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Industrial Pró www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Setembro 2017 – ANO IX edição 88 EMPRESA TEUTO: 100% BRASILEIRO REFIS PRAZO É PRORROGADO ENTREVISTA AURÉLIO TRONCOSO O prejuízo das empresas com o fim da TJLP DINHEIRO MAIS CARO CONGRESSO APROVA NOVA FÓRMULA DE CÁLCULO DA TJLP, QUE SERÁ SUBSTITUÍDA PELA TLP E, NA PRÁTICA, ESVAZIA O BNDES ADIAL 88_Layout 1 08/09/2017 11:06 Page 1

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IndustrialPró

www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Setembro 2017 – ANO IX

edição

88

EMPRESATEUTO: 100% BRASILEIRO

REFISPRAZO É PRORROGADO

ENTREVISTAAURÉLIO TRONCOSO

O prejuízo das empresas com o fim da TJLP

DINHEIRO MAIS CARO

CONGRESSO APROVA NOVA FÓRMULA DE CÁLCULO DA TJLP, QUE SERÁ SUBSTITUÍDA PELA TLP E, NA PRÁTICA, ESVAZIA O BNDES

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ExpedienteEditorial

O Brasil terá de lutar contra questões mal resolvidas nas últimas déca-das para se construir um ambiente de negócios propício ao desenvolvi-mento. Chegamos até onde é possível com improvisos e remendos. Asbarreiras tributárias e monetárias, principalmente.

No entanto, nestes dois imensos gargalos, as atitudes dos planejadoresda economia nacional só pioram o quadro. Na parte tributária, o trata-mento é um amplo ajuste das contas públicas, que poderia tornar o modelode gestão pública brasileiro menos fiscalistas e mais desenvolvimentista.Mas, as contas públicas na esteira da falência e insolvência trazem um ce-nário nada otimista. Se visualiza mais carência de recursos no futuro doque o contrário – ou seja, terão de tirar mais e mais dos empresários e tra-balhadores para pagar a conta da incompetência gestora.

Por outro lado, na conta dos juros, o caso não é diferente. Sem conseguirse sustentar, é preciso emitir títulos para pagar o déficit, que precisam dejuros elevados. No entanto, não é só na conta propriamente dita que estadependência de bancos nos prejudica – mas na parte legalista: medidaspara conter ânsia dos banqueiros de lucrar diante dos setores produtivossempre são adiadas e, muitas vezes, os projetos que os beneficiam avan-çam, como, por exemplo, a desidratação do BNDES, com a mudança daTJLP para TLP. É tema da manchete desta edição. Vamos tratar ainda deincentivos fiscais com entrevista com o economista Aurélio Troncoso, entreoutros bons temas de negócios e indústria.

Boa Leitura, Leandro Resende.

ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º andar ‐Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás. CEP: 74.083‐

060 Fone: (62) 3922‐8200

www.adial.com.br

SUMÁRIO

Nova conta a pagar

PRÓ-INDUSTRIAL

Pró‐Industrial2

Presidente do Conselho de Administração

Otávio Lage de Siqueira Filho

Conselho Nato Cyro Miranda, José Alves Filho, Alberto Borges e Cesar Helou

Vice‐Presidente Financeiro Cesar Helou

Vices‐Presidentes e Conselheiros Alexandre Baldy Sant’anna Braga, Alfredo

Ses�ni Filho, Ananias Jus�no Jayme, AngeloTomaz Landim Júnior, Carlos Luciano Mar‐�ns Ribeiro, Domingos Sávio Gomes de Oli‐

veira, Domingos Vilefort Orzil, HeribaldoEgídio da Silva, José Alves Filho, José Do‐

mingos Francischinelli, José Carlos Garrotede Souza, Márcio Botelho Teixeira, MarleyAntônio da Rocha, Maximiliani LiubomirSlivnik, Olímpio José Abrão, Paulo SérgioGuimarães Santos, Ronaldo Aspesi, ValdoMarques, Vanderlan Vieira Cardoso e Wil‐

son Luiz da Costa.

Presidente ADIAL‐LOGRivas Rezende da Costa

Conselheiro Vice Presidente ADIAL‐LOGGlorivan França e José Costa Pereira Filho

Conselho Fiscal ‐ Efe�vos André Luiz Bap�sta Lins Rocha, Antônio Be‐nedito dos Santos, Evaristo Lira Baraúna e

Romar Mar�ns Parreira;

Conselho Fiscal ‐ Suplentes Luciano Araújo Carneiro, Luiz Alberto Rassi,Ricardo Vivolo e Sebas�ão Osmar Alber�ni.

Diretor Execu�voEdwal Freitas Por�lho “Chequinho”

Produção e EdiçãoLeandro Resende ‐ Contemporânea

ImpressãoPoligráfica

ANÚNCIOS: (62) 3922‐8200

Setembro 2017 Nº 88

Ano IX

EDITORIAL Nova conta a pagar 2. // CRÉDITO Governo mudaTJLP e esvazia BNDES 3‐5.// COMÉRCIO EXTERIOR Goiás tem43º superávit seguido 6.// ENTREVISTA Aurélio Troncoso 7‐9.//NOTAS INDUSTRIAIS Prêmio MasterCana e Prorrogado prazo doRefis 12.// ADIAL‐LOG Decisões favoráveis, Treinamento e TST13.// EMPRESA Teuto 14‐15.// MARKETING & PRODUTOS Lan‐çamentos da indústria 16‐17.//LEITURA Livros Empresariais 18.//OPINIÃO Otávio Lage de Siqueira Filho 19//

EMPRESAS, MARCAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOBNDES (2, 3, 4, 5, 19), TST (2, 13), Teuto (2, 14, 15), Ministério da Fazenda (5), Fiesp

(5, 19), SED (6), UniAlfa (7,8), Receita Federal (8), Fenasucro (12), Agrocana (12),Jalles Machado (12), Fieg (12), CTC (12), Sifaeg (12), Abrão Helou & Braga Nasci‐mento (12), Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (12),Cargill (13), Faculdade

Noroeste (13), OAB (13), TRT (13), Transcol Transportes (13), Varas do Trabalho RioVerde e Aparecida de Goiânia (13), ICM Transportes (13), Pfizer (14, 15), PróGenéri‐cos (15), Flash PMB (15), Cade (15), Cageg (15), Kibon (16), Hypermarcas (16), JohnDeere (16), Unilever (16), ONU (16), Beyond Sport (16), Mitsubishi (17), Heinz (17),

Creme Mel (17), Corpo de Bombeiros de Goiás (17), Nestlé (17).

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A conta sempre fica mais salgadapara empresários e trabalhadores bra-sileiros, principalmente, quando o as-sunto é impostos (governos) e juros(bancos). Não é por outro motivo queeste dois itens respondem como causade 90% dos pedidos de recuperação ju-dicial no País. Nos últimos meses, umamanobra do governo e dos bancosevoluiu no Congresso, já aprovada naCâmara e no Senado - faltando apenasvotação de destaques e sansão presi-dencial. É a Medida Provisória 777,que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP)para ocupar o lugar da Taxa de Jurosde Longo Prazo (TJLP) nos financia-mentos concedidos pelo Banco Nacio-

nal de Desenvolvimento Econômico eSocial (BNDES). Na Câmara, commaioria do governo, a votação foi sim-bólica e não houve o registro de votosno painel. No Senado, foi aprovadacom 36 votos a favor, com 14 contra.

A MP determina que a nova TLP seaproximará das taxas do mercado, oque, naturalmente, encarecerá o finan-ciamento de longo prazo para indús-trias, máquinas, equipamentos,cooperativas, infraestrutura e emprés-timos a Estados e municípios.

“O fim da TJLP não afeta apenasempresas, mas também o trabalhador– que perderá oportunidades de em-pregos porque fábricas não serão ergui-

das e expansões não serão realizadas”,disse o presidente da ADIAL, OtavioLage de Siqueira Filho.

Para o deputado federal AlexandreBaldy, que participou de reunião naADIAL há algumas semanas, a TLP,no médio e longo prazos, será muitoruim, especialmente para pequenas emédias empresas conseguirem linhasde crédito com taxas mais competiti-vas que a permitem investir. “Coloca-mos os empreendedores nas mãos dobancos tradicionais, que têm pouco in-teresse em realizar os negócios e nãovislumbram nenhum aspecto socialem casos que se enxergam estratégiasextraordinárias para realizações de in-

Governo muda TJLP e esvazia BNDES

GESTÃO TEMER CONSEGUEAPROVARNOVA TLP

QUE BENEFICIABANCOS EPREJUDICAEMPRESAS,ELEVANDO

JUROS PARAINVESTIMENTO

CRÉDITO

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CRÉDITO

vestimentos, principalmente em re-giões menos desenvolvidas e commenor potencial de consumo.”

Para o diretor-executivo daADIAL, Edwal Portilho Chequinho,é um retrocesso nas ações de investi-mentos do País, principalmenteporque o Brasil não se preocupa emter uma Política Industrial, nemmesmo desenvolver um modelo eco-nômico que beneficie o investidortanto quanto ao sistema financeiro. “Anova TLP esvazia o BNDES, segundoo próprio banco estatal se manifestou,desidrata-o, em prol de quem? Dosbancos comerciais”, disse ele, aler-tando para um ponto debatido muitona Câmara, que a medida pode ser o

“começo do fim” do BNDES - poisperde seus diferenciais como órgão defomento e indutor de desenvolvi-mento. “Ele competir com banco co-mercial é suicídio.”

Baldy concorda: “O BNDES se des-virtuou nos últimos anos, concen-trando grande parte dos recursoscaptados em empréstimos a grandeempresas e grupos empresariais,

criando até mesmo desequilíbrio nacompetitividade em vários segmentos.Mas nem por isso podemos deixar dereconhecer o papel fundamental queeste possui, que deveria se discutir oformato dos empréstimos e o focodestes a pequenos e médios, para em-presas que faturam até R$ 200 milhõespor ano, que possuem muitas dificul-dades em irem ao mercado e conseguir

“Colocamos os empreendedores nas mãosdo bancos tradicionais, que

têm pouco interesse em realizar os negócios”

Alexandre BaldyDeputado Federal goiano alertando dos riscos

da aprovação da nova taxa do BNDES, há ummês, na reunião da Diretoria da ADIAL

MAIS INFORMAÇÕES

WWW.BNDES.GOV.BRGUIA DE FINANCIAMENTO

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alternativas para levantarem capitalpara investimentos em suas empresase parques fabris.”

O projeto saiu da gaveta do Minis-tério da Fazenda, mas não teve apoiode todos no governo Michel Temer. OBNDES alertou publicamente que afórmula proposta pelo governo para ocálculo da nova taxa de juros dos em-préstimos do banco de fomento.

Segundo o presidente do BNDES,Paulo Rabello de Castro, o nova taxapode prejudicar as empresas tomado-ras de crédito na instituição ao reduzira “previsibilidade” das condições dosfinanciamentos. “Atrelar a atual TLP aum título público torna a taxa ‘muitomais nervosa’ do que a TJLP, que é de-finida a cada três meses pelos go-verno”, disse.

Segundo ele, as taxas de juros de tí-tulos públicos refletem as condições daeconomia. “Essa avaliação acaba su-jeita a fatos não só na economia, mastambém na política. Em um momentomuito agudo de alta desses juros, umprojeto de longo prazo pode não resis-tir financeiramente à TLP”, avaliou.

Por isso, acredita o presidente doBNDES, o atual modelo de cálculo daTJLP hoje dá muito mais estabilidadee previsibilidade aos investidores.

O trabalho de divulgação da pro-posta foi muito bem executado pelosinteressados – governo e bancos co-merciais. Na imprensa, o foco do de-bate foi uma futura redução de jurospara todos que usam crédito no Brasile que o BNDES é um banco estatal quefinancia, em maior parte, grupos em-presariais “selecionados”. O discurso“dos bancos” pegou e a grande im-prensa focou no debate destes dois as-pectos da MP e não no esvaziamentodo BNDES.

A criação da TLP teve como ponto-de-partida o objetivo de reduzir a di-ferença hoje entre o custo que oTesouro Nacional paga ao mercado

para se financiar, que é a taxa Selic(hoje a 8,25% ao ano) e a taxa que aUnião cobra nos empréstimos aoBNDES, que é a TJLP (7% ao ano). Ocusto, no primeiro quadrimestre doano, foi de R$ 6 bilhões – o que o mer-cado chama de subsídio implícito.

Pelo projeto, a TLP vai reduzir ocusto de captação do Tesouro, elimi-nando o subsídio implícito ao longo decinco anos. Seria o esvaziamento doBNDES, que passaria a competi r comos bancos comerciais – que, como sesabe, estão interessados na aprovaçãodesta MP. A ideia do governo é que anova TLP seja atrelada a NTN-B, títulopúblico atrelado à inflação. Ou seja, ataxa teria uma variação mensal – ape-sar de não mudar após fixada em umcontrato de financiamento – e já seriaaplicada a partir de 2018.

PESQUISACom esta proposta de correção dos

empréstimos de longo prazo, 66% dosempresários industriais, pesquisa rea-lizada pela Fiesp, iriam deixar de bus-car o crédito no BNDES nos próximosdois anos. Para a entidade, não é o mo-mento ideal para discutir mudança –para pior – na taxa de juros de investi-mentos de longo prazo. O estudo daFiesp, ao contrário do que previa ana-listas que afetaria apenas grandes gru-pos, também afetou o humor eintenção de investimentos de peque-nas e média empresas (65%) e, das

grandes, como se esperava, um poucomais elevado, com 70%.

Como a maioria das empresas nãoteria capital próprio para investir, ocor-reria a paralisação, redução ou redi-mensionamento dos projetos deexpansão ou, ainda, busca de bancoscomerciais ou outras fontes de finan-ciamento, como mercado de ações oufusão de negócios, por exemplo. Napesquisa da Fiesp, identificou-se aindaque um terço das empresas – indepen-dente do porte – reduziria o valor totala ser investido em mais de 40% se aTJLP fosse modificada (pesquisa foi feitaantes da votação no Senado).

A tese do ministro da Fazenda,Henrique Meirelles, foi confrontadapor parlamentares de ser um objeto deinteresse do mercado financeiro – quetem amplo interesse de reduzir a dis-tância da Selic da TJLP para dominartambém este mercado de crédito. De-putados reforçaram o papel doBNDES como indutor de desenvolvi-mento. Henrique Meirelles fez a defesada medida com o discurso de que amedida vai reduzir o custo do créditopara todos “e não apenas para os de-vedores do BNDES. A TLP vai ajudara reduzir a taxas de juros, aumentandoa eficiência da política monetária nocontrole da inflação. Os subsídios docrédito passam a constar no Orça-mento com maior transparência eequidade na definição das políticaspúblicas.”

No entanto, o discurso de que me-didas provisórias, leis e normas do go-verno federal, normalmente favoráveisaos bancos, vão reduzir o custo do cré-dito no Brasil é utilizado, há décadas,quando se quer fazer uma modificaçãoque afeta o setor. Mas, após aprovado,o consumidor e o empresário conti-nuam com as taxas de juros mais ele-vadas do mundo – mesmo quandoexiste queda expressiva da Selic, ospread continua nas alturas.

Sessão no Senado que aprovou TLP

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6 Pró‐Industrial

BALANÇA COMERCIAL

Goiás registra 43º superávit comercial

Goiás fechou julho com 43º saldoseguido superavitário da balança co-mercial e acumulando um crescimentode 3,95% das exportações de janeiro ajulho deste ano. No total, Goiás ven-deu US$ 3.9 bilhões a clientes no exte-rior. Na outra ponta, um movimentopositivo nas importações, com alta de22,6% em relação a igual período doano anterior. Em uma análise rápida,poderia se identificar que a importaçãocom este salto bem acima da exporta-ção estivesse gerando distorções nomercado interno do Estado, mas umapeculiaridade minimiza este dado: aimportação, em boa parte, não é deproduto para consumo final, mas parainsumos industriais de vários segmen-tos, com maior força para medicamen-tos e automotivo, além de máquinas eequipamentos. Nos dois casos, são si-nais bons para a economia.

Quanto ao resultado de julho, osuperávit foi de US$ 355,4 milhões,com expansão de 32,32% se compa-rado com o mesmo período do anopassado. O resultado reflete os US$606 milhões em vendas de produtosgoianos para outros países. As impor-tações no mês de julho totalizaramUS$ 251,3 milhões, apresentando re-tração de 12,54% em relação à junho ecrescimento de 14,73% em relação ajulho de 2016.

Em julho foram exportados 369produtos para 108 países. A China foio principal destino dos produtos goia-nos, com 31,07% do total das exporta-ções, alcançando o valor de US$ 188,5milhões. Goiás exporta para o País

principalmente o complexo soja,carnes, ferroligas, couros e derivados,açúcar e peixes ornamentais vivos deágua doce.

Goiás importou 1.353 produtos de55 países. Os produtos farmacêuticoslideram o ranking de importados, comparticipação de 25,4% do valor totaldas importações. Goiás importou prin-cipalmente dos Estados Unidos, repre-sentando 24,1% do total.

O secretário Francisco Pontes co-memorou este novo saldo e atribuiu oresultado sequencial às políticas eco-nômicas promovidas pelo Governo deGoiás, direcionadas ao desenvolvi-mento de todos os setores produtivos.“O Estado de Goiás vem experimen-tando um novo curso de estratégias di-

ferenciadas, que resultam emconfiança nos nossos produtos. Um di-ferencial que a SED apresenta pela 43ªvez consecutiva”, ressaltou.

Como destino, além da China emprimeiro lugar, temos os Países Baixos(Holanda), com a aquisição de 9,86%dos produtos goianos exportados. Nasequência, Rússia e Índia em terceirolugar (4,64%) e os Estados Unidos emquarto lugar (3,56%), seguidos por Co-reia do Sul, Vietnã, Hong Kong, Tailân-dia e Irã.

Quanto à importação, além dos Es-tados Unidos, que está em primeirolugar, Goiás também comprou da Co-reia do Sul (14,20%), Japão (8,88%),Suíça (7,28%), China (6,30%), Ale-manha (5,93%) e Rússia (4,51%).

ESTADO TEM A CHINA COMO MAIOR CLIENTE, MAS TEVE, EM JULHO,UMA PAUTA 369 DIFERENTES PRODUTOS VENDIDOS A 108 PAÍSES

Porto de Xangai, na China, um dos mais movimentados do mundo e des�no de produtosgoianos. Chineses compram de Goiás: soja, minérios, carnes, couro, açúcar e peixes

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Michal Gartenkraut

ENTREVISTA

Aurélio TroncosoEconomista e coordenador do Cepem da UniAlfa

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Sem os incentivos fiscais, Goiás seria o que é hoje?

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O modelo de desenvolvimentoadotado por Goiás, ainda nos anos80, com os incentivos fiscais comimpostos estaduais persiste, atra-vessando mais de três décadas. Aforte industrialização, a geração deempregos, atração de milhares deempresas e o avanço do nosso PIBsão alguns sinais de que o caminhofoi acertado?

Primeiro temos de entender oque são incentivos e benefícios fis-cais. Os incentivos fiscais represen-tam uma forma de desoneraçãotributária, ou seja, é uma parcela daarrecadação que o governo não vê.Conforme definição da própria Se-cretaria de Receita Federal (SRF),‘são consideradas desonerações tri-butárias todas e quaisquer situaçõesque promovam: presunções credití-cias, isenções, anistias, reduções dealíquotas, deduções ou abatimentose adiamentos de obrigações de na-tureza tributária’. De acordo com aSRF, os benefícios tributários têm ca-ráter compensatório ou incentiva-dor – esse quando há intenção dedesenvolver um setor ou região eaquele quando compensa determi-nados serviços que o governo deve-ria oferecer com qualidade, mas nãoo faz de maneira adequada. Se pe-garmos Goiás na década de 80, há 37anos, tínhamos 2,1 milhões de pes-soas vivendo no meio urbano e 1,01milhão no meio rural. No último

censo, de 2010, a quantidade de pes-soas que estão no meio urbanoquase triplicou, com mais de 5,4 mil-hões de pessoas. Já, no meio rural,reduziu pela metade, a 583 mil pes-soas. No início dos anos 2000 as ex-portações de Goiás somente com oFomentar eram de US$ 595 milhões.Com a implantação do Produzir,saltou em 2016 para mais de US$ 8,2

bilhões. A arrecadação de ICMS sal-tou de R$ 1,5 bilhões no final dosanos 90 para R$ 14,3 bilhões, em2016. Um PIB de R$ 34,1 bilhões, em2002, para um PIB de R$ 165 bilhões,em 2016. A empregabilidade que noinício dos anos 90 era de 437 mil pes-soas com carteira assinada, que sal-tou para mais de 1,5 milhão depessoas empregadas com carteiraassinada, em 2015. Gostaria de sa-lientar que para cada emprego di-reto surgem no mínimo trêsempregos indiretos. Se foram212.790 empregos diretos geradospelas empresas que aqui se fixarampor meio dos incentivos fiscais, issoresultaria aproximadamente 638 milempregos indiretos. Após esta ex-planação posso responder à per-gunta, para quem não tinha nada, omodelo adotado por Goiás na in-dustrialização tendo como atrativoindustrial para o Estado os incenti-vos fiscais, foi um grande passo parao crescimento econômico e social doEstado.

Goiás era um Estado com um dosmenores índices de industrializa-ção do País, muito incipiente, até osanos 70. Hoje “exportamos” nossosprodutos industrializados para ou-tros Estados. Sem uma políticaagressiva de desenvolvimento re-gional isso seria possível?

Na década de 1970, Goiás estava

“(Com os incen-tivos fiscais)

foram investi-dos mais de

R$ 43 bilhõespor mais de

1.800 empresasque já estãoinstaladas

gerando mais de212 mil empre-gos diretos e

mais de 600 mil indiretos”

Oprofessor de pós-graduação e coordenador do Centro de Pesquisas Econômicas eMercadológicas (Cepem) do Centro Universitário Alves de Farias (UniAlfa), Auré-lio Troncoso, aponta a evolução da economia goiana com os incentivos fiscais, como salto de industrialização, do PIB e na profissionalização dos negócios no Estado.Aurélio Troncoso também avalia que os incentivos fiscais precisam ser vistos peloque realizaram no Estado – e não pelo que não fizeram. Segundo ele, se não tivésse-mos incentivos fiscais, não teríamos um parque industrial consolidado como temos

hoje – e contar com investimentos privados (mais de R$ 43 bilhões), geração de empregos (mais de 850 milentre diretos e indiretos) e pagamento de vários impostos, entre eles o ICMS (pois o incentivo, na prática,reduz uma parte do ICMS). Confira a seguir, os principais trechos da entrevista:

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em um patamar muito inferior aosEstados do Sudeste e Sul do País emprodução industrial. Aparecia na es-tatística em um somatório na tabelaem “outros” com 2,5%, enquantoSão Paulo aparecia com 57,2% detoda a produção industrial do País.Hoje essa situação ainda continua,só que agora com uma particulari-dade: aparecemos na estatística com2,7% em produção industrial do Paísenquanto São Paulo aparece com32% do PIB industrial brasileiro. Issomostra um processo de desconcen-tração industrial, graças aos incenti-vos fiscais criado pelos Estadosbrasileiros.

O amplo apoio da sociedadegoiana aos incentivos fiscais ficouclaro a cada vez que esta política deincentivos esteve ameaçada no Le-gislativo ou Judiciário. No entanto,vez ou outra, surgem números in-corretos e interpretações primárias,repleta de falhas, para contrapor osincentivos. Existe uma falta de in-teresse em estudar e compreendero tema, já que os números são pú-blicos?

É verdade, precisa-se que os nú-meros corretos sejam alinhados den-tro da esfera estadual, para que nãohaja equívocos na divulgação dosmesmos a serem apresentados à so-ciedade, tendo em vista que a infor-mação apresentada por meio denúmeros tem de ser muito bem ex-plicada como por exemplo em umarelação bem simplista, 10 + 10 = 20.Mas se eu te der 10% + 10% de des-conto em uma compra de R$ 100,00não vai ser 20% desconto e sim 19%.A análise errada dos números leva auma série de interpretações equivo-cadas. Quando se diz que existeuma renúncia fiscal de mais de R$255 bilhões temos de levar em consi-deração duas variáveis importantes:a primeira que não é renúncia, é umfinanciamento, onde o empresáriopassa a ter um crédito junto à Agên-

cia de Fomento; e a segunda é queesse crédito pode ser utilizado ounão até 2040. Lembrando que foraminvestidos mais de R$ 43 bilhões pormais de 1.800 empresas que já estãoinstaladas gerando mais de 212 milempregos diretos e mais de 600 milempregos indiretos, aí fica a per-gunta que todos nós gostaríamos deter as respostas. Se não fossem os in-centivos fiscais, Goiás seria o que éhoje?

Uma das fontes de equívocos na in-terpretação está no nível de desone-ração, seja na ideia de que asempresas “não pagam” impostosou seja na confusão do total de in-centivos na assinatura do projeto eseu uso no decorrer do tempo. Es-clarece como funciona estes meca-nismos dos programas, por favor.

O empresário, quando se pro-põem entrar nos programas do Pro-duzir, apresenta um projeto deviabilidade econômica e financeiraonde o mesmo se compromete acumprir todas as exigências impos-tas pelo programa. Para que omesmo possa usufruir dos incenti-vos, cria-se um Termo de Acordo deRegime Especial (TARE) junto àSEFAZ e Agência e Fomento, limita-se ICMS financiável em até 73% (nãode isenção, mas de financiamento e

nem sempre se concede neste limite)estipula-se um prazo de financia-mento de até 2040, com juros 0,2%ao mês, a forma de pagamento – re-colhe 27% de ICMS no TARE para oTesouro Estadual, antecipa-se 10%sobre o valor mensal do ICMS finan-ciado de 73% ao Fundo Produzir.Com a antecipação dos 10% men-sais, o governo, por meio do PRO-TEGE, passa a atuar nas áreassociais como: Bolsa Universitária,Bolsa Futuro, Renda Cidadã, PasseLivre Estudantil, Restaurante Cida-dão, Transporte Cidadão, Saúde Ci-dadão, Casa Legal, LavouraComunitária, Sistema Sócio Educa-tivo, dentre outros.

Qual a nova visão dos incentivosfiscais, convalidados peloCongresso? Alguns passos preci-sam ser dados para consolidar osprogramas?

Para mim a melhor coisa alémda convalidação foi retirar doConfaz a concordância unânime detodos os membros do conselho – foium grande avanço. Em relação aoProduzir, acredito que está muitobem ajustado. O que precisamos écriar modelos de incentivo para ou-tros setores ou regiões. Como porexemplo eixo Goiânia-Anápolis-Brasília, que tem um potencialmuito grande de crescimento.

Qual a visão estratégica de cresci-mento que os Estados que incenti-vam sua indústria precisam ter,considerando a possibilidade realde encerramento dos programasem 15 anos?

Em 15 anos, muita água vai pas-sar por baixo dessa ponte. Mascomo dizia os mais velhos: “É mel-hor prevenir do que remediar”.Acredito que a criação de incentivosfinanceiros, criar polos tecnológicos,investir pesado em educação e pes-quisa, poderá trazer bons resultadosno futuro.

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“A análise errada dos

números levaa uma série

de interpreta-ções equivo-

cadas”

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12 Pró‐Industrial

NOTAS INDUSTRIAIS

O diretor‐presidente da Jalles Machado epresidente da ADIAL, Otávio Lage de SiqueiraFilho, foi eleito o Empresário do Ano peloPrêmio MasterCana Centro‐Sul 2017. Acerimônia de premiação foi realizada no dia22 de agosto, em Ribeirão Preto, São Paulo,durante a noite de abertura da Fenasucro &Agrocana, uma das maiores feiras do setorsucroenergético nacional.

“É uma grande satisfação receber essaimportante premiação nesta noite quereúne grandes líderes e personalidades dosetor. Esse reconhecimento estendo a toda aequipe da Jalles Machado que se dedicapara fazer a empresa crescer e se mantercompetitiva, especialmente nesses anosdifíceis que o setor tem enfrentado.Agradeço pela homenagem e fico muito felizem poder participar desse momento”,ressaltou.

Otávio Lage Filho foi empossadorecentemente como presidente daAssociação Pró‐Desenvolvimento Industrialdo Estado de Goiás (ADIAL) para o triênio2017/2020 e como membro do Conselho doFundo Constitucional do Centro‐Oeste (FCO).Também já foi presidente do ConselhoDeliberativo do Sindicato das Indústrias deFabricação de Etanol do Estado de Goiás(Sifaeg). É Diretor da Federação dasIndústrias do Estado de Goiás (Fieg),Conselheiro da Fundação Abrinq e membrodo Conselho de Administração do Centro deTecnologia Canavieira (CTC).

Otavinho recebePrêmio MasterCana

Centro-Sul

Prorrogado prazopara adesão ao Refisaté 29 de setembro

O presidente daRepública em exercício,Rodrigo Maia, assinou,no último dia 30, textode medida provisória queprorroga o prazo paraadesão ao ProgramaEspecial de RegularizaçãoTributária (Pert),conhecido como Refis.Instituído pela MedidaProvisória 783/2017, oprograma acabaria no dia31 de agosto. Com aproposta, a adesão foiprorrogada para 29 desetembro de 2017. Paraaderir, é precisoformalizar o pedido pormeio de um requerimento que pode ser protocolado no site da Receita Federal nainternet. Quem aderir ao programa terá oportunidade de obter descontos. Nopagamento à vista, será possível abater 90% dos juros e 50% das multas. Paradívidas com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o desconto será de25% nos encargos e honorários advocatícios. O parcelamento máximo será de 180meses.

PRIMEIRA PARCELAA adesão ao programa, no entanto, só passa a valer e a ter efeitos legais a

partir do pagamento da primeira parcela ou do valor à vista. A parcela mínima seráde R$ 200 quando o devedor for pessoa física e de R$ 1 mil quando for pessoajurídica.Podem aderir ao PERT pessoas físicas e jurídicas, inclusive aquelas emrecuperação judicial, com débitos de natureza tributária e não‐tributária, vencidosaté 30 de abril de 2017, inclusive aqueles anteriormente parcelados (rescindidosou ativos) e provenientes de lançamento de ofício efetuados após a instituição doPrograma, desde que o requerimento seja efetuado até 31 de agosto, data limitepara adesão ao programa.

A equipe tributária do escritório Abrão Helou & Braga Nascimento reforça queas empresas tomem o devido cuidado para não assumirem compromissos quevenham a se tornar desvantajosos no futuro, pois os efeitos da exclusão doparcelamento são extremamente danosos. “Os contribuintes também devemtomar os cuidados necessários para não incluir no PERT débitos inexigíveis, ilegaisou inconstitucionais. Para tanto é de extrema importância um profissionalespecializado para realizar uma auditoria no passivo fiscal do contribuinte eacompanhar o procedimento de adesão ao programa”, orientou.

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Pró‐Industrial1313 Pró‐Industrial

ADIAL-LOG

Duas ações trabalhistas recentescontra empresas de transportes tiveram omesmo fim: perderam. As decisõesjudiciais em questão são lúcidas esimplesmente questionaram asinverdades comuns apontadas,repetidamente, em pedidos trabalhistasde que trabalhavam de 18 horas a 20horas por dia, de segunda a domingo,inclusive feriados, entre outros absurdos.Ressalta‐se a importância dosempresários do setor avaliaram estesduas ações para compreender pontosimportantes que devem ser abordadosno cotidiano da empresa e que podemproduzir provas a favor ou contra,

durante ações trabalhistas. A ADIAL‐Logdisponibiliza a qualquer interessado estasdecisões judiciais.

O primeiro caso o trabalhadorreclamante pretendia a condenação daempresa Transcol Transportes em R$361.911,88 que, após instruçãoprocessual a maioria dos pedidos foramindeferidos, cujo efeito prático foi umasentença com valor fixado em apenasR$1.500,00. A decisão é da 3ª Vara doTrabalho de Aparecida de Goiânia, dajuíza do Trabalho Nara Borges KaadiMoreira.

No segundo caso, outro reclamanterequereu a condenação da empresa ICM

Transportes em R$ 419.000,00. Apósdepoimento pessoal das partes e oitivade testemunhas, a reclamatória foijulgada improcedente, pois o julgadorrestou convencido que todas os fatosalegados pelo reclamante (jornada detrabalho, inclusive) não passavam deinverdades. Caso foi julgado 1ª Vara doTrabalho de Rio Verde e julgada pela juízado Trabalho, Cecília Amália Cunha Santos.

Para o advogado Marcelo Moraes,que atuou nas ações, a justiça realmentefoi feita, sendo uma vitória para quemadvoga “diariamente contra os absurdosalegados nas reclamatórias envolvendo osegmento de transporte”.

Decisões trabalhistas favoráveis a empresas

de transporte

A Cargill, com o objetivo deincentivar a melhora na qualidade devida no desempenho das atividadesdos caminhoneiros que prestamserviço para a empresa em Goiânia,reuniu cerca de 160 motoristas para a6º edição do Amigo Fiel. “O Brasil semovimenta sobre as rodas de umcaminhão. Nada chega a nossa casasem os caminhoneiros. Por isso, a Cargill busca valorizar e reconhecer a importânciadesses profissionais para o negócio de tomates, reservando um momento para quepossam cuidar da sua saúde e despertar atenção para a importância de priorizarema segurança e a qualidade de vida no seu dia a dia”, afirma Bruno Soares, Supervisorda área Agrícola do Negócio de Atomatados da empresa. Nos dias 30 e 31 de agosto,foram oferecidos serviços como banca jurídica para orientações sobre direitoprevidenciário e familiar; aferição da pressão arterial; teste de glicemia; exameoftalmológico; avaliação dos hábitos alimentares; corte de cabelo; e massagemrápida. Além disso, os motoristas puderam assistir palestras oferecidas pelo Sebrae,por professores da Faculdade Noroeste e funcionários Cargill sobre: “Como controlarseu dinheiro”, “Planejamento Familiar”, “Doenças Silenciosas”, “DST e Drogas”,“Primeiros Socorros”, “Segurança no Trânsito”, “Educação Ambiental”, “Comoalimenta‐se de forma adequada nas estradas” e “Ergonomia”.

Cargill promove evento para caminhoneiros em Goiânia

TST questiona vendade crédito trabalhistajudicial a advogados

As centrais de conciliação da Justiça doTrabalho estão preocupadas com os efeitos dacompra de créditos trabalhistas por advogadosnas negociações judiciais. No início deste mês, oTribunal Superior do Trabalho enviou consulta àOAB para saber se a prática infringe algummandamento ético da categoria, ou se háalguma obrigação de transparência sobre onegócio. Os contratos de cessão de créditos setornaram preocupação após representantes dascentrais de conciliação dos tribunais regionaisdo Trabalho foram ao TST reclamar. Para osTRTs, a venda dos créditos praticamenteinviabiliza a negociação, porque o detentor dodireito deixa de ter interesse na causa, e ocomprador do crédito só tem interesse no valorque tiver a receber. É que a compra dos créditostem se tornado um negócio, e dos bastantelucrativos. Os juros incidentes sobre os créditostrabalhistas são de 12% ao ano.

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Laboratório Teuto volta a ser 100% brasileiro

Há sete décadas no coração do Bra-sil, o Laboratório Teuto Brasileiro, nosúltimos anos, investiu mais de R$ 200milhões em expansão, qualidade, des-envolvimento de produtos e pessoas.A previsão é lançar 250 medicamentosnovos até 2020. Ao mesmo tempo, ogrupo que comanda a empresa desde1986, a família Melo, voltou a adminis-trar o negócio sem sócios, após com-prar os 40% na sociedade do grupoamericano Pfizer – que estava no labo-ratório goiano desde 2010. A saída dagigante americana do Teuto se deve auma mudança na estratégia global daempresa de deixar o segmento de ge-néricos.

Segundo a PróGenéricos, o mer-cado desta linha de medicamentoshoje representa 30% dos remédiosvendidos no País – com crescimentode 9,2% no primeiro quadrimestre

deste ano. O Teuto é pioneiro na pro-dução de medicamentos genéricos noBrasil, sendo hoje modelo para a in-dústria farmacêutica internacional. Hámais de 70 anos no mercado, a indús-tria tem o maior complexo farmacêu-tico da América Latina - com 110 milmetros quadrados de área construídaem uma área total de 1 milhão de me-tros quadrados. A companhia, que ésinônimo de qualidade e confiança apreços acessíveis, busca proporcionarmais qualidade de vida aos seusclientes, colaboradores e parceiros evaloriza a responsabilidade socioam-biental, reafirmando que "Se é Teuto, éde confiança".

Segundo dados do Flash PMB, oTeuto hoje é 4ª maior empresa de me-dicamentos do País, avançando duasposições no ranking nacional. Este es-tudo aponta que o ritmo de cresci-

mento do laboratório supera a médiado mercado nacional de genéricos. De2015 para 2016, o Teuto avançou 39%em produção de unidades, ante 12%da média dos laboratórios brasileiros.O mesmo se repete em valores: o mer-cado cresceu 14,5% de crescimentoante a disparada do Teuto, de 43%.

HISTÓRICOFundado em 1947 pelo imigrante

alemão Adolfo Krumeir, o Teuto pas-sou pelas mãos de outro controladorantes de ser comprada pela famíliaMelo, em 1986, por cerca de US$ 2milhões. Nos anos 1990, os Melo de-cidiram transferir a empresa deMinas Gerais para Goiás. Posterior-mente, o empresário Walterci deMelo - conhecido pelo estilo ousado- decidiu construir a maior fábrica degenéricos da América Latina. O ne-

EMPRESA

14 Pró‐Industrial

INDÚSTRIA GOIANA DESFAZ SOCIEDADE COM A PFIZER E REALIZA NOVOS INVESTIMENTOS E CONTRATAÇÃO. TEUTO CRESCE ACIMA DA MÉDIA DO SETOR

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15 Pró‐Industrial

gócio passou por uma reestruturaçãonos anos 2000 e, em 2010, adicionou aPfizer no quadro societário. Em 2017,a saída dos americanos voltou a tor-nar a Teuto uma empresa de capital100% nacional.

A superintendência-geral doConselho Administrativo de DefesaEconômica (Cade) aprovou sem res-trições, em julho, a venda e transferên-cia da participação de 40% da Pfizerno Laboratório Teuto para membrosda família Melo.“A operação não re-sulta em qualquer sobreposição hori-zontal ou integração vertical, nemmesmo reforço das mesmas, uma vezque representa o desfazimento da so-ciedade entre a Pfizer e o Teuto, tam-pouco em preocupações de naturezaconcorrencial”, informa parecer di-vulgado no site do Cade.

A indústria de medicamentos ge-

néricos informou que obteve cresci-mento de 30% receita e registrou lucroantes de juros, impostos, depreciaçãoe amortização (Ebitda) de R$ 81 mil-hões no primeiro semestre de 2017.

EMPREGOSComo resultado, a companhia

contribui para o desenvolvimento daregião e do País. Conforme divulgadopelo Cadastro Geral de Empregadose Desempregados (Caged), o mercadode trabalho brasileiro abriu 35,9 milvagas formais em julho. É o quartomês consecutivo com saldo positivo eo quinto mês do ano.

Em 2017, o Teuto abriu cerca de300 vagas de emprego e realizou maisde 250 contratações. Atualmente, sãomais de 20 vagas abertas nas áreas deProdução, Expedição, Comercial,Desenvolvimento e Controle de Qua-

lidade.Além dos treinamentos, com pro-

jetos como: o ‘Programa de Desenvol-vimento de Líderes’, o ‘OperadorAutônomo’ e o ‘Programa de Excelên-cia Operacional’, a empresa investecontinuamente no talento dos colabo-radores, gerando mais capacitaçãoprofissional e qualidade de vida.

Com uma ampla estrutura, pormeio da Associação Teuto Anápolis, aequipe também pode desfrutar deuma área de lazer com piscina, acade-mia, salão de jogos - com mesa de si-nuca, pebolim, tênis de mesa etelevisão, Correspondente da Caixa -Caixa Aqui, caixa eletrônico, farmácia,biblioteca e locadora.

Por meio do tradicional programa‘Qualidade de Vida’, com eventoscomo o ‘Encontro de Gerações’, os‘Jogos Abertos’, o ’Dia do Lazer’, o‘Corujão Teuto’, o ‘Sabor e Saúde’ e o‘Passeio Ciclístico’, mensalmente, oTeuto realiza atividades que incenti-vam a responsabilidade socioambien-tal, hábitos de vida mais saudáveis ea prática esportiva.

Além de ser mais uma oportuni-dade de lazer entre familiares e convi-dados, durante todos os domingos domês de agosto, são realizadas as dis-putas dos ‘Jogos Abertos’, onde os co-laboradores podem ser premiados ecompetir em 10 modalidades, entreelas, natação, futebol soçaite, vôlei efutsal.

AÇÕES DE RHCom foco nas pessoas, o Labora-

tório Teuto que, atualmente, contacom aproximadamente 3,5 mil cola-boradores diretos, investe na extraor-dinária força de trabalho de suaequipe. A companhia busca, intensa-mente, o avanço da qualidade de vidados colaboradores e proporcionacrescimento e desenvolvimento pro-fissional.

NÚMEROSDO TEUTO

EMPREGOS3,5 mil

PRODUÇÃOAlta de +39%

EBITDA 1º SEMESTRE

R$ 81 milhões

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Pró‐Industrial16

MARKETING & PRODUTOS

O Projeto “Conectados pelaCidade”, realizado pela UnileverBrasil em comunidades do Rio deJaneiro ao longo do 2º semestrede 2016, foi reconhecido como amelhor campanha institucional doprêmio global Beyond Sport 2017. Foram analisados 250projetos de 70 países que usaram o esporte como pilarcentral para ajudar a solucionar questões relacionadas aosObjetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), lançadospela ONU em 2015. “Conectados pela Cidade” faz parte deuma iniciativa global da companhia que tem como objetivoimpactar positivamente metrópoles ao redor do mundo, bemcomo mitigar necessidades desses locais com base nos pilaresdo Plano de Sustentabilidade da Unilever (USLP): melhorar asaúde e o bem‐estar, reduzir o impacto ambiental e melhoraras condições de vida. “É muito gratificante para nós, daUnilever, conquistar um reconhecimento como o prêmioBeyond Sport. São iniciativas como essa que inspiramempresas a criarem projetos verdadeiros e transformadoresem prol de um futuro melhor e mais sustentável. A campanha‘Conectados pela Cidade’ mostra como a ação coletiva e oesporte podem impactar positivamente uma comunidade.Somente a conexão entre pessoas e o engajamento em umacausa pode gerar uma verdadeira transformação”, afirma LaísFarhat, diretora de Trade Marketing da Unilever para aAmérica Latina.

Unilever

Zero‐Cal, marca deadoçantes da Hypermarcas,apresenta uma nova versão.Zero‐Cal Stévia é a combinaçãoideal entre Stévia e Sucralose,que une em um único produtoas duas substâncias de origem.Segundo o fabricante, o blendentre as duas substâncias éinédito no mercado de adoçantes. “Com fórmula e blendexclusivos, o novo Zero‐Cal Stévia é ideal para quem preza porhábitos mais equilibrados, mas não abre mão do sabor”, dizAdriana Bezerra, diretora da divisão Consumer Health daHypermarcas. O lançamento está disponível nas versões líquidaem frascos de 80 mililitros e pó (em caixas com 50 sachês).

Hypermarcas

A Kibon, líder no mercado de sorvetes há mais de 70 anos,apresenta em primeira mão a nova linha Seleções Gelato,inspirada nos sabores e texturas das gelaterias italianas, duranteo 3º Festival do Sorvete, que aconteceu entre os dias 5 e 7 desetembro, em São Paulo. Durante o evento, o público degustouSeleções Gelato nos sabores Limone, Fragola, Gianduia eCappuccino. A linha será comercializada na versão pote 1,5L eestará disponível em todo o Brasil a partir do mês de setembro,ao preço médio de R$22,50. Com o lançamento da nova linhaSeleções Gelato, Kibon oferece aos brasileiros algo que já é umgrande sucesso no mundo. Nosso objetivo, como empresa líderno setor, é desenvolver o mercado de sorvetes tornando acessívelo consumo dos gelatos italianos que são referência de qualidadee que aqui no Brasil ainda são pouco conhecidos.

Kibon

John DeereCom uma história marcada por inovações significantes em todos os

segmentos em que atua, a John Deere comemora, em 2017, os 50 anosde sua motoniveladora articulada. Lançado em 1967, o modelo JD570 foipioneiro em muitas das inovações e desenvolvimentos que fazem partedas motoniveladoras atuais  (foto), por exemplo, a direção por chassiarticulado, funções da máquina controladas hidraulicamente e aEstrutura Protetora Contra Capotamento (ROPS). “Embora muitas vezesnos concentremos no presente e no futuro dos equipamentos,queríamos também homenagear o modelo JD570 e o papel quedesempenhou na evolução da motoniveladora”, disse Luke Kurth,gerente de Marketing de Produtos de Construção & Florestal da JohnDeere.

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17 Pró‐Industrial

MitsubishiUm novo e moderno crossover com inspiração em um fenômeno

raro e, ao mesmo tempo, encantador e fascinante. O MitsubishiEclipse Cross teve pré‐lançamento mundialmente durante o eclipsetotal do Sol no último dia dia 21 de agosto. Recheado de tecnologia eo DNA 4×4 da Mitsubishi, o Eclipse Cross é um modelo que eleva oprazer da experiência de dirigir. As linhas dinâmicas do Eclipse Crosscriam a mesma sensação de emoção e inspiração do efeito do anel dediamante durante um eclipse total. A cor vermelha de alta saturaçãofoi especialmente desenvolvida para o modelo e traz referência aobrilho do halo do sol queimado por trás da lua. O local escolhido paraa apresentação mundial é a cidade de Portland, no estado americanodo Oregon, primeiro local onde o eclipse total do Sol poderá ser visto.O Eclipse está confirmado para o Brasil.

A Heinz resgata o pote de vidro para sua Maionese Chef.A embalagem tem tampa de aço. De acordo com a Heinz, olançamento atende ao pedido de consumidores, quegostavam do ar clássico e mais sofisticado do pote. O rótulotraz cores mais escuras, destacando o nome da marca. Aembalagem tem 415 gramas. A versão da maionese empotes de PET continuará à venda.

A Nestlé apresenta mais uma novidade na linha dechocolates com coco Prestígio. A marca de amplia seuportfólio com o lançamento de Prestígio Branco. O novoproduto da linha mantém recheio de coco molhado einova na cobertura com o chocolate branco Nestlé. Anovidade junta‐se às outras versões da linha: a clássica dochocolate ao leite, o Prestígio Dark, com cobertura dechocolate meio amargo, e o Prestígio Mini, com novoformato tipo Bites (mini‐bombons em embalagens do tipostand‐up pouch), lançado em maio deste ano.

NestléA 43ª Operação Férias – Turista Seguro, do Corpo de Bombeiros Militar doEstado de Goiás, às margens do Rio Araguaia, que contou com o apoio da CremeMel Sorvetes, no Posto de Comando, em Aruanã, termina na próxima terça‐feira(1º de agosto). A participação da empresa foi em auxílio ao projeto “Anjos doAraguaia”, que envolve as crianças de comunidades locais. Para a edição de fériasde julho de 2017, a Creme Mel doou mais de 80 litros de sorvete e 500 picolés desabores variados. Além de Aruanã, os bombeiros também realizam atividadespreventivas em Aragarças, Itacaiú, Britânia, Cocalinho, Bandeirantes e Luis Alves.Segundo o presidente da empresa, Antônio dos Santos, “ir para o Araguaia nasférias é um dos programas preferidos dos goianos. A Creme Mel faz questão deapoiar momentos como esses, especialmente se tratando de uma açãosocioeducativa, como a promovida pelo Corpo de Bombeiros”.

Creme Mel

Heinz

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NADA FÁCILSempre desconfie das fórmulas mágicas! Nestas páginas, você conhecerá a realidade de quemtenta fazer com que uma start‐up dê certo no Brasil. Tirar uma ideia do papel é uma arte; fazerisso em um cenário hostil como o mercado brasileiro, é quase impossível. Escalar seu negócio,crescer exponencialmente é o sonho de todo empreendedor, porém, como fazer isso? Neste livro,Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi e da Singu, apresenta o passo a passo das etapas para validarde forma correta a sua ideia, abrir seu empreendimento e fazê‐lo crescer, sem desperdiçar tempoe recurso produzindo algo pelo qual as pessoas não pagariam.

LEITURA EMPRESARIAL

20 ANOS: PAI RICO, PAI POBREUm dos livros mais falados da última década, Pai Rico, Pai Pobre abriu os olhos do

mundo para a necessidade de pensar o planejamento de finanças pessoais. Seu conceito émuito simples: com maior inteligência financeira muitos problemas comuns da vida

cotidiana podem ser resolvidos. Segundo o autor, cada indivíduo tem o poder dedeterminar o destino do dinheiro que chega às mãos. A cada dia, a cada nota, decidimos

ser ricos, pobres ou classe média. Determine o destino do dinheiro que chega às suasmãos com a leitura desse livro.

CLT URGENTEO livro tem por finalidade permitir uma consulta rápida e eficiente

do sistema trabalhista após as reformas implementadas. Foidesenhada pensando na busca fácil, rápida e sistemática dos temas afim de auxiliar o leitor a ter uma visão global do sistema anterior areforma e da forma como será com as alterações, o que permitetrabalhar com o direito intertemporal sem a necessidade de consultarvários livros distintos.

PLANO DE NEGÓCIOSTendo como referência a máxima de que nada substitui a prática, o objetivo

do livro é, fazendo uso dos conceitos e exemplos apresentados, permitir ao leitorter a referência correta de um plano de negócios que faz a diferença. Seja vocêum empreendedor do próprio negócio, executivo ou empreendedor empotencial, a ideia que permeia todo o livro é a do aprender com exemplospráticos. Além do livro, diversos recursos on‐line são fornecidos paracomplementar o aprendizado e o conhecimento.

OS VALORES DIRIGINDO A ORGANIZAÇÃOBaseado em uma pesquisa inovadora e significativa, a partir de múltiplas fontes, Richard Barrett cria

uma narrativa convincente em que esclarece o porquê de as organizações voltadas para os Valores serem asmais bem sucedidas do planeta. De acordo com o autor, a compreensão das necessidades dos funcionários

é a chave para a criação de uma organização de alto desempenho.

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19 Pró‐Industrial

OPINIÃO

Mudança da TJPLpune investimento

O Brasil tem todas vantagens com-parativas favoráveis para ter uma eco-nomia desenvolvida e competitiva. Noentanto, as incontáveis interferências dogoverno federal na macroeconomia, namaioria das vezes, piora a vida das fa-mílias ou empresas. E quando se esperaum avanço, com medidas propositivase que modernizem o ambiente de ne-gócios, o Ministério da Fazenda apre-senta um péssimo projeto de mudançana fórmula da taxa de empréstimos delongo prazo (TJLP) do BNDES. É umaação de governo que pune o investidore o desenvolvimento do País. Enquantonos principais países desenvolvidos domundo se buscam soluções para esti-mular a geração de negócios, empregoe renda, no Brasil, um País que, infeliz-mente, não tem uma política industrial,desestimula o investimento encare-cendo o crédito – que é a consequênciadireta da criação, já aprovada peloCongresso, da TLP.

Os juros de investimentos de longoprazo no Brasil, da atual TJPL, não sãobaixos – 7% ao ano. O que o governopretende com a nova fórmula da TLP éaproximá-la da taxa básica, a Selic, hojeem 8,25% ao ano, e reduzir o gasto comsubsídio. Em um País que vive o mo-mento econômico delicado como onosso, é um grande absurdo boicotar ocrescimento com medida como eleva-ção de juros. O nosso atual quadro exi-giria que os economistas do governoestivem debruçados em soluções paraativar a economia produtiva – masocorre o contrário.

A nova TLP enfraquece o papel deindutor de desenvolvimento doBNDES. Transfere, com um customaior para o setor produtivo, para umsistema financeiro privado, maior bene-ficiário do esvaziamento do banco esta-tal. A nova fórmula de cálculo da taxapara financiamentos de longo prazodesmotivará o industrial a investir –

pesquisa da Fiesp desta semana já re-vela que 70% dos empresários admi-tem reduzir ou evitar empréstimos nospróximos dois anos com a TLP.

A indústria completa uma cadeia dedesenvolvimento econômico com seuefeito multiplicador e sua força de agre-gar valor ao produto nacional, que co-meça na agropecuária, passa pelaprópria indústria, abastece o comércio,até chegar ao consumidor – gerandoempregos, renda e impostos. O Paísconstruiu esta cadeia de produção eabastecimento com muito empenho e,na última década, assiste a desestrutu-ração da indústria brasileira, que vaiquebrar um dos elos necessários para atransformação econômica.

Ao enfraquecer o BNDES, se privi-legia o sistema financeiro privado – eretira do Estado um instrumento deação econômica decisivo. O papel deum banco de fomento, comum em eco-nomias de mercado, não pode ser subs-tituído por instituições financeirasprivadas. Juros menores não represen-tam perda fiscal para a Estado. O querepresenta perda para a União é a eco-nomia estagnada, o desemprego, fecha-mento de empresas. O papel dedesenvolvimento não pode ser vistopelo ângulo fiscalista, falha recorrente

que nos últimos anos que pioraram ascontas públicas travando a economia.

Ao aprovar a nova TLP, o Brasil dáum passo cego rumo ao encarecimentode juros para investimentos, o que podecolocá-lo na dependência cada vezmaior do sistema bancário tradicional,que não tem por missão, planejar e des-envolver o País.

O mercado de juros no Brasil é umdesafio para qualquer agente econô-mico. A partir de 2018, quando entraem vigor a nova TLP, exigirá mais dasociedade, que sofre há mais de meiadécada da falta de investimentos. O fimda TJLP não afeta apenas empresas,mas também o trabalhador – que per-derá oportunidades de empregosporque fábricas vão deixar de serem er-guidas e expansões não serão realiza-das – e também a governos estaduais emunicipais, que, ao contrário da Uniãoque emite dívida (títulos), e são obriga-dos a recorrer ao mercado tradicionalde juros e, até então, tinha o BNDEScomo uma saída menos sacrificante queos bancos tradicionais.

O governo federal conseguiu igua-lar o cenário de investimentos de longoprazo brasileiro ao cenário frágil quevive hoje o mercado consumidor e oempresário do País, que sobrevive en-crencado com uma abusiva taxa básicade juros, a mais elevada do mundo.Esta taxa que restringe, com mercadode juros quase extorsivos e um BancoCentral passivo, oferecendo um precá-rio mercado de crédito para capital degiro, cartões, crediário, cheque especial,entre outros. A partir do próximo ano,os bancos comerciais devem dominar editar as regras do mercado de investi-mentos de longo prazo do País. Infeliz-mente, pois é um papel central dogoverno, que fica agora ameaçado.

Otávio Lage de Siqueira Filho é empresário e presidente da ADIAL

“O papel de umbanco de fomento

não pode sersubstituído por

instituições financeirasprivadas”

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