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Escassez e Economia Me. Paulo Moreira Silveira Engenheiro Civil Engenharia Civil Gerenciamento de Obras I

Aula 01

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Gerenciamento de obras 1

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Escassez e Economia

Me. Paulo Moreira Silveira Engenheiro Civil

Engenharia Civil

Gerenciamento de Obras I

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Introdução

Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física - a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade.

Não havendo o problema da escassez, não faz sentido se falar em desperdício ou em uso irracional dos recursos e na realidade só existiriam os "bens livres".

Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de fato produzida. Nem importaria que os recursos disponíveis: trabalho, terra e capital fossem combinados irracionalmente para produção de bens.

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Escassez significa que as pessoas não podem obter tanto de algo quanto querem,

sem fazer sacrifícios ou incorrerem em custos. A escassez é definida pela relação

entre a quantidade de coisas que queremos e a quantidade dessas mesmas coisas que

estão disponíveis de fato.

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• A escassez dos recursos disponíveis acaba por gerar a escassez dos bens - chamados "bens econômicos".

• Por exemplo: as jazidas de minério de ferro são abundantes, porém, o minério pré-usinável, as chapas de aço e finalmente o automóvel são bens econômicos escassos.

• Logo, o conceito de escassez econômica deve ser entendido como a situação gerada pela razão de se produzir bens com recursos limitados, a fim de satisfazer as ilimitadas necessidades humanas.

Todavia, somente existirá escassez se houver uma procura para a aquisição do bem.

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Poder-se-ia perguntar por que são os bens procurados (desejados)? A resposta é relativamente simples: um bem é procurado porque é útil. Por utilidade entende-se "a capacidade que tem um bem de satisfazer uma necessidade humana".

Bem é tudo aquilo capaz de atender uma necessidade humana. Eles podem ser: materiais (automóvel, moeda, borracha, café, relógio etc.) ou imateriais (hospedagem prestada, a vigilância do guarda noturno etc.)

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• "necessidade humana" é qualquer manifestação de desejo que envolva a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a sobrevivência ou para a realização social do indivíduo. Assim sendo, ao economista interessa a existência das necessidades humanas a serem satisfeitas com bens econômicos, e não a validade filosófica das necessidades.

• Para se perceber a dificuldade da questão, é melhor exemplificar: para os muitos pobres, a carne seca pode ser uma necessidade e não o ser para os mais ricos; para os pobres um carro pode não ser uma necessidade, porém, para os da classe média já o é; para os ricos a construção de uma mansão pode ser uma necessidade, ao passo que pode não o ser para os de renda média.

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• Atualmente, todos pensam que desejam e "necessitam" de geladeiras, esgotos, carros, televisão, rádios, educação, cinemas, livros, roupas, cigarros, relógios etc. As ilimitadas necessidades já se expandem para fora da esfera biológica da sobrevivência.

• Poder-se-ia pensar que o suprimento dos bens destinados a atender às necessidades biológicas das sociedades modernas seja um problema solucionado e com ele também o problema da escassez. Todavia, numa contra-argumentação dois problemas surgem: o primeiro é que essas necessidades renovam-se dia a dia e exigem contínuo suprimento dos bens a atendê-las; o segundo é a constante criação de novos desejos e necessidades, motivadas pela perspectiva que se abre a todos os povos, de sempre aumentarem o padrão de vida.

• Da noção biológica, devemos evidentemente passar à noção psicológica da necessidade, observando que a saturação das necessidades, e sobretudo dos desejos humanos, está muito longe de ser alcançada, mesmo nas economias altamente desenvolvidas de nossa época.

• Consequentemente, também o problema de escassez se renova.

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"Economia é a ciência social que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos", ou

"Economia é o estudo da organização social, através da qual os homens satisfazem suas necessidades de bens e serviços escassos".

As definições trazem de forma explícita que o objeto da Ciência Econômica é o estudo da escassez e que ela se classifica

entre as Ciências Sociais.

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Os recursos produtivos são limitados. Portanto, as pessoas não podem ter todos os bens e serviços que quiserem ter; como resultado, eles devem escolher algumas coisas e desistir de outras.

A tomada efetiva de decisão requer que se compare os custos adicionais das alternativas possíveis com seus benefícios adicionais. A maioria das escolhas envolve fazer um pouco mais ou um pouco menos de algo: poucas escolhas são do tipo “tudo ou nada”.

Diferentes métodos podem ser utilizados na alocação de bens e serviços. As pessoas, atuando individualmente ou coletivamente (ou seja, através do governo), devem escolher que métodos utilizar para alocar diferentes tipos de bens e serviços.

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Para compradores:

• Quando um preço está alto o comprador tem que desistir de mais coisas para

poder obter esse bem. Já para obter um bem de preço baixo o comprador tem

que desistir de menos coisas para obtê-lo. Assim, para adquirir um produto de

preço baixo o comprador terá menores custos de oportunidade do que para

adquirir um produto de preço alto. No entanto, custos e preços não significam

a mesma coisa na terminologia econômica. O preço deve ser considerado

como um custo a ser avaliado.

• Podemos lembrar da lei da demanda: quanto menor o preço, maior será a

quantidade que os consumidores desejarão comprar.

Para vendedores:

• Um vendedor de um determinado produto pode escolher ofertar outros

produtos dependendo dos seus custos. Os vendedores estarão dispostos a

ofertar mais quanto menor for o custo de oportunidade de se ofertar algo. Já

quando o custo de oportunidade de ofertar determinado produto aumenta as

pessoas estarão dispostas a ofertar menos.

• Podemos lembrar da lei da oferta: quanto maior o preço de um produto maior

será a quantidade que os ofertantes desejarão vender.

CUSTOS E PREÇOS

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Suponha que você pode escolher entre um pacote de goma de mascar e

uma barra de chocolate. O que você escolheria? O que você recusou?

Qual seu custo de oportunidade?

Seu custo de oportunidade será o bem que você terá de recusar para

ficar com o bem que você prefere. O quanto será custoso é subjetivo. Se

você preferiu o chocolate porque não gosta de goma de mascar seu

custo de recusá-la é pequeno, mas se você adora as duas opções,

escolher uma delas será muito mais custoso.

Pense em valor marginal como valor adicional. Qual é o valor marginal de

um copo de água se você tem água disponível na torneira? E se você

estiver com sede no deserto?

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Demanda – A relação entre preços e as quantidades de um bem ou um serviço

que os compradores estão dispostos a comprar em um dado momento.

Benefício marginal – O aumento, nos benefícios totais, resultante da produção,

compra ou consumo de uma unidade adicional.

Custo marginal – O aumento, nos custos totais, decorrente da produção de uma

unidade adicional.

Custo de oportunidade – A alternativa mais valorizada de que se abre mão

quando se escolhe algo; o valor da “segunda-melhor” escolha.

Oferta – A relação dos preços aos quais os vendedores estão dispostos a ofertar

determinadas quantidades de bens e serviços, em um dado momento.

Trade-off – Uma escolha entre alternativas que revela o custo de oportunidade de

se selecionar uma alternativa em detrimento de outra. Como há escassez (não

podemos ter tudo que queremos) é necessário que cada indivíduo faça sua

escolha, através da comparação entre os custos e benefícios das suas

alternativas. No trade-off a escolha de um bem é a recusa do outro