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MAIO DE 2011 ANO XXI Nº 953 DE 23 A 29 MAIO DE 2011 sintufrj.org.br [email protected] O nosso compromisso é segunda-feira, dia 30, às 11h, no auditório do Quinhentão, no Centro de Ciências da Saúde. É hora de mobilizar, avaliar e decidir o melhor para o futuro da maioria da categoria. Vamos debater nossas prioridades e eleger nossos delegados à plenária da Fasubra, marcada para 31 de maio. PÁGINA 3 Semana do Trabalhador no Fundão Readequação de auxiliares administrativos ganha força Reunião de Aposentados Oficina de Ikebana Para quem se interessar, esta arte oriental pode ser aprendida na oficina, realizada às quarta-feiras, das 9h às 12h, na subsede sindical no HU. Para se inscrever, é só comparecer no dia e horário da aula. Saiba um pouco mais sobre esta arte milenar. A Ikebana é a arte oriental de compor ramos e flores naturais, desenvolvida ao longo dos anos É nesta terça-feira, 24 de maio, às 10h, na subsede sindical do HU. Nesse dia tere- mos palestra sobre qualidade de vida após a aposentadoria. Quem abordará o tema é a fisioterapeuta Maria de Lourdes do Car- mo Pereira. pelos japoneses. A Ikebana Sanguetsu é mais que um estilo e composição da cor e beleza. A prática da arte leva seu praticante à harmonia interior e a sua contínua interação com a flor. Resulta no aflorar e no desenvolvimento da sensibilidade, levando-o a um caminho de elevação interior e autoconhecimento. Assembleia dia 30 de maio vai deliberar sobre indicativo de greve MOBILIZAÇÃO. Vamos à assembleia para decidir o melhor para a maioria da categoria A partir desta segunda-feira, 23, o evento em comemoração ao 1º de Maio se concentra no Fundão. Como o ocorrido na Praia Vermelha, haverá pales- tras e oficinas, culminando com show cultural na sexta- feira, 27 de maio. PÁGINA 5 O SINTUFRJ entrou na luta. A primeira reunião organiza- da pelo Sindicato resultou na criação de uma comissão – composta pelo próprio Sindi- cato, Reitoria e representação dos auxiliares – para reunir documentação e discutir meios para solucionar o en- quadramento de cerca de 500 auxiliares administrativos na UFRJ. Cerca de 300 funcioná- rios atenderam ao chamado da entidade. PÁGINA 7

Assembleia dia 30 de maio vai deliberar sobre indicativo ... · Sentiremos muito a sua falta”, declara a coordenado-ra do SINTUFRJ Gerly Miceli. ... muitas saudades dos colegas,

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Page 1: Assembleia dia 30 de maio vai deliberar sobre indicativo ... · Sentiremos muito a sua falta”, declara a coordenado-ra do SINTUFRJ Gerly Miceli. ... muitas saudades dos colegas,

MAIO DE 2011 ANO XXI Nº 953 DE 23 A 29 MAIO DE 2011 sintufrj.org.br [email protected]

O nosso compromisso é segunda-feira, dia 30, às 11h, no auditório do Quinhentão, no Centro de Ciências da Saúde. É hora de mobilizar, avaliar e decidir o melhor para o futuro damaioria da categoria. Vamos debater nossas prioridades e eleger nossos delegados à plenária da Fasubra, marcada para 31 de maio. PÁGINA 3

Semana do Trabalhador no Fundão

Readequação de auxiliaresadministrativos ganha força

Reunião deAposentados

Oficina de IkebanaPara quem se interessar, esta arte oriental pode

ser aprendida na oficina, realizada às quarta-feiras,das 9h às 12h, na subsede sindical no HU. Para seinscrever, é só comparecer no dia e horário da aula.Saiba um pouco mais sobre esta arte milenar.

A Ikebana é a arte oriental de compor ramos eflores naturais, desenvolvida ao longo dos anos

É nesta terça-feira, 24 de maio, às 10h,na subsede sindical do HU. Nesse dia tere-mos palestra sobre qualidade de vida apósa aposentadoria. Quem abordará o tema éa fisioterapeuta Maria de Lourdes do Car-mo Pereira.

pelos japoneses. A Ikebana Sanguetsu é mais queum estilo e composição da cor e beleza. A práticada arte leva seu praticante à harmonia interior e asua contínua interação com a flor. Resulta noaflorar e no desenvolvimento da sensibilidade,levando-o a um caminho de elevação interior eautoconhecimento.

Assembleia dia 30 de maiovai deliberar sobre indicativo de greve

MOBILIZAÇÃO. Vamos à assembleia para decidir o melhor para a maioria da categoria

A partir desta segunda-feira,23, o evento em comemoraçãoao 1º de Maio se concentra noFundão. Como o ocorrido na

Praia Vermelha, haverá pales-tras e oficinas, culminandocom show cultural na sexta-feira, 27 de maio. PÁGINA 5

O SINTUFRJ entrou na luta.A primeira reunião organiza-da pelo Sindicato resultou nacriação de uma comissão –composta pelo próprio Sindi-cato, Reitoria e representaçãodos auxiliares – para reunir

documentação e discutirmeios para solucionar o en-quadramento de cerca de 500auxiliares administrativos naUFRJ. Cerca de 300 funcioná-rios atenderam ao chamado daentidade. PÁGINA 7

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DOIS PONTOS

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Kátia da Conceição Rodrigues, Sergio Guedes e Vânia Glória / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenaçãode Comunicação Edição: Eliane Amaral / Reportagem: Ana de Angelis, Eliane Amaral e Regina Rocha / Assistente Administrativa: Andrea de Barros / ProjetoGráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação: Luís Fernando Couto e Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: RobertoAzul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência:aos cuidados da Coordenação de Comunicação. Fax: (21) 2260-9343. Tels.: (21) 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61

Seminário vai discutir segurança na UFRJ

É com profundo pesar que o SIN-TUFRJ comunica o falecimento dostécnicos-administrativos RogérioBarboza da Motta, 24 de abril, Car-los Alberto Costa dos Santos, 3 demaio, Percival Andrade Grizente, 6de maio, Valéria Araújo Ribeiro, 9de maio, e das professoras Terezinhada Costa Schiavo, 8 de maio, e Ma-ria Augusta Temponi, 9 de maio.

Valéria Araújo Ribeiro foi dire-tora do SINTUFRJ de 2000 a 2001,na gestão Tá na Hora da Virada. Aauxiliar de farmácia trabalhou noIPPMG e na Maternidade-Escola.Sua última unidade foi o HU. Poronde passou, deixou sua marca: aalegria. “Valéria tinha vontade de

FalecimentosFalecimentosFalecimentosFalecimentosFalecimentos

viver, era sinônimo de alegria. Umapessoa muito amiga. Era de umastral altíssimo e fazia a gente sesentir muito bem. Pensar na Valé-ria é pensar em alguém feliz. Elaaproveitou o quanto pôde e viveuintensamente. Sentiremos muitoa sua falta”, declara a coordenado-ra do SINTUFRJ Gerly Miceli.

Rogério Barboza da Motta tra-balhava no Serviço de Admissão eAlta do IPPMG e deixará tambémmuitas saudades dos colegas, que oadmiravam pela sua alegria de vi-ver e de receber as pessoas.

Carlos Alberto Costa dos San-tos, médico da DVST e chefe daSeção de Saúde e Segurança no Tra-

balho, dedicou sua vida profissio-nal a construir uma política desaúde do trabalhador da UFRJ. Jásentimos sua falta. Saudades!

Percival Andrade Grizente tra-balhava no Laboratório Audiovi-sual do Nutes. O companheiro tra-balhou por 34 anos no setor comotécnico de rádio e TV e na produçãode vídeos educativos. Era ótimo pro-fissional. Aposentou-se há doisanos. Nós do Sindicato e seus com-panheiros de trabalho lamentamossua perda.

Terezinha da Costa Schiavo eraprofessora emérita da UFRJ, mu-lher de caráter, afetuosa e compa-nheira. Dedicou a maior parte de

sua vida à Escola de Música daUFRJ. Foi aluna, professora titu-lar, coordenadora da Pós-Gradua-ção e diretora da Escola de Música,e também integrou o Consuni. Te-rezinha deixará muitas saudades eboas lembranças.

Maria Augusta Temponi eraconhecida por seu temperamentoforte. Ocupou diversos cargos nauniversidade. Foi diretora da Esco-la de Serviço Social, superinten-dente do Centro de Filosofia e Ciên-cias Humanas e sub-reitora de Pes-soal. Já aposentada, assumiu a vice-coordenação do Centro de Referên-cia de Mulheres da Maré ao qual sededicou integralmente.VALÉRIA Araújo Ribeiro

Reunião dosAposentados

A próxima reunião estámarcada para o dia 24 de maio,às 10h, na subsede sindical doHU. Neste dia teremos palestrasobre qualidade de vida após aaposentadoria. Quem abordaráo tema é a fisioterapeuta Mariade Lourdes do Carmo Pereira.

Dia doInstrumentadorCirúrgico

O profissional de instrumen-tação cirúrgica é o braço direitodo cirurgião. No dia 6 de maiofoi comemorado o seu dia. Re-gina Campos nos manda e-mailcelebrando seu dia: “Quero,como instrumentadora cirúrgi-ca, dividir com todos os colegasde profissão a minha emoçãode ter dedicado minha vida pro-fissional a uma arte do com-promisso, dentro de uma equi-pe multiprofissional, com de-dicação e seriedade, além debuscar sempre o aprimoramen-to técnico em favor do pacientecirúrgico e, sem dúvida nenhu-ma, em favor de uma saúde pú-blica digna”.

Nota dadireção

A diretoria do SINTUFRJvem a público se desculpar pelaausência na reunião local doInstituto de Química. Em brevemarcaremos outra reunião dadireção com os funcionários daunidade.

A segunda reunião do ano doGrupo de trabalho (GT) de Segu-rança do SINTUFRJ, realizada nasexta-feira, dia 13, na subsede doHU, às 10h, aprovou a realização,urgente, do I Seminário Interno deSegurança.

Participaram do debate, osprofissionais da Divisão de Segu-rança (Diseg),e dois porteiros. Areunião foi coordenada pela vigi-lante e dirigente do SINTUFRJ,Kátia da Conceição, e discutiu pro-postas para melhorar a segurançanos campi.

ResoluçõesResoluçõesResoluçõesResoluçõesResoluçõesA reunião aprovou que o semi-

nário interno deverá ser realizadono mês de julho, logo após a possedo novo reitor, com duração míni-ma de três dias, e que a responsabili-dade pelo evento seja do SINTUFRJ.

O seminário terá como tarefa cen-tral levar para o XX Seminário Naci-onal de Segurança das Ipes as açõesde sucesso implementadas na UFRJ,que garantiram mais segurançapara a comunidade universitária.

Outra deliberação do GT foicom relação ao Plano Diretor daUFRJ. Os trabalhadores querem queele seja revisto para incluir o tema“segurança nos campi”. A vigilan-te Roseni Lima de Oliveira lem-brou que Carlos Levi, em um en-contro com os trabalhadores daDiseg durante a campanha eleito-ral, ficou surpreso com o nível deorganização dos vigilantes nacio-nalmente, e se comprometeu emmanter com eles um canal de diá-logo permanente. Na oportunida-de, ela informou ao reitor eleitoque nas universidades federais deSanta Catarina, Juiz de Fora e Cea-

rá os vigilantes são diretamente li-gados à Reitoria.

BalançoBalançoBalançoBalançoBalançoOs recentes sequestros-relâmpa-

go, furto de peças do patrimônioda universidade e rotatividade demão de obra terceirizada foram al-guns dos assuntos, dentro do tema“segurança nos campi”, debatidosna reunião. Os participantes tam-bém fizeram sugestões e propostaspara melhorar a segurança no cam-pus, como, por exemplo, a instala-ção de catracas em todos os prédios,como as que já existem no HU e noNCE; treinamento dos porteiros pelaPolícia Militar, conforme foi feitocom os trabalhadores em portariana zona sul do Rio de Janeiro, vi-sando impedir o acesso aos prédiosde pessoas suspeitas; e reforma dosportões da Cidade Universitária, que

incluiria a instalação de sistemaeletrônico para abrir e fechar.

ConcursosConcursosConcursosConcursosConcursosO vigilante Juscelino Ribeiro lem-

brou que já foram entregues à PR-4 e àProcuradoria da UFRJ documentos tra-zidos do XIX Seminário Nacional deSegurança das Ipes, comprovando queo cargo de vigilante não foi extinto nanova carreira dos técnicos-administra-tivos em educação. Por isso, era válidaa reivindicação por abertura de con-curso para o cargo.

AgendaAgendaAgendaAgendaAgendaO GT-Segurança do SINTUFRJ

volta a se reunir no dia 3 de junho,às 10h, na subsede sindical no HU.Os participantes solicitam que, naocasião, as pessoas levem sugestõesde temas e de palestrantes para oSeminário Interno de Segurança.

GT-SEGURANÇA DO SINTUFRJ: Ações para garantir mais segurança a serem sugeridas no seminário em julho

Fotos: Cícero Rabello

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MOVIMENTO

Assembleia dia 30 vai deliberar sobre greve

As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CGTB) decidiramrealizar um ato unitário para o próximo dia 25 de maio, em Brasília, que vai marcar naprática o início da briga, já na gestão Dilma, pela conquista das bandeiras de luta domovimento sindical.

O encontro, a ser realizado no Congresso Nacional, servirá também para mostrar aosparlamentares que os trabalhadores estão dispostos a lutar pela agenda trabalhista. Naoportunidade, as centrais vão definir a data para realizar uma manifestação nacional, queserá marcada ainda este ano.

Bandeiras de lutaBandeiras de lutaBandeiras de lutaBandeiras de lutaBandeiras de lutaAs bandeiras prioritárias são:– fim do fator previdenciário;– redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários;– fim das práticas antissindicais;– regulamentação da terceirização;– ratificação da Convenção 151 da OIT (que trata das negociações coletivas do servidor

público);– regulamentação da Convenção 158 da OIT (que dispõe sobre a demissão imotivada). Em reunião realizada dia 9 de maio, que contou com representantes das seis centrais

sindicais, ficou definido ainda que no dia 3 de agosto será deflagrada uma série demanifestações nos estados brasileiros em defesa da agenda dos trabalhadores.

Centrais iniciam mobilização com ato no dia 25 de maio Emprego e qualidade de vidaEmprego e qualidade de vidaEmprego e qualidade de vidaEmprego e qualidade de vidaEmprego e qualidade de vidaAlém da possibilidade de gerar dois milhões de novos empregos, segundo dados do

Dieese, e movimentar a economia nesse tempo pós-crise, a redução da jornada é impor-tante para a saúde e bem-estar dos trabalhadores.

Foto: CUT

A conjuntura não é favoráveltrabalhadores, que dirá para os ser-vidores públicos. A tentativa covar-de do governo de usar a inflaçãopara deter os aumentos reais dascategorias que estão em campa-nha salarial com o devido eco namídia foi uma das primeiras in-vestidas do governo Dilma. Elaaceitou a especulação do mercado,que joga a inflação na conta dostrabalhadores.

Aliado a isso, estão em curso noCongresso Nacional uma série deprojetos de lei, não retirados pelonovo governo, que prejudicam ostrabalhadores. Dentre estes projetosestão a Lei de Responsabilidade Fis-cal, que acaba congelando os salári-os, a Previdência Complementar dosServidores Públicos Federais e a Me-dida Provisória nº 520 que privatizaos hospitais universitários, desvin-culando-os das universidades fede-rais. Esses são apenas alguns exem-plos para termos noção da políticaimplantada pelo Governo.

Diante deste quadro,Diante deste quadro,Diante deste quadro,Diante deste quadro,Diante deste quadro,a Fasubra sea Fasubra sea Fasubra sea Fasubra sea Fasubra seposiciona com quatroposiciona com quatroposiciona com quatroposiciona com quatroposiciona com quatropontos para negociação:pontos para negociação:pontos para negociação:pontos para negociação:pontos para negociação:– Apresentação de recursos or-

çamentários para serem alocadosno piso da Tabela Salarial para2011 ou 2012;

– Propostas que resolvam aquestão do VBC e reposicionamen-to de aposentados, com ampliaçãode direitos para 2011;

Vamos debater nossas prioridades, tais como aumento do piso salarial e desvio de função

– Avanços nas propostas quepossibilitem resolução sobre a ra-cionalização de cargos, conformedeliberação de plenária da Federa-ção, ainda em 2011;

– Resolução do Anexo IV, comampliação de percentual horizon-tal para todas as classes e reajustedos benefícios, a partir de 2011.

O indicativo de greve para 6 dejunho apontado pela Federaçãodeve ser motivo de reflexão. A pau-ta proposta pela Federação nãomobiliza o conjunto da categoriacomo um todo. É necessária a cri-ação de um eixo para reivindica-ção, ou seja, o que é mais impor-tante e que atinja a categoriacomo um todo. Logo, definindoum eixo, consequentemente au-mentamos a possibilidade de mo-bilização da categoria.

Definição doDefinição doDefinição doDefinição doDefinição docaminho a seguircaminho a seguircaminho a seguircaminho a seguircaminho a seguirNesta conjuntura é preciso uma

mobilização forte e consistente. Háa preocupação do SINTUFRJ de quese lance mão neste momento deum instrumento poderoso de pres-são sem que a categoria esteja real-mente mobilizada para a luta e apauta proposta pela Federação nãodialoga com toda a categoria.

O SINTUFRJ acredita que é ne-cessária a criação de um eixo depauta em que sejam colocados opiso salarial, o step e a resoluçãodo desvio de função e suas conse-quências. PARTICIPAÇÃO. Assim como os auxiliares administrativos atenderam ao chamado do

Sindicato a direção espera que muitos companheiros venham discutir nosso futuro

Eixo prioritário porquê?Aumento do Piso Salarial e do StepAumento do Piso Salarial e do StepAumento do Piso Salarial e do StepAumento do Piso Salarial e do StepAumento do Piso Salarial e do Step – Devemos pensar numa política que vislumbre o futuro e atraia

os companheiros. O aumento do piso mobiliza, ainda mais se tivermos claro que nossa categoria recebe omenor piso salarial do Executivo.

Desvio de FunçãoDesvio de FunçãoDesvio de FunçãoDesvio de FunçãoDesvio de Função – Uma realidade em todas as universidades. Gera distorções das atribuições do cargoe insatisfação dos trabalhadores. É uma questão já abraçada pelo SINTUFRJ, que já iniciou campanha parasua solução. Os companheiros nesta situação, além de exercerem o cargo acumulando responsabilidades, nãorecebem remuneração condizente.

DebateDebateDebateDebateDebateNa avaliação do Sindicato este é o debate que deve ser feito com a categoria. Valorização do trabalhador

técnico-administrativo em educação das universidades com o necessário e fundamental aumento de salário.Com isso, não corremos o risco de dividir a categoria, pois o governo joga e sempre jogou para isso. Não é à toaque na mesa de negociação entoa o canto da sereia ameaçando nossa unidade.

A base da UFRJ estará disposta a entrar em greve com uma pauta de reivindicação que garanta sim aunificação da categoria.

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CELEBRAÇÃO 1º DE MAIO

O evento fez parte da progra-mação comemorativa ao 1º de Maio– Dia do Trabalhador, organizadapela Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), Caixa de Assistência Universitá-ria (Caurj) e Divisão de Saúde doTrabalhador (DVST) e realizada naPraia Vermelha de 16 a 20 de maio,e que terá continuidade esta sema-na no campus da Cidade Universi-tária, no Fundão.

Na Praia Vermelha as ativida-des reuniram palestras e oficinas. Asemana foi encerrada com showna sexta-feira. O chorinho deu otom. Apresentamos as palestras queserão realizadas na Ilha do Fundãona página 5.

Saúde do trabalhador é temaSaúde do trabalhador é temaSaúde do trabalhador é temaSaúde do trabalhador é temaSaúde do trabalhador é temade palestrade palestrade palestrade palestrade palestra

O médico Edmundo Novaes, co-ordenador dos programas de saúdeda Pró-Reitoria de Pessoal, fez pa-lestra à comunidade universitáriasobre o sistema Integrado de Aten-ção à Saúde do Servidor (Siass), naterça-feira, 17, na Praia Vermelha.

Novaes apresentou os princípi-os básicos do Siass, o atual estágiodo sistema na UFRJ e discutiu ex-pectativas e ações futuras relativasà saúde ocupacional dos trabalha-dores da universidade.

O que é o SiassO que é o SiassO que é o SiassO que é o SiassO que é o SiassO Subsistema Integrado de

Atenção à Saúde do Servidor e oComitê Gestor de Atenção à Saúdedo Servidor foram criados pelo De-creto nº 6.833, em 29 de abril de2009, no âmbito do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Ges-tão (MPOG) e faz parte da Políticade Atenção à Saúde e Segurança doTrabalho do Servidor Público Fe-deral (Pass), implantado pelo go-verno a partir de 2007.

“O objetivo do Siass é coorde-nar e integrar ações e programasnas áreas de assistência à saúde,perícia oficial, promoção, preven-ção e acompanhamento da saúdedos servidores, e o do Comitê Ges-tor de Atenção à Saúde do Servidoré tornar célere o atendimento aesses trabalhadores”, explicou Ed-mundo Novaes.

A UFRJ, segundo o médico, teveparticipação ativa na construçãoinicial dessa política de saúde doservidor, que começou a ser gestadaem 2003, com a criação da Coorde-nação Geral de Seguridade Social eBenefícios do Servidor (COGSS). “Aprimeira reunião foi no CT, e a

A Semana do Trabalhador na Praia Vermelha

universidade foi representada pelaentão diretora da DVST, Vânia Gló-ria. Esta foi a fase inicial de estru-turação do Sistema Integrado deSaúde Ocupacional do ServidorPúblico Federal (Sisosp), depoissubstituído pelo Siass”, informouNovaes.

BenefíciosBenefíciosBenefíciosBenefíciosBenefíciosAntes do Siass, as ações em saú-

de com recursos financeiros erambastante diferenciadas. “Alguns ór-gãos tinham remuneração de pla-no de saúde, ou seja, o benefíciorelacionado à saúde suplementarque não era regulamentada e uni-versalizada: para algumas institui-ções era pago integralmente, en-quanto outras não contavam com

nada”, disse Novaes.Segundo o palestrante, a au-

sência de uma política de saúdepara o servidor contribuiu tambémpara a inexistência de critérios pe-riciais unificados, experiências iso-ladas de promoção à saúde do ser-vidor e de informações e notifica-ções dos agravos ao trabalho, entreoutros absurdos.

O Siass, explicou o médico, está

apoiado no tripé: assistência, perí-cia e promoção e vigilância à saú-de. E a UFRJ foi escolhida para seruma das unidades Siass no Estadodo Rio de Janeiro pelo histórico deatuação da DVST, que sempre de-senvolveu programas bem-sucedi-dos, e por possuir várias unidadeshospitalares.

“Estamos implantando dentroda UFRJ a nossa unidade Siass, masenfrentamos dificuldades, porque éuma mudança progressiva de cul-tura”, observou Novaes. Ele infor-mou que o MPOG aprovou o valor(que já está disponível na conta daUFRJ) de R$ 3.897 milhões para aconstrução da nova sede da DVST,na Cidade Universitária. O prédio dedois andares tem previsão de ficarpronto em dois anos.

Em relação à perícia, uma dasvantagens do Siass é a uniformi-zação de critérios. Novaes contouque na UFRJ a perícia está funcio-nando, embora haja reclamações,mas ele defende a humanizaçãodo ato pericial: “O perito tem queser justo e imparcial ao examinaro servidor. O MPOG liberou ma-nual que norteia parâmetros de pe-rícia e também um soft dentro daSecretaria de Estado da Adminis-tração e da Previdência (Seap) quetorna o ato pericial on line. Umadas vantagens do método é a possi-bilidade de realização de estudosepidemiológicos e o resultado ficarà disposição da instituição (o ges-tor), para medidas de promoção evigilância”.

Edmundo Novas vê com o oti-mismo o Siass, porque traz retornopara o trabalhador público, maspara isso ocorrer de forma plenaavisa: “O trabalhador tem que seenvolver, porque saúde fica muitooculta”. Segundo o médico, inves-tir nos programas de prevenção epromoção não é fácil, é complexo,e exemplificou: “Como falar dehipertensão sem falar em alimen-tação e atividade física? Os progra-mas são de abrangência geral e têmque ser discutidos em toda a uni-versidade”, defendeu.

Na opinião de Novaes, a UFRJestá no caminho certo na busca degarantir saúde aos seus trabalha-dores, e respalda sua afirmação nasações em curso e já concretizadas,tais como: “a DVST ser uma uni-dade do Siass; ter iniciado o exameperiódico; informatizado e reali-zado uma reforma básica nas ins-talações da DVST”.

A ausência de umapolítica de saúde parao servidor contribuiupara a inexistência decritérios periciaisunificados

Edmundo Novaes

SEM ESTRESSE. Uma boa pedida foi a massagem para relaxar e diminuir a tensão diária

TESTE DE GLICEMIA e explicações sobre diabetes, com distribuição de folders, no campus

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CELEBRAÇÃO 1º DE MAIO

Esta semana as atividades são no FundãoA partir desta segunda-feira, dia 23, o evento seconcentra no Fundão. Como na Praia Vermelha,haverá palestras e oficinas, culminando comshow cultural na sexta-feira, dia 27. Confira aprogramação:

D I A : 2 3 / 5 D I A : 2 3 / 5 D I A : 2 3 / 5 D I A : 2 3 / 5 D I A : 2 3 / 5 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0

Local : CT – Salão Nobre – Decania – Bloco APales t ra : “Qual idade de V ida”

H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0Local : CT – Salão Nobre – Decania – Bloco APales t ra : “Assédio Moral”

H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 hLocal : CT – Salão Nobre – Decania – Bloco AOf ic ina: “Contação de His tór ia em Saúde do Trabalhador”

D I A : 2 4 / 5 D I A : 2 4 / 5 D I A : 2 4 / 5 D I A : 2 4 / 5 D I A : 2 4 / 5 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0

Local : CCSOf ic ina : “Gl icemia Capi lar, Hiper tensão Ar ter ia l , DST/AIDS, doIDT”.

H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 hLocal : Audi tór io da Bib l io teca do CCS – Bloco LPales t ra : “Saúde do Homem”

D I A : 2 5 / 5 D I A : 2 5 / 5 D I A : 2 5 / 5 D I A : 2 5 / 5 D I A : 2 5 / 5 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 1 h 3 0

Local : Faculdade de Le t ras – Audi tór io C2 – Bloco D – 2º andarMesa-Redonda: Racismo X Saúde

H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 hLocal : Faculdade de Le t ras – Audi tór io C2 – Bloco D – 2º andarOf ic ina: “Contação de His tór ia em Saúde do Trabalhador”

D I A : 2 6 / 5 D I A : 2 6 / 5 D I A : 2 6 / 5 D I A : 2 6 / 5 D I A : 2 6 / 5 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0 H o r a : 9 h 3 0 à s 1 0 h 2 0

Local: Auditório Archimedes Memória – 3º andar do Prédio da ReitoriaPales t ra : “Reabi l i tação X Readaptação Prof i s s ional – Enfoqueno RJU”

H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0 H o r a : 1 0 h 4 0 à s 1 1 h 3 0Local: Auditório Archimedes Memória – 3º andar do Prédio da ReitoriaPales t ra : “Tuberculose”

H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 h H o r a : 1 3 h à s 1 6 hLocal : Hal l do prédio da Rei tor iaOf ic ina : “Gl icemia Capi lar , Hiper tensão Ar ter ia l , DST/AIDS, doIDT”.

D i a : 2 7 / 0 5 D i a : 2 7 / 0 5 D i a : 2 7 / 0 5 D i a : 2 7 / 0 5 D i a : 2 7 / 0 5 H o r a : 1 5 h H o r a : 1 5 h H o r a : 1 5 h H o r a : 1 5 h H o r a : 1 5 h

Local : Grêmio - Coppe - CTShow Cul tural

TRABALHADORES

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CATEGORIA

Estudos apontam o assédio mo-ral como a violência no trabalhomais praticada nos hospitais, e amaioria das vítimas é formada portrabalhadores da enfermagem. NoHospital Universitário ClementinoFraga Filho (HUCFF), na CidadeUniversitária, o setor que mais visu-aliza o assédio moral é o Serviço deTreinamento e Desenvolvimento daDivisão de Recursos Humanos (STD-DRH/HU).

A Divisão de Recursos Huma-nos está instalada no primeiro an-dar do hospital e a equipe do STD –que conta com psicólogo e assis-tente social – atende os funcioná-rios de segunda-feira a sábado, das7h às 15h. Foi este setor o responsá-vel pela realização do Ciclo de De-bates sobre Assédio Moral e Saúdedo trabalhador, em comemoraçãoao Dia 1º de Maio.

A chefe da seção de Programa-ção do STD e coordenadora do ciclode debates, Ana Cristina de Olivei-ra, informou que a ideia foi socia-lizar experiências para adequá-losaos problemas do HUCFF, a partirdo conhecimento do trabalho de-senvolvido pelos profissionais doInstituto de Estudos em Saúde Co-letiva (Iesc) e da Escola de Enfer-magem Anna Nery, e da participa-ção da equipe em eventos, dentro efora da UFRJ. “Alinhavamos tudoe trouxemos para cá”, acrescentou.

Equipe do DRH atende trabalhadores do HU com orgulho

Afastamento por doenças preocupaSaúde do trabalhador foi tam-

bém discutida no ciclo de debatesporque é outro problema grave noHUCFF. Segundo Ana Cristina deOliveira, o tema entrou na pautaem consequência da observaçãodo trabalho sociofuncional e so-

cioorganizacional, que indica o en-velhecimento do quadro de traba-lhadores e a necessidade de mini-mizar a saída por doenças.

“Observamos que mesmo comos programas de prevenção de doen-ças próprias da idade, como pressão

alta e diabetes, por exemplo, o tra-balhador adoecia. Então constata-mos que as maiores causas de afas-tamento eram causadas por pres-são psicológica. Muitas geradas porfalta de um ambiente propício parao desenvolvimento das tarefas e por

pressão da população”, disse a téc-nica-administrativa.

Como reter os trabalhadores eevitar o aprofundamento da crise defalta de mão de obra no hospital, sea maioria entrou na inauguração,há 30 anos, e está indo embora? E

não tem havido concurso com oquantitativo necessário para supriro HUCFF da carência de profissio-nais. Esta preocupação é de toda aequipe do STD-DRH, que busca natroca de experiências uma saídapara a situação.

Pior em hospitaisPior em hospitaisPior em hospitaisPior em hospitaisPior em hospitais

Conforme denunciado no ciclode debates, há muitos casos de assé-dio moral no HUCFF, mas pratica-dos de forma sutil. “Em qualquerhospital a pressão é grande sobre ostrabalhadores, pior ainda para quemlida direto com o público. No HU,eles contam que estão sofrendo eque não suportam mais a pressão.As chefias, por sua vez, precisam queo trabalho seja executado embora oprofissional não esteja em condi-ções de fazê-lo, e a situação de vio-lência se agrava”, afirma Rosinea.

Márcio Nascimento, responsá-vel na DRH pela avaliação de de-sempenho dos trabalhadores dohospital, se diz um “pós-graduadoem assédio moral, por já ter sidovítima, mais de uma vez, desse tipode violência em 30 anos de traba-lho na UFRJ. “São dois os tipos deassédio: explícito e discreto, masambos destroem lentamente. Aspessoas à volta se afastam: o asse-diador não é só o chefe e sim toda aequipe. A vítima se sente sozinha, écarimbada, mutilada. O assedia-dor não se sensibiliza por nada. Omais grave é que a Administraçãoconhece os assediadores. Aliás, to-dos sabem quem são eles”, desaba-fa o técnico-administrativo.

Passo a passoPasso a passoPasso a passoPasso a passoPasso a passo

Para identificar o problema,a psicóloga realiza um pacientetrabalho de observação do ambi-ente de trabalho da “vítima”. Emseguida, conversa individual-mente com cada envolvido e de-pois com eles em grupo. Tam-bém utiliza outras técnicas,como palestras, dinâmicas e ro-das de discussão, para fazer emer-gir o que está internalizado naspessoas, e os resultados, ela ga-rante, são positivos.

Segundo Rosinea, nem sempreo assédio moral fica caracterizado:“Às vezes”, observa a psicóloga, “otrabalhador está passando por pro-blema e a chefia não consegue en-tender, mas ele se encontra em so-frimento”. Nesse caso, o ServiçoSocial do HUCFF é acionado, masela continua com o acompanha-mento sociofuncional para desco-brir o que o trabalhador gostaria defazer, quais as suas outras capaci-dades e o que o está afligindo defato. “Muitas vezes fazer um cursopela própria instituição já bastapara melhorá-lo”, diz Rosinea. Po-rém, se for identificado problemade saúde, o encaminhamento épara a Divisão de Saúde do Traba-lhador (DVST) e lá ele passa pelaperícia médica.

OrientaçãoOrientaçãoOrientaçãoOrientaçãoOrientação

A assistente social Sandra Ba-tista trabalha em parceria comRosinea em situação de conflito,mas também orienta sobre direitose deveres – com base no RegimeJurídico Único (RJU) e em outraslegislações – e encaminha o traba-lhador de acordo com as suas ne-cessidades.

“Posso atender junto ou se-parado da psicóloga, porquemuitas vezes o problema não éde fundo psicológico e sim deorientação, como sobre a guardado neto”, exemplifica a assisten-te social. Segundo Sandra, o aten-dimento prestado aos trabalha-dores faz parte do Programa deHumanização Institucional doHUCFF e é baseado nos conceitosde humanização do Ministérioda Saúde.

“O programa atua na huma-nização do atendimento ao servi-dor e ao usuário da instituição,por isso integra também a Comis-são de Direitos dos Pacientes. En-focamos o ser humano como umtodo: suas demandas, anseios econflitos. O objetivo é melhorar aqualidade de vida do servidor noseu local de trabalho”, enfatiza aprofissional.

OcorrênciasOcorrênciasOcorrênciasOcorrênciasOcorrências

O atendimento aos trabalha-dores é feito pela psicóloga Rosi-nea Rangel e pelo assistente soci-al Sandra Batista da Silva. Eleschegam até elas espontaneamen-te ou são encaminhados. Quandoo problema não é de assédio mo-ral ou porque a chefia os colocouà disposição da PR-4, manifes-tam insatisfação profissional,como desejo de desempenhar ou-tra função e de crescimento notrabalho. Isso ocorre principal-mente depois de concluírem umagraduação ou um curso de pós-graduação.

A psicóloga explica que tra-balha as relações conflituosasentre a chefia e o trabalhador eentre ele e os colegas de trabalho.O acolhimento psicológico con-siste em ouvir a história do fun-cionário e na intermediação coma chefia, já que ao trabalhadornão é permitido se pôr à disposi-ção caso queira ser transferido deunidade, seja por qualquer mo-tivo. “Essa é uma das razões debuscarem orientação no STD”,diz Rosinea, acrescentando que aargumentação para convenci-mento do chefe sempre são asnecessidades do servidor naquelemomento.

Foto: Cícero Rabello

EQUIPE AFINADA: Rosinéa Rangel, Eudes Santos, Danielle Pereira, Eduardo Fonseca, Aurea Mello, Carla Fernandez, Sandra Batista, Maria Dulce Moreira, MoacirMoura, Márcio Nascimento. A chefe da Seção de Programação do STD e coordenadora do Ciclo de Debates é Ana Cristina de Oliveira que não está na foto

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LUTA

A reunião organizada pelo Sin-dicato no dia 18 de maio com osauxiliares administrativos lotou oauditório Archimedes Memória, naReitoria, aflitos pela solução deuma injustiça que se arrasta háanos, pois exercem as mesmas fun-ções de assistente, mas estão en-quadrados como auxiliares.

A retomada desta luta, inicia-da por um grupo de auxiliares, fi-cou fortalecida com a inserção doSINTUFRJ. Uma comissão foi cria-da para levantar todo o histórico edocumentação produzidos parafundamentar a reivindicação.

A mesa da reunião – compostapor Neuza Luzia pelo SINTUFRJ, osuperintendente da Pró-Reitoria dePessoal (PR-4), Roberto Gambine,Valquíria Maciel representando osauxiliares administrativos e Agnal-do Fernandes, ex-integrante do Con-suni – tratou de dar todas as infor-mações e esclarecimentos sobre aquestão aos trabalhadores.

Sindicato entra na lutaSindicato entra na lutaSindicato entra na lutaSindicato entra na lutaSindicato entra na lutaO SINTUFRJ soube atender ao

chamado dos companheiros auxi-liares administrativos e se engajouna sua luta, até então solitária.“Aliás, é um orgulho para o Sindi-cato participar desta retomada pe-los companheiros. Prova que elesacreditam na força da nossa enti-dade e na seriedade desta gestão”,declarou a coordenadora-geral Neu-za Luzia.

Para iniciar a retomada destaluta, o Sindicato organizou pri-meiramente a reunião com todosos auxiliares, isto porque até entãoa reivindicação vinha sendo con-duzida por um pequeno grupo. “Éimportante que o Sindicato forta-leça esta luta. A reivindicação éjusta porque está ligada à vida realdestes trabalhadores”, reforçouNeuza. “Não conseguimos distin-guir o fazer do assistente e do auxi-

Comissão é criada para respaldar lutados auxiliares administrativos

liar administrativo. Não há dife-renciação”, complementou.

A dirigente esclareceu ainda quea questão dos auxiliares não estáligada ao desvio de função. “As fun-ções são as mesmas, por isso preci-samos conquistar a readequação noplano de carreira. O trabalho éigual, mas a remuneração não. Érealmente uma injustiça que pre-tendemos ver reparada”, destacou.Neuza disse também que não sepode pensar e admitir que na car-reira, proposta para 30 anos, nãohaja perspectivas de adequação.

SagaSagaSagaSagaSagaA reivindicação virou uma verda-

deira saga, iniciada desde a implan-tação da carreira em 2005, em queum grupo de auxiliares administra-tivos resolveu mover processo admi-nistrativo já em 2006 na PR-4. Mes-mo com parecer favorável a reivin-dicação foi barrada em Brasília. Aargumentação é a de que não houveerro de enquadramento e não cabe aracionalização do cargo. Não satis-feitos fizeram novo recurso, tam-bém negado. A auxiliar ValquíriaMaciel relatou toda a questão.

A demanda acabou então che-gando ao Conselho Universitáriofruto de outro processo individual,que, após parecer favorável da Co-missão de Legislação e Normas(CLN), aprovou no início de 2009 areadequação do cargo de auxiliaradministrativo solicitando a im-plantação pela PR-4. E mais, soli-citou também o envio da manifes-tação da UFRJ ao MEC para mu-dança na Lei da Carreira. Esta ex-plicação ficou a cargo de AgnaldoFernandes, à época representanteda bancada técnico-administrati-va no Consuni e relator do proces-so. Este analisou toda a documen-tação envolvida na questão, dandoparecer favorável ao processo. A CLNratificou o parecer, autorizando a

PR-4 a proceder administrativa-mente na UFRJ as alterações conti-das no parecer, e orientando mani-festação da universidade no senti-do de implementar mudanças naLei da Carreira. No entanto, todaesta ação acabou barrada em Bra-sília novamente.

PersistênciaPersistênciaPersistênciaPersistênciaPersistênciaValquíria Maciel faz parte do

grupo de auxiliares que vem ten-tando a readequação há anos. Elacontou que desde a implantação dacarreira em 2005 o grupo discute aclassificação dos auxiliares no nívelC. Então resolveram abrir processopara tentar resolver a questão dentroda UFRJ, mas as tentativas, mesmocom apoio da UFRJ, não avança-ram em Brasília. Quando a novagestão do SINTUFRJ assumiu, Val-quíria procurou o Sindicato paratentar outros meios e contar com oapoio institucional e o peso políticoda entidade. Daí a retomada da lutadestes companheiros.

Questão nacionalQuestão nacionalQuestão nacionalQuestão nacionalQuestão nacionalO superintendente da Pró-Rei-

toria de Pessoal (PR-4), RobertoGambine, concorda com o pleito.Ele explicou que o grande proble-ma é que a readequação na carrei-

ra atinge todos os auxiliares admi-nistrativos das universidades, nãosendo apenas um problema pontu-al na UFRJ. Por isso, a complexi-dade e a dificuldade para fazer areadequação. No entanto, afirmouque a ação pela UFRJ despertou aproblemática nas outras universi-dades, e agora existem apoios im-portantes e entendimento sobre anecessidade da readequação nasinstituições federais de ensino.

Gambine sugeriu que se levas-se a discussão à Comissão Nacio-nal de Dirigentes de Pessoal(CNDP) com o objetivo de agili-zar o debate: “Contribuiria para adiscussão no MEC e criaria assimuma possibilidade maior de fazera alteração no Ministério do Pla-nejamento”. Segundo ele, estepleito não inviabiliza e nem iráatrapalhar as discussões em cursosobre a racionalização dos cargos.“Hoje já existe posição favorávelà readequação dos auxiliares doque para outros grupos. A situa-ção deste grupo é a mesma emtodas as universidades”, revelouo superintendente. Mas alertouque não serão todos cargos queserão readequados, se não acaba-ria a carreira. “Por isso, discuti-mos e defendemos o pleno cresci-

mento na carreira ao longo davida profissional”, finalizou.

AlertaAlertaAlertaAlertaAlertaA coordenadora-geral, Neuza

Luzia, que coordenou a mesa dareunião, fez também um alertasobre as promessas fáceis de ad-vogados afirmando que o proble-ma não será resolvido por via ju-dicial. “A lei rege todos os TAEdas universidades. Nós afirma-mos, e a Fasubra já orientou tam-bém, que não é pelo caminho daJustiça. É o caminho da negoci-ação”. A dirigente avaliou que areunião foi produtiva e agrade-ceu especialmente aos presentespor atenderem ao chamado doSINTUFRJ. “O Sindicato só é for-te se puder representar vocês. Vo-cês iniciaram esta luta e agora oSindicato ajudará a reforçá-la”.

ComissãoComissãoComissãoComissãoComissãoA Comissão criada na reunião

ainda se organizará para definir asistemática de seu trabalho. Ela éformada por Neuza Luzia, ChantalRussi e Noemi Andrade (SINTU-FRJ), Roberto Gambine (Reitoria),Valquíria Maciel, Juraci Bruno,Dayse Marques (auxiliares admi-nistrativos).

Satisfação

A angústia de muitos companheiros se traduziunum certo alívio com a reunião. Houve desabafos,afinal são muitos anos que os auxiliares se ressen-tem por não ter havido a readequação na carreira.Valquíria Maciel e Rita Moraes externaram suasatisfação com a reunião e a participação doscolegas. “Achei a reunião muito produtiva. A luta quevínhamos levando era solitária. Agora o sentimentoé que estamos fortalecidos”, disse Valquíria. “Estoumuito satisfeita com a participação na reunião, poisquando nos reuníamos éramos poucos. E nós nãodesistimos. Tratamos de nos unir ao Sindicato paralevar juntos nossa luta. Peço que se levantem oscolegas que estão nessa batalha desde o início”,declarou Rita.

Fotos: Cícero Rabello

SATISFAÇÃO foi o sentimento expresso por Rita Moraes

JURACI BRUNO, indicado para a ComissãoMESA: Gambine, Neuza, Valquíria,Agnaldo

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ÚLTIMAPÁGINA

R eunida em SãoPaulo dia 17, a direção Executi-va Nacional da CUT teve comocontribuição ao debate de con-juntura um estudo sobre salá-rios, apresentado pelo Dieese.

Na última semana, a velhamídia e alguns setores do merca-do financeiro têm insistido emargumentar que o aumento dossalários é fator determinantepara a inflação, o que tem refor-çado a opinião da equipe econô-mica do governo.

A técnica da subseção Dieese-CUT Nacional, Patrícia Pelatie-ri, apresentou o estudo, com da-dos que revelam que o aumentoda inflação tem outras origens.Segundo Patrícia, entre as prin-cipais causas estão os itens sazo-nais, entre eles, despesas tradi-cionais de início de ano, comomateriais escolares e outros gas-tos com educação em institui-ções particulares, impostos, alémdo aumento dos combustíveis edo preço das commodities.

Citando como exemplo oscombustíveis, a técnica diz que opróprio governo percebeu que oaumento estava impulsionandoa inflação e por isso tomou me-didas para um ajuste de preços.

Salário não é o vilão da inflação

EEEEEm meio a uma série de re-voltas, intervenções e guerras civisno mundo árabe, a grande maio-ria delas movida a petróleo, o go-verno brasileiro anuncia mais umarodada de licitação que a ANP rea-lizará em setembro. Será o 11º lei-lão de concessão de petróleo e gás,desde a criação da Lei 9.478, em1997, quando FHC abriu o setor,após ter quebrado o monopólio es-tatal que era exercido pela Petro-bras. Segundo o ministro de Minase Energia, Edison Lobão, não serãolicitados blocos do pré-sal, cuja re-gulamentação ainda não foi con-cluída, pois aguarda aprovação naCâmara dos Deputados do projetode lei que trata da partilha dosroyalties.

No entanto, serão ofertados àsmultinacionais 174 blocos, dos

FUP e movimentos sociais se mobilizamcontra 11ª Rodada da ANP

quais 87 no mar, alguns deles “emáguas não rasas”, como disse oministro à imprensa. Ou seja, nachamada franja do pré-sal. Ao todoserão 123 quilômetros quadradosde áreas exploratórias, localizadasno Espírito Santo, Rio Grande doNorte, Alagoas, Ceará, Bahia, Ma-ranhão, Amapá, Piauí e Pará. AFUP e os movimentos sociais queintegram a campanha “O petróleotem que ser nosso” aprovaram noinício de abril, durante plenárianacional em Minas Gerais, a reali-zação de uma grande mobilizaçãonacional em defesa da soberania,culminando com um ato unifica-do contra o leilão.

A guerra que sacode a Líbia, aexecução de Osama Bin Laden, aintervenção dos Estados Unidos empaíses do Oriente Médio e no Norte

da África para pretensamente ga-rantir os direitos civis dos povostêm por trás a disputa pelo petró-leo. Cada gota deste pre-cioso re-curso é estratégica para as naçõesimperialistas e, mais ainda, paraas que produzem petróleo. É umcontra-senso o governo brasileirocontinuar realizando leilões deconcessão, que transferem para asempresas privadas a propriedadesobre todo o petróleo que for des-coberto. Por isso, a FUP e os movi-mentos sociais construíram o pro-jeto de lei que está em tramitaçãono Senado (PLS 531/2009), ondedefendem o controle estatal e so-cial do petróleo, através do resta-belecimento do monopólio daPetrobras.

Fonte: Federação Únicados petroleiros (FUP)

Um dos principais índices decálculo da inflação no Brasil, oIGPM – Índice Geral de Preços doMercado –, utilizado pelo merca-do no reajuste de preços e tarifas,segundo Patrícia, é um índice “es-quizofrênico”, pois tem como baseas vendas de atacado, varejo e cons-trução civil.

O estudo apresenta resultadospositivos de negociações salari-ais em 2010: 95,7% dos acordosfeitos no ano passado chegarama aumentos reais ou reposiçõessalariais satisfatórias. Tambémem 2010, o crescimento da rendados trabalhadores com carteira as-sinada foi de aproximadamente2,6%, com recorde na geração deempregos formais.

Os dados também demonstramque houve aumento de consumono ano passado. A projeção para2011 é de um crescimento em po-tencial da economia, da ordem de4,5%, com geração de emprego eestabilização das taxas de desem-prego em relação ao ano anterior.

A conclusão é que se em 2010não houve um aumento de infla-ção com o aumento de renda econsumo, o mito de que o salárioserá o responsável pelo crescimentodas taxas este ano é absurdo.

Ela lembra que as reposições salariais, com ousem ganho real, são baseadas em índices passa-dos e não sobre projeções, ou seja, o que otrabalhador conquista como aumento desalário, na verdade tem como referênciaperíodos anteriores.

Para Quintino Severo, secretário-ge-ral nacional da CUT, a especulação é overdadeiro vilão. “É a especulação demercado que provoca a inflação equem paga a conta é otrabalhador. O salárioé vítima da inflação. ACUT não aceitaqualquer tentativade impor aostrabalhadoresa responsabili-dade peloaumento dainflação”.

Q u i n -tino finali-zou comum infor-me de queas centraisestão unifi-cadas no repú-dio ao uso dainflação paradeter os reajus-tes de sa-lários.

POR: PAULA BRANDÃO E ANDRÉ ACCARINIC U T