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Logística Gestão de Estoques e Movimentação

Apostila Logística

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao

Logstica Gesto de Estoques e Movimentao

Sumrio

1. Logstica. Origem e conceitosO que Logstica? Princpios da Logstica.

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2. Integrao da LogsticaAplicaes da Logstica no contexto empresarial. Gesto da Informao.

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3. Administrao de MateriaisRecebimento. Identificao. Estocagem. Movimentao Interna.

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4. Lay-out (Arranjo Fsico)Disposio Fsica do Estoque. Organizao e Limpeza. Otimizao do Espao. Equipamentos de Movimentao Interna.

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5. Sistemas de ArmazenagemProcesso de Armazenagem. Endereamento. Armazm Informatizado (WMS). Tecnologia Voltada a Logstica.

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6. Gesto de EstoquesPadronizao. Obsoletos e Inativos. Flexibilidade. Estoque Mximo x Mnimo. Ponto de Pedido.

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao Solicitao de Materiais Reposio de Estoques. MRP, MRP II e ERP.

7. InventriosObjetivo e Aplicao do Inventrio. Tipos de Inventrio (Portas fechadas, Cclico, Rotativo, Mensal, Anual etc.) Balano. Avaliao de Resultados. Acuracidade.

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8. Transportes e MovimentaoOperadores Logsticas. Distribuio. Abastecimento. Meios e Veculos de Transporte. Equipamentos. Logstica Reversa. Logstica Internacional.

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9. Custos Logsticos 10. Planejamento Estratgico (SCM)Kanban. JIT (Just In Time). Milk Run. Cadeia de Abastecimento (Supply chain management). Planificao de Dados (Planilhas de Excel - Layout).

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11. Qualidade5 S

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12. MarketingNoes de Marketing Industrial.

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13. Empreendedorismo

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1 - Logstica, Origem e conceitos.O que Logstica?Logstica o processo de planejamento, implementao, controle eficiente e eficaz do fluxo, armazenagem de mercadorias, servios e informaes relacionadas desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o objetivo de atender s necessidades do cliente (BOWERSOX e CLOSS 2001, p. 20). Resumidamente, pode se dizer que a Logstica a arte de administrar os fluxos de materiais, produtos e pessoas de determinados locais para outros, onde estes sejam necessrios.

Princpios da Logstica. Origem militar Segunda Guerra Mundial Tcnicas matemticas e estatsticas Globalizao Comrcio eletrnico

A evoluo do conceito de logstica se traduz atravs de sua aplicao dentro da histrica das grandes organizaes durante o sculo XX. Em perodo anterior a 1900 o termo logstica (logistics) comeara a surgir para o mundo, porem quanto a sua origem h possveis verses histricas e etimolgicas. MILITAR organizao terica da disposio, do transporte, do abastecimento de tropas em operao militar; ETIMOLOGIA francs logistique (1840) nome dado parte especulativa da cincia das armas, este emprestado do grego Logistiks, , n relativo ao clculo; que diz respeito ao raciocnio; administrao e organizao dos pormenores de qualquer operao. No incio do sculo XX at o fim da segunda guerra mundial, foi influenciada pelo movimento da racionalizao do trabalho uma vez que a produo em massa necessitava de grandes quantidades de matrias-primas para atender expanso dos mercados, que nesta fase foram alavancados pela guerra, que proporcionou avano significativo na rea da logstica, devido necessidade estratgica de movimentao de pessoas e suprimentos em dois grandes cenrios distintos (Pacfico e Europa).

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No incio dos anos 60 com os primeiros passos no campo da tecnologia tendo como pice o surgimento do computador e progresso dos meios de comunicaes, alem do movimento sistmico ou estruturalista que surgia na rea do pensamento organizacional na administrao. O conceito de sistema gerou uma viso de estrutura para o entendimento dos complexos relacionamentos internos organizao, englobando as atividades logsticas. A concepo de agregao de valor ao produto atravs da prestao de servios ao cliente destacada, e as empresas passam a incluir conceitos de desempenho ligados prestao de servios, valorizando assim a logstica e integrando-a s atividades de manufatura e de marketing. Ao final da dcada de 70 com a importncia estratgica adquirida pelo o setor de marketing durante os anos 60, que passa a exercer forte presso sobre a produo e a manufatura, a concorrncia externa vem despertar as empresas para um novo conjunto de transformaes mundiais emergentes, entre as mudanas da poca a mais sensvel foi a integrao agregando vantagens competitivas, e nesse momento as preocupaes voltam-se para os materiais, estoques e compras, que so incorporados s atividades de transportes e de distribuio fsica. Dos anos 80 at meados dos anos 90, surgiram novos processos e conceitos de administrao, dentre eles: customizao, qualidade, just in time, gesto estratgica etc, que proporcionam destaque logstica no planejamento estratgico das empresas, assumindo uma funo de integrao e coordenao de atividades de diferentes reas. Assim quando abordamos a evoluo do conceito de logstica, temos uma viso de sua integrao com os fatos histricos e procedimentos administrativos, principalmente os praticados ao longo do sculo passado, nos permitindo compreender atividades e situaes que refletiram no conceito de logstica no sculo atual, completamente voltada para atender a gesto de toda a cadeia de suprimentos, desde a obteno da matria-prima at a entrega do produto acabado ao consumidor final.

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2 - Integrao da LogsticaAplicaes da Logstica no contexto empresarial.Ao ser corretamente entendida e aplicada, a logstica permite desenvolver estratgias para a reduo de custos e o aumento do nvel de servio ofertado ao cliente. Como essas duas condies, isoladamente ou em conjunto, possibilitam o estabelecimento de diferenciais competitivos, justifica-se que este seja o caminho escolhido por um nmero crescente de empresas para buscar vantagens sobre a concorrncia. Essa idia pode ser reforada ao se constatar que alguns dos segmentos mais competitivos do mercado, como o automobilstico e o grande varejo, dotam a estratgia de focar-se na logstica. No setor automotivo, por exemplo, as montadoras se utilizam dos mais modernos conceitos de logstica, o que permitiu a construo de plantas compactas de alta eficincia operacional e capazes de produzir automveis alta de classe e tecnologia. Ao expandir esse raciocnio, pode-se perceber que as empresas e os pases competitivos no cenrio mundial, como os Estados Unidos e o Japo, no s se utilizam da logstica, como tambm vm pesquisando-a e desenvolvendo-a. A competncia logstica foi fundamental para que eles expandissem seus mercados para alm de seus limites territoriais, e tornou-se um fatorchave para o seu desenvolvimento econmico.

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao No Brasil de hoje nossos custos logsticos so no mnimo, o dobro da mdia dos pases desenvolvidos, que gastam nesta rea de 8% a 10% do seu PIB anual. A logstica pouco difundida e aplicada pelas empresas nacionais, nossa infra-estrutura no favorvel, sendo necessrios pesados investimentos nesse setor. A matriz de transporte fortemente dominada pelo transporte rodovirio, que responde por dois teros do movimento de carga no pas. No existem indicadores de desempenho setoriais, h falta de mo-de-obra qualificada e existe pouco incentivo para a pesquisa nessa rea. Esse panorama mostra desafios e oportunidades. Os desafios esto na necessidade de rpida soluo dos problemas que impedem o desenvolvimento e o aumento da eficincia da logstica, as oportunidades, neste cenrio adverso, mostram um enorme espao para melhorias. Podemos ento dizer, que aqueles que primeiro fizerem essas melhorias, estaro se distanciando fortemente de seus concorrentes e se habilitando para a conquista de novos mercados.

Gesto da Informao.A informao tornou-se uma necessidade crescente para qualquer setor de atividade e indispensvel mesmo que a sua procura no seja ordenada ou sistemtica, mas resultante apenas de decises intuitivas ou emergenciais. O aumento do comrcio internacional, fruto da crescente interligao entre naes, a expanso do investimento no exterior e a tendncia da homogeneizao dos padres de consumo fazem com que o mundo seja encarado como um s mercado, em que as empresas tm de conviver com a competio internacional dentro dos seus mercados e ao mesmo tempo tentarem penetrar nos mercados externos por forma a aproveitar as novas oportunidades de negcio. Assim, a empresa ao atuar num mundo globalizado est em estado de "necessidade de informao" permanente, a vrios nveis, pelo que a informao constitui o suporte de uma organizao e um elemento essencial e indispensvel sua existncia. A aceitao deste papel, pelos dirigentes de uma organizao, pode ser um fator determinante para se atingir uma situao de excelncia: quem dispe de informao de boa qualidade, fidedigna, em quantidade adequada e no momento certo, adquire vantagens competitivas mas a falta de informao d espao a erros e perda de oportunidades. A informao tornou-se to importante, que a informao e o conhecimento so a chave da produtividade e da competitividade, a gesto moderna exige que a tomada de deciso seja feita com o mximo de informao.

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3 - Administrao de MateriaisRecebimentoRecebimento a atividade intermediria entre as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferncia dos materiais destinados empresa.

As atribuies bsicas do Recebimento so:

Coordenar e controlar as atividades de recebimento e devoluo de materiais; Analisar a documentao recebida, verificando se a compra est autorizada; Controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos; Proceder a conferncia visual, verificando as condies de embalagem quanto a possveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos;

Proceder a conferncia quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos; Decidir pela recusa, aceite ou devoluo, conforme o caso; Providenciar a regularizao da recusa, devoluo ou da liberao de pagamento ao fornecedor; Liberar o material desembaraado para estoque no almoxarifado;

A anlise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a funo em quatro fases:

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1a fase - entrada de materiais; 2a fase - conferncia quantitativa; 3a fase - conferncia qualitativa; 4a fase - regularizao; 1a fase - Entrada de Materiais: A recepo dos veculos transportadores efetuada na portaria da empresa representa o incio do processo de Recebimento e tem os seguintes objetivos:

A recepo dos veculos transportadores; A triagem da documentao suporte do recebimento; Constatao se a compra, objeto da Nota Fiscal em anlise, est autorizada pela empresa; Constatao se a compra autorizada est no prazo de entrega contratual; Constatao se o nmero do documento de compra consta na Nota Fiscal; Cadastramento no sistema das informaes referentes a compras autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento; O encaminhamento desses veculos para a descarga;

As compras no autorizadas ou em desacordo com a programao de entrega devem ser recusadas, transcrevendo-se os motivos no verso da Nota Fiscal. Outro documento que serve para as operaes de anlise de avarias e conferncia de volumes o "Conhecimento de Transporte Rodovirio de Carga", que emitido quando do recebimento da mercadoria a ser transportada. O cadastramento dos dados necessrios ao registro do recebimento do material compreende a atualizao dos seguintes sistemas: Sistema de Administrao de Materiais e gesto de estoques: dados necessrios entrada dos materiais em estoque, visando ao seu controle; Sistema de Contas a pagar: dados referentes liberao de pendncias com fornecedores, dados necessrios atualizao da posio de fornecedores; Sistema de Compras: dados necessrios atualizao de saldos e baixa dos processos de compras;

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2a fase - Conferncia Quantitativa: a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na Nota Fiscal corresponde efetivamente recebida. A conferncia por acusao tambm conhecida como "contagem cega " aquela no qual o conferente aponta a quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor. A confrontao do recebido versus faturado efetuada a posteriori por meio do Regularizador que analisa as distores e providencia a recontagem. 3a fase Conferncia Qualitativa: Visa garantir a adequao do material ao fim que se destina. A anlise de qualidade efetuada pela inspeo tcnica, por meio da confrontao das condies contratadas na Autorizao de Fornecimento com as consignadas na Nota Fiscal pelo Fornecedor, visa garantir o recebimento adequado do material contratado pelo exame dos seguintes itens: Caractersticas dimensionais; Caractersticas especficas; Restries de especificao;

4a fase Regularizao: Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela confirmao da conferncia qualitativa e quantitativa, respectivamente por meio do laudo de inspeo tcnica e pela confrontao das quantidades conferidas versus faturadas. O processo de Regularizao poder dar origem a uma das seguintes situaes: Liberao de pagamento ao fornecedor (material recebido sem ressalvas); Liberao parcial de pagamento ao fornecedor; Devoluo de material ao fornecedor; Reclamao de falta ao fornecedor; Entrada do material no estoque; Os procedimentos de Regularizao, visando confrontao dos dados, objetivando recontagem e aceite ou no de quantidades remetidas em excesso pelo fornecedor, envolvem os seguintes documentos:

Nota Fiscal; Conhecimento de transporte rodovirio de carga; Documento de contagem efetuada;

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Relatrio tcnico da inspeo; Especificao de compra; Catlogos tcnicos; Desenhos; Devoluo ao Fornecedor;

O material em excesso ou com defeito ser devolvido ao Fornecedor, dentro de um prazo prdeterminado a contar da data do recebimento, acompanhado da Nota Fiscal de Devoluo emitido pela empresa compradora.

IdentificaoA identificao de materiais visa classificao, codificao e catalogao de todos os itens de material da empresa atuante. Portanto, como uma funo meio destinada ao apoio das demais atividades de suprimento. O sistema de identificao primordial para qualquer rea de material, pois, sem ele, no pode existir um planejamento eficiente de estoques, aquisies corretas de material e procedimentos adequados nas atividades de armazenamento. A identificao do material pode ser feita pelos modelos descritivo e referencial, e no deve gerar confuses, ou seja, um produto no pode ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo semelhante. Deve haver sempre um material para cada cdigo, e somente um; deve haver um cdigo para cada material e somente um. Mtodo de identificao descritivo: procura na descrio detalhada do item do material, apresentar todas as particularidades ou caractersticas que o individualizem independentemente das referncias do fabricante ou comerciais.

EstocagemPor estoques, entende-se todo e qualquer depsito de mercadoria ou matria prima para produo ou venda em data futura. Logicamente, que a definio acima est voltada muito mais para empresas industriais, onde se concebe a transformao de uma matria prima qualquer em um produto, todavia, existem tambm os estoques de mercadorias para revenda, que tambm podem ter tratamentos diferenciados, o chamado CD ou Centro de Distribuio.

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Algumas das razes da existncia dos estoques a impossibilidade ou inviabilidade de coordenar suprimento e demanda, quer por incapacidade, pelo alto custo de obteno ou por restries tecnolgicas, com fins especulativos, pela escassez ou pela oportunidade, com a finalidade de gerenciar incertezas de previses de suprimento e/ou demanda, na formao de estoque de segurana.

Tipos de EstoquesOs estoques podem ser classificados em diversos tipos, segue alguns tipos abaixo:

Matria-prima: esse tipo de estoque requer alguma forma de processamento para ser transformada em produto acabado. A utilizao diretamente proporcional ao volume de produo;

Produtos em processo: em um processo de produo, considera-se produtos em processo os diversos materiais que esto em diferentes fases do processo produtivo. Corresponde a todos os materiais que sofreram algum tipo de transformao, porm no atingiram a forma final do produto a ser comercializado;

Materiais de embalagem: correspondem as caixas para embalar produtos, recipientes, rtulos etc.

Produto acabado: compreendem os produtos que sofreram um processo de transformao e esto prontos para ser vendidos;

Suprimentos ou Almoxarifado: neste tipo de estoque, esto inseridos todos os itens no regularmente consumidos pelo processo produtivo. So os componentes utilizados para a manuteno de equipamentos, instalao predial, dentre outros.

Movimentao Interna.Dependendo do tipo de empresa, do tipo de produto ou servio, do sistema de produo utilizado e de outras caractersticas, a movimentao de materiais pode atingir um custo de 15 a 70 % do custo total da produo. O estudo da movimentao de materiais deve levar em considerao todas as caractersticas do processo produtivo, j que faz parte inerente dele. D-se o nome de movimentao de materiais a todo o fluxo de materiais dentro da empresa. A movimentao de materiais uma atividade indispensvel a qualquer sistema de produo e visa

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao no somente o abastecimento das sees produtivas, mas tambm a garantia da seqncia do processo de produo entre as sees envolvidas. A movimentao pode ser horizontal ou vertical. horizontal quando a movimentao se d em um espao plano e em um mesmo nvel. vertical quando a empresa utiliza edifcios de vrios andares ou nveis de altura. A movimentao de materiais quando bem administrada pode trazer grandes economias para a empresa e um excelente resultado para a produo.

4 - Lay-out (Arranjo Fsico)O Lay Out corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaos existentes na organizao, envolvendo, alm da preocupao de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumao dos mveis, mquinas, equipamentos, matrias-prima e insumos. Indicadores de problemas no Lay Out:

Demora excessiva no desenvolvimento do processo de trabalho; Mau fluxo de trabalho, dificuldade de movimentao; Excessiva acumulao, materiais sobrepostos; Perda de tempo gasto para se deslocar;

Objetivo:

Proporcionar um fluxo de comunicao entre as unidades organizacionais de maneira eficiente, eficaz e efetiva; Proporcionar melhor utilizao da rea disponvel na empresa; Proporcionar um fluxo de trabalho eficiente; Proporcionar facilidade de coordenao; Proporcionar reduo de fadiga do funcionrio no desempenho da tarefa, incluindo o isolamento contra rudos; Proporcionar situao favorvel a clientes e visitantes; Proporcionar flexibilidade em caso de modificaes nas tecnologias dos processos;

Fatores Ecolgicos: ou de ambientao, destacam-se a iluminao, o nvel de rudo, as cores, a ventilao e a temperatura, entre outros.

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao Iluminao: Experincias comprovam que a produtividade aumenta na medida em que melhoram as condies de iluminao no local de trabalho. Uma das caractersticas da boa iluminao no provocar ofuscamento, o que se obtm eliminando superfcies polidas, brilhosas, espelhadas e vitrificadas. Rudos: A presena de rudos perturba o bom andamento dos trabalhos. Os rudos podem ter origem externa (trnsito, etc.) ou interna (mquinas, sirenes, etc.). Algumas sugestes para eliminar os rudos:

Substituio de campainhas por sinais ticos; Colocao de fechaduras automticas nas portas e lubrificao das fechaduras e dobradias; Forrao do piso com linleo ou carpete; Emprego de material acstico;

OBS: Estudos revelaram que o uso de som ambiental totalmente desaconselhvel para os ambientes de trabalho que exijam um grau mnimo de concentrao. Cores: So aconselhveis como ideais para ambientes de escritrio, as cores frias, como branco, creme, tonalidades claras de azul, verde ou cinza. Segundo a ABNT, as cores padronizadas para uso nos postos de trabalho, NB.76, so:

Vermelho Usado para distinguir e indicar perigo (caixas de alarme, extintores e hidrantes); Alaranjado Identificar partes mveis e perigos de mquinas e equipamentos; Amarelo Usado no sentido de alertar para perigos, para indicar cuidado (escadas, degraus, corrimo, etc.); Verde Caracteriza segurana, identificando caixas de socorro de urgncia, etc; Azul - Indica cuidado, exemplificando; elevadores, entrada de caixas subterrneas, tanques, etc.

Ventilao Natural obtida pela instalao de janelas e aberturas que possibilitem a circulao do ar. ( quando possvel ); Ventilao Artificial obtida por meios mecnicos, tipo, ventiladores, circuladores e condicionadores de ar ( conforme a situao, ar central ou de parede);

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao Temperatura Segundo Nogueira de Faria, para atingir-se o mximo de rendimento humano, as temperaturas devem ser entre 18 e 20 C para trabalhos ativos e entre 20 e 22 C para trabalhos de escritrio.

] Tipos de Lay Out:

Em Linha Tambm denominado por produto, onde todas as mquinas e os processos necessrios so agrupados juntos e seqenciais, sendo que a matria-prima que entra na produo sempre segue o mesmo caminho. (industrial);

Funcional Tambm denominado por processo, onde todas as mquinas que intervm num mesmo trabalho ou funo esto agrupadas juntas (industrial); Agrupado - Juno de algumas das caractersticas dos tipos anteriores. Hoje tambm conhecido como clulas, famlia, ilhas, onde todas as aes esto reunidas em um nico local (industrial/escritrio);

Aberto Adequado para grandes reas de trabalho com grande contingente humano. Um exemplo disto uma sala de aula (escritrio); Corredor Colocao de salas ou dos ambientes de trabalho um ao lado do outro onde esto as equipes de profissionais que desenvolvem uma mesma atividade (escritrio); Panormico Juno dos dois tipos anteriores, porm no h paredes mas divisrias que podem ser transparentes ou biombos de baixa altura (1,40 m) que dividem os ambientes de trabalho para os grupos (escritrio);

Disposio Fsica do EstoqueEstoque - a parte da logstica responsvel pela guarda de produtos e uma das atividades da armazenagem. Geralmente este termo utilizado para produtos acabados. Pode ter uma variao de tipo de local fsico, conforme caracterstica e necessidade do produto, como por exemplo, local coberto, local descoberto, local com temperatura controlada, etc. Pode ter variao de tipo de estocagem, conforme caracterstica e necessidade do produto, como por exemplo, prateleira, gaveta, cantilever, baia, etc.

Ao montar um estoque ou armazm temos que avaliar primeiramente a localizao, no s dos itens a serem estocados, mas do prprio prdio, galpo ou sala, dispor prximo ao maior fluxo de movimentaes ou consumidores de modo a permitir o rpido atendimento e eficcia na superviso dos funcionrios.

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao Colocar as unidades de atendimento ao pblico prximo entrada ou, no caso de edifcio, no andar trreo. Alocar arquivos, armrios, mquinas e outros utenslios, perto das pessoas ou unidades que delas faam uso mais freqente.

Dispor, na medida do possvel, as pessoas, os mveis e os equipamentos no mesmo sentido dos processos. Agrupar, no trreo, as unidades que operam grandes mquinas e equipamentos. Atentar para uma eficiente sinalizao.

Organizao e Limpeza fundamentalmente arrumar o que se faz no dia-a-dia, pois uma pessoa desarrumada com suas coisas pessoais jamais conseguir organizar o que quer que seja, e transmitir para a empresa o seu modo pessoal de organizao. A organizao deve comear pela prpria pessoa. Qualquer que seja a atividade de uma empresa, seja, de servio ou produto, e seja tambm, qualquer iniciativa de melhora (Qualidade, produtividade, segurana, etc...) nunca teremos sucesso se no tivermos a base para tudo: Organizao Geral.

Otimizao do EspaoAtualmente as melhorias ou as chamadas otimizaes, no esto voltadas apenas para reduo de suprimentos, combustveis ou tempo, o fator espao vem sedo cada vez mais valorizado e disputado dentro da empresa, ainda mais nos setores voltados logstica. Assim a otimizao do espao vem agregando cada vez mais valor s operaes e mesmo sabendo que no se tem um retorno visvel, essa uma das tcnicas de reduo de custos mais acessveis, pois reduzir espao vazio reduzir o custo de estocar um determinado produto ou o rateio entre os itens armazenados. Dicas de otimizao de fluxo e espao: Combine atividade para eliminar operaes; Aloque sempre prximos itens da mesma famlia; Abuse no uso da verticalizao, porta-paletes, racks, prateleiras e mezaninos devem ser usados sempre que possvel;

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Padronize embalagens e paletes; Melhore a ergonomia na realizao da operao logstica; Elimine improviso; Mantenha sempre as reas e estaes de trabalhos supridas; Mantenha fluxos de movimentaes limpos evitando assim fluxos cruzados; Treinamento nunca demais; Sempre que possvel minimize percursos; Nunca realize empilhamento de materiais diretamente no solo, utilize um equipamento que possibilite a movimentao agrupada. Reduza a movimentao rearranjando o layout de equipamentos; Preveja um fluxo contnuo para melhor eficincia; Localize as primeiras operaes prximas ao recebimento; Preveja flexibilidade para situaes de mudana; Remova e minimize divisrias e paredes; Assegure um fluxo continuo prevendo a movimentao mecanizada; Libere espaos removendo equipamentos que no so mais utilizados; Preveja sada de emergncias; Combine atividade de movimentao com atividades de processamento Preveja a freqente remoo de sucatas; Preveja espaos adequados para estocagem de materiais

Equipamentos de Movimentao Interna Tipos de equipamentos: Ponte Rolante Empilhadeira a Gs

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Paleteira

Cesto Metlico

Palete

Selecionadoras

Coletores

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Paleteira Eltrica

Empilhadeira

5 - Sistemas de Armazenagem

Processo de Armazenagem

A deciso sobre o tipo de estrutura do armazm e os equipamentos a serem utilizados, estar apoida em qual o tipo de produto a ser armazenado, a unidade de movimentao (palete, caixa, cesto metlico, a granel, etc.), mix de movimentao, time de giro do estoque, critrios de operao (FIFO, LIFO,estoque minimo ou mximo, kanbam) entre outros. Exemplos de estruturas:

Porta-Paletes:

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao As estruturas do tipo Porta-Paletes so utilizadas por uma ampla variedade de cargas a granel. Estruturas projetadas para corredores estreitos utilizando empilhadeiras trilaterais ou selecionadora de pedidos, ideal para estoque de produtos a granel.

Drive-in e Drive-trough: As estruturas drive-in so operacionalizadas por uma entrada ou o drive-through por duas entradas, ideal para armazenar cargas de um nico produto em grandes quantidades. Facilita a implantao do FIFO (PEPS) e LIFO (UEPS). A deciso sobre o tipo de estrutura estar apoida em qual o tipo de produto a ser armazenado, a unidade de movimentao (palete, caixa, cesto metlico, a granel, etc.), mix de movimentao, time de giro do estoque, critrios de operao (FIFO, LIFO,estoque minimo ou mximo, kanbam) entre outros.

So estruturas para verticalizar cargas paletizadas por acumulao, com movimentao interna (ruas) da empilhadeira, ideal para trabalhar com grandes quantidades de um mesmo produto, no

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao caso do drive-in, a empilhadeira entra e sai pelo mesmo lado e para o drive-trough a empilhadeira tem acesso pelos dois lados.

Estante com piso intermedirio ou superior:

So estruturas formadas por perfis perfurados e prateleiras metlicas, com grande praticidade de uso, para locais com altura superior a 4 metros recomendamos pisos intermedirios facilitando o manuseio dos produtos com segurana e rapidez, possibilitando um processo ergonmico

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EndereamentoO local ser armazenado um determinado item de estoque muito importante, porm tanto quanto, o endereamento deste material tambm importante ainda mais se estiver integrado a um sistema de MRP , que envolva picking ou packing list. Identificao de box, ruas e prateleiras tambm contribui para que os colaboradores do estoque consigam otimizar mais o tempo de procura de um produto. No podemos esquecer que ao identificar um determinado item, importante detalhar suas caractersticas, como o prazo de validade, a ordem de recebimento ou numero de pedido, fabricante, quem e quando recebeu. Armazm Informatizado (WMS) WMS - Warehouse Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Armazm. A evoluo do WMS muito similar a de vrios outros sistemas. Inicialmente um sistema para controlar movimentao e armazenamento de mercadorias no depsito, o objetivo principal do WMS expandiu contemplando diversas outras funcionalidades como, por exemplo, controle de ordens de movimentao, transportes, como tambm sistemas financeiros complexos. Analisando os sistemas WMS disponveis no mercado, o primeiro obstculo que iremos encontrar o alto custo de aquisio, implementao e administrao do sistema, fazendo com que o custo total de aquisio no se justifique para a maioria das pequenas e mdias empresas, o que as faz migrar para sistemas de gesto integrada, porem na maioria das vezes com softwares simples e de baixo custo de manuteno.

Tecnologia Voltada a LogsticaNa logstica , a automao comercial, industrial, hardware e software j uma realidade sem volta quando falamos em armazenamento( WMS, cdigo de barras, leitoras e impressoras de cdigo de barras, hardware compatvel), distribuio ( administrao da frota, roteirizao,

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao sistemas de informaes geogrficas, servios de metereologia, hardware

compatvel(principalmente:o palmtop), GPS), produo ( Sistema de administrao da produo, hardware compatvel, automao industrial) e para ressaltar: as pessoas que fazem de qualquer processo uma atividade nica. claro a evidncia do mecanismo humano para todas estas operaes na organizao e sua fundamentao para resultados concretos. A Tecnologia cada vez mais necessita de qualificao. Na logstica esta questo bem relevante, pois carecemos ainda de qualificao em algumas reas e em outras que ainda aparecero em funo de necessidades ainda reprimidas.

6 - Gesto de EstoquesPrincpio do EstoqueA funo dos estoques no suprimento agir como amortecedores entre suprimento e as necessidades de produo. Os benefcios gerados no sistema so: Garantia de maior disponibilidade de componentes para a linha de produo, Reduo do tempo previsto pela administrao para ter a disponibilidade desejada, alm de permitirem a reduo dos custos de transporte atravs de maiores embarques. Se as demandas pelos produtos da empresa forem conhecidas com exatido e as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, (excluda a manuteno de estoques de matria prima como preveno ao aumento de preos) teoricamente no h necessidade de manter estoques. verdade que as modernas tcnicas de gesto de estoques conseguiram reduzir sensivelmente os nveis, mas no quanto a todos os itens, principalmente quando a sua gama muito ampla. A manuteno em estoque de todo o material necessrio para produo, no entanto, no eficiente, principalmente numa situao de juros elevados. Para itens com elevado valor individual e utilizao apenas em nmero limitado de modelos e produtos, a encomenda direta para atender s necessidades de produo constitui-se na forma mais econmica de realizar o seu suprimento. As indstrias, portanto, operam de duas formas, ou seja, controlando os itens que devem ser estocados e aqueles solicitados por encomenda, atendendo diretamente a produo. A rotatividade do estoque (a razo entre o volume de vendas e o estoque mdio) um coeficiente frequentemente empregado para indicar a velocidade de giro do capital para estimar se o inventrio de itens especficos est dentro de limites aceitveis.

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A necessidade de controlar os estoques deve-se grande influncia que tm na rentabilidade das empresas. Absorvem capital que poderia ser utilizado alternativamente e, por isso, aumentar a rotatividade do estoque libera recursos e economiza o custo de manuteno de inventrio. Estoque de Proteo ou Hedge Inventory - feito quando excepcionalmente est previsto um acontecimento que pode colocar em risco o abastecimento normal de estoque e gerar uma quebra na produo e/ou vendas. Normalmente so greves, problemas de novas legislaes, perodo de negociao de nova tabela de preos, etc. Estoque de Segurana ou Safety Stock - Quantidade mantida em estoque para suprir nas ocasies em que a demanda maior do que a esperada e/ou quando a oferta para repor estoque ou de matria-prima para fabric-la menor do que a esperada e/ou quando o tempo de ressuprimento maior que o esperado e/ou quando houver erros de controle de estoque que levam o sistema de controle a indicar mais material do que a existncia efetiva. Estoque em trnsito - Refere-se ao tempo no qual as mercadorias permanecem nos veculos de transporte durante sua entrega. Estoque Inativo - Refere-se a itens que esto obsoletos ou que no tiveram sada nos ltimos tempos. Este tempo pode variar, conforme determinao do prprio administrador do estoque. Estoque Mdio - Refere-se a quantidade determinada previamente, que considera a metade do lote normal mais o estoque de segurana.

Estoque Pulmo - Refere-se a quantidade determinada previamente e de forma estratgica, que ainda no foi processada. Pode ser de matria-prima ou de produtos semi-acabados. Estoque Regulador - normalmente utilizado em empresas com vrias unidades/filiais, onde uma das unidades tem um estoque maior para suprir possveis faltas em outras unidades. Estoque Sazonal - Refere-se a quantidade determinada previamente para se antecipar a uma demanda maior que prevista de ocorrer no futuro, fazendo com que a produo no seja surpreendida ou ocasione uma parada de linha na poca em que ocorrer o pico.

MRP, MRP II, MRPIII e ERPMRP - Material Requirements Planning ou Planejamento das Necessidades de Materiais. MRP II - Manufacturing Resources Planning ou Planejamento dos Recursos da Manufatura.

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MRP III - o MRP II em conjunto com o Kanban. ERP - Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos do Negcio.

PadronizaoA padronizao uma tcnica que visa reduzir a variabilidade dos processos de trabalho, sem prejudicar sua flexibilidade. Isso significa que os produtos devem atender as expectativas dos clientes de forma regular e ao menor custo possvel. Padronizar no significa perder flexibilidade para atender expectativas dos clientes nem sujeitar os trabalhadores a rotinas montonas e normas rgidas. A padronizao a principal tcnica gerencial para a melhoria do desempenho de processos. Ela descende da administrao cientfica de Taylor, mas incorpora todos os conhecimentos modernos sobre pessoas, sistemas e desempenho. Assim sendo, a padronizao moderna um processo que envolve as pessoas responsveis pela execuo do processo, visando aprender sobre o processo, atender as expectativas do cliente, aumentar a produtividade, eliminar desperdcios e melhorar a satisfao dos trabalhadores. A implantao da gesto da qualidade total, bem como a da ISO 9000, envolvem a padronizao de processos. A padronizao cria uma base sobre a qual podem ser aplicadas outras tcnicas mais elaboradas, como benchmarking, reengenharia, terceirizao e empresa virtual. A padronizao pode ser aplicada a um processo isolado ou a uma organizao como um todo. A aplicao organizao como um todo traz os maiores benefcios e cria uma cultura de padronizao. Devido ao fator cultural, pode ser muito difcil padronizar com sucesso um processo isolado dentro de uma organizao. Para implantar a padronizao, uma organizao precisa:

Criar uma estrutura para padronizao Executar os passos para a padronizao.

Obsoletos e Inativos

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao Os itens obsoletos ou inativos, so aqueles que por algum motivo no tem mais serventia para a empresa, perderam seu valor ou utilidade. Muitas vezes isso ocorre na troca de um padro, seja de embalagem ou modelo de produto, estes itens em sua maioria ficam segregados em uma rea devidamente identificada aguardando uma nova funcionalidade ou o momento do descarte.

Flexibilidade

Em um modelo de operao logstica tradicional, so fortemente necessrios processos, controles e indicadores que gerenciem o fluxo desde sua entrada at a sada. Para obteno de xito no atingimento de metas, estes processos precisam ser concebidos dando ao usurio uma certa margem de manobra, isto , permitir lidar de forma flexvel com as circunstncias, inclusive as imprevisveis, o que no deixa de ser comum (previsvel) no mundo logstico:

Pedido fora da previso; Embarque no programado; Greves; Crise econmica; Atendimento estratgico;

Estoque Mximo x MnimoEstoque Mximo - Refere-se a quantidade determinada previamente para que ocorra o acionamento da parada de novos pedidos, por motivos de espao ou financeiro.

Estoque Mnimo - Refere-se a quantidade determinada previamente para que ocorra o acionamento da solicitao do pedido de compra. s vezes confundido com "Estoque de Segurana". Tambm denominado "Ponto de Ressuprimento".

Ponto de PedidoModelo de controle de estoque por ponto de pedido ou ponto de reposio, consiste em estabelecer uma quantidade de um determinado item em estoque, que, quando atingida, inicia o processo de reposio (cotaes e compras) em uma quantidade pr-estabelecida.

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REP OSI O P OR P ONTO DE P EDI DOPosio de Estoque Pedido Recebido Quantidade Disponvel Posio de Estoque Pedido Recebido

N vel de Estoque (Unidades)

Pedido Colocado

Pedido Colocado

TempoTempo de Entrega Tempo de Entrega

Solicitao de Materiais Reposio de EstoquesModelos de estoques baseados na lgica MRP (Material Requirement Planning), considera a dependncia da demanda que existe entre itens e componentes de produtos acabados. O MRP permite que as empresas calculem quanto de um determinado item necessrios e em que momento, objetivando o cumprimento das promessas de entregas de produtos sempre com o mnimo de estoque necessrio.

KANBAN /Just-in-time

MRPPlanejamento de longo Prazo Te mpo

Curto a mdio prazo- 27 -

Longo prazo

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A metodologia MRP se torna interessante quando tm-se em mos ferramentas que trazem toda a expectativa de consumo de material, em funo de um histrico consistente vindo de um banco de dados alimentado diariamente, semanal mente, mensalmente de acordo com a necessidade do ramo de atuao da empresa. A Solicitao ou Requisio de Compra um documento que d a autorizao para o comprador executar a compra. Nele deve estar as informaes do que se deve comprar, a quantidade, o prazo de entrega, local da entrega e, em alguns casos especiais, os provveis fornecedores. Preencher solicitao - Antes de preencher a solicitao, verificar em lista ou sistema de materiais se o material ou equipamento cadastrado. cadastrado - Verificar se a descrio est correta e se h estoque. Caso no esteja correto corrigir, passando por escrito a descrio correta do material, de preferncia buscar junto ao fornecedor ou catlogos, as informaes necessrias. No cadastrado - (Manuteno ou investimento) Preencher a solicitao indicando primeiramente se um item de estoque ou que deve ser estocado, ou se apenas um item de compra direta, com uso eventual e no h necessidade de estocar. No corpo da solicitao importante conter um relatrio explicativo da necessidade de aquisio do material, seja ele equipamento, matria prima ou componente, para encaminh-lo ao seu superior para aprovao ou enviar para compras. Tanto quanto definir e solicitar o material, seu acompanhamento durante o processo de fabricao ou entrega fundamental, fazendo um folow-up freqentemente para garantir o atendimento no prazo e nas condies solicitadas.

7 - InventriosConceitoInventrio fsico o instrumento de controle para a verificao dos saldos de estoques nos almoxarifados e depsitos, e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no rgo ou entidade, que ir permitir, dentre outros:

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Ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentaes dos estoques com o saldo fsico real nas instalaes de armazenagem; Anlise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado atravs dos resultados obtidos no levantamento fsico; Levantamento da situao dos materiais estocados no tocante ao saneamento dos estoques; Levantamento da situao dos equipamentos e materiais permanentes em uso e das suas necessidades de manuteno e reparos; Constatao de que o bem mvel no necessrio naquela unidade. Objetivo e Aplicao do Inventrio

O inventrio nada mais do que voc relacionar todas as mercadorias que voc possuiu numa determinada data. Outro fator importante que a elaborao do inventario uma obrigao legal, ou seja, lei. As empresas so obrigadas a fazer um inventrio ao menos uma vez no ano, e tem mais so duas leis que obrigam a fazer isso tanto a lei do estado, quanto a lei a nvel federal. O estado, tem interesse no inventrio pois cobra o ICMS que um imposto sobre a circulao de mercadorias. E a lei a nvel federal porque cobra o imposto sobre o lucro da empresa, j vimos que o custo da mercadoria reduz o lucro de uma empresa. Se no tivssemos a obrigao de fazer um inventrio, a Receita Federal (que cobra os impostos a nvel federal), no teriam como saber se o custo das mercadorias que voc diminuiu do seu lucro foi o correto, e o Estado que cobra o ICMS no teria como saber se voc realmente pagou o seu ICMS direitinho. Tipos de Inventrio Inventrio Cclico ou Peridico - A contagem cclica como o prprio nome diz efetuar uma contagem numa poca ou data previamente programada e repetir com a mesma freqncia ou regularidade. O importante fazer o exame de todas as discrepncias nos registros de inventrio e encontrar a causa dos erros, a chave real para o sucesso na contagem cclica: achar, identificar, e remover as causas dos erros. Inventrio Rotativo - um mtodo de inventrio fsico em que o estoque contado em intervalos regulares, dentro de um exerccio. Esses intervalos (ou ciclos) dependem da seqncia programada para o inventrio rotativo definido para os materiais. O inventrio rotativo permite

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao que os artigos de alta rotatividade sejam contados com maior freqncia do que os de baixa rotatividade, por exemplo. Inventrio Anual destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada unidade gestora, acontece geralmente no dia 31 de dezembro de cada exerccio, constitudo do inventrio anterior e das variaes patrimoniais ocorridas durante o exerccio.

BalanoUm balano contbil uma fotografia que se bate de uma empresa num determinado momento. Por essa foto d para saber tudo que ela , o que ela possui de bens, o que ela tem a receber e o que ela deve. uma raio-x, simplifica o coordenador do curso de Cincias Contbeis do Centro Universitrio Municipal de So Caetano (IMES), professor Jos Carlos Marion. Segundo Marion, quando se fala em listar todos os bens de uma empresa, a primeira coisa a se pensar no patrimnio existente, tambm chamado de bens ativos. considerado desde o dinheiro no caixa at o dinheiro que est no banco, passando pelo material nos estoques, quando se trata de balanos de comrcio e indstrias. Tambm se leva em conta toda a parte fabril, quando o balano de uma fbrica, suas plantas, prdios, mquinas, detalha o professor. Mas qual a funo de um balano financeiro? Basicamente, duas. Primeiro, serve para identificar a sade de uma empresa. Com ele possvel fazer um diagnstico de como est o negcio, seus pontos fracos e fortes. Aps a concluso de um balano, sabe-se o que precisa ser feito para corrigir rumos inadequados, por exemplo, afirma Marion. Em segundo lugar, o balano se presta a embasar qualquer deciso, seja de investimento, de compra de maquinrio ou fechamento de um negcio. ATIVOS E PASSIVOS Para entender o que um balano contbil, preciso saber o que significam os termos ativos e passivo. (Veja outros termos) Ativos so o conjunto de bens, valores e crditos que formam o patrimnio da empresa. H trs tipos: Circulante: o dinheiro em caixa, os saldos bancrios e os valores que podem ser transformados em dinheiro imediatamente; Fixo: tudo que essencial para ao funcionamento da empresa, como imveis, patentes, mquinas; Financeiro: so os bens que a empresa detm no mercado financeiro, como ttulos pblicos, certificados de depsitos bancrios, debntures etc. Contrapartida do ativo, no balano de um sujeito econmico, o passivo compreende basicamente as obrigaes a pagar, isto , as quantias que a empresa deve a terceiros: ttulos, contas, fornecedores, salrios, impostos e hipotecas.

Avaliao de Resultados

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao De nada adianta s empresas desenvolver aes sociais sem que seus resultados sejam avaliados. necessrio identificar critrios e definir indicadores que contemplem os aspectos gerais e especficos das empresas. Porm, sem esquecer do alinhamento com as estratgias de cada negcio. O processo de avaliao de desempenho pressupe que o desempenho de uma organizao depende do desempenho de cada pessoa e da atuao dessa pessoa na equipe ou no grupo de trabalho. A avaliao de desempenho deve avaliar o passado, corrigir desvios no presente e definir aes para o futuro.

AcuracidadeAcurcia ou Acuracidade exatamente o nvel de exatido de uma tabela, de um inventrio ou de uma operao, geralmente mediada em percentual (%).

8 - Transportes e MovimentaoOperadores LogsticosOperadores logsticos so empresas capacitadas a prestar uma ampla variedade de servios logsticos, de forma integrada. So empresas aptas no s a operar, mas tambm a planejar e gerenciar os processos logsticos. O corao do Operador Logstico o Departamento de Engenharia Logstica. essa a rea provida de pessoas, metodologia, ferramentas e banco de dados para o planejamento e execuo de projetos logsticos. ela quem oferece suporte tcnico para a elaborao das propostas, para a implementao e monitoramento das operaes e quem realiza as melhorias contnuas solicitadas pelos Clientes. No Brasil os Operadores Logsticos basicamente oferecem servios de gesto e operao de transportes, da movimentao e armazenagem de materiais e dos estoques. Outras atividades podem diferenciar um Operador Logstico dos demais como a montagem de kits sazonais/promocionais, atividades de importao/exportao, coleta programada em Fornecedores, transporte internacional, etc. Aqui a atividade do Operador Logstico caracterizase por uma forte aplicao de tecnologia da informao, pelo baixo investimento em ativos

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao operacionais e pela grande utilizao de terceiros na execuo das atividades operacionais, principalmente em transportes.

DistribuioDistribuio um dos processos da logstica responsvel pela administrao dos materiais a partir da sada do produto da linha de produo at a entrega do produto no destino final. Aps o produto pronto ele geralmente encaminhado ao distribuidor. O distribuidor por sua vez vende o produto para um varejista e em seguida aos consumidores finais. Este o processo mais comum de distribuio, porm dentro desse contexto existe uma serie de variveis e decises de tradeoff a serem tomadas pelo profissional de logstica. A distribuio um dos processos mais crticos, pois problemas como o atraso na entrega, so refletidos diretamente no cliente. A partir do momento que o produto vendido a Distribuio se torna uma atividade em evidencia ela capaz de trazer benefcios e problemas resultantes de sua atuao. Uma organizao pode ser divida em trs processos principais suprimentos, produo e distribuio. Onde termina o processo de distribuio de uma empresa, inicia o processo de suprimentos da empresa seguinte.

CD Centro de Distribuio

Abastecimento

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Estoque

Nestle Danone Bunge Bauduco Parmalat

Logstica Gesto de Estoques e Movimentao Logstica de Abastecimento - Atividade que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, descarregamento no recebimento, e armazenagem das matriasprimas e componentes. Estruturao da modulao de abastecimento, embalagem de materiais, administrao do retorno das embalagens, e decises sobre acordos no sistema de abastecimento da empresa.

RECEBER

ARMAZENAR

EXPEDIR

Meios e Veculos de TransporteNa escolha do meio mais adequado ao transporte, necessrio estudar todas as rotas possveis, estudando os modais mais vantajosos em cada percurso. Deve-se levar em conta critrios tais como menor custo, capacidade de transporte, natureza da carga, versatilidade, segurana e rapidez. Os transportes so classificados de acordo com a modalidade em: Terrestre: rodovirio, ferrovirio e dutovirio; Aquavirio: martimo e hidrovirio; Areo;

E quanto forma em: Modal ou Unimodal: envolve apenas uma modalidade; Intermodal: envolve mais de uma modalidade e para cada trecho/ modal realizado um contrato; Multimodal: envolve mais de uma modalidade, porm regido por um nico contrato; Segmentados: envolve diversos contratos para diversos modais; Sucessivos: quando a mercadoria, para alcanar o destino final, necessitar ser transbordada para prosseguimento em veculo da mesma modalidade de transporte (regido por um nico contrato).

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao Todas as modalidades tm suas vantagens e desvantagens, e cada uma adequada a um determinado tipo de mercadorias ou produto.

EquipamentosExistem cinco tipos de equipamentos de movimentao de materiais :

Veculos industriais; Equipamentos de elevao e transferncia; Transportadores contnuos; Embalagens, recipientes e unitizadores; Estruturas para armazenagem;

Logstica ReversaO conceito de logstica reversa ainda novo; sendo assim, sua definio ainda no se encontra totalmente consolidada. E, o que mais preocupante, os modelos de logstica reversa muitas vezes so confundidos com os de logstica direta. Alm disso, por ser ainda recente e no muito explorado, e este conceito com freqncia utilizado inadequadamente, j que pouco conhecido sobre a amplitude e escopo das atividades de logstica reversa. Atividades e habilidades gerenciais logsticas relacionadas a reduo, administrao e disposio de detritos perigosos ou no derivados de produtos ou embalagens. Inclui distribuio reversa que faz com que os produtos e Informaes sigam na direo oposta das atividades logsticas normais. Historicamente, o processo logstico termina uma vez que o produto alcana o consumidor. A logstica reversa mistura as atividades da logstica clssica com as atividades da logstica conservadora, executando atividades de reciclagem e controle as quais preservam o meio ambiente e conservam as matrias primas.

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Logstica Internacional

As redes logsticas esto se tornando cada vez mais internacionais. medida que a competio se intensifica, as empresas esto descobrindo que precisam compartilhar economias e competncias em reas como pesquisa e desenvolvimento, qualidade assegurada e logstica. medida que as redes logsticas se tornam mais abrangentes, restries geogrficas, legislaes, dificuldades financeiras e culturais surgem, particularmente com os processos Justin-Time. Ao mesmo tempo que o mercado nico est ajudando a harmonizar, as barreiras geogrficas vm sendo superadas pela concentrao de fornecedores-chave prximos das fbricas. A tendncia atual para as operaes internacionais caracterizada pelo surgimento de novos tipos de relaes profissionais. A indstria automobilstica vem se empenhando em estabelecer estes tipos de relaes, freqentemente mencionadas como "parcerias" ou "alianas". O termo "aliana" envolve um relacionamento formal a longo prazo entre duas ou mais empresas, que unem alguns aspectos dos negcios para um fim comum, e inclui o compartilhamento de informaes. A profissionalizao tambm conduziu a um foco mais slido na competncia essencial, resultando na desintegrao vertical e em ter fornecedores mundiais. Por sua vez, isto conduz a

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Logstica Gesto de Estoques e Movimentao menos fornecedores primrios e mais terceirizao e supridores internacionais. Esta tendncia melhora a importncia dos "sistemas logsticos externos" que ligam o fabricante aos seus parceiros da rede industrial, como fornecedores, transportadores e operadores.

9 - Custos LogsticosOs custos logsticos apesar de imperceptveis em alguns casos esto inseridos dentro do contexto econmico no nosso pas, existem vrios itens que compem os custos logsticos. Custos com Tributao (impostos, taxas, emolumentos); Custos com Transporte; Custos de manuteno de Estoques; Custo de Espao; Custo de Capital; Custo de Servio; Custo de Risco; Custo de Aquisio; Despesas com compradores; Custo administrativo do Pedido; Custo por Falta de Estoque; Uma maneira comum de se custear seu estoque e manter um parametro para nivelao dos custos a Curva ABC ou Classificao ABC. A utilizao da Curva de Pareto para classificar produtos em trs categorias, usando algum tipo de critrio como demanda e valor. Classificao de um grupo de produtos em trs categorias usando determinado critrio como, por exemplo, demanda, valor de consumo, valor do produto ou valor de turnover por perodo. Designam-se as categorias A, B e C:

A-

Um pequeno grupo de produtos que representa uma - grande parte do valor de consumo

total e/ou valor de produo ou valor de turnover por perodo. Esta categoria requer ateno especial;

BC-

Um grupo intermedirio que requer menor ateno do que a categoria A. Um grande grupo de produtos que representa somente uma pequena parte do valor total de consumo e/ou valor de produo ou turnover. Relativamente, esta categoria a que requer mnima ateno.

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CLASSIFICAO ABC

Quantidade A B C Valor

0

20

40

60

80

100

Porcentagem

10 - Planejamento Estratgico (SCM)O Planejamento estratgico logstico pode ser definido como um processo unificado, compreensivo e integrado para alcanar vantagem competitiva atravs de valor acrescido e do servio ao cliente o qual resulta numa satisfao superior do cliente aonde ns queremos estar antecipando a demanda futura por servios logsticos e administrando os recursos de toda a cadeia de suprimentos como chegar l. Este planejamento feito dentro do contexto do plano contingencial corporativo. O planejamento estratgico envolve o desenho da rede logstica em termos de fbricas, armazns, centros de distribuio, planejamento de capacidade (em funo da demanda do cliente), e localizao de parceiros e fornecedores. Este planejamento normalmente pode ser feito para uma viso de 6 meses a 5 anos. No entanto, na prtica importante realizar uma reviso constante da estratgia em funo das mudanas no ambiente.

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Cadeia de Abastecimento (Supply chain management).

Podemos definir que o Planejamento logstico o processo de regular e coordenar atividades com base no tempo e tambm nos recursos disponveis e no modo como estas atividades sero realizadas, com o objetivo de assegurar que elas sejam realizadas de forma tima para que os objetivos estabelecidos selam atingidos com eficcia mxima.

KanbanKanban uma palavra japonesa para registro visvel ou carto. O principio desse sistema baseado no lato de que materiais so movidos em recipientes (contineres), com seus movimentos controlados por Kanbans (cartes) que so postos nos recipientes de forma visvel. Em geral, os Kanbans so cartes de plstico que contm uma descrio do material contido no recipiente, a quantidade, a origem e o destino dos movimentos e qualquer outra informao relevante. Trata-se de um sistema de `puxar" no qual os centros de trabalho sinalizam com um carto.

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JIT (Just In Time)Filosofia de manufatura baseada na eliminao de toda e qualquer perda e na melhoria contnua da produtividade. Envolva a execuo com sucesso de todas as atividades de manufatura necessrias para gerar um produto final, desde a engenharia do projeto entrega, incluindo todas as etapas de converso de matria-prima em diante. Os elementos principais do Just-in-Time so ter somente o estoque necessrio, quando necessrio: melhorar a qualidade tendendo a zero defeitos: reduzir lead times reduzindo os tempos de setup, filas e tamanhos de lote; revisar incrementalmente as operaes e realizar tudo isto a um custo mnimo. De forma ampla, aplica-se a todas as formas de manufatura, sees de trabalho e processos, bem como atividades repetitivas.

Milk RunMilk Run - consiste na busca dos produtos diretamente junto ao fornecedor, de forma programada, para atender sua necessidade de abastecimento, a chamada Coleta Programada. Esta tcnica feita atravs de um caminho que obedece uma rota pr estabelecida e estudada, com trajetos e horrios determinados, coleta os materiais em cada fornecedor e retorna ao ponto de origem. O Milk Run consolida as cargas e diminui os gastos com transporte. Esta atividade est sendo realizada por Operadores Logsticos, outro avano que mostra a tendncia da terceirizao de servios logsticos.

Planificao de Dados (Planilhas de Excel - Layout)A planilha eletrnica um dos aplicativos mais utilizados nas empresas seja em escritrios de contabilidade, no Departamento de Vendas, no Departamento de Finanas, Recursos Humanos, etc. Podemos dizer, com certeza, que no existe exceo a esta regra. sabido que os grficos so de muita importncia em nossas vidas. Em todos os lugares e em todos meios de comunicao sempre tem algum nos querendo passar alguma informao atravs de grficos,pois a linguagem visual foi a primeira a ser utilizada como meio de comunicao e at nos dias de hoje somos muito dependentes dela.

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11 - QualidadeA qualidade hoje uma das principais estratgias competitivas nas diversas empresas e nos diversos setores. A qualidade est intimamente ligada produtividade, a melhoria de resultados e aumento de lucros, atravs de reduo de perdas e do desperdcio, do envolvimento de todos na empresa e conseqente motivao.

Programa 5 SMas afinal o que o 5 'S'? O "5S" uma prtica desenvolvida no Japo e ocidentalizada como "Housekeeping". As empresas com o objetivo da busca de melhoria da qualidade de vida no trabalho, criaram no programa 5S uma base para o desenvolvimento dessa qualidade. No s os aspectos de qualidade e produtividade devem ser delegados aos funcionrios, o mesmo deve ocorrer com relao organizao da rea de trabalho, gerando descarte dos itens sem utilidade, liberao de espao, padres de arrumao, facilitando ao prprio funcionrio saber o que est certo e o que est errado, manuteno da arrumao, limpeza, reas isentas de p, condies padronizadas que clareiam a mente do funcionrio e a disciplina necessria para realizar um bom trabalho, em equipe, dia aps dia. SEIRI - Descarte : Descartar objetos sem uso, obsoletos; SEITON - Organizao: Arrumar as coisas em locais apropriados visando aumento de eficincia; SEISO - Limpeza: Manter o ambiente limpo, cuidar da manuteno; SEIKETSU - Padronizao: Identificar, criar comunicao visual e sistemas para que todos sejam eficazes no trato na organizao do trabalho; SHITSUKE - Disciplina : Manter a rotina dos outros 's'

Faa os 5Ss na empresa e tambm em sua casa

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1. SEIRI SENSO DE UTILIZAO: Consiste em separar o til do desnecessrio. E, depois, o desnecessrio descartvel - que deve ir imediatamente para o lixo - do desnecessrio til. 2. SEITON SENSO DE ORDENAO: Consiste em ordenar e classificar os objetos necessrios, de modo que possam ser facilmente localizados. Cada coisa ganha um local definido, com sinalizao acessvel a todos que a manipulem. 3. SEISO SENSO DE LIMPEZA: Depois de nos livrar do desnecessrio e colocar em ordem o necessrio, o prximo passo cuidar da aparncia e da limpeza das coisas. Essas providncias trazem bem-estar s pessoas e ao ambiente. 4. SEIKETSU SENSO DE CONSERVAO: Todos devem colaborar para manter as condies obtidas com os trs primeiros Ss. Ser necessrio uma mudana de comportamento dos funcionrios e dos membros da famlia, de maneira que todos se comprometam a seguir as regras e procedimentos do programa. 5. SHITSUKE SENSO DE AUTO-DISCIPLINA: Trata-se de um estado de esprito permanente do qual devem estar imbudos os envolvidos no programa. J convencidos das vantagens dos quatro Ss, funcionrios e membros da famlia passam a cumprir naturalmente as normas estabelecidas, sem necessidade de cobranas. O programa estar plenamente incorporado quando comearem a surgir iniciativas espontneas de melhoria da organizao.

12 - Marketing- 41 -

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Noes de Marketing Industrial (Logstica)A Logstica do Marketing um dos processos da cadeia de suprimentos. Sua atividade hoje de interligar o cliente ao restante da cadeia. Muito sabemos da sua importncia, mas como uma das atividades da logstica ,vai alm do simples fato do atendimento ao cliente e as vendas. Tem a ver com o posicionamento da empresa em relao ao mercado. Posicionamento com objetivo de alcanar competitividade e conseqentemente a lucratividade. Na Logstica uma das atividades de conexo com o cliente: demanda, produtos/servios, estruturao dos canais de distribuio. Para termos distribuio fsica necessrio implantarmos primeiramente toda a estrutura de canais de distribuio. Hoje, dentro de uma viso moderna de Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos), os canais de distribuio tem quatro funes bsicas: induo da demanda, satisfao da demanda, ps-vendas( todo o trabalho de relacionamento com o cliente, desenvolvimento de novos produtos e servios com base em pesquisas no ponto de consumo) e troca de informaes( NOVAES, 2001). Com isso, percebemos a importncia de Marketing a servio da atividade logstica, conectando o cliente cadeia. A Logstica do Marketing leva a empresa a posicionar-se em relao ao seu produto: participao de mercado, da marca, dos servios. A empresa passa a questionar se o cliente adquire seu produto ou o servio oferecido em relao ao produto ofertado, e ainda sobre o percentual de participao dos produtos. Em relao a distribuio deve-se ter o cuidado de verificar algumas caractersticas em relao ao produto: se so de consumo freqente , se envolvem pesquisa antes da compra e se so produtos especiais. Estas caractersticas so fundamentais para o posicionamento da empresa no mercado, pois uma m escolha no tipo de distribuio pode acarretar na interrupo das atividades da empresa. A gesto da demanda uma das funes do Marketing, pois atravs da previso (forecast) que conseguimos o ponto de equilbrio entre a capacidade de produo e os pedidos dos clientes. Alm disso, a previso auxilia outras reas como compras e distribuio. A importncia do Marketing para a logstica como dissemos anteriormente vai alm do pensamento de comercializar (vendas) os produtos, embora isso seja importante. Mas no devemos nos ater somente nisso. A Logstica do Marketing fundamenta-se em como a empresa deve posicionar-se no mercado referente aos seus produtos e servios. Como vimos, uma atividade de conexo do ponto do consumo ao ponto de fabricao. Dalva Santana Esp, Estratgia Empresarial Prof. Logstica Empresarial, Centro Tecnolgico Ulbra e Prof. FAE Faculdades

Equipe

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13 - EmpreendedorismoEmpreendedor - A existncia de pessoas empreendedoras o requisito bsico para o surgimento de qualquer ramo de iniciativa empresarial. Todas as relaes humanas surgem pela motivao de pessoas com esprito empreendedor. A criao de novas empresas, a introduo de inovaes nas empresas j existentes e mesmo a dinamizao de uma instituio depende da forma empreendedora das pessoas. O empreendedor deve reunir algumas das seguintes caractersticas: Estar sempre busca de oportunidades;

Iniciativa; Persistncia; Comprometimento; Exigncia de qualidade e eficincia; Correr riscos calculados; Saber estabelecer metas; Buscar informaes; Planejar e monitorar sistematicamente; Capacidade de persuaso e de formar rede contatos; Independncia e autoconfiana;

Dificilmente uma pessoa reunir todas estas caractersticas em perfeito equilbrio, mas importante estar consciente de quais so suas qualidades e deficincias. Ser empreendedor significa, acima de tudo, ser um realizador que produz novas idias atravs da congruncia entre criatividade e imaginao. Seguindo este raciocnio; especialistas defendem a idia de que o empreendedor, em geral, motivado pela auto-realizao e pelo desejo de assumir responsabilidades e ser independente. Considera irresistveis os novos empreendimentos e prope sempre idias criativas, seguidas de ao. A auto-avaliao, a autocrtica e o controle do comportamento so caractersticas do empreendedor que busca o auto-desenvolvimento. Para se tornar um empreendedor de sucesso, preciso reunir imaginao, determinao, habilidade de organizar, liderar pessoas e de conhecer tecnicamente etapas e processos.

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Referncia bibliogrficaBaseado em pesquisas de Internet, leitura de livros com temas aleatrios, debate com profissionais da rea e na prpria vivencia profissional.

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