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ESCOLA SANTO AGOSTINHO 1°ANO DO ENSINO MÉDIO NÍDSON VILELA FERRAZ TRABALHO DE FILOSOFIA AS TEORIAS DE THOMAS HOBBES VS JOHN LOCKE

As Teorias de John Locke vs Thomas Hobbes

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Trabalho nas Normas ABNT sobre As Teorias de John Locke VS Thomas Hobbes

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Page 1: As Teorias de John Locke vs Thomas Hobbes

ESCOLA SANTO AGOSTINHO

1°ANO DO ENSINO MÉDIO

NÍDSON VILELA FERRAZ

TRABALHO DE FILOSOFIA AS TEORIAS DE THOMAS HOBBES VS JOHN LOCKE

Page 2: As Teorias de John Locke vs Thomas Hobbes

IGUAPE 2015

ESCOLA SANTO AGOSTINHO

NÍDSON VILELA FERRAZ

TRABALHO DE FILOSOFIA AS TEORIAS DE THOMAS HOBBES VS JOHN LOCKE

SOB ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR:

WALLISON FEITOSA GOMES

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IGUAPE 2015

SUMÁRIO

1 – Resumo ............................................................................... 4

2 – Introdução ............................................................................ 5

3 – Desenvolvimento .................................................................. 6

4 – Conclusão ............................................................................. 7

5 – Referências ........................................................................... 8

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RESUMO

As Teorias de John Locke VS Thomas Hobbes

Teorias John Locke Thomas Hobbes

Contrato Social

O contrato seria firmado para superar

inconvenientes, como a violação do direito de

propriedade (vida, liberdade, bens). Trata-se de uma organização, na qual os homens decidem

formar uma sociedade política/civil para

preservar direitos já existentes.

O governo teria a função de preservar a

propriedade, e não se trata de um governo

absoluto, se trata de um governo controlado pela

sociedade.

Sociedade Civil

Os homens se juntam em sociedades políticas e

submetem-se a um governo com a finalidade principal de conservarem suas propriedades, pois o

estado natural não garante a propriedade. O Estado é soberano,

mas sua autoridade vem somente do contrato que

o faz nascer.

É no poder centrado no Soberano, que se constitui

a Sociedade civil, pois, para ele, somente em

uma única vontade e em um único corpo é que

pode ser concebida uma condição de paz, que em

sua obra torna-se sinônimo de Estado civil.

Ou seja, a sociedade civil se subordina ao

Estado.

Estado de Natureza

O Estado não possui direito sobre a vida do cidadão ele defende o Estado Democrático de

Direito. Para ele o Direito à Vida é inalienável, e por isso, ele é considerado o pai do liberalismo político.

A natureza humana é a mesma em todos os

tempos. Isto significa que o homem no estado de

natureza não é necessariamente um

selvagem, mas o mesmo homem que vive em

sociedade.

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INTRODUÇÃO

Thomas Hobbes, um matemático, teórico político, e filósofo inglês, assim como John Locke, filósofo inglês, iluminista e “Pai” do Liberalismo, refletiram sobre modelos de indivíduos, estado de natureza e estado civil/político, construindo seus pensamentos de maneira divergente.

Valorizando a experiência como fonte do conhecimento, John Locke destaca-se pela sua teoria das ideias e pelo seu postulado a legitimidade da propriedade inserida na sua teoria social e política. Para ele, o direito a propriedade é a base da liberdade humana, e o governo existe para proteger este direito. Nas suas palavras:

“ Porque todo homem tem uma propriedade que é a sua própria pessoa”.

As influências das obras de Locke foram enormes, tanto que suas teses estão na base das democracias liberais. No século XVIII os iluministas buscaram em suas obras, as principais ideias responsáveis pela Revolução Francesa, a exemplo disso encontramos Montesquieu, um conhecido pensador iluminista que se inspirou em Locke para formular a teoria da separação do poder do Estado em três unidades, Poder Executivo – Poder Legislativo e Poder Judiciário.

A principal preocupação de Locke em suas teorias foi combater a doutrina defendida por René Descartes, que confirmava a existência de ideias inatas na mente dos homens, ou seja, a vida era a continuação do presente, munida de conhecimentos de vidas passadas. Para Locke a vida era como uma folha em branco, que receberia impressões através das experiências do indivíduo, sem trazer consigo, ideias inatas.

De acordo com Thomas Hobbes, o Estado deveria ser a instituição fundamental para regular as relações humanas, dado o caráter da condição natural dos homens que os motiva a buscar o atendimento de seus desejos de qualquer maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões.

Hobbes afirmava que os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros quando não existe um poder capaz de manter todos em respeito, pois cada um pretende que seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele atribui a si próprio. Dessa forma, tal situação seria propícia para uma luta de todos contra todos pelo desejo do reconhecimento, pela busca da preservação da vida e da realização daquilo que o homem (juiz de suas ações) deseja. Deste ponto de vista surgiria a famosa expressão de Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.

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DESENVOLVIMENTO

Na teoria de Hobbes, o conceito de estado natural é relacionado diretamente com o conflito, no qual os indivíduos vivem em constante estado de guerra de todos contra todos. Nesse contexto, não deveria haver propriedade, uma vez que, em estado de guerra, ela não é reconhecida, havendo apenas a posse em relação às coisas (só se é dono enquanto se consegue preservar determinada coisa). Pelo fato de todos eles serem iguais e livres no estado natural, os conflitos são catalisados, tendo estas três causas, a competição, a desconfiança e o desejo de glória, visando respectivamente o lucro, à segurança e à reputação.

Segundo a visão deste teórico, a liberdade natural deve ser atingida valendo-se de todo o poder humano, inclusive com a supressão do outro. É de verificar-se a existência de leis naturais nesta linha de pensamento, que se caracterizam por serem preceitos racionais, a razão do homem o obriga a preservá-lo, mesmo por meio da guerra. Esses indivíduos, caracterizados negativamente, uma vez que oprimidos pela necessidade de guerra, são racionais. A instituição do estado civil/político rompe com o estado de natureza e legitima o poder político a partir da ideia de que o pacto social surge com a transferência de poderes individuais a um terceiro - o Soberano - este, que em face da segurança jurídica, utiliza-se do medo para que a sociedade obedeça às leis e seja possível alcançar a paz. Em resumo, ele afirma que a instituição do Estado é que estabelece a paz e verticaliza o medo, pois este não desaparece, apenas é subtraído das relações entre os homens para ser imposto a eles visando à paz.

Já John Locke, por ser um filósofo empirista, apresenta a ideia de indivíduo como uma "folha em branco" (tábula rasa); somente as impressões sensoriais e experiências vividas pelo indivíduo o preencheriam. Nas suas palavras: “o mundo é primeiro sentido, depois pensado.” Para ele, o estado de natureza é um estado em que os indivíduos convivem harmoniosamente, caracterizando-os positivamente. Locke afirma também que no estado de natureza os indivíduos são livres, iguais e racionais, porém tais características não catalisam os conflitos, como analisado por Hobbes, pois o homem é livre para dispor de tudo aquilo que possui, até de si mesmo, enquanto que igualdade é o poder que todos têm de dizer o que é racional dentro das relações humanas. As leis de natureza, para Locke, são um preceito racional de autopreservação (assim como Hobbes aferiu), mas inclusive de preservação do outro, conduzindo a uma interação pacífica com seu semelhante, conjugando as existências.

Em seu modelo de estado civil surge o poder político, o qual consiste no poder do magistrado perante seus súditos, ditando leis de várias intensidades, regulando e protegendo a propriedade, garantindo o poder público acima do particular e mobilizando a força do Estado para proteger o interesse público. Em oposição a Hobbes, Locke apresenta a ideia de estado civil apenas como preservação da harmonia presente no estado de natureza por meio da mínima intervenção do Estado na sociedade.

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CONCLUSÃO

Como se pode notar Thomas Hobbes e John Locke discorreram de maneira diversa, sobre modelos de indivíduo, estados de natureza e civil/político, tendo Hobbes adotado um caráter corretivo ao estado natural, pois o homem não é essencialmente sociável, já Locke, um caráter preventivo ao mesmo, com o objetivo de impedir sua degeneração. Apesar das diferenças supramencionadas, inclusive com críticas feitas por Locke a Hobbes, ambos defenderam a ideia de uma convenção entre os indivíduos, seja para corrigir o estado de barbárie entre os homens, ou seja para prevenir que tal característica fizesse parte do cenário humano.

  

 

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REFERÊNCIAS

FONTES, Virgínia. Sociedade Civil. 2009. Disponível em: http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/socciv.html. Acesso em:

01/11/2015

RODRIGUES, Camila. Estado de Natureza: Do conceito de Hobbes ao de Locke: um debate de idéias. ???. Disponível em:

http://www.klepsidra.net/klepsidra27/natureza.htm. Acesso em: 01/11/2015

PETRINI, Natachy. THOMAS HOBBES X JOHN LOCKE. 2012. Disponível em: http://filosofiadelonge.blogspot.com.br/2012/04/forum-i-de-etica-ii-thomas-hobbes-

x.html. Acesso em: 01/11/2015

COELHO, André. Hobbe X Locke. Disponível em: < http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com.br/2005/09/hobbes-x-locke.html >

John Locke: Principais conceitos: http://www.youtube.com/watch?v=T3UVGyCcRxwLeviatã: http://www.youtube.com/watch?

v=B9Wawc1gNlI&feature=related

CREMONESE, Dejalma. O liberalismo de Locke: O cidadão com direitos naturais . ???. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos915/liberalismo-

locke-direitos/liberalismo-locke-direitos2.shtml. Acesso em: 01/11/2015

SILVA, Denis Manuel da. Como se deu a passagem do Estado de Natureza para a Sociedade Civil?. 2009. Disponível em:

http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1904910/como-se-deu-a-passagem-do-estado-de-natureza-para-a-sociedade-civil-denis-manuel-da-silva. Acesso em: 01/11/2015

RIBEIRO, Paulo Silvino. "As bases do Estado e do pensamento liberal"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/sociologia/as-bases-estado-

pensamento-liberal.htm>. Acesso em 01 de novembro de 2015.