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Avenida Amaral Peixoto, n.º 91 – Salas 806 e 817 – Centro - Volta Redonda/RJ CEP 27.253-220 Tel. (24) 3342-8800 Fax.: (24) 3342-8709 E-mail: [email protected] Site: www.sindcontvr.org.br INFORMATIVO Nº 012 MÊS JUNHO- ANO 2016 SAIBA POR QUANTO TEMPO GUARDAR DOCUMENTOS DA EMPRESA O prazo de guarda dos documentos decorre do tipo de documento, tributário ou trabalhista, e a norma legal que exige sua exibição, especialmente para fins de fiscalização e cobrança de eventual dívida [confira nos quadros na pág. 3]. COM RELAÇÃO À DOCUMENTAÇÃO TRIBUTÁRIA, QUAIS SÃO OS PRAZOS PREVISTOS? Com relação aos tributos federais, inclusive contribuições previdenciárias, o período fixado está relacionado com o prazo de decadência e prescrição, previstos nos artigos 173 e 174 do Código Tributário Nacional (CTN), respectivamente. Decadência é o decurso do prazo de cinco anos que o Fisco tem para constituir o crédito tributário, mediante notificação de lançamento ou auto de infração. Já a prescrição é o decurso do prazo de cinco anos para cobrar judicialmente o tributo devido, ou seja, prazo para propor a ação de execução fiscal. Tais prazos são importantes, pois decorrido o prazo de cinco anos, o crédito tributário será extinto (art. 156, v, do CTN) e, portanto, o Fisco não poderá mais exigi-lo do contribuinte. e com relação aos livros obrigatórios? No que concerne aos livros obrigatórios e aos comprovantes de lançamentos, a legislação também remete aos prazos decadencial e prescricional, conforme segue: ÿ O artigo 195, parágrafo único, do CTN, estabelece que livros obrigatórios de escriturações comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição. ÿ O artigo 1.194 do Código Civil define que o empresário e a sociedade empresária sejam obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência. ÿ O artigo 37 da Lei nº 9.430/1996 impõe que os comprovantes da escrituração da pessoa jurídica, relativos a fatos que repercutam em lançamentos contábeis de exercícios futuros, serão conservados até que se opere a decadência.

Avenida Amaral Peixoto, n.º 91 Salas 806 e 817 Centro ... · Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica- -se o prazo prescricional que se

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Avenida Amaral Peixoto, n.º 91 – Salas 806 e 817 – Centro - Volta Redonda/RJ

CEP 27.253-220 Tel. (24) 3342-8800 Fax.: (24) 3342-8709

E-mail: [email protected] Site: www.sindcontvr.org.br

INFORMATIVO

Nº 012 MÊS JUNHO- ANO 2016

SAIBA POR QUANTO TEMPO GUARDAR DOCUMENTOS DA EMPRESA

O prazo de guarda dos documentos decorre do tipo de documento, tributário ou

trabalhista, e a norma legal que exige sua exibição, especialmente para fins de

fiscalização e cobrança de eventual dívida [confira nos quadros na pág. 3].

COM RELAÇÃO À DOCUMENTAÇÃO TRIBUTÁRIA, QUAIS SÃO OS

PRAZOS PREVISTOS?

Com relação aos tributos federais, inclusive contribuições previdenciárias, o período

fixado está relacionado com o prazo de decadência e prescrição, previstos nos

artigos 173 e 174 do Código Tributário Nacional (CTN), respectivamente.

Decadência é o decurso do prazo de cinco anos que o Fisco tem para constituir o

crédito tributário, mediante notificação de lançamento ou auto de infração. Já a

prescrição é o decurso do prazo de cinco anos para cobrar judicialmente o tributo

devido, ou seja, prazo para propor a ação de execução fiscal. Tais prazos são

importantes, pois decorrido o prazo de cinco anos, o crédito tributário será extinto

(art. 156, v, do CTN) e, portanto, o Fisco não poderá mais exigi-lo do contribuinte. e

com relação aos livros obrigatórios? No que concerne aos livros obrigatórios e aos

comprovantes de lançamentos, a legislação também remete aos prazos decadencial e

prescricional, conforme segue: ÿ O artigo 195, parágrafo único, do CTN, estabelece

que livros obrigatórios de escriturações comercial e fiscal e os comprovantes dos

lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição. ÿ O

artigo 1.194 do Código Civil define que o empresário e a sociedade empresária

sejam obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e

mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou

decadência. ÿ O artigo 37 da Lei nº 9.430/1996 impõe que os comprovantes da

escrituração da pessoa jurídica, relativos a fatos que repercutam em lançamentos

contábeis de exercícios futuros, serão conservados até que se opere a decadência.

QUAIS AS REGRAS COM RELAÇÃO AOS DOCUMENTOS TRABALHISTAS?

Os documentos trabalhistas devem ser guardados pelo prazo de cinco anos para

trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato

de trabalho, nos termos do artigo 7º, xxix, da Constituição Federal, e artigo 11 da

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entretanto, considerando que contra o

menor de 18 anos não corre prazo prescricional, em atenção ao artigo 440 da CLT, o

início da contagem do prazo de guarda deve iniciar quando o trabalhador menor

completar 18 anos de idade.

COMO FICAM OS PRAZOS PARA O FGTS?

Com relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o artigo 23, § 5º,

da Lei nº 8.036/1990 determina o prazo de 30 anos. Já o Supremo Tribunal Federal,

última instância do Judiciário, pacificou o entendimento de que tal período é

inconstitucional e deve prevalecer o prazo de cinco anos. Sobre esse assunto,

seguem abaixo transcrições de decisões que esclarecem o posicionamento dos

tribunais superiores:

Supremo Tribunal Federal (STF)

repercussão geral

Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por Tempo de servi-

ço (FGTS). Cobrança de valores não pagos. Prazo prescricional. Prescrição

quinquenal. Art. 7º, xxix, da Constituição. Superação de entendimento anterior

sobre prescrição trintenária. Inconstitucionalidade dos arts. 23, § 5º, da Lei nº

8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto nº 99.684/1990.

Segurança jurídica. Necessidade de modulação dos efeitos da decisão. Art. 27 da Lei

nº 9.868/1999. Declara- ção de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Recurso

extraordinário a que se nega provimento. (STF, ARE 709212, relator min. Gilmar

Mendes, Tribunal Pleno, julgado em 13/11/2014, acórdão eletrônico repercussão

geral – mérito DJe 18/2/2015)

Superior Tribunal de Justiça (STJ) Súmula nº 210 – DJ 5/6/1998 A ação de cobrança

das contribuições para o FGTS prescreve em trinta (30) anos.

Tribunal Superior do Trabalho (TST) Súmula nº 362 – DJ 16/6/2015

FGTS. prescrição.

I-Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é

quinquenal a FGTS prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento de

contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do

contrato;

II. Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014,

aplica- -se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do

termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014(STF-ARE-709212/DF).

Portanto, considerando que a interpretação do STJ é diversa da do STF, recomenda-

se a guarda no prazo determinado pela lei, ou seja, durante 30 anos. no caso da

documentação previdenciária, quais são as normas? Com relação a essa

documentação, em que pese o artigo 45 da Lei nº 8.212/1991, que estabelecia o

prazo decadencial de dez anos, não estar mais em vigor (revogado pela Lei

Complementar nº 128/2008), ainda encontramos nas normas previdenciárias prazos

tire suas dúvidas abril 2016 - nº 151 tome nota 3 de dez anos, conforme será

demonstrado a seguir: ÿ Os artigos 103 e 103-A da Lei nº 8.213/1991, que trata dos

benefícios da Previdência Social, fixa o prazo de dez anos para o segurado ou

beneficiário requerer a revisão do ato de concessão de benefício, bem como o direito

da Previdência Social de anular seus atos administrativos. ÿ O artigo 225, parágrafos

5º e 22 do Decreto nº 3.048/1999, Regulamento da Previdência Social, estabelece a

obrigatoriedade da empresa manter a disposição da fiscalização, durante dez anos,

os documentos comprobatórios do cumprimento de suas obrigações legais, inclusive

os arquivos digitais do sistema de processamento eletrônico de dados trabalhistas e

previdenciários. de olho nas tabelas Para melhor compreensão do assunto, confira a

tabela prática com os principais documentos que o empresário deve manter em seu

arquivo, o prazo e o fundamento legal.

TRIBUTÁRIO

Documento Prazo Fundamento legal

IR – Imposto de Renda 5 anos arts. 173 e 174, CTN

CSLL – Contribuição Social sobre Lucro Líquido 5 anos arts. 173 e 174, CTN

PIS – Programa de Integração Social 5 anos arts. 173 e 174, CTN

Cofins – Contribuição para Financiamento da Seguridade 5 anos arts. 173 e 174, CTN

Simples Nacional 5 anos art. 26, ii, LC 123/2006 e arts. 173 e 174, CTN

Notas fiscais, recibos e demais comprovantes de lançamentos 5 anos arts. 195 e 174, CTN

Livros fiscais e contábeis 5 anos arts. 195 e 174, CTN

Sistemas eletrônicos de dados de escrituração fiscal ou contábil 5 anos art. 11, Lei nº 8.218/1991 e art. 173, CTN

Sistemas eletrônicos de dados de escrituração fiscal ou contábil 5 anos art. 11, Lei nº 8.218/1991 e art. 173, CTN

Sistemas eletrônicos de dados de escrituração fiscal ou contábil 5 anos art. 11, Lei nº 8.218/1991 e art. 173, CTN

Dasn – Declaração Anual do Simples Nacional 5 anos art. 26, ii, LC 123/2006 e arts. 173 e 174, CTN

Declaração de Ajuste Anual – declaração e comprovantes de lançamentos 5 anos arts. 173 e 174, CTN

TRABALHISTA/PREVIDENCIÁRIO

Documento Prazo Fundamento legal

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 30 anos art. 23, § 5º, Lei nº 8.036/1990

GFIP – Guia recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social 30 anos art. 23, § 5º, Lei nº 8.036/1990

GRFC – Guia de recolhimento rescisório do FGTS e da contribuição social 30 anos art. 23, § 5º, Lei nº 8.036/1990

Contribuição previdenciária – GPS 5 anos arts. 173 e 174, CTN

Contribuição sindical – GRCSU 5 anos arts. 173 e 217, i, CTN

Contrato de trabalho indeterminado (1)

Contrato de trabalho indeterminado (1) Recibo de pagamento de salário, de férias, de 13º salário, controle de ponto 5 art. 7º, xxix, CF e art. 11 CLT

Termo de rescisão do contrato de trabalho, pedido de demissão e aviso prévio 2 anos art. 7º, xxix, CF e art. 11 CLT

Folha de pagamento 10 anos art. 225, i e § 5º, Decreto nº 3.048/1999

Sistemas eletrônicos de dados trabalhistas e previdenciários 10 anos art. 225, § 22, Decreto nº 3.048/1999 Caged –

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 5 anos art. 2º, § 1º, Portaria MTE 1.129/2014

Rais – Relação Anual de Informações Sociais 5 anos art. 8º, Portaria MTE 269/2015

nota: (1) Considerando que tais documentos são importantes para comprovação de tempo de serviço para fins

de benefícios previdenciários (art. 603 CLT e art. 19, Decreto nº 3048/1999), recomenda-se sua guarda por

prazo indeterminado.

Fonte: Informativo Tome Nota- Fecomercio- SP

APRENDA A FAZER UMA PROPOSTA DE HONORÁRIOS

CONTÁBEIS JUSTA E RENTÁVEL

Se por um lado o contador é fundamental para aumentar as chances de sucesso das

MPEs, por outro ele não pode esquecer que também é um empresário que precisa

buscar lucro em sua operação, e isso só é possível quando ele precifica

adequadamente seus serviços. Sendo assim, não é à toa que honorários contábeis é

um assunto que está sempre em pauta no dia a dia do profissional de contabilidade.

A principal dúvida que costuma surgir é: como cobrar honorários e abordar esse

item de forma confortável e tranquila com o cliente? Pois bem, este guia prático de

como elaborar uma proposta de honorários contábeis justa e, ao mesmo tempo,

rentável, vai trazer três perguntas para você refletir antes de bater o martelo e

divulgar o preço dos seus honorários de contabilidade para potenciais clientes.

Confira!

Os custos diretos e indiretos do escritório são conhecidos?

Formar preço apenas com base na média do mercado e na tabela referencial do

sindicato das empresas de serviços contábeis pode ser um tiro no pé se o valor final

não permitir o pagamento de todas as contas e ainda gerar lucro. Certamente, essas

são importantes ferramentas para fornecer uma base comparativa, mas sozinhas elas

não podem definir os valores praticados pelo seu escritório contábil.

Para chegar a um valor de honorários contábeis justo e rentável ao mesmo tempo é

preciso fazer o cálculo de custos da empresa de contabilidade levantando

informações como tempo real dedicado à realização dos serviços contábeis, custo de

cada funcionário por hora, custo de cada cliente por hora dedicada, custos diretos e

indiretos do escritório de contabilidade e margem de lucro esperada. Saiba mais

detalhes sobre cada uma delas aqui.

Com essas informações preciosas em mãos, a sua proposta de honorários contábeis

pode ser feita sabendo-se com precisão, por exemplo, quanto custa para que sua

equipe possa realizar um atendimento de qualidade e obter a margem de lucro

esperada, chegando-se ao valor de honorários para contadores adequado para o seu

negócio. Aí, sim, você pode comparar com os concorrentes e o sindicato.

Se o valor que você encontrou fazendo o cálculo de custos está muito acima do

mercado, é importante revisar seus processos e verificar onde é possível ser mais

produtivo e eficiente. Eliminar atividades manuais, como o processo de

recebimento, conferência e organização de documentos dos clientes, além da

digitação dos lançamentos contábeis, trará um ganho enorme para a rotina do

escritório, por exemplo. Com isso, será possível baixar o custo operacional e

praticar preços mais competitivos.

A qualidade do seu atendimento justifica o valor cobrado pelos serviços?

É coerente cobrar o mesmo valor de honorários de contabilidade de todos os seus

clientes? Para lidar com esse tipo de situação de forma bastante profissional, existe

um ponto importante a ser considerado: além de conhecer profundamente todos os

custos envolvidos na operação do escritório contábil, é necessário saber também

quanto cada um consome de tempo. Com essa informação em mãos, é possível

organizar a rotina de atendimento ao cliente, melhorar a divisão de tarefas e

precificar adequadamente seus honorários contábeis, além de trabalhar a

produtividade do time, buscando otimizar processos – como a integração contábil,

por exemplo.

Um bom atendimento ao cliente, sem dúvida, é uma maneira de fidelizar sua

carteira, então, essa deve ser uma prioridade no seu trabalho. Nesse sentido, quanto

mais controle você tiver sobre o tempo gasto em cada atividade e dedicado a cada

cliente, maior será sua capacidade de reagir com eficiência aos problemas pontuais

das MPEs. Para controlar as horas investidas em cada tarefa/cliente você pode usar

planilhas em Excel ou utilizar recursos mais modernos, como as ferramentas

digitais.

Sabendo quanto cada cliente consome de tempo, quanto cada funcionário custa e os

honorários de contadores recebidos você pode descobrir, por exemplo, que o cliente

mais representativo no faturamento é também o que mais consome o tempo da

equipe, deixando pouco espaço para o atendimento das demais MPEs. Nesse caso,

se você notar que uma empresa tem uma demanda muito grande, com alto volume

de notas fiscais ao mês, além de ter operações de maior risco tributário para o

escritório, por exemplo, é bom ter um plano de atendimento específico para ela e

cobrar um valor diferenciado por isso.

Suas propostas de serviços contábeis são claras?

Em seu curso sobre Negociação para Escritórios de Contabilidade, Anderson

Hernandes, empresário contábil, palestrante e escritor, alerta que o modelo de

proposta de serviços contábeis ideal para as MPEs deve ter, no máximo, três páginas

com a seguinte estrutura lógica:

Apresentação do escritório contábil

É importante abrir o material posicionado a empresa no mercado e destacando seus

diferenciais de forma breve. Se seu escritório contábil é especialista em um nicho de

mercado como clínicas médicas e consultórios, por exemplo, destaque na proposta

que os serviços são especializados para atender a requisitos e particularidades do

Conselho Federal de Medicina (CFM).

Serviços oferecidos

Ofereça somente o que o potencial cliente precisa, segmentando os serviços por

áreas, como contábil, fiscal, trabalhista/previdenciária e imposto de renda. Envie a

proposta em até 48 horas para que seu potencial cliente perceba a agilidade do

escritório. Além da descrição dos serviços que serão prestados, é fundamental dizer

como eles serão oferecidos, incluindo prazos e regras para a entrega dos documentos

na proposta.

Valor dos honorários contábeis

Na hora de estabelecer o valor dos honorários de contabilidade, avalie as

informações colhidas no levantamento prévio com o cliente e lembre-se: quanto

mais complexa a estrutura fiscal, mais trabalho e mais risco para o escritório. Logo,

os honorários contábeis deverão ser mais altos.

Serviços extraordinários (não inclusos no plano)

Se a proposta contábil não for clara sobre o que está dentro do pacote de serviços

contratados e o que são serviços extras, o cliente pode achar que tem direito a tudo

dentro da mensalidade. Então, este é o momento de deixar bem claro que seu

escritório pode atender necessidades adicionais ou pontuais, mas que elas serão

cobradas à parte. Exemplos de serviços extras mais comuns são alterações

societárias (como alteração de contratos e abertura de filiais), certidões negativas

diversas, homologações sindicais e controle de imobilizado.

Tecnologia

Você pode sugerir no seu modelo de proposta de serviços do escritório contábil um

pacote de horas para fazer o acompanhamento da adoção de um sistema de gestão.

O Conta Azul é um exemplo de solução que pode ser oferecida, pois dá ao

microempreendedor ferramentas de controle e organização sobre a empresa. Esse

sistema também proporciona agilidade na obtenção das informações que o escritório

de contabilidade precisa para fazer o processo de fechamento contábil, pois é

facilmente conectado com o ContaAzul para Contadores – software de integração

contábil gratuito para os escritórios que desejam impulsionar sua produtividade.

Validade da proposta

Este último tópico é bem breve e existe para destacar por quanto tempo seu

escritório consegue manter os valores e condições apresentadas. Os prazos,

geralmente, variam entre 15 e 30 dias.

Os custos do escritório contábil, o tempo dedicado ao atendimento de cada cliente e

os tipos de serviços que fazem parte do pacote contratado pela MPE são análises

que não podem ficar de fora no processo de formação do preço de honorários de

contabilidade.

Esse conhecimento profundo do negócio dará segurança para negociar com novos

clientes e renegociar com os antigos. De posse dessas informações o contador

poderá até, se preciso, elaborar uma pequena apresentação mostrando a estrutura do

escritório, os benefícios que os clientes têm com os investimentos realizados, os

serviços que consomem e o que isso representa em volume de horas.

Também é possível comparar o consumo de horas e o risco que o cliente representa

frente ao restante da carteira, provando de forma visual que ele usa muitos serviços,

consome horas e representa riscos, justificando a necessidade de ele pagar mais do

que vem pagando. Com essa maior proximidade e todos esses pontos bem

esclarecidos, as chances de a MPE virar inadimplente ficam bem menores, tendo em

vista que ela terá consciência do valor do serviço contábil prestado.

Fonte: Jornal Contábil

100 OU MAIS FUNCIONÁRIOS? QUAIS AS OBRIGAÇÕES DA

SUA EMPRESA?

Uma das maiores críticas do empresariado brasileiro sobre a legislação nacional gira

em torno da complexidade das obrigações legais. Afinal, o gestor precisa ficar

atento a uma série de exigências que perpassam diversos ramos do direito — do

tributário ao trabalhista. Se não bastasse a vasta coletânea de leis, são inúmeros os

critérios adotados para diferenciar empresas que devem ou não cumprir determinada

norma. Um dos critérios mais importantes, no entanto, é o número de funcionários.

Existem uma série de obrigações específicas na legislação para empresas que

possuem mais de 100 colaboradores. Uma das principais é o percentual mínimo para

portadores de deficiência, que passa a ser válido assim que aempresa atinge esta

cota, mas não para por aí. Confira, na sequência, as principais obrigações legais para

as empresas deste porte.

A cota para portadores de deficiência

Se a sua empresa possui mais de 100 trabalhadores, fique atento, pois uma das

principais exigências vem com a lei 8.213/93, que obriga as organizações a

contratarem uma cota mínima de portadores de deficiência em seu quadro funcional.

A lei define que, a partir do momento que a empresa chega a essa cota, deve

compor, no mínimo, 2% do seu quadro funcional com pessoas portadoras de

necessidades especiais. Este percentual cresce à medida que o quadro funcional

também aumenta: Entre 201 e 500 empregados, a exigência é de que sejam

contratados 3% de portadores de deficiência, de 601 e 1000, 4% e a partir de 1.001

colaboradores, o número mínimo exigido é de 5%.

Criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Outra obrigação importante, mas, infelizmente, pouco cumprida em muitas

empresas, é a criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Muitos gestores se confundem pois, acreditam que este tipo de obrigação é

destinado exclusivamente para empresas que realizam atividades de risco para os

trabalhadores, como empreiteiras, empresas de segurança, entre outros.

No entanto, todas as empresas que completam o quadro de 100 colaboradores, é

obrigada a criar a CIPA, independentemente da área de atuação. A criação da CIPA

é uma obrigação antiga para as empresas. Está prevista no artigo 163 da

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Norma Regulamentadora 5, que foi

aprovada pela Portaria nº 08/99.

Contratação de Jovens aprendizes

Apesar de não ser uma obrigação específica para organizações desse porte – a partir

de 7 funcionários, já existe a obrigação legal de contratar jovens aprendizes. É

importante ressaltar a importância desta norma, isso porque, quanto maior a

empresa, maior atenção deve ser dada às exclusões legais.

De acordo com o Decreto nº 5.598/05 da CLT, as empresas devem contratar entre

5%, no mínimo, e 15%, no máximo, de aprendizes para o seu quadro funcional. No

entanto, a própria lei prevê algumas exclusões, como as funções que exijam

formação profissional de nível técnico ou superior, os cargos de direção e gerência,

trabalhadores sob regime temporário de trabalho e os próprios aprendizes já

contratados pela empresa.

As creches obrigatórias

Essa ainda não é uma obrigação para as empresas, mas foi incluída na lista pois

ainda está em tramitação o Projeto de Lei do Senado nº 236, de 2011. No final ano

passado, aconteceram algumas movimentações nesse projeto. Ele define que as

empresas com mais de 100 funcionários devem fornecer creches para os seus

colaboradores, sejam elas internas, ou externas, por meio de convênios com escolas

e creches, públicas ou privadas, desde que próximas do local de trabalho ou por

meio de reembolso do empregado — caso solicitado.

Fonte: Jornal Contábil

TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO EVITA

ACIDENTES E MELHORA QUALIDADE DE VIDA DOS

FUNCIONÁRIOS

Presença do profissional é exigida por lei em algumas empresas, de acordo com

tamanho e atividade, e garante cumprimento de normas

Apesar de ser um profissional exigido por lei em algumas empresas, ter o

conhecimento técnico bem apurado é diferencial, aponta docente do Senac-SP

(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

O técnico em segurança do trabalho pode reduzir a taxa de mortalidade e a

incidência de acidentes de trabalho, minimizando danos aos trabalhadores, às

empresas e ao Orçamento da União. A presença desse profissional é exigida por lei

em algumas empresas. Por bons motivos. Segundo o Ministério do Trabalho e

Emprego, entre 2008 e 2014 ocorreram cerca de 5 milhões de acidentes e doenças

no trabalho no Brasil. No mesmo período, o INSS desembolsou mais de R$ 50

bilhões com gastos previdenciários (auxílio-doença ou acidente, pensão por morte e

aposentadoria por invalidez).

“No setor de comércio e serviços, entre os mais comuns estão as lesões por

movimentos repetitivos”, diz a técnica em segurança do trabalho e vice-presidente

do Sindicato dos Técnicos em Segurança do Trabalho de Guarulhos (SINTESP),

Selma Rossana. Cabe ao profissional de segurança do trabalho orientar a empresa a

melhorar a ergonomia do ambiente, evitando o risco de o funcionário adquirir esse

tipo de doença, por exemplo.

Segundo ela, muitos consideram gasto desnecessário e não, investimento que pode

melhorar a qualidade de vida do funcionário e, consequentemente, aumentar a

produtividade da empresa.

Formação e regulamentação da profissão

A profissão do técnico em segurança do trabalho é regulamentada pela Lei nº 7.410,

de 1985, e o profissional compõe a equipe de segurança do trabalho (que é formada

por engenheiro, médico, enfermeiro e auxiliar de enfermagem).

A quantidade dos profissionais da equipe de segurança do trabalho depende do grau

de risco e da quantidade de funcionários na empresa, definida pelo Serviço

Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)

previsto na NR nº 4 e que varia de um a quatro (sendo este o maior risco).

O técnico em segurança do trabalho opera na prevenção dos acidentes do trabalho

decorrentes dos fatores de riscos ocupacionais (como o contato com agentes

químicos ou biológicos, eletricidade, ferramentas, armazenamento e transporte de

materiais). No dia a dia, desenvolve programas de treinamento e procedimentos de

segurança que estimulam a preservação física dos funcionários em empresas,

construções e instalações industriais a fim de eliminar riscos. Nos casos em que não

é obrigatório a empresa ter o profissional em seu quadro fixo de colaboradores, o

técnico em segurança do trabalho pode prestar serviço no formato de consultoria ou

assessoria.

“É fundamental ele estar presente para acompanhar as condições, já que incidentes

aparecem nas condições laborais do dia a dia”, observa o docente do curso técnico

de Segurança do Trabalho no Senac Guarulhos, Luis Antonio Vaiano.

A unidade de Guarulhos oferece a formação há cerca de 20 anos – Selma Rossana

foi uma das primeiras alunas – e, de lá para cá, muita coisa mudou, pontua Vaiano.

Desde aspectos tecnológicos até as condições laborais, já que as aulas são

fundamentadas na legislação, em normas, portarias e decretos, que mudam com o

tempo: “Por isso a reciclagem e atualização é constante”, comenta.

De acordo com ele, apesar de ser um profissional exigido por lei em algumas

empresas – o que torna interessante o mercado de trabalho já que sempre haverá

vagas – um diferencial é ter o conhecimento técnico bem apurado: “É importante

para aplicar nas avaliações do ambiente de trabalho no dia a dia”, explica o docente.

Vaiano aponta que a segurança do trabalho em empresas brasileiras evoluiu em

algumas décadas. Apesar de hoje ocupar o 4º lugar no ranking da Organização

Internacional do Trabalho (OIT) de países com mais acidentes de trabalho – perde

apenas para China, Estados Unidos e Rússia –, essa marca já foi pior: “Na década de

1970, era o primeiro colocado. Imagina o custo para a previdência arcar com essa

situação?”, frisa.

Cada vez mais a atuação do técnico em segurança do trabalho deve ser não só evitar

acidentes, mas melhorar a qualidade de trabalho dos funcionários: “É um

prevencionista, tem que agir antes dos acidentes.”

Fonte: Informativo FECOMERCIOSP

TECNOLOGIA

WhatsApp facilita o relacionamento das empresas com os clientes

Para especialistas, contudo, é preciso tomar cuidados para não infringir as regras de

uso da ferramenta nem irritar os consumidores.

Por Jamille Niero

Com 900 milhões de usuários no mundo todo o aplicativo de mensagens WhatsApp

é muito utilizado pelos brasileiros: de conversas com os amigos ao relacionamento

com empresas. E cada vez mais se amplia seu uso comercial para atendimento ao

cliente. Se ainda não é comum nas grandes empresas, já é bastante usual nas

pequenas. Especialmente nas lojas virtuais, que aproveitam os recursos e o baixo

custo do aplicativo para tornar o contato o mais pessoal possível – considerando que

uma loja online não tem contato presencial com seus consumidores.

O problema é que nos termos de uso consta que o aplicativo não pode ser utilizado

para enviar spam ou fazer contato comercial com os usuários. De acordo com o

presidente do Conselho de IT Compliance e Educação Digital da FecomercioSP, o

advogado Renato Opice Blum, em tese as empresas podem usar a ferramenta,

mesmo existindo a restrição para fins comerciais, contanto que seja para continuar

um relacionamento já existente com o consumidor: “Depois de instalada a relação

comercial, pode se comunicar. Até porque no Brasil o WhatsApp virou necessidade

para qualquer pessoa”, argumenta.

A dica de ouro para não desobedecer a regra, segundo Opice Blum, é justamente

não enviar nenhum tipo de spam, mas apenas dar continuidade à relação comercial

com o cliente, sendo o aplicativo mais uma opção de canal de comunicação para o

consumidor entrar em contato com a empresa. Para os que desrespeitarem a regra, a

punição mais comum é o aplicativo cancelar a conta de quem praticou o abuso.

Cuidados em relação ao uso

Para Cynthia Polzer, docente no curso de Estratégias de Marketing Digital e E-

commerce, da unidade Francisco Matarazzo do Senac-SP, as empresas devem tomar

muito cuidado ao adotar novas ferramentas – como o WhatsApp – para atendimento

ao cliente.

Segundo ela, pode ser que futuramente a ferramenta siga a linha adotada pelo

Facebook – dono do aplicativo – e permita interações comerciais. Por enquanto,

porém, o consumidor que receber algum tipo de spam pode denunciar quem enviou

a mensagem.

Uma orientação dada em sala de aula é a de as empresas lerem com bastante atenção

os termos de uso de qualquer rede ou ferramenta utilizada, uma vez que podem

infringir alguma regra e serem penalizadas por isso: “Pessoa física, pode se dar ao

luxo de não ler os termos de uso, mas se for empresa, tem que ler”, diz Cynthia,

ressaltando que o empreendimento pode até ser processado caso um consumidor

receba spam. Não gostando, ele pode acionar a Justiça e acusar a empresa por

contatá-lo de maneira indevida. “Depende muito do juiz por enquanto, porque a

legislação [sobre o tema] é muito nova. Ainda não é hora de olhar o WhatsApp

como ferramenta para uso com clientes.”

Respostas rápidas e assertivas

Segundo Pedro Guasti, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da

FecomercioSP, disponibilizar o atendimento via WhatsApp pode ser muito útil à

loja e ao consumidor em dois momentos: para servir como um apoio na decisão de

compra, especialmente no caso de dúvidas em relação a produtos com poucos

parâmetros, como acessórios e móveis, e no pós-vendas: “Em ambos os usos desse

dispositivo, é importante que o empreendimento tenha estrutura para dar respostas

rápidas e assertivas. Não adianta oferecer um canal e demorar para responder ou

falar besteira. É rápido, barato e cada vez mais o consumidor tem usado o

smartphone para necessidades, compras, etc.”, aponta o presidente.

Guasti destaca ainda que o aplicativo de mensagens serve para uma demanda cada

vez mais comum dos consumidores, que é a eficiência e a rapidez no atendimento

por parte das empresas. “De acordo com a última edição do Relatório Webshoppers,

entre os fatores que fariam com que o consumidor comprasse mais e com mais

frequência estão: em relação ao atendimento, a eficiência para resolução dos

problemas para 70% dos entrevistados, rapidez no atendimento e assistência ao

cliente em segundo lugar, com 56%, e em terceiro, manter contato com comprador

via chat ou Whatsapp, com 45%. O consumidor vê valor nesse tipo de ferramenta

para que isso possa alavancar ou influenciar as compras.”

Outras dicas

Para Ricardo Mello, docente do curso de Marketing da Universidade Anhembi

Morumbi, o WhatsApp pode ser usado principalmente para conquistar e fidelizar o

cliente.

“No aplicativo não pode fazer promoções ou conquistar diretamente, mas dá para

aplicar o chamado buzzmarketing, que é ‘empoderar’ quem divulga a marca de

forma espontânea para realizar comunicação boca a boca no WhatsApp”, explica o

docente. Ou seja, fazer com que os próprios consumidores divulguem a empresa.

Como exemplo de estratégia, identificar um problema existente no mercado onde a

empresa atua e oferecer uma solução, incentivando as pessoas a comentarem sobre o

êxito dessa ação.

Para fidelizar, é possível usar o WhatsApp como atendimento, abrindo esse canal e

respondendo aos consumidores: “Não é a empresa que iniciou a comunicação, mas a

permitiu, e com isso poderia formar um banco de dados para saber do

relacionamento do cliente com a empresa”, ele explica.

Outra dica sugerida pelo docente é a companhia sempre disponibilizar seus sites no

formato mobile, permitindo ainda que o conteúdo existente ali possa ser

compartilhado pelos usuários nas redes sociais e também no aplicativo.

Fonte: Informativo Tome Nota- FECOMERCIOSP

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