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Caro(a) aluno(a), Para viver no mundo atual com qualidade de vida é preciso ter cada vez mais conhecimentos, respeitar valores e desenvolver atitudes positivas em relação a si e aos outros. Os conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo da história são um valioso tesouro que nos permite compreender o mundo que nos cerca, interagir com as pessoas, tomar decisões... Ler, observar, registrar, analisar, comparar, refletir e expressar-se são algumas formas de compartilhar esse tesouro. Este material foi preparado especialmente para ajudar você a entender esses co- nhecimentos e utilizá-los com competência nas diferentes linguagens: oral, escrita, imagética, sonora e corporal, como forma de conhecer a si mesmo, a sua cultura e o mundo em que vive. Familiarizar-se com as diferentes linguagens e saber usá-las adequadamente é dar sentido às relações que estabelecemos com o outro e com o mundo. Quando nos expressamos, construímos cultura e nos apropriamos das manifestações culturais, além de atuarmos como sujeitos produtivos na sociedade contemporânea. Com este Caderno, você poderá ampliar suas possibilidades de reflexão sobre a vida e as relações humanas, que se expressam de diferentes maneiras no cotidiano e nas obras literárias e artísticas, o que lhe permitirá apreciar e aproveitar os bene- fícios do conhecimento. Aprender exige esforço e dedicação, mas também envolve curiosidade e criati- vidade, que estimulam a troca de ideias e conhecimentos. Por isso, sugerimos que você participe das aulas, fique atento às explicações do professor, faça anotações, exponha suas dúvidas, não tenha vergonha de fazer perguntas, procure respostas e dê sua opinião. Caso precise, peça ajuda ao professor. Ele pode orientá-lo sobre o que estudar e pesquisar, como organizar os estudos e onde buscar mais informações sobre um assunto. Reserve todos os dias um horário para fazer as tarefas e rever os conteúdos; assim você evita que eles se acumulem. E, principalmente, ajude e peça ajuda aos colegas. A troca de ideias é fundamental para a construção do conhecimento. Aprender pode ser muito prazeroso. Temos certeza de que você vai descobrir isso. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Equipe Técnica de Linguagens e Códigos

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Caro(a) aluno(a),

Para viver no mundo atual com qualidade de vida é preciso ter cada vez mais conhecimentos, respeitar valores e desenvolver atitudes positivas em relação a si e aos outros.

Os conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo da história são um valioso tesouro que nos permite compreender o mundo que nos cerca, interagir com as pessoas, tomar decisões... Ler, observar, registrar, analisar, comparar, refletir e expressar-se são algumas formas de compartilhar esse tesouro.

Este material foi preparado especialmente para ajudar você a entender esses co-nhecimentos e utilizá-los com competência nas diferentes linguagens: oral, escrita, imagética, sonora e corporal, como forma de conhecer a si mesmo, a sua cultura e o mundo em que vive.

Familiarizar-se com as diferentes linguagens e saber usá-las adequadamente é dar sentido às relações que estabelecemos com o outro e com o mundo. Quando nos expressamos, construímos cultura e nos apropriamos das manifestações culturais, além de atuarmos como sujeitos produtivos na sociedade contemporânea.

Com este Caderno, você poderá ampliar suas possibilidades de reflexão sobre a vida e as relações humanas, que se expressam de diferentes maneiras no cotidiano e nas obras literárias e artísticas, o que lhe permitirá apreciar e aproveitar os bene-fícios do conhecimento.

Aprender exige esforço e dedicação, mas também envolve curiosidade e criati-vidade, que estimulam a troca de ideias e conhecimentos. Por isso, sugerimos que você participe das aulas, fique atento às explicações do professor, faça anotações, exponha suas dúvidas, não tenha vergonha de fazer perguntas, procure respostas e dê sua opinião.

Caso precise, peça ajuda ao professor. Ele pode orientá-lo sobre o que estudar e pesquisar, como organizar os estudos e onde buscar mais informações sobre um assunto. Reserve todos os dias um horário para fazer as tarefas e rever os conteúdos; assim você evita que eles se acumulem. E, principalmente, ajude e peça ajuda aos colegas. A troca de ideias é fundamental para a construção do conhecimento.

Aprender pode ser muito prazeroso. Temos certeza de que você vai descobrir isso.

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENPSecretaria da Educação do Estado de São Paulo

Equipe Técnica de Linguagens e Códigos

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Língua Portuguesa - 6a série/7o ano - Volume 1

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!? SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 1

ESTudO dOS TRAçOS CARACTERíSTiCOS dO AgRuPAmENTO TiPOLógiCO RelataR (1)

1. Leia o texto a seguir.

A primeira infânciaPor: Jacqueline Salgado

(1) Viçosa ainda era uma menina quando eu nasci.

(2) Pelas ruas serpenteava o trem de ferro da RFFSA, que atravessava a cidade de ponta a ponta e adentrava pela universidade. do berçário até minha casa bastava saltar duas ruas e um par de trilhos! A família, muito numerosa, colocou-me em evidência ante a falta de crianças, e nada do que eu fazia era considerado um erro, aprendi desde cedo o que é a distorção sensorial psíquica – ao que mais tarde eu viria a ser cobrada de uma forma cor-rosiva, justo na puberdade!

(3) muitos foram os fatos que marcaram meus primeiros quatro anos. imagens, sons, cheiros e sensações que se fundiram e ainda hoje insistem em ficar estampados na me-mória, como se o tempo nada pudesse remover. daquilo que ficou posso ressaltar duas experiências raramente vividas por uma criança de um ou dois anos, mas que foram tão comuns para mim nesse período da vida quanto um banho de sol na praça da matriz!

(4) A ideia fixa em fugir diariamente pelas grades da varanda é o primeiro fato mar-cante de minha infância. A casa era antiga, pequena, ficava nos fundos, não havia muito espaço para ver os trilhos do trem, somente na pequena varanda da entrada, onde eu me acostumei a driblar quem me acompanhasse e escapava ora por entre os balaústres, ora por entre as grades. Quando o trem apitava então, não havia ninguém que me fizesse segura no interior da casa, nem mesmo uma bacia de alumínio cheia d’água no quintal! Foram tantas fugas e tentativas delas que logo me tornara conhecida por toda a vizinhança. uma vez, ao desembarcar na casa dos tios em Pirapora (mg), coloquei a família em pânico pela cidade a minha procura, só porque eu parti em busca do mundaréu de água do Rio São Francisco que me haviam prometido na viagem! Contentei-me com um poço turvo de água da chuva que topei pelo caminho e assim ficou mais fácil da família e da polícia me encontrarem. Valeu a pena ter fugido naquele dia, eu saí em busca de um rio e acabei brincando num poço! depois disso eu percebi que poderia sonhar bastante, e que se o sonho ficasse pela metade a frustração seria pouca! minhas fugas sempre tiveram um porquê, a infância foi a única fase da minha vida em que as coisas que eu fazia tinham algum sentido.

(5) Com tantas peripécias, minha mãe logo tratou de arranjar uma babá. A coitada

Leitura e Análise de Texto

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da minha prima Luciana já não dava mais conta de estudar e ficar de olho numa criança tão espevitada! Chegou então a tal babá, uma moça de fala mole e olhar perdido que logo conquistou minha confiança. Chamava-se Lúcia. duas vezes ao dia me levava pra passear pelas redondezas, às vezes na casa de meus avós um pouquinho acima na mesma rua, outras vezes íamos à praça principal, ou pelo caminho dos trilhos, ou simplesmente andávamos pela calçada do hospital, que ficava quase em frente a minha casa.

(6) Com o passar dos dias a babá deixou de me levar até os avós, não ia mais até a praça, nem passeava pelos trilhos, o único lugar que ela me levava com frequência era o estacionamento do hospital. mas o que teria de tão atrativo num estacionamento de hos-pital? Pra mim não havia nada, embora eu gostasse de atravessar os trilhos, mas ela tinha o estranho hábito de ver pessoas dormir sobre uma mesa. A Lúcia me tomava no colo e aos passos discretos entrava por uma portinha na lateral do hospital. O lugar era o necrotério. As pessoas não dormiam, aguardavam a perícia ou o trabalho da funerária! minha pobre cabecinha miúda não conseguia entender por que, certa vez, havia um que “dormia” pela-do naquele frio todo de Viçosa e ainda por cima com a barriga toda costurada! E a moça com a roupa suja e rasgada, “tadinha”, tinha um cheiro tão ruim que até hoje consigo puxar pelo nariz! Os olhos perdidos da babá se arregalavam por alguns instantes em cima dos corpos estáticos, como se ela se enchesse de vida e se sentisse com sorte por não estar no lugar deles. Ela então voltava pra casa confiante, com a “criança da patroa” nos braços, e com a satisfação de quem ganhara no jogo do bicho. E assim, diariamente, eu era obrigada a fitar os presuntos do necrotério do Hospital São Sebastião, até o dia em que minha mãe descobriu, e apavorada mandou a moça “catar coquinho”! Rumores se espalharam pela cidade... a coitada da babá levou fama de psicopata, de feiticeira e até de necrófila! mas eu estava de prova: ela só olhava com os olhos saltados!

(7) Para o bem da verdade, nenhum mal isso me fez; pelo contrário, se tivesse feito medicina teria grande chance de ser legista! O único incômodo disso tudo é o odor, meu estômago ainda é fraco! Tenho mais medo de ver um morto num caixão do que na cena do crime, por exemplo!

(8) A pobre babá teve um fim tão trágico quanto o das muitas pessoas daquele seu voyerismo estranho: foi assassinada pelo namorado dentro de um hotel em construção, seu corpo só foi encontrado três dias depois. Que destino! Aquela sensação talvez não fosse de confiança, mas de certeza.

(9) E só para não terminar esse relato autobiográfico da primeira infância assim tão mórbido, vou contar o que eu fiz dentro do poço de água da chuva em Pirapora: entrei, molhei os sapatos e as meias brancas, depois juntei as mãos, enchi de água e... o resto vocês já sabem!

(10) Ai ai, a pureza da infância! Como eu disse, a única fase da minha vida em que as coisas que eu fazia tinham algum sentido!

Relatos autobiográficos: a primeira infância, por Jacqueline Salgado. disponível em: <http://www.jornalorebate.com/colunistas2/jac1.htm>. Acesso em: 4 nov. 2009.

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2. individualmente, elabore um quadro recuperando do texto lido informações gerais: título, nome do autor, gênero, local em que o texto foi publicado.

3. Faça uma análise do texto, respondendo às seguintes questões no caderno:

a) Como foi a infância da autora?

b) Que acontecimentos marcaram essa época?

c) Onde ela morava?

d) O que havia próximo à sua casa?

e) Quais pessoas participaram diretamente dessa fase da vida da autora?

f ) Quais conclusões você pode tirar sobre a leitura?

g) O que você achou da autora? Quais são suas impressões sobre ela?

h) A autora relatou histórias sobre sua infância. Sublinhe um trecho que conta um fato que ela viveu.

i) Esse relato, além de servir como registro da história de vida da autora, pode servir como registro de acontecimentos e lugares da história de Viçosa? Explique.

4. Leia a informação a seguir:

As comunicações orais, por escrito ou por imagens, são linguagens indispensáveis para a vida em grupo. Não poderíamos viver em sociedade se não nos comunicássemos uns com os outros. É por isso que dizemos que cada forma de comunicação tem uma função social própria, isto é, serve para facilitar, do seu jeito, a vida em sociedade. Veja os exemplos: um conto de mistério é um gênero de texto que serve para despertar a curiosidade do leitor e diverti-lo; uma certidão de nascimento é um gênero de texto que tem a função de provar que a pessoa existe legalmente; uma notícia é um gênero tex tual que informa os leitores de um jornal sobre um acontecimento; uma carta pode servir para informar um parente sobre o mesmo acontecimento de um jeito diferente da no-tícia; o gênero textual receita culinária tem a função de auxiliar a memória quando queremos cozinhar um prato que apreciamos. Como você pode ver, chamamos cada uma dessas funções sociais da comunicação de gênero textual e damos um nome pró-prio a cada um deles.

a) O relato da experiência vivida por Jacqueline Salgado tem uma função social. Qual é ela? Responda no caderno.

b) Sublinhe no texto da autora uma das partes que possa confirmar sua resposta.

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Oralidade

dando continuidade ao estudo do texto a primeira infância, reúna-se com seus colegas para organizar uma roda de conversa.

1. Comparem as respostas que deram às questões das Atividades 2 e 3, apresentando-as oralmente. Nesse momento, é importante observar se todos anotaram o mesmo tipo de informação ou se houve respostas muito diferentes. As respostas são coerentes com as informações encontradas no relato de Jacqueline Salgado?

2. Relatem suas impressões pessoais sobre a autora e sobre a leitura do texto.

3. Esclareçam eventuais dúvidas que tenham ocorrido no momento em que, individualmente, responderam às questões.

4. Reflitam sobre a importância da roda de conversa para um entendimento mais amplo do texto lido. Em sua opinião, trocar impressões e informações de leitura ajuda (ou não) a construir uma maior compreensão do texto?

PESQuiSA Em gRuPO

1. Façam uma pesquisa na internet sobre relatos autobiográficos, selecionando dois exemplos.

Atenção: para a atividade ser mais dinâmica e interessante, vocês podem combinar quais autores serão selecionados pelos grupos a fim de que não haja repetição de nomes e re latos.

2. Organizem um quadro com as principais características desse gênero. Vejam o mo-delo:

Nome dos relatos autobio­gráficos selecionados

Informações gerais sobre cada um dos textos lidos

Características comuns entre os dois relatos

1.

2.

3. Façam uma apresentação oral sobre os relatos autobiográficos lidos e o quadro que orga-nizaram.

4. Em seguida, com o auxílio do professor, montem um novo quadro sintetizando todas as informações que vocês encontraram sobre o gênero textual relato autobiográfico.

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O filme Narradores de Javé conta a história da pequena cidade de Javé, que será sub-mersa pelas águas de uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não foram se-quer notificados porque não possuem registros nem documentos das terras. inconforma-dos, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em documento científico. decidem, então, escrever a história da cidade – mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever.

Ficha técnica

Filme: Narradores de Javé.

direção: Eliane Caffé.

Roteiro: Eliane Caffé e Luís Alberto de Abreu.

intérpretes: José dumont, gero Camilo, Rui Resende, Luci Pereira, Nelson dantas e Nelson Xavier.

duração: 85 minutos.

Ano de lançamento (Brasil): 2003.

Para mais informações: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u37713.shtml>. Acesso em: 22 out. 2009.

Para saber mais sobre a história e as personagens, comparando os relatos de experiência no filme com os relatos estudados nesta Situação de Aprendizagem, vocês podem combi-nar com o professor uma sessão de cinema na escola, com dia e horário predeterminados.

PARA SABER mAiS

Produção escrita

1. A seguir, há quatro propostas para a produção de textos escritos. Com a orientação do professor, dividam-se em grupos e sor teiem essas propostas, anotando na coluna 2 o nome dos integrantes de seu grupo.

Coluna 1 Coluna 2

Proposta para produção de texto escrito Grupo responsável pela proposta e nome dos integrantes

1. Assistam a um programa na televisão (telejornal, novela, filme, programa de debate etc.) e escrevam um relato a um amigo, contando o que viram.

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Coluna 1 Coluna 2

Proposta para produção de texto escrito Grupo responsável pela proposta e nome dos integrantes

2. Escrevam um relato autobiográfico sobre sua primeira infância: onde e com quem moravam; que influências recebiam de sua família (pais, avós, tios); que acontecimentos consideram mais importantes em sua história.

3. Escrevam uma página de diário sobre um livro de literatura infantojuvenil que já leram em outras séries ou estejam lendo no momen-to, contando suas impressões: o que acharam ou estão achando do livro; como são as perso-nagens; se indicariam o livro aos amigos etc.

4. Façam a leitura de uma sequência de ima-gens de uma HQ (preparada pelo professor) e relatem o que compreenderam: quem são as personagens; o que elas estão fazendo; por que estão fazendo isso; se há coerência entre as imagens etc.

2. discutam a proposta observando o que devem fazer para garantir que a tarefa de escrita seja cumprida integralmente.

3. individualmente, cada integrante do grupo deve escrever seu próprio texto e entregá-lo ao pro-fessor.

4. O professor fará anotações nesses textos, solicitando alterações, complementações, correções. Ainda individualmente, leiam essas anotações e tentem reformular os trechos indicados pelo professor.

5. Novamente em grupo, troquem seus textos entre vocês. Observem se seus colegas conseguiram modificar os trechos indicados pelo professor.

6. discutam no grupo o que acharam dos textos lidos. Oralmente, se for o caso, façam novas su-gestões de reformulação.

7. Passem seu texto a limpo.

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8. Organizem um mural para uma exposição dos relatos produzidos por vocês, agrupando-os de acordo com as propostas iniciais. Combinem com o professor um momento da aula para apre-ciarem os relatos e diários produzidos.

Estudo da língua

1. Volte ao texto a primeira infância. Circule todos os verbos.

2. Anote-os na tabela, classificando-os de acordo com o exemplo.

Parágrafo Verbos encontrados Tempo verbal/Modo

1o Era Nasci

Pretérito imperfeitoPretérito Perfeito

2o

Serpenteava/atravessava/adentrava/ bastava

Colocou Fazia Era Aprendi ÉViria

Pretérito imperfeito

Pretérito PerfeitoPretérito imperfeitoPretérito imperfeitoPretérito PerfeitoPresente Futuro do Pretérito

3o

4o

5o

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Parágrafo Verbos encontrados Tempo verbal

6o

7o

8o

9o

10o

3. Responda no caderno:

a) Por que a maioria dos verbos encontrados no texto a primeira infância foi conjugada no tempo passado?

b) Qual é a relação entre o tempo passado e os relatos autobiográficos?

4. Em grupo, retomem agora os textos que escreveram nas atividades anteriores, observando os verbos utilizados. A maioria deles também está conjugada no tempo passado? Formulem uma explicação para esse fato, relacionando-o ao tipo de texto estudado.

5. Seu professor fará a seleção de algumas atividades do livro didático sobre verbos no tempo pas-sado. desenvolva-as individualmente.

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Anote aqui as indicações dos exercícios para não esquecer

Páginas:

Exercícios:

6. Leia as sentenças a seguir. depois, responda no caderno: qual a finalidade das palavras e das expressões destacadas?

a) Antigamente, as coisas eram diferentes. Havia mais árvores nas ruas, poucos carros. As pessoas costumavam dar bom-dia a todos que encontrassem.

b) O cinema, ontem, estava lotado.

c) Amanhã, a prova será sobre espaços geográficos.

d) Em Manaus, faz 30 graus no inverno.

e) Na minha casa, todo mundo gosta de assistir a filmes de ação.

7. Em grupo, façam uma lista de palavras e expressões que têm a mesma finalidade das destacadas na Atividade 6. utilizem o quadro a seguir como modelo e anotem exemplos retirados dos re-latos que produziram.

Palavras e expressões que marcam tempo Palavras e expressões que indicam lugar

Antigamente

Ontem

Amanhã

Em manaus

Na minha casa

LiçãO dE CASA

1. Procure, no livro didático, informações sobre marcadores de tempo e de lugar, também chama-dos de advérbios e locuções adverbiais. Anote as definições no caderno.

2. Leia as informações apresentadas pelo livro e, em seguida, compare-as com a lista e as respostas formuladas nas atividades da seção Estudo da língua.

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!? SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 2

ESTudO dOS TRAçOS CARACTERíSTiCOS dO AgRuPAmENTO TiPOLógiCO RelataR (2)

Letra de música 2

O meu guri

Composição: Chico Buarque

Quando, seu moço, nasceu meu rebento

Não era o momento dele rebentar

Já foi nascendo com cara de fome

E eu não tinha nem nome pra lhe dar

Como fui levando, não sei lhe explicar

Fui assim levando ele a me levar

E na sua meninice ele um dia me disse

Que chegava lá

Olha aí

Olha aí

Olha aí, ai o meu guri, olha aí

Olha aí, é o meu guri

E ele chega

Chega suado e veloz do batente

E traz sempre um presente pra me

[encabular

Tanta corrente de ouro, seu moço

Que haja pescoço pra enfiar

me trouxe uma bolsa já com tudo dentro

Chave, caderneta, terço e patuá

um lenço e uma penca de documentos

1. As letras de música que vamos estudar a seguir, embora escritas em versos, apresentam semelhanças com as narrativas por contarem histórias. Vocês devem, de acordo com a orientação do professor, ouvi-las e analisá-las. Para isso, é necessário que copiem no caderno as letras de música que estiverem faltando, indicadas a seguir:

letra de música 1: • eduardo e Mônica. Composição: Renato Russo;

letra de música 3: • egotrip. Composição: Antônio Pedro/Evandro mesquita/ Patrícia Travassos/Ricardo Barreto.

Leitura e Análise de Texto

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Pra finalmente eu me identificar, olha aí

Olha aí, ai o meu guri, olha aí

Olha aí, é o meu guri

E ele chega

Chega no morro com o carregamento

Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador

Rezo até ele chegar cá no alto

Essa onda de assaltos tá um horror

Eu consolo ele, ele me consola

Boto ele no colo pra ele me ninar

de repente acordo, olho pro lado

E o danado já foi trabalhar, olha aí

Olha aí, ai o meu guri, olha aí

Olha aí, é o meu guri

E ele chega

Chega estampado, manchete, retrato

Com venda nos olhos, legenda e as iniciais

Eu não entendo essa gente, seu moço

Fazendo alvoroço demais

O guri no mato, acho que tá rindo

Acho que tá lindo de papo pro ar

desde o começo, eu não disse, seu moço

Ele disse que chegava lá

Olha aí, olha aí

Olha aí, ai o meu guri, olha aí

Olha aí, é o meu guri

© 1981 by marola Edições musicais Ltda.

2. Em uma roda de conversa, falem sobre suas primeiras impressões, recuperando algumas infor-mações contidas em cada uma das letras:

a) do que tratam essas letras?

b) Quem são as personagens envolvidas nas histórias?

c) O que acontece com elas?

d) Vocês já conheciam essas músicas? Como?

3. Para refletir: na opinião de vocês, essas letras de música relatam fatos acontecidos com pessoas reais ou têm um caráter ficcional (ou seja, narram histórias inventadas por seus compositores)? Por que vocês acham isso?

4. Em grupo, elaborem uma ficha organizativa com as informações obtidas na leitura e na escuta das letras de música. utilizem o modelo a seguir:

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Informações Letra de música 1 Letra de música 2 Letra de música 3

Informações gerais sobre as canções: título, compositor, intérprete.

Tema (sobre o que as letras tratam).

Elementos da narrativa que podem ser encontrados nessas letras.

5. Em seguida, ainda em grupo, vocês devem transformar uma das três letras de música em uma narrativa em prosa, contendo as principais informações anotadas no quadro anterior.Vejam o exemplo:

Grupos 1 e 2 –• escrevem, com as informações existentes na letra de música eduardo e Mônica, uma narrativa sobre a experiência vivida por essas personagens.

Grupos 3 e 4 –• escrevem, com as informações existentes na letra de música O meu guri, uma narrativa sobre a experiência de vida da mãe.

Grupos 5 e 6 –• escrevem uma narrativa sobre a experiência de vida relatada na letra de música egotrip.

6. Cada grupo lê em voz alta a narrativa produzida, comparando-a com as narrativas dos outros grupos.

7. Em que as letras de música e as narrativas que vocês escreveram são semelhantes?

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8. Em que essas letras de música e as narrativas que vocês escreveram são diferentes?

Oralidade

1. A proposta agora é realizar um estudo das marcas de oralidade nos versos de cada uma das três letras de música analisadas na seção Leitura e Análise de Texto, observando quando os compositores reproduzem intencionalmente palavras e expressões típicas da linguagem oral. Essa intencionalidade ocorre por várias razões. Em grupo, respondam: que razões são essas?

2. Releiam as letras, assinalando as interjeições que vocês também costumam utilizar (ou obser-vam outras pessoas utilizando) quando conversam informalmente. depois, reflitam:

O que vocês querem dizer quando usam essas interjeições?•

Qual é a função delas no contexto de fala?•

Se elas não fossem utilizadas, haveria prejuízo para o entendimento da conversa?•

Essas interjeições poderiam ser utilizadas em outros contextos de produção textual (oral ou •escrito)? Quais?

Vocês escreveriam uma notícia de jornal ou uma carta de leitor usando esses mesmos recur-•sos linguísticos? Por quê?

3. Organizem no caderno uma lista com expressões que, quando utilizadas em um texto escrito, têm como objetivo reproduzir a informalidade da linguagem oral.

PESQuiSA iNdiViduAL

1. Faça uma pesquisa em seu livro didático para saber mais sobre as interjeições presentes nas letras de música analisadas.

2. Copie em seu caderno a definição encontrada no livro.

3. dê exemplos de interjeições que ajudam a exprimir, no texto escrito, emoções, sensa-ções, estados de espírito.

4. Seu professor selecionará duas atividades de sistematização do conteúdo interjeições propostas pelo livro didático. desenvolva-as.

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LiçãO dE CASA

1. O professor selecionará alguns exercícios sobre pontuação propostos pelo livro didático a fim de que você se familiarize com as regras.

2. Volte ao relato que escreveu e observe os sinais de pontuação utilizados.

a) Você seguiu as regras estudadas nessa sequência de atividades?

b) Que outros sinais você também usou para compor seu texto?

Produção escrita

1. individualmente, escreva no caderno um pequeno relato sobre sua rotina diária: a que ho-ras acorda, aonde costuma ir, o que costuma fazer, a que horas almoça, em que horário vai dor mir etc.

2. Troque seu relato com o de um colega e leia o dele.

3. Registre suas impressões de leitura: você gostou do que leu? Achou (ou não) algo de especial? Esperava alguma coisa a mais? identificou-se (ou não) com a rotina do colega? Etc.

4. depois, coletivamente, discutam sobre o relato escrito:

a) Qual a finalidade desse texto?

b) Vocês o consideram importante?

c) Em que circunstâncias vocês o usariam e por quê?

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1. Em grupo, façam a leitura das imagens a seguir.

Leitura e Análise de Imagem

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2. Responda no caderno.

a) O que as pessoas estão fazendo em cada uma das imagens?

b) O que a expressão facial e corporal dessas pessoas, em cada uma das imagens, indica?

c) Aquela que está ouvindo o orador apresenta que tipo de reação?

d) Por essa reação, é possível inferir o que o ouvinte está achando da explanação do orador?

e) Na sua opinião, apenas com as informações obtidas na leitura das imagens é possível relatar o que, de fato, essas pessoas estão fazendo, dizendo, sentindo etc.? Por quê? O que seria necessário saber para relatar o que está sendo dito pelas personagens dessas imagens?

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dito

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3. Em grupo, escrevam no caderno um pequeno relato sobre a história dessa sequência de ima-gens. O narrador deve ser uma das personagens. Nesse relato, é preciso esclarecer por que eles estão envolvidos na situação e por que o ouvinte tem determinada expressão diante do que o orador diz.

4. Vocês se identificaram com alguma das pessoas das imagens, ou seja, também ficaram felizes, tristes ou entediados diante da leitura do relato de seu colega? digam qual dessas sensações vocês sentiram e expliquem, no caderno, por que vocês acham que a leitura do relato a pro-vocou.

Produção escrita

1. Retomem os relatos que fizeram na seção Produção escrita, da página 16, refletindo sobre a situação de comunicação para a qual eles foram elaborados: alunos escrevem para os colegas e para o professor ouvirem a respeito da rotina do dia a dia, sem acrescentar nada de diferen-te. Relembrem a situação e, depois, respondam no caderno: é possível que o relato da rotina de um estudante, sem nenhum acontecimento especial, desperte interesse e curiosidade nos ouvintes? Por quê?

2. Escolha uma das situações de comunicação a seguir e escreva em seu caderno um novo relato que atenda às exigências dessa situação.

Sugestões de situações de comunicação:

Sua escola está realizando um censo para saber qual é a rotina dos estudantes após o pe-•ríodo (ou antes dele) em que estão na escola, a fim de reunir dados estatísticos sobre a quantidade de adolescentes que trabalham além de estudar.

Seu professor quer solicitar algumas tarefas para serem realizadas fora do horário escolar e •precisa saber a disponibilidade de tempo que seus alunos têm para isso.

um professor tem como objetivo fazer uma comparação entre a vida de seus alunos e a de •crianças e adolescentes que vivem nas ruas e não frequentam uma escola, a fim de discutir com os estudantes, principalmente, as diferentes realidades que envolvem os jovens brasi-leiros.

Considere:

a) Quais informações você deve dar?

b) Quais informações podem ser descartadas por não terem importância para a situação escolhida?

c) Qual a função social, isto é, para que servirá seu relato de acordo com as exigên-cias da situação que você escolheu?

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!? SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 3

ESTudO dE ALgumAS diFERENçAS ENTRE A LiNguAgEm ORAL E A LiNguAgEm ESCRiTA

Para realizar as atividades de leitura e interpretação textual, vocês terão de desenvolver, ao mesmo tempo, as seções Pesquisa em grupo e Lição de casa.

Leitura e Análise de Texto

1a Etapa

1. Preparem, com o apoio do professor, uma lista de contos que gostariam de ler. uma possibilidade de organizar essa lista é escolhê-los em uma visita à sala de leitura ou biblioteca da escola; outra maneira de conhecer contos é buscá-los na internet; outra, ainda, é trazê-los de casa. depois de encontrar al-guns títulos de contos que consideram interessantes, anotem seus dados no quadro a seguir.

Título do conto Nome do autor

2. Escolham um dos contos listados. Caso tenham dificuldade para escolher, façam um sorteio. guardem a lista para outra atividade de leitura.

3. Combinem entre vocês um momento de silêncio para que o professor faça a leitura em voz alta de uma parte do conto escolhido.

4. Quando o professor terminar a leitura, em uma roda, comentem suas impressões.

a) gostaram (ou não) do trecho lido do conto? Por quê?

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b) Ficaram curiosos ou com vontade de ler a continuação do conto? Por quê?

c) Quiseram saber mais sobre o autor do texto (sua vida, os livros que já escreveu, onde mora, se ainda vive etc.)? Por quê?

d) Relacionaram esse conto a alguma história real que conhecem? Contem essa história a seus colegas.

PESQuiSA Em gRuPO

1. O professor discutirá os demais contos da lista elaborada na 1a Etapa da seção Leitura e Análise de Texto por grupos de trabalho.

2. No laboratório de informática (caso exista um em sua escola e esteja disponível) ou em qualquer outro lugar a que tenham acesso, vocês devem fazer uma pesquisa na internet a fim de saber sobre os contos e autores pelos quais seu grupo ficou responsável.

durante essa pesquisa, vocês podem acrescentar novos contos que gostariam de ler para sua classe, em outra aula. Vocês também podem selecionar contos dos livros que encontrarem na biblioteca da escola, em casa, com amigos etc.

3. Façam a leitura dos contos escolhidos e, em nova roda de leitura, comentem suas im-pressões.

LiçãO dE CASA

1. Após a pesquisa em grupo, selecione um dos contos e faça uma leitura individual em voz alta.

Escolha a entonação que melhor combina com o tipo de história que selecionou. Por exemplo: se você optou por um conto de mistério e suspense, é preciso pensar em como ler as partes que causam sensação de medo, angústia no leitor/ouvinte. Nesse caso, sua leitura deve reforçar essa sensação.

2. Prepare duas questões sobre o conto (pode ser a respeito das personagens, do lugar onde a histó-ria acontece, do tema etc.). Formule as respostas para essas questões de acordo com o entendi-mento que teve do texto e anote-as no caderno.

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2a Etapa

1. Reúna-se em dupla. Cada um de vocês lerá em voz alta para o colega um trecho do conto esco-lhido na seção Lição de casa.

2. Apresente a seu colega as duas questões preparadas por você, durante a lição de casa, sobre o conto que escolheu para ler.

3. individualmente, responda às questões que seu colega elaborou e aguarde que ele responda às elaboradas por você.

4. Vocês trocam novamente as questões e observam se as respostas dadas são semelhantes às suges-tões de respostas que cada um anotou anteriormente.

5. discutam sobre essas respostas, justificando por que julgam que as questões formuladas são pertinentes ao exercício de análise textual.

a) Elas ajudam a compreender melhor o conto?

b) Possibilitam ampliar a discussão sobre a história?

c) Estimulam a curiosidade do ouvinte?

6. Entreguem ao professor essas questões (suas e de seu colega) com as respectivas respostas (as esperadas por você e as dadas por seu colega).

Oralidade

1. Leia a sequência de textos a seguir.

Texto 1: Como você se interessou pelo circo?

Na verdade eu sempre meio... que... fiquei meio fascinada com circo... uma vez quando eu era criança eu assisti... é... principalmente o trapézio foi uma coisa que me chamou mui-ta atenção... eu achei muito bonito... na verdade eu nunca... cheguei a imaginar... como que alguém poderia fazer circo, eu não imaginava quando era pequena nem sabia que tinha uma escola... de circo... aí é... sempre que eu tive meio que uma curiosidade e uma vontade... de fazer parte disso... e ... até que que um dia quando eu estava mais velha... eu tinha... uns quatorze... anos eu vi na... um espetáculo de um circo na televisão que é o Cirque Du Soleil... e... e voltou tudo muito mais forte porque é um espetáculo muito bonito e eu queria fazer parte de tudo aquilo e aí como eu sabia onde tinha uma escola resolvi ir atrás desse sonho... e poder fazer parte disso.

NóBREgA, maria José. Os tons e mil tons do português do Brasil. in: muRiE, zuleika de Felice (Coord.). língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física:

livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: mEC/inep, 2002. p. 147.

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Texto 2: Como você se interessou pelo circo?

Na verdade eu sempre meio... que... fiquei meio fascinada com circo... uma vez quando eu era criança eu assisti... é... principalmente o trapézio foi uma coisa que me chamou mui-ta atenção... eu achei muito bonito... na verdade eu nunca... cheguei a imaginar... como que alguém poderia fazer circo, eu não imaginava quando era pequena nem sabia que tinha uma escola... de circo... aí é... sempre que eu tive meio que uma uma curiosidade e uma vontade... de fazer parte disso... e... até que que um dia quando eu estava mais velha... eu tinha... uns quatorze... anos eu vi na... um espetáculo de um circo na televisão que é o Cirque Du Soleil... e... e voltou tudo muito mais forte porque é um espetáculo muito bonito e eu queria fazer parte de tudo aquilo e aí como eu sabia onde tinha uma escola resolvi ir atrás desse sonho... e poder fazer parte disso.

NóBREgA, maria José. Os tons e mil tons do português do Brasil. in: muRiE, zuleika de Felice (Coord.). língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física:

livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: mEC/inep, 2002. p. 147.

Texto 4: Como você se interessou pelo circo?

Eu sempre fui muito fascinada pelo circo. uma vez, quando era criança, assisti a um espetáculo e, principalmente, o trapézio me chamou muito a atenção. Nessa época, nunca

Texto 3: Como você se interessou pelo circo?

Eu sempre... fiquei fui meio muito fascinada com pelo circo... uma vez quando era criança assisti a um espetáculo e... principalmente o trapézio foi uma coisa que me chamou muita muito a atenção... nessa época nunca... cheguei a imaginar...como que alguém pode-ria aprendia a fazer circo eu não imaginava quando era pequena nem sabia que tinha uma escola... sempre tive mas tinha uma curiosidade e uma vontade... de fazer parte disso parte daquele mundo... e... até que um dia quando estava mais velha... tinha ... com uns quator-ze... anos vi... um espetáculo muito bonito de o Cirque Du Soleil um circo na televisão que é... e o desejo de fazer parte de tudo aquilo voltou tudo muito mais forte porque é um es-petáculo e eu queria e como eu sabia onde tinha uma escola resolvi ir atrás desse sonho... e poder fazer parte disso.

NóBREgA, maria José. Os tons e mil tons do português do Brasil. in: muRiE, zuleika de Felice (Coord.). língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física:

livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: mEC/inep, 2002. p. 147.

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2. Em uma roda de conversa, reflitam sobre as questões a seguir, formulando respostas de acordo com o entendimento que tiveram da sequência de textos.

a) Na opinião de vocês, qual a semelhança entre os quatro textos?

b) Em que eles diferem?

c) Vocês consideram que se trata de um mesmo texto, várias vezes reformulado, ou são textos diferentes, produzidos por pessoas diferentes?

d) Qual o tema tratado nos quatro textos?

3. Comparem o Texto 1 com o Texto 4. Respondam:

a) Qual deles apresenta expressões típicas da linguagem oral?

b) Qual pertence à linguagem escrita?

c) Por que vocês acham isso?

4. Por que os Textos 2 e 3 apresentam grifos em algumas palavras? Por que o Texto 3 apresenta novas palavras (marcadas na cor azul)? Qual a finalidade dessas palavras?

5. discutam as transformações sofridas pelo texto original e sua importância na transposição da linguagem oral para a linguagem escrita.

Produção escrita

1. Em grupo, vocês devem gravar relatos de algumas pessoas sobre fatos vivenciados por elas. Essa gravação deve ser, evidentemente, autorizada pelas pessoas. Vocês podem escolher algum fami-liar, colegas de outras classes ou professores.

Vejam estas orientações:

Vocês devem ter um entendimento comum sobre o assunto do relato: um acontecimento •de infância, um momento de muita alegria, o nascimento de um filho etc.

cheguei a imaginar como alguém aprendia a fazer circo, nem sabia que tinha escola, mas tinha uma curiosidade e uma vontade de fazer parte daquele mundo.

Até que um dia, quando estava com uns quatorze anos, vi um espetáculo muito bonito do Cirque Du Soleil na televisão e o desejo de fazer parte de tudo aquilo voltou muito mais forte. Como eu sabia onde tinha uma escola, resolvi ir atrás desse sonho.

NóBREgA, maria José. Os tons e mil tons do português do Brasil. in: muRiE, zuleika de Felice (Coord.). língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física:

livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: mEC/inep, 2002. p. 147.

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Caso sua escola só possua um aparelho gravador e nenhum de vocês disponha desse recurso •em casa, combinem entre os grupos e alternem o uso do aparelho (cada grupo fará a gravação em um dia ou horário).

É importante que vocês gravem, no máximo, dois minutos do relato, a fim de facilitar o •trabalho de transcrição e, posteriormente, de transposição da linguagem oral para a escrita.

2. Vocês devem transcrever os relatos gravados exatamente como foram falados, seguindo como modelo a sequência de textos analisada na seção Oralidade. Essas transcrições devem ser lidas pelos grupos, que discutirão quais aspectos do texto original devem ser eliminados ini-cialmente.

3. A partir de então, precisam transformar as transcrições dos relatos em textos escritos, utilizando os recursos típicos dessa linguagem, como a pontuação, a paragrafação e os elementos coesivos.

Leiam as seguintes orientações:

Cortem as passagens repetitivas ou palavras e expressões que funcionam bem na hora de •falar, mas, em geral, são desnecessárias na escrita.

Acrescentem informações que não tenham sido faladas, por serem facilmente subentendi-•das, mas que precisam aparecer na escrita.

Substituam termos muito vagos por palavras ou expressões mais específicas.•

invertam expressões ou partes do texto para deixar as ideias apresentadas mais claras para •quem lê.

Por fim, dividam o texto em parágrafos e frases, empregando a pontuação adequada e as •letras maiúsculas de modo correto.

4. Após a transposição para a escrita, vocês devem ler para toda a classe o resultado do trabalho realizado, fazendo comparações com o texto transcrito e discutindo as marcas da escrita que já foram utilizadas na transposição.

5. Entreguem esse texto ao professor para que ele possa auxiliá-los na revisão que ainda sofrerá. Ele fará anotações e sugestões do que vocês podem fazer para melhorar o texto transposto.

6. Façam as mudanças apontadas pelo professor. Todos os integrantes do grupo devem ter uma cópia de cada etapa dessa atividade a fim de consultá-la posteriormente como “termômetro” avaliativo: o que sabiam e como escreviam antes e depois de cada etapa.

Estudo da língua

1. O professor apresentará à classe um texto narrativo. Você deve, individualmente:

a) Fazer a leitura do texto narrativo apresentado por ele.

b) identificar as personagens: quem e quantas são? Quais são as falas de cada uma delas?

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c) identificar o narrador: ele também é personagem ou não? Como você identifica isso?

d) Responder em seu caderno: o que falta a esse texto? isso prejudica o entendimento da his-tória? Por quê?

2. Reescreva o texto no caderno, separando as falas do narrador e das personagens por meio do uso de sinais de pontuação.

3. Em dupla, comparem o modo como vocês pontuaram o diálogo entre as personagens:

a) usaram o mesmo tipo de pontuação ou pontuaram de forma bem diferente?

b) A maneira como pontuaram cada texto criou possibilidades diferentes de entendimento? Quais?

4. Seu professor apresentará o texto original coletivamente a fim de que vocês possam refletir sobre a função da pontuação nas marcas de diálogo e no sentido que se quer atribuir ao texto.

!?

SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 4 ESTudO dA ESTRuTuRA dO JORNAL

1. Leia os textos a seguir.

Texto 1

Na noite de ontem, por volta das 22 horas, um tremor de terra atingiu diversas regiões de São Paulo. de acordo com o Observatório de Sismologia da universidade de São Paulo, o epicentro ocorreu no mar, a uma distância de aproximadamente 215 quilômetros da costa do Estado de São Paulo.

O Centro de gerenciamento de Emergências (CgE) informou que muitos moradores da cidade ligaram para relatar o abalo e registrar a preocupação com novos tremores, mais fortes e perigosos. No entanto, o Centro não registrou nenhum caso de pessoa ferida ou morta. Segundo o professor João Teixeira, “não há riscos de novos tremores nos próximos dias”. uma moradora do bairro do ipiranga contou que estava chegando em casa na hora em que a terra começou a tremer: “Os quadros do saguão do meu prédio ficaram todos tortos e eu tive a impressão de estar andando sobre o chão de um barco”. A moradora es-pera não passar novamente por essa sensação.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Leitura e Análise de Texto

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2. A quais gêneros eles pertencem? marque a resposta correta:

a) O primeiro é uma notícia, porque é um texto não assinado, foi escrito por alguém que ob-servou o acontecimento de longe e tem a função de informar o público em geral; o segun-do é uma carta ou e-mail, foi escrito por alguém que viveu o acontecimento, identifica-se como filha e tem a função de informar a mãe para que ela não se preocupe.

b) O primeiro é um relato de experiência vivida, porque foi escrito por alguém que participou do acontecimento para informar os leitores de um jornal dos detalhes do tremor de terra; o segundo também é um relato de experiência vivida, porque está sendo lido na escola, para todos os alunos que também sentiram o tremor de terra em suas casas.

3. Organize uma lista de características que comprovem a resposta que você deu no item 2. Anote essa lista no quadro a seguir.

Texto 2

mãe,

Espero que tudo esteja bem aí em casa. Aqui, as coisas estão indo assim, assim... Ainda não tive resposta daquele emprego, mas vou levando. Ontem, tomei um baita susto: a vida tremeu dentro de mim. É sério, tremeu mesmo. Eu já estava na cama (você sabe que gosto de dormir cedo, né?), mas ainda não tinha conseguido encontrar morfeu. daí, tudo pare-ceu tremer à minha volta. Achei até que estava com labirintite! Como a noite estava negra como os cabelos de iracema (lembra-se da nossa querida índia?), não compreendi bem o acontecido: seria um certo devaneio meu ou algo, de fato, estava acontecendo no mundo? Sei lá, mãe... Naquela hora, eu fiquei com tanto medo que nem pensei em levantar do meu beliche.

Hoje, quando resolvi me aventurar para fora das minhas paredes protetoras, descobri que o tremor tinha sido real mesmo: “um abalo sísmico”, era o que dizia no jornal. isso me fez respirar mais tranquila: não fora um devaneio, não. E não é que aqui, na selva de pedra, a gente tem terra que balança?

Beijo, mãe... Estou com muita saudade, mas só posso ir para casa no próximo feriado.

Sua filha matilda.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Leitura e Análise de Texto

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4. identifique o tema principal dos dois textos, observando como o acontecimento é retratado em cada um deles.

5. Em sua opinião, seria adequado usar as mesmas expressões escritas no Texto 2 para retratar o acontecimento no Texto 1? Por quê?

6. A função social de cada um dos gêneros textuais que você leu é diferente: um deles, por ser uma notícia, informa um grande público de leitores de jornal sobre um acontecimento; o outro, por ser carta ou e-mail, relata um acontecimento vivido por alguém. Será que o fato de serem autores e públicos diferentes modifica o modo como é feita a descrição do acontecimento? Explique como é possível verificar essa diferença.

7. Retomem o primeiro parágrafo do Texto 1 e observem as informações contidas nele. Que infor-mações são essas? Qual a importância dessas informações para a composição desse texto?

Gênero/características Texto 1 Texto 2

gênero

Características

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LiçãO dE CASA

1. No livro didático, procure informações sobre linguagem denotativa e linguagem conotativa (ou conotação e denotação). Anote as definições encontradas.

2. Faça no caderno os exercícios de sistematização selecionados pelo professor.

1. Façam uma leitura coletiva do texto a seguir:

Agência de notícia: empresas que cobrem fatos e distribuem informações jornalísti-cas para todos os veículos de comunicação (jornal, revista, rádio, TV, internet). Existem as agências locais, nacionais e internacionais. Selecionam as notícias que devem ser transmi-tidas.

Caderno: são as partes separadas de um exemplar de jornal. Contém assuntos corre-latos, distribuídos em seções e colunas fixas e matérias ligadas ao seu tema geral (p. ex: caderno de esporte, de turismo, de dinheiro, de política, de economia, de classificados, etc.).

Chamada: texto, completado por títulos, fotos e legendas, gráficos, mapas etc., que resume a notícia. geralmente são colocadas na primeira página para atrair o leitor. Abaixo dela, à direita, há indicações do caderno ou página em que a notícia integral se encontra. Também pode se constituir apenas de um título, ou uma foto com legenda.

Leitura e Análise de Texto

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2. Respondam no caderno:

a) Qual a função desse texto?

b) A que contexto ele reporta o leitor?

c) Vocês reconhecem alguma das informações contidas nesse texto?

d) O que aprenderam com a leitura desse texto?

3. Em grupo, analisem a primeira página do jornal, reconhecendo suas partes e seus componen-tes, como o nome do jornal (título), a data de edição, o preço, as manchetes, os pequenos textos de esclarecimentos das manchetes, as seções etc. Em seguida, examinem as demais partes do jornal.

4. Em quais partes do jornal se encontram os tópicos apresentados no texto do item 1?

5. Coletivamente, comparem os jornais manuseados pelos grupos, verificando se todos apresen-tam a mesma estrutura. Para facilitar a tarefa e registrá-la, vocês podem organizar uma ficha com as informações da atividade anterior.

Coluna: seção assinada de um jornal ou revista. É colocada sempre em uma mesma página e possui um título fixo.

Lide ou lead: abertura do texto jornalístico, indicando dados sobre o fato noticiado (quem, o que, quando, onde, como e por quê). Também serve como um resumo do fato, orientando a leitura dos parágrafos seguintes, que devem ser um desdobramento das in-formações contidas no lide.

Manchete: título principal de uma notícia, em letras garrafais, na primeira página do jornal ou da revista.

Notícia: relato de uma série de fatos a partir de um fato mais importante. Sua estru-tura é lógica e tem critério de importância ideológico: depende do mercado consumidor, da cultura, do momento histórico de um país etc.

Olho: tem a mesma função de um subtítulo. É um pequeno texto ou título que ante-cede um título maior ou um grande texto.

Rubrica: título dado a uma matéria. Pode ser o nome de um assunto pontual ou de determinada seção ou coluna.

Seção: espaço no jornal onde são reunidos assuntos específicos. É uma subdivisão dos cadernos do jornal.

FARiA, maria Alice. Como usar o jornal em sala de aula. São Paulo: Contexto, 10a edição 1a reimpressão, fevereiro de 2008. p. 157-160. <http://www.editoracontexto.com.br>.

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6. Selecionem uma das seções ou partes do jornal e façam a leitura de dois textos dessa seção.

7. discutam o que acharam da parte selecionada e dos textos lidos. Justifiquem por que algumas seções não lhes chamaram a atenção.

8. Coletivamente, avaliem:

a) Vocês manusearam com facilidade os cadernos dos jornais?

b) Encontraram facilidade na leitura dos textos?

c) Reconheceram em algum deles o gênero notícia?

d) E o gênero relato?

Produção escrita

1. Observe o esquema a seguir:

Quem? Pesquisadores italianos.•

O quê? Clonar animais.•

Quando? Abril de 2002.•

Onde? Na itália e em outras partes do mundo.•

Como? A partir de células de bichos adultos.•

Por quê? Por motivos financeiros: ajudar a pecuária.•

Por motivos científicos: recuperar espécies em extinção.Atividade adaptada de NERY, Alfredina e NóBREgA, maria José. gêneros de textos: temas, formas,

recursos e suportes. In: língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante, Ensino Fundamental. Coord. zuleika de Felice murrie. Brasília. mEC/inep, 2002.

2. individualmente, com base nas informações do quadro anterior, escreva uma notícia de jornal que discorra sobre o tema Clonagem de animais.

Siga estas instruções para a composição desse texto:

As informações do quadro devem compor o texto. Você deve atentar para a estrutura do •gênero notícia, dividindo as informações por parágrafo. Por exemplo: no primeiro pará-grafo ou lide, anuncie a notícia, com dados sobre o fato noticiado (quem, o quê, quando, onde, como e por quê), sem explicá-los ou dar detalhes sobre essas informações. deixe para fazer isso nos parágrafos seguintes. Não se esqueça de dar um título ao texto que chame a atenção dos leitores.

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Em dupla ou grupo, comparem as notícias escritas por vocês, observando se todos utiliza-•ram as informações contidas no quadro anterior. Observem também as novas informações que foram agregadas ao texto.

Façam a revisão de seus textos, dando ênfase aos seguintes aspectos da língua: uso de dis-•curso direto e indireto, pontuação (vírgula, ponto final, aspas, dois-pontos), ortografia. Fiquem atentos também à estrutura do gênero: todos escreveram o lide? As informações do lide foram ampliadas nos parágrafos seguintes?

Refaçam o texto a partir da revisão sugerida por sua dupla ou seu grupo. •

guarde seu texto em uma pasta a fim de consultá-lo em outro momento. •

Estudo da língua

Em dupla, retomem os textos lidos na seção Leitura e Análise de Texto desta Situação de Aprendizagem.

1. Circulem todos os advérbios e locuções adverbiais presentes neles.

2. Reflitam sobre o uso dessas palavras:

No geral, como elas ajudam na organização dos textos? •

Elas contribuem para que o leitor compreenda o que está lendo? •

de que modo esses marcadores são utilizados em gêneros jornalísticos como a notícia? •

3. Observem agora algumas notícias selecionadas por seu professor. identifiquem nelas os marca-dores de tempo e lugar presentes nesse gênero textual.

1. Para saber mais sobre clonagem animal, realize uma pesquisa na internet (ou, caso te-nha acesso, em materiais impressos que costumam tratar desse assunto, como jornais e revistas), buscando notícias publicadas recentemente sobre isso. Selecione duas ou três notícias e leia seu conteúdo, atentando para dois aspectos do texto:

As informações que ele apresenta sobre o tema.•

A estrutura do gênero textual notícia.•

2. Agora, retome a notícia que você escreveu e modifique o que achar necessário.

PESQuiSA iNdiViduAL

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4. depois, coletivamente, discutam sobre a importância desses marcadores para o entendimento dos textos lidos, auxiliando na organização coerente dos fatos relatados nas notícias.

VOCÊ APRENdEu?

Responda em seu caderno às questões sobre os Textos 1 e 2, analisados na seção Leitura e Análise de Texto:

1. Com que finalidade esses textos foram escritos?

2. Quais as características do Texto 1 para que ele possa ser considerado informativo?

3. O Texto 1 pode ser considerado uma notícia? Por quê?

4. Por que o Texto 2 não pode ser considerado uma notícia?

5. Embora o mesmo tema esteja presente nos dois textos, por que o segundo não é o mais adequa-do para informar o leitor de um jornal sobre o fato ocorrido?

6. O que há de diferente entre a linguagem do Texto 1 e a do Texto 2? Como os autores falam sobre o fato? Em qual dos textos o acontecimento fica mais claro para o leitor?

!?

SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 5 ESTudO dA NOTíCiA NO JORNAL

1. Leia o texto atentamente e responda às questões.

Texto 1: Estória de João­Joana

meu leitor, o sucedidoEm Lajes do Caldeirãoé caso de muito ensino,merecedor de atenção. Por isso é que me apresentofazendo esta relação.

Vivia em dito arraialdo país das Alagoasum rapaz chamado JoãoCuja força era das boasPra sujigar burro bravo,Tigres, onças e leoas.

[...]

Leitura e Análise de Texto

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de pequeno ficou órfão,Criado por seus dois manos.Foi logo para o trabalhoCom muitos outros fulanosE seu muque, sem mentira, Era o de três otomanos.

Na enxada, quem que venciaAquele tico de gente.No boteco, se ele entravaPra bochechar aguardente,O saudavam com respeitodeus lhe salve, meu parente.

João moço não enjeitavaParada com sertanejo.Podiam brincar com eleSem carregar no gracejo.dizia que homem covardeNão é cabra, é percevejo.

um dia de calor dessesQue tacam fogo no agreste,João suava que suavaSem despir sua veste.Companheiro, essa camisaNão é coisa que moleste?

Lhe perguntou um amigoQue estava de peito nu.E João se calado estavaNem deu pio de nhambu.Ninguém nunca viu seu pelo,Nem por trás do murundu.

João era muito avexadoNa hora de tomar banho.Punha tranca no barracoFugindo a qualquer estranho.Em Lajes nenhum varãoTinha recato tamanho.

João nas últimas semanasEntrou a sofrer de inchaço.mesmo assim arranca tocoSem se carpir de cansaço.um dia, não aguenta mais,Exclama: O que é que eu faço?

Os manos vendo naquiloCoisa mei’desimportante,Logo receitam de araquemeizinha sem variantePara qualquer macacoa:Carece tomar purgante.

João entrou no purgativoLouco de dor e de medoSe entorcendo e contorcendoNa solidão do arvoredoPois ele em sua afliçãoLá se escondera bem cedo.

O gemido que exalavado peito de João sozinhoAlertou os seus dois manosQue foram ver de mansinhoComo é que aquele bravoSe tornara tão fraquinho.

No chão da terra, essa terraQue a todos nós vai comer,Chorava uma criancinhaAcabada de nascer.E João, de peito desnudo, Acarinhava este ser.

Aquela cena imprevistaCausou a maior surpresa.O que tanto se ocultaraSe mostrava sem defesa.João deixara de ser JoãoPor força da natureza.

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2. O texto lido pode ser considerado:

a) uma notícia de jornal.

b) um relato autobiográfico.

c) uma crônica esportiva ou social.

d) um poema para ser cantado.

3. Se esse texto for uma notícia de jornal, que informações não podem faltar?

a) O fato ocorrido, o nome dos envolvidos no fato, o lugar do ocorrido, o tempo em que ocorreu.

b) imaginação e intriga.

c) Linguagem poética e preocupação com a expressão.

d) dados sobre o processo de escrita dos autores da notícia.

A mulher surgia neleAo mesmo tempo que o filho,Tal qual se brotassem juntoA espiga com o pé de milho,Ou como bala que estouraSem se puxar o gatilho.

Se os manos levaram susto,Até eu, que apenas conto.E o povo todo, assuntandoA estória ponto por pontoFicou em breve inteiradodo que aí vai sem desconto.

Nem menino nem meninaEra João quando nasceu.A mãe, sem saber ao certo,O nome de João lhe deu.dizendo: Vai vestir calçaE não saia que nem eu.

À proporção que cresciaFeito animal na campina,Em João foi-se acentuandoA condição feminina,mas ele jamais quis serTratado feito menina.

Pois nesse triste povoadoE cem léguas ao redor,Ser homem não é vantagemmas ser mulher é pior.Que vê claro já conclui:de dois males o menor.

[...]

João vira Joana: acontecemdessas coisas sem preceito.No seu colo está Joãozinhomamando leite de peito.Pelo menos esse aquide ser homem tem direito.

[...]

ANdRAdE, Carlos drummond de. Estória de João-Joana. in: Versiprosa. Rio de Janeiro: Record, 2000. Carlos drummond de Andrade © graña drummond <http://www.carlosdrummond.com.br>.

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4. O título do texto:

a) atrapalha o entendimento e a leitura do texto.

b) é desnecessário e, portanto, não deveria compor o texto.

c) dá pistas ao leitor do que ele irá encontrar durante a leitura do texto.

d) indica que o texto tratará de problemas domésticos entre João e Joana.

5. Faça a leitura do segundo texto e responda à pergunta a seguir.

Texto 2

Esse cordel musical de autoria de Carlos drummond de Andrade e Sérgio Ricardo foi gravado no Estúdio Transamérica – Rio de Janeiro, em fevereiro, março e abril de 1985, com voz e arranjo de Sérgio Ricardo, orquestração de Radamés gnattali e regência de Alexandre gnattali.

disponível em: <http:// www.releituras.com/i_ciro_drummond.asp>. Acesso em: 29 jan. 2008.

Que informações o Texto 2 traz que ajudam o leitor a ler e compreender o contexto e a função social do Texto 1?

Oralidade

dando continuidade à análise dos textos apresentados na seção Leitura e Análise de Texto, em uma roda de conversa, respondam:

1. Qual o tema tratado no texto?

2. Quem são as personagens envolvidas nessa história?

3. Vocês se surpreenderam com o desfecho da história? Por quê?

4. O que vocês compreenderam dela? E o que tiveram dificuldade para entender?

5. O texto apresenta traços de narratividade: que traços são esses?

6. A que gênero esse texto pertence?

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Leitura e Análise de Texto

1. O professor apresentará à classe, nesta nova sequência de leitura, dois textos. Você deve:

a) Fazer uma leitura silenciosa desses textos, observando seu tema.

b) Coletivamente, em voz alta, fazer novas leituras desses textos para experimentar outros modos de ler. Considerem, para isso, as seguintes questões:

O que sabem sobre os gêneros ao qual pertence cada um dos textos apresentados •pelo professor?

Como acham que deve ser a leitura em voz alta de cada um desses textos? •

Quais são as entonações necessárias para frisar as informações do Texto 1?•

No caso do Texto 2, o que é preciso saber para fazer uma boa leitura em voz alta, •aproveitando e valorizando os recursos estilísticos utilizados pelo autor?

2. Na sequência, dividam-se em dois grandes grupos e selecionem um dos textos lidos anteriormente a fim de fazer uma análise mais detalhada de sua estrutura e temática. depois, organizem fichas idênticas, com as seguintes informações:

Informações Texto 1 Texto 2

Nome do texto

Nome do autor

Referência de publicação

Função comunicativa e social

Tema

Linguagem

Gênero textual

Atenção: É importante que os dois grupos tenham fichas idênticas porque, ao socia-lizarem suas respostas, vocês terão espaço para acrescentar as informações dadas pelos colegas sobre o outro texto.

3. Apresentem à classe a ficha preenchida por vocês. depois, com a ajuda do professor, refli-tam: quais marcas, indícios ou pistas encontrados nos textos permitem ao leitor construir uma compreensão sobre os temas e os gêneros a que pertencem os Textos 1 e 2?

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Atividade em grupo

1. Façam a leitura de cinco notícias apresentadas pelo professor ou selecionadas por vocês, em jornais encontrados na biblioteca da escola ou trazidos de casa. mas atenção: cada grupo deve trabalhar com uma coletânea de notícias diferentes.

2. Observem as características comuns a todas as notícias lidas, anotando-as em um quadro orga-nizativo semelhante ao indicado a seguir:

Título da notícia

Tema

Acontecimentos/fatos

Com quem aconteceu?

Quando aconteceu?

Onde aconteceu?

Por que aconteceu?

Como aconteceu?

3. Apresentem o quadro à classe, comparando o estudo feito pelos grupos. As características en-contradas são semelhantes? São diferentes? Vocês consideram que esse estudo facilita o reconhe-cimento do gênero notícia de jornal, bem como a compreensão de sua função comunicativa (informar o leitor sobre um acontecimento)?

Produção escrita

Esta sequência será dividida em várias partes. Siga as orientações, observando a necessidade de retomar algumas atividades e textos já estudados nas sequências anteriores.

Parte 1

1. O professor apresentará algumas fichas com informações isoladas de notícias de jornal (título, fato ocorrido, com quem, quando, onde, como, por quê). Coletivamente, façam a leitura dessas fichas.

2. individualmente ou em duplas, selecionem uma das fichas lidas e escrevam um lide (ou pará-grafo inicial da notícia).

3. Troquem seu(s) texto(s) com um colega ou outra dupla para que possam lê-lo (os) e avaliá-lo (os).

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Para essa avaliação, considerem:

É possível reconhecer no parágrafo escrito por seus colegas o início de uma notícia de •jornal?

O parágrafo que você (ou sua dupla) escreveu é parecido com o de seus colegas?•

O acontecimento foi priorizado, sendo apresentado clara e objetivamente?•

4. Façam anotações a lápis no texto dos colegas, acrescentando sugestões ou soluções para os even-tuais problemas encontrados.

5. devolvam o texto a seus autores, que farão a leitura das anotações e dos comentários, reformu-lando-o se for necessário.

VOCÊ APRENdEu?

6. Organizem um mural de notícias a fim de expor a produção dos lides realizada nessa atividade.

Coletivamente, sob orientação do professor, façam uma roda para falar sobre o que pensaram aos escrever o parágrafo:

O que vocês acharam dessa escrita?•

Como se sentiram diante da tarefa de comentar o texto dos colegas e diante dos comentá-•rios escritos por eles sobre o seu texto?

Vocês concordaram com as sugestões dadas? •

Vocês tinham consciência dos problemas de seu texto apontados por seus colegas?•

Trocar os textos com os colegas a fim de que os avaliem é uma prática eficiente para ajudar •a escrever melhor?

Parte 2

Em dupla, transformem o cordel produzido por Carlos drummond de Andrade e Sérgio Ricardo, apresentado na seção Leitura e Análise de Texto, em uma narrativa em prosa. Para essa produção escrita, levem em consideração os seguintes aspectos encontrados no texto original:

personagem;•

enredo;•

espaço;•

tempo;•

foco narrativo.•

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Parte 3

Ainda em dupla, escrevam uma notícia de jornal apresentando o fato principal ocorrido com João-Joana. Nesse novo texto, é preciso considerar a estrutura do gênero notícia, restringindo as informações aos dados essenciais da história.

utilizem como referência as notícias lidas até aqui e a produção textual que fizeram na Situação de Aprendizagem 4.

Parte 4

depois de cumprir todas as etapas da Produção escrita (planejamento, primeira versão, re-visão, reformulação do texto), façam uma roda de apreciação dos textos. Comentem: como se sen-tiram ao escrever esses textos? Quais dificuldades enfrentaram? do que mais gostaram? do que não gostaram?

Estudo da língua

1. Leia o texto a seguir.

a) Quantas frases esse texto apresenta?

b) Essas frases têm a mesma estrutura? O que as diferencia?

2. Retomem a atividade de escrita na seção Produção escrita, da Situação de Aprendizagem 4, e observem se os títulos elaborados por vocês são compostos por frases nominais ou verbais. Or-ganizem esses títulos no quadro a seguir:

– Bom dia!– Bom dia! O que você está fazendo por aqui tão cedo?– Ah, caí da cama...– mas por quê?– Porque o dia está lindo! A vida é bela! Eu sou feliz!– Nossa! dia lindo mesmo! Nem tinha percebido...

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

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Título composto por frase nominal Título composto por frase verbal

3. Voltem ao estudo dos jornais e das notícias, selecionem alguns títulos, comparando-os com os títulos do quadro.

a) Quantos títulos apresentam verbos e quantos são frases nominais?

b) Com base no estudo das frases, realizado na seção Estudo da língua, como vocês avaliam agora a forma como os títulos são criados?

c) Qual é a finalidade dos títulos para a compreensão da notícia ou para o interesse por ela?

d) As frases verbais e nominais causam os mesmos efeitos de sentido ao anunciar uma notícia? Por quê?

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PESQuiSA Em gRuPO

1. Busquem no livro didático ou em uma gramática normativa indicada pelo professor explicações sobre tipos de frase (verbais e nominais), orações e períodos.

2. Observem os exemplos apresentados no livro e conversem sobre o que acharam deles: são esclarecedores? Ajudam a compreender o conceito?

3. Anotem, no quadro a seguir, as definições encontradas:

Frases nominais

Frases verbais

Orações

Período

4. O professor selecionará, no livro didático, alguns exercícios de sistematização. Vocês podem desenvolvê-los em grupo.

5. Retomem algumas das notícias estudadas até aqui (ou procurem outras notícias) e selecionem no-vos títulos compostos apenas por orações. Selecionem também alguns lides, circulando os verbos.

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6. Anotem esses verbos no quadro a seguir e indiquem o tempo em que foram conjugados:

Verbos Tempo verbal

LiçãO dE CASA

1. Leia os itens a seguir, assinalando apenas aqueles que dizem respeito ao gênero textual notícia:

( ) A notícia destaca-se no modo como as informações são passadas para o leitor.

( ) O texto pode ser considerado uma notícia quando o autor modifica o valor do aconteci-mento real, fazendo um novo uso das palavras.

( ) A notícia tem uma linguagem padronizada e racional. Assim qualquer jornal no Brasil e no mundo apresentará notícias com formato e tipo de linguagem semelhantes.

( ) Ao escrever uma notícia, o jornalista transforma o fato concreto, trágico, em pequenas passagens poéticas a partir das quais o leitor pode visualizar imagens dessas cenas.

( ) A notícia prioriza a apresentação do fato atual, ou seja, é preciso dizer o que está acontecen-do, noticiar o fato imediato, inédito; por isso, a linguagem jornalística é rápida, ágil, clara e simples para atingir o maior número de pessoas que, facilmente, assimilarão a notícia.

( ) Há um título que anuncia o fato a ser informado. Ele serve para chamar a atenção do leitor.

( ) As notícias não podem se resumir a informações sobre os acontecimentos porque podem perder o modo como seu autor vai encadeando os diferentes elementos apresentados.

( ) A função do texto é informar objetivamente o leitor sobre um acontecimento; o plano de expressão não tem nenhuma relevância, pois sua finalidade é apenas veicular conteúdos.

( ) Já no primeiro parágrafo, ou lide, o leitor reconhece as informações importantes sobre o fato principal: o quê, quem, quando, onde, como e por quê.

( ) Os parágrafos e as frases são curtos, claros e objetivos, não deixando dúvida sobre o fato ocorrido.

( ) Há o uso de palavras com significado exato, isto é, utiliza-se linguagem denotativa.

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2. Justifique em seu caderno por que os itens não assinalados não podem ser considerados como características do gênero notícia. Eles estão mais adequados a que outros gêneros ou tipologias?

!?

SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 6 RECAPiTuLANdO OS CONTEúdOS ESTudAdOS ATÉ AQui

1. Os relatos das rotinas e da vida cotidiana parecem sem imaginação ou criatividade porque sua função não é contar uma história, mas simplesmente deixar registrada uma situação vivida por uma pessoa real, em um tempo real, documentando suas ações. Os relatos não estão a serviço da criação ficcional e, portanto, não se subor-dinam àquilo que se espera das histórias: imaginação, invenção, intriga (elementos essenciais quando se conta uma história oral ou escrita).

2. As narrativas literárias ficcionais não contam fatos reais, como acontece nos relatos. Elas são inventadas, são escritas com o uso da imaginação. As narrativas têm enredo e personagens que vão fazendo suas ações e resolvendo desafios até chegar ao final da história.

Leitura e Análise de Texto

1. Para responder às questões a seguir, retome os relatos lidos e escritos na Situação de Aprendi-zagem 1.

a) Em sua opinião, a quais gêneros a primeira afirmação se refere?

b) E a segunda afirmação, a que gêneros ela se refere? dê exemplos.

2. Sob orientação do professor, vocês devem escolher um novo gênero textual do grupo dos rela-tos, ou seja, textos que contam fatos reais (por exemplo, crônicas sociais e esportivas).

PESQuiSA iNdiViduAL

Faça uma busca na internet, na biblioteca da escola, no livro didático ou em algum livro que você tenha em casa, pesquisando sobre o novo gênero textual escolhido pela clas-se para compor a roda de leitura.

Leia alguns dos textos encontrados e selecione um que gostaria de ler para a classe.

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3. Comentem os temas tratados nos vários textos lidos por vocês. Que tipo de assunto costuma aparecer nesse gênero textual escolhido pelo grupo? Não se esqueçam de informar a seus colegas alguns dados técnicos, tais como: nome do autor e do texto, onde foi publicado, em que ano, em que livro, jornal ou revista.

LiçãO dE CASA

Em uma conversa informal com uma pessoa mais velha (da família, vizinho ou amigo), registre em seu caderno algum fato importante que tenha acontecido na vida dessa pessoa quando ainda era criança.

Em seguida, anote os dados relacionados a esse acontecimento em um quadro como o que apre-sentamos a seguir, separando cada elemento.

Aconteceu o quê?

Com quem?

Quando?

Onde?

Como?

Por quê?

Oralidade

Retomando a atividade realizada na seção Lição de casa, em grupo, comparem suas anotações com as dos colegas, verificando se todos os relatos possuem algumas partes semelhantes.

Produção de texto

O professor apresentará a vocês algumas notícias de jornal, sem título.

Sigam estas instruções e desenvolvam as atividades propostas:

individualmente, para cada notícia, crie um título que chame a atenção para sua ideia prin-•cipal.

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Em grupo, troquem os títulos entre si para comparar o que fizeram: quais contemplam •adequadamente o fato noticiado, causando um efeito de sentido para o leitor?

Votem nos títulos que vocês acham mais apropriados para representar as notícias lidas.•

Apresentem esses títulos a toda a classe, justificando oralmente o critério de escolha uti-•lizado.

Estudo da língua

1. Nos títulos das notícias de jornais, quais os tempos verbais mais comuns?

2. Por que vocês acham que esses tempos, em geral, são escolhidos pelos autores dessas notícias?

3. O principais tempos verbais utilizados nos títulos das notícias de jornal são os mesmos que os dos relatos estudados na Situação de Aprendizagem 1? E os versos utilizados no corpo das notícias?

4. Como o estudo dos tempos verbais os ajuda (ou não) a compreender melhor os títulos e lides das notícias de jornal?

5. Seu professor indicará um texto que apresenta dez palavras que costumam causar muitas dúvi-das na hora de serem escritas.

Sua tarefa será:

Em grupo, encontrem essas palavras. Vocês não devem usar o dicionário nesta primeira •etapa.

Apresentem à classe esse conjunto de palavras, explicando por que vocês acham que elas •não foram grafadas corretamente.

Em seguida, vocês devem recorrer à gramática ou ao livro didático para pesquisar sobre as •regras de ortografia: quando se usa j ou g? Há uma regra para o uso do s ou ss?

Seu professor selecionará alguns exercícios de sistematização do livro. Resolva-os individual-•mente.

6. Na sequência, em grupo, retomem os relatos escritos na seção Produção de texto a fim de con-ferir se ainda há algum problema com a ortografia nos textos. Cada grupo terá de observar o texto de todos os integrantes e sugerir as correções ortográficas necessárias.

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