Antibioticoterapia Em Infecções Comunitárias SBP - 3ed - 20143

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  • 7/24/2019 Antibioticoterapia Em Infeces Comunitrias SBP - 3ed - 20143

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    Captulo

    Luiza Helena Falleiros Arlant

    Cristiana Maria Costa Nascimento de Carvalho

    Cristina Cruz

    Lda Lcia Moraes Ferreira

    3.2

    Antibiticos em Infeces Comunitrias

    Dos produtos farmacuticos disponveis, foram se-lecionados os mais utilizados na prtica clnica em in-feces comunitrias.

    Betalactmicos Clssicos

    Penicilinas e cefalosporinas; penicilinas; penicilinasnaturais: conhecidas como G e V.

    Penicilina G cristalina

    Pico de nvel srico: 20 a 40 mcg/mL; biodisponibilidade: no se aplica (so de utilizaovia parenteral);

    excretada de forma inalterada: 80%; meia-vida srica: 0,5 a 5,1 h; ligao proteica: 65%; penicilina G potssica contm: 1,7 mEq K/g; penicili-

    na G sdica contm: 2 mEq Na/g; modo de eliminao principal: renal; fazer ajustes se houver insuficincia renal, conforme

    o clearancede creatinina;

    fazer suplementao de doses aps dilise peritoneal,hemodilise e hemofiltrao contnua; insuficincia heptica independentemente da gravi-

    dade no altera a dose; segurana na gravidez: B; penetrao em LCR da penicilina G (exceto benzati-

    na, procana e penicilina V, as quais no devem serutilizadas em infeces de sistema nervoso central): 5a 10% (nveis considerados potencialmente teraputi-cos para o pneumococo suscetvel penicilina espe-cificamente em infeces do sistema nervoso central,conforme padro definido em 2008). Penetrao me-nor em meninges no inamadas;

    penetrao em bile: 500%;

    interaes medicamentosas: probenecida e sulfimpi-razona (aumentam nvel de penicilina G); adminis-trao simultnea da penicilina G potssica com diu-rticos poupadores de potssio ou inibidores daenzima de converso da angiotensina II pode favore-cer acmulo de potssio;

    eventos adversos: as penicilinas, especialmente as dotipo G, so as mais importantes causadoras de rea-es de hipersensibilidade; a anafilaxia a reaomais grave, podendo ser fatal em at 10% dos casos.No h produtos disponveis para testes de pele no

    Brasil, precedendo a aplicao da benzatina, impor-tante causadora do quadro. As penicilinas podemacarretar reaes urticariformes, exantemas de diver-sos tipos, eritema multiforme, sndrome de Stevens--Johnson, doena do soro e febre por droga. Pruridosfrequentemente acompanham as manifestaes depele. Reaes de sistema nervoso central, como con-vulses e mioclonias, podem acompanhar um pa-ciente tratado com mais de 20.000.000 U/dia de peni-cilina cristalina. Anemias hemolticas com teste deCoombs positivo so raras, porm graves. Emboramuito raramente, mas em decorrncia da hipersensi-bilidade, a penicilina G pode ocasionar ites, como

    pneumonites, nefrites e hepatites. Reao de Jarisch--Herxheimer pode ocorrer no tratamento de espiro-quetoses, como sfilis e doena de Lyme;

    incompatibilidade em solues contendo eritromici-na, aminoglicosdeos, heparina, tetraciclina, tiopen-tal, aminofilina e bicarbonato de sdio.

    Espectro de ao microbiolgico

    Para Gram-positivo, as penicilinas G cristalinas tmmelhor eficcia contra: Streptococcusgrupos A, B, C e G,alm de S. pneumoniaee S. milleri, o que no ocorre con-

    tra o estreptococo grupo viridans. Tm melhor atuao

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    contra o Enterococcusfaecalis que sobre o E. faecium.No atuam contra o Staphylococcusepidermidise contrao S. aureusprodutores de betalactamases. Atuam contraa Listeria monocytogenes. No atuam sobre Gram-nega-tivos, exceto Pasteurella multocida. Apenas a penicilinaG (e no a V) tem atuao sobre Neisseria meningitidis,Neisseria gonorrhoeae no produtora de betalactamases,Haemophilus ducreyie Treponema pallidum. Quanto aosanaerbios, tm boa atuao sobre Peptostreptococcusspe Clostridiumsp. Atuam sobreActinomyces, mas no tmboa atuao em Clostridiumdifficile, embora possam co-brir esse agente em infeces mistas plvicas e intra-ab-dominais. No atuam sobre micro-organismos conside-rados atpicos. So altamente sensveis produo debetalactamases, ou seja, no atuam sobre micro-organis-mos produtores de betalactamases.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis: sep-se, pneumonia, endocardite, meningite, sfilis, infecode pele e de tecidos moles e erisipela.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    50.000 a 100.000 U/kg/dia, a partir do primeiro msde vida, administradas a cada 4 ou 6 h, podendo al-canar mximo de 6 a 20 milhes U/dia no adulto, acada 4 ou 6 h;

    doses para meningite: 200.000 a 400.000 U/kg/dia,

    administradas a cada 4 ou 6 h; doses para pneumonia: 200.000 U/kg/dia, adminis-tradas a cada 6 h.

    Penicilina G procana

    para utilizao via IM, no sendo necessrios ajus-tes em funo renal alterada;

    segurana na gravidez: B. no deve ser usada em infeces de sistema nervoso

    central (baixa penetrao); eventos adversos e interaes medicamentosas: basi-

    camente os mesmos das penicilinas cristalinas.

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivo: basicamente o que foi referido noitem penicilina cristalina, Neisseria gonorrhoeae noprodutora de betalactamases e Treponema pallidum.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis por

    esses agentes: pneumonia pneumoccica, faringite e ce-lulite estreptoccicas, sfilis e gonorreia.

    Doses usualmente indicadasem pediatria

    25.000 a 50.000 U/kg/dia, administradas a cada 12ou 24 h.

    Penicilina G benzatina

    para utilizao via IM, no sendo necessrios ajus-tes em funo renal alterada. A administrao EVinadvertida pode causar tromboembolismo, paradacardaca e morte;

    mantm nveis sricos baixos e constantes por at trssemanas;

    segurana na gravidez: B.; no deve ser usada em infeces de sistema nervoso

    central (baixa penetrao); eventos adversos e interaes medicamentosas: basi-

    camente os mesmos das penicilinas cristalinas.

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivos: basicamente Streptococcus pyoge-nes e Treponema pallidum.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas por esses agentes: faringite,impetigo estreptoccico, profilaxia de febre reumtica e

    sfilis.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    Pacientes com 27 kg ou menos: 50.000 U/kg, dosenica (mximo: 600.000 U).

    Pacientes com mais de 27 kg: 1.200.000 U/IM, dosenica ou a cada 2 a 4 semanas, conforme a patologia.

    Penicilina V

    Pico de nvel srico: 5 mcg/mL; biodisponibilidade: 60%; excretada de forma inalterada: 80%; meia-vida srica: 0,5 a 8 h; ligao proteica: 70%; potssio: 2,8 mEq K/g; modo de eliminao principal: renal; no h necessidade de ajustes em insuficincia renal

    e/ou dilise; segurana na gravidez: B; no deve ser usada em infeces de sistema nervoso

    central (baixa penetrao); eventos adversos: basicamente os mesmos da penici-

    lina G. Potencial menor de anafilaxia; administrar 1 h antes ou 2 h aps as refeies.

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    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivo: basicamente o que foi referido paraa penicilina cristalina, especialmente Streptococcuspyo-genes.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas por esses agentes: faringiteestreptoccica, erisipela, profilaxia da endocardite eprofilaxia da febre reumtica.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    Via oral: 25.000 a 50.000 U/kg/dia, em trs a quatrovezes (mximo: 500.000 a 1.000.000 U/dia, a cada 4 ou6 h).

    Isoxazolilpenicilinas

    So as penicilinas penicilinase-resistentes, das quaiso Brasil dispe da oxacilina, essencialmente antiestafilo-ccica.

    Oxacilina

    Pico de nvel srico: 140 mcg/mL; biodisponibilidade: no se aplica ( de utilizao via

    parenteral); excreo da droga: 50% por metabolismo heptico; meia-vida srica: 0,5 a 1 h; ligao proteica: 94%; contm sdio: 3,1 mEq/g; modo de eliminao principal: renal, sem necessidade

    de ajustes em insuficincia renal e dilise; em insuficincia heptica moderada ou grave, reduzir

    a dose; segurana na gravidez: B; penetrao em LCR: 9 a 20%, sendo maior em me-

    ninges inamadas; Mediante altas doses IV, alcanapotenciais nveis teraputicos liquricos;

    penetrao em bile: 25 a 100%; eventos adversos: exantema, leucopenia, febre por

    droga, nefrite intersticial, aumento de transaminases. interaes medicamentosas: probenecida diminui ex-

    creo renal e aumenta nvel srico da droga.

    Espectro de ao microbiolgico

    Embora possa atuar sobre Streptococcus pyogeneseStreptococcus pneumoniae (atuao menor que das ou-tras penicilinas), seu benefcio incontestvel sua efic-cia sobre os Staphylococcus aureus produtores de beta-

    lactamases, j que uma droga altamente estvel produo dessas enzimas. No atua sobre Staphylococ-cus aureus meticilina-resistentes nem sobre Enterococ-cussp. No atua sobre Gram-negativo, sobre atpicos esobre anaerbios.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos estafilococcos produto-res de betalactamases, oxacilina-suscetveis (meticilina--suscetveis).

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    50 a 400 mg/kg/dia, a cada 6 h (mximo de 12 g/dia), reservando-se a dose de 400 mg/kg/dia para infec-es de sistema nervoso central.

    Aminopenicilinas

    Amoxicilina via oral

    Pico de nvel srico: 4 a 5 mcg/ml; biodisponibilidade: 90% ( de utilizao via oral); excretada de forma inalterada: 80%; meia-vida srica: 1,2 a 16 h; ligao proteica: 17%; quantidade de sdio: 2,7 mEq/g; modo de eliminao principal: renal;

    fazer ajustes se houver insuficincia renal, conformeo clearancede creatinina; fazer suplementao de doses aps dilise peritoneal,

    hemodilise e hemofiltrao venovenosa contnua. insuficincia heptica, independentemente da gravi-

    dade, no altera a dose; segurana na gravidez: B; penetrao em LCR em meninges inamadas: 13 a

    14%. Penetrao em meninges no inamadas: 1%.No utilizada em infeces de sistema nervoso cen-tral;

    penetrao em bile: 3.000%; interaes medicamentosas: alopurinol (aumenta fre-

    quncia do exantema). Probenecida e dissulfiram po-dem elevar o nvel srico. Pode diminuir nvel de con-traceptivos orais;

    eventos adversos: exantemas e todo o quadro de aler-gia j descrito para as penicilinas G; diarreia; vmi-tos; febre por droga; e aumento de transaminases.

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivo: StreptococcusA, B, C e G, incluindoo S. pneumoniae; eficcia menor para o estreptococogrupo viridans. Atua sobre Enterococcus faecalis e fae-

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    ciume sobre Listeriamonocytogenes. No atua sobre es-tafilococos produtores de betalactamases nem sobre oschamados meticilino-resistentes. Gram-negativos: Neis-seria meningitidis; Haemophilus influenzaeno produtorde betalactamases; Pasteurella multocida; Proteus mira-bilisparece responder melhor que E. coli, Klebsiella sp,Shigella sp e Salmonella sp. Anaerbios: Actinomyces,Peptostreptococcus sp e Clostridium no difficile. Alta-mente sensvel produo de betalactamases, ou seja,no atua sobre micro-organismos produtores de beta-lactamases, Gram-positivos ou Gram-negativos.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis: in-feces de vias areas superiores e inferiores adquiridasna comunidade, como otites mdias agudas, sinusitesagudas, pneumonia e faringoamigdalite bacteriana; in-

    feco urinria; febre tifoide; gonorreia; profilaxia deendocardite bacteriana.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    25 a 50 mg/kg/dia, administradas a cada 12 horas(mximo 3.000 g/dia). Esta dose a recomendada parainfeces causadas por pneumococos suscetveis peni-cilina conforme os novos padres de sensibilidade con-siderados a partir de 2008.

    Para infeces causadas por pneumococos resisten-tes penicilina (resistncia intermediria ou plena con-

    forme os novos padres de sensibilidade considerados apartir de 2008), a dose recomendada de 80 a 90 mg/kg/dia, a cada 12 horas. A indicao clnica especialmentepara os grupos de alto risco para infeces causadas porpneumococos de alta resistncia, por exemplo, crianasfrequentadoras de creches, crianas com menos de 2 anosde idade, principalmente aquelas que receberam antibio-ticoterapia nos ltimos trs meses, em especial no ltimoms, crianas imunodeprimidas, etc.

    Ampicilina (para utilizao IV e via oral)

    Pico de nvel srico: 48 mcg/mL (IV) 5 mcg/mL (VO); biodisponibilidade: 40%; excretada de forma inalterada: 90%; meia-vida srica: 0,8 a 10 h; ligao proteica: 20%; quantidade de sdio: 2,7 mEq/g; modo de eliminao principal: renal; fazer ajustes se houver insuficincia renal, conforme

    o clearancede creatinina; fazer suplementao de doses aps hemodilise e he-

    mofiltrao contnua venovenosa; penetrao em meninges no inamadas: 1%; em me-

    ninges inamadas: 13 a 14%;

    penetrao em bile: 3.000%; insuficincia heptica mesmo severa grave no altera

    a dose; segurana na gravidez: B; interaes medicamentosas: alopurinol (aumenta fre-

    quncia do exantema); eventos adversos: exantemas e todo o quadro de aler-

    gia j descrito para as penicilinas G; aumento da inci-dncia do exantema em pacientes com EBV, HIV, leu-cemias linfocticas ou em uso de alopurinol; diarreia(inclusive colite por Clostridiumdifficile); vmitos; fe-bre por droga; e aumento de transaminases. Alto po-tencial alrgico. Se a aplicao for intravenosa e rpi-da, pode causar convulses;

    incompatibilidade em solues contendo: anfoterici-na B, heparina, corticosteroides, eritromicina, ami-noglicosdeos, metronidazol, clindamicina, cloroqui-na e aztreonam.

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivo: StreptococcusA, B, C e G, incluindoo S. pneumoniae; eficcia menor para o estreptococogrupo viridans. Boa atuao sobre Enterococcus faecalisefaeciume Listeriamonocytogenes. No atua sobre esta-filococcos produtores de betalactamases nem sobre osoxacilina-resistentes. Gram-negativo: Neisseria meningi-tidise N. gonorrhoeae; Pasteurella multocida; Proteus mi-rabilisparece responder melhor que E. coli, Klebsiellasp,Shigella sp, Salmonella sp e Haemophilus influenzae.Anaerbios: Actinomyces, Peptostreptococcus sp e Clos-

    tridiumno difficile.

    Indicaes clnicas

    A formulao oral de ampicilina tem baixa absoroe provoca mais diarreia que a aplicao IV. Deve sersubstituda pela amoxicilina. A formulao IV tem ex-tensa aplicao em vrias infeces em pediatria, infec-es provocadas pelos agentes anteriormente referidos,infeces de vias areas superiores e inferiores adquiri-das na comunidade, como otites mdias agudas, sinusi-tes agudas, pneumonia e faringoamigdalite bacteriana,

    alm de infeco urinria, febre tifoide e gonorreia. droga de escolha na maioria das infeces enteroccicase na meningite por N. meningitidis. Na sepse, em geral, associada a outros antibiticos.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    As doses aqui reportadas so para aplicao IV.50 a 400 mg/kg/dia, a cada 6 h (mximo de 12 g/

    dia), conforme a infeco e a gravidade desta. As dosesmais altas so para o tratamento de meningites menin-goccicas.

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    Carbenicilinas

    As carbenicilinas no so utilizadas em infeces ad-quiridas habitualmente na comunidade, de tratamen-to domiciliar;

    as ticarcilinas no so utilizadas em infeces ad-quiridas habitualmente na comunidade, de trata-mento domiciliar (ver associao com inibidor debetalactamases).

    Ureidopenicilinas

    Deste grupo, o Brasil dispe da piperacilina,que no utilizada em infeces adquiridas habitualmente nacomunidade, de tratamento domiciliar (ver associaocom inibidor de betalactamases).

    Associaes de Penicilinas comInibidores de Betalactamases

    Amoxicilina/clavulanato

    De uso oral. Existem trs formulaes de amoxicili-na/clavulanato no mercado farmacutico: formulao tradicional, primeira a ser lanada, cuja

    proporo , aproximadamente, de quatro partes deamoxicilina para uma parte de clavulanato;

    formulao BD, cuja proporo cerca de sete partesde amoxicilina para uma parte de clavulanato;

    formulao ES, cuja proporo em torno de 14 a 16

    partes de amoxicilina para 1 parte de clavulanato; sero abordadas apenas as formulaes BD e ES.

    Formulao BD uso oral

    Pico de nvel srico: 11,6 a 2,2 mcg/mL; biodisponibilidade: 90%/60%; excretada de forma inalterada: 80 a 40%; meia-vida srica: 1,3 a 16 h/[1/2 h]; ligao proteica: 60%/30%; modo de eliminao principal: renal; fazer ajustes se houver insuficincia renal, conforme

    o clearancede creatinina; fazer suplementao de doses aps hemodilise e he-

    mofiltrao venovenosa contnua; insuficincia heptica, independentemente da gravi-

    dade, no altera a dose; segurana na gravidez: B; penetrao em LCR atravs de meninges inamadas

    e em meninges no inamadas: 1%. No para utili-zao em infeces de sistema nervoso central.

    penetrao em bile: 3.000%; interaes medicamentosas: alopurinol (aumenta fre-

    quncia do exantema). Probenecida e dissulfiram po-dem elevar o nvel srico. Pode diminuir nvel de con-

    traceptivos orais;

    eventos adversos: exantemas e todo o quadro de aler-gia j descrito para as penicilinas G; diarreia; vmi-tos; febre por droga; e aumento de transaminases.

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivo: StreptococcusA, B, C, G, incluindo oS. pneumoniae; eficcia menor para o estreptococo viri-dans. Atua bem sobre Enterococcus faecalis e faecium.Atua sobre estafilococos produtores de betalactamases(pela presena do clavulanato), mas no atua sobre osoxacilina-resistentes. Gram-negativo: Neisseria meningi-tidise gonorrhoeae, Moraxella catarrhalis, Haemophilusinfluenzae produtor de betalactamases, Haemophilusducreyi, Pasteurella multocida, Proteus mirabilis e vulga-ris, E. coli, Klebsiellasp, Shigellasp, Salmonellasp. Pare-ce atuar melhor sobre Providencia sp e Aeromonas spque sobreMorganellasp e Yersiniaenterocolitica. Anae-

    rbios:Actinomyces, Bacteroides fragilis, Peptostreptococ-cussp e Clostridiumno difficile.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas por esses agentes: infeces devias areas superiores e inferiores adquiridas na comu-nidade, como otites mdias agudas, sinusites agudas,pneumonia e faringoamigdalite bacteriana; infecourinria; febre tifoide; e gonorreia. Tambm indicadapara profilaxia de endocardite bacteriana.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    25 a 50 mg/kg/dia, a cada 12 h. Esta dose a reco-mendada para infeces causadas por pneumococossuscetveis penicilina, conforme os novos padres desensibilidade considerados a partir de 2008.

    Para infeces causadas por pneumococos resisten-tes penicilina (resistncia intermediria ou plena, con-forme os novos padres de sensibilidade considerados apartir de 2008), a dose recomendada de 80 a 90 mg/kg/dia, a cada 12 h. A indicao clnica especialmentepara os grupos de alto risco para infeces causadas por

    pneumococos de alta resistncia, por exemplo, crianasfrequentadoras de creches, crianas com menos de 2anos de idade, principalmente aquelas que receberamantibioticoterapia nos ltimos trs meses, em especialno ltimo ms, crianas imunodeprimidas, etc.

    Formulao ES proporo aproximada de 14 a 16:1

    uso oral

    Esta formulao tem essencialmente as mesmas in-dicaes que a formulao BD, porm em condies cl-nicas nas quais a amoxicilina deve ser usada na dose de

    80 a 90 mg/kg/dia, divididos a cada 12 h. Essa dose in-

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    dicada basicamente nas infeces causadas pelo pneu-mococo de resistncia plena, nas indicaes clnicas co-mentadas anteriormente.

    Ticarcilina/clavulanato

    Droga de largo espectro, principalmente contraPseudomonas aeruginosa e Bacteroides fragilis. No utilizada em infeces adquiridas habitualmente na co-munidade. No indicada para tratamento domiciliar.

    Ampicilina/sulbactam

    Apresentao oral

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivos: StreptococcusA, B, C e G, incluindoo S. pneumoniae; eficcia menor para o estreptococo gru-po viridans. Atua sobre Enterococcus faecalisefaeciumeListeria monocytogenes. Atua apenas sobre os estafiloco-cos produtores de betalactamases, mas no sobre os esta-filococos oxacilina-resistentes. Gram-negativos: Neisseriameningitidisegonorrhoeae, Haemophilus influenzae,Mo-raxella catarrhalis, E. coli, Klebsiellasp, Shigellasp, Salmo-nellasp, Proteus mirabilise vulgaris, Providenciasp,Mor-ganella sp, Aeromonas sp, Acinetobacter sp, Yersiniaenterocolitica, Pasteurella multocidae H. ducreyi. Anaer-bios: Actinomyces, Peptostreptococcus, Clostridium sp eBacteroidesfragilis.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis poresses agentes: infeces de vias areas superiores e infe-riores adquiridas na comunidade, como otites mdiasagudas, sinusites agudas, pneumonia e faringoamigdali-te bacteriana. Nessas infeces, importante lembrarque existem antibiticos com espectro mais reduzidocomo indicao de primeira escolha, dependendo doagente infeccioso, por exemplo, a amoxicilina em otitemdia aguda e a penicilina G ou V em amigdalite es-

    treptoccica. Pode ser indicada em infeces do tratourinrio, como pielonefrite, infeces de pele e tecidosmoles, principalmente com envolvimento de flora mista(em diabticos), e em infeces gonoccicas. Muito tilna teraputica sequencial ao uso da apresentao paren-teral. particularmente til nas infeces provocadaspeloAcinetobactersp.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    25 a 50 mg/kg/dia, a cada 12 h (mximo de 12 g/dia);

    os eventos adversos so basicamente gastrointestinaise, raramente, colite pseudomembranosa. Apresentapotencial alrgico como toda penicilina.

    Piperacilina/tazobactam

    Drogas de largo espectro, sobretudo, contra Pseudo-monas aeruginosae Bacteroides fragilis. No so utiliza-das em infeces adquiridas habitualmente na comuni-dade. No so indicadas para tratamento domiciliar.

    Cefalosporinas

    Primeira gerao

    As drogas de uso parenteral so cefalotina e cefazo-lina; as de uso oral so cefalexina e cefadroxila.

    Cefadroxila e cefalexina (para uso oral)

    Pico de nvel srico: 18 mcg/mL; biodisponibilidade: 99%; excretada de forma inalterada: 90% a 98%; meia-vida srica: 1,5 a 22 h (cefadroxila); 0,7 a 16 h

    (cefalexina); ligao proteica: 20% (cefadroxila); 10% (cefalexina). eliminao primria: renal; fazer ajustes se houver insuficincia renal, conforme

    o clearancede creatinina;

    fazer suplementao de doses aps hemodilise, di-lise peritoneal e hemofiltrao contnua venovenosa. insuficincia heptica, mesmo grave, no altera a dose; segurana na gravidez: B; penetrao em LCR: < 10% (no so indicadas em in-

    feces de sistema nervoso central); boa penetrao da cefadroxila em secrees respira-

    trias; interaes medicamentosas: drogas nefrotxicas

    como aminoglicosdeos potencializam eventual ne-frotoxicidade;

    eventos adversos: exantema (alto potencial alrgico).

    Espectro de ao microbiolgico

    As cefalosporinas de primeira gerao para uso oraltm atividade excelente contra alguns Gram-positivos, asaber, estreptococos suscetveis, e contra estafilococosoxacilina-suscetveis. No atuam contra estafilococosoxacilina-resistentes nem sobre Enterococcussp ou Lis-teria monocytogenes. Gram-negativos: as de uso oraltm atuao apenas contra E. coli, Klebsiellasp e Proteusmirabilis. Anaerbios: no atuam contra anaerbios, ex-ceto Peptostreptococcussp.

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    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis poresses agentes: principalmente, infeces urinrias, infec-es de vias areas, infeces de pele e de tecidos moles.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    No so recomendadas no primeiro ms de vida. Apartir de ento: cefalexina: 25 a 100 mg/kg/dia, a cada 6 h, via oral; cefadroxila: 30 mg/kg/dia, a cada 12 h, via oral (m-

    ximo de 2 g/dia).

    Segunda gerao

    As drogas de uso parenteral so as cefuroximas; as

    de uso oral so cefaclor, cefprozila e acetilcefuroxima.

    Cefaclor (para uso oral)

    Pico de nvel srico: 8,4 mcg/mL; biodisponibilidade: 80%; excretada de forma inalterada: 80%; meia-vida srica: 0,8 a 3 h; ligao proteica: 25%; modo de eliminao principal: renal; fazer ajustes se houver insuficincia renal, conforme

    o clearancede creatinina;

    fazer suplementao de doses aps hemodilise, di-lise peritoneal e hemofiltrao venovenosa contnua. insuficincia heptica, independentemente da gravi-

    dade, no altera a dose; segurana na gravidez: B; penetrao em LCR: < 10% (no indicada em infec-

    es de sistema nervoso central); penetrao em bile: 60%; limitada penetrao em secrees respiratrias; interaes medicamentosas: drogas nefrotxicas,

    como aminoglicosdeos, potencializam eventual ne-frotoxicidade;

    eventos adversos: exantemas (potencial alrgico baixo).

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivos: atividade contra estreptococos sus-cetveis e contra estafilococos oxacilina-suscetveis. S.pneumoniae no suscetvel penicilina responde mal aocefaclor. No atua contra estafilococos oxacilina-resis-tentes, sobre Enterococcus sp. nem sobre Listeria mo-nocytogenes. Gram-negativos: as cefalosporinas de se-gunda gerao para uso oral tm atuao contra E. coli,Klebsiellasp e Proteusmirabilise tm espectro melhora-do para Haemophilusinfluenzae,Moraxellacatarrhalise

    Neisseria meningitidis e gonorrhoeae. Anaerbios: noatuam contra anaerbios, exceto Peptostreptococcussp.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis poresses agentes: especialmente, infeces de vias areas su-periores adquiridas na comunidade, como otites mdiasagudas, sinusites agudas e faringoamigdalite bacteriana;infeco urinria; e infeces de pele e de tecidos moles.H relatos de baixas concentraes em ouvido mdioacarretando falhas teraputicas em otite mdia aguda.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    20 a 40 mg/kg/dia, administradas a cada 8 ou 12 h.

    Cefprozila (para uso oral)

    Pico de nvel srico: 10 mcg/mL; biodisponibilidade: 95%; excretada de forma inalterada: 65%; meia-vida srica: 1,3 a 6 h; ligao proteica: 40%; modo de eliminao principal: renal; fazer ajustes se houver insuficincia renal, conforme

    o clearancede creatinina; fazer suplementao de doses aps hemodilise e he-

    mofiltrao venovenosa contnua;

    insuficincia heptica, independentemente da gravi-dade, no altera a dose; segurana na gravidez: B; penetrao em LCR: < 10% (no indicada em infec-

    es de sistema nervoso central); interaes medicamentosas: drogas nefrotxicas

    como aminoglicosdeos potencializam eventual ne-frotoxicidade;

    eventos adversos: exantemas (potencial alrgico baixo).

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivos: atividade contra estreptococos sus-cetveis e contra estafilococos oxacilina-suscetveis. S.pneumoniae no suscetveis penicilina respondem malao cefprozila, assim como o estreptococo viridans. Noatuam contra estafilococos oxacilina-resistentes, nemsobre Enterococcus sp ou sobre Listeriamonocytogenes.Gram-negativos: as cefalosporinas de segunda geraode uso oral, conforme j mencionado, tm atuao con-tra E. coli, Klebsiellasp e Proteusmirabilise espectro me-lhorado para Haemophilus influenzae, Moraxellacatar-rhaliseNeisseriameningitidisegonorrhoeae. Anaerbios:no atuam contra anaerbios, exceto Clostridium nodifficilee Peptostreptococcussp.

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    T R ATA D O D E P E D IAT R I A S E O 16 I N F E C T O L O G I A1448

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis poresses agentes: especialmente, infeces de vias areas su-periores adquiridas na comunidade, como otites mdiasagudas, sinusites agudas e faringoamigdalite bacteriana;infeco urinria; infeces de pele e de tecidos moles.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    15 a 30 mg/kg/dia, a cada 12 h (mximo de 1 g/dia).

    Cefuroxima (para uso IV ou via oral)

    Pico de nvel srico: 125 mcg/mL (IV); 70 mcg/mL(VO);

    biodisponibilidade: 52%;

    excretada de forma inalterada: 90%; meia-vida srica: 1,2 a 17 h; ligao proteica: 50%; modo de eliminao principal: renal; fazer ajustes se houver insuficincia renal, conforme

    o clearancede creatinina; fazer suplementao de doses aps hemodilise e he-

    mofiltrao venovenosa contnua; insuficincia heptica, independentemente da gravi-

    dade, no altera a dose; segurana na gravidez: B; penetrao em LCR: < 10% (no indicada em infec-

    es de sistema nervoso central, mesmo a apresenta-

    o IV, pela baixa erradicao dos micro-organismosem LCR); boa penetrao em secrees respiratrias, mesmo a

    apresentao oral; sdio: (preparado IV) 2,4 mEq/g; interaes medicamentosas: drogas nefrotxicas

    como aminoglicosdeos potencializam eventual ne-frotoxicidade;

    eventos adversos: exantemas (potencial alrgico baixo).

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivos: atividade contra estreptococos sus-cetveis e contra estafilococos oxacilina-suscetveis. S.pneumoniaecom resistncia intermediria penicilinarespondem habitualmente melhor cefuroxima que soutras cefalosporinas orais de segunda gerao. Noatuam contra estafilococos oxacilina-resistentes, nemsobre Enterococcus sp ou sobre Listeriamonocytogenes.Gram-negativos: as de uso oral tm atuao contra E.coli, Klebsiellasp e Proteusmirabilise espectro melhora-do principalmente para Haemophilusinfluenzae,Mora-xellacatarrhalis, Neisseriameningitidis, N. gonorrhoeae,Providenciasp eMorganellasp. Anaerbios: no atuam

    contra anaerbios, exceto Clostridiumno difficilee Pep-tostreptococcussp.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis poresses agentes: especialmente, infeces de vias areas su-periores e inferiores adquiridas na comunidade, comootites mdias agudas, sinusites agudas, pneumonias e fa-ringoamigdalite bacteriana; infeco urinria; infecesde pele e de tecidos moles; artrite sptica; osteomielite; ecelulite periorbitria.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    50 a 240/kg/dia administradas a cada 8 h (IV); 30 a 50 mg/kg/dia em duas tomadas (mximo de 1 g/

    dia).

    Terceira gerao

    Orais: cefixima, cefetamete pivoxila e cefpodoximaproxetila. No foram demonstradas vantagens com estesagentes em infeces do trato respiratrio, nariz, ouvidoe garganta quando comparados aos agentes convencio-nais.

    Outros Grupos de Antibiticos

    Oxazolidinonas

    Linezolida

    A nica oxazolidinona sintetizada at o momento a linezolida, de apresentao parenteral IV ou oral. Pico de nvel srico: 16 mcg/mL; biodisponibilidade: 100% (IV ou oral); excretada de forma inalterada: 20%; meia-vida srica: 8 a 14 h; ligao proteica: 20%; sdio: 28 mEq Na/g;

    ajustes de dose: fazer ajustes se houver insuficincia renal, confor-me o clearancede creatinina;

    fazer suplementao de doses aps hemodilise; ajustar a dose em caso de insuficincia heptica grave; segurana na gravidez: no deve ser indicada; penetrao em LCR: nveis potencialmente teraputi-

    cos: 60 a 70%; interaes medicamentosas: varfarina, fenitona, fe-

    nobarbital, efedrina, adrenalina e noradrenalina. Seingerido concomitante ao lcool ou ao dissulfiram,provoca psicose txica aguda (efeito antabuse);

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    A N T I B I T I C O S E M I N F E C E S C O M U N I T R I A S 1449

    eventos adversos: reao ao dissulfiram, se ingeridocom lcool; nuseas; vmitos; mal-estar gastrointesti-nal; e gosto metlico na boca. Descrevem-se anemia,eosinofilia, trombocitopenia, neutropenia, tonturas,insnia, parestesias, viso turva, zumbidos, hipo ouhipertenso arterial, exantema, prurido, estomatite ecandidase vaginal. Recentemente, foi descrita a sn-drome da serotonina, caracterizada por hiperativida-de neuromuscular (hiper-reexia, mioclonia, tremo-res, etc.) e hiperatividade do sistema autnomo(taquicardia, taquipneia, sudorese, febre, etc.).

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivos: todos os Gram-positivos, incluin-do os estafilococos oxacilina-resistentes, os Enterococcussp resistentes aos glicopeptdios e os S. pneumoniaedealta resistncia a penicilinas. Anaerbios: Clostridiumsp

    e Bacteroidesfragilispodem responder droga.

    Indicaes clnicas

    Infeces provocadas pelos agentes suscetveis poresses agentes, principalmente quando so resistentes aostratamentos usuais de primeira escolha.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    10 mg/kg/dose a cada 12 horas (mximo de 600 mg/

    dose), a partir da primeira semana de vida.

    Quinolonas

    Geralmente, a utilizao de fluoroquinolonas (in-cluindo ciprofloxacino) contraindicada em crianas eadolescentes com menos de 16 anos de idade. Essasdrogas demonstraram causar dano cartilagem decrescimento em modelos animais jovens, em dosesmuito prximas s doses teraputicas. O mecanismoque leva a esse dano ainda desconhecido. At o pre-sente momento, o ciprofloxacino a fluoroquinolona

    mais usada, em especial em adolescentes no mundotodo. A experincia mostra que tem sido bem tolerada,sem causar artropatia, nos casos que foram seguidos edocumentados.

    Recomenda-se o uso eventual de fluoroquinolonaem indivduos com menos de 16 anos de idade em cir-cunstncias especiais: quando nenhuma outra droga for disponvel como

    alternativa; nas infeces causadas por micro-organismos mul-

    tirresistentes, Gram-negativos entricos e outrospatgenos, como cepas de Pseudomonassp e mico-bactrias;

    infeco gastrointestinal causada pelos seguintesagentes com resistncia documentada: Shigella sp,Vi-brio cholerae,Campylobacter jejuni oucoli.

    As indicaes so as seguintes: aps exposio oral ao Bacillus anthracis; infeco do trato urinrio nas circunstncias conside-

    radas anteriormente; otite crnica supurativa ou externa maligna; osteomielite crnica; exacerbao de fibrose cstica; infeces em imunossuprimidos nas circunstncias

    consideradas anteriormente, quando uma teraputicaoral prolongada se impuser;

    enquanto no houver liberao e licenciamento de al-guma quinolona pelos rgos reguladores, sua utiliza-o dever ser acompanhada de explicao dos riscose dos benefcios para os responsveis pelo paciente.

    Ciprofloxacino para utilizaoIV ou via oral

    Pico de nvel srico: 4,6 (IV) ou 2,8 (via oral) mcg/mL; biodisponibilidade: 70%; excretada de forma inalterada: 70%; meia-vida srica: 4 a 8 h; ligao proteica: 30%; modo de eliminao principal: renal; fazer ajustes se houver insuficincia renal, conforme

    o clearancede creatinina; fazer suplementao de doses aps dilise peritoneal,

    hemodilise e hemofiltrao contnua; insuficincia heptica, independentemente da gravi-

    dade, no altera a dose; segurana na gravidez: C (no deve ser indicada); penetrao em LCR: 10% em meninges no inama-

    das; 25% em meninges inamadas; penetrao em bile: 3;000%; interaes medicamentosas: com inmeras drogas;

    portanto, no administrar com nenhum outro medi-camento;

    por via oral, deve ser administrada 2 h aps as refei-es, enquanto as solues parenterais devem ser porvia direta ou infuso lenta;

    eventos adversos: destruio da cartilagem de cresci-mento, exantema, convulses, tendinite e ruptura dotendo do calcneo. Baixo potencial alrgico.

    Espectro de ao microbiolgico

    Gram-positivo: infeces provocadas por estafiloco-cos, desde que sejam oxacilina-suscetveis; estreptococospodem ser parcialmente sensveis. Gram-negativos: tmexcelente espectro para todos os Gram-negativos, exce-toAcinetobactersp, Pseudomonascepaciae Stenotropho-monasmaltophilia.

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    T R ATA D O D E P E D IAT R I A S E O 16 I NF E C T O L O G I A1450

    Atpicos: tm bom espectro para Chlamydia sp epara Mycoplasmapneumoniae. No deve ser indicadapara anaerbios.

    Indicaes clnicas

    J foram comentadas anteriormente, entretanto,vale acrescentar que no devem ser indicadas em infec-es estafiloccicas em crianas em decorrncia do altondice de resistncia que vem se apresentando.

    Doses usualmente indicadas em pediatria

    Em crianas de 1 a 6 anos de idade: 30 a 45 mg/kg/dia a cada 8 h IV ou 30 a 60 mg/kg/dia a cada 8 ou 12 h,via oral. Nas outras faixas etrias, 20 a 30 mg/kg/dia emduas tomadas dirias.

    Os tratamentos devem ser monitorados e, a qual-quer suspeita de artralgia ou de artrite, a droga deve serimediatamente suspensa.

    Macroldeos

    Eritromicina

    Espectro de ao: bactrias Gram-positivas (estrepto-cocos dos grupos A, B, C, G, etc. exceto D, pneumo-coco, Staphylococcus aureus suscetvel meticilina,Corynebacterium diphtheriae, Bacillus anthracis),

    Gram-negativas (Campylobacter jejuni, Bordetellapertussis, Legionellaspp, Bartonellahenselaeou quin-tana), micoplasmas, clamdias, espiroquetas (Borreliaburgdorferi, Treponema pallidum) e riqutsias;

    mecanismo de ao: inibio da sntese proteica de-pendente do RNA por ligao reversvel com a subu-nidade 50S do ribossoma;

    resistncia antimicrobiana: tem sido descrita para portodos os cocos Gram-positivos anteriormente enu-merados e por T. pallidum;

    biodisponibilidade: do estolato superior do etil-succinato, em crianas; a absoro do estolato no so-fre interferncia da presena do alimento no estma-

    go; penetrao ruim no sistema nervoso central; pico de nvel srico: 1 a 2 mcg/mL; uso intravenoso

    acarreta pico srico igual a 10 a 15 mcg/mL e deve serfeito para tratamento de infeces graves. Uso intra-muscular no deve ocorrer;

    meia-vida: 1 a 2 h; modo de eliminao: biliar; uso cuidadoso em insufi-

    cincia heptica e, preferencialmente, com monitora-o do nvel srico; excretada no leite materno; eminsuficincia renal com clearance de creatinina < 10mL/min, reduzir a dose para 50 a 75% da dose pa-dro, mantendo os intervalos entre elas; no h re-moo por dilise ou hemodilise.

    indicaes clnicas para uso: pneumonia por M.pneumoniae; infeces por Legionellasp (em combi-nao com rifampicina); infeces por clamdias; in-feces por B. pertussis(profilaxia e tratamento); in-feces por C. jejuni; infeces por C. diphtheriae(profilaxia e tratamento); e infeces por B. henselae.Pacientes com hipersensibilidade imediata penicili-na e com infeco estreptoccica, pneumoccica, es-tafiloccica (quadros superficiais) ou para profilaxiada febre reumtica;

    dose: 30 a 50 mg/kg/dia a cada 6 h via oral; 50 mg/kg/dia a cada 6 h via intravenosa, para correr em 40 a 60min em veia de grosso calibre;

    eventos adversos: desconforto epigstrico, diarreia(podem ser reduzidos com o uso junto com alimen-to); reaes alrgicas so incomuns e mais frequentesem pacientes alrgicos a outros antibiticos; diarreiapor Clostridium difficile; prolongamento do intervaloQT (especialmente no uso intravenoso);

    interao medicamentosa: pela interferncia no siste-ma heptico citocromo P-450, pode haver aumentono nvel srico de teofilina (reduzir em 25 a 40% adose), varfarina, carbamazepina (reduzir em 50% adose), ciclosporina, triazolam, alfentanila, bromo-criptina;

    contraindicao absoluta: uso concomitante com ci-saprida, terfenadina ou astemizol.

    Claritromicina

    Espectro de ao: acresce ao da eritromicina, ao em

    Haemophilus inuenzae, Moraxella catarrhalis, Heli-cobacter pylorie micobactria atpica (complexoMy-cobacterium avium, M. chelonei, M. chelonei absces-sus,etc.);

    mecanismo de ao: igual ao da eritromicina; resistncia antimicrobiana: igual da eritromicina. biodisponibilidade: aumentada quando a ingesta con-

    comitante com alimento; penetrao ruim no SNC; pico de nvel srico: 3 mcg/mL; meia-vida: 3 a 4 h; modo de eliminao: semelhante ao da eritromicina;

    clearancede creatinina 10 a 50 mL/min: usar 75% dadose; clearancede creatinina < 10 mL, 50 a 75% da

    dose; indicaes clnicas para uso: pacientes com hipersen-

    sibilidade imediata penicilina e com amigdalite, si-nusite ou otite mdia aguda; pneumonia por mico-plasma ou por clamdia;

    dose: seis meses de idade: 15 mg/kg/dia a cada 12 h; dose mxima: 500 mg VO ou IV a cada 12 h; eventos adversos: desconforto gastrointestinal (em

    menor frequncia que a eritromicina); interao medicamentosa: semelhante eritromici-

    na, acrescido de cafena, nicotina e midazolam; re-duo de nvel srico de zidovudina e outros antir-retrovirais.

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    Azitromicina

    Espectro de ao: ao inferior em cocos Gram-posi-tivos quando comparada com eritromicina; melhorao em H. inuenzae e M. catarrhalis; ativa contraH. pylori, Shigellasp e C. jejuni;

    mecanismo de ao: igual ao da eritromicina; resistncia antimicrobiana: igual da eritromicina; biodisponibilidade: nvel tissular mantido aps 48 h

    do uso, superior ao nvel srico em at 100 vezes, commeia-vida tissular prolongada;

    pico de nvel srico: 3,6 (IV) ou 0,3 (via oral) mcg/mL; meia-vida: tissular 2 a 4 dias; modo de eliminao: na forma inalterada, pelas fezes; indicaes clnicas para uso: otite mdia aguda, ami-

    dalite, infeces por Shigellasp (sempre como segun-da alternativa);

    dose: 6 meses de idade: 12 mg/kg/dia, dose nicadiria, por cinco dias (amigdalite); 10 mg/kg/dia,

    dose nica diria, por trs dias (otite); eventos adversos: desconforto gastrointestinal (em me-nor frequncia que eritromicina ou em claritromicina);

    interao medicamentosa: ausente com carbamazepi-na, teofilina, midazolam, terfenadina, zidovudina, ci-metidina;

    desvantagem: importante associao com desenvolvi-mento da resistncia do pneumococo.

    Cloranfenicol

    Espectro de ao: bactrias Gram-positivas (embora

    com concentrao inibitria mnima alta), Gram-ne-gativas (meningococo, H. inuenzae), anaerbios(Gram-positivos e Gram-negativos, incluindo Bacte-roides fragilis) e riqutsias;

    mecanismos de ao: inibio da sntese proteica noribossoma;

    biodisponibilidade: rapidamente absorvido no tratogastrointestinal, atinge 30 a 50% do nvel srico no LCR;

    modo de eliminao: metabolizao heptica cominativao pela glucuronil transferase. No h neces-sidade de mudana de dose em insuficincia renal;no ajustar dose em dilises;

    indicaes clnicas para uso: na ausncia de opo

    menos txica, por exemplo, meningite bacteriana ouepiglotite em paciente com hipersensibilidade ime-diata a betalactmicos; abscesso cerebral; febre tifoi-de; brucelose; riquetsiose;

    dose: 50 a 100 mg/kg/dia a cada 6 h, via oral; muitoimportante monitorar nvel srico cuja faixa terapu-tica de 10 a 20 mcg/L;

    eventos adversos: reversvel pancitopenia dose-de-pendente; monitorar com hemograma a cada dois atrs dias; anemia aplsica (1 em 25.000 a 40.000 pa-cientes), independentemente da dose, pode ocorrer

    at meses aps o uso; sndrome do beb cinza em re-cm-nascidos com menos de duas semanas; hemliseem pacientes com deficincia de G6PD;

    interao medicamentosa: pode prolongar a meia-vi-da de clorpropamida, fenitona, tolbutamida e deriva-dos da varfarina; monitorar tempo de protrombinade pacientes anticoagulados.

    Rifampicina

    Espectro de ao: bactrias Gram-positivas e Gram--negativas, micobactrias e clamdias;

    mecanismos de ao: interfere na sntese proteica aoinibir a RNA polimerase dependente de DNA;

    resistncia antimicrobiana:Mycobacterium fortuitume Mycobacterium chelonei so resistentes; quandousada em monoterapia, h rpido surgimento de re-sistncia;

    biodisponibilidade: boa absoro oral em jejum, atin-gindo nveis liquricos em concentrao teraputica. pico de nvel srico: 7 a 15 mcg/mL; meia-vida: 2 a 5 h; prolonga-se em insuficincia he-

    ptica; modo de eliminao: metabolismo heptico e excreo

    biliar; modificar dose em insuficincia renal: para clea-rancede creatinina 10 a 50 mL/min, usar 50 a 100% dadose usual; para clearancede creatinina < 10 mL/minou pacientes em CAPD, reduzir a dose para 50%;

    indicaes clnicas para uso: tratamento de tubercu-lose, de portadores de meningococo ou de H. inuen-zae tipo b;

    dose (via oral): 10 a 20 mg/kg/dia, dose nica diria(tuberculose); 5 mg/kg a cada 12 h por dois dias emrecm-nascidos, 10 mg/kg a cada 12 h por dois diasquando a idade for maior que um ms (portador demeningococo); 20 mg/kg em dose nica diria porquatro dias (portador de H. inuenzae tipo b);

    eventos adversos: colorao laranja-avermelhada daseliminaes; febre; rashcutneo; eosinofilia; sndro-me gripal; nefrite intersticial e hepatotoxicidade;

    interao medicamentosa: potencializa as reaes en-zimticas da citocromo P-450 e aumenta a excreode diversas drogas como fenitona, glicocorticoides,cetoconazol, cloranfenicol e digitlicos.

    Sulfametoxazol/trimetoprima

    Espectro de ao: bactrias Gram-positivas (incluin-do S. aureus meticilina-resistente), Gram-negativas(Escherichia coli, meningococo, H. inuenzae,M. ca-tarrhalis, Salmonella sp, Shigella sp), Nocardia sp ePneumocystisjiroveci;

    mecanismo de ao: interferncia em duas etapas dasntese de cido flico pela bactria;

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    T R ATA D O D E P E D IAT R I A S E O 16 I N F E C T O L O G I A1452

    resistncia antimicrobiana: crescente entre diversasbactrias;

    biodisponibilidade: distribui-se amplamente, inclusi-ve no liquor; eliminada no leite materno;

    pico de nvel srico: 40 a 80 mcg/mL da sulfa; 2 a 8mcg/mL do trimetoprima;

    meia-vida: 8 a 10 h; modo de eliminao: metabolizao heptica (aceti-

    lao e glicuronidao) com eliminao de droga li-vre e metablitos na urina; no h necessidade deajuste de dose em insuficincia heptica, mas, se oclearancede creatinina for de 15 a 30 mL/min, devehaver reduo de dose para a metade; caso o clearan-cede creatinina seja < 15 mL/min, o uso est con-traindicado;

    indicaes clnicas para uso: tratamento de infecespor Nocardia spp, Pneumocystisjiroveci; de enteritepor Shigella(droga de escolha); de brucelose; e de in-feces porMycobacteriummarinum(droga alterna-

    tiva); profilaxia de infeco do trato urinrio e de in-feco por Pneumocystisjiroveci; dose (via oral): trimetoprima: 8 mg/kg/dia a cada 12

    h; 5 mg/kg a cada 6 h para pneumonia por Pneu-mocystis jiroveci;

    eventos adversos: competio com a bilirrubina indi-reta pela conjugao com albumina, podendo elevaros nveis sricos da bilirrubina no conjugada; porisso, est contraindicada em menores de dois mesesde idade. Desconforto gastrointestinal, rashcutneo;

    interao medicamentosa: anticoagulante (fazer oexame tempo de protrombina) ou hipoglicemianteoral; pode prolongar a meia-vida da fenitona.

    Aminoglicosdeos

    Espectro de ao: bastonetes Gram-negativos, cocosGram-positivos, Nocardia sp e Mycobacterium aviumintracellulare (suscetveis amicacina), Mycobacteriumtuberculosis(suscetvel estreptomicina e amicacina);

    mecanismo de ao: ligao irreversvel com a unida-de 30S do ribossoma;

    resistncia antimicrobiana: ainda bastante baixa,aumentando muito lentamente. Esse grupo de anti-biticos uma excelente opo para tratamento de

    infeces hospitalares por micro-organismos Gram--negativos; biodisponibilidade: ampla penetrao, atingindo n-vel urinrio de 100 vezes o nvel srico; penetraopobre em SNC;

    pico de nvel srico: 15 a 30 mcg/mL (amicacina), 6 a10 mcg/mL (gentamicina e tobramicina); nvel sricode base: 5 a 10 mcg/mL (amicacina), 1 a 2 mcg/mL(gentamicina e tobramicina);

    modo de eliminao: exclusivamente renal; sabida-mente mais rpido em crianas que em adultos. Eminsuficincia renal, aumentar o intervalo da dose:gentamicina (creatinina srica 8 = horas do inter-valo), amicacina (creatinina srica 9 = horas do in-tervalo);

    indicaes clnicas para uso: infeco por Pseudomo-nas aeruginosa(em combinao com betalactmicosantipseudomonas), por Listeria monocytogenes (emcombinao com ampicilina), por enterococo (prefe-rir gentamicina), por estreptococo viridans(em com-binao com penicilina ou vancomicina), ou por M.fortuitum(amicacina com claritromicina);

    dose: uso intravenoso preferido (infuso por 20 a 30min); intramuscular pode ser feito se no houver sep-se, hipotenso ou trombocitopenia; gentamicina (7,5mg/kg/dia a cada 8 h); amicacina (15 mg/kg/dia acada 8 h);

    eventos adversos: toxicidade aumenta quando o uso

    feito por mais de sete dias; ototoxicidade irrevers-vel e com risco cumulativo de uso em momentos di-ferentes; nefrotoxicidade (aumento da creatinina,proteinria, oligria) reversvel com a descontinui-dade da droga; ureia, creatinina e sumrio de urinadevem ser monitorados;

    interao medicamentosa: varia conforme o aminogli-cosdeo, mas, basicamente com os betalactmicos as-sociados, a ao contra enterococos e Listeria monocy-togenes potencializada. Tambm tem carter depotencializao a associao com drogas contra Pseu-domonassp. Drogas nefrotxicas concomitantes ou se-quenciais potencializam a nefrotoxicidade e drogas

    ototxicas concomitantes ou sequenciais potenciali-zam a ototoxicidade. Furosemida, especialmente embolo, no deve ser aplicado na vigncia do aminoglico-sdeo, pois aumenta muito a chance de ototoxicidade.Drogas curarizantes, como bloqueadores neuromus-culares, como sulfato de magnsio, aumentam o riscode bloqueio neuromuscular e de parada respiratria;

    uso tpico de antimicrobianos: neomicina, bacitraci-na, mupirocina, cido fusdico, rifampicina e polimi-xina B.

    Uso de Drogas na Gestao

    Classificao dos Riscos1. Estudos controlados mostram no haver riscos para o

    feto no parece haver nenhum antimicrobiano nes-ta categoria.

    2. No h evidncias de riscos em humanos.3. Riscos ao concepto no podem ser descartados.4. Evidncia positiva de riscos ao concepto.5. Contraindicao na gestao.