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Prof. Gildemar Crispim
Plasmodium sp. e Malária
Plasmodium sp.
P. vivax, (esquizontes)
Reino: Protista
Sub-reino: Protozoa
Filo: Apicomplexa
Ordem: Eucoccidiida
Família: Plasmodiidae
Gênero: Plasmodium
P. falciparum
(gametócito em forma de banana)
P. Malariae
(rosácea)
OBS.: P. ovale (NÃO ocorre no Brasil)
• 2.700 a.C – médicos chineses, gregos e romanos
• Hipocrátes – 460-370 aC
• Mal do Pântano
Malária
C. Alphonse Laveran (Nobel1907)
Descobre os parasitas no sangue de um paciente 1880
Camilo Golghi (Nobel1907)
Observa o ciclo assexuado (1886)
Ronald Ross (Nobel1902)
O mosquito transmite a malária (1897-1898)
• 1940 - 1950
• Implementação massiva do uso do DDT e da cloroquina
• 1976
• Trager & Jansen – cultivo in vitro de P. falciparum
• 1960 – WHO Programa de Erradicação da Malária
• Várias regiões se viram livres da malária, mas em muitas as medidas foram inócuas ou inaplicáveis
• Aparecimento de cepas de plasmódio resistentes ao medicamento
• Resistência do anofelino ao DDT
• DDT – tóxico para humanos e animais
• 1989 – WHO - Programa de Controle Integrado da Malária torna-se prioridade global
Malária
• É um problema de saúde em mais de 90 países
• WHO – 41% da população mundial vive em área de transmissão da malária
• Ampla distribuição - Ásia, parte da África, Oriente-Médio, Oceania, América Central e Sul
• 350 – 500 milhões de casos notificados anualmente
• ~ 1 milhão de óbitos (maioria crianças da região do sub-Saara)
• 1995 (Região de alta transmissão) – 990.000 mortes
+ 2.700 mortes por dia, 2 por minuto
• 2002 – 4° causa de morte em crianças nos países em desenvolvimento (~10,7%)
• Complicações no parto, Pneumonias e doenças diarréicas.
• Na África, a doença mata 1 de cada 20 crianças antes dos 5 anos de vida
Malária
Fonte: http://www.malaria.org
• Mais de 150 spp de Plasmodium
• Aves, roedores e macacos
• Apenas 4 infectam o homem
• Plasmodium vivax
• P. falciparum
• P. malariae
• P. ovale (não encontrado no Brasil)
• A morfologia dos plasmódios é muito diversificada
• Fase do ciclo biológico
• Espécie
• Plasmódio – HETEROXENO
• Ciclo sexuado – mosquito (Hospedeiro definitivo)
• Ciclo assexuado – vertebrado (Hospedeiro intermediário)
Malária
Distribuição da malária no mundo.
Fonte: http://www.medicalecology.org/diseases/malaria/malaria.htm
• Esporozoíto• Forma infectante do parasito• Presente na glândula salivaria do mosquito
• Esquizonte pré-eritrocítico • Forma presente no hepatócito após reprodução assexuada (merozoíto)
• Trofozoíto jovem• Forma encontrada dentro das hemácias• Aspecto de anel
• Trofozoíto maduro ou amebóide• Forma encontrada dentro das hemácias• Citoplasma irregular
• Esquizonte• Forma encontrada dentro das hemácias• Citoplasma irregular e vacuolizado• Núcleo já se apresenta dividido
Morfologia
• Rosácea ou Merocíto• Ainda dentro da hemácia
• merozoítos
• Merozoíto • Forma ovalada, contendo um núcleo
• Células preparadas para perfurar hemácias
• Macrogametócito• Célula sexuada feminina,
• Encontrada dentro das hemácias
• Microgametócito• Célula sexuada masculina,
• Encontrada dentro das hemácias
• Ovo ou zigoto• Forma esférica, encontrada na luz do estomago do mosquito
• Formada pela fecundação do macrogameta pelo microgameta
Morfologia
P. vivax (gametócitos)
• Oocineto
• Forma alongada e móvel
• Presente entre a luz e parede do estomago do mosquito
• Oocisto
• É o ovo ou zigoto encistado na parede do estomago do mosquito
• Originará os esporozoítos
Morfologia
Formas evolutivas do parasita
Hospedeiro Vertebrado:
Esporozoíta
Trofozoíta
Esquizonte
Merozoíta
Gametócitos (microgametócito e macrogametócito)
Hospedeiro Invertebrado:
Micro/macrogameta
Ovo ou Zigoto*
Oocineto*
Oocisto*
Esporozoíta
* Estágios diplóides
Ciclo de transmissão da Malária
Formas sangüíneas de Plasmodium (dentro das hemácias)
Estágios invasivos de PlasmodiumOocineto Forma alongada, móvel Encontrado entre a luz e a parede
o estômago do mosquito 10 – 20 μm
Esporozoíta Forma infectante, móvel Glândulas salivares do mosquito 11 mm X 1 mm
Merozoíta Forma ovalada, imóvel 1-5 mm X 2 mm Células preparadas para perfurar
hemácias
• Anopheles darlingi• Anopheles aquasalis• Anopheles nuneztovari• Anopheles gambiae
A transmissão ocorre pela inoculação
de formas esporozoítas de Plasmodium
durante a picada da fêmea do mosquito
Vetor: Anopheles sp.
Obs.: Mais de 60 sp já catalogadas de Anopheles
Distribuição global dos vetores dominantes ou potencialmente importantes da malária.
Fonte: http://www.medicalecology.org/diseases/malaria/malaria.htm
Formas de transmissão
• Vetorial
• Congênita
• Transfusão sangüínea
• Troca/compartilhamento de seringas contaminadas
• Acidente laboratorial
• Período de incubação
• Varia de acordo com a espécie de Plasmodium
• Em média 15 dias
• Acesso malárico
• Calafrios e tremores, temperatura em elevação
• Febre alta, sensação de calor e cefaléia intensa
• Queda da temperatura, sudorese
• Os acessos maláricos se repetem com intervalos diferentes de acordo com a espécie do parasito
• P. falciparum – intervalos de 36 a 48 horas
• P. vivax – acessos em dias alternados, 48 em 48 horas
• P. malariae – os acessos se repetem a cada 72 horas
Patogenia e Sintomatologia
Complicações da Malária
• Malária cerebral
• Anemia grave
• Insuficiência renal
• Edema pulmonar agudo
• Hiperplasia e hiperatividade das células do SFM
Patogenia e Sintomatologia
Esquema recomendado no Brasil:
• P. vivax
• Cloroquina – para forma sangüíneas
• Primaquina – forma hepáticas
• P. falciparum
• Malária não grave
• Quinina/doxiciclina
• Quinina/tetraciclina
• Malária grave
• Artesunato/mefloquina
• Quinina/clindamicina
Tratamento
NÂO há, ainda, uma vacina
• 99,5% dos casos de malária no Brasil ocorrem na região amazônica
• AC, AM, AP, PA, RO, RR, TO, MA, MT
• População dispersa e difícil de ser atingida
• Migrações locais constantes (alimento e trabalho)
• Moradia inadequada
• Provável existência de P. falciparum cloroquino-resistente e do anófeles DDT - resistente
• No Brasil, ocorre uma média de 400 – 500 mil casos por ano
• P. vivax é a espécie predominante
• ~ 80% dos casos
• Estados com os maiores números de casos:
• Amazonas
• Pará
Malária no Brasil
Número de casos de Malária, Amazônia Legal. Brasil 1999 – 2004.
Distribuição dos casos de Malária segundo grupo etário, Amazônia Legal. Brasil 2004.
Fonte: SISMAL/SIVEP/SVS/MS
Diagnóstico• Clínico
• O diagnóstico facilitado:
• Paciente indica ter passado por região endêmica
• Submetido a transfusão de sangue suspeita
• Presença de sintomas típicos
• Laboratorial
• Sorologia
• Parasitológico
• Epidemiológico
• Visa avaliar a prevalência da doença em uma população de determinada região
Profilaxia – medidas gerais de controle da Malária• Reduzir o tempo de diagnóstico e tratamento da malária
• Aprimorar e agilizar o sistema de informação da malária
• Desenvolver atividades de educação sanitária e ambiental
• Estimular a participação comunitária
• Uso de repelente, mosquiteiros e telas
• Combate ao vetor
• Fase adulta
• Fase larvária
• Aplicação de inseticida nos criadouros
• Monitorar a resistência às drogas e inseticidas
• Promover obras de drenagem e manejo ambiental em áreas endêmicas