A Arte Educacao Como Intervencao Psicologica

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  • 8/11/2019 A Arte Educacao Como Intervencao Psicologica

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    Rev. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, v. 8/9, p. 18 , 2003/2004

    A ARTE-EDUCAO COMO INTERVENO PSICOLGICA

    Lcia de Lourdes Rutkowski Bernardes

    Ilma Borges

    Ursula Blattmann

    Resumo: Trata da realizao de um projeto fundamentado na teoria de Vygotskydenominada Psicologia Histrico-Cultural. Utilizou como aparato metodolgico a

    arte-educao, aplicado no contexto escolar, com sujeitos educandos de 1 4sries do ensino fundamental de Florianpolis. O uso da hora do conto comoinstrumento mediador possibilitou s crianas vivenciarem temticas comorespeito, afetividade, cidadania, famlia e vida escolar atravs da interpretao doscontos em que eram convidadas a participarem ativamente a partir de suas prpriaspercepes. Como resultado o projeto dinamizou pela integrao da hora do contono contexto escolar.Palavras-chave: Arte. Educao. Psicologia - tcnica. Hora do conto

    1 INTRODUOComo proposta de estgio curricular em Psicologia Educacional para a

    obteno do ttulo de Psiclogo, o projeto A Arte-Educao como IntervenoPsicolgicarealizado noperodo de 25 de fevereiro de 2003 a 05 de dezembro de

    2003 em uma escola do ensino fundamental da rede estadual de educao emFlorianpolis, constituiu-se num modo de abordar e investigar a realidade de umcontexto educativo, enfocando as percepes de educadores, educandos efuncionrios. A finalidade do projeto foi articular conhecimentos da PsicologiaHistrico-Cultural e tcnicas da arte-educao para uma interveno psicolgicanum contexto escolar em que se pretendeu oportunizar as crianas participantes,reflexes sobre si mesmas enquanto sujeitos criativos com capacidade de aprenderusando a imaginao como um elemento facilitador. Pela arte-educao foipossvel o desenvolvimento de um diagnstico institucional - esta atividade reveloua necessidade de se trabalhar temticas que eram motivos de preocupao dacomunidade escolar - e a realizao de encontros semanais com turmas de crianascursando o ensino fundamental (1 a 4 srie), em que se promoveu a hora doconto. Na hora do conto, temticas como famlia, escola, cidadania, afetividade

    foram discutidas e representadas pelas crianas em desenhos, pinturas, esculturas,dramatizaes. A partir de uma seleo criteriosa de contos, as temticas foramtratadas de forma que as crianas foram incentivadas a refletir sobre as mesmas e adarem suas opinies. Nas opinies, as prprias histrias de vidas das crianasentraram em cena para tambm serem discutidas.

    O relato a seguir trata especificamente das consideraes a respeito dotrabalho realizado com as crianas, no sendo possvel no artigo discutir a viso doeducador. Esta ser apresentada futuramente em um novo artigo.

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    2 O DIAGNSTICO INSTITUCIONALCom a finalidade de identificar a necessidade do trabalho psicolgico optou-

    se por uma compreenso da realidade do contexto escolar a partir da fala doseducadores, educandos e funcionrios. Para esta etapa de trabalho denominada dediagnstico institucional, desenvolveu-se um roteiro de entrevista em que se tinhacomo alvo de discusso aquilo que a comunidade escolar considerava comoaspectos positivos do trabalho educativo ali realizado, bem como uma anlisedaquilo que poderia ser identificado pelos mesmos como aspectos negativos, ouseja, situaes que estavam prejudicando o desenvolvimento do processo

    educativo.A discusso do resultado do diagnstico por intermdio das entrevistas

    revelou como temticas significativas para uma interveno psicolgica questespertinentes a relao entre o educando, a famlia e a escola como principal foco deinterveno. A queixa predominante foi a falta de dilogo entre a escola e afamlia. A conscientizao da relao entre tica e cidadania (aspecto ressaltado emfuno do alto ndice de roubos ocorridos nas dependncias da escola e do trficode drogas) foi tambm apontada pelos entrevistados como uma situao delicada ede difcil abordagem. Outro elemento destacado foram as relaes interpessoais.Neste aspecto, enfatizou-se a necessidade da sensibilizao para o respeito mtuoentre os diversos atores presentes no espao escolar. Por fim, os entrevistadoslocalizaram a necessidade da livre expresso da criatividade como forma de setrabalhar aspectos da subjetividade das crianas.

    Aps discutir-se os resultados com a comunidade escolar, a proposta seguiu-se com a definio de uma interveno psicolgica que num primeiro momentopossibilitasse a discusso das temticas apontadas pelo diagnstico e enfocando ascrianas. A arte-educao foi escolhida como instrumento de mediao por seentender que esta favorece a expresso concreta e particular de algo que se vivetanto no plano psquico como no plano social.

    2.1 Enfoque da arte na constituio do sujeito

    Vygotsky (1998) compreende a arte como um elemento significativo naconstituio do sujeito, no momento em que ela atua sobre o plano emocional. ParaVygotski (1998), a arte vive da interao, agregando os princpios da perceposensorial, sentimento e imaginao.

    todas as nossas vivencias fantsticas e irreais transcorrem,no fundo, numa base emocional absolutamente real. Destemodo vemos que o sentimento e a fantasia no so doisprocessos separadas em si mas, essencialmente o mesmoprocesso, e estamos autorizados a considerar a fantasiacomo expresso central da reao emocional (VYGOTSKI,1998, p. 246).

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    A arte nesta compreenso pode ser uma mediadora qualificada para seatingir num sujeito a sua vivncia subjetiva. A arte possibilita, na compreenso deVygotsky, (1998), a abertura para a expresso de sentimentos e compreenses domundo que revelam aspectos da produo de sentidos de um sujeito que estoentrelaados com sua objetividade. Aquilo que o sujeito produz como expressoartstica estar de certo modo resgatando a compreenso que o mesmo tem de suaexistncia no plano da materialidade. A arte retrata a relao entre subjetividade eobjetividade, uma vez que cria um campo de possibilidades em que a realidadepode ser transformada pela percepo singular revelando conseqentemente oimpacto daquela sobre a formao da conscincia de si e do outro.

    Em contextos educativos infantis, a arte pode contribuir para odesenvolvimento afetivo-emocional, para mediar a compreenso da criana de seucontexto, para favorecer o seu trnsito entre a realidade e a fantasia.

    2.2 A arteeducaoA arte-educao no mbito da educao formal configura-se como um

    instrumento que oportuniza criana o desenvolvimento de seu potencial criador ereflete sua convivncia cultural, medida que ao se relacionar com a arte, a crianainternaliza e externaliza conhecimentos sobre o seu mundo. Na arte, a crianarepresenta o seu mundo. Pela arte, a criana pode elaborar conceitos e expressarsua compreenso dos papis sociais. Com a arte-educao se pode instrumentalizaro processo de aprendizagem para que este esteja condizente com a capacidadecognitiva da criana. Capacidade cognitiva para elaborar conceitos, compreender

    sua posio no mundo, e se identificar com papis sociais que desempenhar aolongo de sua vida.

    Para o professor Ferraz,

    Arte-Educao a idia de relacionar, dentro da sala deaula, expresso com cultura, ou seja, levar o aluno aconstruir a sua linguagem pessoal e, ao mesmo tempo,mostrar-lhe que arte cultura e que importante conhec-la, pois faz parte de nossa existncia. A leitura do discursovisual no se resume apenas na forma, cor, volume, oumovimento, mas centrada na significao que essesatributos, em contextos diversos, conferem imagem, e isso uma imposio da poca em que vivemos. A importnciada Arte-educao por ela no propor modelos de certo ou

    errado, levando o aluno a trabalhar a construo dehipteses, partindo da interao dos saberes e por isso, talprocesso se d no coletivo e inclui a voz, o olhar, o tocar, opensar e o sentir de "Todos".

    A Arte-Educao ento um recurso pedaggico, que no mbito dapsicologia passa a ser um dispositivo que pode fortalecer a relao entre aapropriao do conhecimento, o desenvolvimento das funes psicolgicas

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    superiores (percepo, ateno, linguagem e pensamento, por exemplo) e oprocesso de socializao infantil.

    2.3 O contador de contosA premissa bsica do contador de contos na viso de Busatto (2003, p.47),

    que ao contar doamos o nosso afeto, a nossa experincia de vida, abrimos o peitoe compactuamos com o que o conto quer dizer. Por isso torna-se fundamental quehaja uma identificao entre o narrador e o conto narrado.

    O contador de contos, ou narrador de contos, converte-se em um mediadorprivilegiado dentro do contexto da arte-educao quando leva o ouvinte a indagar-

    se sobre os personagens, sobre o significado da estria, incitando a pesquisa e aobjetivao das mensagens do conto, por exemplo, incentivando novas produes.O conto passa a ser reinventado pela criana num desenho, numa dramatizao,numa pintura, numa fala.

    No campo psicolgico, o conto age nos contextos afetivos e imaginativos dacriana, pois provoca possveis identificaes com os personagens oudistanciamentos destes considerando os aspectos que formam as caractersticas dospersonagens no desenrolar da estria. A criana levada a refletir sobre atos ticose morais que pela mediao do contador lhe possibilita discenir aspectos darealidade e da fantasia convertendo a experincia em aes tanto em nvelcognitivo como existencial.

    Na eleio dos contos para o desenvolvimento do projeto teve-se o cuidadode analisar as estrias, para que correspondessem as temticas anunciadas no

    diagnstico institucional e fossem pautados numa orientao terica que no planoda interveno psicolgica refletisse o que Vygotsky (2003) enfatiza quando dizque:

    Uma obra de arte vivenciada realmente pode ampliar nossaopinio sobre certo campo de fenmenos, obrigar-nos aobserv-lo com novos olhos, generalizar e reunir fatos porvezes totalmente dispersos. Como toda vivncia intensa, avivncia esttica cria um estado muito sensvel para asaes posteriores e, naturalmente, nunca passa sem deixarmarcas em nosso comportamento posterior. (2003, p.234)

    Buscou-se na literatura especfica sobre conto, indicadores quepossibilitassem uma escolha correta para a adequao do conto ao projeto. Ahistria um alimento da imaginao da criana e precisa ser dosada conforme aestrutura cerebral (COELHO, 1994, p.14).

    O contar ou narrar no deixa de ser uma arte teatral conjuntamente com aafetividade, a sensibilidade, a emoo e o carisma, que devem estar integradosnesse processo.

    Na meno de Jean Marie Giling,... os contos so verdadeiras obras de arte. So uma grandearte que pertence ao patrimnio cultural de toda a

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    humanidade e representam a viso do mundo, as relaesentre o homem e a natureza sob as formas estticas maisacabadas; aquelas que provocam precisamente omaravilhoso.

    O contador e os contos formam uma unidade que vo alm do ato educativo.Contador e contos possuem uma ao teraputica que precisa ser bemdimensionada para que os efeitos sejam sempre favorveis ao crescimento daqueleque ouve, seja criana ou adulto. O contador de contos precisa ser capacitado para

    tal atividade. No projeto, tal dimenso teraputica foi devidamente monitorada eavaliada constantemente por intermdio de orientaes profissionais especficas dapsicologia. Este acompanhamento, alm de ser uma responsabilidade tica, tambm, uma exigncia para a realizao de um estgio de concluso de curso. Aintegrao de todos os fatores descritos (diagnstico institucional, planejamento doprojeto e execuo e avaliao permanente do mesmo) garantiu o desenvolvimentodos encontros com as crianas de forma segura e estruturada tanto no plano tcnicocomo terico.

    3 RESULTADOS OBTIDOSAcreditou-se no projeto, mas o resultado foi bastante alm dos seus

    objetivos inicias. Viu-se na prtica a ateno dada pelas crianas e educadores aosingelo momento da narrao de contos.

    A hora do conto passou a ser caracterizada no contexto escolar em que serealizou o projeto como uma atividade regular dentro das prticas curriculares. Foireconhecida e respeitada pela articulao com o pedaggico. Isto pode serobservado na reserva de uma sala somente para esta atividade, pelo agendamentorigoroso dos educadores semanalmente para que sua turma fosse contemplada, peloacompanhamento dos educadores dos encontros e transferncia para suas aulas dasdiscusses sobre os contos. Assim, os contos foram motivos para se discutirportugus, histria, matemtica, entre outras atividades.

    A arte-educao como instrumental para uma interveno psicolgicademonstrou no transcurso do projeto ser um poderoso agente de investigao nosentido de proporcionar ao psiclogo particularmente, uma compreenso dosaspectos subjetivos de cada participante integrando-os numa dinmica social quetem em si, valores histricos e culturais. Valores histricos e sociais que revelam a

    formao social da conscincia de si e do outro. Cada criana ao re-interpretar oconto, o fez tendo como perspectiva sua forma de ser e de querer ser em relao aaquilo que o outro lhe apresenta como proposta de ser (neste mbito esto a famliae a escola). Nesta relao, possvel reorganizar subjetividade (indivduo) eobjetividade (mundo) a partir de uma dialtica de conflitos que precisa serconstantemente recriada para ser igualmente superada.

    A arte na prtica psicolgica , portanto, forma e contedo para se fazerrevelar, manifestar conflitos que a criana precisa interpretar, assim como, a cada

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    conto, precisou recont-los a partir de sua capacidade de entendimento sobre suarealidade.

    Ao final do projeto um questionrio avaliando a hora do conto foi aplicadopara se verificar a opinio das crianas. As opinies refletiram a experincia dascrianas e enfocaram a associao entre aprendizagem e lazer.

    Alguns exemplos:Eu gosto desse momento, pois eu aprendo, sempre ali, ligado em

    voc.(referindo-se a contadora de contos/estagiria de psicologia)

    A gente aprende muito ouvindo estrias.

    Eu gosto de ouvir estria porque diferente e fico curioso no quevai acontecer.

    As estrias agradam muito porque faz ns se sentirmos nasnuvens.

    Me agrada as estrias vou pra casa tranqilo.O projeto legal transmite alegria e bom humor.

    Pde-se inferir, da experincia relatada, que trabalhar aspectos psicolgicosusando a arte-educao implica em se ter conscincia do efeito da arte sobre odesenvolvimento da estrutura cognitiva de um indivduo. A arte na vivncia doser humano, segundo Vygotsky (2003), uma aproximao com a histria da

    humanidade. Situao fundamental para a criana que explora o mundo natentativa de apropriar-se dele.

    Para Vygotsky (2003, p.238):A estrutura comum da educao social est

    orientada para ampliar ao mximo os limites daexperincia pessoal restrita, para organizar o contatoda psique da criana com as esferas mais amplaspossveis da experincia social j acumulada, parainserir a criana na rede da vida com a maioramplitude possvel. Esses objetivos gerais tambmdeterminam os caminhos da educao esttica. Ahumanidade mantm, atravs da arte, uma experinciato enorme e excepcional que, comparada com ela,

    toda experincia de criao domstica e conquistaspessoais parece pobre e miservel. Por isso, quandose fala de educao esttica dentro do sistema deformao geral, sempre se deve levar em conta,sobretudo, essa incorporao da criana experinciaesttica da humanidade. A tarefa e o objetivofundamentais so aproximar a criana da arte e,atravs dela, incorporar a psique da criana ao

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    trabalho mundial que a humanidade realizou nodecorrer de milnios, sublimando seu psiquismo naarte.

    Buscando integrar arte e contexto escolar por intermdio da apresentao decontos, o projeto de estgio denominado A Arte-Educao como IntervenoPsicolgica r contribuiu para concretizar a idia de Vygotsky (2003)quando falaque pela arte a criana pode apropriar-se psicologicamente da trajetria humana eseu legado. Na arte e pela arte cada criana participante do projeto pde em suasprodues discutir aspectos de sua famlia, de sua escola, de sua comunidade,

    enfim, de sua realidade como ser humano que parte de um tempo e de um espao,que parte de uma histria e que produz a sua histria na relao com a histria demuitos.4 CONSIDERAES

    A necessidade de problematizar com as crianas temticas como famlia,escola, afetividade e cidadania, foi, durante os encontros, apresentada e mediadapelos contos. Para cada temtica, um conto. Em cada conto, uma questo. Assim, aimportncia da famlia para as pessoas, a escola e como ela participa da vida daspessoas e a importncia do respeito e do afeto entre as pessoas, a honestidade e asolidariedade como um aspecto a ser cultivado, foram ludicamente trabalhos, semque se deixasse de explicitar o ato psicopedaggico presente em cada leitura, emcada desenho, em cada dramatizao, a cada encontro.

    Integrando os encontros a sala de aula o projeto A Arte-Educao comoInterveno Psicolgica, resultou numa abertura para novos olhares sobre odelicado fio que liga o pedaggico ao psicolgico. Um olhar que se traduz por umare-significao do contexto escolar no somente como espao para o ensinoenquanto transmisso de conhecimentos, mas como construo ativa e interativacom espao para a criatividade e a imaginao.

    Tambm se observou um interesse das crianas em utilizarem os livros dabiblioteca, freqentarem mais e a consultarem o acervo. Desencadearam o processomultiplicador de leituras, por exemplo lendo e contando estrias aos irmosmenores, aos amigos e entre si prprios principalmente na sala de aula.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BUSATTO, Clo. Contar & encantar: pequenos segredos da narrativa. Petrpolis :Vozes, 2003.

    COELHO, Betty. Contar histrias uma arte sem idade. So Paulo :tica,1994.

    FERRAZ, Hernani. Educao, tecnologia e arte. Disponvel em:http://www.canaleducacional.com.br/artigo_hernani.asp

    GILING, Jean Marie. Uma arte dos dias de ontem para revitalizar os recursoshumanos de hoje. Disponvel em: http://www.emerson.org.uk/

    LOWENFELD, Viktor. Desenvolvimento da capacidade criadora.So Paulo : Mestre Jou, 1970.

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    Rev. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, v. 8/9, p. 25 , 2003/2004

    VIGOTSKI, Liev Semianovich.Psicologia da arte. Porto Alegre:Artmed, 1998.

    VIGOTSKI, Liev Semianovich. Psicologia pedagogia. Porto Alegre : Artmed, 2003.

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    THE ART EDUCATION AS PSYCHOLOGICAL INTERVENTION

    Abstract: Report a project based on the cultural-history psychology Vygotskystheory. The art-education was used as method and applied to individuals from defirst to the fourth grade in a public school at Florianpolis. The Tell story hourwas used as a mediating instrument and help children to live intensive thematic as:respect, affectivity, citizenship, family and school life through the storiesinterpretation of stories where they invited to participate and to discover they ownperceptions. Results give a dynamic touch to integrated the Tell story hour in theschool context.Keywords:Art. Education. Psychology. Tell story - hour.

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    Lcia de Lourdes Rutkowski BernardesGraduada pelo curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina UNISULE-mail: [email protected]

    Ilma BorgesProfessora do curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina UNISULE-mail: [email protected]

    Ursula BlattmannProfessora do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa CatarinaE-mail: [email protected]