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A questão ambiental e grandes: Visão dos movimentos sociais e ongs CONDESSA Consórcio Socioambiental da BR 163 FBOMS GT Florestas www.fboms.org.br

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A questão ambiental e grandes:Visão dos movimentos

sociais e ongs

CONDESSA

Consórcio Socioambiental da BR 163FBOMS GT Florestaswww.fboms.org.br

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Obras de infraestrutura na Amazônia

• Preocupações no âmbito do Movimentos Sociais e ongs

• O Plano BR 163 como a oportunidade diferenciada

•AAE como possibilidade de planejamento integral

• mudanças no licenciamento ambiental

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Sociodiversidade

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Aproximadamente 4,5 milhões de pessoas em comunidades tradicionaisQuilombolasQuebradeiras de côcoRibeirinhosSeringueirosPovos Indígenas

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• Mais de 380 Terras Indígenas• 107 Milhões de hectares – 99%

da extensão de todas as TIs no Brasil

• 22% da Amazônia Brasileira• 170 Povos Indígenas• 270 mil indígenas• 2 milhões de famílias de

Agricultores familiares em toda a amazônia

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Atividadeseconômicas

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Avanço da fronteira agropecuária

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A Complexidade sociambiental amazônica exige ações integradas numa perspectiva mais ampla de planejamento estratégico para territórios e setores.

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“Diretrizes” do Governo sobre grandes obras de infra-estrutura na

Amazônia• Inserir o planejamento de obras de infra-estrutura em

estratégias de desenvolvimento regional sustentável, respeitando a diferenciação intra-regional.

• Priorizar investimentos em regiões consolidadas ou em processo de consolidação.

• Aprimorar os mecanismos de participação social, desde o inicio do processo (planejamento).

• Estimar impactos associados, benefício sócio-econômico local e necessidades de presença do Estado.

• Realizar análise prévia de alternativas.• Implementar ex-ante medidas preventivas e mitigadoras, com

prioridade para ordenamento territorial e a questão fundiária

FONTE: Plano Plurianual “Brasil para Todos” (PPA 2004-2007), Plano Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal

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Paradigmas atuais na Tomada de decisão para obras de infra-estrutura

- O conceito de Desenvolvimento baseado na lógica do crescimento econômico

- Dificuldade das políticas públicas incorporarem na prática a dimensão socioambiental nos planos e programas

- Planejamento de infraestrutura baseada em Projetos específicos – obras e não em regiões e territórios

- Dificuldades no planejamento integrado territorial (Obras privadas e obras públicas)

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O Caso da BR 163 Cuiabá-Santarém784 km localizados no oeste paraense, da divisa de Mato Grosso até a cidade de Rurópolis e,mais 32 km que ligam BR-163 e a BR-230 com a localidade de Miritituba, nas margens do rio Tapajós, próximo à cidade de Itaituba.

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Programa de Aceleração do Crescimento

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Situação da rodovia MT/ PAESTADO DO PARÁSubtrecho: Divisa MT/PA – Rurópolis 816 Km Pavimentado: 29 Km Em terra: 787 KmO.A.E.: 66 pontes de madeira a substituir por concreto

Subtrecho: Rurópolis a Santarém 213 Km Pavimentado: 98 Km Em terra: 115 KmO.A.E.: 5 pontes de madeira a substituir por concreto 1 ponte de concreto em operação

Subtrecho BR-230: Entr. BR-163 – Miritituba 32 Km Em terra: 32KmO.A.E.: 1 ponte de concreto a construir

ESTADO DO MATO GROSSO

Subtrecho: Nova Mutum – Guarantã do Norte:470Km Pavimentado: 436 Km Em terra: 34Km

Subtrecho: Guarantã do Norte – Divisa MT/PA: 54Km

Em terra: 54Km

O.A.E.: 1 ponte de concreto a construir

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Consórcio Socioambiental BR 163

Processo histórico de mobilização social Mato Grosso e Pará (Altamira, Sinop, Itaituba, Santarém) em 2003-2004 que resultaram na Carta de Santarém e criação do CONDESSA com mais de 50 instituições

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A Política da BR 163 como oportunidade

• Necessidade de Coordenação (executiva) definida

• Priorização orçamentária

• Modelo de gestão em funcionamento

• Tomada de decisão conjunta Sociedade civil e governo – conselho deliberativo no Modelo de gestão

Plano BR 163

Modelo de Gestão GTI e sociedade civil

Plano de ação orçamentária

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Desafios para o estabelecimento desta Política

Integração de políticas e territórios relacionadas à destinação de terras públicas (assentamentos, regularização fundiária, UCs/ALAP, TIs, concessão de uso de florestas públicas, exploração mineral, ZEE, etc.)

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Desafios para o estabelecimento desta Política

•Assentamentos sustentáveis: critérios para a criação, integração INCRA-Plano BR 163, estratégias de implantação efetiva. ex. áreas sobrepostas em Itaituba, novas estratégias de grilagem e ação madeireira adequadas aos novos instrumentos de legalização do INCRA (500ha) com laranjas nos assentamentos.

Planos de manejo de empresas, aprovados em áreas de assentamento e Unidades de Conservação recém-criadas, estão induzindo a um impasse legal, em razão da previsão da Lei de Gestão de Florestas Públicas, que prevê um período de transição, no caso de suspensão da autorização para exploração na área pública.

• Jacareacanga e Aveiro (PA), cujos territórios são ainda patrimônio da União, impedindo-se o acesso a diversos benefícios sociais e econômicos para os assentamentos locais. • Regularização e proteção das terras indígenas ex. TI Cachoeira Seca, consultas públicas.

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•Desafios para o estabelecimento desta Política

• Commodities como soja para exportação e produção de biocombustível e, mais recentemente, a cana-de-açúcar para a produção do etanol, têm sido consideradas pelo governo federal como produtos estratégicos da região com investimentos previstos pelo BNDES.

• Investimento do FNO para pecuária na Amazônia. Em Itaituba há informações de que 96% dos créditos foram para esta atividade.

• A necessidade de inclusão de outros municípios em propostas para viabilizar comercialização de produtos, como a CONAB.

• Envolvimento dos estados e municípios nas ações e discussões do Plano. Proposta de Monitoramento e controle das ações do plano

• Iniciativas privadas no mesmo território ex. Planta da ALCOA em Juriti, Frigorífico Bertin investimento de U$ 90 milhões para o grupo em tres estado (MT, PA e RO).

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-Implantação de unidades de conservação de uso sustentável e proteção integral (regularização, planos de manejo, proteção, fomento, etc.)-Como lidar com a situação de sobreposição de assentamentos com UCs do DFS

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Criação das gerências executivas

Integrar ações no nível local, estadual e federal

Mecanismos de monitoramento e gestão

Modelo de gestão do Plano

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Ações e possibilidades

• Implementação do PLANO da BR 163 já!

• AAE – Avaliação Ambiental Estratégica- Lógica do desenvolvimento sustentável.

- Permite o planejamento para a Tomada de decisão conjunta com a sociedade civil ajudando a conciliar interesses distintos.

- Análise de PPP (Política, Plano e Programa) por territorial ou setor.

- Possibilidade de valorizar outras ações para monitoramento territorial como os ZEEs, PNOT.

- Possibilidade de pensar estrategicamente outras alternativas que não apenas obras.

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Geração de Hidreletricidade no país

41%25.32023.433São Francisco

44%26.28524.221Tocantins

70%58.09752.577Paraná

0,7%107.14342.619Amazônica

Aproveitado (2004)

Total estimado

InventariadoRegião Hidrográfica

Potencial por região hidrográfica (MW)

Fonte: PNRH – caderno setorial geração de energia elétrica

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Complexo Madeira – impactos da TD parcial

Extinção de peixes migradores a montante da barragem (incluindo Bolívia) e impactos para a pesca ao longo do rio Amazonas até sua foz

Alteração em várzeas a jusante da barragem (efeito da contenção de sedimentos), com impactos na produção pesqueira de lagoas marginais e na produção agrícola de famílias ribeirinhas que habitam a calha do madeira e do amazonas

rápido acúmulo de sedimentos no reservatório, que, pelas estimativas otimistas, terá 50% de seu volume preenchido com areia dentro de 20 anos

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Licenciamento ambiental Questões principais Alternativas

- Opera na lógica da “adequação ambiental”

- Tomada de decisão dada em momento anterior ao processo de audiências públicas.

- interesses sociais excluídos

-Pouca participação social

-Aumentar a possibilidade de participação nas diferentes etapas de aprovação da obra.

- Possibilitar ao IBAMA acesso a consultores locais para avaliação dos EIA-RIMA apresentados.

- Promover formas de informar melhor a população para uma participação real nas audiências e consultas públicas.