Apostila nutrição espotiva

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    Segunda Aula

    BIOENERGTICA

    Conceito de Bioenergtica

    Como todas as clulas precisam de energia, existem viasmetablicas capazes de converter nutrientes alimentares( carboidratos, gorduras e protenas ) numa forma de energiabiologicamente utilizvel.

    O processo metablico denominado de BIOENERGTICA.

    " A compreenso do papel de cada macronutriente nometabolismo energtico se torna crucial para aprimorar a interao

    entre a ingesto e o armazenamento de alimentose o desempenho fsico..."(McArdle, W. et al, 2003)

    Para correr, saltar, ou nadar, as clulas musculares devem sercapazes de continuamente EXTRAIR energia dos nutrientesalimentares;

    A capacidade do organismo em EXTRAIR ENERGIA dos nutrientesalimentares e TRANSFER-LA para os elementos contrteis nomsculo esqueltico determina a capacidade de realizar movimentos;

    A incapacidade de transformar a energia contida nos nutrientesalimentares em energia biologicamente utilizvel limita o desempenhodo indivduo;

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    PARA CONTINUAR A CONTRAIR, AS CLULAS MUSCULARESDEVEM TER UMA FONTE DE ENERGIA CONTNUA

    QUANDO A ENERGIA NO SE ENCONTRA DISPONVEL, ACONTRAO MUSCULAR NO POSSVEL

    Energia: a capacidade de realizar trabalho

    A primeira lei da termodinmica determina:

    A ENERGIA NO CRIADA NEM DESTRUDA, MAS APENASTRANSFORMADA DE UMA FORMA PARA OUTRA;

    No organismo :

    a energia qumica das ligaes dos nutrientes alimentares

    transformada

    em energia mecnica para a ao muscular

    transformada

    em energia trmica ( calor ) para o corpo

    COMO OCORREM ESSAS CONVERSES DE ENERGIA?

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    Dois exemplos de converses

    1- Fotossntese (nas plantas)

    Sol libera energia potencial ( energia retida ) na forma deENERGIA NUCLEAR

    transformada

    em ENERGIA RADIANTE na atmosfera( fonte de energia para as plantas verdes)

    A clorofila - absorve esta ENERGIA RADIANTE

    transformada

    em ENERGIA QUMICA POTENCIAL pela sntese de glicose

    ( as plantas tambm transformam os carboidratos em lipdeose protenas para armazenamento como uma futura reserva paraobter energia e permitir o crescimento)

    Os seres humanos e animais ingerem esta ENERGIA QUMICAPOTENCIAL dos nutrientes para serem utilizados pelo organismo

    ( funcionamento adequado )

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    2- Respirao celular ( nos seres humanos)

    ENERGIA POTENCIAL QUMICA DOS CARBOIDRATOS ,GORDURAS E PROTENAS

    ( dos alimentos ou armazenados no organismo)

    So transformadas na oxidao

    em uma ENERGIA UTILIZVEL - ATP - para a realizao deTRABALHOS BIOLGICOS

    Trabalho Trabalho TrabalhoQumico Mecnico de Transporte

    - Trabalho qumicoRealizado por todas as clulas (para o crescimento e

    manuteno dos tecidos)Exemplos:

    SNTESE DE TECIDO MUSCULAR APS UM TREINO

    ATPAminocidos Protenas( provenientes da quebra ( componente celular das

    de uma protena de fibras musculares)algum alimento que j foiingerido, digerido e absorvido)

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    SNTESE DE GLICOGNIO MUSCULAR APS O TREINO

    ATPGlicose Glicognio Muscular

    ( provenientes da quebra ( componente do msculo)de um carboidrato dealgum alimento que j foiingerido, digerido e absorvido)

    - Trabalho mecnico

    Movimentao de clios - estruturas de muitas clulasContrao muscular - filamentos proteicos das fibras

    musculares transformam a

    ENERGIA QUMICA ATP ENERGIA MECNICAdos alimentos ou Energia utilizvel ( contrao muscular)

    armazenados noorganismo

    - Trabalho de TransporteTransporte ativo nas membranas celulares ( Na e K )A molcula de ATP participa deste processo

    ENERGIA QUMICA ATP ( que participa do processo)dos alimentos ouarmazenados noorganismo

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    ATP: Trifosfato de Adenosina

    A energia dos nutrientes liberada na oxidao recolhida econduzida em uma forma utilizvel de energia- ATP;

    A energia potencial dentro do ATP, utilizada para todos osprocessos da clula que necessitam de energia;

    A molcula formada por uma molcula de adenosina + trsfosfatos. As ligaes que unem dois fosfatos so LIGAES DE

    ALTA ENERGIA ;

    Liberao de energia pela molcula de ATP

    Quando o ATP combina-se com gua, ocorre uma reaoqumica catalisada pela enzima ATPase, liberando 7,3 Kcal deenergia livre e um composto denominado ADP e um on fosfato

    ATP + H20 ------- ADP + Pi + energia(7,3 Kcal/mol)ATPase

    Esta energia liberada vai, por exemplo, ativar locaisespecficos ao longo dos elementos contrteis do msculo para acontrao muscular;

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    TRABALHO MECNICO

    A partir dos nutrientes

    Para se obter a energia utilizvel - ATP - que necessriapara a realizao do TRABALHO MECNICO, especificamente a

    CONTRAO MUSCULAR

    existem alguns " caminhos metablicos ", ou seja,REAES METABLICAS ENERGTICAS ESPECFICAS

    Que so chamadas deREAES ENERGTICAS OU VIAS METABLICAS

    ANAERBICAS E AERBICAS

    e a escolha da via metablica utilizada pelo organismo , vaidepender do tipo,durao e intensidade do exerccio executado

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    O QUE SIGNIFICAM OS TERMOS:ANAERBICO E AERBICO ?

    ANAERBICOEst relacionado com as vias metablicas que no utilizam o oxignio

    para produo de energia utilizvel - ATP

    Ocorrem em atividades de curta durao ( alta intensidade): tiro de100m, arrancadas no futebol, voley, contrao muscular na

    musculao...

    AERBICOEst relacionado com as vias metablicas que utilizam o oxignio

    para produo de energia utilizvel - ATP

    Ocorrem em atividades de longa durao ( baixa, moderada e altaintensidades ): maratonas, corridas, natao...

    As Vias Metablicas Anaerbicas ( sem a presena de oxignio):

    Sistema ATP-CP ou Sistema dos FosfagniosGliclise anaerbica

    As Vias Metablicas Aerbicas ( com a presena de oxignio):

    Gliclise AerbicaProduo Aerbica de energia das gorduras e protenas

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    Para facilitar o entendimento dessas VIAS METABLICAS, nonosso organismo existe uma OUTRA molcula que tambm possuienergia potencial ( ou seja, possui energia em suas ligaes) e QUEPARTICIPA DE UM dos processos para obteno de energia : estaoutra molcula a FOSFOCREATINA.

    FOSFOCREATINA (CP ou PCr)

    A FOSFOCREATINA formada de Creatina (C) e uma molcula deFosfato (Pi),

    C + Pi -------- CP ( creatina fosforilada )Obs: a Creatina se encontra livre e armazenada nos msculos emuma quantidade limitada. Existe uma produo endgena ( rins,fgado e pncreas, a partir de alguns aminocidos ) e tambm podeser obtida pela alimentao ( principalmente de origem animal);

    No msculo, 40% da Creatina se encontra livre e 60% fosforilada(na forma de Fosfocreatina );

    Existe, no msculo, uma quantidade limitada de ATP armazenado eIsso proporciona uma energia intramuscular acumulada suficientepara realizar alguns segundos de um exerccio mximo explosivo(ex: tiro de 100 m...);

    A FOSFOCREATINA um composto rico em energia potencial( que se encontra no msculo) que participa no processo defornecimento de mais ATP para esses exerccios;

    A molcula de CP semelhante molcula de ATP, pois uma grandequantidade de energia liberada quando desfeita a ligao entreas molculas de CREATINA E FOSFATO;

    Creatina fosfocinaseCP------------------- C + Pi + ENERGIA

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    SISTEMA ATP-CP ou SISTEMA DOS FOSFAGNIOS( Via Metablica Anaerbica - sem a presena de oxignio)

    Importante para atletas que praticam atividades intensas e decurta durao : tiros de 50 e 100 m, lanamento de peso...DURAO: Mximo 10 segundos;

    Por serem atividades rpidas, o nosso organismo no conseguecaptar oxignio na mesma velocidade, precisando de umFORNECIMENTO RPIDO DE ENERGIA (ATP) sem oxignio;

    O Sistema ATP-CP a via metablica utilizada pelo organismopara produzir energia (ATP) para essas atividades;

    O processo ocorre da seguinte maneira ( nas clulas das fibrasmusculares )

    ATP --------- ADP + Pi + ENERGIA ( para a contrao

    --------- muscular)CP ---------- C + Pi + ENERGIA ( para ressntese

    --------- de ATP )

    Este processo continua at o CP acabar (capacidade individual);

    Se houver energia disponvel (ATP), Creatina livre e Pi: narecuperao podem ser unidos para formar novamente a molcula deCP queser armazenado na clula para um novo exerccio;

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    Terceira aulaGLICLISE ANAERBICA

    ( Via Metablica anaerbica - sem a presena de oxignio )

    Aps os 10 primeiros segundos de exerccio ( que a produo deenergia pelo Sistema ATP-CP) , se o indivduo continua aatividade, inicia o processo de GLICLISE ANAERBICA;

    A produo de ATP pela GLICLISE ANAERBICA, ocorrePREDOMINANTEMENTE em atividades de alta intensidade edurao de at 2 a 3 minutos ( Ex: corrida de 200 e 400m, jogo defutebol...);

    importante saber que no organismo humano, as fontes deenergia ( ATP ) esto relacionadas com:

    - a quebra da Fosfocreatina;- a glicose sangunea ( derivada do glicognio heptico );- as molculas de glicognio e de triglicerdeos armazenadas

    nas clulas musculares;

    -os cidos graxos livres ( provenientes dos triglicerdeos) quepenetram na corrente sangunea;-alguns aminocidos que participam no fornecimento de energia

    ( em ltimo caso);

    Agora, SOMENTE OS CARBOIDRATOS podem ser metabolizadosanaerobicamente e aerobicamente;

    A GLICLISE ANAERBICA envolve a degradao deGLICOGNIO ou de GLICOSE com a produo de cido Ltico efornecimento de energia ( ATP ) sem a presena de oxignio;

    As reaes ocorrem no meio aquoso da clula, FORA DAMITOCNDRIA;

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    REAES NA GLICLISE ANAERBICA

    GLICOSEusa1ATP para fosforilar esta glicose

    ADP + Pi + energia ( fosforilar oudissipa sobre a forma de calor)

    GLICOGNIO Glicose 6-fosfato( no precisa fosforilar, se transforma sem gastar energiapois j est nesta Frutose 6- fosfatocondio ) usa1ATP para fosforilar esta frutose

    ADP + Pi + energia ( fosforilar ou

    dissipa sobre a forma de calor)Frutose 1,6-difosfato

    ( forma 2 molculas fosforiladas com trs cadeias de carbono )

    3- fosfogliceraldedo cada molcula transfere

    (2X) 2H para NAD+ = NADH2que tem como funo levar

    o H para a mitocndria para ser oxidado

    1,3 - difosfoglicerato energia primeiras

    (2X) dois : ADP+Pi --- 2 ATPs processos reaes

    (2X) PiruvatoA formao de cido ltico

    ocorre por que o NADH2 no consegue levar o H para ser (2X) cido Ltico oxidado pela falta de O2 e

    precisa de NAD+ parapegar mais H produzido naglicllise, os H do NADH2se ligam ao Piruvato formando

    (NADH2 + PIRUVATO CIDO LTICO + NAD+) cido Ltico

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    SALDO DE ATPS:

    Fase 1 - Investimento de energia: Utiliza 2 ATPs ( Glicose )Utiliza 1 ATP ( Glicognio )

    Fase 2 - Produo de energia: Produo de 4 ATPs

    Sendo assim;1 molcula de Glicose : produz 2 ATPs ( 4 - 2 = 2 )1 molcula de Glicognio : produz 3 ATPs ( 4 - 1 = 3 )

    CIDO LTICO produzido com o objetivo de liberar o NAD+que vai continuar a receber Hidrognios no processo glicoltico,enquanto durar o exerccio;

    O cido Ltico significa o produto final da Gliclise Anaerbica ese dissocia em seus ons constituintes: Lactato e Hidrognio;

    O aumento de ons Lactato e H pode ser responsvel pela reduo

    de fora muscular, sendo o acmulo de H o mais citado emestudos,pois provoca uma reduo no pH muscular (cido) inativandoalgumas enzimas;

    Aps a formao do cido ltico, ele se difunde no sangue a fimde ser tamponado (neutralizado) e a capacidade de tamponamentomuscular, principalmente pelo bicarbonato sanguneo, significa melhorcondicionamento anaerbico;

    Quando o O2 se torna disponvel na fase aerbia (durante arecuperao ou quando o exerccio se torna mais lento):*o NAD+ elimina os H acumulados para serem oxidados na cadeiarespiratria para a formao de ATPs, diminuindo a acidez do meio*o pouco cido ltico que se forma nesse momento oxidado, noexistindo novamente um acmulo ( resultando em uma menor acidez)

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    GLICLISE AERBICA( Via Metablica Aerbica - com a presena de oxignio)

    Aps os 10 primeiros segundos de exerccio ( que a produo deenergia pelo Sistema ATP-CP) , se o indivduo continua aatividade, inicia o processo de GLICLISE ANAERBICA e se elecontinua mais tempo ainda, inicia o processo de GLICLISEAERBICA;

    A produo de ATP pela GLICLISE AERBICA, ocorrePREDOMINANTEMENTE em atividades acima de 2 a 3 minutos dedurao com intensidades variadas ( Ex: maratonas, triatlon...);

    A GLICLISE AERBICA envolve a degradao de GLICOGENIOou de GLICOSE com a produo de muita energia e gua com apresena de oxignio;

    As reaes aerbicas ocorrem no INTERIOR DA MITOCNDRIA;Esta produo de energia depende do Ciclo de Krebs e do

    processo metablico de Transferncia de Eltrons pela CadeiaRespiratria ( locais onde ocorrem a produo de ATPs e gua ).

    REAES NA GLICLISE AERBICA

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    GLICOSE utiliza 1ATP

    GLICOGNIO Glicose 6-fosfato

    no utiliza energiaFrutose 6- fosfato

    utiliza 1ATPFrutose 1,6-difosfato

    (forma 2 molculas fosforiladas com trs cadeias de carbono )

    3- fosfogliceraldedo

    cada molcula transfere(2X) 2H para NAD+ = NADH2que tem como funo levar

    o H para a mitocndria para ser oxidado

    1,3 - difosfoglicerato energia primeiras

    (2X) dois : ADP+Pi --- 2 ATPs processos reaes

    (2X) Piruvatoo NADH2 consegue levar os Hpara serem oxidados,pois tem

    O2 suficientee volta o NAD+MITOCNDRIA ACETIL Co-A para pegar os H produzidos e no ocorre formao de cido

    Ltico (2X) Ciclo de Krebs ( 1 ATP )

    Fosforilao oxidativa ( 16 ATPs )

    COMO SO 2 MOLCULAS DE PIRUVATOTOTAL = 34 ATPS

    SALDO DE ATPS:

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    Fase 1 - Investimento de energia: Utiliza 2 ATPs ( Glicose )Utiliza 1 ATP ( Glicognio )

    Fase 2 - Produo de energia: Produo de 4 ATPs

    Fase 3 - No ciclo de Krebs : Produo de 2 ATPS

    Fase 4 - Fosforilao Oxidativa: Produo de 32 ATPs

    Sendo assim :

    1 molcula de Glicose : produz 36 ATPs ( 38 - 2 = 36)1 molcula de Glicognio : produz 37 ATPs ( 38 - 1 = 37)

    As reaes Anaerbicas fornecem 10% da energia existente emuma molcula de Glicose;

    Para um fornecimento maior de energia , necessrio o Ciclo deKrebs que produz eltrons ( H+) para serem transferidos para acadeia respiratria, onde sero produzidos muitos ATPs;

    S vai ocorrer este processo, se houver disponibilidade de O2, ouseja, nas atividades em que o indivduo consegue captar o O2 e levarpara as clulas ( exerccios acima de 2 a 3 minutos de durao).

    AS GORDURAS E AS PROTENAS TAMBM FORNECEMATPS, MAS NECESSITAM DE SOFRER TRANSFORMAES PARACONSEGUIREM ENTRAR NO

    CICLO DE KREBS E TRANSPORTE DE ELTRONS

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    LIBERAO DE ENERGIA PELAS GORDURAS( Via Metablica Aerbica - com a presena de oxignio)

    A gordura corporal armazenada representa a fonte maisabundante de energia potencial no organismo humano;

    As reservas de energia em um adulto jovem em mdia de:

    50.000 a 100.000 Kcal a partir de TRIGLICERDEOS DASCLULAS ADIPOSAS ( ADIPCITOS);

    3.000 Kcal a partir de TRIGLICERDEOS INTRAMUSCULARESarmazenados prximos das mitocndrias;

    Antes da liberao de energia pela gordura ocorre a hidrlise,chamada de LIPLISE:

    LipaseTriglicerdeo + 3H2O ----- Glicerol + 3 molc.de cidos graxos

    hidrossolveis

    Os ADIPCITOS, so as clulas especializadas em sintetizar earmazenar os TRIGLICERDEOS. Quando o organismo necessita deenergia, ocorre a liplise e os cidos Graxos se difundem para acorrente sangunea, denominados de CIDOS GRAXOS LIVRES paraa obteno de energia;

    Os TRIGLICERDEOS INTRAMUSCULARES fornecem energia

    para o msculo, principalmente nas fibras com um alto contedooxidativo ( contrao lenta ). Ser predominantemente utilizada emexerccios que utilizam a gordura como fonte de energia aqueles debaixa intensidade (caminhada, corrida leve, natao leve...);

    CATABOLISMO DO GLICEROL E CIDOS GRAXOS

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    ( Via Metablica Aerbica - com a presena de oxignio)

    O GLICEROL aceito nas reaes anaerbicas da gliclise naforma de 3-FOSFOGLUTARALDEDO, sendo depois degradado aPIRUVATO que ser oxidado no Ciclo de Krebs: FORNECE 19 ATPs ( por 1 molcula de glicerol )

    Os 3 CIDOS GRAXOS prossegue na mitocndria em um processodenominado OXIDAO BETA , sendo transformados em ACETILCo-A que entra no Ciclo de Krebs: FORNECE 146 ATPs ( por cada molcula de c. graxo ) 3 molculas = 3 X 146 = 438 ATPs

    1 TRIGLICERDEO = 438 + 19 = 457 ATPs

    Para emagrecer, melhor fazer exerccio que utiliza gordura comofonte de energia? NO

    *O importante ter um dficit calrico. Por qu?

    Ingesto = gasto manuteno do tecido adiposoIngesto > gasto aumento do tecido adiposo (acmulo)Ingesto < gasto reduo do tecido adiposo : durante o

    repouso (maior parte do dia), o nosso organismo utiliza 90% doscidos graxos livres como fonte de energia para sobreviver...

    Se voc est ingerindo menos energia do que gasta, vai faltarenergia para sobreviver... De onde o organismo vai pegar? DOSDEPSITOS DE TECIDO ADIPOSO !!!!

    Se todo dia existir um dficit calrico, no momento que somaruma mdia de 7700 Kcal a menos diminui 1Kg de gordura!!!No interessa qual nutriente usado no exerccio para obter

    energia, pois durante o exerccio utiliza-se triglicerdeosintramusculares predominantemente e no do tecido adiposo...

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    LIBERAO DE ENERGIA PELAS PROTENAS( Via Metablica Aerbica - com a presena de oxignio)

    A protena pode desempenhar um papel importante como substratoenergtico durante o exerccio constante e o treinamento intenso;

    Os AMINOCIDOS, principalmente os de cadeia ramificada -leucina, isoleucina e valina, alm da glutamina e aspartato, tem queser transformados em uma forma que consigam penetrar nas viaspara liberao de energia;

    Para isso, ocorre uma remoo do Nitrognio desses aminocidos,processo denominado DESAMINAO, e a sim, conseguem entrarnas vias para a obteno de energia;

    Os co-produtos do "esqueleto de carbono" de aminocidosramificados desaminados , so compostos reativos no Ciclo de Krebse podem ser utilizados diretamente no msculo como fonte deenergia;

    Outros aminocidos so glicognicos : quando desaminadosproduzem intermedirios para a sntese da glicose - PROCESSOGLICONEOGNESE.

    Ocorrem em atividades que necessitam de Glicose e no existemreservas de Carboidrato suficientes. ( perda de massa muscular )

    Em situaes nutricionais adequadas, as protenas participam com

    5% da energia fornecida para o trabalho mecnico.

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    USINA METABLICA-INTER-RELAES ENTRE OMETABOLISMO DE CARBOIDRATOS, GORDURAS E PROTENAS

    Ciclo de Krebs proporciona os compostos orgnicos formados peladecomposio de gorduras e protenas possam ser metabolizadospara a produo de energia (CIDOS GRAXOS, GLICEROL EAMINOCIDOS);

    CARBOIDRATOS, PROTENAS E GORDURAS em excesso :Acumulam-se na forma de gordura !!!

    Existem vias metablicas que so responsveis por isso!!!

    AS GORDURAS QUEIMAM EM UMA CHAMA DE CARBOIDRATOS

    O fracionamento dos cidos Graxos dependedo fracionamento dos Carboidratos.

    *Os cidos Graxos so transformados em Acetil-CoA(na Beta Oxidao)

    *O Acetil-CoA s penetra no Ciclo de Krebs se tiverOxaloacetato

    *O Piruvato s gera Oxaloacetato na quebra de Carboidratos

    A falta de Carboidratos reduz a produo de Piruvato que

    reduz o Oxaloacetato que reduz a entradade Acetil-CoA no Ciclo de Krebsresultando na diminuio da degradao de cidos Graxos

    SEM CARBOIDRATOS, A QUEIMA DE GORDURA FICAPREJUDICADA

    Quarta aula

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    RESPOSTAS METABLICAS AO EXERCCIO:INFLUNCIA DA DURAO E DA INTENSIDADE

    A maioria das atividades e esportes utiliza uma combinao dasvias anaerbicas e aerbicas para a produo de ATP.

    EXERCCIO INTENSO E DE CURTA DURAO

    A energia para a realizao dessas atividades oriunda

    predominantemente das VIAS METABLICAS ANAERBICAS;Corrida de 50 m, exploses no futebol, arremesso de peso... :

    SISTEMA ATP-CP;Corrida de 400 m (55 seg), natao de 200 m... :

    GLICLISE ANAERBICA;

    A transio do sistema ATP-CP para a Gliclise anaerbica no

    uma alterao abrupta, e sim, um desvio gradual de uma via paraoutra;

    Eventos com mais de 45 segundos utilizam uma combinao dostrs sistemas: ATP-CP, Gliclise anaerbica e aerbica, empropores diferentes.

    As principais causas de fadiga:

    - Depleo de Fosfocreatina- Acmulo de cido ltico ( tornando o meio cido )- Falta de carboidratos como substrato

    EXERCCIO PROLONGADO

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    Com o decorrer do tempo em uma atividade ocorre umapredominncia da VIA METABLICA AERBICA;

    A CAPTAO DE OXIGNIO e o transporte dele para as clulas SATISFATRIO e CONTNUO;

    Sendo assim, se torna possvel a produo de ATP serpredominantemente AERBICA;

    Com a presena de oxignio, possvel a remoo dos H+acumulados inicialmente pela Gliclise anaerbica, no ocorrendo afadiga por acidez do meio;

    As principais causas de fadiga:

    - Perda de lquidos e eletrlitos;- Depleo das reservas de energia (Glicognio heptico e muscular )

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    FIBRAS MUSCULARES DE CONTRAO RPIDA E LENTA

    CONTRAO RPIDA ( tipo II)

    - alta capacidade para a produo anaerbica de ATP;- possui uma grande quantidade de enzimas glicolticas e poucasenzimas mitocondriais e lipolticas ( d preferncia ao carboidratocomo substrato energtico);- so ativadas durante mudanas de ritmo e nas atividades comparadas e arranques bruscos ( basquete, futebol...);- so ativadas em exerccios de intensidades mximas demovimentos rpidos e que dependem quase que exclusivamente daenergia gerada pelo metabolismo anaerbico;

    CONTRAO LENTA ( tipo I)

    - alta capacidade para a produo predominantemente aerbicade ATP;- velocidade de contrao relativamente lenta em relao com a de

    contrao rpida;- possui numerosas e grandes mitocndrias e altos nveis de enzimaslipolticas para manter o metabolismo aerbico ( d preferncia gordura como substrato energtico);- funo principal a de manter as atividades contnuas que exigemum ritmo estvel de transferncia de energia aerbica;

    A maioria dos atletas requer contraes musculares relativamente

    lentas e constantes e exploses de um esforo a curto prazo,sendo recrutados AMBOS os tipos de fibras musculares

    FATORES QUE CONTROLAM A SELEO DO SUBSTRATO

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    PROTENAS

    - Contribuem com menos de 2% no fornecimento de energia emexerccios com menos de 1 hora de durao;

    - Exerccios prolongados acima de 1 hora, 3 horas ou 5 horas dedurao, a participao pode ser de 5 a 15% no fornecimento deenergia;

    AS PROTENAS POSSUEM UM PEQUENO PAPEL NOFORNECIMENTO DE ENERGIA

    CARBOIDRATOS

    - Substrato predominante em atividades alta intensidade e curtadurao (exerccios de fora, tiros de corrida...) e de altaintensidade e longa durao ( corridas de alta intensidade, Spinning,aulas de jump... ) > 70% do VO2mx

    GORDURA

    - Substrato predominante em atividades de baixa a moderadaintensidades e de durao acima de 2 a 3 minutos ( caminhadas ...)

    30 a 70% do VO2 mx

    A INTENSIDADE E DURAO DO EXERCCIO SO OS FATORESPRINCIPAIS PARA A SELEO DO SUBSTRATO

    Para definir a intensidade de um exerccio, deve-se relativizarpelo %VO2 mx do indivduo;

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    Exemplos:

    Exerccios de alta intensidade- > 70 % VO2 mxExerccio de moderada intensidade - 30 a 60% VO2 mxExerccio de baixa intensidade- < 30 % do VO2 mx

    MAS, O QUE SIGNIFICA ISSO ?

    CLCULO DO VO2 Mx e PRESCRIO DE EXERCCIO

    Capacidade do indivduo em captar oxignio e levar para as clulasutilizarem este oxignio no metabolismo energtico;

    Existem testes para medir esta capacidade e uma tabela devalores que determinam se o indivduo est bem condicionado ou no;

    Consiste em testes que podem ser realizados na bicicletaergomtrica ou na esteira ( existem vrios protocolos, ou seja,vrias metodologias );

    Testes: Geralmente consistem em aumentos progressivos deesforo, ou seja, aumentos de carga no exerccio at o indivduochegar em exausto ( momento em que no consegue mais realizar oexerccio);

    Neste momento, registrado (utilizando um frequencmetro) aFREQUNCIA CARDACA MXIMA ( FC no momento da exausto )do indivduo e a carga mxima utilizada no teste;

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    O VO2 mx calculado atravs de frmulas, que levam emconsiderao a carga mxima alcanada (ou seja, quanto mais carga,melhor para a pessoa );

    Para a prescrio de exerccios, preocupando em definir aintensidade dele, necessrio ter o valor da FREQUNCIACARDACA MXIMA;

    Uma outra forma mais prtica para obter a Frequncia cardacamxima sem a utilizao de um teste, atravs de um clculo quese leva em considerao a idade:

    um mtodo menos preciso, mas muito utilizado:

    FCmx = 220 - idade Ex: 30 anos FC mx = 190 bat/min

    E DA, PARA QU A FC mx?COMO CALCULAR A INTENSIDADE DO EXERCCIO?

    Dentre outras metodologias, ser abordada a seguinte:

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    Utilizao do % da FC mx em relao ao %VO2 mxatravs de uma tabela

    % VO2 mx % Mx FC50 6655 7060 7465 7770 8175 8580 8885 9290 96

    Exemplo 1:1- O indivduo fez o teste de VO2 mx ( bicicleta ou esteira )2- A FCmx foi de 200 bat/min3- Quero prescrever uma ativ de alta intens.:>70%VO2 mx4- Olha na tabela e faz os clculos

    85% da FCmx --------------75%VO2mx85% de 200 bat/min = 170 bat/min

    5- A atividade dever ser monitorada pelo frequencmetro, deforma que o indivduo mantenha a FC em torno de 170 bat/min

    Exemplo 2:1- No houve o teste e o indivduo tem 30 anos2- 220 - 30 anos = 190 FC mx= 190 bat/min3- Quero prescrever uma atividade de moderada intensidade

    55% do VO2mx

    4-Fazer as contas e olhar na tabela70% da FCmx--------------55%VO2mx70% da 190 bat/min = 133 bat/min

    5-Monitoramento com o frequencmetro

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    INTENSIDADE DO EXERCCIO E SELEO DO SUBSTRATO

    - Exerccios de BAIXA INTENSIDADE: 70% VO2 mxPredominantemente CARBOIDRATOS

    O que faz com que o aumento da intensidade ocorra o desvio dautilizao da gordura para carboidratos:

    1-principalmente pelo recrutamento das fibras rpidas ( maior

    quantidade de enzimas glicolticas);2-aumento de adrenalina no sangue, que aumenta a degradao deglicognio muscular e que ocorre uma produo de lactato( principalmente em exerccios de curta durao ) e resulta em umainibio das enzimas lipolticas;

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    DURAO DO EXERCCIO E SELEO DO SUBSTRATO

    -Exerccios PROLONGADOS E DE BAIXA INTENSIDADE: >30 min

    Desvio gradual do uso de CARBOIDRATOS para umamaior dependncia da GORDURA

    A preferncia pela gordura est relacionada com:

    1- maior recrutamento das fibras lentas ( maior quantidade deenzimas lipolticas)

    2- Liberao de hormnios que estariam relacionados com umaumento da liplise ( adrenalina, noradrenalina, glucagon e hormnio

    do crescimento)

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    INTERAO ENTRE O METABOLISMO DAS GORDURAS E DOSCARBOIDRATOS

    Durante o exerccio de curta durao improvvel que osestoques de glicognio muscular ou os nveis de glicose sanguneasejam depletados;

    Mas, durante o exerccio prolongado ( principalmente acima de 2horas ), os estoques de glicognio heptico e muscular leva a umaFADIGA MUSCULAR, mesmo se tiver gordura disponvel;

    POR QUE OS NVEIS BAIXOS DE GLICOGNIO LEVAM FADIGA ?

    Estudos sugerem que:

    - os carboidratos existentes sero utilizados como energiapara o Sistema Nervoso Central;

    - o importante papel do carboidrato no metabolismo dasgorduras ( ou seja, no deixa o organismo utilizar a gordura comoenergia );

    - ritmo muito lento da liberao de energia pela gorduraem comparao com o fracionamento dos carboidratos;

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    Quinta aulaAVALIAO NUTRICIONAL

    PARA PRATICANTES DE ATIVIDADE FSICA OU ATLETAS

    1- Exames Bioqumicos

    DE SANGUE

    - Hemograma completo ( sistema imunolgico, anemia ...)- Glicose de jejum ( diabetes )- Triglicrides,Colesterol total e fracionado ( desequilbrio lipdico )- T3 e T4 ( desequilbrio hormonal na tireide )

    Dicas de consultrio:-Caso no exista um exame recente ( mximo 1 ano ), necessriopedir outro.-Se no recordatrio, perceber algum sintoma de deficincianutricional, pedir o exame.

    2- Avaliao antropomtricaPESO, ESTATURA

    COMPOSIO CORPORAL: DOBRAS CUTNEAS ( mais utilizada )

    - utilizado um instrumento especfico para a medio:Compasso de Dobras Cutneas ou Adipmetro

    Harpenden, Lange e Cescorf

    - Os valores das dobras cutneas podem ser utilizados emprotocolos que estimam a composio corporal ou em programas decomputador especficos ( Ex: Fitness School ).

    - Fornece: % de gordura, a gordura ( Kg ) e massa muscular ( Kg).

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    POR QUE IMPORTANTE SABER O % DE GORDURA ?POR QUE SOMENTE O PESO NO INTERESSANTE?

    Por que os indivduos que praticam atividade fsica estosempre estimulando contraes musculares e muitas vezes, ocorre ahipertrofia ( aumento ) desses msculos.

    Sendo assim, somente o peso no detecta se o valor demsculo ou de gordura, ou seja, algum pode estar pesando muito (atravs do IMC, pode ser considerado obeso ) mas, na verdade, opeso de massa muscular.

    Um exemplo disso so algumas jogadoras de voleibol , quepesam 80 Kg de PURA MASSA MUSCULAR ( so gordas? NO ).

    Pessoas que possuem uma estrutura de ossos grandes e largos,com um biotipo atltico ( predisposio a desenvolver mais massamuscular), se praticar atividade fsica, poder ter um peso bemacima do padro daqueles que no possuem esta predisposio.

    imprescindvel a avaliao da composio corporal queconsegue detectar o que gordura e o que massa muscular.

    Existe uma tabela para verificar a situao do cliente (emtermos de % de gordura) e mostrar o ideal.

    NO VALORIZAR O PESO,COMO RESULTADO DO ACOMPANHAMENTONUTRICIONAL,

    E SIM, A COMPOSIO CORPORAL

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    Dicas de consultrio :

    ORIENTAR O CLIENTE:

    - se o objetivo do planejamento reduzir o % de gordura,ficar atento em relao s medidas e no se preocupar com peso;

    - se o objetivo for aumento de massa muscular, pedir paraperceber se o aumento de peso no de gordura ( como ?gordurinhas na cintura, aumento de gorduras no rosto );

    - sempre estar disposio, A QUALQUER MOMENTO, parasolucionar as dvidas do cliente

    PEDIDO DA AVALIAO

    - Para praticantes de atividade fsica: 3 em 3 meses;- Para atletas: pode ser de ms em ms ( depende do momentodo treinamento que se encontram )

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    CONDUTA NUTRICIONAL DE ACORDO COM O OBJETIVOPARA PRATICANTES DE ATIVIDADE FSICA OU ATLETAS

    1- Manuteno

    Quantidade de Energiavalor calrico total (VCT) = gasto energtico total do dia (GET)

    2- Reduo do % de gordura

    Quantidade de Energiavalor calrico total (VCT) < gasto energtico total do dia (GET)

    3- Aumento de peso

    Quantidade de Energiavalor calrico total (VCT) > gasto energtico total do dia (GET)

    5- Aumento de massa muscular

    1 momento:Quantidade de Energia

    valor calrico total (VCT) = gasto energtico total do dia (GET)( adequar as refeies quanto aos horrios, se estiver com poucocarboidrato , aument-lo, alterar os hbitos inadequados )

    2 momento: (em torno de 1 ms depois)Energia

    Se o cliente estiver sentido uma melhora, teve mais disposio parao exerccio e aumentou de peso na balana, sendo massa muscular,aumentar a energia do planejamento em carboidrato( 300 Kcal) -Justificativa: o metabolismo aumenta

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    CONDUTA NUTRICIONAL DE ACORDO COM O TREINAMENTOPARA PRATICANTES DE ATIVIDADE FSICA OU ATLETAS

    PLANEJAMENTO DO TREINO

    um processo metodolgico e cientfico que auxilia o atleta oupraticante de atividade fsica a atingir alto nvel de treinamento edesempenho ( ex: fichas de musculao, aulas de ginstica, planilhasde treinamento...);

    Para praticantes de atividade fsica: o responsvel ( personal ,instrutores de musculao, professoras de ginstica) planejaobjetivando uma melhora no desempenho e bem estar individual(importante saber horrios, modalidades, intensidades...);

    Para atletas de competio: treinos objetivando principalmente obom desempenho para testes ou competies, considerando sempre o

    calendrio de competies (importante saber as datas dascompeties- pedir planilha de treino: semanal, semestral ou anual);

    Atletas de competio podem se encontrar em quatro momentosbsicos:

    *perodo pr-competio ( prximo - uns 5 dias antes)*dia da competio

    *perodo ps-competio ( recuperao at uns 3 dias depois)*perodo de treinamento dirio ( distante de competies)

    CUIDADOS IMPORTANTES!!!!

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    Perodo de treinamento pr-competio

    - Quantidade energtica de manuteno (ingesto = gasto)- Preocupar muito com a ingesto de carboidratosObs: Geralmente , os treinadores desenvolvem planilhas detreinamento mais leves antes das competies, para proporcionar arecuperao total das reservas de energia ( Glicognio heptico emuscular ) para a competio.

    Dia da competio- Quantidade energtica de manuteno (ingesto = gasto)- Preocupar muito com a ingesto de carboidratosObs: Elaborar planos especiais, saber da realidade da competio,tempo de durao, facilitar a ingesto dos alimentos...

    Perodo de treinamento aps a competio ( mnimo 2 a 3 dias)

    - Quantidade energtica de manuteno (ingesto = gasto)- Preocupar com a ingesto de carboidratos (recuperao)

    Perodo de treinamento dirio ( prxima competio distante)

    - Quantidade energtica de acordo com o objetivo a ser alcanado(reduo do % de gordura, manuteno ou aumento de massamuscular)- Preocupar muito com a ingesto de carboidratos

    Treinamento sem o objetivo de competio( praticantes de academias, caminhadas, clubes)

    - Quantidade energtica de acordo com o objetivo a ser alcanado- Preocupar muito com a ingesto de carboidratos

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    Sexta aula

    ALIMENTAO ANTES DA ATIVIDADE FSICA

    Conceito de NDICE GLICMICO (IG)

    um indicador relacionado com a capacidade de um carboidratoingerido elevar os nveis sanguneos de glicose.

    O ndice glicmico no depende mais de sua classificao comocarboidrato "simples" (mono e dissacardeos) ou "complexos" (amido efibras).

    Quanto maior a quantidade de fibras de um alimento, torna-semais lento o aumento da glicose sangunea (ex: muitos vegetais,ervilhas, feijes...), tero um NDICE GLICMICO BAIXO.

    Protenas e lipdeos tendem a tornar mais lenta a passagem doalimento para o intestino, REDUZINDO O NDICE GLICMICO dorespectivo contedo em carboidratos da refeio.

    A maltodextrina e a glicose, so carboidratos que possuem osMAIORES NDICES GLICMICOS (ou seja, o organismo absorverapidamente,resultando na elevao imediata da glicose sangunea).

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    ALIMENTAO 3 a 4 HORAS ANTES

    - Funo :*como a recuperao do glicognio muscular demora em mdia

    24 hs para estar completa ( aps uma atividade fsica ), estarefeio participa deste processo. Sendo assim, tem como objetivoGARANTIR A RECUPERAO DO GLICOGNIO MUSCULAR (que jest em andamento).

    - Quantidade de carboidratos ( planos acima de 3500 a 4000 Kcal):* mdia de 200 a 300g de CHOs (ACSM, 2000; SBME 2003)* mdia de 1 a 5g de CHOS / Kg de peso (POWERS,2000)

    - Quantidade de protenas e lipdeos* distribudo de acordo com a recomendao diria* so alimentos que compem as refeies

    - Tipo de carboidrato:* qualquer ndice glicmico

    *dar preferncia queles carboidratos que o indivduo gosta, sesente bem (boa digesto) e de boa qualidade (ricos em fibras,nutricionalmente adequados )

    - Exemplos : se a pessoa treina 10:00hs da manh, poder fazeresta refeio em torno de 7:00hs

    CHO PROT LP2 pes de sal -------------58 9,4 0,2

    2 fatias de mussarela ------ 0 10,9 9,6240 ml de leite desnatado ------ 12,5 9 0,252 bananas -------------- 39 1,2 0,75 colh.de sopa de granola ----- 50 4 73 colh. de sopa de mel ------45

    TOTAL:205g

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    Conceito de HIPOGLICEMIA DE REBOTE

    Pesquisas realizadas no final dos anos 70, indicaram que aingesto de carboidratos de ALTO NDICE GLICMICO, 30 minutosantes do exerccio, desencadeia uma fadiga precoce, resultando emuma hipoglicemia de rebote.

    Esta ingesto de alto ndice glicmico, aps 5 a 10 min,aumenta muito a glicose sangunea provocando uma liberaoexagerada de insulina desencadeando uma queda brusca do acar nosangue e juntamente com o incio do exerccio, a glicose reduz maisainda, levando a DESMAIOS ( hipoglicemia).

    Isso no ocorre com todas as pessoas e ainda necessriomais estudos sobre o assunto. Mas, para eliminar os possveisefeitos negativos, interessante realizar este tipo de alimentao(de alto ndice glicmico) 1 hora antes ou imediatamente antes.

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    ALIMENTAO 1h ou 45 min ANTES

    - Funo:* promover a NORMALIDADE DO NVEL DE GLICOSE

    SANGUNEA para o incio do exerccio

    - Quantidade de carboidratos* est inserido na recomendao anterior.* o importante o bem estar do indivduo.

    - Quantidade de protenas e lipdeos* distribudo de acordo com a recomendao diria* so alimentos que compem as refeies

    - Tipo de carboidrato:

    * qualquer ndice glicmico : por que em 60 min o organismoconsegue restabelecer o equilbrio hormonal.

    *dar preferncia queles carboidratos que o indivduo gosta, sesente bem (boa digesto) e de boa qualidade (ricos em fibras,

    nutricionalmente adequados )* cuidado com a quantidade !!!!* os carboidratos em lquidos ou gis, se tornam interessantes,

    principalmente para atletas ( pois em competies, eles ficamnervosos e no conseguem comer alimentos slidos )

    - Exemplos: CHO PROT LIP1 barra de cereal --------16 1 5 100 Kcal

    Power bar---------------41 9 2,4 220 Kcal1 banana----------------18 0,6 0,35 70 Kcal

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    ALIMENTAO 30min ANTES

    - Funo:* promover a NORMALIDADE DO NVEL DE GLICOSE

    SANGUNEA para o incio do exerccio

    - Quantidade de carboidratos* est inserido na recomendao anterior.* o importante o bem estar do indivduo.

    - Quantidade de protenas e lipdeos* distribudo de acordo com a recomendao diria* so alimentos que compem as refeies

    - Tipo de carboidrato:

    *ndice glicmico baixo : por que, aqueles de IG elevadospodero desencadear HIPOGLICEMIA DE REBOTE.

    *dar preferncia queles carboidratos que o indivduo gosta, sesente bem (boa digesto) e de boa qualidade (ricos em fibras,

    nutricionalmente adequados )* cuidado com a quantidade !!!!

    - Exemplos: CHO PROT LIP1 ma 70g------------- 10 0,1 0,3

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    ALIMENTAO IMEDIATAMENTE ANTES

    - Funo:* promover a NORMALIDADE DO NVEL DE GLICOSE

    SANGUNEA para o incio do exerccio

    - Quantidade de carboidratos* est inserido na recomendao anterior.* o importante o bem estar do indivduo.

    - Quantidade de protenas e lipdeos* distribudo de acordo com a recomendao diria* so alimentos que compem as refeies

    - Tipo de carboidrato:

    * qualquer ndice glicmico : por que ao iniciar o exerccio,ocorre alteraes hormonais que no provocam efeitos negativos.

    *dar preferncia queles carboidratos que o indivduo gosta, sesente bem (boa digesto) e de boa qualidade (ricos em fibras,

    nutricionalmente adequados )* cuidado com a quantidade !!!!* os carboidratos em lquidos ou gis, se tornam interessantes,

    principalmente para atletas ( pois em competies, eles ficamnervosos e no conseguem comer alimentos slidos )

    - Exemplos: CHO PROT LIP1 barra de cereal --------16 1 5 100 Kcal

    Power bar---------------41 9 2,4 220 Kcal1 banana----------------18 0,6 0,35 70 Kcal

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    ALIMENTAO DURANTE A ATIVIDADE FSICA

    -Funo:* tem como objetivo POUPAR O ESTOQUE DE GLICOGNIO

    HEPTICO.* se no existir a ingesto de carboidratos durante o exerccio

    prolongado, a concentrao sangunea de glicose diminui medidaque o estoque de glicognio heptico depletado e a fadiga ocorre .

    * o indivduo permanece mais ativo, devido uma maiordisponibilidade de glicose sangunea e continua a atividade por maistempo.

    - Quando utilizar?* em atividades acima de 1h, principalmente para atletas e em

    atividades intensas (ACSM, 2000;SBME,2003)

    - Quantidade de carboidratos* 0,7g de CHOS/Kg de peso/h (ACSM,2000; SBME,2003)* 30g a 60g de CHOS (ACSM,2000; SBME,2003)

    -Tipo de carboidrato* Alto ndice glicmico (de preferncia)* pode ser na forma lquida ou slida, vai depender da

    preferncia do indivduo (o efeito no aumento da glicemi o mesmo,mas tem que se preocupar com o bem estar)

    -Exemplos: CHO PROT LIP

    1 barra de cereal --------16 1 5 100 KcalPower bar---------------41 9 2,4 220 Kcal1 banana----------------18 0,6 0,35 70 Kcal

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    ALIMENTAO APS A ATIVIDADE FSICA

    -Funo:* tem como objetivo INICIAR A RECUPERAO DO

    GLICOGNIO MUSCULAR.* com uma ingesto adequada de CHOs, as reservas de

    glicognio so reabastecidas ( 5% a 7% por hora ), precisando deuma mdia de 24 horas para a recomposio total.

    - Tempo e quantidade de carboidratos* Nos primeiros 30 minutos aps o exerccio: 1,5 g/Kg de peso

    corporal (ACSM,2000; SBME,2003)* A cada 2 horas (por 4 a 6 hs) : 1,5 g/Kg de peso corporal(ACSM,2000; SBME,2003)

    * Para planejamentos com o objetivo de reduo do % degordura, no ser possvel fornecer esta quantidade de CHOs, mas oimportante tentar ficar o mais prximo da recomendao e reduzirna quantidade de gordura diria (em torno de 20 %)

    -Tipo de carboidrato* Alto ndice glicmico (de preferncia)* pode ser na forma lquida ou slida, vai depender da

    preferncia do indivduo

    -Ingesto de protenas* a ingesto da protena consumida aps o exerccio dever

    fornecer aminocidos para a reparao do tecido muscular

    * a quantidade ser de acordo com a recomendao diria* a protena ingerida durante o dia,tambm participa dessesprocessos, no somente o que se ingere aps o exerccio.

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    CONCLUSES

    1-O carboidrato um nutriente indispensvel para o atleta ou opraticante de atividade fsica. Antes, durante e aps o exerccio, o nutriente mais importante;

    3-O equilbrio da glicose sangunea e a recuperao do glicogniomuscular somente ocorre com a ingesto adequada de carboidratosem relao ao momento (antes, durante e aps), quantidade(recomendaes) e qualidade (ndice glicmico);

    4-A ingesto protica deve ser adequada ao longo do dia, e tem asua importncia aps a atividade fsica;

    5-Se o atleta ou praticante de atividade fsica iniciar um exercciosem estar com as reservas de glicognio muscular recuperadas,diminui o desempenho (falta de energia ) e pode resultar em umaperda de massa muscular se permanecer neste processo (dedeficincia ) por muito tempo;

    6-Quais so os nutrientes mais importantes para se ter um aumentode massa muscular ? Por que ?

    * carboidratos e protenasOs carboidratos so responsveis para a recuperao do

    glicognio muscular, fornecimento de energia para o crebro,resultando em um desempenho melhor ( mais disposio para malhar)e evita a utilizao de protena como fonte de energia (evita a

    perda de massa muscular)Os aminocidos das protenas sero responsveis pelarecuperao dos tecidos musculares e sntese, provocando umaumento da massa muscular ( este aumento ser proporcional predisposio gentica do indivduo)

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    Stima aula

    HIDRATAO

    " A termorregulao desempenha um papel to importante noequilbrio homeosttico do corpo que o preo de alguma falha podeser a morte" (McARDLE et al, 1998)

    Termorregulao a capacidade do indivduo em se adaptar a umstresse trmico: na exposio ao calor, ao frio ( com umidadesrelativas do ar variadas ) em repouso ou no exerccio.

    O Hipotlamo o centro regulador da temperatura corporal. Atemperatura interna considerada equilibrada 37 C 1.

    Se a tempertaura interna est baixa (em ambientes frios), o sangue"frio" que perfunde o hipotlamo provoca as adaptaes fisiolgicaspara aumentar esta temperatura (Ex: tremores)

    Se a temperatura interna est alta (ambientes quentes, exerccio ),o sangue "quente" que perfunde o hipotlamo provoca as adaptaesfisiolgicas para diminuir a temperatura (Ex: perda de calor porevaporao = suor)

    "A evaporao constitui a principal defesa fisiolgica contra osuperaquecimento"(McARDLE et al, 1998).

    O resfriamento do corpo somente ocorre quando o suor alcana apele e o lquido evapora-se.Se o suor escorrer, o calor no estsendo dissipado.

    A umidade relativa do ar, se estiver elevada (ambiente saturado),vai prejudicar a evaporao prejudicando o resfriamento. Enxugar osuor antes que ele se evapore, tambm prejudica o resfriamento.

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    A ingesto de lquidos frios, resfriamento da pele com objetos ousubstncias mais frias, usar vestimentas apropriadas, podem seralgumas alternativas para ajudar a diminuir o calor interno nessesambientes saturados.

    "A conseqncia mais sria da transpirao profusa a perda degua corporal" (McARDLE et al, 1998).

    Qualquer grau de desidratao prejudica o desempenho:

    * A reduo do volume plasmtico ( pois a gua est sendo eliminadana forma de suor e no est havendo reposio hdrica) e anecessidade de estar levando sangue para os msculos, PROVOCAUMA SOBRECARGA CARDIOVASCULAR, aumentando a Frequnciacardaca, prejudicando o desempenho.

    * O fluxo sanguneo que responsvel em levar o calor para aperiferia para ser dissipado na forma de suor, est reduzido,PREJUDICANDO A TERMORREGULAO, aumentando a

    temperatura interna, levando fadiga precoce, prejudicando odesempenho.1% do peso corporal - provoca uma elevao da temp. interna5% do peso corporal - provoca uma elevao da temp. interna eaumento da freqncia cardaca

    PERIGO PARA ATLETAS QUE INICIAM UM EXERCCIODESIDRATADOS

    Excesso de calor interno pode provocar uma HIPERTERMIA,dependendo da gravidade, pode ocorrer convulses, mal estar e ata morte.RECOMENDAES PARA UMA BOA HIDRATAO

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    1- Antes do exerccio

    * 2 horas antes : 400 a 600ml de fluido* Garante que o indivduo vai iniciar o exerccio hidratado* Mecanismos renais eliminar o excesso de gua at o incio doexerccio ou haver uma reteno hdrica caso necessite (ou seja,indivduo desidratado)

    2- Durante o exerccio

    * A cada 15 ou 20 min de exerccio : 150 a 350 ml de fluido* Na tentativa de repor lquidos no mesmo ritmo da perda pelo suor* Esta quantidade proporciona a entrada de lquidos no intestinodelgado com um ritmo de aproximadamente 1L/hora, sendosuficiente para muitos atletas

    3- Aps o exerccio* Logo aps: 450 a 650 ml de fluido para cada 0,5 Kg de perda depeso corporal* Em torno de 1L para cada 1Kg perdido (uma mdia)

    Procedimento muito comum para atletas:

    Pesar antes e depois do exerccio = a diferena significa oquanto ter que repor

    COMPOSIO DO FLUIDO

    CARBOIDRATOS

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    * Existe uma preocupao em relao ao efeito negativo das bebidascom carboidratos sobre a absoro de gua a partir do tratodigestivo;

    * O esvaziamento gstrico se torna mais lento quando os lquidoscontm uma maior quantidade de partculas em soluo ou possuemum alto contedo calrico;

    * As bebidas consideradas hipertnicas em relao ao plasma (maissolutos do que o plasma) retardam a captao global de lquidos nointestino;

    * Para minimizar estes efeitos negativos (reduo da absoro degua) interessante utilizar uma bebida que contm polmero deglicose : MALTODEXTRINA ( por serem polmeros de cadeia curta,reduzem o nmero de partculas em soluo ) + um acrscimo deglicose e de sdio em pouca quantidade para aumentar apalatabilidade, no provoca efeito negativo;

    * Pesquisa recente indica que as solues que combinam doissubstratos de diferentes carboidratos, a absoro mais efetiva(Ex: glicose, frutose, sacarose ou maltodextrina) Ex: Curb up,Maltodextrina...

    * LQUIDOS + CARBOIDRATOS ( objetivos)Antes: reposio de lquidos corporais e normalidade da glicose

    Durante : reposio de lquidos corporais e poupar a utilizao doglicognio heptico durante o exerccio (> 1 hora )Aps : reposio de lquidos corporais e auxiliar na recuperao doglicognio muscularELETRLITOS

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    * No existe a necessidade de realizar uma reposio de eletrlitosem exerccios de durao moderada (at 2 horas), principalmente seo sdio estiver na alimentao.

    *Acima de 3 a 4 horas, exerccios realizados em ambientes quentes(pozinho branco na pele), sudorese elevada, se torna necessrio.

    * Para atletas que suam muito e eliminam muito suor com sdio(provocando uma depleo de sdio e Potssio no plasma), necessrio a utilizao de bebidas hidreletrolticas para no ocorrera HIPONATREMIA; Ex: Gatorade, Sport Drinks...

    HIPONATREMIA : intoxicao por gua"

    O indivduo sua muito diminui o volume plasmtico e ocorre aperda de sdio pelo suor se o indivduo ingerir somente gua paraaumentar o volume plasmtico o pouco sdio existente resultarem uma proporo muito menor em relao ao lquido do volumeplasmtico reposto LEVANDO A HIPONATREMIA(cefalia, confuso mental, mal-estar, nuseas, cimbras, edema

    pulmonar e at a morte )* LQUIDOS + ELETRLITOS (objetivos)Durante/aps : reposio de eletrlitos, principalmente de sdio,para atletas que suam muito e praticam atividades acima de 3 a 4horas

    Oitava aula

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    CLCULO DIETTICO

    MACRONUTRIENTES

    Praticantes de atividade fsica

    CHO - 50 a 60 %LIP- 20 a 25%1,2 a 1,4 g ptn/Kg de peso (resistncia)

    1,6 a 1,7g ptn/Kg de peso (fora)Atletas

    CHO- 60 a 70%LIP - 20 a 25%1,2 a 1,4 g ptn/Kg de peso (resistncia)1,6 a 1,7g ptn/Kg de peso (fora)

    * prefervel ultrapassar na quantidade de carboidratos do que degorduras;

    * Existem referncias (srias) da utilizao de at 2 g ptn/kg depeso para exerccios de fora;

    MICRONUTRIENTES

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    No existem tabelas especficas de recomendao para atletas oupraticantes de atividade fsica (utiliza-se as RDAs existentes).

    Estudos esto sendo realizados para verificar uma maiornecessidade.

    Vitaminas: destacam-se as vitaminas do complexo B ( participaono metabolismo energtico), Vitamina E (ao antioxidante) e C (pelaimunocompetncia, preveno de leses musculares, aoantioxidante).

    * Estudos cientficos: mostram que no existe a necessidade desuplementar.

    Minerais: destacam-se Ca (manuteno de ossos e dentes, contraomuscular, iniciar a coagulao sangunea), Mg (participa das reaesde produo ou consumo de energia, contrao muscular, regula apresso sangunea),Fe (componente da hemoglobina no transporte deO2),Zn ( metab.de CHOs, Prot e Lip).

    * Estudos cientficos: mostram que no existe a necessidade de

    suplementar.

    necessrio orientar a ingesto de alimentos ricos emmicronutrientes para suprir as necessidades dirias.

    A necessidade diria mnima, e nos alimentos encontram-semicronutrientes em abundncia.

    Principalmente os atletas, que consomem de 3000 Kcal a

    7000Kcal, facilmente atingido as necessidades dirias.

    GASTO ENERGTICO DIRIO (sem exerccio fsico)

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    Mtodo RDA/89

    GET = TMB X Fator atividade

    Clculo da TMB (usar o peso atual)FAO/OMS/ONU,1985Idade Homens Mulheres10-18 17,5 x P + 651 12,2 x P + 74618-30 15,3 x P + 679 14,7 x P + 49630-60 11,6 x P + 879 8,7 x P + 82960 ... 13,5 x P + 487 10,5 x P + 596

    Fator atividadeAtividade Homens Mulheres

    Muito leve 1,3 1,3Leve 1,6 1,5

    Moderada 1,7 1,6Pesada 2,1 1,9Muito pesada 2,4 2,2

    Estilo de vida X Fator atividade Muito leve: acamados, mnimo de atividade no dia Leve: trabalho de escritrio ou laboratrio, maioria dosprofissionais liberais (mdicos, arquiteto, advogados etc) Msicos,motoristas, pintores, costureiros, dona de casa com aparelhosdomsticos Moderado:jardineiros, dona de casa sem aparelhos domsticos,estudantes, comercirios, carregar peso

    Pesada e Muito pesada: trabalho manual em minerao,carregadores, metalrgicos, soldados, recrutas, derrubar rvores,pedreiros

    GASTO ENERGTICO DO EXERCCIO FSICO

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    Clculo do gasto calrico do exerccio fsicoTabela de METS

    MET = equivalente metablico

    Frmula utilizada( __ METS x ___ Kg) X ( __ min / 60 min )Resultado em Kcal (gasto energtico do exerccio)

    GASTO ENERGTICO DO DIA COM EXERCCIO FSICO

    Soma do :

    GASTO ENERGTICO + GASTO ENERGTICO DO EXERCCIODIRIO FSICO

    * deve-se calcular um plano alimentar para o dia com exercciofsico e outro para o dia sem exerccio fsico: os gastos calricos

    so diferentes...

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    Dicas de consultrio:

    - Existem clculos para estimar o gasto energtico total da pessoano dia e tambm das atividades fsicas, mas por serem clculosmatemticos, muitas vezes no equivalem realidade ( bom faz-los, mas no se baseiem somente neles );- A forma de perceber isso sempre perguntar depois dorecordatrio sobre o que mais comum na alimentao da pessoa :com o que voc me falou, voc est engordando, mantendo ouemagrecendo ?- Aps a consulta, estimar o valor calrico dos alimentos que foramrelatados e concluir o quanto ele deve ingerir ou no, de acordo como objetivo e com o que ele respondeu na pergunta anterior;- Se est engordando, por que est muito calrico; se estmantendo e no aumenta massa muscular, o problema pode ser nadistribuio de nutrientes ( falta de CHOs) e horrios inadequados;- Para conseguir calcular um planejamento bem feito, realizar umrecordatrio muito completo e detalhado, para no esquecer

    informaes importantes;- No alterar muito os hbitos da pessoa, a no ser que estejamtotalmente inadequados (Ex: comer frituras TODOS os dias, comerdoces TODOS os dias...)- Usar alimentos saudveis e de boa qualidade nutricional;- Sempre estimular e passar confiana em relao ao seu trabalho;- Ser companheiro do seu cliente, entender a sua vida edificuldades (Ex: dificuldades financeiras, dificuldades de horrios,

    de no gostar de determinados alimentos...)

    Nona aula

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    ESCOLHA DO VCT(valor calrico total) DO PLANO DIETTICO

    Sempre ser de acordo com o objetivo:

    * Reduo do % de gordura :-diminuir uma mdia de 500 a 1000 Kcal do gasto energtico totaldo dia (no pode ficar abaixo da TMB)

    * Aumento de peso:- aumentar uma mdia de 1000 a 2000 Kcal (preocupar com aqualidade dos alimentos)

    * Manuteno:- manter a quantidade calrica do gasto energtico total do dia ( o plano alimentar mais difcil de calcular)

    * Aumento de massa muscular- 1 momento: mesma quantidade calrica do gasto energtico totaldo dia ( preocupando com a ingesto de CHOS e horrios)

    - 2 momento: aumentar uma mdia de 300 Kcal a cada aumento depeso em massa muscular ( em CHOs)

    DICAS DE CONSULTRIO* os clculos matemticos so utilizados para se ter uma estimativacalrica;* muitos clculos no equivalem realidade, fiquem atentos paraisso !!!!!!

    Ex: pessoas muito magras que comem muito, e no engordam !atletas que comem muito mais calorias do que estimado pelos

    clculos e no engordam !CUIDADO COM ESSES CASOS !!!!!

    DINMICA DE UMA CONSULTA NUTRICIONAL

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    1- Anamnese

    2-Informaes sobre a Atividade fsica- qual o tipo e durao- quais os dias- horrios

    3-Como a rotina diria- estudo- trabalho- outras atividades (curso de ingls, msica...)

    4-Hbitos alimentares- tudo que a pessoa gosta ou no gosta- se come em restaurante ou em casa- se vai direto para a atividade fsica ou no

    5-No momento da consulta, analisar a realidade do cliente e darorientaes para a melhora de hbitos ruins e esclarecer como vai

    ser a sua interveno- por escrito ou oral- no pode ir de jejum para a atividade fsica...- aumentar carboidratos para se ter o aumento de massamuscular...

    6-No momento da consulta, sempre perguntar para o cliente se possvel ou no modificar determinados hbitos que voc est

    propopondo- d para levar uma fruta para o trabalho?- gosta de barra de cereal ? tem condies de comprar?- tem geladeira no trabalho?

    7-Em casa, voc ir fazer os clculos

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    * estimar as calorias que o cliente relatou na consulta ( pelosalimentos mais comuns relatados durante o dia)

    * estimar o gasto energtico total do dia

    * analisar se equivale realidade relatado pelo cliente

    * decidir se ir se basear nas calorias do recordatrio ou no clculomatemtico para a definio do VCT

    * definir o VCT (calorias do plano) de acordo com o objetivo

    * para facilitar o entendimento do cliente frente o uso da Lista desubstituio dos alimentos, bom definir os alimentos de acordocom a quantidade referente na poro.Ex:1 poro de amido: 2 pes de forma ou 1 po francs...OU1/2 poro de amido: 1 po de forma ou 1/2 po francs...

    1 poro de prot: 2 fatias de presunto ou de mussarela...OU1/2 poro de prot: 1 fatia de presunto ou de mussarela...

    * montar o plano alimentar de forma bem apresentvel e fcil docliente entender

    O NOSSO DIFERENCIAL :

    LISTA DE SUBSTITUIO DOS ALIMENTOS

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    Dcima aula

    SUPLEMENTOS

    ...suplementos vitamnicos e/ou de minerais so definidos comoalimentos que servem para complementar com nutrientes a dietadiria de uma pessoa saudvel, em casos onde a sua ingesto, apartir da alimentao, seja insuficiente ou quando a dieta requerersuplementao...

    Portaria 32/98- Ministrio da Sade

    ...suplementos so s vitaminas e/ou minerais isolados oucombinados entre si, desde que no ultrapassem 100% da IngestoDiria Recomendada, cuja sigla derivada do ingls RDI. Acimadessas dosagens so considerados medicamentos, podendo ser de

    venda livre quando no ultrapassam em at 100 % a RDI, vendidosapenas com prescrio mdica quando apresentam valores acimadesses limites.

    Portaria 33/98- Ministrio da Sade

    Suplementos Vitamnicos e minerais;

    - Segundo TIRAPEGUI, no existe a necessidade de suplementartais nutrientes quando a pessoa possui uma alimentaoadequada.

    - Segundo ACSM, apenas aps uma atividade fsica muito intensa(acima de 3 a 4 horas) e com uma sudorese elevada sernecessrio a suplementao de eletrlitos.

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    RECURSOS ERGOGNICOS

    So substncias ou artifcios visando a melhora da performance.(ACSM)

    ... O marketing dos recursos ergognicos internacional, milhesde dlares so pagos pelo desejo dos atletas de serem os melhores,e quando algum tem no tem efeito ou desacreditado pelaspesquisas cientficas, outros produtos aparecem para ocuparem olugar...(ACSM, ADA, Dietitians of Canada, 2000)

    ...A avaliao nutricional relacionada com os recursos ergognicosrequer ateno especial para determinados aspectos:-Se existe validade cientfica na rea da Nutrio Esportiva-Se as pesquisas desenvolvidas com o produto foram de qualidaderealmente cientfica

    -Se existe conseqncias para a sade do indivduo (ACSM, ADA, Dietitians os Canada, 2000)

    A comprovao dos efeitos ergognicos desses produtos est sendoinvestigada e realizada por estudos cientficos.Muitos resultados sotendensios e contradidrios, sendo inconclusivos. O profissionalnutricionista deve ter cautela para analisar tais resultados, a origem

    dos estudos, pois a utilizao de algum produto pode provocarmalefcios sade do cliente.

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    So classificados em 4 categorias:

    Nutricionais denominados como suplementos esportivos, podemser chamados de Suplementos nutricionais ergognicos que atuam:

    No metabolismo energtico: carboidratos, creatina, carnitina,BCAAs,

    No aumento de massa muscular: protenas isoladas,aminocidos essenciais, HMB

    Na melhora da sade: Glutamina e nutrientes antioxidantes Outros compostos sem nenhuma comprovao cientfica:

    ginseng, cido pangmico e alguns minerais e vitaminas

    Farmacolgicos , anabolizantes, hormnio do crescimento,anfetaminas, termognicos, cafena entre outros...

    Psicolgicos- hipnose, controle de stresse e ansiedade...

    Mecnica ou Biomecnica - equipamentos esportivos mais leves,depilao pr-competio, tnis mais leve para os corredores...

    Segundo o Ministrio da Sade:Alimentos para praticantes de atividade fsica um subgrupo dos

    chamados alimentos para fins especiais

    Portaria 222/98 , pelo Ministrio da Sade:so definidos como alimentos especialmente formulados e

    elaborados para praticantes de atividade fsica, incluindoformulaes contendo aminocidos (aas) oriundos da hidrlise deprotenas, aas essenciais quando usados em suplementao paraalcanar alto valor biolgico e aas de cadeia ramificada, desde queno apresentem ao teraputica ou txica.

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    Normas brasileiras dividem os produtos da seguinte forma:

    Repositores hidreletrolticos para praticantesde atividade fsica e atletas

    Formulados pela concentrao variada de eletrlitos (sdio e cloreto)+ concentraes variadas de carboidratos = para reposio hdrica eeletroltica (decorrente do exerccio)

    Para se obter o Registro de BEBIDA ISOTNICA: deve ter acomprovao que a osmolalidade est 15% prxima da osmolalidade

    plasmtica (285mOsm/L), pode ser em lquido ou em p (Gatorade eSport Drink)

    Comprovado cientificamente que indivduos que possuem umasudorese elevada, que treinam por mais de 3 horas ao ar livre, queapresentam um pozinho branco na superfcie da pele aps umtreino( resultado de uma grande eliminao de Sdio) precisamingerir repositores hidreletrolticos (corredores, ciclistas...).

    Praticantes de atividade fsica a nvel moderado (mdia de at 2horas por dia), conseguem repor os eletrlitos pela alimentao.

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    Repositores energticos para praticantesde atividade fsica e atletas

    Produtos que apresentam no mnimo 90% de carboidratos em suacomposio, podendo ter vitaminas e minerais = para permitir oalcance e/ou manuteno dos nveis apropriados de energia

    Vendidos na forma lquida, em p, em barra ou gel (Sport Energy,Exceed, Carboplex, Carbo Fuel, Maltodextrina, Carb Up e outros...)

    Comprovado cientificamente que atletas e praticantes de atividadefsica que no conseguem ingerir este nutriente atravs dealimentos, existe a necessidade de suplementar com carboidratosno existindo efeitos colaterais negativos.

    A diluio do carboidrato em p, geralmente :3 colheres de sopa em 500 ml de gua = mdia de 180 Kcal

    (olhar o rtulo)

    1 sach de carboidrato em gel apresenta uma mdia de :80 Kcal ou 120 Kcal

    (olhar o rtulo)

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    Alimentos compensadores para praticantesde atividade fsica e atletas

    Produtos que contem uma concentrao variada de macronutrientes(protenas, carboidratos e gorduras) = para visar a adequaodesses nutrientes alimentao

    Carboidratos devem estar abaixo de 90% do valor calrico doproduto, mnimo 65% de protenas de alto valor biolgico, contendo1/3 gordura saturada, 1/3 monoinsaturada , 1/3 poliinsaturada epode conter vitaminas e minerais, so os chamados hipercalricos(Critical Mass, Mega Mass e Gainers Fuel)

    Produtos, que infelizmente no Brasil, no possuem uma fiscalizaoadequada. Na Europa, analisaram vrios produtos e encontraramsusbstncias anabolizantes (hormnios) dentro deles.

    possvel elaborar uma vitamina hipercalrica utilizando alimentos

    que so naturalmente seguros:1 copo de leite integral (180 Kcal)3 colh. de sopa de um cereal (granola,aveia ou sucrilhos)(140 Kcal)1 colher de sopa de mel (90 Kcal)1 banana (70 Kcal)

    ____________________mdia de 480 Kcal

    DAR PREFERNCIA AOS ALIMENTOS!!!!

    Obs: para no enjoar do sabor, sugerir estar sempre variando afruta e o tipo de cereal

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    Alimentos proteicos para atletas

    Produtos com predominncia de protenas hidrolisadas e soformulados = para aumentar a ingesto destes nutrientes oucomplementar a dieta quando as necessidades no estejam sendosupridas pelas fontes alimentares habituais

    Os produtos devem ter: mnimo de 50% das calorias oriundas dasprotenas, 65% de prot de alto valor biolgico, podem contervitaminas e minerais (< RDI) e carboidratos e gorduras (WheyProtein, Albumina Pura, WP3, Amino 2222, Amino Fluid 35.8000 )

    WHEY PROTEIN, ALBUMINA PURA

    Funo fisiolgica no organismo humano: os aminocidos participamda estrutura dos tecidos musculares e so responsveis pela snteseproteica muscular.

    Objetivo comercial: considera-se que a ingesto de tipos especficosde protenas consideradas de rpida absoro (Whey protein) somais efetivas para aumentar a hipertrofia muscular.

    Pesquisas cientficas: no existem evidncias cientficas de que oconsumo de misturas especiais de aminocidos ou de certos tipos deprotena oferea qualquer vantagem adicional em relao ao ganho de

    massa muscular, comparados com protenas de alto valor biolgicoprovenientes dos alimentos.

    Efeitos colaterais :Efeitos adversos comprovados como sobrecargarenal, devido ao excesso de ingesto protica diria. (POWERS,2000; Wolf, 2000; Lancha Jr., 2000,SBME, 2003)

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    ARGININA, LISINA e ORNITINA

    Funo fisiolgica no organismo humano: so aminocidos relacionadoscom a liberao de hormnio do crescimento.Objetivo comercial: estimular a liberao de hormnio docrescimento humano e insulina para ocasionar um aumento da massamuscular.

    Pesquisas cientficas: estudos em fisiculturistas no demonstraram

    aumento da liberao de hormnio do crescimento e da insulina.

    Efeitos colaterais: no so relatados.

    GLUTAMINA

    Funo fisiolgica no organismo humano: relacionado com a snteseprotica e inibio da degradao protica.Objetivo comercial: estimular a ressntese de glicognio muscular,aumento da massa muscular e melhorar a performance.

    Pesquisas cientficas: estudos no demonstram tais efeitos, apesardo uso na clnica ser bastante efetivo.

    Efeitos colaterais: no so relatados.

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    HMB (beta-hidroxi-beta-metilbutirato)

    Funo fisiolgica no organismo: metablito da Leucina que sintetizaHMG-Coa responsvel pelo funcionamento e crescimento celular.

    Objetivo comercial: com uma quantidade maior de HMB, garantiriauma produo maior de HMG-CoA, diminuindo o dano muscularinduzido pelo exerccio e degradao protica normal.

    Pesquisas cientficas: no existem evidncias cientficas. Resultadoscontraditrios.

    Efeitos colaterais: no so relatados.

    CARNITINA

    Funo fisiolgica no organismo humano: transporte de cidos

    graxos para o interior da mitocndria muscular. A oxidao doscidos graxos ocorre devido a presena da Coenzima-A, no sendo acarnitina responsvel por esta funo. Existe uma proporo de1000:100 (carnitina X enzima ).

    Objetivo comercial: quanto maior a quantidade de carnitina noorganismo, mais cidos graxos sero transportados para amitocndria acelerando a oxidao de gorduras, sendo excelente

    para quem quer emagrecer.

    Pesquisas cientficas: bioquimicamente no possvel ocorrer talmecanismo no existindo evidncias da eficcia.(LANCHA Jr., 2000 ; POWERS, 2000)

    Efeitos colaterais: no foram identificadas.

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    CREATINA

    Composto nitrogenado (formada por alguns aminocidos); sintetizada pelo fgado (endgena); consumida pelos alimentos: Carnes, peixes e alguns produtos de

    origem vegetal (exgena);Estudos sugerem que o msculo humano apresenta um acmulo

    mximo de creatina no msculo seco;Funo fisiolgica no organismo humano: participar do sistema ATP-CP, onde importante para a ressntese de ATP. E tendo ATPdisponvel, maior a capacidade do indivduo em realizar atividadescurtas e de alta intensidade (treino de fora, exploso).

    Objetivo comercial: com mais creatina muscular ocorrer uma maiorformao de fosfocreatina que aumentar a ressntese de ATP ecom isso, mais fornecer mais energia para a realizao deexerccios de fora e exploso. Isso tudo resultar em um aumento

    maior da massa muscular.Pesquisas cientficas : algumas mostraram aumento na potncia ematividades de alta intensidade e curta durao e outras nodemonstraram tais efeitos. necessrio mais estudos.

    Efeitos colaterais: Indcios de possvel efeito sobre funo hepticae renal e relatado que o aumento do peso corporal deve-se a

    reteno hdrica. (LANCHA Jr, 2001)

    A alimentao do brasileiro j hiperproteica, a recomendaodiria alcanada pelos alimentos.

    O efeito ergognico prometido pelos fabricantes deve ser maisestudado, pois os resultados so contraditrios e inconclusivos.

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    Dcima primeira aula

    Aminocidos de cadeia ramificada para atletas

    Produtos de concentraes variadas de aminocidos de cadeiaramificada = para fornecer energia para atletas

    70% dos nutrientes energticos da formulao devem ser de aas decadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina), fornecendo at 100% das necessidades dirias de cada aminocido (BCAA 1500, BCAA2000..)

    AMINOCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA (BCAAs)

    Funo fisiolgica no organismo: so aminocidos que competem como Triptofano que precursor da serotonina que leva fadigacentral. Os aminocidos so: Leucina, isoleucina e valina. A leucinatem uma participao no estmulo da sntese protica.

    Objetivo comercial: durante a atividade, com uma quantidade maiorde BCAAS, manteria a competio e no haveria a produo deserotonina que levaria fadiga central. A pessoa permaneceria pormais tempo na atividade fsica.E a Leucina participando do aumentoda massa muscular.

    Pesquisas cientficas: no existem evidncias cientficas em relao

    ao retardamento da fadiga central. Para um aumento da sntese demassa muscular os resultados das pesquisa so limitados,necessitando de mais estudos.

    Efeitos colaterais: relacionados com o excesso de ingesto deprotenas.

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    COMPOSIO AMINOACDICA DOS ALIMENTOSX

    BCAA e WHEY PROTEIN: preciso utiliza-los?Autoras: Rachel Horta Freire e Raquel Bicalho Messeder de Castro

    Orientadora: Cristiane Martins Rocha Dayrell

    Metodologia: foram analisados os rtulos dos produtos esportivosproticos BCAA (3 marcas) e Whey Protein (3 marcas). Comparou-seo perfil aminoacdico desses produtos (mdia das 3 marcas de BCAAe WHEY PROTEIN) com alguns alimentos considerados fontesignificativa de protena e comparou-se a ingesto dos alimentos emrelao a recomendao diria de cada aminocido para um indivduode 70 Kg.carne bovina, peito de frango, peixe e fgado: foram reunidos emum grupo denominado poro de carne - mdia dos valores deaminocidos em 100 gr do alimentoLeite integral: 240 ml (1 copo tipo requeijo)Arroz: 90 gr (3 colh.de sopa) + Feijo: 50 gr (1 concha mdia)

    Resultados:Carne + Leite + arroz + feijo (esses alimentos agrupados)

    * quantidade superior (mdia de 2 vezes mais) de aminocidosessenciais em relao a uma dose de Whey protein* quantidade superior (mdia de 4 vezes mais) de aminocidos decadeia ramificada em relao a uma dose de BCAA* em relao recomendao diria (mg/Kg de peso): os aminocidos

    essenciais e os de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina),apresentaram uma mdia de ingesto de 3 vezes mais, aorecomendado diariamente.

    ConclusoNo existe a necessidade de utilizar tais suplementos proticos.

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    Em geral, existem poucas evidncias de que os recursos ergognicosnutricionais provem uma vantagem no desempenho dos atletas epraticantes de atividade fsica. (POWERS, 2000)

    US-LOS OU NO ?EIS A QUESTO...PENSEM NISSO...

    E NO SE ESQUEAM QUESOMOS PROFISSIONAIS DE SADE

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    RECURSOS ERGOGNICOS FARMACOLGICOS

    Esterides andrognicos-anablicos

    * Funciona de maneira semelhante testosterona, o principalhormnio masculino;* A testosterona contribui para as caractersticas sexuaissecundrias masculinas: diferenas sexuais na massa muscular efora que se manifestam no incio da puberdade;* produzida nos testculos e pelas glndulas supra-renais(endgena).

    OBJETIVOS DE SUA UTILIZAO* Uso teraputico: pacientes com deficincia nos androgniosnaturais ou com doenas caracterizadas por desgaste muscular;* Uso ergognico: atletas ou praticantes de atividade fsica embusca de um crescimento muscular em virtude do acmulo anablicode tecidos.

    * Pesquisas comprovam que realmente aumenta a massa muscular,porm desencadeia doenas e alteraes fisiolgicas associadas aouso.FORMAS DE UTILIZAO E AQUISIO* Combinam vrios preparados esterides na forma oral ou injetvel;* Indivduos utilizam nos perodos que antecedem as competies,para no serem "pegos" pelo doping;

    * Aquisio atravs do "mercado negro" ou por receitas mdicas;* Detectado no doping;

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    RISCOS* comum atletas utilizarem 10 a 200 vezes a recomendaoteraputica;* Infertilidade, concentraes reduzidas de espermatozides,reduo do volume testicular;* Aumento, no homem, de 7 vezes na concentrao de estradiol, que o principal hormnio feminino;- pode levar a um aumento das glndulas mamrias masculinas(podendo at secretar leite);- afinar a voz.* Dano no tecido conjuntivo que reduz a fora tensiva dos tendes(microleses);* Aumento da prstata;* Leses e alteraes funcionais na funo cardiovascular e nasclulas miocrdicas,* Maior agregao plaquetria (infarto agudo do miocrdio).* Leses localizadas cheias de sangue no fgado (peliose do fgado),podendo falhar e levar morte;* A utilizao freqente pode levar a uma dependncia;

    * Reduo do HDL (colesterol bom);* Nas mulheres, aumento da mandbula, timbre de voz mais grave,aumento dos pelos faciais e corporais, menstruao alterada, acne,hipertrofia do clitris.

    POSIO DO ACSM (American College Sports Medicine)

    O uso de esterides anablicos-andrognicos por atletas contraria

    as normas e os princpios ticos da competio atltica estabelecidospor muitos departamentos que governam os desportos. O ColgioAmericano de Medicina Desportiva apia esses princpios ticos edeplora o uso de esterides anablicos-andrognicos por atletas

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    Hormnio do Crescimento (GH)

    * Tambm conhecido como somatotropina, est competindo com osesterides anablicos no mercado;* Esse hormnio produzido no organismo pela adeno-hipfise eparticipa ativamente nos processos de elaborao tecidual e docrescimento humano.* Estimula o crescimento do osso e da cartilagem e acelera aoxidao de cidos graxos e simultaneamente reduz o fracionamentoda glicose e de aminocidos (parte da queda de massa muscular eaumento do tecido adiposo no envelhecimento proveniente dareduo na secreo do hormnio do crescimento);* Gigantismo: um distrbio endcrino metablico e ocorre devido secreo excessiva deste hormnio enquanto o esqueleto est emcrescimento;

    OBJETIVOS DE SUA UTILIZAO* Estimular uma maior captao de aminocidos e sntese proticapelo msculo e acelerar o fracionamento das gorduras e conserva as

    reservas de glicognio ao mesmo tempo;* Em relao a pesquisas, no existe uma maneira segura de seavaliar a eficcia deste hormnio no crescimento de massa muscular.Poucos estudos controlados avaliaram este produto.

    FORMAS DE UTILIZAO E AQUISIO* Disponvel apenas no mercado negro;* Estudos para de detectar tal substncia no sangue

    RISCOS* Diabetes;* Gigantismo, espessamento dos osso;* aspereza na pele e reteno de gua.

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    Anfetaminas

    *Plulas estimulantes, consistem em compostos farmacolgicos queexercem um efeito estimulante sobre a funo do sistema nervosocentral;*Mais usados: Benzedrina, Dexedrina, Ephedrina;*Essas substncias reproduzem as aes dos hormnios simpticosadrenalina e noradrenalina;

    OBJETIVOS DE SUA UTILIZAO* Se prepararem psicologicamente para a competio. No dia queantecede a competio, eles ingerem um depressor (barbitrico) parainduzir um bom sono e depois tomam um estimulante (anfetamina)para competir;* Este ciclo depressor - estimulante muito perigoso, pois afirma-se que a ao do estimulante nesta situao pode ocorrer de formaanormal, prejudicando ainda mais a sade do indivduo;* Para promover o emagrecimento;

    FORMAS DE UTILIZAO E AQUISIO* Em cpsulas e atravs de prescrio mdica* No so comprovados efeitos positivos no desempenho* Detectados no doping;

    RISCOS* Dependncia medicamentosa (uso contnuo);*Cefalia, tremores, agitao, insnia, nuseas, vertigens,

    confuso,* A tolerncia droga evolui com a sua utilizao, precisando demais dose para fazer efeito;* Produz reduo ponderal, parania, psicose, comportamentocompulsivo repetitivo e dano neural.

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    Termognicos

    *So medicamentos que incrementam a perda calrica e tendem apromover o emagrecimento (SILVA,2002)

    *A maioria dos termognicos contm substncias que so inefetivas eperigosas. So chamados de FAT BURNERS (ACSM,2002)

    *O ingrediente primrio a EFEDRINA, sendo encontrados tambma cafena, extrato de guaran, picolinato de cromo e outros

    Efedrina

    Estimulante do sistema nervoso centralAumenta a taxa de metabolismo (promove o emagrecimento)Efeitos colaterias: Aumenta a frequncia cardaca, presso arterial,

    excitao, tremores, ansiedade, insnia,agitao...Nomes comerciais: Termo pr, Terma pr, Riptiful (venda proibida)Pode tornar a pessoa dependente e necessitar sempre uma dose a

    mais, sendo um risco para a sade !!!

    CLAcido linolico conjugadoEstudos sugerem que est relacionado a alteraes na composiocorporal, levaria um aumento da massa muscular e reduo do % degordura e so vendidos como termognicosPesquisas: ainda no foi compreendido a ao do CLA, existemalguns estudos em animais e faltam estudos em humanos

    No existe uma segurana na sade do indivduo e nem umaefetividade garantida para quem suplementa com CLA

    Cafena

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    * Estimulante do sistema nervoso central;* Encontrado em vrios alimentos: folhas de ch mate, caf,chocolate, substncias de cola (propores diferentes);

    OBJETIVOS DE SUA UTILIZAO* O efeito ergognico resulta provavelmente do uso facilitado dasgorduras como combustvel para o exerccio, mediado talvez pelaliberao de catecolaminas pela medula supra-renal, poupando dessaforma as reservas corporais limitadas de carboidratos;* Os efeitos ergognicos no so observados entre os usurioshabituais de cafena, sendo fatores individuais (sensibilidade,resposta hormonal, tolerncia cafena) limitantes para a aoergognica;

    FORMAS DE UTILIZAO E AQUISIO* Utilizada antes dos treinos;* Aquisio pelos prprios alimentos;* Uma determinada quantidade de cafena no sangue era considerada

    doping at 2005, atualmente no mais.RISCOS

    * Cefalia, insnia, irritabilidade nervosa;* Contraes prematuras no ventrculo esquerdo;* Dependncia.

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