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1 ABR 2015 ANO 20 Nº 236 Prefeitura do Recife Secretaria de Cultura Fundação de Cultura ABR Recife, Cidade de Fé

Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

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1 ABR 2015

ANO 20 Nº 236

Prefeitura do Recife Secretaria de Cultura Fundação de Cultura ABR

Recife, Cidade de Fé

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pprefeitura do recifePrefeito do Recife Geraldo JúlioVice-prefeito do Recife Luciano SiqueiraSecretária de Cultura Leda Alves

Fundação de Cultura Cidade do RecifePresidente Diego Rocha

Gerente Geral de Administração e Finanças: Edelaine BrittoGerente Geral de Ações Culturais e Infraestrutura Sílvio Sérgio DantasGerente de Desenvolvimento e Descentralização Cultural Iana Cláudia Marques

Agenda CulturalEditor Manoel ConstantinoRepórteres Anax Botelho, Erika Fraga e Jaciana SobrinhoEstagiários de jornalismo Franklin Almeida e Thays MonteiroEquipe Gerencial Christina Simão e Jacqueline Moraes Versão online Jacqueline MoraesRevisão Norma BarachoProjeto Gráfico Estúdio Vivo | Fernanda Lisboa e Matheus BarbosaDiagramação Lúcia RodriguesCapa Homenagem ao dia Internacional da Mulher

Impressão São Mateus Gráfica LtdaTiragem 10.000 exemplares

Cais do Apolo, 925, 15º andar, Bairro do Recife Recife-PE CEP 50030 230Telefone 81 3355 8065 Fax 81 3355 [email protected]/agendaculturalwww.agendaculturaldorecife.blogspot.comTwitter @agendaculturall

Programação sujeita a alteração. Por favor, confirmar.Sugestões de pauta devem ser enviadas até o dia 15.

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RECIFE, CIDADE DE FÉA fé move moinhos, já diziam os mais antigos. Recife é

uma cidade de fé e não é à toa que encontramos inúmeros templos espalhados por toda cidade, notadamente as igrejas católicas, várias delas já seculares.

A Semana Santa é realmente vivenciada e em várias localidades encontramos espetáculos que contam a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, notadamente a Paixão de Cristo do Recife e a Paixão de Casa Amarela, que atraem milhares de pessoas, movidas pela Fé.

É comum em todas as igrejas cristãs, o domingo ser um dia destinado à comemoração da ressurreição de Cristo, realizada através de Eucaristia, porém o domingo de páscoa é diferenciado dos outros, neste é celebrado o aniversário da ressurreição, a festa da vida, trazendo diversos símbolos que nos fazem refletir o valor e a alegria de viver. Dentre os símbolos que hoje no Brasil nos lembram o quanto é impor-tante renovar a vida, são os ovos de páscoa.

Assim, o ovo da páscoa sempre esteve ligado à celebra-ção da vida. Para saber o porquê dessa simbologia precisa-mos voltar no tempo. Em várias culturas espalhadas no Me-diterrâneo, no leste Europeu e no Oriente, observamos que o ovo como presente era algo bastante comum. Em geral, esse tipo de manifestação acontecia quando os fenômenos naturais anunciavam a chegada da primavera.

A entrada destes símbolos para o conjunto de festivi-dades cristãs aconteceu com a organização do Concilio de Niceia, em 325 d.C.. Neste período, os clérigos tinham a ex-pressa preocupação de ampliar o seu número de fiéis por meio da adaptação de algumas antigas tradições e símbolos religiosos a outros eventos relacionados ao ideário cristão. A partir de então, observaríamos a pintura de vários ovos com imagens de Jesus Cristo e sua mãe, Maria.

No auge do período medieval, nobres e reis de condição mais abastada costumavam comemorar a Páscoa presente-ando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e craveja-dos de pedras preciosas. Até que chegássemos ao famoso (e bem mais acessível!) ovo de chocolate, foi necessário o desenvolvimento da culinária e, antes disso, a descoberta do continente americano.

De qualquer forma, o mais importante é acreditar na vida, dar valor a vida e construir o nosso cotidiano como um permanente renascimento.

Manoel ConstantinoEditor

Roteiro de Fé

Conexão

Entrevista

Sabores do Recife

Por trás das cortinas

Artes Cênicas

Circo

Canto Daqui

Música

Circulando

Perfil do Artesão

Artes Visuais

Clic

Cinema e vídeo

Moda

Giro Literário

Cursos e Concursos

Ilustra

Serviços

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4 ABR 2015

Pernambuco tem um Roteiro de Fé

No Recife, além da Paixão de Cristo, com direção de José Pimentel, no Marco Zero e a Paixão de Cristo de Casa Ama-rela, consideradas as de maior porte na cidade, em quase todas as regiões do Estado de Pernambuco a Semana Santa é vivenciada com intensidade. São cerca de 18 encenações da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Pernambuco é, de fato, um Estado de Fé.

Para se ter uma idéia, o governo estadual irá bene-ficiar apenas 12 montagens, já consolidadas, que serão apresentadas no ciclo da páscoa, distribuídas na Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão, atendendo as cidades de Gravatá, Camaragibe, Petrolina, Parnamirim, Garanhuns, Alagoinha, Recife, Custódia, Itamaracá, Orobó, Sertânia, Santa Maria da Boa Vista e Floresta.

RO

TEIR

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E FÉ

Por Manoel ConstantinoFoto Divulgação

Paixão de Cristo de Bom Jardim

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5Roteiro de Fé

É bom lembrar que os espetáculos acontecem entre os dias 28 de março, estendendo-se até 05 de abril. Segue, abai-xo, alguns dados sobre as paixões do Recife, Gravatá, Nova Jerusalém, Alagoinha, Itamaracá, Bom Jardim, Camaragibe, Custódia, Santa Maria da Boa Vista.

No Recife, a 17ª edição da Paixão de Cristo acontece no Marco Zero. O espetáculo tem direção do ator José Pimen-tel, que também interpreta o papel de Jesus. O elenco é for-mado por artistas pernambucanos como os atores Angélica Zenith (Maria), Gabriela Quental (Madalena), Reinaldo de Oliveira (Herodes), Marcos Macena (Anás), Pedro Francisco de Souza (Pilatos), e ainda 300 figurantes. A produção com quase duas horas de duração, 20h.Gratuito. Além desta en-cenação, outra opção é conferir o tradicional espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, na cidade-teatro loca-lizada no Brejo da Madre de Deus, Agreste Pernambucano. Com direção artística de Carlos Reis e Lúcio Lombardi. O es-petáculo deste ano será realizado no período de 28 de mar-ço a 4 de abril, véspera do Domingo de Páscoa. Os preços variam de acordo com o dia entre R$ 40 e R$ 120.

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

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6 ABR 2015

AlagoinhaO espetáculo de Alagoinha já tem

14 anos de existência, envolvendo cerca de 250 pessoas, entre artistas e figurantes, nas apresentações que acontecem sempre na sexta e no do-mingo.

ItamaracáA Paixão de Itamaracá tem 12

anos de carreira, com média de mil espectadores por noite.

GravatáJá em Gravatá a encenação será no Pátio de Eventos,

onde na Quadra do Povo nos dias, 2, 3 e 4 de abril a par-tir das 20 horas será encenada a “A Nossa Paixão”.O es-petáculo com mais de 150 atores gravataenses em cena, e muita emoção, reunindo mais de 3 mil pessoas a cada apresentação. São mais de 30 anos de encenação feita por atores gravataenses do Instituto Cultural e Ecológico Ter-ra Agreste.

Este ano uma das novidades é que antes do espetáculo acontece na quinta-feira dia 2, a Missa de Lava Pés, cele-brada pelo Padre João Paulo Gomes, que também faz parte do espetáculo interpretando o apóstolo Felipe.

Cenas como a Tentação no Deserto, Sermão da Mon-tanha, o Cego de Jericó, a mulher adúltera, a ressurreição de Lázaro, a Última Ceia, Ascensão, com efeitos especiais para a subida, e toda peça é envolvida em efeitos sonoros e visuais, e que encantam o público.

Bom JardimPAIXÃO DE CRISTO DE BOM JARDIM

Praça de São Sebastião e ruas da cidade (Centro)

O espetáculo da “Paixão de Cristo”, que será encenado pela 23ª vez consecutiva usando como cenários as ruas e o casario antigo da “Terra dos Músicos”. O Grupo de Teatro

Paixao de Alagoinhafoto divulgação

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7Roteiro de Fé

do Bom Jardim-PE foi fundado a 15 de outubro de 1981, por jovens que ousaram fazer teatro numa época ainda repres-sora, primando pela cultura do município e região.

CamaragibeA PAIXÃO DOS CAMARÁS Praça de Eventos, Vila da Fábrica, Camaragibe

Rua padre Ozeas Cavalcante, S/N - Gratuito

A peça envolve cerca de 200 profissionais em Camara-gibe, município do Grande Recife. A encenação traz a tra-dicional história da Bíblia acrescida de novos personagens, como a “Mãe de Judas”. As apresentações vão acontecer na Praça de Eventos, Vila da Fábrica, sempre a partir das 20h. O evento já faz parte do calendário cultural da cidade. A direção é de Emanuel David D’Lúcard e desde 2008, a Paixão é encenada pela Companhia Popular de Teatro de Camaragibe.

CustódiaO CRISTO DA PAIXÃO - ANO 5

O espetáculo apresentado nesta cidade há 5 anos será no Pátio da Rodoviária onde serão montados quatro pal-

cos fixos que representarão as ruas de Jerusalém, Sinédrio, Santa Ceia, Ressurreição, Morte entre outros. Mais uma vez a encenação terá a participação do ator Deo Garcês com o papel de Jesus Cristo. Deo, atualmente está em car-taz com uma peça em São Paulo e também esta na novela Carrocel no SBT, em reprise.

Ainda virão os atores: Antônio Ismael, Ivan Martins e Pedro Donizete do Rio de Janeiro, ambos participaram de várias novelas globais. O elenco contará com 125 pessoas.

GaranhusCriada em 1991, a peça nasceu no mesmo ano do Fes-

tival de Inverno e continua sendo o único evento original-mente criado em Garanhuns, capaz de sobreviver a mais de duas décadas. Atravessou várias gerações, administra-ções do município, ganhou novos adeptos e apoios, con-quistou a parceria do Governo do Estado, através da FUN-

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DARPE/Secretaria de Cultura e tornou-se o segundo maior espetáculo do gênero no estado de Pernambuco levando ao Alto do Magano todos os anos, um publico estimado em mais de quinze mil pessoas. 

Santa Maria da Boa VistaPAIXÃO DE CRISTO DO SÃO FRANCISCO

Os jovens do grupo da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) se preparam para a exibição oficial no dia 3 de abril com novidades para esta edição.

Os ensaios começaram desde o dia 15 de janeiro, onde 80 atores e 50 figurantes participarão do espetácu-lo. Esta é a 18ª edição na cidade que vai contar com a exibição de 14 cenas.

Elas iniciam a partir do batismo nas águas, a tentação, a escolha dos apóstolos, o sermão da montanha, Santa Ceia, traição de Judas, a prisão de Jesus, julgamento, arrependi-mento de Judas, Jesus diante de Herodes, Pilatos, negação de Pedro, Via Sacra até a crucificação.

Segundo o diretor do projeto, Alfredo José Neto, a novidade para este ano é que palcos serão montados no calçadão localizado na orla fluvial do município, além de uma construção aprimorada. “Os palcos eram montados na areia, nesta edição, boa parte das cenas serão apresentadas no calçadão, pois a ideia é favorecer o público diversificado que nos prestigia, principalmente os idosos”, conta.

Para Alfredo, o intuito da apresentação é tornar co-nhecida a história de Jesus. “O teatro é um método de evangelismo, vamos transmitir valores universais como o amor e a fraternidade. As pessoas se emocionam bastan-te”, revela.

O projeto, que tem o apoio da Paróquia Imaculada Conceição, faz parte do calendário religioso e se utiliza do Velho Chico como parte do seu cenário, transformando o

Paixão de Cristo de Santa Maria da Boa VistaFoto Alfredo José Neto

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9Roteiro de Fé

espetáculo em um movimento cultural. Este ano também serão incluídas coreografias, novos efeitos e figurino.

A apresentação da Paixão de Cristo do São Francisco será realizada na Orla Fluvial do município às 19h30. O espetáculo também será apresentado no dia 4 de abril às 16h no Monte Carmelo, localizado em uma comunidade quilombola a 16 km do município de Santa Maria.

Veja o Roteiro das Paixões

GRAVATÁ02, 03 e 04 21h A Nossa Paixão - GravatáPátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar - CentroGARANHUNS01, 02, 03 e 04 19h30 Jesus Alegria dos HomensRua do Magano - Magano (próxima ao ponto turístico Cristo do Magano)FLORESTA3 20h Paixão de Cristo Prova de AmorSítio Histórico - CentroPraças Antônio Ferraz Boiadeiro e Coronel Fausto FerrazPETROLINA2 e 3 20h30 A Crucificação Parque Municipal Josepha Coelho - Centro3, 4 e 5 20hCAMARAGIBE1, 2 e 3 Paixão de Cristo de CamaragibeA Paixão dos CamarásPraça de Eventos de Camaragibe - Vila da Fábrica SERTÂNIA1, 2 e 3 21h30 Paixão do Sertão 2015Quadra da Escola Estadual Olavo Bilac Avenida Agamenon MagalhãesALAGOINHA3 e 5 20h Paixão de Cristo 2015Rua Capitão Neco GalindoCUSTÓDIA4 e 5 20h O Cristo da Paixão - Ano VPraça Padre Leão - Centro

ILHA DE ITAMARACÁ3, 4 e 5 20h Paixão de Cristo da Ilha de Itamaracá 2015Praça Rufino Gonçalves - Quatro Cantos Em frente ao Espaço NordesteOROBÓ 03 e 05 19h Paixão de Cristo:Um Espetáculo de FéPraça Coronel Abílio - CentroEm frente à Igreja MatrizSANTA MARIA DA BOA VISTA3 19h30 Orla da Mansanzeira - Centro4 16hMonte CarmeloComunidade Quilombola de Serrote - Zona RuralPARNAMIRIM4 19h

Praça Central - ao lado da Igreja Nossa Senhora de Santana - Centro

PETROLINA4 19h

Pátio de Eventos

Avenida Francisco Coelho de Amorim

Bairro José e Maria

5 19h

Rua José Nunes de Santana

Próxima à Escola Municipal José Nunes de

Santana – povoado de Nova Descoberta

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10 ABR 2015

CON

EXÃ

O

Por Anax BotelhoFotos: Divulgação

Um passeio pela cultura nordestina através das cordas da literatura

Poesia popular, rimada em versos, em folhetos, ilus-trados por xilogravuras, narrativas de lendas, provér-bios e histórias conhecidas por gerações no nordeste brasileiro. A literatura de cordel é uma das manifes-tações que constituem os alicerces da cultura popu-lar brasileira. O nome tem origem na forma como são comercializados os folhetos, ou seja, pendurados em cordões pelas feiras e mercados populares, nas cidades do interior e subúrbios das metrópoles. Essa domina-ção foi utilizada por intelectuais para distinguir a pro-

Foto Reprodução Internet

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11CONEXÃO

dução, mas para os originários leitores e camadas ar-tísticas e populares continua sendo conhecido apenas como folheto.

A origem da literatura em versos do cordel no Bra-sil remonta à época dos colonizadores portugueses, no século XVIII, em cujo país de origem já era comum e conhecida como literatura de cego, em referência à lei promulgada por Dom João V que permitiu à Irmandade dos Homens Cegos de Lisboa negociar publicações se-melhantes. Já a narrativa oral, tem origem nos cordelis-tas que recitavam suas poesias para atrair o público e, consequentemente, comercializar os folhetos nas feiras populares.

No Brasil, o poeta Leandro Go-mes de Melo (1865-1918) é considera-do o primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel. Patrono da ca-deira número um da Academia Bra-sileira de Literatura de Cordel, Le-andro é considerado o maior poeta popular do Brasil, graças à grande produção e ao número de folhetos vendidos da sua obra. A literatura de cordel e a influência dele no uni-verso das letras no Nordeste são tão importantes que nomes como João Cabral de Melo Neto, José Lins do Rego, Guimarães Rosa, entre outros, creditavam-lhe importância tal a ponto de se inspirarem nele. O po-eta Carlos Drummond de Andrade referiu-se a Leandro Gomes de Melo como “o rei da poesia do sertão e do Brasil”. O escritor Ariano Suassu-na definiu a literatura popular em versos do Nordeste como heroica, maravilhosa, religiosa, ou moral, satírica e histórica. Além desses, há um sem-número de outros nomes da literatura nacional que foram fortemente in-

Academia Brasileira de Literatura de

Cordel, com sede no RJ

Foto Reprodução Internet

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fluenciados pelo poeta, tanto na formação quanto nas suas produções e estilos, quando da composição de te-mas cotidianos, episódios históricos, lendas regionais, temas religiosos e diversos outros.

Destaque na produção nacional, o universo do cor-del aborda desde as façanhas do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, até fatos históricos envol-vendo o presidente Getulio Vargas, que, na década de 1950, no episódio do seu suicídio, chegou a vender dois milhões de folhetos no Brasil inteiro..

Entre os grandes poetas popula-res, destaca-se ainda o xilogravuris-ta e cordelista J. Borges, um dos no-mes mais conhecidos da literatura nordestina. Natural do município de Bezerros, somente aos 29 anos escreveu seu primeiro cordel, O en-contro de dois vaqueiros no sertão de Petrolina (xilogravado por Mestre Dila), tendo alcançado a marca de mais de cinco mil exemplares ven-

Conjunto de elementos da

cultura nordestina

J. Borges

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13CONEXÃO

didos. Sem recursos financeiros para pagar ilustradores para seus futuros trabalhos, decidiu aprender a arte de talhar madeira. A partir daí, J. Borges tornou-se re-ferência, ao produzir xilogravuras para seus próprios folhetos. Entre os destaques da sua carreira, constam a ilustração do livro As palavras andantes, do escritor uru-guaio Eduardo Galeano, ícone latino-americano, além de exposições na Europa e nos Estados Unidos, como a da Galeria Stähli, em Zurique, e a do Museu de Arte Popular de Santa Fé, Novo México, as quais o levaram a receber a Ordem do Mérito, da presidência da Repú-blica e o prêmio Ação Educativa/Cultural pela Unesco. Tudo isso o levou a ser reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco.

J. Borges tem no seu universo criaturas fantásticas como monstros, dragões, grandes serpentes, porém o foco é retratar o cotidiano do pobre, do cangaço, os castigos do céu, os mistérios, os folguedos populares, entre outras representações que estão sempre ligadas à vivência do povo nordestino.

No Recife, a tradição da litera-tura de cordel segue em atividade constante. Viva graças aos corde-listas e leitores, a arte integra o conjunto de manifestações que sustentam a cultura popular em seu patamar. Cordelista desde 1989, Allan Sales é um desses personagens que não cansam de valorizar a cul-tura local. “O cordel é calcado em nossa essência como povo. Nasceu descendendo diretamente da cantoria de violeiros re-pentistas, já que emprega formas poéticas desta arte de tradição oral”, diz ele, ao refletir sobre a importân-cia dessa forma artística para região. “Sua linguagem segue o padrão de sentimentos inerentes e caros ao modo de ser do povo nordestino, nele o povo se vê

Cordelista Allan SalesFoto Divulgação

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e se sente parte dessa forma de ex-pressão popular”, finaliza. Com a produção de cordel com a narrativa contestadora/politizada, até de críti-cas aos costumes e moral vigentes, a paixão e interpretação social dada por Allan ao cordel dialoga com a do público leitor.

O artista plástico Fernando Al-buquerque, apaixonado pela cultura popular do Nordeste, é um leitor vo-

raz da literatura de cordel. Devido à tradição, somada à sua profissão, acredita que a xilogravura é um dos pontos mais característicos do formato. É um admi-rador das narrativas rimadas dos autores, geralmente engraçadas. “A facilidade de criar a história e dividir em versos rimados são o destaque”, diz o artista que se interessa principalmente pelas histórias de ícones

nordestinos, como Lampião e Seu Lunga, apesar de afirmar que o universo do cordel possibilita uma ampla oferta para gostos literários distintos. Leitor desde a infância, época em que entrou em contato com essa literatura através das fei-ras populares, onde os cordelistas recitavam seus versos, Fernando é enfático ao afirmar a valia do cor-del para cultura nordestina. “Trata--se de uma das manifestações que mantêm a tradição cultural da re-gião”, afirma.

No mercado há 24 anos, a Edi-tora Coqueiro publicou mais de quatro milhões de cordéis na sua luta incansável pela valorização da cultura popular e dos artistas. Com

Fernando Albuquerque, leitor de cordel desde a infânciaFoto Anax Botelho

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15CONEXÃO

um preço bem acessível a todas as classes, custando R$ 1,50, a produ-ção na editora é bem diversificada e democrática para os artistas do cordel. “O poeta envia por e-mail ou entrega aqui na editora o material digitado, nós diagramamos, mon-tamos o folheto e digitalizamos a capa. Se ela for xilogravura, fazemos a parte do design gráfico, enviamos o layout do cordel para o cliente e só aí produzimos o folheto – com o aval dele”, afirma a proprietária Ana Ferraz. Apesar do reconheci-mento cultural e popular, a literatu-ra de cordel ainda carece de apoio para se fortificar ainda mais. “Não é nada fácil, mesmo fazer com que a literatura de cordel estar eviden-te em espaços como universidades, bibliotecas, bancas de revistas, mídia, etc. São poucos os empresários que abrem seus espaços pra eventos relacionados à poesia popular”, diz Ana ao completar que faz de tudo para inserir a Editora e os cordelistas nos mais diversos es-paços. “Tento entrar, mesmo que contra a vontade de alguns nos grandes eventos literários do estado, sejam eles, exposições, bienais, feiras, etc. E com isto, levo co-migo os poetas, nada sou sem eles”, finaliza.

Na Região Metropolitana do Recife, a Barraca da Neva, na área externa do Mercado de São José, no Re-cife, é o espaço que detém o maior acervo para venda na região. Com os mais variados tipos de cordel, o local se torna uma parada obrigatória para o leitor e os pró-prios cordelistas, que buscam novidades e também pro-curam vender sua própria literatura. Em Olinda, espa-ços como o Mercado da Ribeira e o Alto da Sé abrigam lojinhas de artesanatos que também trazem a literatu-ra de cordel como vitrine da cultura pernambucana.

A xilogravura é essencial na

literatura de cordel

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16 ABR 2015

Por Manoel ConstantinoFotos: Divulgação - Acervo do Artista

ENTR

EVIS

TACarlos Mélo, um artista,

um ser social

Um artista inquieto, um buscador de plataformas que o impulsionam sempre para novos horizontes. Assim é Car-los Mélo. Sua iniciação artística se deu no início da década de 90, através de cursos de pintura e desenho, freqüentan-do também a Escola de Belas Artes do Recife. A partir de então foram inúmeros prêmios, inclusive residências e vá-rias exposições individuais e coletivas, circulando por Rio, São, Porto Alegre, João Pessoa, Fortaleza, Recife, Brasília, Portugal, Suécia, EUA, além de idealizar e coordenar, em 2014, a 1ª Bienal do Barro, em Caruaru.

Carlos Mélo, em sua inquietude e busca é um artista em pleno vigor e consciência do papelo social de sua arte.

Terreno

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17ENTREVISTA

Manoel Constantino - Quais foram os seus primeiros conta-tos com as artes plásticas?Carlos Mélo - Desde cedo eu sabia que tinha uma rela-ção com a arte, mas, não sabia exatamente qual seria o caminho. Sempre gostei de teatro, mas, logo vi que mi-nha habilidade com o desenho e um certo fascínio pelo mundo da imagem me levariam para o cinema ou para as artes visuais. Estudei desenho muito novo e depois fiz vários cursos. Mas, meu primeiro impulso foi em Lon-dres eu tinha uns 26 anos e vi uma exposição que mar-cou a década de noventa chamada “sensation” na Royal Academy of Art , foi nessa exposição que eu percebi que era aquilo que eu queria fazer.

MC - Quem ou o que mais influenciou para abraçar essa carreira?CM - Talvez uma certeza interna de que ganhar dinheiro e ter uma vida “comum” não me bastava. Claro que com o amadurecimento eu vi que esse impulso serviu para me lançar mesmo no mundo das artes, e que ganhar di-nheiro e ter uma “vida comum” fazia parte da carreira, pelo menos no sentido pratico, de como tocar a produ-ção, pesquisa e pagar as contas etc. Não me sinto influenciado por ne-nhum artista, mas, pela arte mesmo. Ser artista para mim é uma ação po-lítica, sinto que meu trabalho pode ter uma função social assim como existir como artista também. Outro dia encontrei um amigo de infância que me perguntou: tu luta com que? (risos). Acho que viver é uma luta, mas, pode ser muito mais divertida se você estiver em sintonia com o seu desejo.

Carnos

Page 18: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

18 ABR 2015

MC - Dentre as exposições individuais e coletivas, quais são as que mais o emocionou e quais foram frutos para sua carreira?CM - Sem duvida a minha exposição no IAC no final da década de noventa, chamada “carlos mélo – desenhos e colagens “, tive um começo muito favorável com o primeiro texto critico de Moacir dos Anjos e uma expe-riência artística incrível que acabou apontando como um índice das questões que eu traria ao longo de toda minha carreira: corpo, natureza e lugar. Depois a minha individual no MAMAM em 2003, onde passei uma sema-na nu dentro do museu para produzir uma serie de ima-gens que hoje fazem parte do acervo do Museu. Depois eu acho que a “Geração da Virada” no Instituto Tomie Otake num recorte curatorial do curador Agnaldo Farias dos artista que mais representaram a década de noven-ta, logo em seguida em 2006 o Prêmio Marcantonio Vi-laça, considerado o premio de arte mais importante do país, onde tive a oportunidade de ter o acompanhamen-to e orientação da critica cultural e psicanalista Suely Rolnik e mais tarde, em 2013 uma exposição nos EUA chamada “blind field” que me trouxe forte e conclusivas revelações sobre o meu trabalho em todos os sentidos.

Alma Selvagem

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19ENTREVISTA

MC - Você acaba de receber um premio de residência no concurso da Prefeitura do Recife. Quais são os planos para essa residência, enfim, o que você vai explorar nessa etapa?CM - De uns anos pra cá meu trabalho passou por mui-tas mudanças, acredito que o artista pode mudar de suporte e de assunto também, passei a me interessar mais por pesquisas livres, abertas, poéticas, me aproxi-mando mais do processo artístico e da experimentação. Distanciando-me um pouco do objeto formal. A residên-cia artística me proporciona isso, tive uma experiência em Portugal em 2011 quando fui convidado para uma residência em Sintra, passei semanas numa casa no alto de uma serra em meio a ciprestes, convivendo com ar-tistas do mundo todo, foi incrível. Produzi um trabalho, um vídeo, que ganhei vários prêmios e percebi que esse tipo de plataforma se aproximava cada vez mais do que eu realmente me interesso hoje na arte. O projeto apro-vado no Edital de Artes Visuais – Recife 2015, se chama “a palavra vista por dentro”. Trata-se de uma expedição pelo Cariri para pesquisar a própria palavra Cariri que é uma polissemia, dá nome a uma tribo, uma língua e

Véspera

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20 ABR 2015

um lugar. Cujo resultado irei expor ainda este ano em um dos equipamentos da Prefeitura do Recife. E agora mesmo estou no sertão da Paraíba numa residência ar-tística do Edital do BNB ( Banco do Nordeste do Brasil ) e da Fundão ( Fundação Joaquim Nabuco ) com o projeto “ agreste telúrico “ onde pesquiso a obra do Jose Lins do Rêgo - “ o menino de engenho “ - cujo personagem cen-tral do livro tem o mesmo nome que eu, Carlos Melo.

MC - Atualmente como você percebe os caminhos das artes plásticas e quais suas perspectivas aqui no Recife?CM - Recife nunca foi uma cidade fácil. Tivemos um momento mais “empolgante” no inicio do ano 2000 e depois a coisa foi ficando “morna” como o calor daqui. Hoje não temos uma cena muito favorável, embora exista uma “fama nacional” de um lugar efervescente etc. Embora não tenhamos mercado e nem circuito ins-titucional a altura da produção e dos artistas, acredi-to também que existem questões periféricas a arte, ou

seja, uma sociedade conservadora e pouco sensível ao fenômeno da arte nova, talvez uma espécie de espe-lho perverso de toda uma historia marcada pelo coronelismo intelec-tual das madeiras, dos cupins e dos leões. Como diria o filosofo Giorgio Agamben: “contemporâneo é aquele que mantém fixo o olhar no seu tem-po, para nele perceber não as luzes, mas o escuro.” E eu estou de olhos bem “fechados”.

Performance Comfort flex

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21SABORES DO RECIFE

Santo AmaroUm dos bairros centrais do Recife, cujo nome e

localidade são de conhecimento de toda a população da Capital Pernambucana e da Região Metropolitana do Recife, o Bairro de Santo Amaro pertence à Região Político-Administrativa 1 (RPA 1). O local abriga uma forte característica comercial, residencial e inúmeras instituições e serviços vitais para o ordenamento do Recife e do Estado, como a Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco, a Assembleia Legislativa de Pernambu-co, a Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, os Hospitais do Câncer e o Universitário Oswaldo Cruz, o Parque 13 de Maio, além de importantes vias como a movimentada Avenida Cruz Cabugá, início da Avenida Norte e um pedaço da formosa Rua da Aurora.

SAB

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Por: Anax BotelhoFotos: Deborah Ghelman

Vasconcelos, nova opção em Santo Amato

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22 ABR 2015

O bairro de Santo Amaro possui cerca de 30 mil habitantes, segundo o Censo Demográfico do IBGE de 2012, além dos passantes e trabalhadores em empresas no local. Nessa convivência entre múltiplas pessoas, as opções gastronômicas são bastante variadas na região, oferecendo a culinária regional em restaurantes espe-cializados, além de lanchonetes e bares para se tomar uma cerveja e degustar tira-gostos.

Um dos mais tradicionais espaços no bairro, o Central, localizado na Rua Mamede Simões, 144, tem a vida noturna agitada, além das opções gastronômicas reconhecidas pelo grande público frequentador. Com 10 anos na vida do Recife, os destaques do Central são o falafel, o chutney de abacaxi, o pastel de carne moí-da passado no açúcar, além do ambiente boêmio e de amigos que o local possui. O público e a fama são tão consolidados que acabou transbordando para toda a Mamede Simões, rua que possui uma grande opção de bares, alguns restaurantes e pizzarias, estabelecimentos conhecidos popularmente como “Frontal” – em referên-cia ao vizinho famoso.

Nova e diferenciada opção no Recife, o Vasconcelo’s Restaurant Coffee Place, do músico Naná Vasconcelos, eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat e ganhador de oito prêmios Grammy, e de sua esposa, Patrícia Vasconcelos,

Bar CentralFoto Reprodução

Internet

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fica na Rua Doutor Carlos Chagas, 135. Inspirado prin-cipalmente na vida do artista, desde a revitalização da casa, que tem projeto arquitetônico de Juliana Costa e desenvolvido por Patrícia, que também é engenheira civil, o local possui componentes relacionados ao álbum 4 Elementos e fotografias de Naná, a trilha sonora é se-lecionada pelo próprio artista em os dois ambientes; o café relacionado a Nova York, cidade onde ele viveu 27 anos, e o restaurante, a Paris, onde o passou 5 anos da sua vida. O café, com sua atmosfera estadunidense, tem uma enorme fotografia do Central Park e funciona das 10h às 18h. O destaque fica por conta do brunch servido aos domingos, com quatro opções de pratos que da comida típica da região até a nova--iorquina. Entre os dois espaços, o jardim vertical, feito pela paisagista Eloar Gouveia, chama atenção pela santa indiana Sara Kali, a trilha sono-ra, que não repete uma música, fruto da engenharia de som que Naná bus-cou produzir para o local, e a mesa ao ar livre que oferece um local de integração e de trabalhos, como co-letivas para a imprensa com artistas. Já o restaurante, funciona das 18h à Café com ares nova-iorquinos

Vasconcelos - Restaurant Coffee Place

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zero hora. “Na música, eu sempre procuro os sons dos extremos; o erudito e o popular. Isso harmoni-zado com simplicidade e elegância são conceitos que procurei passar para toda a equipe do Vasconcelo’s”, conceitua Naná.

Os pratos, ao todo 30, são rela-cionados aos shows, álbuns, ensaios e canções de Naná Vasconcelos – ba-seados em história e música, swinga-

do em simplicidade e humildade com repiques de sofis-ticação e inovação. Carregados de valores e lembranças da família, o espaço passeia pela culinária dos locais que integram a vida do artista. Entre os destaques do restau-rante, os mais pedidos são O bater do coração, carne de sol confit em manteiga da terra, mousselines de inhame e jerimum, molho rosti de acerola e vinho tinto; língua

Tradicional comida no MPBFoto: Thays Monteiro

Naná e Patrícia Vasconcelos

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mãe, prime suíno braseado com cogumelos e nhoque de batata-doce, entre outras opções da gastronomia parisiense. Todo o universo gastronômico é exclusivo do local, fruto de uma intensa pesquisa na própria casa da família, com o auxílio dos chefs Lívia Deodato e Eddie Junior. Os pratos buscam refletir lembranças e sabores dos Vasconcelos. Hoje o comando dos pratos está nas mãos do chef Carlos Arthur.

Já consolidado na região e na cidade, o famoso arru-madinho do MPB – Bar e Restaurante atrai um grande público ao local. Localizado na Rua Pedro Afonso, 318, próximo ao Cemitério de Santo Amaro, o restaurante de Gilson Fernandes tem uma movimentação intensa durante o atendimento. Especializado em comida típica e fortalecido pelo boca a boca do Recife, o local possui mesas nas calçadas, transformando-se em um espaço agradável para almoçar e relaxar dentro de uns dos bairros mais movimentados da Cidade.

MPB – Bar e Restaurante, local do famoso arrumadinhoFoto: Thays Monteiro

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Jô Ribeiro,no palco um ator cômico. Por trás das cortinas, a magia da maquiagem

Por Manoel ConstantinoFotos Divulgação - acervo da artista

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Jô Ribeiro comemora 40 anos de teatro, pisando e defendendo no palco inúme-ros personagens e muitos consagrados com a Trupe do Barulho, companhia que participa desde quando foi criada. Mas, por trás das cortinas, seus olhar, suas mãos, seus traços, criam maquia-gens, revelando magias.

Aula de maquiagem

Manoel Constantino – Como surgiu o teatro na sua vida?

Jô Ribeiro – Através do grêmio recreativo do colégio que seu estudava. (Grupo Escolar Marechal Floriano Peixoto). Daí conheci, Ulisses Dornelas e Astrogildo Santos, que tinham um grupo teatral, o Conjunto Cênico Aboreal do Recife.

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POR TRÁS DAS CORTINAS 27

Desde então nunca parei de fazer arte nem teatro. Este ano completo 40 anos de atividade teatral.

MC – Com tantas atuações como ator, quando surgiu o seu interes-se por maquiagem? Quais foram as suas principais influências?

JR – Após quatro anos participando do grupo de teatro, comecei a fazer maquiagens para os nossos espe-táculos, como autodidata mesmo. Até que um dia, me maquiando para um espetáculo infantil no Teatro de Santa Izabel, (Maria Sapeca) uma adaptação livre de Maria Minhoca, de Maria Clara Machado, dirigida por Astrogildo Santos e Ulisses Dor-nelas, recebemos no camarim uma visita ilustre, era o lendário e magnífico maquiador Múcio Catão, que ao me ver maquiado perguntou se eu era maquiador. Eu, sem saber quem ele era, respondi: “Nada, só faço isso pela necessidade do momento que é o espetáculo”. Então ele me perguntou: porque não faz

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um curso? E eu respondi: “não te-nho dinheiro”. Ele foi embora e uns quinze dias depois voltou dizendo que tinha conseguido uma vaga para mim no SENAC como aluno ouvinte. Eu não pensei duas vezes, fui fazer o curso e daí me tornei profissio-nal. Também não parei mais! Hoje tenho uma escola de cursos livres profissionalizantes credenciada pela PAYOT E CATHARINE HILL, onde mi-nistro vários cursos na área. E tudo isso já faz 36 anos.

MC - Para você, qual o significado de repassar seus conhecimentos da maquiagem?

JR - Poder qualificar de maneira pontual e eficaz as pes-soas que se identificam com a profissão de maquiador. Para isso procuro sempre está atualizado através de cursos, congressos nacionais e internacionais, e novas técnicas e tecnologias em cosméticos que possibilitem

a melhoria profissional, ajudando assim a colocar e inserir novos ta-lentos no mercado de trabalho. Isso se tornou uma obrigação para mim.

Estou respondendo esta entrevis-ta, direto de São Paulo, onde estou fazendo um curso de atualização e vou participar da HAIR BRASIL, uma das maiores feiras de Cosméticos do nosso país.

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POR TRÁS DAS CORTINAS 29

MC – Quais as áreas que você atua como maquiador, além do teatro?

JR – Publicidade, Cinema, Foto, Vídeo, Noivas, Debu-tantes, Efeitos especiais, Necro maquiagens (maquiar defuntos). Sem falsa modéstia, me considero um pro-fissional completo nessa área.

Manoel Constantino – Com você vê o mercado atual no Recife e quais seriam as dicas para os futuros pro-fissionais.

JR – Por ser uma área que envolve o cuidar da beleza e assim elevar a auto-estima das pessoas, e que também está ligada a indústria de cosméticos, que a cada dia cresce assustadoramente, tem se tornado altamente promissora e concorrida, mas há mercado para aque-les que se dedicam com afinco e paixão. E, obviamente, possua o talento.

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19ª Paixão de Cristo do Recife Tradição da Semana Santa, a Paixão de Cristo do Recife comemora sua 19ª edição este ano. O espetáculo é co-mandado pelo diretor e ator José Pimentel, intérprete do personagem principal, Jesus Cristo. Além de Pimentel, o elenco é formado por cerca de cem atores e trezentos fi-gurantes e inclui nomes consagrados do teatro pernam-bucano, como Reinaldo de Oliveira e Renato Phaelante, ambos do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP). As cenas da Paixão de Cristo são apresentadas em nove cenários. Três estruturas de 20 metros de comprimento por 14 de largura, ligadas por uma passarela com dois planos, são montadas no Marco Zero e possibilitam que o público assista ao espetáculo sem precisar se deslocar.

Praça do Marco Zero – Bairro do Recife1 a 5 20hGratuito

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Foto Wellington Dantas

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Paixão de Cristo de Casa AmarelaParque Urbano da Macaxeira Avenida Norte Miguel Arraes - antiga Fábrica da Macaxeira | 99223305 9154543631/3 20h 01, 02 e 03/4 20hGratuito (1 kg de alimento não perecível)

O espetáculo da Fé está completando 13 anos de sucesso. Neste ano, dentro do tema da campanha da fraternida-de “Eu vim para Servir!”, homenageia o seminarista Willian e o Arcebispo Dom Fernando Saburido. O evento contará com quatro palcos, quarenta atores, cem figurantes, efeitos espe-ciais e show de pirotecnia. O papel principal de Cristo será encenado por George e o de Nossa Senhora será feito por sua mãe biológica. Pôncio Pilatos será interpretado por José Hélio de Souza Jr. e Judas será feito por José Muniz, o Moura. Uma missa será celebrada no mesmo lo-cal, dia 31, pelo Padre João.

Marieta Severo em “Incêndios”Teatro de Santa IsabelPraça da República, s/n – Santo Antônio 335533222, 3 e 4 21h5 19hIngressos: plateia, frisas e camarotes A: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia)Torrinha e camarotes B: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)Atenção: ingressos para plateia já estão à venda na loja Maria Filó do Shopping Recife, loja Reserva do Shopping Plaza e www.ingressorapido.com.br.Para os demais assentos, vendas a partir do dia 25 de março, na bilheteria do teatro. *Meia-entrada válida para maiores de 60 anos, professores, estudantes, crianças até 12 anos e assinantes do Diario de Pernambuco e/ou Jornal do Commercio. Sócios do Náutico têm 20% de desconto sobre o valor da inteira.

Marieta Severo interpreta a per-sonagem árabe Nawal, cuja vida é atravessada por décadas de uma guerra civil que parece nunca ter

foto Leo Aversa

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fim. Ela passa seus últimos anos em voluntário exílio no Ocidente, onde morre e deixa em testamento uma difícil missão para seu casal de filhos gêmeos (os atores Felipe de Carolis e Keli Freitas): encontrar o pai e um irmão perdido em seu remoto pas-sado no Oriente. A trajetória da pro-tagonista encontra paralelo na vida do autor, nascido no Líbano, mas radicado no Canadá desde a década de 1980. “Incêndios” chegou às mãos de Marieta e Aderbal através do ator Felipe de Carolis.

Mãezona – A ComédiaTeatro Valdemar de OliveiraPraça Osvaldo Cruz, 412 – SoledadeTodos os sábados de abril 21hR$ 50 e R$ 25 (meia-entrada apresentando documento ou 1 kg de alimento). Ingressos antecipados na Tec Lab - Rua Sete de Setembro – Boa Vista32221200 | 94911595

Criada por Jeison Wallace, intérprete de Cinderela, o espetáculo faz uma

homenagem divertida a todas as mães. A produção reúne três histó-rias distintas (Ser mãe é padecer no paraíso, O filho da p... e Dormindo com o gorila), abordando o comportamen-to das mães. Os atores da peça são Flávio Luiz, André Lins, Diógenes de Lima, Múcio Eduardo, Vanessa Porto e Petreson Eloy.

As Três PorquinhasTeatro Alfredo de Oliveira(Ao lado do Teatro Valdemar de Oliveira)Dom 10h30hIngressos: R$ 40 e R$ 2086944824 | 98032724

A montagem do grupo cênico hu-mantoche dá uma nova roupagem à fábula do escritor Joseph Jacobs, na qual os três porquinhos são três por-quinhas superespertas, que recebem nomes de artistas tops nas paradas de sucesso: Beyoncé, Lady Gaga e Britney Spears, e o lobo-mau como Lobojackson homenageando o cantor Michael Jackson. Além disso, a peça conta com a presença de bonecos interagindo com atores, com pais e filhos e uma chuva de bolhinhas de sabão na plateia.

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ARTES CÊNICAS 33

A RECEITARua da Aurora, 529, loja 1 – Boa Vista10 20hR$ 20 (inteira) e R$ 10 (para estudantes, terceira idade e classe artística)

Reapresentação especial da peça “A Receita”, um solo teatral com a atriz Naná Sodré. Texto e direção de Samuel Santos. Bastante elogiada por onde tem passado, a peça é tragicô-mica e descreve um universo femini-no e particular. Naná Sodré encarna uma mulher anônima e invisível, em situação de total disparate, devaneio e abandono. Morte, violência, loucu-ra e intolerância mostradas de uma maneira peculiar são narradas nes-se solo explorando diversos pontos de vista. Uma dramaturgia atual, antenada com as questões de uma personagem no seu processo limite.

PROJETO HOJE TEM ESPETÁCULOTeatro Luiz MendonçaAvenida Boa Viagem, s/n – Boa Viagem

Dorival ObáSex 10 e 17 às 20hR$ 20(inteira) e R$ 10 (meia)

Experimento cênico/coreográfico investigando conceitos e origens de vida e histórias de Dorival Caymmi: o estilo de vida, canções e religiosidade.

Alice underground11 e 18Sáb 20hR$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)Texto e direção: Antônio Rodrigues. O espetáculo é livremente inspirado nas obras de Lewis Carroll e narra as aventuras de Alice, uma jovem que embarca numa incrível viagem após cair num buraco. Levada por sua curiosidade, ela se depara com diferentes situações e pessoas com as quais precisará lidar.

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Era uma vez um rio (infantil)Dom 12 e 19 17hR$ 30(inteira) e R$ 15(meia)

Direção: Antônio Rodrigues. O es-petáculo é uma adaptação teatral do livro homônimo de Martha Pannunzio. Revela os encantos de uma comunidade ribeirinha e suas cantigas e lendas. Com trilha sonora executada ao vivo.

Bote a mão que ainda tá quentinhaSesc Santo AmaroRua Amador Bueno, 505 – Santo Amaro1°/4 16hGratuito

O Coletivo O Tempo não Para, do Sesc Santo Amaro, apresenta “Bote a mão que ainda tá quentinha”, um espetáculo leve, divertido, com teor político, crítico, educativo e cultural.

Sistema 25Sesc Santo AmaroR$ 40 e R$ 20 (com./dep./meia)

O Grupo de Teatro Calabouço apre-senta “Sistema 25”, um espetáculo com plateia de 25 pessoas por sessão. Dias 9, 10, 11, 16, 17 e 18, às 15h e 19h. 12, às 20h. 15 às 19h. 19, às 10h.

Os Três CoroadosSesc Santo Amaro25 e 26 16hR$ 20 e R$ 10 (com./dep./meia)O Coletivo Domínio Público, do Sesc Santo Amaro, apresenta “Os três co-roados”, um espetáculo que dialo-ga com manifestações e folguedos populares como o cavalo-marinho, o maracatu rural e os caboclinhos.

Foto Rodrigo Moreira

ObscenaSesc Casa AmarelaAvenida Professor José dos Anjos, 1190, Casa AmarelaSex e Sáb 20h30R$ 30 e R$ 15 (com./dep./meia)

A partir do dia 10, o público pode conferir o solo poético “Obscena”, que surgiu da inquietação da atriz Fabiana Pirro em adentrar o univer-so da poeta, dramaturga e ficcionista Hilda Hilst, uma das protagonistas da literatura brasileira. Classificação: 16 anos.

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Projeto Circo Social Uninassau

Por Manoel ConstantinoFoto Divulgação

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Há muitos anos que as artes, de um modo geral, têm sido utilizadas como ferramentas na área da comunicação, principalmente em treinamentos em empresas, sindicatos e mais ainda quando se trata de inclusão social. Aqui no Reci-fe várias companhias de teatro e circo vêm desenvolvendo esse tipo de atividade com resultados excelentes. Tanto é que hoje encontramos inúmeros trabalhos acadêmicos que tratam dessas questões: a arte para uma inclusão social e reafirmação da cidadania.

Para a Mestra em Estudos de Linguagens, Cristina Al-ves de Macedo, que desenvolveu pesquisa sobre o circo como ferramenta de educação e inclusão social, “O mundo do circo sempre envolveu e fascinou as pessoas por suas demonstrações de habilidosos artistas que, utilizando a linguagem circense, desafiam os próprios limites e levam o público a experimentar as mais diversas emoções. Po-rém, atualmente, a utilização da linguagem circense não se

Aula de circo

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limita ao desenvolvimento da técnica para apresentação de um brilhante espetáculo, mas se estende também a outros âmbitos, quais, o da educação e da busca de uma transformação social, por meio do Circo Social. O Circo So-cial, modalidade de circo que utiliza a linguagem circense como instrumento de inclusão social, atua com uma pe-dagogia alternativa de educação, que se direciona a ajudar sujeitos da classe popular a adquirirem a cidadania.

Uma das mais novas iniciativas começa a ser vivencia-da aqui no Recife, com o Circo Social, num convênio do circense e produtor Bóris Trindade Júnior e a Uninassau. Trata-se de trabalhar aprendizado e inclusão social em for-ma de arte circense, atendendo um público-alvo formado por adolescentes e jovens com síndrome de Down e o que é melhor, com aulas de circo e balé clássico.

Ao todo serão 30 alunos que, durante quatro meses, vivenciarão oficinas de malabares, acrobracias, equilíbrio e balé clássico. As aulas, que serão realizadas duas vezes por semana, serão ministradas por instrutores da Cia Brincantes de Circo, sob a coordenação doe produtor circense Bóris Trindade Júnior, o Borica.

Para a aula inaugural, que marca o Dia Internacional da síndrome de Down, celebrado em 21 de março, houve uma apresentação do projeto e oficinas demonstrativas. As atividades tiveram o intuito de proporcionar ao público um primeiro contato com algumas técnicas de arte que farão parte da programação do projeto. A partir de então, as inscrições foram realizadas.

Além das aulas com os isntrutores Tânia Trindade de Souza, José Carlos da Silva – Shinobys, Ivo Amaral L. da Silva, os alunos também recebem o acompanhamento de uma assistente social e apoio pedagógico.

Projeto Circo Social UninassauSala de Ginástica do Centro Superior de Tecnologia (CST)Rua Fernandes Vieira, 110, Boa Vista

Aula de circo

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bandavoou Por: Anax BotelhoFotos: Marcelo Soares/Divulgação

Com as palavras juntas e tudo em minúsculo, esse é o registro da bandavoou que faz referência ao termo nordestino que se emprega para qualificar pessoas e grupos que não estão preocupados e, consequentemen-te, a se enquadrar em padrões pré-definidos. E, no caso do conjunto, isso vai além, há um objetivo poético: o do prazer de dar vida à música e de estar rodeado por ela, como auto se define.

Formada no fim de 2011, o grupo ganha espaço no cenário da música pernambucana. “PC Silva e Carlos Filho começam uma parceria musical com diversas composições, mas foi a partir de vídeos postados no Youtube, por Marina Sobral (responsável pelo conteú-do artístico imagético da bandavoou), que o grupo co-meçou a ganhar notoriedade e, com isso, as primeiras demandas por shows e gravaram o primeiro trabalho fonográfico bandavoou EP (2012)”, reflete PC Silva sobre o início da banda.

bandavoou no Pré AMP

foto Marcelo Soares

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Com influências diversas, principalmente da música de Chico Buarque, Caetano Veloso, Aldir Blanc, Elomar, Guinga, João Bosco, Lenine, Los Hermanos e Amado Batista, até a banda britânica Radiohead, entre outras, o conjunto busca sintetizar todos os conhecimentos e gostos para produzir seu próprio trabalho. Com le-tras carregadas de sensibilidade, e melodias, constroem uma sonoridade branda e uma atmosfera bem ligada algo que intitulam como a nova música popular brasilei-ra (ou Nova MPB). São vozes suaves acompanhadas do som evidenciado dos instrumentos de corda, além de elementos sonoros da natureza e da vida urbana. Com o objetivo de atingir a maior quantidade possível de pessoas e assim deixar a música guiar, PC Silva credita a interação com as pessoas e a confiança no trabalho como elementos fundamentais para o desenvolvimento do grupo. “Em todos os locais por onde a bandavoou passa, existe uma grande empatia e cumplicidade de sentimentos. Isso tem sido o principal combustível para a motivação da bandavoou, pois não é nada fácil conseguir sobreviver apenas com o que a música dá de retorno. Mesmo assim, a confiança nesse trabalho tem sido maior que todos os desafios e assim continuará a ser”, diz.

bandavooufoto Divulgação

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Consolidando-se no cenário musical do Estado, a banda está gravando o seu álbum, intitulado “Nó”, o qual contará com participações especiais e será lançado ainda no primeiro semestre de 2015. Com o objetivo de expandir os horizontes e cada vez mais as asas do tra-balho realizado diariamente pelo grupo, o cenário em Pernambuco, Estado conhecido por sua pluralidade e ri-queza artísticas, é bastante positivo. “Temos percorrido cidades de outros Estados, onde a demanda é por esti-los definidos, e, com isso, não há uma grande variedade na produção local. Pernambuco, pelo contrário, é um excelente celeiro artístico. Seja em qualquer estilo”, fala PC, ao se referir ao seu Estado natal, onde já integrou eventos como o Carnaval do Recife (2013), o Projeto Anfitrião (2014), em Caruaru, e o Festival Pré-AMP (2015), no qual terminou em terceiro lugar geral pelos jurados, mas sendo eleita a melhor banda através do voto popular. Para além das fronteiras de Pernambuco, o grupo possui no currículo participação também em outros importantes festivais como o Festivalda (Circo Voador – RJ) e o Festival Música y Paz (Montevidéu – Uruguai), ambos em 2012.

bandavoouCarlos Filho (voz, composições e

cordas), PC Silva (voz, composições e cordas), Luiza Magalhães (voz), Rostan Junior (bateria e percussão), Miguel Mendes (baixo e sintetiza-dores), Marina Sobral (produção de fotos, clipes e videoarte).

www.facebook.com/bandavoou.bndvwww.youtube.com/user/[email protected] 8060

bandavoou no Pré AMP

foto Marcelo Soares

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Cabeça no MundoO box traz CD e DVD da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. O CD #CabeçaNoMundo foi lançado em 2012, tendo conquistado o Prêmio da Música Brasileira de melhor álbum no ano seguinte. Já o DVD, gravado no ano passado, traz um show no Teatro de Santa Isabel, são 14 faixas, duas a mais do que o CD e conta com a par-ticipação especial de Lirinha e Marco César. A concepção e a direção mu-sical são do próprio Maestro Forró.

Roberto Luiz8813 2033 | 9267 9611 | 8676 9053Com 34 anos de carreira, o cantor e compositor Roberto Luiz lança o seu segundo CD. Composto por 17 fai-xas, entre músicas autorais e regra-vações, o novo álbum traz versões internacionais de grandes clássicos de compositores como Bee Gees, Fred Mercury, Paul McCartney, Elvis Presley, entre outros.

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MÚSICA 41

No Colar Colouwww.forroflordelotus.blogspot.com.br 8519-5002 |99381351Banda de forró pernambucana Forró Flor de Lótus, fundada em 2008 pelo cantor Bruno Reynaux, lança o seu segundo CD. Com 14 faixas, o álbum teve participações de Ivan Ferraz, Nilton Neto, Nerilson Buscapé, Ge-nildo Sousa e China. Em seus shows, a banda traz um repertório inspirado em grandes artistas da terra como: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jack-son do pandeiro, Trio Nordestino, Maciel Melo, Petrúcio Amorim, além de composições do seu primeiro CD “Cardápio do Vaqueiro” que foi con-templado em 2012 no Troféu Acinpe como Melhor CD na Categoria Forró pelo voto dos internautas. pelo voto dos internautas.

Forró de 1 RealPraça do ArsenalDom 18h30O forró acontece há mais de seis anos, sempre aos domingos, e conta com a participação do Mamulengo Jurubeba.

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Foto Marcelo Soares

Projeto Piano Brasil VIITeatro de Santa IsabelPraça da República, s/n – Santo Antônio.3355 332310GratuitoO pianista Miguel Proença lança a sétima edição do Projeto Piano Bra-sil com os patrocínios do BNDES e da Caixa Econômica Federal. A re-alização é da Delphos Produções e do Ministério da Cultura. O projeto, consolidado como uma das princi-pais iniciativas da música erudita brasileira dos últimos anos, teve sua estreia no Recife, em dezembro de 2014. Depois de passar por Ma-ringá (PR), o pianista volta ao Re-cife para um ensaio aberto às 15h, e uma masterclass às 18h. Masterclass: inscrições pelo email: [email protected]: 272 lugares

Pocket Show de André MariaConservatório Pernambucano de Música10 19h30André Maria fará o lançamento ofi-cial de seu CD “Doze Horas”. Grava-do entre outubro de 2013 e fevereiro de 2014, o 1º CD solo de André Maria reuniu diversos nomes da música pernambucana. Com direção musi-cal do compositor e músico Paulo Arruda, que também tocou baixo acústico em algumas faixas, e pro-dução executiva de Eline Santos, o disco é fruto do 1º lugar conquistado por André no edital CPM Gravações 2013, promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música.

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MÚSICA 43

Léo Gandelman e Eduardo FariasTeatro de Santa Isabel11R$70 e R$35 (meia)Os instrumentistas e compositores Léo Gandelman e Eduardo Farias lan-çam o CD Música de fronteira. Nesse show, eles interpretam ao som do sax e do piano um repertório esco-lhido a dedo com muito refino que vem encantando plateias por onde passam Brasil afora. Também, não é para menos, lá estão Heitor Villa--Lobos, Severino Araújo, Pixinguinha, Waldir Azevedo, Ernesto Nazaré, Baden Powel, além de composições próprias.

Duo AssadTeatro de Santa Isabel17 21hR$ 60 e R$ 30 (meia) Ingresso promocional R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)Formado por Sérgio e Odair Assad, o duo apresenta O Clássico Violão Popu-lar Brasileiro, em turnê patrocinada pela Petrobras. O CD – que reúne João Pernambuco, Paulo Bellinati, Canhoto e Paulo Porto Alegre, entre outros eruditos e populares – esta-rá disponível no iTunes e nas lojas. Além das apresentações, os mais importantes virtuoses de violão do mundo, segundo a crítica interna-cional, oferecem masterclasses para violonistas profissionais.

Academia da BerlindaClube Atlântico de OlindaAv. Dr. Manoel de Barros Lima, Carmo – Olinda11 22hA banda pernambucana Academia da Berlinda promete fazer um ver-dadeiro baile, na comemoração de mais um ano da banda. Quem for ao show poderá sentir toda a ener-gia contagiante de ritmos como a cumbia colombiana misturada com o coco, o forró, a lambada e outros.

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Zeca Baleiro e Zélia Ducan Teatro GuararapesCentro de convenções de Pernambuco16 21hBalcão - R$ 180 e R$ 90 (meia) Plateia - R$ 180 e R$ 90 (meia)* Os ingressos estão à venda no site Ingresso Rápido.O show faz parte da turnê que o cantor está realizando com Zélia Du-can. O mesmo show aconteceu em Salvador, em 2014, e conseguiu lo-tar o Teatro Castro Alves. Mesmo já tendo dividido o palco em ocasiões anteriores, essa será a primeira vez que os músicos tocam juntos em um projeto só deles. O repertório será formado com as melhores músicas e os maiores sucessos dos dois artistas.

Gal CostaTeatro Guararapes18 21hPlateia: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)Balcão: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia)Gal Costa apresenta o seu novo es-petáculo intimista “Espelho d’Água”, acompanhada apenas pelo violonis-ta e guitarrista carioca Guilherme Monteiro.O repertório foi escolhido a quatro mãos – pela cantora e pelo jornalista Marcus Preto, que também divide com Gal a direção do espetáculo. O roteiro se concentra nos temas que se tornaram clássicos na voz de Gal. Desde a primordial “Coração Vaga-bundo” (Caetano Veloso), canção que abria o primeiro álbum de Gal,

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“Domingo” (1967), até alguns de seus maiores sucessos, como “Folhetim” (Chico Buarque), “Vaca Profana” (Caetano Veloso), “Sua Estupidez” (Roberto e Erasmo Carlos), “Volta” (Lupicínio Rodrigues) e “Baby” (Ca-etano Veloso). A produção local é da Art Rec Produções.

Coletivo Samba Noir Teatro de Santa Isabel19 19hR$20 e R$10 (meia)O show “Coletivo Samba Noir” apre-senta uma interpretação contempo-rânea de clássicos da música brasi-leira que versam sobre o amor, suas dores e impossibilidades. À maneira dos filmes noir, o espetáculo propõe uma atmosfera densa, delicada e cê-nica. O roteiro se inspira em célebres compositores como Nelson Cavaqui-nho, Lupicínio Rodrigues, Ary Barro-so, Cartola, Noel Rosa, entre outros. Com Kátia B (voz e guitarra), Marcos Suzano (ritmo e voz), Luís Filipe de Lima (violão de sete cordas) e Gui-lherme Gê (teclado, bass synth e voz).

Concerto Oficial da Banda Sinfônica do Recife Teatro de Santa Isabel22 20hSegundo Concerto Oficial da Banda Sinfônica do Recife da temporada 2015. A entrada é gratuita e os in-gressos serão distribuídos uma hora antes na bilheteria do Teatro de San-ta Isabel.

Ceumar - Lançamento do SilenciaTeatro de Santa IsabelR$ 40 e R$ 20 (meia)25 21hO repertório reúne canções marca-das pela dinâmica entre som e silên-cio, delicadezas, movimentos sutis,

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com uma sonoridade ao mesmo tempo lírica e popular. Em síntese, esses são alguns traços que marcam “Silencia”, sexto álbum da cantora e compositora mineira Ceumar, pelo Projeto realizado com o apoio do Proac e lançado pelo Selo Circus. O álbum é fruto da parceria musical entre Ceumar, que mora na Holan-da desde 2009, com o violoncelista francês Vincent Ségal, profundo co-nhecedor da música brasileira. Ségal, que já tocou com Naná Vasconcelos a quem considera um mestre, deu um toque universal às composições. No estúdio, a cantora contou com músicos velhos conhecidos como Webster Santos, Ari Colares, Swami Júnior, Zezinho Pitoco, Olívio Filho, Ivan Vilela e Ricardo Mosca.

Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do RecifeTeatro de Santa Isabel29 20h Segundo Concerto Oficial da Orques-tra Sinfônica do Recife na tempora-da anual do Teatro de Santa Isabel. A entrada é gratuita e os ingressos

devem ser retirados uma hora antes na bilheteria do teatro.

Abril pro Rock 2015Chevrolet Hall24 20h e 25 18hAv Agamenon Magalhães S/N, 0 - Salga-dinho - OlindaR$ 60, R$ 30 (meia) e R$ 40+ 1kg de alimento não perecível (social).O festival é um dos maiores e mais tradicionais eventos de rock do Bra-sil e conta com dois dias de pura música. No primeiro dia, sobem ao palco a banda goiana de rock psi-codélico Boogarins, Pato Fu, Pitty e Far From Alaska. Já no segundo dia, é a vez das bandas Lepra (PE), Almah (SP) e Gangrena Gasosa (RJ), Marduk (Suécia), Coroner (Suíça) e as bandas de hardcore Câmbio Negro HC (PE) e Dead Fish (ES). O festival é apre-sentado pela Petrobras e tem incen-tivo do Governo de Pernambuco, da Prefeitura do Recife, da Copergás e da Pitú. A realização é da Astronave Iniciativas Culturais.

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Show da Banda do MarBaile perfumadoRua Carlos Gomes, 390 - Madalena24 22hR$ 80 e R$ 130 (Camarote)Os ingressos podem ser adquiridos no site Top Ingressos.O evento conta com uma incrível estrutura para o show do projeto de Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred Ferreira A banda se no Estado pela segunda vez. A última passagem da banda foi no Festival MPB.

Festival Viva DominguinhosPraça Mestre Dominguinhos Garanhuns30/04, 1 e 2/05Lançado em 2014, o evento fez suces-so e passará a fazer parte da grade de eventos da cidade de Garanhuns, ao lado de festivais como o FIG, a Festa do Caju de Miracica e o Luau Quatro Estações. Este ano, o evento conta com grandes atrações como Petrúcio Amorim, Alcymar Monteiro e Dorgival Dantas. O festival aconte-ce na Praça Mestre Dominguinhos, a antiga Guadalajara. Em abril do ano passado, uma estátua do cantor Dominguinhos foi exposta na Praça Esplanada Mestre Dominguinhos, lo-cal escolhido por votação do público, para homenagear o artista.

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Visitas guiadas no Teatro de Santa IsabelO projeto pretende apresentar o Teatro de Santa Isabel, Patrimônio Histórico e Artístico desde 1949, sua história e curiosidades, como forma de contribuir para a for-mação de cidadãos aptos a respeitar e cuidar do bem cultural. Ao final de cada visita, os participantes ainda assistem a uma apresentação artística. O passeio, gratui-to, acontece das 14h às 17h e não precisa ser agendado.Já grupos que queiram conhecer de perto mais detalhes sobre a arquitetura e história do centenário Teatro, podem participar do Projeto de Educação Patrimonial. Escolas, ONGs, centros comunitários, grupos artísticos devem se inscrever pelo e-mail: [email protected], para passeios a serem realizados às terças-feiras no turno da tarde.

Foto Andrea Rêgo Barros

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Passeio Fotográfico no Teatro de Santa IsabelCom a aproximação do aniversário do Teatro, outro presente está sendo programado. Uma visita guiada espe-cialmente para os fotógrafos, profis-sionais ou estudantes. Na tarde do dia 14 (terça-feira), o Teatro estará de portas abertas para que os fotógra-fos, previamente agendados também pelo e-mail. [email protected], possam realizar uma visita guiada pelas dependências do teatro. Os agendamentos serão realizados até o dia 12. A visita terá duração de uma hora e meia. A capacidade máxima por grupo será de 10 pessoas.

Feiras do ProdarteO Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte), promove feiras de artesanato em diversos pontos da capital pernambucana. A iniciativa, realizada desde 1987, tem o objetivo de: apoiar os artesãos ca-dastrados no programa; fortalecer a geração de renda e divulgar a cultu-ra da cidade. Fibras, tecidos, madei-ra e couro são alguns dos materiais selecionados pelos artesãos que dão vida à grande diversidade de peças.

Prodarte33558755 | 3355833Feira Lagoa do AraçáSáb 15h à 21hFeira Casa ForteSáb 15h à 21hFeira do CapibaribeSáb e Dom 8h às 14hFeira Parque Dona LinduSab e Dom 14h à 21hFeira da Universidade CatólicaQua a Sex 8h às 18h

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IX Colóquio Internacional Michel Foucault e as Heterotopias do CorpoInstituto Ricardo Brennand14 a 17 9h30 às 18h21210365 | [email protected] www.institutoricardobrennand.org.br/coloquio R$ 100 (profissionais) e R$ 50 (estudantes, professores e membros do ICOM)O Instituto Ricardo Brennand realiza o evento em parceria com as Uni-versidades Federais de Pernambuco (UFPE) e do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Embaixada da França no Brasil. No total, o Colóquio irá reunir mais de trinta especialistas, entre professores doutores nacionais e internacionais das mais diferentes áreas do conhecimento em torno das ideias e obras do pensador francês. A entidade espera receber em torno de mil pessoas, sendo que metade das vagas destina-se, gratuitamen-te, a professores e alunos da rede pública de ensino.

Visitas monitoradas no Instituto Ricardo BrennandEngenho São JoãoAlameda Antônio Brennand, s/n – VárzeaO Instituto Ricardo Brennand re-tomou as visitas monitoradas para grupos escolares de instituições privadas e públicas. O intercâmbio entre o museu e as instituições de ensino acontece de terça a domin-go, gratuitamente, mediante agen-damento.Em 2014, mais de 17 mil alunos foram beneficiados com a ação. Realizadas por monitores capacitados, o aten-dimento serve para prestar maior assistência aos visitantes. Escolas públicas têm entrada gratuita. Para escolas privadas, o valor do bilhete custa R$7, ambas, porém precisam de agendamento prévio. Além de insti-tuições de ensino, grupos particu-lares, empresas e turistas também podem agendar a visitação.Com o mais completo acervo sobre Brasil-Holanda do mundo, o IRB, na Várzea, propõe ser uma extensão da sala de aula. Lá os estudantes têm acesso ao castelo de armas, à biblioteca, à pinacoteca, entre outros espaços. O IRB abre semanalmente, de terça a domingo. As entradas cus-tam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Crianças com até sete anos não pagam. Para agendar as visitas, os interessados devem procurar a Ação Educativa, de terça a sexta, das 8 às 12h, pelo telefone 21210352

Foto Paloma Amorim

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Tour Rio Capibaribe e suas PontesEmbarque: Restaurante CatamaranCais das Cinco Pontas s/nDiariamente 16h e 20h (reserva prévia)Adulto: R$ 40 | 6 a 10 anos: R$ 20 | 0 a 05 anos: gratuito.Nesse tour, a Cidade do Recife pode ser observada por um ângulo dife-rente, em um passeio pelas águas do rio Capibaribe, percorrendo as três ilhas do Centro de Recife (Santo An-tônio, Bairro do Recife e Boa Vista) passando por baixo de cinco pontes (Pontes 12 de Setembro, Maurício de Nassau, Manuel Buarque de Mace-do, Princesa Isabel e Duarte Coelho). Durante o city tour aquático, os visi-tantes apreciam belas paisagens de vários pontos turísticos, tais como o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, a Praça do Marco Zero, o

Paço Alfândega, o Ginásio Pernam-bucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da Rua da Aurora. A bordo, contamos com a presença de um guia que rela-ta histórias e curiosidades do Recife.

Tour Recife e seus BairrosEmbarque: Restaurante CatamaranCais das Cinco PontasDomingo (reserva prévia) Adulto: R$ 50 | 6 a 10 anos: R$ 25 | 0 a 05 anos: gratuito.O passeio contempla as paisagens urbana e natural da cidade, passan-do por 14 bairros do Recife, incluindo alguns nascidos no período colonial, hoje com edificações tombadas que mantêm conservada a paisagem an-tiga do Recife, e outros mais con-temporâneos.

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ORoberto Vital: Arte no coco

Por Thays Monteiro Fotos Divulgação - Acervo Pessoal

A reutilização de coqueiros caídos e suas fibras como matéria-prima é o diferencial das obras de Ro-berto Vital. Ao chegar ao ciclo final de vida dos coquei-ros que fazem parte da paisagem do sítio da família localizado em Igarassu, muitos passam despercebidos pelos demais moradores, porém quando criança Rober-to e seus irmãos sentindo falta de brinquedos resol-veram usar toda a criatividade e dar uma nova vida àqueles materiais, e foi a partir daí que tudo começou. O tempo passou e Roberto melhorava cada vez mais seus brinquedos. Com acabamentos caprichados e de-talhados, Roberto, realista, viu ali não só diversão, mas uma forma de trabalho.

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PERFIL DO ARTESÃO 53

O processo criativo começa na remoção de coqueiros deixados para trás, seja pela ação da natureza ou pelo homem, e é utilizado não só o coco seco, mas todo o coqueiro, das palhas até a raiz. Depois de re-movidos e limpos, é hora de deixar a imaginação correr solta e sair mis-turando os elementos até dar for-ma a um animal típico da região ou a elementos da cultura do Estado. Os cocos normalmente se tornam animais de pequeno porte como pássaros, aranhas, tatus, macacos, veados, entre outros. Os troncos são esculpidos e podem se tornar tanto animais como retratar figuras, por exemplo, o totem, que representa um cortador de cana, personagem característico do Estado. “Primeiro vem a ideia e depois a produção. Vi-sualizo mentalmente como vai ser e depois começo a trabalhar o material”, explica ele, já que todo coqueiro serve como matéria-prima.

Cortador de cana

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Roberto nunca fez curso ou ofi-cina, ele utiliza a mesma técnica de esculpir usada em geral pelos arte-sãos e aprimorada com o passar dos anos. O tempo de produção pode variar de um dia a um mês depen-dendo de que qual parte do coquei-ro ele vá esculpir. As peças podem ser encontradas pintadas ou na cor natural da fibra.

O trabalho já lhe rendeu bons frutos, entre eles, a oportunidade de viajar para di-versos Estados, como São Paulo, Rio Grande do Norte, Bahia, a capital Brasília, onde participou de feiras de artesanato e congressos.

Hoje ele se dedica a suas enco-mendas e à criação de esculturas para vender nas grandes feiras, por exemplo, a Fenearte, onde ele acre-dita alcançar maior visibilidade de público e da mídia. Sobre o futuro, ele complementa: “Oferecer cursos e oficinas é de grande importância, pois essa é uma maneira de expan-dir minha arte e descobrir novos artistas já que essa é uma área tão carente de produção. É, de certa maneira, uma forma de evolução do artista”.

Roberto Vital – A arte do cocoEngenho Novo, Igarassu9151 7176 | 96287069Facebook/arte.nococorobertovital

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Capibaribe meu rioO público que for visitar o museu vai poder apreciar fo-tografias do rio desde a década de 1940 até os dias atuais; trabalhos como áudio de poetas que citam o Capibaribe em suas obras; imagens cartográficas e curtas-metragens feitos sobre o rio, que é de grande importância não só para o Recife, como para diversas cidades do interior do Estado. Os visitantes logo na entrada terão o primeiro contato com o rio. Foram instaladas boias gigantes com os nomes dos afluentes do  Capibaribe, dando uma volta ao tem-po, quando as águas do rio eram utilizadas para banhos públicos e veraneio, em locais como o Poço da Panela, a Ponte d’Uchoa e o Monteiro. Na primeira sala do museu, os visitantes vão conhecer esse rio, que inspirou poetas como Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Renato Carneiro Campos, Josué de Castro e Cida Pedrosa. Por fim, o visitante assistirá a curtas sobre o rio, no Cine Canoa.

Museu da Cidade do RecifeForte das Cinco Pontas, São José | 33553107Gratuito

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Pensar, Criar e FazerArte PluralRua da Moeda, 140 – Bairro do Recife 34244431Até 18

Essa exposição é composta de diversos trabalhos de Joelson Gomes, Manuel Dantas e Maurício Castro. Os artistas, que nasceram na passagem da pós-mo-dernidade para a contemporaneidade, da geração dos anos de 1980, vivem a maturidade de suas aventuras criativas usando a pintura, a cerâmica, a xilogra-vura, a fotografia e o livro de artista, meios utilizados para revelar traços de fidelidade à tradição sem desviar o olhar do presente.

Exposição Diversidade CriativaShopping RioMarAvenida República do Líbano, 251 – Pina 34688799/ 85355640/ 94078932 [email protected]é 30/710h às 22h

Os artistas artistas Adriana Alliz, Bru-no Lyra, Cláudia Alves Oliveira, Dulce Campelo, Germano, Hellio Mangueira, João Luiz Mascarenhas, Josinete Maga-li, Lindolfo Nicéas, Selma Di Medeiros, Sérgio Birukoff, possibilita construir

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um domínio sobre o convencionalis-mo e como fazem muitos talentos, criando o uso das cores. Nessa mostra, com curadoria de Sebastião Barbosa, pode-se observar a concepção técnica e estética de várias escolas. O expres-sionismo e sua técnica de pintura, são revelados em jogos de cores, luz e sombras.

Ladrão de PurezasSesc Casa AmarelaAv. Professor José dos Anjos, 1190 32674400Até 15/5 Seg a Sex 9h às 19h

A Galeria de Artes abre a exposição Ladrão de Purezas com cerca de 30 seri-grafias produzidas as décadas de 1960 e 1990 pelo Rei da Embolada, Manezinho Araújo. A delicadeza das imagens se dá por meio de uma primorosa e sofisti-cada produção da técnica da serigrafia.

XilográficoMuseu de Arte Moderna Aloísio Maga-lhãesRua da Aurora, 265 – Boa Vista | 33556870 / 33556871Ter e Sex 12h às 18hSáb e Dom 13h às 15hAté 3/5

Com curadoria de Rubem Grilo, um dos mais importantes xilogravadores brasileiros vivos, a exposição traz um passeio pelos trabalhos realizados nos últimos 27 anos, com foco na produ-ção realizada desde 2005. A amostra apresenta 168 obras: 132 xilogravuras em diferentes formatos, 6 matrizes e 30 trabalhos realizados com colagens e desenhos. Como explica o próprio Rubem Grilo, o componente temporal da mostra reforça a ideia de um pro-cesso que inclui a busca de afirmação de identidade e, ao mesmo tempo, transformações em aberto: “Escolhi a xilogravura pelo fato de ela ser sim-ples, direta, quase rudimentar e me permitir o envolvimento com duas ex-periências básicas e complementares: o desenho e a gravação. Não se trata de uma escolha nostálgica, tem a ver com uma visão de mundo.”

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Festival VerOuvindoMuseu Cais do Sertão no Cinema São Luiz

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Rua da Aurora, 175 – Boa Vista8 a 12

MUSEU CAIS DO SERTÃO

8 18hMostra de curtas pernambucanos com audiodescrição, libras e bate--papo com os diretores e profissio-nais da acessibilidade

10 14h

Olhar surdo (documentário)Dir.: Cláudia Moraes, 15 min, 2013. Realizado por alunos da Oficina de Audiovisual para Surdos, mostra as dificuldades enfrentadas pelos sur-dos do Vale do São Francisco nas ati-vidades do dia a dia, na escola e para ingressar no mercado de trabalho.

Cadeira de arruar (documentário)Dir.: Chico Egídio, 10 min, 2013. Sen-tado na sua cadeira, seu Francisco Aristides relembra cenas da seca de 1932, no Campo de Concentrado, na localidade de Buriti, Crato, Sertão do Ceará.

Lua nova do penarDir.: Leila Jinkings, 27 min, 2013. A família de Hiram de Lima Pereira, jornalista, ator, poeta, membro do Comitê Central do Partido Comu-nista e desaparecido político, tinha na música e na poesia um elemento central e unificador.

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Deixem Diana em pazDir.: Júlio Cavani, 10 min, 2013. No auge de sua carreira profissional e acadêmica, Diana não tem tempo para descansar. Quando completa 30 anos de idade, ela resolve largar tudo para dedicar sua vida apenas ao mar e ao sono.

Exibição de um longa com audio-descrição ao vivo e bate-papo com a audiodescritora Lívia Motta.

CINEMA SÃO LUIZ

11 15h

Meninos de KichuteDir.: Luca Amberg, 102 min, 2010. Me-ninos de Kichute revela o sonho de Beto, garoto que vive com a famí-lia no interior do Brasil, na década de 1970, época em que o Brasil se torna tricampeão mundial e vigo-ra o regime militar e os meninos calçam tênis Kichute para jogar nos campinhos de terra. Beto quer ser jogador de futebol, mas antes tem que superar seus medos e convencer seus amigos e o pai, que é contra o desejo do filho.

Exibição de um longa, bate-papo com o diretor e com profissionais da acessibilidade, e entrega da pre-miação da Mostra Competitiva

12 15h

Uma passagem para MárioDir.: Eric Laurence, 77 min, 2013. O fil-me conta sobre amizade e superação da morte. Uma reflexão sobre as jor-nadas e os ciclos da vida através de uma viagem que parte do Recife, no Brasil, atravessa a Bolívia, até chegar ao deserto de Atacama, no Chile.

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CINE FÓRUM CERVANTESRua Madre de Deus, s/n – Bairro do RecifeLivraria Cultura (Paço Alfândega) 33340450Gratuito

Bem-vindo, Mr. Marshall18 17h

Dir.: Luíz García Berlanga, 78 min, 1953. O filme conta a história de Vi-lar del Río, um vilarejo da década de 1950, onde nunca acontecia nada, até que surge a notícia da visita de norte-americanos relacionados com o Plano Marshall, de ajuda à Europa, que se reconstruía após a Segunda Guerra Mundial. A expectativa pela passagem dos americanos levanta a comunidade, produz desejos, medos, rivalidades, dívidas e, acima de tudo, aumenta a autoestima do povo, transformando o vilarejo.

Programação cultural do ICBI RecifeCINE CLUBE BRASIL-ITÁLIARua Marquês Amorim, 46 – Boa Vista 32214112Às Sexta Gratuito

Vincere3 9h

Dir.: Marcos Bellocchio, 2h8min, 2009. Ida Dalser (Giovanna Mezzo-giorno) conheceu Benito Mussolini (Filippo Timi) quando ele era apenas um militante socialista radical. Fasci-nada por ele, resolve se desfazer de suas posses para ajudá-lo no jornal Poppolo d’Italia e na criação do Par-tido Fascista. Eles têm um filho, mas, com o início da 1ª Guerra Mundial, Mussolini se alista no exército e de-saparece. Ida apenas o reencontra no leito de um hospital, onde ele está ao lado de sua nova esposa, Rachele (Michela Cescon).

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Antônio Guerreiro de Deus10 15h

Dir.: Riddley Scott, 1h20min, 1992. O filme mostra vinte anos da vida de Cristóvão Colombo, desde quando se convenceu de que o mundo era redondo, passando pelo empenho em conseguir apoio financeiro da Coroa espanhola para sua expedi-ção, o descobrimento da América, o comportamento que os europeus tiveram com os habitantes do Novo Mundo e a luta de Colombo para colonizar um continente que ele descobriu por acaso, além de sua velhice.

CINE COMUNIDADESesc Casa AmarelaAvenida Professor José dos Anjos, 1190 – Casa Amarela32674400Gratuito

Meu Amigo Storm18 19h

Dir.: Giacomo Campeotto, 1h22min, 2009. Freddie (Marcus Rønnov) tem doze anos e mora com seu pai, um oficial de polícia. O menino logo descobre que possui habilidades es-peciais e por isso não tem amigos. Quando encontra um cãozinho que foi maltratado por seu dono, Fre-ddie faz dele um amigo: chama-o de Storm, leva-o para casa e tentar convencer o pai a ficar com ele. Mas quando o real dono do cachor-ro descobre onde ele está, oferece uma recompensa. Convencido a ga-nhar dinheiro para ficar com o cão, Freddie resolve participar de uma competição de cães, e logo percebe que Storm também tem habilidades especiais como ele.

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CINECLUBE COLISEUSesc Casa Amarela

Sombras que assombram22 a 24 8h às 10h, 15h às 17h

Dir.: Robert Wiene, 19min, 1997. O filme faz uma abordagem sobre o movimento artístico que se carac-terizou pelo uso de imagens fan-tásticas e assustadoras ao mesmo tempo, em razão da exposição de uma sociedade imersa em um ce-nário desolador e mecanicista. Em momentos de crise e abalo social, é comum vermos as artes se apresen-tarem de modo mais contundente, interpondo-se como elemento críti-co e participativo. Mesmo não sendo o expressionismo cinematográfico explicitamente contra o sistema po-lítico vigente, esse movimento con-seguiu criar uma atmosfera em seus filmes que hoje muito nos diz sobre a vida na Alemanha dos anos 1920.

Guerra dos Botões25 19h

Dir.: Yann Samuell, 1h49min, 1960. Em uma aldeia no sul da França, um grupo de meninos, com idades entre 7 e 14 anos, é liderado por Lebrac (Vincent Bres) numa guerra contra as crianças da aldeia vizinha. Trata--se de uma batalha tradicional, rea-lizada há gerações pelos jovens das duas aldeias. Eles lutam pela honra e lealdade, mas utilizam-se dos meios necessários para vencer. O exército de pequenos homens tenta de todas as formas não ser percebido por pais e mães, algo complicado de escon-der quando voltam para casa com as roupas rasgadas e sem botões.

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Por Erika FragaFotos Marcela Freire Seu Zé For Men

Nem todos os homens são iguais... Ancorada nesse conceito, surgiu a grife pernambucana Seu Zé. Idealizada pelo publicitário e desig-ner Manoel Dramboski em parceria com a designer de moda Priscila Martins, a marca de camisas exclu-sivas para homes, lançada no final do ano passado, já caiu no gosto dos mais vaidosos.

Para se diferenciar das demais, eles apostaram na tendência han-dmade, em que o trabalho manual está presente em grande parte da produção garantindo uma maior identidade e estilo. A modelagem é a principal característica da marca, pensada para atender um público que procura um caimento perfeito.

As camisas possuem os padrões fit e extra fit, com cortes exclusivos, todas bem ajustadas ao corpo o que evita que sobre tecido na região da cintura e embaixo dos braços, proporcionando mais elegância a quem usa. “Muitos homens não se enquadram na modelagem fit, mas nem por isso deixamos de atendê-los. Se o cliente realmente gostou da camisa, mandamos fazer uma peça que se enquadre nos padrões dele”, revela Manoel.

A grife, voltada para um público jovem, descolado, que gosta de cuidar da saúde e da aparência, aposta em dois estilos para atender o consumidor: um mais convencional, para ser usado no trabalho e em festas sociais, e um esportivo para os momentos alegres de baladas, balneários, saidinhas. A dupla aposta na varie-dade dos modelos e, a cada 15 dias, eles apresentam no-vidades. “Não trabalhamos com coleções fechadas nem

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criamos modelos em massa, atende-mos a um mercado regional e, por isso mesmo, temos muitos clientes que são do mesmo ciclo de amizade, então buscamos nos destacar pela variedade. Prefiro apresentar novi-dades quinzenalmente a fazer gran-des coleções”, afirma. Recentemente a marca assinou um contrato com um fornecedor, o qual vai produzir estampas exclusivas para a Seu Zé. As camisas estarão à venda ainda este mês.

Eles possuem um sistema de box delivery, o qual permite que o cliente prove as camisas no confor-to de sua casa. O serviço funciona de forma gratuita, bastando, para tanto, selecionar pelo Instagram os modelos preferidos e agendar o dia em que deseja receber as camisas. Depois disso, o cliente terá até 24 horas para provar as Camisas. “Te-mos muito cuidado com cada peça, desde a combinação das estampas até a costura. O nosso relacionamen-to com o cliente é o nosso maior cartão de visitas, não possuímos loja física, o nosso meio de venda é o Instagram”, destaca.Mais informações:www.facebook.com/seuzeformen | Insta-gram @seuzeformenWhats App: 92942344

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GRAÇASSonia Barbosa

Viver nas Graçasé sentir tudo à sua volta

árvores, pássaros, cânticosé sensibilizar-se com o vento úmido

calmonoturno

é perceber seus jambeirosmangueirassapotizeiros

onde cigarras, bentivis e canáriosgozam de seu espaço territorial.

É ouvir intensamenteos zumbidos constantes das cigarras

falando em códigos territoriaisbentivis que cantam seus vôos espaciais.

Verdades indecifráveis aos ouvidos humanosque só os golfinhos entendem

falas,manhas,amores,

são percebidos por alguns poucos iluminados.E aquela, que é a milésima partícula do universo

fica em silêncioe os reverencia.

(Da antologia POESIA VIVA DO RECIFE, organizada por Juareiz Correya)

SONIA BARBOSA - Recifense. Poetisa, ensaísta, antropóloga e professora aposen-tada da UFPE. Artigos científicos publicados em livros e revistas nacionais e in-ternacionais (Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Argentina). Poesia publicada : A Linguagem dos Sentidos (Editora Centauro, Recife, 1988). Tem, prontos para publicação, um livro de poesia, um romance e uma biografia ficcional.

POESIA VIVA DO RECIFEHomenagem aos 478 anos da Cidade

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Incendiário (romance)97935570 | [email protected]

Romance de estreia do paulista, radica-do no Recife, Renato da Silva Moreira, Incendiário é um livro autobiográfico que narra a experiência do autor na Legião Estrangeira da França, onde en-frenta seus demônios existenciais em busca de si mesmo. R$ 20

Memórias escrachadas (mas nem tanto)(11) 36114951 | [email protected]

Escrito pelo jornalista pernambucano, radicado em São Paulo, Flávio Tiné, autor de Memórias escrachadas (mas nem tanto), reúne crônicas sobre o cotidiano da grande metrópole, numa linguagem leve e perpassada de bom humor. R$ 20

Page 68: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

68 ABR 2015

Álvaro Lins: Sete escritores do Nordeste30480546 [email protected]ão Cabral, Nélson Rodrigues, Graci-liano Ramos e Jorge Amado. Estes são alguns dos autores focalizados em Ál-varo Lins – Sete escritores do Nordeste, com artigos e ensaios do crítico literá-rio caruaruense. O livro foi organizado por Eduardo César Maia. R$ 25

O fauno nos trópicos87385686 / [email protected]

Produzido com a finalidade de resgatar um capítulo esquecido da literatura pernambucana, o da poesia simbolista, O fauno nos trópicos, de Fábio Andrade, traça o panorama do movimento no Estado, com base em pesquisa feita em várias fontes. R$ 30

Page 69: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

GIRO LITERÁRIO 69

Opusfabula94203068 / 91468208

Opusfabula, de Jonatas Onofre, é um poema inspirado na História de Per-nambuco, mais precisamente, na che-gada dos portugueses a Igarassu, em 1530. Os versos entrecruzam a manei-ra como indígenas e europeus veem o mundo. R$ 20,00

[email protected]“O Sertão são vários e ao mesmo tem-po um só”, diz a poetisa Socorro Nunes na apresentação do livro Miragem, que, segundo ela, foi concebido depois de uma releitura de Os sertões, de Euclides da Cunha. R$ 20

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70 ABR 2015

Noite de autógrafos com Antonio Dantas para divulgação do livro “Deus, Princípio do Direito”RioMar Shopping 1º 19h30

Trata-se de um trabalho que estabe-lece um liame entre direito e teolo-gia, apresentando Deus como a fonte permanente de onde emanam valores absolutos morais, sociais e espirituais. O teólogo estudioso Antônio Dantas, que fará uma breve palestra no lança-mento, convida à leitura que demons-tra intensa pesquisa sob inestimável valor da obra.

Encontro de Fãs Olavo Tem Razão PERioMar Shopping 12 17h

Mantendo a tradição difundida por todo o Brasil e exterior, teremos o 1º encontro recifense de fãs do renomado filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, discutindo suas obras e opiniões e for-talecendo os laços dos admiradores, influenciando também as ações prá-ticas indicadas pelo autor em relação à vida intelectual e atuante. Haverá descontos no preço das obras!

Pátio de Santa Cruz Bar e Restaurante Fino Sabor25 20h97933659O Recital Poético-Musical que acontece há mais de 2 anos e meio no Bairro da Boa Vista celebra a sua 17ª edição com os poetas: Fátima Ferreira, Adria-na Barbosa, Chicão, José Terra, Sérgio Leandro, entre ouros. A música ficará com a magia de Gilmar Serra e Dudé Levino.

Page 71: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

CURSOS E CONCURSOS 71

Curso de artes visuaisAteliê Joaz SilvaSeg a Sáb88328825 | 79099207www.facebook.com/escoladeartejoaz-silvaMatrícula: R$ 30 / Mensalidade: R$ 100O artista plástico Joaz Silva abre cur-so na área de arte visuais para ini-ciantes que têm vontade de apren-der a desenhar e pintar. O aluno terá noções básicas da construção de desenho livre de objetos simples.

O artista desenvolveu novo formato e metodologia de ensino que facili-ta o desenvolvimento da habilidade artística de cada indivíduo. As aulas são destinadas a adolescentes, adul-tos e pessoas da meia-idade.

Confira os cursos

Desenhos: desenho em grafite, em pastel seco e outros. Com material incluso como papel e lápis;

Pintura em tela: a óleo, acrílica e aquarela.

CUR

SOS

E CO

NCU

RSO

SCurso de músicaEspaço Musical Levino FerreiraR. Siqueira Campos, 279, Ed. Brasília, sala 1406 – Santo Antônio 30778851 | 98539054 | 88007028Seg a Sáb manhã, tarde e noiteMatrícula: R$ 100 / Mensalidade: R$ 100Estão abertas as matrículas para os cursos de: violino, cavaquinho, teclado, baixo, guitarra, pandeiro, clarinete, flauta, canto e outros.

Curso de fotografia criativa Espaço Musical Levino FerreiraSeg 19h às 21h30R$ 210 mensalidadeMinistrada por Cecília Urioste, em cada aula será abordado um tema proposto pelo orientador ou pelos próprios integrantes, sempre basea-do em um texto ou em um trabalho consagrado. Paralelamente, os alu-nos ficarão livres para apresentar trabalhos em andamento para o gru-po, fomentando a discussão sobre narrativas, processo de trabalho, edi-ção etc. A ministrante também leva-rá fotógrafos, teóricos e curadores como convidados para debater com a turma. A recifense Cecília Urioste possui master em fotografia artística pela EFTI – Madrid, graduação em desenho industrial pela UFPE e atua como fotógrafa desde 2007.

Page 72: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

72 ABR 2015

Curso de TeatroEspaço Cultural João TeimosoRua do Aragão, 27, sala 4 – Boa VistaInformações: 41415125 ou 88971513www.joaoteimoso.com.brTurma 1: Sáb 9 às 12h Turma 2: Sáb 16 às 19hDuração: 6 mesesExpressão corporal, técnica vocal, interpretação, criação do persona-gem, dentre outros. O curso é mi-nistrado pelo ator e diretor Oséas Borba Neto.

Curso de Teatro AvançadoEspaço Cultural João TeimosoTer e Qui 19h às 21hDuração: 04 mesesCentrado no trabalho do ator e o seu corpo, o curso visa aperfeiçoar a arte do ator em cena (haverá tes-tes para alunos novos). O curso é ministrado pelo ator e diretor Vavá Schön-Paulino.

Oficina Break DanceEspaço Cultural João TeimosoAs modalidades apresentadas no curso são: top rock, move, power move, dentre outras. Também são abordados temas como a história do hip-hop, a cultura e a essência da dança. Aulas às sextas-feiras, das 14h às 17h, com B-boy Lobo. R$ 70 (mensais).

Curso de violãoEspaço Cultural João TeimosoAulas às quartas-feiras, das 15h às 16h. Os encontros são ministrados pelo músico e cantor João Natureza (João Ricardo). R$ 70 (mensais).

Oficina Burlesco & SensualidadeEspaço Cultural João TeimosoO Burlesque traduz a liberdade da mulher de se mostrar como ela realmente é, com sua forma físi-ca, magrinha ou gordinha, com sua atitude própria, com seu jeito mais debochado ou mais sensual, ou mais ingênuo. O Burlesque está intimamente ligado ao universo pin--Ups como se pode perceber pelos figurinos, além de trabalhar toda a sensualidade feminina por meio da dança. Ministrado pela bailarina Ysa-bella Malheiros, as aulas acontecem às segundas-feiras, das 19h às 21h. R$ 80 (mensal)

Curso de ViolãoEspaço Cultural João TeimosoQua 15h às 16hR$ 80O curso é ministrado pelo músico e cantor João Natureza (João Ricardo).

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CURSOS E CONCURSOS 73

Oficina de músicaCentro de Criatividade Musical do RecifeRua da Aurora, 439 – Boa Vista6 a 25Vagas: 20 por turmaOs professores responsáveis vão ensinar técnicas utilizadas para a execução de músicas de frevo. São três turmas:

Turma 1: Técnica de execução de frevo de rua, com o professor Ro-berto Silva.

Turma 2: Técnica de execução de or-questra de pau e corda, com o pro-fessor Maurício César. Para as duas turmas são necessários conhecimen-to e posse do instrumento.

Turma 3: Técnica vocal – Repertório de frevo de rua e frevo-canção, com a professora Hadassa Gonzaga. Faixa etária: a partir de 15 anos.

Aulas de teatroRua da Imperatriz, 134, sala 14 – Boa Vista | 88707853 | 95189843 Uma vez por semanaR$ 60Ministrado por Flávio Renovato, o curso irá abordar os fundamentos básicos do teatro, entre eles, téc-nicas para se fazer uma boa respi-ração; de controle de saída e de entrada de ar; formas de condensar e expandir as energias; de uso d’ “O motor do movimento”, entre outros.

As aulas são inspiradas em alguns mestres do teatro como: Meyerhold, Grotowski, Yoshi Oida, Eugênio Bar-ba. Cinco alunos por turma.

Curso de gaita Rua do José de Alencar 44, bloco B, Ed. Ambassador – Boa Vista98277803 / 30885419 O gaitista e licenciando em música pela UFPE Guto Santana ministra um curso de gaita com uma me-todologia simples que enfatiza a prática, especialmente para os ini-ciantes que nunca tiveram contato com a música. O curso inclui teoria musical e conhecimentos acerca da manutenção do instrumento. As turmas são reduzidas e os horários semiflexíveis.

Curso de Fotografia com Assis LimaRua Gervásio Pires, 130, 1º andar – Boa Vista32310621 | www.assislima.comO curso é ministrado pelo fotógrafo profissional Assis Lima, com 35 anos de carreira. Durante o período do curso, os alunos têm contato tanto com a parte teórica, quanto com a prática. Nas aulas serão abordados temas que vão de manuseio, anato-mia e tipos de câmera, passando por sistemas de focalização, diafragma no controle da luz e profundidade de campo, até iluminação.

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74 ABR 2015

Teatro Bem de PertoOficina de sensibilização teatralEngenho de CriaçãoRua Vigário Tenório, 199, 3° andar, Ed. Álvaro Silva Oliveira – Bairro do Recife [email protected] curso é voltado para iniciantes e iniciados em artes cênicas, que de-sejam se aperfeiçoar ou conhecer a linguagem do teatro e suas bases corporais. São duas turmas. A pri-meira acontece no período de 9 a 28, com aulas às segundas e quartas--feiras, das 19h30 às 22h. A segunda acontece aos sábados, das 9h às 12h, deste mês. As aulas são ministradas por Ivan Ferreira. R$ 120 (taxa única)

Curso de língua e cultura italianaInstituto Brasil-ItáliaRua Marques Amorim, 46 – Boa VistaSex 9h, 15h, 17h, 19hO curso tem como objetivo alfabe-tizar o aluno, possibilitando uma rápida aprendizagem da língua e cultura italiana: ler, falar e escrever em italiano; gramática, conversação, geografia, história, gastronomia e conhecimentos da cultura italiana. No decorrer do curso, serão exibi-dos filmes e documentários sobre a Itália. No final de cada mês, será realizado um jantar italiano com todos os alunos e professores.

Curso de Desenho Artístico e de PinturaInstituto de Cultura TécnicaRua Duque de Caxias, 356 –Santo Antô-nio | 34242625Ter e SábMensalidade: R$ 150O artista plástico Oberdan Rodrigues ensina a base de desenho, ajuda a desenvolver o pensamento estru-tural (base para a criação) e a co-nhecer o padrão que nos induz ao erro nos desenhos. Numa fase mais avançada, o aluno será envolvido em uma técnica de pintura para apro-fundamento e incursões em história da arte.

Curso de dança do ventreInstituto de Cultura TécnicaTer 19h às 21hO programa, além de ensinar téc-nicas de dança do ventre, trabalha com exercícios, o que torna mais simples a compreensão do bom funcionamento do corpo, evita le-sões e gera leveza na dança. O curso também fornece informações para a compreensão do contexto, ajudando a melhorar o desempenho durante as aulas práticas. Inicialmente as aulas são voltadas para iniciantes. O curso é dividido em dois níveis: ‘básico’ e ‘intermediário’.

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CURSOS E CONCURSOS 75

Curso de teatro infantilInstituto de Cultura TécnicaTer e Sáb 18h45Será trabalhada a desinibição, o jogo dramático, a improvisação, a expres-são corporal e vocal, a interpretação e a criatividade.

Desenho artístico e pinturaInstituto de Cultura TécnicaTer ou Qui ou Sáb à tardeNo curso, o aluno aprende toda a base de desenhos, desenvolve o pensamento estrutural (base para a criação), conhece o padrão que o induz ao erro nos desenhos etc. Constam da programação do curso, temas que vão do estudo dos ele-mentos mais simples, como volume, sombra e luz, aos mais complexos, como desenho de objetos e corpos humanos. Depois dessa fase, o aluno desenvolverá a técnica de pintura para aprofundamentos.

FotografiaInstituto de Cultura TécnicaTer e Qui 19h45 às 20h45O objetivo é transmitir aos partici-pantes conhecimentos da técnica e da linguagem fotográfica, para ob-tenção de imagens mais perfeitas e interessantes visualmente. Serão abordados também aspectos rela-tivos à tomada de fotografias, ao

manejo dos diversos tipos de filmes e equipamentos, até noções do pro-cessamento de filmes e cópias em preto e branco. Duração: três meses.

Cinema digitalCurso Aurora FilmesRua da Aurora, 987 – Santo Amaro30919338O curso oferece elementos de cap-tação para novas produções digitais, edição de audiovisual, preparação de camarim e redação de roteiro. No final, os alunos exibem o conte-údo produzido durante o curso no Cinema São Luiz.

Fotografia digitalCurso Aurora FilmesAulas teóricas e práticas de foto-grafia, tanto para iniciantes quanto para aqueles que querem aperfeiço-ar os conhecimentos da arte visual da fotografia. No final do curso, os alunos realizam uma exposição fo-tográfica com trabalhos de autoria deles.

WEB TVCurso Aurora FilmesCom a modernização e a democra-tização da internet, conquistar o público da web é um bom negócio. Novas ideias surgem nesse ambien-te dinâmico e repleto de informa-ção. Os alunos têm aulas práticas na Aurora Web TV.

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76 ABR 2015

curso de teatroSESC Santa RitaRua Cais de Santa Rita, 156 - Bairro de São José | 32247577O curso de teatro do SESC Santa Rita é ministrado pela professora Célia Cardoso e o conteúdo é voltado para o desenvolvimento dos jogos dramáticos, expressão vocal, corpo-ral e sensibilização de estímulo à capacidade criativa pelo método de Improvisação teatral Viola Spolin. O curso é destinado aos alunos que queiram desenvolver as principais técnicas de Iniciação ao teatro e de técnicas Avançadas.

Iniciação

Ter e Qui 14h às 17h9/3 a 10/7Idade mínima: 13 anosPúblico em geral: Matrícula: R$ 61 / Mensalidade: R$ 50Comerciários/Dependentes: Matrícula: R$ 30 / Mensalidade: R$ 25

Avançado

Seg e Qua 15h às 18h9/3 a 10/7Idade mínima : 13 anosPúblico em geral: Matrícula: R$ 61 / Mensalidade: R$ 50 Comerciários/Dependentes: Matrícula: R$ 30 / Mensalidade: R$ 25

Curso de Iniciação ao Cinema DigitalSesc PiedadeRua Goiana, s/n – Piedade, Jaboatão dos Guararapes | 33610097 6/3 a 5/6 9h às 12hComerciantes/Dependentes: R$ 20 Público em geral: R$ 40 Estão abertas as inscrições para o curso de cinema digital. Os alunos terão práticas de criação de roteiros, operação de câmara, iluminação e áudio. As aulas acontecem às terças e sextas-feiras e a idade mínima dos interessados em participar do curso é de 14 anos.

Aulas práticas de guitarra e violãoR. Vereador Rubens Gamboa – Nova Morada | 88514373R$ 150 a R$ 200 (mensalidade)O professor Guilherme Livingstone tem o objetivo de abordar toda a área de interesse do aluno, indo da bossa nova ao heavy metal.

Page 77: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

CURSOS E CONCURSOS 77

Capoeira AngolaEspaço Educativo Cultura PipoquinhaRua Costa Sepúlveda, 341 – Engenho do Meio | 88670587Sáb 15hGratuitoO projeto comemorou cinco anos no final de 2012. O curso é ministra-do pelo Mestre Jorge Ferreira, que ensina confecção de instrumentos, toque de baterias, canto e passos da Capoeira Angola.

Artes Plásticas com Enedina HolandaAteliê Portal da ArteR. Francisco Vita, 285 - Cordeiro86772716Sáb 14h30 às 16h30R$ 120 (mensalidade)O curso tem o objetivo de ensinar diversas técnicas escultóricas, são elas: escultura e painel em cerâmica, com queimas a gás e forno elétrico, em baixa e alta temperaturas, es-maltação e vitrificação, bem como escultura com modelagem em argila e fundição em resina e aglutinados.

Iniciação TeatralEspaço CênicasSáb 9hRua da Aurora - Boa Vista | 96093838, 91667344Duração: 7 mesesProva pública / montagem MarçoR$ 40 (matrícula) / R$ 100 (mensalidade)Estão abertas as inscrições para a turma de Iniciação Teatral 2015 or-ganizada pela Cênicas Cia. de Reper-tório. O curso será ministrado pelos integrantes da Cia, com montagem, ao final, dirigida por Antônio Ro-drigues.

CircoCirco da TrindadeRua Tomazina, 106 - Bairro do Recife(1° andar do burburinho)99651694Seg e Qua 18h30 às 20hOs alunos fazem um circuito de aprendizado pelos aparelhos aéreos: lira, trapézio, argola, tecido, tecido - marinho e argola indiana.

Page 78: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

78 ABR 2015

Oficina de Pinturas em TelasMuseu do Estado de PernambucoAv. Rui Barbosa, 960 – Graças | 31843174Qui e Sex 9h às 12h e 14h às 17hR$ 200 (mensalidade)O aluno terá acesso a um estudo da técnica da pintura impressionista que inaugurou a modernidade na pintura, promovendo assim uma ruptura com o passado, a arte clás-sica acadêmica. Orientação do pro-fessor Marcondes, artista plástico e pintor.

Aulas de percussãoCentro Pastoral Santo Afonso de LigórioRua Demócrito de Souza Filho, 478 - Madalena | 41415803 / 85077757Sex 19h as 21hEstão abertas as inscrições para au-las de percussão, ministradas pelo músico e percussionista Mallêt Arte Sons. Conteúdo:Divisão rítmica, bi-nário, ternário, quaternário, quiál-tera e exercícios rítmicos. Técnicas para congas, bongo, timbal, zabum-ba, talking drums, bata e djembe.

Aulas de PandeiroEspaço Cultural Terraço de OlindaRua 7 de Setembro, 109 – Carmo99495147 | [email protected] | ateliedabarbearia.blogspot.comQui 18h às 19h30Máximo de 15 alunosR$ 120 (mensalidade)As aulas ministradas por Linaldo Batista contam com orientação in-dividual ou em grupo.

Aulas de Desenho e PinturaEspaço Cultural Terraço de OlindaQui e Sáb 14h às 17h (2 turmas)Vagas limitadas: 10 alunos por turmaR$ 120 (mensalidade)Para adultos e crianças a partir de 7 anos. Ministrado por Sérgio Birukoff.

Oficina de encadernação artesanalEspaço Cultural Terraço de Olinda14Sáb 9h às 13hR$ 200 mensalidadeInscrições: [email protected] ministrante do curso Joana Velozo fornecerá papéis de capa, miolo e forro da capa, bem como ferramenta de furar o papel e linha para costura nas cores marrom-claro e marrom. Será ensinada uma técnica de enca-dernação de costura aparente e cada aluno sairá com seu caderno pronto.

Page 79: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

CURSOS E CONCURSOS 79

SÉRIE LÍNGUA E LITERATURACultura Nordestina Letras & ArtesRua Sérgio Magalhães, 54 – Graças32433927 | Facebook: CulturaNordesti-naLetras

Atualização da Língua PortuguesaQui 17h às 18h30Proporcionar aos participantes mo-mentos de reflexão, estudo e debate sobre princípios básicos da correta utilização oral e escrita da Língua Portuguesa, incluindo às mudanças estabelecidas no Novo Acordo Or-tográfico. Instrutora: Anna Maria Ventura de Lyra e César.

Oficina de criação literáriaQui 19h às 20hA preparação do escritor: Técnicas de construção literária, desenvolvi-mento da capacidade criativa e com-preensão de clássicos da literatura. Instrutor: Raimundo Carrero.

Oficina de textos dissertativosTer 15h às 17hProporcionar aos participantes a habilidade de produzir textos dis-sertativos, em que o autor expressa a sua opinião com base na interpre-tação de textos, livros e filmes. Ins-trutoras: Débora Suassuna e Flávia Suassuna.

Seg 18h às 19h Laboratório de expres-são poética e oratóriaProporcionar aos participantes a capacidade de se apresentar em público, através da utilização dos recursos da linguagem oral e cor-poral. Instrutora: Bernadete Bruto.

SÉRIE BEM-ESTAROficina de apreciação musicalQua 15h às 17hMinistrado por Fabiana Guima-rães, a oficina tem como objetivos: Compreender a música como parte de seu próprio corpo; Capacitar o aluno a diferenciar os timbres dos instrumentos musicais, as técnicas, as variações da música erudita e os ritmos populares; Conhecer a Te-oria Musical e percebê-la em uma orquestra, em uma partitura ou, até mesmo, na filosofia.

Page 80: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

80 ABR 2015

Oficina de artesQua 9h às 12hTransformação de objetos através da arte; Retomada da autoestima; Desenvolvimento da criatividade. Instrutora: Tita Araújo.

Oficina de moda, acessórios e decoraçãoQua 15h às 17h Confecção de roupas, acessórios e objetos de decoração – produtos sustentáveis que prezam pelo re-aproveitamento de malhas, jeans, entre outros tecidos. Instrutora: Socorro Meira.

Ateliê de Gravura do PeligroRua Dona Ada Vieira, 112 – Casa [email protected] | 92853815Horário de funcionamento: Quinta-feira das 14h às 17h e das 18h às 21h.O ateliê aberto de gravura recebe qualquer pessoa que esteja interes-sada em aprender e/ou desenvolver projetos pessoais nas linguagens de xilogravura (gravura em ma-deira) ou gravura em linóleo. Por não se configurar um “curso”, com datas fixas para início e fim, cada um pode escolher quando iniciar e finalizar sua participação nos encon-tros. Todos terão acompanhamento individual dos projetos. Os partici-pantes também poderão optar pelo uso mensal ou diário do ateliê: Para uso mensal, o valor é de R$150, para uso diário, o valor é de R$50.

Curso de FrevoPraça Tertuliano Feitosa, HipódromoQua 7h às 8h40Sáb 15h às 17h30O grupo Guerreiros do Paço oferece aulas gratuitas de dança de frevo para iniciantes de todas as idades. Além de ensinar os foliões a dançar eles também estimulam a maior in-teração das pessoas com a história do frevo. A técnica é a mesma usada pelo Mestre Nascimento do Passo, um dos principais nomes do frevo na cidade.

Programa Horta em Casa & Vida SaudávelFundação Mokiti OkadaRua Amaro Coutinho, n. 588 – Praça do Rosarinho. 38788200 | www.fmo.org.brDuração: 2 horas-aulaR$ 20A Fundação Mokiti Okada Vida Saudável oferece oficinas de horta caseira de agricultura natural, ba-seada nos princípios do filósofo e espiritualista japonês Mokiti Oka-da. Desenvolvendo sentimento de amor e gratidão à natureza, os alu-nos aprendem a cultivar hortaliças e verduras em pequenos espaços. Os participantes recebem um kit contendo vaso, terra, sementes or-gânicas e apostila.

Page 81: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

81ILUSTRA

Caboclinho por Roberto Lins

Page 82: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

82 ABR 2015

POSTOS DE DISTRIBUIÇÃOTELEFONES ÚTEISAeroporto 3322 4188

3322 4180

Auxílio à lista 102

Hospital da Restauração 3181 5400

Informações Turísticas 24h

3355 0128

Polícia Militar 190

Porto do Recife 3183 1949

Procon Estadual 3181 7000

/ 0800 280 21 512

Rodoviária 3452 1211

Samu 192

Grande Recife Consórcio

de Transporte 0800 081 0158

3182 5552 / 3182 5554

EMPRESAS DE TÁXI

Coopetáxi 3424 8944

Copseta 3462 1584

DiskTáxi 3419 9595

Ourotáxi 3423 7777

Teletáxi 3493 8383

2121 4242

Biblioteca Central da UFPE

2126 8090

Biblioteca da Universidade Católica

de Pernambuco 2119 4122

/ 2119 4252

Biblioteca da Faculdade de Filosofia

do Recife – FAFIRE 2122 3500

Biblioteca da Faculdade Maurício de

Nassau 3413 4611

Biblioteca Pública do Estado de

Pernambuco 3181 2647 / 3181 2642

Biblioteca da Faculdade

Metropolitana da Grande Recife

2128 0500

Biblioteca Popular de Afogados

3355 3122 / 3355 3123

Biblioteca Popular de Casa Amarela

3355 3130

Casa da Cultura Luiz Gonzaga

3184 3151 / 3184 3152

Casa do Carnaval (Pátio de São

Pedro) 3355 3302 / 3355 3303

Centro Apolo – Hermilo (Cine e

Teatro) 3355 3319 / 3355 3321

Centro de Atendimento Turístico

do Aeroporto 3182 8299

Centro de Atendimento Turístico do

Arsenal – PCR 3355 3402

Centro de Atendimento Turístico do

Mercado São José 3355 3022

Centro de Atendimento Turístico do

Pátio de São Pedro 3355 3310

Centro de Atendimento Turístico do

TIP – PCR 3182 8298

Centro de Atendimento Turístico da

Praça de Boa Viagem 3182 8297

Centro de Artesanato de Pernambuco

3181 3451

Centro Cultural Correios 3224 5739

/ 3424 1935

Empetur - Casa da Cultura

3182 8296

Espaço IPHAN 3228 3011

3228 3496

Espaço Pasárgada – Casa Manuel

Bandeira 3184 3165

Escola Profissional de Artes João

Pernambuco 3355 4092/ 3355 4093

Fundação Joaquim Nabuco

– Casa Forte 3073 6363

Fundação Joaquim Nabuco – Derby

3073 6767

Instituto Cervantes de Recife

3334 0450

Mercado da Boa Vista 3355 3042

Mercado da Madalena 3445 1170

Museu da Abolição 3228 3248

Museu da Cidade do Recife

- Forte das 5 pontas 3355 3107

/ 3355 3108

Museu de Arte Aloísio Magalhães

(MAMAM) 3355 6870

3355 6871 / 3355 6872

Museu do Estado de Pernambuco

3184 3170 / 3184 3174

Museu Murillo La Greca 3355 3126

/ 3355 3127 / 3355 3129

Teatro Barreto Júnior 3355 6398 /

3355 6399

Teatro de Santa Isabel 3355 3322

/ 3355 3323 / 3355 3324

Centro de Atendimento Turístico do

Parque Dona Lindu 33559844

Centro de Atendimento Turístico do

Shopping Center Recife 34677486

Centro de Atendimento Turístico

do Shopping Rio Mar 31828293

Page 83: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015

POR VOCÊ TRABALHANDO SEM PARAR

Page 84: Agenda Cultural do Recife - Edição Abril 2015