Apostila 8- Logística de transporte

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LOGSTICA DE TRANSPORTE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

NELT- NCLEO DE ESTUDOS DE LOGSTICA E TRANSPORTESISTEMAS DE TRANSPORTES E INTERMODALIDADE

LOGSTICA DE TRANSPORTESProf. Luiz Miguel de MirandaCUIAB/MT

MARO/2005LOGSTICA DE TRANSPORTE

1- INTRODUO

Os corredores de transporte visam implantao de infra-estruturas e sistemas operacionais modernos para o transporte, manuseio, armazenagem e comercializao de fluxos densos de mercadorias (minrios, cereais, petrleo e derivados e, mesmo, grandes partidas de carga geral unitizada) que permitem, do ponto de vista do mercado interno, uma crescente integrao dos grandes centros industriais e suas reas adjacentes s regies abastecedoras de matrias primas e alimentos. Com relao s exportaes, racionalizao e integrao das diferentes etapas do processo de escoamento dos produtos comercializados, a integrao modal e a eficincia do fluxo entre os polos de produo e os portos polarizadores dos corredores propiciam ao pas a possibilidade de participar, em condies competitivas, do mercado internacional (BARAT, 1978).

A conexo entre os pontos de contato com fluxos densos de longo curso e as regies de elevado potencial de produo (agrcola, extrativa e industrial), diretamente ou por intermdio de redes alimentadoras e locais, definem um corredor de transporte para exportao. No corredor existem, ento, um subsistema troncal ou arterial que assegura o escoamento entre polos centralizadores (centrais de consolidao dos fluxos e da informao associada aos fluxos e ao sistema de distribuio fsica), e um subsistema alimentador que garante o acesso ao sistema troncal ou seja, a captao e a distribuio da carga. Por outro lado, podem em um mesmo corredor encontrarem-se diferentes rotas a nvel de definio do percurso das cargas entre origem e destino. A rota, sob a abordagem do corredor, pode e deve ser definida como a orientao principal dos fluxos que circulam entre dois ou mais dos polos geradores e atratores de carga, ou a linha de desejo seguida por esses fluxos.

Fundamentalmente, a concepo dos corredores de transporte deve visar:

a) a complementariedade entre malhas virias que permitam atingir maior diversidade de pontos de origem e destino e transporte linear pesado, seja ela por ferrovia, rodovia, via navegvel, seja por duto ou combinao de duas ou mais destas modalidades;

b) a complementariedade e eficincia nas operaes de transbordo entre a malha alimentadora, as instalaes intermedirias de armazenagem, consolidao, distribuio e alfndega, as instalaes porturias, e retro-porturias, e as linhas de navegao de longo curso.

Assim, o corredor consiste, primeiramente, na articulao de investimentos em transportes com aqueles efetuados nas atividades dinmicas que demandam seus servios. Em seguida, diz respeito concepo de sistemas operacionais integrados entre duas ou mais modalidades de transportes com os portos, os centros de beneficiamento primrio, processamento industrial e/ou com as centrais de abastecimento metropolitano permitindo o escoamento dos fluxos densos de mercadorias atravs das cadeias de abastecimento, principalmente no que se refere a produtos granelizados e conteinerizados (Brochado, 1996).

2-JUSTIFICATIVA

A globalizao e a regionalizao sobressaem-se neste fim de sculo como os dois fenmenos que esto orientando as relaes econmicas no comrcio internacional. A globalizao dos mercados, observada nas duas ltimas duas dcadas, vem gerando mudanas radicais na organizao dos processos de suprimento, produo e marketing. Um dos fatores determinantes desse processo internacional a reduo das impedncias ao intercmbio internacional, a partir dos progressos institucionais e tecnolgicos incorporados aos meios de transporte, armazenagem e comunicao.

Na ltima dcada pde-se observar o fortalecimento do processo de regionalizao, atravs da formao de blocos econmicos reunindo pases geograficamente vizinhos (em geral) e com compatibilidade entre seus valores polticos e culturais (a Unio Europia, o Nafta e o Mercosul, por exemplo). Na Europa, embora predominem os aspectos econmicos, as metas do processo de integrao regional so mais abrangentes. Elas incluem tambm os aspectos: poltico, cultural, educacional e em C&T.

O Tratado de Assuno, estabelecido em fins de 1991 e consolidado a partir de 1995, criou o Mercosul - Mercado Comum do Sul, unindo quatro pases do Cone Sul da Amrica Latina: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No momento est se consumando a entrada do Chile, enquanto a Bolvia est se adaptando s exigncias para o seu ingresso, previsto para o prazo de 2 anos. O Mercosul baseia-se no fortalecimento das metas de qualidade e competitividade nas trocas de bens e servios entre seus pases-membros e o resto do mundo. Ao lado dos aspectos estratgicos e da importncia da integrao regional para garantir a sua competitividade no comrcio internacional, o principal objetivo do Mercosul o desenvolvimento econmico interno. Assim, a integrao da regio formada por esses pases condio para expandir a participao do bloco no mercado externo, aliada ao aumento da produtividade e dos investimentos tecnolgicos, assim como modernizao dos processos de produo nesses pases.

A regio central da Amrica do Sul, mais exatamente a rea inscrita e circunscrita ao quadriltero formado pelas cidades de Cuiab (BR), Santa Cruz de la Sierra (BO), Assuno (PA) e Campo Grande (BR) ressente-se da maior distncia das conquistas do desenvolvimento de cada pas. Acrescentam-se ainda o noroeste da Argentina, o nordeste do Chile e o sudeste do Peru. Em contrapartida tem-se nesa regio uma fabulosa fonte de recursos naturais espera de investimentos que acelerem a integrao regional e nacional de cada pas. Se o Mercosul o trao de unio que faltava para a integrao da regio, os corredores de transporte so a estratgia prioritria para alcanar os resultados esperados. Em linhas gerais, tem-se nessa regio um contingente de cerca de 40 milhes de habitantes com acesso restrito ao mercado, e por ironia, sentados sobre a maior reserva de gs narural do mundo, a maior reserva de biodiversidade do planeta, e a maior extenso de terras contnuas agricultveis reconhecida pela CEPAL, e as maiores reservas de salitre e enxofre da Amrica do Sul. A efetiva implementao deste mercado permitir o fortalecimento do intercmbio de know-how tecnolgico e o acesso comum aos avanos cientficos dos pases-membros.

A partir de 1995, com suas tarifas externas comuns definidas e confirmadas, constituiu-se a unio aduaneira do Mercosul. Com procedimento semelhante de integrao regional e de poltica aduaneira acontecendo no mbito do Grupo Andino, como a associao bilateral j existente entre dois de seus pases: Colmbia e Venezuela, podero ser ento iniciadas negociaes entre estes dois blocos sub-regionais, com vistas criao, a mdio prazo, de uma "rea Latino-Americana de Livre Comrcio". Entretanto, essas medidas devero ser apoiadas no aperfeioamento dos canais logsticos, que se inicia nos sistemas de transportes. De fato, o aprimoramento de sistemas de transportes compatveis com esse mercado indispensvel para a manuteno da competitividade das economias participantes e garantir a continuidade dessas relaes de comrcio que vem se fortalecendo com o advento dos megamercados.

Essas exigncias ficaram fortalecidas em recente conferncia em que participaram vrios setores envolvidos no transporte multimodal no mbito da Amrica Latina, onde foram discutidos os caminhos da integrao das modalidades de transporte para a competitividade no mercado global. A logstica despontou como enfoque necessrio para a eficcia na integrao multimodal. No ambiente de mercado competitivo das economias globalizadas, o estgio de desenvolvimento da tecnologia da informao permite impe a reestruturao das empresas e agncias governamentais para fazer frente ao desafio de competir com a forte organizao das empresas internacionais, capacitadas para a gerncia de suas cadeias de abastecimento.

Ainda nesse encontro foi enfatizada a necessidade de introduzir simplificaes nos procedimentos alfandegrios de liberao dos embarques e desembarques, para reduzir o tempo de entrega dos produtos. Com isto poder ser aumentada a produtividade nas instalaes aduaneiras, alfandegrias e outras, onde os procedimentos oficiais atrasam o desembarao da carga.

3-DESENVOLVIMENTO DA REA DE CONHECIMENTO

A competio acirrada no mercado internacional globalizado fortalece a importncia de sistemas de informao eficientes, projetados especialmente para orientar as decises do gerente da empresa, relativas aos fluxos de produtos comercializados. A necessidade de tais sistemas maior quando a qualidade do servio ao consumidor privilegiada pelos tomadores de deciso. De fato, a abordagem de mercados globalizados e a forte competio no comrcio internacional aumentou a exigncia de estratgias bem definidas de manufaturao, gerncia de estoques, do transporte, coleta e distribuio de produtos, marketing, e apreamento, e a monitorao de sua implementao, de forma a atingir os objetivos e estratgias comerciais e financeiros da empresa. Por outro lado, a desregulamentao da economia aumenta as alternativas de transporte em termos de frequncias, ligaes, tarifaes etc. Em tal realidade de mercado, o objetivo primrio da empresa (industrial ou comercial) aumentar (ou no mnimo manter) sua participao na diviso do mercado e decrescer seus custos, de forma a aumentar sua lucratividade no longo prazo.

nesse ambiente que o aperfeioamento dos canais logsticos deve ser buscado, a partir da integrao dos sistemas de transportes nacionais, e a logstica pode ser definida como o planejamento e a operao dos sistemas fsicos, informacionais e gerenciais necessrios para que condicionantes espaciais e temporais sejam vencidos pelos respectivos insumos e produtos de forma econmica. Assim, um sistema de caminhos logsticos dever ser capaz de garantir a continuidade do fluxo dos produtos porta-a-porta, o menor custo e a confiabilidade do servio. O sistema logstico , em um sentido amplo, o conjunto de pessoas, instalaes, equipamentos e polticas operacionais que tornam possvel o fluxo de bens (e da informao associada) de acordo com uma determinada estratgia logstica. O movimento espacial de produtos gera, basicamente, os custos de transporte, enquanto o seu "movimento" no domnio do tempo associa-se aos custos de manuteno de estoques.

Internacionalmente, a organizao da indstria de servios de transporte j se alterou profundamente, no sentido de aumentar a eficincia de suas interfaces operacionais, principalmente atravs da fuso de empresas e da integrao de operadores, e por intermdio de alianas estratgicas. Empresas ferrovirias, porturias, areas, rodovirias e de navegao esto abandonando suas caractersticas modais para se integrarem a sistemas de prestao de servios multimodais, com uso intensivo dos meios modernos de comunicao. Essas mudanas, contudo, s tem sido possveis atravs da eliminao de uma srie de restries regulatrias fuso de empresas de modalidades diferentes e livre competio por novos mercados, possibilitando uma redefinio dos servios de acordo com os interesses dos usurios.

Dentre os pases localizados na rea de interesse do projeto, aquele que mais avanou nessa direo foi o Chile, entretanto, o PIB e o volume de trocas regionais no so suficientes para imprimir qualquer mudana na situao atual das relaes com seus parceiros. A Argentina tambm avanou significativamente nessa direo, com destaque para o programa de privatizaes.

No Brasil, a nica tentativa relevante, at o momento, de mudanas das regras e das estruturas institucionais que regem os esquemas logsticos internos predominantes no Pas so os processos de concesses de rodovias e ferrovias, com alcance limitado em relao ao quadro nacional, e a nova regulamentao das atividades porturias. Em relao aos regulamentos e regras que regem especificamente o transporte no mbito do Mercosul, as tentativas de facilitao dos transportes restringem-se a aspectos burocrticos relativos a controles de fronteira nas trocas entre os scios.

4-LOGSTICA E TRANSPORTE

Nesse fim de sculo, o conceito de logstica integrada j evoluiu para o de logstica global de Classe Mundial, tendo por base a constituio e a contnua gerncia das cadeias de abastecimento. A competio no mercado globalizado passou a ser entre cadeias, no entre membros de um mesmo canal de distribuio. Isto s possvel a partir do fortalecimento das parcerias entre seus membros, fundamentadas no efeito sinrgico do estreitamento da ligao fornecedores-produo-transporte-clientela e no uso intensivo da tecnologia da informao, agilizando o movimento espacial (transporte) e temporal (estocagem) de bens, servios e informaes entre os seus membros. A globalizao e regionalizao dos mercados tornaram necessrias mudanas radicais na organizao dos processos de suprimento, produo e marketing.

O enfoque sistmico do multimodalismo nos corredores de transporte muda o conceito de eficincia modal para o de integrao modal, procurando a otimizao operacional de toda a cadeia logstica e de transporte ou seja , das cadeias de abastecimento. Assim, as atividades de cada elo da cadeia devem, indo ao encontro da tica da logstica global de Classe Mundial, ser combinadas, sincronizadas e gerenciadas continuamente, com vistas monitorao de seu desempenho operacional e atendimento s exigncias e expectativas de seus clientes preferenciais. Nesse contexto, a distribuio fsica passa ater importncia significativa, que por sua vez, ser fortemente influenciada pelo desempenho dos sistemas de transportes regionais.

Desse modo, hoje busca-se a conjuno desses dois conceitos que deve se efetivar ao aperfeioamento dos denominados canis logsticos, o que possvel com o aporte de comunicao. O processo se retroalimenta com o que as empresas desenvolveram na busca da racionalizao e reduo de custos. Restaria ento identificar o conjunto de estratgias logsticas que as firmas usam na sua distribuio fsica para ganhar posies mais competitivas em seus respectivos mercados. Ou seja, a empresa deve ter instrumentos para determinar: "O que nosso sistema logstico precisa ser estruturado para termos um desempenho particularmente melhor?" As aes mais importantes so aquelas para as quais um pequeno esforo gera um grande retorno. Elas so denominadas aes de maior impacto logstico e correspondem aos pontos de alavancagem logstica ("logistical leverage").

Embora no haja uma nica soluo s questes das empresas, trs critrios podem ser usados como desafio na definio da estratgia logstica da empresa. So eles: eficincia - atingimento de um nvel desejado de desempenho ao custo mais baixo possvel; flexibilidade - a habilidade para dar respostas/ajustar-se a mudanas em volume, mercados e produtos;

servio - rpida resposta, preciso no acompanhamento dos pedidos, ampla linha disponvel, menor tempo de entrega das encomendas, ...

Alguns conceitos bsicos adicionais devem ser considerados no projeto de sistemas logsticos, que seriam: padronizao- voltada para acelerar processos; consolidao- voltada para economia e centralizao na gerncia e coordenao das atividades logsticas; diferenciao- voltada para prestao de servios alternativos; just-in-time (JIT) - voltado para trabalhar com estoque zero entre a produo e a entrega dos produtos.

As entregas JIT associam-se consolidao na rede de vendas, reduo de desperdcio no canal logstico como um todo, aproximao e desenvolvimento de parcerias entre empresas e seus fornecedores e melhoria nas ligaes entre os sistemas de informao entre todos os membros do canal logstico, desde os fornecedores e at os clientes finais ou seja, na confiablidade dos canais de distribuio e de comunicao das empresas.

5-PLANOS LOGSTICOS ESTRATGICOS

Modernamente exercita-se intensamente a busca das parcerias. Quando se fala hoje numa economia globalizada sobre a necessidade de recursos para obras de infra-estrutura, associa-se a participao dos agentes econmicos- o setor produtivo, o que implica no detalhamento de planos logsticos estratgicos, onde destacam-se dois tipos: os planos operacionais que cobrem um perodo de um ms a um ano, e os planos de longo alcance, que cobrem um ou mais anos. Os planos de longo alcance so planos-guia correspondentes aos objetivos que orientam a programao detalhada dos planos operacionais. Eles se baseiam em cenrios provveis, antecipao de problemas, com conseqente previso de exigncias de capital. A priorizao dos programas de implantao e melhoramentos da infra-estrutura de transportes deve-se voltar ento para as questes da empresa. Um erro grosseiro nessa avaliao pode resultar em nus sociais elevados e irrecuperveis.

Diante disso, o primeiro passo para o projeto de planos logsticos (ou de distribuio fsica) de uma empresa determinar: a)quem compra ou comprar?; b)por que o cliente compra?; c)quando o cliente compra?; d)onde o cliente compra?; e)que servios ele exige?; f)como ele compra?; g)qual o ambiente de competio neste segmento do mercado?

Assim, a empresa deve analisar os elementos variveis do mercado, planejar como atingi-lo e desenvolver procedimentos de controle para monitorao do desempenho de sua logstica. Algumas questes preliminares devem ser tratadas pelo gerente logstico a respeito dos planos logsticos da empresa. Estas questes so relativas aos nveis de subdiviso do processo de gerncia, classificadas em cinco categorias, que seriam: anlise do mercado; planejamento de estratgias; estruturao da empresa; implementao do planejamento operacional, e controle do desempenho da programao do fluxo.

6- LOGSTICA DE CLASSE MUNDIAL

Enquanto a descoberta enfoca no novo e no nico, a pesquisa o processo de reexaminar algo que j se conhece a um nvel de bom detalhamento. O objetivo fundamental da pesquisa confirmar que aquilo que se conhece e em que se acredita de fato verdadeiro e desenvolver um maior entendimento de sua essncia.

Ser a World Class Organization requer da empresa capacitao para, em fina sintonia e sincronizao da sua administrao, seus empregados, seus sistemas, suas tecnologias e suas operaes, atender e mesmo exceder s expectativas de seus clientes. Em suma, a empresa de classe mundial superior a seus competidores quando se trata do atendimento aos seus clientes preferenciais. Aquelas empresas que gerenciam sua logstica de forma a atender consistentemente s expectativas de seus clientes e melhor do que seus competidores so provavelmente lderes financeiros e de marketing em seus setores na indstria. Ou seja, empresas de classe mundial so atraentes aos seus clientes, seus investidores, seus acionistas e seus empregados. Elas so as melhores porque elas realizam mais com menos do que seus concorrentes.

Para a empresa ter desempenho de padro mundial significa que seus empregados tem compreenso do que constitui sua melhor prtica e de como implement-la com sucesso. Isto significa que ela deve conhecer mais a respeito das suas melhores prticas e de como generalizar seus efeitos. Assim, a busca de respostas pelo menos parciais s perguntas que surgem naturalmente nesse processo de investigao e pesquisa deve ser empreendida, conduzindo a um melhor entendimento do campo, em contnuo avano, do conhecimento da logstica.

As empresas que se orientam para a classificao Classe Mundial, com uma logstica cada vez mais global, so reconhecidas por: utilizar programas de monitorao de desempenho abrangentes; focalizar tanto no processo e no desempenho da cadeia de abastecimento quanto na avaliao funcional.; desenvolver novos sistemas de monitorao para calibrar as atividades logsticas; reconhecer a necessidade de monitorar o desempenho com vistas sua contnua melhoria; e reconhecer que deter o conhecimento sobre a monitorao do desempenho significa arma poderosa, porque permite que se tomem as decises mais acertadas.

SISTEMAS LOGSTICOS

1- INTRODUO

Sistemas logsticos so um conjunto de recomendaes, procedimentos e ferramentas empregadas numa atividade produtiva para garantir a lucratividade da empresa no seu nicho de negcio. No caso especfico do transporte multimodal, os sistemas logsticos referem-se s medidas de natureza estratgica e operacional que garantem o bom desempenho da empresa de transporte, diante do quadro de acirrada competio instalada aps a abertura da economia brasileira na primeira metade desta dcada. De uma forma sumria, de acordo com Stock e Lambert, os aspectos principais da logstica de transporte so: Atendimento ao cliente ; Gerncia de frota; Programao das operaes; Gerncia da frota prpria / alugada; Poltica de fretes; Monitorao da carga; Alianas estratgicas; Tecnologia da informao. Outros aspectos existem mas podem ser entendidos como derivao deste conjunto.

2- GERNCIA LOGSTICA DE TRANSPORTE

A gerncia logstica uma atividade exercida na empresa que tem como funo acompanhar a evoluo do mercado de transporte, e passar essas informaes a outros setores da empresa. A considerao das informaes indispensvel, mas no taxativa para as decises estratgicas da empresa que extrapolam os limites das informaes atualizadas do mercado de transportes. Geralmente, pode se associar gerncia logstica, as seguintes atividades:

Desenvolvimento de estratgias logsticas: diz respeito busca por essas estratgias sendo uma atividade permanente, e que deve ser voltada para: reduzir o custo das operaes de transporte; reduzir os impactos das operaes nos armazns, nos centro de distribuio e nos terminais intermodais; acompanhamento da oferta de espaos para carga em todas as modalidades; acompanhamento da evoluo dos ndices de frete; procurar abrir novos nichos no mercado; acompanhamento dos avanos, tecnolgicos e da tecnologia da informao disponveis; insero da empresa no porta-a-porta; busca incessante por parcerias e alianas estratgicas.

Uma outra atividade da gerncia logstica refere-se auditoria da logstica, que tem como principal preocupao o acompanhamento de todo o processo da cadeia logstica dentro da empresa, que deve considerar, no mnimo, os seguintes aspectos: avaliao do desempenho de todos setores da empresa, verificao da evoluo dos pedidos, e controle das reclamaes clientes.

Inclui-se entre as atividades da gerncia logstica tambm, a modelagem e simulao, que deve ser voltada para o emprego de modelos matemticos e softwares que levem otimizao dos investimentos.

Finalmente, a previso da demanda por servios de transporte, que representa a continuidade do foco da empresa, pois sem carga a empresa perde a razo da sua existncia.

Uma outra atribuio da gerncia refere-se auditoria financeira, que tem como objetivo a avaliao do desempenho financeiro da empresa, atravs do acompanhamento de ndices de produtividade como controle da taxa de ocupao dos veculos e embarcaes, e controle das perdas e danos da carga.

As estratgias do servio de atendimento ao cliente so atividades voltadas para maximizar a satisfao dos cliente atravs de: presteza no atendimento do pedido; pronta resposta por perdas e danos; informaes sobre localizao da carga e datas de chegada; pesquisas de mercado sobre temas gerais; ouvir o cliente.

A monitorao da carga a atividade voltada para acompanhar a carga em trnsito, seja para atender s solicitaes dos clientes, seja para proteger sua movimentao, e deve envolver o seguinte: sistema de comunicao interna da empresa; clusulas de seguro de carga; programa de venda de espao para carga; localizao de centrides para carga de retorno; controle de desempenho em trnsito.

J as estratgias de transporte referem-se ao desenvolvimento de medidas necessrias para garantir o sucesso do negcio e aumentar o market share" atravs de: plena utilizao do mix do servio; especializao do transporte; transporte porta-a-porta; estabelecimento de rotas e pontos de apoio.

A Anlise do sistema de transporte: refere-se ao conhecimento dos modos de transporte e veculos mais adequados para o tipo de carga, e outras circunstncias geogrficas e climticas como: identificao das principais macrorrotas e corredores de transporte; apoio logstico para o frota; condies da rede de transporte; avaliaes do trfego nas vias.

A gerncia da frota prpria ou alugada tem como objetivo o controle dos veculos empregados no transporte da carga, envolvendo o seguinte: controle da quilometragem percorrida; avaliao dos ndices de produtividade; evoluo dos custos direto e indireto com a frota; acompanhamento dos custo de manuteno

A gerncia dos transportadores autnomos associados exercida quando a empresa de transporte emprega transportadores autnomos, na totalidade ou como complemento, mediante contrato, e deve envolver o seguinte: avaliao do desempenho dos transportadores autnomos contratados; avaliao dos ndices de participao no foco da empresa; transporte de suprimento e de expedio; custos da operao.

A gerncia do custo de transporte tem como responsabilidade as seguintes atividades: acompanhamento de ndices de desempenho da economia; participao do setor no PIB; ndices da atividade transporte; elaborao das planilhas de custo; pesquisas de mercado; atualizao das despesas de custos indiretos.

O controle de espao de carga uma atividade voltada para o desempenho da carga, e envolve o seguinte: controle dos tipos de carga transportada; controle da cubagem e tonelagem da carga; clculo dos ndices de transportes como TKU, TKT e outros; controle do espao alugado para os parceiros e dos parceiros.

A programao e roteamento de veculos e embarcaes trata do design das rotas, envolvendo as seguintes atividades: programao das sadas dos embarques e suprimentos; programa de otimizao das viagens; conjugao dos embarques de carga total e meia carga; programao das operaes de longo curso com as do porta-a-porta; coordenao com o transporte multimodal nas instalaes de transferncia.

A auditoria do pagamento dos fretes deve ser voltada para o controle da conta de fretes, e engloba as seguintes atividades: controle dos fretes pagos; controle dos fretes a receber; programao dos fluxos de fretes; anlise da evoluo dos custos de frete.

A gerncia dos pedidos de transporte deve ser voltada para o controle dos pedidos de transporte, e inclui o seguinte: controle de entrada; anlise dos pedidos; identificao dos clientes, carga, rotas; tratamento personalizado para clientes especiais; programao de coleta e entregas; datas para os embarques.

O despacho de veculos e embarcaes trata da etapa final da sada do embarque, que se conclui com um check-list para liberao dos veculos e embarcaes, envolvendo o seguinte: anlise da documentao da carga e do veculo; anlise da programao da viagem; anlise da rota estabelecida; programa de comunicao; instrues para o monitoramento; check-list do equipamento e da equipagem; liberao.

O treinamento de operadores de equipamento uma atividade voltada para a capacitao dos colaboradores que operaro os equipamentos de movimentao da carga nas instalaes de embarque e de transferncia modal, e inclui o seguinte: estabelecimento das normas de trabalho; programas de alfabetizao complementar de adultos; psicologia no trabalho; ergonomia; relaes humanas; sade ocupacional; manuteno, transporte e armazenamento da carga; plano de ajuda mtua; organizao da CIPA.

A deciso do aluguel da frota X compra de veculos e embarcaes uma deciso logstica da direo da empresa, que instruda pela gerncia da logstica, e deve envolver o seguinte: anlise da evoluo da frota nacional de veculos; anlise da evoluo do ndice de frete; acompanhamento da liberao das obras aprovada pelo FMM- Fundo de Marinha Mercante/BNDES; evoluo da poltica cambial; evoluo da demanda por transporte.

As estratgicas de armazenagem devem ser detalhadas com base na considerao dos seguintes aspectos: localizao das instalaes; tempo de armazenagem por tipo de produto; sistematizao das instalaes; tempo de armazenagem X tempo em trnsito; aluguel de espao em instalaes de terceiros; armazns prprios X armazns de terceiros; lay-out e projeto de armazns prprios.

A localizao de armazns uma tarefa que deve ser desenvolvida apenas naqueles casos em que a operadora do transporte opera seus armazns no apenas para transferncia da carga, mas tambm como centro de distribuio e de consolidao de embarques, e envolve o seguinte: identificao dos plos geradores e de atrao de cargas; caracterizao scio econmica dos plos geradores, de atrao e intermedirios para o fluxo da carga; identificao dos momentos de transportes dos centrides de carga para exportao e importao; identificao dos principais ns das malhas dos eixos nacionais de integrao e desenvolvimento e dos corredores de transporte; identificao da carga por modalidade.

Os sistemas automatizados de armazenagem so voltados para o desenvolvimento de sistemas eficientes para o manuseio e transporte da carga nos armazm, envolvendo o seguinte: sistemas de movimentao; sistemas de docas para embarque e desembarque; sistemas de manuseio para consolidao, distribuio e inspeo da carga; sistemas alfandegados das EADI Estao Aduaneira do Interior; sistemas de localizao dos espaos nos armazns; equipamentos para embarque e despacho da carga nos armazns.

O processamento de pedidos dos clientes finais para a prestao do servio de transporte envolve o seguinte: localizao dos locais de recebimento; meios e instrumentos utilizados; elaborao do mail-list dos clientes nas duas pontas da cadeia; forma de registro e arquivo dos pedidos; manuteno do pedido; forma e prazo para atender o pedido.

A programao e planejamento das operaes constitui-se numa atividade central da operadora, e deve envolver o seguinte: controle do desempenho da frota; acompanhamento do desempenho operacional dos veculos e embarcaes; acompanhamento da evoluo da degradao do equipamento atravs de anlise B/C; acompanhamento dos ndices operacionais do transporte da empresa, dos parceiros e dos concorrentes; evoluo do custo de manuteno e reposio dos equipamento de transporte de carga.

Finalmente, a logstica internacional, que trata dos procedimentos a serem observados nas trocas internacionais, e deve incluir o seguinte: parcerias internacionais; integrao dos procedimentos alfandegrios; o papel do OTM.- Operador de Transporte Multimodal envolvido na operao; insero no Mercosul.

No que se refere tecnologia da informao, cabe ao gerente logstico estabelecer a utilizao dos recursos disponveis, e deve envolver no mnimo o seguinte: softwares de armazenagem; programas de acondicionamento da carga em veculos, composies ferrovirias e embarcaes; sistemas informatizados de localizao da carga; transmisso eletrnica de dados; banco de dados na rede Internet; correio eletrnico; pesquisa on-line.

3-O PLANEJAMENTO ESTRATGICO E O TRANSPORTE MULTIMODAL

Nenhuma atividade de transporte multimodal pode ser desenvolvida sem um prvio planejamento estratgico, que tem como objetivo ordenar as aes e procedimentos que devem orientar a prestao do servio. Essas aes podem ser definidas como sistemas logsticos do transporte, que so um conjunto de recomendaes, procedimentos e ferramentas empregadas numa atividade produtiva para garantir a lucratividade da empresa no seu nicho de negcio. No caso especfico do transporte multimodal, os sistemas logsticos referem-se s medidas de natureza estratgica e operacional que garantem o bom desempenho da empresa de transporte, diante do quadro de acirrada competio instalada aps a abertura da economia brasileira na primeira metade desta dcada. De uma forma sumria, de acordo com Stock e Lambert, os aspectos principais da logstica de transporte so: atendimento ao cliente; qualidade do servio de transporte, relacionamento transportador x embarcador; alocao de instalaes e equipamentos; linha de servios, e parcerias estratgicas. Outros aspectos existem mas podem ser entendidos como derivao deste conjunto.

Atendimento ao cliente

O atendimento ao cliente deve se pautar pelas normas de aes e procedimentos que assegurem a lucratividade da empresa. Na basta ao operador de transporte prestar um servio de qualidade. Ele tem que mostrar ao cliente que ele capaz de garantir um servio diferenciado dos demais operadores. O cliente tem que ter a certeza que o servio recebeu, alm de ter sido cobrado o preo justo, teve a qualidade esperada. Para tanto, o atendimento do pedido, o cumprimento dos prazos e datas de coleta, transporte e entrega, as facilidade oferecidas para o pagamento das faturas, e um tipo de atendimento ps venda, estruturado em programas de pesquisas com os clientes, contribuir para o marketing da empresa.

Qualidade do servio de transporte

A qualidade o principal atributo do servio de transporte, desde a entrada do pedido at a entrega ao cliente final. Nem sempre o operador consegue monitorar seu sistema de qualidade, devido s dimenses geogrficas que caracterizam as cadeias. Para tanto, deve dispor, alm de paradigmas de qualidade, que devem ser da conhecimento dos seus colaboradores e parceiros, de um sistema de avaliao da qualidade do servio, que, em linhas gerais pode ser constitudo pelos seguintes itens: avaliao dos tempos em trnsito efetivamente incorridos; verificao das freqncias das viagens e dos principais centrides de cargas visitados; condies de oferta de meios e equipamentos como paletes, contineres, caminhes e embarcaes especiais; atendimento s reclamaes dos clientes fcil rpido e gratuito; disponibilidade de acesso tecnologia moderna como sistemas de monitoramento da carga, transmisso eletrnica de dados, rede Internet, sistemas de informaes on-line; preciso nas cobranas, tanto em relao aos valores, como aos prazos contratados; tarifas competitivas que devem ser informadas aos clientes com clareza; capacidade de negociao de tarifas especiais para grandes embarques ou embarques peridicos; representantes qualificados para vender os servios de transporte junto aos embarcadores potenciais; capacidade de resoluo de problemas no capitulados nos termos contratuais.

Relacionamento transportador x embarcador

O relacionamento transportador x embarcador um ponto fundamental no planejamento estratgico, posto que sem a necessidade de transporte do embarcador, no h como oferecer o servio. Alm disso, em termos gerais, o que o embarcador busca em primeiro lugar o frete mais barato, enquanto o transportador o maior lucro. Visto sob essa tica, ambos devem considerar os objetivos um do outro, que devem ser materializados no respectivo contrato. Esse relacionamento deve considerar as seguintes caractersticas: a necessidade do embarcador dispor do servio de tal forma que consiga colocar o seu produto no local no momento e com o preo que lhe garanta vantagens competitivas com seus concorrentes; a obrigao do transportador de garantir um transporte adequado, bom e barato para o embarcador, considerando que essas condies so necessrias para que volte a ser procurado; o estabelecimento de exigncias e obrigaes claras compatveis com o produto que ser transportado e com meios oferecidos; estabelecimento de um canal de comunicao direta entre ambos para soluo de questes extra-contratuais.

Alocao de instalaes e equipamentos

O transportador deve partir de uma base de facilidades existentes para estabelecer o perfil dos servios que sero oferecidos aos clientes, em ambos as pontas da cadeia. Para isto necessrio que, previamente, sejam definidas as instalaes e os equipamentos, de acordo com: adequao das facilidades aos principais embarcadores da sua carteira de clientes; adequao dos equipamentos ao perfil e das cargas principais; considerao de que os equipamentos de transporte tm que ser compatveis com as instalaes dos parceiros; adequao do equipamento de movimentao com o custo do frete praticado; adoo de uma linha de equipamento que otimize os recursos energticos disponveis em cada instalao; estabelecimento de um programa de avaliao do desempenho logstico com vistas mxima utilizao dos equipamentos e instalaes com base na relao B/C.

Linha de servios

A linha de servios ou mix dos servios, deve ser previamente estabelecida, considerando o market share que a empresa deseja conquistar, manter ou ampliar. Cada modalidade tem um conjunto de caractersticas, que deve atender a cargas com suas especificidades. A considerao dos atributos empregados por Stock & Lambert no Strategic Logistic Management, 1993, d uma mostra do que deve ser feito. No caso de um pas com macrorrotas com extenses de at 5 mil km, com extremidades em centrides de forte concentrao em modalidades diferentes, a linha dos servios de transporte oferecida pelo transportador deve considerar as caractersticas da economia regional e do transporte, a saber: perfil da produo dos centrides atendidos; pontos nodais da rede de transporte (ns da malha de transporte com atributos necessrios para a prestao do servio) cobertos; participao modal na matriz de transporte, e parceiros.

Parcerias estratgicas

A parceria vem despontando como principal atributo na logstica de transporte considerando os altos custos de investimento em equipamentos e instalaes, as elevadas taxas de juros, os altos ndices de desemprego, e a persistente recesso que o pas enfrenta no momento. Esse quadro de dificuldade tem como agravante a abertura da economia ao mercado globalizante, que estabelece uma concorrncia desigual.

Como resultado tem-se hoje uma situao em que o custo do frete chegou ao nvel mais baixo dos ltimos tempos. A conseqncia inevitvel a quebradeira generalizada das empresas organizadas, e a proliferao desmesurada de prestadores de servio no qualificado e sucateamento da frota. O recurso mais adequado para tal situao, a parceria, que extrapola o limite das semelhanas operacionais e gerenciais, para toda a cadeia. No raro, tem-se hoje grandes empresas internacionais de transporte adquirindo o controle acionrio de empresas nacionais nas diversas modalidades utilizadas na cadeia. Junto com esse controle, vo, naturalmente, as respectivas carteiras de clientes. Restaria ento s operadoras que no desapareceram no turbilho das concordatas e falncias, buscar parcerias estratgicas com outros membros da cadeia. A moeda de troca variada, e pode envolver o seguinte: a) entre embarcadores e transportadores: descontos no frete para embarques peridicos ou tonelagem mnima por determinados perodos; atendimento no overbooking com preos subsidiados tendo como fundamento o financiamento para recuperao de veculos de trao, ou aquisio de veculos, vages e embarcaes; b) entre transportadores e fabricantes de equipamento: aluguel de veculos e embarcaes tendo como parte do pagamento o marketing da marca das montadoras ou fabricantes mediante condies favorveis; c) entre transportadores rodovirios e os de outras modalidades: prestao de servios de apoio aos equipamentos e equipagem, para assegurar o porta-a-porta; d) entre transportadores em geral: troca de espao de carga. Naturalmente que este receiturio se aplica s empresas estrangeiras, porm com menor poder de barganha para a negociao.

AS MODALIDADES DE TRANSPORTE DOMSTICO NOS ESTADOS UNIDOS

DESCRIOCAMINHOTREMAVIOCOMBOIO/ NAVIODUTOS

CARACTERSTICAS GERAIS

1- Custo

moderadobaixoAltoBaixobaixo

2- Cobertura do

mercadoporta-a-

portaTerminal-a-terinalterminal-a-terminalterminal-a-terminalterminal-a-terminal

3- Grau de

competioelevadoModeradoModeradoBaixobaixo

4- Carga tpicatodos os tiposbaixo a moderado valor e alta densidadealto valor e baixa a moderada densidadebaixo valor e alta densidade baixo valor e moderada densidade

5- Extenso mdia do percurso (mi)(1)515617885376-1.367276-343

6- Capacidade de carga (ton)(2)

10-2550.12.0005-1251.000-60.00030-2.500.000

CARACTERSTICAS DO SERVIO

7- Velocidade (tempo em trnsito)moderadabaixaAltaBaixabaixa

8- Disponibilidade

altaModeradaModeradaBaixabaixa

9- Variabilidade do tempo de entregaaltaModeradaAltabaixa a moderadaalta

10- Perdas e danosbaixaModerada a altaBaixabaixa a moderadabaixa

11- FlexibilidadealtaModeradabaixa a moderadabaixa baixa

FONTE: Stock & Lambert- Strategic logistic management. 1993.

OBS.:

(1) 1 milha = 1.606 m

(2) 1 ton = 0,906 t

4- OS SERVIOS LOGSTICOS NO TRANSPORTE

Modernamente, os operadores de transporte vm se transformando em operadores de servios logsticos. Isto tem sido facilitado com a introduo de um "novo velho ator na cadeia logstica. Trata-se do operador de transporte multimodal, que embora com funes ainda no regulamentadas pelo Congresso Nacional, vem desempenhando atuao vital na cadeia de transporte, principalmente no internacional.

Hoje, ao invs de oferecer o transporte em uma determinada modalidade, o OTM, garante o porta-a-porta, com um nico documento que acompanha a carga, sem soluo de continuidade para o fluxo da carga. Importa assinalar que quando um operador de uma modalidade faz parceria com um operador de outra modalidade, ele est na verdade gerenciando um processo logstico, que alm das modalidades envolvidas, est ocupando tambm despachantes, agentes de carga, instalaes de transferncia modal e outros membros da cadeia. Ele sem dvida um OTM, que pode se estende at o porta-a-porta.

Cabe contudo, estabelecer as atividades que completam a grade de operaes logsticas do transporte, na qual se destacam: gerncia de todo o processo porta-a-porta; responsabilidade pelo manuseio da carga; monitoramento da documentao nica at o destino final; desembarao alfandegrio na exportao e importao; controle do tempo em trnsito total; servios para todos os pontos do pas; servios para os principais mercados do mundo; servios prioritrios para o Mercosul; parcerias com operadores em outros pases.

Outro aspecto de grande importncia diz respeito s condies de desempenho das funes logsticas, que deve considerar os seguintes atributos: disponibilidade de equipamentos de trao e de carga necessrios para suprir os embarques programados; habilidade de reunir os equipamentos necessrios mediante convocao ou parcerias localizadas; capacidade de realizar o transporte multimodal, conjugando os tipos de equipamentos necessrios; capacidade de minimizar os custos de operao nos terminais intermodais, mediante prvio conhecimento das condies impostas pelos operadores dessas instalaes; vantagens competitivas que podem ser agregadas com a operao de centros de distribuio e de consolidao nos principais pontos nodais da malha de transporte; oportunidade de operar com transporte especializado em alguns tipos de cargas e para algumas regies, especificamente; possibilidade de remanejar frota de veculos, vages e embarcaes para outras regies, sincronizada com a sazonalidade da produo regional.

No que diz respeito s parcerias, devem ser ressaltadas as seguintes vantagens: permite adquirir conhecimentos e tecnologia disponvel em curto espao de tempo; agrega flexibilidade operao do transporte, com a possibilidade de remanejar meios de transporte para atender diversas regies; prescinde de investimentos em bens de capital e contratao de mo de obra; os clientes estrangeiros tm mais confiana nas empresas que utilizam parcerias estveis; certas vantagens competitivas s podem ser conseguidas quando a empresa tem parceiros com sofisticado sistema de comunicao; as parcerias viabilizam a entrada em novos mercados; certos servios no logsticos como apoio, servios gerais, licenciamento, recolhimento de impostos, etc, podem ser desempenhados pelos parceiros.

As parcerias internacionais assumem particular importncia diante de um mercado globalizado. Deve ficar claro que na maioria dos casos, as parcerias esto sendo estabelecidas, no exatamente para conquistar mercado nos outros pases, mas sim para manter o market share, ou at mesmo para no ser alijado do mercado. Isso decorre do fato de que o aporte de capital fundado nos sistemas logsticos de transporte tem se mostrado meio infalvel de reviso desse mercado.

Diante disso, as parcerias internacionais devem ser precedidas de anlise das intenes da oportunidade, e das vantagens, que devem considerar as seguintes questes: possvel se manter no ramo sem firmar parcerias? Como a empresa ficar diante do fato de os competidores tradicionais formarem essas parcerias? Quais as condies que devem ser feitas para firmar essas parcerias? Como conhecer o potencial do possvel parceiro? Que ganhos a empresa ter com essas parcerias?