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7 a  SÉRIE 8 o  A N O  E N S INO F U N D A ME N T A L A N OS F I N A I S  V olume 2 LÍNGUA PORTUGUESA  L i ng ua g e ns CADERNO DO PROFESSOR 

CadernoDoProfessor 2014 2017 Vol2 Baixa LC LinguaPortuguesa EF 7S 8A

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Caderno do professor EStado

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  • 7a SRIE 8oANOENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAISVolume 2

    LNGUAPORTUGUESALinguagens

    CADERNO DO PROFESSOR

  • MATERIAL DE APOIO AOCURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO

    CADERNO DO PROFESSOR

    LNGUA PORTUGUESAENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

    7a SRIE/8o ANOVOLUME 2

    Nova edio

    2014-2017

    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    SECRETARIA DA EDUCAO

    So Paulo

  • Governo do Estado de So Paulo

    Governador

    Geraldo Alckmin

    Vice-Governador

    Guilherme Af Domingos

    Secretrio da Educao

    Herman Voorwald

    Secretria-Adjunta

    Cleide Bauab Eid Bochixio

    Chefe de Gabinete

    Fernando Padula Novaes

    Subsecretria de Articulao Regional

    Rosania Morales Morroni

    Coordenadora da Escola de Formao e Aperfeioamento dos Professores EFAP

    Silvia Andrade da Cunha Galletta

    Coordenadora de Gesto da Educao Bsica

    Maria Elizabete da Costa

    Coordenadora de Gesto de Recursos Humanos

    Cleide Bauab Eid Bochixio

    Coordenadora de Informao, Monitoramento e Avaliao

    Educacional

    Ione Cristina Ribeiro de Assuno

    Coordenadora de Infraestrutura e Servios Escolares

    Dione Whitehurst Di Pietro

    Coordenadora de Oramento e Finanas

    Claudia Chiaroni Afuso

    Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE

    Barjas Negri

  • Senhoras e senhores docentes,

    A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colabo-

    radores nesta nova edio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises que

    permitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula

    de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com

    os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abor-

    dagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao

    Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste

    programa, seus maiores esforos ao intensificar aes de avaliao e monitoramento da utilizao

    dos diferentes materiais de apoio implementao do currculo e ao empregar o Caderno nas aes

    de formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, firma seu dever com a busca

    por uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso

    do material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

    Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa So Paulo Faz Escola, apresenta orien-

    taes didtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo Oficial do Estado de So

    Paulo, que pode ser utilizado como complemento Matriz Curricular. Observem que as atividades

    ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias,

    dependendo do seu planejamento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade

    da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposio de apoi-los no planejamento de suas

    aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam

    a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avalia-

    o constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a

    diversificao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.

    Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu

    trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar

    e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.

    Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.

    Bom trabalho!

    Herman Voorwald

    Secretrio da Educao do Estado de So Paulo

  • Os materiais de apoio implementao

    do Currculo do Estado de So Paulo

    so oferecidos a gestores, professores e alunos

    da rede estadual de ensino desde 2008, quando

    foram originalmente editados os Cadernos

    do Professor. Desde ento, novos materiais

    foram publicados, entre os quais os Cadernos

    do Aluno, elaborados pela primeira vez

    em 2009.

    Na nova edio 2014-2017, os Cadernos do

    Professor e do Aluno foram reestruturados para

    atender s sugestes e demandas dos professo-

    res da rede estadual de ensino paulista, de modo

    a ampliar as conexes entre as orientaes ofe-

    recidas aos docentes e o conjunto de atividades

    propostas aos estudantes. Agora organizados

    em dois volumes semestrais para cada srie/

    ano do Ensino Fundamental Anos Finais e

    srie do Ensino Mdio, esses materiais foram re-

    vistos de modo a ampliar a autonomia docente

    no planejamento do trabalho com os contedos

    e habilidades propostos no Currculo Oficial

    de So Paulo e contribuir ainda mais com as

    aes em sala de aula, oferecendo novas orien-

    taes para o desenvolvimento das Situaes de

    Aprendizagem.

    Para tanto, as diversas equipes curricula-

    res da Coordenadoria de Gesto da Educao

    Bsica (CGEB) da Secretaria da Educao do

    Estado de So Paulo reorganizaram os Cader-

    nos do Professor, tendo em vista as seguintes

    finalidades:

    f incorporar todas as atividades presentes nos Cadernos do Aluno, considerando

    tambm os textos e imagens, sempre que

    possvel na mesma ordem;

    f orientar possibilidades de extrapolao dos contedos oferecidos nos Cadernos do

    Aluno, inclusive com sugesto de novas ati-

    vidades;

    f apresentar as respostas ou expectativas de aprendizagem para cada atividade pre-

    sente nos Cadernos do Aluno gabarito

    que, nas demais edies, esteve disponvel

    somente na internet.

    Esse processo de compatibilizao buscou

    respeitar as caractersticas e especificidades de

    cada disciplina, a fim de preservar a identidade

    de cada rea do saber e o movimento metodo-

    lgico proposto. Assim, alm de reproduzir as

    atividades conforme aparecem nos Cadernos

    do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-

    crever a atividade e apresentar orientaes mais

    detalhadas para sua aplicao, como tambm in-

    cluir o cone ou o nome da seo no Caderno do

    Professor (uma estratgia editorial para facilitar

    a identificao da orientao de cada atividade).

    A incorporao das respostas tambm res-

    peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,

    elas podem tanto ser apresentadas diretamente

    aps as atividades reproduzidas nos Cadernos

    do Professor quanto ao final dos Cadernos, no

    Gabarito. Quando includas junto das ativida-

    des, elas aparecem destacadas.

    A NOVA EDIO

  • Leitura e anlise

    Lio de casa

    Pesquisa em grupo

    Pesquisa de campo

    Aprendendo a aprender

    Roteiro de experimentao

    Pesquisa individual

    Apreciao

    Voc aprendeu?

    O que penso sobre arte?

    Ao expressiva

    !?

    Situated learning

    Homework

    Learn to learn

    Alm dessas alteraes, os Cadernos do

    Professor e do Aluno tambm foram anali-

    sados pelas equipes curriculares da CGEB

    com o objetivo de atualizar dados, exemplos,

    situaes e imagens em todas as disciplinas,

    possibilitando que os contedos do Currculo

    continuem a ser abordados de maneira prxi-

    ma ao cotidiano dos alunos e s necessidades

    de aprendizagem colocadas pelo mundo con-

    temporneo.

    Para saber mais

    Para comeo de conversa

    Sees e cones

  • Orientao sobre os contedos do volume 7

    Situaes de Aprendizagem 11

    Situao de Aprendizagem 1 Evento comemorativo na escola: Que ideia queremos transmitir? 11

    Situao de Aprendizagem 2 Selecionando objetos para o evento cultural 24

    Situao de Aprendizagem 3 Preparando apresentaes publicitrias 35

    Situao de Aprendizagem 4 Produzindo anncios publicitrios para o evento 44

    Situao de Aprendizagem 5 Organizao final do evento 50

    Proposta de situaes de recuperao 57

    Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreenso do tema 58

    Situao de Aprendizagem 6 Evento comemorativo na escola: Como divulgar? 59

    Situao de Aprendizagem 7 Pesquisando sobre o tema 72

    Situao de Aprendizagem 8 Produzindo a divulgao do evento 85

    Situao de Aprendizagem 9 Produzindo anncios publicitrios para o evento 95

    Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreenso do tema 104

    Quadro de Contedos do Ensino Fundamental Anos Finais 105

    SUMRIO

  • 7Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    ORIENTAO SOBRE OS CONTEDOS DO VOLUMEEste Caderno, segundo a perspectiva do le-

    tramento, apresenta um conjunto de Situaes de Aprendizagem que tem como objetivo cen-tral contribuir para que os estudantes apren-dam a lidar, lingustica e socialmente, com diferentes textos, nas mais diferentes situaes de uso, como objeto do conhecimento e como meio para chegar at ele. Para tanto, considera-se que as questes da lngua, ligadas ao empre-go da norma-padro e de outras variedades, fazem parte de um sistema simblico que per-mite ao sujeito compreender que conhecimento e domnio da linguagem so atividades discur-sivas e interlocutivas, favorecendo o desenvol-vimento de ideias, pensamentos e relaes, em um constante dilogo com seu tempo.

    De modo geral, preciso garantir o de-senvolvimento, nessas Situaes de Aprendi-zagem, das cinco competncias bsicas que aliceram este Currculo, quais sejam:

    f dominar a norma-padro da lngua portu-guesa e fazer uso adequado da linguagem verbal de acordo com os diferentes campos de atividade;

    f construir e aplicar conceitos das vrias reas do conhecimento para a compreen-so de fenmenos lingusticos, da pro-duo da tecnologia e das manifestaes artsticas e literrias;

    f selecionar, organizar, relacionar e interpre-tar dados e informaes, representados de diferentes formas, para tomar decises e enfrentar situaes-problema;

    f relacionar informaes, representadas de diferentes modos, e conhecimentos dispo-nveis em situaes concretas para cons-truir argumentao consistente;

    f recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaborao de propostas de interveno solidria na realidade,

    respeitando os valores humanos e consi-derando a diversidade sociocultural.

    Para esse fim, privilegiamos neste Caderno algumas habilidades gerais que devem ganhar re-levo nas Situaes de Aprendizagem propostas:

    f comparar diferentes impresses e interpre-taes sobre as caractersticas discursivas do gnero anncio publicitrio;

    f analisar aspectos lingusticos em textos pu-blicitrios;

    f construir divulgao para evento escolar; f autoavaliar o processo de aprendizagem; f posicionar-se como protagonista de aes inseridas no contexto de projetos coletivos, a fim de desenvolver competncias de leitor e produtor de textos publicitrios;

    f confrontar diferentes impresses e inter-pretaes sobre um tema ou situao dada;

    f resumir ideias centrais de um texto com o objetivo de compreend-lo;

    f desenvolver o processo de produo textual como um conjunto de aes interligadas;

    f utilizar conhecimentos sobre a lngua para elaborar textos publicitrios;

    f pesquisar informaes em contexto discur-sivo de comunicao;

    f analisar dados e organiz-los em contexto discursivo de comunicao;

    f demonstrar compreenso de textos orais e escritos por meio da retomada de tpicos;

    f elaborar projetos coletivos de leitura e es-crita, desenvolvendo estratgias para que possam ser postos em prtica.

    Consideramos que tais competncias e habilidades contemplam tanto os contedos gerais, a serem trabalhados a longo prazo, quanto os especficos desse Caderno. A seguir voc encontra uma tabela que ajudar a visua-liz-los mais facilmente:

  • 8Contedos gerais a serem desenvolvidos a longo prazo

    Contedos gerais deste volume

    f compreenso dos textos orais e escritos apre-sentados em cada srie/ano do Ensino Fun-damental Anos Finais, observando a que gnero textual pertencem e em que tipologia textual poderiam ser agrupados, de acordo com sua funo social e comunicativa;

    f atribuio de sentido aos textos orais e es-critos estudados;

    f leitura dos gneros estudados a partir da familiaridade que os alunos vo construin-do com esses gneros nas diversas situaes didticas propostas pela escola;

    f reconhecimento das relaes entre os pa-rgrafos de um mesmo texto e entre textos diferentes;

    f procedimentos de leitura adequados a cada gnero, a cada situao comunicativa e aos objetivos da leitura;

    f articulao de informaes do texto com seus conhecimentos prvios;

    f produo de textos orais e escritos a partir da seleo feita para cada srie/ano, plane-jando as etapas dessa produo;

    f reconhecimento da estrutura dos gneros, ao produzir textos escritos, considerando os elementos de coeso e de coerncia, a distribuio dos pargrafos e a pontuao em funo de seus objetivos;

    f conhecimentos lingusticos que favoream a produo textual, empregando adequada e coerentemente as regras da norma-padro e de outras variedades de acordo com seu projeto de texto;

    f ampliao da competncia discursiva, com base na experincia de situaes de comu-nicao socialmente constitudas em que h interlocuo entre sujeitos diversos.

    f gneros textuais: anncio publicitrio e re-sumo;

    f organizao e sistematizao de procedi-mentos de pesquisa;

    f discurso publicitrio; f estudos lingusticos: discurso citado, or-tografia, acentuao, linguagem figurada, verbos, perodo simples (funes comple-mentares e acessrias), denotao, conota-o, pontuao, regncia, concordncia;

    f apresentao oral; f oralidade e escrita; f pesquisa com fontes orais; f pesquisa com fontes escritas; f interpretao de texto; f variedades lingusticas; f adequao de registro; f nveis de persuaso; f etapas de elaborao da escrita; f construo de ponto de vista; f comparao de dados; f elaborao de sntese; f coeso; f coerncia; f autoavaliao.

  • 9Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Metodologia e estratgias

    As Situaes de Aprendizagem desse Ca-derno esto vinculadas ao estudo de sequn-cias didaticamente construdas, que proporo a organizao e construo da semana cultural da 7a srie/8o ano e o respectivo lanamento da campanha de divulgao para uma data co-memorativa da escola. O aspecto central, que relaciona o contexto ao universo publicitrio, a necessidade de o grupo criar objetos de comunicao para um evento escolar que seja atraente a seu pblico-alvo e, com isso, tambm pesquisar recursos lingusticos para faz-lo.

    Sugerimos a celebrao do Dia da Cons-cincia Negra, mas voc, professor, pode op-tar por alguma outra data que considerar mais oportuna.

    Nessa situao discursivamente constituda, espera-se que os alunos sejam estimulados a ler e a produzir textos, orais e escritos, de amplo ca-rter cultural e tambm publicitrio, como par-te da vida, dentro e fora do ambiente escolar. Com isso, sero estimulados a reforar a ideia de que a publicidade est inserida em amplo e complexo contexto de consumo, demandando, por parte do consumidor, variadas habilidades de julgamento e seleo de produtos e servios.

    Alm disso, a proposta fazer com que eles, mediante o estudo dessa situao, apren-dam a elaborar pequenos projetos que os aju-dem a compreender como o estudo da lngua contribui para ampliar sua viso de mundo: a partir das muitas prticas de leitura, escrita, oralidade e escuta (as mesmas usadas pelos estudantes da situao didtica).

    Ao final do processo, eles precisaro ter clareza da importncia do trabalho com pro-jetos, tanto para aprender mais sobre a lngua portuguesa quanto para aprender a pensar e construir solues diante das situaes-pro-blema que lhes sero apresentadas.

    Como aprender no colher informaes transmitidas pelo professor, mas process--las, transform-las em algo, construindo cultura e conhecimento que muitas vezes esto alm dos contedos, as Situaes de Aprendizagem deste Caderno visam ao de-senvolvimento de aprendizagens significati-vas, cujo enfoque seja construir conceitos e desenvolver habilidades. Nesse sentido, o es-pao educativo deve ser partilhado, a fim de permitir que os estudantes assumam a parte de responsabilidade que lhes cabe nesse pro-cesso de aprendizado.

    importante que voc considere o ciclo iniciado j no planejamento das aulas e, as-sim, determine os conhecimentos que devem ficar claros e desenvolva estratgias para per-mitir a diviso da responsabilidade pelo pro-cesso de ensino-aprendizagem entre professor e alunos. Para tanto:

    f encaminhe seu trabalho no sentido de co-letar, em todo o processo, indcios de ten-ses, avanos e conquistas;

    f interprete esses indcios para compreender as dificuldades apresentadas pelos alunos, bem como para orientar suas metas, esta-belecer novas diretrizes, propor atividades alternativas;

    f situe o aluno no processo de ensino-apren-dizagem e promova a atitude de responsa-bilidade pelo aprendizado no indivduo.

    Avaliao

    A avaliao vista como um processo contnuo, explicitado nas participaes dos alunos, em suas produes, nas avaliaes pontuais (como provas), entre outras possibi-lidades. Ela no pode ser considerada um ob-jetivo, mas um meio de verificar se os alunos adquiriram os conhecimentos visados. Por isso, preciso que no ocorram rupturas entre os contedos desenvolvidos e as modalidades de ensino.

  • 10

    Professor, uma sugesto!

    Um recurso bastante interessante para ajud-lo na tarefa de avaliar continuamente seus alunos o uso do portflio (ou pasta de atividades). Pea aos estudantes que le-vem para a escola uma pasta (com plsti-cos ou de elstico) como parte do material escolar. Nela, eles devem guardar todas as atividades escritas mesmo que seja apenas

    Para esse Caderno, as habilidades e compe-tncias desenvolvidas devem ser verificadas a partir de quatro eixos principais:

    1. Processo: olhar de modo comprometi-do e profissional o desenvolvimento das atividades dos alunos em sala de aula, atento s suas dificuldades e melhoras.

    2. Produo continuada: olhar a produo escrita e outras atividades de produo de textos e exerccios solicitados nesse Caderno.

    3. Pontual: olhar atentamente a prova in-dividual.

    4. Autoavaliao: elaborar propostas que desenvolvam a habilidade do aluno de olhar para seu processo de aprendiza-gem.

    Essas diferentes avaliaes permitem que voc retome suas reflexes iniciais, analisando os aspectos que no foram satisfatoriamen-te atingidos e que precisam ser considerados para o prximo planejamento de suas aulas.

    Distribuio de contedos e habilidades no volume

    Para esse Caderno, haver nove Situaes de Aprendizagem desenvolvidas mediante se-quncias de atividades. Consideramos que se-jam necessrias de seis a sete semanas para a apresentao e o estudo de contedos novos, e de uma a duas semanas para as atividades de sistematizao dos contedos j vistos e tra-balhados anteriormente.

    No decorrer de cada semana, sero pro-postas atividades que desenvolvam em car-ter de priorizao habilidades de leitura, de escrita, de fala e de escuta, bem como as liga-das ao emprego da norma-padro e a outras variedades, destacando as particularidades do gnero anncio publicitrio.

    um quadro com informaes, um coment-rio sobre uma imagem ou um simples bilhe-te feitas em todas as aulas, anotadas em folhas avulsas (as que forem anotadas ou desenvolvidas no caderno tambm podem servir como instrumento de avaliao). Por exemplo, a escrita elaborada passo a passo pode ser colocada nesse portflio a fim de que voc e os prprios alunos possam ava-liar o desempenho ao longo de todo o pro-cesso de escrita.

    Professor, voc pode utilizar esse instru-mento para avaliar seu trabalho, identificar o desenvolvimento de algumas habilidades em seus alunos e refletir sobre as melhores inter-venes em cada situao didtica.

  • 11

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Contedos e temas: pesquisa de tema para organizao de evento; leitura interpretativa de texto sobre jovens e consumo; apresentaes orais de anlises ligadas aos temas pesquisados; escolha de tema para a sequncia das atividades; reviso das caractersticas de anncios publicitrios; anlises de anncios publicitrios a partir de temas indicados; comparao de resultados de diferentes anlises de anncios publicitrios; discurso citado; adequao de registro.

    Competncias e habilidades: pesquisar textos coerentes com tema preestabelecido; interpretar o texto de modo a compreender o raciocnio autoral; selecionar e escolher anncios publicitrios de acordo com as orientaes dadas; ressignificar a aprendizagem do volume anterior, aplicando-a em nova Situao de Aprendizagem; analisar anncios publicitrios a partir de ficha proposta; comparar anncios tendo em vista diferentes pblicos-alvo; apresentar oralmente os resultados de uma anlise de grupo; optar por um tema de estudo de forma consciente, com base em reflexes realizadas.

    Sugesto de estratgias: Situao de Aprendizagem articulada com as demais dentro do mesmo Cader-no e atraente faixa etria; exposio a situaes de discusso coletiva; pesquisa dirigida; produo de fichas com base na anlise de anncios publicitrios; retomada de contedos vistos no volume anterior; construo de posicionamento.

    Sugesto de recursos: lousa; internet; livro didtico; caderno; revistas para recortar.

    Sugesto de avaliao: preenchimento pertinente de ficha de anlise de anncios; respostas a question-rio com base em leitura dirigida de texto sobre um dos temas apresentados; seleo de anncios perti-nentes s propostas; apresentaes orais de resultados de anlises.

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 1 EVENTO COMEMORATIVO NA ESCOLA: QUE IDEIA QUEREMOS TRANSMITIR?

    SITUAES DE APRENDIZAGEM

    Nessa Situao de Aprendizagem, os alu-nos entraro em contato com a situao fic-tcia que perpassa esse Caderno da 7a srie/8o ano. Em primeiro lugar, eles devero selecio-nar um tema de interesse para a organizao

    de um evento. Em seguida, ser proposta a produo de uma campanha publicitria para divulgar esse tema. Sero sugeridos trs temas para discusso, a fim de que a classe selecione o que lhe parecer mais interessante.

    Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem 1

    A situao fictcia a ser trabalhada nesse Caderno a organizao de uma campanha

    publicitria, com o objetivo de divulgar um evento cultural que ser apresentado na esco-la. Esse evento ser organizado a partir de um tema escolhido pelos alunos. Aps a definio temtica, sero selecionados filmes, msicas,

  • 12

    textos, imagens etc. que possam ser apresenta-dos para a sala ou para a comunidade escolar.

    Na primeira situao, voc dever apresen-tar a proposta aos alunos e destacar os seguin-tes pontos:

    f eles produziro uma campanha publicit-ria para divulgar um evento cultural;

    f o evento cultural tambm ser produzido por eles e ter como base um tema selecio-nado pelo grupo.

    Para comeo de conversa

    1. O professor indicou dois pontos centrais do projeto para este perodo de estudo. Quais so eles?Os dois principais objetivos so: a organizao de uma Sema-

    na Cultural e seu respectivo lanamento.

    2. Escreva um breve texto, no caderno, apresentando aos seus pais ou respon-sveis o que ser feito no projeto desta srie/ano.O objetivo dessa produo de texto criar uma situao com

    outro interlocutor. Voc pode observar nas produes escri-

    tas se o projeto est claro para os alunos e se conseguem

    expressar essa compreenso por escrito. A partir desses dois

    aspectos, verique a necessidade de reformulao das res-

    postas.

    Aps a apresentao, inicie o processo de escolha do tema para a organizao do even-to. Se desejar, deixe o tema completamente em aberto. Caso prefira restringir o leque de opes, sugerimos algumas possibilidades tendo em vista assuntos que precisaro ser abordados no contexto escolar e que podero ser relacionados ao mundo da publicidade nosso foco na 7a srie/8o ano.

    3. Para o evento cultural a ser organizado e di-vulgado pela turma, so sugeridos trs temas:

    a) O consumismo e os jovens no sculo XXI.

    b) A imagem da juventude e dos idosos nos anncios publicitrios.

    c) A presena de grupos sociais historica-mente discriminados e sua imagem nos anncios publicitrios.

    Qual deles lhe parece mais interessante? Por qu?Resposta pessoal, mas pode-se us-la como uma forma de

    conhecer melhor a classe, quanto a suas preferncias; pode-

    -se ainda observar e intervir na argumentao desenvolvida,

    auxiliando na elaborao de um pensamento claro e objeti-

    vo, expresso oralmente ou por escrito.

    4. Tendo em vista os objetivos do projeto (rea-lizar um evento cultural e uma campanha publicitria para divulg-lo), voc sugeriria outro tema? Qual? Explique sua proposta.Resposta pessoal. Da mesma forma que no exerccio ante-

    rior, possvel us-la como uma forma de conhecer melhor

    a classe, quanto a suas preferncias, e ainda observar e intervir

    na argumentao desenvolvida, auxiliando na elaborao de

    um pensamento claro e objetivo, expresso oralmente ou por

    escrito.

    Se achar pertinente, voc poder dividir os temas por grupos e permitir que eles orga-nizem o evento a partir de subtemas. Assim, em vez de escolher um dos temas sugeridos, voc trabalhar todos e dividir as pesquisas e apresentaes pelos grupos.

    Antes que os grupos decidam, oportuno que sejam feitos alguns estudos preliminares. Faremos um encaminhamento para cada um dos temas sugeridos.

    Sugesto de encaminhamento para o estudo do tema O consumismo e os jovens no sculo XXI

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    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    1. Leia o texto a seguir. Devido extenso do texto, voc deve pensar estratgias para a leitura, como fazer a leitura de cada trecho (dividido pelos subttulos) e

    discutir a compreenso at o fim.

    Jovens mquinas de consumo

    Descubra o que faz o consumismo ser uma tendncia entre os jovens e quais fatores provocam este comportamento

    Por Lilian Burgardt

    1. Imagine esta cena: voc est parado diante de sua TV, e o que aparece na telinha um comercial com jovens bonitos, em um belo dia de sol, namorando, rindo e curtindo a vida de um jeito que s eles sabem como fazer. Ao trmino da propaganda, aparece algo como: a vida hoje!, aproveite agora ou outro slogan qualquer que remeta a esta mesma ideia. Isto porque o pblico-alvo dos comerciais so justamente os jovens, hoje a maior parcela entre os consumidores, j que, entre outros fatores, viajam mais, se divertem mais e, por consequncia, gastam mais.

    2. De olho neste filo, as campanhas publicitrias incentivam o imediatismo, a ideia de aproveitar a vida para no se arrepender do que podia ter sido e no foi. Elas apostam no comportamento de compra desenfreada, da compra por impulso, do consumo sem reflexo. claro que nem todo jovem compra, gasta, viaja e se diverte porque simplesmente no pensa nas consequncias. Mas fato que, quanto mais jovem e inexperiente, mais facilmente se influenciado a ter este tipo de comportamento.

    3. Para especialistas, esta uma realidade do mundo atual, diferente do passado, quando os jovens eram mais engajados e a sociedade tambm vivia um panorama distinto. Esta ideia de consumo faz parte de um mercado fast-food, onde tudo tem que ser feito, e rapidamente, diz o psicoterapeuta do Departamento de Psicologia da PUC-Campinas (Pontifcia Universidade Catlica de Campinas), Hiplito Carretoni Filho.

    4. Segundo ele, este comportamento de consumo no se reflete apenas nas compras, mas no modo como os jovens encaram a vida hoje. Note que se um bar novo abre todo mundo o consome at que aparea uma outra novidade. A juventude levada pelas circunstncias, ressalta. O psicoterapeuta defende que este comportamento tem se refletido tambm nas relaes interpessoais. Hoje, at a fide-lidade deles circunstancial. Mantm-se um grupo de amizades e um relacionamento at o momento em que eles oferecem determinadas vantagens. Depois, joga-se fora e parte-se para outra, destaca.

    5. Outra questo que pode desencadear este tipo de relao com as compras a forma como o jovem encara os processos de consumo. Segundo o professor do Grupo de Estudos do Consumo do Departamento de Psicologia da UnB (Universidade de Braslia), Jorge Oliveira Castro, h dois tipos de consumo que devem ser levados em considerao: o por atributos utilitrios, ligado funcionalidade do produto e de que forma ele pode facilitar seu dia a dia; e o consumo por valores simblicos neste caso, relacionado ao status que o produto pode fornecer como identificao com determinado grupo de pessoas ou prestgio perante a sociedade. justamente este segundo parmetro que tem tido valor para estes jovens, declara o professor.

    6. Carretoni Filho diz acreditar que este comportamento tambm pode ser desencadeado pelas relaes de grupo. importante que o jovem esteja atento aos fatores que o impulsionam a comprar: Muitas vezes algum de sua turma aparece com determinada pulseirinha. A l vai o jovem atrs de uma pulseira igual para ficar na moda, diz.

  • 14

    7. Segundo ele, esta questo de autoafirmao muito perigosa porque, ao mesmo tempo em que pode desencadear um comportamento de consumo desenfreado, dependendo do tipo de grupo em que o jovem est inserido, pode lev-lo a desenvolver aes muito mais prejudiciais a sua sade, como, por exemplo, o consumo de drogas e bebidas alcolicas. Jovens suscetveis tm muito mais chances de experimentar lcool e drogas do que os jovens de cabea feita , diz.

    Consumista, eu?

    8. Para Carretoni Filho, muito fcil identificar um jovem consumista. Geralmente eles querem frequentar lugares populares e causar uma boa impresso. Assim, vestem-se com roupas que seguem a ltima tendncia, porque querem ver e ser vistos, diz.

    9. No Brasil, este comportamento identificado em grande parte dos jovens. Segundo pesquisa elaborada pelo Instituto Akatu, com base em estudo realizado pela Unesco (Organizao das Naes Unidas para a Educao, Cincia e Cultura) com jovens de 24 pases dos cinco continentes, os jovens brasileiros esto no topo dos mais consumistas, frente de jovens franceses, japoneses, argentinos e americanos. Dos 259 entrevistados, de nove regies metropolitanas no pas, 37% apontaram as com-pras como um assunto de muito interesse no dia a dia. Para 78%, a qualidade o principal critrio de compra, seguida pelo preo.

    10. A ala masculina poderia dizer que apenas as jovens fazem parte desta pesquisa. No entanto, os nmeros mostram que os rapazes tm contribudo para engrossar as estatsticas. A diferena o desti-no que cada um deles costuma dar a seu dinheiro, seja ele de mesada ou salrio. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos/Marplan em oito capitais brasileiras, os meninos costumam gastar mais com CDs, DVDs e eletrnicos. Eles tambm acessam mais internet e passam mais tempo no computador do que elas, que ainda preferem destinar sua renda para roupas, sapatos e artigos eso-tricos, entre outros artefatos.

    11. Para o professor da UnB, no entanto, importante destacar que o impulso consumista, em alguns casos, pode se tornar uma doena. A, importante que as pessoas mais prximas aos jovens que apresentam este tipo de comportamento deem orientao para tir-los do mau caminho. Deve-se entender ainda quando isto reflexo de outros distrbios, como por exemplo, depresso e ansiedade. As mulheres brincam muito com esta questo: estou deprimida e vou para o shopping. Mas isso pode, de fato, tornar-se uma fuga, revela Castro. Isto porque euforia ao realizar as compras uma caracterstica dos consumistas de planto.

    Vale o preo que se paga?

    12. No fim das contas, voc pode se perguntar, mas quanto custa essa brincadeira, j que andar na moda no barato e, tampouco, estar nos lugares badalados? Posso dizer que sai caro tanto para os jovens que trabalham para pagar suas dvidas como para os pais que bancam o consumo dos filhos, afirma Carretoni Filho. Segundo ele, o jovem consumista aquele que anda sempre endividado, no vermelho, usa todas as formas possveis para pagar as contas e, ainda assim, no consegue frear o desejo de ter, de comprar. H casos em que estes jovens mobilizaram a famlia toda, incluindo tios e avs, para ter o presentinho que tanto querem. Ou, quando trabalham, incorporam o limite (do cheque especial) ao seu salrio sem pensar nos prejuzos futuros com o acrscimo dos juros, diz.

    13. Para estes jovens, ficam as seguintes dicas dos especialistas: Antes de comprar, pare e se pergun-te: eu preciso mesmo disso? Qual ser o valor agregado disso para mim?, destaca Castro. J Carretoni Filho mais enftico: Deixar os tales de cheque e cartes de crdito em casa so boas alternativas.

  • 15

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Alm disso, fazer listas de compras priorizando os elementos mais teis tambm pode ajud-los a se controlar antes de sair por a gastando, afirma.

    14. Neste aspecto, embora Castro especialista em consumo afirme que no h estudos que faam ligao entre as diversas opes de pagamento a que o consumidor tem acesso ao nmero de dvidas que ele pode fazer, certamente esta uma alternativa utilizada pelo comrcio para seduzir e incentivar as vendas. Acredito, porm, que se o consumidor perguntar a si mesmo se precisa do pro-duto ele poder sair com qualquer opo de pagamento no bolso que no ser levado a comprar por impulso. preciso ter autocontrole em primeiro lugar, conclui.

    BURGARDT, Lilian. Jovens mquinas de consumo. Disponvel em:

    . Acesso em: 25 nov. 2013.

    2. Aps a leitura, solicite aos alunos que respondam s seguintes questes. Para cada questo, sugerimos uma resposta esperada.

    a) Com suas palavras, explique a cena de comercial de TV que o primeiro par-grafo descreve. Voc se identifica com os protagonistas? Por qu?

    A cena a seguinte: jovem diante de um anncio publi-

    citrio, sentindo-se atrado pela imagem de felicidade

    imediata que ele oferece. O aluno tambm estimulado

    a refletir sobre sua relao com o tema e a definir sua po-

    sio sobre ele.

    b) Segundo a autora, como o comporta-mento dos jovens influenciado por esse tipo de publicidade?

    Muitos passam a buscar o prazer imediato, sem pensar nas

    consequncias.

    c) Indique, em dois tpicos, as principais ideias do especialista Carretoni Filho nos pargrafos 3 e 4.

    Para ele, essa imagem de consumo ligada ao mercado ime-

    diatista recente. Ele arma ainda que essa ideia de descar-

    tvel est associada a tudo na vida dos jovens, at mesmo

    em relao s pessoas.

    d) Segundo o professor do Grupo de Estu-dos do Consumo do Departamento de Psicologia da Universidade de Braslia (UnB), Jorge Oliveira Castro, quais so

    as duas formas como o jovem de hoje encara os processos de consumo?

    Deve-se indicar o consumo ligado utilidade de determina-

    do bem e o consumo simblico, ligado ao status represen-

    tado pelo objeto possudo.

    e) Nos pargrafos 6 e 7, Carretoni Filho acrescenta outro fator, alm da publicida-de, que pode incentivar o consumo exa-gerado entre os jovens. Que fator esse?

    O poder de inuncia do grupo sobre o jovem.

    f) De acordo com as informaes do texto, como o consumo do jovem brasileiro? Ele est ligado apenas ao pblico feminino?

    Segundo armaes do texto, o Brasil um pas de alto con-

    sumo jovem. Com relao comparao entre o pblico

    masculino e o feminino, o pesquisador aponta uma diferen-

    a de interesses: homens consomem mais tecnologia, CDs e

    DVDs, e mulheres, bens de vesturio, entre outros produtos.

    g) O que os especialistas consideram um perigo gerado pelo excesso de consumo?

    Para os especialistas, o consumo excessivo pode at ser vis-

    to como doena, gerando ansiedade e depresso no jovem.

    Alm disso, tambm leva o jovem a se endividar ou endividar

    a famlia a m de gastar sempre mais.

    h) Quais as dicas que eles do para evitar o consumo exagerado?

    Pensar antes de gastar, perguntando-se o quanto aquele ob-

    jeto necessrio; eles orientam tambm a deixar em casa o

    talo de cheques e os cartes de crdito.

  • 16

    O objetivo desse questionrio proporcio-nar uma reflexo sobre o texto e a compreen-so de suas ideias principais.

    Respondidas as questes, proponha uma dis-cusso oral para que os alunos possam expor sua forma de pensar com relao ao texto.

    Oralidade (1)

    Responda s questes a seguir e depois dis-cuta suas respostas com os colegas.

    a) Os especialistas citados no artigo que voc leu afirmam que os jovens tendem a ser mais consumistas. Voc concorda? Por qu?

    Resposta pessoal. O aluno deve indicar as possveis razes

    para sua forma de pensar.

    b) Voc se identifica com os jovens consu-midores descritos nesse artigo? Por qu?

    Solicitou-se que o estudante relate um pouco da sua expe-

    rincia de consumo, falando sobre situaes vividas que ilus-

    tram como ele se relaciona com dinheiro.

    c) Segundo a compreenso que teve do texto e suas prprias opinies, como voc define um jovem consumista?

    Nessa questo, o aluno deve levar em conta o que o texto

    apresentou como elementos para denir um jovem consu-

    mista (a questo do status, do estar ligado a grupos de rapa-

    zes e moas) e suas prprias opinies, que podem acrescen-

    tar outros fatores aos j apresentados.

    Aps a leitura de algumas respostas na sala, discuta com eles o que acharam das ideias expostas.

    Trabalho em grupo (1)

    1. O professor vai recapitular com a classe algumas caractersticas de textos jornals-ticos, como notcias e reportagens. Anote o resumo dessa reviso no caderno.

    Algumas caractersticas so:

    tBQSFTFOUBJOGPSNBFTEFJOUFSFTTFQCMJDPtDPODFOUSBTFFNVNTBDPOUFDJNFOUPPVUFNBtVNBDPOUFDJNFOUPEFDBSUFS BUVBMPVEF SFQFSDVTTPna atualidade;

    tQSPDVSBBQSFTFOUBSPGBUPTPCEJGFSFOUFTQPOUPTEFWJTUBtBQSFTFOUBUUVMPRVFTJOUFUJ[BBJOGPSNBPtSFWFMBiWP[FTwEFQFTTPBTMJHBEBTBPBDPOUFDJNFOUPQBSBMIFdar veracidade;

    t I EJGFSFOUFT iWP[FTw DPMPDBOEPTF EFNBOFJSB EJGFSFOUFsobre o mesmo tema, para construir a sensao de objetivi-

    dade e imparcialidade;

    tVTPEFUFSDFJSBQFTTPBEPTJOHVMBSt VTP EF BTQBT PV PVUSBTNBSDBT EF JOUSPEVP EF iWP[FTalheias;

    tUUVMPTFNQSFOP1SFTFOUFEP*OEJDBUJWPtSFTQFJUPOPSNBQBESPTFNGPSNBMJEBEFFYDFTTJWB

    2. Voc e seus colegas de grupo vo procurar na internet (ou em outra fonte indicada pelo professor) outro texto jornalstico que apresente dados e/ou opinies sobre o consumismo entre os jovens do sculo XXI.Oriente os alunos a procurar um texto jornalstico que tra-

    te do tema do consumismo (pode ser feito no site de uma

    revista para jovens ou nos sites de jornais, por meio de fer-

    ramentas de busca, selecionando-se apenas os links que se

    originam de jornais, entre outras possibilidades). Se voc

    preferir, pode indicar um texto que considere apropriado e

    que j seja de seu conhecimento.

    3. Aps a seleo do texto, que dever ser trazido para a sala de aula, vocs devero elaborar perguntas sobre ele, semelhantes s que responderam sobre o artigo Jovens mquinas de consumo, de Lilian Burgardt. Anotem as questes e as respostas no ca-derno. O objetivo destacar as ideias mais importantes.Esse exerccio deve ser compreendido como uma forma de in-

    terpretao do texto que foi selecionado. Sob sua orientao, os

    alunos devem fazer perguntas sobre os aspectos mais importan-

    tes do texto (qual o assunto, algumas informaes fornecidas,

    opinio de pessoas citadas no texto sobre o assunto).

  • 17

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Professor, se achar necessrio, realize uma discusso oral ou uma roda de conversa com os alunos para que eles possam expor suas ideias a respeito do texto analisado.

    Se o texto for jornalstico, voc poder, recapitulando a 6a srie/7o ano, destacar tam-bm:

    f a importncia do ttulo; f a presena de um olho (ou subttulo); f a presena de dados estatsticos ou outras imagens;

    f a fala de pessoas que colaboraram para a

    elaborao do texto (as chamadas fon-tes, ou seja, pessoas que, em um texto jor-nalstico, do informaes sobre o fato ou assunto em questo);

    f as informaes principais apresentadas pelo prprio autor do texto (nesses mo-mentos, normalmente, no h opinies diretas, mas fatos ou informaes que per-mitem ao leitor tirar concluses sobre o tema abordado).

    4. Para facilitar a organizao das perguntas, analisem o texto escolhido e preencham o quadro a seguir.

    Ficha de Anlise

    Fonte da qual o texto foi retirado (nome do site, revista, jornal etc.)

    *OEJDBSBTJOGPSNBFTTPCSFBGPOUF

    Nome do autor do texto *OEJDBSPOPNFEPBVUPS

    Importncia do ttulo Comentar a importncia do ttulo, destacando que ele sintetiza o tema central.

    Presena e importncia do subttulo (se houver) Se houver subttulo, observ-lo como um detalhamento maior do ttulo.

    Presena e importncia de dados estatsticos ou outras imagens (se houver)

    Se houver dados estatsticos ou imagens, comentar as informa-es que eles acrescentam ao fato ou tema central.

    Contribuio da fala de pessoas que colabora-ram para a elaborao do texto

    Comentar os acrscimos ao fato ou tema dados pelas fontes men-cionadas no texto.

    Informaes relevantes que foram apresentadas pelo prprio autor do texto

    Destacar as informaes centrais dadas pelo jornalista, escritas em terceira pessoa, sem opinies expressas.

  • 18

    Professor, caso o texto no seja jornalsti-co, voc pode fazer as adaptaes que julgar necessrias.

    Oralidade (2)

    Faremos, a seguir, algumas sugestes para uma apresentao oral eficiente. Exponha-as aos alunos, de acordo com suas expectativas do que eles devero fazer.

    Voc poder, por exemplo, pedir que fa-am ensaios das apresentaes e, conforme os aspectos observados nessas atividades, co-ment-los com toda a sala.

    1. Cada grupo dever expor, oralmente, a anlise do texto que selecionou. Antes, o professor indicar alguns itens para uma boa apresentao oral. Anote-os no ca-derno.Sero indicados alguns itens, que voc deve selecionar se

    consider-los adequados a seu grupo de alunos.

    Aspectos pessoais e recursos audiovisuais

    t1FTTPBJTBQPTUVSBFPQPTJDJPOBNFOUPDPSQPSBJT JOUFSGF-rem na recepo do pblico. Dirigir o olhar e a fala para a

    plateia tambm auxilia na interao.

    t"VEJPWJTVBJTRVBOEPVTBSBMHVNBGPSNBEFSFQSPEVPUFY-tual, fundamental que o texto esteja legvel e sirva como apoio.

    Esses recursos, por si prprios, no produzem a apresentao, e

    servem apenas de apoio. Alm disso, no deve apresentar erros

    de ortograa, de acentuao, de diagramao etc.

    Aspectos verbais

    t3FHJTUSPBGBMBFNWJSUVEFEBTJUVBPEFJOUFSMPDVPNPT-tra-se s vezes menos formal do que a escrita. No entanto, opte

    sempre pelos usos da norma-padro, sem exageros (voc no

    precisa parecer erudito, tampouco deve usar grias).

    t"QSFTFOUBPEB QSPQPTUB JNQPSUBOUF RVF WPD TFapresente ao pblico, bem como o tema de sua apresen-

    tao. Alm disso, para facilitar o entendimento, pode-se

    sintetizar, antes do incio propriamente dito, o caminho

    que ser percorrido. Nada impede que, durante a apre-

    sentao, a cada novo momento, voc avise seus ouvintes

    de que outro tpico ser destacado.

    t 4FRVODJBEF SBDJPDOJP VNBBQSFTFOUBPEFWF UFSVNroteiro previamente estabelecido. Ao compor uma apresen-

    tao, organizamos uma srie de informaes sobre deter-

    minado assunto. Portanto, to importante quanto dominar o

    assunto saber como apresent-lo.

    t-FJUVSBTEFWFNTFSFWJUBEBTFTQFDJBMNFOUFEFUSFDIPTMPO-gos. Quando necessrio, faz-las de modo que possam ser

    acompanhadas pelo pblico (em transparncia, datashow

    ou cpia entregue a cada participante).

    Outros aspectos

    t$JUBPEFGPOUFTEFWFTFDJUBSBTGPOUFTEPTEBEPTFJOGPS-maes que sero apresentados na fala. Alm disso, sempre

    que um elemento for mencionado literalmente, deve apare-

    cer com a notao bibliogrca.

    t "QSFTFOUBP QSPHSBNBEB UPEB BQSFTFOUBP UFN VNBdurao. Portanto, fundamental estabelecer como a fala

    ser distribuda ao longo do tempo. Assim, seguindo o o de

    raciocnio, deve-se estabelecer a durao de cada parte.

    t *OUFSBP GBMBT FN HSVQP FN BMHVNBT TJUVBFT VNBapresentao feita por um grupo. Nesses casos, impor-

    tante organizar previamente a ordem e o momento de fala

    de cada um. Um recurso complementar nessa organizao

    PiQBTTBSBQBMBWSBwRVBOEPIPVWFSUSPDBEFPSBEPS*TTPJN-pede a sobreposio de falas, situao que deve ser evitada,

    porque pode gerar problemas de entendimento, demonstrar

    desorganizao, insegurana etc.

    2. Escrevam, no caderno, um roteiro para a exposio oral, levando em conta as orien-taes feitas pelo professor.O roteiro dever ser analisado por voc sob dois prismas:

    a) se as informaes gerais sobre o texto esto contempladas

    na apresentao;

    b) se os itens indicados para uma boa apresentao oral apa-

    recem na organizao do trabalho.

    3. Com o roteiro pronto, os grupos devem en-saiar para a apresentao. Durante os ensaios, cada grupo ser avaliado pela turma. A fina-lidade analisar a qualidade do trabalho para aperfeio-lo.Os prprios alunos devero avaliar as apresentaes, tendo

    em vista os critrios indicados no Exerccio 1.

    4. O professor organizar a anlise dos ensaios para que todos apontem os aspectos positi-vos e aqueles que devem ser melhorados.Por m, estimule a discusso sobre os pontos positivos e os

    aspectos a melhorar; em seguida, construa a sistematizao

    das caractersticas de uma boa apresentao.

  • 19

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Estudo da lngua

    Nesse momento, sugerimos que voc, pro-fessor, faa uma retomada do discurso citado, usando como referncia o texto Jovens mqui-nas de consumo, de Lilian Burgardt.

    1. No volume 1 da 7a srie/8o ano, foi estuda-do o tema discurso citado. Sem consultar suas anotaes anteriores, escreva o que recorda desse assunto.Faa uso do exerccio como forma de avaliao, acompa-

    nhando o processo de ensino e aprendizagem e, com base

    na anlise das respostas, observe o que est solidamente

    aprendido, o que precisa ser retomado etc. Nessa etapa, ser

    usada apenas a memria. No prximo exerccio, o aluno far

    essa retomada consultando e ressignicando suas anotaes.

    2. Em seguida, verifique seus registros sobre o tema. Releia-os e elabore um pequeno texto no caderno, explicando o que com-preendeu sobre discurso citado.Mais uma vez, utilize este exerccio como forma de avalia-

    o, acompanhando o processo de ensino e aprendizagem

    e, depois de uma anlise das respostas, observe o que est

    solidamente aprendido, o que precisa ser retomado etc. Nes-

    sa etapa, o aluno far essa retomada consultando e ressigni-

    cando suas anotaes.

    3. Retomando o texto Jovens mquinas de consumo, de Lilian Burgardt, copie, no ca-derno, dos pargrafos indicados pelo pro-fessor, falas de outras pessoas que apare-cem citadas no texto da jornalista.Agora, selecione os pargrafos que julgar pertinentes para

    RVFPT BMVOPT MPDBMJ[FNBT WP[FT DJUBEBTOP UFYUPEF -JMJBOBurgardt, fazendo o levantamento da presena do discurso

    citado em um texto jornalstico.

    Consideramos oportuna essa recapitula-o, pois o texto longo e repleto de citaes das opinies dos entrevistados. No question-rio proposto, fica subentendido que os alunos compreenderam quem diz cada coisa. Nesse sentido, aps a leitura inicial e antes de fazer as perguntas, voc pode pedir que indiquem quantos so os discursos citados e de quem so.

    Se considerar que o assunto ainda no est amadurecido, faa anlises semelhantes com outros textos do livro didtico. O obje-tivo de insistir em tal procedimento reforar essa estratgia de leitura e construo textual com os alunos, uma vez que parte significati-va da compreenso fica comprometida se as informaes no forem associadas s fontes indicadas.

    Produo escrita

    1. Escreva um dilogo entre dois amigos, em que eles falem sobre as profisses pelas quais tm interesse, a futura carreira etc.Oriente os alunos para a caracterizao das personagens,

    que pode ser feita em um enunciado introdutrio ao dilo-

    go, e para o objetivo do tema indicado.

    2. Escreva outro dilogo, agora entre um dos jovens e algum que est selecionando can-didatos para um emprego.*OEJRVFBRVBOUJEBEFEFMJOIBTRVFKVMHBSDPOWFOJFOUFQBSBPtamanho do texto. Voc deve ainda orientar para a caracteri-

    zao das personagens, que pode ser feita em um enunciado

    introdutrio ao dilogo, e para o objetivo do tema indicado.

    Outro aspecto importante nesse caso destacar que, agora,

    como a situao mais formal, eles devem car atentos para

    a forma como as personagens vo se expressar.

    3. Voc usou linguagens diferentes em cada um dos dilogos? Por qu?Acreditamos que sim, pois a primeira situao era informal, e

    a segunda era formal (o que deve ter reetido na linguagem

    em ambos os casos). Voc pode chamar a ateno, analisan-

    do alguns dilogos, para os usos diferenciados que os alunos

    zeram nas duas situaes.

    O objetivo reetir sobre os diferentes usos da linguagem

    em situaes de comunicao formal e informal. Amplie a

    reexo, solicitando que os alunos comentem os usos de

    linguagem mais adequados para situaes diversas, que eles

    mesmos podem indicar.

    Supomos que eles j faam as mudanas de registro necessrias; no entanto, independen-temente disso, voc precisar comentar que fundamental para uma boa comunicao que

  • 20

    os falantes faam uma adequao de sua fala e escrita situao em que esto inseridos.

    Se achar conveniente, crie situaes para que eles possam fazer pequenas dramatiza-es. Proponha um mesmo tema e insira-o em duas situaes diferentes, uma formal e outra informal, e permita que criem as falas. Depois, analise com a sala cada criao quanto ade-quao ao contexto comunicativo.

    possvel tambm analisar o registro ob-servando filmes, telenovelas, letras de msica e outros gneros. O fundamental que perce-bam o quanto o uso do registro (adequado ou inadequado) interfere na comunicao, uma vez que o uso imprprio pode gerar uma ava-liao depreciativa do interlocutor, mesmo que o que esteja sendo dito faa sentido.

    Sugesto de encaminhamento para o estudo do tema A imagem da juventude e dos idosos nos anncios publicitrios

    Trabalho em grupo (2)

    Professor, providencie revistas para a sala de aula que possam ser recortadas e pea aos alunos que tambm as tragam. Para essa ativi-dade, sugerimos a diviso em grupos.

    1. Organizados conforme as orientaes do professor, voc e seus colegas devero lo-calizar, em revistas, anncios publicitrios nos quais apaream somente jovens, ape-nas idosos, ou jovens e idosos.Oriente os alunos na seleo de anncios com esses trs

    grupos, que so o objeto dos temas do projeto. Observar o

    livro didtico e o acervo pessoal, indicar revistas e comen-

    tar algum anncio da televiso podem ser alternativas para

    o trabalho.

    2. Se houver mais de um anncio de cada tipo, vocs devero escolher um de cada modelo (seguindo apenas um critrio, o do gosto pessoal). Caso no localizem uma imagem de jovens e outra de idosos, escolham duas da mesma categoria.Nesse momento, os alunos devem apenas selecionar uma

    pea publicitria com a presena de idosos e outra com a

    presena de jovens (se no for possvel, podem repetir o

    mesmo grupo nas duas imagens).

    Se necessrio, professor, antes da anlise a seguir, selecione um anncio do livro didtico e recapitule com os alunos as caractersticas dos anncios publicitrios, presentes na Si-tuao de Aprendizagem 7 do volume 1 da 7a srie/8o ano.

    3. Analisem o anncio em que aparecem os jovens e preencham o quadro a seguir.

    Ficha de Anlise

    Qual o nome da revista? *OEJDBSPUUVMPEBSFWJTUBPVGPOUFEPBOODJP

    Qual o produto anunciado? *OEJDBSPQSPEVUPPVTFSWJPBOVODJBEP

    Qual o pblico-alvo? *OEJDBSPQCMJDPBMWP

  • 21

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    4. Analisem o anncio em que aparecem os idosos e preencham o quadro a seguir.

    Ficha de Anlise

    Qual o nome da revista? *OEJDBSPUUVMPEBSFWJTUBPVGPOUFEPBOODJP

    Qual o produto anunciado? *OEJDBSPQSPEVUPPVTFSWJPBOVODJBEP

    Qual o pblico-alvo? *OEJDBSPQCMJDPBMWP

    Quais elementos do texto (verbais ou no verbais) indicam o tipo de pblico

    a que o anncio se dirige?*OEJDBSQPSNFJPEFFMFNFOUPTEPUFYUPPQCMJDPBMWP

    Que recursos verbais foram utilizados para atrair o pblico-alvo?

    Segundo anlise dos alunos, que palavras chamam mais ateno do pblico-alvo?

    Que recursos no verbais foram utilizados para atrair o pblico-alvo?

    Segundo anlise dos alunos, que imagens chamam mais ateno do pblico-alvo?

    Quais elementos do texto (verbais ou no verbais) indicam o tipo de pblico a

    que o anncio se dirige?*OEJDBSQPSNFJPEFFMFNFOUPTEPUFYUPPQCMJDPBMWP

    Que recursos verbais foram utilizados para atrair o pblico-alvo?

    Segundo anlise dos alunos, que palavras chamam mais ateno do pblico-alvo?

    Que recursos no verbais foram utilizados para atrair o pblico-alvo?

    Segundo anlise dos alunos, que imagens chamam mais ateno do pblico-alvo?

  • 22

    5. No caderno, com base nos dados indicados nas fichas, apontem semelhanas e diferen-as entre os dois anncios.O objetivo da atividade , ao analisar os quadros, baseados

    em anncios para diferentes pblicos-alvo, apontar seme-

    lhanas e diferenas entre os anncios.

    Proponha uma apresentao oral dos da-dos observados pelas anlises. Voc poder desenvolver a mesma proposta do tema an-terior, O consumismo e os jovens no sculo XXI.

    Sugesto de encaminhamento para o estudo do tema A presena de grupos sociais historicamente discriminados nos anncios publicitrios

    Trabalho em grupo (3)

    Passo 1 Levantamento informal.

    Faam as atividades a seguir e, quando for o caso, registrem-nas individualmente no ca-derno.

    1. Observem anncios publicitrios na TV, em re-vistas, na internet etc. que apresentem grupos sociais historicamente discriminados, como mulheres, afrodescendentes e homossexuais.Essa atividade parte da vivncia dos alunos, do que eles ob-

    servam no cotidiano. Eles devem centrar-se no tema solici-

    tado e citar um exemplo, analisando qual imagem do grupo

    em questo parece ser construda.

    medida que eles se lembrarem de um anncio, escreva na lousa o nome e o tema (afrodescendente, mulher ou homossexual) e, a seguir, anote os comentrios que fizerem.

    2. Depois de analisar os anncios, discutam a questo: O tratamento dado pela publi-cidade a representantes desses grupos ain-da preconceituoso? Citem exemplos para cada um deles.Deve-se observar se os anncios analisados colocam os gru-

    pos indicados em situaes que induzem ao preconceito.

    Passo 2 Localizao dos grupos mencio-nados em um anncio.

    3. Localizem, em revistas sugeridas pelo pro-fessor, um anncio publicitrio em que aparea um dos trs grupos mencionados nas questes anteriores.Oriente os alunos a encontrar anncios com um dos trs gru-

    pos, que so objeto de temas do projeto. Observar o livro did-

    tico e o acervo pessoal, indicar revistas e comentar algum ann-

    cio da televiso podem ser alternativas para o trabalho.

    Passo 3 Anlise dos anncios selecionados.

    4. Analisem o anncio e preencham o quadro a seguir.

    Ficha de Anlise

    Qual o nome da revista? *OEJDBSPUUVMPEBSFWJTUBPVGPOUFEPBOODJP

    Qual o produto anunciado? *OEJDBSPQSPEVUPPVTFSWJPBOVODJBEP

    Qual o pblico-alvo? *OEJDBSPQCMJDPBMWP

  • 23

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Passo 4 Comparao de comentrios.

    5. Comparem os comentrios feitos por vocs para a Questo 1 com o que escreveram no quadro, estabelecendo diferenas e seme-lhanas entre o que discutiram e o que ana-lisaram no anncio recortado. Escrevam as concluses no caderno.O objetivo da atividade , ao analisar os quadros e as respos-

    tas baseadas na vivncia dos alunos, centrados em um dos

    trs pblicos-alvo, apontar semelhanas e diferenas entre

    os anncios.

    Passo 5 Proponha uma apresentao oral dos dados observados nas anlises. Voc pode-r seguir o mesmo procedimento do primeiro tema.

    Terminadas as discusses, a classe deve es-colher um dos temas apresentados. A escolha ser feita por meio de debate.

    Separe os alunos em grupos: os que prefe-rem o primeiro tema; os que optam pelo se-gundo; e, por fim, os que escolhem o terceiro tema. Pea aos participantes de cada grupo que indiquem os motivos que os levaram a es-colher aquele entre os temas apresentados.

    Coloque os argumentos na lousa, dividin-do-a em trs colunas. Depois que todos tive-rem opinado, proponha uma votao aberta ou secreta, de acordo com o que achar mais conveniente.

    Escolhido o tema, passemos para a prxi-ma fase: a seleo dos objetos para o evento, que se dar na prxima Situao de Aprendi-zagem.

    1. Seu grupo deve ter feito a apre-sentao oral do texto selecionado e pesquisado. Escreva uma avalia-

    o com base nos seguintes critrios:

    a) aspectos pessoais e recursos visuais (pos-tura, uso de recursos como cartazes etc.);

    b) aspectos verbais (falas adequadas si-tuao, clareza da apresentao da pro-posta, exposio lgica);

    c) outros aspectos (interao entre os membros do grupo, respeito ao tempo estipulado, citao de fontes).

    O prprio aluno dever, individualmente, avaliar a apresenta-

    o de seu grupo, tendo em vista as caractersticas indicadas.

    Quais elementos do texto (verbais ou no verbais) indicam o tipo de pblico

    a que o anncio se dirige?*OEJDBSQPSNFJPEFFMFNFOUPTEPUFYUPPQCMJDPBMWP

    Que recursos verbais foram utilizados para atrair o pblico-alvo?

    Segundo anlise dos alunos, que palavras chamam mais ateno do pblico-alvo?

    Que recursos no verbais foram utilizados para atrair o pblico-alvo?

    Segundo anlise dos alunos, que imagens chamam mais ateno do pblico-alvo?

    De que maneira os afrodescendentes, as mulheres ou os homossexuais so retratados no

    anncio? Expliquem.

    Segundo anlise dos alunos, qual a imagem construda do p-blico-alvo?

  • 24

    2. Faa os exerccios sobre discurso citado do livro didtico ou de outra fonte, indicados pelo professor. Anote no espao a seguir para no esquecer.

    preciso indicar aqui os exerccios complementares sobre

    discurso citado que julgar pertinentes.

    Aps a seleo do tema para o evento, os estudantes devero, organizados em gru-pos, pesquisar e selecionar objetos culturais em quatro categorias: msica, cinema, lite-ratura e pintura. Sero dados encaminha-mentos a cada uma das reas e, ao final

    dos trabalhos, espera-se que eles sintetizem estratgias de pesquisa, fruam textos cul-turais de diferentes naturezas e possam ter critrios para selecionar os objetos que con-siderarem mais atraentes para exibio no evento.

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 2 SELECIONANDO OBJETOS PARA O EVENTO CULTURAL

    Contedos e temas: procedimentos de pesquisa orientada; leitura de narrativas, com resumo dos fatos principais; ressignificao dos elementos da narrativa; seleo de objetos culturais ligados literatura, pintura, msica e ao cinema; organizao de informaes coletadas a partir de ficha indicada; sis-tematizao de procedimentos de pesquisa; ortografia; ponto e vrgula; acentuao.

    Competncias e habilidades: pesquisar e selecionar objetos culturais com base em tema e pblico-alvo; resumir narrativas e texto expositivo; fruir objetos culturais; organizar informaes usando ficha de orientao; sistematizar conhecimento de procedimentos de pesquisa.

    Sugesto de estratgias: Situao de Aprendizagem articulada com as demais do mesmo volume e atraente para a faixa etria; exposio a situaes de discusso coletiva; pesquisa dirigida; produo de fichas a partir da anlise de objetos culturais; retomada de contedos vistos em outra srie/ano; uso de diferentes fontes de informao para realizar pesquisa.

    Sugesto de recursos: fichas; televiso e DVD; sinopses de filmes; letras de msica; caderno; revistas; livro didtico; internet.

    Sugesto de avaliao: preenchimento de fichas de anlise coerentes com o que foi pedido; seleo de objetos culturais pertinentes ao tema e ao pblico do evento; produo de sistematizao dos procedi-mentos de pesquisa; participao nas atividades de pesquisa.

    Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem 2

    Nessa Situao, o foco ser selecionar os ob-jetos que faro parte do evento, ou seja, textos verbais, imagens, filmes, msicas etc. Na Situa-o anterior, havia a opo de organizar toda a sala em torno de um nico tema ou de dividir os temas entre os grupos. O mesmo tema escolhido

    na seo anterior ser o eixo que organizar as pesquisas dessa Situao de Aprendizagem.

    Nesse sentido, o objetivo das pesquisas que sero propostas estimular os estudantes a encontrar livros, filmes, pinturas ou msicas que sejam, de alguma forma, relacionados ao tema escolhido. Muitas vezes, a relao pode no ser direta.

  • 25

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Se a escolha for, por exemplo, O consu-mismo e os jovens no sculo XXI, consi-deramos que qualquer objeto relacionado anteriormente que se encaixar nesse tema poder ser compreendido como pertinente para ser exposto no evento. Assim, poss-vel que os estudantes encontrem uma pintura interessante que retrate o consumo, mas no necessariamente o dos jovens. Eles podero tambm conseguir uma msica que fale so-bre a juventude dos dias atuais. Ambos os objetos apresentam coerncia para ser expos-tos no evento, embora no tratem, de forma especfica, do tema abordado. O mesmo pro-cedimento poder ser utilizado com os ou-tros temas possveis.

    Seja qual for sua escolha, sugeriremos aqui um caminho para o levantamento de refern-cias culturais ligadas a um tema.

    Aspecto fundamental

    Quando os estudantes comearem a sele-cionar os objetos culturais para o evento, de-vero levar em conta dois pontos:

    f o tema escolhido na Situao de Aprendi-zagem anterior;

    f o pblico-alvo (acreditamos que o evento seja dirigido aos prprios alunos ou a gru-pos de sua faixa etria).

    Voc j deve, nesse momento, ter clare-za de como considera mais indicado fazer a organizao desse evento. Converse com seus colegas da rea e decidam o que pa-recer mais adequado. Aps a deciso, co-munique aos alunos como ser o evento em termos de:

    f durao; f pblico-alvo; f possibilidade de usar recursos como r-dio, televiso, aparelho de DVD, entre outros.

    Alm de estabelecer coerncia entre o tema e a sequncia de trabalho desenvolvidos, a se-leo de materiais para o evento tem outros dois objetivos:

    f inserir os estudantes em uma situao de pesquisa cujos resultados so objetos de cultura que podem ser frudos por eles;

    f ampliar o repertrio cultural dos alunos.

    Para organizar a sequncia de aes, vamos propor pesquisas sobre as quatro grandes reas culturais: msica, cinema, literatura e pintura.

    Caminhos de pesquisa para a seleo de filmes

    Na escola h vrios filmes e o aluno poder consult-los, relacionar os de seu interesse e pe-dir sugestes a outros professores dos ttulos que possam ser atraentes para o pblico-alvo e tratar, mesmo que parcialmente, do tema selecionado.

    Tendo em vista o tema escolhido pelo gru-po, os alunos podero ainda acessar a internet e pesquisar ttulos de filmes em sites especficos de cinema. Nesse caso, para agilizar a busca, sugira que refinem a pesquisa com alguns critrios:

    f gnero de filme (comdia, drama, fico cientfica etc.; nos buscadores de sites es-pecializados, essas categorias j esto dis-ponveis);

    f censura (esse um bom indicador se o fil-me minimamente adequado ou no fai-xa etria).

    Depois que os alunos fizerem esse primeiro recorte, podero ler os ttulos. Os que se inte-ressarem devero ler tambm a sinopse es-pcie de resumo promocional que conta um pouco da histria, mas deixa o leitor com von-tade de ver o filme.

    Tambm podero seguir esse processo vi-sitando uma locadora e pedindo, inclusive, ajuda para as pessoas que trabalham no atendi-

  • 26

    mento. Se, em sua cidade, houver uma livraria grande que tenha DVDs, possvel encontrar ttulos e pessoas especializadas na rea que po-dem ajudar.

    Uma ltima sugesto: os alunos podero en-trar em um site especfico de cinema ou em um site de revista ou jornal (ou ainda adquirir um jornal ou revista impressos) e entrar em contato, por e-mail, com um crtico de cinema. Atual-mente, as pessoas que assinam crticas de filmes e de outras obras, em veculos de comunicao de massa como esses, fornecem muitas vezes, ao final da coluna, seu e-mail de contato. Oriente os alunos a escrever a um deles, explicando qual o trabalho que est sendo feito e o que desejam.

    A partir dessa seleo de filmes, eles de-vero levar trs ou quatro ttulos, assistir em casa e selecionar dois, tendo em vista os cri-trios que sero apontados na ficha a seguir.

    Trabalho em grupo: selecionando filmes

    1. Tomando por base o tema indicado para o evento, voc e seus colegas devero pes-quisar dois filmes que tenham relao com o tema e sejam atraentes para o p-blico-alvo. Vocs podem procur-los em sites especficos de cinema, com a ajuda do professor, ou ainda escrever para um crtico de cinema (vocs podem encontrar o e-mail de alguns deles na verso impres-sa ou nos sites de jornais ou revistas) etc. Anotem o ttulo dos filmes pesquisados no caderno.Os alunos devem selecionar dois lmes que, de alguma for-

    ma, se relacionem com o tema do projeto.

    2. Depois de assistir aos dois filmes selecio-nados, preencham as fichas de anlise a seguir.

    Ficha de Anlise

    Ttulo do filme escolhido. *OEJDBSPUUVMPEFVNEPTmMNFTFTDPMIJEPT

    Resumo, em linhas gerais, da histria que o filme conta.

    Resumir, em linhas gerais, os acontecimentos da trama.

    Tema principal abordado no filme. Reetir e indicar qual parece ser o tema central do lme.

    Qual a relao do filme com o tema do evento? Expliquem.

    Explicar de que forma o lme pertinente ao tema do projeto.

    Qual(is) elemento(s) torna(m) esse filme interessante para o pblico-alvo?

    Apontar elementos do lme que o tornam interessante para o p-blico-alvo. Centrar no verbal.

    Quais recursos no verbais foram utilizados para atrair o pblico-alvo?

    Apontar elementos do lme que o tornam interessante para o p-blico-alvo. Centrar nas imagens.

  • 27

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Caminhos de pesquisa para a seleo de texto literrio

    Para a seleo de um texto literrio perti-nente ao tema escolhido, vamos indicar alguns caminhos. Para qualquer um deles, sugerimos uma ficha que dever ser preenchida pelos alunos aps a leitura de trs ou quatro textos selecionados pelo grupo a partir da pesquisa.

    No caso da leitura e da seleo de textos li-terrios, no necessrio que os alunos, obri-gatoriamente, leiam um livro inteiro. A seleo poder ser feita a partir de textos de menor di-menso (tamanho), como contos ou crnicas.

    Nesse momento, no nosso objetivo que os alunos estudem, de forma sistemtica, esses gneros. Ento, para que faam as pesquisas, explique que o texto dever ser de fico e po-der ter o tamanho comum dos textos que so apresentados nos livros didticos, ou seja, no precisa ser extenso.

    Se achar pertinente, faa uma recapitula-o dos elementos da narrativa usando total ou parcialmente a Situao de Aprendiza-gem 6 do volume 1 da 5a srie/6o ano, intitu-lada Sistematizao. Nela, voc encontrar uma reviso dos elementos da narrativa, que poder ser usada para retomar o assunto nes-te momento da 7a srie/8o ano.

    Um primeiro encaminhamento de pesquisa poder ser feito no prprio livro didtico dos alunos. Pea que observem o ndice e localizem os textos usados para os estudos de interpre-tao de textos (devem estar em uma seo especfica, presente em todos os captulos). Proponha que observem os ttulos e, com base neles, selecionem textos que apresentem algu-ma conexo com o tema proposto.

    Pea que leiam alguns desses textos e es-colham, entre trs ou quatro, dois que consi-

    derarem mais interessantes e pertinentes ao tema. Na sequncia, eles devero preencher a ficha de anlise exposta anteriormente.

    Se voc j tiver um bom conhecimento das histrias presentes no livro didtico, selecio-ne algumas que achar pertinentes e sugira aos alunos que, entre elas, faam suas escolhas.

    Esse trabalho tambm poder ser feito na Sala de Leitura da escola ou em uma livraria da cidade, com a orientao de um profissional. Outra possi-bilidade orientar os alunos a escrever para uma grande livraria, por e-mail, e pedir indicaes.

    Trabalho em grupo: selecionando narrativas

    1. Voc e seus colegas devero pesquisar duas narrativas que se relacionem ao tema indicado para o evento e que possam ser atraentes para o pblico-alvo. Se for ne-cessrio, para que a seleo dos textos seja mais eficiente, o professor poder recapitu-lar as caractersticas dos textos narrativos. No caderno, escreva as informaes apre-sentadas.Histrias criadas que apresentam o desenvolvimento de cin-

    co elementos: tempo, espao, foco, personagens e enredo.

    Destacamos ainda o desenvolvimento de uma intriga elabo-

    rada, preocupada em estimular o imaginrio do leitor.

    2. Vocs podem procurar as narrativas no livro didtico, em bibliotecas, livrarias, in-ternet etc., sempre seguindo as orientaes do professor. Se for necessrio, solicitem o auxlio dos profissionais dos locais que vi-sitarem. Ao final da pesquisa, registrem o ttulo das histrias selecionadas.Os alunos devem selecionar duas narrativas que, de alguma

    forma, se relacionem com o tema do projeto. O enunciado

    da questo d algumas sugestes de busca.

    3. Depois de ler as duas narrativas seleciona-das, preencham as fichas de anlise a seguir.

  • 28

    Ficha de Anlise

    Ttulo da cano escolhida. *OEJDBSPUUVMPEFVNBEBTDBOFTTFMFDJPOBEBT

    Tema principal abordado na cano. Reetir sobre o assunto abordado e indicar qual parece ser o tema central da cano.

    Qual a relao da cano com o tema do evento? Expliquem.

    Explicar de que forma a cano pertinente ao tema do projeto.

    Caminhos de pesquisa para seleo de msicas

    Os caminhos para seleo de msicas se-guem, de forma aproximada, os procedi-mentos empregados nas pesquisas anteriores (levantamento de canes e ficha de anlise). Nesse tema, em especfico, como os alunos costumam ter repertrio musical, voc pode iniciar estimulando esse conhecimento prvio. O critrio principal analisar se as msicas propostas so adequadas ao tema e pertinen-tes para a apresentao em sala.

    Trabalho em grupo: selecionando canes

    Ficha de Anlise

    Ttulo do texto escolhido. *OEJDBSPUUVMPEFVNBEBTOBSSBUJWBTTFMFDJPOBEBT

    Resumo, em linhas gerais, da histria que o texto conta.

    Resumir, em linhas gerais, os principais acontecimentos da intriga.

    Tema principal abordado no texto. Reetir sobre o assunto abordado e indicar qual parece ser o tema central da histria.

    Qual a relao do texto com o tema do evento? Expliquem.

    Explicar de que forma a narrativa pertinente ao tema do projeto.

    Qual(is) elemento(s) torna(m) esse texto interessante para o pblico-alvo?

    Apontar elementos da narrativa que a tornam interessante para o pblico-alvo. Centrar no verbal.

    1. Voc e seus colegas devero pesquisar duas canes que tenham relao com o tema indi-cado para o evento e que sejam atraentes para o pblico-alvo. Vocs podem procur-las par-tindo de seu prprio repertrio, em sites espe-cficos de letras de msica, escrevendo para um crtico musical (vocs podem encontrar o e-mail de alguns deles na verso impressa ou nos sites de jornais ou revistas) etc. Anotem o ttulo das canes pesquisadas no caderno.Os alunos devem selecionar duas canes que, de alguma

    forma, se relacionem com o tema do projeto. O enunciado

    da questo d algumas sugestes de busca.

    2. Depois de ouvir as duas canes seleciona-das, preencham as fichas de anlise a seguir.

  • 29

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Caminhos de pesquisa para a seleo de pinturas

    Para a pesquisa baseada na pintura, va-mos indicar um subtema. Na sequncia, voc

    1. Leia o texto a seguir.

    Saiba o que pop arte

    Pop art a abreviao do termo ingls popular art (arte popular). No significa arte feita pelo povo, mas produzida para o consumo de massa.

    A pop arte nasceu na Inglaterra no nos Estados Unidos, como se imagina no incio dos anos 50.A ideia de pintores como Richard Hamilton, um dos pioneiros do novo estilo, era trazer para a arte

    imagens da propaganda, do cinema e da televiso.Todos esses meios comearam a forjar um novo mundo depois da Segunda Guerra (1939-1945),

    alterando a vida cotidiana e a imagem das cidades.Era esse novo mundo que os ingleses comearam a levar para as telas.Foi nos Estados Unidos, no entanto, que a pop arte iria encontrar seus melhores tradutores, como

    Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, George Segal e James Rosenquist.Todos trabalham com imagens que at o incio dos anos 60 no eram consideradas dignas de en-

    trarem no universo da arte.Warhol, o artista-smbolo da pop arte, pinta garrafas de Coca-Cola, latas da sopa Campbell ou

    retratos de Marilyn Monroe.Roy Lichtenstein amplifica em seus painis cenas tiradas de histrias em quadrinhos.Oldenburg faz esculturas em bronze de objetos banais, como o telefone e a mquina de escrever.At hoje a pop arte provoca discusses acirradas entre crticos. Parte deles considera que pouco

    mais que uma variante da publicidade alienante, venal e suprfluo.Outra faco v na pop arte uma crtica ao consumismo desenfreado e ao vazio das imagens pro-

    duzidas pela propaganda.

    Saiba o que pop arte. Folha de S.Paulo, 4 out. 1996.

    Disponvel em: . Acesso em: 25 nov. 2013.

    Qual(is) elemento(s) torna(m) essa cano interessante para o pblico-alvo?

    Apontar elementos da cano que a tornam interessante para o pblico-alvo.

    Quais recursos sonoros foram utilizados para atrair o pblico-alvo?

    Apontar elementos da cano que a tornam interessante para o pblico-alvo.

    encontrar a definio de pop arte expresso artstica iniciada nos anos 1950 e muito relacio-nada ao universo da publicidade e da cultura de massa e algumas atividades de leitura so-bre o texto.

  • 30

    Como orientao para a produo do re-sumo, pea aos alunos que grifem, em cada pargrafo, a informao nova acrescentada. possvel, ainda, depois dessa primeira leitura, solicitar que dividam as informaes em dois grupos:

    a) No texto, h informaes que acrescen-tam algo ao que foi dito anteriormente nesse mesmo texto e outras que ainda no tinham sido apresentadas. Sublinhe apenas as novas informaes.

    Apesar de o texto como um todo tratar da pop arte, nos trs

    primeiros pargrafos temos trs informaes:

    tPop arte arte produzida para o consumo de massa, mas no uma arte feita pelo povo denio da origem do

    termo.

    t"pop arteOBTDFVOB*OHMBUFSSBOPJODJPEPTBOPTEF local e data do incio dessa expresso artstica.

    t3JDIBSE)BNJMUPOVNEFTFVTQJPOFJSPTJOUSPEV[JVOBBSUFimagens da propaganda, do cinema e da televiso.

    No sexto pargrafo h nova informao, com a indicao do

    nome de artistas relevantes da pop arte e seu local de ori-

    gem:

    t i'PJ OPT &TUBEPT6OJEPT OP FOUBOUP RVF B QPQ BSUF JSJBencontrar seus melhores tradutores, como Andy Warhol,

    3PZ -JDIUFOTUFJO $MBFT0MEFOCVSH (FPSHF 4FHBM F +BNFTRosenquist.

    H ainda outra nova informao no penltimo pargrafo:

    ti"UIPKFBQPQBSUFQSPWPDBEJTDVTTFTBDJSSBEBTFOUSFDSUJDPTw

    Para voc, professor:

    Vamos observar os cinco primeiros par-grafos do texto, para exemplificar.

    f Pop art a abreviao do termo ingls popular art (arte popular). No significa arte feita pelo povo, mas produzida para o consumo de massa.

    f A pop arte nasceu na Inglaterra no nos Estados Unidos, como se imagina no incio dos anos 50.

    f A ideia de pintores como Richard Hamilton, um dos pioneiros do novo estilo, era trazer

    para a arte imagens da propaganda, do cine-ma e da televiso.

    f Todos esses meios comearam a forjar um novo mundo depois da Segunda Guerra (1939-1945), alterando a vida cotidiana e a imagem das cidades.

    f Era esse novo mundo que os ingleses come-aram a levar para as telas.

    Apesar de o texto como um todo tratar da pop arte, nos trs primeiros pargrafos temos trs informaes:

    f a pop arte produzida para o consumo de massa, mas no uma arte feita pelo povo definio da origem do termo;

    f a pop arte nasceu na Inglaterra, no comeo dos anos 50 local e data do incio dessa expresso artstica;

    f Richard Hamilton, um de seus pioneiros, introduz na arte imagens da propaganda, cinema e televiso influncias com as quais a expresso se desenvolve.

    b) Com caneta de outra cor, sublinhe as in-formaes que acrescentam um aspecto novo a algo j dito no texto.

    /PTQBSHSBGPTFIOPWBT JOGPSNBFTBUSFMBEBTNBJTdiretamente ao que j foi dito nos pargrafos 1, 2 e 3. As-

    sim, as expresses Todos esses meios retoma propaganda,

    cinema e televiso e Era esse o novo mundo retoma um

    OPWPNVOEPEFQPJTEB4FHVOEB(VFSSBwOPWBJOGPSNBPintroduzida no quarto pargrafo.

    +OPTQBSHSBGPTFIBSFUPNBEBEPTBSUJTUBTNFO-cionados no pargrafo 6. Por m, no pargrafo 12, h a re-

    tomada da crtica, apontando outro grupo que analisa de

    forma diferente a pop arte.

    Seguindo essa mesma lgica, pea aos alunos que resumam o texto, relacionando suas ideias principais e secundrias. Lembre-os de que h vrios termos em um texto que estabelecem co-nexo com o que j foi dito, muitas vezes abrindo pargrafos para subdividir um mesmo bloco de informao, como ocorreu no exemplo analisado.

  • 31

    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Outra possibilidade pedir a colaborao do professor de Arte, para que ele possa suge-rir alguma forma de expresso ou artista que, de certa maneira, possa estar relacionado ao tema escolhido.

    Reiteramos que no foram dadas sugestes de obras predeterminadas, uma vez que o objetivo central da atividade a pesquisa. Assim, mesmo que os alunos no tenham conseguido selecionar objetos totalmente pertinentes ao tema, funda-mental que tenham passado pelo processo de le-vantamento de dados, seleo e escolha.

    Trabalho em grupo: selecionando pinturas da pop arte

    1. Observem as imagens trazidas sobre a pop arte e escolham trs que vocs consideram mais interessantes. Justifiquem sua escolha no caderno.Caso considere essa busca muito difcil, voc pode indicar

    uma fonte na internet ou reunir algumas imagens e dis-

    ponibiliz-las para os alunos. Nesse caso, voc pode pedir

    uma pesquisa sobre informaes das imagens seleciona-

    das pelo autor e o ttulo. necessrio mais do que trs

    imagens. Eles devero selecionar, nesse momento, apenas

    por critrio de gosto, justificando uma razo para cada

    imagem destacada.

    2. Tendo as imagens como referncia, discu-tam: O que indica sua ligao com o uni-verso da televiso, da propaganda ou do cinema?Acreditamos que qualquer imagem de pop arte se re-

    laciona, de alguma forma, a algum elemento da comu-

    nicao de massa. Voc pode ajud-los, caso existam

    conexes que os alunos desconheam (como a famo-

    sa imagem das sopas Campbell, de Andy Warhol, talvez

    desconhecida para os alunos). A pesquisa sobre as obras

    pode auxiliar no processo.

    3. Depois da discusso, registrem no caderno como cada uma das imagens se relaciona com a pop arte.

    Resposta pessoal, mas espera-se que haja coerncia com as

    imagens apresentadas.

    Professor, preciso ressaltar que os cami-nhos para a pesquisa da informao consti-tuem uma aprendizagem significativa desta Situao. Alis, a opo de trocar uma das reas culturais por outra que no tenha sido sugerida totalmente pertinente.

    Insistimos, ainda, que o objetivo desses encaminhamentos no dar a lista de ttu-los pronta, mas ensinar o aluno a pesquisar. Entendemos que eles devem pesquisar em diferentes fontes, no necessariamente na es-cola. Voc pode organizar uma aula na Sala de Leitura, outra na sala de informtica para utilizao de sites de busca e outra ainda com visitas ( locadora, a uma exposio, a um museu ou livraria) ou consultas por e--mail. Sabemos que nem sempre as propostas so realizveis em todos os contextos, assim sugerimos um caminho que possa ser vivel mesmo com poucas condies de sada para pesquisa.

    Uma sugesto de encaminhamento sema-nal seria:

    f propor a leitura e o resumo individual no caderno do texto Saiba o que pop arte. Voc pode iniciar com eles o resumo e pe-dir que concluam, como tarefa;

    f selecionar os textos literrios pelo ndice do livro didtico, fazer as leituras e entre-gar a ficha no final da aula. Como tarefa, pea aos alunos que procurem ttulos de filmes e que cada um traga quatro sinopses para a sala de aula;

    f solicitar a leitura das sinopses em classe, a seleo dos dois filmes que paream mais interessantes e o preenchimento da ficha. Pergunte o que mais chamou a ateno de-les e, se possvel, exiba um dos filmes indi-cados na sala de aula;

  • 32

    f propor como tarefa que eles pesquisem m-sicas pertinentes ao tema e tragam uma letra para a prxima aula. Essas tarefas so indivi-duais. Assim, mesmo que nem todos tragam o material, bem provvel que os grupos te-nham pelo menos um texto para o trabalho;

    f sugerir a anlise das letras de msica em sala, com preenchimento das fichas e seleo de duas para o evento. Como tarefa, pea que visitem uma locadora ou livraria em busca de outra referncia cultural, em uma das quatro reas indicadas. Oriente-os a levar as fichas e preencher os dados que conseguirem.

    Na sequncia, comente em sala os resulta-dos. Estimule-os a falar do processo de busca, das impresses que tiveram do lugar, de como conseguiram as informaes.

    1. Com o objetivo de sistematizar alguns conhecimentos sobre pes-quisa desenvolvidos nesta Situao

    de Aprendizagem, responda s questes a seguir.

    a) O que voc faria se precisasse encontrar um filme que se refere aos animais?

    b) E um livro?

    c) E uma cano?

    d) E uma pintura?a) a d). Acreditamos que, para os diferentes temas indicados

    nos itens (a), (b), (c) e (d), os alunos indiquem fontes de pes-

    quisa diferentes, dadas as especicidades de cada suporte.

    Pode ser tambm que diferentes procedimentos, que sirvam

    para variadas pesquisas, apaream diludos nos itens. No

    consideramos essa diluio um problema nesse momento.

    e) As respostas que voc deu se aplicam a outros tipos de pesquisa? Cite dois exemplos.

    Esperamos que os alunos avancem rumo sistematizao e

    observem que uma mudana de tema no levaria, necessa-

    riamente, a mudanas de procedimento.

    2. O professor far, com a turma, um quadro de sistematizao de procedimentos para pesquisa. Anote-o no caderno.Esperamos que os alunos apontem:

    tBCVTDBPSJFOUBEBDPNCBTFFNVNUFNBtPVTPEFEJGFSFOUFTGPOUFTEFJOGPSNBPOEJDFTSFTVNPTOP-mes de autores, de obras, repertrio pessoal, visitas a livrarias, lo-

    cadoras, sites de internet, e-mail, biblioteca, ajuda de especialista);

    tP SFmOBNFOUPEBCVTDB TFHVOEPPT DSJUSJPT GPSOFDJEPT(no caso, os itens das chas);

    tBTFMFPEBTJOGPSNBFTUPNBOEPTFQPSCBTFPTPCKFUJWPTEBpesquisa (no caso, pertinncia ao tema e interesse do pblico).

    Se no chegarem a esses elementos, voc poder apont-los e mostrar cada um nas ati-vidades feitas durante a semana. possvel tambm escolher outro caminho para a reali-zao das pesquisas. Ressaltamos, no entanto, que, seja qual for o caminho adotado, alguns pontos no devem ser esquecidos:

    f a pesquisa o centro dessa atividade e como faz-la o ponto principal. No pertinente, portanto, trazer todo o material previamen-te selecionado. Com essa opo, faramos apenas outro exerccio de anlise de texto, igual aos dos livros didticos. Se o objetivo pesquisar, deveremos, mesmo com pequenos resultados, orientar os alunos a fazer isso e trabalhar com os dados que conseguirem;

    f na seleo das reas, voc poder fazer mudanas. Mas importante garantir que haja diversidade e que os alunos entrem, por meio dessas pesquisas, em contato com obras de diferentes naturezas que possam ser frudas pelo grupo.

    Estudo da lngua

    O estudo ortogrfico assunto de qualquer momento da aprendizagem e no est associado a um gnero ou tipologia especficos. Apresenta--se, no entanto, como um tema difcil e recorren-te em sala de aula, uma vez que, durante anos da tradio escolar, foi considerado assunto ex-clusivo do Ensino Fundamental Anos Iniciais.

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    Lngua Portuguesa 7a srie/8o ano Volume 2

    Palavra com problema ortogrfico Regra usada para lembrar como escrev-la

    Vamos sugerir algumas estratgias de abordagem do assunto, tendo em vista que o professor de Lngua Portuguesa no , neces-sariamente, um especialista em alfabetizao e possa, nesse sentido, pensar em intervenes diferenciadas dessa fase de escolarizao.

    Inicialmente, sugerimos que voc recolha trs textos de cada um dos alunos (que j te-nham sido corrigidos por voc e nos quais te-nha marcado os erros de ortografia de modo que possa identific-los) e pea a eles que res-pondam s seguintes questes.

    Faa estas atividades no caderno.

    1. O professor mostrar exemplos de textos que apresentam palavras com ortografia incorreta. Tendo-as como base, respon-da:Professor, voc pode selecionar fragmentos ou textos da sala

    ou de outra classe com a permisso dos autores e des-

    tacar questes ortogrcas que sejam comuns na turma.

    necessrio escrev-los na lousa, para que os alunos possam

    copi-los. Se considerar oportuno, faa a interveno com

    eles na lousa e pea que respondam s questes e s copiem

    o texto aps a correo.

    a) Observando minhas produes de tex-to, noto que apresento problemas orto-grficos?

    O aluno deve destacar, numericamente, quantos so os pro-

    blemas apresentados.

    b) So problemas com palavras diferentes ou sempre com as mesmas palavras? Quais so elas?

    O aluno deve destacar as palavras em que h problemas de

    ortograa.

    c) Qual o tipo de problema mais frequente? Por exemplo, h troca das letras S por Z, L por U, G por J? As letras maisculas so usadas adequadamente? H palavras separadas de maneira incorreta?

    O aluno deve selecionar os tipos de problema identicados

    de acordo com a orientao da pergunta.

    d) Consulte uma gramtica normativa ou outro material indicado pelo professor que contenha regras bsicas de orto-grafia, j considerando o novo Acor-do Ortogrfico da lngua portuguesa. Corrija cada palavra que apresentou problemas de ortografia e anote a regra que estabelece a grafia correta.

    O aluno deve tentar criar uma regra para xar a ortograa das

    palavras apresentadas, conforme o exemplo.

    2. Com base nas respostas e sob a orientao do professor, organize uma tabela seme-lhante que vem a seguir:

    De acordo com as respostas dos itens (a), (b), (c) e (d), os alu-

    nos montaro uma visualizao dos problemas ortogrcos

    observados, bem como as regras para interveno, organi-

    zando-os na cha.

    3. Depois de copiar a ficha, observe um texto seu e indique se h algum dos pro-blemas ortogrficos apontados nela. Corrija-o(s).

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    Voc deve selecionar uma das produes escritas dos alunos

    e solicitar que cada um observe, com base nos problemas

    ortogrcos estudados, os que aparecem em seus registros.

    Essa ficha dever ser consultada em outras produes textuais dos alunos.

    Esse procedimento precisar ser feito no apenas nessa Situao de Aprendizagem, mas algumas vezes durante o ano, para que os alu-nos possam intervir em seus problemas orto-grficos de forma sistemtica.

    4. Com os exemplos observados nas ativida-des anteriores e em outros momentos, o professor far um quadro com a correo dos principais