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lona.redeteia.com Os aparatos tecnológicos que podem ser utilizados como acessórios viraram uma verdadeira febre “Começar um novo mandato no vermelho certamente não é entrar no Palácio Iguaçu com o pé direito. “ “Hoje o dia amanheceu feliz, o resultado não saiu conforme eu queria, mas ver uma partida tão disputada bastou.” Festival de origem indiana, Happy Holi, a festa das cores, ganha versão brasileira com atrações. “Gostaria de usar essa última coluna como ferramenta para mostrar aos meus leitores quais foram as músi- cas que marcaram de alguma forma minha vida. “ “Quem sabe, daqui a poucos anos, não criemos um Brazilian Style? Afinal, se existe os estilos norte-americanos, belgas e afins, não podemos deixar de criar o nosso. “ Wearables chegaram para ficar: você sabe o que são? “Me aproximei tanto da mor- te que estava morrendo” Capital paranaense recebeu o fotodocumentarista na tarde de ontem para um palestra na qual falou sobre seu trabalho mais recente em exposição no MON, Gênesis, e sua carreira Ano XV > Edição 967 > Curitiba, 07 de novembro de 2014 Ana Santos Lucas Karas COLUNISTAS OPINIÃO EDITORIAL #PARTIU p. 2 p. 5 p. 5 p. 2 p. 6 p. 4 p.3 O único jornal-laboratório diário do Brasil Foto: Karina Sonaglio Foto: Huitzil

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Os aparatos tecnológicos que podem ser utilizados como acessórios viraram uma verdadeira febre

“Começar um novo mandato no vermelho certamente não é entrar no Palácio Iguaçu com o pé direito. “

“Hoje o dia amanheceu feliz, o resultado não saiu conforme eu queria, mas ver uma partida tão disputada bastou.”

Festival de origem indiana, Happy Holi, a festa das cores, ganha versão brasileira com atrações.

“Gostaria de usar essa última coluna como ferramenta para mostrar aos meus leitores quais foram as músi-cas que marcaram de alguma forma minha vida. “

“Quem sabe, daqui a poucos anos, não criemos um Brazilian Style? Afinal, se existe os estilos norte-americanos, belgas e afins, não podemos deixar de criar o nosso. “

Wearables chegaram para ficar: você sabe o que são?

“Me aproximei tanto da mor-te que estava morrendo”Capital paranaense recebeu o fotodocumentarista na tarde de ontem para um palestra na qual falou sobre seu trabalho mais recente em exposição no MON, Gênesis, e sua carreira

Ano XV > Edição 967 > Curitiba, 07 de novembro de 2014

Ana Santos

Lucas Karas

COLUNISTAS

OPINIÃO

EDITORIAL

#PARTIU

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

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LONA > Edição 967 > Curitiba, 07 de novembro de 2014

EDITORIAL OPINIÃO

Hoje o dia amanheceu feliz, o resul-tado não saiu conforme eu queria, mas a felicidade em ver uma partida de futebol tão disputada durante 90 minutos, foi o que bastou para dimi-nuir a tristeza de não ver meu time disputar a final da Copa do Brasil.

Sendo realista, eu sabia que as chances não eram tão grandes, para os mais pessimistas a proba-bilidade do Santos se classificar, era a mesma que a de um peixe caçar uma raposa, ou seja, nula. Eu con-fiava, a como eu confiava, o time que mais marcou gols em toda a história do futebol, mesmo com to-das as suas limitações poderia, por-que não, surpreender grande parte do país que apostava as suas fichas no melhor time brasileiro da atua-lidade. Não me enganei. Foi como eu esperava. O jogo de ida, no Mi-neirão, foi excelente, não há o que

contestar. Mas o de volta, na Vila Belmiro, foi uma partida de gala para os apaixonados pelo esporte, creio que dispensa comentários, mas merece séries de elogios.

O respeito imposto pelos atletas do peixe e da raposa era algo que há muito tempo não se via no fu-tebol brasileiro, as reclamações, os xingamentos, e os tumultos, fo-ram deixados de lado para dar vez a um futebol bonito e raçudo. Os torcedores santistas foram fantás-ticos, bem como os cruzeirenses no primeiro jogo. A cada canto de “Santos o time da virada, Santos o time do amor”, ou então, “Nascer, viver, e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter”, a emoção ia tomando conta de mim, e quando a situação ia se tornando insustentável, o sen-timento transbordava pelos olhos.

O Santos perdeu, mas perdeu com a cabeça erguida, jogando um bom futebol mesmo com todas as suas carências, perdeu para o atu-al melhor time do Brasil. Em refe-rência a outra semifinal disputada entre Atlético-MG e Flamengo não posso dar pitacos, pois não acom-panhei, sei que o galo mineiro passou, na raça, mas passou.

Mas pitacos para a grande final entre os “rivais” mineiros eu me permito. Cruzeiro que me perdoe, torço para que seja bicampeão do Campeonato Brasileiro. Mas, na Copa do Brasil fico com o galo, gosto de times que se classificam na raça, com vitórias e viradas heroicas, gosto de torcidas apai-xonadas que empurram o time, e principalmente, gosto de ver clu-bes preparados ganharem com-petições inéditas.

Já se passou um mês desde que as eleições agi-ratam e fomentaram as discussões de norte a sul do país. No Paraná, com uma corrida entre três grandes nomes, mesmo com a vitória larga no primeiro turno, a disputa pelo cargo de go-vernador do estado foi acirrada.

Beto Richa venceu, e Gleisi e Requião não che-garam a criar um segundo turno. Os três gran-des, no entanto, protogonizaram durante o período de campanhas, discussões, trocar de acusações e muitas farpas. Agora, mesmo com Richa reeleitos, estão todos no mesmo balaio: o dos devedores.

Segundo informações divulgadas por uma re-portagem da Gazeta do povo, os três, juntos, somam em dívidas o valor de R$11 milhões. Gleisi foi a que terminou a corrida eleitoral com o maior número vermelho: R$6 milhões. O reeleito Beto Richa, ficou negativo por R$3,8 milhões. Requião ficou em terceiro na disputa pela maior dívida: R$ 1,6 milhões.

As apurações também mostram que os maio-res gastos no caso dos três gigantes foram, jus-tamente, com publicidade. Gleisi gastou R$7 milhões, Richa R$5,9 milhões e Requião R$3,3 milhões. Foram R$16,2 milhões de reais apenas para propagar e difundir as imagens e propos-tas dos candidatos.

As eleições vieram e seus resultados já estão aqui, nos dando frutos, no entanto, é preciso lembrar que a fiscalização pública com gas-tos dos candidatos, bem como das promessas feitas durante o pleito, devem ser cobrados e devidamente cumpridos. Richa deve ser super-visionado de perto pela população: uma vez reeleito, é preciso que o governador do estado cumpra com seus deveres cívicos e pague cor-retamente suas dívidas.

Diversas vezes durante sua camapanha, Richa afirmou ter recebido como herança um estado quebrado, e usou tal falto como justificativa para suas faltas financeiras. Começar um novo mandato no vermelho certamente não é entrar no Palácio Iguaçu com o pé direito.

Recomeçando no vermelhoPerdemos, mas de cabeça erguida!Alessandra Becker

ExpedienteReitorJosé Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de AdministraçãoArno GnoattoDiretor da Escola de Comunicação e NegóciosRogério Mainardes

Pró-Reitora AcadêmicaMarcia SebastianiCoordenadora do Curso de JornalismoMaria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadoraAna Paula Mira

Coordenação de Projeto GráficoGabrielle Hartmann GrimmEditoresAna Justi, Alessandra Becker e Bruna KarasEditorialDa Redação

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Foto: Arquivo Santos Futebol Clube

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Curitiba, 07 de novembro de 2014 > Edição 967 > LONA

NOTÍCIAS DO DIA

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“A maior viagem que fiz nesses oito anos foi dentro de mim mesmo”, revelou o fo-tógrafo Sebastião Salgado de 70 anos, em palestra realizada ontem no Centro de Convenções de Curitiba para 1.300 pessoas que lotaram o auditório. O even-to marcou a abertura da exposição de seu trabalho “Genesis” no Museu Oscar Niemeyer (MON) que fica em exposição até dia 15 de março do próximo ano.

“Descobri que me enganaram a vida intei-ra quando contaram que somos os únicos animais racionais. Todos os animais tem sua própria racionalidade.” De 15 mil pes-soas mortas por dia a 10 mil jacarés a um metro de distância, Sebastião Salgado já viajou o mundo, replantou toda uma flo-resta e, com seu último trabalho – Genesis –, aprendeu que o importante para o pla-neta é o conjunto de todas as espécies.

Salgado viajou 32 países em oito anos para a realização de Genesis, e para seu renascimento fotográfico. Para ele, o tra-balho é um corte representativo do que ainda existe no plane-ta. “Quando retornei da expedição para fotografar ‘Êxodos’ tinha perdido toda a esperança de sobre-vivência da nossa es-pécie”, afirmou.

Ele contou que con-viveu com cerca de 20 mil mortos por dia quando fotografou em Ruanda e na ex-Iugoslávia. Quando voltou, estava psicologicamente doente e decidiu se afastar das lentes. “Eu me aproximei tan-to da morte que estava morrendo espi-ritualmente junto com a realidade que me cercava. Eu não tinha mais sêmen, e mesmo o meu sangue não coagulava em minhas veias como antes”, revelou.

Herdeiro da fazenda dos pais, o fotógra-fo e sua esposa voltaram às raízes minei-ras para refrescar a alma. Ao encontrar seu antigo “paraíso da Mata Atlântica”

O homem que tudo viuFotógrafo Sebastião Salgado esteve em Curitiba para palestra no Centro de Convenções e reuniu quase duas mil pessoas no local

praticamente morto, Salgado iniciou um trabalho ambiental que hoje reúne mais de dois milhões de árvores replantadas.

“Quando vi as árvores renascendo dian-te dos meus olhos, minha vontade de

fotografar voltou”. Neste momento, sur-giu a ânsia de viajar para não mais retra-tar a espécie huma-na, mas para procu-rar outras espécies e outras culturas. A expedição teve início nas ilhas de Galápa-

gos, onde Darwin começou a refletir as ideias de evolução que o levaram à publicação de “A Origem das Espécies”.

Estudante de direito que queria fazer Engenharia Mecânica. Economista for-mado que ousou fotografar. Sebastião Salgado fez sua primeira fotografia aos 27 anos de idade com uma câmera adquirida pela esposa Lélia Wanik Sal-gado, logo percebeu que fotografar as viagens que fazia lhe rendia mais pra-zeres do que preencher extensos re-latórios formais. Além de contar suas experiências de vida e em como se deu

a construção do seu olhar fotográfico, Salgado apresentou vídeos com mos-tras de seus principais trabalhos.

Ambos reuniam cerca de 120 fotografias cada. O primeiro vídeo trabalhos anteriores, dentre eles “Êxodos”. São pessoas que aban-donaram suas terras natais e se tornam mi-grantes, exilados, repreendidos por regimes autoritários e guerras civis. “Algumas [pesso-as] sabem para onde estão indo, confiantes de que as espera uma vida melhor. Outras estão simplesmente em fuga, aliviadas por estarem vivas. Muitas não conseguirão che-gar a lugar nenhum”, argumenta o foto-jornalista no livro-re-portagem da série. O segundo vídeo serviu como chamariz para a série em exposição, Gêneses. O autor apresentou algumas das fotografias que compõe o trabalho de 297 imagens. A ex-posição é dividida em temas geográficos: montanhas, desertos, florestas, tribos, al-deias e animais.

Desde 1998 o casal Salgado administra o Instituto Terra, que promove a res-tauração ecossistêmica e o desenvolvi-mento sustentável do Vale do Rio Doce. Segundo o Instituto, atualmente, mais de sete mil hectares de terras estão em processo de recuperação. Hoje, o órgão sem fins lucrativos conta com um vivei-ro próprio, com capacidade para um mi-lhão de mudas que abastece a Fazenda Bulcão – sede do Instituto – e os demais projetos desenvolvidos na região.

TecnologiaSebastião Salgado não acredita na popular frase de que hoje em dia qualquer pessoa pode ser fotógrafo. “Principalmente hoje, somente os fotógrafos fazem fotografia, os outros fazem só imagens”, afirmou. Para ele, a técnica e paixão pela profissão é o que diferencia os profissionais dos amado-res. Ele ainda acredita que a fotografia vai deixar de ser o que é atualmente. “Não sei qual direção vamos tomar, mas acho que muita coisa vai mudar”.

ServiçoGenesis – Sebastião SalgadoQuando: 06 de novembro de 2014 a 15 de março de 2015 Onde: Museu Oscar Niemeyer (MON) Entrada: R$6,00 e R$3,00 (meia), para menores de 12 e maiores de 60 anos a entrada é franca.

Bruna Karas e Lucas Souza

“Me aproximei tanto da morte que estava morrendo.”

Palestra de Sebastião Salgado reuniu cerca de duas mil pessoas > Foto: Karina Sonaglio

Salgado falou de seu mais recente trabalho, exposto no MON > Foto: Karina Sonaglio

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LONA > Edição 967 > Curitiba, 07 de novembro de 2014

Foi se o tempo em que a única preocu-pação com a moda era apenas escolher a roupa que usar. Todo mundo sabe como é importante estar vestindo uma roupa adequada e um assessório legal. Como por exemplo, ninguém vai de roupa so-cial em um churrasco com os amigos no fim de semana. Como também, não vai de bermuda e regata em uma entrevista de emprego. No entanto, a preocupação atualmente não é apenas com as roupas de tecidos ou algodão. Agora a preocu-pação é com os ‘’ wearable device’’. Essas tecnologias vestíveis são consideradas qualquer coisa que tenha contato com seu corpo. Porém ‘’ também precisa ter uma função, não só de aparência, se não, não é wearable tecnology’’ comentou o professor e pesquisador João Cunha. Por isso, nesses novos acessórios tecnológi-cos, vestir a camisa é pouco. ‘’ A grande ideia dos wearable é coletar dados e informações a partir de bio-sensores, e que esses dados sirvam de algum tipo de feedback para o usuário’’ disse o estu-dante de engenharia da computação da Universidade Positivo Diego Palma.

O wearable funciona como uma ponte, um monitoramento do usuário em tempo real, presente na cate-goria de gadgets. Por isso, uma chave utili-zada por esses dispositivos é o ‘’ big date’’, que se refere a um grande armazenamen-to de dados e maior velocidade. ‘’ Você já viu por exemplo que quando você curte coisas de um determinado item no face-boook, ela aparece mais coisas sobre aqui-lo? Isso é uma analise de dados ‘’ explicou o estudante de engenharia da computa-ção. Essa análise ajuda na forma de ‘’ criar um perfil do usuário’’. ‘’ O facebook coleta seus dados e cria um perfil seu, do que você gosta’’ falou Diego Palmas. Por isso, ‘’ Quanto mais informações ele coleta, mas próximo ao seu perfil real vai ser essa aná-lise’’ comentou o estudante.

Tecnologia para vestir é a nova modaAgora os cosumidores também devem se preocupar com a escolha do look digital, além do físico

Os dispositivos vão desde relógios di-gitais como o smartwatch Gear 2, a pulseira Runtastic Orbit, da Sony, até o Google Glass. Indo além, em 2015 vai ser lançado o Thync que a pessoa pode ‘’controlar’’ quando deseja ficar mais cal-

ma, focada ou com energia. A infinida-de dessa tecnologia ‘’para vestir’’ tem cres-cido cada vez mais no mercado. Estima-se um crescimento de U$ 1,5 bilhões nos próximos dois anos, e um aumento maior

na área de fitness e saúde. A expectativa para esses setores é um faturamento de U$ 5 bilhões em 2016. Tudo graças à de-manda que está sendo criada envolven-do esses novos acessórios.

Muitos vêm com o objetivo de criar uma necessidade – até forçada- para que o usuário necessite desses weara-bles device. ‘’ Se você vê as pessoas cor-rendo no parque com monitoramento de frequência cardíaca, isso é weara-bles device. Antes era só um modismo, mas criou-se uma demanda de saúde, pois é importante que você monitore

sua frequência cardíaca para saber se você está em uma zona de conforto e está tendo uma produção ou não de produtos fisiológicos’’ comentou João Cunha, que é professor e pesquisador de Engenharia da Computação da Uni-versidade Positivo.

Antoine Serur é professor de inglês e usa a três anos um smartwatch (ou relógios inteligentes). ‘’ Ele é bem prático, o horário é bem preciso. Além disso, tem memória para musica, fotos, e rádio’’ explicou An-toine Serur. ‘’ Ele me ajuda principalmente na aula por causa do horário e também quando entro no carro uso ele para música, e quando vou aos jogos do coxa escuto o rádio’’ comentou o profes-sor Antoine.

Essa tecnologia pro-mete um avanço na parte de precisão na medicina, como cor-tes em cirurgias, além de auxiliar pessoas com dificuldades

psicológicas como ataques epiléticos e cui-dado com os idosos. ‘’ Como um idoso que mora sozinho, cada dia mais pessoas não estão tendo filhos e os casais estão ficando sozinhos. Quando envelhecem precisam do filho para cuidar, e por isso, esse moni-toramento acontece de longe’’ comentou o pesquisador e professor. ‘’ Um idoso que mora sozinho, pode ter um sensor embar-cado nele que capta se ele caiu por exem-plo, e não levantou e não consegue chegar no telefone, ou captar mal súbito. Com o wearable device ele manda mensagem para você, avisa, o que aconteceu com esse idoso’’ explicou João Cunha.

Esses dispositivos podem avisar médi-cos, clínicas, e também estar interliga-do com as emergências. Nesse sistema, entra a internet das coisas com os we-arables devices que envolve a relação entre homem, máquina e maquina com máquina. ‘’ Tem muita coisa já, mas tem muito ainda sendo desenvolvido. Muitas coisas a gente não sabe porque não chegou no nosso dia a dia ainda. Mas a gente pode estar usando e não sabe. Tudo isso não é mais ficção, está aí!’’ disse o pesquisador. No entanto, esses acessórios oferecem muitas van-tagens, e é necessário também a cons-ciência de cada usuário para que eles sejam usados de forma benéfica, não um motivo a mais para o isolamento.

Amanda Oliveira

GERAL

“Muitas coisas já estão no dia a dia, não é mais ficção, está aí.”

Google Glass, promete chegar logo ao Brasil > Foto: Antonio Zugaldia

Um dispositivo Wimm em uma pulseira de relógio inteligente > Foto: Bostwickenator

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COLUNISTAS

What’s the story?

Futebol Cervejeiro

Ana Santos

Lucas Karas

Curitiba, 07 de novembro de 2014 > Edição 967 > LONA

As cinco músicas

Brasil e cerveja: namoro vai dar casório!

Gostaria de usar este texto como ferra-menta para mostrar aos meus leitores quais foram as músicas que, antigas ou novas, famosas ou nem tanto; ainda assim marcaram de alguma forma minha vida.

Antes de qualquer coisa, vale ressaltar que muitas dessas músicas fizeram par-te de um mesmo período: o tempo do ensino fundamental e médio; quando a música era um meio de entretenimen-to entre os amigos do colegial. Nesse período também comecei a formar os primeiros acordes no violão, que ago-

ra já estão esquecidos num canto da memória por falta de prática. As outras canções marcam a fase inicial de um in-teresse mais profundo pela arte da mú-sica. Então, vamos à brincadeira:

Os Cegos do Castelo - Nando Reis. Foi a partir desta canção que eu comecei a ter uma paixão pela música. Era a pri-meira faixa de um CD que ganhei de papai (já falei desse episódio nesta co-luna). A canção foi composta por Nan-do Reis e foi gravada pela banda Titãs em 1997 no DVD Acústico MTV. Segun-

Em algumas ocasiões, deixo o futebol um pouco de lado para falar sobre fatos cervejeiros interessantes e relevantes. Bom, hoje é um desses dias. Pois, quero falar sobre um fato inédito para o Brasil envolvendo as cervejas especiais.

Todo ano, a revista norte-americana Draft Mag faz uma lista com as 25 me-lhores cervejas do ano. E pela primeira vez na história, um rótulo verde e ama-relo consta na lista. E uai, sô, nada melhor que uma cervejaria lá de Minas Gerais para representar o nosso Brasil plural.

Pois é, a Belô Ipê Quadruppel, da Wäls, cervejaria de Belo Horizonte, está na lista da revista que destaca o fato da cervejaria brasileira “ter alcançado o impensável” ao receber duas medalhas na categoria belga da World Beer Cup. A Wäls ganhou o ouro com a sua Dubbel, na categoria Belgian-Style Dubbel e a prata com a Quadruppel, na categoria Belgian-Style Ale. O ouro recebido em 2012 também foi uma novidade para

o Brasil, que nunca havia chegado ao topo na competição, que é considerada uma das mais importantes no universo cervejeiro. A última premiação havia sido dada para a Eisenbahn Dunkel, que recebeu o bronze da categoria em 2008.

Os prêmios e as menções comprovam lá fora algo que já é fato aqui no Bra-sil: a qualidade das cervejas da Wäls. A cervejaria sempre me surpreendeu – e inquietou-me - com seus rótulos e com o líquido, que possuí uma qualidade absurda. Falei aqui da Saison de Capira, que é uma bera sensacional e com Bra-sil da garrafa ao copo.

Além disso, é muito legal ver como a cultura cervejeira está se difundindo e crescendo no nosso país. A quali-dade, a criatividade e a inovação dos produtos é algo que pouco a pouco está impressionando o mundo. Afinal, o jeitinho brasileiro não poderia faltar nas cervejas que produzimos. Estamos entrando de cabeça no mundo das cer-

do conversas nos corredores de estú-dios e palcos, a letra é um desabafo de Nando em relação ao uso de cocaína.

I Don’t Want To Be - Gavin DeGraw. Esta canção marcou uma época. Era a abertura de um seriado chamado One Tree Hill, o qual eu era viciada. Passa-va as manhãs de domingo em frente à TV, me deliciando com a trama e, ainda mais com a trilha sonora. I Don’t Want To Be é a oitava faixa do CD de estreia, Chariot, do cantor americano Gavin, e alcançou a décima posição no Billboard Hot 100. A canção vendeu dois milhões de downloads pagos e marcou uma ge-ração de adoradores de One Tree Hill.

Como Eu Quero - Kid Abelha. Interpre-tada pela talentosa Paula Toller, a can-ção foi lançada em 1984 no álbum Seu Espião. Ficou na lista das mais tocadas do ano, perdendo apenas para Sonífera Ilha - Titãs. A música marca minha vida em 2010, depois de vinte seis anos de seu lançamento, quando eu tive as pri-meiras aulas de violão com o mestre Criss. Como era bom aquele tempo!

Pais e Filhos - Legião Urbana. Quem nunca se emocionou ou usou alguma frase dessa canção? A música Pais e Fi-lhos foi composta por Renato Russo e Dado Villa-Lobos. Apresenta um refrão forte que embalou uma geração e ga-nhou meu coração, não a toa que faz parte de minha playlist. Ela marca uma tarde no começo do verão de 2008, nes-ses festivais que marcaram minha vida estudantil no Colégio Pres. Costa e Sil-va, quando em uma apresentação eu e mais dois colegas interpretamos a can-ção para os estudantes. Inesquecível!

Portão Azul - Lorena Chaves. Lançado em 2013, no disco de estreia da cantora mineira Lorena Chaves, a música Portão Azul faz um convite a seus ouvintes para conhecer o outro lado do portão azul. Como me esquecer do FAER (Festival de Artes) em Wenceslau Braz? Eu e mais qua-tros amigos participamos cantando essa canção do “nosso jeitinho”. Não levamos o prêmio maior, mas com certeza, saí-mos da cidade com a convicção de que fizemos o nosso melhor e representamos muito bem nossa pequena cidade.

vejas especiais. Aos poucos, estamos mudando a mentalidade das pessoas que acreditavam que cerveja era ape-nas pilsen. A cada dia, uma nova cerve-ja nasce em terras tupiniquins e, com elas, a cultura vai se espalhando.

Quem sabe, daqui a poucos anos, não criemos um Brazilian Style? Afinal, se existe os estilos norte-americanos, belgas e afins, não podemos deixar de criar o nosso. Mas antes disso, preci-samos continuar a ousar como a Wäls ousou. E como tantas outras ousam.Vemos cervejarias como a Tupiniquim (RS), Colorado (Ribeirão Preto – SP), Amazon Beer (PA), Way Beer (PR), entre

tantas outras usando manga, rapadu-ra, cana-de-açúcar, pinhão, açaí, entre tantos outros ingredientes brasileirís-simos para dar aquele toque verde e amarelo nas cervejas produzidas.

E tem como não ter inovação dentro desse país que é tão plural e tão gran-de? Temos sim potencial para ser o expoente de um dos maiores, se não o maior, centro cervejeiro do mundo. Basta que acreditemos no potencial que temos e jamais abandonar o jeiti-nho brasileiro de se fazer cervejas, pois, com isso, vamos impressionar o mun-do com o nosso suco de cevadis, como diria o nosso eterno Mussum.

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LONA > Edição 967 > Curitiba, 07 de novembro de 2014

Meu Malvado Quase FavoritoLocal: Teatro Bom JesusData: 16 de novembroHorário: 16h30Ingressos: variam entre R$25 e R$60

Até que o Casamento nos SepareLocal: Teatro Regina VogueData: 8 e 9 de novembroHorário: 21h e 19hIngressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia)

Happy Holi CuritibaLocal: Museu Oscar NiemeyerData: 29 de novembroHorário: 14hIngressos: varia entre R$50 e R$160

Lulu SantosLocal: Teatro GuaíraData: 29 de novembroHorário: 21hIngressos: variam entre R$90 e R$280

Retratos de Uma Terra EsquecidaLocal: FNAC - Shopping BariguiData: até 30 de novembroHorário: quartas-feiras, das 11h às 22hIngresso: gratuito

Brasil Motorcycle ShowLocal: Parque BariguiData: de 22 a 24 de novembroHorário: das 16h às 22hIngressos: variam entre R$10 e R$25

No próximo dia 29 de novembro a ca-pital paranaense recebe o Happy Holi, festival de música inspirado no festival “Holi Festival das Cores”, que acontece na Índia. Os participantes do evento vão de branco e durante o dia são pintados com tintas de todas as cores.

Depois de nascer na Europa em 2013, o festival vem ao Brasil pela primeira vez e será realizado em Teresina, Salvador, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Floria-nópolis, Porto Alegre, Brasília, Aracaju, Recife, Maceió e Fortaleza. Na entrada do evento, os participantes recebem um pó colorido, que será utilizado durante o festival. A entrada nos locais de reali-zação começa às 13h e às 15h, acontece a primeira explosão de cores, que vai se repetir a cada 45 minutos.

Nos dias 21, 22 e 23 de novembro, Curitiba recebe a segunda edição do evento Brasil Motorcycle Show, na Expo Renault Barigui. O evento reúne os principais lançamentos, no-vidades e atrações para os apaixonados por motos.São mais de 70 stands de marcas como BMW, Harley-Davidson, Yamaha e Honda, que oferecerão acessórios, roupas, customização de motos, simuladores, escola de maquiagem e muito mais.Haverá também atrações para as crianças: um espaço da empresa representante

do LEGO no Brasil, onde será promovida a edu-cação no trânsito. Na gastronomia, o evento traz os inovadores food trucks no espaço de-nominado Garagem Mundo Livre.

Entre as principais atrações, estão: Freedom Rider, Giro 360º, Whewling Machine, Ceth Hon-da, Jorge Negretti Motocross Show, Equipe Ra-dical Moto Show, Arthur Manobras de Bicicleta e bandas como Banks, Brave Heart, Brokken, Circus Mind, Four Layers e HillBillly Rawhide.

Brasil Motorcycle Show promove sua 2ª edição

Ayrton Senna ganha sua última corrida pela F1

Vencedor do Grande Prêmio da Aus-trália, em 7 de novembro de 1993, o piloto brasileiro Ayrton Senna subiu ao pódio pela última vez. Senna mor-reu em um acidente durante o Gran-de Prêmio de San Marino de 1994, no dia 1º de maio.

Ele está entre os pilotos de Fórmula 1 mais exímios e influentes da atua-lidade, considerado um dos maiores pilotos da história do esporte. Sen-na liderou o campeonato à frente da

Williams-Renault de Alain Prost e da Benetton de Michael Schumacher, apesar da inferioridade dos moto-res da McLaren-Ford. A cada corrida, Prost e Damon Hill mostravam a su-perioridade, com Prost caminhando para a vitória, enquanto Hill manti-nha o vice, ambos ultrapassados pelo brasileiro. Senna findou a temporada e sua carreira na McLaren com cinco vitórias (Brasil, Europa, Mônaco, Ja-pão e Austrália) e ficou com o vice na classificação geral.

“Festival das Cores” indiano chega a Curitiba

ACONTECEU NESTE DIA

#PARTIU

Arton Senna segura uma miniatura do seu primeiro carro na F1 > Foto: Arquivo Instituto Arton Senna

Teatro

Shows

Exposições

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Cartaz do evento > Foto: Dibulgação