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DIREITO CONSTITUCIONAL AULA – DIREITOS FUNDAMENTAIS REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS PROFESSOR MATEUS SILVEIRA

Apresentação do PowerPoint · sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à

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DIREITO CONSTITUCIONAL

AULA – DIREITOS FUNDAMENTAIS REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

PROFESSOR MATEUS SILVEIRA

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Professor Mateus Silveira

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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; Habeas Corpus – art. 5º, LXVIII. É uma ação constitucional para tutelar o direito de locomoção e a liberdade de ir, vir e ficar. Ataca a ilegalidade ou o abuso de poder. Pode ser Repressivo ou Liberatório – quando a constrição ao direito já se consumou (para cessar violência ou coação). E pode ser Preventivo – quando alguém se achar ameaçado de sofrer violência ao seu direito de locomoção (salvo-conduto para garantir o livre trânsito).

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Legitimidade ativa qualquer PF ou PJ (nacional ou estrangeiro), MP. Pode ser impetrado pelo paciente ou outra pessoa em seu benefício. Não necessita de advogado. É Cláusula pétrea. Legitimidade passiva, autoridade coatora responsável pelo ato ilegal ou abusivo, autoridade pública que pode ser um delegado de polícia, promotores, juízes, tribunais, etc ou até 3ºs em nome do Estado. Atenção ao art. 142, § 2º da CF, Não caberá HC em relação a punições disciplinares militares. Militares das forças armadas e militares dos Estados, do DF e territórios (art. 42. § 1º da CF). A exceção são os pressupostos de legalidade: hierarquia, poder disciplinar, ato ligado à função e pena suscetível de ser aplicada disciplinarmente.

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COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO DO HC AUTORIDADE COATORA AUTORIDADE JUDICIAL COMPETENTE

Autoridade policial estadual ou federal Juiz de Direito ou Juiz Federal

Promotor de Justiça, Juiz de Direito ou Turma Recursal Estadual

Tribunal de Justiça

Procurador da Rep. ou Juiz Federal ou Turma Recursal Federal

Tribunal Regional Federal

TJ ou TRF STJ

Min. de Estado, Comandantes das forças armadas ou autoridade do STJ – art. 102, I,

“d”, CF.

STF

Juiz do Jecrim Estadual Juiz do Jecrim Federal

Turma Recursal Estadual e Federal

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HABEAS DATA LXXII - conceder-se-á habeas data : a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

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Habeas Data – art. 5º, LXXII, “a” e “b”. É utilizado para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante e para retificação de dados do impetrante. É gratuito e tutela o direito de intimidade e informação do indivíduo. Pressupostos: recusa por parte do banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público e inexistência de sigilo que comprometa à segurança do Estado e sociedade. Recusa administrativa em prestar ou retificar as informações solicitadas (Súmula nº 2 STJ). Regulado pela Lei nº 9.507/97. Legitimidade ativa qualquer pessoa (PF ou PJ) e legitimidade passiva depende da titularidade do banco de dados (impetrado contra entidade pública ou privada prestadora de serviço público).

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COMPETÊNCIAS PARA O JULGAMENTO DE HD

AUTORIDADE COATORA AUTORIDADE JUDICIAL COMPETENTE

Autoridade estadual, dirigentes ou serventuários estaduais ou municipais

Juiz de Direito ou Tribunal de Justiça (art. 125, § 1º, CF)

Autoridade Federal Juiz Federal (art. 109, VIII, CF)

Autoridade do Tribunal Regional Federal ou Juiz Federal Tribunal Regional Federal (art. 108, I, “c”, CF)

Ministro de Estado, Comandantes das forças armadas ou autoridade do STJ

Superior tribunal de Justiça (art. 105, I, “b”, CF)

Quando o ato questionado envolver matéria sujeita a jurisdição da Justiça do Trabalho

Justiça do Trabalho (art. 114, IV, CF)

Pres. da Rep., Mesas da C.D e do S.F. Tribunal de Contas da União, PGR.

Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, “d”, CF)

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COMPETÊNCIAS PARA JULGAMENTOS DE HD EM RECURSOS

HIPÓTESES DE CABIMENTO AUTORIDADE JUDICILA COMPETENTE

Julgar em rec. Ordinário, o HD decidido em única instância pelos tribunais superiores, se denegatória a

decisão.

Supremo Tribunal de Justiça (art. 102, II, “a”, CF)

Julgar Habes Data decidido em única instância pelos TRF’s

Superior Tribunal de Justiça (art. 20, II, “b”, da Lei nº 9.507/97)

Julgar em grau de recurso HD denegados por juízes federais.

Tribunais Regionais Federais (art. 108, II, CF)

Das decisões denegatórias de HD prolatadas pelos TRE’s cabe recurso para o TSE.

Justiça Eleitoral (art. 121, § 4º, V, CF)

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LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data , quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

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Mandado de Segurança – art. 5º, LXIX. Tem a finalidade de proteger direito líquido e certo (aquele que deve ser demonstrado de plano, que não comporta dilação probatória). Cabe qdo o direito tutelado não for amparado por HC ou HD. E frente a uma ilegalidade ou abuso de poder de autoridade pública ou agente de PJ no exercício de atribuições públicas. Espécies: Repressivo (ilegalidade ou abuso de poder já praticados) e Preventivo (ameaça ao direito líquido e certo). Legitimidade ativa PF ou PJ (nacional ou estrangeira), MP, agentes políticos, órgãos públicos despersonalizados (chefias do Executivo, mesa do legislativo), universalidade de bens e direitos (espólio, massa falida e condomínio).

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Legitimidade passiva a autoridade coatora ligada ao Estado ou 3º em seu nome, pode ser integrante do poder público em qualquer grau, seja administração direta ou indireta (art. 6º, § 3º, da Lei nº 12.016/09). O órgão competente para apreciar o MS vai depender da autoridade coatora. Prazo para a interposição é de 120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado (decadencial).

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COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA

AUTORIDADE COATORA AUTORIDADE JUDICIAL COMPETENTE

Autoridade estadual, dirigentes ou serventuários estaduais e municipais

Juiz de Direito

Autoridade Federal (art. 109, VIII, CF) Juiz Federal

Juiz de Direito; Mesa da AL Tribunal de Justiça

Juiz Federal Tribunal Regional Federal

Juiz dos Juizados Especiais Turma Recursal

Turma recursal Tribunal de Justiça ou Trib. Reg. Federal

TJ; TRF; STJ; STF Pleno ou órgão especial dos tribunais listados, depende do Regimento Interno.

Ministro do Estado e comandantes das forças armadas

STJ

Pres. da Rep., Mesas da CD e SF, TCU e PGR STF

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Mandado de Segurança Coletivo – art. 5º, LXX, “a” e “b”. Para a proteção dos direitos transindividuais (coletivos – art. 21, I; e individuais homogêneos, art. 21, II, ambos da Lei nº 12.016/09). Legitimidade ativa: partido político com representação no CN (na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária) ou organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano, em defesa da totalidade ou de parte dos seus membros ou associados na forma do seu estatuto.

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Quanto a legitimidade dos partidos políticos o STF entende que os partidos possam impetrar o writ para a defesa irrestrita de qualquer direito, não se limitando as pessoas filiadas ao partido e já o STJ entende que só poderá ser impetrado para a defesa de filiados. A Lei nº 12.016/09 disciplina o MS individual e coletivo e também legalizou diversos posicionamentos jurisprudenciais do STF. Súmulas sobre o cabimento de MS: Súmulas do STF: 630, 629, 625, 429, 268, 267 e 266. Súmulas sobre prazo de impetração do MS: Súmulas do STF 623 e 430.

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LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Mandado de Injunção – art. 5º, LXXI. É ação constitucional para a tutela de direitos previstos na CF inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania que não possam ser exercidos por falta de norma regulamentadora. Assim, cabe MI diante da omissão legislativa, da não elaboração do ato legislativo ou adm. que possibilite ao cidadão o exercício de um direito constitucionalmente estabelecido.

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Os pressupostos são a falta de norma regulamentadora e a inviabilidade do exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania (os pressupostos são cumulativos). A Finalidade é efetivar direitos e liberdades constitucionais não exercidas por falta de norma regulamentadora. Portanto, serve para colmatar lacunas constitucionais, suprindo a síndrome de inefetividade dos preceitos constitucionais. Legitimidade ativa: qualquer pessoa (PF ou PJ), PJ de direito público também tem legitimidade.

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Legitimidade passiva: a autoridade competente para editar a norma em questão, por esse motivo, é impetrado somente contra pessoa estatal e nunca particular. No mandado de injunção coletivo, servem as mesmas características e exigências do MS coletivo.

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LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Ação Popular – art. 5º, LXXIII. Proteção de interesses difusos. Cabível para impugnar atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico cultural.

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Legitimidade ativa – cidadão (brasileiros natos, naturalizados e portugueses equiparados). Cidadão é aquele “pleno de direitos” que tem hígidos os seus direitos políticos. Legitimidade passiva – agente público que praticou ou ato ilegal/lesivo ao patrimônio público e aos beneficiários de tal ato. Não poderão propor ação popular: estrangeiros mesmo que residentes no país; os apátridas; pessoa jurídicas (Súmula 365 do STF); os brasileiros que estejam com os seus direitos políticos suspensos ou perdidos; o Ministério Público.