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VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
APRENDIZAGEM EM AMBIENTE MUTÁVEL E ADAPTAÇÃO ESTRATÉGICA:
O caso UNIDAVI
COSTA, Maurício Leite da.
MINATTI, Cleison.
PEREIRA, Erick William.
ROSSETTO, Carlos Ricardo1.
TIBES, Célio de Assis2.
RESUMO
Esta pesquisa oferece uma análise da aprendizagem nas organizações tomando como base a
ideologia de aprendizagem contestada e verifica o perfil estratégico da referida quanto ao
modelo sugerido de Miles e Snow (1978), tomando como objetivo identificar como a tomada
de decisão possa ter sido motivada por uma mudança na ideologia face adaptação a novos
ambientes, observando qual o processo de formulação da estratégia da UNIDAVI e como se
deu a reestruturação e aprendizagem percebida, via levantamento longitudinal das grandes
mudanças ocorridas na UNIDAVI e quais as estratégias utilizadas face à exigências
ambientais de cada período e cada mudança, bem como qual foi a aprendizagem percebida. O
estudo foi dividido em três fases e como resultado, verificou-se que quanto a aprendizagem a
postura adotada foi a de investir no colaborador para que se tenha ganhos qualitativos em
relação ao serviço oferecido e ao mesmo tempo reter estes profissionais na instituição. Em
relação à estratégia, nas duas primeiras fases a estratégia mais utilizada foi a prospectora,
sendo que na última fase a defensiva foi a mais presente nos resultados, em virtude da
instalação de algumas IES na região e que fizeram com que a concorrência pelo mesmo
mercado ficasse ainda mais acirrada.
Palavras-Chave: Aprendizagem contestada, Estratégia, mudança e ambiente.
ABSTRACT
This research offers an analysis of the learning process in the organizations taking in to
account the idea of the contested learning and verifies the strategic profile of the researched
company using the miles and Snow (1978) model, starting from the main objective which is
to identify how the decision making could be motivated by a change in the ideals facing the
need of adaptation to new environments, observing which strategy planning process was taken
by UNIDAVI and how the restructure and the perceived learning process happened, by a
longitudinal research of the main changes happened at UNIDAVI and which strategies were
used due to the environmental needs of each period, and also each change, as well as how the
perceived learning happened. The study was divided by three phases and as a result, it was
verified that in relation to the learning process, the position taken was to invest in the
employee so that the company could get qualitative gains in relation to the service provided
and at the same time retain these professionals in the company. In relation to the strategy, in
1 Doutor/Professor/Coordenador do CMA – Curso de Mestrado em Administração – UNIVALI (Universidade do
Vale do Itajaí) 2 COSTA, MINATTI, PEREIRA E TIBES: Mestrandos do CMA - Curso de Mestrado em Administração – UNIVALI
(Universidade do Vale do Itajaí)
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the two first phases the most used strategy was the prospecting, and in the last phase the
defensive strategy was the one most present on the results, due to the installation of some
colleges on the region and which made the competing for the same Market much more
aggressive.
Keyword: Contested Learning, Strategy, Change, Environment.
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa oferece uma análise da aprendizagem nas organizações tomando como
base a ideologia de aprendizagem contestada (KOTTER; SCHLESINGER, 1979; FIOL;
LYLES, 1985; MOHRMAN; CUMMINGS, 1989; CHILD; LOVERIDGE, 1990;
SUTHERLAND, 1992; BROWN; STARKEY, 2000; LITTLER; 2000; CHILD; HEAVENS,
2001; DIERKES; ANTAL; CHILD; NONAKA, 2001; LAPALOMBARA; 2001;
MERKENS; GEPPERT; ANTAL, 2001; ROSENSTIEL; KOCH, 2001; VASCONCELOS,
2004; RODRIGUES; CHILD; LUZ, 2004; SILVA; 2010) e verifica o perfil estratégico da
referida quanto ao modelo sugerido de Miles e Snow (1978). Objetiva-se identificar como a
tomada de decisão possa ter sido motivada por uma mudança na ideologia face adaptação a
novos ambientes, observando qual o processo de formulação da estratégia da UNIDAVI e
como se deu a reestruturação e aprendizagem percebida.
Trata da análise de aprendizagem em ambiente mutável e adaptação estratégica na
Instituição de ensino superior (IES) UNIDAVI (centro universitário para o desenvolvimento
do alto vale do Itajaí), atuante há 46 anos no mercado de ensino superior, formando
acadêmicos nas mais diversas áreas, tratando-se de uma IES público privada, baseando-se
longitudinalmente em toda a existência da UNIDAVI, considerando quais as grandes
mudanças ocorridas e quais as estratégias utilizadas face as exigencias ambientais de cada
período e cada mudança, bem como qual foi a aprendizagem percebida.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A revisão de literatura apresenta fundamentos teóricos relativos ao ambiente
organizacional, estratégia, mudança e mudança radical e aprendizagem organizacional (que
somados, estes temas constituem a aprendizagem contestada), visando oportunizar a análise
da estratégia que a UNIDAVI atua, com base em suas principais mudanças e aprendizagem.
2.1 APRENDIZAGEM
Rodrigues, Child e Luz (2004) observam que o tema da aprendizagem em organizações
tem recebido bastante atenção na teoria, sendo tratado como um fenômeno cognitivo e
técnico, em contextos de equipes cooperativas, associado geralmente à geração e à difusão de
novos conhecimentos e de competências nas organizações.
Dierkes, Antal, Child e Nonaka (2001) enfatizam que a própria definição de
aprendizagem organizacional está sujeita a controvérsia e fluxo (contestada), tratando de um
tema complexo, que aborda individualidades e coletividades, com interferências de pressões
governamentais e sociais, como uma rede formal e informal, sendo seus membros indivíduos
ou entidades maiores, tais como empresas e seus fornecedores. Brown e Starkey (2000)
definem que as organizações estão propensas a defesas do ego (negação, racionalização,
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idealização, fantasia e simbolização), gerando atitudes de sabedoria quanto aos processos de
aprendizagem organizacional, quando militam contra a mudança organizacional (via
mecanismos de defesa), mitigando a aprendizagem via a flexibilidade da crítica. Relação esta
entre identidade e aprendizagem organizacional nunca feita antes, devido á percepção de que
a identidade organizacional é um processo relativamente característico como estável e
duradouro das organizações (BROWN; STARKEY, 2000).
Esta ideologia verificada em Brown e Starkety (2000) é foco deste estudo, geralmente
vista como uma força invariável e dada, com períodos em que a ideologia se torna uma força
muito poderosa de transformação nas organizações, incentivando mudança na mentalidade, na
estrutura ou em ambas (CHILD, 2000 apud RODRIGUES; CHILD; LUZ, 2004). Fiol e Lyles
(1985) identificaram que como os indivíduos desenvolvem suas personalidades, hábitos
pessoais e crenças ao longo do tempo, as organizações mundiais desenvolvem pontos de vista
e ideologias, baseadas na cultura da organização, e manifestada via ideologia em padrões de
comportamento.
Neste contexto, a mudança organizacional pode ocorrer em todos os segmentos da
empresa, provavelmente motivado por ideologias políticas, não por algo tão racional como a
implícita idéia de que meios e fins devem eficientemente ser associados entre si, podendo ser
tão cegas e rigidamente impulsionadas pela ideologia ou outro tipo de valor absoluto de
racionalidade que se tornam incapazes de se adaptar com precisão aos aspectos ambientais
(LAPALOMBARA, 2001). A ideologia não é simplesmente uma força autônoma, exógena.
Administradores adotam-na e trazem-na para as organizações como uma explicação para
apoiar ações tais como os programas de aprendizagem. Estes podem ser condutos ideais da
ideologia na medida em que incorporam idéias sobre formas e estratégias organizacionais e
definem também o lugar que é reservado para o empregado na organização. Tais expectativas
alcançam os empregados de uma maneira sutil, como, por exemplo, por meio da cultura
corporativa (RODRIGUES; CHILD; LUZ, 2004).
Antal, Dierkes, Child e Nonaka (2001) identificaram que entre os tipos de estudos que
os editores estão curiosos para ver nos próximos anos são aqueles que olham para o papel que
as ideologias desempenham na aprendizagem da organização. Enfatizam que vale a pena
perseguir nos próximos anos o papel das ideologias, e que trabalhos nesta área devem estar
focados em como as ideologias são usadas para determinadas áreas e atores para a formação
do conhecimento e criação, e como outros temas e atores são reprimidos e silenciados.
Gherardi e Nicolini (2001) identificaram quanto as ideologias que idéias são exaltadas
por pessoas e utilizadas para interesses de forma respeitável. Rodrigues, Child e Luz (2004)
identificam na ideologia a idéia de neoliberalismo, utilizadas neste artigo sob o foco do livre
mercado e individualismo, onde sua influência deriva da capacidade de ligar concepções
sobre as instituições (o mercado como uma instituição, as organizações, competitividade e a
autoconfiança individual). Dentro deste conceito neoliberal, Rodrigues, Child e Luz (2004)
observam que as pessoas deveriam confiar em seus próprios recursos para competir no livre
mercado e usar a riqueza que criaram para investir em suas próprias potencialidades e
necessidades, como em saúde e educação, e que a autoconfiança deveria dotá-las de
autorrespeito, tornando as organizações privadas a unidade econômica ideal, por apoiar-se em
uma estrutura de propriedade que as dota das características-chave essenciais para o sucesso
de mercado, tais como a flexibilidade em mover suas atividades para onde for mais vantajoso
e arranjos contratuais flexíveis para ajustar suas operações de modo que maximizem a
riqueza, caracterizando na ideologia do neoliberalismo o tipo ideal de empresa como aquele
que é caracterizado pela aprendizagem do indivíduo e da organização, fornecendo idéias
claras sobre o tipo de organizações e de empregados que são ideais para o livre mercado.
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2.1.1 Aprendizagem Contestada
O termo aprendizagem contestada refere-se às disputas a respeito de sua legitimidade.
Envolve o conflito existente sobre a equidade entre as contribuições e os benefícios, incluindo
a distribuição do retorno entre as partes interessadas – stakeholders – e grupos ocupacionais
diferentes (CHILD; LOVERIDGE, 1990; RODRIGUES; CHILD; LUZ, 2004).
Uma ruptura do contrato social (colaborador/empresa) pode ser sentida ao refletir sobre
o ressentimento que surge ao comparar como era a organização com o que é agora, em termos
dos elementos que afetam a identidade dos empregados. A situação nova pode representar a
redução do status, privação financeira e escolha restrita, e pode resultar em adaptação,
resistência ou a saída. Na primeira delas, os empregados incorporam o discurso administrativo
sem acreditar nele, na segunda, podem optar por uma aposentadoria precoce ou encontrar
outro trabalho. Se sentirem-se presos em um sistema organizacional com o qual não
concordam, tornam-se apáticos ou opõem-se aberta ou tacitamente à mudança (RODRIGUES,
CHILD E LUZ, 2004).
Mudanças recentes introduzidas por organizações podem conduzir à alienação e
estender o conflito entre a administração e os empregados de maneira a poder reverter os
objetivos da aprendizagem. (RODRIGUES, CHILD E LUZ, 2004). A reestruturação gerada
pela mudança causa frequentemente uma quebra na confiança, com a aprendizagem,
tornando-se contestada entre vencedores e perdedores no processo de reestruturação
(LITTLER, 2000; RODRIGUES; CHILD; LUZ, 2004).
Por outro lado, a resistência às mudanças necessita de métodos preventivos baseados em
educação e comunicação, participação e envolvimento, facilitação e apoio, negociação e
acordo, manipulação e cooptação, e coerção explícita e implícita, possibilitando a implantação
das mudanças via os critérios de tempo, habilidade, conhecimento e criatividade, via
classificação dos quatro fatores básicos condicionantes de desempenho: objetivos,
stakeholders, recursos e adaptação à mudança (KOTTER; SCHLESINGER, 1979;
MOHRMAN; CUMMINGS, 1989).
Muitas das expectativas mútuas entre empregados e empregadores permanecem na
maioria das vezes implícitas. Consequentemente, quando os empregados investem em
treinamento e aprendizagem, que os provêm com as habilidades compatíveis ao
desenvolvimento de vantagens específicas da empresa, eles tendem a esperar que os
administradores retribuam, fornecendo-lhes emprego, segurança e pensões (RODRIGUES,
CHILD E LUZ, 2004).
Child e Heavens (2001) identificam além da contestação e do termo mutação a
necessidade de mudança radical, que apresenta a conexão mais dramática entre liderança
organizacional e aprendizado, mas a cultura que visa criar também deve ser mantida a uma
base diária, podendo dar origem a tensão entre o elemento de controle gerencial e de liderança
dentro do grau de autonomia que é uma condição ainda mais para a aprendizagem eficaz
dentro das organizações.
Em resumo, todos os autores permitem entender que aprender “os significados do
mercado” foi considerado a base principal sobre a qual uma organização nova poderia ser
construída, fornecendo também a justificação para a reestruturação do que ocorreu.
(RODRIGUES; CHILD; LUZ, 2004). A aprendizagem e a criação do conhecimento
organizacional foram consideradas como conducentes ao “desenvolvimento” e à “inovação”,
ou seja, foram associadas com a passagem de uma capacidade menos sofisticada a um
patamar superior, a habilidades complexas, a um estágio avançado, que realçasse o repertório
comportamental das pessoas e melhorasse a capacidade de encontrar soluções para os
problemas (SUTHERLAND, 1992; RODRIGUES; CHILD; LUZ, 2004).
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Antal et. al.(2001) verificaram que a entrada de uma empresa em um novo segmento
pode ser tratada analiticamente como a história sobre como um líder visionário conduziu sua
organização para entrar no novo campo, através da construção de sua capacidade de absorção,
ou que a empresa fez nada mais do que acompanhar as tendências do setor, imitando os
líderes relativamente tarde no jogo.
2.2 MUDANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
O aprendizado passado, incorporado em culturas organizacionais e mapas mentais, não
são capazes apenas para servir como uma orientação útil, mas também para atuar como um
impedimento para a aprendizagem, ou seja, desaprender, via crítica e mecanismos de defesa
(DIERKES, ANTAL, CHILD e NONAKA, 2001). Observação esta defendida por Merkens,
Geppert e Antal (2001) que descrevem a aprendizagem organizacional como um processo de
desorganização seguido de reorganização como oportunidade de compreender a dinâmica
interna do desenvolvimento empresarial moderno. Esta controvérsia apontada, bem como a
aprendizagem como flexibilidade à crítica (adaptação), ao ambiente e a mudança
organizacional permeiam este estudo, e remete ao entendimento de aprendizagem contestada,
com as abordagens de ambiente e mudança constituindo os outros tópicos desta pesquisa
(SILVA, 2010), e que resultam na estratégia (decisão) tomada quanto a adaptação, sempre
condicionada à continuidade da aceitação coletivas (aprendizagem).
Merkens, Geppert e Antal (2001) observam que a aprendizagem organizacional tem
sido compelida a dois níveis, sendo que no primeiro, em termos muito humanos, se dá pelo
gerente tentando garantir sua sobrevivência antecipando as expectativas de outros, e segundo,
via uma questão externa, face relacionamento com stakeholders que exigem mudança nas
estruturas na sua forma prescrita, tais como alto investimento de indústrias e em mercadorias,
fornecedores e sucesso no mercado nacional. Outra pressão externa ligada a stakeholders é
defendida por Lapalombara (2001), que salienta que a influência de pressões políticas conduz
aos ajustes e adaptações das formas de trabalho organizacionais, gerando adaptação e
aprendizagem. Às vezes, as pressões externas, tais como queixas de clientes, apresentam uma
necessidade para a organização aprender a melhorar a sua integração, agindo como um
catalisador para aprendizagem, promovendo a aprendizagem de tal forma que a organização
torna-se mais do que a soma de seus componentes (CHILD e HEAVENS, 2001). Gherardi e
Nicolini (2001) observam que a aprendizagem não ocorre exclusiva ou principalmente nas
mentes dos indivíduos, mas na sua participação em atividades sociais.
Brown e Starkey (2000) observam que a aprendizagem organizacional pode exigir que
os indivíduos fossem preparados para o desafio em grupo ou se adaptem à identidade da
organização, promover a reflexão crítica sobre a identidade organizacional, envolvendo a
compreensão e o pensamento maduro e adaptativo e ação no exercício da organização
coletiva. Ligando a aprendizagem organizacional aos valores intrínsecos à sociedade (porém
valores individuais) focando aprendizagem às orientações de valores, interferindo no
desempenho dos empregados quanto ao comprometimento com valores como disciplina e
obediência ou a responsabilidade pessoal (ROSENSTIEL e KOCH, 2001)
Já Vasconcelos (2004) enfatiza que no conhecimento relativo a um grupo social, cada
um exerce o seu papel, e todos são acessíveis aos membros da sociedade, todos aptos a
representá-los, tais como uma “rotinização” e objetivação da realidade que constitui a origem
das instituições, via conduta institucionalizada com regras e controles do comportamento
humano em sociedade, incorporando certos tipos de emoção, ética, valores e normas
característicos dos papéis que desempenha e que interiorizou, implica na distribuição social
do conhecimento, correspondendo a um certo tipo de ator social.
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Child e Heavens (2001) referem-se á mudança organizacional como uma transição de
um estado organizacional para outra, sem que a transição seja o resultado da aprendizagem,
de preferência descrito como adaptação, porque é o tipo de mudança que leva a um melhor
ajuste entre os ambientes organizacionais, focando na inovação como evidência da
aprendizagem organizacional, resultante de mudanças e adaptações que criam novas atitudes,
via procedimentos operacionais, verificando como objetivo da aprendizagem organizacional
como sendo a chave para o sucesso, assim como é para a promoção e a aceitação da mudança
organizacional.
Para finalizar, Fiol e Lyles (1985) defendem que existem diferentes níveis de
aprendizagem, cada um tendo um impacto diferente sobre a gestão estratégica da empresa
como o processo de melhorar as ações através de um melhor conhecimento e compreensão da
organização. Embora a aprendizagem organizacional ocorre por meio de indivíduos, seria um
erro concluir que a aprendizagem organizacional não é senão a resultado cumulativo de
aprendizagem dos seus membros. Organizações não têm cérebros, mas têm sistemas
cognitivos e memórias, com indivíduos desenvolvendo suas personalidades, hábitos pessoais
e crenças ao longo do tempo e as organizações desenvolvem pontos de vista e ideologias.
Membros e mudanças de liderança vem e vão, mas as lembranças das organizações preservam
certos comportamentos via mapas mentais, normas, e valores ao longo do tempo.
2.3 ESTRATÉGIA
Quanto a estratégia, verificou-se que, além de Henry Mintzberg (1973), que apresenta
como fazer estratégia em três modos (empresarial, adaptável e planejamento), tem-se Ansoff e
McDonnell (1993) que conceituam estratégia como um conjunto de princípios e regras de
decisões para guiar a conduta das pessoas na organização, utilizando para isso quatro níveis
de regras: para alcançar os objetivos da organização; para aprimorar a relação organizacional
com o ambiente externo para o estabelecimento de processos internos da organização e para
conduzir as atividades rotineiras.
Mintzberg e Quinn (2001) conceituam estratégia como um caminho consistente de
determinações para a organização atuar diante do ambiente externo, agrupando os conceitos
de estratégia em perspectivas, como sendo um plano (a estratégia como uma diretriz ou curso
de ação com conhecimento prévio dos resultados pretendidos, é o modo como os líderes
constituem a direção para as organizações), um pretexto (a estratégia é uma manobra,
estratagema ou ameaça com o objetivo de conseguir vantagem sobre um concorrente), um
padrão (a estratégia é um conjunto de ações com consistência de comportamentos ante as
oscilações do ambiente, podendo ocorrer de forma preconcebida, não intencional ou contra as
pretensões iniciais), uma posição (a estratégia é a tentativa de localizar a organização no seu
ambiente competitivo), definindo e alinhando os contextos e uma perspectiva (a estratégia é
abstração da visão coletiva na mente dos estrategistas, tal como a personalidade o é para o
sujeito), compartilhando em sua definição a estratégia por meio de valores, normas e padrões
de comportamento.
Estas abordagens são a base deste estudo de profundidade, oportunizando identificar
quais as perspectivas de trabalho da UNIDAVI quanto a estratégia, sob a análise de Miles e
Snow (1978), utilizado em muitos estudos, tais como Miles e Snow (2003), Gimenez (2000) e
Vasconcelos, Guedes e Cândido (2007), e que permitiu a elaboração do quadro a seguir.
ESTRATÉGIA DESCRIÇÃO DECISÃO
Defensiva Permite a empresa localizar e manter produtos/serviços estáveis, focando-
se em produtos/serviços mais limitada do que a concorrência, protegendo
Focam no controle e
na tomada de decisão
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seu domínio pela oferta de produtos superiores, melhor qualidade e ou
menores preços. Não procura liderar seu segmento, restringindo-se àquilo
que sabe fazer tão bem ou melhor que qualquer um.
centralizada.
Prospectora A empresa está continuamente ampliando sua linha de produtos/serviços.
Foca na importância de oferecer novos produtos/serviços em uma área de
mercado maior, valorizando estar entre as primeiras a oferecer novos
produtos/serviços, mesmo que não sejam altamente lucrativos.
Possuem gestores
altamente flexíveis
quanto à mudança e
inovação.
Analítica A empresa tenta manter uma linha limitada de produtos/serviços
relativamente estável e ao mesmo tempo adiciona um ou mais novos
produtos/serviços que foram bem sucedidos em outras empresas do
segmento. Geralmente está em posição intermediária entre as estratégias
defensiva e prospectora.
Foca no controle e
tomada de decisão
centralizada, podendo
ser flexível nas ações.
Reativa A empresa exibe um comportamento mais inconsistente do que nos outros
tipos, geralmente vinculado á não-estratégia. Não arrisca em novos
produtos/serviços a menos que seja ameaçada pela concorrência,
esperando pra ver e respondendo somente quando forçada por pressões da
concorrência para evitar perda de clientes ou manter lucratividade.
Priorizam o controle e
a tomada de decisão
centralizada.
Quadro 01. Tipologias estratégicas, descrição e tomada de decisão FONTE: adaptado de Miles e Snow (1978), Miles e Snow (2003); Gimenez (2000);
Vasconcelos, Guedes e Cândido (2007).
Para Mintzberg et. al. (2006, p. 150), “estratégia é sobre mudança e não sobre
continuidade”, permitindo entender que a liderança tem papel fundamental nas decisões
estratégicas, definindo a direção-geral e os resultados finais da organização face às mudanças
planejadas, incrementais e estratégicas oriundas dos principais ambientes estratégicos. Toda
esta complexidade é foco deste estudo, que visa identificar as decisões estratégicas face às
mudanças ocorridas nos 46 anos desta IES.
3 MÉTODO DE PESQUISA
Perante os objetivos constituídos, o modelo de pesquisa analisada é o estudo de caso,
com base em análise de dados qualitativos via levantamento longitudinal das mudanças e
estratégias da instituição, utilizando entrevista de profundidade via roteiro de levantamento de
dados e análise documental. A entrevista tomou como base os envolvidos na consolidação da
referida instituição, que participaram dos processos específicos em análise, identificando
quais foram as principais mudanças ocorridas na existência da referida IES (longitudinal,
documental), quais as estratégias quanto a tomada de decisão resultantes destas mudanças, e
consequentemente qual o aprendizado percebido.
Para ambos os estudos fez-se uso das bibliografias da área disponíveis nos periódicos e
banco de dados em geral, tomando como base autores utilizados em outros estudos similares,
focando as ideologias defendidas pelos autores referenciados, e o aprendizado em ambiente
contestado.
3.1 TÉCNICAS DE COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS
A fonte empírica para este artigo é um estudo de caso na UNIDAVI (Centro
Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí), com 46 anos de tradição em
Ensino Superior de Santa Catarina, que tem como missão servir como polo irradiador do
desenvolvimento regional, pelo exercício solidário do ensino, da pesquisa e da extensão. Tem
aproximadamente cerca de quatro mil estudantes em seus quatro campi (Rio do Sul, Taió,
Ituporanga e Presidente Getúlio), sendo 3.000 na Graduação e os demais em cursos de Pós-
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Graduação, Extensão e na Escola de Educação Básica que possui Ensino Infantil,
Fundamental e Médio, com mais de 100 mil exemplares em suas bibliotecas, oferecendo
ampla estrutura física com salas de aula climatizadas; equipamentos audiovisuais e modernos
laboratórios que geram condições necessárias ao ensino de referência e à pesquisa eficaz, e
estrutura operacional de 227 professores (Graduação e Escola Básica), 116 funcionários e 35
estagiários.
A pesquisa empregou como levantamento de dados entrevista de profundidade via
roteiro de entrevista, semiestruturado com base na investigação de estratégia e aprendizagem
contestada (YIN, 2005), além da consulta ao NCOmM (núcleo de comunicação da
UNIDAVI) para levantamento das mudanças ao longo dos anos. Essa abordagem permitiu
uma investigação do conteúdo e do processo de aprendizagem, e de seus agentes ao longo dos
tempos, baseada em dados extraídos dos 46 anos de história da IES. As entrevistas incluíram
perguntas sobre a história da companhia, a reestruturação da propriedade, as mudanças na
cultura corporativa e na identidade, e o processo de aprendizagem.
Quanto a análise, os dados levantados serão confrontados entre si quanto ás tipologias
estratégias (quadro 1) e posteriormente, localizados quanto ao aprendizado percebido,
conforme definições dos autores. Yin (2005, pg 137) coloca que “a análise de dados consiste
em examinar, categorizar, classificar em tabelas, testar ou, do contrário, recombinar as
evidências quantitativas e qualitativas para tratar as proposições iniciais de um estudo”. Neste
trabalho as evidências são qualitativas (particularmente difíceis, YIN, 2005), com estratégias
e técnicas não bem definidas, permitindo proposições teóricas, explanações concorrentes e
desenvolvendo descrição de caso. Para fins de análise de dados, utilizou-se a sugestão de
Collis e Hussey (2005) que apresentam a análise de conteúdo para este tipo de pesquisa por se
tratar de um método formal para a análise de dados qualitativos que permite converter
sistematicamente texto em variáveis numéricas para a análise quantitativa de dados, criando-
se códigos que em geral são pré-construídos pelo pesquisador.
Optou-se por dividir o roteiro em fases, considerando a disponibilidade dos
respondentes quanto à participação em cada um dos períodos de constituição da UNIDAVI,
conforme roteiro a seguir:
Fase 1 (1964 – 1978)
Viegand Eger – Fundador e professor
Como foi planejada a criação da Unidavi?
Foi realizada alguma pesquisa preliminar? Alguma previsão de demanda? Como preveram demanda?
No início da Fedavi, existiam metas definidas? Pode citar algum exemplo?
Por que da escolha do curso de administração como sendo o primeiro?
Planejamento de curto, médio e longo prazo foi definido de que forma?
Como foram definidas as funções de cada profissional na instituição?
Quais as competências necessárias naquela época?
Existiu algum programa de desenvolvimento de competências?
Nesta época, existiam muitos ajustes administrativos?
Fase 2 (1979 – 1994)
Viegand Eger – Diretor e professor e Célio Simão Martignago – Diretor e professor
Por que o convênio foi firmado com a Furb? Quais fatores levaram à escolha da instituição?
Como foram definidas as escolhas pelo curso próprio de contábeis e a pós graduação em 2986?
Como estava a demanda pelo curso de contábeis? Foi realizada alguma pesquisa para analisar este fator?
Já existia demanda por cursos de pós-graduação na região?
Quais eram as metas da Unidavi no período de 1979 a 1994, crescimento ou eficiência administrativa? Quais ações
confirmam isso?
O controle (financeiro, pessoal, estrutural) da instituição era muito planejado? Ou ainda existia muito a se aprender
nestas áreas?
As regras internas sempre foram formais neste período?
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A missão da Unidavi sempre foi a mesma no período?
Nesta época, existiam muitos ajustes administrativos?
Fase 3 (1995 em diante)
Viegand Eger – Diretor, professor, Reitor, Niladir Butzke – Professora e pró-reitora e Célio Simão – Vice-reitor e
professor.
Por que se tornar uma universidade? Quais foram os principais objetivos? Que motivos foram os mais
influenciadores nesta decisão?
Escola básica foi criada por necessidade da região? Mercado não atendido/mal atendido? Concorrência?
O planejamento foi mudado quando universidade? Quais foram as mudanças mais significativas? Houve rejeição
interna contra as mudanças?
As metas foram bem definidas? Quais as principais?
Por que da implantação do PUNF? Qual foi a estratégia definida? E a criação do GTEC? Houve planejamento e
pesquisa?
Quais os objetivos para a instalação dos campi? Crescimento? Descentralização? Obrigação do mercado?
EAD: quais são as metas atuais? Por que foi criado? Demanda? Outras instituições oferecendo ao mercado?
Atualmente, quais são as exigências de competências pela Unidavi, em relação aos seus profissionais?
As competências são bem definidas em todos os níveis? Quais são os principais investimentos em capacitação?
Existe ainda alguma resistência em relação à capacitação dos colaboradores?
Em geral, as regras da instituição são rígidas, ou existe alguma flexibilização em relação aos funcionários?
Atualmente ainda existem muitos ajustes administrativos?
Quadro 2. Roteiro de entrevista, fase, entrevistado.
Fonte: Autores
Este levantamento de dados se deu entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011,
oportunizando além de levantar o perfil estratégico, verificar qual a mudança inserida, e
principalmente, como se deu a aprendizagem face a mudança percebida.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Um dos objetivos deste trabalho trata do quadro longitudinal que evidencia as
principais mudanças da UNIDAVI no decorrer de sua existência, tendo como base eventos
que marcaram a história, e tenham seus registros devidamente efetuados, permitindo o
aprofundamento via pesquisa qualitativa entre os envolvidos em cada fase. Desta forma,
segue quadro com as principais mudanças ocorridas na referida IES, bem como a
identificação da fase e o ano decorrente da mudança.
FASE ANO MUDANÇA
Fas
e 1
1964
Surge a idéia de criar uma universidade, entre os amigos Viegand Eger, Ruben Bins da
Silveira, Rolf Odebrecht, Leandro Dellagiustina, Gilberto Leal de Meirelles e Osni José
Gonçalves, se juntando ao grupo Ruy Olimpio de Oliveira, Aleixo Dellagiustina, Valmor
Machado, Nelson de Abreu e Aujor Wiethorn
1966 Criada a Fundação Educacional do Alto Vale do Itajaí – FEDAVI (lei 613)
Doutor Guilherme Gemballa é eleito presidente da Fundação
1967
A FEDAVI inicia seu primeiro curso superior: Administração de Empresas.
Prefeitura doa para a FEDAVI um terreno de 10.385 metros quadrados
Criado o Diretório Acadêmico Guilherme Gemballa, eleita a primeira diretoria
1969 Início da construção do Bloco A com arrecadação de fundos com empresas regionais
1970 Morre o idealizador Guilherme Gemballa, vítima de enfarte fulminante
1971 O curso de Administração é transferido para a sede própria, mesmo inacabada.
1972 O curso de Administração foi reconhecido através do Decreto Nº 71.604
1973 Inaugura-se o bloco A.
A primeira turma de administração se forma oficialmente (concluintes de 70, 71 e 72)
Fa
se
2
1979 Surge o Colégio Técnico da FEDAVI oferecendo o curso de Técnico em Processamento de
Dados.
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1981 Convênios com a Fundação Regional de Blumenau (FURB) - cursos de Pedagogia, Letras e
Direito.
1986 Iniciam as pós-graduações, em nível de especialização.
Implantado outro curso superior próprio - Ciências Contábeis.
Fas
e 3
1996 Inicio do Projeto Universidade-carta-consulta ao Conselho Estadual de Educação.
1997 Inicia-se a Escola de Ensino Fundamental, hoje Escola de Educação Básica.
Implantação de cursos fora da sede (campi Taió, Ituporanga e Presidente Getúlio)
1998 O nome UNIDAVI é escolhido via consulta popular e o logotipo através de concurso
Inaugurado o Bloco F, com quatro andares
1999
Assinado contrato de locação do Parque Universitário Norberto Frahm – PUNF, no centro de
Rio do Sul, área de preservação ecológica e histórica - “encontro dos rios”.
Jaime Pasqualini assume como Reitor da UNIDAVI
2000 Inauguração do PUNF.
Tem início o curso de Residência Médica em Cirurgia Geral
2001 Credenciamento de Universidade Plena, formalizado pelo Decreto Nº 2.613.
2002 Início das obras do Bloco G, com seis pavimentos.
2003
Inauguração do Bloco G
1° eleição para Reitor, Viegand Eger é eleito reitor Célio Simão Martignago, vice-reitor
início dos intercâmbios com instituições internacionais
2004 Entra no ar a Rádio Educativa Universitária Unidavi FM
2005
Inaugurações no PUNF: Laboratório de Anatomia e GTEC: Núcleo Gerador de Empresas e
Desenvolvimento de Incubação; Sala de Videoconferência; Núcleo de Práticas de Gestão e
Desenvolvimento (NPGD)
2006
Inauguração do Centro de Educação Infantil Bosque Encantado da Escola de Educação
Básica, Sala dos Conselhos Superiores, Sala Nobre (antigo Auditório - Bloco A), Capela
Ecumênica Universitária, Ampliação da Biblioteca Central, Horto Florestal Universitário e da
urbanização e pavimentação PUNF.
2007
Viegand Eger e Célio Simão Martignago são reeleitos respectivos reitores e vice-reitores.
Inauguração do Bloco H, Laboratório de Enfermagem, Laboratório de Microbiologia.
Lançamento do curso de Graduação em Medicina (Portaria/RE nº 033/07)
Quadro 3. Principais mudanças da UNIDAVI
Fonte: UNIDAVI (Centro Universitário para o desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí)
A análise dos dados foi realizada com base nas entrevistas coletadas no mês de janeiro
de 2011, com entrevistas gravadas seguindo o roteiro de pesquisa definido anteriormente. Em
relação à análise da estratégia, esta foi definida dentro da abordagem de Miles e Snow (1978)
sendo que cada fase teve sua estratégia definida dentro das características defensiva,
prospectora, analítica e reativa.
Ações Em relação à estratégia Em relação à
aprendizagem
Perfil
estratégia
Perfil aprendizagem
Criação da
Unidavi
Instalação da
universidade em virtude
do fim do ciclo da
madeira.
Apoio político planejado
para autorização do CEE.
Definição do curso de
administração como
opção para formar
profissionais para a
região e para a própria
IES.
Baseada no
conhecimento do
processo de outras
instituições.
Estratégia
reativa
Aprendizagem como
flexibilidade ao
ambiente e pressões
externas. DIERKES,
ANTAL, CHILD e
NONAKA, 2001
Pesquisa Ambas não existiram. A A demanda era prevista Estratégia Pelo gerente tentando
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preliminar ou
previsão de
demanda
imagem foi que se
tivesse uma IES em Rio
do Sul o
desenvolvimento teria
início.
baseada na visão de
que os alunos que iam
à FURB poderiam
estudar em Rio do Sul.
reativa garantir sua
sobrevivência
antecipando as
expectativas de outros
(MERKENS,
GEPPERT e ANTAL,
2001)
Metas Não formais, mas
definidas.
Não existia nenhuma
preocupação em ter as
regras divulgadas.
Estratégia
reativa
Aprendizagem como
flexibilidade ao
ambiente e pressões
externas. DIERKES,
ANTAL, CHILD e
NONAKA, 2001.
Planejamento Poucos envolvidos e
centralização
Objetivo principal seria
capacitar a mão de
obra, para que pudesse
ter professores atuantes
na região. Para
construção da nova
organização, seria
necessário aprender e
realizar melhorias
constantes.
Estratégia
reativa
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000) via
desafio e adaptação.
Definição de
funções
Não havia definições
específicas para cada
função.
Baseada na troca de
idéias e visitas a outras
instituições. Este
contato serviria como
diretriz para a
definição das
competências
necessárias aos
colaboradores.
Estratégia
reativa
A empresa
acompanhou as
tendências do setor,
imitando os líderes
relativamente tarde
(DIERKES, ANTAL,
CHILD e NONAKA,
2001).
Definição e
desenvolvime
nto de
competências
Poucas exigências no
início.
Formação de
profissionais para
lecionar na IES,
investindo em mestrado e
doutorado.
Identificando
mudanças no ambiente
e adaptando as
competências da IES a
estas mudanças.
Estratégia
analítica
A empresa
acompanhou as
tendências do setor,
imitando os líderes
relativamente tarde
(DIERKES, ANTAL,
CHILD e NONAKA,
2001).
Ajustes
administrativo
s
Muitos ajustes devido a
mudanças nas exigências
do CEE.
Falta de profissionais
especializados, sendo
necessário fazer
benchmarking em outras
IES.
Identificando
mudanças no ambiente
e adaptando a IES a
estas mudanças.
Estratégia
analítica
A empresa
acompanhou as
tendências do setor,
imitando os líderes
relativamente tarde
(DIERKES, ANTAL,
CHILD e NONAKA,
2001).
Quadro 4. Roteiro de entrevista – Fase 1 (1964 – 1978)
Fonte: Autores
De acordo com os resultados apresentados, em relação à estratégia pode-se dizer que a
IES em estudo utilizou a estratégia prospectora na maioria das vezes, por estar iniciando no
mercado e pela falta de pesquisa e planejamento, sendo a maioria das decisões estratégicas
baseadas em outras IES que possuíam mais tempo de mercado. Em relação à aprendizagem,
pode-se apresentar que a IES não definiu um perfil único a respeito de que decisões
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influenciaram a aprendizagem organizacional, uma vez que a instituição oscilou entre a
adaptação ao ambiente e pressões externas (DIERKES, ANTAL, CHILD e NONAKA, 2001);
e a instituição seguindo líderes e referências no mercado para conseguir aprender a maneira
correta de trabalhar no mercado (DIERKES, ANTAL, CHILD e NONAKA, 2001).
Ações Em relação à
estratégia
Em relação à
aprendizagem
Perfil
estratégia
Perfil
aprendizagem
Convênio com a
FURB
Proximidade com a
IES e ajuda mútua.
Reitor lecionava na
instituição e possuía
bom relacionamento.
FURB reconhecia
cursos, pois Unidavi
não poderia.
FURB monitorava os
cursos e todas as
colações de grau.
Seguia-se o que a
FURB implantava. Era
a única referência até
pela dificuldade de se
chegar a Lages, além
da Fedavi não poder
lançar cursos e a
FURB poderia criar
cursos e trazê-los a
Rio do Sul. Os cursos
eram basicamente uma
extensão da FURB em
Rio do Sul.
Estratégia
analítica.
A empresa
acompanhou as
tendências do setor,
imitando os líderes
relativamente tarde
(DIERKES,
ANTAL, CHILD e
NONAKA, 2001).
Lançamento do
curso de CCO e
pós-graduação
Falta de profissionais
qualificados e
mudança na legislação
em relação aos
técnicos em
contabilidade.
Oportunidade em
oferecer pós-
graduação para alunos
graduados da
instituição.
Com a mudança na
legislação, os
profissionais do setor
precisavam se adequar
às novas regras.
Estratégia
prospectora
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000)
via desafio e
adaptação.
Demanda pelo
curso de CCO
A demanda era alta
pelo fato de muitos
alunos irem cursar em
Blumenau. E não
houve pesquisa
preliminar, tudo era
muito claro.
Com a mudança na
legislação, os
profissionais do setor
precisavam se adequar
às novas regras.
Estratégia
prospectora
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000)
via desafio e
adaptação.
Existia demanda
pelos cursos de
pós-graduação?
Muita. A maioria dos
alunos iam à FURB
após a graduação para
fazerem o MBA.
Identificando
mudanças no ambiente
e adaptando a IES a
estas mudanças.
Estratégia
prospectora
A empresa
acompanhou as
tendências do setor,
imitando os líderes
relativamente tarde
(DIERKES,
ANTAL, CHILD e
NONAKA, 2001).
Metas nesta época
era crescimento
ou eficiência
administrativa?
Eficiência
administrativa com
investimento m
professores,
benchmark em outras
instituições.
Ter a instituição
preparada para o
futuro, com uma boa
estrutura, sempre de
olho no que outras IES
estavam fazendo.
Estratégia
reativa
A empresa
acompanhou as
tendências do setor,
imitando os líderes
relativamente tarde
(DIERKES,
ANTAL, CHILD e
NONAKA, 2001).
Tentativa de
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
construção de uma
organização voltada
para o mercado
(Rodrigues, Child e
luz, 2004).
Controle
financeiro,
estrutural era
planejado?
Muito bem planejado,
por não haver
subsídios de nenhum
órgão de ajuda.
Também existia um
cuidado especial com
o lançamento de
novos cursos.
Reestruturação de
cursos e estrutura
física sempre era
realizada. Crescia-se
com muito cuidado em
relação aos cursos e a
parte financeira.
Estratégia
defensiva.
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000)
via desafio e
adaptação.
Regras internas
sempre formais e
claras?
Sempre. Todos sabiam
o que fazer e como
fazer. Para os
professores
principalmente, onde a
IES investiu
fortemente na
capacitação e reuniões
pedagógicas.
Todos os
colaboradores
conheciam o que
precisava ser feito,
devido a reuniões e
capacitação oferecida
pela IES.
Estratégia
prospectora
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000)
via desafio e
adaptação.
Ajustes
administrativos
eram frequentes?
Sim, pela mudança
constante no mercado,
principalmente em
relação às exigências
do MEC. Além deste,
ajustes nos PTPs eram
realizados de acordo
com o “provão”, com
a preocupação de
sempre estar
ensinando o que o
MEC sempre exigia.
Identificando
mudanças no ambiente
e adaptando a IES a
estas mudanças.
Estratégia
reativa
Mudança de
paradigma de
empresa tradicional
para uma empresa
voltada ao mercado
(Child case
Telemig).
Quadro 5. Roteiro de entrevista – Fase 2 (1979 – 1994)
Fonte: Autores
Já em relação aos resultados apresentados, em relação à estratégia pode-se dizer que a
IES em estudo utilizou a estratégia prospectora na maioria das vezes, por já possuir alguma
experiência no mercado e estar sempre em busca de oferecer novos produtos, sempre de olho
no que o mercado exigia no momento. Já em relação à aprendizagem, a IES teve seu foco
voltado ao tratamento de forma individual seus colaboradores e os mesmos percebiam que a
IES em estudo estava se esforçando para que todos tivessem acesso à melhor capacitação.
Ações Em relação à
estratégia
Em relação à
aprendizagem
Perfil
estratégia
Perfil aprendizagem
Por que se
tornar
universidade?
Quais as
principais
influências?
Para obter marca
forte e melhor
posição estratégica no
mercado.
Movimento de outras
instituições do
sistema Acafe.
Para reter mais
alunos que iam para
outras cidades
Após a criação da
universidade, percebeu-se a
necessidade de exigir mais
do professor em relação à
capacitação e qualidade do
conteúdo repassado aos
alunos.
Estratégia
analítica/prosp
ectora.
Aprendizagem como
flexibilidade ao
ambiente e pressões
externas. DIERKES,
ANTAL, CHILD e
NONAKA, 2001
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realizar um curso
superior.
Criação da
Escola Básica
Estratégia para
utilizar a
infraestrutura da
universidade no
período diurno e
oferecer uma das
melhores escolas da
região.
Investimento em professores
renomados para atrair novos
alunos, além de
aproveitamento dos
professores e funcionários
disponíveis.
Estratégia
prospectora
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000) via
desafio e adaptação.
Houve
mudança na
estratégia
quando se
tornou
universidade?
Quais foram
as principais?
Sim. O planejamento
anterior não foi
seguido em virtude
de o reitor anterior
não ser um gestor. O
planejamento teve
foco na eficiência
financeira.
Planejamento feito
com cautela,
assessoria
profissional e
baseado nas regras do
MEC. A adaptação
das pessoas
aconteceu
naturalmente até
porque se viam as
melhorias
acontecerem.
Aprendizagem pela geração
do conhecimento, porém
sem definição de
competências
organizacionais. A rejeição à
mudança existia, mas ao
longo do tempo acabou
terminando.
Estratégia
defensiva
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000) via
desafio e adaptação.
As metas
eram bem
definidas?
Quais foram
as principais?
Mal definidas no
início, onde não se
preocupava com a
saúde financeira da
instituição e sim com
uma estratégia
expansionista.
Muito arrojada, mas
sem pesquisar o
mercado. Foram
tomadas decisões sem
planejamento algum.
Oferta de cursos que
não existiam na
região, muitos sem
estarem com as
profissões
regulamentadas.
Aprendizagem de
habilidades para se adequar
às várias mudanças que
estavam acontecendo.
Funcionários não eram
muito confiantes no trabalho
dos gestores, pelo fato de
muitos cursos não serem
viáveis.
Estratégia
reativa
Pelo gerente tentando
garantir sua
sobrevivência
antecipando as
expectativas de outros
(MERKENS,
GEPPERT e ANTAL,
2001)
Implantação
do PUNF e
GTEC, qual
foi a
estratégia?
Como estratégia
expansionista e
pressão de
empresários para que
a IES assumisse a
estrutura.
Os funcionários
interpretaram a aquisição do
GTEC e a inauguração dos
campi como uma estratégia
de expansão da IES. Além
disso, a pressão pessoal e o
stress do deslocamento
acabaram por gerar alguns
atritos.
Estratégia
reativa
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000) via
desafio e adaptação.
Objetivos da Crescimento sem A equipe de funcionários da Estratégia Tratada de forma
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
instalação dos
campi nas
outras
cidades.
planejamento e a
qualquer custo, para
atender à pressões
políticas.
IES percebeu que a mudança
traria maior qualidade, com
a obrigação a se adaptar a
novas mudanças e ser
flexível.
reativa individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000) via
desafio e adaptação.
As
competências
são bem
definidas em
todos os
níveis? Qual o
investimento
em
capacitação?
Ainda é difícil
definir, uma vez que
não existe um plano
de cargos e salários.
Maiores
investimentos nos
professores ao nível
de mestrado e
doutorado.
Nem todos conhecem bem a
competência de seus cargos,
acabam aprendendo sobre as
exigências depois de algum
tempo já dentro da função.
Além disso, ainda existe a
contratação de profissionais
abaixo das exigências pelo
fato da falta de mão de obra
especializada.
Estratégia
reativa
Profissionais podem
optar por uma
aposentadoria precoce
ou troca de instituição
(Rodrigues, Child e
luz, 2004).
Ainda existe
muita
resistência em
relação à
capacitação?
Muito pouca pelo
fato de existir uma
formação continuada
ao longo de vários
anos.
Muito pouca, apenas pelos
profissionais mais velhos
que já possuem anos de
trabalho junto à IES. Estes,
porém, são minoria.
Estratégia
defensiva
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000) via
desafio e adaptação.
Regras são
rígidas ou
flexíveis?
Muito rígidas em
relação à legislação.
Todos conhecem as
normas.
Nem todos obedecem às
regras. Mas também estão
sujeitos às penalidades.
Estratégia
defensiva
No conhecimento
relativo a um grupo
social, todos são aptos
a representar a
realidade via conduta
institucionalizada com
regras e controles
incorporrando ética,
valores e normas
(Vasconcellos, 2004)
Ainda existem
muitos ajustes
administrativo
s?
Muito poucos ajustes,
apenas em função de
mudanças no
mercado. Corpo
administrativo e
planejamento
atualmente são bem
definidos. A
instituição está
sempre procurando se
aprimorar.
Profissionais não se
encontram em uma zona de
conforto e são incentivados a
estarem realizando
reciclagem constantemente.
Além disso, são sempre
discutidas novas práticas de
ensino nos fóruns.
Estratégia
analítica
Tratada de forma
individual ao sujeito
(BROWN e
STARKEY, 2000) via
desafio e adaptação.
Quadro 6. Roteiro de entrevista – Fase 3 (1995 em diante)
Fonte: Autores
De acordo com os resultados apresentados, em relação à estratégia pode-se dizer que a
IES em estudo utilizou a estratégia defensiva na maioria das vezes, por possuir uma
concorrência direta de IES públicas e particulares na região do Alto Vale do Itajaí. Já em
relação à aprendizagem, pode-se dizer que a IES apresenta a seus colaboradores desafios e
propostas que sejam voltadas à adaptações exigidas pelo mercado, uma vez que os
entrevistados afirmaram diversas vezes que os colaboradores são incentivados ao estudo e
atualmente existe muito pouca resistência, haja visto que somente uma minoria não aceita
participar dos programas de treinamento da IES. Esta forma de tratamento individual e
atenção ao sujeito estão baseadas nas idéias de Brown e Starkey (2000).
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo de caso apresentado neste artigo possibilitou verificar como a estratégia e a
aprendizagem ocorre em uma organização de ensino e que os mesmos não podem ser apenas
seguidas como uma linha única de pensamento. Em relação aos períodos analisados, foi
possível verificar que a instituição em estudo apresentou estratégias diversas e que a
aprendizagem ocorreu muitas vezes de forma a seguir líderes de mercado, outras vezes de
forma a desafiar as pessoas a se adaptar à mudança exigida pelo mercado que a instituição se
encontrava. Em relação aos períodos analisados dentro da abordagem de Miles e Snow
(1978), pode-se apresentar que no primeiro período, a instituição adotou uma estratégia
prospectora, e em relação à aprendizagem, a instituição adotou uma postura voltada a
adaptação ao ambiente e pressões externas; além de seguir líderes e referências no mercado
para conseguir aprender a maneira correta de trabalhar no mercado. A situação na primeira
fase era de incerteza no mercado em virtude do CEE não autorizar a autorização para uma
universidade na cidade de Rio do Sul, além do ciclo da indústria madeireira estar no fim.
Ainda outro fator logístico, em virtude das más condições das estradas a visão dos
administradores era de que existia aí uma oportunidade para além de atuar na formação
acadêmica de novos profissionais, além da possibilidade de reter estes futuros profissionais na
região. Em suma, os mesmos resultados se apresentaram na segunda fase, sendo a mesma
estratégia prospectora e aprendizagem Na segunda fase de análise a instituição adotou na
maioria de suas ações a estratégia prospectora e na aprendizagem por meio de adaptação ao
ambiente e pressões externas.
Na terceira fase de análise, a instituição apresentou uma estratégia defensiva na
maioria das principais ações e em relação à aprendizagem a postura foi de atenção aos
interesses do indivíduo, uma vez que a instituição investe muito na capacitação para não ficar
atrás dos concorrentes que se instalaram na cidade nos últimos anos. O ataque da concorrência
tem feito com que a instituição tome ações voltadas aos seus colaboradores, com o intuito de
reter estes colaboradores.
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