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AUTOMÓVEIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 5 de agosto de 2015, Ano XL, Nº 8777 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Caminho da roça TESTE Chevrolet aposta na Spin Activ como alternativa de crossover com jeito aventureiro PÁG. 7 DIVULGAÇÃO VITRINE Teoria evolutiva Mitsubishi reestiliza Outlander e adiciona versão diesel para emplacar 800 unidades por mês no Brasil PÁG. 6 DIVULGAÇÃO Renault Duster Dynamique 1.6 16V mantém a receita no segmento dos SUV Espaço interno, porta-malas e rodar suave são os atrativos do utilitário da Renaut A s alterações percep- tíveis no Duster 2016 são a grade frontal, para- choques, novo formato dos fa- róis e as lanternas com LED. Por dentro, novos materiais de acaba- mento e sistema Midia NAV com mais conectividade. Na traseira, para-choque, lanternas redese- nhadas e o novo puxador da tam- pa do porta-malas. O prático e enorme porta- malas perdeu a tampa flexível para uma rígida e dobrável. Isso facilita a colocação de objetos em cima, mas, se mal fixados podem atingir os ocupantes em freadas bruscas ou colisão. Para aumen- tar a capacidade do porta-malas, o estepe fica sob o assoalho, no lado de fora, o que dificulta a troca. Os bancos têm novo desenho e melhor anatomia, com espuma mais espessa. No painel central, o acabamento em preto brilhan- te diferencia o atual do anterior. O trunfo é o espaço para três adultos avantajados no banco traseiro. Esse é o pulo do gato da família Logan, que inclui tam- bém o Sandero. Apesar de a tração ser apenas dianteira, o Duster 1.6 mantém os ótimos ângulos de ataque e de sa- ída e a altura do solo. Isso permite trafegar em caminhos precários sem se preocupar em tocar a par- te inferior e transpor obstáculos tranquilamente. A suspensão é menos sofisti- cada em relação à multilink da versão 4x4, mas mantém o con- forto em piso irregular. O Dus- ter é um dos poucos carros que transfere menos as imperfei- ções do piso para dentro, além do rodar suave em terreno ruim. A suspensão é um dos destaques do Duster, mas na unidade tes- tada ouviam-se grilos vindos da suspensão. PÁG. 4 FOTOS DIVULGAÇÃO

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AUTOMÓVEISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 5 de agosto de 2015, Ano XL, Nº 8777 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Caminho da roça

TESTE

Chevrolet aposta na Spin Activ como alternativa de crossover com jeito aventureiro PÁG. 7

DIVULGAÇÃO

VITRINE

Teoria evolutivaMitsubishi reestiliza Outlander e adiciona versãodiesel para emplacar 800 unidades por mês no Brasil PÁG. 6

DIVULGAÇÃO

Renault Duster Dynamique 1.6 16Vmantém a receita no segmento dos SUVEspaço interno, porta-malas e rodar suave são os atrativos do utilitário da Renaut

As alterações percep-tíveis no Duster 2016 são a grade frontal, para-

choques, novo formato dos fa-róis e as lanternas com LED. Por dentro, novos materiais de acaba-mento e sistema Midia NAV com mais conectividade. Na traseira, para-choque, lanternas redese-nhadas e o novo puxador da tam-pa do porta-malas.

O prático e enorme porta-malas perdeu a tampa flexível para uma rígida e dobrável. Isso facilita a colocação de objetos em cima, mas, se mal fixados podem atingir os ocupantes em freadas

bruscas ou colisão. Para aumen-tar a capacidade do porta-malas, o estepe fica sob o assoalho, no lado de fora, o que dificulta a troca.

Os bancos têm novo desenho e melhor anatomia, com espuma mais espessa. No painel central, o acabamento em preto brilhan-te diferencia o atual do anterior. O trunfo é o espaço para três adultos avantajados no banco traseiro. Esse é o pulo do gato da família Logan, que inclui tam-bém o Sandero.

Apesar de a tração ser apenas dianteira, o Duster 1.6 mantém os ótimos ângulos de ataque e de sa-

ída e a altura do solo. Isso permite trafegar em caminhos precários sem se preocupar em tocar a par-te inferior e transpor obstáculos tranquilamente.

A suspensão é menos sofisti-cada em relação à multilink da versão 4x4, mas mantém o con-forto em piso irregular. O Dus-ter é um dos poucos carros que transfere menos as imperfei-ções do piso para dentro, além do rodar suave em terreno ruim. A suspensão é um dos destaques do Duster, mas na unidade tes-tada ouviam-se grilos vindos da suspensão. PÁG. 4

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 5 de agosto de 2015

AUTOTAL por LUIZ FERNANDO LOVIK

Contramão da crise

Uma das marcas de moto-cicletas mais glamouorosas do mundo confirmou o seu desembarque no Brasil. A norte-americana Indian Mo-torcycle fará sua estreia em solo nacional durante o Salão Duas Rodas, que será realiza-do entre os dias 7 e 12 de outu-bro no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. A fabricante vai aproveitar os números do segmento de motos premium no Brasil, que vai muito bem – ao contrário do mercado geral de duas rodas, que sofre desde

2013.A gama de modelos que es-

tará exposta no estande da Indian não foi confirmada. Porém, já é de esperar que a clássica Chief será uma das principais atrações. Nos Esta-dos Unidos, ela conta com ver-sões chamadas de Dark Horse e também Vintage. A marca ainda comercializa uma relei-tura da Scout, primeira moto do line-up a ter refrigeração líquida. Outras são a touring Chieftain e a estradeira Roa-master.

Audi TT tecnológico

Prestes a desembarcar no Bra-sil, a terceira geração do Audi TT já tem site exclusivo por aqui. Ainda sem preços definidos, o cupê será vendido em duas ver-sões: Atraction e Ambition – a primeira com rodas de liga leve aro 18 e faróis de xênon, e a se-gunda com rodas liga leve aro 19 e faróis de leds. Internamente, o modelo chama atenção pelo seu painel de instrumentos total-mente digital com tela de LCD de 12,3 polegadas com até dez

funções, detalhes em alumínio, bancos de couro e volante mul-tifuncional de pegada esportiva.

Em ambas as configurações, o cupê esportivo será impul-sionado pelo motor 2.0 TSFI de 230 cv de potência, acoplado a transmissão S-Tronic de dupla embreagem e sete velocidades. Com tal motorização, o Audi TT é capaz de percorrer o zero a 100 km/h em apenas 5,9 segundos, com velocidade máxima limita-da eletronicamente a 250 km/h.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O trunfo do Renault Duster é o excelente espaço interno

VITRINE

Renault Duster Dynamique 1.6 16V mantém a receitaEspaço interno, porta-malas e rodar suave são os atrativos do utilitário da Renaut

As alterações perceptí-veis no Duster 2016 são a grade frontal, para-

choques, novo formato dos faróis e as lanternas com LED. Por dentro, novos materiais de acabamento e sistema Midia NAV com mais conectividade. Na traseira, para-choque, lan-ternas redesenhadas e o novo puxador da tampa do porta-malas.

O prático e enorme porta-malas perdeu a tampa flexível para uma rígida e dobrável. Isso facilita a colocação de objetos em cima, mas, se mal fixados podem atingir os ocu-pantes em freadas bruscas ou colisão. Para aumentar a capa-cidade do porta-malas, o este-pe fica sob o assoalho, no lado de fora, o que dificulta a troca.

Os bancos têm novo dese-nho e melhor anatomia, com espuma mais espessa. No pai-nel central, o acabamento em preto brilhante diferencia o atual do anterior. O trunfo é o espaço para três adultos avan-tajados no banco traseiro. Es-se é o pulo do gato da família Logan, que inclui também o Sandero.

Apesar de a tração ser ape-nas dianteira, o Duster 1.6 mantém os ótimos ângulos de ataque e de saída e a altura do solo. Isso permite trafegar em caminhos precários sem se preocupar em tocar a parte inferior e transpor obstáculos tranquilamente.

A suspensão é menos sofis-ticada em relação à multilink da versão 4x4, mas mantém o conforto em piso irregular. O Duster é um dos poucos carros que transfere menos as imper-feições do piso para dentro, além do rodar suave em ter-reno ruim. A suspensão é um dos destaques do Duster, mas na unidade testada ouviam-se grilos vindos da suspensão.

O motor 1.6 é a conta. Nem mais nem menos. Melhorou em relação à geração ante-rior, com 0,4kgfm de torque a mais com etanol, passando de 15,5kgfm para 15,9kgfm. O carro vai bem nas acelerações, mas exige atenção nas reto-madas (ultrapassagens), pois

leva-se mais tempo em relação ao motor 2.0. É aconselhável desligar o ar-condicionado e colocar o motor na faixa de rotação ideal de torque (3.750rpm) para evitar susto. O motor 1.6 não tem a força nem a agilidade do 2.0. Os en-gates do câmbio são precisos, mas secos.

A direção deveria ser mais leve nas manobras. Tem peso em alta, mas falta sensibilida-de. Parece anestesiada. Carac-terística de toda a família. O consumo não é baixo devido ao peso do carro. Para torná-lo mais eficiente, há a função EcoMode, acionada por meio de comando no painel, que li-mita a potência e o torque do motor, e reduz a potência do ar-condicionado. Isso, segundo a Renault, permite redução de 10% no consumo. A visibilida-de é boa em todos os sentidos. A garantia é de três anos ou 100 mil quilômetros rodados.

GANHOU FUNÇÕES IMPORTANTES

A nova central multimídia da Renault, chamada Media Nav Evolution, ganhou importan-tes funções, ficando mais com-pleta. O navegador agora traz informações do trânsito (por enquanto para oito cidades brasileiras), informando as

vias que estão congestionadas e até se existe algum radar à frente. A câmera de ré é ou-tra novidade. A nova central também passou a “conversar” melhor com o telefone celular, e, por meio de um aplicativo chamado Aha, é possível es-cutar diversas rádios digitais, conexão com redes sociais, in-formações climáticas e pontos de interesse (como restauran-tes e hotéis nas proximidades). Porém esse conteúdo depen-de do sinal de internet e ob-viamente vai consumir parte do seu pacote de dados. Essas funções são operadas a partir do telefone e não da tela do ve-ículo, demandando atenção do motorista para manuseá-las, mas as respostas são dadas em formato de áudio. Por exem-plo, para saber as condições climáticas é preciso localizar o respectivo ícone no aplicati-vo e selecioná-lo, e a previsão do tempo é reproduzida pelo áudio do veículo. No mais, a nova central manteve as funções anteriores, como te-lefonia, rádio e mídias (USB, entrada auxiliar). Um aspecto que deve ser aperfeiçoado é o reconhecimento automático do smartphone que se conec-tou à central, já que, quando há mais de um registrado, ele exige a seleção do que deve ser pareado.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 5 de agosto de 2015

por Raphael Panaro Auto Press

A Mitsubishi agiu rápido. Durante o Salão de Nova Iorque, em abril último,

a japonesa revelou ao mundo o novo Outlander, com design remodelado – principalmente na dianteira. E apenas um mês depois, a fabricante já desem-barcou o crossover no Brasil. Além da nova cara, o modelo ganhou uma novidade extra: uma versão diesel. O face-lift de emergência feito pela Mit-subishi veio depois de várias críticas globais à sua terceira geração. Mas a estética rejei-tada parece não ter afetado as vendas no Brasil. Em 2013, o Outlander emplacou quase 1.100 unidades/mês após sua estreia, em agosto. No ano seguinte, manteve o patamar projetado pela marca nipô-nica, com pouco mais de 600 carros mensais – justamente o dobro do antecessor. Agora, com a reestilização e a nova motorização, os planos são mais otimistas: 800 emplaca-mentos por mês.

Como já era de esperar, o face-lift mexeu nas extremida-des do carro e, de quebra, re-velou o visual que os próximos carros da Mitsubishi devem adotar. A dianteira foi a mais retocada. Ganhou um arrojado desenho no para-lamas e para-choque em forma de “X”, que agrega um novo painel croma-do com desenho futurista. As entradas de ar e farol de ne-blina com detalhes cromados também foram remodelados. A luz de iluminação diurna completa o visual frontal. Atrás, as alterações são mais sutis. O aerofólio tem brake light e há um acabamento cromado na tampa do porta-malas, que integra lanternas em leds. O para-choque mais robusto reforça a estética “o²-road”. A lateral vem com um friso que contorna os vidros e

destaca a linha de cintura alta. O rack de teto e as maçanetas cromadas dão um toque de sofisticação, assim como as rodas de 18 polegadas de série.

A Mitsubishi aproveitou a remodelação e diversificou o poder de atração do modelo no Brasil. Agora, o crossover conta com um inédito motor diesel de quatro cilindros, 2.2 litros com turbo de geometria variável, intercooler, injeção direta e duplo comando no cabeçote. De acordo com a marca japonesa, o propulsor proporciona maior torque e economia de combustível. Em números, são 165 cv e 36,7 kgfm. A motorização diesel se junta a outras duas já existen-tes a gasolina. A versão de en-trada vem equipada com um 2.0 litros de 160 cv e 20,1 kgfm – igual ao do sedã Lancer. Nas configurações GT e GT Full Technology Pack, quem faz a força é o V6 3.0 litros de 240 cv e 31 kgfm. A complementa-ção do trem-de-força varia de acordo com a versão. Na 2.0 litros, a transmissão agora é CVT com simulação de 6 mar-chas e tração dianteira. Já nas versões V6 e diesel, o Outlan-der se torna 4X4 com câmbio automático de seis marchas.

Com o preço de R$ 173.990, o novo Outlander com motor diesel chega para ficar no to-po da gama. Segundo a Mitsu-bishi, deve responder por 20% do “mix” do crossover, o que

VITRINE

Teoria evolutivaMitsubishi reestiliza Outlander e adiciona versão diesel para emplacar 800 unidades por mês no Brasil

2.2 litrosO motor é turbodiesel

165 cvPotência máxima

35,7 kgfmTorque máximo

NÚMEROS

PONTO A PONTO

● DESEMPENHO – O motor turbodie-sel de 2.2 litros, 165 cv e 35,7 kgfm de torque move o Outlander sem grandes dificuldades. A transmis-são automática de seis marchas também consegue aproveitar a melhor faixa de torque e garante desenvoltura e vigor ao crossover. Quem quiser explorar aimda mais o potencial do “powertrain” pode acionar as “borboletas” no volante para trocas de marchas manuais. Nota 8.

● ESTABILIDADE – A Mitsubishi diz ter aumentado a rigidez estrutu-ral do chassi e da suspensão do Outlander em relação ao modelo anterior. Na prática, o modelo se mostra mesmo equilibrado e ver-sátil. As rolagens de carroceria são controladas e a sensação de segurança se faz presente, seja em trechos sinuosos, nas pistas ou nos altos e baixos dos trajetos off-road. Nota 8.

● INTERATIVIDADE – É fácil se acos-tumar com todos os comandos. A central multimídia é intuitiva, os paddle-shifts são generosos e o volante tem ótima empunhadura. Somente o ajuste dos retroviso-res elétricos – atrás do volante – e o freio de mão – mais para o lado

do carona – são mal localizados. A troca do estilo de tração é execu-tada por um botão situado atrás do câmbio automático. Nota 8.

● CONSUMO – O Outlander com motorização diesel não participa do Programa Brasileiro de Eti-quetagem do InMetro. Durante a avaliação, o crossover registrou uma média de 13,1 km/l em trecho predominantemente de rodovia. Nota 7.

● CONFORTO – Talvez a maior virtude do modelo. Os bancos, além de se-rem aquecidos, têm boa densidade e há espaço suficiente para aco-modar cinco pessoas sem apertos. A acústica é eficiente em isolar o tradicional ruído dos motores die-sel. Outra característica desse tipo de propulsor é a vibração. Porém, no Outlander ela é imperceptível. Nota 9.

● TECNOLOGIA – O Outlander é bem fornido nesse aspecto. Principal-mente no que tange à segurança. Nove airbags, controles eletrônicos de estabilidade e tração, frenagem automática, alerta de mudança in-voluntária de faixa e piloto automá-tico adaptativo são os “highlights”. O modelo ainda conta com novo motor diesel e a plataforma é bem

recente. A central multimídia com-pleta fecha o pacote. Nota 9.

● HABITABILIDADE – Entrar e sair do Outlander é facilitado pelo bom ângulo de abertura das portas. A cabine tem porta-copos e porta-objetos suficientes para levar itens de uso rápido como celular, carteira e chaves. A última fileira de bancos é onde adultos podem passar alguma dificuldade e não é aconselhável passar muitas horas ali. O porta-malas leva quase 800 litros com a terceira fileira de ban-cos ereta, mas chega a generosos 1.625 litros com todos os bancos de trás abaixados. Nota 9.

● ACABAMENTO – A mistura dos plás-ticos emborrachados e duros no habitáculo conferem qualidade ao modelo, mas não transmite requin-te. Volante e painel têm detalhes em plástico preto brilhante com moldura prateada e as portas ga-nharam materiais emborrachados. O ambiente é sóbrio, porém não traz o nível de sofisticação que o preço sugere. Nota 7.

● DESIGN – Definitivamente o Outlan-der melhorou no quesito estético. O desenho sem graça de antes ga-nhou uma revitalizada com a nova dianteira toda brilhante devido à

grande quantidade de cromados. E é melhor se acostumar. O Ou-tlander antecipa o design que os futuros Mitsubishi irão ter. Atrás, pequenas mudanças contribuíram para a harmonia do veículo. Nota 8.

● CUSTO/BENEFÍCIO – O Mitsubishi Outlander Diesel não tem um concorrente direto com tal moto-rização. A marca japonesa acre-dita que seu carro reestilizado possa brigar diretamente com Kia Sorento e Honda CR-V – todos a gasolina ou flex. A favor do modelo da Mitsubishi está o novo motor e tecnologias, como o controle de cruzeiro adaptativo com frenagem automática. Para tudo isso existe um preço. E não é barato: R$ 173.990. A versão de entrada sai por menos de R$ 115 mil. O valor é um pouco mais baixo do que a Honda cobra pelo CR-V EXL 4X4 – R$ 115.900 – com apenas cinco lugares e motor flexível 2.0 litros e 155 cv – com etanol. Equipado a altura – sem piloto automático inte-ligente, mas com motor V6 de 278 cv –, o Kia Sorento topo de linha sai a R$ 149.900. Nota 5.

● TOTAL – O Mitsubishi Outlander Diesel somou 79 pontos em 100 possíveis.

DIVULGAÇÃO

A reestilização fez bem ao Mitsubishi Outlander. O novo design deu ao crossover uma “cara” moderna e mais palatável que o carro que chegou aqui em 2013. A estética acompanha a nova identidade visual “platinada” dos carros da fabricante nipônica no mundo

representaria 160 das 800 uni-dades/mês projetadas. Para isso, a lista de equipamentos é um diferencial: ar-condicio-nado de duas zonas, tampa do porta-malas com abertura e fechamento automáticos, te-to solar e sistema multimídia com tela “touch” de 7 polega-das. Mas o Outlander se des-taca mesmo é na segurança. Além de airbags dianteiros,

laterais, de cortina e de joelho, é recheado eletronicamente: alerta sonoro de mudança de faixa no painel, caso o moto-rista faça a manobra involun-tariamente, controles de tra-ção e estabilidade e assistente de partida em rampa.

O “pacote” ainda inclui du-as tecnologias interessantes e que trabalham em conjunto. O ACC – ou controle de cru-

zeiro adaptativo – programa a velocidade que deseja andar e, caso um veículo entre na frente, o carro a reduz auto-maticamente para manter a distância. Se o da frente fre-ar, o Outlander acompanha a frenagem. O outro é o FCM – Foward Collision Mitigation –, um sistema que utiliza um radar para controlar a distân-cia de possíveis obstáculos à

frente. Ao entrar em margem de risco, ativa um alarme so-noro e aviso no painel que so-licita uma ação de frenagem. Caso o condutor fique sem reação e a velocidade relativa entre o Outlander e o obstá-culo for de até 30 km/h, o sis-tema freia o veículo de forma autônoma. E os carros vão fi-cando cada vez mais “à prova de barbeiragens”...

FICHA TÉCNICA

Mitsubishi Outlander 2.2 turbodiesel ● MOTOR 2.2: Diesel, dianteiro, transversal, 2.268 cm3, quatro cilindros, quatro válvulas por cilindro, turbo com intercooler, comando duplo no cabeçote e injeção direta. Acelerador eletrônico. ● TRANSMISSÃO: Câmbio

automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral com distribuição eletrônica. Oferece controle eletrônico de tração. ● POTÊNCIA máxima: 165 cv a 3.500 rpm ● TORQUE máximo: 36,7 kgfm entre 1.500 e 2.750 rpm

● DIÂMETRO e curso: 86 mm X 97,6 mm.Taxa de compressão: 14,9:1 ● PESO: 1.640 kg. ● TANQUE de combustível: 60 litros ● SUSPENSÃO: Dianteira independente do tipo McPherson, molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo multi-link, com molas helicoidais e barra estabilizadora.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), quarta-feira, 5 de agosto de 2015 AUTOMÓVEIS 7

por Márcio MaioAuto Press

De uns anos para cá, a in-dústria automotiva en-xergou potencial de lucro

no nicho de modelos com esté-tica aventureira. Mas a Chevro-let resistiu a criar sua primeira versão em um carro de passeio. Até mostrar, no ano passado, no Salão de São Paulo, a Spin Activ. Com a configuração, a marca ofe-rece uma alternativa ao seu SUV mais barato – o Tracker, que co-meça na casa dos R$ 90 mil – com um modelo que alia bom espaço interno a um porta-malas capaz de evidenciar sua vocação fami-liar, com excepcionais 710 litros de capacidade.

Na frente, o para-choque da Spin foi redesenhado para a ver-são Activ. Vincos pronunciados nas extremidades e aplique na parte inferior em tom fosco escu-ro se juntam às molduras de pro-teção nos para-lamas, soleira das portas e um largo decalque e barra longitudinal que se estendem so-bre todo o teto para transmitir a impressão de vocação aventurei-ra. Retrovisores externos e coluna central pretos e adesivos alusivos à versão são outros artifícios usa-dos nessa roupagem off-road. Mas o diferencial mais explícito das configurações convencionais é mesmo o estepe fixado na tampa do porta-malas e as rodas de liga leve diamantadas de 16 polegadas, que acompanham pneus mais lar-gos, 205/60, de uso misto. Com is-so, está 8 mm mais alta.

O interior tem bancos com de-

A versão Activ carrega alguns atributos estéticos capazes de atrair a atenção de quem se interessa pelo apelo aventureiro que tanto tem feito sucesso no mercado automotivo

senho exclusivo e revestimentos em preto. O sistema multimídia MyLink com tela sensível ao to-que e de sete polegadas chega de série e envolvido por uma mol-dura prateada. Outros itens de conforto fazem parte do pacote da versão Activ, como ar-condicio-nado, direção hidráulica, retrovi-sores e vidros elétricos e sensores de estacionamento traseiros. Mas, mesmo sendo baseada na confi-guração de topo LTZ, a Active não tem opção de sete lugares.

O motor é o mesmo 1.8 litro de 106/108 cv com gasolina/etanol utilizado nas demais versões da minivan. A transmissão pode ser manual de cinco velocida-des ou automática de seis. Mas, nesse último caso, trata-se da nova GF6, que foi recalibrada recentemente para diminuir o tempo das trocas de marchas e melhorar a eficiência das redu-ções. Além disso, a suspensão foi mexida para a versão, com acerto levemente mais rígido. Mas nada que mude tanto o comportamen-to dinâmico da minivan.

TESTE

Caminho da roçaChevrolet aposta na Spin Activ como alternativa de crossover com jeito aventureiro

FICHA TÉCNICA

Chevrolet Spin Activ Automática ● MOTOR: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.796 cm3, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção multiponto. ● TRANSMISSÃO: Câmbio

automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração. ● POTÊNCIA máxima: 108/106 cv a 5.400 rpm com etanol/gasolina. ● TORQUE máximo: 17,1/16,4 kgfm a 3.200 rpm com etanol/gasolina.

● DIÂMETRO e curso: 80,5 mm X 88,2 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. ● SUSPENSÃO: Dianteira independente do tipo McPherson, com barra estabilizadora e amortecedores pressurizados. Traseira semi-independente por eixo de torção, barra estabilizadora e amortecedores pressurizados.

1.8 litrosO motor é o mesmo 1.8 litro flex

108 cvPotência máxima com etanol

17,1 kgfmTorque máximo com etanol

NÚMEROS

PONTO A PONTO

● DESEMPENHO – São 106/108 cv com gasolina/etanol no tanque e 1.325 kg. Para uma tocada mais pacata, o propulsor 1.8 é mais que suficiente para mover a versão pseudoaventureira da Spin. Como o torque máximo de 16,4/17,1 kgfm aparece a 3.200 rpm com etanol/gasolina – e boa parte dele já fica disponível a partir dos 2.500 rpm, não há decepções nas saídas de sinal. O câmbio automático de seis velocidades é moderno e trabalha em boa sintonia com o motor. As ultrapassagens e retomadas são favorecidas com a redução de até três marchas. Nota 7.

● ESTABILIDADE – A vocação de mi-nivan da Spin pede uma suspen-são que priorize o conforto, mas a versão Activ recebeu uma nova calibração que deixou o conjunto um pouco mais rígido. É tranquilo manter o carro em sua trajetória, mas ainda assim a carroceria ader-na consideravelmente em curvas. Não chega a transmitir inseguran-ça. Nota 7.

● INTERATIVIDADE – Os comandos principais do carro estão em luga-res fáceis e têm uso bem intuitivo. A posição de dirigir – mais elevada – facilita a visibilidade dianteira e o

grande vidro traseiro garante boa retrovisão. Mas abrir o porta-ma-las demanda o uso das duas mãos e uma certa familiaridade para lidar bem com a trava do estepe, que fica preso na tampa. Nota 7.

● CONSUMO – A Chevrolet não cede seus modelos para as avaliações do Programa Brasileiro de Etique-tagem Veicular, do Inmetro. Du-rante o teste, o computador de bordo marcou média de 8,6 km/l de gasolina, em trajeto urbano. Nota 6.

● CONFORTO – Há bom espaço para os passageiros dianteiros e duas pessoas viajam com algum con-forto no assento traseiro. A sus-pensão é macia e absorve bem os impactos das irregularidades do asfalto. Nota 7.

● TECNOLOGIA – A plataforma é a mesma dos sedãs Cobalt e Pris-ma e do hatch Onix. Foi lançada em 2010 e é bem acertada. A transmissão automática de seis velocidades GF6 foi recalibrada recentemente, uma alteração que resulta em trocas em tempo 50% menor e reduções duplas e até triplas. O sistema multimídia com tela de sete polegadas é de série. Nota 7.

● HABITALIDADE – O teto alto e o bom ângulo de abertura das por-tas facilitam bastante o acesso. O porta-malas leva invejáveis 710 li-tros, mas o espaço livre pode che-gar a 1.668 litros com os bancos rebaixados. Nota 9.

● ACABAMENTO – A Spin tem encai-xes bem feitos e os materiais são aparentemente de boa qualidade. Mas não são bonitos nem têm to-que suave. O excesso de plásticos rígidos cria uma atmosfera de car-ro popular que não condiz com um preço final de mais de R$ 70 mil da unidade testada. Nota 6.

● DESIGN – A versão Activ teve o para-choque dianteiro redesenha-do, com aplique na parte inferior em tom fosco escuro. Faróis de neblina têm molduras em preto brilhante e os faróis ganham más-cara negra e lentes transparentes. Rodas de liga leve diamantadas de 16 polegadas, molduras de proteção nos para-lamas, soleira das portas, rack de teto e estepe fixado na tampa do porta-malas completam o visual “off-road”. No geral, preserva o aspecto habitual da Spin – sem qualquer charme. Nota 7.

● CUSTO/BENEFÍCIO – A Chevrolet

cobra iniciais R$ 67.250 pela Spin Activ, mas a cor metálica da versão testada adiciona R$ 1.300 à conta, além dos R$ 4.140 do pacote com transmissão auto-mática e controle de cruzeiro. No total, a unidade avaliada custa R$ 72.690. Um Fiat Doblò Adventu-re tem sete lugares e motor 1.8 de 132 cv e 18,9 kgfm de torque, mas custa R$ 81.775 equipado à altura, só que sem transmissão automática e com sistema de bloqueio do diferencial dianteiro. Já pelo Idea Adventure Locker com equipamentos semelhan-tes e transmissão automatizada, com o mesmo motor do Doblò, a marca italiana pede R$ 71.915. Um Citroën Aircross 1.6 Auto Ex-clusive com sistema de multimídia com navegador GPS sai por R$ 71.690. A Volkswagen pede R$ 78.973 pelo Space Cross com sistema de som com GPS, mas sem estepe pendurado na traseira. Para quem precisa de mais espaço e porta-malas, a Spin pode ser a melhor opção. Mas sem essa ne-cessidade, não é. Nota 6.

● TOTAL – A Chevrolet Spin Activ automática somou 69 pontos em 100 possíveis.

CRÉDITO

O amplo espaço interno é o principal trunfo do modelo. Quatro ocupantes viajam sem apertos e até um quinto pode ser incluído, preferencialmente para trajetos curtos. O porta-malas de 710 litros evidencia a vocação familiar da minivan

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