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Caderno Aniversário Ipatinga 2010

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Page 1: Caderno Aniversário Ipatinga 2010
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Elias VieiraTaxistaMora há 35 anos em Ipatinga

“Um dos pontos mais gritantes que vivemos hoje está ligado ao caos no trânsito da cidade. Obras que já deveriam ter saído do papel conti-nuam paradas e a frota de veículos vem crescendo sem nenhum acom-panhamento que vise melhorar o fluxo desses veículos”.

Roberto Bueno Segurança

“Precisamos urgentemente que sejam feitas melhorias no Centro da cidade e também mais atenção para a seguran-ça pública. Hoje o tráfico e a prostituição vêm acontecendo à luz do dia e a impu-nidade é o que contribui para isso.”

Védima CancioDo lar

“Seria bom que tivesse mais incentivo do poder público para cursos profissio-nalizantes e mecanismos para facilitar às pessoas ingressarem no mercado de trabalho. Além disso, o preconceito com as mulheres é muito grande. “

Nilton RodriguesAposentado

“A saúde de Ipatinga está muito pre-cária. É preciso que se dê mais aten-ção aos atendimentos públicos e se cumpram os prazos dos exames. Eu estou aguardando há dias por uma resposta e até agora nada.”

Helaine LiberatoSecretária Administrativa

“Mais atenção para a educação dos jovens. Poderia ter mais projetos que envolvam a comunidade com o dia a dia dos alunos de forma que o rela-cionamento entre eles fosse melhor. O projeto de escola em período integral também seria uma boa saída para tirá-los das ruas e contribuir para uma melhoria real na educação.”

46 ANOS

O que você esperapara Ipatinga em 2010?

dIRETOR RESPONSÁVELFernando Benedito Jr.

EdITORa RESPONSÁVELanna Sylvia Rodrigues e Silva

(MG 12319 JP)

TEXTOSBruno Soares - Janaína Oliveira - aCS/Timóteo

O dIÁRIO POPULaR é uma publicação da a Gazeta Metropolitana Editora e Gráfica LTDA.

CNPJ 07.366.171/0001-88

FaLE CONOSCOTelefone: 3827-0369.

[email protected] ou [email protected]

adMINISTRaçãO E REdaçãOavenida JK, 1290, Bairro Jardim Panorama, CEP

35.164-245.

OFICINaRua anápolis, 55, Veneza II, Ipatinga.

ExpEdiEntE

As cidades em dadosIPATINGA

ÁREA TOTAL: 166,5 kmPOPULAÇÃO: 212.496 mil (227 mil conforme proje-

ção IBGE). Último Censo/96: 195.793EMANCIPAÇÃO: 29 de abril de 1964CLIMA: Tropical subquente e subsecoALTITUDE: 220 metros acima do nível do marCOORDENADAS GEOGRÁFICASLatitude Sul: 19º28’46’’Longitude Oeste: 42º31’18’’PRINCIPAIS RIOS: Rio Piracicaba e Ribeirão IpanemaVEGETAÇÃOA vegetação nativa do município pertence ao domí-

nio florestal atlântico onde se destacam o Jequitibá-rosa, a Sapucaia, o Jacarandá-caviúna, a Braúna e o Palmito-doce. Em função das atividades siderúrgicas e da produ-ção de celulose, grande parte da cobertura vegetal nativa foi destruída, dando lugar às plantações de eucaliptos.

LIMITESNorte/Leste: Santana do ParaísoOeste: Coronel FabricianoSul: Timóteo.

TIMÓTEO

ÁREA TOTAL: 179 kmPOPULAÇÃO: Último Censo/96: 65.505Estimativa de 1998: 68.811 EMANCIPAÇÃO: 29 de abril de 1964CLIMA: Tropical com inverno secoALTITUDE: 200 metros na calha do rio Piracicaba e

864 metros no Pico do Ana MouraCOORDENADAS GEOGRÁFICASLatitude: 19º30’36’’Longitude: 42º38’16’’PRINCIPAIS RIOS: Rio Piracicaba e Ribeirão Belém,

além dos afluentes: Córrego do Atalho, Timotinho, Timó-teo e Limoeiro.

VEGETAÇÃONativas de Mata Atlântica. Timóteo se limita com o

Parque Florestal Estadual do Rio Doce, uma das maiores reservas contínuas de Mata Atlântica do País, cuja área abrange ainda os municípios de Marliéria e Dionísio.

LIMITESNorte: Coronel Fabriciano e IpatingaSul: Jaguaraçu e MarliériaLeste: Caratinga e Bom Jesus do GalhoOeste: Antônio Dias.

SANTANA DO PARAÍSO

ÁREA TOTAL: 276 kmPOPULAÇÃO: Último Censo/96: 15.669Estimativa de 1998: 16.519EMANCIPAÇÃO: 28 de abril de 1998CLIMA: Tipicamente tropical, com temperatura média

anual de 25ºC. A média do mês mais quente é 31ºC e a do mês mais frio é de 18ºC.

COORDENADAS GEOGRÁFICASLatitude: 19º21’51’’Longitude: 42º32’59’’PRINCIPAIS RIOS: A rede hidrográfica de Santana

do Paraíso é rica em riachos e ribeirões. Em sua maioria, nascem na Serra do Achado, a noroeste do município, originando belas cachoeiras. O manancial do município é formado por 16 córregos, 3 ribeirões e 4 lagoas. O prin-cipial afluente é o Córrego do Achado que, assim como os demais, desagua no Rio Doce.

VEGETAÇÃO: Antiga região de Mata Atlântica, Santana do Paraíso possui 70% da cobertura vegetal com forma-ções antrópicas por reflorestamento de eucalipto.

LOCALIZAÇÃO: Ao Norte com os municípios de Mes-quita e Belo Oriente, ao Sul com o município de Ipatinga, a Leste com os municípios de Ipaba e Vargem Alegre e a Oeste também com os municípios de Mesquita e Ipatinga.

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IPATINGA – Os fes-tejos pelos 46 anos de Ipatinga – e 45 do Sin-dipa – continuam nes-ta quinta-feira, dia 29, data do aniversário da cidade. O Kart Clube, no Parque Ipanema, recebe o público, a partir das 19h, para acompanhar o show da dupla sertaneja César Menotti & Fabiano. Antes, se apresentam a Banda da Apae, o grupo de pagode Nakaxola e os também sertanejos Bráulio & Ricardo.

Já no dia 30 de abril, sexta-feira, o clima é gospel. O evento no Kart começa às 18h, com apresentações de diver-sas atrações nacionais e regionais, como Regis Danese, Nani Azevedo, Ministério AG2 e Jorge Linhares.

No dia 1º de maio, fechando o Ipatingaço, a festa começa às 14h. No Dia do Trabalhador, apoiado pelo Sindi-pa, o público poderá curtir, sempre no Kart

Clube, a Banda Auê, Boleros do Samba e Zeca Pagodinho.

FEIRARTENos dias 29 de abril,

1º e 2 de maio, a po-pulação poderá contar com a Feirarte Especial, que acontece na Aveni-

da Roberto Burle Marx. Além das tradicionais barracas de comidas típicas e artesanato, o público poderá desfru-tar de excelentes atra-ções regionais. Dentre elas, Anderson Nazaré, Candeeiro Encantado e Pedra do Sol.

46 ANOS

Shows e Feirarte Especial no aniversário de Ipatinga

Festejos, em parceria com o Sindipa, incluem show de César Menotti

& Fabiano e Zeca Pagodinho

Nos dias 29 de abril, 1º e 2 de maio, a população poderá contar com a Feirarte Especial, que acontece na avenida Roberto Burle Marx

Em Timóteo, festa tem bolo de 46 metros

TIMÓTEO – O prefei-to Geraldo Hilário (PDT) corta o bolo em come-moração aos 46 anos de emancipação polí-tica de Timóteo nesta quinta-feira, dia 29, às 18h, com direito a pa-rabéns e sopro das ve-linhas. O bolo temático tem 46 metros lineares de história de Timóteo. Logo após, haverá a en-trega final da premia-ção da campanha do IPTU e o grande show da dupla de sertanejo universitário Ramon Ta-vares e Ryan – talentos da cidade.

Antes, às 14h, ha-

verá atividades recrea-tivas. Além de muita diversão, serão ofereci-dos serviços de saúde com orientações, aferi-ção da pressão arterial na Praça e disponibi-lização da vacinação H1N1 – de acordo com o calendário do Minis-tério da Saúde - na uni-dade de saúde Cornélia Assis Ferreira (Sede). Paralelamente às fes-tividades na Praça, ha-verá a grande final do II Campeonato Society Evangélico de Timóteo, no campo do Centro Social Urbano, a partir das 15h.

O que você esperapara Ipatinga em 2010?

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Governo incentiva, e a cidade reage

IPATINGA

Ações pelo desenvolvimento como qualificação profissional e fomento ao setor metalmecânico são acompanhadas de

geração de emprego e revitalização da zona rural

“O maior desafio para nossa cidade é conciliar os benefícios que temos por sermos sede de uma empresa do porte da Usiminas, sem deixar de lado os investimentos necessários para que outras áreas também se desenvolvam. Ipatinga não se resume ao aço”.

Marco Sena, secretário de Desenvolvimento Econômico

IPATINGA - “O Brasil é o país do futuro!”. Da mesma forma que esta máxima já ficou um tanto ultrapassada, devido ao desenvolvimento que o nosso país tem conquis-tado em diversas áreas, Ipatinga também deixou de ser uma promessa para figurar com sucesso no cenário contemporâneo regional e nacional. A re-ceita está em ações de fomento, em que a Admi-nistração incentiva, pro-move capacitação, apoia eventos e o resultado está no crescimento.

Em janeiro, a cidade apresentou a maior varia-ção positiva de admissões e desligamentos de Minas Gerais. A constatação foi feita pelo Cadastro Geral de Empregos e Desem-pregados (CAGED) e os números foram apresen-tados no mês seguinte pelo Ministério do Tra-balho e Emprego (MTE). De acordo com o estudo, Ipatinga registrou 4.157 admissões contra 2.895 demissões, gerando um saldo positivo de 1.262 empregos (+ 1,94%).

Um dos pontos respon-sáveis por este resultado, foram as ações tomadas pela Prefeitura para im-pulsionar o mercado in-terno do município. Nos

últimos meses, além de in-vestir em capacitação pro-fissional, a Administração tem dado maior atenção e apoio à promoção de eventos na cidade. Como por exemplo, a realização do Encontro de Desenvol-vimento de Fornecedores de Navipeças.

O evento foi promo-vido pela Prefeitura jun-tamente com o Sindicato Intermunicipal das Indús-trias Metalúrgicas, Mecâ-nicas e de Material Elétrico do Vale do Aço (Sindimiva), o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offsho-re (Sinaval) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Na oportunidade, empre-sas da região que produ-zem peças para navios e estaleiros puderam expor seus produtos e levar a tecnologia regional para além das fronteiras do es-tado. No ano passado a Prefeitura também apoiou o Seminário de Petróleo e Gás, outra medida rea-lizada para atestar que a capital do Vale do Aço tem potencial para atender as demandas das indústrias do País e do mundo.

EM BUSCA DA DIVERSIFICAÇÃO

Mas nem só do setor

Nos passeios rurais, os próprios moradores preparam o almoço e o café da manhã com comidas típicas para os visitantes; preser-vação do patrimônio histórico gera renda no município

industrial vive Ipatinga. Essa é a opinião defen-dida pelo secretário de Desenvolvimento Econô-mico do município, Mar-co Sena. Em entrevista, ele afirmou que uma de suas principais ações à frente da pasta, se resume na busca constante pela diversificação da econo-mia local. Para Sena, o fato de Ipatinga estar ao

lado de uma das maiores empresas siderúrgicas do mundo, a Usiminas, não pode permitir que outras áreas potenciais sejam esquecidas.

“O maior desafio para nossa cidade é conciliar os benefícios que temos por sermos sede de uma empresa do porte da Usi-minas, sem deixar de lado os investimentos necessá-

Passeios exploram potencial turísticoIPATINGA - Uma das ini-

ciativas que vêm dando cer-to e colocando a cidade no roteiro turístico de muitas pessoas é o projeto Turismo Rural. A iniciativa é fruto da parceria entre a Aetri, a Pre-feitura de Ipatinga e a Em-presa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

A medida se baseia em en-contros mensais que visam explorar e apresentar a zona rural do município aos turis-tas. Cada encontro tem um roteiro diferente. A rota é proposta pelos associados da Aetri que explicam em cada ponto a história e os atrativos dos sítios visitados.

São os sitiantes que também preparam o almoço e o café da manhã, servido sem-pre com comidas típicas e produtos de cultivo local. A Prefeitura de Ipatinga é responsável pelo forneci-mento de dois ônibus que levam os excursionistas até os destinos.

Para garantir condições aos produtores rurais, a Ad-ministração também possui um convênio com a Emater, no valor de R$ 170 mil/ano, para possibilitar a assistência técnica necessária. Também faz parte do convênio, a ca-pacitação de Grupos de Mu-lheres, no manuseio, prepa-

ro, embalagem e exposição de biscoitos e doces que são vendidos. Em cinco edições, o Turismo Rural apresentou a mais de 600 pessoas uma parte da cidade que até en-tão estava esquecida.

“É uma união que gera emprego e renda para a nos-sa zona rural, tão rica e boni-

ta. Nosso objetivo maior é proporcionarmos chance de quem mora na zona urbana conhecer as riquezas na-turais de Ipatinga, além da oportunidade dos sitiantes poderem alugar as proprie-dades deles e assim, garanti-rem uma renda extra”, afirma o prefeito Robson Gomes.

rios para que outras áreas também se desenvolvam.

Ipatinga não se resume ao aço”, defende o secretário.

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IPATINGA - Ipatinga está entre os municípios que mais crescem no Es-tado, tanto econômica como demograficamen-te, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Entre as consequências, está o tráfego intenso de veículos pelas ruas e também o crescimento da criminalidade.

Os dados comprovam a percepção dos motoris-tas sobre o trânsito. Con-forme o último levanta-mento realizado pelo Departamento Nacional de Trânsito, Denatran, Ipatinga apresentou um aumento de 8.074 veí-culos em maio passado. Isso significa que a cida-de adquiriu 672 veículos novos a cada mês ou 22 a cada dia.

Mas a pior conse -quência do cresci-mento está mesmo no aumento da crimina-lidade. E para combater seus efeitos, uma das ini-ciativas mais eficazes, foi a instalação das câmeras do Olho Vivo.

Em uma avaliação geral da criminalidade, principalmente na re-gião central, houve di-minuição considerável, avalia a PM.

De acordo com o Te-nente Nóbrega, da Polí-cia Militar de Ipatinga, desde que o Olho Vivo foi implantado, foram 55% menos assaltos cometidos contra tran-

seuntes nas ruas. “Este é um dado muito positi-vo já que este é um dos crimes mais cometidos no Centro da cidade. Depois da implantação das câmeras pudemos realizar mais flagrantes e tivemos também um aumento de apreensão de drogas. Consequen-temente, conseguimos diminuir o tráfico”, expli-ca o Tenente.

O PROJETOEm dezembro do ano

passado, as câmeras co-meçaram a ser implan-tadas. Até agora, são 20 câmeras espalhadas pela região central e, em bre-ve, vários outros pontos da cidade também vão recebê-las. Algumas já estão instaladas e aguar-dam apenas a constru-ção de outra Central de M o n i t o r a -mento para começarem a operar. A expectativa é de que até o final des-te semestre o número chegue a 44.

Na Cen-tral de Monitoramente que está instalada proviso-riamente no prédio da prefeitura, três pessoas trabalham o tempo todo para garantir o funciona-mento do Programa. São dois operadores de mo-

nitoramento de câmera e um policial, que fiscali-za junto a eles tudo que acontece na cidade.

Adevair de Alencar Cruz é um dos operado-res de monitoramento de câmera. O serviço dele

é cuidar para que n e n h u m a

atitude sus-peita passe batido. “Eu tenho que fi-car atento o tempo todo para que nada dê erra-do. Qualquer pessoa que

se mostre em atitude estranha já se torna um suspeito pra mim. Com a câmera eu o acompanho e a qualquer sinal de fur-to, tráfico ou qualquer outro tipo de crime, am-plio a imagem e já come-

çamos o rastreamento”, esclarece Adevair.

Assim que o suspeito é flagrado, Adevair pas-sa as informações para o policial que está junto dele na central e começa o trabalho de ‘persegui-ção visual’. “Eu fico atento à tela e nossa ação, desde a hora que iden-tificamos o suspeito, até o momento que o prendemos é de aproximadamen-te três minutos. É tudo muito rápido. Acompa-nhamos cada passo dele e vamos passando as coordenadas para os po-liciais nas viaturas ou os que ficam à paisana em pontos estratégicos da região central”, revela o Sargento Dias, que é um dos responsáveis em fa-

zer o acompanhamento da operação de vigília.

Nas ruas as pessoas se sentem mais protegi-das e até brincam que o Big Brother da PM não tira a intimidade. “Agora a gente pensa duas ve-

zes antes de avançar um sinal ou parar em cima da faixa de pe-destre. Como taxista eu sei que às vezes o corre-corre faz a gente infringir algumas leis do trânsito, mas com as lentes do Olho Vivo, além dos motoristas respeitarem as leis, dão mais segurança. O

que mais tem aconte-cido aqui em Ipatinga é assalto a taxistas. A gente já sabe, que quando pega uma cor-rida no Centro, a pro-babilidade de estar-mos pegando algum

criminoso di-minui”, conta o taxista Wal-mir da Silva.

Além das 44 câmeras rotativas, o Olho Vivo na cidade tam-

bém contará com ou-tras 200 fixas, em diver-sos estabelecimentos públicos, como escolas e hospitais. As imagens captadas serão moni-toradas em tempo real e com tecnologia wire-less (sem fio) na cen-tral, que será equipada com monitores de 42 polegadas.

SEGURANÇA PÚBLICA

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Ipatinga comemora redução de crimes

Município implanta medidas em parceria

com a Polícia Militar e registra queda de 55% nas

ocorrências no Centro de Ipatinga

Na Central de Monitoramente que está instalada provisoriamente no prédio da prefeitura, três pessoas trabalham o tempo todo para garantir o funcionamento do programa

divulgação

Entre a ocorrência, a persegui-ção e a abordagem ao infrator, não passam mais de três minu-

tos, diz o operador do programa

O taxista Walmir da Silva avalia que as câmeras aju-dam a inibir até mesmo as infra-ções de trânsito

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IPATINGA – Excepcio-nalmente, os ipatinguen-ses voltarão às urnas no dia 30 de maio para escolher o prefeito que administrará a cidade pelos próximos dois anos e meio. É que, apesar de o mandato no Executivo ter duração de quatro anos, o próximo prefeito apenas irá continuar a gestão que deveria ter sido iniciada em 1º de janeiro de 2009.

Há mais de um ano, a cidade convive com a ins-tabilidade política. Duran-te a campanha eleitoral de 2008, a Justiça Eleitoral falhou ao conceder, a dois dias do pleito, uma liminar permitindo a candidatura do ex-prefeito Chico Fer-ramenta. Diante da libera-ção da Justiça, Ferramenta foi eleito com 15 mil votos de frente. Iniciaram-se en-

tão as especulações sobre quem tomaria posse no ano seguinte.

Em dezembro de 2008, Ferramenta acabou diplo-mado pela juíza eleitoral Maria Aparecida Grossi. Mas o imbróglio político estava apenas começando.

Às vésperas da virada do ano, outra liminar vinda do Tribunal Superior Eleitoral determinou a posse do se-gundo colocado, Sebastião Quintão (PMDB).

Entre outubro e dezem-bro, a gestão peemedebista praticamente abandonou

a cidade. Buracos nas ruas e atraso no planejamento de ações nas áreas de as-sistência social e educação levaram a um início de ano complicado na rede muni-cipal de ensino. As entida-des também tiveram pro-blemas de caixa.

Quando Quintão final-mente ‘iniciou’ seu novo governo, veio sua primeira cassação, a que seguiram outras três. Das quatro, duas foram confirmadas pelo Tribunal Regional

Eleitoral (TRE-MG). Desde então – 27 de fevereiro de 2009 – a cidade é governa-da interinamente pelo pre-sidente da Câmara, verea-dor Robson Gomes (PPS), sob a tutela do deputado federal Alexandre Silveira, do mesmo partido.

No ano passado, o ipa-tinguense se familiarizou

com expressões como “embargos declaratórios”, “sessão extraordinária”, “re-curso especial” ou “agravo”. As terças e quintas-feiras – datas em que os tribunais costumam se reunir – se tornaram momentos de espera: afinal, o que seria decidido, mais uma vez, sobre o futuro de Ipatin-ga? Os ipatinguenses che-garam a comemorar, em setembro do ano passado, a marcação das eleições extemporâneas, mas, de novo, uma liminar devol-veu a situação à estaca zero.

Ipatinga passou parte de 2008 e 2009 à mercê de liminares de juízes nem sempre conhecedores da realidade ipatinguense; no dia 30 de maio, o futuro da cidade finalmente volta para a mão do eleitor.

POLÍTICA

Ipatinguenses vão às urnas no dia 30 de maio

Em capítulo conturbado da história da cidade,

município tem governo interino há mais de um

ano; instabilidade política que tanto prejudica

Ipatinga está perto do fim

No dia 30 de maio, ipatinguense dará fim à instabilidade política elegendo um prefeito e seu vice

Page 8: Caderno Aniversário Ipatinga 2010

Antes de sua emancipação, o território de Ipatinga pertenceu a Antônio Dias e Co-ronel Fabriciano. Em tupi-guarani, Ipatinga significa “pouso de água limpa”, topônimo que fazia jus ao lugar repleto de belas la-goas, cachoeiras e cursos d’água onde os tropeiros – e antes deles as tribos de índios Botocudos – paravam para descansar ao longo de suas jornadas.

O desenvolvimento chegou com a Es-trada de Ferro Vitória a Minas, nas primeiras décadas do século XX. A primeira estação ferroviária, a de Pedra Mole, foi inaugurada às margens do rio Piracicaba, onde hoje é o bairro Cariru, em 1922. Para a instalação da estação ferroviária foi necessário abrir uma clareira na floresta, a fim de construir

o acampamento para abrigar os trabalha-dores das empreiteiras da Estrada de Ferro. No entanto, poucos decidiram instalar-se nas proximidades da Estação, por causa da insalubridade da área.

Na edição do jornal “O Ipatinga”, de ju-lho de 1963, um dos pioneiros da cidade, José Orozimbo, fez um breve retrato do lugar, revelando que durante a década de 30, as doenças endêmicas ainda eram uma ameaça:

“Corria o ano de 1930, um caboclo for-te e desbravador de matas apossou-se de uma área de terrenos e matas virgens, cuja área abrangia o local onde hoje é a vila de Ipatinga. Chamava-se esse caboclo José Fa-brício Gomes (primeira pessoa nascida em

Barra Alegre - antigo Água Limpa). Decor-ridos dois anos o mesmo caboclo cedeu a posse para o senhor José Cândido de Meira, que instalou um grande serviço de extração de madeira e pouco tempo depois cedia a posse ao senhor Alberto Giovannini, que construiu boa casa e iniciou a formação da fazenda de criação de gado e nos terrenos mais férteis o cultivo da lavoura, tendo para isso aliciado alguns colonos para cuidar da-quele trabalho, que era penosíssimo, devi-do aquela zona, na época, ser muito doen-tia. Grassava ali a febre: sezão e maleita”.

SIDERURGIAA partir de 1937, com a implantação da

Belgo-Mineira em João Monlevade e, pos-teriormente, da Acesita, em Timóteo, a ex-tração de carvão vegetal para abastecer os altos-fornos das siderúrgicas e movimentar o sistema ferroviário passa a ser a principal atividade econômica dos lugarejos e povo-ados que surgiram onde a mata atlântica foi devastada. No final da década de 50, Ipatin-ga não era mais que um povoado com cer-ca de 60 casas e 300 habitantes. Não havia qualquer infraestrutura, as ruas eram de terra, a luz a motor e a água era fornecida em lombo de burro ou carros. Eram endê-micas a doenças como esquistossomose, malária e tuberculose pulmonar, além de freqüentes acidentes com ofídios.

O incipiente comércio, a extração do carvão vegetal e as atividades agrope-cuárias compuseram a base econômica de Ipatinga até o final da década de 50, quando o presidente Juscelino Kubitsche-ck decidiu pela instalação da Usiminas em Ipatinga. Ainda distrito de Coronel Fabri-ciano, mas com a vida econômica, social e política mais evoluída que nos primórdios do vilarejo.

A partir da década de 50 com a defini-ção do Plano de Metas do presidente JK, ganha corpo a proposta de industrializa-ção do Estado que já vinha sendo defen-

dida pela Federação das Indústrias do Es-tado de Minas Gerais e Sociedade Mineira de Engenheiros, tomando como modelo o estudo de Athos Lemos Rache, intitula-do “Contribuição ao Estudo da Economia Mineira”, que apontava a siderurgia como um dos projetos econômicos mais viáveis.

Em 1956, com uma idéia clara do proje-to siderúrgico, com a opinião pública mo-bilizada em defesa dos recursos minerais e da industrialização de Minas e com um presidente da República mineiro, crescem os movimentos pela concretização da futu-ra Usiminas. Debates, fóruns econômicos, contatos políticos e diplomáticos são rea-lizados.

Em 25 de abril de 1956 é lavrada a es-critura pública de constituição da Usiminas e, dois anos depois, em 16 de agosto de 1958, é iniciada oficialmente a construção da Usina Siderúrgica Intendente Câmara, uma homenagem ao grande precursor dos empreendimentos siderúrgicos em Minas Gerais, Manoel Ferreira da Câmara Bitten-court Aguiar e Sá, cujo grande feito foi a instalação de um alto-forno em Morro do Pilar (MG), em 1812.

EMANCIPAÇÃOJuntamente com o desenvolvimento

econômico, o então distrito de Coronel Fabriciano, também crescia politicamen-te. Criado em 12 de dezembro de 1953, o distrito de Ipatinga vivia em situação de precariedade. Os moradores não tinham acesso à luz, infraestrutura ou água tra-tada. Com o advento da Usina, a luta pela emancipação ganha corpo. Em 1962, a Assembléia Legislativa aprovou o projeto de revisão administrativa que criou 237 novos municípios e, entre eles, estava Ipa-tinga, que teve seu termo de emancipa-ção político-administrativa assinado pelo governador Magalhães Pinto em 29 de abril de 1964, desmembrando-se, então, do município de Coronel Fabriciano.

A conquista da autonomiaDe pequeno povoado de carvoeiros

a grande pólo da siderurgia nacional, Ipatinga tornou-se uma referência de

desenvolvimento econômico em Minas e no País

Topógrafos medem a área das futuras instalações da Usina Intendente Câmara

O governador Magalhães Pinto e integrantes da Comissão de Emancipação de Ipatinga

O centro de Ipatinga no início da década de 60: operários vinham de todo o País trabalhar na Usiminas

IPATINGA 46 anos

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A história de Timóteo tem seu início no século XVII, quando faiscadores, atraídos pelas riquezas minerais do sertão, se insta-laram na margem direita do Rio Piracicaba, afluente do Rio Doce.

Em 1811, o núcleo habitacional (Ale-gre), por sua importância, é relato na “ Nova Carta da Capitania de Minas Gerais”, mapa elaborado pelo Barão de Eschwege, quando de suas viagens pelos sertões do Rio Doce.

No dia 11 de setembro de 1831, chega à região o alferes português Francisco de Paula e Silva, instalando-se no lugar conhe-cido como Ribeirão do Timóteo, segundo consta em Carta de Sesmaria expedida a seu favor em 1832. Por este documento se vê que Timóteo já possuía nome em princí-pios do século XIX.

TRADIÇÃO Conta a tradição que Manoel Timóteo

foi um “mulato”, dono de uma vendinha localizada na mineração da Lavrinha, em época anterior a 1830 e que se fixou nas margens do Ribeirão Timóteo.

Com a chegada à região do alferes San-ta Maria, tem início a abertura de clareiras na mata, a construção da sede daquele que seria um imenso latifúndio, o desen-volvimento da agricultura e da pecuária.

A fazenda do Alegre, como se tornou conhecida, constituiu-se a partir então, em importante ponto de apoio para as embarcações que subiam e desciam o

Piracicaba em direção à Vila Rica ou Vi-tória.

LEGADOO alferes Francisco de Paula e Silva foi

casado com filha de tradicional família do Onça (hoje Jaguaraçu), por nome Teodora Umbelina da Cunha. Foram seus filhos e herdeiros o capitão Francisco de Paula e Silva Júnior (Chico Santa Maria), Francisca Carolina Joaquim de Paula e Silva, Maria Teodora Umbelina de Paula e Silva , José Luiz de Paula e Silva, Maria de Paula e Silva, Antônio de Paula e Silva e Emília Rosa de Paula e Silva.

Chico Santa Maria não se casou viven-do em concubinato com suas escravas, en-tre os quais, Rosa Esméria, Maria Africana, Maria José e Bárbara Maria. Sua enorme descendência herdou as terras da sesma-ria, que, em parte, permanecem, ainda hoje como legado da família, mas que tam-bém foram vendidas a particulares como João Lino de Sá, Manoel Lino de Sá, João Malaquias Ferreira, Antônio Malaquias e Sebastião Malaquias Ferreira. Os Lino de Sá compraram terras em 1885 de José Luiz de Paula e Silva.

Antônio Malaquias Ferreira, natural de Caratinga de Joanésia (Mesquita), instala-se na Baixada Grande (Horto Malaquias). Fez a doação de seus bens à Igreja, criando assim o Patrimônio que teria como patro-no São Sebastião. O lugarejo passou a ser chamado de São Sebastião do Alegre.

ALEGRENessas terras cresce o povoado de Ti-

móteo, que teria a primeira missa em ca-pela celebrada em 1915 pelo padre João Batista Penido, cura de São José do Grama (Jaguaraçu).

A igrejinha de madeira e telha cum-buca foi construída em 1913 por Manoel Mariano de Abreu (Manoel Bento), Ben-jamim Vieira, José Cassiano e outros. Em 1918 várias famílias instalaram-se no povo-ado como as de José Moreira Bowen (José Adão). Aos poucos o lugarejo foi crescen-do, passando de povoado à vila, de vila a distrito - pertencente a Antônio Dias que, em 1938 adquiria a faixa de terra a Jagua-raçu que, por sua vez, pertencia a São Do-mingos do Prata.

EMANCIPAÇÃOEm 1947 ocorreu uma tentativa de

emancipação de Timóteo que foi parcial-mente frustrada. Em 1948 o distrito de Ti-móteo passou a pertencer ao município de

Coronel Fabriciano. Desde então os cha-mados “emancipalistas” se transformaram num grupo suprapartidário composto por políticos, empresários, comerciantes e reli-giosos que trabalharam até 1964 para que Timóteo fosse emancipado.

A implantação da siderúrgica estatal ACESITA – Companhia Aços Especiais Ita-bira ocorreu em 31 de outubro de 1944 pelos engenheiros Amyntas Jaques de Moraes, Athos Lemos Rache e Percival Far-quar. Em abril de 1949 a siderúrgica entrou em operação produzindo 60 mil toneladas anuais de aços especiais, vindo a se tornar a primeira empresa de aços especiais não planos da América Latina.

A emancipação do município de Timó-teo se deu há 46 anos, no dia 29 de abril de 1964, tendo como primeiro prefeito o Sr. José Antônio de Araújo - Didico, eleito em 3 de dezembro de 1965. Em 1977 foi construído o Paço Municipal, num conjun-to arquitetônico que abriga as casas dos poderes Executivo e Legislativo.

Das Capitanias à Capital do InoxHistória da cidade remonta ao século

XVII e mapa de Eschwege de 1811 já citava Timóteo na Nova Carta da

Capitania de Minas Gerais

a Comissão de Emancipação de Timóteo em visita ao Palácio da Liberdade: na luta pela autonomia política do então distrito

Pioneiros de Timóteo posam em frente à fazenda Dona AngelinaObras de terraplenagem para construção da EFVM

TIMÓTEO 46 anos

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TIMÓTEO - Pavimen-tação, abertura de novas ruas, serviços de drena-gem e iluminação, refor-ma de escolas e unidades de saúde, construção e cobertura de quadras po-liesportivas, drenagens, implantação de ciclovia e reestruturação dos ser-viços de coleta seletiva. Estas são algumas obras que serão entregues à co-munidade timotense ain-da este ano.

Para 2010, a previsão é investir R$ 17 milhões

em obras e infraestrutura em toda a cidade, com recursos próprios do mu-nicípio e conseguidos via parcerias e convênios com os Governos Federal e Estadual.

Uma das principais intervenções é a reforma do Ginásio Poliesportivo Iorque José Martins (Gi-násio Coberto). As obras devem começar esse ano, já que o projeto está em fase final de elaboração pela Secretaria de Plane-jamento e Gestão em par-

ceria com a de Educação. O local está desativado há dez anos e a proposta é revitalizar toda a área do entorno, cerca de 11,5 mil metros quadrados.

O recurso para a obra está assegurado. É R$ 1 milhão através de emen-da parlamentar do depu-

tado federal Alexandre Silveira (PPS) com contra-partida de R$ 127,5 mil do município. O contrato já foi assinado pela atu-al administração junto a Caixa Econômica Federal. O projeto, que ganhou o nome de ‘Cidade Aberta’, prevê ainda a construção de praças de exercícios, playground, anfiteatro, rampas de skate e patins, fontes e requalificação dos trailers de lanche e criação de uma pequena praça de alimentação.

A ideia é integrar os dois prédios – o do Gi-násio e o da Secretaria de Educação – retirando grades e muros e trans-formando todo aquela quadra e os demais equi-pamentos vizinhos do Centro (Praça 1º de Maio e Fundação Arcelor Mittal) num espaço amplo com diversas opções de uso para a comunidade.

HISTÓRIAInaugurado em 1986,

o Ginásio Iorque José Martins foi palco da maio-ria dos eventos da cidade durante toda a década de 90. No ginásio coberto,

com capacidade para re-ceber cerca de cinco mil pessoas, aconteceram desde eventos ecumêni-cos, shows a competições esportivas, inclusive, de nível nacional. O judoca Aurélio Miguel – meda-lhista olímpico – já lutou no tatame do ginásio em

uma das etapas do Cam-peonato Brasileiro de Judô. A última reforma do ginásio – instalado ao lado da Praça 1º de Maio, no Centro Comercial de Acesita – aconteceu em 1998. Na época, foi feita a pintura e instalação de bebedouros.

Os alunos da Escola Mu-nicipal Joaquim Ferreira de Souza, no bairro São José, vão estudar numa escola mais ampla e bem equipa-da. Já está em fase de con-clusão a reforma e obras

de ampliação da escola, que ganhou telhado novo, duas novas salas, depósi-to e laboratório. O prédio também vai ganhar pintura e toda a parte hidráulica e elétrica está passando por

reparos. O investimento é de R$ 154 mil, através de recursos próprios do mu-nicípio. A escola atende cerca de 500 alunos da Educação Infantil e do En-sino Fundamental.

As obras de infraes-trutura de seis ruas do bairro Alegre estão em fase de conclusão. Pavi-mentação asfáltica, servi-ços de drenagem pluvial, construção e desobstru-ção de rede de esgoto e recuperação de meios fios são algumas destas melhorias. A obra be-

neficia diretamente 160 famílias que hoje moram nas ruas Quatro, Cinco, Seis, Jaboticabeiras, Ma-moeiros e Parreiras. A obra prevista para termi-nar em julho está orçada em R$ 427 mil - recursos do Governo Federal com contrapartida de 20% do município.

Quadra com alambra-do, pintura e arquiban-cadas. Praça com jardim, bancos novos, pavimento e iluminação. É assim que vão ficar a Praça “Gustavo

Ferreira da Cruz” e a quadra poliesportiva do bairro Ola-ria II, na Regional Nordeste. Os funcionários da Secre-taria de Obras já trabalham na revitalização, reforma e

instalação de novos equi-pamentos no local. A pre-visão é concluir a obra em até 60 dias. O investimento é de R$ 160 mil em recur-sos próprios do município.

OBRAS

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R$ 17 milhõespara infraestrutura

Espaço ampliado na Escola Joaquim Ferreira de Souza

Outras obrasprevistas para 2010

Reforma da quadrae Praça do Olaria

Ao completar 46 anos, Timóteo passa por um conjunto de

intervenções que incluem pavimentação, drenagens

e ciclovia; uma delas é uma ousada reforma do

ginásio coberto

Pavimentação de ruas no Alegre

O projeto, que ganhou o nome de ‘Cidade Aberta’, prevê ainda a construção de praças de exercícios, playground, anfiteatro, rampas de skate, entre outros

divulgação

Ideia é integrar os dois prédios – o do Ginásio e o da Secretaria de Educação – retirando grades e muros e transfor-

mando toda a quadra e os demais equi-pamentos vizinho do Centro (Praça 1º

de Maio e Fundação Arcelor Mittal) num espaço amplo com diversas opções de

uso para a comunidade.

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TIMÓTEO

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Parcerias da PM deixam a comunidade mais segura

Rede de proteção entre vizinhos e postos de gasolina, além da Patrulha Escolar, elevam qualidade de vida no

Rede de Vizinhos funciona. atualmente, há 479 famílias participando do programa, sendo 250 no bairro ana Rita, 190 no Santa Maria e 39 no distrito de Lavrinha. Nos bairros onde a Rede de Vizi-nhos foi implantada, o número de assaltos e furtos diminuiu em quase 50%.

“Timóteo é uma cidade em que não registramos tantos crimes. Aqui, tínhamos muitos registros de furtos e assaltos, mas desde que implantamos alguns projetos e começamos a fazer um patrulhamento mais ostensivo isso tem diminuído”.

Major Márcio

TIMÓTEO - Há cinco anos, a Polícia Militar de Timóteo tem comemo-rado a diminuição da criminalidade no municí-pio. Para o Major Márcio, comandante da 85ª Com-panhia de Polícia Militar, os números mostram que a ação da polícia tem surtido efeito.

Somente no primei-ro trimestre deste ano, a cidade registrou queda de 11,08%. Pode parecer pouco, mas em uma ci-dade onde a quantidade de crimes é pequena a redução se torna grande. “Comparar as principais cidades do Vale do Aço em índices de criminali-dade é quase impossível. Temos três cidades com aspectos muito diferen-tes, seja por dimensão, ou população. Timóteo é uma cidade que não re-gistramos tantos crimes. Aqui tínhamos muitos registros de furtos e as-saltos, mas desde que im-plantamos alguns proje-tos e começamos a fazer um patrulhamento mais ostensivo isso tem dimi-nuído”, afirma o Major.

VIZINHOS PROTEGIDOSNo segundo semes-

tre de 2009, a cidade foi contemplada pelo Pro-grama Rede de Vizinhos Protegidos e, desde en-tão, o que se pode ver é mais segurança nas ruas e principalmente entre os moradores. Adão Alves Timóteo, morador da Ave-nida 13, no Santa Rita, faz parte da Rede. Para ele, muita coisa mudou desde que o programa foi im-plantado. “Antes, era um monte de adolescentes e jovens fumando droga em algumas ruas mais quietas do bairro, hoje é praticamente impossível ver isso. O programa nos deixou mais seguros, te-nho um filho de 15 anos e nós ficamos muito mais tranquilos agora, sabendo que ele está sendo mais protegido. Antes, ficáva-mos meio ressabiados em deixá-lo em casa sozinho, hoje temos certeza que não há perigo algum”, re-lata o aposentado.

Ainda segundo Adão, o programa estreitou os laços de amizade entre os moradores e melhorou

o relacionamento com a polícia. “Creio que a pró-pria pessoa que chega à nossa rua com más inten-ções, ao ver a placa nas casas se sente oprimida em cometer algum tipo de crime. Ele sabe que es-tamos nos monitorando e sendo monitorados pela polícia o tempo todo”, acrescenta Adão.

Atualmente, há 479 famílias participando do programa, sendo 250 no bairro Ana Rita, 190 no Santa Maria e 39 no Dis-trito de Lavrinha. Nos bairros onde a Rede de Vizinhos foi implanta-da, o número de assal-tos e furtos diminuiu em quase 50%.

“O resultado só é visto com a ajuda da população e eles têm nos ajudado muito. Prova disso é que praticamente não registra-mos mais furtos nas ruas onde o programa é desen-volvido. O Bromélias deve ser o próximo bairro a im-plantar o programa. Uma reunião já está agendada para apresentar o progra-ma aos moradores e ver a possibilidade da implan-

tação dele. Acredito que teremos mais pessoas participando em breve. Todo mundo sai ganhan-do com a Rede”, conta o major Márcio.

POSTOS PROTEGIDOSOutra iniciativa que

também tem surtido efei-to no município é a Rede de Postos Protegidos. Dos 10 postos de combustí-vel da cidade, sete já im-plantaram o programa.

Nestes postos, segundo o Major Márcio o número de assaltos também caiu. É feito um patrulhamento mais ostensivo da polícia nesses locais e a presença policial coíbe a prática de crimes, já que os postos recebem proteção 24h por dia.

A enfermeira Annely Barbosa abastece o carro duas vezes por semana e em uma ocasião passada passou por maus momen-

tos quando viu o frentista ser assaltado sob a mira de uma faca. Ela conta que atualmente só abastece nos postos identificados com a proteção. “É uma forma de eu ter mais segu-rança. É muito mais difícil um assaltante chegar em um posto que ele vê que tem a proteção do que em outro. Aqui eu acredito que não serei assaltada”, conta, enquanto abastece em um Posto no Olaria.

Patrulha fiscaliza escolasTIMÓTEO - A Polícia

Militar vem desempe-nhando uma parceria im-portante com as escolas para a segurança dos alu-nos, através da operação Patrulha Escolar. Por en-quanto, ainda não há uma viatura específica para fa-zer o patrulhamento e os dois policiais voluntários usam as viaturas comuns e vez ou outra os próprios carros.

Em reunião entre a Po-lícia Militar e a Administra-ção Municipal, uma viatura ficou de ser providenciada e isso deve ser feito em breve. A chegada de um

carro exclusivo para o des-locamento dos policiais vai auxiliar na agilidade das ações desenvolvidas pelo projeto. Os Cabos Edílson e Ronier fazem o patru-lhamento em 29 escolas, sendo 16 municipais e 13 estaduais. Praticamente todas as escolas do mu-nicípio são resguardadas pela Patrulha.

O objetivo da patrulha é trabalhar de forma pre-ventiva, sendo mediadora de conflito, sem interferir na educação dos estudan-tes. O cabo Ronier conta que a Patrulha também tem o intuito de impedir

que alunos sejam aborda-dos por traficantes e as-saltantes, agredidos pelos próprios colegas ou por outras pessoas e, até mes-mo, que se desviem da es-cola para outras atividades que não sejam as de conhe-cimento dos pais.

“É preciso fazer valer a autoridade dos professores no zelo com a educação do aluno e o papel dos pais é muito importante. Eles não devem nunca desautorizar os educadores de seus fi-lhos, mas vir até a escola e se informarem detalhadamen-te sobre quaisquer ocorrên-cias”, orienta o militar.

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ENTREVISTA

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Hilário destaca limitese alcances de seu governo

Prefeito faz balanço da administração, admite que instabilidade e caso da Oscip foram os maiores desafios e se diz confiante na

DIÁRIO POPULAR - Quais são os planos do sr. para a cidade de Ti-móteo em 2010?

GERALDO HILÁRIO - Em 2010, estaremos realizando as obras e im-plantando programas de desenvolvimento social e econômico que plane-jamos durante 2009 co-lhendo sugestões através do Orçamento Solidário e como resultado das po-líticas públicas que foram levantadas por cada uma das áreas da Administra-ção Pública. Perseguimos a visão de uma cidade projetada no cenário de Minas Gerais como deten-tora do terceiro lugar em qualidade de vida.

DP - Quais os pontos em que Timóteo mais avançou nos últimos anos e em quais precisa avançar mais?

GH - Avançamos muito na área de saúde, isso é indiscutível. Mas é preci-so fazer muito mais neste setor porque não existe bem maior para os cida-dãos que a sua saúde e de sua família. Também avançamos bastante na educação e este também

é um setor que continua prioritário. Mas a cidade precisa avançar na implan-tação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, na construção da aveni-da sanitária e na melho-ria geral da infraestrutura urbana. Temos muito que avançar ainda nos campos do turismo e cultura, que fomentam a geração de emprego e renda.

DP - Como prefeito,

qual o principal desafio que enfrentou à frente da PMT?

GH - Sem dúvida al-guma, nosso maior de-safio está relacionado à instabilidade política que enfrentamos por conse-quência do processo na justiça eleitoral. Também nos entristeceu bastante este episódio, depois de um Carnaval de tamanho sucesso e que teve tão boa repercussão, termos a infelicidade de estabe-lecer parceria com uma Oscip com tantos proble-mas. Estou absolutamen-te seguro de que ao final das investigações estará comprovado que da nossa parte não houve nenhum dolo. O desgaste ocorreu.

Mas o desafio que temos é de transformar a cidade, de estabelecer os melho-res índices de qualidade na educação, saúde, segu-rança e meio ambiente.

DP - O sr. acha que o município ainda enfren-tará momentos de ins-tabilidade política? Em que isso tem prejudica-do o seu governo?

GH - Infelizmente, ain-da estamos no meio de uma ação judicial. E é claro que prejudica o município em vários aspectos. Mas hoje, no dia do aniversário da nossa cidade, gostaria de frisar para a comunida-de, que, apesar de todas as dificuldades que nós passamos, Timóteo não parou. Continuam funcio-nando os serviços de saú-de, educação, obras, pla-nejamento e ainda todos os serviços urbanos e de infraestrutura que o muni-cípio precisa.

O que ocorre em Timó-teo é que estamos à frente de um projeto maior que vai além de uma briga po-lítica, pessoal.

DP - E o carnaval de Ti-móteo? O sr. acredita que

o renascimento da festa veio para ficar? As escolas estão trabalhando por sua sustentabilidade, inde-pendentemente do poder público?

GH - Claro. O carnaval é uma manifestação mais do que legítima da cultura popular brasileira que, em Timóteo, faz parte da cul-tura de toda uma geração. Ao resgatar o carnaval, com aquela belíssima fes-ta, com uma infraestrutura jamais vista e mais de 60 mil pessoas presentes, a nossa administração rein-sere Timóteo no calendá-rio das maiores festas de Minas de Gerais.

Toda uma cidade se mobilizou. Foram gerados mais de 1,5 mil empregos desde a montagem da es-trutura até o dia da festa.

Semana passada por exemplo, os diretores das escolas de samba me pro-curaram com a boa notícia de que todas haviam con-seguido, junto ao Estado, o título de Utilidade Pú-blica para as agremiações. Com isso, elas ganham mais autonomia para tra-balhar, criar, preparar um belo espetáculo para o ano que vem. Com certe-

za, a retomada do carnaval foi apenas um em-purrão para o fortalecimento da cultura da nossa cidade.

DP - Foram

anunciados alguns recursos obtidos pelo município. O sr. podia detalhar?

GH - Hoje, es-tamos dando de presen-te para T i m ó -t e o , p e l o s 46 anos da cidade, o lançamento de uma série de obras que são muito impactantes. O pacote contempla desde obras de pavimentação, abertura de novas ruas, serviços de drenagem e iluminação, reforma de es-colas e unidades de saúde, construção e cobertura de quadras poliesportivas, drenagens, implantação de ciclovia e reestrutura-ção dos serviços de coleta seletiva.

Entre as obras para as quais já temos recursos em caixa, estão a reforma

do Ginásio Coberto, a in-fraestrutura da Feira Livre do Timirim, reforma e am-pliação do prédio da Câ-mara Municipal, além de mais R$ 3 milhões em re-cursos através do Governo do Estado para pavimen-tação de diversas ruas na cidade.

Há muito tempo que Ti-móteo não recebe um vo-lume de obras como este. Algo em torno de R$ 20 milhões, sem contar os recursos para o Programa de Urbanização (Uriap) no Bairro Macuco, que soma mais R$ 8 milhões.

Prefeito anunciou reforma de Ginásio Coberto O pacote inclui ainda abertura e pavimentação de vias... ... e a infraestrutura para a Feira Livre do Timirim

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