as informações sejam eficazes na: Identificação e recuperação do produto do crime- EXIGE CONDENAÇÃO.- ATO PRIVATIVO DO JUIZ (Poder Judiciário)- Causa de diminuição de penaRedução: de 1 a 2/3

Observações!- Critica – Favor Legal Antiético

ART. 41(TRAFICO DE DROGAS)

ART. 4º DA LEI 12850/13(ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA)

Page 40: Legislação Penal Especial

JUIZ JUIZRESTRITO

- APENAS - Redução de penaAMPLO

- transação Penal- redução de pena- Perdão Judicial

PRESCRIÇÃO CULPOSA - ART. 38- Único Crime CULPOSO previsto na lei de drogas. Obs! Tipo penal fechado, exceção aos crimes culposos, em regra são abertos- CRIME PROPRIO - PRESCREVER OU MINISTRAR: CULPOSAMENTE Pena – 06 MESES A 2 ANOS Menor potencial Ofensivo Competência: JECRIM

Observação!- O juiz deve comunicar da condenação ao conselho FEDERAL da categoria

profissional a que pertença o condenado!

Page 41: Legislação Penal Especial

LEI DE DROGAS LEI N.º 11.343/2006

Page 42: Legislação Penal Especial

OBJETIVIDADE JURIDICA Crimes contra a SAÚDE PÚBLICA.

OBJETO MATERIALDROGAS (Substancias indicadas em lei ou ato administrativo)Obs!Lei de drogas – normas penais em brancoO Tipo penal define o crime, mas depende de complemento! Brasil – ANVISA 344/88 Rol de drogas

SUJEITO ATIVORegra CRIME COMUMExceção Crime Próprio (ART. 38)SUJEITO PASSIVOCOLETIVIDADE (CRIMES VAGOS)

SÃO CRIMES DE PERIGO ABSTRATOA lei presume a situação de perigo

INCOMPATIVEIS AO PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA

ELEMENTO SUBJETIVORegra DOLO Exceção CULPA (Artigo 38)

AÇÃO PENAL É PUBLICA INCONDICIONADA

CRIMES HEDIONDOS

ARTIGO 33 , CAPUT (Traf. Propriam. Dito)

ARTIGO 33 §1º (Figura Equiparada)

ARTIGO 34

ARTIGO 34Fabricar produzir

maquinas e equipamentos utilizados para produção da droga

TRAFICO CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENATraficante Eventual. (Episódico)- 4 requisitos cumulativos 1. Agente Primário 2. Bons Antecedentes 3. NÃO se dedicar a atividades criminosas 4. NÃO integrar organizações criminosasNota!INCONSTITUCIONAL – a vedação a conversão de pena privativa de liberdade em pena restritiva de direitos (STF)COMBINAÇÃO DE LEIS PENAIS – Só é aplicável na vigência da ATUAL. Sumula 501 STJ Nota! Ela pode retroagir, porém, APENAS no todo!

FIGURAS EQUIPARADAS – ART 33 § 1º - Equiparado a hediondo- Cabe causas de diminuição de pena- Objeto material - MATERIA PRIMA , INSUMO ou PRODUTO QUIMICO destinada a produção de drogas.Notas! - NÃO precisa ser droga - Animus lucrandi DISPENSÁVEL- SEMEIA / CULTIVA / COLHE

PORTE P/ CONSUMO PESSOAL - ART.28STF – é CRIME (natureza jurídica)

Observações! - NÃO cabe pena privativa de liberdade.- Conseqüência do principio da alteridade.- Não há crime no uso pretérito da droga.

Distinção com traficoNÃO apenas com quantidadeAvalia-se as condições sociais e pessoaisPRESCRIÇÃO - 2anos (PPP e PPE)

RITO – JECRIM 9.099(sumaríssimo)

OFERECER DROGA A PESSOA DE SEU RELACIONAMENTO – ART 33§3º

-NÃO é trafico, NÃO é equiparado a hediondo.- Competência JECRIM4 REQUISITOS!1. Oferta EVENTUAL 2. GRATUITA3.Pessoa DO RELACIONAMENTO 4. Consumo CONJUNTO

FINANCIAMENTO

ARTIGO 46CRIME AUTONOMO

ARTIGO 40 VIIC. AUMEN. DE PENA

INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO E AUXILIO AO USO– ART 33§2º

-NÃO é trafico, NÃO é equiparado a hediondo

PARTICIPAÇÃO- MANIFESTAÇÕES NÃO é crime!- PESSOA(S) DETERMINADA.Consumação – Exige o efetivo USO!

CONTUMAZ REITEADO

EVENTUAACIDENTAL

Nota! - Vedado concurso material (bis in idem)- NÃO absorve o Trafico - AMBOS ADMITEM concurso com o trafico INFORMANTE COLABORADOR -

ART.37- Informante NÃO integra o grupo - NÃO toma parte do trafico. - Conduta: CEDER INFORMAÇÃO(ÕES).- HEDIONDOS (Art. 33, Caput, §1 e 34)

ASSOC. PARA O TRAFICO - ART.35- 2 ou mais pessoas- NÃO admite tentativa- Crime de concurso necessário - condutas REITERADAS – permanente!

ORG. ASSOC. CRIMINOSASTRAFICO

02 (ou +)+

TRAFICO

ASSOC.

03(ou +)+

CRIMES

ORGANIZAÇÃO04(ou +)

+Inf.Penais

-Pen. Max <4anos-Estrut. organizada

DELAÇÃO PREMIADA - ART.41 - Indiciado ou Acusado- Colaborar voluntariamente- ATO Privativo do JUIZ (P. Judiciario)Pressuposto: CONCURSO DE PESSOASRedução: de 1 a 2/3

CAUSAS DE AUMENTO DE PENA - ART.40I - TRAFICO INTERNACIONAL . Obs! Comp. JFII – FUNÇÃO PUBLICA / MISSÃO DE EDUCAÇÃO / PODER FAMILIAR / GUARDA / VIGILÂNCIAIII – LOCAL: Estabelecimentos prisionais / de ensino ou hospitalares / de ensino / trabalho coletivo / tratamento de drogas / unidades militares / interior transporte publico coletivo . IV – VIOLENCIA ou Atividade intimidatória V – TRAF. INTERESTADUAL (Comp. Just. Comum)VI- CRIANÇA , ADOLESCENTE ou deficiente

PRESCRIÇÃO CULPOSA - ART. 38- Único Crime CULPOSO - Crime PROPRIO - PRESCREVER OU MINISTRAR: CULPOSAMENTE

Pena – 06 MESES A 2 ANOS Menor potencial Ofensivo Competência: JECRIM

Page 43: Legislação Penal Especial

CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

Lei n.º 8.078/90

CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

Page 44: Legislação Penal Especial

Lei n.º 8.078/90

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR TITULO II – INFRAÇÕES PENAISART.61 - Constituem crimes contra as relações de consumo previstas NESTE CÓDIGO, SEM PREJUÍZO DO DISPOSTO NO CÓDIGO PENAL e LEIS ESPECIAIS, as condutas tipificadas nos artigos seguintes.

CRIMES CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO = CDC + CP + LEIS ESPECIAISConceito Todos aqueles praticados no MERCADO DE CONSUMO , pelo FORNECEDOR em detrimento do CONSUMIDOR.Elemento Caracterizador existência de RELAÇÃO DE CONSUMO ou de OFERTA neste sentido.

CONSUMIDOR Pessoa física ou jurídica que ADQUIRE ou UTILIZA PRODUTO ou SERVIÇO como DESTINATARIO FINAL – ART. 2Nota! PJ PODE ser consumidora, desde que seja DESTINARIA FINAL.

Consumidor por equiparação COLETIVIDADE DE PESSOAS, ainda que indetermináveis, desde que intervenha nas relações de consumo – ART. 2º, parágrafo único

FORNECEDOR

TODA pessoa FÍSICA ou JURÍDICA, PÚBLICA ou PRIVADA, NACIONAL ou ESTRANGEIRA, inclusive, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Nota! NÃO há responsabilização da PESSOA JURIDICA pelos crimes de consumo. Não pode ser sujeito ativo em crimes de consumo. APENAS a pessoa física.

TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA

O JUIZ pode desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando houver em detrimento do consumidor houver : ABUSO DE DIREITO, EXCESSO DE PODER, INFRAÇÃO DA LEI, FATO OU ATO ILICITO ou VIOLAÇÃO DOS ESTATUTOS/CONTRARO SOCIAL.

PRODUTO Qualquer bem, MÓVEL ou IMÓVEL, MATERIAL ou IMATERIAL.

SERVIÇO Qualquer ATIVIDADE FORNECIDA NO MERCADO DE CONSUMO, mediante remuneraçãoNota! Inclusive bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as

decorrentes das relações de caráter trabalhista.RELAÇÃO DE CONSUMO Vinculo com fornecedor que a titulo oneroso oferece um produto ou presta um

serviço a quem o adquire ou o utiliza como destinatário final.Nota! Equiparam-se aquelas a título gratuito desde que inseridos na relação de

consumo

Proteção do consumidor = GARANTIA CONSTITUCIONAL (Art. 5º, XXXII)“XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;”

- Proteção = PENAL + civil + Administrativo- Vai da OFERTA a UTILIZAÇÃOCrime pode ocorrer:

- OFERTA

Page 45: Legislação Penal Especial

- AQUISIÇÃO - UTILIZAÇÃO

- Objetivos da proteção 1º. PREVENÇÃO - efetivo combate as infrações cometidas contra o consumidor, pode

evitar que novos delitos se repitam.2º. EFETIVIDADE - RIGOR nas conseqüências de uma eventual condenação penal.3º. PUNIÇÃO - Repressão jurídica, sendo que nas situações MAIS GRAVES é utilizado

o direito penal, para proteger e tutelar o direito do consumidor.

CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES CONTRA A RELAÇÃO DE CONSUMO

PRÓPRIO IMPROPRIO- Praticados diretamente contra as

relações de consumo.- aqueles previstos no CDC, na lei de

economia popular, Lei 8.137/90.

Bem jurídico protegido: Defesa dos direitos fundamentais dos consumidores nas relações de consumo.

- INDIRETAMENTE PRATICADOS CONTRA A RELAÇÃO DE CONSUMO.

- Previsto no CP, e outras leis especificas.

Exemplo. ESTELIONATO - protege o patrimônio, mas reflexamente protegem o consumidor.

CRIMES CONTRA O CONSUMIDOR

CODIGO PENAL – Alguns crimes do código penal podem atingir indiretamente as relações de consumo.

Nota! CARTILHA DO MP/SP LISTA 18 Crimes:Artigo 168 – Apropriação Indébita;Artigo 171 – Estelionato;Artigo 172 - Duplicada simulada;Artigo 174 – Induzimento a dissimulação;Artigo 175 - Fraude no comercio;Artigo 177- Fraude e abuso na fundação ou administração de sociedades ou

fundações;Artigo 268 - Infrações de medida sanitária preventiva;Artigo 271 - Corrupção ou poluição de água potável; Artigo 272 - Falsificação, Corrupção adulteração ou alteração de substancia ou

produto alimentício;Artigo 273 - Falsificação, Corrupção adulteração ou alteração produtos destinados

a fins terapêuticos ou medicinais – CRIME HEDIONDO;Artigo 274 – Emprego de processo proibido ou substancia não permitida;Artigo 278 – Outras substâncias nocivas a saúde publica;Artigo 280 – Venda de medicamento em desacordo com receita medica; Artigo 282 – Exercício ilegal da medicina, prática dental ou de enfermagem;Artigo 284 – Curandeirismo.

LEI 1.521 – ARTIGO 2º

Page 46: Legislação Penal Especial

INCISO IX – obter ou tentar obter ganhos ilícitos EM DETREMINETO DO POVO ou NUMERO INDETERMINADO DE PESSOAS, mediante ESPECULAÇÕES ou PROCESSOS FRAUDULENTOS.

- CRIMES DA PIRÂMIDES FINANCEIRAS - CRIME COMUM- CRIME DOLOSO-NÃO CABE TENTATIVA, o tipo penal pune a tentativa como se houvesse sido consumado.- Vítima – coletividade e Pessoa- Especulação – uma das partes obtém lucro acima do razoável, aproveitando-se da boa-fé da parte contraria ou de situação prejudiciais ao equilíbrio de preços.-Lei prevê: BOLA DE NEVE, CADEIAS e PICHARDISMO (ocorre quando condutas de empresas que vendem seus produto com a promessa de que após certo tempo irão devolver o valor da mercadoria a seus compradores)

INCISO X - VIOLAR CONTRATO DE VENDA a prestações, fraudando sorteios ou deixando de entregar a coisa vendida, sem devolução das prestações pagas, ou descontar destas, nas vendas com reserva de domínio, quando o contrato for rescindido por culpa do comprador, quantia maior do que a correspondente à depreciação do objeto. (VENDAS A PRAZO)

Pune-se: - FRAUDE NO SORTEIO- DEIXAR DE ENTREGAR A MERCADORIA- DEVOLUÇÃO DO VALOR MENOR (quando houver reserva de domínio)

INCISO XI - FRAUDAR PESOS OU MEDIDAS PADRONIZADOS EM LEI ou regulamentos; possuí-los ou detê-los, para efeitos de comércio, sabendo estarem fraudados. Ex. Comida por quilo, feira, Bomba de Combustível, Taxímetro etc.

Objeto Material: PESOS ou MEDIDAS PADRONIZADAS (lei ou regulamento)Pune-se: -FRAUDAR

- POSSUIR- DETÊR

- AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA- CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENCIVO (06meses à 02 anos)

LEI 8.137/90 – ARTIGO 7ºCDC

LEI 8.078/90 8.137/90- Infrações MENOS GRAVES

- 9099/95 – Crimes de menor potencial ofensivo

- Protege o CONSUMIDOR FINAL

- Infrações MAIS GRAVES

- NÃO são Crimes de menor potencial ofensivo

- Proteção NÃO se restringe ao consumidor final.

INCISO I - favorecer ou preferir, sem justa causa, comprador ou freguês, ressalvados os sistemas de entrega ao consumo por intermédio de distribuidores ou revendedores;

Page 47: Legislação Penal Especial

Crime Próprio: Empresário fornecedor de bens e serviços.Ressalva Especial – Sistema de produto por meio de distribuidores e revendedores,

produtos para repasse.Nota!Tratamento VIP – NÃO É CRIME. – Conduta aceita pela sociedade, inserido no

cotidiano e há diferenciação no pagamento.

INCISO II - VENDER ou EXPOR à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;

Tipo penal: VENDER ou EXPOR A VENDA.Objeto Material– MERCADORIA CRIME DOLOSO NORMA PENAL EM BRANCOObs! - Parágrafo único - É punível a modalidade CULPOSA.

- Não havendo regulamentação/Complemento, NÃO HÁ CRIME.

INCISO III - MISTURAR gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para VENDÊ-LOS ou EXPÔ-LOS À VENDA como puros; misturar gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço estabelecido para os demais mais alto custo;

Tipo penal: ENGANAR QUANTO A PUREZA ou QUALIDADE.Objeto Material– MERCADORIA CRIME DOLOSO Obs! - Parágrafo único - É punível a modalidade CULPOSA.

INCISO IV - fraudar preços por meio de:

a) ALTERAÇÃO, sem modificação essencial ou de qualidade, de elementos tais como denominação, sinal externo, marca, embalagem, especificação técnica, descrição, volume, peso, pintura ou acabamento de bem ou serviço;

b) DIVISÃO EM PARTES de bem ou serviço, habitualmente oferecido à venda em conjunto;

c) JUNÇÃO DE BENS ou serviços, comumente oferecidos à venda em separado; VENDA CASADA

d) AVISO DE INCLUSÃO DE INSUMO não empregado na produção do bem ou na prestação dos serviços;

INCISO V - ELEVAR O VALOR COBRADO nas vendas a prazo de bens ou serviços, mediante a exigência de comissão ou de taxa de juros ilegais;

- ELEVAR OVALOR COBRADO, por:- Comissão - Taxa de juros ilegal

INCISO VI - SONEGAR INSUMOS ou bens, recusando-se a vendê-los a quem pretenda comprá-los nas condições publicamente ofertadas, ou retê-los para o fim de especulação;

Nota! - O vendedor após anunciar de maneira notória a oferta de um produto É OBRIGADO A FORNECÊ-LO na forma, preço e características EXATAMENTE de acordo a oferta, vedada a publicidade com o sim de especulação.- Se realmente o acabou o produto NÃO há crime.

Page 48: Legislação Penal Especial

INCISO VI - INDUZIR o consumidor ou usuário A ERRO, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza, qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a veiculação ou divulgação publicitária;

Nota! - Propaganda falta sobre a qualidade e natureza do bem ou serviço.

INCISO VIII - DESTRUIR, INUTILIZAR OU DANIFICAR matéria-prima ou mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em proveito próprio ou de terceiros;

Objeto Material: MATÉRIA-PRIMA ou MERCADORIA.Dolo + Elemento Subjetivo Especifico (fim de provocar alta de preço)

INCISO X - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo;

Nota! Existe na doutrina quanto a necessidade do exame pericial para a constatação das condições impróprias para o consumo. Majoritaria HÁ SIM a necessidade de exame pericial para atestar que a mercadoria ou matéria prima realmente é imprópria para o consumo, ou seja, a simples colocação de mercadoria vencida não qualifica o crime do inciso X.

Observações! - Parágrafo único - É punível a modalidade CULPOSA. - Pena de 02 a 05 anos

NÃO É CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO DELEGADO NÃO PODE DESIGNAR FIANÇA

CONSIDERAÇÕES FINAIS!

ARTIGO 10º - O juiz poderá considerando o ganho ilícito e pela situação econômica do réu nas penas pecuniárias ELEVAR OU DIMINUIR X10.

ARTIGO 12º - causas de aumento de pena de 1/3 a ½:I - GRANDE DANO A COLETIVIDADE;II- Cometido por SERVIDOR PUBLICO no exercício de suas funções;III- bens essências A VIDA ou a SAUDE;

PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA – NÃO RECONHECE O PRINCIPIO NOS CRIMES CONTRA RELAÇÃO DECONSUMO. (STF)– NÃO RECONHECE A ATIPICIDADE DA CONDUTAJustificativa: BEM JURIDICO PROTEGIDO

CRIMES CONTRA A RELAÇÃO DO CONSUMMO DO CDC - TODOS OS CRIMES são infrações penais de menor potencial ofensivo- Ação penal publica incondicionada- Crimes de PERIGO ABSTRATO- CRIMES FORMAIS (independem do resultado naturalísticos)Objetivo: - PROTEGER O CONSUMIRDOR (PREVENÇÃO)

Page 49: Legislação Penal Especial

+ SANÇÕES PENAIS (REPRESSIVA)

ARTIGO 63 – OMITIR dizeres ou sinais ostensivos, sobre a nocividade ou periculosidade de produtos;

Crime omissivo próprioCrime de forma livreCrime DolosoConsumação No momento da distribuição do produto e alcance do consumidor.

Nota! - NÃO CONFUNDIR COM ART. 7º, II- Caput = Fabricante- §1º= Fornecedor do serviço.- §2º Culposo – Pune-se a modalidade culposa.

ARTIGO 64 - DEIXAR DE COMUNICAR À AUTORIDADE e consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado:Parágrafo único – DEIXAR DE TIRAR DO MERCADO IMEDIATAMENTE.

- Crime OMISSIVOConsumação DEPENDE de o produto estar ao alcance do consumidor.

63 CAPUT 64 CAPUTNocividade / Periculosidade:

ANTES DA COLOCAÇÃO NO MERCADONocividade / Periculosidade:

APÓS DA COLOCAÇÃO NO MERCADO

ARTIGO 65 - EXECUTAR SERVIÇO DE ALTO GRAU DE PERICULOSIDADE, contrariando determinação de autoridade competente.

- NORMA PENAL EM BRANCO - dependem de normas complementares que deverão especificar as determinações da autoridade relacionadas a serviços de alto grau de periculosidade.- Crime Comissivo-Autor: FORNECEDOR-Vítima: COLETIVIDADE+aquele consumidor exposto ao perigo Observação!Alto Grau de Periculosidade – expressão vaga e que deve ser avaliada pelo interprete da norma, conforme o elevado potencial de risco gerado pela conduta, diante das CIRCUNSTANCIAS presentes no CASO CONCRETO. Obs. OBRIGATORIO o exame pericial.

ARTIGO 66 - FAZER AFIRMAÇÃO falsa ou enganosa, OU OMITIR INFORMAÇÃO relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. § 2º Se o crime é culposo;

- Crime COMISSIVO (fazer afirmação) e OMISSIVO (omitir informação)- Crime próprio- De forma livre

Page 50: Legislação Penal Especial

- TUTELA AS INFORMAÇÕES DO ARTIGO 31, CORRETA INFORMAÇÃO PRESTADA AO CONSUMIDOR- Pune-se a conduta culposa

ARTIGO 67 - FAZER ou PROMOVER publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva-Crime Próprio, só pode ser praticado por profissional da área publicitária ou pelo fornecedor.- Artigo 37

ENGANOSA - Qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário inteira ou parcialmente falsa, capaz de induzir em erro o consumidor.

ABRUSIVA - Discriminatórias de qualquer natureza, de forma a induzir o consumidor a se comportar de forma a lhe colocar em risco.

- Tipo penal Objetivo – FAZER ou PROMOVER- Exige-se o DOLO- Comissivo- Próprio- De forma livre

Observação! Se a publicidade enganosa ou abusiva tiver relação em induzir o consumidor a erro QUANTO AO BEM OU AO SERVIÇO, aplica-se o artigo 7º, VII da lei 8.137/90

ARTIGO 68 - FAZER ou PROMOVER publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança:

Page 51: Legislação Penal Especial

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICALei n.º 9.296/96 e Art. 5º, XII

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA(Lei n.º 9.296/96 e Art. 5º, XII)

Page 52: Legislação Penal Especial

- Lei 9296 é a Lei que regulamenta o Art. 5º, XII da CF, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, e dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

- CF/88 autoriza a Interceptação, desde que preenchidos REQUISITOS CONSTITUCIONAIS:1. FORMA DA LEI – LEI REGULAMENTADORA2. FINS DE INVESTIGAÇÃO OU INSTRUÇÃO PROCESSUAL PENAL3. ORDEM JUDICIAL

REQUISITOS CONSTITUCIONAIS

1. LEI REGULAMENTADORA ( FORMA DA LEI)

- 1988 - CF ------------------(Vácuo Legislativo) -----------------------1996 Lei de Interceptações 9296– Eram feitas com base no CBTSTF e STJ – Todas as interceptações feitas com base no CBT eram provas ilícitasART 5, XII é norma de eficácia limitada, depende de norma regulamentadora.

- ART 1º (9296) –Se aplica as interceptações de QUALQUER NATUREZA!

ABRANGENCIA DA LEI 9296/96 a. INTERCEPTAÇÃO (sentido Estrito)– Captação por 3º, SEM o conhecimento dos

interlocutoresb .ESCUTA – por 3º COM conhecimento de um dos interlocutores.c. GRAVAÇÃO(clandestina) – Realizada diretamente por um dos interlocutores.(NÃO há 3º)

NOTA! INTERCEPTAÇÃO, ESCUTA E GRAVAÇÃO AMBIENTAL são os mesmos conceito em conversas captadas em meio ambiente!

STJ E STF – A LEI SÓ SE APLICA PARA INTERCEPTAÇÃO E ESCUTA TELEFONICA (a,b), NÃO SE APLICA PARA GRAVAÇÃO E AS DEMAIS CAPTAÇÕES REALIZADAS AO MEIO AMBIENT .Justificativa. Apenas nestas situações existem comunicação e um 3º interceptador, o próprio interlocutor é capta a conversa ou no caso das captações em meio ambiente NÃO há comunicação telefônica!Conseqüência – APENAS a INTERCEPTAÇÃO E ESCUTA, dependem de ordem judicial, salvo se envolverem conversa intima do interceptado, NÃO com base em ser interceptação telefônica, e sim, por se tratar de direito a intimidade.

SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

- Gravações feitas pela policia para obter confissão- PROVA ILICITA, apesar de tecnicamente, ser gravação ambiental, trata-se de interrogatório clandestino, sub-reptício.

- Interceptação do Advogado – PROVA ILICITA, as conversas entre o advogado NÃO podem ser interceptadas e utilizadas como provas (sigilo profissional do advogado) Exceção! Poderão ser interceptadas se o advogado for o próprio criminoso-réu!

Page 53: Legislação Penal Especial

-- INTERCEPTAÇÃO x QUEBRA DE SIGILO TELEFONICO INTERCEPTAÇÃO – acesso ao CONTEUDO!QUEBRA DE SIGILO TELEFONICO- acesso ao REGISTRO DE CHAMADAS, NÃO é regido pela lei 9296/96, DEPENDE de ordem judicial, baseado em Direito a Intimidade do investigado!

- Utilização pela policia do registro de chamada do aparelho apreendido – PROVA LICITA, e SEM necessidade de Ordem judicial! Justificativa! Não se trata de Interceptação (não há acesso ao conteúdo) e nem quebra de Sigilo (não há acesso a TODOS os registros de chamadas)! NOTA! Uso das conversas de texto ou correio de voz PROVA LICITA, não dependem de autorização judicial! Justificativa! Não é necessária ordem judicial para conversas pretéritas, apenas as atuais!

2. FINS DE INVESTIGAÇÃO OU INSTRUÇÃO PROCESSUAL PENAL

-STJ E STF! PODE SER AUTORIZADA ANTES DA INSTAURAÇÃO DE INQUERITO POLICIAL. Justificativa! Tanto a lei 9296/96 quanto a CF/88 falam “Investigação Criminal” que já existe antes do inquérito!

- PROVA CRIMINAL! Pode ser utilizado em processo não criminal como: PROVA EMPRESTADA! Deve ser colhida/produzida em processo Criminal (investigação Criminal), mas poderá ser emprestada a um processo não criminal, ainda que destinada como meio de prova a quem não tiver sido réu em processo criminal!

3. ORDEM JUDICIAL

Art, 5º XII CF/88 ART. 1º da LEI 9296/96

ORDEM JUDICIAL ORDEM DO JUIZ COMPETENE PARA A AÇÃO

PRINCIPALObs. I.T = medida Cautelar

Conseqüência! APENAS o juiz competente para julgar a ação penal que poderá autorizar a interceptação telefônica.

SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

a. Modificação de Competências – VALIDA, quando a remessa de competência para outro juiz.Ex. Juiz estadual investiga trafico local, a policia descobre que o trafico é transnacional. I.P remetido para justiça federal.

b. Interceptação Realizada por Juiz que de acordo com norma de organização judiciária local não tem competência para julgar a ação principal – STF e STJ – PROVA LICITA! Justificativa! Quando é realizada em fase de inquérito a interpretação de que deve ser decretada pelo juiz competente para ação principal deve ser Mitigada/relativizada!

c. PREVENÇÃO - O juiz que decreta a interceptação telefônica fica PREVENTO!

d. CPI x INTERCEPTAÇÃO TELEFONICA

Page 54: Legislação Penal Especial

NOTA! ARTIGO 5º, § 3º CF : CPI “poderes próprios de Juiz”X

PRINCIPIO DA RESERVA DE JURISDIÇÃO – Nos casos em que a CF expressamente exige ordem judicial o ato esta reservado ao poder judiciário!

Conclusão! Poderes Próprios ≠ Poderes Idênticos. NÃO pode ordenar interceptação telefônica, pois, a CF expressamente prevê ato reservado ao poder judiciário!Observação! Pode quebrar sigilo telefônico!

Art. 1º

Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática.

a. Telemática – telefonia + informática. Ex. Skype.

b. Intercepção de dados (informática)

- Interceptação de dados x CONSTITUCIONALIDADE – Pela interpretação da literalidade do artigo 5ºhá margem para interpretar sobra a inconstitucionalidade, porem, deve se adotar pela CONSTITUCIONALIDADE.

- Requisição de dados de IP - NÃO depende de ordem. Justificativa! Meros dados cadastrais, não se trata de interceptação e não viola direito a intimidade.

Art. 2°

Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

REQUISITOS LEGAIS

1. INDÍCIOS RAZOÁVEIS DA AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO Nota! NÃO exige indícios/PROVAS DA MATERIALIDADE! Justificativa! A prova da materialidade será obtida através da própria materialidade!

2. IMPRESCINDIBILIDADE DA INTERCEPTAÇÃO Só poderá ser concedida se for o ÚNICO meio da produção da prova.Conclusão! É meio de prova SUBSIDIARIO!NOTA! Não poderá ser autorizada baseada somente em delação anônima, primeiro meio de investigação imediatamente após a delação anônima!

3. CRIME PUNIDO COM RECLUSÃO

Page 55: Legislação Penal Especial

Observação! Pode ser utilizado em crime punido com detenção ou contravenção, desde que sejam conexos com o crime punido com reclusão!

SERENDIPIDADE- Descoberta fortuita de um novo crime ou novo criminoso!- No pedido de intercepção, devem ser indicados o crime a ser investigado e identificada as pessoas a serem investigadas!

Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada.

Nota! Interceptação nos casos em que a investigação crimes ou pessoas não indicadas (serendipidade).1ª corrente: VÁLIDA, desde que haja conexão entre os criminosos e/ou crimes seja conexo para o crime com o qual foi autorizada a interceptação (Doutrina + STF/STJ).2ª corrente: VÁLIDA, ainda que não haja conexão. Justificativa! A lei não exige! (Moderna + decisões isoladas do STJ)

Ex. Interceptação - A e B (Trafico) à Descoberta A, B e C (Homicídio).1ª Corrente! Apenas se o homicídio tiver conexão com o tráfico!2ª Corrente! VALIDA, mesmo que não haja conexão com tráfico !

ARTIGO 3ºA interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz,

de ofício ou a requerimento: I - da autoridade policial, na investigação criminal; II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal

DECRETAÇÃO DA INTERCEPTAÇÃO TELEFONICADe Oficio a. Investigação inconstitucional

JUIZ b. Ação PenalRepresentação da - Investigação

Autoridade policial

Requerimento do MP a. Investigação b. Ação Penal

Considerações!- Juiz ou Tribunal.

- Pelo Juiz de oficio na investigação! Ainda que materialmente constitucional e a doutrina majoritariamente indique a inconstitucionalidade (vedação ao juiz investigador) deve-se, na prova, se a pergunta for objetiva pela lei deve se responder AFIRMATIVAMENTE, pode ser requerido de oficio pelo juiz!

Page 56: Legislação Penal Especial

- Assistente de acusação: PODE REQUERER, por aplicação subsidiaria do 371 CPP!

-Querelante: PODE ! Justificativa! É deste o ônus de produção de prova!

-INDEFERIMENTO: Medida Cabível: MS DEFERIMENTO: Medida Cabível: Habeas Corpus (aferição de legalidade)

- Supressão de Instancias: Se a ilicitude da intercepção não foi discutida pela instancia inferior, NÃO pode ser apreciada/julgada pela instancia superior, sob pena de Supressão de Instancias!

ARTIGO 4°O pedido de interceptação de comunicação telefônica conterá a demonstração de que a sua realização é necessária à apuração de infração penal, com indicação dos meios a serem empregados.

PEDIDO DE INTERCEPTAÇÃO

1. CONTEÚDO

CRIME INVESTIGADO + ID. DO CRIMINOSO INVESTIGADO+ DEMONSTRAÇÃO DE IMPRESCINDIBILIDADE

Demonstração de imprescindibilidade = Prova subsidiaria, único meio capaz!

FORMA DO PEDIDO Regra: Por Escrito! Exceção! Verbalmente em caso de Urgência!

§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado verbalmente, desde que estejam presentes os pressupostos que autorize a interceptação, caso em que a concessão será condicionada à sua redução a termo.

NOTA! O pedido verbal deve ser reduzido a termo (escrito) para só então apreciar o mesmo!

2. PRAZO Maximo: 24 horas!Nota! Se o juiz apreciar após, será mera irregularidade, NÃO causa nulidade (absoluta ou relativa)

§ 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá sobre o pedido.

ARTIGO 5°A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

PRAZO DE DURAÇÃO 15 DIAS + renovável por igual tempo

Observações!=- Letra da lei: Maximo 30 dias

Page 57: Legislação Penal Especial

- STF e STJ: renovação de 15 dias podem acontecer quantas vezes forem necessárias, desde que fundamentas e motivadas cada renovação!

15 + 15 x[infinito]Nota! Decisão isolada do STJ – renovação 1 única vez, baseada em:a. O legislador utilizou a renovação no singular, ou seja, objetivava 1 uma única renovação.b. Estado de defesa prevê apenas 60 dias.c. Fere o principio da razoabilidade! Vedação a interpretação por prospecção: faz-se a interceptação até que um dia o investigado cometa um crime!

ISOLADO/ NÃO MAJORITARIO / NÃO DEVE SER UTLIZADO EM PROVA OBJETIVA

Artigo 6°

Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização.

QUEM PRESIDEAUTORIDADE POLICIAL à CIENCIA AO MP

Regra: Autoridade Policial (Delegado)Exceção:

1. MP (baseado na autonomia investigativa do MP).Se o MP que investiga é o MP quem preside as investigações!

2. Policia Militar (excepcionalmente) Decisoes Isoladas

TRANSCRIÇÃO DAS CONVERSAS GRAVADAS

§ 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada, será determinada a sua transcrição.

- Total ou Parcial: STF e STJ: pode ser PARCIAL! Desde que transcreva a parte crucial da investigação. Nota! A defesa tem o direito de acesso ao conteúdo INTEGRAL das gravações. Objetivo! Impedir a edição das conversas e possibilitar a defesa!

- Excedente das conversas gravadas, sem relação ao processo: Serão INUTILIZADAS , resguardando o direito a intimidade do investigado. Observação! Poderá ser realizada durante a fase de Inquérito Policial, não depende de encerramento da ação judicial!

Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.

ARTIGO 10

Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

CRIME DE INVESTIGAÇÃO TELEFONICA

Page 58: Legislação Penal Especial

- COMPETÊNCIA: ESTADUAL (STJ ) Justificativa! interesse da pessoa investigada e não da Uniao.

TIPOS

1. Realizar interceptação de comunicações telefônicas Crime COMUMConsumação: Tentativa:

2. Quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicialCrime PRÓPRIO - Só ser cometidos pela pessoa envolvida. Obs. Não é crime funcional.Consumação: No momento em que o segredo é revelado!

- PENA: reclusão, de 2 a 4 anos + e multa.

Quadro resumo:

Page 59: Legislação Penal Especial

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICALei n.º 9.296/96 e Art. 5º, XII

Page 60: Legislação Penal Especial

“Lei (9296/96) que regulamenta o Art.

5º, XII da CF”

REQUISITOS CONSTITUCIONAIS:

1. NA FORMA DA LEI2. INVESTIGAÇÃO / INST. PENAL3. ORDEM JUDICIAL

INTERCEPTAÇÃO ESCUTA GRAVAÇÃO

Captação por 3º

SEM conhecimento dos interlocutores

Captação por 3º

COM conhecimento de um interlocutor

Diretamente por um interlocutor

(NÃO há 3º)“Não pode ser

decretado por CPI”PRAZO DE DURAÇÃO

15 DIAS + 15 +15...(sucessivamente)

Nota! Cada renovação deve acompanhar motivação fundamentada.

REQUISITOS LEGAIS

1. INDÍCIOS RAZOÁVEIS DA AUTORIA OU PARTICIPAÇÃONota! NÃO exige indícios da MATERIALIDADE!

2. IMPRESCINDIBILIDADE DA INTERCEPTAÇÃONota! SUBSIDIARIO, deve ser o ÚNICO meio da produção da prova

3. CRIME PUNIDO COM RECLUSÃONota! Ou que sejam a ele conexos.

TRANSCRIÇÃO

Pode ser PARCIAL!Notas! - Vedado – edição de trechos para

modificar o sentido. - A defesa deve ter acesso a

INTEGRALIDADE da conversa.

SERENDIPIDADE- Descoberta fortuita de novo crime ou criminoso!

Majoritária - VÁLIDA, desde que haja conexão entre crimes ou criminosos.

PROVA EMPRESTADA Pode ser utilizado em processo não criminal

como. Nota! Deve ser colhida /produzida em processo Criminal

SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

PROVAS ILICITAS.1.GRAVAÇÕES P/ OBTER

CONFISSÃO Just. Interrogatório Clandestino

2. INTERCEPTAÇÃO DO ADVOGADO Just. Garanti ao Sigilo prof.

Exceção! Se o próprio advogado for o criminoso (investigado)!

PROVA LICITAACESSO AO REG. DE CHAMADAS DE APARELHO APREENDIDO PELA POLICIANota! Não necessita de Ordem judicial!

ARTIGO 3º

DE OFICIO AÇÃO PENALINQUERITO POLICIAL

REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIALINQUERITO POLICIAL apenas

REQUERIMENTO DO MP AÇÃO PENALINQUERITO POLICIAL

PREVENÇÃO - O juiz que decreta a interceptação se torna PREVENTO!

QUEBRA DE SIGILO-Não forma de interceptação-Não há acesso ao conteúdo da conversa-Apenas ao registro de chamadas

- Pode ser decretado pela CPI

CPINÃO pode ordenar

interceptação telefônica

Presidida pela AUTORIDADE

POLICIAL

Page 61: Legislação Penal Especial

CRIMES HEDIONDOS8.072/90

CRIMES HEDIONDOS8.072/90

Page 62: Legislação Penal Especial

CONSTITUIÇÃO art. 5º XLIII- Surgimento no ordenamento jurídico brasileiro dos “Crimes Hediondos”- Norma constitucional de EFICÁCIA LIMITADA

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

CONTEXTO HISTODRICO DA LEI 8072/90Expressão surge com a constituição porem, em uma onda de crimes de extorsão mediante seqüestro o CN decidiu por elaborar a lei de crimes hediondos.Nota! A lei dos crimes hediondos NÃO inibiu a onda dos crimes hediondos (direito penal simbólico).

CONCEITO DE CRIME HEDIONDO3 critérios para definição do crime hediondo

1. LEGAL - Crime hediondo é aquele definido por lei. Nota! Adotado no Brasil (Art. 5º, XLIII CF - XLIII - a lei considerará ...) Rol TAXATIVO! Art. 1º Lei 8.072/90!

2. JUDICIAL – O juiz no caso concreto que analisara se o crime é hediondo ou não.Nota! Brasil NÃO adota! Critica! Insegurança Jurídica que ele proporciona

3. MISTO – A lei estabelece parâmetros mínimos, vetores, limites e com base nestes parâmetros o juiz decidira se o crime é hediondo ou não!

ARTIGO 1º, CaputArt. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)

Observações!TENTATIVA: NÃO exclui a hediondez do delito! Justificativa! 1. Definição por Lei; 2. Jurisprudência pacifica do STF e STJ 3. Natureza Jurídica da tentativa: Causa de diminuição da pena, NÃO interfere na tipicidade do fato, apenas acarreta a diminuição da pena.

PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA: Causa supra legal de exclusão da tipicidade, ( Tem tipicidade formal a conduta se enquadra na norma, porem, NÃO tem tipicidade material, não há lesão ou ameaça de lesão a bem jurídico)-INCOMPATIVEL com os crimes hediondos!

CRIMES HEDIONDOS EM ESPÉCIE E ASPECTOS POLÊMICOS

1. HOMICIDIO: XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Nota! O homicídio só passou a ser visto como hediondo após a lei 8930/94 – Lei Gloria Perez.

- Nem sempre é crime hediondo, culposo ou simples (Art. 121- caput) NÃO são crimes hediondos!- Será hediondo em 2 formas:

a. ATIVIDADE TIPICA DE GRUPOS DE EXTERMÍNIO;

Page 63: Legislação Penal Especial

- Mesmo o simples (exceção) - Ainda que por um só agente. Justificativa! A lei não exige o grupo e sim a atividade típica!Nota! Se houver o Grupo de Extermínio será hediondo e incidira o aumento da pena (121, §6º

).Critica! Primeira parte inútil, inócua, pois o homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio NUNCA será simples

b. QUALIFICADO - SEMPRE é crime hediondo Relembrando!

Motivo fútilMotivo Torpe (paga ou promessa de recompensa)Impedimento ou diminuição de defesa da vítimaMEIOS de execuçãoConexão – ( assegurar a execução, ocultação ou a impunidade de outro crime).

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES!

HOMICÍDIO PRIVILEGIADO- NÃO é crime hediondo, por falta de previsão legal!

Relembrando!Relevante valor moralRelevante valor social Logo após injusta provocação da vitima

HOMICIDIO HIBRIDO (PRIVILEGIADO + QUALIFICADO)2 POSIÇÕES:

a. STJ – NÃO é crime hediondo. Justificativa! Falta de expressa previsão legal! (MAJORITARIA)b. MP – SIM! o privilegio é causa de diminuição de pena, continua qualificando, portanto É crime

hediondo!Relembrando!PRIVILEGIO – Natureza Subjetiva QUALIFICADORA – Natureza Objetiva (meios e modos de execução)Nota! Incompatível com qualificadora de natureza subjetiva!

2. LATROCÍNIO - Roubo qualificado pela morte- Crime patrimonial- NÃO é de competência do tribunal do Júri.-CP não contem o nome Latrocínio, criação doutrinaria prevista no ordenamento jurídico a partir da lei de crimes hediondos. Nota!hoje: terminologia LEGAL.- Há 2 espécies de Roubo qualificado:

a. Pela lesão grave – NÃO é latrocínio e NÃO é hediondo!b. Pela Morte = LATROCINIO, É hediondo!

3. EXTROSÃO QUALIFICADA PELA MORTE – art.158, §2º- Extorsão em regra NÃO é crime hediondo, será, apenas, quando qualificada pela morte!

Page 64: Legislação Penal Especial

Observação!SEQÜESTRO RELÂMPAGO - extorsão qualificada mediante RESTRIÇÃO da liberdade da vitima.Nota!Seqüestro Relâmpago Qualificado pela morte é hediondo?1ª posição: SIM!Se a extorsão (menos) é, S.R (mais) também é! Critica! Analogia em Malam partem2ª posição: Não! Falta de previsão legal, nosso ordenamento jurídico adota critério legal!

4. EXTROSÃO MEDIANTE SEQUESTRO – art.159- Extorsão qualificada pela PRIVAÇÃO da liberdade da vítima. - É Crime hediondo em TODAS suas modalidades

5. ESTUPRO + estupro de vulnerável- São Crimes hediondos em TODAS suas modalidades.

6. EPIDEMIA COM RESULTADO EM MORTE - Epidemia em regra NÃO é crime hediondo- Só será hediondo quando qualificada pela morte!

Observação!Conceito de Epidemia: Provocação de doença mediante a proliferação de germes patogênicos!

7. FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS- Há a discussão sobre a constitucionalidade do inciso. Justificativa! Pena desproporcional, violação ao principio da proporcionalidade.

8. GENOCIODIO – ART 1º, 2º E 3º DA ALEI 2889/56 - ÚNICO crime hediondo previsto fora do código penal!- Conceito: Intenção de Destruir total ou parcialmente um grupo étnico, racional, ou religioso!- NÃO é matança generalizada, pode haver genocídio pela morte de poucas, ou ainda: Uma , duas pessoas, ou ainda, ainda que não haja nem homicidio! Ex1. intenção de matar os 2 últimos índios de determinada tribo indígena. Ex2. Castração coletiva, com o intuito de impedir a proliferação.- Crime CONTRA HUMANIDADE: Não é de competência do tribunal do Júri, de competência do Juiz singular (estadual ou federal), mesmo quando há intenção de matar!

VEDAÇÕES LEGAIS(Proibições impostas pela lei)

NÃO ADMITEM:

a. ANISTIA, GRAÇA E INDULTO - Natureza Jurídica (Art. 107, II CP ) Causas extintivas da punibilidade.- Formas de clemência emanadas de órgãos alheios ao Poder Judiciário.

Anistia: Poder Legislativo, concedida pelo CN – concedida por LEI.Graça e Indulto: Poder Executivo – concedida por DECRETO PRESIDENCIAL.

Page 65: Legislação Penal Especial

Nota! - Graça – Individual (determinada); Indulto – Natureza Coletiva (Indeterminado)- CF: prevê apenas: Graça e Anistia.

INDULTO, INCONSTITUCIONAL ? 1ª Corrente! INCONSTITUCIONAL! Se a constituição previu apenas a graça e anistia não poderia a lei ampliá-la, ou pelo princípio da isonomia – A lei de tortura igualmente prevê apenas Graça e anistia e por isonomia os crimes hediondos também deveriam!2ª Corrente! CONSTITUCIONAL! STFGraça = Graça e Indulto. Obs! Tortura – aplica-se a o principio da especialidade, CABE INDULTO!

b. FIANÇA - EXPRESSAMENTE previsto na CF/88.- Inafiançável = Não cabe liberdade provisória COM fiança.

Nota! - Ainda que inafiançáveis, admitem Liberdade Provisória SEM fiança (Lei 11464/07).Conseqüência! – Se para os crimes hediondos cabe LP, caberá então para TODOS os demais crimes, ainda que a legislação afirme o contrario!

REGIME DE CUMPRIMENTO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA REDAÇÃO ORIGINAL( Lei 8072/90): regime INTEGRALMENTE fechado, impossibilidade da progressão de

regime. STF 1990-97 - CONSTITUCIONALCritica! - Violação ao modelo progressivo brasileiro.

- Viola a individualização da pena:- Viola a dignidade da pessoa humana- Juiz autômato, não pode olhar o perfil subjetivo do condenado ou as condições/circunstâncias do crime “é hediondo o regime é fechado”.

ART. 1º §7 (Lei de tortura): INCIALMENTE fechado , prevê a progressão de regime.- Obrigatoriamente inicia-se no fechado!-STF - Súmula 698 – principio da especialidade – Progressão de regime APENAS para o crime de tortura!

CONSTITUCIONAL –

2005 – habeas corpus STF – INCONSTITUCIONAL, o regime integralmente fechado, baseado nos seguintes principios:

a. Individualização da pena;b. Dignidade da pessoa humana.

Conseqüência! - Utilização da legislação genérica da progressão de regime, ou seja, cumprimento de 1/6 da pena.

2007- Lei 11464/07- Regime INICIALMENTE fechado.

Observação! STF – regime inicialmente fechado TAMBÉM é inconstitucional, pois ofende:

a. Individualização da pena

Page 66: Legislação Penal Especial

b. Proporcionalidadec. Não tem revisão na CF.

CONCLUSÕES!HOJE:- Tanto a vedação a PROGRESSÃO DE REGIME, quanto INICIALMENTE FECHADO são

INCONSTITUCIONAIS. - Crime hediondo pode iniciar em qualquer tipo de regime e admite a progressão de regime.

REQUISITOSa. SUBJETIVO

-Mérito= demonstração que o regime menos gravoso é suficiente para recuperação do condenado, aptidão para o regime menos grave.Obs. Vedação a progressão por saltos

b. OBJETIVO Cumprimento de parte da pena no regime anteriorNota!Crime comum = 1/6Crime Hediondo = 2/5 (réu primário)

Obs. QUALQUER REINCIDÊNCIA!Corrente minoritária pede r. especifica!

PRISÃO TEMPORARIA- Possível apenas na fase INVESTIGATORIA - NÃO pode ser decretada de oficio -Representação da Autoridade Policial

- A requerimento do MP- Crimes previstos na lei 7960/89 de prisão temporária. Nota! Crimes hediondos ESTÃO no rol taxativo!- Depende de fundamentação do Juiz, tanto na decretação quanto a prorrogação. Nota! Não é

automática!- O prazo de prisão temporária NÃO se computa no prazo de termino do INQUERITO POLICIAL.

CRIMES COMUNS CRIMES HEDIONDOS

PROGRESSÃO DE REGIME

1/62/5 - primário (40%)

3/5- reincidente (60%)

PRISÃO TEMPORARIA

Prazo de até 5 dias +

Prorrogáveis 5 dias (até)

30 dias +

30 dias

ESTABELECIMENTOS PENAIS DE SEGURANÇA MAXIMA-Presídios de responsabilidade da UNIÃO. Nota! É a gênese/origem dos presídios federais.- Juiz federal que determina a entrada do preso no presídio federal.

LIVRAMENTO CONDICIONAL (liberdade antecipada)- Em desuso após o surgimento da progressão de regime.ART. 83, V – CP

-Condenado deve cumprir (mais de) 2/3 da pena!- Reparação do dano

Page 67: Legislação Penal Especial

- Bom comportamento - Não for reincidente ESPECIFICO (hediondo ou equiparado a hediondo) Nota! Não é o mesmo

crime!

CRIMES HEDIONDOS8.072/90

art. 5º XLIII CFTipos

LEGALRol Taxativo (Brasil)

JUDICIALImposto pelo judiciário

MISTOJudiciario + Lei

Homicídio SIMPLES NÃO é crime hediondo , será apenas nos casos:

a. Atividade típica de grupos de extermínioObs. Ainda que seja Homicidio simples

b. Qualificado

São modalidades de Crimes hediondos:

- Latrocínio- Ext. qualif. pela morte- Ext. mediante sequestro- Estupro- Epidemia c/ res. morte- Genocídio - Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais

TENTATIVA NÃO exclui a hediondez

do delito!

VEDAÇÕES aos C. Hediondos

1. Anistia, graça ou indulto2. Fiança

Obs. Anistia – LeiGraça / Indulto – Executivo(decreto presidencial)

ADMITEM Liberdade Provisória SEM fiança

NÃO SE ADMITE PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA,INCOMPATIVEL COM CRIMES HEDIONDOS

REGIME (Obrigatório) INCIALMENTE fechadoART. 1º §7 (lei de tortura)Obs.Integralmente fechado fere princ. constitucional

Progressão de Regime2/5 – Réu Primário3/5 – Reincidente

PRISÃO TEMPORARIA- Fase INVESTIGATORIA - NÃO pode ser de oficio

(req. do MP / rep. Do delegado)

PRAZO DA TEMPORÁRIA

30 + 30 dias

Page 68: Legislação Penal Especial

ESTATUTO DO DESARMAMENTOLei n.º 10.826/2003

ESTATUTO DO DESARMAMENTOLei n.º 10.826/2003

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Observação – LEI 10.826 = Parte CRIMINAL + ADMINISTRATIVA (letra da lei)

ASPECTOS CRIMINAIS1. COMPETÊNCIA

SINARM (art. 1º e 2º)- Entidade federal - Responsável pelo controle de armas.

COMPETENCIA JURIDICA

Regra – JUSTIÇA ESTADUALSTJ

Exceção – Justiça federal (interesse da união) - Trafico internacional (competência originaria da J. Federal)

BEM JURÍDICO VIOLADO: Segurança Coletiva (NÃO é interesse da união).

Notas!a. Porte Ilegal de Arma em área militar = JUSTIÇA COMUM não é J. Militar (não é crime

tipicamente militar);b. Competência para a destruição da arma – Cabe ao comando do exercito quais unidades

estão aptas a receber as armas, cabe ao JUIZ DEFINIR EM QUAL UNIDADE A ARMA SERÁ DESTRUIDA;

2. BEM JURIDICO STF + STJ

a. IMEDIATO / PRINCIPAL - Incolumidade publica b. MEDIATO / SECUNDARIO – Vida, honra, patrimônio e etc. (reflexamente)

3. NATUREZA JURIDICA - CRIMES DE PERIGO ABSTRATO OU PRESUMIDO (STF + STJ)Não é necessária de situação concreta de perigo para alguém.

Conseqüência! Apenas UM ÔNUS a acusação, necessidade de provar apenas a conduta.Nota! Inconstitucionalidade dos crimes de perigo abstratoNão são se o legislador tipifica conduta que de acordo com as regras de conduta humana são COMPROVADAMENTE PERIGOSAS. (Corrente majoritária + STF e STJ)ex. Trafico, Embriaguez ao volante, porte ilegal de arma etc.

POSSE IRREGULAR DE ARMA PERMITIDA – ART 12

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

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A. SUJEITOS Ativo: QUALQUER PESSOA;Passivo: COLETIVIDADECRIME VAGO - Não há vítima determinada

B. OBJETO MATERIAL - Arma de fogo+ Munição+ Acessório (3º, II do decreto lei 3665/00) Acessório de arma: artefato que, acoplado a uma arma,

possibilita a MELHORIA DO DESEMPENHO DO ATIRADOR, a MODIFICAÇÃO DE UM EFEITO SECUNDÁRIO DO TIRO ou a modificação do aspecto visual da arma;

C. ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO “em desacordo com determinação legal ou regulamentar”

POSSE LEGAL POSSE ILEGAL

COM REGISTRO- Expedido pela PF- Autorizado pelo SINARM

“FATO ATIPICO”

SEM REGISTRO

Nota!2003 – 2009 - ABOLITIO CRIMINIS (temporária)

- Posse era conduta atípica

23/12/2003 a 23/10/2005 – Armas proibidas e permitidasSTJ 24/10/2005 a 31/12/2009 – APENAS Armas permitidas

A partir 01/10/2010 - qualquer arma Nota! A entrega espontânea da arma é causa extintiva de punibilidade

Observações! a. Só se aplica a POSSE, não se estende a PORTE.b. ARMA RASPADA : NÃO se aplica a Abolitio Criminis temporária. c. ARMAS RESTRITAS : NÃO se aplica a Abolitio Criminis temporária.

D. ELEMENTO ESPACIAL DO TIPO “(...)no INTERIOR DE SUA RESIDÊNCIA ou DEPENDÊNCIA desta, ou, ainda no seu LOCAL DE TRABALHO, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.”

POSSE PORTEa. Residência ou sua Dependênciab. Local de trabalho(proprietário ou responsável)

QUALQUER OUTRO LOCAL!

CABE ABOLOTIO CRIMINISNÃO cabe ABOLOTIO

CRIMINIS

Page 71: Legislação Penal Especial

E. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Consumação: Não depende de resultado naturalístico.

(crime de mera conduta e perigo abstrato)

Tentativa: NÃO ADMITE TENTATIVA(crime UNISUBSISTENTE , não pode ser fracionado)

Nota! STJ - Agravo Regimental 306 401/SC – Caminhoneiro, arma no caminhão- Veículos automotores NÃO podem ser considerados extensão do local de trabalho = PORTE!

OMISSÃO DE CAUTELA – ART 13

1. CAPUT Art. 13. DEIXAR DE OBSERVAR AS CAUTELAS NECESSÁRIAS para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

A. SUJEITOS Ativo: crime próprio ;Passivo: 1. IMEDIATO/PRINCIPAL – menor ou doente mental 2. MEDIATO/SECUNDÁRIO – Coletividade.

Observações! - NÃO é necessária relação jurídica entre vítima e possuidor da arma;- EMANCIPAÇÃO: NÃO exclui a tipicidade.- DEFICIENTE FISICO: o tipo penal NÃO tutela!- CRIME TIPICAMENTE CULPOSO (negligencia).

B. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Consumação: APODERAMENTO pelo menor ou deficiente.

Tentativa: NÃO ADMITE TENTATIVADuplo motivo:

- Crime Omissivo próprio/puro- Crime Culposo

2. PARAGRAFO ÚNICO Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que DEIXAREM DE REGISTRAR OCORRÊNCIA policial e de COMUNICAR À POLÍCIA FEDERAL perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

Page 72: Legislação Penal Especial

A. SUJEITOS Ativo: crime próprio;Passivo: ESTADO

B. TIPO PENAL - Deixar de Registrar ocorrência- Comunicar a PF.

Corrente Majoritária: Incorre em crime aquele que não preencher qualquer um dos requisitos do tipo penal

C. OBJETO MATERIAL - ARMA- Acessório- MuniçãoNota! Arma Irregular – NÃO há o dever de comunicação, pois, a comunicação serviria como forma de confissãop do crime de porte e ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo

CAPUT PARAGRAFO ÚNICO

Apenas ARMA DE FOGO - ARMA- Acessório Regular- Munição

CULPOSO DOLOSO

D. CONSUMAÇÃO e TENTATIVA ConsumaçãoCrime a prazo – só se consuma após determinado tempo (24horas)

Nota!- Doutrina: depois do fato (leia-se) Ciência do fato! - Sob penal de responsabilidade penal objetiva (vedado).

TentativaCRIME OMISSIVO PRÓPRIO = NÃO é possível a tentativa!

PORTE ILEGAL DE ARMA DE USO PERMITIDO – ART. 14

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente

Considerações!- TIPO MISTO ALTERNATIVO/CRIME DE CONDUTA VARIADAPorte NÃO se restringe a portar, abrange outras modalidades

Page 73: Legislação Penal Especial

Nota! Mesmo agente pratica mais de uma modalidade do tipo penal:Mesmo contexto fático = CRIME ÚNICO (principio da alternatividade)Contexto fático diferente = CONCURSO DE CRIMES

QUESTOES POLEMICAS ART. 12, 14 E 161. Exame Pericial – DISPENSAVEL, o exame pericial pode ser suprido por outros meios de prova (STF

e STJ).2. Arma Desmuniciada (02 correntes) e Munição

1ª Corrente: Depende de pronto municiamento 2ª CORRENTE: É Crime estando ou não em condições de pronto municiamento, é CRIME DE PERIGO ABSTRATO irrelevante a situação de perigo (STF e STJ) Majoritária

3. Principio da Insignificância – NÃO é cabível, ainda que seja apenas 01 munição. Justificativa! INCOMPATIVEL com o bem jurídico protegido: Incolumidade publica.

4. Absorção pelo crime de homicídio APENAS se o porte tiver acontecido EXCLUSIVAMENTE para a pratica do homicídio caso contrario haverá concurso material de crimes! Nota! Absorção é matéria fática, depende de decisão do júri!

5. Posse ou porte simultâneo de 2 ou mais armas: 01 ÚNICO CRIME. Justificativa! Apenas há uma situação de perigo. Nota! O numero de armas servira como aumento da pena base na dosimetria da pena! 5ª turma do STJ – Arma + Arma de uso restrito = 02 crimes! (minoritária)

DISPARO DE ARMA DE FOGO – ART. 15

A. SUJEITOS Ativo: crime COMUM;Passivo: Crime Vago = Coletividade

B. CONDUTAS DO CRIME 1. Disparar arma de fogo 2. Acionar Munição, ainda que a munição não seja deflagrada ainda é crime!

Nota!Crime de mera conduta que se consuma com o mero disparo ou acionamentoA multiplicidade de disparo no mesmo contexto fático configura crime único.

C. TENTATIVA CRIME DE MERA CONDUTA que admite tentativa!

D. ELEMENTO ESPACIAL DO TIPO - Lugar habitado ou adjacências - Via publica ou em direção a ela

Nota! Local ermo/afastado/desabitado NÃO há crime!Observações!1. CRIME DE PERIGO ABSTRATO, ainda que o tipo penal requeira local habitado ou via

publico , NÃO há a necessidade a identificação de perigo concreto. Ex. Atirar em placa

Page 74: Legislação Penal Especial

de sinalização durante a noite e sem movimento de pessoas, Conduta Tipica pois ocorreu em via publica!

2. CRIME SUBSIDIARIO a. Letra da lei! só existe se o disparo não tem a finalidade de outro crime!b. Doutrina! O disparo deve ter a finalidade de outro crime MAIS gfrave, senão

configurara o crime de disparo. Fundamento! Principio da consunção – o crime mais grave não pode ser absorvido pelo menos grave.

ARTIGO 16 - POSSE OU PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO - Aplica-se tudo o que foi dito nos artigos 12 e 14, exceto quanto ao tipo de arma (objeto material), que neste caso é de uso RESTRITO!- Nesta modalidade tanto a posse quanto o porte configuram o MESMO CRIME!

Restrita ProibidaCujo porte é limitado para algumas pessoas ou instituições!

Aquela cujo porte não é concedido a ninguém!Ex. Canhão

PARÁGRAFO ÚNICOObservações!

OBJETO MATERIAL TIPO PENAL- Arma de fogo -Transportar- Munição -Adquirir- Acessório -Suprimir Equivalente a arma proibida+ ARTEFATO (ex. Cocktail molotov) -Alterar

Induzir em erro o juiz ou peritoObs. Crime formal ou de consumação antecipada, se consuma ainda que o resultado não seja atingido, se consuma com a mera alteração. Nota! Se a intenção é induzir o erro o MP, conduta atípica. Obs. Prevalece sobre o crime de fraude processual.

CONFLITO APARTENTE DE NORMAS!!ART.16 – § Único Art. 242 ECA

Entregar - Arma de fogo- Acessório- Explosivo- Munição

Entregar - Arma - Explosivo

- Munição

Doutrina! Prevalece o ART. 16, SALVO o que se refere a ARMA BRANCA!

Observação!Caput – Arma proibida ou restritaP. Único – Arma proibida ou restrita E PERMITIDA. Conseqüência! É autônomo em relação ao caputSTJ 918.867 e STF

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ARTIGO 17 – COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGOSujeito Ativo: CRIME PRÓPRIO Comerciante ou Industrial Legal ou Clandestina.

Nota! Atividade comercial é OBRIGATORIAMENTE o comercio de arma de fogo, NÃO qualquer comercio que por eventualidade comercialize uma arma.CRIME INSTANTANEO – Se o comercio é destinado a venda de arma de fogo o comercio de apenas 1 configura o crime!

OBJETO MATERIAL CAUSA DE AUMENTO DE PENA- ART. 19- Arma de fogo Aumentada pela metade se for de uso Restrito

ou Proibido!- Munição - Acessório Obs! Permitido ou Restrito (mesmo crime com penas diferentes)

ARTIGO 18 – TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO- CRIME DE COMPETENCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.- NÃO ADMITEM PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA (STJ HC 45099 e STF HC 97777)

4 CONDUTAS TIPICASa. IMPORTAR/EXPORTAR

– Crime material ou de Resultado, ou seja se consuma com a efetiva Entrada/Saida do pais- Admite Tentativa- Crime Comum – Praticado por qualquer pessoa.- PREVALECE sobre o crime de contrabando do CP (principio da especialidade)

b. FACILITAR ENTRADA / FACILITAR SAIDA- Crime formal ou de consumação antecipada – Consuma-se com a simples facilitação ainda que o facilitado NÃO consiga entrar/sair do país.- Crime Comum- Se o crime for funcionário publico, PREVALECE sobre o crime de facilitação de contrabando

OBJETO MATERIAL CAUSA DE AUMENTO DE PENA- ART. 19- Arma de fogo Aumentada pela metade se for de uso Restrito

ou Proibido!- Munição - Acessório Obs! Permitido ou Restrito (mesmo crime com penas diferentes)

LIBERDADE PROVISORIA - § Único do Artigo 15 - Proíbe Liberdade Provisória no disparo de arma- § Único do Artigo 14- Proíbe Liberdade Provisória no porte permitida- Artigo 21 – Proíbe Liberdade Provisória: - ART 16; ( posse ou porte de arma de fogo de uso

restrito ) - ART 17; (comércio ilegal de arma de fogo) - ART 18 (tráfico internacional de arma de fogo)

Page 76: Legislação Penal Especial

INCONSTITUCIONALADI 3.112

Conclusão!a. TODAS as normas do estatuto do desarmamento que vedavam fiança e liberdade provisória

foram declaradas Inconstitucionais!b. Para TODO crime desta lei é possível: FIANÇA e LIBERDADE PROVISÓRIA. Nota! Inclusive

trafico internacional de arma de fogo

Quadro Resumo:

ESTATUTO DO DESARMAMENTOLei n.º 10.826/2003

COMPETÊNCIA

Regra J. ESTADUAL (STJ)

Exceção – J.FEDERAL(Interesse da União)

Ex. Trafico internacional

BEM JURIDICO

IMEDIATO / PRINCIPAL - Incolumidade publica

MEDIATO / SECUNDARIO – Vida, honra, patrimônio e etc. (reflexamente)

POSSE IRREG. ARMA PERMITIDA

OBJETO MATERIAL- Arma de fogo+ Munição+ Acessório

ELEMENTO NORMATIVO DO TIPOSEM registro

Obs. ABOLITIO CRIMINIS (2003 a 09)- Não se aplica abolitio criminis a armas com numeração raspada

ELEMENTO ESPACIAL (da Posse)c. Residência ou sua

Dependênciad. Local de trabalho

(proprietário ou responsável)

Não admite tentativa(Crime unibsistente)

OMISSÃO DE CAUTELA – ART 13

Caput.CRIME PROPRIO

SUJ. PASSIVO: IMEDIATO/PRINCIPAL – menor ou doente mental MEDIATO/SECUNDÁRIO – Coletividade.Obs. Emancipação não exclui tipicidade

Não admite tentativa(Crime unibsistente)

PARAGRAFO ÚNICOCrime omissivo ProprioTIPO PENAL - Deixar de: Registrar ocorrência. Comunicar a PF

Competência para a destruição da arma

O exercito definira unidade aptas a receber as armas e o JUIZ DEFINIRÁ EM QUAL SERÁ DESTRUIDA;

CRIMES DE PERIGO ABSTRATO OU PRESUMIDO

Porte Ilegal de arma EM ÁREA MILITAR

JUSTIÇA COMUM não é crime militar;

É POSSIVEL LIBERDADE PROVISORIA E FIANÇA

Obs.As normas do estatuto que vedam fiança e LP foram declaradas Inconstitucionais!

POSSE /PORTE DE ARMA DE USO RESTRITO (art. 16)

Uso restrito - limitado a pessoas ou instituições!Tipo penal – Transportar, adquirir, Suprimir ou Alterar. Obs. ALTERAR arma de fogo de uso permitido EQUIVALE a uso restrito

TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO (art. 18)4 CONDUTAS IMPORTAR, EXPORTAR, FACILITAR ENTRADA, FACILITAR SAÍDA.

Obs.

- CAUSA DE AUMENTO DE PENA (art. 19) - Arma de uso Restrito- COMPETENCIA Justiça FEDERAL

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