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ANMK^lTI Ill EM I I -It O A 300 réis Annuncios. linha, 20 rs. ! 900 » Publicações no corpo do 10 » jornal, por linha, 60 rs. LISBOA SARRADO. li UE JANEIRO DE 1873 ANNICi.lMl'lll.% KA 1'HOVJMIA 1 mez 500 réis 3 mezes. 1£400 réis A correspondência sobre administração a LO- RENA QUEIROZ, calçada doCombro, 10, l.«. 1 mez . 3 mezes Avulso.. vae grasnando até que a sociedade lhe las nove horas da noite, quando o sr. estabeleça um cordão sanitário. padre Lima saía de casa do sr. Fer- Por e por más fadas ha. nando de Magalhães, foi esperado e —— aggredido por dois indivíduos que aco- Diz uma corresponde ícia deBarcel- bertados nas trevas da noite lhe de- los, que na quarta feira passada, pe- ram uma pancada na cabeça, de que resultou um leve ferimento.Um dos aggressores caiu ení poder do sr. Lima que, Ian- O nosso correspondente em Villa Nova dos Reguengos c o sr. Antonio Lopes da Costa Braz. O governo fran- cez publicou os quadros do re- censeamento da população da França em 1872. A republica fran- ceza divide-se em 87 districtos prin- cipaes; 30i sub districtos; 2:865 conselhos; 35:989 municí- pios. O algarismo to- tal que represen- tava a população diminuiu. Agora não ascende a mais de 36 mi- lhões cento c dois mil novecentos e vinte e um habi- tantes. Pondo de parte a população das províncias ce- didas á Allema- nha, o numero actual de france- zes ainda apre- senta uma dimi- nuição de almas 366:936, compa- rando a actual com a estatística de 1866. Nos quatorze grandes districtos em que estão si- tuados os centros industriaes, a po LUIZ VICTOR LE COCQ

ANMK^lTI Ill EM I I -It O A - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1873-01-11/j-1244-g_1873-01-11_item2/j...ANMK^lTI Ill EM I I -It O A 300 réis Annuncios. linha, 20 rs. ! 900 » Publicações

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ANMK^lTI Ill EM I I -It O A

300 réis Annuncios. linha, 20 rs.

! 900 » Publicações no corpo do 10 » jornal, por linha, 60 rs.

LISBOA

SARRADO. li UE JANEIRO DE 1873

ANNICi.lMl'lll.% KA 1'HOVJMIA

1 mez 500 réis 3 mezes. 1£400 réis A correspondência sobre administração a LO-

RENA QUEIROZ, calçada doCombro, 10, l.«.

1 mez .

3 mezes

Avulso..

vae grasnando até que a sociedade lhe las nove horas da noite, quando o sr.

estabeleça um cordão sanitário. padre Lima saía de casa do sr. Fer-

Por cá e por lá más fadas ha. nando de Magalhães, foi esperado e

—— aggredido por dois indivíduos que aco-

Diz uma corresponde ícia deBarcel- bertados nas trevas da noite lhe de-

los, que na quarta feira passada, pe- ram uma pancada na cabeça, de que

resultou um leve

ferimento.Um dos

aggressores caiu

ení poder do sr.

Lima que, Ian-

O nosso correspondente em Villa

Nova dos Reguengos c o sr. Antonio

Lopes da Costa Braz.

O governo fran-

cez publicou os

quadros do re-

censeamento da

população da

França em 1872.

A republica fran-

ceza divide-se em

87 districtos prin-

cipaes;

30i sub districtos;

2:865 conselhos;

35:989 municí-

pios.

O algarismo to-

tal que represen-

tava a população

diminuiu. Agora

não ascende a

mais de 36 mi-

lhões cento c dois

mil novecentos e

vinte e um habi-

tantes. Pondo de

parte a população

das províncias ce-

didas á Allema-

nha, o numero

actual de france-

zes ainda apre-

senta uma dimi-

nuição de almas

366:936, compa-

rando a actual

com a estatística

de 1866.

Nos quatorze

grandes districtos

em que estão si-

tuados os centros

industriaes, a po

LUIZ VICTOR LE COCQ

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DIÁRIO ILLUSTRADO

REVISTA ESTRANGEIRA

Não recebemos hontem carta do nos-

so correspondente de Paris.

Carta de Madrid

MADRID, 8 de janeiro. — Como viu

na minha de hontem o movimento po-

litico de gabinete está limitado a dois

ou tres pontos. Hoje continua o mesmo

estado, por assim dizer, de incubação:

mas a julgar pelos boatos que correm,

e que adiante menciono, parece-me

que breve passaremos, d'aquelle es-

tado, e teremos que fallar de grandes

mudanças na politica madrilena.

Os jornaes carlistas continuam a in-

serir proclamações de D. AfFonso de

Borbou e d'Este, que se intitula logar-

tenente de seu irmão D. Carlos. As ul-

timas são dirigidas ao povo e ao exer-

cito de Catalunha em termos vehemen-

tes e enthusiastas.

Diz um periodico da opposição, com-

batendo a lei da ordem publica, que

esta será pelo dizer dos amigos do go-

verno, de tal forma arbitraria e dispo-

tica nas suas disposições, que não po-

derá levar-se á execução sem que a

preceda uma suspensão de garantias,

caso inadmissível na actualidade, por

não haver rasões que o justifiquem.

El Debate insere as adhesões de vá-

rios titulares e de muitos indivíduos e

corporações de dilíerentes províncias á

Liga-nacional contra as reformas ultra-

marinas.

Diz a Época que o duque de la Torre

declarara aos seus amigos políticos, de-

pois de ter presistido em não ir ao paço,

cjue não promoveria obstáculos ao actual

governo nem a outro de qualquer côr

politica, mesmo que fosse dos seus

amigos conservadores, comtanto que o

primeiro passo d'esse governo fosse

tranquillisar as províncias ultramarinas,

evitar os males que lhes estão immi-

nentes, e regular prudentemente, d'ac-

cordo com a gravidade dascircumstan-

cias, a abolição da escravatura.

Parece que ha desaccordo entre os

membros do gabinete, segundo algu-

mas folhas opposicionigtas; d'aqui vie-

ram os boatos de Prise próxima, de re-

construcção, e até de demissão minis-

terial.

Faliam algumas folhas da opposição

em varias recusas de indivíduos agra-

ciados, por causa da nova lei tributa-

ria, as do governo pretendem desmen-

tir taes asserções, e eu pelo que tenho

ouvido em vários círculos, concluo para

mim que tudo isto se reduz áquellas

tricas politicas áquelles nadas que são

muito para serviço das opposições; por

experiencia sei que ha poucos que não

gostam das fitinhas e muitos que dei-

xam sangrar a bolsa para as obter.

Devo dizer-lhe, todavia que para so-

cego dos interessados, já se elabora

um projecto que será apresentado nas

primeiras sessões das cortes, derogan-

do aquella lei incommoda.

Ailirma-se que 1). Carlos com o com-

petente estado maior está ha dias na

fronteira de llespanha, e por isso mui-

tos indivíduos conhecidos pelas suas

idéas e pelos seus compromissos jun-

ta do pretendente, tem saído de Paris

com direcção a Catalunha, Bvscaia e

Navarra, liiz-se mais que um perso-

nagem muito conhecido saíra também

de Paris, mas com direcção a Londres,

encarregado de missão importante para

o general Cabrera.

Demittiu-se do cargo de capitão ge-

neral e governador civil de Porto-Rico

D. Simon de la Torre v Ormara, e foi

nomeado em seu Iogar'o tenente gene-

ral 1). Juan Martinez v Plowes. Está

preso em Palma de Mallorca o sr. Isern,

redactor da Honda curl islã, por causa

da inserção de um artigo politico. Es-

tes visinhos da nossa terra sempre tem

sido protectores da liberdade do pen-

samento. Reúne hoje na Tertúlia Pro-

gressista a commissão encarregada de

formular uma manifestação em favor

das reformas de Porto-Rico.—No dia

10 verifica-se a abertura da 1." secção

do caminho de ferro de Sevilha a Car-

mona, comprehendido entre aquella ca-

pital e Alcalá.—Segundo vejo na Ibe-

ria, a guerrilha que se apresentou em

Santa Cruz de Retamar compunha-se

de 200 homens e 50 cavallos. Não é

para desprezar.—Nas immediações de

Santona, província de Santander apre-

sentou-se uma nova guerrilha carlista,

a qual, por ora, só se occupa em re-

crutar mancebos para as suas fileiras,

por meio, já se sabe, dos promettimen-

tos ou das ameaças. — Desmente-se

agora a noticia de que o rei convidára,

por carta, o duque de la Torre para o

jantar do dia G.—Segundo uma carta

recebida aqui, parece que os carlistas

emprasam as auctoridaçlcs de Tafalla,

para lhe apresentarem até ao dia 12 o

importe de um trimestre de contri-

buição.

lia rumores de crise ministerial, fal-

lando-se na formação de um gabinete

presidido pelo general Cordova. Pela

mesma parte não vejo fundamento para

taes conjecturas.—Também dizem ou-

tros que os amigos do sr. Rivero se

preparam para herdar o poder.—Pro-

jecta-se para o dia 16 um grande ban-

quete militar, a que, parece, serão con-

vidados, além do ministro da guerra,

todas as notabilidades do exercito que

estão em Madrid. —A guerrilha que

passou por Estella ainda pilhou a insi-

gnificância de 18:000 duros entre fun-

dos municipaes e depositos para remis-

sões do exercito.—Aprompta-se o va-

por Cadiz para conduzir ao desterro os

sentenciados pelos acontecimentos do

Ferrol. — As facções Cucala v Ferre

compostas de 500 carlistas sairam de

Pencil com direcção a Gandesa. — O

general Morronnes leva, para attender

ás despezas da guerra um credito de

dois milhões de rcalcs.

Vae sahir do porto de Cadiz para

Cuba um transporte com 1:000 homens

de reforço para o exercito d'aquella

ilha.—Breve será publicado o decreto

auctorisando o estabelecimento de uma

linha telegraphica que circulará por to-

da Madrid.—Amanhã publica-se o de-

creto encarregando o sr. Fiol do go-

verno de Madrid.

Quanto a movimentos de guerrilhas

carlistas são de pouca importancia os

que vi mencionados nas correspondên-

cias recebidas esta manhã. Aguarde-

mos a chegada de Morionnes ao seu

destino, e então espero que teremos

fertilidade de noticias.—Z.

Pensa-se no Rio de Janeiro em es-

tabelecer ali nos princípios do anno

de 1874 uma exposição de productos

portuguezes; e diz-se que tal idéa

é protegida pelo nosso ministro n'a-

quella côrte o sr. conselheiro Mathias

de Carvalho e Vasconcellos. O gover-

no do Brazil já poz á disposição da

sociedade expositora a pedido d'aquelle

ministro as salas da cscola central, des-

de dezembro de 1873 até fevereiro de

1874. 1 # J ;1

Para este fim devem ser dirigidos

convites públicos a todos os agriculto-

res e industriaes de Portugal, deven-

do as despezas do transporte dos pro-

ductos ser feitas por conta da socieda-

de expositora, pura o que já conta com

um capital superior a 200 contos.

Vae á praça no dia 20 de março a

fabrica de fiação de Thomar com todos

os seus pertences. E' um importante

estabelecimento pertencente aos her-

deiros de Domingos Gomes Loureiro

& filhos e de Themotheo LEcussan

Yerdier.

Segundo refere um periodico musical

da Bélgica, o acontecimento mais notá-

vel do dia, é o de um gato a quem ensi-

naram e desempenha perfeitamente ao

piano o hymno nacional norte-ameri-

cano.

Despacharam-se no Porto para Lon-

dres 108 bois, no valor dei 1:760^000

réis.

A charada do sr. André do Quental

publicada no nosso ijumero de 8 do

corrente, é Philomelas não Philomena

como por engano se disse. O sr. Quen-

tal decifrou todas as charadas que n a-

quelle dia inserimos.

O bacharel Manuel Justino de Aze-

vedo foi nomeado por dois annos para

o logar de preparador de anatomia nor-

mal da faculdade de medicina na Uni-

versidade.

O theatro da zarzuela em Madrid

tem obtido a receita de 20:000 duros

com as primeiras representações dos

Sonhos de oiro.

Ficaram em deposito na estação te-

legraphica principal no dia 10 os se-

guintes despachos:

Heredia, hotel Matta (auzente).

Anna Luzia Alpoim, rua de S. José

207 (mudou-se).»

Figueiredo, rua Nova do Carmo, 91

1.° andar (desconhecido).

Emilio Candido da Silva, rua do Ter-

reirinho, 30 (desconhecido).

Foi transferido para a cadeira d'en-

sino primário da freguezia do Becco,

concelho de Ferreira do Zezere, o pro-

fessor da freguezia de Dornes, Antonio

Luiz de Sá Araujo e Castro.

Devia ter-se procedido a eleição de

uni deputado pela ilha do Pico, no dia

5 do corrente. Consta-nos que se apre-

sentava candidato o sr. D. Luiz da Ca-

mara Leme.

Em Angra á data das ultimas noti-

cias tratava de se organisar unia em-

presa para comprar um vapor que con-

duzisse para Inglaterra e outros pon-

tos, os productos das industrias do ar-

chipelago açoriano.

JUNTA DO CREDITO PUBLICO

Opagamento dos juros da dívida in-

terna fundada continua nos dias abaixo

indicados aos números das relações sor-

teadas, e que se transcrevem na se-

guinte tabella:

Dia 15

19 1:853 4:083 6:040 9:524 11:126

92 1:854 4:099 6:151 9:638 11:134

99 1:875 4:201 6:169 9:649 11:153

144 1:903 4:286 6:257 9:687 11:157

205 1:914 4:451 6:268 9:712 11:166

312 1:975 4:457 6:498 9:734 11:202

344 2:036 4:563 6:765 9:876 11:212

407 2:094 4:569 0:889 9:907 11:225

490 2:180 4:659 6:935 9:962 11:265

589 2:193 4:721 7:1G2 9:993 11:288

767 2:209 4:725 7:315 10:015 11:404

775 2:3H) 4:768 7:325 10:033 11:406

823 2:350 4:800 7:392 10:133 11:509

955 2:397 4:814 7:5",O 10:180 11:600

978 2:555 4:819 7:772 10:268 11:630

988 2:579 4:932 7:815 10:269 11:687

1:078 2:582 4:952 7:916 10:290 11.697

1:104 2:009 5:001 7:959 10:310 11:760

1:145 2:015 5:003 7:986 10.354 11:773

1:155 2:654 5:128 8:066 10:391 11:789

1:224 2:699 5:139 8:077 10:440 11:793

1:229 2:850 5:157 8:279 10:441 11:799

1:337 3:020 5:367 8:397 10:452 11:905

1:430 3:01)9 5:395 8:444 10:547 11:913

1:436 3:129 5:593 8:513 10:560 11:920

1:448 3:279.5:606 8:508 10:590 11:9*0

1:557 3:367 5:626 8:023 10:649 11:944

1:646 3:518 5:634 8:767 10:693 12:031

1:690 3:1)89 5:751 8:907 10:941 12:047

1:693 3:592 5:755 8:927 10:961 12:084

1:754 3:767 5:756 9:046 10:978

1:799 3:841 <5.761 9:110 10:994

1:843 3:851 5.884 9:452 10:997

1:845 4:035 5:939 9:517 11:103

8

141

201

355

375

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394

436

548

604

616

630

698

702

707

741

8;>6

899

902

1:119

1:148

1:166

1:256

1:409

1:501

1:541

1:631

1:777

2:095

2:263

2:319

2:496

2:573

2:604

2:718

2:701

2:812

2:874

2:909

2:921

2:925

2:947

3 175

3:258

3:285

3:295

3:359

3:392

3:418

3:432

3:444

3.481

3:537

3:591

3:728

3:835

3:854

3:875

3:916

4:017

4 114

4:290

4:381

4:385

4:432

4:500

4:541

4:594

lha 16

4:679 7:100

4:706

4:752

4:894

4:906

7:150

7:278

7:354

7:363

4:914 7:408

5:014 7:424

5:032 7:501

5.040 7:614

5:200 7:672

5:299 7:739

5:363 7:808

5:380 7:889

5:429 7:925

5:446 7:927

5*707 8:022

5:824 8:069

5:834 8:465

5:839 8:558

5:848 8:6.'i0

5:974 8:720

6:022 8:749

6:154 8:772

6:202 8:937

6:248 8:972

6:648 9:117

6:674 9:200

6:762 9:212

6:875 9:404

6:910 9:418

6.925 9.455

6:957 9.487

6:983 9:018

7:038 9.050

9.721

9.785

9.858

9.859

9.881

9.896

9 899

9.927

9.936

9.939

10 010

10.083

10.104

10.106

10.155

10.184

10.198

10 215

10 227

10.271

10.294

10 302

10.307

10 467

10 496

10.515

10.548

10 591

10.604

10.714

10.752

10 787

10.788

10 838

11.051

11 005

11.117

11.120

11.149

11.164

11.165

11.170

11.304

11.313

11 329

11.333

11.432

11.466

11,583

11 608

11.622

11 671

11.715

11 753

II 757

11.783

11.819

11 825

11 830

11.843

11.914

11.918

11.964

12 091

* Os números das relações de coupons

compreh ndidos nestas tabellas pagani-

se no sabbado 18.

O pagamento começa ás 10 da manhã

e acaba ás 2 da tarde.

A numeração dos recibos continua no

dia 10 de janeiro. Os sorteios para o

mez de janeiro são ás sextas feiras.

LONDRES, 9 ás Ih. e58 m. da t.

—Napoleão morreu hoje, meia hora de-

ͻois do meio dia. O desconto de Londres

oi reduzido a il/2i A companhia que vae

estabelecer a communiíicação entre Lis-

boa e o Brasil registou hontem o ca-

pital de 1.300:000 em acções de 10

libras sterlinas.

PARIS, 10 ás 12 A. e 40 m. da m.

—AVasburae desembarcou em Brest e

é esperado esta noite em Paris. A as-

sembléa continua a discutir a propos-

ta de Broglie sobre a reorganisaçào

do conselho superior de instrucção pu-

blica. Broglie e Dupanloup defendem

vivamente o projecto. Jules Simon res-

ponderá amanhã.

PARIS, 9.-3 °/0 francez 53,80; 5

°/o 1871 85,90; empréstimo 1872

87,95 5/s ^ °/o hespauhol interno 23 7/ir,;

id. externo 27 '/4. — Coupou cortado

27 V

ANVERS, 8. — 3 p. c. hespanhol

2G a/4- Porluguez, 413/4.

AMSTERDAM, 9.— Ilespanhol 273/8

Portuguezil 3/4.

Alguns jornaes de Madrid chamam

a attcnçâo da auctoridade administra-

tiva pedindo que faça desappareccr

das numerosas lojas d'aquella cidade,

principalmente das da rua Mayor, o

sem numero de photo^raphias indecen-

tes que olíendem a moral publica, im-

próprias de um paiz civilizado.

Por emquanto ainda Li*boa se acha

livre d'aquelle escandalo, mas é de

crer que, pouco a pouco, a epedemia

se vá generalisando como se genera-

lisou o can-can e outras- exhibiciones

ao gosto da moda franceza.

HIGH-LIFE

—Regressaram a Lisboa, vindos de

Coimbra, os srs. José Ribeiro da Cu-

nha e Antonio de Vasconcellos Perei-

ra Coutinho, juiz da relação d'esta ci-

dade.

—Continua a estar enfermo em Coim-

bra o sr. bispo d'aquella diocese.

—A esposa do sr. Eduardo Rodri-

gues walhardo, a ex.1" sr.' D. Carlo-

ta Waddington Rodrigues Galhardo,

deu á luz uma robusta e interessante

menina.

—O sr. marquez de Castello Melhor

regressou hontem do estrangeiro.

—Partiram para Bruxellas o sr. An-

tonio Berquó e sua esposa.

—Chegou a Lisboa o sr. barão de

Claros, membro do supremo conselho

de justiça militar.

—Fez annos na quinta-feira o sr.

duque de Palmella,

Foi provida por tres annos na es-

cola de meninas da freguezia de Re-

corei concelho de Paredes, D. Guilher-

mina da Encarnação Piteira.

ASSASSÍNIO *

No logar de Cima, freguezia da Boa-

Ihosa, comarca de Ponte do Lima, ap-

pareceu morto lia corte do gado da

casa em que morava, o lavrador José

de Azevedo, solteiro. Tinha os pés

presos com uma correi^, e as mãos

também amarradas com um baraço;

além d'isso haviam-lhe apertado um

lenço em volta do pescoço, e feito va-

rias feridas no cabeça.

A morte foi devida a estrangulação

e os ferimentos talvez fossem resulta-

do da lucta travada com os assassinos.

Ha indícios de que além do assassi-

nato houve roubo. lgnora-se, porém, a

quanto montará, pois que o infeliz vi-

via só.

Ainda se não sabe quem tenha sido

o auctor do crime, segundo refere o

Jornal da Manhã.

O proprietário do hotel União, es-

tabelecido em Queluz, obrigou-se a

sustentar os passageiros que tiverem de

fazer quarentena no Lazareto, pelos

seguintes preços: 1 ,a classe 1£095 réis;

2:a 69o réis; e 3.a 2^5 réis. Parece

que a nova gerencia da hospedaria do

lazareto tenciona mandar vir de In-

glaterra toda a loiça, crystaes e rou-

pas, para reorganisar completamente

aquelle estabelecimento.

E*ta melhor e saiu um d'csles dias

a passeio o nosso estimável amigo e col-

lega o sr. Eduardo Coelho.

O paquete Caldera chegado ao R o

de Janeiro a 12 de dezembro ultimo,

transportou de Lisboa para ali 89 pas-

sageiros trabalhadores.

A galera portugueza Nova Fama II

saida do Porto e chegada ao Rio de

Jeneiro também a 12 de dezembro,

conduziu 178 passageiros portuguezes.

A barca portugueza Camponeza saida

do Porto e chegada ao Rio de Jonei-

ro a 17 de dezembro, conduziu 9í

passageiros portuguezes.

Qaer isto dizer que continua a emi-

gração portugueza para o Brasil em

larguíssima escala.

até certo ponto, regosija-nos, porque

mostra ao paiz mais um foco impes-

tadojiela reacção.»

Foi registada na conservatória real

de Lisboa, para garantia de pro-prie

dadc artística commercial, uma peça

de musica intitulada uma corrida de

cavallos, £alope|caracterislico para pia-

no, por Manuel Benjamim.

No mez de dezembro ultimo concor-

reram á bibliotheca nacional de Lis-

boa 1:029 leitores, que pediram 2:223

volumes, sendo 1:311 de scicncias e

artes; 819 de historia, litteratura e po-

lygraphia; e 63 manuscriptos.

O conselho de instrucção da asso-

ciasão Civilisação participa aos seus

associados que continua aberto o ga-

binete de leitura todos os dias não san-

ctificados, das i ás 10 horas da noite,

e sendo-o, das 10 horas da manhã á

1 da tarde.

PERGUNTAS EMBARAÇOSAS

—Qual é o meio de nos parecer a

quaresma muito pequena? E' o de pe-

dirmos dinheiro emprestado na quarta

feira de cinza com a condição de o

pagar na paschoa.

—Porque é que o sol se levanta tão

tarde no inverno? Porque faz tanto frio

que elle não pôde resolver-se a levan-

tar-se cedo.

—Porque é que o vento é seitipre

mais frio no inverno do que no verão?

E' que não o deixando entrar em casa

alguma, vô-se na precisão de dormir

na rua.

—Estão pousados doze passaros na

copa de uma arvore, um cacador apro-

xima-se e mata tres, quantos ficam ali?

Nenhum, porque os outros voaram.

—O que fez ferver a primeira pa-

ttella em Lisboa? O fogo.

O sr. Julio Maria da Costa Caldeira,

professor temporarioda freguezia de Paio

de Pelle, no logar da Praia, concelho da

Barquinha, foi mudado pará a fregue-

zia de Dornes, concelho de Ferrei-

ra do Zezere.

Prevjnem-se os socios do Montepio

dos Alfaiates de que no dia 20 do cor-

rente tem logar a reunião da assem-

bléa geral para apresentação das con-

tas e em seguida proceder-se ás elei-

ções da mesa e commisão revisora —

na rua dos Fanqueiros, 300, 1.°, em

casa do sr. Brasão, ás 7 horas emeia

da tarde.

A alfandega da Horta rendeu no mez

de novembro ultimo 19:95$$916 réis;

d'esta som mo entraram nos cofres do es-

tado 18:521^878 réis, e 1:433$038 réis

foram applicados para a construcção

da doka, '

Está a concurso por trinta dias o lo-

gar de guarda da academia portuense

das bellas artes, com o ordenado an-

nual de 200^000 réis. Os requerimen-

tos enlregam-se ao vice-inspector da

mesma academia.

O professor temporário da villa de

Barrancos, Luiz Guerreiro da Conceição

foi mudado para a cadeira da villa de

OuriqHe.

Do porto do Rio de Janeiro sairam

com destino a Lisboa no dia 13 de de-

zembro, o brigue allcmão Helices, con-

duzindo 3:550 saccas de cafle; e no

dia 15 o brigue dinamarquez Ilota,

com 5:000 saccas.

O nosso illustre collega, o Diário

da Tarde, do Porto, relata o facto pouco

edificante que se vae ler:

«Acabamos de receber a noticia que

o nosso jornal não é permiltido dentro

do seminário de Coimbra! Avalie-se por

aqui o espirito avançado das pessoas

a quem está coníiado aquelle estabele-

mento: e depois ainda se hão de quei-

xar se lhe chamarem tartufos, princi-

palmente sabendo-se o que vae lá por

dentro d'aquelle seminário. A noticia,

Foi exonerada, pelo requerer, 1).

Maria José de Faria Vidal da cadeira

d ensino primário da freguezia das Pias,

concelho de Moura.

Foi transferida, pelo requerer, D.

Marianna Julia Ferreira Raposo, pro-

fessora da escola de meninas da villa

e concelho da Ribeira Grande, para o

logar do Pico da Pedra, freguezia do

de N. Senhora dos Prazeres, no mes-

mo concelho.

O sr. dr. Julio Augusto Henriques,

lente substituto na faculdade de philo-

sophia na universidade de Coimbra foi

promovido a lente cathedratico da mes-

ma faculdade.

O príncipe herdeiro da Prussia vae

emprehender viagem á Italia. O gover-

no italiano faz todos os preparativos

para o receber.

Foi nomeado governador civil de An-

gra do Heroísmo o sr. Francisco de

Albuquerque Mesquita e Castro, secre-

tario geral do districto de Faro.

Uniram-sc no Porto; pelos laços ma-

trimoniacs, o sr. Augusto J. Shore,

negociante britannico n'aquella cidade,

com a sr.a D. Margaret Amy Dow.

Foi transferido pira a cadeira da

freguezia da Granja doThedo, do con-

celho de Taboaço o professor da fre-

guezia de Chavães, Guilherme Carnei-

ro da Silva e Almeida.

O concelho de districto não deu pro-

vimento ao recurso que apresentou a

associação dos logistas da capital, ácer-

ca das licencas.

O sr. Antonio Maria Ribeiro da Cos-

ta lloltreman, 1.° tenente da armada,

foi nomeado cavalleiro da ordem d'Aviz.

Dizem as noticias vindas de S. Mi-

guel que a relação dos Açores, não

funccionava por falta de juizes.

A camara municipal da villa da Ri-

beira Grande teve no anno economico

de 1871-1872 de receita 10:530^790 c

de despeza 9:GS5$B35 réis.

Taborda faz e^a noite no Gymna-

sio a scena cómica O cantor cosmopo-

lita. Sobe pela primeira vez á scena

a linda comedia em dois actos Uma

receita homoeopatha em que Isidoro

tem um optimo papel.

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DIÁRIO ILLUSTRADO

BOLETIM DO DIA

O sr. Barros c Cunha, que propoz a

suppressào do subsidio no theatro lyri-

co de Lisboa, declarou hoje, que não

insistiria n'aquella proposta, mas que

havia de insistir para que aquelle sub-

sidio sahisse de um acrescentamento ao

imposto sumptuário das cidades.

Então em que licAmos? Deve ou não

deve subsidiar-se o theatro lyrico? Man-

dam os preceitos de economia, apren-

didos na escola reformista, que se de-

clarasse guerra sem tréguas á arte, ou

não mandam.

Se os theatro? se devem subsidiar,

como entendemos que é indispensável,

em face do que acontece nos outros

paizes, que com o subsidio tornaram

avultadíssimas as despesas do theatro

lyrico; se a capital de um paiz civili-

sado não pode prescindir d'essa osten-

tação, como não pôde pruscindir de

muitas outras, se o bom nome de que

gosa no mundo artístico o theatro de

S. Carlos não deve ser esquecido, co-

mo é que se pretende que esses en-

cargos recaiam só sobre os habitantes

da capital?

Nào são todas as despesas do

sumpto da corte encargo commum

nem de todo o paiz? Não tem a cida-

de de Lisboa de representar bizarra-

mente, pelo seu luxo, a civilisação do

reino? E demais! não concorre a capi-

tal com avultadas quantias dos seus

rendimentos proprios para as despesas

geraes do estado? Não é este o único

município que tem tutor, que lhe dá

exígua mezada e lhe absorve grande

parte da riqueza?

Quando a França, apesar dos seus

enormes revezes, apezar da immensa

indemnisação de guerra que ainda está

pagando, apesar dos sacrifícios tributá-

rios que faz, augmenta os subsídios aos

theatros; quando lodosos outros paizes

cultos subsidiam a arte, quer o sr. Bar-

ros e Cunha nue em Portugal, cujas fi-

nanças caminham para um estado pros-

pero, se supprima a magra verba com

que o governo concorre para o theatro

lyrico, ou pretende que este encargo

recaia só sobre a capital, que paga

mais do que nenhum outro município

para as despesas geraes?

Bem sabemos que este projecto mes-

quinho, pode lisongeiar as províncias,

mas não exprime decerto a justiça.

Tem estado incommodado de saúde

o nosso collega e excellente amigo Pi-

nheiro Chagas. Desejámos o seuprompto

restabelecimento.

A. oppo>ição apresentou um projecto

para a construcção do caminho de ferro

da Beira, e em verdade não achamos

que seja cara a garantia de juro, sen-

do, como reza o mencionado projecto,

de 5 por cento. Parece, que o gover-

no estava na idéa de apresentar no par-

lamento algum projecto sobre este as-

sumpto e auctorisa-nos a fazer este

juizo a portaria publicada ha pouco tem-

po, no Diário do Governo. Quem sa-

be, se a publicação d'aquella portaria

excitaria a opposição a apresentar, o

seu projecto, que nos não parece de

todo máo, mas que necessita de mais um

artigo, cm que se declare, que a compa-

nhia a quem for feita a concessão, seja

obrigada a fazer o deposito d'uma quan-

tia em dinheiro ou em inscripçõcs

FOLHETIM

Passeios na Província

POR EDUARDO COELHO

Le talent d'un auctcur est

de bicn defenir.

La Bruyére.

Os folhetins que deram origem ao

livro de Eduardo Coelho foram acolhi-

dos com estrondosos applausos. Ale-

grou-se a litteratura portugueza. A im-

prensa quer da capital quer das pro-

víncias occupou-se «Telles e do auctor

elogiando-os muito. E havia rasão para

ser assim. Porque a publicação de

Eduardo Coelho não era um mero ag-

gregadp de banalidades lançado no rez-

de-chaussée de um jornal para entreter

os ocios de leitores pachorrentos. Era a

rcvcllaçào circumstanciada de factos im-

portantes obtida pela mais reflectida e

minuciosa observação. Era uma collec-

ção de quadros admiravelmente dese-

nhados, singelos mas formosos, como

os quadros da escola flamenga, e co-

loridos pela bella linguagem classica

tão peculiar do auctor a que nos refe-

rimos.

Eduardo Coelho instado pelos seus

admiradores, quasi sob a pressão dos

seus amigos, reuniu aquelles folhetins e

impressionado pelo favoravel acolhi-

áqual perderá todo o direito, quando

a companhia não cumpra as condições

do contracto. E'o inverso d'aquella ce-

lebre multa, que o paiz pagou, a um

estrangeiro por não contractar com es-

te, um emprestimo !! Como tantas

concessões se teem feito, sem se realiza-

rem os contractos, é bom prevenir esta

hypothese.

CA NARA UERKDIT.I RIA

Àbriu-se a sessão ás 2 horas e um

quarto, teve a correspondência o de-

vido destino. O sr. prezidente decla-

rou que Sua Magesladc recebeu com

a costumada benevolência a deputação

encarregada de participar, queameza

da camara* estava constituída.

O sr. marquez de Vallada mandou

para a meza duas notas de interpclla-

ção. O sr. Martens Ferrão mandou para

a meza o parecer da com missão espe-

cial, encarregada de examinar a carta

regia, que elevou ao pariato o sr. vis-

conde do Seisal, e bem assim um re-

auerimento do sr. Sequeira Pinto, pe-

dindo para tomar assento na camara,

como successor de seu pae. O sr. vis-

conde de Chancelleiros, mandou para

a meza o requerimento do sr. viscon-

de de Condeixa, para tomar assento

na camara como successor de seu pae.

Foram nomeadas as commissões, que

devem examinar estes dois requeri-

mentos. O sr. Gamboa e Lis rôandou

para a mesa o parecer da commissão

encarregada de examinar o requeri-

mento do sr. conde da Bibeira Grande.

O sr. bispo de Lamego mandou para

a mesa o parecer da commissão encar-

regada de examinar o requerimento do

sr. conde de Rio Maior. O sr. viscon-

de d'Algés participou que o sr. conde

do Cazal Ribeiro não comparecia por

falta de saúde. O sr. visconde de Chan-

celleiros pediu para ser dado para or-

dem do dia o parecer n.° 37. O sr.

marquez de Niza declarou que dezeja

entrar no debate com respeito á questão

do registro. A primeira sessão terá logar

na terça feira, sendo a ordem do dia a

aprezentação de pareceres.

CAMARA EI.KCTIVA

Reuniu se acamara á 1 hora da tar-

de. estando prezentes quarenta e sete

senhores deputados. A correspondên-

cia teve o competente destino. O sr.

Eduardo Tavares declarou que se es-

tivesse prezente votaria a moção do

sr. Barros e Cunha. O sr. ministro da

fazenda renovou a iniciativa da propos-

ta de lei, sobre a troca de bonds que

haviam sido queimados pertencentes

a differentes súbditos irlandezes. O sr.

Pinheiro Borges declarou, que se es-

tivesse prezente assignaria o projecto

de lei aprezentado pelo sr. Pereira de

Miranda, para acabar com os grémios

de classe. O sr. Barros e Cunha apre-

zentou dois projectos um extinguindo

o consolado de l.a classe em Ham-

burgo passando o serviço consular a

ser feito e retribuído como o era an-

tes da transferencia do consolado de

Cadiz; o segundo supremindo a verba

de 23:010:000 réis, descripta no orça-

mento dos estrangeiros para despezas

extraordinariasdelegaçõeseconsulados

e a de 1:720:000 réis, para despezas

rezervadas. O sr. Candido de Moraes

chamou a atlcnçãodo sr. ministro das

obras publicas acerca do estado das

obras do porto de abrigo na cidade da

Horta. O sr. ministro das obras publi-

mento que elles obtiveram do publico,

deu-lhes maior desenvolvimento e re-

construiu um volume. E' pois d'esse vo-

lume, nitidamente impresso na typogra-

phia Universal, esahidoha poucos dias

ã luz da publicidade, de que nos va-

mos occupar. Tem por titulo Passeios

na Provinda c divide-se em trez jor-

nadas: — De Lisboa a Vizeu—Até Co-

vilhã—A' Marinha Grande. Em todos

aquelles passeios o intelligente viajante

leva comsigo o leitor fazendo-o admi-

rar sitios piltorcscos, narrando-lhe len-

das, mostrando-lhe fabricas, descreven-

do-lhe processos industriaes, pintando-

Ihe paizagens, e desenvolvendo diver-

sos pontos hisloriços com notável eru-

dição, mas sem deixara amenidade do

estylo.

Não lhe esqueceram também as ne-

cessidades dos povos que visitou. A

bella alma de Eduardo Coelho não

pgderia deixar de manifestal-as, con-

docr-see interessar-se por ellas. E' por

isso que nào omitle nenhuma, quer di-

gam respeito á cidade ou á mais in-

significante aldeia.

Não perde occasião de recrear e

instruir o leitor. Assim referindo-se ao

Castello de Lousã não quiz passar cm

silencio os amores legendários de D.

Violante e de Egas Moniz Coelho, so-

brinho ao que parece do grande Egas,

que foi avo do fundador da monar-

chia, e transcreve aquella canção, uma

cas deu algumas explicações. O sr.

Teixeira declarou estar instalada a com-

missão de fazenda. O sr. José Lucia-

no requereu a copia do documento pelo

qual o governo foi informado de que

se achava pronunciado um par do rei-

no, n'um dos districtos criminaes de

Lisboa, renovou a iniciativa do seu pro-

jecto da reforma da carta, e fez consi-

derações a respeito da ultima nomeação

do sr. Carrilho. O sr. ministro do rei-

no e o sr. ministro da fazenda deram

exnlicações.

Na ordem do dia foram eleitos para

as commissões de instrucção publica,

e obras publicas, os mesmos indivíduos

que foram membros d'ellas na sessão

passada.Levantouseasessãoás 4 horas.

NOTICIAS DE MACAU

Por uma carta vinda de Macau em

deta de 12 de novembro ultimo, infor-

mam-nos da seguinte importante no-

ticia :

O assumpto aue mais preoccupa a

attenção do publico é a resolução que

o governo chinez tomou de elevar os

direitos sobre o chá que se exporta

para Macáu a três taeis por pico, em

logar de um taci e meio que antes se

pagava, e esse augmento de direitos

tem feito cessar inteiramente a expor-

tação d'esse artigo para Macau. Aca-

bam de fallir quatro negociantes chins

que commerciavam em chá, deixando

gravemente lesados muitos dos impor-

tadores d'esse artigo; e actualmente

restam três negociantes de chá, os

3uaes comtudo terão necessariamente

e fechar os seus estabelecimentos, se

a exigencia do governo chinez, quanto

aos direitos, nào for modificada.

Se assim acontecer, cessará de exis-

tir o commercio do chá, que é

aliás um dos principaes ramos de

negocio. Na mesma carta se accres-

centa mais:

O commercio da emigração vae-se

também tornando rachitico; pois que

pelas medidas energicas adoptadas pelo

governo chinez, já nào vem emigran-

tes de Cantão, ao passo que d outros

pontos vem muito poucos pelo embara-

ço que encontram em seu transito.

Se não se empregar a tempo remedio

eflicaz para combater o mal, esta colo-

nia soffrerá muito no seu bem estar.

Números mais premiados na extra-

ção da loteria de Llespanha, que se ve-

rificou hontem 10 de janeiro.

7969,160:000 pesetas; 12:591,80:000;

2:023, 40:000; 11831, 20:000; 12:091,

16:961,12:625,10:897 com 10:000 pe-

setas; 7:968, 7:970 com 6:000 pesetas;

4630, 2144, 8954, 18908, 912,18593,

12186,4166,17052,316,17054,17456,

19524, 7102, 3003, 8633, 1709,5288,

7700, 4357 com 3:000 pesetas.

Foi nomeado secretario geral do go-

verna civil de Leiria o sr. dr. Custo-

dio Joaquim Freire.

Foi creada uma cadeira de ensino

primário para o sexo masculino na fre-

guezia de Casal d'Ermio, concelho da

Louzã, com o subsidio de casa e mo-

bília oflerecido pela respectiva junta

de parochia.

O vapor Cintra, que encalhou á en-

trada da barra do Porto, já está alli-

viado de todo o carregamento, carvão,

massame e velame, e ha esperanças

de o pôr a nado nas marés vivas. O

das mais antigas, e que Miguel Leitão

de Andrade, Faria e Sousa, e outros es-

criptores attribuem ao infortunado tro-

vador portuguez:

Fincaredes bos embora

Taom coitada

Que ei boi-me por hi fora

De longada.

Diga-se porém de passagem, que o

illustre escriptor não se mostra propen-

so a crer em tão remota origem. EITecti-

vamente ha motivos para julgar aquella

canção posterior a Egas Moniz, eé so-

bre modo acceitavel a opinião que a

altribue a algum trovador da época da

decadencia da escola provençal entre

nós, que indagasse o caso e escolhesse

aquelle assumpto, para cantar no ple-

clro.

Já que tocámos n'este ponto não nos

esqueçamos também dos Amores da Cava

e a tradicção referida por alguns dos

nossos escriptorcs, de que a formosa

filha do conde Julião nascera na Co-

vilhã.

Eduardo Coelho depois de narrar com

muita naturalidade e elegancia aquella

lenda e de mostrar mais uma vez a

sua brilhante erudição, concilie engra-

çadamente dizendo:

«Seja embora mera invenção, é bo-

nita, e não faz mal a ninguém acre-

dital-a. Para que ser cruel com aspe-

vapor não .az agua, e ficou só com os

mastros reaes.

Ha poucos dias travou-se o seguinte

dialogo n'uma parochia proximo de

Lisboa:

—O que faz agora seu irmão padre?

—Diz missa todas as manhãs.

—E á tarde?

—Não sabe o que diz.

Garantimos a anedocta.

O sr. Joaquim José Alves, verea-

dor fiscal da camara municipal de Lis-

boa pediu a demissão do cargo de fis-

cal. A camara nào lh'a concedeu.

Não entrou hontem, 10, embarcação

alguma no porto de Lisboa.

Sairam:

Vapores francezes «Perseverance» e

«Senegal».—Vapor hespanhol «Elvi-

ra».

Em Cordova houve uma grande ma-

nifestação popular a favor das refor-

mas dê Porto-Rico.

Foi premovido á elíectividade da ca-

deira ae ensino primário da freguezia

de Senhorim, concelho de Nellas, o

temporário Antonio d'AlmeidaLoureiro.

AS ULTIMAS GUERRAS

Acaba de publicar-se em Berlim n'um

semanario illustrado, que se intitula A

folha militar prussiana, um curioso

estudo comparativo ácerca dos effeitos

do tiro, com abundantes dados extra-

hidos dos tristes resultados das ultimas

guerras:

Na campanha do Scheleswing-IIols-

tein, em 1864, os dinamarquezes per-

deram 10.000 homens da seguinte ma-

neira:

10 por cento pelo fogo da artilhcria;

4 por cento por feridas causadas por

cidas, arma branca;

2 por cento por causas desconhe-

sulTocações etc. etc.;

8í por cento pelo fogo de espingar-

da de agulha.

Na guerra de 1866, entre esta nação

e os austricos, occorreram as seguintes

perdas:

Austríacos.—3 por cento pelo fogo

de artilheria;

4 por cento por feridas causadas com

arma branca;

3 por cento por causas desconhe-

cidas;

90 por cento pelo fogo das espingar-

das de agulha;

Prussianos.—16 por cento pelo fogo

de artilheria;

54 por cento por armas brancas;

79 por cento pelo fogo de infanteria.

Durante esta guerra o exercito prus-

siano queimou dois milhões de cartu-

chos para pôr fóra de combate 30.000

austríacos e saxonios, do que se conclue

que os tiros alcançam o inimigo na pro-

porção de 1V2 Por cento.

Esta mesma proporção se observa

nos resultados da guerra contra a Di-

namarca.

Na ultima guerra franco-allemã, as

perdas dos francezes, que subiram a

100.000 homens, dão esta proporção:

70 por cento pelo fogo de infanteria;

25 por cento pelo de artilheria;

5 por cento por arma branca.

Os allemães que tinham 110 começo

da guerra mais de 180 milhões de car-

tuchos, queimaram 25 milhões, do que

resulta que 0,28 por cento de seus ti-

ros alcançaram o inimigo.

tas do passado, se o presente nos está

ahi vendendo também a toda a hora

gato por lebre? Uma mentira poética

é suave e entretem.»

Mas aonde mais se patenteia o gran-

de talento de observação de Eduardo

Coelho, e a grande facilidade que tem

em descrever c, sem duvida, quando

se refere á industria da Covilhã, ci-

dade aonde segundo a expressão do

autor, ha verdades eloquentes do traba-

lho nacional. O quadro da actividade

d'aquella cidade é um dos melhores e

diflicilmente poderá ser eguala'io.

Ao lel-o, o enlhusiasmo que se apo-

derou do escriptor-viajante ao contem-

plar aquelle pulsar vigoroso, aquelle

movimento fabril infatigavel da cidade

mais industrial do reino, passa para a

alma do leitor. Vem depois as des-

cri peões dos processos fabris acompa-

nhadas de observações sempre sensa-

tas, que interessam, elucidam e agra-

dam.

O despreso e apartamento das mes-

quinhas ambições politicas, transluz em

diversos períodos. Eduardo Coelho ava-

lia-as em pouco e tem rasão.% «Depu-

tado para que? diz elle. Para (icar con-

taminado daspaixõesodientas que aque-

cem o seio c desvairam o grupo A,

ou das idéas mórbidas do grupo B.

ou das nevroses financeiras do minis-

tro C, ou dos apetites condecoratorios

do eleitor D?»

Além d'isso reuniram no interior da

França a massa enorme de 1.500 bo-

cas de fogo, e calculando com dados

verídicos que cada canhão disparou 50

tiros, deduz-se que 6 francezes foram

feridos por cada 100 tiros.

As perdas dos allemães dão esta pro-

porção:

5 por cento pelo fogo de artilheria;

2 por cento por arma branca;

9 por cento oelo fogo de espingardas

e metralhadoras.

Admittindo agora que o eITeito util

das metralhadoras esteja em relação de

1 a 20 com o de infanteria, aquella ul-

tima cifra póde-se desenvolver da se-

guinte fórma:

88 por cento pelo fogo de espingarda,

e 5 por cento pelo fogo das metralha-

doras,—resultando por tanto, que é

a que produz effeitos mais desastrosos

nas guerras modernas, como também

é a que mais soffre esses mesmos cruéis

effeitos.

Estes cálculos são apenas um extra-

cto muito resumido do curiosíssimo ar-

tigo que publicou o referido periodico,

escripto por um joven capitão de arti-

lheria do 3.° regimento prussiano.

Não queremos considerar a mulher

impecável nem defendel-a em absoluto,

mas estamos convencidos que a maior

parte do que se conta delias, não pas-

sa de calumnias, inventadas por despei-

tos, e que o mundo ávido sempre de

escandalos e cancans, acolhe como moe-

da corrente.

A seguinte theoria d'um notável

escriptor, explica de sobejo como

uma mulher perde muitas vezes a sua

reputação.

Uma senhora da sociedade, aceita

por desfastio a corte a um homem qual-

quer. O mundo elegante, que é sempre

aryos n'estas coisas, abre logo a sua

carteirinha de lembranças e escreve

adiante do nome d'essa senhora o alga-

rismo 1. — Tempos depois essas rela-

ções findaram e um tolo vulgar lem-

bra-se de cortejar também a dita se-

nhora. O mundo não liga importancia

ao tolo e colloca adiante do que já es-

creveu apenas um zero. Passados me-

zes, e quando os maldizentes no fim do

anno, procedem ao seu costumado ba-

lanço aas reputações alheias, abrindo a

carteira dos apontamentos, lèeni 10, por-

que haviam collocado o zero á direita

da unidade.

Esta theoria simplifica-se no seguinte

aphorismo:

—Um admirador tolo, pôde prejudi-

car mais a reputação d'uma senhora, do

que nove amantes com espirito.

Entretanto como os tolos, estiveram

e estão e continuarão a estar em voga,

segue-se, que a maioria dís mulheres

não acceitam o nosso aphorismo, nem

tão pouco fazem caso da theoria do ce-

lebre escriptor francez.

Falleceu na cidade da Horta o sr. Ni-

coláo Tolentino de Moura, 1.° official

da secretaria d'aquelle governo civil.

Era natural de Lisboa e contava 76 an-

nos de edade.

O sr. juiz de direito da comarca da

Terceira José Severino d'Avcllar, par-

tiu d'alli para S. Miguel, afim de se-

guir brevemente para Lisboa, em con-

sequência do seu estado de saúde lhe

não permittir demorar-se mais tempo

n'aquella comarca.

Eduardo Coelho soube também sem

por isso se tornar pesado tratar da

sciencia, no seu livro. São notáveis os

períodos cm que falia da formação geo-

lógica das montanhas graníticas, e quan-

do descreve a morte no gélo.

Bom patriota e pensador esclarecido

aponta por vezes os desperdícios de-

vidos á incúria nacional. Descrevendo

o pinhal de Leiria não lhe consente o

interesse pela prosperidade da patria

que não manifeste o seu assombro ao

ver 72:000 hectares occupados por

areaes incultos e medões da nossa cos-

ta, aonde se poderia plantar mais meia

dúzia de matas eguaes aquella, calcu-

lando a riqueza florestal e os grandes

benefícios que proviriam dahi ao es-

tado.

Emfim seria longo se quizessemos

apontar todos os bellos períodos do li-

vro de Eduardo Coelho, e referir os in-

teressantes assumptos de que ali se

tracta. Concluiremos pois com a aucto-

risada phrase do sr. visconde de Cas-

tilho, quando animava Eduardo Coelho

a colligir em livro os seus admiraveis

folhetins: «Ficará sendo obra cscripta

com desambiçào e todavia recommenda-

vel em summo grau pelo mericimento

cada vez mais raro de encontrar a sin-

geleza, que nào excluc nem impede as

formosuras aonde ellas acertam.»

J. de M.

Page 4: ANMK^lTI Ill EM I I -It O A - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1873-01-11/j-1244-g_1873-01-11_item2/j...ANMK^lTI Ill EM I I -It O A 300 réis Annuncios. linha, 20 rs. ! 900 » Publicações

ENIGMAS

ara carga ou passageiros irai

agencia, Rua (Io Alecrim, 10.-

íOteS, Garland i.aldley & C

TRAVESSA DE SANTA JUSTA, G5, 2.°

Esta agencia continua a receber annuncios, commu-

nicaios, correspondências e assignaturas para *o DIÁRIO

ILLUSTRADO.

O escriplorio acha-se aberto todos os dias não santifi-

cados, desde as 9 horas da manhã ás 7 da noite, e nos

dias santificados das 10 ao meio dia.

As encommcndas para este Almanack fazem-se dirigindo carta—A empreza

do ALMANACK DO POVO, run ci'.itniuia, «4. (ao Correio Geral)—Lisboa, e

tem abatimento, sendo para negocio, assim como se manda franco de porte

a quem enviar a sua importancia. 2

POZZOLANA dos açores

OU CIMENTO HYDRAULICO

yENDEM-SE desde 15 kilos até qualquer porção de metros cúbicos, no es-

V criptorio de Germano Serrão Arnaud, 84 Caes do Sodré 2.° andar, 3

COMPANHIA. REAL

T

Vencia «I© agua, frwetas c doce* nas cataçòe»

Desejando esta companhia dar de

arrematação a [acuidade de vender

agua, tructas e doces nas estações das

linhas de norte e Leste, em que não

haja bufletes permanentes, com exce-

pção da de Mogofores, recebe pro-

postas para este elTeito em cartas fe-

chadas, devendo a licitação ter logar

cm presença dos proponentes por cada

estação na repartiçao do movimento

e trafego enos dias abaixo indicados.

Estas propostas serão entregues na

referida repartição, na estaçao prin-

cipal do Caes dos Soldados, em Lis-

boa, até ao dia 23 do cori ente, e de-

verão trazer no reverso do sobres

cripto a seguinte indicação. «Proposta

para venda de agua, Tructas e doces

nas estações.»

As condições a que os licitantes

teem de satisfazer, acham-se patentes

na repartição do movimento e trafe-

•, e em todas as estações das linhas

, norte e Leste.

Dias em que deve ter logar a licita-

Ção: ^ , TX.

Dia 2G do corrente—Poço do Bispo

até Torres Novas, (inclusive).

Dia 27 do corrente—Payalvo até

Yalladares, (inclusive) .

Dia 28 do corrente—Barquiiibi até Elvas, (inclusive). ,

Lisboa, 12 de dezembro de 18/2.

O chefe do movimento e trafego—

H. Çucriol.

Fica prorogado até ao dia 15 de

janeiro proximo o praso indicado no

annuncio supra, para a recepção de

propostas, devendo eftectuar-se a li-

citação nos dias seguintes:

Dia 1G de janeiro—Poço do Bispo

até Torres Novas inclusive

Dia 17—Payalvo a Yalladares

Dia 18—Barquinha a Elvas.

£

Em quo serão abertas todas as pro-

postas incluindo as recebidas até hoje.

Lisboa, 23 de dezembro de 1872.

O chefe do movimento e trafego—

M. Çncrlol. 4

Collecção de problemas

PREÇO 100 BEIS.—Remette-se franco

de porte a quem mandar a impor-

tância em estampilhas ao editor da

Collecção de Problomas, rua da

4l&laia, G5. 5

Faz desa

A' ven

ipparecer em dois ou tres dias a caspa da cabeça. Preço do frasco 550 e 1&000 réis.

(la em Lisboa: Azevedo & Filhos, Rocio 31 e 32; Barral & Irmão, rua Áurea, 126; Carvalho, Rocio, 115; Lopes

da Silva, rua Áurea, 281. Os pedidos por gros- "IV &• 1

so e para exportação devem ser dirigidos a Va* praça DA ALEGRIA, 33 e 34. 8

Agencia de Annuncios

BASTOS & GONÇALVES

Rua dos Retrozeiros 159 2.°

Recebem annuncios e assignaturas

para o Diário niu«trado, jornal da

Noite, Diário dos Açores, Gazeta da

Beira (em Fornos de Algodres), Re-

volução de Setembro e Correio Ultra-

marino.

DeMContoM aos srs. annunclante*

Igualmente se recebem annuncios

para os mais 'ornaes de Lisboa. 6

Ilha da Madeira, Bahia,

Itio de Janeiro e San-

tos, recebendo lambem

carga para o Rio Gran-

de do Sul e Porto Ale-

ARA os portos

acima sairá no

dia 17 do corren-

te o paquete in-

( glez Martel, que

se espera de Liverpool em 10.

Para carga ou passagens, trata-se

na agencia, rua do alecrim, 10— Os

agentes, Gurland I.aldley & €.*

Bahia e Rio de Janeiro

iARA os portos

acima sairá no

dia 26 do corren-

te, o paquete in- t glez FlaniMtecd

que se espera de Liverpool eni 25.

Para Glasgow

O vaçor Ibéria

E!

na

agentes

PARÁ, iflRAHHÃO

e CEARÁ

iARA os portos

acima sairá no

dia 12 ou 13 do

corrente o paque

te inglez — A«n-

liroMtt, que se espera de Liverpool

em 12. Para carga ou passagens tra-

ta-se na agencia, rua do Alecrim, 10.

— Os agentes, Garland LaKiilcy &

c\ 11

iSPERA-SE de 10

a 11 do corren-

te, para sair de-

pois de indespen-

sável demóra,

Para carga trata-se no Caes do So-

dré 64.

Os Agentes

12 E. Pinto Banto & C.»

Bahia, Rio de Janeiro,

Montevideu c Buenos-

PARA os portos

acima sairá no

dia 20 do corren-

te o novo paquete

|! inglez Ruben*,

que se espera do Havre em 19.

Para carga ou passagens trata-se

na agencia rua do Alecrim, 10—Os

Agentes, Garland Laidlcy & C.»

Para Pernambuco

Descarregando dentro

do porto.

O A IRÁ no dia 24 O do corrente o

paquete inglez —

Turi«t, que se

espera de Liver-

pool a 23.

Para carga ou passagens trata-se na

agencia rua, do Alecrim, 10.=0s

agentes, Garland Laidley & C.a

WHITE STAR LINE

• » ■ ■ ■ ™ ■ - m m m k

Para o Rio de Janeiro, Montevideu,

Buenos-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Calláo

o de —

0s velozes vapores d'esta companhia tem excelleentes e espaçosas accom-

R0UPASetcaretcaS8a8:eirOS l°dâS 88 classcs e fornece-lhes VINHO, GAMA, Qnaesquer esclarecimentos necessários presta-os a agencia Daniel Snerue

® b.*, £[) a, rua do Alecrim. jg

DIÁRIO ILLUSTRADO

UMA NOIVA SOBRE BRAZAS!

O caso que se vae ler deu-se em

Londres: Uma dama já entrada em

annos, pretenciosa e coquette, conse-

guiu prender na rede dos seus encan-

tos, um joven estudante de direito, de

20 annos de idade. Deviam casar-se

em Whitechapel no dia de Natal, e a

pretendida noiva tinha convidado todos

os seus amigos e conhecidos para as-

sistirem á celebração das núpcias. A

reunião era numerosa. A terna esposa

dava idéa exacta de uma boneca de

capelista, tal era a quantidade de en-

feites que ostentava nos cabellos e no

vestido, sem contar cerca de dúzias

de lacinhos brancos, pretos, azues e

encarnados. Tudo ia l>em, mas o noivo

é que não apparecia!

O casamento estava marcado para

as 10 horas, só ao meio dia foi que

appareceu um mensageiro trazendo

uma formidável bandeja! dir-se-hia que

o noivo vinha ali!... Entre ramos de

flôres artificiaes, descançava um cesti-

nho, dentro (Telle, oh! deuses immor-

taes! vinha a certidão do baptismo da

noiva e a conta do dentista, de trez

dentes collocados na bocca da infeliz,

dias antes do casamento!

No fundo do cestinho estava uma

carta. Era de uma rapariga, dizendo

que o noivo resolvera ir com cila para os

Estados Unidos! A confusão foi geral.

A mísera noiva ficou furiosa e...não quiz

dar de almoçar aos seus convidados,

que ficaram ainda mais desesperados!

Vem agora a proposito dizer aqui como

Tasso: Nelle scuole d'amor, che non

s'apprende?

CHARADAS

1.'

Mais de uma sou e de reino

Mas não pessoa real;

E com parte d'um cadaver

Invizivel sou fatal.— 1

Se trocares a consoante

E depois se repetires

Toparás logo de frente

Bem com quem te divertires— 1

Esta agora de duas lettras

Em francez é conjunção— l

Porém esta que aqui vem

Da-te uma prepozição— 1

«É coisa atoleimada

seja ou não arrazoada.»

2.#

RcMpeltoMamonte

conflagrada ao patrlotlMino português

Pertence de direito ao rico Imporio

Que o Gama tam ousado descobrio;

E mais perto também, na velha Europa

No inverno é bastante prestadio

Faz parte da oração, ) .

E simples preposição, j

Com féros castelhanos a tivemos

Lá n'essa decantada Aljubarrota,

Onde a livre bandeira lusitana

A opposta deixou vencida e ròtaí

Salvei ó Deusa sacrosanta e bella,

Mimosa estrella—que do céu baixou

Possas tu sempre radiar profusa

Na patria lusa,—que por ti luctou!

Y. deL

3/

Se nas còres procurares

D'uma certa só metade

Esta primeira acharás

Sem muita difficuldade— l

Publicou-se o n.° 60 do Brasil con-

tendo muitas noticias do Rio de Janei-

ro e províncias, vindas pelo vapor Niger.

O paquete Caldera chegado ao Rio

de janeiro a 12 de dezembro ultimo,

transportou de Lisboa para ali 89 pas-

sageiros trabalhadores.

A galera portugueza Nova Fama //,

saida do Porto e chegada ao Rio de Ja-

neiro também a 12 de dezembro, con-

duziu 178 passageiros portuguezes.

A barca portugueza Camuoneza sai-

da do Porto e chegada ao Rio de Ja-

neiro a 17 de dezembro, conduziu 9í

pa&sageiros portuguezes.

Quer isto dizer que continua a emi-

gração portugueza para o Brasil em

larguíssima escala.

.0 desenvolvimento da importação

da alfandega do Funchal, no mez de

outubro foi de 55:981)^820 réis, va-

lores, produzindo 12:685^411 rs. em

direitos. De janeiro a outubro foi de

863:859&535 réis em valores, produ-

zindo 111:2640452 réis, em direitos.

O da exportaçào|foi no mesmo mez de

outubro de 9.300&000 réis em valo-

res, produzindo 127&857 réis em di-

reitos.

Foi nomeado alferes-mór <Jo reino o

sr. marquez de Sabugosa.

ALMANAK DO POVOiUPMSA IMANA Di HlACiO

CORRESPONDÊNCIA

Coimbra.—K.-Mande-nos as explicações

das charadas, que provavelmente não nos

enviou por esquecimento.

LOGOGRIPHO

A segunda mais a quinta

Fal-o sempre o bom arado;

A primeira com a quarta

E bolo mas azeitado.

Prima solta e a segunda

E bem medida estrangeira;

A quarta depois da tercia

Uza a confraria Inteira;

Esfa mesma apoz a ultima.

Faço sempre ao meu creado;

Inda a tal e a do centro,

E lã fora muito uzado.

Quinta e prima somente

E nossa mas é alem; Segunda e tercia ligadas

Póue ficar mal ou bera

Leitores quereis um conceito

Que os deixe illuminados:

Foi o todo quasi theatro

D'innocentes e culpados.

Augusto Simas.

ESPECTÁCULOS

HOJE

THEATRO DE S. CARLOS-O Beneficio do

Fiscal que devia ter lugar hoje 11 fica trans-

ferido para terça feira 14 do corrente.

THEATBO DE D. MARIA—Beneficio—A

gadinha de Yalflor—A greve dos Srs.

beiros.

A's 8 horas.

THEATRO DA TRINDADE—0 Sargento Frede-

rico—O Tio Braz.

A's 8 horas.

THEATRO DO GYMNASIO — Uma Receita

Homceopathica—0 Cantor cosmopolita—No

Campo—Entre casados. A's 8 horas.

THEATRO DO PRINCIPE RKAL-Beneflcio. O

Corsário Negro—Tribulações dum carteiro.

A's 8 horas.

CASINO LISBONENSE—Concerto

panhia lyrica franceza.

THEATRO POPULAR D'ALFAMA—O Vestido

rasgado—Como o diado as teçe—Casamento

feito á pressa—Sombra de um marido—Dez

contos.

Impr. de Sousa Neves, rua da Atalaya 65

ANTIGA

AGENCIA DE ANNUNCIOS

ALFREDO VALAD1N

PARA 1873

DECIMO QUINTO ANNO DE PUBLICAÇÃO

PREÇO 40 RÉIS

Para o Rio de Janeiro, IVIontevidao, Buenos

Ayres, Valparaizo, Arica, Islay e Callao.

O paquete SO RATA em 14 de janeiro

PAQUETES DATAS DAS SAÍDAS

mo rata Terça-fejra 14 de janeiro

magkllaiv Terça-feira 21 de janeiro

ciumhorazo Terça-feira 28 de janeiro

Patagonia Terça-feira 4 de fevereiro

Cordillera Terça-feira II de fevereiro

caro.v\e Terça-reira 18 de fevereiro

aracca!%ba Terça-feira 25 de fevereiro ACOffCACVA Terça-feira 3 de março.

Para Pernambuco e Bahia

0s paquetes, magellam que devesahirem2t dejaneiro, patagonia

em 4 de fevereiro? Caronnb em 18 de fevereiro, acoacagua em 3 de

março, fazem escala por Pernambuco e Bahia, para onde recebem somente

assa^eiros.

TEEM muito boas e bastantes accommodações para passageiros de todas

as classes.

Todos os mais esclarecimentos prestam-se na agencia, caes do Sodré, 64.

Os agentes—E. Pinto Basto & C.*

Á Bandeira nota bem

Índa de certo ligada—1

signal d'orthographia— 1

Aqui tens toda a charada.

0 meu todo queres saber?

Procura com attençào.

Acharas na humanidade

Muita e muita profusão

J. L.

CHARADAS NOVÍSSIMAS

1.*

Faz mal e faz bem— 3 e 1

(Da sociedade dos homens de bem)

2.* •

Procura o que assopra, para um lado e para

o outro— 2e 2

(Da sociedade dos homens de bem)

EXPLICAÇÕES DO NUMERO ANTECEDENTS

VAPOR PAIIA OS AÇORES

Para M. Miguel, Terceira. GrnclOffa, N. Jorge «

Fayal wal no dia tio corrente á* l« horuiv da

manha o vupor ln*uluno, coniniandnnte Antonio

TcIIcn Mucliado. Rccclic carga e pa»»agclroA.

Agencia no Cae* do Madre, n.® *4 • • andar.

O agente.=€ierniaiio Kerruo Arnaud

X

K K K

K 1)0

(Da sociedade dos homens de bem).

Charada»; 2.»Boquillia—3.» Mirabeau

—4.* Uropigio—5.â Aereonauta—6.»Tremoço. Charada» de nova reforma.—1.» Pcce-

go—2.° Remonte.