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QUAL IMAGEM DO CIENTISTA É DIFUNDIDA NO FLIME? Figura 1 Figura 1. Representação de cientista realizando experimento. Ao relacionarmos esses resultados com os de kosminsky e Giordan (2002), não encontramos diferenças significativas. Os estudantes de ensino médio tendem a estereotipar o cientista como um homem maluco e solitário, o que apareceu com menos frequência nas representações dos estudantes iniciantes de ensino superior. Em ambos os casos, o cientista trabalha isolado e não fazem menção quanto à troca de informações ou da existência de uma comunidade científica. Quanto a essa troca de informações, no ensino superior, somente ocorreu nos desenhos relacionados com o ensino, pois segundo a legenda, seriam alunos tendo aulas no laboratório e não dois cientistas conversando sobre seus trabalhos. Segundo Pérez et al. (2001, p. 133) esta visão "faz crer que os resultados obtidos por um só cientista ou equipe podem ser suficientes para verificar, confirmando ou refutando, uma hipótese ou toda uma teoria". Vale destacar que esta pesquisa foi realizada com alunos matriculados no 3º período do curso de Química, portanto estão ainda muito próximos aos conhecimentos do ensino médio, não sendo surpresa que continuem bastante alinhados com as representações anteriores, até porque somente tiveram contato com as disciplinas mais gerais. O excerto a seguir, extraído da produção reflexiva de um estudante, corrobora essa explicação: "Percebi que minhas reflexões foram parecidas, pois era homem, estudou sozinho, o que não acontece, pois para desenvolver um projeto os cientistas precisam de uma discussão, de um estudo em grupo. Não desenhei em nenhum momento uma pessoa a mais, apenas na hora do descanso". Considerando também o estudo de Melo e Rotta (2010) com alunos do ensino fundamental, as perspectivas são as mesmas, isto é, do cientista no laboratório realizando experimentos. Uma diferença marcante é que os alunos do ensino fundamental introduzem cientistas de outras áreas como biologia ou física, e outros cenários fora do laboratório em locais abertos envolvidos com estudo de plantas ou das estrelas. Seus cientistas normalmente estão de jaleco, mas nunca usando óculos de proteção, e a incidência da figura feminina é grande. As autoras relacionam esses fatos com o que os alunos aprendem sobre ciências na escola em determinado momento e a divulgação cientifica dos meios de comunicação. Já para os estudantes iniciantes de ensino superior, dos 59 desenhos, apenas sete (11,9%) indicaram a figura feminina do cientista. Na grande maioria dos desenhos o cientista faz uso de equipamentos de proteção individual, como óculos de segurança e avental.

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QUAL IMAGEM DO CIENTISTA É DIFUNDIDA NO FLIME?

Figura 1

Figura 1. Representação de cientista realizando experimento.

Ao relacionarmos esses resultados com os de kosminsky e Giordan (2002), não encontramos diferenças significativas. Os estudantes de ensino médio tendem a estereotipar o cientista como um homem maluco e solitário, o que apareceu com menos frequência nas representações dos estudantes iniciantes de ensino superior. Em ambos os casos, o cientista trabalha isolado e não fazem menção quanto à troca de informações ou da existência de uma comunidade científica. Quanto a essa troca de informações, no ensino superior, somente ocorreu nos desenhos relacionados com o ensino, pois segundo a legenda, seriam alunos tendo aulas no laboratório e não dois cientistas conversando sobre seus trabalhos. Segundo Pérez et al. (2001, p. 133) esta visão "faz crer que os resultados obtidos por um só cientista ou equipe podem ser suficientes para verificar, confirmando ou refutando, uma hipótese ou toda uma teoria".

Vale destacar que esta pesquisa foi realizada com alunos matriculados no 3º período do curso de Química, portanto estão ainda muito próximos aos conhecimentos do ensino médio, não sendo surpresa que continuem bastante alinhados com as representações anteriores, até porque somente tiveram contato com as disciplinas mais gerais. O excerto a seguir, extraído da produção reflexiva de um estudante, corrobora essa explicação:

"Percebi que minhas reflexões foram parecidas, pois era homem, estudou sozinho, o que não acontece, pois para desenvolver um projeto os cientistas precisam de uma discussão, de um estudo em grupo. Não desenhei em nenhum momento uma pessoa a mais, apenas na hora do descanso".

Considerando também o estudo de Melo e Rotta (2010) com alunos do ensino fundamental, as perspectivas são as mesmas, isto é, do cientista no laboratório realizando experimentos. Uma diferença marcante é que os alunos do ensino fundamental introduzem cientistas de outras áreas como biologia ou física, e outros cenários fora do laboratório em locais abertos envolvidos com estudo de plantas ou das estrelas. Seus cientistas normalmente estão de jaleco, mas nunca usando óculos de proteção, e a incidência da figura feminina é grande. As autoras relacionam esses fatos com o que os alunos aprendem sobre ciências na escola em determinado momento e a divulgação cientifica dos meios de comunicação. Já para os estudantes iniciantes de ensino superior, dos 59 desenhos, apenas sete (11,9%) indicaram a figura feminina do cientista. Na grande maioria dos desenhos o cientista faz uso de equipamentos de proteção individual, como óculos de segurança e avental.

Aproximadamente 80% dos estudantes representaram os cientistas, numa quinta-feira às 16h00min, realizando experimentos e estudando, o que não difere dos resultados obtidos do horário anterior. Poucos desenhos fizeram referência ao cientista lecionando, assim como sobre o cientista em atividades não relacionadas ao trabalho (por exemplo, realizando atividades físicas, conforme legenda), em proporções semelhantes às práticas da segunda-feira. A figura 2 ilustra essa categoria.

Figura 3. Representação de cientista dormindo e sonhando.

Reis et al. (2006) e Zamunaro (2002) também realizaram uma pesquisa sobre a temática e constataram que as visões dos alunos do 1º ciclo do ensino básico é

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uma visão estereotipada do cientista, ou seja, para eles o cientista inventa coisas para ajudar as pessoas ou fazem coisas malucas. São geralmente do sexo masculino, vestem uma espécie de bata, usam óculos, têm barba e geralmente fazem o estilo excêntrico, imagens que são divulgadas por filmes ou desenhos animados, que são os estereótipos referidos na literatura. Afirmam também que nunca foram discutidas em sala de aula informações sobre os cientistas ou realizou-se qualquer tipo de experimento. Essa imagem do cientista vista pelos alunos tem muito em comum com as imagens discutidas anteriormente; diferem no que diz respeito à magia ou mesmo ao poder que o cientista tem para eles. Isso acaba gerando um pensamento igual ao que é vinculado a programas de televisão, que acaba sendo a única informação que eles recebem, e no decorrer do seu crescimento vão apenas acoplando novas informações trazidas pelos mesmos meios de comunicação. Sobre esse aspecto, Pérez et al. (2001) afirmam que:

"Embora, nos últimos anos, os meios de comunicação social frequentemente tenham feito eco de notícias acerca de, por exemplo, problemas do meio ambiente provocados por determinados desenvolvimentos científicos, não submetidos ao "princípio de prudência", temos podido constatar que uma elevada percentagem de professores não tem em consideração essa dimensão da atividade científica" (Pérez et al., 2001, p. 133).

A reflexão de outro estudante confirma tal visão:

"Reconheço que mesmo eu, que já estou cursando uma universidade e familiarizada com a Ciência vivida, tenho alguns resquícios dessa visão distorcida do cientista e seu agir. (...) pude perceber que apesar da vivência científica, ainda tenho uma visão semelhante a dos alunos do ensino médio. Acredito que isso se deva a um pré-conceito adquirido através dos meios de comunicação, juntamente com a pouca divulgação da própria escola em que estudei".

Ao contrário disso, é preciso na escola incentivar as crianças e os jovens a refletirem a ciência como um conhecimento que auxilia a explicar o mundo e, ao mesmo tempo, como uma forma de produção coletiva, que está sintonizada com a cultura e as ideias do ser humano no seu contexto histórico-social (Tomazi et al., 2009).

 

HOMEM-ARANHABio+CINEMA: Homem-Aranha -Parte 21

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Por Luiz Baran (texto e ilustração)                                                                                Imagens: divulgação

Olá, admiradores das curiosidades biológicas!

Com vocês, agora, a segunda parte do nosso texto sobre a Biologia e a Ciência presentes no filme “O Homem-Aranha”, dessa vez abordando alguns aspectos relacionados ao Duende Verde!

lO vilão do filme “O Homem-Aranha” é o empresário Norman Osborn.Osborn é pai de Harry, o melhor amigo de Peter Parker (o Homem-Aranha), e um homem de negócios sedento por poder que se encontra negociando com o exército americano para o desenvolvimento de uma droga que aumenta o desempenho humano.Além disso, sua empresa produz uma série de armamentos que serão mais abordados a seguir.

Quando o exército reclama da falta de resultados e ameaça encerrar o contrato, Norman experimenta o soro em fase de desenvolvimento em si mesmo, o que aumenta consideravelmente sua força e agilidade mas também o enlouquece, transformando-o no Duende Verde.

Depois de matar o cientista-chefe da equipe de pesquisas de sua empresa, a Oscorp, que o encontra logo após ele ter se submetido ao soro, Norman Osbon rouba alguns equipamentos de sua fábrica, incluindo um planador morcego,algumas bombas de gás e um exoesqueleto.

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Um exoesqueleto energizado (powered), também chamado de exotraje ou exoarmadura é uma máquina móvel que consiste basicamente de uma estrutura externa (tal qual o exoesqueleto de um inseto), vestida por uma pessoa e um sistema de motores mecânicos ou hidráulicos que geram parte da energia para o movimento dos membros.

O principal objetivo desse tipo de exoesqueleto é aumentar a forca e a resistência do seu usuário, sendo muito usado na área militar, para ajudar os soldados a carregar cargas muito pesadas dentro e fora de combate. Os soldados poderiam não só carregar mais peso como armaduras e armas mais pesadas. A maioria dos modelos utiliza um sistema hisdráulico controlado por um computador de bordo. Eles podem ser energizados por um sistema de combustão interna, baterias ou células combustíveis potenciais.

 Pode ser usado também para ajudar bombeiros no resgate de sobreviventes em desastres. No campo da medicina, esse equipamento pode ser usado para aumentar a precisão de cirurgiões durante a operação ou para auxiliar as enfermeiras a moverem pacientes mais pesados.

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Os exoesqueletos também podem ser usados em casos de reabilitação de pacientes que tiveram derrame ou danos na medula espinal, sendo chamados, as vezes, de Robôs de Reabilitação de Passos (Step Rehabilitation Robots). Esse tipo de traje pode reduzir o número de terapeutas necessários, por permitir que mesmo o paciente mais deficiente possa ser tratado por apenas um terapeuta.  No momento, muitos projetos estão sendo feitos nesse sentido para serem usados em centros de reabilitação, como o LOPES , o Lokomat, oALTACRO  e o treinador de movimentos, Hal 5.Exoesqueletos podem  ser encarados como vestimentas robô. Uma vestimenta robô é um sistema mecatrônico que é desenhado ao redor das formas e funções do corpo humano, com segmentos e articulações correspondents aquelas da pessoa que o está utilizando  externamente. Operações teleguiadas e ampliação de força são tidas como as primeiras aplicações, mas depois dos recentes avanços tecnológicos, o espectro de aplicações parecem ter se expandido. Essa tecnologia, agora reconhecida pela comunidade científica, serve para  telemanipulação, amplificação humana,  pesquisa de controle neuromotor e reabilitação e para auxiliar com controle motor em pessoas com deficiência.

Alguns protótipos do exoesqueleto incluem o XOS, da Sarcos, o HULC da LockheedMatin (ambos com fins militares), que foram construídos mas não usados em campos e o HAL 5 da CyberdyneInc (para propósitos medicinais)

Ainda existem vários problemas a serem solucionados, como encontrar uma fonte de energia compacta e poderosa o bastante para permitir que o exosqueleto opere por períodos maiores de tempo,sem que necessite estar ligado a uma bateria externa.Em 1890, o russo Nicholas Yagin desenvolveu um dispositivo que pode ser classificado como o primeiro exoesqueleto, capaz de pular,andar e correr. Para armazenar energia, o artefato utilizava bolsas de gás comprimido que  permitiam que os movimentos fossem realizados, porém era passivamente operado e dependia da força humana. Em seguida houve o surgimento do pedomotor, pelo americano Leslie C. Kelley, em 1917, que funcionava a base de motor a vapor e possuia ligamentos artificiais para acompanhar os movimentos dos usuários; o pedomotor gerava energia sem depender diretamente do ser humano.

O exoesqueleto verdadeiro, no sentido de uma máquina móvel integrada aos movimentos humanos, foi desenvolvido em conjunto pela General Electric e o Exército dos Estados Unidos, nos anos 1960. Batizada de Hardiman, o traje pode levantar até 110 kg, e o usuário se sente como se estivesse levantando apenas 4,5 kg. Eletricidade e energia hidráulica fornecem a força necessária à armadura, permitindo aumentar a força do usuário em 25 vezes. Uma estrura de feedback de força possibilita que quem veste o exoesqueleto consiga sentir os objetos manipulados e a força realizada para levantá-los.

O Hardiman, portanto, parecia muito promissor. Na prática, entretanto, possuia muitas limitações. Pesava 680 kg o que o tornava impraticável. Outro problema era o sistema operacional slave-master (escravo- mestre), no qual o usuário fica num traje mestre que por sua vez fica dentro de um traje escravo, que responde ao mestre e faz o trabalho. Essa estrutura  de múltiplas camadas pode funcionar bem, mas tem uma resposta mais lenta do que uma camada única. Como o objetivo é aumento do desempenho físico, o tempo de resposta é muito importante. O projeto foi um fracasso, toda tentativa de  usar o exoesqueleto inteiro resultou num movimento descontrolado, dessa forma nunca tendo sido testado com um humano pilotando.

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Em 1960, o Los Alamos Laboratories projetou um exoesqueleto denominado Projeto Pitman. O LIFESUIT foi um projeto desenvolvido, em 1986, por Monty Reed, um ranger do exército americano que havia quebrado suas costas num acidente de pára-quedas.O LIFESUIT One (LSI) foi construído em 2001. Em 2003, o LS6 era capaz de gravar e reproduzir uma resposta humana. O LS12 foi vestido numa corrida no dia de São Paticio em Seattle, Washington, em 2005. Vestindo o LIFESUIT XII, Monty Reed inaugurou o Recorde Velocidade em Distância na Terra para  andar  em trajes robóticos. O LS12 completou a corrida de 3 milhas em 90 minutos. Atualmente,o  LIFESUIT 14  pode andar uma milha em capacidade maxima enquanto levanta 92 kg para o usuário.

A revista Newsweek divulgou, em Janeiro de 2007, que o Pentágono havia liberado fundos de desenvolvimento para o nanotecnologista Ray Baughman da Universidade de Texas em Dallas, para a criação de uma rede de polímeros eletroativos. Tais fibras elétricas contráteis tem o próposito de aumentar a força proporcional ao peso dos sistemas de movimento dos exoesqueletos energizados militares.

Tipos de Exoesqueletos:

Sarcos/Raytheon XOS: pernas e braços de exoesqueleto. Para uso militar, pesa 68kg e permite que o usuário levante até 90 kg com pouco ou nenhum esforço. Recentemente, o XOS 2 foi revelado como possuindo movimentação mais fluida, aumento na liberação de poder e diminuição no consumo de energia

Ekso Bionics/Lockheed Martin HULC (Human Universal Load Carrier): o principal concorrente do Sarcos/Raytheon. Pesa 24 kg e permite que o usuário carregue até 91 kg em uma mochila anexada ao exoesqueleto independemente do usuário. Uma versão alternativa está sendo construída para fins medicinais. Ekso Bionics eLEGS: um exoesqueleto energizado  hidraulicamente para permitir que paraplégicos se levantem e andem com auxilio de muletas ou andadores.

Cyberdyne HAL 5: braços e pernas . A primeira vestimenta robô do tipo ciborgue  permite que quem a veste levante 10X mais peso do que normalmente poderia. HAL 5 é usado atualmente em hospitais japoneses, e recebeu certificado global de segurança em 2013.

                Honda:  pernas de exoesqueleto. Pesa 6,5 kg e apresenta um assento para o usuario.

M.I.T. Media Lab’s Biomechatronics Group: pernas. Pesa 11.7 kg . Em desenvolvimento:

European Commission: MINDWALKER: um exoesqueleto controlado mentalmente por pessoas deficientes.

Vrije Universiteit Brussel da Altacro: exoesqueleto para deficientes fisicos.Aguardem em breve a terceira parte do nosso artigo sobre “O Homem-Aranha”, no qual falaremos mais sobre o “soro do duende” e a loucura que ele causa!!!

Abraços biológicos!

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Dec29BIO+Cinema:Homem-Aranha -parte 12

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por Felipe Galante                         Ilustrações Luiz Baran                  Foto DivulgaçãoO termo transgênico se refere a qualquer organismo que tenha sua constituição genética alterada por meio da introdução de um gene de um organismo de outra espécie.

No filme Homem-Aranha(2002), há a presença de aranhas transgênicas, uma vez que a aranha que picou  Peter Parker sofreu diversas modificações em seu DNA.  Essa aranha recebeu fragmentos de DNA de 3 aranhas com diferentes habilidades, de modo que essas foram isoladas e transferidas para apenas uma aranha.

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Mas o que é uma aranha transgênica? E qual é a diferença entre transgênicos e Organismos Geneticamente Modificados? Entre os métodos de manipulação genética, podemos dizer que existem os OGM´s(Organismos Geneticamente Modificados) e os OT’s (Organismos Transgênicos). O primeiro diz respeito à manipulação de um único organismo para a obtenção de resultado esperado, enquanto que a transgenia se refere à transferência de um gene de um indivíduo de uma espécie para um de outra espécie.

De forma geral, tanto os Organismos Geneticamente Modificados quanto os organismos transgênicos são utilizados em escala industrial nos setores mais diversos, como alimentício, medicina, indústria farmacêutica.  No setor alimentício, plantas e animais são modificados com o intuito de produzirem seres com alguma capacidade especifica, seja ela maior quantidade de carne, menor quantidade de gordura, maior produção de leite, ausência de sementes, ou mais polpa, sendo que essas modificações podem ser unicamente da genética da planta ou animal em questão quanto uma transposição de genes entre espécies; bactérias são utilizadas para produção em massa de insulina humana através de técnicas de transgenia, distribuída comercialmente pela indústria farmacêutica.

Um exemplo de Organismo Transgênico é o Bicho-da-seda utilizado para produzir seda de aranha, mais resistente e flexível. O gene responsável pela produção da seda na aranha foi transferido para o bicho-da-seda, já que a produção da seda a partir dele é bem mais fácil. Como a seda da aranha é mais resistente e flexível do que a seda produzida pelo próprio bicho-da-seda, ela tem o potencial de ser utilizada na produção de tendões, ligamentos, microcápsulas, cosméticos e têxteis e coletes à prova de balas.

Alem disso, há de se considerar os possíveis riscos dos Transgênicos. Entre os cientistas ainda não há consenso, mesmo após anos de utilização de produtos,  devido ao risco envolvendo a troca de genes entre espécies e o que esse método pode causar positiva ou negativamente sobre o nosso organismo.Nos Estados Unidos a FDA, órgão responsável pela fiscalização de produtos alimentícios e farmacêuticos deu o primeiro parecer favorável para a comercialização de um salmão transgênico. O salmão do Atlântico recebeu genes de salmão do Pacifico e de enguia, permitindo que o salmão do Atlântico chegue ao tamanho adulto duas vezes mais rápido, melhorando muito a produção comercial desse animal. Como os testes envolvendo o animal indicaram que seu consumo é seguro, o receio dos pesquisadores é que esses animais se reproduzam, desequilibrando a teia alimentar, por isso sua produção deve ser realizada em tanques isolados do mar. Todo o processo envolvendo a pesquisa e a tentativa de aprovação do produto desenvolvido pela empresa AquaBounty esteve por quase vinte anos em análise, o que nos da uma amostra da preocupação que ainda trazem os Organismos Transgênicos, pois uma coisa é certa, caso o consumo desses organismos e produtos derivados venham a causar algum malefício ao nosso organismo, o mesmo só será percebido daqui dez ou vinte anos.

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E é isso ai pessoal!!

Em breve a parte 2 de BIO+Cinema:Homem-Aranha!!Aguardem e divulguem!!

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A ARANHA QUE MORDEU O PETER PARK:

No cinema, os produtores criaram uma explicação "científica". Durante a visita ao laboratório em que acabará picado, Parker ouve da guia que estão sendo feitas experiências com o intuito de criar uma aranha com características de três espécies. 

A primeira é a Delana, da família Sparassidae, que tem a habilidade de saltar para pegar suas presas. A segunda, da família Filistatidae, é capaz de produzir uma teia muito resistente. E a terceira, não identificada (talvez por ser a única que de fato não existe), tem reflexos que a alertam para o perigo iminente, uma espécie de precognição, um "sentido de aranha".

O PAPEL DO CIENTISTA:

Norman Osborn / Duende Verde(Willem Dafoe)

Norman Osborn era um empresário bem-sucedido e cientista extremamente respeitado, que resolve usar a sim mesmo como cobaia em seu novo experimento. Porém, quando a experiência dá errado, sua força e sua inteligência aumentam incrivelmente, mas, ao mesmo tempo, Osborn é levado à completa insanidade. Assumindo a identidade do Duende Verde, ele se torna um dos maiores criminosos da cidade e principal inimigo do Homem-Aranha.

Temas abordados: genética, transformação da matéria, ética, bullying, direitos civis, profissão, carreira, redação, adaptação literária;

Desta forma, o Homem-Aranha nos é apresentado como um personagem ético (ele tem uma escala de valores a que obedece) sem nunca perder sua humanidade; herói, mas humano, ou seja, frágil; com poderes extraordinários, contudo, tentado pelas mesmas crises de depressão e auto-piedade como todos nós.

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Já se disse que não é o que nos acontece que determinará o que somos; mas, sim, o que fazemos daquilo que nos acontece. Trata-se de uma escolha feita muitas vezes inconscientemente. Um herói - um herói como o Homem-Aranha - faz sua decisão pelo ético. Em nenhum momento de suas aventuras isso parece fácil. Herói e frágil. O ético e o humano.