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P1 (Continua na pá g. 2) Fundador: Pe. António F . Cardoso Design: Filipa Craveiro | Alberto Craveiro Impressão: Escola Ti pográca das Missões - Cucujães - tel. 256 899 340 | Depósito legal n.º 92978/95 | Tiragem 2.000 exs. | Registo ICS n.º 11 6.839 Director: Amadeu Gomes de Araújo, Vice-Postulador Propriedade: Associaçã o "Grupo dos Amigos de D. António Barroso". NIPC 508 401 852 Administração e Redacção: Rua Luís de Camões, n.º 632, Arneiro | 2775-518 Carcavelos  Tlm.: 934 2 85 048 – E-ma il: vicepos tulador.antonioba rroso@gmail. com Publicação trimestral | Assinatura anual: 5,00  Boletim de D. António Barroso III Série . Ano VI . N.º 17 . Abril / Setembro de 2016 ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE D. ANTÓNIO BARROSO Assembleia Geral CONVOCATÓRIA  Nos termos do art.º18º dos es- tatutos da Associação, convoco os sócios para se reunirem em Assembleia Geral, no dia 17 de Setembro, pelas 15 horas, na sede, no Porto (Casa Diocesana de Vilar, à R ua do Arcediago Van Zeller, n.º 50), para discutirem e deliberarem sobre a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: 1 – Informações; 2 – Centenário: project os e comissões; 3 – Apreciação e votação de contas; 4 – Outros assuntos de interesse para a Associação. Informamos que, se à hora mar- cada não houver quorum, a As- sembleia funcionará, decorrida meia hora, com qualquer núme- ro de membros. O Presidente da Mesa da Ass embleia Geral, Professor Doutor Manuel da Silva Costa NOV AS OPORTUNIDADES PARA A TERRA DE D. ANTÓNIO BARROSO O turismo é incontestavel- mente um vetor de crescimen- to e de desenvolvimento local, podendo tornar-se uma alavanca para o incremento de áreas me- nos privilegiadas, potenciando os recursos existentes, sejam de ín- dole natural ou cultural. A partir dos nais do século XIX e princípios do século se- guinte, a história de Remelhe está indissociavelmente ligada à gura de D. António Barroso: o nas- cimento, o exílio e a deposição dos restos mortais nesta fregue- sia, tornaram-na mais conhecida, consagrando-a como a terra do Grande Missionário e Bispo do Porto. Aqui existe património edicado, capaz de constituir um atrativo turístico, associado ao Bispo Barroso, que compreende a casa onde nasceu, a casa que mandou construir e onde se instalou durante um dos períodos de exílio, o  jazigo, em forma de pirâmide, que mandou construir em 1899 para os seus pais, em pedra ançã, com cerca de 6 metros de altura (Nota1), um monumento erguido para a comemoração do cente- nário de nascimento, com o mapa-múndi, o busto de António Barroso e o padrão das desco- bertas (Fig. 1), e a capela-jazi- go, construída em 1927, com um alpendre com colunas em granito, quatro vitrais que retratam perí- odos da vida de António Barro- so, teto em caixotões de madeira com as armas episcopais ladeadas pelos escudos reais e pelas c ruzes Por  Maria Isabel Lobarinhas Lim-  po Tri gueiros *

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Fundador: Pe. António F. Cardoso

Design: Filipa Craveiro | Alberto Craveiro

Impressão: Escola Tipográfica das Missões - Cucujães - tel. 256 899 340 | Depósito legal n.º 92978/95 | Tiragem 2.000 exs. | Registo ICS n.º 116.839

Director: Amadeu Gomes de Araújo, Vice-PostuladorPropriedade: Associação "Grupo dos Amigos de D. António Barroso". NIPC 508 401 852Administração e Redacção: Rua Luís de Camões, n.º 632, Arneiro | 2775-518 Carcavelos

 Tlm.: 934 285 048 – E-mail: [email protected]ção trimestral | Assinatura anual: 5,00 €

Boletim de D. António Barroso

III Série . Ano VI . N.º 17 . Abril / Setembro de 2016

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOSDE D. ANTÓNIO BARROSO

Assembleia Geral

CONVOCATÓRIA Nos termos do art.º18º dos es-tatutos da Associação, convocoos sócios para se reunirem emAssembleia Geral, no dia 17 deSetembro, pelas 15 horas, na

sede, no Porto (Casa Diocesanade Vilar, à Rua do Arcediago VanZeller, n.º 50), para discutirem edeliberarem sobre a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS:

1 – Informações;

2 – Centenário: projectos e comissões;

3 – Apreciação e votação de contas;

4 – Outros assuntos de interesse para aAssociação.

Informamos que, se à hora mar-cada não houver quorum, a As-sembleia funcionará, decorridameia hora, com qualquer núme-ro de membros.

O Presidente daMesa da Assembleia Geral,

Professor Doutor Manuel da Silva Costa

NOVAS OPORTUNIDADESPARA A TERRA DE

D. ANTÓNIO BARROSO

O turismo é incontestavel-mente um vetor de crescimen-to e de desenvolvimento local,podendo tornar-se uma alavancapara o incremento de áreas me-nos privilegiadas, potenciando osrecursos existentes, sejam de ín-dole natural ou cultural.

A partir dos nais do século

XIX e princípios do século se-guinte, a história de Remelhe estáindissociavelmente ligada à gura

de D. António Barroso: o nas-cimento, o exílio e a deposição

dos restos mortais nesta fregue-sia, tornaram-na mais conhecida,consagrando-a como a terra doGrande Missionário e Bispo doPorto. Aqui existe patrimónioedicado, capaz de constituir um

atrativo turístico, associado ao

Bispo Barroso, que compreendea casa onde nasceu, a casaque mandou construir  eonde se instalou durante um dosperíodos de exílio, o jazigo, emforma de pirâmide, que mandouconstruir em 1899 para os seuspais, em pedra ançã, com cerca de6 metros de altura (Nota1), ummonumento erguido paraa comemoração do cente-nário de nascimento, com omapa-múndi, o busto de AntónioBarroso e o padrão das desco-bertas (Fig. 1), e a capela-jazi-go, construída em 1927, com umalpendre com colunas em granito,quatro vitrais que retratam perí-odos da vida de António Barro-so, teto em caixotões de madeiracom as armas episcopais ladeadaspelos escudos reais e pelas cruzes

Por  Maria Isabel Lobarinhas Lim- po Trigueiros *

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Fig. 1 - Monumento comemorativo do centenário de nascimento,  Remelhe.

de Cristo (Fig. 2), a urna sobre umsupedâneo de pedra, resguardadapor uma redoma de vidro e pare-des revestidas de azulejo (Nota 2),

com motivos alusivos à vida de D.António Barroso.

Além do património referido, háa considerar a igreja paroquial onde se destaca a talha barroca datribuna da capela do Santíssimo,

com um sacrário em talha exube-rante, teto em caixotões pintados ea pia batismal onde António José deSousa Barroso foi batizado (1854) e

cantou Missa Nova (1879) e as ca-pelas de Santa Cruz (Nota 3),do Senhor dos Passos (Nota 4),

e de S. Tiago que também podemser um ponto de passagem para ovisitante. Esta última, de tra-

ça românica, pequena e bai-xa, outrora igreja paroquialda freguesia de Moldes, temuma imagem deste santo deiconograa invulgar e uma

pia batismal, muito antiga,em granito lavrado. Tambémas Alminhas de Remelhe – Portela, Paranho e Per-digão – merecem ser refe-

renciadas, por terem algumvalor artístico, mas tambémpor ser um local de visitamuito do agrado do público

que procura turismo religioso.Considerem-se também a Re-

sidência Paroquial (Nota 5), e

o Salão Paroquial onde, com adevida remodelação, poderão fun-cionar espaços para acolher ativida-des religiosas. Num destes edifíciosserá de fazer um Auditório de for-ma a promover ações de apoio àsMissões (estando D. António Barro-

so tão ligado à África) e fomentaratividades como conferências, en-contro de jovens, momentos musi-cais de cariz mais religioso, retiros,

confraternizações, reuniões de gru-pos corais…

Recentemente, a descoberta deuma laje granítica com gravu-ras da Pré-História Recente 

(Fig. 3), com mais de cinco mil anos, junto à Quinta do Paranho (Nota 6),é mais um recurso que, se devida-mente explorado, poderá constituirmais um elemento de atração paraos entusiastas do turismo cultural.

Remelhe tem, ainda, a celebra-ção de uma festividade religiosa – Festa do Senhor dos Pas-sos  – com alguma referência no

município de Barcelos, que deverábeneciar de uma maior divulga-ção, quiçá associada à gura de D.

António Barroso, de forma a atrairmais visitantes. Outras iniciativasdevem ser valorizadas, conjugando

religiosidade com natureza: trajeto

percorrido, na cerimónia da ViaSacra, no Sábado de Ramos, entre

a igreja paroquial e a cape-

la de Santa Cruz; percursoque, se devidamente plane-ado, poderá ser tambémmuito do agrado dos apre-ciadores da Natureza e de

percursos pedestres. Paraalém de visitarem a capelasupracitada, podem ver, nasproximidades, o cruzeiro

do mesmo nome, despro-

vido de valor artístico, mascurioso pela sua singeleza.

Outro aspeto que nãodeve ser descurado é a

Fig. 3 - Laje granítica, junto à Quinta do Paranho.

Fonte: Cortesia da Professora Doutora Ana M. S. Bettencourt.

Fig. 2 - Teto no interior da capela-jazigo, Remelhe.

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Fig. 4 - Campo da Porta ou Boucinha, Remelhe.

existência de um antigo Cami-nho de Santiago  que atraves-sava Remelhe e que, se reanima-do, permitiria traçar um percursoalternativo ou um ramal, ao atualCaminho de Santiago, possibilitan-do que o culto de D. António Bar-roso fosse conhecido e usufruídopelos peregrinos de Santiago, o queaumentaria o uxo de visitantes à

freguesia. De salientar a existênciade uma antiga hospedaria associadaao Caminho de Santiago (na Casade Santiago - Nota 7 - onde nasceu

António Barroso) e de uma capelacom o mesmo nome (Capela de S.

Tiago, onde o Bispo do Porto, nosanos de 1911-14, exilado da sede

episcopal, ordenou muitos sacerdo-tes da diocese do Porto).

A crença em D. António Barrosodeu origem a um culto que se mate-rializa em diferentes manifestações:

visita aos restos mortais  na

capela-jazigo; Romagem anual,no primeiro domingo de setem-bro, em recordação da sua morte(31.08.1918) Nota 8; Caminhada no mês de maio, desde 2011(Nota9); comemorações, como a Ho-

menagem e Sessão Solene que se re-alizam, anualmente, em novembro,

no Auditório da Câmara Municipalde Barcelos, para assinalarem o ani-

versário do nascimento (5.11.1854).A localização geográca de Re-

melhe, no que respeita a ligaçõescom outras regiões, é mais umaoportunidade que deve ser aprovei-tada na criação de um novo produ-to de turismo religioso. A proximi-dade de Remelhe relativamente aBarcelos, Braga, Porto e AeroportoFrancisco Sá Carneiro, facilita a circu-lação de visitantes. Acresce-se a istoa qualidade da rede de auto-estra-das (A28, A11 e A3) e de acessosrodoviários que servem a sede do

concelho. Deste modo, é de tentararticular Remelhe com as restantesfestividades religiosas existentesno concelho de Barcelos, como aPeregrinação à Franqueira (Nota 10), as cerimónias da Sema-na Santa em freguesias próximas, aFesta das Cruzes em Barcelos eas cerimónias religiosas de Braga. Aproximidade com o Porto, cidadeonde D. António foi bispo e ondefaleceu, deve conduzir à renovação

das antigas romagens a Remelhe.

O espaço para parquea-mento automóvel  (ligeiros eautocarros) já existe, embora pos-sa e deva ser melhorado (Fig. 4).

Referimo-nos ao Campo da Porta ou Boucinha, propriedade da Paró-quia de Remelhe, desde 2004. Mas,

se no futuro se optar por edicar,

neste terreno, uma igreja a D. Antó-nio Barroso, após a conrmação da

sua santidade, outro espaço terá deser transformado em parque auto-móvel, com dimensões suscetíveisde responder às necessidades dosvisitantes.

Indubitavelmente, Remelhe temrecursos que pode converter emproduto turístico cultural, de modoa promover atividade turística, pro-motora de desenvolvimento susten-tável, vocacionada para o turismoreligioso, com base no património

material e imaterial associado à -gura de D. António Barroso, se hou-ver empenho e investimento porparte das entidades religiosas, auto-ridades políticas locais/regionais einvestidores privados. Este turismopoderá ser articulado, em rede, comoutros recursos religiosos existen-tes em Remelhe e noutras fregue-sias do concelho de Barcelos.

Mas, a auência a Remelhe está

condicionada pela estrada que es-tabelece a ligação com Barcelos,

que urge ser intervencionada. Damesma forma, as debilidades nosserviços dos transportes públicoscoletivos rodoviários têm de serresolvidas, pois o escasso númerode ligações Barcelos-Remelhe, bemcomo os horários dos existentes,não responde às necessidades dos

visitantes.A sinalética para a freguesia deRemelhe é insuciente, para deslo-cação automóvel ou para um desviopedestre a partir do atual Caminhode Santiago. São ainda ameaças aodesenvolvimento de Remelhe a ine-xistente oferta hoteleira local e abaixa qualidade/quantidade dos ser-viços de restauração.

Que se pondere a concretiza-ção de estratégias a curto e mé-dio prazo para a resolução dos

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Fig. 5 - Casa mandada construir por D. António Barroso, Remelhe.

problemas supracitados, por partede organismos institucionais, emarticulação com a população local.Que se potencie a favorável rece-tividade dos residentes e dasinstituições locais  a visitantes,conscientes de que Remelhe podebeneciar de crescimento econó-mico, em resultado do desenvolvi-mento do turismo religioso. Que sevalorize a recetividade, patente em

múltiplas iniciativas, das entida-des religiosas e instituiçõespolíticas  ao desenvolvimento doturismo religioso associado à gurade D. António Barroso.

Na expectativa de um bom resul-

tado do processo de beaticação/

canonização em curso, num futuro

próximo, há que promover medi-das que potenciem as práticas jáexistentes, nomeadamente, divulgarcada vez mais as atividades associa-das à gura de D. António Barroso,

nos jornais locais e regionais,assegurar a abertura diária da ca-pela-jazigo, atrair maior quantidade

de visitantes no dia da Romagem(setembro) e da Caminhada (maio),criando-se condições para a suapermanência em Remelhe, ndos

os atos religiosos. Há que criar sina-lética e textos explicativos relativosaos outros pontos de interesse da

freguesia, bem como incrementar aabertura de lojas comerciais, querde artesanato concelhio, quer deartigos relacionados com a religio-sidade e com a gura de D. António

Barroso. Faça-se uso de todos osmeios que possam contribuir paradivulgar Remelhe e potenciar o seunúmero de visitantes.

Relativamente à casa que o pró-prio D. António mandou construirem 1904, com altos tetos em gesso,

grande escadaria interior e exterior,que ainda conserva alguns móveis,louças e livros do seu tempo (Fig. 5),será o local ideal (se houver anuên-cia dos proprietários) para a criaçãoda Casa-Museu de D. AntónioBarroso, com a exibição do seuespólio: exposição permanente dasmoedas que doou em testamentoao Município de Barcelos (Nota11);

área reservada aos livros que lhepertenceram, aos documentos ma-

nuscritos e correspondência querecebeu e que enviou (nomeada-mente a familiares); galeria de retra-tos seus e dos familiares; exposição

dos seus objetos pessoais e outrosda época.

Propõe-se a criação de um per-curso turístico  que valorize o

património material e imaterialassociado à gura de D. António

Barroso, funcionando como instru-mento de desenvolvimento local,dinamizando Remelhe do ponto

de vista social, económico e cultu-ral. Preconiza-se um percurso em

forma linear, com um grau de di-culdade fácil, sendo acessível a dife-rentes públicos-alvo e faixas etáriase, portanto, ajustável ao visitantetradicional da capela-jazigo. A visita

teria início nos anexos (varandão)da Casa de Santiago, local de nas-cimento de D. António, onde fun-cionaria um Centro Interpretativo

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Fig. 6 - Salão Paroquial, Remelhe.

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* Licenciada em História eCiências Sociais, Mestre em Pa-trimónio e Turismo Cultural,pela Universidade do Minho

NOTAS:

1 Neste jazigo estiveram os res-tos mortais de D. António Barroso,de 1918 a 1927.

2 O azulejo que reveste as pare-des exteriores da capela-jazigo foiconfecionado no atelier de JoaquimPombal, em Leça do Balio.

3 Na Capela de Santa Cruz, porcima da fresta aberta ao lado da por-ta principal, consta a data 1842.

4 Na Capela do Senhor dos Pas-sos, a base de cruz que se ergue so-bre o telhado tem a data 1869.

5 A Residência Paroquial, ao po-ente e em frente à igreja, foi cons-truída em 1752.

6 Estas gravuras são idênticas àsda Laje dos Sinais, no monte da Saia,em Carvalhas. Os responsáveis mu-nicipais pela área da arqueologia jáavançaram com o processo de clas-sifcação arqueológica junto da Dire-ção-Geral do Património Local.

7 A Casa de Santiago servia deestância de acolhimento dos pere-grinos que se dirigiam a Compostela.

8 Desde 1942-1943 que, a partirdo Porto, se organizava a Romagemanual ao túmulo do Bispo Barroso. Aorganização da Romagem a partir deBarcelos surge em 1963, é interrom-

pida em 1972 e retomada em 1980,

decalcando o percurso do cortejo fú-nebre de D. António, a pé, desde aestação ferroviária de Barcelos até àsua terra natal.

9 A Caminhada é organizada peloGrupo dos Amigos de D. AntónioBarroso do Núcleo de Barcelos, coma colaboração da Câmara Municipalde Barcelos, das Juntas de Freguesiade Remelhe, Barcelos e Arcozelo edos Bombeiros Voluntários de Bar-celos, entre outros organismos.

10 Que se divulgue que a primei-ra grande peregrinação à Franquei-

ra aconteceu em 27.09.1908, com oapoio do Bispo Barroso, que era umperegrino assíduo deste santuário.Que se implemente um triânguloturístico em rede: Barcelos/Fran-queira/Remelhe, com reexos parao turismo local.

11 Atualmente a coleção de mo-edas doadas por D. António ao mu-nicípio de Barcelos encontra-se nasreservas do Museu de Olaria de Bar-celos.

para obtenção de informação sobrea vida e obra de D. António Barro-so e sobre o circuito a percorrer.Seguia-se a visita à Casa de Santia-go, à Capela de S. Tiago, ao exteriorda Casa do Barroso  (casa dos avósmaternos), Casa de D. António Bar-roso (se possível, transformada emCasa-Museu), igreja paroquial, cape-la-jazigo, jazigo que mandou cons-truir para os pais, monumento dehomenagem a D. António e, por úl-timo, uma passagem pelo Salão Pa-roquial (Fig. 6) onde se podia adqui-

rir objetos de artesanato regional eartigos de merchandising  associadosa D. António Barroso e ao turismoreligioso.

Há que sensibilizar os agentes

económicos para novas oportu-nidades de negócio e promover oenvolvimento da comunidade nadinamização do turismo local; que

os cafés e lojas locais se adaptem

à nova realidade e trabalhem emparceria com o promotor do per-curso e que se implemente uma si-nalização adequada ao mesmo. Que

o Centro de Interpretação estejamunido de desdobráveis ou aplica-ções informáticas com os diferentespontos de interesse do itinerário.

A viabilidade de um projecto tu-rístico em Remelhe passa pela im-

plementação de medidas levadas acabo por uma equipa interdiscipli-nar, com a cooperação das autori-dades políticas locais e regionais,as entidades religiosas e os inves-tidores privados, liderada por umainstituição que tivesse a seu cargoa implementação e a monitorização

das várias etapas da implementaçãodo projeto.

O poder político e os investido-res particulares devem perspetivarRemelhe como um local de poten-cial desenvolvimento turístico sus-

tentável, que assegura retorno aocapital investido. Os recursos exis-tem, carecem é de medidas que ostornem um produto turístico atrati-vo e rentável.

O centenário da morte de

D. António Barroso, que ocorre em2018, e a esperada conclusão doprocesso canónico em curso, comvista à sua beaticação/canonização,

poderão trazer novos elementos de

valorização turística para a região.

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Boletim de D. António Barroso

A Causa da Canonização de D. António Barroso, tem tido na VP um generosos aliado para divulgar a vida e a obra do insigne bispomissionário. Quando tomamos alguma iniciativa, alguém da VP estáconnosco: no lançamento de livros, nas romagens, nas sessões pú-blicas de divulgação, sempre prontos, prestáveis, disponíveis. Não es-távamos, porém, à espera que a VP  nos enviasse uma oferta em

dinheiro, nestes tempos difíceis em que talvez também não abunde lána Rua de Sta. Catarina... É o "óbolo da viúva"...Os 125,48 € com que a VP acaba de brindar D. António Barro-

Muitos dos assinantes deste Boletim euma parte signicativa da Associação que

congrega os Amigos de D. António Barrososão antigos alunos da Sociedade Missioná-ria da Boa Nova. Nos anos da juventude,estudaram no Seminário das Missões deCernache do Bonjardim - antigo Colégio

A POSTULAÇÂOTEM UMA PÁGINA

NA INTERNET

Alguns colaboradores, com destaquepara o Eng. Jorge Domingos Andrade, têm--nos enviado fotos e documentos diversossobre a fgura extraordinária de D. António

Barroso. O site,  em construção, será uma

No Boletim de Setembro de 2013, lembrámos as cinco presti-mosas zeladoras que de há muito se disponibilizam para manter a

capela-jazigo aberta e acolhedora aos domingos. Dão parte do seudescanso semanal, distribuindo simpatia. É, por isso, com pesar queinformamos que a Elvira Lopes Paula (foto da direita) partiu parao Pai, em 3 de Maio de 2016. Era tia de Laurinda Fonseca do Vale,

AMIGOS DE D. ANTÓNIO BARROSO EM ACÇÃO 

Por  Amadeu Araújo

ZELADORAS DACAPELA - JAZIGO DE

D. ANTÓNIO BARROSO

também ela colaboradora da Causa de D. António Barroso, a quemapresentamos sentidas condolências. Entretanto, a Laurinda acaba de

substituir a Ana Brito de Sousa, impedida, por razões particulares.Aguarda-se a generosidade de alguém que possa substituir a ElviraLopes Paula. Cumpre-nos agradecer-lhe, tia Elvira. Descanse em paz!

Saudações a D. António...

oportunidade para reunir e dilvulgar muitainformação que anda pelos computadores,pelas estantes e pelas gavetas. É uma pági-na para o grande público, mas feita a pensarsobretudo nos Amigos de D. António. Entra-

so têm um signicado especial, como amavelmente escreveu o Dr.

 João Dias, daquele semanário: «Esta verba corresponde à receita doOfertório do "Dia da Voz Portucalense" que teve lugar na igreja de

Santo Ildefonso, no passado dia 8, sob a presidência de D. AntónioFrancisco dos Santos. Aí se lembrou que "foi nesta igreja de SantoIldefonso que, no dia 2 de agosto de 1899, D. António Barroso separamentou para dar início ao cortejo litúrgico que, pelas ruas cen-trais do Porto, o conduziu até á Sé Catedral onde fez a sua entrada

solene. Que melhor local para invocar a sua memória e rezar pela

sua beaticação? Esta pequena oferta mais não é do que o sinal do

nosso reconhecimento por tudo quanto têm feito pela beaticaçãodo nosso bem amado"bispo dos pobres"». Palavras para quê, Dr. JoãoDias? Um grande abraço de gratidão para a VP, em nome de D. Antó-nio Barroso...

das Missões Ultramarinas, também conhe-cido por Real Colégio das Missões, ondeD. António Barroso se formou, entre 1873e 1879, e donde partiu, em Agosto de 1880,para as longínquas Missões do Padroado. Ti-nha 25 anos de idade e um coração enor-me para dar. Movidos por este exemplo queconhecem de perto, muitos ARMISTAS têmapoiado, de diferentes formas, a Causa daCanonização do “antigo colega”. Nas pes-

soas do seu Presidente, Dr. Fernando Silva edo Secretário, Dr. Sérgio Cabral, saudamostodos os que têm colaborado com a Postu-lação. Este Boletim deve muito à generosadedicação de colegas como Joaquim Alves

mos numa fase nova, vamos a caminho docentenário. Contamos com a colaboraçãode todos.

VER  www.domantoniobarroso.pt

Pereira, José dos Santos Ponciano, ManuelVilas Boas, Joaquim Candeias da Silva, JoséGomes Campinho, Manuel da Silva Costa,

 José Ribeiro Fernandes, Manuel RibeiroFernandes, Joaquim Martins da Costa emuitos outros.

O centenário da morte de D. AntónioBarroso está aí à porta (31 de Agosto de2018). Apontando para esta data, organiza-remos uma Assembleia Geral no próximo

dia 17 de Setembro, como se informa nesteBoletim. D. António Barroso conta com osAntigos Alunos da Sociedade Missionária.

(www.arm-smbn.blogspot.com) 

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DIOCESE DO PORTO

TRÊS REFERÊNCIAS DA MISERICÓRDIA

* O BISPO D. ANTÓNIO BARROSO

* O PADRE AMÉRICO (PAI AMÉRICO)

* A VENERÁVEL SÍLVIA CARDOSO

Na Carta Pastoral que o Bispo do Porto dirigiu à Diocese noinício do Ano Santo da Misericórdia, fez referência a três vidas mar-cadas pelo exercício da mesma. São três exemplos conhecidos dos

portuenses, três modelos que merecem a nossa atenção.Depois de armar que na vasta e antiga diocese do Porto «é,felizmente, interminável o número das pessoas que gastaram a vidaao serviço do próximo, mormente dos mais desfavorecidos e mar-ginalizados», D. António Francisco escreveu: «Recordamos apenas

A VENERÁVEL SÍLVIA CARDOSO FERREIRA DA SILVA nasceu em Paços de Ferreira, no dia 26 de Julho de 1882, numafamília abastada. (É prima do genial pintor Amadeu de Sousa Car-doso). Cristã empenhada na Acção Católica, «deu pão e cultura aosdescartados do seu tempo», como armou D. António Francisco. Eo Pe. Moreira das Neves escreveu: «Pelos pobres e pelos arredadosdo Evangelho, queimou D. Sílvia a fortuna e a carne». Barcelos éuma das cidades que muito devem à sua misericórdia. Aqui fundou

a Casa dos Rapazes, onde inúmeros barcelenses pobres encontra-ram pão, saúde e educação. (Na foto ao lado, a refeição do meiodia, naquela instituição inaugurada em 19 de Março de 1946). Foideclarada Venerável  em 27 de Março de 2013.

D. ANTÓNIO JOSÉ DE SOUSA BARROSO, depois deuma intensa actividade nas Missões do Patroado, foi Bispo do Por-to. Dinâmico e reformador, desacomodado e lutador. Foi mssioná-rio em três continentes, projectou a Sociedade Missionária da BoaNova, “fundou” o Pontifício Colégio Português em Roma e lançou aAssociação dos Médicos Católicos Portugueses. Porém, o que maiso notabilizou entre os homens do seu tempo, foi a prática constan-te das obras de misericórdia. Era conhecido como“Pai dos pobres”.Sobre ele escreveu o Padre Américo: «A sua grande loucura está noamor aos pobres». Das várias obras publicadas sobre este notávelbispo missionário, apresentamos duas que estão disponíveis na Li-vraria da “Voz Portucalense”, Porto.

PADRE AMÉRICO - UMA VIDA AO SERVIÇO DOSPOBRES No dia 16 de Julho de 2016, vão completar-se 60 anossobre a morte do Padre Américo Monteiro de Aguiar, fundador daObra da Rua - Casa do Gaiato. Já canonizado no coração do povo

como santo dos pobres, tem em curso um processo ocial decanonização. Para assinalar o aniversário da sua morte, a Univer-sidade Católica - Porto, acaba de realizar um Colóquio, onde foilançado um livro de D. António Marcelino: “Padre Américo: Pre-cursor do II Concílio do Vaticano”. Outra referência importanteé o livro do Padre José da Rocha Ramos, Pároco de Alvarelhos:"Padre Américo - Místico do Nosso Tempo”. Um estudo sobre aespiritualidade do Pai Américo.

três nomes mais recentes: o Bispo D. António Barroso, o PadreAmérico Monteiro de Aguiar (Pai Américo) e a Venerável Sílvia Car-doso (...) A bondade e a misericórdia sintetizam e denem as suas

vidas». A concluir, lembrou que «o progresso no reconhecimento,por parte da Igreja, da heroica exemplaridade universal das suasvidas depende de todas nós. Não se trata de um gesto supéruo:seria mais um serviço aos pobres e um apelo à vivência efetiva damisericórdia».

Por  Gomes de Araújo

8/15/2019 Boletim XVII de D. António Barroso

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Boletim de D. António Barroso

FLORES PARA OS VISITANTES DE D. ANTÓNIO BARROSO 

D. ANTÓNIO BARROSO

PRESIDIU À PRIMEIRA

GRANDE PEREGRINAÇÃO

À FRANQUEIRA

Em cada ano, no primeiro domingo de Agosto, as freguesias

do concelho de Barcelos organizam uma grande peregrinação ao

Monte da Franqueira, onde se venera, segundo uns, Nossa Senho-

ra das Neves e, segundo outros, Nossa Senhora do Rosário. A

crer na tradição, a primitiva Ermida terá sido mandada construir

naquele monte sobranceiro à cidade, por D. Egas Moniz, em cum-

primento de uma promessa. Sabe-se que, em 1415, o Santuário

da Franqueira já era sobejamente conhecido em todo o Norte, e

que foi, nesse ano, agraciado por D. Afonso, 1.º Duque de Bragan-

ça. Dois séculos depois, em 1616, o Papa Paulo V emitiu um breve

apoiando as peregrinações ali realizadas.

Os primeiros estatutos da respectiva Confraria, de que há

conhecimento, foram elaborados, em 1869, por um grupo de de-

votos das freguesias de Pereira e de Remelhe. O remelhense An-

tónio Barroso era então uma criança de 11 anos. Mais tarde, em

27 de Setembro de 1908, já Bispo do Porto, viria a ser convidado

para presidir à primeira grande peregrinação do concelho de Bar-

celos àquele antigo Santuário. D. António contava, nesta altura, 53

anos e sabia quão difíceis iam ser os tempos que se aproximavam.

Estava iminente a implantação da República. A doença impediu-o

de trilhar o caminho íngreme da Franqueira muitas vezes mais,

como desejaria. Ainda chegou a fazer o trajecto num carro de

bois (a estrada é recente). Foi sempre um devoto confesso de

Nossa Senhora, nos caminhos do vasto mundo que calcorreou.

Um devoto de Maria, que peregrinou pela terra, em espírito de

Missão. A. G. A.

VISITAS À CAPELA-JAZIGO.Entre 1 de Março e 31 de Maio de 2016, constam 208 registos no Livro de Visitantes. Destes, 87

são de Remelhe, havendo que referir também que, no mês de Março, 22 remelhenses se deslocaram à igreja paroquial para uma oraçãocomunitária pela beaticação de D. António. As demais visitas registadas (muitos não deixam o nome) são de Pereira (7), Barcelos (18),Faria (9), Alvelos (10), Arcozelo (3), Silva (3), Gilmonde (1), S.P.R. (1), Manhente (2), Rio Tinto (5), Airó (1), Vilar do Monte (4), Martim

(1), Póvoa de Varzim (2), Porto (6), Carvalhal (1), Barroselas (1), Fonte Coberta (2), Vieira do Minho (2), Feitos (1), Lousada-Porto (2),Galegos (2), Vila Nova de Gaia (5), Vilar do Paraíso (1), Areias de S. Vicente (2), , Cristelo (1), Abade de Neiva (2), S.João da Madeira (6),Forjães (2), Vilar de Figos (1), S. Veríssimo (3), Rio Covo Sta. Eugénia (2), Vila Frescainha, S. Pedro (3), Sta. Eulália de Arnoso (1), Sandiães(2), Areias (1), Alijó (2) Fornelos (1), Laundos (1), Gamil (1).

Com a colaboração de Goretti Loureiro

CONTAS EM DIA

A última relação de contas (até 29 de Fevereiro de 2016) está disponível no Boletim n.º XVI, III Série. Desde aquela data, até 31de Maio de 2016, foram efectuadas as seguintes despesas: Escola Tipográca das Missões. Execução e expedição do Boletim n.º XVI,

III Série: 591.20 €; consumíveis, expediente, correio, comunicações: 55.00 €; registo de domínio do site: 60.00 €. Soma: 706.20 €.Acresce a esta despesa um depósito de 1.000,00 € no Banco do Vaticano (I.O.R.), por solicitação do Postulador. TOTAL: 1.706,20 €.

Têm aumentado as despesas, e sabemos que outra conta nos chegará em breve, de Roma. É sinal de que o processo está a andar.Mas contamos só com a generosidade dos amigos e admiradores de D. António. Obrigado a todos os que apoiam a Causa. Perdoem--nos a liberdade de mencionar os S.res Laurinda Fonseca do Vale e Manuel Ribeiro Fernandes, um casal remelhense que, em 2015, ofe -receu 500.00 € e, no corrente ano, enviou mais 200.00 €, fruto de muito trabalho, de muita generosidade. Temos recebido, nos últimosmeses, outros donativos que referimos com igual gratidão: Semanário “Voz Portucalense”: 125.48 €; S.res Maria Goretti e António

Araújo São Bento: 100.00 €; Anónimo: 20.00 €; Leontina Monteiro Cabral: 20.00 €; Anónimo: 20.00 €; D.ra Maria Adelaide A. Meireles:100.00 €; Dres Maria da Conceição e Ambrósio Nunes Ferreira: 200.00 €; Anónimo: 45.00 €; Venda de livro: 10.00 €; Anónimo 10.00 €;S.res Maria Gabriela e Eng. Frederico Monteiro da Silva: 15.00 €; Dra. Maria Arminda Barroso Ferreira: 220.00 €; Sr. Manuel Vidal: 5.00 €;

Anónimo: 50,00 €; D.res Maria Clara Beleza Ferraz e José Manuel Meira de Matos: 20.00 €; Dr. António Cruz Feliciano: 20.00 €;Sr. António Moutinha Rodrigues: 20.00 €. TOTAL: 1.190,48 €.

Para transferências bancárias que tenham a bondade de fazer para apoio à Causa da Canonização deD. António Barroso e para as despesas deste Boletim, informamos que a conta em nome do «Grupo de Amigosde D. António Barroso», na Caixa Geral de Depósitos, Oeiras, tem as seguintes referências:

NIB: 003505420001108153073. IBAN: PT50003505420001108153073. BIC: CGDIPTPL