73

8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Page 2: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Histórico

1º Workshop – 2007

Painel I – O princípio do mutualismo na previdência complementarPalestrante: Osvaldo do Nascimento

Painel II – Conceitos Básicos AtuariaisPalestrante: Felinto Sernache Filho

Painel III – Aspectos contábeis nos Fundos de pensão e seus impactos em razão de processosjudiciais Palestrante: Reginaldo Jose Camilo

Painel IV – A previdência complementar e o Código de Defesa do ConsumidorPalestrante: Dra Maria da Glória C. Arruda

Painel V– Principais Objetos Judiciais nas FundaçõesPalestrante: Dra Carolina Soro e Dra Ket Silva de Azevedo

Page 3: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Histórico

2º Workshop – 2008

Painel I – Dificuldades do Magistrado Trabalhista em Questões de Previdência ComplementarPalestrante: Cássio Colombo Filho

Painel II – A Previdência Complementar no âmbito JudiciárioPalestrante: Adacir Reis

Painel III – Institutos ObrigatóriosPalestrante: Fabio B. Vanini

Painel IV – Diferenças entre a Previdência Social e a Previdência ComplementarPalestrante: Maria Cibele O. Ramos

Painel V – Provisionamento e dimensionamento do risco e reflexo ContábilPalestrante: Reginaldo J. Camilo

Page 4: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Histórico

3º Workshop – 2009

Painel I – Aspectos constitucionais e Legais na defesa da EFPCPalestrante: Aparecida Pagliarini

Painel II –“Alterações nos Planos de Benefícios – Direito Acumulado e LiquidoPalestrante: Ana Maria Martin

Painel III – Impactos Atuarial nos Planos de Prev. Em razão das decisões JudiciaisPalestrante: José Carreta

Painel IV – Principais objetos e Teses dos Processos TrabalhistasPalestrante: Alessandro Tomão

Painel V– O papel do CGPC no cenário Previdenciário BrasileiroPalestrante: Reginaldo Camilo

Page 5: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Histórico

4º Workshop – 2010

Painel I – Custeio dos planos previdenciários operados por EFPC´s em processo judicial Palestrante: Fábio Junqueira de Carvalho (JCMB)

Painel II – Custeio dos planos previdenciários operados por EFPC´s em processo judicialPalestrante: Indalécio Gomes Neto (Indalécio Gomes Neto Advogados)

Painel III – Resumo das Ações Judiciais nos Planos das Fundações do Conglomerado Itaú-Unibanco - Margareth Bierwagen (Itaú Unibanco) e Cesta Alimentação - Carolina S. Sôro (Itaú Unibanco)

Painel IV – Aspectos constitucionais de Previdência Complementar Fechada Palestrante: Maria da Glória C. Arruda (Itaú Unibanco)

Painel V – Aspectos constitucionais de Previdência Complementar Fechada Palestrante: Wagner Balera (Moreau & Balera)

Page 6: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Histórico

5º Workshop – 2011

Painel I - Visão Geral da Previdência Complementar Palestrante: Maria da Glória Arruda (Itaú Unibanco - Jurídico)

Painel II – Aspectos polêmicos envolvendo a alteração e a extinção de contratos de previdência complementarPalestrante: Dr. Luis Cazetta (Sturzenegger Advogados Associados )

Painel III – Competência da Justiça (trabalho/cível) – Posição do STF Palestrante: Dr. Victor Russomano (Advocacia Russomano)

Painel IV – Experiência da FUNCEF (Ações envolvidas)Palestrante: Dr. Carlos Alberto Caser (Presidente da FUNCEF)

Painel V – Riscos Jurídicos no Sistema Previdenciário BrasileiroPalestrante: Dr. Adacir Reis (Reis Advocacia)

Page 7: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Histórico

6º Workshop – 2012

Painel I - Recomposição da Reserva Matemática devido a Majoração no novo Benefício e a Fonte de CusteioPalestrante: Waldner Conde

Painel II - Os Impactos Jurídicos da Queda da Taxa de Juros nos Planos de EFPCPalestrante: Dr. Flávio Martins Rodrigues

Painel III - Súmulas 326 e 327 do Tribunal Superior do Trabalho PalestrantePalestrante: Exmo. Sr. Ministro Pedro Paulo Manus

Painel IV - Cenário da Previdência Complementar Fechada nos Tribunais SuperioresPalestrante: Dr. Adacir Reis

Painel V - Previdência Complementar Fechada: Papel do Estado e os Desafios e Perspectivas para a Atuação Jurídica.Palestrante: Dr. Daniel Pulino

Page 8: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Histórico

7º Workshop – 2013

Painel I - Cenário Atual da Previdência Complementar no Brasil e seus próximos passosPalestrante: Dr. José Edson da Cunha - Sec. Adjunto Políticas de Prev. Comp. – SPPC

Painel II - Os Impactos Jurídicos da Queda da Taxa de Juros nos Planos de EFPCPalestrante: Dr. Flávio Martins Rodrigues

Painel III - Súmulas 326 e 327 do Tribunal Superior do Trabalho PalestrantePalestrante: Exmo. Sr. Ministro Pedro Paulo Manus

Painel IV - Cenário da Previdência Complementar Fechada nos Tribunais SuperioresPalestrante: Dr. Adacir Reis

Page 9: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

AGENDA 2014 – 8º Workshop Jurídico

ABERTURA

Abertura - Estrutura das Fundações de Previdênciae os tipos de planos administrados

Arnaldo Serighelli(Diretor das Fundações de Previdência) 10h00 às 10h30

PAINEL II – Impactos pessoais e sociais dalongevidade.

10h30 às 11h40

Jurandir Sell Macedo Jr

Consultor e Doutor em Finanças Comportamentais

Espaço para Debate/PerguntasALMOÇO

PAINEL III – A PREVIC e os Fundos de Pensão

Carlos Alberto de PaulaDiretor-superintendente da Previc 14h00 às 15h10

Espaço para Debate/Perguntas

PAINEL IV – Panorama da Jurisprudência e aatuação nos Tribunais Superiores

Vitor Gil PeixotoSócio do Bothomé Advogados Associados 15h10 às 16h20

Espaço para Debate/Perguntas

PAINEL V – Processo de Migração da “JustiçaTrabalho X Justiça Comum”

Dr. Rogério CunhaJuiz de Direito do Tribunal de Justiça do Paraná 16h20 às 17h30

Espaço para Debate/PerguntasENCERRAMENTO

Page 10: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

ABERTURA

Arnaldo Cesar SerighelliDiretor Fundações de Previdência Itaú Unibanco

Estrutura das Fundações de Previdência e os tipos de planos

administrados.

Page 11: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA

ITAÚ UNIBANCO

Previdência Complementar

11

Page 12: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Origens dos planos

12

Page 13: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Fundações

Page 14: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Bemgeprev: Banco do Estado de Minas

Pac: Banco Itaú

Itaubanco CD : Cissão Plano PAC

Itaulam BD e CD : Loydes Bank

Franprev : Banco Francês e Brasileiro

002: Fasbemge

Itau BD/CD : Orbital e Credicard

Futuro Inteligente - Unibanco

Prebeg: Banco do Estado de Goiás

Itaubank – Bank Boston

UBB Prev – IJMS + Bandeirantes

Fumbep I e II : Banco Banestado – Banco do Paraná

Plano II : Banco Banorte.

Fundações de Previdência – Grupo Itaú Unibanco

14

Page 15: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Fundação Itaú Unibanco Sedes

Curitiba

Recife

Belo Horizonte

São Paulo

Goiânia

Page 16: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Ranking Brasil das Maiores Entidades - Total de 267

Fundação Investimentos

(R$ mil)

1º Previ 171.805.631

2º Petros 67.745.136

3º Funcef 56.296.471

4º Fundações do Itaú Unibanco 23.094.555

5º Fundação Cesp 22.819.944

6º Valia 17.215.994

Fonte: Abrapp/Nov-14

Previdência Complementar Fechada

4º Brasil e1º origem

privada

16

Page 17: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Ranking Brasil dos Maiores Planos por Modalidade

Benefício Definido

Plano Fundação Investimentos

(R$ mil)

Ativos Assistidos

1º Itaubanco CD Itau Unibanco 7.588.061 17.891 3.265

2º Visão - Telesp Visão Prev 3.052.851 6.904 4.208

3º Plano CD Gerdau Gerdau 2.970.914 20.780 1.345

4º IBM - CD IBM 2.872.193 13.852 769

5º CEEEPREV EletroCEEE 2.220.827 4.036 2.506

Contribuição Definida

Fonte: Abrapp/Nov-14

Plano Fundação Investimentos

(R$ mil)

Ativos Assistidos

1º PB1 Previ 165.761.163 25.849 91.119

2º Plano Petros Petros 53.955.004 27.539 51.211

3º Reg/Replan Funcef 47.827.028 29.232 34.873

4º PBS-A Sistel 11.475.848 0 23.995

10º PAC Itau Unibanco 6.017.248 1.250 4.162

R$ 9 bitodos os CDs

R$ 14 bitodos os BDs

17

Previdência Complementar Fechada

Page 18: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Planos BD e CD/CV – Fundações do Itaú Unibanco

Planos BD %

Nº de Planos 10 62,5%

Patrimônio (R$ mil ) 13.916 59%

Nº de Participantes 26.130 42,76%

Nº de Assistidos 15.940 78,86%

Benefício Médio R$ 3.187

Planos CD/CV %

Nº de Planos 6 37,5%

Patrimônio (R$ mil) 9.670 41%

Nº de Participantes 34.976 57,24%

Nº de Assistidos 4.273 21,14%

Benefício Médio R$ 2.606

BDContributivo

Franprev Funbep I

Plano 002 PrebegCD /CV

Contributivo

Itaubank Itaú CD

Itaulam Supl. Funbep I

Futuro Inteligente

BD não Contributivo

ACMV Banorte

Itaú BD Itaulam BD

BD UBB Prev PAC

CD/CVnão

Contributivo

Itaubanco CD

*Mês base Outubro/14

Page 19: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

BEMGEPREV

Estrutura

Fundação Itaú Unibanco

Conselho Deliberativo

Conselho Fiscal

DiretoriaExecutiva

Atendimento

Folha

Processos Judiciais

RH

Jurídico

Controles e Riscos

Investimento

Adm. Imóveis

ComprasProcessos Previc

Patrocinadora

Concessão de Benefícios

Emprestimos

Avaliação atuarial

Atendimento Fiscalizações

Arrecadação /Cadastro

Comunicação

Comitês de Planos

Sistemas

Contabilidade

19

Page 20: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Patrocinadoras

Conselho DeliberativoConselho Fiscal

Comitê de Planos

PREVIC/MPS

AFACI

Associações Aposentados

Assistidos

Fornecedores

Lideranças sindicais

BPD eAutopatrocinados

Ativos

Apatrevo AFA-BFB

Relacionamento com Stakeholders

20

Page 21: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

PAINEL II:

Jurandir Sell Macedo JrConsultor e Doutor em Finanças Comportamentais

“Apresentação não disponibilizada pelo palestrante”

Impactos pessoais e sociaisda longevidade

Page 22: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Doutor em Finanças Comportamentais, e pioneiro da área no Brasil. Tem pós-doutorado em Psicologia Cognitiva pela Université Libre de Bruxelles (ULB).

É professor associado do Departamento de Engenharia do Conhecimento daUniversidade Federal de Santa Catarina, onde ministra a primeira disciplina deFinanças Pessoais do País, para alunos de todos os cursos da universidade.

Consultor de Finanças Pessoais do Itaú Unibanco. Faz parte do conselho editorial daRevista RI. Fundou o Instituto de Educação Financeira (IEF). Foi um dos fundadores doInstituto Brasileiro de Planejadores Financeiros (IBCPF) e hoje é membro do conselhofiscal da instituição. É Planejador Financeiro Certificado (CFP) e profissional deinvestimentos certificado (CNPI). É articulista da Revista RI.

Publicou mais de 300 artigos sobre educação financeira e é autor dos livros “A árvoredo dinheiro” (Campus-Elsevier), que deu início à coleção Expomoney, atualmente com30 títulos; “O tempo na sua vida” (Saraiva), em coautoria com Fernando Serra;“Finanças Comportamentais” (Atlas), em coautoria com José Morais e Régine Kolinsky,“A árvore do dinheiro” (Insular) e “4 dimensões de uma vida em equilíbrio” (Insular).

Jurandir Sell Macedo Jr

Page 23: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

PAINEL III:

Carlos Alberto de PaulaDiretor-superintendente da Previc

A PREVIC e os Fundos de Pensão.

Page 24: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Carlos Alberto de Paula

Bacharel em Direito e especialista em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas(FGV).

Atua há mais de 20 anos na área de seguros e previdência complementar. De 2003 a 2005,foi Coordenador-Geral de Projetos Especiais e Fomento na Secretaria de PrevidênciaComplementar (SPC), onde se destacou pela coordenação do processo de implantação daPrevidência Associativa no Brasil. De janeiro de 2005 a janeiro de 2007, atuou como Diretorde Análise Técnica da SPC. De 2007 a 2008, exerceu o cargo de Diretor da Superintendênciade Seguros Privados (SUSEP).

Retornou à SPC como Secretário-Adjunto, compondo a equipe do projeto de criação daPrevic onde atuou como Diretor de Análise Técnica até fevereiro de 2012. A partir de entãoassumiu a Diretoria de Pessoas e Marketing do IRB Brasil RE e compôs a equipe queconduziu o processo de desestatização da empresa. Ao receber o convite para assumir ocargo de Diretor-Superintendente da Previc, estava respondendo pela Vice-Presidência dePessoas e Marketing do IRB Brasil RE.

Page 25: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

PAINEL IV:

Panorama da Jurisprudência e a atuação nos Tribunais Superiores

Vitor Gil PeixotoSócio do Bothomé Advogados Associados

Graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS, especialista em Direito Empresarial, Pós-Graduado em Direito Civil e Processo Civil.

Page 26: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Desde 1974

26

Page 27: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama da Jurisprudência do Superior Tribunal

de Justiça - STJ em Demandas Relativas ao

Contrato Previdenciário

Por Vitor Gil Peixoto e Fabrício Bothomé

Dezembro de 2014

27

Page 28: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Proposta expositiva / Percurso

Introdução

Panorama da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça -

STJ em demandas relativas ao contrato previdenciário

Condução do processo de forma a fulminar o litígio nas

instâncias iniciais ou a torna-lo apto à jurisdição da Corte

Superior

Considerações finais

28

Page 29: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Introdução

O contrato previdenciário complementar é um contrato de natureza civil, de longa

duração, consubstanciado pelos Regulamentos dos Planos de Benefícios

(nomenclatura utilizada pela Lei Complementar nº 109/2001).

Esta longevidade está intimamente ligada à segurança jurídica (a ser garantida pelo

Estado, através da autoridade reguladora - hoje a PREVIC - e do Poder Judiciário), ao

zelo das partes envolvidas no vínculo (Participantes, Entidades e Patrocinadores) pelo

cumprimento das suas respectivas obrigações, além do respeito aos princípios de

governança nos processos de gestão das Entidades.

Dotado de extrema relevância social e econômica. Representa a garantia de sustento

de crescente parcela da população, considerando o aumento da expectativa de vida,

além do expressivo volume de recursos administrados pelas Entidades, aplicado em

obras de infraestrutura, dentre outras tantas áreas de investimentos, incrementando a

economia do País, observadas as diretrizes da Resolução nº 3.792/2009, do Banco

Central do Brasil – BACEN. Segundo dados da PREVIC de junho de 2014, são 320

Entidades Fechadas de Previdência Complementar administrando cerca de 702 bilhões

de reais (ativo total), aproximadamente 17% do PIB nacional.

Diante de tal panorama e de tais características do sistema, como o Poder Judiciário

tem se posicionado? O objeto da presente apresentação, sem a pretensão de esgotar o

tema, é justamente este, privilegiando-se, contudo, a análise da jurisprudência do STJ.

29

Page 30: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

A partir dos últimos anos, verifica-se um paulatino amadurecimento da

jurisprudência da Corte Superior, mostrando-se atenta às particularidades

do sistema, interpretando com precisão as disposições das Leis

Complementares nº 108 e 109/2001, à luz do quanto previsto no art. 202,

da Constituição Federal (redação dada pela Emenda Constitucional nº

20/1998):

“Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar

e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de

previdência social, será facultativo, baseado na constituição de

reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei

complementar. (...)” (Grifou-se)

30

Page 31: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Em casos concretos, ou seja, em lides específicas, individuais ou coletivas,

percebe-se da análise dos julgados emanados do STJ:

supremacia do contrato previdenciário, desvinculação entre o

benefício complementar e o vencimento do participante enquanto na

ativa, vedação ao repasse de abonos e vantagens de qualquer

natureza (art. 3º, parágrafo único da Lei Complementar nº 108/2001,

no caso das Entidades patrocinadas pelo Poder Público -

administração direta e indireta).

observância do contrato previdenciário vigente à época da

concessão para o cálculo do valor inicial do benefício (arts. 17,

parágrafo único e 68, parágrafo primeiro, da Lei Complementar nº

109/2001).

31

Page 32: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

preservação do equilíbrio atuarial dos Planos e das próprias

Entidades mediante a vedação ao pagamento de benefício que não

tenha sido objeto de prévio custeio (art. 6º, da Lei Complementar nº

108/2001 e arts. 1º, 18, caput e 3º e 19, da Lei Complementar

109/2001).

imposição às instâncias inferiores do enfrentamento do contrato

previdenciário e das Leis Complementares nºs. 108 e 109/2001,

fulminando julgamentos baseados exclusivamente em princípios,

como o da isonomia entre ativos e inativos e o da dignidade da

pessoa humana.

reconhecimento da perícia atuarial como meio de prova hábil para

aferir o cumprimento do contrato previdenciário e a existência de

custeio sobre a pretensão do participante.

32

Page 33: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Marco de identificação do moderno entendimento da Corte. Precedente específico

sobre o chamado Auxílio Cesta Alimentação, previsto em norma coletiva do trabalho

da categoria dos bancários:

Agravo em Recurso Especial nº 1.183.257-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,

publicado em 14/12/2011, a partir do qual se verificou a alteração da jurisprudência não

apenas do próprio STJ mas também dos Tribunais Estaduais de todo o País.

“(...) O exame da legislação específica que rege as entidades de previdência privada

e suas relações com seus filiados (art. 202 da CF e suas Leis Complementares 108 e

109, ambas de 2001) revela que o sistema de previdência complementar brasileiro

foi concebido, não para instituir a paridade de vencimentos entre empregados

ativos e aposentados, mas com a finalidade de constituir reservas financeiras, a

partir de contribuições de filiados e patrocinador, destinadas a assegurar o

pagamento dos benefícios oferecidos e, no caso da complementação de

aposentadoria, proporcionar ao trabalhador aposentado padrão de vida próximo ao

que desfrutava quando em atividade, com observância, todavia, dos parâmetros

atuariais estabelecidos nos planos de custeio, com a finalidade de manutenção do

equilíbrio econômico e financeiro.” (REsp 1023053-RS, Relatora Ministra Maria Isabel

Gallotti, Segunda Seção STJ, DJe 16/12/2011) (Grifou-se)

33

Page 34: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Consolidação do posicionamento acerca do Auxílio Cesta Alimentação, para efeito

da regra dos recursos repetitivos, prevista no art. 543-C, do Código de Processo Civil

– CPC, por ocasião do REsp 1.207.071/RJ, Rel. Ministra Maria Isabel Gallotti,

Segunda Seção, julgado em 27/06/2012, DJe 08/08/2012:

“(...) 4. A inclusão do auxílio cesta-alimentação nos proventos de complementação

de aposentadoria pagos por entidade fechada de previdência privada encontra

vedação expressa no art. 3º, da Lei Complementar 108/2001, restrição que decorre do

caráter variável da fixação desse tipo de verba, não incluída previamente no cálculo

do valor de contribuição para o plano de custeio da entidade, inviabilizando a

manutenção de equilíbrio financeiro e atuarial do correspondente plano de

benefícios exigido pela legislação de regência (Constituição, art. 202 e Leis

Complementares 108 e 109, ambas de 2001). 5. Julgamento afetado à Segunda Seção

com base no procedimento estabelecido pela Lei nº 11.672/2008 e pela Resolução STJ nº

8/2008. (...)” (Grifou-se)

34

Page 35: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Abono indenizatório oriundo de norma coletiva do trabalho:

(AgRg no REsp 1293221/RS, Rel. Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em

06/09/2012, DJe 28/09/2012)

“(...) 1. Para fins do art. 543-C do Código de Processo Civil: a) Nos planos de

benefícios de previdência privada fechada, patrocinados pelos entes

federados - inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia

mista e empresas controladas direta ou indiretamente -, é vedado o repasse

de abono e vantagens de qualquer natureza para os benefícios em

manutenção, sobretudo a partir da vigência da Lei Complementar n.

108/2001, independentemente das disposições estatutárias e

regulamentares; b) Não é possível a concessão de verba não prevista no

regulamento do plano de benefícios de previdência privada, pois a

previdência complementar tem por pilar o sistema de capitalização, que

pressupõe a acumulação de reservas para assegurar o custeio dos

benefícios contratados, em um período de longo prazo.”

2. Recurso especial provido.” (REsp 1425326/RS, Rel. Ministro Luis Felipe

Salomão, Segunda Seção, julgado em 28/05/2014, DJe 01/08/2014) (Grifou-se)

35

Page 36: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Abono indenizatório oriundo do plano de carreira do Patrocinador:

“(...) Verifico, pois, que o entendimento do acórdão recorrido de determinar a

inclusão do Adicional de Dedicação Integração - ADI nos proventos de

complementação de aposentadoria, independentemente da previsão de fonte

de custeio, encontra-se em manifesta divergência com a orientação deste

Tribunal, no sentido que é vedada a inclusão de ganhos de produtividade,

abonos e vantagens de quaisquer natureza (LC 108/2001, art. 3º, parágrafo

único), restrição que decorre da circunstância de a referida verba não ter

sido incluída previamente no cálculo do valor de contribuição para a

entidade, inviabilizando a manutenção de equilíbrio financeiro e atuarial do

correspondente plano de benefícios exigido pela legislação de regência

(Constituição, art. 202 e Leis Complementares 108 e 109, ambas de 2001).”

(AREsp nº 47.634-RS, Rel. Ministra Maria Isabel Gallotti, Quarta Turma, DJe

01/10/2014) (Grifou-se)

36

Page 37: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Saldamento/Migração entre planos administrados por uma mesma

Entidade (Equalização de déficit):

“(...) 1. A migração - pactuada em transação - do participante de um plano de

benefícios para outro administrado pela mesma entidade de previdência

privada, facultada até mesmo aos assistidos, ocorreu em um contexto de

amplo redesenho da relação previdenciária, com o concurso de vontades do

patrocinador, da entidade fechada de previdência complementar, por meio de

seu conselho deliberativo, e autorização prévia da Previc (REIS, Adacir.

Curso básico de previdência complementar. São Paulo: Revista dos

Tribunais, 2014, p. 76).

(...)

5. Como houve migração de plano de benefícios de previdência privada, não

há falar em invocação ao regulamento do plano de benefícios primitivo, que

não rege a atual relação contratual previdenciária mantida entre as partes.

6. Recurso especial provido. (Resp nº 1172929/RS, Rel. Ministro Luis Felipe

Salomão, Quarta Turma, julgado em 10/06/2014, DJe 01/08/2014) (Grifou-se)

37

Page 38: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Contrato aplicável no cálculo do valor inicial do benefício (o salário-real-de-benefício

será aquele vigente na época em que o participante se tornar elegível, de acordo

com o salário-de-participação, ou seja, respeitadas as parcelas da remuneração do

participante sobre as quais incidiram contribuições a título de custeio):

“AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDÊNCIA PRIVADA FECHADA. RECURSO ESPECIAL. SÓ

HÁ DIREITO ADQUIRIDO AO BENEFÍCIO - NOS MOLDES DO REGULAMENTO VIGENTE

DO PLANO - NO MOMENTO EM QUE O PARTICIPANTE PASSA A TER DIREITO AO

BENEFÍCIO COMPLEMENTAR DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. TESE DE VIOLAÇÃO AO ATO

JURÍDICO PERFEITO. (...) 4. "No tocante ao regime de previdência privada complementar, é

pacífica a orientação desta Corte de que o direito adquirido somente se aperfeiçoa no

momento em que o participante preencher os requisitos para a percepção do benefício

previdenciário". (AgRg no REsp 989.392/DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,

TERCEIRA TURMA, julgado em 08/04/2014, DJe 14/04/2014) 5. Os vigentes arts. 17,

parágrafo único e 68, § 1º, da Lei Complementar 109/2001 dispõem que as alterações

processadas nos regulamentos dos planos aplicam-se a todos os participantes das

entidades fechadas, a partir de sua aprovação pelo órgão público fiscalizador, só sendo

considerados direito adquirido do participante os benefícios a partir da implementação

de todas as condições estabelecidas para elegibilidade consignadas no regulamento

vigente do respectivo plano de previdência privada complementar. Precedentes. (...)”

(AgRg no REsp 1452027/RS, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, DJe 27/08/2014)

(Grifou-se)

38

Page 39: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Contrato aplicável no cálculo do valor inicial do benefício (afetação do

julgamento para efeito da regra dos recursos repetitivos – art. 543-C, do

CPC):

“(...) Em suas razões, a recorrente alega, destacando a existência de dissídio

jurisprudencial, ofensa aos arts. 17, parágrafo único, e 68, § 1º, da LC 109/01, pois

deve ser aplicado o regulamento do plano de benefícios vigente à época da

aposentadoria do associado, e não aquele em vigor ao tempo de sua adesão. Afirma,

ainda, violação aos arts. 1º, 18, caput e § 3º, e 19 da LC 109/01, sob o fundamento de que

é descabida a majoração de benefício previdenciário mediante o acréscimo de parcela

sobre a qual não houve prévio custeio.

Tendo em vista a multiplicidade de recursos que ascendem a esta Corte com fundamento

em idêntica controvérsia, afeto à SEGUNDA SEÇÃO o julgamento do presente recurso,

para, nos termos do art. 543-C do Código de Processo Civil, uniformizar do

entendimento desta Corte acerca da definição sobre o regulamento aplicável ao

participante de plano de previdência privada para fins de cálculo da renda mensal

inicial do benefício complementar.” (REsp nº 1435837, 2ª Sessão, Rel. Min. Paulo de

Tarso Sanseverino, 27/11/2014) (Grifou-se)

39

Page 40: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Desconstituição do julgado oriundo do Tribunal Estadual por omissão quanto às Leis

Complementares nºs. 108 e 109/2001:

“(...) Com efeito, malgrado a oposição dos embargos de declaração pela entidade de previdência

privada, verifica-se que o teor da norma constante do artigo 3º da Lei Complementar 108/2001

("Os reajustes dos benefícios em manutenção serão efetuados de acordo com critérios

estabelecidos nos regulamentos dos planos de benefícios, vedado o repasse de ganhos de

produtividade, abono e vantagens de qualquer natureza para tais benefícios.") não foi objeto de

análise pelo Tribunal de origem, o que configura omissão relevante a ensejar o retorno dos autos

para rejulgamento dos aclaratórios. 2. Do exposto, provejo o regimental da entidade de previdência

privada, para, reconsiderando a decisão agravada, dar provimento ao recurso especial, determinando o

retorno dos autos ao Tribunal de origem para rejulgamento dos embargos de declaração.” (AgRg no

Recurso Especial nº 1.269.672, STJ, Rel. Min. Marco Buzzi, Dje 28/02/2014) (Grifou-se)

“(...) Assim, sobressaindo a dissonância entre a tese esposada pelo acórdão recorrido e a

jurisprudência desta Corte, impõe-se a remessa dos autos à origem para apuração da fonte de

custeio dos valores pleiteados pelo autor (cuja ausência implicará a improcedência da pretensão

deduzida), não se revelando possível, na hipótese, a aplicação do direito à espécie no julgamento

do recurso especial. 3. Do exposto, conheço do agravo para dar parcial provimento ao recurso

especial, determinando o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que proceda ao

rejulgamento da apelação, à luz da novel orientação jurisprudencial firmada nesta Corte.” (Agravo

em Recurso Especial nº 427.264, Rel. Min. Marco Buzzi, Dje 14/02/2014) (Grifou-se)

40

Page 41: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Expurgos inflacionários sobre benefício (não sobre reserva de poupança

restituída ao participante):

“(...) 2. A Súmula 289/STJ, ao prescrever que a restituição das parcelas pagas pelo

participante a plano de previdência privada deve ser objeto de correção plena, por índice

que recomponha a efetiva desvalorização da moeda, deixa límpido que se cuida de

hipótese em que há o definitivo rompimento do participante com o vínculo contratual de

previdência complementar; não se tratando de situação em que, por acordo de

vontades, envolvendo concessões recíprocas, haja migração de participantes ou

assistidos de plano de benefícios de previdência privada para outro plano, auferindo, em

contrapartida, vantagem.

3. Em havendo transação, o exame do juiz deve se limitar à sua validade e eficácia, verificando

se houve efetiva transação, se a matéria comporta disposição, se os transatores são titulares

do direito do qual dispõem parcialmente, se são capazes de transigir - não podendo, sem que

se proceda a esse exame, ser simplesmente desconsiderada a avença. (...)

5. Com efeito, é descabida a aplicação do Código de Defesa do Consumidor alheia às normas

específicas inerentes à relação contratual de previdência privada complementar e à

modalidade contratual da transação, negócio jurídico disciplinado pelo Código Civil, inclusive

no tocante à disciplina peculiar para o seu desfazimento.

6. Agravo regimental não provido.”

(AgRg no AREsp 504.022/SC, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, 2ª Seção do STJ, DJe

30/09/2014) (Grifou-se)

41

Page 42: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Perícia atuarial na fase de instrução: reconhecimento da ciência atuarial como

única apta tecnicamente para dirimir controvérsias advindas do contrato

previdenciário (Lei nº 6.435/77 e Decreto nº 81.240/78 que regulam a profissão do

Atuário):

“AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. REVISÃO

DO BENEFÍCIO. CRITÉRIOS DIVERSOS DOS ESTABELECIDOS NO CONTRATO. PERÍCIA ATUARIAL.

NECESSIDADE. VIABILIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO DO PLANO DE BENEFÍCIOS. 1. A revisão de

benefício de previdência privada, segundo critérios diversos dos estabelecidos nos estatutos e no

contrato, deve ser precedida de perícia técnica na qual fique comprovado que não será inviabilizada a

manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial do correspondente plano de benefícios. 2. AGRAVO

REGIMENTAL DESPROVIDO.” (AgRg no REsp 1293213/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO

SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe 25/02/2013) (Grifou-se)

“RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E PREVIDÊNCIA PRIVADA. (...) DEFERIMENTO DE

REVISÃO DE BENEFÍCIO, DE MODO DIVERSO DO PREVISTO NO REGULAMENTO DO PLANO DE

BENEFÍCIOS. IMPRESCINDIBILIDADE DE PRODUÇÃO DE PERÍCIA ATUARIAL, POR SER DEVER

LEGAL DO ESTADO, INCLUSIVE NA FUNÇÃO JURISDICIONAL, PROTEGER OS INTERESSES DOS

DEMAIS BENEFICIÁRIOS E PARTICIPANTES DO PLANO. (...) Assim, conforme remansosa jurisprudência,

há muito consolidada, das duas Turmas que compõem a Segunda Seção, para revisão de benefício pago

por entidade de previdência privada, segundo critérios diversos dos pactuados no contrato, é

imprescindível perícia para resguardar o equilíbrio financeiro e atuarial. (...) Diploma consumerista. 8.

Recurso especial provido.” (REsp 1412667/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,

julgado em 12/11/2013, DJe 03/02/2014) (Grifou-se)

42

Page 43: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Limitador etário:

“(...) ao decidir pela inaplicabilidade do limitador etário previsto no Decreto

81.240/78, contrariou o entendimento (...) de que é legítimo o

estabelecimento do limite de idade em 55 anos pelo Decreto n. 81.240/78,

sem extrapolar os parâmetros fixados na Lei n. 6.435/77, que não veda tal

prática.” (REsp 1416755, Minª. NANCY ANDRIGHI, 3ª Turma do STJ, DJe

14/11/2013) (Grifou-se)

43

Page 44: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Distribuição de Superávit:

“(...) Verifico, pois, que a extensão (...) a todos os participantes (...) que recebem

complementação de aposentadoria, independentemente de terem completado,

no mínimo, 360 meses de contribuição, no período em que o trabalhador esteve

em atividade, sem previsão de custeio para o plano de benefícios

correspondente, não se compatibiliza com o princípio do mutualismo

inerente ao regime fechado de previdência privada e nem com o

dispositivos da Constituição e da legislação complementar que

regulamentam o sistema, porque enseja transferência de reservas

financeiras a parcela dos filiados, frustrando o objetivo legal de

proporcionar benefícios previdenciários ao conjunto dos participantes e

assistidos, a quem, de fato, pertence o patrimônio constituído. (...)” (AREsp

413298/SC, Decisão Monocrática, Rel. Min. Maria Isabel Galotti, j. 25.02.2014)

(Grifou-se)

44

Page 45: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

No âmbito sumular, o STJ já consolidou alguns entendimentos específicos sobre a

matéria:

Súmula 321: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação

jurídica entre a entidade de previdência privada e seus participantes.

“(...) Dessarte, como regra basilar de hermenêutica, no confronto entre as regras

específicas e as demais do ordenamento jurídico, deve prevalecer a regra

excepcional. (...) Desse modo, data venia, evidentemente, não cabe a aplicação

do CDC alheia às normas específicas inerentes à relação contratual de

previdência privada complementar e à modalidade contratual da transação -

negócio jurídico disciplinado pelo Código Civil, inclusive no tocante à disciplina

peculiar para o seu desfazimento.” (AgRg no AREsp 504.022/SC, Rel. Ministro Luis

Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 10/09/2014, DJe 30/09/2014) (Grifou-

se)

REsp nº 1.421.951 - SE, em julgamento datado de 25/11/2014, Rel. Min. Ricardo

Villas Bôas Cueva, fez-se a distinção entre os microssistemas ABERTO e FECHADO

de Previdência Complementar, cogitando-se a possibilidade de revisão da Súmula

321, para que não mais se aplique o CDC às Entidades Fechadas.

45

Page 46: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Panorama jurisprudencial

Superior Tribunal de Justiça

Súmula 289: A restituição das parcelas pagas a plano de previdência privada deve

ser objeto de correção plena, por índice que recomponha a efetiva desvalorização da

moeda.

Súmula 290: Nos planos de previdência privada, não cabe ao beneficiário a

devolução da contribuição efetuada pelo patrocinador.

Súmula 291: A ação de cobrança de parcelas de complementação de aposentadoria

pela previdência privada prescreve em cinco anos.

Súmula 427: A ação de cobrança de diferenças de valores de complementação de

aposentadoria prescreve em cinco anos contados da data do pagamento.

Prescrição do fundo de direito. Pretensão de revisar o ato único de concessão do

benefício, ou seja, o valor inicial do benefício, passados 5 (cinco) anos da data do

primeiro pagamento. Recurso Especial nº 1.201.529/RS, 2ª Seção, STJ (em curso, com

pedido de vista do Min. Raul Araújo).

Súmula 505: A competência para processar e julgar as demandas que têm por objeto

obrigações decorrentes dos contratos de planos de previdência privada firmados com

a Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social - REFER é da Justiça Estadual.

46

Page 47: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

A Previdência Complementar para o

Supremo Tribunal Federal

Repercussão Geral (arts. 543-A e 543-B, do CPC):

Precedentes tais como RE 582.504, RE 586.453, RE 590.005 RE

630.501, RE nº 659.109, dentre outros, obstam o trânsito do assunto

perante a Corte Suprema, uma vez que reconhecida a ausência de

repercussão geral das questões relativas ao Sistema Previdenciário

Complementar.

RE 639.138 (Tema 452): “Cláusula de plano de previdência

complementar que estabelece valor inferior de complementação de

benefício para mulheres em virtude de seu tempo de contribuição”.

Tratamento diferenciado entre homens e mulheres.

47

Page 48: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

A Previdência Complementar para o

Supremo Tribunal Federal

RE 586.453/SE:

DEFINIÇÃO DA COMPETÊNCIA: “(…) firmar a competência da Justiça

Comum para o processamento de demandas contra entidades privadas de

previdência buscando-se o complemento de aposentadoria.”

MODULAÇÃO DE EFEITOS: “(…) reconhecer a competência da Justiça

Federal do Trabalho para processar e julgar, até o trânsito em julgado e a

correspondente execução, todas as causas da espécie em que houver sido

proferida sentença de mérito até a data da conclusão, pelo Plenário do

Supremo Tribunal Federal, do julgamento do presente recurso (20/02/2013).” A

competência será da Justiça Federal quando o Patrocinador integrar o pólo

passivo da lide e, por exemplo, quando se tratar de empresa pública,

sociedade de economia mista, fundação ou outra instituição vinculada à União

Federal (art. 109, I, da Constituição Federal).

48

Page 49: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

A Previdência Complementar para o

Tribunal Superior do Trabalho

Autonomia das normas coletivas do trabalho, exemplificativamente:

“(...) COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. ABONO CONCEDIDO POR MEIO DE

ACORDO COLETIVO. NATUREZA JURÍDICA. Segundo a tendência jurisprudencial do

Tribunal Superior do Trabalho, a norma coletiva que institui abono com natureza

indenizatória deve ser observada nos termos em que posta, a despeito do disposto

no artigo 457, § 1º, da Consolidação das Leis do Trabalho, em homenagem ao ideal

da autonomia privada coletiva, consagrado pelo legislador constituinte de 1988.

Recurso de revista conhecido e provido. (...)” (AIRR e RR - 5502400-43.2002.5.08.0900,

Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, 12/05/2010, 1ª Turma) (Grifou-se)

Definição do contrato previdenciário aplicável no cálculo do valor inicial do benefício com base na

Súmula 288, em detrimento dos arts. 17, parágrafo único e 68, § 1º, da Lei Complementar nº

109/2001:

“COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA

I - A complementação dos proventos da aposentadoria é regida pelas normas em vigor na

data da admissão do empregado, observando-se as alterações posteriores desde que mais

favoráveis ao beneficiário do direito.

II - Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de planos de previdência

complementar, instituídos pelo empregador ou por entidade de previdência privada, a opção

do beneficiário por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do outro.”

49

Page 50: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

A Previdência Complementar para o

Tribunal Superior do Trabalho

Todavia, o próprio TST já acena com a possibilidade de alteração do entendimento

consolidado na Súmula 288:

“Revendo posicionamento anterior...a questão atrai a aplicação da legislação previdenciária,

devendo ser considerados os termos da Lei Complementar n.º 109/2001, a qual, a partir das

modificações perpetradas no artigo 202, da Constituição Federal, introduzidas pela EC n.º

20/1998, estabelece, em seu artigo 17. (...) a partir da alteração do artigo 202 da

Constituição Federal, o referido dispositivo passou a estabelecer que os benefícios e

condições contratuais estabelecidos nos planos de previdência privada não integram

o contrato de trabalho dos participantes, ...a não integração (...) foi repetida no corpo

da referida Lei Complementar, nos termos do seu artigo 68, (...) há de ser considerada

aplicável ao Reclamante a alteração regulamentar perpetrada e vigente na data em que

se tornou elegível ao benefício da aposentadoria, sob pena de violação do disposto no

artigo 17, parágrafo único, da LC n.º 109/2001, não sendo aplicável, quanto ao caso

concreto, o entendimento das Súmulas n.ºs 51, I, e 288, do TST. (...) a garantia dos

direitos do trabalhador passa pela necessidade de se preservar também a “saúde financeira”

dos próprios planos de benefícios previdenciários, da qual depende, em última análise, a

própria manutenção dos padrões de ganho dos aposentados participantes.” (TST-RR-775-

81.2011.5.04.0781 – Relª. Minª. Maria de Assis Calsing – j. 05/06/2013) (Grifou-se)

(Agravo de Instrumento em Recurso de Revista – AIRR nº 0000877-91.2011.5.04.0009 - 7ª

Turma – TST – Rel. Min. Vieira de Melo Filho, j. 22/10/2014)

50

Page 51: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

O acesso às instâncias extraordinárias é cada vez mais restrito. Imposição de

diversos óbices de forma, por exemplo, no que pertine ao Recurso Especial:

Súmulas 5, do STJ: “A simples interpretação de clausula contratual não enseja

recurso especial.” (correspondente à Súmula 279, do STF)

Súmula 7, do STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja

recurso especial.” (correspondente à Súmula 454, do STF)

Súmula 211, do STJ: “Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a

despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo

Tribunal „a quo‟.” (correspondente às Súmula 282 e 356, do STF)

Tais óbices acarretam a necessidade de que o processo seja conduzido, desde a

primeira oportunidade de manifestação nos autos, de forma a se alcançar um

julgamento favorável nas instâncias ordinárias ou a torna-lo apto à jurisdição da

Corte Superior.

51

Condução do processo de forma

a fulminar o litígio nas instâncias iniciais

ou a torna-lo apto à jurisdição da Corte Superior

Page 52: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Na petição inicial ou na contestação, delinear a contratualidade objeto da lide, em

especial o ponto sobre o qual recai a discussão, tanto para a perfeita elucidação

do Juízo, quanto para tornar incontroverso o suporte fático envolvido no feito,

afastando a aplicação das Súmulas 5 e 7, do STJ no juízo de admissibilidade do

Recurso Especial.

“2.2. Pretensão de incorporação do abono salarial único nos proventos da

aposentadoria complementar. 2.2.1. A análise da controvérsia prescinde de

interpretação de cláusula contratual e reexame de prova, motivo pelo qual

não incidem, na espécie, as Súmulas 5 e 7 do STJ. Fatos incontroversos

delimitados no acórdão recorrido. Não há divergência sobre o teor das

normas coletivas (que concedem abono único aos bancários ativos em

determinados períodos), mas apenas acerca da definição da natureza jurídica da

citada verba para fins de incorporação ou não no benefício previdenciário

complementar.” (AgRg no REsp 1293221/RS, Rel. Ministro Marco Buzzi, Quarta

Turma, julgado em 06/09/2012, DJe 28/09/2012) (Grifou-se)

52

Condução do processo de forma

a fulminar o litígio nas instâncias iniciais

ou a torna-lo apto à jurisdição da Corte Superior

Page 53: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Apontar os dispositivos legais incidentes sobre o tema controvertido, por

exemplo, as normas insertas nas Leis Complementares nºs 108 e 109/2001

que tratam do respeito ao contrato previdenciário e do equilíbrio atuarial,

forçando a respectiva análise pelo Juízo, inclusive através do manejo de

embargos de declaração, para que restem prequestionandos ao longo do

curso do feito.

Tratar cada caso como “o” caso.

Atenção especial às iniciais genéricas, para que a argumentação a ser

trazida em contestação não municie o demandante com subsídios que lhe

possam ser úteis.

Iniciais com pedidos expressos de dedução das contribuições necessárias

para custear a majoração do benefício, mitigando ou até mesmo anulando

os prejuízos de uma eventual procedência. Decisão que vede tal dedução

estará transbordando os limites da lide – extra ou ultra petita.

53

Condução do processo de forma

a fulminar o litígio nas instâncias iniciais

ou a torna-lo apto à jurisdição da Corte Superior

Page 54: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Condução do processo de forma

a fulminar o litígio nas instâncias iniciais

ou a torna-lo apto à jurisdição da Corte Superior

Insistir na realização da perícia atuarial nos casos em que a lide paire sobre o cumprimento

do contrato, ou seja, se no cálculo do benefício foram contempladas todas as parcelas

contratualmente previstas, não se limitando a questões eminentemente de direito, como, por

exemplo, a definição do contrato aplicável no cálculo do valor inicial do benefício, se aquele

da época da vinculação do participante ao quadro de associados da Entidade ou se aquele

em vigor à época da respectiva concessão. Especialmente quando houve a expressa

inversão do ônus da prova, tirando proveito desta em tese “desvantagem” processual

(Súmula 321, do STJ).

Interação com peritos e assistentes técnicos, a fim de que se produza uma prova favorável,

possibilitando, inclusive, liquidações negativas (exemplo das condenações que deferem a

dedução da fonte de custeio).

Interação com o cliente, respeitando as regras próprias de governança, prestando o devido

suporte na definição das contingências, a partir das particularidades do caso concreto e da

jurisprudência, sempre com o norte do menor impacto econômico possível à Entidade,

otimizando os recursos destinados ao provisionamento, sem descuido da cautela e da

prudência.

Identificação de processos estratégicos/VIP’s, pela repercussão econômica, institucional ou,

ainda, pelo ineditismo da pretensão.

54

Page 55: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Nas ações coletivas (Lei nº 7.347/1985 e suas posteriores alterações), atentar para

as questões relativas à legitimidade ativa e para a homogeneidade dos direitos

envolvidos na controvérsia.

Manutenção de uma equipe de advogados especializada na área de recursos, atenta às

peculiaridades desta fase processual, especialmente perante as instâncias extremas

(Tribunais Superiores e STF).

Audiências com magistrados (Juízes, Desembargadores e Ministros), visando à perfeita

elucidação do tema objeto da lide, em reforço aos argumentos trazidos nas peças

processuais. No caso dos Tribunais, antecipando-se às pautas de julgamentos, ou seja,

antes da elaboração dos votos.

Comparecimento à tribuna em sessões de julgamento e apresentação de memoriais concisos

e sintéticos (adoção de um padrão de 3 laudas).

Identificação dos processos com melhores condições de trânsito nos Tribunais Superiores.

Advogar o bom direito, mediante argumentos jurídicos plausíveis, fugindo-se de eventual

pecha de litigante contumaz. Avaliar a pertinência de não insistir em processo não muito bem

preparados, evitando-se a criação de precedente desfavorável.

55

Condução do processo de forma

a fulminar o litígio nas instâncias iniciais

ou a torna-lo apto à jurisdição da Corte Superior

Page 56: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Condução do processo de forma

a fulminar o litígio nas instâncias iniciais

ou a torna-lo apto à jurisdição da Corte Superior

Impugnar as concessões de Assistência Judiciária Gratuita – AJG, conforme a renda

mensal do participante e o parâmetro jurisprudencial aplicável, como forma de

desencorajar a propositura de demandas aventureiras.

Parâmetros utilizados pelos Tribunais Estaduais para a concessão da AJG,

exemplificativamente:

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul – TJRS: 5 (cinco) salários mínimos

mensais (R$ 3.620,00 – três mil seiscentos e vinte reais). (Agravo de Instrumento nº

70059874529, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luís

Augusto Coelho Braga, Julgado em 01/07/2014)

Tribunal de Justiça de São Paulo – TJSP: indeferimento do benefício para litigante

com renda mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais) (Agravo de Instrumento nº

2103849-66.2014.8.26.0000 29ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça

de São Paulo Relatora Desa. Silvia Rocha, 30/07/2014.)

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios – TJDFT: prova da incapacidade

material do postulante ao benefício (Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº

20140020062355, Relator Alfeu Machado, 1ª Turma Cível, 21/05/2014)

56

Page 57: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Considerações finais

Imprescindível que cada demanda receba tratamento diferenciado, de

acordo com suas respectivas particularidades, para que seja fulminada no

âmbito das instâncias ordinárias, ou para torna-la passível de se submeter

à jurisdição do Superior Tribunal de Justiça.

O amadurecimento da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça

garante segurança jurídica aos personagens do contrato previdenciário

complementar (Participantes, Entidades e Patrocinadores), ao encontro da

preservação da higidez do sistema.

Representa, ademais, desestímulo ao ajuizamento de demandas

aventureiras ante a menor expectativa de êxito.

Consequente redução do passivo contingencial das Entidades.

57

Page 59: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

PAINEL IV:

Dr. Rogério CunhaJuiz de Direito do Tribunal de Justiça do Paraná

Bacharel em direito pela Universidade Federal do Rio Grande/RS. Especialista pela Universidade da Região da Campanha/RS advogado entre 2000 e 2004. Procurador

Municipal em 2005. Analista Judiciário do Quadro do superior tribunal militar de 2005 a 2012.Professor da Universidade da Região da Campanha de 2009 até 2012. Autor do livro "Curso Didático de Direito

Tributário" e de vários artigos publicados no RS, SP e BA. Atualmente, Juiz de Direito do Estado do Paraná,titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Bandeirantes. Professor – Universidade Norte Paraná - UNOPAR -

Campus Bandeirantes –PR, Professor - Faculdade Dom Busco - Cornélio Procópio -PR

Processo de Migração da “Justiça Trabalho X Justiça Comum”

Page 60: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

8º Workshop Jurídico - Fundações

de Previdência

Aspectos processuais e materiais do

Julgamento do Recurso

Extraordinário n.º 586.453-SE

Rogerio de Vidal Cunha

Juiz de Direito

03 de dezembro de 2014

Page 61: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

No dia 20 de fevereiro de 2013, o Plenário do Supremo Tribunal

Federal concluiu o julgamento dos Recursos Extraordinários nº 586453 e

583050, e decidiu, por maioria, que compete à Justiça Estadual

processar e julgar litígios previdenciários contra entidade de

previdência complementar privada.

O Supremo Tribunal Federal havia firmado o entendimento de que: (a)

à Justiça do Trabalho compete julgar os casos relacionados com o

contato de trabalho, ou seja, aqueles nos quais a alteração ou o

pagamento posterior de verbas trabalhistas gera reflexos sobre o valor

do benefício previdenciário; (b) a Justiça Comum tem competência

residual para todas as outras situações, diante da natureza contratual

da relação, ainda que tenha natureza previdenciária. Nesse sentido:“I. Justiça do Trabalho:

competência (CF, art. 114):

pacífica a jurisprudência do

Supremo Tribunal de que é da

Justiça do Trabalho a

competência para dirimir

controvérsias relativas à

complementação de proventos

de aposentadoria quando

decorrentes de contrato de

trabalho: precedentes.

(AI 581451 AgR/PA, 1ª Turma,

1. A Justiça Comum é competente para

processar e julgar controvérsia relativa

à complementação de aposentadoria

paga por entidade de previdência

privada que não decorra do contrato

de trabalho.

2. Reexame de fatos e provas.

Inviabilidade do recurso

extraordinário. Súmula n. 279 do

Supremo Tribunal Federal. Agravo

regimental a que se nega provimento”

(AI 718905 AgR/DF, 2ª Turma, rel.

Page 62: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Contudo, ao julgar os RE 586453 e 583050, o Pleno do STF modificou esse

entendimento consolidado durante aproximadamente 40 anos, para definir

a competência exclusiva da Justiça Estadual.Recurso extraordinário Direito Previdenciário e Processual Civil Repercussão geral reconhecida

Competência para o processamento de ação ajuizada contra entidade de previdência privada

e com o fito de obter complementação de aposentadoria Afirmação da autonomia do Direito

Previdenciário em relação ao Direito do Trabalho Litígio de natureza eminentemente

constitucional, cuja solução deve buscar trazer maior efetividade e racionalidade ao sistema.

Recurso provido para afirmar a competência da Justiça comum para o processamento da

demanda - Modulação dos efeitos do julgamento, para manter, na Justiça Federal do Trabalho,

até final execução, todos os processos dessa espécie em que já tenha sido proferida sentença

de mérito, até o dia da conclusão do julgamento do recurso (20/2/13).

1. A competência para o processamento de ações ajuizadas contra entidades privadas de

previdência complementar é da Justiça comum, dada a autonomia do Direito

Previdenciário em relação ao Direito do Trabalho. Inteligência do art. 202, § 2º, da

Constituição Federal a excepcionar, na análise desse tipo de matéria, a norma do art. 114,

inciso IX, da Magna Carta.

2. Quando, como ocorre no presente caso, o intérprete está diante de controvérsia em que há

fundamentos constitucionais para se adotar mais de uma solução possível, deve ele optar por

aquela que efetivamente trará maior efetividade e racionalidade ao sistema.

3. Recurso extraordinário de que se conhece e ao qual se dá provimento para firmar a

competência da Justiça comum para o processamento de demandas ajuizadas contra entidades

privadas de previdência buscando-se o complemento de aposentadoria.

4. Modulação dos efeitos da decisão para reconhecer a competência da Justiça Federal do

Trabalho para processar e julgar, até o trânsito em julgado e a correspondente execução,

todas as causas da espécie em que houver sido proferida sentença de mérito até a data da

conclusão, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, do julgamento do presente recurso

(20/2/2013).

5. Reconhecimento, ainda, da inexistência de repercussão geral quanto ao alcance da

Page 63: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Três foram os fundamentos principais para a mudança na orientação, com o

afastamento da incidência do art. 114, IX, da Constituição, que determina

a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar controvérsias

derivadas da relação de trabalho:

(a) a ausência de relação trabalhista entre o participante e a

entidade de previdência;

(b) a existência de autonomia do Direito Previdenciário e de

sua consequente distinção do Direito do Trabalho;

(c) e os riscos de contradição derivados da possibilidade de

o mesmo assunto ser decidido pelas Justiças Comum e

Trabalhista.

Page 64: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

Embasando o primeiro argumento, o art. 202, § 2°, da Constituição, prevê que “as

contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos,

regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o

contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não

integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei”.

Em primeiro lugar, lembra-se que existem dois sistemas de Previdência Social no Brasil:

um público e outro privado.

O sistema público é dividido em: (a) Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS),

instituído pelos entes da Administração Pública direta (União, Estados, Distrito Federal,

Municípios, autarquias e fundações), com base no art. 40 da Constituição; (b) e Regime

Geral de Previdência Social (RGPS), previsto no art. 201 da Constituição. Há ainda quem

inclua, como um regime diferenciado, o da Previdência Oficial Complementar,

autorizado pelo art. 40, § 14, da Constituição.

Por sua vez, o sistema privado tem fundamento constitucional no art. 202, segundo o

qual “o regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma

autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado

na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei

complementar”.

Suas principais características são: o caráter complementar, a organização autônoma em

relação aos regimes geral e próprios, a facultatividade e a regulamentação por lei

complementar É autônomo porque existe de forma independente aos demais regimes, e

facultativo por não ser de filiação obrigatória.

Page 65: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

ASPECTOS PROCESSUAIS: MODULAÇÃO DE EFEITOS

Modulação dos efeitos da decisão para reconhecer a competência da

Justiça Federal do Trabalho para processar e julgar, até o trânsito em

julgado e a correspondente execução, todas as causas da espécie em que

houver sido proferida sentença de mérito até a data da conclusão, pelo

Plenário do Supremo Tribunal Federal, do julgamento do presente recurso

(20/2/2013).

• Justiça do Trabalho

Ações anteriores

• Justiça Comum

Ações Posteriores

Page 66: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

ASPECTOS MATERIAIS

Uma questão contraditória.

Se o fundamento da decisão é a garantia de racionalidade do

sistema, não há lógica na modulação dos efeitos nos termos

propostos.

Explico.

Um sistema racional implicaria na remessa dos autos à Justiça

Comum, com a preservação dos atos processuais, mas a manutenção

de processos em justiças distintas, com ritos distintos, prazos

prescricionais distintos, não racionaliza, pelo contrário incentiva a

divergência de entendimentos.

Page 67: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

HÁ POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DE VERBAS TRABALHISTAS PELA JUSTIÇA

COMUM?

A grande questão é , há possibilidade de que o juízo comum, por

exemplo, em análise de pedido de revisão de beneficio de previdência

complementar, analise diretamente questões atinentes ao contrato de

trabalho?

Temos de reconhecer que a resposta somente pode ser afirmativa.

A questão primordial é se os juízes da justiça comum conseguirão lidar

com questões como as verbas trabalhistas e seus reflexos?

Page 68: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

QUESTÃO PRIMORDIAL: PRESCRIÇÃO. Reconhecimento, ainda, da inexistência de repercussão geral

quanto ao alcance da prescrição de ação tendente a questionar as

parcelas referentes à aludida complementação, bem como quanto à

extensão de vantagem a aposentados que tenham obtido a

complementação de aposentadoria por entidade de previdência

privada sem que tenha havido o respectivo custeio”

Com a negativa de repercussão geral a matéria fica sujeita à dois

regimes: •TST Sumula 326: Tratando-se de pedido de complementação de aposentadoria oriunda de norma regulamentar e jamais paga ao ex-empregado, a prescrição aplicável é a total, começando a fluir o biênio a partir da aposentadoria.

•TST Sumula 327: Tratando-se de pedido de diferença de complementação de aposentadoria oriunda de norma regulamentar, a prescrição aplicável é a parcial, não atingindo o direito de ação, mas, tão-somente, as parcelas anteriores ao quinquênio.

Ações em tramite na JT

• STJ Sumula 291: A ação de cobrança de parcelasde complementação de aposentadoria pelaprevidência privada prescreve em cinco anos.

• STJ Súmula 427: A ação de cobrança de diferençasde valores de complementação de aposentadoriaprescreve em cinco anos contados da data dopagamento.

• Lei Complementar 109/2001 :

• Art. 75. Sem prejuízo do benefício, prescreve emcinco anos o direito às prestações não pagas nemreclamadas na época própria, resguardados osdireitos dos menores dependentes, dos incapazes oudos ausentes, na forma do Código Civil.

Ações em tramite na JC

"Se, já não sendo

segurado, o autor

reclama a restituição do

capital investido, a

prescrição quinquenal

apanha o próprio fundo

do direito; se, ao revés,

demanda na condição de

segurado, postulando

prestações ou diferenças,

a prescrição alcança

apenas as parcelas

vencidas há mais de

cinco anos [da

propositura da ação]"

Page 69: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

PRESCRIÇÃO NA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM

RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. IMPLANTAÇÃO

DE APOSENTADORIA COMPLEMENTAR. RESGATE DE

CONTRIBUIÇÕES. OMISSÃO DO ENTE PREVIDENCIÁRIO.

PRESCRIÇÃO DE FUNDO DE DIREITO. ATO ÚNICO E DE EFEITOS

PERMANENTES. TRATO SUCESSIVO DESCARACTERIZADO.

PRECEDENTES.

1. Incide a prescrição de fundo de direito e não de trato sucessivo na

hipótese em que o autor busca a implantação de pagamento da

aposentadoria complementar ou, subsidiariamente, a restituição de

valores vertidos ao fundo previdenciário, visto que a situação é de

eventual ilegalidade de ato único omissivo do ente de previdência

privada. Situação diversa seria se o autor postulasse a revisão de

renda mensal inicial de benefício previdenciário complementar,

oportunidade em que a omissão e, por conseguinte, o dano se

renovariam mensalmente.

2. Agravo regimental não provido.

(AgRg no AgRg no AREsp 438.052/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS

Page 70: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

É APLICÁVEL A SUMULA 321 DO STJ AOS PLANOS VINCULADOS AOS CONTRATOS

DE TRABALHO?

O Código de Defesa do Consumidor é

aplicável à relação jurídica entre a entidade de

previdência privada e seus participantes.

"Com efeito, é descabida a aplicação do Código de Defesa

do Consumidor alheia às normas específicas inerentes à

relação contratual de previdência privada complementar".

(AgRg no AREsp 504.022/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE

SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 10/09/2014,

DJe 30/09/2014)

Page 71: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

"No tocante ao regime de previdência privadacomplementar, é pacífica a orientação desta Corte deque o direito adquirido somente se aperfeiçoa nomomento em que o participante preencher os requisitospara a percepção do benefício previdenciário". (AgRg noREsp 989.392/DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔASCUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/04/2014, DJe

14/04/2014)

TST Enunciado nº 288 Complementação dos Proventos da

Aposentadoria

A complementação dos proventos da aposentadoria é regida pelas normas

em vigor na data da admissão do empregado, observando-se as alterações

posteriores desde que mais favoráveis ao beneficiário do direito.

Mais uma contradição...

Page 72: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking

MUITO OBRIGADO

Page 73: 8º - Fundação Itaú Unibanco · 5º Fundação Cesp 22.819.944 6º Valia 17.215.994 Fonte: Abrapp/Nov-14 Previdência Complementar Fechada 4º Brasil e 1º origem privada 16. Ranking