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FACULDADE CANDIDO MENDES
CURSO DE PÓS – GRADUAÇÃO
DE PSICOPEDAGOGIA
A INFÂNCIA E A BRINQUEDOTECA
Stella Barbieri de Sá Bittencourt Câmara
Rio de Janeiro
Nov/2001
FACULDADE CANDIDO MENDES
A INFÂNCIA E A BRINQUEDOTECA
Por
Stella Barbieri de Sá Bittencourt Câmara
Orientadora: Maria Esther
Rio de Janeiro
Nov/2001.
Monografia apresentada pela
aluna em cumprimento das
regras do curso de Pós –
Graduação em Psicopedagogia.
DEDICATÓRIA
A meus pais e principalmente a Deus.
EPÍGRAFE
“A cada idade, cada etapa da
vida tem sua perfeição
conveniente, a espécie de
maturidade que lhe é própria”.
Rousseau
RESUMO
O objetivo deste trabalho é demonstrar o
quanto a Infância e a Brinquedoteca são
importantes para o desenvolvimento do ser
humano. Inicialmente o trabalho mostrou
como a humanidade demorou para ser dada
à infância o seu real valor, como também ao
espaço lúdico, onde as crianças poderiam
desenvolver-se elas mesmas. Assim, esta
monografia pretende demonstrar o quanto
se mudou, em relação à criança. Os
educadores passaram a valorizar o lúdico
dentro de um espaço próprio que, no caso
em estudo, é a Brinquedoteca.
SUMÁRIO
CAPÍTULO I — INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO II — INFÂNCIA 9
2.1 — CONCEITO 9
2.2 — HISTÓRICO 9
2.3 — PROTEÇÃO — LEGISLAÇÃO 15
CAPÍTULO III — LÚDICO 20
3.1 — CONCEITO 20
3.2 — HISTÓRICO 20
3.3 — TEORIAS 22
3.4 — LÚDICO NA INFÂNCIA 23
3.5 — LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 30
CAPÍTULO IV — BRINQUEDOTECA 32
4.1 — CONCEITO 32
4.2 — IMPORTÂNCIA PARA A INFÂNCIA 32
4.3 — A BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO LÚDICO 34
4.4 — A BRINQUEDOTECA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 34
CONCLUSÃO 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Este trabalho vai tratar do tema Infância e a Brinquedoteca,
tendo por finalidade demonstrar o quanto estes são importantes e vitais
para o desenvolvimento da criança.
A escolha do tema surgiu da necessidade de teorizar o que é
percebido no dia a dia, no tocante à percepção de valorizar e respeitar
cada vez mais a criança, sua infância e seu espaço lúdico.
A Infância como a primeira fase do Homem é o início das
atividades intelectuais do ser humano. É importante que seja permitido
à criança a sua evolução natural deixando-a vivenciar por completo
esta fase, para que se transforme em um adulto feliz.
O assunto abordado é de suma importância dentro da área da
Psicopedagogia, onde o principal é colocar o indivíduo em evidência,
dando-lhe todas as oportunidades de aprendizagem. O Brincar é a
melhor maneira para a criança entender-se; na brincadeira ela aprende
a se conhecer melhor e a aceitar o outro como ele realmente é,
estabelecendo com isto uma organização interior nas relações sociais.
Com o brinquedo ela pode desenvolver através do faz–de–conta,
a sua imaginação, auto–estima e cooperação.
Para que este trabalho possa alcançar o seu objetivo, será
utilizado como metodologia a análise crítica e reflexões da
bibliografia.
CAPÍTULO II
INFÂNCIA
2.1 CONCEITOS
Segundo a Psicologia “Infância é vista como um momento
particular no ciclo vital”. (1 )
Infância “é o período da vida, no ser humano, que vai desde o
nascimento até a adolescência.” (2 ) .
2.2 HISTÓRICO
Áries (1981) coloca que
“a aparição da infância se dá a partir do
século XVI e XVII na Europa, quando, com
o Mercantilismo altera–se o sentimento e as
relações frente à infância, modificados
conforme a própria estrutura social.” (3 )
Antes disso, a infância não era vista como uma fase importante.
A Infância na Idade Média, considerava a criança como um adulto em
miniatura, já que à ela cabiam todas as atividades dos mais velhos, não
recebendo por conta disso nenhum tratamento diferenciado. Como não
existia uma condição de sobrevivência muito boa na sociedade desta
época, poucas pessoas envelheciam, cabendo então às crianças e aos
jovens de pouca idade, juntamente com os adultos, governar a
sociedade. Não era dado a criança tratamento para a sua saúde, pois
isto não era visto com muita importância.
Vital na realidade, era que a criança crescesse o mais rápido
possível para poder ocupar e/ou participar do trabalho dos mais velhos;
se fizermos um paralelo nos dias de hoje, esta situação acontece em
comunidades carentes, quando uma criança vai para um sinal para
vender bananadas, por exemplo, assumindo assim, apesar da pouca
idade, muita responsabilidade contribuindo para o sustento de sua
família. Apesar do tempo decorrido, permanecem as mesmas atitudes
equivocadas da sociedade.
Voltando para a Idade Média, quando as crianças passavam dos
sete anos, eram enviadas para viver com famílias estranhas que
ensinavam- lhes os serviços domésticos e lições de vida. O
aprendizado era feito através da prática.
Segundo Ariés (1981)
" era através do serviço doméstico que o
mestre transmitia a uma criança que não
fosse o seu filho a bagagem de
conhecimentos, a experiência prática e os
valores humanos que pudesse possuir." (4 )
Quanto ao vestuário que a criança usava, as roupas não eram
próprias para a sua idade e sim roupas iguais às dos adultos, em
tamanho menor, diferenciando apenas em função da classe social.
Outro ponto importante era a questão da educação, as aulas não
eram separadas por faixa etária. Muitas vezes acontecia de um adulto
freqüentar as aulas em uma classe infantil. O que importava na verdade
era a matéria que estava sendo ensinada, e não a separação da classe
por idade.
A Infância na Idade Moderna contou com o período que abrangeu
os séculos XVI ao XVIII. Com a passagem do Feudalismo para o
Capitalismo ocorreram mudanças nas relações sociais, acabando por
repercutir em outros segmentos da Sociedade.
A criança que nascia numa família com uma boa situação
financeira, era a que recebia os melhores cuidados por parte dos
adultos. As que não sobreviviam ou estavam vivas morando com outras
famílias, eram cultuadas pelos seus familiares através de seus retratos.
As crianças pobres não tinham a valorização da sua infância
assegurada, não tendo o seu próprio lugar na sociedade. Inicialmente
possuíam um papel produtivo direto e depois, com as modificações
ocorridas, passaram a ser tratadas como alguém de sua idade, não
existindo porém muito parâmetro para a condução desta educação.
Era uma educação que, ao mesmo tempo que concedia a esta
criança uma permissividade, concomitantemente exigia dela uma
determinada conduta moralista.
A educação e a moralização ficaram sob a responsabilidade da
escola, cabendo a esta a aprovação ou a punição. Quando a educação
passou de prática para teórica resultou em deixar a criança morar na
casa de estranhos para que estes ensinassem a ela um ofício. Com essa
mudança os pais assistiam a esse ensinamento bem de perto.
Com o fim do abandono das crianças em casas estranhas,
começou a acontecer um fenômeno importantíssimo para o futuro da
sociedade. Com o relacionamento dos pais mais próximos dos filhos,
foram sendo estabelecidos vínculos que até então não existiam e com
isto, o sentimento de família que não era conhecido, passou a ocorrer.
Agora o importante não era afastar pais e filhos e sim estreitar cada
vez mais essa relação.
As crianças continuaram crescendo cada vez mais
questionadoras, quebrando regras, dando margem a castigos e
punições, o chicote era utilizado pelo mestre e com a aprovação dos
pais. Não só a escola punia com o intuito de ser educativa, a família
passou a dar castigos corporais em nome da religião.
No século XVII, as crianças passaram a se vestir de forma
diferente dos adultos, agora cada um se vestia de acordo com a sua
idade e a sua condição social.
Segundo Kramer (997),
"até a primeira metade do século XVII, a
primeira infância ia até os cinco ou seis
anos, idade em que o garoto deixava a sua
mãe e/ou a ama. Aos sete anos já podia ir
ao colégio. O começo de idade escolar foi
adiado para os dez anos, o que prolongava
a primeira infância." (5 )
Aconteceu nesta época a primeira forma de discriminação social
na educação, quando passou a existir um ensino diferenciado para o
povo e outro para aristocracia, o que tornou maior a separação social
já existente.
A Infância no Brasil escravista foi marcada por uma mortalidade
infantil muito grande, no fim do século XIX.
A questão da morte não era cercada de muito sofrimento, muito
pelo contrário, até com um certo alívio. Quando as crianças morriam,
eram comparadas aos anjos e essa concepção não era restrita à uma
determinada classe social ou a determinada raça.
A questão da escrava quando se tornava mãe era seríssima, pois
se não tinha direitos antes, agora muito menos. A criança se tornava
uma extensão do corpo da mãe quando realizava os serviços
domésticos, sendo amarradas às costas da mãe, para que a escrava
pudesse trabalhar, gerando quase sempre deformidades nas crianças.
Deformidades também ocorriam ou eram agravadas, quando os bebês
cresciam e tinham que ficar deitados o dia inteiro, para não atrapalhar
o trabalho dos pais.
Outra coisa absurda foi citada por Brandão Júnior (Apud Freire,
1975), ressaltando uma prática realizada por um fazendeiro no
Maranhão, que mandava as suas escravas deixarem seus filhos que
ainda mamavam em um buraco que era cavado na terra, no qual a
criança ficava coberta até a metade do corpo. Quando a criança escrava
tinha "sorte" de freqüentar a Casa Grande, o seu sofrimento diminuía
um pouco, pois podia ficar mais próxima da mãe.
Ao alcançar a idade de seis anos, tanto a criança negra quanto a
branca, começava a fazer parte do seu grupo social, a criança branca
tinha a oportunidade de aprender e melhorar a sua capacidade,
enquanto que a criança negra desenvolvia somente as habilidades de
executar trabalhos.
Quando o recém nascido não era aceito pelos pais ou pela família
era entregue à Casa dos Enjeitados ou “Roda”, onde aguardava ter a
sorte de ser levado para ser criado por uma família. O índice de
mortalidade era muito alto e o destino dessas crianças após serem
colocadas na “Roda” era desconhecido. As crianças abandonadas na
“Roda” pertenciam a todas as classes sociais e dificilmente se
conheciam os seus pais legítimos.
Os higienistas criticavam a existência da “Roda” e das amas de
leite, afirmando que as mulheres tinham filho sem pensar nas
consequências de criá-los, contando com a existência da “Roda” ou
deixando–os com as amas de leite que muitas vezes não tinham
estrutura para cuidar e educar, permitindo que muitas vezes as crianças
recebessem maus tratos.
Após a abolição da escravatura, o número de crianças que era
colocada na “Roda” diminuiu muito em decorrência da Lei do Ventre
Livre (1871) e das campanhas para a abolição (1879).
Depois deste período quando de um modo geral a criança e a
Infância foram esquecidas, a criação de uma legislação que protege a
Criança e o Adolescente foi de grande importância.
2.3 PROTEÇÃO — LEGISLAÇÃO
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) surgiu da relação
entre o Estado e a Sociedade, para que os direitos das Crianças e dos
Adolescentes não fossem esquecidos. Foi criado através da lei n.º 8069
de 13 de junho de 1990. O ECA tem a finalidade de regulamentar o
direito Constitucional para a Criança e o Adolescente. Seu objetivo é
garantir esses direitos, estabelecendo mecanismos para a sua
implementação, partindo do ponto de que a Criança e o Adolescente
são cidadãos , independente de sua condição social.
Silva (1997) coloca que
"o ECA procura eliminar essas
desigualdades sociais. "E o dia em que
houver uma melhor distribuição de renda
no país, em que se valorizar mais o homem
do que tudo, nós teremos o Estatuto,
desnecessário para a nação brasileira." (7 )
A Constituição de 1988 regulamentou e resolveu determinadas
situações que até então não era regulamentadas.
No tocante às crianças com idade inferior à cinco anos, o poder
público nunca tinha estabelecido, através de um decreto constitucional,
que o Estado deveria oferecer condições para a educação dessas
crianças.
" A Constituição de1988 fala os seguintes artigos à respeito.”
Art. 208 — o dever do Estado com a Educação será
efetivada mediante a garantia de:
IV — Atendimento em creches e pré–escola às
crianças de 0 à 6 anos de idade.
Art. 212 — A União aplicará, anualmente, nunca
menos de 18% e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios 25%, o mínimo, da receita resultante de
impostos, compreendida e proveniente de transferência, na
manutenção e desenvolvimento do ensino." (8 )
Nesses dois artigos pode-se perceber a mudança que ocorreu
principalmente institucionalizando o atendimento às crianças em
creches e pré-escolas..
Já a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira n.º
9394, de 20 de dezembro de 1996, contempla o direito da criança de 0
à 6 anos à Educação Infantil.
SEÇÃO II – DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Artigo 29 — A Educação Infantil, primeira etapa da educação
básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até
seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e
social, complementando a ação da família e da comunidade.
No tocante à qualificação dos profissionais de Educação Infantil
é importante destacar alguns artigos da lei que regulamenta o assunto:
TÍTULO VI – DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO tirar negrito
??
Art. 61 — A formação de profissionais da educação, de modo a
atender aos objetivos desses diferentes níveis e modalidades de ensino
e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá
como fundamentos:
I — A associação entre teorias e práticas inclusive
mediante a capacitação em serviços.
(.. .)
Art. 62 — A formação de docentes para atuar na educação
básica far–se–à em nível superior, em cursos de literatura, de
graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação,
admitindo, como formação mínima para o exercício do magistério na
Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do Ensino
Fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade de Normal.
TÍTULO IX — DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS tirar negrito
??
Art. 87 — É instituída a década da Educação a iniciar–se um ano
a partir da prescrição desta lei.
(.. .)
§ 3º — Cada município e supletivamente, o Estado e a União,
deverá:
(...)
III — Realizar programas de capacitação para todos os
professores em exercícios, utilizando também, para isto, os recursos da
educação à distância.
(.. .)
§ 4º — Até o fim da década da Educação, somente serão
admitidas professores habilitados em nível superior ou formados por
treinamentos em serviço.
(...)
Art. 89 — As creches e pré–escolas existentes ou que venham a
ser criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta
lei integrar–se ao respectivo sistema de ensino. (9)
CAPÍTULO III
O LÚDICO
3.1 – CONCEITO
Segundo Santos (1997),
“palavra lúdica significa brincar, neste
brincar estão incluídos, os jogos,
brinquedos e brincadeiras, e é relativo
também à conduta daquela que joga, que
brinca e que se diverte.” (10)
3.2 – HISTÓRICO
Áries (1981), coloca que
“as brincadeiras e os divertimentos
ocupavam um lugar de destaque nas
sociedades antigas.“ (11 )
Porém, nessa época, os jogos eram permitidos sem muita
proibição por uns, enquanto outros não o permitiam, chegando até a
rotulá–los como imorais.
Durante muito tempo não existiu uma vontade de colocar–se para
perceber o quanto esta proibição era absurda, e que este modo de
pensar era proveniente somente de uma elite educadora, que com isso
formava hábitos e valores que durante muito tempo configurou-se
como verdade.
Ao longo dos séculos XVII e XVIII foi adotada uma atitude
moderna em relação aos jogos, totalmente diferente do que existia até
então.
Áries (1981), assinala que "a partir desse momento histórico que
passa a existir um novo sentimento de infância.” (12 )
Nesta época, percebe–se a preocupação com a implementação dos
jogos na educação, fato não existente até então, resguardando um
cuidado evidenciado para a preservação da sua moralidade, já que o
jogo era visto anteriormente como imoral. Os jogos classificados como
imorais são proibidos e o restante.
Segundo Negrine (1994), “o conceito de homo ludens passa a ser
valorizado, isto é, que o homem se diverte.” (13 ) . Passando o ato de
brincar a ser reconhecido como um fator fundamental para o
desenvolvimento do homem.
Os jogos podem ser interpretados como os movimentos que a
criança faz nos seus primeiros anos de vida, seja através de jogos
folclóricos, tradicionais ou industrializados.
A partir do século XIX, o jogo passa a ter também uma conotação
cientifica, percebida pelos psicólogos, psicanalistas e pedagogos, que
começaram com isso a enumerar teorias para explicar o seu
significado.
3.3 – TEORIAS DO LÚDICO
Segundo Negrine (1994)
“existem teorias que surgiram para que
pudéssemos entender o lúdico melhor.”
“A teoria do recreio , de Schiller (1875), sustentava que o
jogo servia para recriar–se sendo esta sua finalidade
intrínseca.
A teoria do descanso, de Lazarus (1883), o jogo é visto
como atividade que serve para descansar e para
restabelecer as energias consumidas nas atividades sérias
ou úteis.
A teoria do excesso de energia de Spencer (1897), o jogo
tem como função a descarga do excesso de energia
excedente. Podendo tal característica provocar catarse.
A teoria da antecipação funcional de Groos (1902), o jogo
é visto como um pré–exercício de funções necessárias à
vida adulta.
A teoria da recapitalização, de Stanley Hall (1906), o jogo
é visto como forma de recapitular gerações passadas,
caracterizando a função atávica da atividade lúdica...” (14 )
Na verdade essas teorias sinalizaram que sempre houve um
enfoque positivo de adotar o jogo na infância, mas com o passar do
tempo foi entendido que a atividade lúdica adequada a cada faixa
etária é necessária ao desenvolvimento do ser humano.
3.4 O LÚDICO NA INFÂNCIA
O brincar da criança possui todo um destaque por Psicólogos
Contemporâneos como por exemplo Piaget, Wallon, Vygostsky, etc.
Esses psicólogos deram um destaque.
Para Piaget (1962 e 1970),
“ a atividade lúdica é o berço obrigatório
das atividades intelectuais da criança,
sendo, por isso, indispensável à prática
educativa." (15 ).
O jogo é um meio tão importante para a aprendizagem das
crianças, que permite que determinadas disciplinas rotuladas como
maçantes, podem ser apresentadas sob forma diferente e chegar a
desenvolver um certo interesse para a criança.
Cada ato de inteligência é definido pelo equilíbrio de dois
mecanismos: o da assimilação e o da acomodação.
Ocorre assimilação quando o sujeito incorpora eventos, objetos
dentro de formas de pensamentos que constituem as estruturas mentais
organizadas.
Ocorre a acomodação, quando as estruturas mentais existentes
reorganizam–se para incorporar novos aspectos do ambiente interno.
Segundo Piaget, (1976) cada criança ao jogar ou brincar chega à
adaptação completa que significa uma síntese progressiva da
assimilação com a acomodação.
Foi desenvolvido um estudo por Hartley, (1971) e neste ficou
comprovado que durante os primeiros anos de vida a aprendizagem de
certos conceitos é vital para que ocorra o desenvolvimento da
habilidade de pensar.
Para Hartley, a criança precisa aprender a identificar,
generalizar, classificar, agrupar, ordenar e combinar.
A estrutura e o conteúdo são aspectos que podem ser estudados.
No tocante a estrutura do jogo, a análise é realizada a partir da
evolução das estruturas mentais. Quanto ao conteúdo, é analisado a
partir do desenvolvimento cultural da humanidade.
Nem toda a atividade que a criança realiza pode ser considerada
como jogo. Para que o jogo se faça presente é necessário que se
pressuponha a representação simbólica. Este componente simbólico do
jogo se faz com a presença de regras, que a criança coloca na hora de
representar, que são na verdade personagens incorporados por ela.
Quando não ocorre a representação, os jogos são simplesmente
exercícios que podem ter diferentes finalidades e que estão diretamente
ligados com a afirmação do seu eu.
O representar simbolicamente um determinado papel, é antes de
tudo reunir todos os ingredientes que fazem parte das representações.
O jogo é uma atividade que aumenta o aspecto comportamental
da criança, influenciando os seus mecanismos motivacionais, além de
fornecer oportunidades únicas para o aumento de seu ajustamento. O
brinquedo pode criar o estabelecimento de novas capacidades,
fantasias e até finalidade na solução de problemas.
Bijou (1978)
“denominou a fase de dois a cinco anos
estágio básico do desenvolvimento, cujos
limites seriam o inicio da linguagem e o
ingresso no jardim–de–infância.” (16 )
É um estágio que na sua etapa básica a criança fica mais tempo
brincando, e quando isto lhe é negado, pode acontecer com esta criança
um prejuízo no seu desenvolvimento.
Os brinquedos são partes abertas para a interação, devendo por
conta disto ser dado a ele a devida atenção. Podem reduzir, injetar
bons ou maus hábitos e até promover basicamente o desenvolvimento,
não esquecendo também que são grandes recursos pedagógicos.
As brincadeiras podem ser discutidas em categorias.
Brinquedo orientado para o conhecimento.
Brinquedo de diferenciação do comportamento.
Brinquedo de intensificação do reforço.
Brinquedo imaginativo.
Brinquedo de solução de problemas
Quando a atividade do jogo é orientada para o conhecimento,
envolve formação de conceitos, sendo uma das metas da educação pré–
escolar. O brinquedo abrange comportamento diferente, podendo ser do
tipo social quando é resultante de resposta diferencial às propriedades
biológicas e sociais das pessoas, após a criança descobrir como são e
como se comportam, mas o brinquedo também pode resultar em
comportamento conceitual. Isto ocorrerá quando os participantes
reforçarem de maneiras diferenciadas as respostas das crianças em
direção a aspectos selecionadas desses estímulos ambientais.
É importante ressaltar que se para uma criança forem oferecidas
oportunidades para a participação em brincadeiras que sejam
orientadas para o conhecimento, esta participação desencadeará
comportamentos que funcionam como pré–requisitos para outros, tais
como habilidade pré–acadêmica.
No âmbito do desenvolvimento da linguagem deverá ser dado à
criança a discriminação das diferentes propriedades dos mundos físico,
social e orgânico.
Para Bijou, um dos objetivos essenciais da pré–escola deve ser o
ensino de conceitos, que se fará de uma maneira mais perfeita, se a
criança tiver contato com objetos e os eventos ocorrerem através do
jogo, e na presença de pessoas que estejam interessadas em ajudá–las a
aprender e a responder diferencialmente a diferentes estímulos.
Bijou coloca que existem quatro estágios no desenvolvimento do
brinquedo no pré–escolar
Brinquedo de observação: a criança olha como espectador,
mas não participa do brinquedo.
Brinquedo paralelo: duas ou mais crianças brincam lado a
lado, em geral com os mesmos brinquedos, mas sem
interagir umas com as outras.
Brinquedo associativo: as crianças interagem e
compartilham o material.
Brinquedo cooperativo: as crianças dividem e
desempenham papéis em direção a objetos comuns,
podendo envolver–se em simples comportamentos de ajuda,
ou até em jogos de grupos com regras.
Para a criança entre três e cinco anos de idade, o brincar é tido
como a sua atividade mais importante, onde através da sua grande
atividade, motiva a criança a brincar dividindo com outras crianças a
sua vez, cooperando, estimulando as atividades físicas brincando
também de pular, de saltar, dar cambalhotas, etc.
Quando as crianças chegam aos quatro ou cinco anos ficam mais
cooperativas e passam a brincar em pequenos grupos, facilitando o
desenvolvimento do brincadeira cooperativa.
Bijou (1978) faz uma diferença entre o jogo estruturado e o livre.
Ele diz, que ambos são muito importantes para o desenvolvimento da
criança e assinala assim as suas diferenças:
Jogo estruturado: é aquele em que a criança se engaja
quando na presença de uma situação em que o espaço, os
materiais, às vezes outras crianças, instruções e ajuda,
explícitas ou implícitas, são arranjados para que ela
alcance um objetivo.
Jogo livre: ocorre quando o jogo e o objeto do brinquedo
são selecionados livre e espontaneamente pela criança, que
neste caso, brinca livremente.
Todos esses dois jogos são de suma importância para a criança,
pois podem contribuir de maneira efetiva para o desenvolvimento da
criança.
O que se apercebe no jogo, faz com que se saiba lidar melhor
com certas situações existente na vida real, na vida diária.
Vygotshy (1994) diz que
“é enorme a influência do brinquedo no
desenvolvimento da criança. No brinquedo
a criança cria e expressa uma situação
imaginária. Situa o começo da imaginação
humana na idade de três anos, afirmando
que a mesma surge originalmente da ação.
Durante os anos da pré–escola as
habilidades conceituais da criança são
expandidas por meio do brinquedo e do uso
da imaginação.” (17 )
No brinquedo existe a projeção das atividades adultas de sua
cultura, retratando a sua existência e percebendo os seus futuros papéis
gerando com isso todo um desenvolvimento intelectual.
A criança com os jogos assimila e inventa regras.
Vygotshy (1994) traça um paralelo entre o brinquedo e a
instrução escolar e afirma que ambos criam “uma zona de
desenvolvimento proximal”, ou seja, os dois contextos a criança
elabora habilidades e conhecimentos que passará a internalizar.
Durante os jogos, a criança coloca o que sua vivência,
contribuindo para melhor lidar com esse interior que muitas vezes
incomoda.
3.5 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
É importante que os profissionais da educação pensem em como
poderão aplicar a questão do lúdico nas instituições infantis.
Segundo Wasjskop (1995),
“a brincadeira consiste num fato social,
espaço privilegiado de interação, atividade
cuja base genética é comum à arte.” (18 )
Na brincadeira das crianças, é externalizado o que elas não são,
mais almejariam ser.
Para Barros (1996), “ o jogo são todas as atividades da criança,
desde as mais simples atividades motoras até as atividades mentais. Na
perspectivas piagentiana os jogos se classificam em:
1) Jogos de exercícios — Aqueles que acompanham quase
todo o desenvolvimento da criança, apresentam as
primeiras experiências motoras o simples ato de repetir a
mesma ação inúmeras vezes.
2) Jogos simbólicos ou faz-de-conta — no brinquedo a
criança se propõe a realizar coisas, resolver problemas
ainda não possíveis de soluções na vida real.
3) Jogos de construção — situam-se num período de transição
entre os jogos simbólicos e os de regra, meio caminho entre
o jogo e a organização do pensamento.
4) Jogos de regra — possível após um certo desenvolvimento
da inteligência característico do indivíduo socializado.”
(19)
O lúdico na educação infantil nos cursos de formação de
professores infantis é necessário e vital, pois não só coloca esses
profissionais em contato com a importância desses jogos e o brincar na
infância, como também dá a devida importância ao conhecimento
recíproco que acontece entre os professores e seus alunos.
A partir da evolução na educação e mais do que isto, na evolução
do conceito de infância e como esta deve ser melhor vivida, é que é
fundamental que o professor esteja voltado e preparado para a questão
lúdica e o quanto é importante e esta está inserida no ser humano.
CAPÍTULO IV
BRINQUEDOTECA
4.1 CONCEITO
Tradicionalmente segundo Friedman
“ se diz que uma Brinquedoteca é um
laboratório criado para a criança, onde ela
é livre para brincar e os profissionais para
pensar, discutir, analisar e pesquisar o
valor do brinquedo no seu
desenvolvimento.” (20 )
4.2 IMPORTÂNCIA PARA A INFÂNCIA
A brinquedoteca é um espaço constituído para que a criança
possa brincar livremente possibilitando com isto o verdadeiro brincar,
aquele que torna possível a expansão das necessidades mais
verdadeiras do ser humano.
Observando as crianças entrando na Brinquedoteca, pode–se
perceber com que alegria elas exploram o espaço e buscam dentro
desse espaço o que desejam ser felizes ali.
Para brincar, o instrumento importante é o brinquedo e este é
escolhido, selecionado. Esta seleção é feita de uma maneira que não
estabeleça para a criança tarefas que não terá condições de efetuar. Na
verdade o intuito não é o de humilhar fazendo com que a criança se
sinta fracassada, e sim criar para a criança um elo afetivo que vai
proporcionar uma sensação de bem estar com o brinquedo que ela
escolher.
Um ponto importante é colocar a diferença entre a Brinquedoteca
e a sala de aula.
Na Brinquedoteca o errar é permitido, não existe punição para o
erro e sim através do erro existe a construção. Quando se coloca para
fora através do brincar o que angustia, a realidade que muitas vezes
oprime, está ocorrendo uma construção do interior e uma saída
saudável.
Já na sala de aula os erros são percebidos como erros. Até falar
sobre eles é às vezes difícil, existe uma cobrança dos próprios colegas
de sala e do professor. Existe crescimento sim, mas em certas vezes,
até com muito sofrimento.
4.3 BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO LÚDICO
Para a criação de uma Brinquedoteca não bastam somente colocar
as paredes bonitas e pintadas, colocar brinquedos e arrumar um
profissional para desempenhar o papel de tia.
O espaço para a criação da Brinquedoteca deve ser montado, em
uma área para a recuperação das alternativas lúdicas e para a vivência.
É primordial que seja estabelecida a faixa etária e as características da
clientela e as funções que serão desenvolvidas em cada sub divisão
dessa área.
4.4 A BRINQUEDOTECA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Há muito tempo quando falava–se que uma pessoa estava
ensinando, logo pensava–se, ele transmite muito bem. Na verdade essa
situação, se levarmos em conta os colégios mais antigos, ainda existe
nos dias de hoje. Os alunos não estão em processo de crescimento e
sim tem um papel de agente passivo de aprendizagem.
Toda aprendizagem era conseguida através da repetição, o que
não trazia crescimento algum, pois não era transmitido qualquer
conteúdo mais elaborado ao aluno.
Este método de ensino ainda presente em alguns
estabelecimentos de ensino, vem diminuindo, e o estudante
questionador de todas as faixas etárias vem gerando até um desafio
para o professor. É nesse contexto que o jogo se torna cada vez mais
atuante, como a ferramenta poderosa da aprendizagem. Se ele
estabelece estímulo ao interesse do aluno, vai acarretar com isso a
construção de novas descobertas, desenvolvendo e enriquecendo sua
personalidade.
Kishimoto (1992) argumento que
“ as Brinquedotecas nas escolas tem sido
adotadas com finalidades pedagógicas ou
como centro de apoio ao professor,
alertando assim para o risco de
escolarização da Brinquedoteca, quando
esta torna o caráter de atendimento
Psicopedagógico ou fazendo de sua sala um
espaço único de brincar na escola.” (20 )
Mesmo sendo um espaço limitado, através da linguagem, pode–se
ocorrer uma expansão interior, além das paredes da Brinquedoteca.
A Brincadeira nada mais é do que um espaço de aprendizagem,
partindo da idéia do lúdico, que se torna um fator de criação, e da
brincadeira como aprendizagem do desejo.
Segundo Brougere (1995),
"brincar é fundamentalmente a idéia que se
tem dessa atividade; idéia inserida na
cultura e, portanto, no tempo histórico e
social do grupo em questão.” (22)
Conforme foi visto no segundo capítulo a palavra lúdico,
significa brincar, e neste brincar estão incluídos todos os tipos de
jogos, dramatização de situações cotidianas, fazer trabalhos artísticos,
etc., porém o que seria brincar?
Brincar poderia ser sonhar. Se esse sonhar fosse colocado
na Brinquedoteca desta forma, seria como se esta fosse uma
espécie de fantasia em um local fora da realidade.
Brincar como “arrebentou a boca do balão”. Neste caso a
brincadeira seria como se fosse a total liberação de energia,
e a Brinquedoteca o espaço ideal para a sua liberação,
podendo chegar muitas vezes à agressividade, o que pode
ser constatado às vezes em determinados intervalos das
atividades da escola.
Brincar colocando em prática toda a criatividade, chegando
até a fazer com que a Brinquedoteca chegasse perto de um
ateliê de arte, onde a criatividade voa solta e nada serve
como impedimento, freiando–a.
O brincar e o fazer arte fazem parte do mesmo processo, onde o
produto é a objetividade e o lúdico.
A Brinquedoteca é o espaço livre para que se possa expressar,
criar, perguntar e onde o professor se torna mais livre para responder,
de chegar mais próximo dos alunos sem tantas normas, e onde a
criança é cuidada com atenção e não controlada.
Seria então importante organizar a Brinquedoteca de modo que
cada vez mais atraísse mais a criança. Poderia ser criado um espaço de
forma que apesar de todas as paredes, a liberdade existisse, tanto a
corporal como a do pensamento onde o estar livre fosse priorizado.
Esse espaço poderia ser visto como o do espontaneidade, o lugar
onde o sério não entrasse, a brincadeira tivesse o seu lugar assegurado
e a criatividade permitida sem restrições, com toda a liberdade de
criação.
Os professores teriam uma participação fundamental, através da
observação atenta ao brincar da criança, observando as suas idéias e
possibilitando um outro sentido, para quem achar que na brincadeira
não existe conteúdo.
Devemos encarar a brincadeira como uma coisa muito séria e
necessária para o desenvolvimento ser humano.
CONCLUSÃO
Neste trabalho pude mostrar o quanto a questão da Infância e da
Brinquedoteca são fundamentais para a “Normalidade” da criança.
No conceito de Infância através dos tempos ocorreram
significativas modificações. Principalmente após o Estatuto da Criança
e do Adolescente que serviu de parâmetro para conscientizar e
estabelecer e punição para as pessoas que não respeitam as crianças
como seres humanos, descuidando, abandonando–os a sua própria
sorte. Este Estatuto da Criança e do Adolescente, tem como objetivo
resguardar, proteger, assistir às crianças e adolescentes.
Se pararmos para pensar quantas crianças gostariam de colocar
para fora inclusive as suas experiências e vivências negativas, mas não
tem coragem, nem condição para verbalizá–las e que através do brincar
conseguem se expressar e se fazer entender. As carências não podem
muitas vezes serem percebidas, e é inclusive muito difícil fazer com
que uma criança se exponha, assim, o Brincar cria oportunidades, pois
possibilita um mergulho mais fundo buscando o seu eu.
Na Brinquedoteca, a criança trabalha a sua essência, buscando
trazer o seu interior humano pelo canal da emoção, não tendo como
camuflar–se.
A Brinquedoteca surgiu no Brasil na década de 80, evidenciando
a questão do brincar, do prazer, do auto conhecimento. Colocando
também que razão e emoção caminham juntos, no interior do ser
humano.
O jogo é sério, servindo de equilíbrio para a criança, já que nele
as crianças podem representar, experimentar vários papéis, e fazer o
que é mais importante, expressar suas emoções e sentimentos através
de gestos, no lugar onde tudo é permitido em um momento só dele.
Percebe–se a cada dia mais a importância da Brinquedoteca para
a Infância, tanto que muitos espaços públicos devem ser ampliadas
para melhor poderem cumprir esta agradável função e quanto mais isto
se tornar presente na vida das nossas crianças, na sua Infância, menos
revolta , menos violência veremos nos olhos de uma criança no futuro.
E o papel do educador nada mais é do que cada vez mais permitir, criar
grandes oportunidades e fazer com que nossas crianças consigam ser
felizes, acompanhando atentamente o seu desenvolvimento.
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