8. Investigação Criminal

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  • 8/18/2019 8. Investigação Criminal

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    Investigação criminal: (in) competência do Ministério Público

    Olga Maria Prazeres, Luis Felix Bogea Fernandes

    Resumo: Se faz uma discussão acerca da possibilidade, em face do ordenamento jurídico prtico, em razão do Minist!rio P"blico realizar in#estiga$ão pr!%processual

    como forma de embasar e#entual den"ncia criminal& 'al discussão tem despertado

    grande interesse e pol(mica atualmente, sendo citado o termo poder in#estigat)rio do

    Minist!rio P"blico* razão pela +ual, se faz uma problematiza$ão de tal compet(ncia

    norteando o presente estudo&

    Palavras-cave: n#estiga$ão& Minist!rio P"blico& -iscussão&

    !um"rio:  ntrodu$ão& .& /ist)rico do Minist!rio P"blico& 0& Posicionamento

    -outrinrio& 1& Posicionamento do Superior 'ribunal de 2usti$a 3S'24 e Supremo

    'ribunal Federal 3S'F4& 5& 6onclusão& 7& 8efer(ncias&

    I#$R%&'%

    9 in#estiga$ão criminal realizada diretamente pelo Minist!rio P"blico #em sendo

    +uestionada pelos mais di#ersos setores da sociedade& 'al pol(mica, +ue na seara

     jurídica j era obser#ada algum tempo, #olta a tomar de#ido enfo+ue por conta da

    import:ncia +ue a mídia dedica ao assunto, e principalmente pelo fato de +ue o

    Minist!rio P"blico, ora conduzindo a in#estiga$ão, ora participando juntamente com a

     polícia, tem desmascarado di#ersas organiza$;es criminosas, nas +uais fazem parte

    autoridades do alto escalão da 9dministra$ão P"blica Brasileira, daí o por+u( desse

    assunto est em discussão&

    Por ser mat!ria instigante, o poder in#estigat)rio do Minist!rio P"blico se tomou al#o

    de constantes debates principalmente entre os operadores do direito,não s) por ser 

    mat!ria contro#ersa, mas tamb!m por en#ol#er dois segmentos +ue trabal

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    cargo +ue foram preparados para o exercício& >um outro p)lo est o Minist!rio P"blico,

    institui$ão aut?noma, com poderes constitucionais para a defesa da sociedade, e +ue

    entende como extensão dessa defesa, a in#estiga$ão criminal& 2 +ue ! o titular pri#ati#o

    da a$ão penal p"blica, e +ue, pelo fato de a 6onstitui$ão Federal não atribuir 

    exclusi#idade @ Polícia 2udiciria na apura$ão das infra$;es penais, pode o mesmo

    in#estigar em procedimento pr)prio&

    -iante deste cenrio de antagonias e disputas pelo direito de in#estigar, +ue parece ser 

     pelo bem e interesse social, ! +ue se realiza

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    'ais procuradores goza#am de independ(ncia perante os tribunais, eram encarados

    como uma magistratura di#ersa da dos julgadores, pois embora no mesmo assoal

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    9 doutrina fa#or#el @ in#estiga$ão criminal direta pelo Minist!rio P"blico defende +ue

    tal atribui$ão decorre principalmente do art& .0 da 6onstitui$ão Federal, in#ocando a

    'eoria dos Poderes mplícitos 3+uando o 6onstituinte d ao Minist!rio P"blico o

    exercício pri#ati#o da a$ão penal p"blica, implicitamente, tamb!m l

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    J9o conferir ao Minist!rio P"blico a fun$ão institucional de promo#er pri#ati#amente, a

    a$ão penal p"blica 36onstitui$ão, artigo .0, inciso 4, o constituinte conferiu%lo S'F não ! pacífico o entendimento de +ue, tem o Minist!rio P"blico legitimidade

     para realizar in#estiga$ão na esfera criminal&

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    =m .G, a .W 'urma, no julgamento do /6 G7&GK%1 M, entendeu +ue ! Eregular a

     participa$ão do Minist!rio P"blico em fase in#estigat)riaE&

    2 em& .H a 0N 'urma, no julgamento 8= 0C75G1%9L, decidiu +ue Enão cabe ao

    membro do Minist!rio P"blico realizar, diretamente, tais in#estiga$;es, mas re+uisit%

    las @ autoridade policialE&

    9 +uestão gan9YZO -= 6OMP98=6M=>'O 9O >[6L=O -=

    >D=S'9YZO -O M>S'\8O P[BL6O P989 -=PO8&

    6O>S'89>M=>'O L=9L >ZO%6O>F89-O& O8-=M -=>=9-9&

    '(m%se como #lidos os atos in#estigat)rios pelo Minist!rio P"blico, +ue pode

    re+uisitar esclarecimentos ou diligenciar diretamente, #isando @ instru$ão de seus procedimentos administrati#os, para fins de oferecimento de den"ncia denegada&*

    9 %#1'!%

    9 in#estiga$ão criminal direta pelo Par+uet ! inerente ao sistema acusat)rio adotado

     pelo Brasil, sob o aspecto garantista, constitui meio eficaz +ue a sociedade disp;e para

    exigir do =stado, pro#id(ncias no combate @ criminalidade, sem contudo, desrespeitar 

    os direitos e garantias constitucionais assegurados ao in#estigado&

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     >ecessrio enfatizar +ue o Minist!rio P"blico não pretende com a in#estiga$ão penal

     preliminar, presidir in+u!rito policial, nem tampouco, subtrair as fun$;es da

    Polícia 2udiciria, e sim usar de outros meios +ue tamb!m le#em @ #erdade bastando a

    reunião de condi$;es para tal&

    \ mister ressaltar, +ue a doutrina atinente a este assunto, de forma majoritria preleciona

    +ue o Minist!rio P"blico, como titular pri#ati#o da a$ão penal p"blica,

    conse+uentemente tem o direito de in#estigar

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    96, Marcos& % Ministério Público na Investigação Penal Preliminar;  8io de

    2aneiroI L"men 2"ris, 0CC5&

    M9AALL, +ugo #igro; Manual do Promotor de 7ustiça; 0W ed& São PauloI Sarai#a,

    ..&

    89>=L, Paulo& Investigação riminal &ireta pelo Ministério Público& 0W ed& 8io

    de 2aneiroI L"men 2"ris, 0CC7&

    S9>'>, Dalter Foleto& % Ministério Público na investigação criminal; São PauloI

    =dipro, 0CC.&

    Inormaç