7
Página 2 O caso da condenação leve de Thor Batista serve como exemplo de que, aqui no Bra- sil, até mesmo crimes graves se resolvem com jeitinho, es- pecialmente se esse jeitinho envolve dinheiro. Impunidade A disputa infindável das emis- soras de TV (assim como ou- tros meios comunicação) está causando uma ditadura no que se refere à transmissão de jogos de futebol. Os times de maior torcida estão ganhando mais espaço que os outros. Competitividade O que fazem os estu- dantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Mariliza Bonesso. Por onde anda? lona.redeteia.com Mais informações: www.simepar.br Sexta-feira, 14 de junho de 2013 Poucas nuvens Mín. Máx. 9ºC 22°C Curitiba O samba morreu? Não para Halanna Aguiar. Em seu texto de hoje, a colunista conta que o samba não só está bem vivo, como está crescendo, até mesmo em Curitiba. Só não ouve quem não quer ou não sabe pro- curar. MPB Cinema A dica dessa Sexta-fei- ra fora dé série é a série American Horror Story. Do mesmo criador de Glee e Nip/Tuck, a série de terror conta com um dife- rencial: o mesmo elenco vive diferentes persona- gens e diferentes contextos a cada temporada. Ano XIV Edição 7924 Notícia Antiga Nasce Ernesto “Che” Guevara, um dos heróis da Revolução Cu- bana ,no dia 14 de junho de 1928. Página 6 Estudantes constroem veículos para competição O Projeto Mundial Baja estimula estudantes a participar de desafios, competindo com protótipos produzidos a partir de conteúdos aprendidos em sala de aula. As equipes que con- seguirem as três melhores posições no Baja Nacional têm o direito de competir no mundial que acontece todos os anos nos Estados Unidos. Página 3 COLUNAS Marcello Casal Jr./ABr LIGADOS NA COPA DAS CONFEDERAÇÕES A nona edição da Copa das Con- federações, que acontece do dia 15 a 30 de junho, será realizada no Brasil, e terá uma cobertura espe- cial realizada pelos alunos de jor- nalismo da Universidade Positivo. Cerca de 40 alunos estão partici- pando da cobertura em todos os veículos da Rede Teia de Jornalis- mo. Especial da Copa Em comemoração à Copa das Confederações, o Jornal Lona irá dedicar uma página especial à cobertura dos jogos até o fim da competição.

Lona 792 - 14/06/2013

Embed Size (px)

DESCRIPTION

JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

Citation preview

Page 1: Lona 792 - 14/06/2013

Página 2

O caso da condenação leve de Thor Batista serve como exemplo de que, aqui no Bra-sil, até mesmo crimes graves se resolvem com jeitinho, es-pecialmente se esse jeitinho envolve dinheiro.

Impunidade

A disputa infindável das emis-soras de TV (assim como ou-tros meios comunicação) está causando uma ditadura no que se refere à transmissão de jogos de futebol. Os times de maior torcida estão ganhando mais espaço que os outros.

Competitividade

O que fazem os estu-dantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Mariliza Bonesso.

Por onde anda?

lona.redeteia.com

Mais informações: www.simepar.br

Sexta-feira, 14 de junho de 2013

Poucas nuvens

Mín. Máx.

9ºC22°C

Curitiba

O samba morreu? Não para Halanna Aguiar. Em seu texto de hoje, a colunista conta que o samba não só está bem vivo, como está crescendo, até mesmo em Curitiba. Só não ouve quem não quer ou não sabe pro-curar.

MPBCinema

A dica dessa Sexta-fei-ra fora dé série é a série American Horror Story. Do mesmo criador de Glee e Nip/Tuck, a série de terror conta com um dife-rencial: o mesmo elenco vive diferentes persona-gens e diferentes contextos a cada temporada.

Ano XIVEdição 7924

Notícia AntigaNasce Ernesto “Che” Guevara, um dos heróis da Revolução Cu-bana ,no dia 14 de junho de 1928.

Página 6

Estudantes constroem veículos para competição

O Projeto Mundial Baja estimula estudantes a participar de desafios, competindo com protótipos produzidos a partir de conteúdos aprendidos em sala de aula. As equipes que con-seguirem as três melhores posições no Baja Nacional têm o direito de competir no mundial que acontece todos os anos nos Estados Unidos.

Página 3

COLUNAS

Mar

cello

Cas

al Jr

./ABr

LIGADOS NA COPA DAS CONFEDERAÇÕESA nona edição da Copa das Con-federações, que acontece do dia 15 a 30 de junho, será realizada no Brasil, e terá uma cobertura espe-cial realizada pelos alunos de jor-nalismo da Universidade Positivo. Cerca de 40 alunos estão partici-pando da cobertura em todos os veículos da Rede Teia de Jornalis-mo.

Especial da Copa

Em comemoração à Copa das Confederações, o Jornal Lona irá dedicar uma página especial à cobertura dos jogos até o fim da competição.

Page 2: Lona 792 - 14/06/2013

P2 Sexta

OPINIÃO

ReitorJosé Pio Martins

Vice-Reitor e Pró-Reitorde Administração

Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica

Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo

Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador

Ana Paula MiraEditores-chefes

Júlio Rocha e Marina GeronazzoEditorial

Matheus Klocker

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positi-vo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30Fone: (41) 3317-3044.

EditorialEnsino x Educação

junho, 2013

Por Onde Anda?

Ágatha Santos

Mariliza Bonesso

E m e s c o l a s d e e ns i n o m é d i o e f u n d am e nt a l , é f re -qu e nt e s e d e p ar ar c om e s tu d ant e s v a -g an d o p e l a e s c o l a , i n d o a o b an h e i ro e b at e n d o p ap o e m s a l a d e au l a . Is s o é a i n d a m ai s v i s íve l e m g r an d e s tu r-m a s . C h e g a a s e r c ompl i c a d o p ar a u m ú n i c o profe s -s or c ont ro l ar u m a s a l a d e qu are nt a a lu n o s . O re s u l t a -d o é v i s t o n o f i n a l

d o b i m e s t re c om b o l e t i ns c h e i o s d e n ot a s ve r m e l h a s . Tu d o i s s o t r a z u m a e n or m e qu ant i d a d e d e p a i s re c l am an -d o, n ã o ap e n a s d o s f i l h o s m a s t amb é m d o s profe s s ore s . Ma s s e r á qu e e s s e s d oi s s ã o re a l m e nt e o s c u lp a d o s ?E s s a re s p o s t a d i -v i d e mu i t a ge nt e . Pa i s e re s p ons áve i s s e mpre a c u s am a e s c o l a c om o o pro b l e m a . Já o

c o l é g i o c ont r ap õ e c o l o c an d o a c u lp a n o s p a i s , a f i n a l a e du c a ç ã o ve m d e c a s a e o e ns i n o d a e s c o l a . E m 2 0 1 1 , o In e p, Ins t i tut o Na -c i on a l d e E s tu d o s e Pe s qu i s a s E du -c a c i on a i s , re a l i z ou u m a p e s qu i s a c om 2 2 6 , 8 0 6 prof i s -s i on a i s d a áre a e m t o d o o p a í s . C e rc a d e 8 6 % d o s pro -fe s s ore s at r i bu e m a s d i f i c u l d a d e s d o e ns i n o a o m e i o e m

qu e o a lu n o v ive . Tu d o i s s o e s t á d i -re t am e nt e l i g a d o à f a l t a d e e s forç o e n ã o à d i f i c u l d a d e d e apre n d i z a d o.R e s u l t a d o c on -ve n i e nt e d e m ai s . B a s t a ap l i c ar o m e s m o qu e s t i on -ár i o p ar a o s p a i s e c om c e r t e z a e s s e re s u l t a d o v a i i n -ve r t e r. E s s e e mb at e v a i a c ont e c e r s e m -pre , u m j o g an d o a c u lp a n o out ro. Me s m o a s s i m , t e -

m o s u m c e n ár i o n a c i on a l j á d e t e r-m i n a d o, n o qu a l a m ai or i a d a p opu l a -ç ã o d á m ai s v a l or a out r a s c o i s a s d o qu e a própr i a e du -c a ç ã o, qu e é v i s t o p or mu i t o s c om o a l go o br i g atório e não necessário. In-felizmente, a pro-crastinação já faz parte do brasileiro, nunca vamos achar um culpado e cada lado vai s e mpre c u lp ar o out ro.

Acervo Pessoal

É permitido matarNa teoria, quem

comete o crime de homicídio doloso – quando não há intenção de matar – deve cumprir alguns aninhos na cade-ia. Mas a lei parece não funcionar quando quem cometeu o crime é um milionário. Por quê? Nin-guém sabe, muito menos a população. Um caso estapafúrdio que aconte-ceu ano passado foi um atropelamento cometido pelo filho do bilionário Eike Batista. Thor Ba-tista, 21, atropelou e ma-tou Wanderson Pereira dos Santos, 30 – um aju-dante de caminhoneiro,

de família humilde, que atravessava de bicicleta a rodovia Washington Luís na noite de 17 de março de 2012.Se fosse condenado, Thor poderia ficar preso de dois a quatro anos. Mas houve acordo. O filho do papai Eike – dono de uma fortuna avali-ada em U$10,6 bilhões – pagou 300 mil reais à família da vítima e “tudo certo”. Daquele jeitinho brasileiro que conhec-emos bem: “podemo ne-gociá?”. Depois que ce-deu a quantia, tirou foto com a família, abraçou a mãe e a tia, pintou e bor-

dou como é do costume de Thor. Acontece que a vida de um cidadão foi tirada, se é pobre ou rico, tanto faz, a vida continua valendo mais do que al-guns milhares de reais. Felizmente. Pena que as autoridades brasileiras não têm esse senso de justiça.Outra pergunta que ator-menta a cabeça desta que vos escreve é: o crime cometido por Thor Ba-tista não se encaixaria em homicídio doloso? O jovem já possuía nove infrações no trânsito an-tes do “acidente” – sete por excesso de velocid-

ade. Na noite da morte, Thor possivelmente des-filava com a sua Mer-cedes-Benz SLR Mc Laren prata pela rodovia na Baixada Fluminense acima de 135 km/h em zigue zague. Entendo que quem ultrapassa os limites de velocidade permitidos – na rodovia é permitido até 110 km/h – e faz gracinha com o supercarro do século que o pai deu, assume o risco de matar um cidadão. No último dia 5, Thor foi condenado a prestar ser-viços comunitários du-rante dois anos e terá de pagar 1 milhão de reais

a entidades assistenciais. Além disso, a carteira de habilitação do jovem está apreendida – mas nada que os “empregados” do papai não possam re-solver emprestando suas carteiras de habilitação ao condenado, não é? Enfim, o que fica desse – mais um – fato como ex-periência é que, no Bra-sil, se você é milionário, você pode matar. Pobre não pode nem roubar margarina no mercado, dá cadeia!

O ano de 2008 foi o último de convívio e aprendizado na UP, já o de 2009, de muito trabalho como asses-sora de imprensa de um vereador de Curi-tiba, um super desafio! No mesmo ano iniciei o curso de especializa-ção em Comunicação Empresarial e Insti-tucional na UTFPR, quando fiz alguns con-tatos e, por intermédio de um deles, fui tra-balhar com os juízes federais do Paraná, na

associação, na Escola da Magistratura e na sequência, na Justiça Federal. Nesse meio tempo, iniciei outra graduação, Direito; fui morar na Irlanda e, agora, de volta a essa bela nação, tenho de-senvolvido atividades de comunicação insti-tucional e assessoria de imprensa para os juízes, novamente, e na PERT Company, em-presa de gestão de pro-jetos.

Luis Felipe TineuPreferência aos grandesCom o passar dos anos,

os esportes se apresentaram cada vez mais competitivos, principalmente o futebol, a paixão do brasileiro. Já fi-cou comprovado que aqui acontece o campeonato mais disputado do mundo, sempre equilibrado, dis-putado ponto a ponto. Mas é aqui também que ocor-rem os maiores contrastes de patrimônio e de privilé-gios entre os vários clubes da elite do campeonato.Não é de hoje que alguns clubes possuem mais ver-bas do que outros na hora de contratar seus joga-dores, isso é indiscutível. É até uma questão aceitável, levando em conta todo o

mérito de cada um em tra-jetórias que duram déca-das, e que se fizeram por meio de uma longa camin-hada até o topo. Porém, a preferência da mídia em dar mais importância so-mente a esses clubes, isso sim é um problema. O torcedor de hoje quer ver variedade, quer ter a chance de acompanhar o seu time do coração seja onde for, principalmente se ele dis-puta a elite nacional. Quer poder vibrar por algo que realmente o atrai, algo de que ele realmente gosta. O fato é que esses torcedores cada vez mais estão tendo que recorrer a canais fecha-dos para que isso se con-

cretize, uma vez que a rede nacional só dá destaque aos chamados “grandes”, os que detêm a maioria de poder econômico, aqueles que podem pagar mais.Todo esse problema levan-ta a questão de a mídia se vender para esses clubes. A tv aberta, que deveria ser democrática, concen-tra seu poder de alcance somente naqueles que lhe trazem lucros. Aquele time de cidade menor pode ser tão competitivo quanto um “grande”, mas certamente, se ele não tiver recursos, vai ficar de fora da grade. O torcedor mais humilde hoje é “obrigado” a acom-panhar os jogos dos times

“queridinhos de audiência” simplesmente porque as emissoras sabem que esse torcedor irá assistir à parti-da devido à sua paixão pelo esporte. E é justamente isso o que vem acontecendo. As mídi-as estão faturando em cima da paixão do brasileiro. A preferência hoje é encara-da como algo normal para elas. E essa preferência tem nome, e tem região tam-bém. É o chamado “puxa-saquismo” pelo eixo Rio-São Paulo. E isso também tem nome: Fluminense, Vasco, Botafogo, São Paulo, Santos, Palmeiras e princi-palmente Flamengo e Cor-inthians.

Quem alguma vez já se deparou com um jogo du-rante a semana não envol-vendo um desses times? Certamente as lembranças são vagas, e olhe lá. Será que essa predominância e imposição são justas? A mídia deve tender para o lado dos grandes? Enquan-to o dinheiro falar mais alto do que a diversidade, dificilmente esse quadro irá mudar, o que é lamen-tável. Esse panorama só faz aumentar a diferença com que as camadas sociais no Brasil são tratadas, e isso se reflete em toda a sociedade.

Page 3: Lona 792 - 14/06/2013

A Rede Teia de Jornal-ismo entra mais uma vez na cobertura dos grandes eventos. Depois de anos cobrindo as eleições - com estudantes espalhados em vários pontos de Curitiba e Região Metropolitana -, o curso de Jornalismo deu importantes passos em ma-téria de cobertura de even-tos. Apenas nos últimos dois anos, os estudantes tiveram a oportunidade de cobrir a Copa Sulamericana de futebol feminino, além de duas edições do Festi-val de Teatro de Curitiba, o maior festival de teatro do Brasil. Durante as coberturas, os alunos produzem conteúdo para todos os veículos de comunicação da Rede Teia: matérias televisivas para o Tela Un, textos para o site Teia Notícias, reportagens para o jornal Lona e entra-das ao vivo para a Rádio Teia. Não esquecendo, claro, dos opinativos e debates em todos os veículos, além da cobertura dos bastidores da cobertura para o Naco.Dessa vez, o desafio é dife-rente. A Rede Teia irá cobrir a Copa das Confederações de 2013, um dos maiores even-tos do futebol mundial, mas que não terá sede em Curiti-ba. Para o professor e orien-

tador da cobertura da Copa, Emerson Castro, não ter repórteres nas cidades-sede significa um desafio ainda maior para os estudantes. “Temos algumas limitações, e elas obrigarão os alunos a trabalhar em cima de pau-tas pouco previsíveis. Assim, nossa cobertura não será tão previsível como a cobertura dos veículos profissionais”, diz o professor.Durante a semana, cerca de 40 alunos de todos os anos se inscreveram para par-ticipar da cobertura pela Rede Teia. Para Emerson, a participação é uma ótima oportunidade para que os alunos aprendam o que é discutido em sala. “O aluno terá a experiência de viver a produção da notícia en-

quanto ela está acontecendo, ou seja, terá percepção de erros, problemas e dificul-dades. Quando você põe a mão na massa, você enfrenta as dificuldades e aprende muito mais”, relata.Para a editora-chefe do Teia Notícias, Pamela Castilho, os alunos ficarão mais anima-dos com o curso depois de ter contato com a “correria” do jornalismo. “Existem muitos estudantes aqui do curso que gostam de esportes, princi-palmente o futebol, que-rendo seguir no jornalismo esportivo. Por isso, acho que essa vai ser uma ótima oportunidade para todos eles de começar a botar isso em prática”, diz Castilho. E é exatamente o que o aluno do 2º ano, Eduardo Demeter-

co, espera. “Como eu gosto muito de esportes, futebol principalmente, decidi par-ticipar. Minha expectativa é de uma excelente cobertura, e que possamos transmitir o maior número de infor-mações possíveis”, conclui Demeterco.

Cooperação

A cobertura da Copa das Confederações também proporcionará uma cooper-ação entre as universidades de Curitiba e de todo o Bra-sil. “A Universidade do Es-tado da Bahia (UNEB), por exemplo, fará a cobertura da Copa. Estou entrando em contato com uma professo-ra de lá para que possamos fechar uma parceria, entre a

faculdade de Jornalismo de lá e o nosso curso”, comenta o professor Emerson Castro.Quem também está fechando uma parceria com outra universidade, dessa vez de Curitiba, é o editor-chefe da Rede Teia, Matheus Klocker. “Eu converso bastante com o professor Marcelo Lima, da UTFPR. Um dia ele deu a ideia de fazer um intercâmbio: eu ir pra lá falar do nosso curso, e ele vir aqui falar de lá. Isso fez com que surgisse a ideia de fazer uma troca de conteúdo, e espero que dê certo”, explica Klocker.

Alunos de jornalismo da Universidade Positivo cobrem Copa das Confederações

LUCAS KOTOVICZ

A Copa começa nesta sexta-feira e os alunos do curso de Jornalismo da Universidade Positivo se reúnem para cobrir os jogos para os diversos veículos na universidade

Nesta semana, está sendo comemorado o Dia Mun-dial Contra o Trabalho Infantil (12 de junho), e o Ministério Público do Trabalho, em parceria com outros órgãos, está desenvolvendo ações de conscientização sobre o problema. A lei proíbe o trabalho de crianças e adolescentes menores de 16 anos, com exceção dos que estão em condição de aprendiz, a partir dos 14. Também é proibido o tra-balho de jovens entre 16 e 18 anos em condições irregulares (perigosas, à noite, ou que prejudiquem sua formação escolar). Ontem, aconteceram di-versas atividades educati-vas na Praça Rui Barbosa, no Cetro de Curitiba. Entre elas estavam a distribuição de materiais educativos, jo-gos, brincadeiras e palestras. O evento realizado pelo Ministério do Trabalho foi encerrado com um teatro de fantoches produzido pela Guarda Municipal de Curitiba. Para o audi-tor fiscal do Ministério do Trabalho, Eduardo Guil-herme Reiner, o principal

objetivo da ação é a con-scientização da popula-ção: “Além da questão do trabalho infantil ser uma questão de fiscalização e de repressão, é acima de tudo, é uma questão de conscien-tização, não só de adultos, mas também de crianças. A proposta é trazer este debate para a população”, explica. O Ministério Público do Trabalho é o responsável pelas investigações de ir-regularidades em acordos trabalhistas. No momento, o MPT tem mais de 700 investigações ligadas a tra-balho infantil no Paraná. Destas, 327 empresas já assinaram um termo de ajuste de conduta (TACs), se responsabilizando caso continuem utilizando mão-de-obra infantil. “Caso descumpram o acordo, elas estão sujeitas a multas que variam de acordo com o porte da empresa”, explica a procuradora do MPT, Pris-cila Dibi Schvarcz. O Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil divulgou, nesta semana, números de uma pesquisa realizada

em 2011. Em todo Brasil, 3 milhões e 700 mil crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, estão em situação de trabalho. De acordo com um le-vantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publi-cado no mês passado, mais de 240 mil crianças e ado-lescentes, entre 10 e 17, anos estão trabalhando no Paraná, mais de 26 mil só na capital. “Apesar da leve queda nos índices, quando comparados com os ante-riores, os números ainda

são alarmantes, tendo em mente o objetivo de erradi-cação do trabalho infantil no país até 2020”, contextu-aliza Schvarcz. Para ela, é possível apon-tar algumas estratégias para diminuição destes índices. Uma delas é a intensifica-ção dos programas de con-scientização da população, que podem ser realizados regularmente em empre-sas, escolas e igrejas. Outra saída seria a aplicação de políticas públicas que le-vam em conta a renda das populações carentes, agre-

gando geração de renda. Além disso, as escolas em tempo integral podem proporcionar integração e lazer para crianças e ado-lescentes em situação de risco. O Ministério Público do Trabalho realiza pal-estras e seminários em empresas, com o objetivo de alertar os empregadores sobre a gravidade do as-sunto. “Com a cooperação de todos, é possível chegar-mos a uma sociedade livre de trabalho infantil”, diz Schvarcz.

Órgãos realizam ações no Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil

JULIANO GONdIM

Palestras, entrega de materiais educativos, brincadeiras, teatro de fantoches e audiência pública fizeram parte da programação

SEXTA14 JUNHO, 2013

P3 Geral

Page 4: Lona 792 - 14/06/2013

COPA DAS CONFEDERAÇÕESSEXTA14 JUNHO, 2013P4

A seleção do Taiti participa do torneio pela primeira vez, nunca disputou uma Copa do Mundo e nas competições ofi-ciais da FIFA representa a ilha da Polinésia Francesa. O maior título conquistado pelos taitianos foi a Copa das Nações da Oceania em 2012.

Essa é a segunda vez que a equipe da Nigéria participa da Copa das Confederações. Há 18 anos, em 1995, o time africano ficou em 4º lugar do campeonato. Atualmente, a seleção está invicta há 15 par-tidas. Os jogadores nigerianos ameaçaram não participar da Copa mas, depois de várias conversas, confirmaram presença no Brasil.

O favoritismo fica por conta do Brasil, país sede e tri-campeão do tor-neio. Os jogadores brasileiros marcaram história, são eles que domi-nam o ranking de artilheiros, Romário é o jogador que mais fez gols em uma única edição,Denílson,Ronaldo e Kaká já foram os melhores em campo,sem contar que o nosso país é o que mais jogou e o que mais venceu partidas da Copa das Confederações.

A seleção da Itália se classificou para disputar sua segunda Copa das Confederações através de seu vice-campeonato da Eurocopa 2012, porque a Espanha campeã desta competição já estava classificada. A primeira participação dos italianos aconteceu em 2009 pois em 2003 eles desistiram de participar. Hoje a Itália ocupa a oitava colocação no ranking da FIFA.

Em busca do único troféu que falta para o país, a Espanha chega ao Brasil carregando o título mundial de 2010. Esta é a segunda participação da seleção espanhola na Copa das Con-federações, na primeira participação a Espanha conquistou o terceiro lugar.

Ao se sagrar campeão da Copa América, o Uruguai se classifi-cou para sua segunda participação na Copa das Confederações. Atualmente a seleção uruguaia ocupa a décima nona colocação no ranking da FIFA, e para vencer a competição conta com a presença de Diego Furlán, que foi considerado o melhor jogador do ultimo mundial.

Campeã da competição em 1999, a seleção do México faz sua quinta participação na Copa das Confederações. Os mexicanos são con-siderados a melhor equipe da Concacaf e atualmente ocupam a vi-gésima colocação no ranking da FIFA. O México sediou o torneio, justamente no ano em que se sagrou campeão.

A seleção do Japão participa da Copa das Confederações pela quarta vez,em 2001 sediou a competição e conquistou o segundo lugar. Os japoneses se classificaram para o torneio através do título da Copa da Ásia de 2011.

Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã)

Cidade: Rio de Janeiro, RJCapacidade: 76 804 torcedoresTamanho do campo: 105 X 68 metrosCusto: R$951 milhões O Maracanã, que por anos já foi o “Maior do Mundo” e um dos palcos por onde mais passaram craques, durante quase três anos esteve paralisado para obras. Enfim, o estádio ficou pronto e preparado para receber jogos mais importantes.Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha)

Cidade: Brasília, DFCapacidade: 71 064 torcedoresTamanho do campo: 105 X 68 metrosCusto: R$1,3 bilhão No dia 5 de maio de 2010, o antigo Mané Garrincha foi de-molido e, a partir de então, uma nova arena começou a ser construída no mesmo lugar. Nesse sábado (15), o estádio será palco da abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão.Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão)

Cidade: Belo Horizonte, MGCapacidade: 62 547 torcedoresTamanho do campo: 105 X 68 metrosCusto: R$695 milhões Por ter sido tombado pelo Patrimônio Cultural de Belo Hori-zonte, o Mineirão não mudou muito de cara, principalmente quando se trata de fachada, mas apesar disso, o estádio ficou moderno e dentro dos padrões exigidos pela FIFA.Arena Pernambuco

Cidade: São Lourenço da Mata, PE (16 km de Recife)Capacidade: 44 248 torcedoresTamanho do campo: 105 X 68 metrosCusto: R$532 milhões A Arena Pernambuco foi o único estádio da Copa das Con-federações construído a partir do zero para essa competição. Com medo de não lucrar após o fim da Copa, o governo per-nambucano decidiu construir um estádio multiuso, podendo, assim, receber shows, entre outros eventos de grande porte.Estádio Governador Plácido Castelo (Castelão)

Cidade: Fortaleza, CECapacidade: 64 846 torcedoresTamanho do campo: 105 X 68 metrosCusto: R$518 milhões O Castelão foi inteiramente reformado e agora conta até com uma bela cobertura. O estádio foi um dos primeiros a ficar pronto para a Copa das Confederações e foi muito bem elogiado pelo presidente da FIFA, Jo-seph Blatter. Uma das semifinais vai ser disputada no Castelão, dia 27.Estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova)

Cidade: Salvador, BACapacidade: 48 747 torcedoresTamanho do campo: 105 X 68 metrosCusto: R$689 milhões Em 2007, a Fonte foi interditada em função de um desa-bamento de parte da arquibancada, quando sete pessoas morreram na queda. Na metade de 2010, o estádio foi com-pletamente demolido e hoje está reconstruído.

os competidores

os estádios

Page 5: Lona 792 - 14/06/2013

SEXTA14 JUNHO, 2013

P5 Universidade

Protótipos construídos por alunos universitários ganham destaque em competições

O Projeto Mundial Baja é uma iniciativa que estimula alunos universitários da área de engenharia a pro-duzirem protótipos de veículos automotivos. O objetivo principal do projeto é fazer com que as equipes inscritas tenham seus veículos avaliados em uma com-petição, construindo um protótipo off-road, monoposto, robusto e visando sua possível comercialização. O veí-culo projetado pelos alunos deve ser capaz de vencer terrenos aci-dentados em qualquer condição climática sem apresentar danos. Além disso, os participantes devem levar em con-sideração critérios de segurança e ergonomia.“Tanto a competição do Baja quanto a do Fór-mula tem um regula-mento com normas de segurança. Você tem que fazer o seu projeto de forma que ele atenda a uma maioria de um público”, afirma o es-tudante de Engenharia Mecânica da UTFPR, Guilherme Suguinoshi-ta.

Equipes como a UFPR Baja SAE e a Impera-dor UTFPR participam anualmente das com-petições, com equipes compostas por até 20 alunos matriculados em diferentes áreas da Engenharia. As equipes competem entre si para terem seu projeto aceito por um fabricante fictí-cio, dessa forma os alu-nos trabalham em grupo para projetar, construir, testar e promover um protótipo que respeite as regras impostas pelo regulamento. Com relação ao tempo de planejamento os es-tudantes afirmam que se trata de um proces-so contínuo entre uma competição e outra.

“O que realmente acon-tece é um desenvolvi-mento contínuo. Após cada competição, avalia-mos o que deu certo e o que poderia melhorar no protótipo”, disse o estu-dante de Engenharia Mecânica da Universi-dade Federal do Paraná Marcos Aurélio Da Silva Oliveira.

A Equipe Imperador UTFPR se destaca por

participar de dois proje-tos simultâneos, o Baja SAE e Fórmula SAE. O motor do Baja é mais limitado, pois se en-quadra em um veículo voltado para terrenos irregulares, que passará por diversos obstáculos. A Equipe já recebeu o 2º lugar em aceleração no

Baja Sul, tendo o carro mais leve do Sul do Bra-sil. Já o Fórmula, lembra um F1 feito para correr em pistas de asfalto.

A UTFPR financia a participação dos gru-pos nas competições cobrindo gastos de via-gens e alimentação aos integrantes. Os gastos para produzir os pro-tótipos também são co-bertos pela arrecadação de dinheiro feita pelos alunos participantes das equipes, e principal-mente por parte dos pa-trocinadores que arcam com a maior parte das despesas.

“Os custos são financia-

dos pela universidade. Se a universidade não cede um ônibus para a gente viajar, eles acabam alugando algum tipo de transporte”, afirmou Maurílio Vagetti aluno da UTFPR.

A estimativa é que se-jam gastos em torno de

quarenta mil reais para a produção dos veícu-los. Anualmente os in-tegrantes da equipe da UTFPR divulgam o projeto para os novos alunos do curso, reali-zando uma palestra que explica sobre o que se trata e logo em seguida abrindo um processo seletivo para que novas pessoas tenham a pos-sibilidade de participar.

Uma das provas mais difíceis para que os protótipos recebam uma boa pontuação, é a prova do Enduro de Resistência, que con-siste em uma avaliação na qual os veículos de-vem completar voltas

em uma pista de terreno irregular, com obstácu-los, por um período de quatro horas. A pontua-ção se baseia no número de voltas completadas durante o período esta-belecido.

“No último dia sempre tem o Enduro, que é

uma pista onde todos os carros correm ao mes-mo tempo durante três ou quatro horas, depen-dendo da competição.”, relata Romulo Stella in-tegrante da equipe Im-perador UTFPR.Durante a competição são avaliados critérios que envolvem desde a análise do projeto até as provas dinâmicas de tração, aceleração e ve-locidade máxima.

A participação em pro-jetos como o Baja SAE é muito positiva na opin-ião dos participantes dando a oportunidade de testar conhecimentos aprendidos em sala de aula e os colocando em

prática para atuar no mercado de trabalho.

“O Baja aproxima-se muito de uma empresa real onde o estudante terá que trabalhar com prazos apertados, ne-gociar com fornece-dores, tomar decisões de liderança entre out-

ras competências que o estudante acaba de-senvolvendo durante o projeto”, conclui Marcos Aurélio Da Silva Olivei-ra.

O aluno Romulo Stella afirma que além dos conteúdos adquiri-dos em sala de aula, os participantes precisam buscar informações por conta própria.

“Muitas coisas da en-genharia automobilísti-ca a gente não aprende em sala de aula, então pesquisamos por conta própria e aprendemos com os integrantes mais velhos.”

MARINA GERONAZZO

Projetos realizados por alunos universitários auxiliam o aprimoramento de conhecimen-tos adquiridos em sala de aula

O protótipo dos alunos da Universidade Federal do Paraná passa por obstáculos durante competição.

Prótipo realizado pelos alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Murilo Braz

Page 6: Lona 792 - 14/06/2013

Criada por Ryan Murphy e Brad Falchuk, American Horror Story é uma série de terror norte-americana com um formato antológi-co. Isso quer dizer que cada temporada, embora tendo o mesmo elenco, possui uma história diferente e se passa em lugares distintos tam-bém. O tema, porém, conti-nua o mesmo: terror. Aliás, muitas pessoas ficaram surpresas quando descobri-ram que um dos criadores da série, Ryan Murphy, é o mesmo homem por trás do fiasco musical conhecido como “Glee” (eu assisto, mas admito que a qualidade di-minuiu muito).

Até agora foram exibidas duas temporadas da série. A primeira se passa em 2011 e conta a história da família Harmon: Ben (Dylan Mc-Dermott), a esposa Vivien (Connie Britton) e a filha Violet (Taissa Farmiga). Eles resolvem se mudar depois de alguns problemas que o casal teve com infidelidade. Aos poucos a família desco-

bre que a casa que eles escol-heram é assombrada pelos moradores anteriores. Já a

segunda temporada, que se chama American Horror Story: Asylum, ocorre na década de 60 em um insti-tuto para criminosos insa-nos. Alguns pacientes, como a jornalista Lana Winters (Sarah Paulson), foram in-justamente enviados para a instituição e tentam sair de lá no decorrer da série. Essa temporada, além do gênero terror, apresenta algumas características de ficção

científica. Esse formato de começo,

meio e fim para cada tem-

porada dá mais liberdade de criação para Murphy e Falchuk, já que eles não precisam desenvolver o mesmo grupo de persona-gens. Porém, devido a essa liberdade, os criadores exageram no drama e às vezes tratam a história de maneira superficial. Isso é comum para séries que têm mais de 20 episódios como Glee, mas American Horror Story tem somente 13 episó-

dios por temporada. Com esse número a série tem o potencial de ser um pouco

mais consistente, mas, de-pois de assistir Glee e Nip/Tuck, acredito que esse seja o estilo de Ryan Murphy.

Apesar das inconsistên-cias, o seriado tem bons mo-mentos e grandes surpresas. Além disso, grande parte do sucesso da série se deve ao excelente trabalho do elenco. Alguns destaques do seriado foram Jessica Lange, Zachary Quinto, Evan Pe-ters, Sarah Paulson e Tais-

sa Farmiga. Jessica Lange, que já tinha vários prêmios, ganhou um Emmy e um

Globo de Ouro pela atuação na série.

O meu veredito é que vale a pena assistir American Horror Story, apesar dos ex-ageros. A terceira tempora-da estreia em Outubro deste ano no canal FX (EUA) e se chama American Horror Story: Coven. Segundo o ator Evan Peters, será muito mais assustador (e melhor, eu espero) do que a última temporada.

Ainda estou para ouvir alguma outra frase que me irrite mais do que: o samba morreu. Se você tiver a petulância de falar isso para mim, ou perto de mim, é bom que tenha fortíssimos argumentos que comprovem essa “teo-ria” grotesca, pois garanto a você, por meio deste texto ou se preferir pessoalmente que isso não passa de uma conversa fiada. Há alguns dias, no universo online me deparei com uma coluna de música escrita por aspi-rantes a jornalista. Até um primeiro momento fiquei curiosa, posso até dizer que estava com uma leve em-polgação para ver o que eles tinham a dizer sobre, e por incrível que pareça conse-gui me irritar nas primeiras quatro linhas.

Segundo os autores, grandes nomes da música popular brasileira cederam lugar ao sertanejo univer-sitário e ao funk, que atual-mente dominam as rádios. Citação extremamente er-rônea. Nenhum desses ar-tistas citados ou qualquer outro cederam espaço para os estilos citados acima. Lembrando que as “músi-cas ruins” sempre estiveram dominando as paradas de

sucesso e hoje a mesma história se repete. Naquela época tínhamos can-tores como Amado Batista, Odair José que eram um sucesso e in-festavam as rádios com suas músi-cas “bregas”, assim como hoje Luan Santana, Michel Teló, entre outros estão contaminan-do as nossas rádios. Isso não é culpa da nossa geração.

Em outro mo-mento os autores citam que o que se nota nas ruas, nas baladas, festas univer-sitárias e afins são apenas essas músicas. Meus queri-dos, vocês realmente acham que aqui em Curitiba as ca-sas noturnas só tocam es-ses estilos musicais?! Se você quer ouvir samba, você tem que ir ao lugar certo. Por baixo, um exemplo clássico é a Sociedade 13 de Maio, que há anos se mantém fiel à programação voltada ao samba de raiz. Garanto-te que temos em nossa cidade diversos lugares que ainda se importam em relembrar o nosso glorioso samba. Eu sou o exemplo vivo disso.

Participo de uma roda de samba quinzenal denomi-nada de “Samba do Sindica-tis” onde só cantamos e to-camos clássicos do samba de raiz, como Candeia, Donga, Paulo da Portela, Jovelina Pérola Negra, Bucy Moreira, entre outros. Outro exemplo importantíssimo é o projeto “Samba do Compositor Pa-ranaense” que tem como objetivo a projeção nacional do samba paranaense. Essa roda acontece toda segunda-feira, reunindo músicos e compositores. Um projeto de extrema importância que comprova que o samba não morreu e está revelando no-vos expoentes do samba da melhor qualidade. Isso só

Halanna AguiarSamba, choro e afins

SEXTA14 JUNHO, 2013

COLUNISTASP6

aqui em Curitiba. Para eles, o sertanejo

universitário e o funk estão dominando as rádios. Só se for a 98 FM, Transamérica, Caiobá FM e afins. Temos diversas rádios que têm a programação voltada para o samba e a MPB. É só pro-curar, gente! Temos a Rádio Educativa, Lúmen, fora as online. Sem contar que atu-almente não precisamos do rádio para escutar as músi-cas que queremos. Temos uma infinidade de sites que nos dispõem gratuitamente, dentro da lei, discos e can-ções inéditas.

Acredito que não é a música brasileira que está perdida, e, sim, alguns jor-

nalistas que não procuram ao menos fazer uma pesqui-sa mais aprofundada sobre determinado assunto, sobre o qual são totalmente leigos. Não utilizaram nenhum ar-gumento convincente e só se basearam em opiniões alheias. O cantor e composi-tor Diogo Nogueira define exatamente a opinião do samba. “Dizem que o sam-ba já morreu. Isso é conver-sa fiada, o samba cresceu. E Donga dizia pelo telefone, que o samba é a alma do povo, raiz brasileira, Brasil é seu nome”.

Sexta fora de série

Divulgação

Júlia Trindade

Divulgação

American Horror Story

Conversa fiada!

Page 7: Lona 792 - 14/06/2013

AGENDASEXTA14 JUNHO, 2013

NOTÍCIANTIGA

P7

estreias: CINEMA

Ernesto Rafael Gue-vara de la Serna con-hecido como “Che” Guevara nasce no dia 14 de junho de 1928, em Rosário, Argentina. Foi o primeiro de cinco filhos de uma família tradicional que aos pou-cos foi perdendo a sua riqueza. Era bom aluno, estudando em escola pública, frequentada por meninos da cidade e da roça, remediados e pobres, e sempre teve facilidade imensa de relacionamento com os outros, já exercitando sua capacidade de liderança. Guevara foi um dos ideólogos e coman-dantes que lideraram a Revolução Cubana

(1953-1959) que le-vou a um novo regime político em Cuba. Ele participou, desde então, até 1965, da reorga-nização do Estado cu-bano, desempenhando vários altos cargos da sua administração e de seu governo, principal-mente na área econômi-ca, como presidente do Banco Nacional e como Ministro da Indús-tria, e também na área diplomática, encarrega-do de várias missões in-ternacionais.Convencido da necessi-dade de estender a luta armada revolucionária a todo o Terceiro Mun-do, Che Guevara impul-sionou a instalação de

grupos guerrilheiros em vários países da Améri-ca Latina. Entre 1965 e 1967, lutou no Congo e na Bolívia, onde foi cap-turado e assassinado de maneira clandestina e sumária pelo exército boliviano, em colabora-ção com a CIA, em 9 de outubro de 1967.A sua figura desper-ta grandes paixões, a favor e contra, na opinião pública, e converteu-se em um símbolo de importân-cia mundial. Foi con-siderado pela revis-ta norte-americana Time uma das cem personalidades mais importantes do século XX.

O que fazer em Curitiba?

6 a 14 de junho: Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba Vários espaços: R$ 5 e R$ 2,50 (meia-entra-da). R$ 1 para sessão de curtas-metragens

18 de junho, às 19h30: Sempre um Papo, com a historiadora Mary del Priore, e lançamento do livro Castelo de Papel (Rocco)Teatro Regina Vogue: Entrada gratuita

Trio Nevilton faz apresentação em Curitiba dia 14 de junhoO trio formado por Nevilton de Alencar (voz e guitarra), Tiago “Lobão” Inforzato (baixo) e Eder Chapolla (bateria), apresentará o seu novo disco no John Bull Pub (R. Mateus Leme, 2.204), (41) 3252-0706, com ingressos antecipados a R$ 15.

Noites de Reis – Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal)Além do Arco-Íris - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)Antes da Meia-Noite - Cinemark Mueller, Cinesys-tem Curitiba, Es-paço Itaú de Cin-ema (Shopping

Crystal) Kátia - Cine Gua-raniO Homem que Ri - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)O Lugar Onde Tudo Termina - Cineplex Batel (Shopping Novo Batel)Star Trek - Além da Escuridão - Cin-emark Barigüi,

Cinemark Mueller, Cine Água Verde, Cineplus Jardim das Américas, Cin-eplus Xaxim, Cine-system Cidade, Cinesystem Curiti-ba, Cinesystem To-tal, Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal), IMAX® Theatre, UCI Esta-ção, UCI Palladium

Wik

i Com

mon

s