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  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 1

    A LINGUAGEM MATEMTICA:

    CADERNOS

    PROF MARCO A BRASIL

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 2

    UNIDADE A

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 3

    SUMRIO

    CONTEDOS PGINA

    CADERNO 1 SEQUNCIAS 4

    1 Notaes Bsicas 5

    2 Formando Sequncias 6

    3 Soma de uma PA finita 14

    4 Soma de uma PG finita 16

    5 Limite de uma Sequncia 18

    6 Proposies Fundamentais I 20

    7 Propriedades Operacionais dos Limites I 22

    8 Propriedades Operacionais dos Limites II 23

    9 Propriedades Operacionais dos Limites III 24

    10 Sequncias Limitadas 27

    11 Sequncias Montonas 29

    12 Atividades de Estudos 31

    35

    : TPICO AUXILIAR DE ESTUDO ( * ): Contedo Optativo

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 4

    SEQUNCIAS

    Uma Sequncia ou Sucesso toda lista ordenada de nmeros reais. uma lista de nmeros, inteiro e positivo, dispostos de modo que reconhecemos qual o 1 termo, o 2 termo, o 3 termo e, assim sucessivamente.

    Os nmeros inteiros e positivos indicam a ordem de colocao dos termos, ou elementos, na sequncia e os valores que se sucedem devem obedecer a uma regra previamente definida ou certa disposio tabular.

    uma lista ordenada { que pode ser interpretada como

    uma funo que associa a cada , = { 1, 2, 3, . . . , , . . .} um, e somente um, nmero real ( ) = .

    uma funo:

    : tal que: 1 ( 1 ) = 1 2 ( 2 ) = 2 3 ( 3 ) = 3

    ( ) = an,

    O valor ( ), denotado an, chamado termo de ordem n, termo geral, ensimo termo ou termo de ordem n da sequncia.

    ( )

    Por exemplo, seja = 3 + 2.

    Cada valor produz um nico valor (6,20) formando pares ordenados (5,12)

    ( , ) = ( , 2 3 + 2 ), (4,6) dos quais destacamos : (3,2)

    ( 1, 0 ), ( 2, 0 ), ( 3, 2 ), ( 4, 6 ), ( 5, 12 ) ou ( 6, 20 ) ( 1, 0 ) (2,0)

    1 CADERNO 1

    DEF 1: Uma sequncia de nmeros reais uma funo real cujo domnio o

    conjunto dos nmeros inteiros e positivos = { 1, 2, 3, . . . , , . . .} .

    DEF 2:

    O Grfico da sequncia { an } o conjunto dos pares ordenados ( , an ),

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 5

    NOTAES BSICAS

    Em geral, como toda sequncia ( ) = tem o mesmo domnio, o conjunto dos nmeros inteiros e positivos, elas podem ser denotadas:

    ( 1 ) Atravs da notao funcional ( ) = ou ( ) = ;

    ( 2 ) Explicitando alguns primeiros termos { , , , . . . } separados

    por vrgulas entre chaves onde os trs pontos significam e assim sucessivamente;

    ( 3 ) Indicando o termo geral entre chaves { }, subentendido ,

    ou { } | , para um nmero inteiro e positivo diferente de 1.

    Se conveniente, podemos comear uma sequncia pelo ndice 0 ou qualquer

    outro nmero inteiro e positivo.

    Por exemplo, o Fatorial uma sequncia iniciada em = 0, de modo que:

    0 = 1, 1 = 1. 1, 2 = 1. 2 = 2, 3 = 1. 2. 3 = 6, . . . , e

    = 1. 2. 3. . . . , se .

    Assim construmos a sequncia { 1, 1, 2, 6, 24, 120, 720, 5040. . . }.

    uma funo que associa a cada nmero N o valor 0 = 1 e para n 0,

    = 1. 2. 3. . . . .

    uma funo : = { 0, 2, 3, 4, . . . , n, . . . } tal que

    ( ) = { 1, = 0 = 1. 2. 3. . . . , .

    A sequncia = 2

    3 comea em n = 4 para construir a lista

    { 2, 1, , , , . . . }.

    denotada = ou = 2

    3 se n 4.

    Agora observamos que no se deve confundir a sequncia { }, com o

    conjunto dos seus termos, denotado por ( ). Enquanto um conjunto uma lista de elementos, uma sequncia toda lista

    ordenada de elementos.

    Por exemplo, o conjunto A = { 2, 2, 2, 2, 2 } tem apenas um elemento.

    A sequncia finita { } = { 2, 2, 2, 2, 2 } tem os seguinte elementos 1 = 2,

    2 = 2, 3 = 2, 4 = 2 e 5 = 2. Mas o conjunto dos seus termos tem apenas o elemento 2.

    O Conjunto dos Termos de uma Sequncia { } a lista dos nmeros, ou

    elementos, que compe a sequncia, denotada por ( ).

    1

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 6

    FORMANDO SEQUNCIAS

    O CONJUNTO DOS TERMOS DE UMA SEQUNCIA

    A SEQUNCIA CONSTANTE =

    ( 1 ) A sequncia constante = k, uma sequncia cujos termos so todos iguais.

    ( 2 ) a sequncia cujos termos so { } = { , , , . . . , }.

    ( 3 ) O conjunto dos seus termos o conjunto unitrio { }: ( ) = { }.

    A SEQUNCIA OSCILANTE = { 0,

    1 ,

    ( 1 ) Os termos de { } so { } = { 1, 0, 1, 0, 1, 0, 1, . . . , . . . };

    ( 2 ) Os termos de { } oscilam entre 1 e 0.

    ( 3 ) O conjunto dos seus termos ( ) = { 0,1 }.

    A SEQUNCIA OSCILANTE =

    ( 1 ) Os termos de { } so { } = { 1, 0, 1, 0, 1, 0, 1, 1, 0, 1, 1, . . . };

    ( 2 ) Os termos de { } oscilam entre 1, 0 e 1;

    ( 3 ) O conjunto dos seus termos ( ) = { 1, 0,1 }.

    A SEQUNCIA OSCILANTE = ( ) +

    ( 1 ) Os termos de { } so { } = { 1, 1, 1, 1, 1, 1, . . . };

    ( 2 ) Os termos de { } oscilam entre 1 1;

    ( 3 ) O conjunto dos seus termos ( ) = { 1, 1 }.

    A SEQUNCIA DE FIBONACCI = { 1 = 12 = 1

    = 1 + 2, 3

    ( 1 ) A Sequncia de Fibonacci, definida recursivamente, diz :

    ( 2 ) Cada termo a partir do 3 termo, igual a soma dos dois termos precedentes;

    ( 2 ) Os termos de { } so { } = { 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, . . . };

    ( 3 ) O conjunto dos seus termos ( ) = { 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, . . . };

    EXEMPLO 1

    E 1 A

    E 1 B

    E 1 C

    E 1 D

    E 1 E

    2

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 7

    FORMANDO SEQUNCIAS

    { } = { 1, 2, 3, 4, 5, . . . }

    ( 1 ) Temos: 1 1 = 1; 2 2 = 2; 3 3 = 3; . . . , de modo que n = n;

    ( 2 ) Portanto, o termo geral deve ser dado por = ;

    { } = { 2, 4, 6, 8, 10, . . . }

    ( 1 ) Temos: 1 1 = 2 = 2. 1;

    2 2 = 4 = 2. 2;

    3 3 = 6 = 2. 3; . . . , de modo que n = 2. n;

    ( 2 ) Portanto, o termo geral deve ser dado por = ;

    { } = { 1, 3, 5, 7, 9, . . . }

    ( 1 ) Temos: 1 1 = 1;

    2 2 = 3 = 2. 2 1 ;

    3 3 = 5 = 2. 3 1;

    4 4 = 7 = 2. 4 1, . . . , de modo que n = 2. n 1 ;

    ( 2 ) Portanto, o termo geral deve ser dado por = ;

    { } = { 1, , , , , . . . };

    ( 1 ) Temos: 1 1 = 1;

    2 2 = 1 2 ,

    3 3 = 1 3 , . . . , de modo que n = ;

    ( 2 ) Portanto, o termo geral dado por =

    ;

    EXEMPLO 2

    E 2 A

    Muitas vezes, mas nem sempre, a partir de alguns termos possvel intuir ou reconhecer a Lei de Formao ou Regra Geral de uma sequncia.

    E 2 C

    E 2 B

    E 2 D

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 8

    FORMANDO SEQUNCIAS II

    { } = { 1, , , , , . . . };

    ( 1 ) Temos: 1 1 = 1;

    2 2 = 1 3 ;

    3 3 = 1 5 ; . . . , de modo que

    n = ( ) ,

    ( 2 ) Portanto, o termo geral deve ser dado por =

    ;

    { } = { 1, 1, 1, 1, 1, . . . }

    ( 1 ) Temos: 1 1 = 1 = (1)1+1 = (1)2 = 1;

    2 2 = 1 = (1)2+1 = (1)3 = 1;

    3 3 = 1 = (1)3 +1 = (1)4 = 1; . . . de modo que

    n = (1)n +1

    ( 2 ) Portanto, o termo geral deve ser dado por = () +;

    { } = { 1, 3, 5, 7, 9, . . . }

    ( 1 ) Temos: 1 1 = 1 = (1)1+1. ( 2. 1 1 ) = (1)2 . 1 = 1. 1 = 1

    2 2 = 3 = (1)2 +1. ( 2. 2 1 ) = (1)3 . 3 = 1. 3 = 3 ;

    3 3 = 5 = (1)3 +1. ( 2. 3 1 ) = (1)4 . 5 = 1. 5 = 5;

    4 4 = 7 = (1)4 +1. ( 2. 4 1 ) = (1)5 . 7 = 1. 7 = 7, . . . , de modo que

    n (1)n +1. ( 2. n 1 ) ;

    ( 2 ) Portanto, o termo geral deve ser dado por = (1)n +1 ( );

    EXEMPLO 3

    E 3 A

    Muitas vezes, mas nem sempre, a partir de alguns termos possvel intuir ou reconhecer a Lei de Formao ou Regra Geral de uma sequncia.

    E 3 C

    E 3 B

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 9

    OS NMEROS PRIMOS

    ( 1 ) Nem sempre possvel encontrar uma regra ou lei de formao de uma sequencia entre os termos de uma sequncia;

    ( 2 ) Um bom exemplo a sequncia { } dos nmero primos; ( 3 ) Um numero inteiro positivo > 1 PRIMO se os seus nicos divisores positivos so ele mesmo e a unidade; ( 4 ) A lista dos 10 primeiros nmeros primos { 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29 }; ( 5 ) Um nmero inteiro positivo maior do que 1 que no primo diz-se COMPOSTO; ( 6 ) 2 o nico nmero primo par; ( 7 ) Nmeros Primos Impares consecutivos so chamados Primos Gmeos; Por exemplo, 3 e 5, 5 e 7, 11 e 13, 17 e 19 ou, 29 e 31; ( 8 ) 3, 5 e 7 o nico terno de nmeros primos impares e consecutivos; ( 9 ) CONJECTURA DE GOLDBACH O matemtico alemo Christian Goldbach em carta ao matemtico suo Leonhard Paul Euler, observou que TODO INTEIRO PAR MAIOR DO QUE 4 PODE SER ESCRITO COMO SOMA DE DOIS INTEIROS IMPARES;

    Assim, 6 = 3 + 3, 8 = 3 + 5, 10 = 3 + 7, 12 = 5 + 7, 14 = 3 + 11 = 7 + 7, . . . ( 10 ) Muitas frmulas para construir nmeros primos foram propostas, entretanto, ainda na ausncia de uma regra geral, desde o sculo II aC contamos com um processo prtico desenvolvido pelo matemtico grego Eratstenes, tambm conhecido por calcular a medida da circunferncia da Terra; ( 11 ) O CRIVO DE ERATSTENES::

    A ) Escreva os inteiros positivos de 2 at um nmero inteiro positivo ; B ) Elimine todos os inteiros compostos mltiplos dos primos p tais que p

    C) Assim, se n = 100, os primos p tais que p 100 = 10 so 2, 3, 5 e 7; D ) Ento elimine os inteiros compostos mltiplos de 2, 3, 4 e 7 para formar a

    lista dos Nmeros Primos entre 2, inclusive, e 100:

    2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

    17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

    33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48

    49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64

    65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80

    81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96

    97 98 99 100

    ( 12 ) Teorema de Euclides: O conjunto dos Nmeros Primos infinito; ( 13 ) Teorema Fundamental da Aritmtica:

    Todo inteiro positivo > 1 igual a um produto de fatores primos, chamado decomposio em fatores primos do nmero ; ( 14 ) Toda decomposio de um nmero inteiro e positivo > 1 na forma

    = 11 . 2

    2 . . . . . ,

    onde 1, 2, . . . , so nmeros primos e 1, 1, . . . , so nmeros inteiros e positivos, chamada Decomposio Cannica do nmero ;

    Por exemplo, 360 = 2.2.2.3.3.5 = 2. 3. 5 ou 17460 = 2. 3. 5. 7.

    EXEMPLO 4

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 10

    NMEROS IRRACIONAIS

    No sculo V aC os gregos descobrem que nem todas as grandezas geomtricas da mesma espcie so comensurveis: existem grandezas de mesma natureza que no so mltiplas racionais entre si. Dito de outro modo: os nmeros racionais no so suficientes para descrever todas as medidas de comprimentos.

    Pitgoras havia demonstrado que em todo tringulo retngulo o quadrado da hipotenusa igual soma dos quadrados dos catetos. Sabia que num tringulo

    retngulo issceles de lado 1 a hipotenusa vale .

    Ao provar que no pode ser colocado na forma de frao ou, que um nmero no racional, Pitgoras provocou a primeira grande reviso conceitual da Matemtica, s superada por volta de 370 a.C. com a Teoria das Propores de Eudoxo. Os desdobramentos da Teoria das Propores fornecem no sculo XIX as bases necessrias aos matemticos Richard Dedekind e Karl Theodor Wilhelm Weierstrass para a construo do Sistema dos Nmeros Reais.

    Entretanto a convivncia com os nmeros irracionais bem mais antiga.

    H mais de 40 sculos sabemos que dividindo o comprimento C de uma circunferncia pela medida do seu dimetro o resultado sempre o mesmo.

    Enquanto os egpcios aproximaram este valor para 3,16, os Babilnios usaram 3,12. No sculo III aC Arquimedes usou 3,14 e no sculo II aC Ptolomeu aproximou para 3,1416. Em 1430 o matemtico rabe Al Kashi aproximou para 16 casas decimais e em 1706 o matemtico ingls Williams Jones indicou este valor pela letra

    grega . Em 1761 o matemtico suo J.H. Lambert demonstra que irracional, pois

    tem infinitas casas decimais que no formam perodo.

    Enquanto a histria de recua no tempo, as origens de outro nmero irracional importante nas aplicaes das Cincias e Tecnologia denotado pela letra pelo matemtico suo Leonhard Euler, localizam-se no sculo XVI quando se percebeu

    que a sequncia { } da frmula dos juros compostos tende ao valor 2,71828.

    As tabelas abaixo mostram que a medida que o nmero aumenta a sequncia () = se aproxima do nmero e: o primeiro nmero a ser definido por um

    processo de limite:

    1 2 3 10.000 . . . 1.000.000

    ( ) (1 +

    1

    )

    2 2,25 2,370370369 . . . 2,711814927 . . .2,718280469

    Para valores de cada vez maiores, os termos de ( ) = ficam

    cada vez mais prximos do valor e = 2,728281828459045235360287...

    Demonstra-se que se n *: lim 1 + 1

    =

    EXEMPLO 5

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 11

    FORMANDO SEQUNCIAS III

    Seja { } = { 2, 9, 16, 23, 30, 37, 44, 51, . . . };

    ( 1 ) Observe que a partir do 2 termo diferena entre cada termo e o termo anterior

    sempre constante e igual a 7:

    ( 2 ) 9 2 = 7, 16 9 = 7, 23 16 = 7, 30 23 = 7, 37 30 = 7, . . . ,

    ( 3 ) Dados 3 termos consecutivos, o termo do meio ou termo mdio Mdia

    Aritmtica entre os outros dois:

    ( 4 ) 9 16, 23, 30, 37, . . . ,

    ( 5 ) Sequncias que observam estas propriedades denominam-se Progresses

    Aritmticas, abreviadamente PA.

    Seja a PA { } = { , , , . . . , . . . }

    ( 1 ) A partir do 2 termo a diferena constante entre cada termo e o termo anterior

    1 da sequncia { } chamada razo :

    ( 2 ) = 1

    ( 3 ) Assim, se a1 o primeiro termo de uma PA, ento:

    = r = + r;

    = r = + r = + r + r = + 2 r;

    = r = + r = + 2 r + r = + 3 r ;

    = r = + r = + 3 r + r = + 4 r . ( 4 ) E assim sucessivamente deduzimos a Frmula Geral de uma PA:

    = a1 + ( ) .

    { k, k, k, k, k, . . . } uma PA com 1= , = 0 e = k ;

    { 1, 2, 3, 4, 5, . . . } uma PA com 1= 1, = 1 e = .

    E 6 B

    EXEMPLO 6

    E 6 A

    A PA, Progresso Aritmtica, uma importante sequncia que permite reconhecer dentre os nmero interessantes propriedades;

    E 6 C

    E 6 D

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 12

    FORMANDO SEQUNCIAS IV

    { } = { 2, 4, 6, 8, 10, . . . } uma PA com 1 = 2 e = 2;

    ( 1 ) O termo geral, dado por = a1 + ( ), tal que = 2 + ( ) ;

    ( 2 ) Ou seja, = 2;

    { } = { 1, 3, 5, 7, 9, . . . } uma PA com 1 = 1 e = 2;

    ( 1 ) O termo geral, dado por = b1 + ( ), tal que = 1 + ( ) ;

    ( 2 ) Ou seja, = 2 1;

    { } = { 6, 4, 2, 0, 2, 4, 6, . . . } uma PA com 1 = 6 e = 2;

    ( 1 ) O termo geral, dado por = c1 + ( ), tal que = 6 + ( ) ;

    ( 2 ) Ou seja, = 2 8 ;

    { } = { 0, , 3, , 6, , . . . }

    ( 1 ) uma PA com 1 = 0 e = 3 2 ; ( 2 ) O termo geral, dado por = d1 + ( ), tal que = 0 + ( ) ;

    ( 2 ) Ou seja, = 3n 2 - 3 2 ;

    Elementos Termo Razo Termo Geral

    { 12, 7, 2, 3, 8, . . . } 12 5 = 5 + 17

    { 5, 7 2 , 2, 1 2 , 1, . . . } 5 3 2 = 3 2 + 13 2

    Os 3 primeiros termos da PA de razo 7 e = 7635, so calculados:

    ( 1 ) = + ( 321 1 ) 7 7635 = + 7. 320 = 5395;

    ( 2 ) Como = + r e = + 2r, ento = 5402 e = 5409.

    EXEMPLO 7

    E 7 A

    O termo Geral de uma PA de 1 termo e razo = a1 + ( ) . A PA crescente se > 0, decrescente se < 0 e constante se = 0.

    E 7 B

    E 7 C

    E 7 D

    EXEMPLO 8

    E 8 A

    E 8 B

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 13

    FORMANDO SEQUNCIAS V

    Seja { } = { 3, 9, 27, 81, 243, . . . };

    ( 1 ) Observe que a partir do 2 termo o quociente de cada termo pelo termo anterior

    sempre constante e igual a 3:

    ( 2 ) 9 3 = 3, 27 9 = 3, 81 27 = 3, 243 81 = 3, . . . ,

    ( 3 ) De cada 3 termos consecutivos o termo do meio ao quadrado igual ao produto

    dos outros dois. O termo do meio a Mdia Geomtrica dos outros dois: 9 = 3 . 27,

    27 = 9 . 81, 81 = 27 . 243,

    ( 4 ) Sequncias com estas propriedades denominam-se Progresses Geomtricas.

    Seja a PG de razo , { } = { , , , . . . , . . . };

    ( 1 ) A partir do 2 termo o quociente de cada termo pelo termo anterior 1 sempre constante e igual a razo : ( 2 ) = / 1

    ( 3 ) Assim, se a1 o primeiro termo de uma PG, ento: / = = ;

    / = = . = . . = ;

    / = = = . . = ;

    / = = = . = 4 .

    ( 4 ) E assim sucessivamente deduzimos a Frmula Geral da PG: = ,

    ou, considerando o 1 termo = , =

    ( 5 ) Dados 3 termos consecutivos , e , o termo do meio ao quadrado igual ao Produto dos outros dois. O termo mdio chamado Mdia Geomtrica

    Ou seja, como

    =

    , ento = .

    Nmero de termos da PG { } = { 3, 15, . . . , 3.662.109.375 };

    ( 1 ) Temos = 3, = 5 e = 3.662.109.375;

    ( 2 ) Como = 1 3. 5 1 = 3.662.109.375; 5 1 = 1.220.703.125 b; ( 3 ) Assim, 5 1 = 513 1 = 13 = 14.

    EXEMPLO 9

    E 9 A

    A PG, Progresso Geomtrica, outra importante sequncia que permite reconhecer dentre os termos interessantes propriedades;

    E 9 B

    E 9 C

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 14

    SOMA DE UMA PA FINITA

    Numa sala de aula do ano 1787 o professor pede aos alunos que faam a soma dos 100 primeiros nmeros inteiros positivos.

    Em poucos minutos o jovem Karl Friedrich Gauss, ento com 10 anos, apresenta o resultado: 5050.

    Intrigado, o professor questiona como Gauss encontrou o resultado. Gauss explica:

    ( 1 ) Somando os extremos da sequncia { 1, 2, 3, . . . ., 98, 99, 100 } encontramos

    sempre o mesmo valor, o nmero 101;

    1 + 2 + 3 + 4 + . . . + 48 + 49 + 50 + 51 + 52 + . . . + 98 + 99 + 100 1 + 100 = 101 2 + 99 = 101 50 + 51 = 101 ( 2 ) 101 dividido por 2 d o termo mdio da sequncia, o valor 50,5;

    ( 3 ) A sequencia tem 100 termos;

    ( 4 ) Assim, concluiu, 100 vezes o termo mdio d a soma 5050 = 50,5 x 100;

    Mais detalhadamente, o raciocnio geral o seguinte:

    ( 5 ) Seja a PA finita { 1, 2, 3, . . . , 2, 1, }

    ( 2 ) Como = + ( ) = +

    2 = 1 + , 3 = 1 + 2, . . . ,

    2 = 1 + ( 2 1 ) = 1 + 2 = 2

    1 = 1 + ( 1 1 ) = 1 + =

    ( 3 ) Seja a soma dos primeiros termos da PA:

    = 1 + 2 + 3 + . . . + 2 + 1 + ou,

    = 1 + 1 + + 1 + 2 . . . + 2 + +

    ( 4 ) Formamos a soma da esquerda para a a direita e da direita para a esquerda:

    { = 1 + + 1 + 2 . . . + 2 + + = + 2 . . . + 1 + 2 + 1 + + 1

    ( 5 ) Assim, + = ( 1 + ) + ( 1 + ) + ( 1 + ) + . . . + ( 1 + )

    ( 7 ) Temos parcelas ( 1 + )

    ( 8 ) Portanto, 2 = (1 + )

    ( 9 ) = ( + )

    , representa a soma dos n termos de uma PA finita.

    3

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 15

    SOMA DE UMA PA

    Soma dos primeiros Nmeros Inteiros e Positivos

    ( 1 ) Seja { } = { 1, 2, 3, 4, . . . , n }; ( 2 ) Temos 1 = 1, r = 1, = e S = 1 + 2 + 3 + 4 + . . . + n;

    ( 3 ) Ento S = ( + )

    =

    ( + )

    ou S =

    ( + )

    .

    Soma dos Primeiros Nmeros Inteiros e Positivos Pares

    ( 1 ) Seja { } = { 2, 4, 6, . . . , 2n }; ( 2 ) Temos 1 = 2, r = 2, = 2n e S = 2 + 4 + 6 + 8 + . . . + 2n;

    ( 3 ) S = n ( 1 + )

    2 =

    n ( 2 + 2 )

    2 S =

    2 ( + 1 )

    2 S = ( + 1 ).

    Soma dos Primeiros Nmeros Inteiros e Positivos Impares

    ( 1 ) Seja { } = { 1, 3, 5, . . . , 2 1 }; ( 2 ) Temos 1 = 1, r = 2, = 2n 1 e S = 1 + 3 + 5 + 7 + . . . + 2n 1;

    ( 3 ) S = n ( 1 + )

    2 =

    n ( 1 + 2 1 )

    2 S = .

    Soma dos Mltiplos de 9 entre 100 e 3000

    ( 1 ) Como o 1 e o ltimo mltiplo de 9 entre 100 e 3000 so, respectivamente, 108 e

    2997, temos uma PA tal que 1 = 108, = 2997e r = 9;

    ( 2 ) = 1 + ( 1 ) 2997 = 108 + ( 1 ). 9 = 322 mltiplos; ( 3 ) A soma dos mltiplos de 9 entre 100 e 3000 :

    S = 108 + 117 + 126 + . . . + 2997

    ( 4 ) S = n ( 1 + )

    2 =

    322 ( 108 + 2997 )

    2 S = 499.905

    Soma dos Nmeros Inteiros de 100 at 3000

    ( 1 ) Temos a PA { 100, 101, 102, . . . , 3000 } tal que 1 = 100, = 3000 e r = 1;

    ( 2 ) = 1 + ( 1 ) 3000 = 100 + ( 1 ). 1 = 2901;

    ( 3 ) A soma S = 100 + 101 + . . . + 3000 = 2901 ( 100 + 3000 )

    2 S = 4.496.550.

    EXEMPLO 10

    E 10 A

    = ( + )

    E 10 B

    E 10 C

    E 10 D

    E 10 E

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 16

    SOMA DE UMA PG FINITA

    O relato abaixo d uma ideia do significado de uma Progresso Geomtrica e baseado na Lenda de Sessa, sobre a histria do Jogo de Xadrez, do livro Os Nmeros - Histria de uma grande inveno do matemtico Georges Ifrah. No sculo VI o rei hindu Iadava, Senhor da Provncia de Taligana, entrou em profunda depresso pela morte de seu filho nico em batalha. As preces e splicas dos brmanes no conseguiam aplacar a tristeza e angustia do rei.

    At que um dia o brmane Lahur Sessa procurou o rei e lhe mostrou um jogo que poderia lhe acalmar o espirito. O jogo, um tabuleiro com 64 quadrados pretos e brancos e peas brancas e pretas que representavam a infantaria, a cavalaria, carros de combate, o vizir, a rainha e o rei. Depois das explicaes o rei perguntou por que a rainha era a pea mais forte do jogo. Sessa explicou que a rainha representa o patriotismo do povo, que a maior fora do reino.

    O rei aprendeu as regras, estudou planos de defesa e ataque e de algum modo foi aceitando a fatalidade que pode resultar em paz e liberdade para o povo. Diz a lenda o rei quis recompensar Sessa, deixando que ele escolhesse o que quisesse. Sessa pediu para pensar e aps um dia solicitou a quantidade de gros de trigo correspondentes as 64 casas do seu jogo assim dispostos: 1 gro na 1 casa, 2 na 2, 4 na a 3 casa, 8 na 4 casa, 16 na 5, 32 na 6, e assim em diante.

    O rei achou o pedido fcil e ordenou que fosse atendido at o final do dia. Mas a noite chegou e os matemticos do rei no conseguiam determinar as quantidades.

    O rei ordenou que o problema estivesse resolvido at o amanhecer. E ao amanhecer o rei ia dispensar seus calculadores, pois o problema no

    estava resolvido, quando um dos conselheiros interviu dizendo que os matemticos do norte haviam desenvolvido tcnicas que reduziam para horas o trabalho de dias.

    Um dos matemticos do norte apresentou ao rei o resultado do pedido de Sessa: para juntar a quantidade pedida era necessrio semear 73 vezes seguidas sobre uma rea equivalente a toda superfcie da Terra.

    E, para armazenar tal volume, 12 bilhes e 3 milhes de metros cbicos, seria preciso construir um celeiro de 5 metros de largura, 10 de comprimento e 300 milhes de quilmetros de profundidade.

    Ou seja, uma altura 2 vezes a distncia da terra ao sol.

    Isto porque, a quantidade de gro na casa 64 igual a 263 dando um total de gros de N = 1 + 2 + 2 + 2 + 24 + . . . + 263.

    Portanto, disse o matemtico, acrescentando 1 grau ao total temos N + 1 = 2 +

    2 + 2 + 2 + 24 + . . . + 263 = 2 ( 1 + 1 + 2 + 2 + 23 + . . . + 262 ) = 2 ( 2 + 2 + 2 + 23 + . . . + 262 ) = 2. 2 ( 1 + 1 + 2 + 2 + 23 + . . . + 261 ) = 2. 2 ( 2 + 2 + 2 + 23 + . . . + 261 ) = 2. 2. 2 ( 1 + 1 + 2 + 2 + 23 + . . . + 260 ) = . . . = 2 ( 2 + 2 + 2 + 23 + . . . + 260 ) = . . . = 263. 2 = 264. Assim N = 264 1 = 18.446.744.073.709.551.615 gros.

    O rei, impressionado com a sutileza do pedido e os clculos desenvolvidos, temendo no cumprir sua palavra, perguntou como fazer para saldar tal dvida.

    A resposta foi propor ao brmane contar pessoalmente gro por gro toda a quantidade solicitada. Mesmo que ele trabalhasse dia e noite sem descanso a razo de 1 gro por segundo, ele s recolheria em torno de 20 m em 10 anos.

    Mas Sessa declarou que abria mo do pedido e pediu ao rei para meditar sobre a aparncia enganadora dos nmeros e a falsa modstia dos ambiciosos.

    4

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 17

    SOMA DOS TERMOS DE UMA PG FINITA

    Seja = + + + + . . . + a soma dos n termos da

    PG finita { } = { , , , , . . . , }

    ( 1 ) Se = 1, = + + + + . . . + = ( 2 ) Se 1, temos = + + + + . . . + = + +

    + + . . . + + ( 3 ) Ento =

    ( ) =

    ( 4 ) = ( )

    SOMA DOS 64 TERMOS DA PG { 1, 2, 4, 8, 16, 32, . . . , }

    ( 1 ) Temos: a = 1, r = 2 e n = 64

    ( 2 ) = ( )

    =

    1 ( 1 264 )

    1 2 =

    1 264

    1

    ( 3 ) = [1 (210. 210. 210. 210. 210. 210. 24 ) ] = 210. 210. 210. 210. 210. 210. 24 1 = 1024. 1024. 1024. 1024. 1024. 1024. 16 1 =

    = ( 1.073.741.824 ) ( 1.073.741.824) .16 = 18.446.744.073.709.551.616 1

    ( 4 ) = 18.446.744.073.709.551.615.

    Determine 3 nmeros , e em PA com soma 6 tais que, adicionando a cada um deles, respectivamente os nmeros 3, 6 e 9, eles formam PG.

    ( 1 ) A sequncia { , , } forma uma PA tal que + + = 6 + = 6

    ( 2 ) Devemos ter = 2 = +

    ( 3 ) De ( 1 ) e ( 2 ) segue-se 2 = 6 3 = 6 = 2 { , , } = { , 2, };

    ( 4 ) Agora, somando a cada termo da sequncia { , 2, } respectivamente os

    nmeros 3, 6 e 9, temos uma sequncia { + 3, 2 + 6, + 9 } = { + 3, 8, + 9 };

    ( 6 ) Como { + 3, 8, + 9 } deve formar uma PG, devemos ter 8

    + 3 =

    + 9

    8 ( + 3 ) ( + 9 ) = 64 4 + 9 + 12 3 + 27 = 64

    10 + 25 = 0 = 5; ( 7 ) Como a + c = 2b 5 + c = 4 c = 1;

    ( 8 ) Os nmeros so , { , , } = , { 5, 2, 1 }.

    PRODUTO DOS TERMOS DE UMA PG FINITA .

    ( 1 ) Na PG { , , , , . . . , 1 } seja P o produto dos seus termos; ( 2 ) P = . . . . . . . . 1 = . 1 + 2 + 3 + . . .+

    ( 3 ) Como 1 + 2 + 3 + . . . + = ( + 1 )

    2, ento P = ( + 1 ) 2

    .

    E 11 C

    EXEMPLO 11

    E 11 A

    E 11 B

    E 11 D

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 18

    LIMITE DE UMA SEQUNCIA

    O quadro abaixo mostra alguns valores da sequncia = :

    n 1 2 3 4 . . . 10 1000 10000 100000000000

    1 1,43 1,67 1,81 . . . 2,7139 2,4962 2,499962 2,499999999996

    Enquanto n cada vez maior, ou n tende ao infinito, simbolicamente n ,

    os valores de aproximam-se cada vez mais do valor L = 5 2 , que se caracteriza como um valor limite.

    E mais ainda.

    A diferena entre o valor limite L = 2,5 e o termo geral de tal que

    L = 2,5 = ,

    cada vez menor e mais prximo de 0 quando n : L 0 , quando n suficientemente grande.

    Indicamos este comportamento escrevendo = 2,5.

    A notao = L diz que os termos de { } aproximam-se do nmero real L quando n torna-se grande.

    Mais precisamente:

    DEF 2: A sequncia { } tem limite L se podemos tornar os termos fn cada

    vez mais prximos de L para n suficientemente grande. Escrevemos

    = L e dizemos que

    a sequncia { } converge ou convergente para L R.

    DEF 3: A sequncia { } tem limite L = se para cada 0 < < 1

    dado existe um inteiro positivo 0 tal que < sempre que > 0 .

    Ou seja, " 0 < < 1, $ 0 / < sempre que > 0.

    5

    DEF 3:

    Se no existe , = + ou = , a

    sequncia { } denominada divergente, diverge ou no tem limite.

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 19

    MOSTRE QUE = = 5

    2;

    ( 1 ) Devemos mostrar que, DMQ, dado 0 < < 1 , existe um ndice 0 tal que

    < sempre que > 0;

    ( 2 ) Ou seja, DMQ dado 0 < < 1, existe 0 tal que |

    5

    2 | < sempre

    que > 0;

    ( 3 ) Agora, | 5

    2 | < |

    5

    2 + 3

    5

    2 | < | 10 5 ( 2 + 3 )

    2 + 3 | <

    |10 10 15

    2 ( 2 + 3 )| < | 15

    4 + 6| <

    15

    4 + 6< 4 + 6 > 15 >

    15 6

    4

    ( 3 ) Como > 0 e > 15 6

    4 , podemos tomar 0 =

    15 6

    4 ou 0 igual ao inteiro

    mais prximo de 15 6

    4 ;

    ( 5 ) Assim, dado 0 < < 1, mostramos que existe um ndice 0 que satisfaz a

    definio de limite de uma sequencia tal que = 5

    2;

    ( 6 ) Como | 5

    2 | < sempre que > 0, temos <

    5

    2 <

    5

    2 < <

    5

    2 + ;

    ( 7 ) O que quer dizer que dado > 0, existe um nmero inteiro 0 = 15 6

    4 tal que,

    para todo inteiro positivo > 0, todos os termos da sequencia { } esto

    contidos na faixa 5

    2 < <

    5

    2 + , chamada Regio de Convergncia;

    ( 8 ) A tabela abaixo ilustra o que ocorre para alguns dados valores de :

    0 = 15 6

    4

    5

    2 < <

    5

    2 +

    Leitura

    0,1 36 2,4 < < 2,6 Existem 36 termos fora da regio de

    convergncia

    0,01 373 2,49 < < 2,51 Existem 373 termos fora da regio de

    convergncia

    0,001 3748 2,499 < < 2,501 Existem 3.748 termos fora da regio de

    convergncia

    0,000001 3.749.998 2,499999 < < 2,500001 Existem 3.749.998 termos fora da

    regio de convergncia

    ( 9 ) Por exemplo, se = 0,1 existem 36 termos fora da regio da convergncia.

    Observe:

    ( 37 ) = 2,402; ( 2000 ) = 2,498126405; ( 1.000.000.000 ) = 2,499999996.

    EXEMPLO 12

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 20

    PROPOSIES FUNDAMENTAIS I

    UMA SEQUNCIA { } NO CONVERGE PARA DOIS

    LIMITES DIFERENTES.

    ( 1 ) Numa sequncia convergente, para n suficientemente grande, dois termos

    consecutivos e + 1 devem estar suficientemente prximos;

    ( 2 ) Ou seja, a distncia entre os termos e + 1 deve ser cada vez menor;

    ( 3 ) O que a proposio afirma que o termo da sequncia { } no pode estar prximo de dois nmeros diferentes 1 e 2 para n suficientemente grande;

    ( 4 ) Para mostrar essa impossibilidade, suponha 1 = e 2 = , com 1

    2, para concluir que 1 s pode ser igual a 2;

    ( 5 ) Por hiptese, dado 0 < < 1 devemos encontrar um ndice 0 tal que:

    1 < 2 sempre que > 0 e 2 < 2 sempre que > 0; ( 6 ) Assim, 1 2 = 1 + 2 = ( 1 ) + ( 2) ;

    ( 7 ) Ocorre que, dados e reais, sempre verdade que + + ;

    ( 8 ) Portanto ( 1 ) + ( 2) 1 + 2 < 2 + 2 = ;

    ( 9 ) Decorre que 1 2 < ;

    ( 10 ) Logo 1 2 deve ser igual a zero e assim 1 = 2.

    ( 11 ) Se o no nico, ele dito no existir e sequncia { } divergente.

    SE { }, { } E { } SO SEQUNCIAS TAIS QUE

    e = = L, ENTO = L.

    ( 1 ) Dado 0 < < 1, $ 0 tal que < e < com > 0;

    ( 2 ) Como , ento L L L;

    ( 3 ) Agora, < < < e < < < ;

    ( 4 ) Da L L L L < e = L.

    SEJA { } TAL QUE = 0. ENTO = 0.

    ( 1 ) Por hiptese, { | | } e { | | } convergem para zero;

    ( 2 ) Mas, para todo nmero real , | | | |;

    ( 3 ) Ento | | | |;

    ( 4 ) Pela Proposio 2, = 0.

    Por exemplo, seja = ( 1 ) + 1

    1

    . Ento | = | ( 1 )

    + 1 1

    | =

    | ( 1 ) + 1 1

    | =

    1

    = 0. Portanto, ( 1 ) + 1

    1

    = 0.

    PROPOSIO 1

    6

    PROPOSIO 2

    PROPOSIO 3

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 21

    Seja = . Ento = = +

    ( 1 ) Os termos da sequncia = so { 1, 4, 9, 16, . . . , n, . . . };

    ( 2 ) Enquanto o ndice n aumenta, os termos de = crescem ilimitadamente;

    ( 3 ) Ou seja, para todo M > 0, existe um ndice 0 tal que > 0 > M;

    ( 4 ) Portanto, = + ;

    ( 5 ) Por exemplo, seja M = 172.815. Ento n > M n > 172.815 n > 172. 815

    ou n < 172. 815. Como n , ento n > 415,71

    ( 6 ) Assim, se 0 = 416, ento para > 0 seja = 417 e ( 417 ) = 173.889; ( 7 ) Portanto, = > 172.815 sempre que n > 416.

    Seja = () + = { 1, 1, 1, 1, . . . }

    ( 1 ) Os termos da sequncia oscilam entre 1 e 1;

    ( 2 ) A distncia entre dois termos e + sempre igual a 2 e portanto jamais

    ser suficientemente pequena;

    ( 3 ) Raciocinando por absurdo, suponha = () + com limite L;

    ( 4 ) Ento, dado 0 < < 1, digamos = 1 2 , deve existir um ndice 0 tal que

    | () + | < 1 2 sempre que > 0;

    ( 4 )|() + | < 0,5 0,5 < () + < 0,5 {0,5 < 1 < 0,5, 0,5 < 1 < 0,5,

    = {1,5 < < 1,5, 0,5 < < 1,5,

    = {0,5 < < 1,5, 1,5 < < 0,5,

    ( 5 ) L ( 0,5; 1,5 ) ou L ( 1,5; 0,5 )

    ( 6 ) L no nico: observe que () + = 1 e ()

    + = 1;

    ( 8 ) Portanto, para todo n , () + no definido ou, no existe.

    Seja =

    , real.

    SE < 1, = {

    } CONVERGE PARA ZERO.

    ( 1 ) De fato. Devemos mostrar que

    dado 0 < < 1, $ 0 tal que < sempre que > 0;

    ( 2 ) < < <

    ( 3 ) Ento < < ;

    ( 4 ) Agora, se < 1, ento < 1;

    ( 5 ) Portanto < > ( 6 ) Como > 0 e > , podemos tomar 0 = .

    SE > 1, = { } DIVERGE.

    EXEMPLO 13

    EXEMPLO 14

    EXEMPLO 15

    E 15 A

    E 15 B

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    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 22

    PROPRIEDADES OPERACIONAIS DOS LIMITES I

    A definio de limite de uma sequencia convergente { } diz que a partir de certo ndice 0 todos os termos de ndice > 0 esto em uma faixa, denominada Regio de Convergncia, determinada pelas retas y = L e y = L + :

    L + L +

    L L

    L L

    +

    A definio esclarece o que devemos entender por de limite de uma sequncia. Entretanto, para calcular o valor limite de uma sequncia, devemos utilizar as

    propriedades dos limites das funes reais de uma varivel real , pois elas se estendem s sequncias reais. o que garante o teorema:

    Daqui em diante, Considere = , pois n .

    Por exemplo, se x e f( x ) = 5

    2 + 3 , ento, o

    5

    2 + 3 pode ser calculado

    dividindo o numerador e o denominador pela maior potncia de :

    ( 1 ) lim 5 + 9

    2 + 17 =

    5

    2 + 3

    = 5

    2

    +

    3

    = 5

    2 + 3

    ;

    ( 2 ) Assim, 5

    2 + 3

    = lim 5

    2 + 3

    =

    lim5

    lim2 +lim 3

    ;

    ( 2 ) Como lim 1

    = 0, ento lim

    3

    = 3 lim

    1

    = 0;

    ( 3 ) Assim, lim 5

    2 + 3 =

    5

    2 + 0 =

    5

    2.

    ( 4 ) Assim, se f( n ) = 5

    2 + 3 , para n , ento

    5

    2 + 3 =

    5

    2.

    7

    Se ( ) = ( ) = , =

    PROPOSIO 4

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 23

    PROPRIEDADES OPERACIONAIS DOS LIMITES

    Considere { } e { } sequencias convergentes de limite L e M, respectivamente. Ento, considerando = , pois n

    , e k real:

    L 1 ) = L 2 ) =

    L 3 ) ( + ) = + L 4 ) ( . ) = .

    L 5 )

    =

    = {

    , 0 , 0 = 0

    = 0 = 0.

    L 6 ) =

    L 7 ) ( ) = ( )

    =

    L 8 ) ( ) = ( ) = , se definido;

    L 9 ) Se : [ a, ) , ento

    = + e (1 )

    = 0

    Sejam ( ) = 0 + 1 + 2 + . . . + e

    ( ) = 0 + 1 + . . . +

    . Ento,

    L 10 ) ( )

    =

    L 11 ) [ ( ) ( )]

    = ( )

    Por exemplo,

    ( 1 ) 5

    2 + 3 =

    5

    2 =

    5

    2 =

    5

    2;

    ( 2 ) 27 +73+5

    936+12 = lim

    27 +73+5

    336+12 = lim

    27

    3 = lim

    27

    3 =

    27

    9 = 3.

    8

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 24

    PROPRIEDADES OPERACIONAIS DOS LIMITES III

    O quadro abaixo resume as principais propriedades operacionais do limite das funes reais de varivel real quando :

    Hipteses Concluso

    1 ( ) = + e ( ) = +

    [( + )( )] = +

    2 ( ) = e ( ) =

    [( + )( )] =

    3 ( ) = + e ( ) = M 0

    ()( ) = {+, > 0, < 0

    4 ( ) = e ( ) = M 0 ()( ) = {, > 0+, < 0

    5 ( ) = + e ( ) = +

    ()( ) = +

    6 ( ) = + e ( ) =

    ()( ) =

    7 ( ) = e ( ) =

    ()( ) = +

    8 ( ) = +

    1 ( ) = 0

    9 ( ) =

    1 ( ) = 0

    10 ( ) = 0

    1 ( ) = +

    No possvel estabelecer uma regra para os seguintes casos:

    Hipteses No h Concluso

    1 ( ) = + e ( ) = +

    [( )( )]

    2 ( ) = e ( ) =

    [( )( )]

    3 ( ) = + e ( ) =

    [( + )( )]

    4 ( ) ={

    +

    e ( ) = 0

    ()( )

    5 ( ) ={

    +

    e ( ) = {+

    (/)( )

    9

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 25

    CLCULO DO LIMITE DE UMA SEQUENCIA

    ( 8 5 + 7 ) = (8 ) = 8 lim = + ;

    (3 + 62 3 + 2 ) = ( 5 ) = ( ) = ;

    ( 9 5 ) ( 2 + 12 ) = ( 9 ) ( 2 ) = ( 9 ) ( 2 ) = 9/2;

    .

    ( 32 5 + 3 ) ( 5 + 4 ) = 3 5 = 3/5 = + .

    CLCULO DO LIMITE DE UMA SEQUENCIA

    10 17

    2 + 32 +

    + 1 =

    10

    2 +

    = 5 + 1 = 6

    ( 7 5 ) ( 8 + 3 ) = ( 5 ) ( 8 ) = (5 8 ) = 5 8 .

    ( 102 + 8 ) ( 53 + 2 7 ) = 102 53 = 2 1 = 0

    ( 2 5 )3( 3 7 )2 5 = (2)3(3 )2 5 = 72lim 5 5 = 72

    ( 4 + 5 3 + 4 ) = .

    ( 1 ) Multiplicando = 4 + 5 3 + 4 pelo seu conjugado temos

    = 4 + 5 3 + 4 . 4 + 5 + 3 + 4

    4 + 5 + 3 + 4 ;

    ( 2 ) Lembramos: o conjugado de + ;

    ( 3 ) Assim =( 2 4 + 5 )

    2 ( 2 3 + 4 )

    4 + 5 + 3 + 4 =

    4 + 5 2 + 3 4

    4 + 5 + 3 + 4

    ( 4 ) Observe que o numerador tem a forma ( ) ( + ) = ;

    ( 5 ) Portanto, = 1

    4 + 5 + 3 + 4 =

    ( 1

    1 )

    ( 2

    2

    4

    2 +

    5

    2 ) + (

    2

    2

    3

    2 +

    4

    2 )

    = (

    1

    1 )

    1 4

    +

    5

    2 + 1

    3

    +

    4

    2 =

    1

    1

    1 4

    +

    5

    2 + 1

    3

    +

    4

    2 =

    0 1

    1 0 + 0 + 1 0 + 0 = 1

    EXEMPLO 16

    E 16 A

    E 16 B

    E 16 C

    E 16 D

    EXEMPLO 17

    E 17 B

    E 17 C

    E 17 D

    E 17 A

    EXEMPLO 18

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 26

    CLCULO DE LIMITES

    3 + 5 ( + 1 )

    ( 1 ) Observe que 3 + 5 = + e ( + 1 ) = + ;

    ( 2 ) 3 + 5 ( + 1 ) = + / + e / um smbolo de indeterminao;

    ( 3 ) Mas, 3 +5

    +1 =

    ( 1 3

    2 +

    5

    2 )

    ( 1 + 1

    )

    = 1

    3

    2 +

    5

    2

    ( 1 + 1

    )

    = 1

    3

    2 +

    5

    2

    ( 1 + 1

    )

    ( 4 ) Como + , ento = e 3 +5

    +1=

    1 3

    2 +

    5

    2

    ( 1 + 1

    )

    =

    1

    3

    2 +

    5

    2

    ( 1 + 1

    )

    = lim 1

    3

    2 +

    5

    2

    1 + 1

    = lim 1

    1 = 1;

    ( 5 ) Logo, 3 + 5 ( + 1 ) = 1.

    [ + 5 + 3 ]

    ( 1 ) Observe que lim [ + 5 + 3 ] = e o smbolo no tem significado;

    ( 2 ) Mas, [ + 5 + 3 ] = [ + 5 + 3 ]. [ 2+ 5 +3 + ]

    [ 2+ 5 +3 + ] =

    ( 2+ 5 +3 )2

    [ 2+ 5 +3 + ] =

    5 + 3

    [ 2+ 5 +3 + ];

    ( 3 ) lim [ + 5 + 3 ] = 5 + 3

    [ 2+ 5 +3 + ] =

    ;

    ( 4 ) 5 + 3

    [ 2+ 5 +3 + ] =

    ( 5 + 3

    )

    [ 2( 1 + 5

    2 +

    3

    2 ) + ]

    = ( 5 +

    3

    )

    1 + 5

    +

    3

    2 ) +

    =

    ( 5 + 3

    )

    1 + 5

    +

    3

    2 ) +

    = ( 5 +

    3

    )

    [ 1 + 5

    +

    3

    2 ) +

    ]

    = 5 +

    3

    1 + 5

    +

    3

    2 ) + 1

    ( 5 ) lim [ + 5 + 3 ] = 5 +

    3

    1 + 5

    +

    3

    2 ) + 1

    = 5 / 2.

    EXEMPLO 19

    E 19 A

    E 19 B

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 27

    SEQUNCIAS LIMITADAS

    E mais ainda.

    O nmero tal que chamado um Limitante Inferior ou Cota Inferior da sequncia { } e { } diz-se Limitada Inferiormente.

    O nmero b tal que chamado um Limitante Superior ou Cota Superior da sequncia { } e { } diz-se Limitada Superiormente.

    Se { } limitada superiormente e inferiormente, { } dita Limitada.

    Se { } no for limitada, { } dita Ilimitada. Toda sequncia limitada Inferiormente tem infinitas cotas inferiores. A maior

    das cotas inferiores denominada INFIMO de { } e denotada { }. Toda sequncia limitada Superiormente tem infinitas cotas superiores. A menor

    das cotas inferiores denominada SUPREMO de { } e denotada { }.

    { } LIMITADA SE, E S SE, { } LIMITADA.

    ( 1 ) Se { } limitada, ento . ( 2 ) Como todo intervalo [ , ] est contido num intervalo ( , ), com > 0, ento ou . Portanto { } limitada. ( 3 ) Reciprocamente, se existe c > 0 tal que , ento { } limitada.

    SEQUNCIAS LIMITADAS

    A Sequncia Oscilante = {0,

    1, divergente.

    ( 1 ) Os termos de { } oscilam infinitamente entre 0 e 1;

    ( 2 ) Como = 0 = 1, no existe o .

    ( 3 ) Entretanto, { } Limitada, pois o conjunto dos seus termos limitado: a( ) = { 0, 1 };

    ( 4 ) Observe que { } = 0 e { } = 1.

    A Sequncia Oscilante bn = sen divergente, pois:

    ( 1 ) Seus ternos oscilam infinitamente entre 1, 0, 1 e no existe o ;

    ( 2 ) { } Limitada, pois o conjunto dos seus termos limitado: ( ) = { 0, 1 };

    10

    Uma sequncia { } LIMITADA se: ( 1 ) O conjunto dos seus termos limitado ou,

    ( 2 ) Se existem nmeros reais e tais que .

    EXEMPLO 20

    E 20 A

    E 20 B

    PROPOSIO 5

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 28

    SEQUNCIAS LIMITADAS

    A Sequncia Oscilante cn = limitada, pois ( ) = { 1, 1}.

    = ou { } = { , , , . . . , , . . . } limitada, pois ( ) = { };

    A Sequncia = 1

    limitada, pois [ 0, 1 ]:

    ( 1 ) Um limitante 1 = 1, obtido fazendo = 1;

    ( 2 ) O outro limitante obtido fazendo : 1

    = 0;

    ( 3 ) Assim, 0 o limitante inferior e 1 o limitante superior de = 1

    ;

    ( 4 ) { 1 } = 0, pois 0 a maior das cotas inferiores;

    ( 5 ) { 1 } = 1, pois 1 a menor das cotas inferiores;

    A Sequncia = 2n 1 limitada Inferiormente: [ 1, + )

    ( 1 ) Um limitante 1 = 1, obtido fazendo = 1;

    ( 2 ) No existe outro limitante, pois ( 2 1 ) = + ;

    ( 3 ) Assim, 1 o limitante inferior e a sequncia ilimitada superiormente;

    ( 4 ) { 2 1} = 1, pois 1 a maior das cotas inferiores; SEQUNCIAS LIMITADAS

    A Sequncia = 1 limitada Superiormente, pois ( , 0 ]

    ( 1 ) Um limitante 1 = 0, obtido fazendo = 1;

    ( 2 ) No existe outro limitante, pois ( 1 ) = ;

    ( 3 ) Assim, 1 o limitante Superior e a sequncia ilimitada Inferiormente;

    ( 4 ) { 1 2} = 0, pois 0 a menor das cotas superiores;

    A Sequncia = 3 ( + 2 ) limitada, pois [ 1, 3 ]

    ( 1 ) Um limitante 1 = 1, obtido fazendo = 1, e o outro 3

    + 2 = 3;

    ( 2 ) Assim, 1 o limitante inferior e 3 o limitante superior;

    ( 3 ) { 3 ( + 2 ) } = 1 e { 3 ( + 2 ) } = 3.

    = 1

    limitada, pois { | 1

    | } = {

    1 } limitada.

    EXEMPLO 21

    E 21 C

    E 21 D

    E 22 A

    E 21 B

    EXEMPLO 22

    E 22 C

    E 22 B

    E 21 A

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 29

    SEQUNCIAS MONTONAS

    E mais ainda. Uma consequncia da ideia de monotonicidade que o 1 termo um limitante

    inferior se { } crescente ou, um limitante superior se { } decrescente. Na determinao da monotonicidade pode-se recorrer a um dos argumentos:

    ARGUMENTO 1: CRITRIO DA COMPARAO POR DIFERENA

    ( 1 ) Faa a diferena + 1

    ( 2 ) Se + 1 0, ento {} crescente, {} ,

    ( 3 ) Se + 1 0, ento {} decrescente, {} ,

    ARGUMENTO 2: 1 CRITRIO DARAZO

    ( 1 ) Faa o quociente 1 = + 1

    ( 2 ) Se 1 > 1, ou 1 1 > 0, {} crescente, {} ,

    ( 3 ) Se 1 < 1, ou 1 1 < 0, {} decrescente, {} ,

    ARGUMENTO 3: 2 CRITRIO DARAZO

    ( 1 ) Faa o quociente 2 = + 1

    ( 2 ) Se 1 < 1, ou 1 1 < 0, {} crescente, {} ,

    ( 3 ) Se 1 > 1, ou 1 1 > 0, {} decrescente, {} ,

    ARGUMENTO 4: TESTE DA DERIVADA

    ( 1 ) Seja F : uma funo real de varivel real positiva denominada

    Funo Associada Sequncia = ( ); ( 2 ) Se ( ) 0, Crescente em [ 1, ) e da ( ) ( + 1 ) ou { }

    crescente;

    ( 3 ) Se ( ) 0, Decrescente em [ 1, ) e da ( ) ( + 1 ) ou { } decrescente.

    11

    Uma sequncia { } MONTONA ( 1 ) CRESCENTE, {} , se 1 2 3 . . . . . . ou ;

    ( 2 ) DECRESCENTE, {} , se 1 2 3 . . . . . . ou ;

    ( 3 ) ESTRITAMENTE CRESCENTE, se < ;

    ( 4 ) ESTRITAMENTE DECRESCENTE, se > .

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 30

    SEQUNCIAS MONTONAS

    = ou { } = { , , , . . . , , . . . }

    ( 1 ) simultaneamente montona crescente e montona decrescente; ( 2 ) uma sequncia Montona Constante;

    ( 3 ) Verificando pelo Critrio da Comparao, + 1= = 0 = + 1 ;

    A Sequncia cn = ou { } = { 1, 1, 1, 1, . . . }

    ( 1 ) No crescente e nem decrescente;

    ( 2 ) Ela Oscilante: os seus termos oscilam infinitamente repetindo o ciclo 1 e 1;

    A Sequncia Oscilante =

    ( 1 ) No crescente e nem decrescente;

    ( 2 ) Seus ternos oscilam infinitamente repetindo o ciclo entre 1, 0, 1;

    A Sequncia = 1

    ou { } = { 1, 1 2 , 1 3 , 1 4 , . . . , 1 ,. . . }

    ( I ) Pelo CRITRIO DA COMPARAO,

    ( 1 ) + 1= 1

    1

    +1 =

    + 1

    ( + 1 ) =

    1

    ( + 1 )

    ( 2 ) + 1 0, pois o numerador e o denominador so positivos;

    ( 3 ) Logo + 1 ou { 1 } decrescente;

    ( II ) Pelo CRITRIO DA DERIVADA,

    ( 1 ) Para todo x 1, seja ( ) = 1 = 1;

    ( 2 ) Ento f( x ) = 2 = 1 < 0;

    ( 3 ) Logo { 1 } decrescente.

    ( III ) Pelo 1 CRITRIO DA RAZO,

    ( 1 ) Seja 1 = + 1 / ;

    ( 2 ) Ento 1 = ( 1 + 1 ) ( 1 ) 1 = + 1

    ( 2 ) Agora 1 1 =

    + 1 1 =

    1

    ( + 1 ) =

    1

    ( + 1 ) < 0 1 1 < 0 1 < 0

    ( 3 ) Como 1 < 0 ou + 1 / < 1, { 1 } decrescente;

    EXEMPLO 23

    E 24 D

    E 23 A

    E 24 B

    E 24 C

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 31

    ATIVIDADE DE ESTUDOS 1 ) DESCREVA ATRAVS DE UMA DAS NOTAES DE SEQUNCIAS: A) A sequncia dos nmeros inteiros e positivos; B) A sequncia dos nmeros pares positivos; C) A sequncia dos nmeros impares positivos; D) A sequncia da raiz quadrada dos nmeros inteiros e positivos; E) A sequncia do inverso dos nmeros inteiros e positivos; 2 ) DESCREVA ATRAVS DE UMA DAS NOTAES DAS SEQUNCIAS:

    A) A sequncia cujo termo geral = ; B) A sequncia cujo termo geral bn = ; C) A sequncia cujo termo geral = ;

    D) A sequncia cujo termo geral dn = . ; 3 ) DESCREVA ATRAVS DE UMA DAS NOTAES DAS SEQUNCIAS:

    A) , n { 4, 8, 14, 22, 32, . . . }

    B) , n { -3, -2, 0, 4, 12, . . . }

    C) , n { 2, 3, 12, 33, 102, . . . }

    4 ) SEJA = 3n 4. DETERMINE , , 26, 3k 1, 9k 7 5 ) D O TERMO GERAL DA SEQUNCIA:

    A) { , , , , , . . . }; B) { , , , , , . . . };

    C) { 4, 6, 8, 10, . . . } 2n + 2 D) { 2, 4, 8, 16, 32, . . . };

    E) { , , , , , . . . }; F) { 1, ; ; ; ; . . . };

    6 ) D O TERMO GERAL DA SEQUNCIA:

    A ) { 10, 8, 6, 4, . . . } 2n 12 B ) { 12, 7, 2, 3, . . . } 17 5 n

    C ) { 5, 7/ 2, 2, 1/ 2, 1, . . . } 3n/ 2 + 13/ 2 D ) { 1 /6, 1 /3, 1 /2, . . . } n/ 6

    7 ) Se = , determine as constantes A e B tais que = + . 1 e 1

    8 ) Seja = .

    Determine as constantes A e B tais que = + . e

    12

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 32

    9 ) Faa o grfico da sequncia = n 2 cujo domnio D = { 1, 2, 3, 4, 5 }

    10 ) Se = 2n + 3 e = 5 + 3 , descreva em termos de n.

    11 ) Determine a soma dos mltiplos de 9 entre 100 e 2500 266 mltiplos e S = 345.933

    12 ) Determine a soma dos nmeros inteiros e positivos de 100 a 2000 1.996.050

    13 ) Determine a soma dos inteiros positivos de 1 at n S = n (n + 1 ) / 2

    14 ) Determine a soma dos mltiplos positivos de 4 formados por 3 algarismos 123.300

    15 ) Quais so os 3 primeiros termos de uma PA de razo 7 tal que o termo de ordem 321 igual a 7635 ? 5395, 5402, 5409

    16 ) Quantos mltiplos de 7 existem entre 52 e 2339 ? 327

    17 ) Determine o 1 termo de uma PA em que a soma do 15 termo com o 24 termo

    igual a 300 e a soma do 6 termo com o 13 termo igual 200. 115 /2

    18 ) Determine o nmero que deve ser adicionado aos nmeros 4, 5 e 8 para obter, nesta ordem, uma PG. 7/ 2

    19 ) Determine os nmeros , e que formam uma PA de soma 6 e so tais que somando a cada um deles, respectivamente, 3, 6 e 9, eles formam uma PG. 5, 2, 1

    20 ) Quantos termos tem a PG { 3, 18, . . . , 181.398.528 } ? 11

    21 ) Determine os nmeros e tais que 2, a e b, nesta ordem. formam uma PA e , e 12, nesta ordem, formam uma PA. a = 4 e b = 8 ou a = 3 e b = 9/ 2.

    22 ) D a soma dos 10 primeiros termos de { 1, 3, 9, . . . }

    23 ) Determine a razo de uma PG de 3 termos de soma 19/ 9 e produto 8/ 27. 9 ou 4

    VERIFIQUE SE A SEQUNCIA DADA ABAIXO CONVERGE:

    24 ) = n (n 2) D 25 ) = L = 1/5

    26 ) = L = 5/8 27 ) = D

    28 ) = L = 5 29 ) = L = 1

    30 ) = sen D 31 ) = ( ) + D

    32 ) = ( ) + D 33 ) =

    L = 0

    34 ) = ( 2 1 ) / ( + 1) L = 4 35 ) = 16 9 / ( n + 3 ) L = 4

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 33

    VERIFIQUE SE A SEQUNCIA ABAIXO MONTONA:

    36 ) = Decrescente 37 ) bn = cos No-montona

    38 ) = Decrescente 39 ) dn = Crescente

    40 ) = (1)+1

    1

    ,

    ( 1 ) Os termos de so { 1, 1

    2 ,

    1

    3,

    1

    4, 1

    5,

    1

    6, . . . };

    ( 2 ) Sequncias cujos termos mudam alternadamente de sinal so chamadas Sequncias Alternadas; ( 3 ) Sequncias Alternadas no so Montonas, pois no crescentes e nem decrescentes; ( 4 ) A sequncia dada ALTERNADA;

    ( 5 ) Observe que 1> 2, 2< 3, 3> 4, 4< 5, . . . de modo que - se n impar, > + 1 e + 1< + 2, - se n par, < + 1 e + 1 > + 2; ( 6 ) Os termos de oscilam em torno de 0, aproximando cada vez de 0;

    41 ) = (1)+1 , Sequncia Alternada; Se n impar, + e se par,

    VERIFIQUE SE A SE QUNCIA MONTONA PELO CRITRIO INDICADO:

    42 ) = 9

    2 + 5: 1 Critrio da Razo, da Comparao e Critrio da Derivada

    43 ) = + 1

    + 5 + 4: Critrio da Comparao e Critrio da Derivada

    44 ) = 1 + 2. 3

    4 6. 3: Critrio da Derivada

    45 ) = 1. 3. 5. 7. . . . ( 2 1 )

    2. 4. 6. 8. . . . ( 2 ): 1 Critrio da Razo

    VERIFIQUE SE A SEQUNCIA LIMITADA SUPERIOR OU INFERIORMENTE

    46 ) = + 1

    3 + 2 Limitada 47 ) = 2 Limitada Inferiormente

    48 ) = (1)+1

    + 1 Limitada 49 ) = (1)

    +1

    3 + 1 Limitada

    50 ) xn = cos Limitada

    SOMATRIOS

    Abreviamos a escrita de somas utilizando letra grega , que corresponde ao S

    do nosso alfabeto, para significar Somatrio.

    O smbolo lido como a soma ou o somatrio dos termos para n

    variando de 1 at o valor m.

  • CADERNOS SRIES PROF MARCO A BRASIL

    UNIDADE A: SRIES NUMRICAS CADERNO 1 : SEQUNCIAS PGINA 34

    Assim, = + + + + . . . + ou

    = + + + . . .

    Por exemplo: = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6,

    = ( 3. 1+ 5 ) + ( 3.2 + 5 ) + ( 3.3 + 5 ) + ( 3.4 + 5 ) = 50.

    Valem as seguintes propriedades:

    I ) ) = +

    II ) = k ;

    III ) = m k

    DESENVOLVA OS SOMATRIOS: 51 ) 52 ) 53 ) 54 ) 55 ) 56 ) 57 ) 58 ) 59 ) . 60 ) + ] ) 61 ) 85/64 62 ) + ] 30 REPRESENTE ATRAVS DO SMBOLO DE SOMATRIO 63 ) 1 + 3 + 5 + 7 + 9 + 11 ou 64 ) 2 + 4 + 6 + 8 + 10 + 12

    65 ) + + +

    66 ) 1 + + + +

    67 ) 1+ 2 + 3 + 4 + 5 + . . . + n

    68 ) 2 22 + 23 24 + . . .

    69 ) + + + + . . .

    70 ) 1 + + 1

    9 + + . . .