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lona.redeteia.com Edição 806 Curitiba, 14 de agosto de 2013 Larissa Mayra Notícia Antiga No dia 14 de agosto de 1920, começa- vam os VII Jogos Olímpicos, na Bélgica. Número de casos de gripe cai no Paraná, mas casos de morte aumentam Mais médicos nas ruas Com apenas 1.851 se- lecionados na 1ª e na 2ª chamada, o Programa Mais Médicos falha ao tentar atrair os profis- sionais para o Sistema Único de Saúde. No Paraná, 91 médicos aprovados podem ser contratados, mas a cat- egoria aderiu ao estado de greve que dominou o Paraná. Página 3 Opinião Prisões brasileiras “O sistema penitenciário brasileiro parece ter virado uma grande sala de reuniões do trá- fico e do crime organizado”. Lei da Palmada “O Uruguai é o primeiro país no mundo a fazer a ex- periência da l e g a l i z a ç ã o”, Laura Torres. Por onde anda? O que fazem os estudantes de jor- nalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno André Rosas. Página 2 Tecnologia “Transporte co- letivo curitiba- no vai dar muita munição para as campanhas eleito- rais, e já no pleito de 2014”, Gustavo Vaz. Política Colunistas Gustavo Vaz e Luiza Romagnoli Página 5 Na coluna 8bits de hoje, a colunista Luiza Romagnoli fala sobre a EM- BRACE+, uma pulseira que avisa quando há notifica- ções no seu celular. SECS/AE NOTÍCIAS A Secretaria de Saúde divulgou em boletim, no último dia 12, os números atualizados dos casos de gripenoParaná,noprimeirosemes- tre de 2013. Houve um aumento no número de mortes e a incidência maior do vírus Influenza B. No en- tanto, o número de pessoas infecta- das pela gripe caiu em quase 500 casos. A divulgação de métodos de prevenção, que são simples como o ato de sempre lavar as mãos, ainda é a melhor maneira de evitar o vírus da gripe. Página 3

Lona 806 - 14/08/2013

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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lona.redeteia.comEdição 806 Curitiba, 14 de agosto de 2013

Lari

ssa

May

ra

Notícia AntigaNo dia 14 de agosto de 1920, começa-

vam os VII Jogos Olímpicos, na Bélgica.

Número de casos de gripe cai no Paraná, mas casos de morte aumentam

Mais médicos nas ruasCom apenas 1.851 se-lecionados na 1ª e na 2ª chamada, o Programa Mais Médicos falha ao tentar atrair os profis-sionais para o Sistema Único de Saúde. No Paraná, 91 médicos aprovados podem ser contratados, mas a cat-egoria aderiu ao estado de greve que dominou o Paraná. Página 3

OpiniãoPrisões brasileiras“O sistema penitenciário brasileiro parece ter virado uma grande sala de reuniões do trá-fico e do crime organizado”.

Lei da Palmada

“O Uruguai é o primeiro país no mundo a fazer a ex-periência da legalização”, Laura Torres.

Por onde anda?

O que fazem os estudantes de jor-nalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno André Rosas.

Página 2

Tecnologia

“Transporte co-letivo curitiba-no vai dar muita munição para as campanhas eleito-rais, e já no pleito de 2014”, Gustavo Vaz.

Política

Colunistas

Gustavo Vaz e Luiza Romagnoli

Página 5

Na coluna 8bits de hoje, a colunista Luiza Romagnoli fala sobre a EM-BRACE+, uma pulseira que avisa quando há notifica-ções no seu celular.

SECS/AE N

OTÍCIAS

A Secretaria de Saúde divulgou em boletim, no último dia 12, os números atualizados dos casos de gripe no Paraná, no primeiro semes-tre de 2013. Houve um aumento no número de mortes e a incidência maior do vírus Influenza B. No en-tanto, o número de pessoas infecta-das pela gripe caiu em quase 500 casos. A divulgação de métodos de prevenção, que são simples como o ato de sempre lavar as mãos, ainda é a melhor maneira de evitar o vírus da gripe.

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ExpedienteReitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Lucas Karas

O projeto para le-ga l ização da ma-conha no Uruguai foi aprovado pela Câmara e agora, com grandes chances de também ser aceito, segue para o Senado. Com isso, o Estado, por meio de uma agência estatal que seria responsável por emitir licenças e comandar os elos da cadeia, assume o poder de produção, controle e a regula-ção das atividades de importação, arma-zenamento, comer-cia l ização e distr i -

buição da cannabis e der ivados .Para os i ludidos usuár ios das outras par tes do mundo que, com a lega l iza-ção, esperam poder i r até o Uruguai , usufruir da planta e ainda levá- la como lembrança para seu país de or igem, s into informar que estão enganados , o con-sumo e distr ibuição serão controlados para maiores de 18 anos e res iden-tes no Uruguai , que ser iam registrados como consumidores

recreat ivos e pode-r iam comprá- la em farmácias l icencia-das .Mesmo com a lega l-ização, o acesso à substância ter ia re-str ições . Aconteceria por meio do cultivo próprio para uso pes-soal, com o limite de seis plantas e uma col-heita máxima de 480 gramas por ano; pelo cultivo em clubes que exigiriam filiação de no mínimo 15 sócios e máximo de 45 e um número proporcional de plantas; e compra em farmácias. Além

disso, o indivíduo só poderia comprar e ter em sua posse 40 gramas de maconha.Há quem acredite que a legalização seja um retrocesso no com-bate à dependência. Porém, se pensarmos no tempo que estamos na luta contra as dro-gas e os êxitos obtidos seguindo a linha da proibição, talvez a le-galização da maconha não seja totalmente uma furada.Comparada com o cigarro e o álcool (drogas lícitas no Brasil, nas quais não

vejo nenhum benefí-cio) a maconha traz benefícios medici-nais, contra a des-nutrição e anorexia, por exemplo, pois estimula o apetite. Entre os outros tipos de drogas pesadas, a maconha é a que menos oferece riscos aos usuários.O Uruguai é o pri-meiro país no mundo a fazer a experiência da legalização e, por isso, está no cen-tro dos olhares do mundo inteiro. Se o projeto obtiver êxito, será lembrado e co-

piado. Do contrário, será um exemplo a não ser seguido p or out ro s p a í s e s . Ac re d i t o qu e a l -g u é m ( ou u m a n a -ç ã o ) d e ve r i a d ar o pr i m e i ro p a s s o, v i s t o qu e a for m a d e lu t a c ont r a a s d ro-gas não tem sido efi-caz, porém, o rumo é incerto. O que espera o Uruguai? A glória do primeiro passo na direção certa para a luta contra o trá-fico ou a perdição no mundo sombrio e triste das drogas?

Recentemente, a ONG AfroReg-gae sofreu ataques em suas instalações nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. No pri-meiro, um incêndio criminoso destruiu uma pousada da ONG. No segundo, as sedes localizadas na Vila Cruzeiro, no complexo do Alemão, foram alvos de tiros.A autoria era um mistério até pouco tempo atrás. Do-mingo, na verdade. Afinal, foi depois de uma reportagem especial do último Fantástico que sur-

giram as provas de que os autores dos ataques à ONG eram nada mais, nada me-nos do que Luiz Fer-nando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar e Márcio dos Santos Nepomuce-no, o Marcinho VP, ambos situados em prisões de segurança máxima.Os dois haviam con-versado cara a cara no mês de maio e, em uma conversa gra-vada, comentaram de dar um “salve para o Juninho”. Juninho é, na verdade, José Junior, coordenador do AfroReggae. E o “salve”, na língua dos criminosos, seria

sinônimo de ataque, represália, de acordo com a Polícia.Contudo, o ponto principal que deve ser colocado em pauta não é a auto-ria dos crimes por parte dos dois, o que deve ser confir-mado pelas provas existentes. O que deve ser analisado, sim, é a fragilidade que o sistema penal brasileiro apresenta. Afinal, deixar dois dos mais influentes criminosos brasileiros conversarem é no mínimo uma infan-tilidade por parte dos que autorizaram tamanha barbárie.E o problema fica

ainda maior quando se descobre que a própria justiça con-cedeu uma liminar, após Beira-Mar ale-gar estar “muito soz-inho” na cela onde ficava separado dos outros presos. Uma demonstra-ção de pena ou de facilitação para o exercício do crime organizado no Brasil? Afinal, qual o sentido em permitir que esses dois batessem um papo? Hoje, o sistema pen-itenciário brasileiro parece ter virado uma grande sala de reuniões do trá-fico e do crime or-

ganizado no Brasil. Grandes traficantes e líderes de facções e afins são presos e condenados. Mas, mesmo assim, con-tinuam suas ativi-dades normal-mente, de dentro da cadeia, devido à fraca fiscalização e o frágil sistema penal que o Brasil possui.O acontecido com a ONG AfroReggae é só um caso que veio a público, dos milhares que acon-tecem vindouros de ordens dissemina-das nas prisões pelo Brasil. Criar um sistema mais rígido, que

puna e que eduque é uma saída lógica que parece não ser aceita por aqueles que têm poder para enrijecer as prisões brasilei-ras. Afinal, cadeia deveria ser algo que as pessoas tremes-sem ao lembrar. E não algo que facili-tasse a articulação do tráfico. E da próxima vez que o Fernandinho Beira-Mar se sentir sozinho, seria uma boa dar um jogo, uma bola, mas, por favor, evitem dis-ponibilizar uma conversa com outro chefe do crime or-ganizado e afins. O Brasil agradece!

O frágil sistema penitenciário brasileiro

Por Onde Anda? André RosasMe formei na Uni-

versidade Positivo no final de 2012 e jamais imaginei que minha vida iria virar de ca-beça para baixo. Du-rante toda a faculdade sempre quis trabalhar com música e entre-tenimento. Mantive um portal de cultura e variedades durante quatro anos, trabal-hei na assessoria do Festival Lupaluna e depois fui para uma

grande empresa de telecomunicações. Depois de 8 meses, me desliguei da em-presa e recebi uma proposta para trab-alhar na Sony Music Brasil, no Rio de Ja-neiro. Hoje faço parte do time de Marketing Digital e cuido desde redes sociais até cobe-rturas de eventos dos artistas da gravadora.

Pra onde vai o Uruguai? Laura Torres

Editorial

Articulações entre criminosos presos demonstram falhas graves nas “boazinhas” prisões brasileiras

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De acordo com o boletim informati-vo da Secretaria da Saúde divulgado no último dia 12, foram registrados 1215 casos de gripe no Paraná, desde o início do ano. No mesmo período de 2012, foram 1687 casos. Apesar da diminuição, houve cinco mortes a mais neste ano: 52 em 2013 con-tra 47 em 2012. As mortes por gripes normalmente estão ligadas a doenças crônicas.A diferença de quase 500 infecta-dos do ano passado para esse ano por se dá pela incidên-cia que o vírus (h1n1) teve nesse ano, e pela presen-ça de outro tipo de vírus, o influenza B, que teve, no ano passado, nove in-fectados. O relatório tam-bém aponta que o maior número de vítimas do vírus são mulheres, com 53% contra os res-tantes 47% dos ho-mens. O professor na Universidade Positivo e Infec-tologista Marce-lo Abreu Ducro-quet justifica os números “O vírus

desse no tem muita semelhança com o vírus do ano pas-sado. Como tem muita gente vaci-nada do vírus do ano passado, isso pode ajudar um pouco na preven-ção”. O descuido é o principal fator que piora a situação dos pacientes, explica a médica Miriam Woiski, que tam-bém coordena o CIEVS-PR “Muitos pacientes procuram atendimento médi-co tardiamente e em situações já con-sideradas graves”. Já Drucoquet afirma que o fato de pes-soas debilitadas serem em maior número, a mudança não se dá tanto no comportamento do vírus “Não é só mu-dança de compor-tamento de vírus, o vírus atinge pessoas debilitadas, que já possuem algum problema anterior”.No boletim, Miriam ressalta que nem todos os casos são registrados, já que são contabilizadas apenas as amostras analisadas pelo Laboratório Central do Estado.

Prevenção

Apesar dos diferen-tes tipos de vírus, as formas de preven-ção são as mesmas (veja imagem de campanha da Sec-retaria de Saúde). Lavar bem as mãos está em primeiro lugar, evitar to-car olhos, narizes e bocas além de não compartilhar obje-tos de uso pessoal e manter os ambientes sempre arejados. Municípios Dentre os 135 mu-nicípios com regis-tro de infectados por gripe, Curitiba foi a quem mais teve in-cidência de casos das Influenzas: 29 da A e 47 da B. O método de prevenção das duas é o mesmo e a dife-rença entre os vírus é somente na mutação dos genes. De crianças a idosos A meia-idade é a

mais afetada com o vírus, aponta o bole-tim. De 40 a 49 anos a incidência é maior da Influenza A, com

102 infectados. Já os jovens sofreram mais com a Influenza B: 128 jovens de 10 a 19 anos e 127 de 20

a 29 anos foram in-fectados.

Alteração também aconteceu em relação ao comportamento do vírus da gripeLUCAS DE LAVOR

Gripe tem menor número de casos em 2013, porém, mais mortes

Notícias do DiaD

IVU

LGAÇÃO

/SESA

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Após a rea l ização de t rês para l isa-ções em mais de 15 c idades do Paraná, os médicos pa-ranaenses também f izeram na semana passada. C om bar-racas montadas na B oca Maldita e no L argo da Ordem, o intuito foi escla-recer para a popu-lação os mot ivos da greve e recol-her ass inaturas contra o Programa Mais Médicos . Além disso, houve também afer ição da pressão ar ter i-a l para as pessoas que se interessa-vam. O nú m e ro b a i xo d e s e l e c i o -n a d o s n a s 1 ª e 2 ª c h am a d a s d o Pro g r am a Mai s Mé d i c o s au m e nt a a p o s s i b i l i d a d e d e i mp or t a ç ã o d e m é d i c o s e s -t r ange i ro s s e m a re a l i z a ç ã o d o R e -v a l i d e ( e x am e n a -c i on a l d e re v a l i -d a ç ã o d e d ip l om a s e s t r ange i ro s ) . De acordo com o Gov-erno Federal, os es-trangeiros devem preencher os postos não ocupados pelos brasileiros. No d i a 0 9 d e a go s t o, fo i d iv u l g a d a u m a l i s -t a c om 7 1 5 m é d i -c o s e s t r ange i ro s c l a s s i f i c a d o s p ar a atuar no Brasil. Dos 715 escolhidos, 194 são brasileiros que estudaram fora do Brasil e 521 são es-trangeiros. Para o Dou-tor Nestor Cama-cho Cal izaya , g r a du a d o n a B o l ív i a , n ã o t e r a re v a l i d a ç ã o p o d e s e r u m a e s c o l h a p e r i go s a , p oi s a qu a l i d a d e d o prof i s s i on a l n ã o é t e s t a d a . Ao s e mu d ar p ar a o Br a -s i l , C a l i z ay a s e pre p arou p or u m an o p ar a re a l i z ar o R e v a l i d e . C om o f u n c i on ár i o d a Pre fe i tu r a d e Cu -r i t i b a h á 2 2 an o s , C a l i z ay a d i z qu e a i mp or t a ç ã o n ã o é a m e l h or a l t e r n a -t iv a p ar a m e l h or ar a s aú d e br a s i l e i r a . O ut ro p ont o

qu e s t i on a d o p e l a s e nt i d a d e s m é d i -c a s s ã o o s 1 0 ve -t o s pre s i d e n c i a i s à l e i f e d e r a l d o At o Mé d i c o, qu e re g u l am e nt a a Me d i c i n a . Par a o pre s i d e nt e d a As -s o c i a ç ã o Mé d i c a d o Par an á , Jo ã o C ar l o s G on ç a lve s B ar a c h o, o s ve t o s t amb é m re pre -s e nt am u m d e s -re s p e i t o a t o d o o pro c e s s o l e g i s l a -t ivo, p oi s o pro j e -t o t r am it ou p or 1 2 an o s n o C ong re s -s o Na c i on a l ant e s d e s e r aprov a d o. B ar a c h o ap ont a qu e a s m e d i d a s d o gove r n o fe d e r a l i nt e r vê m n a for-m a ç ã o e e xe rc í c i o prof i s s i on a l d a m e d i c i n a .

Ac a d ê m i c o s Nã o s ã o ap e n a s o s m é d i -c o s qu e d e c i d i r am i r p ar a a s r u a s . O s e s tu d ant e s qu e e s t ã o s e pre p a -r an d o p ar a atu ar n a áre a s e pre o c u -p am c om o f utu ro d a prof i s s ã o. C om a possibilidade de estender o curso de graduação em medicina para oito anos descartada, os estudantes se preo-cupam com outros a s p e c t o s . Par a a e s tu d ant e d e

m e d i c i n a , Pa o l a Mar t i ns B arc e l -l o s , d e 1 9 an o s , o gove r n o e s t á “p e g an d o p e s a -d o” c om a c l a s s e m é d i c a . A l é m d i s s o, Pa o l a c on -s i d e r a qu e a f a l t a d e i n f r a e s t r utu r a é o qu e a f a s t a o s r e c é m - f o r m a d o s d a s c i d a d e s d o i n -t e r i or. “S e t ive s s e i n f r a e s t r u t u r a , e u t r ab a l h av a n o i nt e r i or”, d i z a a c a d ê m i c a qu e c u r s a o 1 º an o d e m e d i c i n a . Fa l t an d o u m

an o p ar a t e r m i n ar o c u r s o d e m e -d i c i n a , L e an d ro Na d a l Z ard o, d e 2 4 an o s , pre t e n d e vo l t ar p ar a a s u a c i d a d e . Z ard o d e -i xou Pont a Gro s s a p ar a e s tu d ar n a Pont i f í c i a Un ive r-s i d a d e C at ó l i c a d o Par an á ( P U C P R ) . Su a e s c o l h a fo i i n f lu e n c i a d a p e l a s i tu a ç ã o d o mu -n i c íp i o. No m ê s d e m arç o, d oi s p o s t o s d e s aú d e d a c i d a d e for am i nt e rd i t a d o s p e l a Vi g i l ân c i a S an i -

t ár i a p or f a l t a d e e s t r utu r a . Me s m o c om o o b j e t ivo d e re t or n ar a o i nt e -r i or, Z ard o n ã o ap oi a o Pro g r am a Mai s Mé d i c o s , p or c ons i d e r ar a pro -p o s t a aut or i t ár i a .

In f r a e s t r utu r a

A l é m d a n ã o aprov a ç ã o d a Me -d i d a Prov i s ór i a 6 2 1 , qu e i ns t i tu i o Pro g r am a Mai s Mé d i c o s , e p e l a re t i r a d a d o s ve -t o s i mp o s t o s a o At o Mé d i c o, a

c at e gor i a s o l i c i t a a m e l h or i a n a i n -f r a e s t r utu r a d o s h o s pi t a i s e p o s -t o s d e s aú d e d o S i s t e m a Ún i c o d e S aú d e . Por i s s o, o s m é d i c o s d e -fe n d e m o pro j e t o S aú d e + 1 0 , qu e s o l i c i t a a ap l i c a -ç ã o d e 1 0 % d o or-ç am e nt o d a Un i ã o n a s aú d e . O ut r a s u ge s t ã o prop õ e c ar re i r a d e e s t a d o p ar a o s prof i s -s i on a i s d o SU S , at r avé s d e c on -c u r s o s pú b l i c o s .

Mais médicos nas ruasCom apenas 1.851 selecionados na 1ª e 2ª chamada, o Programa Mais Médicos falha ao tentar atrair os profissionais para o Sistema Único de SaúdeLARISSA MAyRA DE LIMA

“Se tivesse infraestrutura, eu trabalhava no interior”, diz a estudante de medicina Paola Martins Barcellos.

Em Curitiba, a paralisação do dia 30 de julho reuniu mais de 600 médicos.

Larissa Mayra

Larissa Mayra

Saúde

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Centro Cívico

8bits

Luiza Romagnoli

Ligeirinho da politicagem

Gustavo Vaz

Pisca, pisca, pulseirinha

A Câmara de Vereadores desde junho conduz uma CPI, que tem como meta investigar su-postas irregularidades na URBS e na gestão das empresas que de-têm as concessões do transporte coletivo curitibano, tudo sob a presidência do inter-minável vereador Jorge Bernardi (PDT) – atu-almente no seu sétimo mandato. As investiga-ções, o leitor deve ter notado, começaram imediatamente após as manifestações que varreram o país, a “Re-volta do Vinagre”. Os jovens saíram às ruas clamando pela anula-ção do aumento abusi-vo da passagem em São Paulo, os PMs repri-miram com violência

extrema o movimento (com televisionamen-to em rede nacional) e o resto é história. Apesar das reinvin-dicações etéreas que o movimento tomou, seu primeiro e primor-dial objetivo foi con-quistado: a redução da passagem. Não era só por 20 centavos, mas principalmente. Aqui em Curitiba, lá em março, havia ocor-rido toda a celeuma dos subsídios. Um cabo-de-guerra entre o governo municipal e estadual. Beto Richa, o comandante-em-chefe do PSDB paranaense e – por que não? – do estado havia recém-perdido a prefeitura para uma chapa rival, encabeçada por seu

ex-partidário Gustavo Fruet. Richa aproveitou para fazer uma mano-bra politiqueira e Fruet não administrou muito bem o golpe. A passa-gem aumentou em 25 centavos e o pedetista nem deu sinal de cum-prir sua promessa de campanha de “abrir a caixa-preta da URBS”. Foi necessário um le-vante de uma geração autodidata em pro-testos – já que nunca havia orquestrado um daquela magnitude – para Fruet, pressionado (inclusive por medidas do governo estadual) baixar a tarifa e tomar atitudes. A URBS nunca foi um órgão considerado transparente, e os au-mentos anuais sempre

davam em alguma gri-taria. Então, a Câmara de Vereadores resolve “botar a mão no ves-peiro” e investigar toda a logística do trans-porte público. Jorge Bernardi, em recente entrevista para este col-unista, ressaltou que “a CPI foi uma iniciativa de todos os vereadores” – leia-se: “decidimos nos mexer depois de o povo ter ido às ruas”. Desde então, lucros abusivos e sonegação fiscal foram descober-tos, por parte das em-presas gestoras. Há sus-peitas de formação de cartel nas licitações de 2010, que monopoli-zaram de vez o controle das viações. Todas estas acusações remetendo à gestão Richa/Duc-

ci (note-se também que Jorge Bernardi é do mesmo partido de Fruet). Por outro lado, vereadores da oposição apontam o dedo para Fruet em re-lação à falha grotesca na redação da lei que proíbe a função dupla dos mo-toristas em Curitiba (reportada na última edição do LONA). Fun-ção instituída na gestão anterior da prefeitura. Some-se a toda esta bal-búrdia o fato de que os empresários do trans-porte frequentemente investem nas candida-turas das eleições. Resumo da ópera: o transporte coletivo curitibano vai dar muita munição para as campanhas eleitorais, e já no pleito de 2014,

que reunirá Beto Richa, contra o grupo político no qual Gustavo Fruet está inserido, com a figura central de Gleisi Hoffmann. Até lá, a passagem está em R$2,70, ou seja, o aumento de março não foi revogado total-mente. Nós, usuários do transporte, veremos se a CPI dará resul-tado, se a URBS será reformulada, se a pas-sagem ficará justa, evi-tando lucros absurdos; ou se tudo isso é ape-nas batalha eleitoral e politiqueira. Caso seja a última opção, junho está de exemplo para mostrar que ir às ruas funciona, mas com or-dem e metas fixas – por favor.

Século XXI. Nin-guém mais vive sem smartphones. Eles afetam cada detalhe de nossas vidas pes-soais e profissionais, e nós o usamos para organizar, planejar e interagir com outras pessoas. Contudo, nossas vidas ocupa-das nos obrigam a nos concentrar no trabalho, atividades e obrigações. E mesmo assim, não queremos perder ligações, men-sagens de textos, ou atualizações do Face-book. Isso nos torna inquietos e perdemos a concentração em quase tudo, enquanto nós continuamos ve-rificando nossos tele-fones. Foi com essa ideia em mente que Paul

Hornikx e Rudi Bei-jneno, ambos apaixo-nados por tecnologia, criaram o EMBRACE+, uma pulseira inteligente que o alerta quando há uma notificação no seu smartphone. Através de uma conexão via app com o seu celular, o EMBRACE+ te avisa com uma luz e uma vibração quando hou-ver uma notificação no seu celular – desde o aviso de que sua ba-teria está acabando, até notificações do Facebook - enquanto seu smartphone per-manece em seu bolso ou bolsa. Então, no celular você escolhe a cor e o tipo de vib-ração que você quer para a notificação de SMS, por exemplo, e quando houver, a sua

pulseira vai piscar e vibrar. É uma boa ideia. Útil até, ouso dizer. Um dos motivos é que você não fica com o celular na mão 27 horas por dia (como foi dito anterior-mente). Então é pos-sível se concentrar em coisas impor-tantes, como estudar, trabalhar ou dormir. Entretanto, quando o seu EMBRACE+ piscar, alguma coisa no seu subconscien-te vai estar dizendo “pegue o seu celular e veja essa notifica-ção”. Então, você vai acabar visualizando a notificação e sua con-centração foi embora.Há outros dois mo-tivos (felizmente, que não se contra-

dizem), que fazem o EMBRACE+ ser útil. Primeiro, por segu-rança. Porque você pode estar em algum lugar público suspei-to, como o ônibus, e não querer ver aquela mensagem de texto naquele exato mo-mento, porque pode ser perigoso, mas sabe que ela está lá, esperando por você. E segundo, quando você está num lugar mui-to barulhento, como baladas ou na rua mesmo, e não escuta a sua mãe ligando 15 vezes querendo saber onde você está e se pode passar comprar pão, o EMBRACE+ te avisa que ela está desesperada tentando falar com você, então você atende de pri-

meira.Além da mágica de acender (e de pre-venir que sua mãe surte porque você não atendeu o tele-fone), o EMBRACE+ é totalmente feito de silicone, que é uma alternativa aos plásti-cos que podem vazar produtos químicos e, à borracha, à qual algumas pessoas po-dem ser alérgicas. Ah! Ele também é à prova d’água, o que te ajuda a ficar ainda mais perto das redes sociais ou mensa-gens, sendo que não vai ser possível to-mar banho em paz com a sua pulseira piscando.E graças à nossa seg-regação moderna e tecnológica, na qual eu

estou incluída, o EM-BRACE+ só funciona para iPhone (sistema iOS) e celulares An-droid. Se você possui esses sistemas opera-cionais, você pode comprar seu EM-BRACE+ pela baga-tela de US$100,00 na pré-venda. Mas, se você quiser mais um alarme/timer/relógio visível, uma cor fixa na sua pulseira ou que ele tenha uma recarga magnética em vez de usar o USB, você vai ter que desembol-sar de US$120,00 a US$210,00. Uma coisa me incomoda, porém: o EMBRACE+ parece aquelas pulseiras de neon que distribuem em festas de 15 anos e em raves.

Colunistas

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NOTÍCIANTIGAO dia 13 de agosto de 1942 foi marcado pela estreia do filme de animação Bambi, da Dis-ney, em Nova york, durante a Segunda Guerra Mundial. Bambi é o quinto-longa metragem ani-mado dos estú-dios Disney e conta a história da infância de um pequeno

veado que per-deu a mãe. O primeiro lança-mento em vídeo, em VHS, foi re-alizado nos anos 80, sendo o pri-meiro DVD lan-çado em 2005, em uma Edição Platinum. Uma edição combo Blu-Ray/DVD, intitulada Ed-ição Diamante foi lançada em 2011, e continha

cenas deletadas. Bambi foi no-meado para três Oscars nos anos de 1943 e 1947.

O que fazer em Curitiba?

Teatro Paiol

Dia 13 de agosto, no Teatro do Paiol (Pra-ça Guido Viaro, s/nº - Prado Velho), tem 2º Curitiba Acordeom Festival, com os instrumentistas Bruno Moritz, Marcelo Cigano, Orimar Hess Jr., André Ribas e Leandro Panneitz. Ingressos: R$15,00 e R$7,50 (meia-entrada). Informações: (41) 3322-5462.

Museu Paranaense

Até dia 15 de novembro, no Museu Pa-ranaense (Rua Kellers, 289 - São Francis-co) fica a exposição “Negros no Paraná: passado e presente”. Informações: (41) 3304 3300 e www.cultura.pr.gov.br