6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    1/101

    TRADUO

    Gyrgy Lukcs, Lestraniazione,Ontologia DellEssere Sociale,II**, I, a cura !e A"#erto $car%oni, Ro&a'Riuniti,()+ ()-(.

    I Lestraniazione /Entfremdung)0 A A"iena12o /%%. 33)-4-5 (. I tratti onto"ogici genera"i !e""estraniazione 0 Ostra1os onto"6gicos gerais !a a"iena12o /%%.33)+(+5. 7. G"i as%etti i!eo"ogici !e""estraniazione. La re"igione co&e

    estraniazione. Os as%ectos i!eo"6gicos !a a"iena12o. A re"igi2o co&o a"iena12o /%%. +(735. 8. La #ase oggeti9a!e""estraniazione e !e" suo su%era&ento. La :or&a attua"e !e""estraniazione. A #ase o#;eti9a !a a"iena12o e !e suasu%era12o. A :or&a atua" !a a"iena12o /%%. 7-4-5.

    1. Os traos ontolgicos gerais da alienao

    ta"9ez ti" !eter&onos#re9e&ente a e?a&in"a %recisa&ente no incio, @uan!o esta&os !e:inin!o a nossa tare:a. A inter%reta12ogenera"iza!a !o %ro#"e&a te& e& ege" razes "6gicoes%ecu"ati9as, e"a !e9e con!uzir a :un!ar o %ensa&entoa#so"uto, cu;a encarna12o a!e@ua!a 0 &as "e9a!a at> o :i& co& coerHncia, so&ente no senti!o negati9o 0 > o su;eitoo#;eto i!Hntico. Logo, as a"iena1es e?%ostas %or ege" na Fenomenologia /%or e?e&%"o, ri@ueza, %otHncia !oCsta!o, etc.5 seria&, %e"a sua %r6%ria natureza, si&%"es&ente a"iena1es J!o %ensa&ento :i"os6:ico puro, ou se;a,

    a#stratoK. JTo!aahistria da alienao

    e to!o o recuo!a a"iena12o n2o > na!a &ais sen2o a histria da produo!o%ensa&ento a#strato, isto >, a#so"uto, !o %ensa&ento "6gico, es%ecu"ati9oK.7 a essHncia e a su%era12o !a o#;eti9i!a!e co&o ta" na autoconsciHncia, o @ue con!uz o %rocesso a%=r o su;eitoo#;eto i!Hntico' JA @uest2o %rinci%a" > @ue o objetodaconscincia n2o > &ais @ue autoconscincia,ou@ue o o#;eto > a%enas a autoconscincia objeti!ada, autoconsciHncia co&o o#;eto... Tratase, %ortanto, !e su%erar oobjeto da conscincia. " objeti!idade, co&o ta", 9a"e co&o u&a re"a12o Bu&ana alienada, ina!e@ua!a essnciahumana, a autoconsciHnciaK.8A %o"H&ica !e Mar? contra esta teoria se concentra, antes !e tu!o, e& assu&ir u&a%osi12o onto"6gico&ateria"ista so#re o :ato !e @ue a o#;eti9i!a!e n2o > u& %ro!uto %osto %e"o %ensa&ento, &as a"goonto"ogica&ente %ri&rio, u&a %ro%rie!a!e originria !e to!o ser, inse%ar9e" !o ser /@ue o correto %ensa&ento n2o%o!e %ensar se%ara!a5. Diz Mar?' JNue o Bo&e& se;a u& ente corpreo, !ota!o !e :or1as naturais, 9i9ente, rea",sens9e", o#;eti9o, signi:ica @ue e"e... %o!e manifestar a sua 9i!a so&ente e& o#;etos reais, sens9eis. Sero#;eti9os,

    naturais, sens9eis e ter, outrossi&, u& o#;eto, u&a natureza e senti!os :ora !e si > a &es&a coisa @ue ser&os n6s%r6%rios o#;etos, natureza, senti!os %ara co& terceiros. A fome > u&a necessidadenatura", %recisa, %ois, !e u&anature#ae?terior, u& objetoe?terior %ara satis:azerse, %ara aca"&arse. A :o&e > u&a e:eti9a necessi!a!e @ue u&cor%o te& !e u& objeto e?istente :ora !e si, in!is%ens9e" sua integra12o e e?%ress2o !o seu ser... U& ente @uen2o tenBa :ora !e si a sua natureza n2o > u& ente natural,n2o %artici%a !o ser !a natureza. U& ente @ue n2o tenBaa"gu& o#;eto :ora !e si n2o > u& ente o#;eti9o. U& ente @ue n2o se;a e"e &es&o o#;eto %ara u& terceiro n2o te&nenBu& ente co&o seu objeto,isto >, n2o se co&%orta o#;eti9a&ente, e seu ser n2o > na!a !e o#;eti9o. U& ente n2o

    Texto traduzido por Maria Norma Alcntara Brando de Holanda.Esta verso est sem correo do portuu!s.("ascual #ordan$ Der Naturwissenschaftler vor der religiosen Frage, %lden&ur'Ham&ur$ ()*+$ p. +,(.Nota desta traduo- /ie anze Entusserungsgeschichteund die anze Zurcknahmeder Ent0usserun ist da1er

    nic1ts als die "rodu2tionsesc1ic1te des a&stra2en$ i. e. a&soluten /en2ens$ des loisc1en spe2ulativen Denkens3.A4ui$ ao contrrio de outras passaens$ traduzimos Entusserungpor alienao$ por expressar mel1or o carterneativo 5a perda do Esp6rito de si pr7prio8 desta cateoria em Heel.7ME9A$ :$ +$ p. (;, .

    (

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    2/101

    o#;eti9o > u& no$enteK.P$o&ente so#re o :un!a&ento !esta restaura12o i!ea" !o ser assi& co&o > e&si, co&ore:"ete e se e?%ri&e a!e@ua!a&ente no %ensa&ento, tornase %oss9e" caracterizar e& ter&os onto"6gicos a a"iena12orea" en@uanto %rocesso rea" no ser socia" rea" !o Bo&e& e %=r co& c"areza a in9ers2o i!ea"ista !a conce%12oBege"iana. Mar? !escre9e este antagonis&o !a seguinte &aneira' JIsso @ue 9a"e co&o essHncia %osta e @ue escon!e aa"iena12o n2o > @ue o ente Bu&ano se objeti!e desumanamentee& o%osi12o a si &es&o, &as, ao contrrio, @ue e"e seo#;eti9e diferenciandosee opondo$seao a#strato %ensa&entoK.3

    Eo& isso resu"ta, to!a9ia, !eter&ina!o a%enas o J"ugarK onto"6gico !a a"iena12o. A sua essHncia concreta, o

    seu "ugar e signi:ica!o no %rocesso !e !esen9o"9i&ento !a socie!a!e a%arece&, %ois, e& in&eros conte?tosana"isa!os no %"ano econ=&ico tanto %e"o Mar? ;o9e&, co&o %e"o Mar? &a!uro. Re%orte&onos a u&a s6 !as&uitas %assagens !e Mar? a ta" %ro%6sito, trazen!oa !e u&a o#ra #astante tar!ia, concernente ao 0 %retenso 0%ero!o cient:ico, econ=&ico, e a%ro%ria!a no senti!o !e &ostrar o e@u9oco !os segui!ores JcrticosK !e Mar? @ueconsi!era& o %ro#"e&a !a a"iena12o u&a @uest2o es%ec:ica !o ;o9e& Mar? /ain!a :i"6so:o5, su%era!a !e%ois %e"oJecono&istaK &a!uro e @ue Bo;e teria i&%ortQncia s6 aos o"Bos !os inte"ectuais #urgueses. O %r6%rio Mar?, ao in9>s,e& %eorias sobre a mais !alia, %or ocasi2o !e u&a !e:esa !e Ricar!o contra os antica%ita"istas ro&Qnticos co&o$is&on!i, a:ir&a' JA %ro!u12o %e"a %ro!u12o n2o @uer !izer outra coisa, sen2o o !esen9o"9i&ento !as :or1as%ro!uti9as Bu&anas, %ortanto, desen!ol!imento da ri&ue#a da nature#a humana como fim em si'(Cn@uanto $is&on!icontra%e e& ter&os a#stratos o #e&estar !o in!i9!uo s necessi!a!e !o %rocesso g"o#a", Mar? 9H co& interessecentra" a tota"i!a!e !o !esen9o"9i&ento /inc"uin!o o in!i9!uo5 na sua inteireza Bist6rica. C nesta 6%tica e"e %=!eent2o !izer' J2o se co&%reen!e @ue este !esen9o"9i&ento !as ca%aci!a!es !a es%>cie homem,ain!a @ue se rea"ize

    %ri&eira&ente s custas !o &aior n&ero !e in!i9!uos Bu&anos e !e to!as as c"asses Bu&anas, %arta, en:i&, !esteantagonis&o e coinci!a co& o !esen9o"9i&ento !o in!i9!uo singu"ar, @ue, %ortanto, o &ais a"to !esen9o"9i&ento !ain!i9i!ua"i!a!e se;a o#ti!o so&ente atra9>s !e u& %rocesso Bist6rico no @ua" os in!i9!uos s2o sacri:ica!osK.+Acontra!i12o !ia">tica @ue Mar? e"uci!a >, so# :or&a !e u&a teoria !o %rocesso, a &es&a !a @ua" :a"a&os no ca%tu"oanterior, e?a&inan!o as suas i!>ias acerca !a necessi!a!e !o socia"is&o e !o co&unis&o e so#re a es%>cie !estanecessi!a!e. tica @ue se &ani:esta co&o a"iena12o.

    Te&os, %ortanto, @ue o !esen9o"9i&ento !as :or1as %ro!uti9as %ro9oca !ireta&ente u& cresci&ento !asca%aci!a!es Bu&anas, &as %o!e, ao &es&o te&%o e no &es&o %rocesso sacri:icar os in!i9!uos /c"asses inteiras5.Csta contra!i12o > ine9it9e", ; @ue i&%"ica a e?istHncia !e &o&entos !o %rocesso socia" !e tra#a"Bo, @ue n6stnBa&os 9isto e& an"ises anteriores, co&o co&%onentes ine"i&in9eis !o seu :unciona&ento co&o tota"i!a!e.Assi&, > u& :ato @ue, antes !e tu!o, o %rocesso !e %ro!u12o en@uanto ta", sen!o u&a sntese !e %osi1es

    te"eo"6gicas, nunca te& carter te"eo"6gico, &as %ura&ente causa". As singu"ares %osi1es te"eo"6gicas s2o %ontos !e%arti!a !e singu"ares s>ries causais @ue se sintetiza& no %rocesso g"o#a", no @ua" assu&e& ta>& no9as :un1es e!eter&ina1es, &as se& ;a&ais %er!er o seu carter causa". S 9er!a!e @ue a Beterogenei!a!e !e con;untos !e%osi1es, !e suas re"a1es rec%rocas, etc., %ro!uz a@ui"o @ue Mar? > acostu&a!o a in!icar co&o !esigua"!a!e !o!esen9o"9i&ento &as isto n2o e"i&ina !e :ato o carter causa" !o to!o e !as suas %artes ao contrrio, o su#"inBa co&energia ain!a &aior. U& !esen9o"9i&ento te"eo"6gico g"o#a" o#;eti9o /se %u!esse e?istir na rea"i!a!e e n2o so&entenas i&agina1es !e te6"ogos e !e :i"6so:os i!ea"istas5 !i:ici"&ente teria o carter !a !esigua"!a!e.

    Deste &o!o, te&os, %or>&, a%enas circunscrito os "i&ites onto"6gicosV !e ser !o nosso :en=&eno !aa"iena12o. O :en=&eno en@uanto ta", co&o > !e"inea!o co& c"areza %or Mar? e& trecBos ora cita!os, %o!ese:or&u"ar assi&' o !esen9o"9i&ento !as :or1as %ro!uti9as > necessaria&ente ta>& o !esen9o"9i&ento !asca%aci!a!es Bu&anas, &as 0 e a@ui e&erge %"astica&ente o %ro#"e&a !a a"iena12o 0 o !esen9o"9i&ento !asca%aci!a!es Bu&anas n2o %ro!uz o#rigatoria&ente a@ue"e !a %ersona"i!a!e Bu&ana. Ao contrrio' ;usta&ente%otencia"izan!o ca%aci!a!es singu"ares, %o!e !es:igurar, a9i"tar, etc. a %ersona"i!a!e !o Bo&e&. /Wasta %ensar nos&uitos es%ecia"istas !o atua" tra#a"Bo e& team, cu;as re:ina!as e cu"ti9a!as Ba#i"i!a!es es%ecia"istas s2o, ao &?i&ograu, !estruti9as %ara a %ersona"i!a!e. XrigBt Mi""s, o#ser9an!o, no i&e!iato, a &ora", &as ten!o e& &ente !e :ato,e& !e:initi9o, a !esagrega12o !a %ersona"i!a!e, !escre9e este :en=&eno co&o segue' JO &a"estar &ora" !o nossote&%o > !e9i!o ao :ato @ue os 9a"ores e os crit>rios &orais !e outros te&%os n2o &ais se a%o!era& !os Bo&ens !a>%oca !os gran!es gru%os econ=&icos, &as ne& %or isso :ora& su#stitu!os %or no9os 9a"ores e crit>rios @ueatri#ua& u& signi:ica!o e u&a san12o &ora" 9i!a e s carreiras @ue se !esen9o"9e& nesse &un!o !os gran!es

    P!idem, pp.(*@'(*(

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    3/101

    gru%osK5.2o > necessrio, %ortanto, 9o"tar aos !rsticos e?e&%"os !e a"iena12o cita!os %or Mar? e Cnge"s nos anos

    @uarenta %ara enten!er !e :ato esta contra!i12o. A"is, ; %o!e&os o#ser9ar o &es&o :en=&eno e& estgios iniciais.Zerguson, %or e?e&%"o, !escre9e assi& o tra#a"Bo !a &anu:atura, @ue se& !9i!a constitua, no %"ano econ=&ico,u& %rogresso :rente ao antigo artesanato' JMuitas ati9i!a!es, co& e:eito, n2o re@uere& nenBu&a atitu!e es%iritua".C"as s2o &ais #e& suce!i!as @uan!o esti9ere& tota"&ente re%ri&i!os o senti&ento ou a raz2o, e a ignorQncia > a&2e, tanto !a o%erosi!a!e co&o !a su%ersti12o... C& conse@[Hncia, as &anu:aturas %ros%era& ao &?i&o grau on!e

    &enos o es%rito este;a en9o"9i!o e on!e a o:icina, se& %articu"ar es:or1o !e :antasia, %ossa ser consi!era!a co&ou&a &@uina cu;as %artes singu"aresse;a& constitu!as %or Bo&ensK.-

    U& ta" %rocesso, to!a9ia, %o!e tornarse gera" s6 @uan!o as :or1as contra%ostas est2o si&u"tanea&ente ati9ase& to!os os atos !o %rocesso !e tra#a"Bo, !a re%ro!u12o socia", @uan!o est2o %resentes %er&anente&ente co&o&o&entos in!is%ens9eis !esses atos. Eoncreta&ente tais contra%osi1es %o!e& ser :orte&ente !i9ersas u&a !a outranas !i:erentes :ases !o !esen9o"9i&ento. De &o!o @ue ta>& as a"iena1es %o!e& ter, e& !i:erentes :ases, :or&ase conte!os #astante !i9ersos. O @ue i&%orta > t2o so&ente @ue a anttese !e :un!o entre !esen9o"9i&ento !asca%aci!a!es e !esen9o"9i&ento !a %ersona"i!a!e este;a na #ase !e seus 9rios &o!os !e se a%resentar. C isto > o @ueocorre !e :ato e& to!os os :en=&enos !a a"iena12o, e& es%ecia" @uan!o a %ro!u12o > &ais !esen9o"9i!a. s!e &uitas re%eti1es, tornese %ois rotina, 0 a o#;eti9a12o i&%ri&e !e &o!o !ireto e &ateria" o ser%arasi nae?istHncia &ateria" !as o#;eti9a1es este :az %arte, agora, !a sua constitui12o &ateria", ain!a @ue os Bo&ens @uenunca ti9era& contatos co& a@ue"e es%ec:ico %rocesso %ro!uti9o n2o se;a& ca%azes !e %erce#H"a.

    To!o ato !este ti%o >, ao &es&o te&%o, u& ato !e e?terioriza12o /Ent*usserung5 !o su;eito Bu&ano. Mar?!escre9eu co& %recis2o esta !u%"ici!a!e !e :acetas !o tra#a"Bo, e isto :orta"ece a "egiti&i!a!e !a nossa o%era12o !e:i?ar ta>&, no %"ano ter&ino"6gico, a e?istHncia !essas !uas :acetas nos atos, contu!o unitrios. C"e !iz na c>"e#re

    %assage& so#re o tra#a"Bo' JAo :ina" !o %rocesso !e tra#a"Bo e&erge u& resu"ta!o @ue ; se :azia %resente !es!e oseu incio na i!>ia !o tra#a"Ba!or, @ue, %ortanto, ; era %resente i!ea"&ente. 2o @ue e"e e:etue a%enas u&atrans:or&a12o !e :or&a !o e"e&ento natura" e"e rea"iza no e"e&ento natura", ao &es&o te&%o, o %r6%rio :i& %or e"econBeci!o, @ue !eter&ina co&o "ei o seu &o!o !e o%erar, e ao @ua" !e9e su#or!inar a sua 9onta!eK. )S e9i!ente @uea@ui n2o se trata si&%"es&ente !e !ois as%ectos !o &es&o %rocesso, &as !e a"go a &ais. Os nossos e?e&%"osanteriores &ostra& @ue os &es&os atos !o tra#a"Bo %o!e& e, a"is, so# o !o&nio !e u& !eter&ina!o &o!o !etra#a"Bar, !e9e& %ro9ocar no %r6%rio su;eito !i9ergHncias socia"&ente #astante re"e9antes. C > a@ui @ue 9e& tona a!i9ergHncia !os !ois &o&entos. Cn@uanto a o#;eti9a12o > i&%erati9a e c"ara&ente %rescrita %e"a res%ecti9a !i9is2o!o tra#a"Bo e, %or conseguinte, !esen9o"9e nos Bo&ens, %or :or1a !as coisas, as ca%aci!a!es a e"a necessrias/natura"&ente @ue nos re:eri&os a%enas a u&a &>!ia e?igi!a %e"a econo&ia, na @ua" as !i:eren1as in!i9i!uais,ta>& so# esse as%ecto, ;a&ais s2o cance"a!as co&%"eta&ente contu!o, isso n2o &u!a a su#stQncia !a coisa5, oe:eito !e retorno !a e?terioriza12o /Ent*usserung5 so#re os su;eitos !o tra#a"Bo > %or %rinc%io !i9ersi:ica!o.

    Eerta&ente, a a12o :a9or9e" ou !es:a9or9e" !o !esen9o"9i&ento !as ca%aci!a!es Bu&anas so#re as%ersona"i!a!es !os Bo&ens > u& :ato o#;eti9o e u&a ten!Hncia socia" gera" @ue age o#;eti9a&ente. C > 9er!a!e,%arece e"a ta>& %ro!uzir u&a &>!ia socia", &as esta > @ua"itati9a&ente !i:erente !a@ue"a @ue 9e& a ser %or causa!as o#;eti9a1es. Csta "ti&a > u&a &>!ia rea" @ue 0 e& re"a12o ao tra#a"Bo concreto 0 %re9H a%enas u& &ais ou u&&enos no cu&%ri&ento !as tare:as concretas, en@uanto !o %onto !e 9ista !a e?terioriza12o /Ent*usserung5, %o!eBa9er &o!os !e co&%orta&ento co&%"eta&ente contra%ostos. Recor!ese @ua" :oi o or!ena&ento !o tra#a"Bo note&%o !o ;o9e& Mar?. cnicoestatsticos, &as nunca se %o!er tirar

    . Cri1t Mills$ Die amerikanische Elite, Ham&ur$ ()*D$ p. +)@.-A. eruson$#!handlung !er die $eschichte der !rgerlische $esellschaft$ :ena$ ()@,$ pp. D;*'D;?.). Marx$ Das %a&ital,:$ Ham&ur$ ()@+$ p. (,@.(@. Marx$ Das Elend der 'hiloso&hie$ Ftuttart$ ()()$ p. (*D.

    8

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    4/101

    u&a &>!ia rea". Eo& e:eito, tera&os u&a so&a e u& reagru%a&ento sociais !e %essoas @ue %or este &o!o !ee?teriorizarse in!i9i!ua"&ente no tra#a"Bo reage& no %"ano in!i9i!ua" !e &aneira &uito !i9ersa e :re@[ente&enteo%osta. O :ato @ue ca!a rea12o %essoa" tenBa a sua %r6%ria #ase socia", %e"a @ua" > "arga&ente !eter&ina!a, n2oi&%e!e @ue e?ista& essas !i:eren1as in!i9i!uais e as suas conse@[Hncias sociais, ao contrrio, !"Bes u& acentua!o%er:i" in!i9i!ua" /e, inc"usi9e, Bist6rico, naciona", socia", etc.5. Nuan!o Mar? !iz @ue > se&%re casua" @ue& e& u&!a!o &o&ento se encontre !ire12o !o &o9i&ento o%errio((isso, !e u& "a!o, n2o se re:ere a%enas !ire12o nosenti!o "itera", &as ta>& @ue"a !e ca!a gru%o ou gru%e"Bo e, !e outro "a!o, e?%ri&e o :ato @ue ca!a o%errio

    reage in!i9i!ua"&ente !e acor!o co& a &aneira co&o as suas e?terioriza1es /Ent*usserungen5 retroage& so#re sua%ersona"i!a!e. As !ecises a"ternati9as @ue surge& !e"a s2o, no i&e!iato, e antes !e tu!o, !ecises in!i9i!uais. C,co&o tnBa&os e?%"ica!o antes, n6s en?erga&os no Bo&e& singu"ar u& %6"o rea", onto"6gico, !e ca!a %rocessosocia", %osto @ue, a">& !isso, a a"iena12o > u& !os :en=&enos sociais &ais niti!a&ente centra!os no in!i9!uo, >i&%ortante recor!ar no9a&ente @ue ta>& neste caso n2o se trata !e u&a J"i#er!a!eK in!i9i!ua" a#strata @ue, nooutro %6"o, a@ue"e !a tota"i!a!e socia", se contra%onBa u&a Jnecessi!a!eK igua"&ente a#strata, !esta 9ez socia", &as@ue, ao in9>s, a a"ternati9a > u&a categoria ine"i&in9e" !os %rocessos sociais. Mes&o @uan!o o %ro#"e&a > se u&aestrutura socia" no seu u"terior !esen9o"9i&ento %ossa conser9ar a %ecu"iari!a!e a"can1a!a at> a@ue"e &o&ento ou9enBa a trans&utarse e& a"gu&a outra coisa, a trans:or&a12o n2o se e:eti9a se& a"ternati9as. C& u&a carta a era\asu"ic, na @ua" :a"a !o :uturo !a %ro%rie!a!e agrco"a russa, Mar? !iz @ue a co&una agrco"a e& gera" se a%resenta:re@[ente&ente co&o J%ero!o !e transi12o !a %ro%rie!a!e co&u& %ro%rie!a!e %ri9a!aK' JMas isso signi:ica @uee& to!as as circunstQncias o !esen9o"9i&ento !a Jco&una agrco"aK !e9e to&ar este ca&inBo] 2o, a#so"uta&ente.

    A sua :or&a :un!a&enta" a!&ite esta a"ternati9a' ou o e"e&ento !a %ro%rie!a!e %ri9a!a ne"a conti!o triun:a so#re oe"e&ento co"eti9o ou > este segun!o @ue triun:a so#re o %ri&eiro. Tu!o !e%en!e !o &o&ento Bist6rico e& @ue e"a seencontra... aas so"u1es s2o, a %riori, %oss9eis, &as %ara ca!a u&a !e"as &ani:esta&ente, o %ressu%osto > u&&o&ento Bist6rico tota"&ente !i9ersoK.(7

    atura"&ente isso n2o signi:ica, !e &o!o nenBu&, @ue estas a"ternati9as sociais tenBa& a &es&a estruturainterna !a@ue"as @ue %ara o in!i9!uo concerne& a a"iena12o /Entfremdung5 e sua "i#erta12o. a#so"uta&ente necessrio ter se&%re %resente @ue, ain!a @ue e"es noi&e!iato se &ani:este& e& ter&os in!i9i!uais, ain!a @ue a !ecis2o a"ternati9a in!i9i!ua" :a1a %arte !a sua essHncia,!a sua !inQ&ica interna, o ser%recisa&enteassi& !essa !inQ&ica > u& :ato socia", se #e& @ue &uito :orte&ente&e!ia!o %or &"ti%"as interre"a1es. $e n2o "e9ar&os e& conta estas caractersticas, te&se u&a :a"sa 9is2o !e ta" ser%recisa&enteassi&, !o &es&o &o!o @ue n2o se enten!e o ser%recisa&enteassi& !as estruturas e trans:or&a1esestruturais s6cioecon=&icas, o#;eti9a&ente necessrias, e& a%arHncias %ura&ente sociais, @uan!o n2o se consi!era

    @ue e?iste& onto"ogica&ente e& sua #ase 0 e& "ti&a instQncia, ain!a @ue s6 e& "ti&a instQncia 0 as !ecisesa"ternati9as in!i9i!uais. A re"e9Qncia &eto!o"6gica !a in9estiga12o so#re a@ui"o @ue n6s te&os cBa&a!o onto"ogia !a9i!a coti!iana, !e%en!e e?ata&ente !o :ato @ue to!a esta s>rie !e in:"uHncias rec%rocas 0 !a tota"i!a!e s !ecisessingu"ares /ein#elnen5 e !a@ui !e 9o"ta aos co&%"e?os totais !a socie!a!e e sua tota"i!a!e 0 encontra& ne"a u&ae?%ress2o i&e!iata, ain!a @ue :re@[ente&ente %ri&iti9a ou ca6tica. tica, aocontrrio !e outras %osi1es, %or e?e&%"o, a@ue"as %o"ticas, nas @uais a socia#i"i!a!e o#;eti9a e a sua continui!a!e!eter&ina& &uito &ais !ecisi9a&ente, no i&e!iato, as %osi1es. S sur%reen!ente @u2o %ouco contH& as "eran1as!e :or&as !e a"iena12o su%era!as ao reagir @ue"as %resentes. A"is, n2o > raro @ue u&a ta" "eran1a sir9a

    !ireta&ente %ara n2o %erce#er o :ato a"ienante !as :or&as !e a"iena12o %resentes' :unciona !este &o!o a "eran1a((. Marx$ (riefe an %ugelmann, Berlin$ ()D,$ p. )=.(D. Marx G . Enels$ )erke, Berlin$ ();?$ v. ()$ pp. +=='+=)$ .

    P

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    5/101

    !a ser9i!2o !a g"e#a e !a escra9i!2o no ca%ita"is&o !os s>cu"os ^III e ^I^, ou ta>& na@ue"e !as :or&as !ea"iena12o !escritas %or Mar? e %or Cnge"s @uan!o se trata !e reagir atua" oni%otHncia !a &ani%u"a12o ca%ita"ista. a@ue"as rea1es %ecu"iares, %ri9a!as !econtinui!a!e, %or n6s a%enas !escritas @ue ignora& a Bist6ria, s2o o#;eti9a&ente, e& "ti&a an"ise, !e carter socia".O @ue assu&e u&a e9i!Hncia !e &assa @uan!o to%a&os co& atos !e su#&iss2o na &oti9a12o !este "ti&o, ose?e&%"os sociais /ta>& outros se encontra& na &es&a situa12o, ta>& e"es n2o se re9o"ta&, etc.5 tH& u&a:un12o n2o irre"e9ante. e& %ero!os e situa1es nas @uais nos a9izinBa&os a re#e"ies e&esca"a socia" @ue ta>& esses &oti9os os atos !e su#&iss2oV entra& nas !ecises !os in!i9!uos @ue re:uta&%ratica&ente a"gu&as :or&as !e 9i!a a"iena!a. Eontu!o, e& circunstQncias nor&ais, o in!i9!uo e?ata&ente e& tais@uestes est s6 consigo &es&o' @ue u&a insatis:a12o, ta"9ez "atente, ou @ue !e re%ente se torne consciente e&re"a12o %r6%ria 9i!a a"iena!a se tra!uza e& a12o, e o &o!o no @ua" se tra!uz e& a12o, !e%en!e&%re!o&inante&ente !e consi!era1es e !ecises %essoais. Isto 9a"e %ara to!as as :or&as !e a"iena12o, tanto %ara as

    @ue se a%resenta& !ireta&ente co&o econ=&icosociais @uanto %ara a@ue"as cu;a :or&a !e &ani:esta12o i&e!iata >i!eo"6gica /re"igi2o5, ain!a @ue ta>& estas e outras :or&as an"ogas !e a"iena12o se;a&, e& "ti&a an"ise,eora, co& a&%"as &e!ia1es, :un!a!as na socie!a!e. Mas, ta"9ez n2o se;a arrisca!o a:ir&ar @ue nestas "ti&as, as!ecises %essoais tH& u& %eso &aior. 2o nos es@ue1a&os @ue at> as !ecises @ue no i&e!iato s2o %ura&ente%essoais se !esen9o"9e& nas re"a1es sociais concretas, s2o res%ostas a %erguntas @ue !e"as e&erge&. To!a9ia, n2oo#stante este in!isso"9e" entre"a1a&ento !o socia" co& o %essoa", o :ato @ue u&a !ecis2o a"ternati9a se;a!ireta&ente origina!a %or &oti9a1es %essoais, ou &es&o !eter&ina!a, !eter&inati9a&ente intenciona!a %e"asocie!a!e ; no i&e!iato, te& u&a i&%ortQncia o#;eti9a ta>& %e"a sua 9a"ora12o socia". ecessitase, %ortanto,e?a&inar tais @uestes na sua co&%"e?i!a!e concreta. A contra!i12o !ia">tica entre !esen9o"9i&ento !as ca%aci!a!ese !esen9o"9i&ento !a %ersona"i!a!e, isto >, a a"iena12o, n2o a#range, n2o o#stante a sua re"e9Qncia, a inteiratota"i!a!e !o ser socia" !o Bo&e& e, !e outro "a!o, e"a n2o se re!uz /sa"9o nas !e:or&a1es su#;eti9istas5 a u&aanttese a#strata entre su#;eti9i!a!e e o#;eti9i!a!e, entre Bo&e& singu"ar /einselmensch5 e socie!a!e, entre

    in!i9i!ua"i!a!e e socia#i"i!a!e. 2o B nenBu& ti%o !e su#;eti9i!a!e @ue n2o se;a socia" nas suas razes e!eter&ina1es &ais %ro:un!as. Isto !e&onstra !e &o!o irre:ut9e" a an"ise &ais e"e&entar !o ser !o Bo&e&, !otra#a"Bo e !a %r?is.

    U&a %ersona"i!a!e Bu&ana %o!e surgir, !esen9o"9erse ou !e:inBar so&ente e& u& ca&%o !e &ano#raBist6ricosocia" concreto. %or isso onto"ogica&ente ine9it9e"@ue esta si&u"tanei!a!e !e tare:as BeterogHneas a!@uira e& ca!a in!i9!uo a ten!Hncia uni:ica12o, cone?2o, sntese. A ine9ita#i"i!a!e onto"6gica !essa sntese resu"ta !o si&%"es :ato !e @ue to!o Bo&e& > ca%az !e 9i9er e !eo%erar a%enas co&o ente irre9oga9e"&ente unitrio. u& :ato @ue su#"inBa&os &uito:re@[ente&ente. Wastar recor!ar co&o ; e& o&ero tnBa&os :iguras co&o Cr&ete, Ares, Arte&i!e, C:esto, etc.,%ersona"i!a!es !e %er:i" !i:erencia!o @ue s2o %ro;e1es !a@ui"o @ue a !i9is2o socia" !o tra#a"Bo %ro!uziu nesseca&%o. C > u&a !i:erencia12o cu;o a9an1o, na socie!a!e, n2o se %o!e !eter. Nuan!o, %or e?e&%"o, na antigui!a!etar!ia, o %ri9a!o se torna u&a categoria socia", isso te& co&o conse@[Hncia e& to!as as es:eras !a 9i!a u&a

    3

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    6/101

    &u!an1a su#stancia" na :or&a e no conte!o !o ser !a %ersona"i!a!e. Ou se;a, s2o esses !esen9o"9i&entos sociais@ue %ro!uze& %ara a estrutura e a a12o !a in!i9i!ua"i!a!e Bu&ana 0 :a9orecen!oa ou :rean!oa, no #e& e no &a" 0o nico ca&%o !e %ossi#i"i!a!es reais.

    O tornarse Bu&ano !o Bo&e& >, co&o %rocesso g"o#a" /gesamtpro#ess5 a &es&a coisa !o constituirse !oser socia" en@uanto es%>cie %ecu"iar /besonderer5 !e ser. o inicia" esta!o gregrio, o Bo&e& singu"ar /ein#elmensch5@uase n2o se !istingue !a &era singu"ari!a!e /Ein#elheit5 @ue est %resente e o%erante e& ca!a %onto !a naturezainorgQnica e orgQnica. Mas, o sa"to @ue o trans:or&a 0 eora e& u& "ongo %ero!o !e te&%o 0 !e ente natura" e&

    ente socia", !es!e o incio se i&%e co& intensi!a!e e e?tens2o se&%re &aiores, na re"a12o !o Bo&e& singu"ar co&os :atos gerais /co& a tota"i!a!e !os co&%"e?os e?istentes e co& as "eis @ue caracteriza& estes %rocessos5,o#9ia&ente e& %ara"e"o co& o !esen9o"9i&ento. Ta>& na natureza e?iste !i:eren1a entre as "eis !o &o9i&ento!as tota"i!a!es e os &o!os e& @ue se &o9e& as in!i9i!ua"i!a!es /Ein#elheiten5. Wo"tz&ann a:ir&ou @ue os %rocessosg"o#ais s2o inter%reta!os e& ter&os estatsticos !a!as essas !i:eren1as. C"es, %or>&, s2o caracteriza!os %e"asnecessi!a!es @ue a%resenta& u&a rec%roca unitarie!a!e, so#re a @ua" os &o!os es%ec:icos !e &o9i&entos n2oin:"ue& @uase na!a. At> na natureza orgQnica, on!e, %or e?e&%"o, o :or&arse ou o !esa%arecer !a es%>cie in!ica a%resen1a !e !eter&ina!os tra1os no9os a res%eito !a natureza inorgQnica, :ica intacta esta unitarie!a!e !as "eis gerais.

    o ser socia" ocorre !i:erente&ente. u& :ato @ue n2o encontra ana"ogia na natureza, assingu"ari!a!es /os in!i9!uos singu"ares5 92o se&%re crian!o &ais o %r6%rio aiente, u&a 9ez @ue o %onto !e%arti!a !e ca!a %rocesso socia" > constitu!o %or u&a %osi12o te"eo"6gica, %or u&a !ecis2o a"ternati9a, !e9e &u!arta>& a essHncia onto"6gica !a necessi!a!e @ue o%era no %"ano gera". A necessi!a!e, cu;a essHncia 9i&os, > se&%re

    constitu!a %e"o ne?o Jse... ent2oK, o%era na natureza co& u& certo auto&atis&o e& re"a12o aos o#;etos, s re"a1es,aos %rocessos, etc., a ca!a 9ez e& @uest2o. o ser socia" a coisa &u!a no senti!o @ue a necessi!a!e %o!e a%enas%ro9ocar !ecises a"ternati9as, isto >, segun!o a re%eti!a :or&u"a12o !e Mar?, e"a se a%resenta co&o &oti9o !e!ecises Jso# %ena !e runaK. Csta no9a estrutura n2o !ecai %e"o :ato !e @ue as %osi1es te"eo"6gicas co"oca& se&%ree& &o9i&ento s>ries causais @ue se &o9e& co& u&a necessi!a!e an"oga @ue"a !os %rocessos naturais. Eo&e:eito, ca!a 9ez @ue estes ne?os causais entra& e& contato co& as ati9i!a!es Bu&anosociais, reentra e& ;ogo a!ecis2o a"ternati9a, a necessi!a!e J%ena !e runaK, ain!a @ue !e no9o %on!o e& &o9i&ento se&%re JnaturaisK s>riescausais. /Mostra&os co&o ta" estrutura ; age !e &aneira !eter&inante no interior !os singu"ares /ein#elnen5 atos !etra#a"Bo5.

    Ora, @uan!o e& raz2o !a crescente !i9is2o !o tra#a"Bo segui!a !os %ro#"e&as @ue esta %e ao Bo&e&singu"ar /Ein#elmenschen5 %or@ue e"e res%on!e, a &era singu"ari!a!e /Ein#elheit5 !o Bo&e& singu"ar /ein#elnen

    -enschen59ai ca!a 9ez &ais se &o9en!o no senti!o !o !esen9o"9i&ento !a %ersona"i!a!e 0 ta>& neste caso te&

    co&o :un!a&ento u&a necessi!a!e J%ena !e runaK 0 ter&ina& %or a"terar ta>& as re"a1es s6cio!inQ&icas entrenecessi!a!e econ=&ica, entre necessi!a!e s6ciogera" e o !ecurso !os %rocessos !e 9i!a ca!a 9ez &ais in!i9i!uais. A%ri&eira necessi!a!e econ=&icaV, @uanto &ais a #arreira natura" se a:asta na troca orgQnica !a socie!a!e co& anatureza, isto >, @uanto &ais sociais se torna& as %r6%rias categorias econ=&icas, tanto &ais assu&e o carter !e u&siste&a !e "eis, !e u& Jreino !a necessi!a!eK. C &ostra&os anterior&ente co&o esse &es&o %rocesso tornase ca!a9ez &ais in!e%en!ente !a 9onta!e, !as as%ira1es, etc., !os Bo&ens singu"ares /Ein#elmenschen5. o outro %6"o !oser socia", on!e as !ecises a"ternati9as singu"ares age& essencia"&ente so#re a 9i!a !os in!i9!uos, inter9H&ta>& outras co&%"e?as cone?es e !eter&ina1es !a %r?is. Cstas, &es&o n2o agin!o !e &aneira !ireta&ente!eter&inante so#re os &o&entos necessrios no %"ano econ=&icosocia", 0 os atos !os in!i9!uos inseri!os e& taisconte?tos se a%resenta& a%enas co&o &o&entos !a singu"ari!a!e /Ein#elheit)no @ua!ro !as "eis gerais, 0 n2o s2o,contu!o, in!i:erentes !o %onto !e 9ista Bist6ricosocia". i&os nas nossas anteriores consi!era1es co&o isso @ueMar? e Lenin cBa&a& !e :ator su#;eti9o !o !esen9o"9i&ento, e @ue se torna ao &?i&o 9is9e" nas re9o"u1es, te&as %r6%rias razes, so#retu!o nesta es:era. C o con:"ito !e @ue esta&os :a"an!o entre o !esen9o"9i&ento !asca%aci!a!es Bu&anas %or o#ra !as :or1as %ro!uti9as e a &anuten12o /ou a :rag&enta12o5 !a %ersona"i!a!e Bu&ana!e%en!e ta>& e"e !a !u%"a :ace, agora !escrita, !o !esen9o"9i&ento socia". Eon:"itos !este gHnero s2o !e gran!e%eso no !esen9o"9i&ento !a socie!a!e e isto %o!e co&%ortar, %or e?e&%"o, a ati9a12o ou o !es&orona&ento !o :atorsu#;eti9o. Tratase, %ortanto, !e u& :en=&eno socia" !e gran!e i&%ortQncia. :re@[ente, co&o o nico es@ue&a con:"itua" ou a#so"uta&ente centra" !o !esen9o"9i&ento !asocie!a!e. A a"iena12o > a%enas u& !os con:"itos sociais, ain!a @ue !e enor&e i&%ortQncia.

    sci&os e &ascara&entos &ito"6gicos,n2o se !e9e ;a&ais %er!er !e 9ista @ue a %ersona"i!a!e, co& to!a a sua %ro#"e&tica > u&a categoria socia". Eo&o >6#9io, o Bo&e& no i&e!iato > ine"i&ina"9e"&ente u& ser 9i9ente, na &es&a &e!i!a !e ca!a %ro!uto !a naturezaorgQnica. asci&ento, cresci&ento e &orte s2o e %er&anece& &o&entos insu%ri&9eis !e ca!a %rocesso 9ita"

    #io"6gico. To!a9ia, o a:asta&ento 0 o ine9it9e" a:asta&ento, &as n2o o !esa%areci&ento 0 !a #arreira natura" > u&%ro!uto n2o a%enas !o co&%"e?o %rocesso !e re%ro!u12o !a socie!a!e, &as ta>& e se&%re !a 9i!a in!i9i!ua". As&ani:esta1es :un!a&entais !esta, %or e?e&%"o, os atos !o nutrirse e !o re%ro!uzirse, %o!e& tornarse :orte&entesociais, co& &u!an1as @ua"itati9as, os &oti9os !a socia"iza12o %o!e& ter ne"es u&a :un12o ca!a 9ez &ais!o&inante, &as tais atos n2o %o!e& ;a&ais a#an!onar tota"&ente o seu terreno #io"6gico.

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    7/101

    ;u"ga&ento incorreto !as %ro%or1es segun!o as @uais o%era& estes &o&entos 0 e n2o i&%orta @ue se trate !esu#9a"oriza1es ou su%er9a"oriza1es !o #io"6gico 0 ta>& con!uz a u&a conce%12o erra!a !a a"iena12o.

    Tanto @ue Mar? %=!e !izer ;usta&ente' JA educao /0ildung5 !os cinco senti!os > o#ra !e to!a Bist6riauni9ersa" at> agoraK.(8O !esen9o"9i&ento !o Bo&e& e& !ire12o a u&a generi!a!e autHntica n2o >, %or conseguinte,co&o !ize& as re"igies e @uase to!as as :i"oso:ias i!ea"istas, u& si&%"es !esen9o"9i&ento !as !eno&ina!as:acu"!a!es Jsu%erioresK !os Bo&ens, /o %ensa&ento, etc.5 e& %re;uzo !a Jin:eriorK sensi#i"i!a!e, &as, ao in9>s,e?%ri&ese no co&%"e?o tota" !o ser !o Bo&e& e %or isso ta>& 0 no i&e!iato, a"is' aci&a !e tu!o, 0 na sua

    sensi#i"i!a!e. as consi!era1es @ue %re%ara& e :un!a&enta& a tese ora cita!a Mar? :a"a !a %ers%ecti9a !o Bo&e&!e%ois @ue :ora& su%era!as as !e:or&a!as #arreiras e?istentes nas socie!a!es !e c"asse e, a %ro%6sito !a Bu&ani!a!e"i#erta!a @ue se ter na@ue"e &o&ento, !iz' JA su%ress2o !a %ro%rie!a!e %ri9a!a >, %ortanto, a co&%"eta e&anci%a12o!e to!os os senti!os Bu&anos e !e to!as as @ua"i!a!es Bu&anas &as > esta emancipao%recisa&ente %or@ue estessenti!os e @ua"i!a!es tornara&se humanos, se;a su#;eti9a&ente se;a o#;eti9a&ente. O o"Bo tornouse o"Bo humano!o &es&o &o!o co&o o seu objetotornouse u& o#;eto socia", humano, !o Bo&e& e %ara o Bo&e&. Ossentidos,%ortanto, tornara&se i&e!iata&ente te6ricos na sua %rtica. C"es se re"aciona&, si&, coisa%or a&or !a coisa, &asa %r6%ria coisa > u& co&%orta&ento objeti!o$humanoconsigo &es&o e co& o Bo&e& e 9ice9ersa. A necessi!a!e oua satis:a12o %er!eu a sua natureza ego1sta, e a natureza %er!eu a sua %ura utilidade!es!e o &o&ento e& @ue o ti"tornouse ti" humanoK.(PC"e &ostra, a">& !isso, co&o o JterK re%resenta na 9i!a !os Bo&ens en@uanto in!i9!uosu& :orte &otor %ara a a"iena12o(3. A@ui se trata no9a&ente !o :en=&eno :un!a&enta" @ue ora nos ocu%a, !o con:"ito!e orige& socia" entre !esen9o"9i&ento e a"arga&ento !as ca%aci!a!es !os Bo&ens e o :or&arse !a sua

    %ersona"i!a!e. S &uito i&%ortante enten!er #e& @ue esse con:"ito en9o"9e to!a a es:era !a 9i!a !o Bo&e& e,%ortanto, ta>& a 9i!a !os seus senti!os. cies ani&ais su%eriores, co& e:eito, !eter&ina!os :en=&enos naturais %ara& !e agir so#reesses seres 9i9entes so&ente co&o :or1as !a natureza estranBas e& si a 9i!a, !e &o!o @ue agin!o, %or e?e&%"o,so#re as %"antas, e"as, ao contrrio, s2o #io"ogica&ente assi&i"a!as, ree"a#ora!as, e& corres%on!Hncia s con!i1es!e 9i!a !esses seres' as 9i#ra1es !o ar, se&%re !entro !e u& ca&%o !eter&ina!o, se a%resenta&, %or e?e&%"o, co&oru&ores as 9i#ra1es !o >ter, co&o sinais !e u& &un!o 9is9e", co&o cores, etc. !a!os %rocessos @u&icos ou!a!as %ro%rie!a!es @u&icas !os senti!os, co&o gosto ou o!or. $e& nos !eter&os nesta se12o so#re os %ro#"e&as@ue !a@ui !eri9a&, o#ser9a&os, !e u& "a!o, @ue se trata !e trans:or&a1es #io"6gicas e, !e outro, @ue e"as "e9a& at>o :i& a a!a%ta12o !os ani&ais su%eriores ao seu aiente e :a9orece& a conser9a12o e !esen9o"9i&ento !as

    es%>cies. To!a9ia @uan!o se consi!era o sere&si !a natureza inorgQnica co& as suas reais "ega"i!a!es, esses:en=&enos naturais s2o 9istos in!e%en!ente&ente !e tais trans:or&a1es #io"6gicas, no seu %uro sere&si. estesenti!o a ciHncia 0 !esantro%o&or:izante 0 !a natureza no curso !o !esen9o"9i&ento !a Bu&ani!a!e, te& e"a#ora!o%ouco a %ouco seus %r6%rios &o!os !e conBeci&ento. Cste, %or>&, > s6 u& resu"ta!o tar!io !o !esen9o"9i&ento orienta!o %e"o tra#a"Bo, %e"o Bu&anizarse, %e"otornarsesocia" !o Bo&e&. A %osi12o te"eo"6gica !o %rocesso !e tra#a"Bo, a necessi!a!e !e @ue os H?itos !o tra#a"Bose;a& anteci%a!os no %ensa&ento antes @ue ocorra&, co&%orta u&a trans:or&a12o !e to!o o ser Bu&ano e, %ortanto,ta>& !a sua sensi#i"i!a!e originria, surgi!a co&o :ato #io"6gico. C?a&inan!o ta" !esen9o"9i&ento, Cnge"ssu#"inBa co& c"areza' JA guia 9H &uito &ais !istante !o @ue o Bo&e&, &as o o"Bo Bu&ano a9ista &uito &ais nascoisas !o @ue o !a guia. O c2o te& narinas &uito &ais %enetrantes @ue o Bo&e&, &as n2o !istingue entre e"as acent>si&a %arte !os o!ores @ue %ara o Bo&e& s2o in!ica!ores #e& !eter&ina!os !e coisas !i:erentes. C o tato, @uee?iste no &acaco a%enas e& seu &ais #ruto esta!o inicia", s6 se !esen9o"9eu co& a :or&a12o !a &2o Bu&ana,atra9>s !o tra#a"BoK.(+Mas isso ; i&%"ica, se& @ue Cnge"s consi!ere necessrio cBa&ar a aten12o neste %onto, a%ossi#i"i!a!e !e @ue Ba;a con:"itos !e sensa1es no Qito !a 9i!a Bu&ana @ue "Bes concerne&, !ois %oss9eis!esen9o"9i&entos %rticos !os senti!os. O#9ia&ente 9a"e ta>& %ara a 9i!a !os senti!os Bu&anos o :ato !e @uen2o so&ente na orige& o tra#a"Bo "e9a :or&a12o !e ca%aci!a!es, &as conser9a ta" ten!Hncia, inc"u!a a suaes%ec:ica %re%on!erQncia i&e!iata, no curso !o !esen9o"9i&ento g"o#a" /gesamten5 !o %onto !e 9ista !o Bo&e&,%ertence ta>& a este co&%"e?o o nasci&ento !a ciHncia !esantro%o&or:izante. Mas isto n2o @uer !izer,a#so"uta&ente, @ue o %ara"e"o !esen9o"9i&ento !a %ersona"i!a!e n2o se;a in9esti!o !este !esen9o"9i&ento !ossenti!os. Mar?, ana"isan!o econo&ica&ente a 9i!a !os o%errios !o seu te&%o &ostrou a a"iena12o nas e?%resses&ais e"e&entares !a 9i!a !os Bo&ens @ue co& to!a e9i!Hncia s2o :un!a!as nos senti!os. C"e !iz' JO resu"ta!o > @ueo Bo&e& /o tra#a"Ba!or5, se sente "i9re, en:i&, so&ente nas suas :un1es #estiais, no co&er, no #e#er e no se?o, tu!o

    ((+ME9A$ :. p. (D@ (,!idem,pp. ((='(()

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    8/101

    o &ais no ter u&a casa, na sua sa!e cor%6rea, etc., e @ue nas suas :un1es Bu&anas se sente a%enas &ais u&ani&a". O #estia" tornase o Bu&ano e o Bu&ano o #estia". O co&er, o #e#er, o gerar, etc. s2o ta>&, co& e:eito,si&%"es :un1es Bu&anas, &as s2o #estiais na a#stra12o @ue as se%ara !o restante Qito !a ati9i!a!e Bu&ana e :az!e"as os :ins "ti&os e nicosK.(A &et:ora &uito !rstica 0 #estia" 0 ne& > usa!a a@ui e& ter&os &era&enteret6ricos, ne& > to&a!a e& senti!o "itera". Eorreta&ente enten!i!a, e"a !esigna, ao in9>s, co& gran!e e?ati!2o, oesta!o @ue %ro9oca no Bo&e& !eter&ina!as a"iena1es' o seu encontrarse :ora !o co&%"e?o !o serBo&e& /!o sersocia", !o ser%ersona"i!a!e5 @ue se tornou %oss9e" no %"ano !o gHnero Bu&ano, @ue o estgio !e inci9i"iza12o

    !a@ue"e &o&ento 0 inc"uin!ose, natura"&ente, o !esen9o"9i&ento !as ca%aci!a!es, en@uanto sua #ase 0 torna%oss9e" e& "inBa !e %rinc%io. O necessrio !esen9o"9i&ento !as :or1as %ro!uti9as !o tra#a"Bo 0 cu;asconse@[Hncias, co&o te&os !ito &ais 9ezes, s2o tais @ue !ecresce continua&ente o te&%o !e tra#a"Bo socia"&entenecessrio re%ro!u12o !o Bo&e& co&o ser 9i9ente 0 te& co&o e:eito, 9ia ca&%o !e consu&o ca!a 9ezecono&ica&ente %oss9e", @ue o %eso econ=&ico !as ati9i!a!es necessrias re%ro!u12o !ireta !a 9i!a :sica 9%er!en!o se&%re &ais o seu inicia" !o&nio a#so"uto, u&a 9ez @ue surge& necessi!a!es e %ossi#i"i!a!es !esatis:azH"as @ue assu&e& u&a co"oca12o se&%re &ais !istante !a re%ro!u12o !ireta !a &era 9i!a. Cste %rocesso > ao&es&o te&%o e?tensi9o e intensi9o, @uantitati9o e @ua"itati9o. 9is9e" es%ecia"&ente na nutri12o. atura"&ente, entre as c"asses !o&inantes %o!e Ba9er u&a gran!ee"e9a12o nesse ca&%o @ue tenBa escassos 9ncu"os co& o &o!o gera" !e satis:azer a@ue"a necessi!a!e na socie!a!e

    e& @uest2o, &as ta>& na "inBa Bist6rica !o !esen9o"9i&ento se 9eri:ica antes u& &o9i&ento @ue, %or e?e&%"o,e"e9a a :o&e a%enas :isio"6gica ao a%etite, en:i& socia". U& regresso a este ca&%o %o!e, e& segui!a, %ro!uzir u&retorno !o :isio"6gico, na sua e"e&entarie!a!e e #ruta"i!a!e, isto >, u& ti%o !e a"iena12o !a sensi#i"i!a!e Bu&ana !oestgio socia" @ue e"a ; te& rea"&ente a"can1a!o. C > isso @ue Mar? e?%ri&e !e &o!o a%ro%ria!o co& o a!;eti9oJ#estia"K.

    C& ter&os &uito &ais a&%"os e %ro:un!os esse !esen9o"9i&ento se a%resenta nu& outro gran!e ca&%o !are%ro!u12o i&e!iata !o gHnero Bu&ano, a@ue"e !a se?ua"i!a!e. Zourier te& co&%"eta raz2o ao consi!erar o!esen9o"9i&ento s6cioBu&ano nesta es:era co&o &e!i!a !o %"ano !a ci9i"iza12o. Mar? re:erin!ose estrita&enteso#re ta" te&a @ue"a i&%osta12o !e crtica socia" o#ti!a %or Zourier e a %ro%6sito !as a"iena1es @ue e& ta" Qitonecessaria&ente e?iste& no ser, !iz' JA re"a12o i&e!iata, natura", necessria, !o Bo&e& co& o Bo&e& > a relao !ohomemco& a mulher. esta re"a12o gen>riconaturala re"a12o !o Bo&e& co& a natureza > i&e!iata&ente a suare"a12o co& o outro Bo&e&, co&o a re"a12o !o Bo&e& co& o Bo&e& > i&e!iata&ente a sua re"a12o co& a natureza,

    a sua %r6%ria !eter&ina12o natural. esta re"a12o aparece, %ois,sensi!elmentee re!uzi!o a u&fatointuiti9o, at> @ue%onto, no Bo&e&, a essHncia Bu&ana tornouse natureza ou a natureza tornouse essHncia Bu&ana !o Bo&e&. Destare"a12o se %o!e, %ortanto, a9a"iar to!o o grau !e ci9i"i!a!e !o Bo&e&. Do carter !esta re"a12o resu"ta o @uanto oBo&e& tornouse e :oi ca%tura!o co&o ente gen/rico, co&o homem. A re"a12o !o Bo&e& co& a &u"Ber > a maisnatural re"a12o !o Bo&e& co& o Bo&e&. e"a se &ostra, %ois, at> @ue %onto o co&%orta&ento natural!o Bo&e&tornouse humano, ou se;a, at> @ue %onto a sua essHncia humana tornouse essHncia natural, at> @ue %onto a suanature#a humanatornouse natural(esta re"a12o se &ostra ta>& at> @ue %onto a necessidade!o Bo&e& tornouse necessi!a!e humana at> @ue %onto, %ois, o outroBo&e& co&o Bo&e& tornouse u&a necessi!a!e %ara o Bo&e&,e at> @ue %onto o Bo&e&, na sua e?istHncia a &ais in!i9i!ua", > %or u& te&%o ente !e co&uni!a!eK.(-Cncontra&osa@ui os &o&entos essenciais !a trans:or&a12o !a re"a12o natura" 0 insu%ri&9e" 0 entre os se?os na re"a12o entre%ersona"i!a!e Bu&ana e, %or conseguinte, si&u"tanea&ente, e& u&a con!uta !e 9i!a Bu&anogen>rica, no rea"izarse!o gHnero n2o &ais J&u!oK &e!iante o rea" tornarseBo&e& !o Bo&e&. U& !os %re;uzos !o i!ea"is&o su#;eti9ista> acre!itar @ue o Bo&e& %ossa tornarse Bo&e&, e &ais 9er!a!eira&ente %ersona"i!a!e s6 a %artir !e si, !o seuinterior. Do &es&o &o!o @ue o Bo&e& %o!e tornarse Bo&e& o#;eti9a&ente s6 no tra#a"Bo e no !esen9o"9i&entosu#;eti9o !as ca%aci!a!es %or este %ro9oca!o, 9isto @ue e"e reage ao &un!o circun!ante n2o &ais ani&a"esca&ente,isto >, a%enas a!a%tan!ose aos !a!os !o &un!o e?terno, &as, ao in9>s, %artici%a !e &aneira ati9a e %rtica a :or&"o co&o aiente se&%re &ais socia" cria!o %or e"e assi&, e"e %o!e tornarse Bo&e& en@uanto %essoa s6 @uan!o assuas re"a1es co& o %r6?i&o assu&e& e rea"iza& %ratica&ente :or&as se&%re &ais Bu&anas, en@uanto re"a1es !eseres Bu&anos co& seres Bu&anos.

    Cntre estas a re"a12o &ais !ireta e &ais ine"i&in9e" no %"ano #io"6gico, co&o #e& 9iu Zourier, > a@ue"aentre Bo&e& e &u"Ber. O %rocesso !e Bu&aniza12o neste ca&%o se cu&%re, co&o e& to!a %arte, &as a@ui co&%ecu"iar c"areza %or !ois ca&inBos aut=no&os, e, to!a9ia !i9ersa&ente entre"a1a!os, @ue &o9e& %ara a generi!a!e enos @uais se torna c"aro a i!enti!a!e "ti&a entre tornarseBo&e& e tornarsesocia". F Ba9a&os :a"a!o

    :re@[ente&ente !a generi!a!e e&si. Csta se !esen9o"9e a %artir !o !esen9o"9i&ento !o tra#a"Bo, !a !i9is2o !otra#a"Bo, etc., at> o estruturarse !e u&a :or&a12o, e trans:or&a continua&ente ta>& a i&e!iata 9i!a sens9e" !os

    (?ME9A$ :. p. =* .(=!idem$ p. ((+

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    9/101

    Bo&ens. O &atriarca!o e o seu !esa%areci&ento est2o entre os gran!es :en=&enos @ue :ora& su#or!ina!os re"a12oentre Bo&e& e &u"Ber, &as n2o se conBece nenBu& !esen9o"9i&ento, nenBu&a :or&a12o surgiu ou !ec"inou se& a%resen1a !essa !inQ&ica e9o"uti9a. Eo& e"a &u!a& socia"&ente as :un1es na re"a12o entre Bo&e& e &u"Ber, as@uais co&o &o&entos !a !i9is2o socia" !o tra#a"Bo causa& 0 in!e%en!ente&ente !as inten1es e %ro%6sitos !as%essoas 0 no9as re"a1es sociais !e gran!e %eso, &as se& %or isto %ro!uzir o#rigatoria&ente no i&e!iato, &u!an1as%ro:un!as na re"a12o Bu&ana entre Bo&e& e &u"Ber, &es&o ten!o si!o cria!os continua&ente no9os ca&%os !e%ossi#i"i!a!es %ara tais &u!an1as. Eo& e:eito, > c"aro @ue a%6s o !ec"nio !as :or&as !e 9i!a &atriarcais o !o&nio

    !o Bo&e& e a o%ress2o !a &u"Ber :ora& o !ur9e" :un!a&ento !a con9i9Hncia socia" entre os seres Bu&anos. A%ro%6sito, !iz Cnge"s' JA re9ira9o"ta !o &atriarca!o signi:icou a derrota no plano uni!ersal do se2o feminino( OBo&e& to&a nas &2os at> a !ire12o !a casa, a &u"Ber :oi a9i"ta!a, !o&ina!a, torna!a escra9a !e seus !ese;os esi&%"es instru&ento %ara %ro!uzir :i"Bos. Cste esta!o !e !egra!a12o !a &u"Ber, o @ua" se &ani:esta a#erta&ente e e&es%ecia" entre os gregos !a i!a!e Ber6ica e, ain!a &ais, !a i!a!e c"ssica, :oi %au"atina&ente %or 9ezes ee"eza!o e!issi&u"a!o e, e& a"guns "ugares, re9esti!o !e :or&as atenua!as, &as e& nenBu& caso e"i&ina!oK. ()2o > este o"ugar %ara :a"ar !a Bist6ria !esse %ero!o !e o%ress2o !a &u"Ber, ain!a Bo;e n2o su%era!o. Do %onto !e 9ista !o nosso%ro#"e&a > e9i!ente @ue ta" %ero!o i&%"ica e& gera", resguar!a!o no seu to!o, a e?istHncia !e u&a a"iena12o %oraos os se?os, ; @ue, co&o sa#e&os, agir !e :or&a a"iena!a !iante !e u& outro ser Bu&ano co&%ortanecessaria&ente ta>& a %r6%ria a"iena12o.

    Csta consi!era12o gera", to!a9ia, !e9e 9ir i&e!iata&ente integra!a %or@ue seria antiBist6rico e, %ortanto,!e:or&aria o o#;eto, n2o e?a&inar ta>& o &o&ento su#;eti9o, a consciHncia !o a"ienante e !o a"iena!o. Isso n2o

    %e e& !9i!a a 9er!a!e !o @ue a:ir&a&os no %"ano gera", isto >, @ue to!o o !esen9o"9i&ento !a ci9i"iza12o e ne"e!a re"a12o entre Bo&e& e &u"Ber nor&a"&ente se rea"iza& !e :or&a a"iena!a e, %ortanto @ue u&a s>rie !e :or&as !ea"iena12o s2o co&%onentes necessrios !o !esen9o"9i&ento ocorri!o at> Bo;e e %o!er2o ser su%era!as a%enas noco&unis&o. To!a9ia, tanto o %r6%rio :en=&eno !a a"iena12o @uanto o signi:ica!o socia" e Bu&ano !as tentati9as !esu%er"a &u!a& :orte&ente a sua :isiono&ia a !e%en!er !o se, !o @uan!o, !o &o!o, !e @u2o estrita&ente etc., o sera"iena!o este;a conecta!o consciHncia !o seu n2oser!igno !o Bo&e&. isto @ue nas consi!era1es @ue :are&os&ais a!iante o "a!o Bu&anosocia" !essa consciHncia ter u&a certa re"e9Qncia > o%ortuno estar atento !es!e agora. O:ato @ue e?e&%"os antigosos @uais reconstruire&os se re:ira& %re9a"ente&ente ao ser !a &u"Ber co&o escra9a, n2o&o!i:ica &uito as coisas @uanto su#stQncia' a escra9atura e as institui1es @ue tH& ana"ogia co& e"a /!a jus primaenoctisat> a !is%oni#i"i!a!e se?ua" !a &u"Ber @ue esta9a a ser9i1o at> nossos !ias5 tH& se&%re ti!o gran!e re"e9Qnciana Bist6ria !a a"iena12o !a 9i!a se?ua". Eo&ece&os, %ois, co& a l1ada(Wrisei!e tornase escra9a !e A@ui"es a%6su&a gran!e "uta e"e a entrega a Aga&enon co& a re%aci:ica12o a o#t>& no9a&ente. Wrisei!e > u& si&%"es o#;eto

    J@ue :a"aK, @ue e?ata&ente co&o u&a &u!a %assa !a %osse !e u& %ara a !o outro. C& Os%roianos !e Cur%e!es a9io"a12o !a !igni!a!e Bu&ana @ue se te& e& ta" %rtica ; > o te&a centra". Nue e"as !e9a& tornarse escra9as !o9ence!or %er&anece, %or>&, u& :ato n2o &o!i:ic9e", &es&o se > aco&%anBa!o !a in!igna12o Bu&ana 0 &aso#;eti9a&ente i&%otente 0 contra e"es, na @ua" "enta&ente se :az c"ara u&a 9aga as%ira12o @ue se torna su#;eti9a, nosenti!o !e u&a resistHncia &ais o%erante. a trag>!ia "ndr.maca !o &es&o Cur%e!es essa resistHncia assu&e:ina"&ente a :igura !e u&a %r?is in!i9i!ua"' e& u&a situa12o crtica e?tre&a An!r=&aca se co&%orta co&o se :osseu& ser Bu&ano "i9re na &es&a &e!i!a !o seu antagonista e 0 na rea"i!a!e t%ica !a trag>!ia 0 constrange os outros au& corres%on!ente co&%orta&ento e& re"a12o a e"a, eora ta>& neste caso e?ista no :un!o u& e"e&ento !etens2o e assi&, a sua irre&e!i9e" con!i12o !e escra9a %o!eria a ca!a instante co&%ortar o seu !esa%areci&ento.Cssa at&os:era !ra&atrgica > interessante %ara a Bist6ria !o %ro#"e&a, %or@ue ne"a 9e& tona @ua" seria naantigui!a!e a &?i&a o%osi12o %oss9e" contra essa a"iena12o' 9a"e !izer, co&o ser &ais tar!e antes !e tu!o %ara osest6icos, u&a sua su%era12o interior, es%iritua"%sico"6gica, se& a &ni&a %ossi#i"i!a!e !e :azer !a sua su%era12oo#;eti9a u& te&a, ain!a @ue e& ter&os %ros%ecti9os, !e "uta rea".

    $e, to!a9ia co&%aro u&a i&%ortante caracterstica !o %rocesso !e a"iena12o e !a "uta contra e"a, @ua" se;a, aconsciHncia !o serBo&e& co&o generi!a!e /attungsm*ssig3eit5 %arasi, ; se a%resenta co&o :ato socia"&ente n2ocance"9e"' o Bo&e& a"iena!o te& @ue conser9ar, ta>& na a"iena12o, a sua generi!a!e /attungsm*ssig3eit5 e&si o %ro%rietrio !os escra9os e o escra9o, o &ari!o e a &u"Ber no senti!o !os antigos ; s2o categorias sociais e, %orisso, ta>& na a"iena12o &ais e?tre&a est2o &uito aci&a !o &ero sernatura" !a Bu&aniza12o inicia". /Csta %o!iaat> n2o conBecer tota"&ente a"iena1es !o ti%o socia"5. A@ui"o @ue ao Bo&e& a"iena!o esta9a ocu"to n2o >, %ois,si&%"es&ente o seu serBo&e& socia", a %ertinHncia socia#i"i!a!e !o gHnero Bu&ano eora a !e:ini12o !oescra9o co&o instrumento !ocal &antenBa no %"ano !a ter&ino"ogia ;ur!ica a ta" %ri9a12o, o escra9o ta>&%er&anece o#;eti9a&ente, e&si, u& ente socia", u& e?e&%"ar !o gHnero Bu&ano. C n2o > si&%"es&ente @ue se "e9ee& consi!era12o s6 o ser o#;eti9o, ; @ue a consciHncia, a rea12o no interior !a consciHncia a to!as as tare:as, as

    !e&an!as sociais etc. @ue %ara ca!a Bo&e& necessaria&ente surge& !o ser socia", s2o &o&entos %ara n2o sere&o&iti!os no ser !e ca!a u& !os Bo&ens 9i9entes. Nuan!o, %ois, se 9e& a :a"ar !a generi!a!e /attungsm*ssig3eit)%arasi, !a sua %resen1a ou ausHncia, ocorre %ensar e& u&a consciHncia @ua"itati9a&ente !i9ersa, !e ti%o su%erior.

    (). Enels.Der rs&rung der Familie etc.$ cit.$ p. ,D .

    )

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    10/101

    Tratase !a@ue"a !i9ersi!a!e, !a @ua" te&os :a"a!o, @ue intercorre entre o Bo&e& %articu"ar e o Bo&e& @ue > ca%az!e a"1arse co& a consciHncia %ara a">& !a %r6%ria %articu"ari!a!e /4arti3ularit*t5. A rea"i!a!e %rticosocia" !e u&ata" es%>cie !e consciHncia n2o %o!e ser %osta e& !9i!a' to!a a Bist6ria !a Bu&ani!a!e > %"ena !e e:eitos %rticos !eati9i!a!e !este ti%o e n2o !ei?a surgir !9i!a a esse res%eito.

    !o %onto !e 9ista :sico e socia", %or %arte !a

    consciHncia @ue se ergue a">& !a %articu"ari!a!e /4arti3ularit*t5. Des!e @uan!o s2o &o!os !e re%resenta1esani&istas, &as e& es%ecia" a%6s a gran!e crise Bu&ana !a antigui!a!e tar!ia e o seu cu"&inar no cristianis&o, estaconce%12o te& e?erci!o u& :orte in:"u?o so#re a i&age& onto"6gica !o Bo&e&. Mas, u&a 9ez @ue se;a aceita,e?%"icita&ente ou !e &aneira tcita, a %re&issa onto"6gica !e to!as essas !outrinas 0 isto >, a nti!a contra%osi12o&eta:sica, rei:icante nas !uas !ire1es, entre Bo&e& co&o J:sicoK e Bo&e& co&o Jes%ritoa"&aK 0 te&osno9a&ente a !outrina, at> Bo;e &uito !i:un!i!a, segun!o a @ua" a a"&a teria u&a e?istHncia aut=no&a e a%enas e"aseria re"e9ante. Nuan!o Jcor%oK e Ja"&aK s2o si&%"es&ente contra%ostos, n2o B teoria !a consciHncia @ue se;a ca%az!e 9encer esse !ua"is&o. At> &es&o u& Crnest W"ocB te& escrito @ue a a"&a J> :eno&eno"ogica&ente aut=no&aKacrescentan!o so&ente a"gu&as notas ir=nicas so#re a i&%otHncia !o J%ara"e"is&o %sico:sicoK.74 C e:eti9a&ente,segun!o a %rescri12o :eno&eno"6gica se J%e entre %arHntesesK a rea"i!a!e, ; o su;eito !a %osi12o te"eo"6gica e&@ua"@uer ato !e tra#a"Bo a%arece co&o a"gu&a coisa @ue est e& si &es&o nas re"a1es !o cor%o @ue Je?ecutaK a%osi12o. A@ui se es@uece :aci"&ente @ue > %r6%rio !o &es&o &>to!o :eno&eno"6gico rei:icar, e& u&a !u%"a

    su#stancia"i!a!e, a i"us2o !o &un!o :eno&Hnico i&e!iato, trans:or&ar e& u& :ato antro%o"6gico natura" os unitriosatos !inQ&icos !o ser socia" e, %ortanto, a sua in!iscut9e" socia#i"i!a!e /gesellschaftlich3eit5 %ri&ria. Nuanto ao%ro#"e&a @ue a@ui, so#retu!o nos interessa, !o ser e !as consciHncias Bu&anas %articu"ares e n2o%articu"ares/parti3ularen und nicht parti3ularen5 %arece rea"&ente 9eri:icarse u&a :ratura, u&a cis2o no interior !a sua es:eraJi!ea"K' na e"e9a12o !o in!i9!uo %ara a">& !a %r6%ria %articu"ari!a!e /4arti3ularitat5 esse &o9i&ento %ressu%ese&%re u&a consciHncia ; a&%"a&ente socia"iza!a, no nosso caso, a@ue"a concernente ao %ro%ria&ente !a!o sersocia" !a &u"Ber, co& to!as as conse@[Hncias onto"6gicoreais. O ato !e e"e9a12o consiste %recisa&ente nisto'enten!er @ue u& ser socia" !essa es%>cie n2o corres%on!e a generi!a!e /attungsm*ssig3eit5 autHntica !o in!i9!uo,u&a 9ez @ue, n2o o#stante a co&%"e?a socia#i"i!a!e !o in!i9!uo, a sua generi!a!e /attungsm*ssig3eit5 0 nosenti!o !a crtica &ar?iana a Zeuer#acB 0 %er&anece &u!a. Csta > ta", %or>&, n2o e& ter&os !e %ura i&e!iatici!a!e.De :ato, ta>& o Bo&e& @ue %er&ane1a tota"&ente %articu"ar se torna consciente !e :azer %arte, !e a"gu& &o!o,!o gHnero Bu&ano, !e %artici%ar !e suas :or&as !e &ani:esta12o ca!a 9ez !a!as, a"is, este %ertenci&ento %o!e ser9ir

    at> co&o &oti9o %ara suas a1es singu"ares /ein#elnen5. Mas isso n2o esgota, !e :ato, a essHncia !o gHnero Bu&ano@ue > 9isto si&%"es&ente no seu &o!o !e e?istir i&e!iato. O gHnero Bu&ano n2o rei:ica!o no %ensa&ento e assi&,ne& &es&o na %rtica te& a o#;eti9i!a!e !e ser !e u& %rocesso Bist6rico. C &es&o se os seus incios esca%a& !asua &e&6ria e o seu %ercurso :uturo > o#;eti99e" so&ente e& ter&os %ros%ecti9os, ain!a assi& a generi!a!e/attungsm*ssig3eit5, > u& %rocesso rea". C"a, %or>&, n2o :"ui ;unto aos in!i9!uos, @ue %er&aneceria& si&%"eses%ecta!ores, /5uschauen5 a sua 9er!a!eira %rocessua"i!a!e consiste, ao in9>s, no :ato !e @ue o %rocesso n2orei:ica!o !a 9i!a !os in!i9!uos constitui %arte in!is%ens9e", integrante, !a tota"i!a!e !o &o9i&ento. $6 @uan!o oBo&e& singu"ar /Ein#elmensch5 enten!e a %r6%ria 9i!a co&o u& %rocesso @ue > %arte !esse !esen9o"9i&ento !ogHnero Bu&ano, s6 @uan!o e"e %or essa raz2o se es:or1a %ara sentir e rea"izar a %r6%ria con!uta !e 9i!a e os !e9eres@ue !e"a !eri9a& %ara e"e co&o reentrante e& ta" conte?to !inQ&ico, s6 ent2o e"e te& u& 9ncu"o rea" e n2o &ais&u!o co& a %r6%ria generi!a!e /attungsm*ssig3eit5. $o&ente @uan!o a"&e;e, ao &enos co&o s>rio %ro%6sito, estageneri!a!e /attungsm*ssig3eit5 na %r6%ria 9i!a, o Bo&e& %o!e consi!erar ter o#ti!o 0 %e"o &enos co&o o#riga12oe& re"a12o a si &es&o 0 a e"e9a12o %ara a">& !o seu serBo&e& si&%"es&ente %articu"ar /parti3ulares -enschsein5.

    o caso e& @ue se cBega a u&a recusa !as contra!i1es entre :or1as %ro!uti9as e re"a1es !e %ro!u12o @ue se&ani:esta& %recisa&ente no ser socia" %resente, e se e& segui!a isso a!@uire u& carter !e &assa, os e9entosinteriores !os @uais :a"a&os agora %o!e& at> trans:or&arse e& u& &o&ento !o :ator su#;eti9o !e u&a re9o"u12o.$a#e&os @ue to!os esses con:"itos s2o coati!os no %"ano i!eo"6gico. O carter n2o te"eo"6gico !o!esen9o"9i&ento socia" g"o#a", /gesamtpro#ess5 a sua necessria !esigua"!a!e, e& es%ecia" o &o!o no @ua" asconse@[Hncias reais !o %rocesso g"o#a" /gesamtpro#ess5 se &ani:esta& no ser socia" e no !estino !os Bo&enssingu"ares, ter&ina&, %or isso 0 &es&o @uan!o n2o e?ista ain!a u& es%rito re9o"ucionrio !e &assa, ou @uan!o aconstitui12o !o o#;eto n2o este;a no %onto !e con!uzi"o a ser :ator su#;eti9o !e u&a re9o"u12o 0 %or suscitar e&&uitos casos con:"itos @ue, co&o to!os os con:"itos sociais, %o!e& ser coati!os so&ente e& ter&os i!eo"6gicos.De :ato, :re@[ente&ente ocorre @ue, :rente s a"ternati9as %ostas %e"a socie!a!e, as !ecises @ue :unciona&

    e:icaz&ente na 9i!a coti!iana n2o constitue& &ais res%ostas satis:at6rias se si&%"es&ente se segue& as nor&as!a!as %e"a tra!i12o, %e"os usos, %e"o !ireito, %e"a &ora", etc. Os con:"itos co& os @uais nos con:ronta&os co&o

    7@E. Bloc1. $eist der to&ie$ MInc1en'Jeipzi$ ()(=$ p. ,D$ .

    (4

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    11/101

    in!i9!uos s2o reso"9i!os e& %ri&eiro "ugar no %"ano in!i9i!ua". a socie!a!e @ue torna necessria u&a !ecis2o a"ternati9a in!i9i!ua". cie se !istingue& !as inu&er9eis contra!i1es a%enas in!i9i!uais /indi!idueller5 %r6%rias !esse cartersocia"&ente :un!a!o %e"a esco"Ba e %ossi#i"i!a!es !e !ecis2o @ue "Bes !ize& res%eito. 2o ocorre a#so"uta&ente @ue

    o su;eito agente tenBa se&%re a c"areza te6rica !e construir 0 e& "ti&a an"ise 0 u&a no9a or!e& !a socie!a!e,@uan!o e"e %essoa"&ente se insurge contra os !o&inantes &o!os i!eo"6gicos !e !iri&ir !eter&ina!os con:"itos. Masisso re9e"a %ro%ria&ente a socia#i"i!a!e !o con:"ito. A o%osi12o entre o !esen9o"9i&ento !as ca%aci!a!es singu"ares/ein#elnen5 !os Bo&ens e as suas %ossi#i"i!a!es !e se !esen9o"9ere& co&o in!i9!uos%ro9>&, co&o 9i&os,!ireta&ente !a %ro!u12o, !o !esen9o"9i&ento e > e %er&anece %ara o con;unto !a socie!a!e a :igura rea"&ente!eter&inante !essas antteses. Mas, consi!eran!o ca!a &u!an1a %ro9oca!a %e"as estruturas sociais antes e !e%ois !a%ro!u12o, co& re9ira9o"tas ra!icais ou co& 9is2o a&%"ia!a, !e9e inci!ir, trans:or&an!oas, so#re to!as as e?%resses!e 9i!a !os Bo&ens, as @uais, co&o sa#e&os, 92o continua&ente au&entan!o o seu grau !e socia#i"i!a!e, estacontra!i12o !e :un!o ter&ina %or %enetrar e& to!as as e?%resses !a 9i!a Bu&ana.

    Nuanto &ais &e!ia!a :or u&a ati9i!a!e socia" ou u&a re"a12o !os in!i9!uos singu"ares /Ein#elmenschen5co& o %rocesso %ro!uti9o, tanto &aiores !e9e& ser as &u!an1as @ue se su#&ete& a estas contra!i1es :un!a&entais.Assi& ocorre e?ata&ente na re"a12o entre Bo&e& e &u"Ber. To!a9ia, te&os ta>& a@ui u&a i!enti!a!e !a

    i!enti!a!e e !a n2oi!enti!a!e. A i!enti!a!e, @ue e& !e:initi9o sintetiza ten!Hncias !i9ergentes, se #aseia no :ato !e@ue o !esen9o"9i&ento !a in!i9i!ua"i!a!e n2o > &ais o resu"ta!o !e u& %rocesso si&%"es&ente !irigi!ointerior&ente, ne& &es&o e& %ri&eira instQncia. O Bo&e& > %or %rinc%io u& ser @ue res%on!e, a &aior raz2o !isso> a sua in!i9i!ua"i!a!e. $e& snteses %essoais !o !esen9o"9i&ento !as ca%aci!a!es, se& a e"a#ora12o !e res%ostas%essoais @ue"as @uestes cu;o !o&nio %rtico tornase %oss9e" %e"a ca%aci!a!e !esen9o"9i!a, n2o Ba9eria nunca@ua"@uer in!i9i!ua"i!a!e. o interior !esta i!enti!a!e, !as %ro:un!as razes sociais, se !esen9o"9e e& segui!a e&to!os os n9eis, ain!a @ue :re@[ente&ente e& &o!os e?tre&a&ente !i9ersos, o %rinc%io !a !i9ersi!a!e, o @ua"!eri9a !o :ato !e @ue as :or&as !e consciHncia %ertencentes ao gHnero e&si s2o e:eitos o#rigat6rios !o!esen9o"9i&ento !as :or1as %ro!uti9as se& e"as n2o seria o#;eti9a&ente %oss9e" u& %rogresso !esse ti%o. Ora, asntese !as ca%aci!a!es e& u&a in!i9i!ua"i!a!e > ta>& e"a u& %rocesso !o !ecurso necessrio, e:eti9a&ente se&@ua"@uer sntese seria i&%oss9e" o !esen9o"9i&ento, a uti"i!a!e, a a!e@ua12o s constantes necessi!a!es !a%ro!u12o, etc. A !i:eren1a > Ja%enasK @ue a %ersona"i!a!e no %"ano !a generi!a!e e&si /attungsm*ssig3eit na sich5

    n2o %o!e se a%resentar sen2o nos &o"!es !e u&a rea"i!a!e o%erante %ratica&ente %ara cu&%rir as %r6%rias :un1es no%rocesso !e re%ro!u12o socia", en@uanto a generi!a!e %arasi /attungsm*ssig3eit f6r sich5 > %ro!uzi!a %e"o &es&o%rocesso g"o#a" so&ente co&o %ossi#i"i!a!e. Mes&o se, e o Ba9a&os su#"inBa!o e& outro conte?to, co&o%ossi#i"i!a!e no senti!o !a d7namis aristot>"ica, co&o a"go @ue > rea" !e &aneira "atente, at> @uan!o, o &o!o no@ua", o grau no @ua" etc. tornar rea"i!a!e /inc"usi9e as !i:eren1as !e conte!o, !e !ire12o, etc.5 reentra& e& u&a&%"o ca&%o !e 9ari9eis. De :ato, a socie!a!e co&o u& to!o e a %ersona"i!a!e Bu&ana s2o, %or>&, inter"iga!as !e&o!o in!isso"9e", constituin!o !ois %6"os !e u& nico co&%"e?o !inQ&ico, &as s2o @ua"itati9a&ente !i9ersos entresi @uanto s res%ecti9as con!i1es onto"6gicas i&e!iatas !e !esen9o"9i&ento. atura"&ente s6 !entro !e certos"i&ites, !a!o @ue as !i:erentes :or&as !e &o9i&ento @ue !e"e !eri9a& s2o, e& "ti&a an"ise, @uase se&%reinti&a&ente "iga!as, &es&o @ue esta "iga12o se;a a@ue"a !a contra!itorie!a!e interna.

    & os conte!os essenciais !o :i& @ue o#;eti9a. &, co&o neste caso se trata @uase se&%re !e tentati9as @ueu& %6"o !a tota"i!a!e socia" cu&%re %ara res%on!er s concretas &ani:esta1es !o outro %6"o, !a!o @ue cont>&d7namei a@ui"o @ue as inten1es in!i9i!uais as%ira& !o %onto !e 9ista !a %ersona"i!a!e, %osto @ue as !uas%ossi#i"i!a!es %ertence& a u& nico e &es&o %rocesso socia" g"o#a" nunca > tota"&ente e?c"u!a u&a c"areza%recoce so#re o o#;eti9o ou o ca&inBo !as %osi1es singu"ares. Eo&o e?%"ica&os no ca%tu"o anterior, estas intui1ese anteci%a1es !isto @ue > %oss9e" %o!e& %er&anecer conser9a!as 0 %or e?e&%"o, so#re :or&a !e gran!e arte e

    gran!e :i"oso:ia, &as ta>& !e 9i!as e?e&%"ares 0 na continui!a!e !o !esen9o"9i&ento gen>rico, na continui!a!e!a &e&6ria !o gHnero Bu&ano, co&o &o&entos !a gHnese !o %arasi. a@ue"a ocasi2o ti9e&os @ue tratar co&tentati9as !e anteci%ar a generi!a!e %arasi, o#;eti9a!as no %"ano !a consciHncia on!e os su;eitos, %ara %o!ere&rea"izar tais %osi1es !e9ia& e %o!ia& e"e9arse %ara a">& !a %r6%ria %articu"ari!a!e. A@ui retornare&os %ara &aiorc"areza so#re a gHnese e o &o!o !e o%erar !e se&e"Bantes e"e9a1es ta>& na 9i!a coti!iana !os Bo&ens. Te&os

    ((

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    12/101

    !ito, %or>&, @ue esses atos !a 9i!a coti!iana !ize& res%eito %riori!a!e onto"6gica. O eco @ue as gran!eso#;eti9a1es conser9a& !e"es, ante a si&%"es %ossi#i"i!a!e @ue 9enBa& a ser, in!ica c"ara&ente @ue e& taiso#;eti9a1es se e?%"icita& !ecises a"ternati9as nas @uais encontra e?%ress2o genera"iza!a o ca&inBo @ue con!uz %ersona"i!a!e n2o&ais%articu"ar, /nicBt &eBr %artiku"aren %oca se encontra& ta>&nas suas &?i&as o#;eti9a1es.

    Cstas coisas esc"arece& o i&%ortante e !ecisi9o :ato onto"6gico %e"o @ua", e& %ri&eiro "ugar, n2o e?iste u&aa"iena12o co&o categoria gera" ou, tanto &enos, su%raBist6rica, antro%o"6gica. A a"iena12o te& se&%re carterBist6ricosocia", e& ca!a :or&a12o e e& ca!a %ero!o 9e& e2 no!oco"oca!a e& &o9i&ento %e"as :or1as sociaisrea"&ente o%erantes. Isto, o#9ia&ente, n2o entra e& contra!i12o co& a continui!a!e Bist6rica, a @ua", to!a9ia, sea%resenta se&%re e& ter&os concretos, contra!itoria&ente !esiguais' a su%era12o no %"ano econ=&ico !e u&a

    situa12o socia" a"iena!a %ro!uz &uito :re@[ente&ente u&a no9a :or&a !e a"iena12o @ue su%era a@ue"a %rece!ente e:rente @ua" os 9e"Bos e?%eri&enta!os re&>!ios se &ostra& i&%otentes. To!a9ia, a@ui te&os o @ue :azer, e !e9e&ose?trair"Be to!as as conse@[Hncias, n2o a%enas co& u& :en=&eno Bist6ricosocia", &as co& u& :en=&eno @ue a:eta%ri&eira&ente prim*re 8er3sam3eitV o Bo&e& singu"ar en@uanto Bo&e& singu"ar. C& senti!o gera" isso 9a"enatura"&ente %ara tu!o @uanto acontece na socie!a!e' s6 atra9>s !a so&a !os atos singu"ares %o!e& 9ir a sero#;eti9i!a!e, %rocessos, etc., !e re"e9Qncia socia". o %rocesso !e %ro!u12o, %or>&, esta so&asntese !e ta" :or&a6#9ia e es%ontQnea @ue > a rea"iza12o 9eistungV !o Bo&e& singu"ar, a sua %ecu"iari!a!e EigenartV @ue ne"a see?%ri&e, %o!e entrar na tota"i!a!e econ=&ica so&ente co&o &o!o !e tra#a"Bar socia"&ente necessrio, e&su#stQncia, a%enas co&o &>!ia. Csse e:eito !a %ro!u12o so#re as ca%aci!a!es !os Bo&ens singu"ares est antes !etu!oe& contri#ui1es cient:icas !e a"ta @ua"i!a!e &as a@ui a a12o !as :or1as econ=&icas @ue i&%e"e& %ara :rente; > &e!ia!a. , antes !e tu!o, u& o#stcu"o aonasci&ento !a n2o%articu"ari!a!e !o Bo&e&. 2o no senti!o @ue a e"e9a12o es%iritua" e &ora" %ara a">& !a%articu"ari!a!e seria u& seguro re&>!io contra a a"iena12o. F @ue n2o !e9e&os es@uecer @ue os co&%onenteso%erantes no %"ano econ=&icosocia" %o!e& !e:or&ar ta>& a con!uta !e 9i!a !os Bo&ens n2oV%articu"ares.

    cu"o ^I^. Cssas a"iena1es %o!e& tornarse t2o !rsticas e co"ocar e& segun!o %"ano to!a resistHncia i!eo"6gicain!i9i!ua", to!a9ia, se& nunca %o!er anu""a co&%"eta&ente. A %ecu"iari!a!e !ia">tica !a a"iena12o a@ui se re9e"a au& n9e" su%erior ta>& no :ato, so#re o @ua" 9o"tare&os co& &aior a&%"itu!e, @ue o es:or1o reso"uto !e ir a">& !a%articu"ari!a!e, %or e?e&%"o, a incon!iciona" !e!ica12o a u&a causa !e re"e9o socia" o#;eti9o, %o!e con!uzir aa"iena1essui generis. /A %ro#"e&tica !o %ero!o sta"iniano, !o 9e"Bo %russianis&o etc., te& estreita re"a12o co&este :ato5. a rea"i!a!e, > %r6%rio !e u&a ta" incon!iciona" !e!ica12o 0 :re@[ente&ente acrtica 0 co&%ortar a%otencia12o !e !eter&ina!os as%ectos !a %ersona"i!a!e, &as %o!e ta>& a"ien"a e& #oa %arte ou tota"&ente. i&%otente :rente aos in:"u?osa"ienantes. A gran!e "uta !a cu"tura >tica antiga contra o !o&nio !os a:etos so#re os Bo&ens singu"ares

    /Ein#elmenschen5 :oi 0 se& @ue o conceito !e a"iena12o en@uanto ta" ti9esse entra!o &ais u&a 9ez na 9i!a inte"ectua"Nota L traduo- Na traduo italiana$ Al&erto Fcarponi$ consultando diretamente uma c7pia xeroraada domanuscrito de Ju2cs$ acrescentou$ entre colc1etes 'particulares. A edio alem no incorpora esse suixo$nela l!'se&artikularen Menschen, p. ;D?/

    (7

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    13/101

    !a Bu&ani!a!e 0 o#;eti9a&ente u&a !e:esa s6cio&ora" contra e"a. atura"&ente s6 nas %articu"ares besonderenVcon!i1es sociais !a %6"is. esta, !e :ato, a su%era12o !a %articu"ari!a!e 4arti3ularit*tV consistia ain!a%re%on!erante&ente na su%era12o !os a:etos egostas, "iga!os a%enas %essoa parti3ulare 4ersonV, e %ara o Bo&e&4ersonV n2o&ais%articu"ar nich mehr paarti3ulare 4ersonV era a &ora" !o ci!a!2o !a %6"is @ue :ornecia 0ten!encia"&ente 0 a !ire12o e o su%orte. 2o > u& caso, %ortanto, @ue a%enas e& u&a eta%a &uito &ais tar!ia ee"e9a!a !o !esen9o"9i&ento g"o#a"%=!e 9ir "uza inten12o genia" !e $%inoza' JU& a:eto n2o %o!e ser i&%e!i!one& su#tra!o, sen2o &e!iante u& a:eto contrrio e &ais :orte @ue a@ue"e !e i&%e!irK.7(A %ersona"i!a!e n2o

    %articu"ar tornase assi& u& J&icrocos&oK socia", isto >, u& ant!oto se& !9i!a o%erante no !esen9o"9i&ento !asocie!a!e co&o tota"i!a!e. atura"&ente nisto $%inoza est e& u& tar!io %ice te6rico. A %ersona"i!a!e nestesenti!o autHntico, su%erior, surge %e"a %ri&eira 9ez @uan!o a runa !a 9i!a regu"a!a !o ser !a %6"is !estr6i a tute"asocia" @ue o eu n2o%articu"ar encontra9a na@ue"a con!uta !e 9i!a. A crise @ue !a !eri9a torna %oss9e" ocristianis&o e o seu "ongo !o&nio i!eo"6gico, ; @ue o eu n2o%articu"ar, torna!o se& %tria na antigui!a!e, %areceencontrar u& terreno !e !esen9o"9i&ento co& o au?"io !e u&a a"iena12o re"igiosa. /$o#re este te&a nos !etere&os"igeira&ente na %r6?i&a sess2o5. $o&ente a >%oca !e crise @ue 9Ho nasci&ento !a &o!erna socie!a!e #urguesa 0co& o a:asta&ento, &uito &ais nti!o, !a #arreira natura", co& u&a r%i!a socia"iza12o !e to!o o socia" e %or issota>& !a %ersona"i!a!e e& senti!o 9er!a!eiro /enten!i!a to!a a sua es%ec:ica %ro#"e&tica5 0 %o!e con!uzir au&a si&i"ar conce%12o !ia"etica&ente tota" !a re"a12o !o Bo&e& co& os %r6%rios a:etos so#re o ca&inBo @ue con!uza u&a %ersona"i!a!e n2o%articu"ar.

    Tu!o isto i"u&ina %ara n6s o :un!a&enta" carter Bist6rico, %rocessua", !a a"iena12o e !a sua su%era12o

    /su#;eti9a, na consciHncia5. Mas, co&%reen!er na 9er!a!e esse :en=&eno signi:ica, a">& !isso, enten!er 0 o @ue ;est o#;eti9a&ente i&%"cito nisto 0 @ue a a"iena12o no singu"ar re%resenta a%enas u& conceito te6rico a#strato. $e@uiser&os %enetrar co& o nosso %ensa&ento at> o seu 9er!a!eiro ser, !e9e&os 9er @ue a a"iena12o co&o :en=&enorea" !o ser socia" %o!e a%resentarse na rea"i!a!e so&ente !e :or&a %"ura". Eo& isto n2o esta&os nos re:erin!osi&%"es&ente s !i:eren1as in!i9i!uais no interior !esse :en=&eno e?istente to!o conceito gera", !e :ato, te& co&osua #ase !e ser u&a ta" !i:erencia12o entre 9rios singu"ares /Differen#ierung der indi!iduell !erschiedenen

    Ein#elheiten5. Nue as a"iena1es tH& u& &o!o !e ser %"ura", signi:ica, ao in9>s, &uito &ais, isto >, @ue se !2oco&%"e?os !inQ&icos !e a"iena12o e !e tentati9as su#;eti9as, conscientes, !e su%er"a e @ue tais co&%"e?os s2o@ua"itati9a&ente !i:erentes entre si. De :ato, asa"iena1es singu"ares /ein#elnen5 %ossue& no %"ano onto"6gico u&at2o a&%"a autono&ia rec%roca, @ue na socie!a!e s2o :re@[entes as %essoas @ue, en@uanto coate& os in:"u?osa"ienantes e& u& co&%"e?o !o seu ser aceita& contraria&ente outros co&%"e?os se& o%or @ua"@uer resistHncia, a"is,n2o > raro @ue entre tais "inBas !e ati9i!a!e contra%ostas 0 !o %onto !e 9ista !a a"iena12o 0 e?ista u& ne?o causa" @ue

    in:"ui :orte&ente so#re a %ersona"i!a!e. A@ui n2o %o!e&os entrar e& %articu"ares, nos #astar recor!ar o :ato,:re@[ente no &o9i&ento o%errio, !e Bo&ens @ue "uta& co& %ai?2o e ta>& co& sucesso contra as %r6%riasa"iena1es !os tra#a"Ba!ores, &as na 9i!a :a&i"iar a"iena& tiranica&ente as suas &u"Beres, ter&inan!o assi& %ora"can1ar u&a no9a a"iena12o !e si &es&o. 2o se trata !e u& caso e ne& si&%"es&ente !e J:ra@ueza Bu&anaK.In!ica&os &uitas 9ezes @ue s2o @ua"itati9a&ente !i9ersas as !inQ&icas co& as @uais nos Bo&ens rea"iza& o!esen9o"9i&ento !as suas ca%aci!a!es e a@ue"e !a sua %ersona"i!a!e. C& contra!i12o co& o %rocesso %ri&rioi&%osto %e"o !esen9o"9i&ento !as :or1as %ro!uti9as, @ue se &o9e co& es%ontQnea necessi!a!e /as !i:erencia1esneste Qito n2o %o!e&, !e :ato, ser nega!as a%enas e& casos e?ce%cionais tH& a 9er u& %ouco &ais !e %erto co& a%resente @uest2o5, e no @ua" aci&a !e tu!o se :or&a&, se trans:or&a& etc., as ca%aci!a!es singu"ares /ein#elnen5, nosegun!o caso a inten12o !a ati9i!a!e Bu&ana !e9e !irigirse %essoa co&o tota"i!a!e.

    & a%recia!os %e"o aiente /+m;elt5 e& @ue 9i9e& co&o %ersona"i!a!e, e& 9irtu!e e n2o a !es%eito!essas suas caractersticas. O surgi&ento !e %ersona"i!a!es !esse ti%o >, %or>&, u& :ato Bist6ricosocia" !e gran!e

    i&%ortQncia.

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    14/101

    e a &ora"5 s2o ar&as i!eo"6gicas %ara en:rentar con:"itos sociais e @ue, %or isso, e& &uitos casos s2o %orta!ores !e%rogresso socia". #asta&te caracterstico !o n9e" !e !esen9o"9i&ento !a %ersona"i!a!e @ue a@ui nos re:eri&os 0 n2o !e9e ser 9istosi&%"es&ente co&o negati9o, co&o a"ienante e #asta. U&a 9ez @ue a generi!a!e e&si cria se&%re u& ca&%o !e%ossi#i"i!a!es %ara a generi!a!e %arasi, na sua re"a12o encontra&se ta>& ne?os !este gHnero. Isso i&%"ica, e&ter&os o#;eti9os, a %ossi#i"i!a!e !e @ue e?ista& e o%ere& !e &aneira "atente ten!Hncias a u&a generi!a!e %arasi, au&a in!i9i!ua"i!a!e n2o%articu"ar /nicht parti3ulare ndi!idualit*t5. &' a%enas a %ossi#i"i!a!e, a @ua" e&

    segui!a, se;a no %"ano gera" se;a nas !ecises singu"ares /Ein#elnentscheidungen5, %o!e se&%re se con9erter nocontrrio. Nuanto ao su;eito, %ro%ria&ente a e9i!ente seguran1a co& @ue !e costu&e se a%resenta& esses %rinc%iosi!eo"6gicos regu"ati9os, %o!e con!uzir as %essoas a u&a rigi!ez interna, :a"ta !e es%rito crtico, etc. Nuan!o, %orisso, se %e& e& e?a&e as re"a1es entre esses !ois siste&as, !e :ato n2o necessita a%enas o"Bar os &"ti%"os:en=&enos inter&e!irios entre %ersona"i!a!e %articu"ar e n2o%articu"ar /parti3ularen und nicht parti3ularen

    4ers:nlich3eiten5, &as %rocurar ta>& enten!er teorica&ente a necessi!a!e socia" %e"a @ua" se !esen9o"9e& no&es&o terreno !a rea"i!a!e socia". atura"&ente, a@ui est e& %ri&eiro %"ano a !i9is2o e& c"asses !esta socie!a!e,so#retu!o @uanto orienta12o !os in!i9!uos, ta>& co&o in!i9!uos, na 9i!a coti!iana. S interessante o#ser9ar o@uanto %recoce&ente esse %ro#"e&a :oi 9isto na antigui!a!e. U&a !as &aiores !ra&atrgicas ino9a1es !e $6:oc"es> @ue e"e, contra%on!o Antgona e Is&Hnia, C"ettra e Erisose&i!e, &es&o se& !ar :or&u"a12o te6rica a essacontra!i12o socia" !e :un!o, a enten!eu co&o :ato !ecisi9o a %artir !o con:igurarse !a %r?is !os Bo&ens.

    Cste "ongo %ercurso :oi necessrio %ara %o!er con!uzir a ter&o concreta&ente as nossas consi!era1es

    a%enas inicia!as so#re as a"iena1es nas re"a1es entre Bo&e& e &u"Ber. $6 agora, !e :ato, > %oss9e" 9er ain!isso"9e" re"a12o e ao &es&o te&%o a contra!i12o %rticoBu&ana entre as !eter&ina1es sociais e in!i9i!uais noca&%o !a a"iena12o. atura"&ente nesta re"a12o to!as as con!i1es !e 9i!a s2o !eter&ina!as %e"a socie!a!e a%r6%ria as%ira12o in!i9i!ua" !e su%erar o !a!o socia" i&e!iato te& a@ui a sua orige&. & as &es&as ten!Hncias e9o"uti9as encontrara& es%ontanea&ente o &o!o !e satis:azer !e @ua"@uer &aneira,necessi!a!es !e or!e& &ais a"ta. Wastar ta"9ez recor!ar o &atri&=nio grego no %ero!o !o :"oresci&ento !a %6"is,cu;a &onoga&ia :azia !a &u"Ber u& ti%o !e escra9a !o&>stica a"iena!a e %or esta raz2o, o i&%u"so, socia"&enteirre%ri&9e", e& !ire12o a u& contrato entre os se?os a u& n9e" Bu&ano &ais e"e9a!o se con@uista9aes%ontanea&ente u& seu territ6rio no eteris&o, on!e Jse !esen9o"9era& a@ue"as nicas caractersticas :e&ininasgregas @ue, %ara o es%rito e !esen9o"9i&ento !o gosto artstico, su%era& o n9e" gera" !a &u"Ber antigaK. 77O :ato !e@ue a@ue"as &u"Beres %o!ia& e"e9arse a">& !as Jnor&aisK a"iena1es s6 %rostituin!ose, ou se;a, atra9>s !e u&a

    !i:erente autoa"iena12o, nos !iz o @u2o restrito era& ent2o nesse ca&%o os "i&ites o#;eti9os !a !igni!a!e Bu&ana,interior e e?terior. To!a9ia, no %"ano i!eo"6gico o !esen9o"9i&ento !a trag>!ia grega &ostra @ue u&a c"araorienta12o generi!a!e %arasi, conseguiu !istanciarse at> !esta rea"i!a!e, insu%er9e", contu!o, na 9i!a.

    os "ti&os s>cu"os o !esen9o"9i&ento econ=&ico con!uziu a enor&es %rogressos no %"ano !a generi!a!ee&si' %ara as &u"Beres 92o se&%re au&entan!o, e& esca"a socia", as %ossi#i"i!a!es !e con!uzir u&a e?istHnciaecono&ica&ente aut=no&a, e :iguras :e&ininas !e %ri&eiro %"ano /#asta recor!ar &a!a&e Eurie5 !e&onstra& co&to!a e9i!Hncia, o @uanto > :a"sa a i!>ia !a sua in:eriori!a!e inte"ectua" e& re"a12o ao Bo&e&. Mas, co& istoa"can1ouse 9er!a!eira&ente a so"u12o !o %ro#"e&a !e :un!o !a a"iena12o "e9anta!o a %artir !e Zourier at> Mar?, nare"a12o entre Bo&e& e &u"Ber, !o autoa"ienarse !e aos, !o rec%roco a"ienar e sera"iena!o] ingu>& %o!eriares%on!er a:ir&ati9a&ente ao contrrio, a situa12o !e crise tornase se&%re &ais &ani:esta e &ais e?tensa. osocorreu !e tratar !o assunto e& outro conte?to co&o &uitos !os &o!ernos &o9i&entos se?uais, &es&ointencionan!o "i#ertar a &u"Ber !a sua a"iena12o na re"a12o co& o Bo&e&, se co&%ara!os no %"ano i!eo"6gico !o&o9i&ento o%errio re9o"ucionrio en@uanto "uta !e "i#erta12o !a a"iena12o econ=&icosocia", se encontra& ain!a no%"ano !o "u!is&o, ou se;a, e& u& n9e" !e :ato e?tre&a&ente %ri&or!ia". e"es encontrase a raz2o @ue o &ero%rogresso &ateria" co&o #ase !a autono&ia econ=&ica na con!uta !e 9i!a !a &u"Ber, co&o !es&ante"a&entoecon=&ico !as 9e"Bas :or&as sociais !e a"iena12o, te& ain!a contri#u!o &uito %ouco %ara reso"9er 9er!a!eira&enteos %ro#"e&as, %ara i&%or a igua"!a!e e:eti9a !as &u"Beres no tra#a"Bo e na 9i!a :a&i"iar. A igua"!a!e, %or>&, !e9eser con@uista!a antes !e tu!o atra9>s !a "uta no terreno es%ec:ico no @ua" te& :ica!o #"o@uea!a, no %"ano !a %r6%riase?ua"i!a!e. A su#a"terni!a!e se?ua" !a &u"Ber > certa&ente u& !os %rinc%ios #asi"ares !a sua su#a"terni!a!e e&gera", tanto &ais @uanto as atitu!es Bu&anas @ue "Bes corres%on!e& n2o a%enas s2o %arte re"e9ante na 9i!a i!ea" ea:eti9a !o Bo&e&, &as no curso !e &i"Hnios :ora&%ro:un!a&ente incisi9os na %r6%ria %sico"ogia :e&inina e:or&ara& s6"i!as razes.A "uta %e"a "i#erta12o !a &u"Ber contra essa sua a"iena12o, %or>&, no %"ano onto"6gico n2o >s6 !irigi!a contra os i&%u"sos a"ienantes @ue !eri9a& !o Bo&e&, &as !e9e ta>& a%ontar e& !ire12o %r6%ria

    auto"i#erta12o interior. $o# ta" 6%tica o &o!erno &o9i&ento se?ua" > u&a se&ente niti!a&ente %ositi9a, %rogressi9a.e"e 0 consciente&ente ou n2o 0 cont>& u& !esa:io !e guerra contra a@ue"a i!eo"ogia !o JterK @ue, co&o 9i&os e&Mar?, > u&a !as #ases :un!a&entais !e to!a a"iena12o Bu&ana, e @ue nesse ca&%o n2o %o!er ser !errota!a se n2o

    7D. Enels$ Der rs&rung der Familie$ cit.$ pp. ;@';( .

    (P

  • 7/23/2019 6973974 Gyorgy Lukacs Alienacao Para Uma Ontologia Do Ser Social

    15/101

    :or e?tinta !e &o!o ra!ica" a su#a"terni!a!e se?ua" !a &u"Ber.2o o#stante a sua i&%ortQncia #asi"ar, este > s6 u& &o&ento, eora re"e9antssi&o, !a "i#erta12o

    /0efreiung5 g"o#a" /gesamten5 rea". O ser Bu&ano, ain!a @ue a #arreira natura" este;a #astante recua!a, %er&aneceine"i&ina9e"&ente u&a !as es%>cies !os entes naturais e o #"o@ueio, a atro:ia !a sua e?istHncia natura" !e9e !e:or&ara sua 9i!a co&o u& to!o /gesamtes 9eben5. Ao &es&o te&%o, %or>&, n2o 9a&os es@uecer @ue, o recuo !a #arreiranatura", o contnuo socia"izarse !a sua essHncia natura" constituise na!a &enos @ue a #ase !a sua e?istHncia !e serBu&ano, !e ente Bu&ano gen>rico, !e in!i9!uo. 2o > %oss9e" ent2o @ue a "i#erta12o /0efreiung5 se?ua" iso"a!a

    "e9e 9er!a!eira so"u12o, o %ro#"e&a centra", a@ue"e !e tornar Bu&anas as re"a1es entre os se?os. $o#retu!o e?isteo %erigo !o @uanto o !esen9o"9i&ento :ez at> Bo;e %ara tornar socia"&ente Bu&ana a %ura se?ua"i!a!e Bu&ana/erotis&o5 se;a !e no9o %er!i!o.78 $6 @uan!o os seres Bu&anos ti9ere& encontra!o re"a1es rec%rocas @ue osuni:i@ue co&o entes naturais /torna!os sociais5 e inse%ara9e"&ente co&o %ersona"i!a!es sociais, ser %oss9e" su%erar9er!a!eira&ente a a"iena12o na 9i!a se?ua". Eo"ocar o acento s6 so#re o &o&ento se?ua", nesta 0 ;usta e i&%ortante 0"uta %e"a "i#erta12o %o!e &uito :aci"&ente !e&onstrar, ao &enos %or u& certo te&%o, @ue as a"iena1es anti@ua!as%o!e& ser su#stitu!as %e"as !a no9a &o!a. De :ato, a se?ua"i!a!e se 9ista co&o u& Jco%o !guaK, %ara usar ae?%ress2o !a co&unista `o""ontai, te& !entro !e si u& a&%"o co&%onente @ue corres%on!e e& gran!e %arte @ue"ase?ua"i!a!e &ascu"ina co& a @ua" os Bo&ens tH& %or &i"Hnios a"iena!o as &u"Beres, %or>& a"ienan!o ta>& a si&es&os. O :re@[ente con9erterse !estes &o9i&entos e& coisas #urguesas 9u"gar&ente o#so"etas, @ue so# o &anto!e u&a e?centrici!a!e %ornogr:ica, %ossa& con!uzir a u&a a%oteose !o autHntico &aso@uis&o, su#;uga12oa#so"uta !a &u"Ber %or esco"Ba !e"a &es&a, > u& e?e&%"o @ue co"oca s c"aras, co& e9i!Hncia este %erigo, este

    "i&ite no %rocesso !e "i#erta12o. Assi&, o :ator su#;eti9o !esta zona a"iena!a ain!a est &uito !istante !o sa#eruti"izar o ca&%o !e %ossi#i"i!a!es @ue o !esen9o"9i&ento econ=&ico ; criou socia"&ente %ara a generi!a!e e&si.Ta" zona >, %or>&, &uito instruti9a 0 e?ata&ente %or causa !a sua estrutura a9an1a!a 0 %or co&%reen!er se;a o ne?o!ia">tico entre generi!a!e e&si e generi!a!e %arasi, se;a a contra!it6ria !inQ&ica !o :ator o#;eti9o e !a@ue"esu#;eti9o no !esen9o"9i&ento socia" !a Bu&ani!a!e. De :ato > co&o %ara as a@uisi1es sociais na es:era o#;eti9a !ageneri!a!e e&si' e"as cria& as in!is%ens9eis con!i1es %ara a su%era12o !as a"iena1es, &as %o!e& ain!a n2oe?ercer @uase nenBu& in:"u?o no tra!uzi"as e& rea"i!a!e !e :ato. O @ue nos > a%resenta!o co& a &?i&a%"astici!a!e na es:era !as re"a1es se?uais, on!e a 9er!a!eira rea"iza12o, a ati9i!a!e rea" !o :ator su#;eti9o, %o!ee?%"icitarse so&ente so# a :or&a !e u&a %r?is ine9ita9e"&ente in!i9i!ua". A re"a12o autHntica entre Bo&e& e&u"Ber, o !ar %"ena 9i!a uni!a!e entre se?ua"i!a!e e serBo&e&, ser%ersona"i!a!e, %o!e concretizarse/her!ortreten5 so&ente na re"a12o in!i9i!ua" !e u& Bo&e& concreto co& u&a &u"Ber concreta. A conBeci!ao#ser9a12o enge"siana segun!o a @ua", &es&o na uni9ersa"i!a!e !e ca!a %r?is socia", a :un12o !o Bo&e& singu"ar

    /Ein#elmenschen5 nunca > igua" a zero, > a@ui con:ir&a!a ; @ue ta" :un12o tornase @ua"itati9a&ente a&%"ia!a,e9i!encian!o @ue o %6"o !a tota"i!a!e socia" co&%osto %e"o Bo&e& singu"ar /e in#elmenschliche egenpol5 > u&co&%onente !o %rocesso socia" g"o#a"n2o su#esti&9e", :re@[ente&ente >, ao in9>s, a@ue"e @ue !eci!e.

    Csta nega12o !e u& !esen9o"9i&ento socia" J%ura&ente o#;eti9oK 0 !e to!o estranBo i!>ia !e Mar? 0"iga!o co&%"eta e?c"us2o !os in!i9!uos reais 9i9entes, %o!e contri#uir ta>& e& u& outro senti!o %araconstituir u&a onto"ogia rea"ista !o ser e tornarse socia". Mar? Ba9ia :a"a!o !os %ro#"e&as !o Bo&e& no co&unis&ose&%re co& caute"a, &anten!ose intenciona"&ente na a#stra12o. C co& %"ena raz2o, %or@ue > i&%oss9e" %or%rinc%io :a"ar, !o %onto !e 9ista !o %resente, !as :or&as e !os conte!os concretos !e rea1es Bu&anas :uturas, co&u&a !eter&ina12o @ue @ueira ser, ain!a @ue a%enas !entro !e certos "i&ites, concreta, ain!a @ue %or %ero!osre"ati9a&ente #re9es !o %rocesso socia", &es&o e& casos nos @uais os co&%onentes econ=&icos se;a& %re9is9eisco& u& a"to grau !e %ro#a#i"i!a!e. Mar? %or isso 0 e& nti!a e consciente contra!i12o co& to!o uto%is&o 0 !ete9ese nos %rinc%ios &ais gerais, :re@[ente&ente s nicas %re&issas onto"6gicas o#;eti9as !as &u!an1as necessrias naessHncia !os in!i9!uos. Csta a#sten12o crtica !e to!a %ostura ut6%ica %er&ite e?trair %ros%ecti9a&ente !o %rocessog"o#a" !eter&ina!as conc"uses concretas acerca !o Bo&e&, as @uais se;a& a!e@ua!as a con9ergir co& as con!i1esBu&anas %re"i&inares !e u&