Upload
phamdang
View
219
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
PROCESSO SELETIVO
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018
Área: CARDIOLOGIA
INSTRUÇÕES DA PROVA
Quando for permitido abrir o caderno, confira se este caderno contém, ao todo, 20 (vinte)
questões de Múltipla Escolha, se todas estão perfeitamente legíveis, bem como se a impressão,
a paginação e a numeração das questões estão corretas. Caso os dados estejam incorretos, ou
incompletos, ou tenham qualquer imperfeição, favor informar tal ocorrência ao fiscal. NÃO
SERÃO ACEITAS RECLAMAÇÕES POSTERIORES.
Use, como rascunho, a Folha de Respostas reproduzida ao final desse caderno.
ATENÇÃO
Verifique se seus dados estão corretos na Folha de Respostas, caso não estejam informe ao
fiscal imediatamente.
Na Folha de Respostas, assinale a alternativa que julgar correta para cada questão, usando
caneta esferográfica de tinta preta ou azul.
Lembre-se mais de uma letra assinalada implicará na anulação da questão.
Qualquer rasura no preenchimento anulará a questão.
Não deixe nenhuma questão sem resposta.
A Folha de Respostas NÃO deve ser dobrada, amassada, rasurada, manchada ou conter
qualquer registro fora dos locais destinados às respostas.
O modo correto de assinalar a alternativa na Folha de Respostas é cobrindo, fortemente, o
espaço a ela correspondente, conforme o modelo abaixo:
FOLHA DE RESPOSTAS SEM ASSINATURA NÃO TEM VALIDADE.
ORIENTAÇÕES DO PROCESSO
Período de Sigilo - Os candidatos deverão permanecer no local da realização das provas durante,
no mínimo, 60 (sessenta) minutos após o início das provas. ITEM 5.19
A Prova terá duração máxima de 03 (três) horas. ITEM 5.16
O tempo de duração das provas abrange a assinatura da Folha de Respostas, a transcrição das
respostas do Caderno de Questões da Prova Objetiva para a Folha de Respostas.
Os 03 (três) últimos candidatos deverão permanecer no local de prova, sendo liberados somente
quando todos tiverem concluído a prova ou o tempo tiver se esgotado.
O gabarito da prova será divulgado juntamente com a prova no site www.heci.com.br no dia
02/11/2017.
1
2
2
3
CLÍNICA MÉDICA
1. Na abordagem diagnóstica e no manejo inicial de um paciente com
rebaixamento do nível de consciência:
A. A punção lombar hoje em dia é raramente necessária, face ao avanço dos
métodos de imagem.
B. A glicemia capilar é fundamental e deve ser feita precocemente no início da
abordagem.
C. O exame clínico é fundamental, mas não pode atrasar a realização da
tomografia de crânio, que tem prioridade absoluta na abordagem inicial.
D. A gasometria arterial não faz parte da lista de exames que podem ser
realizados, por ser irrelevante para eventuais diagnósticos.
E. Se o paciente tiver história de uso de benzodiazepínicos, deve ser tentada uma
reversão com o antídoto específico naloxone.
2. Paciente sexo masculino, 64 anos, hipertenso e diabético de longa data, PO
tardio de revascularização miocárdica, miocardiopatia isquêmica com fração
de ejeção discretamente reduzida, insuficiência renal crônica ainda sem
terapia dialítica e proteinúria de 6g em 24h. Faz uso de losartan 100mg/dia,
bisoprolol 10mg/dia, AAS 100mg dia, furosemida 40mg/dia, rosuvastatina
20mg/dia, mononitrado de isossorbida 40mg/dia, trimetazidina 70mg/dia e
reposição oral de potássio. Internado no CTI por piora da dispnéia com BNP
bastante elevado, Creatina 3,6, Uréia 190, alcalose metabólica e potássio 2,1.
A. Sem dúvidas essa dosagem de potássio está errada, deve ser repetida, afinal
não é possível haver hipocalemia em um paciente com insuficiência renal,
usando losartan e beta bloqueador.
B. É um quadro clássico de hipoaldosteronismo hiporreninêmico, evidenciado
claramente pela alcalose metabólica e pela hipocalemia.
C. Inicialmente poderia até se pensar em atribuir a hipocalemia ao uso da
furosemida, mas a presença de alcalose metabólica afasta definitivamente essa
possibilidade.
D. É um possível caso de hiperaldosteronismo primário associado aos problemas já
existentes, onde uma elevada atividade da renina plasmática e níveis elevados
de aldosterona plasmática auxiliam na confirmação do diagnóstico. Além disso,
um exame de imagem das supra-renais é fundamental.
E. É um possível caso de hiperaldosteronismo primário associado aos problemas já
existentes, onde uma atividade da renina plasmática bastante reduzida e níveis
elevados de aldosterona plasmática auxiliam na confirmação do diagnóstico.
Além disso, um exame de imagem das supra-renais é fundamental.
4
3. Paciente 25 anos retorna de viagem de surf à Indonésia, queixando-se de
dispnéia. Após internação é diagnosticado com TVP extensa em MIE e
embolia pulmonar maciça na AngioTomografia de tórax, sem repercussão
hemodinâmica. Ecocardiograma com pressão sistólica de artéria pulmonar
(PSAP) de 50mmHg e ventrículo direito (VD) discretamente aumentado e com
função sistólica normal. Portanto:
A. O único anticoagulante oral autorizado nesse momento clínico é a warfarina. Para
que algum novo anticoagulante oral possa ser prescrito é obrigatório realizar
previamente ampla propedêutica para excluir neoplasia oculta e/ou trombofilia
como causas da embolia.
B. A dilatação do ventrículo direito, mesmo que discreta, somada a embolia
pulmonar maciça torna plenamente justificada indicação de trombolíticos.
C. Como está caracterizado o choque cardiogênico nesse caso, a trombólise deve
ser realizada imediatamente.
D. A rivaroxabana pode ser utilizada nesse caso, até mesmo no início do tratamento.
E. O tratamento deve ser feito com enoxaparina dose plena por duas semanas.
Somente após esse prazo os anticoagulantes orais podem ser utilizados,
preferencialmente a warfarina que ainda apresenta maiores taxas de sucesso em
casos graves como esse, apesar de um risco maior de sangramento.
4. O estudo brasileiro ART (Alveolar Recruitment Trial), recentemente publicado
no JAMA e que estudou o efeito da manobra de recrutamento alveolar
máximo em pacientes com Síndrome Desconforto Respiratório Agudo grave
(SDRA) mostrou:
A. Que a taxa de mortalidade da SDRA grave é atualmente no Brasil inferior a
40%.
B. Que no grupo controle (estratégia ARDSnet com PEEP mais baixo e sem
recrutamento alveolar) a mortalidade foi significantemente superior.
C. Que a incidência de pneumotórax foi semelhante em ambos os grupos.
D. Que a mortalidade no grupo de tratamento (grupo recrutamento alveolar
máximo) foi significantemente superior.
E. Que não houve diferença de mortalidade entre os grupos
5. São drogas usadas no tratamento do status epilepticus EXCETO:
A. Fentanil.
B. Fenitoína.
C. Tiopental.
D. Midazolan.
E. Propofol.
5
6. Na análise do líquido ascítico de um paciente cirrótico, estéril e/ou com
peritonite, podem ser encontradas as seguintes alterações EXCETO:
A. Gradiente soro-ascite de albumina > ou = 1.1g/dl.
B. Número de neutrófilos > 250/mm³.
C. Proteína total > 2,5 g/dl.
D. Proteína total < 2.5 g/dl.
E. Coloração amarelo translúcido.
7. Na reanimação cardiopulmonar:
A. A vasopressina mostrou-se claramente superior à adrenalina, mas seu custo
bastante superior inviabiliza seu emprego na maior parte dos hospitais públicos
e ou filantrópicos do Brasil.
B. A amiodarona pode ser usada em determinado momento do protocolo de
atendimento da fibrilação ventricular (FV), apesar de não haver nenhum estudo
que mostre sua real capacidade de prevenção de morte súbita, por exemplo, em
pacientes portadores de miocardiopatia isquêmica grave.
C. A amiodarona foi abolida na revisão mais recente do protocolo de FV feita pela
American Heart Association, visto a falta de evidências claras que dêem suporte
ao seu uso.
D. A atropina deve ser usada imediatamente após a assistolia ter sido detectada na
monitorização cardíaca, uma vez que a demora tornará inútil o emprego nesses
casos.
E. A intubação orotraqueal não poderá ser realizada em hipótese alguma antes do
segundo ciclo de reanimação, independentemente do diagnóstico inicial e causa
da parada cardiorrespiratória.
8. Acerca dos novos critérios de sepse é CORRETO afirmar:
A. Que após muitas críticas e dificuldade de aceitação universal, tiveram uma nova
revisão em 2017 com o retorno da Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
(SRIS) como o ponto de alerta inicial da sepse.
B. Representaram um grande avanço aumentando a sensibilidade diagnóstica, ao
de forma bastante abrangente, incluírem critérios bastante específicos de
infecção, praticamente reduzindo a zero a inclusão de pacientes não infectados
dentro do diagnóstico de sepse.
C. Que apesar de não poderem ser indubitavelmente usados para o diagnóstico
preciso de sepse, apresentam maior especificidade que os critérios antigos e
podem, por outro lado, com um quickSOFA > ou = a 2, serem úteis para
detecção de pacientes com maior probabilidade de piores desfechos.
6
D. Que definiram o quickSOFA (freqüência respiratória > 22/min; pressão sistólica
< 100mmHg e o lactato sérico > 3) como o passo inicial para desencadear a
abordagem terapêutica em um possível paciente séptico.
E. Recebem muitas críticas por reduzir a sensibilidade e a especificidade do
diagnóstico da sepse, atendendo principalmente aos interesses das seguradoras
de saúde dos países desenvolvidos, uma vez que usaram um escore validado
apenas dentro de UTIs, o quickSOFA, em salas de emergência.
9. Não é considerado um critério maior para o diagnóstico da febre reumática:
A. Cardite.
B. Artrite.
C. Coréia.
D. Nódulos subcutâneos.
E. Eritema nodoso.
10. Você necessita prescrever Dobutamina (ampolas de 20ml/250mg) a
17mcg/kg/min para um paciente de 70kg. Qual a velocidade deve ser
programada na bomba de infusão?:
A. 33,7 ml/h.
B. 35,7 ml/h.
C. 3,57 ml/h.
D. 3,37 ml/h.
E. 53,7 ml/h.
11. Um sopro de uma regurgitação mitral de grande volume, NÃO apresenta qual
das características abaixo:
A. É sempre sistólico, mas nem sempre intenso e holossistólico.
B. É um sopro regurgitativo.
C. Reduz sua intensidade com a manobra de Valvalva.
D. Pode ter irradiação para axila.
E. Pode ter irradiação para focos da base.
12. O eletrocardiograma da pericardite aguda pode mostrar:
A. Supradesnivelamento difuso do segmento ST, tipicamente retificado ou
descendente e com concavidade inferior.
B. Supradesnivelamento ST na derivação AVR.
C. Supradesnivelamento segmento PR em AVR.
D. Normalização do supradesnivelamento após 12 horas início da dor.
E. Padrão clássico S1Q3T3.
7
13. Paciente 17 anos é internado no HECI com dor torácica e a propedêutica
realizada demonstra pericardite com miocardite associada. Exames mostram
elevações de enzimas cardíacas, derrame e espessamento pericárdicos,
alteração típicas na RM coração e hipocinesia difusa ao ecocardiograma com
fração de ejeção estimada pelo modo de Simpson em 35%. Qual das
medicações abaixo é contra-indicada nesse caso?
A. Naproxeno.
B. Losartan.
C. Carvedilol.
D. Colchicina.
E. Prednisona.
14. Esse mesmo paciente interna após 4 meses, com sinais clínicos de
insuficiência cardíaca. O cardiologista assistente solicita um ecocardiograma
para diferenciar cardiopatia restritiva de pericardite contrictiva. Qual dos
achados ecocardiográficos NÃO é encontrado na pericardite constrictiva?
A. Padrão restritivo no fluxo mitral (padrão restritivo de enchimento ventricular).
B. Pericárdio de espessura normal.
C. Grande variação respiratória na velocidade da onda E do fluxo mitral (podendo
ser superiores a 30-40%).
D. Velocidade E` anular mitral no Doppler tecidual aumentada (> 12cm/seg).
E. Velocidade E` anular mitral no Doppler tecidual reduzida (< 8cm/seg).
15. Em relação aos tumores de testículo marque a alternativa CORRETA:
A. Apresentam baixas taxas de sobrevivência em 5 anos após o diagnóstico
inicial.
B. Pacientes com seminoma, mesmo no estágio I, requerem quimioterapia
complementar à orquiectomia.
C. Quando diagnosticados na fase metastática, especialmente com metástases
pulmonares, devem ser guiados para terapia paliativa, sem quimioterapia, uma
vez que não há possibilidade de cura nesses casos.
D. Mesmo quando diagnóstico é feito em pacientes com metástases, pode haver
boa possibilidade de cura.
E. Com o avanço da radioterapia e com os novos quimioterápicos, a orquiectomia
para o tratamento dos seminomas é realizada raramente, somente nos casos
refratários.
8
16. Marque a alternativa INCORRETA no que diz respeito ao tamponamento
cardíaco:
A. A internação hospitalar com edema agudo de pulmão grave e de difícil controle
clínico é uma apresentação bastante comum dos casos graves de
tamponamento.
B. A famosa tríade de Beck, com hipotensão, jugulares túrgidas e hipofonese de
bulhas cardíacas, está presente apenas na minoria dos casos.
C. A taquicardia sinusal é bastante comum e pode indicar significativo
comprometimento hemodinâmico.
D. O diagnóstico pode ser feito com história, exame clínico, eletro e
ecocardiograma. Tomografia e ressonância magnética são usualmente
desnecessárias para o diagnóstico.
E. A velocidade de surgimento da efusão pericárdica tem relação direta com os
sintomas e a apresentação clínica.
17. São situações clínicas onde pode haver um sopro diastólico, EXCETO:
A. Dissecção de aorta tipo A.
B. Estenose tricúspide.
C. Mixoma atrial.
D. Insuficiência pulmonar.
E. Cardiopatia hipertrófica com obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo.
18. Paciente 22 anos, portadora de estenose mitral grave, dá entrada na
emergência do HECI com edema agudo de pulmão grave. Qual das abaixo é a
melhor associação de medicações para o tratamento dessa grave situação
clínica?
A. Nitroglicerina, captopril e furosemida.
B. Nitroglicerina, dobutamina e furosemida.
C. Dobutamina, captopril e furosemida.
D. Beta bloqueador venoso e furosemida.
E. Digital venoso, nitroglicerina e furosemida.
19. Em relação ao uso de soluções cristalóides, colóides, albumina,
ressuscitação volêmica e choque circulatório, marque a alternativa
CORRETA:
A. A medida seqüencial da pressão venosa central (PVC) oferece um guia confiável
para monitorização da efetividade da ressuscitação volêmica realizada, além de
ser uma boa preditora da responsividade a fluídos.
9
B. Grandes variações respiratórias na linha de pressão arterial sistólica e pressão de
pulso são sugestivas de hipovolemia persistente.
C. Soluções colóides são globalmente recomendadas na primeira hora de
ressuscitação volêmica devido a sua maior efetividade em restaurar rapidamente
o volume instravascular.
D. A albumina está temporariamente abolida da ressuscitação volêmica, em
qualquer circustância, até que algum estudo de o suporte de evidências
necessário para seu uso.
E. Infusões de grandes quantidades de soro fisiológico e de ringer lactato, podem
complicar respectivamente com alcalose metabólica e acidose metabólica
hiperclorêmica.
20. Paciente sexo feminino, hipertensa, diabética, 60 anos, apresenta dispnéia
intensa surgida no primeiro dia de pós-operatório de volumosa hérnia
incisional. Ao exame clínico encontra-se agitada, FR 40rpm, ausculta
pulmonar reduzida em bases, padrão respiratório superficial, SaO2 82% em
ar ambiente, ritmo cardíaco regular com FC de 115bpm, PA 120x80mmHg.
Gasometria mostra hipercapnia e hipoxemia. Diante desse caso marque a
alternativa que melhor expressa a hipótese diagnóstica e condutas
subseqüentes:
A. Equivalente anginoso, síndrome coronariana aguda. Realizar eletrocardiograma
e dosagem de troponina.
B. Embolia pulmonar. Dosagem de dímero D.
C. Embolia pulmonar. Angiotomografia de tórax.
D. Embolia pulmonar ou infarto agudo do miocárdio. Realizar ECG,
ecocardiograma e troponina e dímero D.
E. Atelectasias pulmonares. Iniciar ventilação não invasiva e realizar Rx de tórax.
10
FOLHA DE RESPOSTAS (RASCUNHO)
AO TRANSFERIR ESSAS MARCAÇÕES PARA A FOLHA DE RESPOSTAS, OBSERVE AS INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
DADAS NA CAPA DA PROVA.
USE CANETA ESFEROGRÁFICA AZUL OU PRETA.
ATENÇÃO:
AGUARDE AUTORIZAÇÃO PARA VIRAR O CADERNO DE PROVA.
PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA – HECI – 2018
GABARITO CARDIOLOGIA
PROCESSO SELETIVO
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018
Área: ANESTESIOLOGIA - CIRURGIA GERAL – CLINICA MÉDICA – GINECOLOGIA/OBSTETRICIA
INSTRUÇÕES DA PROVA
Quando for permitido abrir o caderno, confira se este caderno contém, ao todo, 50 (cinquenta) questões de Múltipla Escolha, se todas estão perfeitamente legíveis, bem como se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas. Caso os dados estejam incorretos, ou incompletos, ou tenham qualquer imperfeição, favor informar tal ocorrência ao fiscal. NÃO SERÃO ACEITAS RECLAMAÇÕES POSTERIORES.
A Prova de Múltipla Escolha está assim distribuída: 50 (cinquenta) questões de
Conhecimentos Médicos em Clínica Geral. Use, como rascunho, a Folha de Respostas reproduzida ao final desse caderno.
ATENÇÃO
Na Folha de Respostas, assinale a alternativa que julgar correta para cada questão, usando caneta esferográfica de tinta preta ou azul.
Lembre-se mais de uma letra assinalada implicará na anulação da questão. Qualquer rasura no preenchimento anulará a questão. Não deixe nenhuma questão sem resposta. A Folha de Respostas NÃO deve ser dobrada, amassada, rasurada, manchada ou
conter qualquer registro fora dos locais destinados às respostas. O modo correto de assinalar a alternativa na Folha de Respostas é cobrindo,
fortemente, o espaço a ela correspondente, conforme o modelo abaixo:
FOLHA DE RESPOSTAS SEM ASSINATURA NÃO TEM VALIDADE.
ORIENTAÇÕES DO PROCESSO
Período de Sigilo - Os candidatos deverão permanecer no local da realização das provas durante, no mínimo, 60 (sessenta) minutos após o início das provas. ITEM 5.19
A Prova terá duração máxima de 03 (três) horas. ITEM 5.16 O tempo de duração das provas abrange a assinatura da Folha de Respostas, a
transcrição das respostas do Caderno de Questões da Prova Objetiva para a Folha de Respostas.
Os 03 (três) últimos candidatos deverão permanecer no local de prova, sendo liberados somente quando todos tiverem concluído a prova ou o tempo tiver se esgotado.
O gabarito da prova será divulgado juntamente com a prova no site www.heci.com.br no dia 02/11/2017.
1
2
2
3
Ginecologia / Obstetrícia
1. Paciente 28 anos, atualmente na 35ª semana de gestação, G2 P0 A1,
internada na maternidade do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim
(HECI) com relato de prurido em mãos e pés iniciados há cerca de 3
semanas, com piora progressiva por todo o corpo. Sem febre, sem lesões
cutâneas. Refere nesse período apenas alteração da coloração da urina e não
refere outras queixas. Há cinco dias da internação apresentando sinais e
sintomas de resfriado comum, sem febre. Em domicílio alegava possuir
apenas um cachorro e nega outras exposições novas, nega alergias
anteriores. No exame clínico hospital, encontrava-se bastante irritada,
ansiosa e incomodada com a piora do prurido, mas foi notada leve icterícia, o
que motivou a admissão para investigação. Sem outras alterações no exame
físico. Ultrassonografia de abdome normal, laboratório mostrando apenas
aumento discreto de bilirrubinas, TGO, TGP, fosfatase alcalina e gama GT.
Além disso, apresentava hemoglobina de 10g/dl, Plaquetas 120.000. Diante
desse caso, qual a principal hipótese diagnóstica?
A. Síndrome de Gilbert.
B. Esteatose hepática da gravidez.
C. Colestase Intrahepática da gravidez
D. Infecção por vírus hepatotróficos (p. exemplo citomegalovírus).
E. Síndrome HELLP.
2. Ainda sobre o caso relatado na questão número 1, diante do diagnóstico
provável, marque a alternativa CORRETA E MAIS APROPRIADA:
A. Realizar administração de sulfato de magnésio e dexametasona e indicar parto
cesáreo de urgência.
B. A elevação discreta de ambas as bilirrubinas, TGO, TGP, fosfatase alcalina e
gama GT é comum nessas pacientes que apresentam essa síndrome genética,
que não determina nenhuma repercussão clínica para a paciente.
C. Sorologias para os principais vírus hepatotróficos devem ser imediatamente
solicitadas e antivirais prescritos visando impedir a infecção fetal.
D. A função hepática completa deve ser dosada diariamente e em caso de piora ou
surgimento de hipoglicemias freqüentes, realizar o parto cesáreo de urgência
devido ao risco de evolução rápida para insuficiência hepática.
E. Nessa desordem o prurido pode preceder as alterações laboratoriais, pode ser
intenso e intolerável, é geralmente generalizado apesar de predominar em
palmas das mãos e sola dos pés. O ácido ursodesoxicólico pode ser usado para
alívio dos sintomas.
4
3. Paciente de 32 anos, G7P2A5 é transferida ao HECI no décimo segundo dia
de pós-operatório de parto cesáreo realizado em hospital interior. Havia
recebido alta daquele hospital, mas procurou atendimento após 4 dias com
quadro de febre elevada e dor abdominal difusa. Foi avaliada naquele
hospital e liberada. Persistiu com sintomas e relatou surgimento de disúria,
sendo lá internada e iniciado antibióticos para tratamento de infecção de
ferida operatória e possível infecção urinária (não foram enviados exames lá
realizados). Evoluiu com dispnéia intensa sendo então transferida ao HECI,
onde foi internada no CTI. Exames realizados no HECI:
- Laboratório: acidose metabólica compensada, lactato 0,9, bilirrubina direta
aumentada, anemia, leucocitose, PCR bastante elevada.
- US abdome: hepatomegalia, útero de volume aumentado para o período de
puerperal, derrame pleural bilateral.
- TC tórax e abdome: múltiplas lesões parenquimatosas pulmonares, umas
nodulares, outras formando consolidações mais amplas difusamente
distribuídas em ambos os pulmões; pequeno derrame pleural bilateral; fígado
aumentado; útero aumentado de volume.
>> Diante do quadro acima exposto qual a hipótese diagnóstica MAIS
provável?
A. Infecção de ferida operatória e infecção urinária refratárias ao esquema
antibiótico inicial e sepse.
B. Infecção uterina com disseminação hematogênica.
C. Pneumonia comunitária grave e sepse.
D. Pneumonia hospitalar e sepse.
E. Tromboflebite pélvica séptica com disseminação hematogênica.
4. Continuando no caso da questão número 3, qual das opções abaixo é a
melhor conduta a ser adotada na continuidade desse caso?
A. Heparinização plena e ampliação do esquema antibiótico,
B. Mudança do esquema de antibióticos para flora hospitalar e com boa penetração
em parênquima pulmonar.
C. Abertura e limpeza ampla da ferida operatória, sem mudança do esquema de
antibióticos.
D. Realizar RM pelve imediatamente para confirmar hipótese levantada e acionar
equipe cirúrgica para histerectomia de urgência.
E. Abertura e limpeza ampla da ferida operatória, com ampliação do esquema de
antibióticos.
5
5. Em um paciente com tromboflebite pélvica séptica é CORRETA a afirmação:
A. O tratamento baseia-se principalmente em realizar histerectomia de urgência,
além de antibióticos e heparinização plena.
B. É geralmente necessário implantar filtro de veia cava para prevenção de
embolia, além do uso de antibióticos e heparinização plena.
C. O diagnóstico é facilmente realizado com a suspeição através da história clínica,
exame físico cuidadoso e com especulo e confirmado com um simples US
Doppler transvaginal ou abdominal.
D. É um diagnóstico de exclusão na maioria dos casos, deve ser suspeitado em
pacientes no pós-parto com febre persistente a despeito do uso de antibióticos.
A mortalidade é muito baixa e o tratamento é geralmente feito apenas com
antibióticos e heparinização plena.
E. Apesar de ser um diagnóstico difícil de ser feito e confirmado, o tratamento deve
ser precoce e agressivo devido à alta mortalidade. Iniciar a infusão de
antibióticos de largo espectro (esquema tríplice) com heparinização plena e
programação precoce do tratamento cirúrgico (histerectomia com ou sem
excisão cirúrgica ou ligadura das veias trombosadas).
6. Em relação à infecção urinária, marque a alternativa INCORRETA:
A. Na gravidez a incidência de bacteriúria recorrente é maior.
B. Diabetes, multiparidade, baixo nível sócio-econômico e história prévia de
infecções urinárias são fatores de risco para bacteriúria na gravidez.
C. Poucas gestantes (< 5%) com bacteriúria assintomática irão desenvolver
infecção urinária sintomática.
D. Muitos estudos correlacionam a bacteriúria assintomática com eventos
gestacionais adversos.
E. Os microorganismos responsáveis pelas infecções urinárias na gravidez,
geralmente são os mesmos e com a mesma virulência de mulheres fora do
período gestacional.
7. Marque a alternativa INCORRETA:
A. Placenta prévia (PP) tem taxas de mortalidade e complicações maternas bem
inferiores ao descolamento prematuro de placenta.
B. PP deve ser suspeitada em toda gestante com mais de 20 semanas de
gestação e sangramento vaginal.
C. PP é muito menos comum em gestações gemelares do que em gestações
simples.
6
D. As metas do manejo da PP são: - determinar se haverá resolução espontânea
com a evolução da idade gestacional; - reduzir o risco de sangramento; - reduzir
o risco de parto prematuro.
E. A maioria dos casos identificados em idade gestacional precoce (por volta de 16
semanas), irão se resolver espontaneamente com o aumento da idade
gestacional.
8. É possível afirmar:
A. Coagulação intravascular disseminada e morte fetal são possíveis complicações
do descolamento prematuro de placenta (DPP), em especial em descolamentos
superiores a 50%.
B. Que os principais sintomas clínicos do DPP são o sangramento vaginal,
associado a contrações uterinas indolores e rigidez uterina progressiva, com
elevado risco de perda fetal.
C. O tabagismo, por razões desconhecidas, parece exercer certo efeito protetor,
reduzindo risco de DPP.
D. Nas complicações hemorrágicas do DPP é comum haver: aumento do tempo de
atividade de protrombina, redução da geração de trombina, aumento dos
produtos de degradação da fibrina e aumento significativo do fibrinogênio sérico.
E. Enquanto o hematoma retroplacentário é comum e facilmente diagnosticado nos
casos de placenta prévia, é raro e de difícil detecção ultrasonográfica nos casos
de DPP.
9. Paciente 30 anos, G7P6A0 com cerca de 24 semanas de gestação é levada ao
centro cirúrgico em caráter de urgência após diagnóstico de descolamento
prematuro de placenta e não detecção de batimentos cardíacos fetais.
Durante parto cesáreo, feto morto, útero pálido, mas com contração
presente. Ao final do parto Hemoglobina (Hb) 7g/dl, quando recebe 2
concentrados de hemácias antes internação em CTI. Nas 12 horas seguintes
no CTI recebe mais 3 concentrados de hemácias devido nova queda da Hb.
Na manhã do dia seguinte, palidez cutânea importante, PA 100x50 e FC
120bm, abdome doloroso, peristáltico, mas distendido; útero abaixo cicatriz
umbilical, sem sangramento vaginal. Oligoanúria, creatinina 2,5, Hb 6,8g/dl,
Plaquetas 105.000, RNI 1,7. US abdome com útero de aspecto normal e
grande quantidade de líquido livre em região pélvica e andar inferior do
abdome. Nesse momento, qual a MELHOR conduta imediata?
7
A. Tomografia de abdome de urgência com contraste, realizar tempo de
tromboplastina parcial (PTTk), infundir plasma fresco e concentrados de
hemácias, manter ocitocina por mais 12h e reavaliar periodicamente.
B. Tomografia de abdome de urgência sem contraste, realizar tempo de
tromboplastina parcial (PTTk), infundir plaquetas e concentrados de hemácias,
observação clínica e com hemograma e coagulograma seriados.
C. Paracentese diagnóstica, realizar tempo de tromboplastina parcial (PTTk),
infundir concentrados de hemácias, observação clínica e com hemograma e
coagulograma seriados.
D. Tomografia de abdome de urgência sem contraste, realizar tempo de
tromboplastina parcial (PTTk), infundir concentrado de fator protrombínico e
solicitar reavaliação imediata da equipe cirúrgica.
E. Paracentese diagnóstica, infundir plasma fresco e concentrado de hemácias,
dosagem de fibrinogênio, infundir crioprecipitado se necessário e solicitar
reavaliação imediata da equipe cirúrgica.
10. O fórcipe de Piper:
A. Pode ser utilizado na resolução da cabeça derradeira.
B. Foi totalmente abolido da prática, sendo considerado má prática médica.
C. É utilizado para auxílio da rotação interna de apresentações córmicas.
D. É útil da resolução da apresentação cefálica defletida.
E. Indicação formal na apresentação de face.
Cirurgia Geral
11. Paciente sexo masculino, 35 anos, dá entrada no hospital após acidente
automobilístico com colisão frontal contra poste, sem cinto de segurança.
Trazido pelo resgate com relato de Glasgow 14 no local do acidente. Na
chegada ao hospital revisada toda avaliação, sem problemas maiores
identificados (eupneico, estável hemodinamicamente, FC 80bpm). Na
radiografia de tórax o emergencista não nota nenhuma alteração, apesar dos
sinais externos de trauma craniano e torácico. Após alguns minutos paciente
evolui com rebaixamento do Glasgow, quando emergencista opta por
intubação para proteção vias aéreas e realização de TC crânio com maior
segurança. Após intubação e acoplamento ao ventilador mecânico paciente
apresenta choque circulatório grave, dificuldade ventilatória importante com
alarmes de alta pressão inspiratória no ventilador, ausculta pulmonar abolida
à direita e certo grau de turgência jugular. Qual o PROVÁVEL diagnóstico
clínico?
8
A. Intubação seletiva à esquerda.
B. Lesão hepática e choque hemorrágico.
C. Tamponamento cardíaco.
D. Pneumotórax hipertensivo.
E. Hemotórax.
12. Qual a imediata conduta a ser tomada?
A. Drenagem torácica imediata linha axilar média direita.
B. Reposionamento do tubo orotraqueal.
C. FAST Ultrasson (US) e imediata laparotomia.
D. Pericardiocentese guiada pelo US.
E. Punção torácica com jelco 14 no segundo espaço intercostal anterior.
13. Paciente sexo masculino, previamente hígido, 32 anos inicia quadro súbito
de volumosa hematêmese, procurando atendimento em hospital de interior
onde é inicialmente internado. Recebe além de cristalóides, omeprazol e
sintomáticos, 2 concentrados de hemácias ainda no PS e segue em
observação até realizar endocospia (EDA) no final da tarde. Durante a
observação não apresenta novos episódios hematêmese. No final da tarde
hemoglobina (Hb) 6g/dl e realiza EDA que não evidencia sangramento ativo.
Permanece internado, apresentando melena volumosa e queda seriada de
Hb, recebendo um total de mais de 10 unidades de concentrados de
hemácias, quando então é transferido ao HECI após cerca de 72 horas do
início do quadro. Na admissão ao HECI palidez cutânea intensa, torporoso,
pele fria, RCR 2t FC 145bpm, 90x60mmHg. Realizada passagem de sonda
nasogástrica com drenagem de enorme quantidade de sangue vivo. Qual das
abaixo é a melhor lista de opções iniciais?
A. Punção de veia em antebraço com jelco 18, 1000ml de cristalóides, tipagem
sanguínea, hemograma e coagulograma.
B. Punção de jugular interna ou femural com cateter de 12fr (tipo hemodiálise),
imediata transfusão com O negativo, plasma, plaquetas e cristalóides, tipagem
sangúinea e exames laboratoriais.
C. Punção de jugular interna ou subclávia com cateter venoso central, imediata
transfusão com O negativo, plasma, plaquetas e cristalóides, tipagem sangúinea
e exames laboratoriais.
D. Punção de duas veias, uma em cada antebraço com jelco 18, 1000ml de
cristalóides, tipagem sanguínea, hemograma e coagulograma e realização
imediata de EDA,
9
E. Punção de duas veias, uma em cada antebraço com jelco 18, 1000ml de
cristalóides, tipagem sanguínea, hemograma e coagulograma.
14. Esse mesmo paciente após a adoção das medidas que o emergencista julgou
apropriada na questão anterior, ao ser realizada a EDA o endoscopista refere
notar sangramento de aspecto arterial proveniente do duodeno distal, sem
identificação exata do ponto do sangramento. Assim, além das medidas de
suporte apropriadas, qual dessas abaixo é a intervenção seqüencial mais
adequada?
A. Passagem imediata de balão de Sangstein-Blackmore.
B. Esclerose com adrenalina nas proximidades do possível local do sangramento.
C. Realizar colonoscopia imediatamente.
D. Realizar cintilografia imediatamente para identificar local do sangramento.
E. Realizar cirurgia de emergência para exploração do duodeno, identificação local
sangrante e controle cirúrgico do sangramento.
15. Paciente 32 anos é submetido a uma endoscopia digestiva de urgência sem
anestesia para retirada de pedaço de carne. Procedimento descrito como
tecnicamente difícil devido agitação do paciente, que evolui ao término com
choque circulatório grave e insuficiência respiratória. Ao exame clínico:
torporoso, taquipneico, ausculta abolida à direita, com hipertimpanismo à
percussão torácica direita, jugulares túrgidas, RCR 2t 110bpm, PA
60x30mmHg, bulhas hipofonéticas e pulso paradoxal. Em relação ao caso
marque a alternativa que contém todas as proposições adequadas
(diagnósticas, terapêuticas):
A. Perfuração de esôfago torácico, pneumotórax hipertensivo à direita,
pneumomediastino. Medidas de suporte de vida, drenagem torácica e
toracotomia para sutura primária da lesão.
B. Perfuração de esôfago cervical, pneumotórax hipertensivo à direita,
pneumomediastino. Medidas de suporte de vida, drenagem torácica e
cervicostomia para sutura primária da lesão
C. Perfuração de esôfago torácico, pneumotórax hipertensivo à direita,
pneumomediastino. Medidas de suporte de vida, drenagem torácica, suspensão
dieta oral e nutrição parenteral prolongada.
D. Perfuração de esôfago abdominal, pneumotórax hipertensivo à direita. Medidas
de suporte de vida, drenagem torácica e laparotomia para sutura primária da
lesão
10
E. Perfuração de esôfago torácico, hemotórax à direita, tamponamento cardíaco.
Medidas de suporte de vida, drenagem torácica e pericárdica de urgência,
tomografia de tórax para programação do tratamento definitivo.
16. Esse mesmo paciente é transferido ao HECI após 10 dias do evento inicial,
proveniente de outro hospital onde estava internado no CTI. Relatório
enviado daquele hospital relatava: 01 TC tórax sem identificar local da lesão
esôfago; 01 laparotomia que também não identificou a lesão; outra TC tórax
após cerca de 3 dias da endoscopia, dessa vez com contraste no esôfago,
sem extravasamento do contraste; pneumonia extensa e empiema pleural à
direita. Estava em uso de antibióticos de largo espectro, intubado sob
ventilação mecânica, com dreno torácico à direita, recebendo nutrição
parenteral exclusiva, sedado, estável hemodinamicamente. Novamente
marque a alternativa com as proposições mais adequadas:
A. Diagnóstico de lesão de esôfago muito pouco provável devido à alta
sensibilidade da TC de tórax com contraste esofageano realizada. Provável
diagnóstico de pneumonia aspirativa à direita, manter antibióticos por 28 dias
devido ao empiema, passar sonda nasoenteral para desmame de nutrição
parenteral.
B. Diagnóstico de lesão de esôfago muito pouco provável devido à alta
sensibilidade da TC de tórax com contraste esofageano realizada. Provável
diagnóstico de pneumonia aspirativa à direita, manter antibióticos por 28 dias
devido ao empiema e realizar esofagograma com contraste baritado para
exclusão definitiva do diagnóstico.
C. Lesão de esôfago sem abordagem cirúrgica precoce. Realizar esofagoscopia
para confirmar a localização da lesão e implante de prótese por endoscopia
(stent) para isolamento da lesão. Manter antibióticos por 28 dias devido ao
empiema, iniciar retirada da nutrição parenteral.
D. Lesão de esôfago sem abordagem cirúrgica precoce. Realizar esofagoscopia
para confirmar a localização da lesão. Realizar esofagostomia proximal para
desvio do trânsito e controle do empiema, jejunostomia para nutrição enteral e
programar tratamento cirúrgico somente após infecção totalmente controlada.
E. Lesão de esôfago sem abordagem cirúrgica precoce. Realizar esofagografia
com contraste solúvel em água para confirmar a localização da lesão e logo
após encaminhar o paciente ao centro cirúrgico para reparo da lesão, além de
melhor abordagem do empiema. Manter antibióticos por 28 dias.
11
17. Marque a alternativa CORRETA em relação às cirurgias da obesidade
(bariátricas):
A. Ainda são consideradas experimentais, devido ausência de follow-up de longo
prazo. Portanto, os pacientes devem receber essa informação por escrito antes
de realizarem a cirurgia.
B. Apesar de serem usadas por alguns visando o controle do diabetes e da
síndrome metabólica, ainda não existem estudos clínicos que dêem o
necessário suporte de evidências.
C. Podem ser oferecidas como alternativas terapêuticas para obesos com índice de
massa corporal (IMC) entre 30-34,9 kg/m² e diabetes mellitus tipo 2 de difícil
controle.
D. As cirurgias puramente restritivas, tipo a gastroplastia vertical, são as que mais
induzem perda de peso e conseqüentemente, maior taxa de complicações
metabólicas com desnutrição grave e deficiência de micronutrientes.
E. A gastrectomia tubular é uma gastrectomia parcial na qual a maior parte da
grande curvatura é removida. Porém, por ser tecnicamente mais difícil devido
necessidade de várias anastomoses e considerada muito drástica pelos
pacientes, é contra-indicada em super obesos (IMC > 60 kg/m²).
18. Paciente sexo feminino, hipertensa, diabética, 60 anos, apresenta dispnéia
intensa surgida no primeiro dia de pós-operatório de volumosa hérnia
incisional. Ao exame clínico encontra-se agitada, FR 40rpm, ausculta
pulmonar reduzida em bases, padrão respiratório superficial, SaO2 82% em
ar ambiente, ritmo cardíaco regular com FC de 115bpm, PA 120x80mmHg.
Gasometria mostra hipercapnia e hipoxemia. Diante desse caso marque a
alternativa que melhor expressa a hipótese diagnóstica e condutas
subseqüentes:
A. Equivalente anginoso, síndrome coronariana aguda. Realizar eletrocardiograma
e dosagem de troponina.
B. Embolia pulmonar. Dosagem de dímero D.
C. Embolia pulmonar. Angiotomografia de tórax.
D. Embolia pulmonar ou infarto agudo do miocárdio. Realizar ECG,
ecocardiograma e troponina e dímero D.
E. Atelectasias pulmonares. Iniciar ventilação não invasiva e realizar Rx de tórax.
12
19. Em relação a abordagem inicial do trauma, marque a alternativa INCORRETA:
A. De acordo com o Ministério da Saúde um centro de referência ao trauma tipo I
(mais básico e para cobertura populacional de até 200mil habitantes), precisa
dispor de uma equipe de plantão 24h composta apenas de técnicos de
enfermagem, enfermeiro e um clínico, na porta de entrada hospitalar de
urgência. Isso, desde que haja um cirurgião geral, um ortopedista e um
anestesista de sobreaviso telefônico.
B. Na etapa “A” da avaliação “ABCDE”, a manutenção da estabilidade da coluna
cervical deve ser abordada juntamente com a avaliação da via aérea.
C. A intubação traqueal pode ser requerida mais precocemente em pacientes
gravemente instáveis ou com traumas de face e pescoço.
D. Hemorragia é a maior causa de morte evitável no trauma, por isso é necessário
estar atento a sinais sutis de choque hemorrágico, como por exemplo, em
jovens saudáveis, onde os sinais claros de choque podem demorar a se
manifestar.
E. Em grandes centros de trauma, com muitos emergencistas treinados presentes,
a abordagem em etapas “ABCDE” pode ser avaliada simultaneamente (mais de
uma etapa por vez), sem prejuízo ao paciente.
20. Em relação ao uso de soluções cristalóides, colóides, albumina,
ressuscitação volêmica e choque circulatório, marque a alternativa
CORRETA:
A. A medida seqüencial da pressão venosa central (PVC) oferece um guia
confiável para monitorização da efetividade da ressuscitação volêmica realizada,
além de ser uma boa preditora da responsividade a fluídos.
B. Grandes variações respiratórias na linha de pressão arterial sistólica e pressão
de pulso são sugestivas de hipovolemia persistente.
C. Soluções colóides são globalmente recomendadas na primeira hora de
ressuscitação volêmica devido a sua maior efetividade em restaurar
rapidamente o volume instravascular.
D. A albumina está temporariamente abolida da ressuscitação volêmica, em
qualquer circustância, até que algum estudo de o suporte de evidências
necessário para seu uso.
E. Infusões de grandes quantidades de soro fisiológico e de ringer lactato, podem
complicar respectivamente com alcalose metabólica e acidose metabólica
hiperclorêmica.
13
Clínica Médica
21. Na abordagem diagnóstica e no manejo inicial de um paciente com
rebaixamento do nível de consciência:
A. A punção lombar hoje em dia é raramente necessária, face ao avanço dos
métodos de imagem.
B. A glicemia capilar é fundamental e deve ser feita precocemente no início da
abordagem.
C. O exame clínico é fundamental, mas não pode atrasar a realização da
tomografia de crânio, que tem prioridade absoluta na abordagem inicial.
D. A gasometria arterial não faz parte da lista de exames que podem ser
realizados, por ser irrelevante para eventuais diagnósticos.
E. Se o paciente tiver história de uso de benzodiazepínicos, deve ser tentada uma
reversão com o antídoto específico naloxone.
22. Paciente sexo masculino, 64 anos, hipertenso e diabético de longa data, PO
tardio de revascularização miocárdica, miocardiopatia isquêmica com fração
de ejeção discretamente reduzida, insuficiência renal crônica ainda sem
terapia dialítica e proteinúria de 6g em 24h. Faz uso de losartan 100mg/dia,
bisoprolol 10mg/dia, AAS 100mg dia, furosemida 40mg/dia, rosuvastatina
20mg/dia, mononitrado de isossorbida 40mg/dia, trimetazidina 70mg/dia e
reposição oral de potássio. Internado no CTI por piora da dispnéia com BNP
bastante elevado, Creatina 3,6, Uréia 190, alcalose metabólica e potássio 2,1.
A. Sem dúvidas essa dosagem de potássio está errada, deve ser repetida, afinal
não é possível haver hipocalemia em um paciente com insuficiência renal,
usando losartan e beta bloqueador.
B. É um quadro clássico de hipoaldosteronismo hiporreninêmico, evidenciado
claramente pela alcalose metabólica e pela hipocalemia.
C. Inicialmente poderia até se pensar em atribuir a hipocalemia ao uso da
furosemida, mas a presença de alcalose metabólica afasta definitivamente essa
possibilidade.
D. É um possível caso de hiperaldosteronismo primário associado aos problemas já
existentes, onde uma elevada atividade da renina plasmática e níveis elevados
de aldosterona plasmática auxiliam na confirmação do diagnóstico. Além disso,
um exame de imagem das supra-renais é fundamental.
E. É um possível caso de hiperaldosteronismo primário associado aos problemas já
existentes, onde uma atividade da renina plasmática bastante reduzida e níveis
elevados de aldosterona plasmática auxiliam na confirmação do diagnóstico.
Além disso, um exame de imagem das supra-renais é fundamental.
14
23. Paciente 25 anos retorna de viagem de surf à Indonésia, queixando-se de
dispnéia. Após internação é diagnosticado com TVP extensa em MIE e
embolia pulmonar maciça na AngioTomografia de tórax, sem repercussão
hemodinâmica. Ecocardiograma com pressão sistólica de artéria pulmonar
(PSAP) de 50mmHg e ventrículo direito (VD) discretamente aumentado e com
função sistólica normal. Portanto:
A. O único anticoagulante oral autorizado nesse momento clínico é a warfarina.
Para que algum novo anticoagulante oral possa ser prescrito é obrigatório
realizar previamente ampla propedêutica para excluir neoplasia oculta e/ou
trombofilia como causas da embolia.
B. A dilatação do ventrículo direito, mesmo que discreta, somada a embolia
pulmonar maciça torna plenamente justificada indicação de trombolíticos.
C. Como está caracterizado o choque cardiogênico nesse caso, a trombólise deve
ser realizada imediatamente.
D. A rivaroxabana pode ser utilizada nesse caso, até mesmo no início do
tratamento.
E. O tratamento deve ser feito com enoxaparina dose plena por duas semanas.
Somente após esse prazo os anticoagulantes orais podem ser utilizados,
preferencialmente a warfarina que ainda apresenta maiores taxas de sucesso
em casos graves como esse, apesar de um risco maior de sangramento.
24. O estudo brasileiro ART (Alveolar Recruitment Trial), recentemente publicado
no JAMA e que estudou o efeito da manobra de recrutamento alveolar
máximo em pacientes com Síndrome Desconforto Respiratório Agudo grave
(SDRA) mostrou:
A. Que a taxa de mortalidade da SDRA grave é atualmente no Brasil inferior a
40%.
B. Que no grupo controle (estratégia ARDSnet com PEEP mais baixo e sem
recrutamento alveolar) a mortalidade foi significantemente superior.
C. Que a incidência de pneumotórax foi semelhante em ambos os grupos.
D. Que a mortalidade no grupo de tratamento (grupo recrutamento alveolar
máximo) foi significantemente superior.
E. Que não houve diferença de mortalidade entre os grupos controle e tratamento.
25. São drogas usadas no tratamento do status epilepticus EXCETO:
A. Fentanil.
B. Fenitoína.
C. Tiopental.
D. Midazolan.
E. Propofol.
15
26. Na análise do líquido ascítico de um paciente cirrótico, estéril e/ou com
peritonite, podem ser encontradas as seguintes alterações EXCETO:
A. Gradiente soro-ascite de albumina > ou = 1.1g/dl.
B. Número de neutrófilos > 250/mm³.
C. Proteína total > 2,5 g/dl.
D. Proteína total < 2.5 g/dl.
E. Coloração amarelo translúcido.
27. Na reanimação cardiopulmonar:
A. A vasopressina mostrou-se claramente superior à adrenalina, mas seu custo
bastante superior inviabiliza seu emprego na maior parte dos hospitais públicos
e ou filantrópicos do Brasil.
B. A amiodarona pode ser usada em determinado momento do protocolo de
atendimento da fibrilação ventricular (FV), apesar de não haver nenhum estudo
que mostre sua real capacidade de prevenção de morte súbita, por exemplo, em
pacientes portadores de miocardiopatia isquêmica grave.
C. A amiodarona foi abolida na revisão mais recente do protocolo de FV feita pela
American Heart Association, visto a falta de evidências claras que dêem suporte
ao seu uso.
D. A atropina deve ser usada imediatamente após a assistolia ter sido detectada na
monitorização cardíaca, uma vez que a demora tornará inútil o emprego nesses
casos.
E. A intubação orotraqueal não poderá ser realizada em hipótese alguma antes do
segundo ciclo de reanimação, independentemente do diagnóstico inicial e causa
da parada cardiorrespiratória.
28. Acerca dos novos critérios de sepse é CORRETO afirmar:
A. Que após muitas críticas e dificuldade de aceitação universal, tiveram uma nova
revisão em 2017 com o retorno da Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
(SRIS) como o ponto de alerta inicial da sepse.
B. Representaram um grande avanço aumentando a sensibilidade diagnóstica, ao
de forma bastante abrangente, incluírem critérios bastante específicos de
infecção, praticamente reduzindo a zero a inclusão de pacientes não infectados
dentro do diagnóstico de sepse.
C. Que apesar de não poderem ser indubitavelmente usados para o diagnóstico
preciso de sepse, apresentam maior especificidade que os critérios antigos e
16
podem, por outro lado, com um quickSOFA > ou = a 2, serem úteis para detecção
de pacientes com maior probabilidade de piores desfechos.
D. Que definiram o quickSOFA (freqüência respiratória > 22/min; pressão sistólica <
100mmHg e o lactato sérico > 3) como o passo inicial para desencadear a
abordagem terapêutica em um possível paciente séptico.
E. Recebem muitas críticas por reduzir a sensibilidade e a especificidade do
diagnóstico da sepse, atendendo principalmente aos interesses das seguradoras
de saúde dos países desenvolvidos, uma vez que usaram um escore validado
apenas dentro de UTIs, o quickSOFA, em salas de emergência.
29. Não é considerado um critério maior para o diagnóstico da febre reumática:
A. Cardite.
B. Artrite.
C. Coréia.
D. Nódulos subcutâneos.
E. Eritema nodoso.
30. Você necessita prescrever Dobutamina (ampolas de 20ml/250mg) a
17mcg/kg/min para um paciente de 70kg. Qual a velocidade deve ser
programada na bomba de infusão?
A. 33,7 ml/h.
B. 35,7 ml/h.
C. 3,57 ml/h.
D. 3,37 ml/h.
E. 53,7 ml/h.
Medicina Social e Preventiva
31. A resolução CFM 2147/2016 estabelece normas sobre a responsabilidade,
atribuições e direitos de diretores técnicos, diretores clínicos e chefias de
serviço em ambientes médicos. Acerca dessa resolução marque a alternativa
INCORRETA:
A. É permitido a um mesmo médico num mesmo hospital, exercer simultaneamente
os cargos de direção clínica e técnica, independentemente do número de leitos
e médicos do hospital, desde que seja eleito pelo corpo clínico para o cargo da
direção clínica e escolhido pela direção da instituição para a direção técnica.
B. O diretor clínico é o representante do corpo clínico e deve
OBRIGATORIAMENTE ser eleito pelo corpo clínico do hospital.
17
C. O diretor clínico pode exigir dos médicos do hospital ao menos uma prescrição e
evolução devidamente registradas em prontuário, bem como a detalhada
descrição de intervenções médicas realizadas.
D. É exigido do diretor clínico e do técnico, para o exercício de suas funções, a
titulação em especialidade médica correspondente, registrada no CRM.
E. O diretor técnico tem o direito de suspender integral ou parcialmente as
atividades do estabelecimento médico sob sua direção quando faltarem as
condições funcionais previstas nessa norma e na Resolução CFM 2056/2013.
32. Marque a alternativa INCORRETA:
A. A anamnese é obrigatória nos ambientes hospitalares, mas opcional em
ambulatórios e consultórios particulares.
B. Em situações de emergência e de risco de vida, hemotransfusões podem ser
realizadas em pacientes Testemunhas de Jeová e/ou em seus filhos, mesmo
contra sua vontade expressa verbalmente ou até mesmo manifestação contrária
registrada em prontuário.
C. Em determinadas situações ou emergências médicas, o doente mental poderá
ser internado contra a sua própria vontade.
D. Nenhum tratamento será administrado a qualquer pessoa sem o seu
consentimento esclarecido, salvo quando as condições clínicas não permitirem
sua obtenção ou em situações de emergência, caracterizadas e justificadas em
prontuário.
E. A anamnese deve conter no mínimo: identificação do paciente; queixa principal;
história da doença atual; história familiar; história pessoal ou patológica prévia;
exame físico adequado e registrado; estado mental; hipóteses diagnósticas;
exames complementares; diagnóstico; conduta terapêutica adotada; prognóstico
e causa de morte (caso ocorra).
33. Marque a alternativa CORRETA:
A. O financiamento das ações da atenção básica de saúde é de responsabilidade
das três esferas de gestão, federal, estadual e municipal.
B. As ações de vigilância sanitária e epidemiológica são de responsabilidade
exclusiva do governo federal e estadual, liberando os municípios para suas
atividades básicas obrigatórias.
C. A integralidade é um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde
(SUS) e garante o atendimento a todos, sem distinções ou restrições,
oferecendo toda a atenção necessária, sem qualquer custo.
18
D. Uma das maiores críticas ao SUS é a sua filosofia centralizadora, deixando
estados e municípios com papel secundário, por serem totalmente subordinados
ao governo federal
E. A gestão municipal deve garantir que população sob sua responsabilidade tenha
acesso à atenção básica, por isso não pode em hipótese alguma envolver-se em
serviços médicos especializados (de média ou alta complexidade).
34. Atualmente:
A. A admissão e a alta em unidade de tratamento intensivo (UTI) são de atribuição e
competência do médico intensivista, levando em consideração a indicação
médica.
B. A indicação de internação em UTI é do médico assistente do paciente. O
intensivista deve acatar a indicação, a não ser que não haja vaga disponível.
C. Não existe nenhuma regulamentação do CFM para internações em UTI, de modo
que a indicação deve ser feita com a discussão clínica entre o intensivista e o
médico assistente, prevalecendo, todavia a indicação do médico assistente.
D. Visando evitar processos e questionamentos judiciais, a internação em CTI deve
obedecer a uma prioridade temporal. Portanto, quando não houver
disponibilidade imediata da vaga, uma escala de pedidos deve ser prontamente
realizada, com registro de horário do pedido e ela deve ser rigorosamente
seguida assim que as vagas forem surgindo.
E. De acordo com as novas determinações do CFM, um paciente em fase terminal,
classificado como fora de possibilidade terapêutica, não pode ser internado em
UTI em nenhuma hipótese, devendo obrigatoriamente ser encaminhado para
unidades intermediárias ou de cuidados paliativos.
35. No protocolo do Ministério da Saúde de atenção às pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST):
A. Considera-se tratamento inadequado da gestante com sífilis um tratamento
realizado com qualquer medicamento que não seja a penicilina benzatina.
B. Não se pode considerar como critério para definição de sífilis congênita, uma
criança cuja mãe não tenha recebido diagnóstico de sífilis na gestação, e por
impossibilidade da maternidade de realizar o teste treponêmico, apresente
apenas o teste não treponêmico reagente com qualquer titulação no momento
do parto.
C. Não poderá haver comunicação ao parceiro(a) de um paciente infectado(a) sem
o seu consentimento devidamente registrado em prontuário, em nenhuma
hipótese ou circunstância.
D. A sífilis é classificada como latente somente 1 ano após a infecção.
19
E. A vaginose bacteriana, principalmente causada por G. vaginalis, foi
recentemente incluída no rol de ISTs. Na gravidez é de diagnóstico difícil porque
nessa situação o seu corrimento é claro e geralmente inodoro.
36. Paciente 84 anos em PO complicado de colectomia para tratamento de
neoplasia de cólon, após internação bastante prolongada, com inúmeras
complicações, que culminaram com desnutrição extrema, evolui para
insuficiência respiratória, é intubada pela equipe da cirurgia geral e
transferida à sala de emergência do pronto-socorro (P.S.) e deixada sob
cuidados da equipe do P.S. Após a intubação dessa viúva, seus filhos
relatam para a equipe do pronto-socorro sua contrariedade em relação à
intubação realizada, pois sua mãe não desejava ser intubada caso a evolução
não fosse favorável. Esse desejo da mãe, todavia, não havia sido relatado e
registrado previamente. Uma vez então intubada, eles solicitam que a partir
de agora uma linha de cuidados paliativos seja adotada. A equipe do P.S.
registra essa solicitação em prontuário, depois de realizada a reunião com
todos os filhos e inicia a abordagem paliativa do caso, prescrevendo apenas
sintomáticos, analgésicos, sedativos e ventilação mecânica básica. Porém, a
equipe médica assistente do caso (cirurgia geral) se posiciona contra essa
conduta e solicita o retorno dos cuidados intensivos. Em relação a esse
dilema exposto, marque a alternativa CORRETA:
A. Diante da divergência de opinião entre as diferentes equipes médicas, cabe
então ao diretor clínico a decisão, que não poderá ser questionada por nenhuma
das partes.
B. Por ser a equipe médica assistente, a decisão da equipe da cirurgia geral deve
prevalecer, uma vez que a equipe do pronto-socorro tem responsabilidade
apenas por cuidar da intercorrência da paciente enquanto intubada na sala de
emergência.
C. Por estar diretamente responsável agora pela paciente, após a insuficiência
respiratória e a desnutrição extrema, ambas complicações clínicas, a decisão
final deve ser da equipe do P.S. O tratamento cirúrgico foi encerrado e por isso a
equipe da cirurgia geral não tem mais poder de decisão nesse caso.
D. Infelizmente, por omissão do Conselho Federal de Medicina (CFM), ao não ter
nenhuma resolução sobre esse tipo de assunto, cabe a equipe médica manter o
tratamento intensivo até receber um parecer formal do departamento jurídico do
hospital sobre qual linha seguir, intensiva ou paliativa.
E. Seguindo as resoluções específicas do CFM sobre o assunto, a equipe médica
deve, a partir de agora, seguir a solicitação de cuidados paliativos manifestada
pelos familiares.
20
37. Ainda nesse caso da questão 36, após a decisão final tomada e a paciente
sair da sala de emergência do P.S., transferida para uma outra unidade do
hospital, a equipe da cirurgia geral solicita a transferência total do caso para
a equipe de internação da clínica médica. A chefia da clínica médica
concorda com a transferência, porém, o médico residente da clínica médica
se recusa a evoluir e prescrever a paciente. Ele alega não querer seu nome
envolvido no prontuário de um caso, segundo suas palavras “muito
complicado”, receoso de futuros questionamentos judiciais por parte da
família da paciente. Diante desse dilema, entre o médico preceptor que
aceitou a transferência e o médico residente da equipe que se recusa a
atender a paciente, marque a alternativa CORRETA:
A. Novamente o diretor clínico deve ser acionado e determinar o que deve ser feito.
O médico residente, que também é subordinado diretamente ao diretor clínico,
deverá acatar a decisão sem questionar, mesmo que esta decisão seja contrária
ao seu posicionamento inicial.
B. O médico residente deve ser expulso na próxima reunião da comissão de
residência da instituição (COREME) por ter cometido falta gravíssima de
abandono e recusa de atendimento de um paciente sob sua co-
responsabilidade.
C. O médico preceptor pode e deve valer-se de sua posição hierárquica superior
para obrigar que o residente faça o atendimento diário da paciente
D. O médico preceptor não pode obrigar ao médico residente atender ao paciente.
Mas, pode por outro lado, fazer uma advertência verbal, reduzir sua nota de
avaliação conceitual no estágio e levar o caso para a reunião da COREME, uma
vez que o motivo alegado para recusa do residente não tem amparo no código
de ética médica.
E. Seguindo o estabelecido o código de ética médica, o médico residente, bem
como qualquer outro médico, pode recusar-se a atender um paciente sempre
que assim entender necessário, sob qualquer alegação e em qualquer
circunstância, desde que comunique ao paciente e/ou ao hospital.
38. Um estudo clínico prospectivo, randomizado e multicêntrico:
A. É suficiente para definir uma questão clínica e deve ser imediatamente
incorporado nos guidelines específicos e servir para pronta mudança universal
de condutas.
B. É a melhor ferramenta para estudos das doenças raras, para evitar que essas
sejam tratadas apenas com base em relatos de casos ou opinião de
especialistas.
21
C. É menos difundido em cirurgia, por ser mais laborioso e custoso do que
situações clínicas, além de diversos desafios práticos e metodológicos para sua
realização no âmbito da cirurgia.
D. Tem valor quase nulo com menos de 1000 pacientes arrolados.
E. É limitado por não conseguir estimar o risco relativo e não ter capacidade de
responder questões específicas.
39. Em relação à Chikungunya é INCORRETO afirmar:
A. Também é transmitida pelo Aedes Aegypti.
B. Apresenta alta letalidade, inclusive superior à dengue, o que pode ser
suspeitado pelas altas taxas de mortalidade encontradas na Indonésia.
C. Já foi identificada no Brasil e outros países das Américas.
D. É diagnóstico diferencial da dengue.
E. A artralgia geralmente surge no início dos sintomas, costuma ser intensa, por
vezes temporariamente incapacitante e pode ter duração prolongada.
40. Odds ratio:
A. É uma outra forma de cálculo direto e preciso do risco relativo.
B. Deve ser usado em estudo de coorte para cálculo de incidência e de risco
relativo.
C. Calcula indiretamente uma estimativa do risco relativo.
D. Em doenças raras erra grosseiramente a estimativa do risco relativo, por isso
não deve ser aplicado.
E. Não deve ser usado em estudos tipo caso-controle.
PEDIATRIA
41. Mulher de 24 anos, GIP0A0, 38 semanas pela data da ultima menstruação, da
entrada na maternidade com dor abdominal e saída de secreção
mucossanguinolenta. Ao exame obstétrico observou se inicio de trabalho de
parto (bolsa integra, colo uterino com 4 cm de dilatação). Nos exames do
primeiro trimestre pré natal, paciente apresenta sorologias negativas,
sorologias do terceiro trimestre mantém se negativas, exceto HBsAg
positivo, Anti-HBcAg IgM positivo, HBeAg positivo e Anti-HBs negativo.
Podemos afirmar:
A. Neste caso, há indicação, imediatamente pós parto, de iniciar Lamivudina (3TC)
para o RN;
22
B. O aleitamento materno é contra indicado, devido a presença do vírus no leite
materno;
C. Trata se de um RN com risco aumentado de infecção, indicado Vacina contra
Hepatite B, nas primeiras 12 h de vida e Imunoglobulina Humana anti-Hepatite
B;
D. Mãe HBsAg positivo e Anti HBs negativo evidencia proteção para a mãe e para
o RN, não sendo necessário nenhum cuidado alem da vacina contra Hepatite B
nas primeiras 12 h de vida.
42. Criança de 3 anos, iniciou há 6 dias febre alta, hiperemia conjuntival bilateral
não secretiva, ressecamento dos lábios, eritema de língua, gânglios
palpáveis a esquerda de região cervical (não palpável a direita) e exantema
maculopapular difuso. Sobre essa doença não podemos afirmar:
A. Trata-se de uma doença de vasos de médio calibre, etiopatogenia viral,
autolimitada, requerendo apenas tratamento com corticosteróides e
sintomáticos;
B. Diagnóstico é clinico, não sendo necessário a biopsia de gânglio;
C. Ecocardiograma basal deve ser realizado no momento da doença aguda e
repetido após, no seguimento periódico na avaliação cardiovascular;
D. Os objetivos do tratamento são reduzir a inflamação e evitar a formação de
aneurismas coronarianos.
43. Escolar apresentando febre há 48 h, odinofagia, vômitos, cefaléia e dor
abdominal. Ao exame: Orofaringe hiperemiada e com placas, língua
saburrosa, exantema maculopapular em todo o corpo exceto em região
perioral. Pode-se afirmar sobre o quadro descrito acima, exceto:
A. Doença de etiologia bacteriana, sendo o tratamento indicado a Penicilina
benzatina dose única;
B. A transmissão começa desde os pródromos ate o desaparecimento da febre, ou
após 24 h pós inicio do tratamento;
C. O exantema caracteriza-se por: evoluir em três estágios e possuir caráter
recorrente;
D. Na segunda/terceira semana evolui com descamação laminar (pés e mãos).
23
44. Lactente de 11 meses iniciou há menos de 24 h tosse seca, sibilos difusos,
tempo expiratório aumentado e retração subcostal leve. Sat O2, em ar
ambiente de 96%. Nega febre. Pais referem quadro de tosse seca há uma
semana, com melhora espontânea; diagnostico de dermatite atópica desde 7
meses de vida. Sobre o caso:
A. A Dermatite Atópica aumenta o risco de um lactente sibilante apresentar asma;
B. Devido a idade, é imprescindível a historia familiar de asma em ambos ou em
um dos pais, para hipótese diagnostica de asma;
C. A ausência de febre exclui totalmente a hipótese diagnostica de infecção, como
por exemplo Bronquiolite aguda, sugerindo o diagnostico de asma;
D. Por se tratar de lactente, a única hipótese diagnostica seria Bronquiolite aguda,
indicando internação imediata para tratamento de suporte (oxigenioterapia).
45. Criança de 1 ano e 4 meses, em consulta de rotina, sem queixas ou
alterações no exame físico e crescimento/ desenvolvimento, apresenta o
seguinte exame laboratorial (Hemograma): Ht: 34,5% (VR: 36%); Hb: 11,5 g/dL
(VR: 12 g/dL); RDW: 16% (VR: 11,5 a 14,5%); Reticulocitos: 0,4% (VR: 0,5 a
1,5%); hipocromia e microcitose. Nesse caso:
A. A terapia de escolha é a reposição de Fe elementar, por via oral; sugestivo de
anemia por carência de ferro.
B. A terapia de escolha é a Cobalamina parenteral (IM); sugestivo de anemia por
deficiência de vitamina B12;
C. Encaminhar para acompanhamento com hematologista; sugestivo de anemia
hemolítica.
D. A terapia de escolha é Fe parenteral; sugestivo de sangramento acentuado ou
de difícil controle.
46. RN com 20 dias de vida; nascido de parto normal, a termo, sem
intercorrências (sorologias negativas e ausência de infecção) pré e pos natal,
Tempo de bolsa rota de 4 h, em Aleitamento Materno Exclusivo; apresenta há
três dias vômitos após a amamentação, de evolução progressiva. Ao exame,
após o episodio, observa vômitos com aspecto de leite fresco, sem sangue
ou bile, grande volume; RN tranqüilo, sem fáscie de dor ou irritabilidade,
ativo, pouco emagrecido, FA pouco deprimida, acianótico, anictérico, logo
após procura seio materno e suga com muita força (demonstrando fome);
24
musculatura abdominal relaxada, abdome flácido, indolor, nódulo palpável
acima da cicatriz umbilical, no epigástrio médio, abaixo da borda hepática, +-
2,0 cm de comprimento, móvel. Sobre o caso:
A. Caso clássico de Refluxo Gastroesofágico com hérnia hiatal, devendo ser
confirmado por estudos radiográficos;
B. Típico de insuficiência adrenal, devendo ser confirmado pela acidose
metabólica, potássio sérico diminuído e concentrações de sódio na urina
diminuídas;
C. Sugestivo de Erro Inato do Metabolismo, provável evolução com agitação e
convulsões, devendo ser confirmado por exames laboratoriais que
caracteristicamente apresentarão alcalose metabólica.
D. Caso típico de Estenose Hipertrófica do Piloro, podendo ser confirmado pela
ultrassonografia de abdome.
47. Pela OMS, obesidade é definida como “doença na qual existe uma
acumulação excessiva de massa gorda, de tal forma que a saúde pode ser
adversamente afetada”. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE
2015) mostrou que 25,1% dos adolescentes de 13 a 15 anos e 21,4% de 16 a
17 anos apresentam excesso de peso. Sobre essa doença podemos afirmar,
exceto:
A. Excesso de ganho de peso na gestação e diabetes implicam em maior peso no
nascimento, rápido ganho de peso pós-natal e maior adiposidade com risco de
obesidade na infância e adolescência (PROGRAMAÇÃO FETAL);
B. Crianças que apresentam restrição de crescimento intra-uterino, que nascem
pequenas para a idade gestacional e apresentam rápido ganho de peso pós-
natal, tem maior risco de desenvolver obesidade e síndrome metabólica
(TEORIA DO FENOTIPO POUPADOR);
C. O excesso de peso na infância e adolescência é considerado uma variável
preditora de sobrepeso no adulto;
D. Aleitamento materno exclusivo ate 4 meses diminui o risco de obesidade em até
50%, e essa proteção é dose dependente, ou seja, quanto maior o tempo de
aleitamento, menor o risco.
25
48. Criança de 3 anos com tosse e coriza há 5 dias, há 3 dias com febre ( 38,5 a
39,5C), dor abdominal, inapetência, porém aceitando bem líquidos. Sem
diarréia ou vômitos. Ao exame: FR: 50 irpm; SatO2: 96%;
acianótico,hidratado, anictérico, hipocorado (+/4+), hidratado. ACV sem
anormalidades. AR: MV audível bilateralmente, crepitações em base D. Abd
depressível, flácido, indolor, ausência de massas ou VMG. Sobre o
diagnóstico acima:
A. A fisioterapia respiratória é benéfica nesse caso;
B. Devido a idade, a dor abdominal associado aos outros sintomas, indica
internação;
C. O diagnóstico é eminentemente clínico, dispensando a realização de RX de
tórax;
D. Indicado hemocultura antes do início do tratamento para o diagnóstico
microbiológico, caso evolua de forma desfavorável, o conhecimento do padrão
de resistência/sensibilidade não terá influencia da medicação usada.
49. Sobre o Leite Materno ordenhado podemos afirmar:
A. O frasco com leite humano ordenhado deve ser armazenado, imediatamente
após a coleta, na geladeira, congelador ou freezer em posição vertical;
B. Cada frasco para armazenamento do leite ordenhado, mesmo se não estiver
cheio, só poderá ser manipulado em uma única vez, independente do dia da
coleta.
C. O leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por até 24 h, e
no congelador por até 15 dias.
D. O leite materno ordenhado e conservado pode ser fervido e aquecido em
microondas.
50. RN nascido de cesáreo, devido pré eclampsia, 37 semanas. No primeiro
minuto: Chorou forte, movimentos ativos, FC 115 bpm, cianose central. Foi
aquecido, examinado, sem anormalidades, no quinto minuto permanece
apenas cianose em extremidades. O APGAR desse RN:
A. 8/9
B. 8/10
C. 7/10
D. 6/9
26
FOLHADERESPOSTAS (RASCUNHO)
AOTRANSFERIRESSASMARCAÇÕES PARAAFOLHADE RESPOSTAS,OBSERVEASINSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
DADASNACAPADAPROVA.
USE CANETA ESFEROGRÁFICA AZUL OU PRETA.
ATENÇÃO:
AGUARDE AUTORIZAÇÃO PARA VIRAR O CADERNO DEPROVA.
PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA – HECI – 2018
GABARITO ENTRADA DIRETA
ANESTESIOLOGIA – CIRURGIA GERAL – CLÍNICA MÉDICA – GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA
PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018
Área: NEONATOLOGIA
INSTRUÇÕES DA PROVA
Quando for permitido abrir o caderno, confira se este caderno contém, ao todo, 30 (trinta) questões de Múltipla Escolha, se todas estão perfeitamente legíveis, bem
como se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas. Caso os dados estejam incorretos, ou incompletos, ou tenham qualquer imperfeição, favor informar tal ocorrência ao fiscal. NÃO SERÃO ACEITAS RECLAMAÇÕES POSTERIORES.
A Prova de Múltipla Escolha está assim distribuída: 30 (trinta) questões de Conhecimentos Médicos em Pediatria.
Use, como rascunho, a Folha de Respostas reproduzida ao final desse caderno.
ATENÇÃO
Na Folha de Respostas, assinale a alternativa que julgar correta para cada questão,
usando caneta esferográfica de tinta preta ou azul. Lembre-se mais de uma letra assinalada implicará na anulação da questão. Qualquer rasura no preenchimento anulará a questão. Não deixe nenhuma questão sem resposta. A Folha de Respostas NÃO deve ser dobrada, amassada, rasurada, manchada ou
conter qualquer registro fora dos locais destinados às respostas. O modo correto de assinalar a alternativa na Folha de Respostas é cobrindo,
fortemente, o espaço a ela correspondente, conforme o modelo abaixo:
FOLHA DE RESPOSTAS SEM ASSINATURA NÃO TEM VALIDADE.
ORIENTAÇÕES DO PROCESSO
Período de Sigilo - Os candidatos deverão permanecer no local da realização das provas durante, no mínimo, 60 (sessenta) minutos após o início das provas. ITEM 5.19
A Prova terá duração máxima de 03 (três) horas. ITEM 5.16 O tempo de duração das provas abrange a assinatura da Folha de Respostas, a
transcrição das respostas do Caderno de Questões da Prova Objetiva para a Folha de Respostas.
Os 03 (três) últimos candidatos deverão permanecer no local de prova, sendo liberados somente quando todos tiverem concluído a prova ou o tempo tiver se esgotado.
O gabarito da prova será divulgado juntamente com a prova no site www.heci.com.br no dia 02/11/2017.
1
2
2
3
PEDIATRIA
1. Mulher de 24 anos, GIP0A0, 38 semanas pela data da ultima menstruação, da
entrada na maternidade com dor abdominal e saída de secreção
mucossanguinolenta. Ao exame obstétrico observou se inicio de trabalho de
parto (bolsa integra, colo uterino com 4 cm de dilatação). Nos exames do
primeiro trimestre pré natal, paciente apresenta sorologias negativas,
sorologias do terceiro trimestre mantém se negativas, exceto HBsAg positivo,
Anti-HBcAg IgM positivo, HBeAg positivo e Anti-HBs negativo. Podemos
afirmar:
A. Neste caso, há indicação, imediatamente pós parto, de iniciar Lamivudina (3TC)
para o RN;
B. O aleitamento materno é contra indicado, devido a presença do vírus no leite
materno;
C. Trata se de um RN com risco aumentado de infecção, indicado Vacina contra
Hepatite B, nas primeiras 12 h de vida e Imunoglobulina Humana anti-Hepatite
B;
D. Mãe HBsAg positivo e Anti HBs negativo evidencia proteção para a mãe e para
o RN, não sendo necessário nenhum cuidado alem da vacina contra Hepatite B
nas primeiras 12 h de vida.
2. Criança de 3 anos, iniciou há 6 dias febre alta, hiperemia conjuntival bilateral
não secretiva, ressecamento dos lábios, eritema de língua, gânglios palpáveis
a esquerda de região cervical (não palpável a direita) e exantema
maculopapular difuso. Sobre essa doença não podemos afirmar:
A. Trata-se de uma doença de vasos de médio calibre, etiopatogenia viral,
autolimitada, requerendo apenas tratamento com corticosteróides e
sintomáticos;
B. Diagnóstico é clinico, não sendo necessário a biopsia de gânglio;
C. Ecocardiograma basal deve ser realizado no momento da doença aguda e
repetido após, no seguimento periódico na avaliação cardiovascular;
D. Os objetivos do tratamento são reduzir a inflamação e evitar a formação de
aneurismas coronarianos.
4
3. Escolar apresentando febre há 48 h, odinofagia, vômitos, cefaléia e dor
abdominal. Ao exame: Orofaringe hiperemiada e com placas, língua saburrosa,
exantema maculopapular em todo o corpo exceto em região perioral. Pode-se
afirmar sobre o quadro descrito acima, exceto:
A. Doença de etiologia bacteriana, sendo o tratamento indicado a Penicilina
benzatina dose única;
B. A transmissão começa desde os pródromos ate o desaparecimento da febre, ou
após 24 h pós inicio do tratamento;
C. O exantema caracteriza-se por: evoluir em três estágios e possuir caráter
recorrente;
D. Na segunda/terceira semana evolui com descamação laminar (pés e mãos).
4. Lactente de 11 meses iniciou há menos de 24 h tosse seca, sibilos difusos,
tempo expiratório aumentado e retração subcostal leve. Sat O2, em ar
ambiente de 96%. Nega febre. Pais referem quadro de tosse seca há uma
semana, com melhora espontânea; diagnostico de dermatite atópica desde 7
meses de vida. Sobre o caso:
A. A Dermatite Atópica aumenta o risco de um lactente sibilante apresentar asma;
B. Devido a idade, é imprescindível a historia familiar de asma em ambos ou em
um dos pais, para hipótese diagnostica de asma;
C. A ausência de febre exclui totalmente a hipótese diagnostica de infecção, como
por exemplo Bronquiolite aguda, sugerindo o diagnostico de asma;
D. Por se tratar de lactente, a única hipótese diagnostica seria Bronquiolite aguda,
indicando internação imediata para tratamento de suporte (oxigenioterapia).
5. Criança de 1 ano e 4 meses, em consulta de rotina, sem queixas ou alterações
no exame físico e crescimento/ desenvolvimento, apresenta o seguinte exame
laboratorial (Hemograma): Ht: 34,5% (VR: 36%); Hb: 11,5 g/dL (VR: 12 g/dL);
RDW: 16% (VR: 11,5 a 14,5%); Reticulocitos: 0,4% (VR: 0,5 a 1,5%); hipocromia
e microcitose. Nesse caso:
A. A terapia de escolha é a reposição de Fe elementar, por via oral; sugestivo de
anemia por carência de ferro.
5
B. A terapia de escolha é a Cobalamina parenteral (IM); sugestivo de anemia por
deficiência de vitamina B12;
C. Encaminhar para acompanhamento com hematologista; sugestivo de anemia
hemolítica.
D. A terapia de escolha é Fe parenteral; sugestivo de sangramento acentuado ou
de difícil controle.
6. RN com 20 dias de vida; nascido de parto normal, a termo, sem intercorrências
(sorologias negativas e ausência de infecção) pré e pos natal, Tempo de bolsa
rota de 4 h, em Aleitamento Materno Exclusivo; apresenta há três dias vômitos
após a amamentação, de evolução progressiva. Ao exame, após o episodio,
observa vômitos com aspecto de leite fresco, sem sangue ou bile, grande
volume; RN tranqüilo, sem fáscie de dor ou irritabilidade, ativo, pouco
emagrecido, FA pouco deprimida, acianótico, anictérico, logo após procura
seio materno e suga com muita força (demonstrando fome); musculatura
abdominal relaxada, abdome flácido, indolor, nódulo palpável acima da cicatriz
umbilical, no epigástrio médio, abaixo da borda hepática, +- 2,0 cm de
comprimento, móvel. Sobre o caso:
A. Caso clássico de Refluxo Gastroesofágico com hérnia hiatal, devendo ser
confirmado por estudos radiográficos;
B. Típico de insuficiência adrenal, devendo ser confirmado pela acidose
metabólica, potássio sérico diminuído e concentrações de sódio na urina
diminuídas;
C. Sugestivo de Erro Inato do Metabolismo, provável evolução com agitação e
convulsões, devendo ser confirmado por exames laboratoriais que
caracteristicamente apresentarão alcalose metabólica.
D. Caso típico de Estenose Hipertrófica do Piloro, podendo ser confirmado pela
ultrassonografia de abdome.
7. Pela OMS, obesidade é definida como “doença na qual existe uma acumulação
excessiva de massa gorda, de tal forma que a saúde pode ser adversamente
afetada”. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2015) mostrou que
25,1% dos adolescentes de 13 a 15 anos e 21,4% de 16 a 17 anos apresentam
excesso de peso. Sobre essa doença podemos afirmar, exceto:
A. Excesso de ganho de peso na gestação e diabetes implicam em maior peso no
nascimento, rápido ganho de peso pós-natal e maior adiposidade com risco de
obesidade na infância e adolescência (PROGRAMAÇÃO FETAL);
6
B. Crianças que apresentam restrição de crescimento intra-uterino, que nascem
pequenas para a idade gestacional e apresentam rápido ganho de peso pós-
natal, tem maior risco de desenvolver obesidade e síndrome metabólica
(TEORIA DO FENOTIPO POUPADOR);
C. O excesso de peso na infância e adolescência é considerado uma variável
preditora de sobrepeso no adulto;
D. Aleitamento materno exclusivo ate 4 meses diminui o risco de obesidade em até
50%, e essa proteção é dose dependente, ou seja, quanto maior o tempo de
aleitamento, menor o risco.
8. Criança de 3 anos com tosse e coriza há 5 dias, há 3 dias com febre ( 38,5 a
39,5C), dor abdominal, inapetência, porém aceitando bem líquidos. Sem
diarréia ou vômitos. Ao exame: FR: 50 irpm; SatO2: 96%; acianótico,hidratado,
anictérico, hipocorado (+/4+), hidratado. ACV sem anormalidades. AR: MV
audível bilateralmente, crepitações em base D. Abd depressível, flácido,
indolor, ausência de massas ou VMG. Sobre o diagnóstico acima:
A. A fisioterapia respiratória é benéfica nesse caso;
B. Devido a idade, a dor abdominal associado aos outros sintomas, indica
internação;
C. O diagnóstico é eminentemente clínico, dispensando a realização de RX de
tórax;
D. Indicado hemocultura antes do início do tratamento para o diagnóstico
microbiológico, caso evolua de forma desfavorável, o conhecimento do padrão
de resistência/sensibilidade não terá influencia da medicação usada.
9. Sobre o Leite Materno ordenhado podemos afirmar:
A. O frasco com leite humano ordenhado deve ser armazenado, imediatamente
após a coleta, na geladeira, congelador ou freezer em posição vertical;
B. Cada frasco para armazenamento do leite ordenhado, mesmo se não estiver
cheio, só poderá ser manipulado em uma única vez, independente do dia da
coleta.
C. O leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por até 24 h, e
no congelador por até 15 dias.
D. O leite materno ordenhado e conservado pode ser fervido e aquecido em
microondas.
7
10. RN nascido de cesáreo, devido pré eclampsia, 37 semanas. No primeiro
minuto: Chorou forte, movimentos ativos, FC 115 bpm, cianose central. Foi
aquecido, examinado, sem anormalidades, no quinto minuto permanece
apenas cianose em extremidades. O APGAR desse RN:
A. 8/9
B. 8/10
C. 7/10
D. 6/9
11. Criança de 7 anos em consulta de ambulatório, sem doenças pregressas e
bom desenvolvimento de peso e altura, traz queixa de prurido mais intenso a
noite em axilas, mãos (espaços interdigitais) e região periumbilical. Ao exame,
observa-se lesões papulo-nodulares e eritematosas, com escoriações.
Perguntado sobre casos semelhantes em contactantes, o responsável nega
casos semelhantes nos moradores da casa, porém menor refere amigo da sala
apresenta queixas semelhantes, porem apenas nas mãos. As possibilidades
de tratamento seriam, exceto:
A. Permetrina , uma medicação tópica é eficaz e possui poucos efeitos colaterais;
deve ser aplicado em dose única a noite e repetir após 8 dias;
B. Benzoato de Benzila, apesar de poder causar irritação na pele e sensação de
queimação, é um bom tratamento devido ao baixo custo e ao fácil acesso; deve
ser aplicado após o banho com o corpo ainda úmido, deixar secando no corpo,
aplicar durante 3 noites consecutivas e repetir após uma semana; o medicamento
deve ser diluído em água na proporção de uma parte para três ou cinco de água.
C. Ivermectina sistêmica é uma medicação de boa tolerância, os efeitos colaterais
são leves e pouco freqüentes; não deve ser usado em crianças menores de 15
anos e mulheres grávidas; a dose é de um comprimido dose única, podendo ser
repetido após uma semana.
D. Pasta d’água com enxofre 5-10%, uma medicação tópica; indicado para recém
nascidos e gestantes; deve ser aplicado durante sete noites consecutivas;
geralmente é produzido em farmácia de manipulação.
12. Considera-se adequadamente tratada para sífilis a puérpera que:
A. Sífilis com duração ignorada, três séries de Penicilina G Benzatina (1200000UI
aplicada em cada glúteo), com intervalo de 1 semana, última dose pelo menos 30
dias antes do parto;
8
B. Em caso de alergia grave a Penicilina, substituição por Eritromicina por 21 dias,
última dose 30 dias antes do parto;
C. Parceiro referindo ter tratado concomitantemente, mesmo sem comprovação;
D. Manutenção ou queda dos títulos (sorologia não treponêmica) após tratamento
com Penicilina G Benzatina, ou em casos de alergia, Eritromicina.
13. Criança de 9 anos, há 2 dias com mal estar, febre (38,2C), há 24 horas evoluiu
com exantema papulovesicular, vesículas em “gota de orvalho”, pústulas e
crostas com muito prurido. Sobre esse caso, não podemos afirmar:
A. É transmitido por contato direto ou através de aerosol pela secreção respiratória;
B. A infecção primária causa varicela, permanecendo posteriormente o vírus latente
no corno dorsal da medula, podendo reativar e desenvolver herpes-zoster;
C. Infecção bacteriana secundária de pele, sepse, artrite, pneumonia, endocardite,
hepatite, nefrite e encefalite são possíveis complicações.
D. O uso de salicilatos nesses pacientes aumenta o risco de Síndrome de Reye,
porém a associação com Prednisolona (2mg/Kg/dose) é o tratamento de escolha
para controlar a evolução.
14. Lactente de 2 meses, masculino, deu entrada na emergência com quadro
súbito de choro intenso, acompanhado de esforço para evacuar com flexão
das pernas e joelhos. HPP: Nega história de constipação, apenas coriza e
espirros há dois dias, sem febre ou comprometimento do estado geral. Em
casa não apresentou alterações das fezes, porem durante a avaliação do
pediatra, evacuou fezes com sangue vivo e muco; a palpação do abdome
observa massa, dolorosa a palpação em parte superior direito. Qual o
diagnóstico mais provável e a conduta inicial?
A. Gastroenterite viral. Liberação com soro oral (TRO).
B. Gastroenterite bacteriana. Internação, hidratação venosa e antibiótico venoso.
C. Suspeita de abuso sexual. Contactar conselho tutelar.
D. Invaginação intestinal. Internação, dieta zero, hidratação venosa, avaliar
reposição de eletrólitos e solicitar avaliação cirúrgica.
9
15. Sobre o desenvolvimento da puberdade normal, podemos afirmar:
A. O primeiro sinal visível de puberdade no sexo feminino é a presença de
odor, pêlos pubianos e axilares;
B. A menarca ocorre entre 1 a 3 anos após o início do broto mamário;
C. No sexo masculino, o primeiro sinal de puberdade é o crescimento peniano,
principalmente em comprimento;
D. Os últimos sinais, no sexo masculino, são o aumento do volume testicular,
mudança da voz e a primeira ejaculação.
16. Criança de 4 anos apresenta na região posterior da coxa lesão eritematosa,
pruriginosa e com descamação fina, com disposição circular das lesões,
seguindo da parte superior das nádegas até a região posterior das coxas,
poupando a região convexa dos glúteo. Pode-se afirmar, exceto:
A. É difícil tratamento devido a difícil detecção dos fatores desencadeantes, contato
ou produtos de limpeza;
B. Sua patologia pode ser de uma dermatite de contato alérgica ou de uma
dermatite de contato por irritante primário;
C. Apesar da boa resposta aos cremes de barreira, o tratamento é difícil muitas
vezes sendo necessário a utilização de anti histamínico oral, corticosteróides
oral e tópico de alta potência;
D. Descrita Como “Dermatite do toalete” devido a lesão na região posterior da
coxa, cujo desenho condiz com o formato do tampo do vaso sanitário.
17. A deficiência da vitamina D é um dos distúrbios mais freqüentes em todo o
mundo. Essa vitamina pode ter ações, além da manutenção da saúde óssea e
da regulação do metabolismo do cálcio e fósforo,a modulação do risco de
doenças cardíacas, neoplasias e outras. São grupo de risco para insuficiência
e deficiência de vitamina D e os mecanismos, exceto:
A. Prematuridade, pele branca, protetor solar; diminuição da síntese cutânea;
B. Aleitamento materno exclusivo, lactentes que ingerem menos de 1 litro/dia de
fórmula láctea fortificada com vitamina D; devido a diminuição da ingesta;
C. Adolescentes e lactentes; devido ao aumento das necessidades (crescimento
rápido);
D. Obesidade, devido ao seqüestro da vitamina D no tecido adiposo.
10
18. Criança de 5 anos apresenta há 2 dias claudicação, evoluindo a 24 h com
recusa para andar devido dor em membro inferior direito, febre, calafrios, mal-
estar. Ao exame observa-se restrição da movimentação ativa e passiva da
perna direita (devido dor), joelho direito com sinais de flogose. Exames
laboratoriais apresentam leucocitose, PCR e VHS elevados. Sobre o caso:
A. Não é um caso de urgência por se tratar de uma doença localizada, necessário
a realização de exames para diagnóstico, sendo pequeno o risco de
complicações;
B. A internação da criança está indicada para reavaliação clínica, investigação e
conduta médica;
C. A aspiração articular não está indicada, por ser um procedimento invasivo,
aumentando o risco de contaminação;
D. A hemocultura é positiva na maioria dos casos, chegando a 95%, desde que não
tenha sido feito o uso de antibióticos recentemente.
19. Adolescente com lesões hipocrômicas, com bordas descamativas em tronco,
região cervical e cintura escapular; ao tracionar a pele e fricciona-la ocorre
uma fina descamação. Pode-se afirmar, exceto:
A. O tratamento pode ser tópico ou sistêmico,a escolha do tratamento vai depender
da extensão da doença;
B. É uma micose superficial, comum nas estações mais quentes e em países
tropicais, a recorrência é comum;
C. Diagnóstico diferencial: Tinea corporis, ptiríase alba e ptiríase rósea;
D. As medidas de prevenção são: afastar-se e tratar os animais infectados, não
compartilhar roupas ou toalhas e não freqüentar piscinas quando com lesões.
20. Sobre Parasitoses Intestinais, marque a correlação correta:
A. Ascaris lumbricóides, Síndrome de Loeffler;
B. Enterobius vermicularis, Prolapso retal;
C. Teníase, neurocisticercose;
D. Entamoeba histolytica, ameboma.
11
21. Em 2017, seis vacinas tiveram seu publico-alvo ampliado, dentre eles:
A. A vacina HPV foi estendida para pessoas com baixa imunidade (HIV/Aids,
transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos),
homens e mulheres de 9 a 26 anos;
B. A vacina HPV também foi estendida para meninos de 9 a 14 anos;
C. Ampliada a cobertura da vacina Meningite C para crianças até dois anos e
adolescente de 12 a 13 anos;
D. Ampliada a vacina contra varicela para crianças com até 3 anos.
22. Em relação à febre reumática, analise a assertivas abaixo:
I- A febre reumática pode causar pancardite, o principal folheto atingido é o
pericárdio
II- A coréia de Sydenham é uma manifestação do envolvimento dos gânglios
da base do sistema nervoso central
III- O padrão do envolvimento da artrite é do tipo migratório, assimétrico e
muito doloroso, com curso totalmente resolutivo
IV- O eritema marginado e os nódulos subcutâneos são manifestações
clinicas raras e em geral, estão associados à presença de artrite
Marque as alternativas corretas:
A. Apenas I e II
B. Apenas II e III
C. Apenas III e IV
D. Apenas I e IV
23. A osteogênese imperfeita é uma doença que se caracteriza por ossos frágeis
que fraturam com facilidade. O defeito genético resulta da deficiência
quantitativa ou qualitativa de:
A. Cálcio
B. Fósforo
C. Colágeno
D. Calcitonina
24. Em relação à dermatite atópica, qual é a assertiva mais correta?
A. Apesar de frequente, é em geral bem tolerada, não causando impacto na
qualidade de vida dos pacientes.
B. A melhora da dermatose ocorre logo no primeiro ano de vida.
C. A dermatose dificilmente progride com o desenvolvimento de rinite e asma nos
pacientes.
12
D. Ocorre alteração do metabolismo dos lipídeos com comprometimento da
barreira cutânea.
25. Recém-nascido prematuro, idade gestacional = 30 semanas, apresentou
quadro de síndrome do desconforto precoce (SDR) , sendo necessário
surfactante. No 40 dia de vida houve piora clinica com taquicardia,
sangramento pulmonar e piora do padrão respiratório. Qual a
hipótesediagnóstica mais provável para esta descompensação clínica ?
A. Atelectasia pulmonar
B. Pneumotórax
C. Hipertensão pulmonar pela SDR
D. Patência do canal arterial
26. O teste da oximetria de pulso é muito importante como triagem neonatal de
cardiopatia congênita crítica. Analisando as afirmativas abaixo considere que
é falso e verdadeiro e responda:
I- É um teste simples, indolor e não invasivo que deve ser realizado logo após
o nascimento do bebê na tentativa de realizar diagnóstico e conduta
terapêutica precoces.
II- É considerado um teste alterado (triagem positiva) se a saturação de
oxigênio do bebê for ≤ 96% no membro superior direito ou em um dos pés.
III- Além do valor absoluto da saturação de oxigênio, o outro critério que é
realizado no teste da oximetria é a diferença entre a saturação de oxigênio do
membro superior direito e um dos membros inferiores ser ≥ 3%, caso isto
ocorra o teste é considerado anormal (triagem positiva) e deverá ser repetido.
Marque as alternativas corretas:
A. Apenas I
B. Apenas II
C. Apenas III
D. Apenas I e II
27. Ao examinar um lactente de um ano, observam-se adenomegalias occipitais. O
pediatra tranquiliza a mãe e fala que o comprometimento destes linfonodos
está associado a:
A. Faringite aguda
B. Erupção dentária
C. Cistos branquiais
D. Dermatite seborreica
13
28. Recém-nascido a termo, AIG, sem história de intercorrências perinatais,
sorologias normais, Apgar 9 / 10, iniciou aleitamento materno exclusivo, com
boa sucção. Após o quinto dia observou-se icterícia, hepatomegalia, sucção
débil, sinais de sepse e apresentou hipoglicemia. Hemocultura: crescimento
de Escherichia coli. O resultado do teste de triagem neonatal foi anormal,
sendo sugerida avaliação ocular e a utilização de fórmula de partida à base de
soja que propiciou uma evolução clínica satisfatória. A principal hipótese
diagnóstica é:
A. Glicogenose
B. Fenilcetonúria
C. Galactosemia
D. Citopatia mitocondrial
29. Dentre as linhas de cuidado na atenção integral à saúde da criança propostas
pelo Ministérioda Saúde do Brasil, temos a atenção às doenças prevalentes.
Das doenças abaixo, a única que NÃO é considerada como doença prevalente
na infância é:
A. Diarréias
B. Dermatoses
C. Tétano neonatal
D. Doenças respiratórias
30. Recém-nascido a termo com 16 dias de vida, em aleitamento materno
exclusivo, é levado a consulta devido a quadro de icterícia. Exame físico:
corado, ictérico até zona III de Kramer, fígado palpável a 1cm do RCD, Traube
livre. Exames laboratoriais (colhidos em regime de urgência): BT: 15,1mg/dl,
BI: 14,8mg/dl, Ht: 47%. As hipóteses diagnósticas que devem ser consideradas
incluem:
A. Atresia de vias biliares e hipotireoidismo
B. Icterícia do leite materno e hipotireoidismo
C. Icterícia fisiológica e icterícia do leite materno
D. Icterícia fisiológica e incompatibilidade materno-fetal
14
FOLHA DE RESPOSTAS (RASCUNHO)
AO TRANSFERIR ESSAS MARCAÇÕES PARA A FOLHA DE RESPOSTAS, OBSERVE AS INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
DADAS NA CAPA DA PROVA.
USE CANETA ESFEROGRÁFICA AZUL OU PRETA.
ATENÇÃO:
AGUARDE AUTORIZAÇÃO PARA VIRAR O CADERNO DE PROVA.
PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA – HECI – 2018
GABARITO NEONATOLOGIA