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PREFEITURA DESÃO PAULO
SECRETARIA DA SAÚDECOORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE
CENTRO OESTE
RELATÓRIO DE GESTÃORELATÓRIO DE GESTÃO 2005 a 20122005 a 2012
Dezembro/2012
Versão final
São Paulo
Gilberto KassabPrefeito da Cidade de São Paulo
Januário MontoneSecretário Municipal da Saúde
Coordenadoria Regional da Saúde Centro OesteEdith Lauridsen Ribeiro (2005/2007)
Antônio Celio Camargo Moreno (2007)Ivanilda Argenau Marques (2007/2008)Márcia Aparecida Gadargi (2009/2012)
Supervisão Técnica de Saúde ButantãMarta Akemi Horii (2005/2007)
Elizabeth Tapié Gabriele (2007/2009)Maria Helena Lopez de Campos Isaac (2009/2011)
Márcia do Nascimento Bonilha (2011/2012)Regiane de Santana Piva (2012)
Supervisão Técnica de Saúde Lapa PinheirosÂngela Maria Dellaqua (2005/2008)
Márcia do Nascimento Bonilha (2008/2011)Patrícia Evangelista de Faria Ferraz (2011/2012)
Supervisão Técnica de Saúde SéSandra Monetti (2005)
Antônio Celio Camargo Moreno (2005)Susana Gualda de Freitas Rodrigues (2006/2012)
Instituições Parceiras CRSCO/SMSAssociação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
Associação Saúde da FamíliaCentro Social Nossa Senhora do Bom Parto
Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de JesusFundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São PauloInstituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein
Instituto de Responsabilidade Social Sírio LibanêsFundação Faculdade de Medicina
2
ÍNDICE
1 Panorama das Condições de Vida e Situação de Saúde 4
1.1 Perfil Populacional 6
1.2 Perfil Sócio-Econômico 11
1.3 Perfil de Natalidade (Nascidos Vivos), Mortalidade Infantil e Mortalidade Materna 15
1.4 Perfil de Mortalidade Geral 19
2. Organização da Atenção em Saúde 22
2.1 Ampliação da rede assistencial 22
2.1.1 Implantação das Unidades de Assistência Médico-Ambulatorial -AMA 24
2.1.2 Implantação das AMAs Especialidades 27
2.2 Ampliação do Acesso 30
2.3 Estratégia Saúde da Família – ESF 32
2.3.1 Assistência às Populações Vulneráveis; Pessoas em Situação de Rua, Moradores de Cortiços e em Dependência Química
37
2.3.2 Programa de Monitoramento de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica PMAQ 40
2.3.3 Núcleos de Apoio as Equipes de Saúde da Família - NASF 44
2.3.4 Fortalecimento da Intersetorialidade com Ênfase à Promoção à Saúde 46
2.4 Rede de Proteção à Mãe Paulistana 51
2.5 Saúde Mental 55
2.6 Saúde Bucal 57
2.7 Programa de Automonitoramento Glicêmico 60
2.8 Programa Acompanhante do Idoso – PAI 62
2.9 Acompanhante Comunitário de Saúde da Pessoa com Deficiência -APD 64
3. Apoio à Atenção em Saúde 66
3.1 Assistência Farmacêutica 66
3.2 Assistência Laboratorial 69
3.3 Regulação 72
3.3.1 Oferta 73
3.3.2 Fila de Espera – Demanda Reprimida 75
3.4 Recursos Humanos 76
3.4.1 Escola Técnica do SUS Centro Oeste - ETSUS 78
3.5 Rede de Promoção da Saúde – site de rede social 80
3.6 Planejamento Estratégico em Saúde 81
3.7 Reformas 83
4 Vigilância em Saúde 87
4.1 Vigilância Epidemiológica 90
4.2 Vigilância Ambiental 96
4.3 Vigilância Sanitária 97
4.4 Saúde do Trabalhador 98
Anexos 100
3
1 - Panorama das Condições de Vida e Situação de Saúde
A Coordenadoria Regional de Saúde Centro Oeste é formada por 3 Supervisões
Técnicas de Saúde (Butantã; Lapa/Pinheiros e Sé) e 4 Subprefeituras (Butantã;
Lapa; Pinheiros e Sé), conforme os mapas abaixo. As Supervisões Técnicas de
Saúde e Subprefeituras são divididas nos Distritos Administrativos conforme o
quadro 1, a seguir:
MAPA 1 – COORDENADORIAS REGIONAIS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO E SUBPREFEITURAS DA COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE CENTRO OESTE.
Fonte: PMSP/SMS/Divulgação; CEInfo CRS Centro Oeste
4
QUADRO 1 – DISTRITOS ADMINISTRATIVOS DA COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE CENTRO OESTE POR SUBPREFEITURA, MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.
BUTANTÃ Butantã, Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Vila Sônia 5 DA
LAPA Barra Funda, Jaguará, Jaguaré, Lapa, Perdizes, Vila Leopoldina 6 DA
PINHEIROS Alto de Pinheiros, Itaim Bibi, Jardim Paulista e Pinheiros 4 DA
SÉ Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, Santa Cecília, Sé 8 DA
CRSCO 23 DA
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo CRS Centro Oeste
Os usuários em potencial do Sistema Único de Saúde na Região de Saúde Centro
Oeste no município de São Paulo estão caracterizados neste documento, conforme
as seguintes dimensões: perfil populacional, perfil sócio econômico, perfil de
natalidade e de mortalidade infantil, materna e geral.
Estas informações são apresentadas por Supervisões de Saúde (STS),
Subprefeituras ou Distritos Administrativos (DA) componentes da Coordenadoria
Regional de Saúde Centro Oeste (CRSCO), de acordo com a disponibilidade ou
necessidade de detalhamento da informação.
5
1.1 - Perfil Populacional
O município de São Paulo possui uma população de 11.337.021 habitantes, da qual
1.470.436 habitantes residem na região Centro Oeste, representando 13% do total
(estimativa 2011 – IBGE/F.SEADE, consulta tabnet SMS-SP). Esta fração está constituída em
53,5% por mulheres e 46,5% por homens.
A tabela 1 apresenta comparativamente dados do município e CRSCO por
Subprefeitura, referentes à distribuição da estimativa populacional para 2011, taxa
de crescimento populacional, área territorial e densidade demográfica, segundo
CENSO/IBGE, 2010. Pode-se observar um leve crescimento populacional na
Subprefeitura da Sé, área central do Município seguida de perto pelas regiões
periféricas na Subprefeitura do Butantã, tradicionalmente mais populosa nas últimas
décadas, e com tendência similar em relação à taxa de crescimento populacional. Já
a Subprefeitura de Pinheiros é a que teve menor crescimento populacional na última
década. Em relação à densidade demográfica, a Subprefeitura Sé apresenta os
maiores valores do município; fator determinante social que merece destaque nas
condições de saúde e qualidade de vida dessa população.
TABELA 1 - ESTIMATIVA POPULACIONAL, TAXA DE CRESCIMENTO, ÁREA E DENSIDADE DEMOGRÁFICA, MUNICÍPIO DE SÃO PAULO E CRS CENTRO OESTE POR SUBPREFEITURA, ANOS 2010/2011.
TerritórioEstimativa
Pop.
(2011)
Tx. Crescimento(2000/2010)
Área(ha)
Densidade Pop.(2010) (hab/ha)
São Paulo 11.337.021 0,76 150.900 74,58
CRSCO 1.470.436 1,13 15.410 102,12
Butantã 433.322 1,27 5.610 76,33
Lapa 309.059 1,22 4.010 76,19
Pinheiros 291.338 0,61 3.170 91,40
Sé 436.717 1,43 2.620 164,54
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo, tabwin Prodam - acesso 16/08/2011Elaboração:CEInfo CRS Centro Oeste, a partir da SMDU – Dipro
A série histórica do crescimento populacional no território da CRSCO, no período de
1980 a 2010, aponta para uma retomada de crescimento populacional nas regiões
centrais a partir dos anos 2000, inversamente do ocorrido no município em geral.
Tais dados estão expostos na tabela 2 e gráfico 1. Este evento é mais expressivo,
na subprefeitura da Sé, e menor na subprefeitura de Pinheiros. Já nas áreas
6
limítrofes, na Subprefeitura do Butantã, este crescimento, apesar de positivo e
superior à década anterior, apresenta menor grau. Na perspectiva do decréscimo
populacional até 2010, a inversão ocorrida significou impacto no planejamento da
região, em virtude de 201.760 habitantes a mais que o estimado para o ano,
representando um acréscimo de 13,9%. Todos os DA e STS tiveram crescimento
populacional maior que o esperado. A maior contribuição foi da STS Sé, com os DA
República, Santa Cecília, Consolação e Cambuci com as maiores diferenças.
Destacaram-se os DA Morumbi e Vila Leopoldina na STS Butantã e STS
Lapa/Pinheiros, respectivamente.
TABELA 2 - TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO E CRS CENTRO OESTE, POR SUB PREFEITURA, DE 1980 A 2010
Território/ Período
Taxas de Crescimento
1980/1991 1991/2000 2000/2010
Butantã 2,32 0,32 1,27
Lapa - 0,70 - 0,99 1,22
Pinheiros -0,98 - 2,41 0,61
Sé -1,24 - 2,24 1,43
São Paulo 1,15 0,88 0,76
Fonte: SMDU/Dipro, a partir de IBGE e F.SEADE
GRÁFICO 1 - TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL NA CRS CENTRO OESTE, POR SUB PREFEITURA, DE 1980 A 2010
Fonte: SMDU/Dipro, a partir de IBGE e F.SEADE,
Avaliando-se o percentual de usuários exclusivos dos serviços do SUS em relação à
população na CRS Centro Oeste, observa-se a média de 44%. A tabela 3 e o gráfico
2 consecutivamente expõem os dados dessa parcela populacional denominada SUS
Dependente, com a estimativa para o ano de 2011.
7
TABELA 3 - NÚMERO E PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO EXCLUSIVAMENTE USUÁRIA SUS, MUNICÍPIO DE SÃO PAULO E CRS CENTRO OESTE, POR SUBPREFEITURA, 2011.
TerritórioPOP Exclusivamente SUS
Nº Pessoas Porcentagem (%)
Butantã 214.494 49,5
Lapa 131.659 42,6
Pinheiros 98.472 33,8
Sé 208.314 47,7
CRSCO 652.874 44,4
São Paulo 6.303.384 55,6
Fonte: IBGE e Fundação SEADE - PMSP/SMS/CEInfo tabwin acesso 16/08/2011
GRÁFICO 2 - ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO RECENSEADA EXCLUSIVAMENTE USUÁRIA SUS DA CRS CENTRO OESTE E SUBPREFEITURAS, 2007, 2009, 2010 E 2011.
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo, tabwin Prodam – 2007 e 2009: revisada em maio/ 2009, acesso em 06/01/2010, 2010 e 2011: acesso pós CENSO 16/08/2011
Para a diferenciação por faixa etária e sexo, apresentamos a tabela 4 com os
números e porcentagem por faixa etária e a figura 1 com as Pirâmides Populacionais
na região da CRSCO, por Subprefeitura no ano 2011.
8
TABELA 4 – NÚMERO E PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO RESIDENTE POR FAIXA ETÁRIA, CRS CENTRO OESTE, 2011.
CRS Centro Oeste 1.470.436 100,0%0 a 9 anos 143.838 9,8%10 a 19 anos 160.618 10,9%20 a 59 anos 923.704 62,8%60 a 69 anos 119.868 8,2%70 anos e + 122408 8,3%acima de 60 anos 242.276 16,5%
Fonte: IBGE e Fundação SEADE - PMSP/SMS/CEInfo tabwin acesso 16/08/2011
Na figura 1, apresentamos a pirâmide populacional da CRSCO, onde se observa
uma concentração populacional na faixa dos 20-59 anos, que reflete a tendência
nacional da diminuição da proporção de jovens e o gradativo envelhecimento da
população. As características sócio-econômicas e históricas da região identificam
também predominâncias etárias, como uma maior proporção de pessoas maiores de
60 anos, com 16,5%, enquanto crianças até 9 anos, registraram valores de 9,8 % e
adolescentes 10,9%. Este perfil remete à necessidade de políticas públicas
específicas voltadas para este segmento da populacional.
FIGURA 1 - PIRÂMIDE POPULACIONAL, CRS CENTRO OESTE , 2011
Fonte: IBGE/F.SEADE - PMSP/SMS/CEInfo, tabnet - acesso 16/08/2011
No entanto, diferentes determinantes sociais intra regionais, definem perfis etários
desiguais entre as subprefeituras, indicando diferentes necessidades na procura por
9
Fx. etária Número de Pessoas
Masculino Feminino< 4 a 36.935 35.4805 - 9 a 36.302 35.12110 - 14 a 38.840 37.74515 - 19 a 41.960 42.07320 - 24 a 61.266 62.99725 - 29 a 73.318 78.30130 - 34 a 69.266 74.86635 - 39 a 57.297 61.98640 - 44 a 50.312 54.78845 - 49 a 46.504 54.48150 - 54 a 42.115 52.78155 - 59 a 35.914 47.51260 - 64 a 28.956 39.72565 - 69 a 21.218 29.96970 - 74 a 16.486 25.28875 a e + 26.754 53.880Total 683.443 786.993
serviços de saúde na região. A figura 2 expõe as pirâmides populacionais por
subprefeitura, também referente à estimativa para 2011.
FIGURA 2 - PIRÂMIDE POPULACIONAL DAS SUB PREFEITURAS BUTANTÃ, LAPA, SÉ E PINHEIROS, 2011.
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo, tabnet - acesso 16/08/2011
10
1.2 - Perfil Sócio-Econômico
O perfil socioeconômico da população da CRS Centro Oeste apresenta
características peculiares intra-regionais, consequentes dos diferentes processos
históricos de desenvolvimento urbano de cada subprefeitura componente da mesma.
Iniciando-se pela Renda, referendada em Salários Mínimos (SM1), o gráfico 3
apresenta, em porcentagem, os diferentes patamares de renda de maiores de 10
anos, por Supervisão Técnica de Saúde ( STS), segundo CENSO 2010.
Observa-se que as pessoas com salário menor ou igual a 5 SM estão mais
concentradas nas áreas periféricas, na Subprefeitura do Butantã; aproximando-se
dos 50% dos residentes; os salários maiores ou iguais a 10 SM são encontrados na
STS Lapa Pinheiros, num gradiente em torno de 35%, seguida da Subprefeitura da
Sé, aproximando-se de 30% dos moradores.
Salienta-se o fato de que em torno de 30% das pessoas residentes no território da
CRS Centro Oeste, nas 3 supervisões, declararam-se sem rendimento.
GRÁFICO 3 - PORCENTAGEM DE PESSOAS DE 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, POR CLASSES DE RENDIMENTO NOMINAL MENSAL EM SALÁRIOS MÍNIMOS1, NA CRS CENTRO OESTE POR STS, 2010.
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010 - Resultados do UniversoReferências salariais utilizadas:(1) Salário mínimo R$510,00.(2) A categoria Sem rendimento inclui as pessoas com rendimento nominal mensal somente em benefícios.
Analisando as condições de moradia,, apresentamos a tabela 5 e o gráfico 4, com
uma série histórica comparativa do número de domicílios , população e número de
11
pessoas por domicílio, nos anos 2000 e 2010. Observa-se em todas as STS uma
diminuição da proporção de pessoas por domicílio, o que pode denotar uma
melhoria das condições gerais de habitação.
TABELA 5 - NÚMERO DE DOMICÍLIOS E POPULAÇÃO, CRS CENTRO OESTE, POR STS, 2000 E 2010.
Territórios 2000 2010
Domicílios População Domicílios População
BUTANTÃ 106.548 377.576 135.887 428.217
LAPA PINHEIROS 186.930 543.230 232.879 595.269
SÉ 140.193 373.914 178.934 431.106
CRSCO 433.671 1.294.720 547.700 1.454.592
Fonte: IBGE - Censos Demográficos 2000 e 2010 - Resultados do UniversoElaboração: SMDU/Dipro e SMS-SP / CEInfo / GISA
GRÁFICO 4 - NÚMERO DE PESSOAS POR DOMICÍLIOS NA CRS CENTRO OESTE, POR STS, 2000 E 2010.
Fonte: IBGE - Censos Demográficos 2000 e 2010 - Resultados do UniversoElaboração: SMDU/Dipro e SMS-SP / CEInfo / GISA
Na tabela 6, que trata das condições de moradia com vulnerabilidade social,
evidencia-se mais uma vez, os diferentes processos de desenvolvimento intra
regional, nas subprefeituras da CRSCO. O maior número de favelas, loteamentos e
núcleos com vulnerabilidade concentra-se nas áreas periféricas da subprefeitura do
Butantã; entretanto, o maior número de cortiços e assentamentos localiza-se na
subprefeitura Sé. Este quadro evidencia a interface da vulnerabilidade social e
12
condições de moradia, fator de exposição de riscos de adoecimento a que esta
população está sujeita.
TABELA 6 - TIPOS DE MORADIAS EM VULNERABILIDADE SOCIAL, CRS CENTRO OESTE POR SUB PREFEITURA, 2012..
Sub Prefeituras
Quantidade
Favelas Cortiços Loteamentos Núcleos Assentamentos
Butantã 61 1 4 17 0
Lapa 21 0 1 5 0
Pinheiros 4 0 0 0 0
Sé 2 806 0 1 63
CRSCO 88 807 5 23 63
Fonte: SEHAB – HABISP, acesso http://www.habisp.inf.br em 12/09/2012
Nas metrópoles tem se observado número crescente de pessoas em situação de rua
e vulnerabilidade social. Em São Paulo, alguns censos específicos foram feitos na
última década, tabela 7. A região Centro Oeste, na STS Sé, observa-se o maior
percentual de pessoas em situação de rua do município de São Paulo (2011)3 com
47,2% do total de 14.478; sendo que, deste percentual, 55,4% se encontram na rua.
A série histórica mostra uma tendência de aumento desta população, contudo
também pode ser sugestivo da melhora da abordagem e captação dos dados
censitários, após uma década de ações governamentais de enfrentamento, voltadas
especificamente para este grupo populacional.TABELA 7 - NÚMERO E PORCENTAGEM DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA, MUNICÍPIO
DE SÃO PAULO E CRS CENTRO OESTE / STS SÉ, 2003, 2009 E 2011.
Anos Total SMS Nº / região (%)
2003 (1) 6.405 CRSCO 4.470 69,8%
2009 (2) 13.666 CRSCO 6.681 48,9%
2011 (3) 14.478 STS Sé 6.833 47,2%
Fonte: SMS/CEinfo. Indicadores Socioeconômicos – Município de São Paulo, 2000 e 2010(1)Estimativa do Número de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo, FIPE, 2003; inclui apenas o total da população resultado da contagem, a população total estimada era de 10.399 pessoas em situação de rua(2)Censo da População em Situação de Rua da Cidade de São Paulo 2009/2010, FIPE/CERU, 2010(3) Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP – censo novembro 2011
13
Em relação aos indicadores sócio-econômicos que se referem à infra-estrutura
urbana, os dados apresentados são do CENSO 2000, apresentados na publicação
“Indicadores para Diagnóstico de Saúde da Cidade de São Paulo/ SMS/2012”.
Conforme CEInfo/SMS, “Os indicadores em si e de forma isolada não configuram um
diagnóstico, mas sua análise possibilita que as equipes de saúde nos diversos níveis
da SMS possam, a partir dessa referência, produzir de forma rápida, uma síntese
diagnóstica sobre a realidade de saúde, assim como complementá-la se necessário,
contribuindo para a superação dos problemas identificados”.
Na tabela 8, estão expostos indicadores sócio-econômicos da infra estrutura urbana
na CRSCO, comparados às médias do município.
TABELA 8 - INDICADORES SÓCIO ECONÔMICOS DE INFRA-ESTRUTURA URBANA, MUNICÍPIO DE SÃO PAULOE E CRS CENTRO OESTE, 2010.
Abastecimento de Água com rede no(s) cômodo(s)
Coleta de Esgoto com rede
Lixo Coletado por serviço de limpeza
Centro Oeste 99,52 97,57 99,90
São Paulo 99,08 91,85 99,77
Fonte: Censo do IBGE, 2010., em SMS/CEinfo. Indicadores Socioeconômicos – Município de São Paulo, 2010.
14
1.3 - Perfil de Natalidade (Nascidos Vivos), Mortalidade Infantil e Mortalidade Materna
Os dados referentes ao número de nascidos vivos, óbitos infantis e coeficiente de
mortalidade infantil na CRS Centro Oeste, nos anos de 2004 a 2011 são
apresentados na tabela 9.
TABELA 9 - NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS, ÓBITOS INFANTIS E COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL, CRS CENTRO OESTE POR SUBPREFEITURA, 2004 A 2011.
Sub prefeitura Ano Nº Nascidos
VivosNº Óbitos Infantis
Coeficiente de Mortalidade Infantil
BUTANTÃ2004 7.300 75 10,3
2011 6.867 52 7,6
LAPA2004 3.348 34 10,2
2011 3.751 19 5,1
PINHEIROS2004 2.831 25 8,8
2011 3.086 10 3,2
SÉ2004 5.702 68 11,9
2011 5.440 50 9,2
CRS CO2004 19.181 202 10,5
2011 19.144 131 6,8
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo/PRO-AIM– acesso em 23/08/2012; SINASC acesso em 23/08/2012.
O número de nascimentos aumentou nas Subprefeituras Lapa e Pinheiros e diminuiu
na Sé e Butantã. No Coeficiente de Mortalidade Infantil – CMI - observa-se no
período avaliado, um decréscimo médio de 35% na CRS Centro Oeste, com melhor
performance na Subprefeitura de Pinheiros e menor redução na Sé, que possuía os
maiores valores.
A redução do Coeficiente de Mortalidade Infantil no Município por DA - Distritos
Administrativos pode ser visto no mapa 2, onde se verifica que o único DA na região
Centro Oeste com CMI acima de 15 foi o da Liberdade, que não possui Unidade
Básica no território.
15
MAPA 2 - COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, POR DISTRITO ADMINISTRATIVO, NOS ANOS 2004 E 2011.
Fonte: PMSP/SMS site institucional, acesso em 26/12/2012
Os dados referentes à razão de mortalidade materna na CRS Centro Oeste, nos
anos de 2004 a 2011 são apresentados na tabela 10. Há uma tendência de queda
na região, mas cabe ressaltar que, devido ao fato de os números de nascimentos e
mortes maternas na região serem menores que no resto do município, as razões
oscilam muito com uma morte a mais ou a menos. Isto resultou, por exemplo, em um
aumento expressivo na Supervisão Sé em 2010. Para não comprometer a série
histórica, os óbitos maternos relacionados ao surto de gripe H1N1 em 2009 foram
excluídos.
16
TABELA 10 - RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA, NA COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE CENTRO OESTE, POR SUBPREFEITURA, NOS ANOS 2004 A 2011.
SUPERVISÃO 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
BUTANTÃ 51,9 13,1 41,0 41,7 0,0 40,7 0,0 18,6
LAPA/PINHEIROS 0,0 15,8 0,0 30,6 15,3 45,2 14,9 16,0
SÉ 51,6 17,8 36,8 18,0 53,6 17,6 90,2 25,8
CRS CENTRO OESTE 34,9 15,3 26,3 31,1 20,4 35,5 31,0 19,4
MUN. SÃO PAULO 56,6 36,8 52,9 59,5 43,2 53,5 50,6 47,1
Fonte: Comitê de Mortalidade Materna do Município de São Paulo, atualizada em 05/12/2012.
A tendência da mortalidade infantil e da materna na CRS Centro Oeste e no
Município nos últimos anos vem sendo de queda. A criação e funcionamento regular
dos Comitês de Mortalidade Materna e Infantil são estratégias incorporadas com
objetivo de investigar, estabelecer causas e intervir visando à redução do problema.
O acompanhamento de todos os atendimentos de pré-natal e partos na região, tanto
no SUS como em serviços privados, está na tabela 11, que apresenta em
porcentagem os nascidos vivos por tipo de parto (parto cesárea), local
(Hospitais/SUS), consultas de pré-natal (7 ou mais consultas) e mães adolescentes
(menores de 19 anos) por Subprefeitura nos anos de 2004 e de 2011.
TABELA 11 - PERCENTUAL DE NASCIDOS VIVOS POR PARTO CESÁREO, PARTO EM HOSPITAIS SUS, CONSULTAS DE PRÉ-NATAL E MÃES ADOLESCENTES, NA CRS Centro Oeste, por Subprefeitura, nos anos 2004 e 2001.
SubPrefeitura Ano Parto Cesária
Hospitais SUS*
Pré-Natal (7 + consultas)
Mães adolescentes (< 19 anos)
BUTANTÃ2004 51% 63% 63% 13%
2011 58% 60% 79% 12%
LAPA2004 67% 36% 84% 8%
2011 73% 27% 88% 6%
PINHEIROS2004 71% 20% 90% 4%
2011 76% 11% 94% 2%
SÉ2004 53% 57% 66% 11%
2011 58% 45% 77% 8%
CRS CO2004 57% 50% 71% 10%
2011 64% 41% 83% 8%
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo/PRO-AIM– acesso em 23/08/2012; SINASC acesso em 23/08/2012.* Hospitais SUS = Hospitais Públicos, Hospitais-Escolas e Privados Conveniados ao SUS
17
Observou-se na CRS Centro Oeste uma redução em 9% dos partos em hospitais
SUS, com maiores valores na Subprefeitura Sé. Isto pode ser atribuído a um
aumento de natalidade da parcela da população não usuária do SUS, assim como
uma oferta específica pelos planos de saúde para os períodos de pré-natal, parto e
puerpério. A maior ocorrência foi com as gestantes da região da STS Lapa
Pinheiros, agregando a casuística das Subprefeituras de Lapa e Pinheiros, num total
de 18%. Estas áreas historicamente registram alta concentração de gestantes
residentes que realizam partos em hospitais privados da região. Todas as STS
conseguiram aumentar a cobertura de pré-natal, mas o melhor desempenho foi das
Subprefeituras Butantã e Sé. A STS Butantã melhorou seus indicadores com a
ampliação das equipes de ESF entre 2005 e 2007, e na STS Sé foi essencial, para a
melhora obtida, a inauguração de 3 novas UBS com ESF entre novembro de 2008 e
janeiro de 2009. A melhoria do acesso ao pré-natal também é um fator que contribui
para a redução dos coeficientes de mortalidade citados.
18
1.4 – Perfil de Mortalidade Geral
A expectativa de vida da população tem aumentado progressivamente nos últimos
anos, com aumento de número de idosos e com isso uma previsão de aumento da
ocorrência de doenças crônicas degenerativas; adquirindo estas um destaque
especial na elaboração e implementação de ações programáticas de saúde para
atendimento das necessidades de saúde, destas faixas etárias.
A tabela 12 e gráfico 5 mostram a ocorrência em número e porcentagem das mortes
por faixa etária, na CRS Centro Oeste e por Subprefeitura., no ano 2011 .Do total de
óbitos, em todas as faixas etárias, em torno de 65 %, se concentram na faixa etária
acima de 70 anos, com as maiores porcentagens registradas na Subprefeitura de
Pinheiros (75%), seguida da Lapa com 68%. Historicamente, ambas apresentam os
maiores scores de mortalidade nessa faixa etária na região, evento condizente com
os indicadores de população mais idosa e melhores condições socioeconômicas e
de escolaridade.
TABELA 12 - COMPARATIVO DE NÚMERO E PORCENTAGEM DE ÓBITOS, POR FAIXA ETÁRIA, NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE CENTRO OESTE, POR SUBPREFEITURA, NO ANO 2011.
Fx. Etária
BUTANTÃ LAPA PINHEIROS SÉ CRS CO
nº % nº % nº % nº % nº %
<1 Ano 63 2,6% 24 1,1% 13 0,6% 57 1,7% 157 1,5%
1-14a 24 1,0% 8 0,4% 7 0,3% 15 0,5% 54 0,5%
15-19 20 0,8% 8 0,4% 7 0,3% 17 0,5% 52 0,5%
20-49 273 11,3% 169 7,6% 121 5,5% 364 11,0% 927 9,1%
50-59 267 11,1% 188 8,5% 148 6,7% 321 9,7% 924 9,1%
60-69 368 15,3% 310 14,0% 250 11,4% 442 13,3% 1370 13,5%
70 e+ 1395 57,8% 1504 68,0% 1647 75,1% 2100 63,3% 6646 65,6%
Ign 2 0,1% 1 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 3 0,0%
Total 2412 100,0% 2212 100,0% 2193 100,0% 3316 100,0% 10133 100,0%
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo/SIM - PRO-AIM, acesso em 23/08/2012.
19
GRÁFICO 5 - COMPARATIVO EM PORCENTAGEM DA OCORRÊNCIA DE ÓBITOS, POR FAIXA ETÁRIA, NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE CENTRO OESTE, POR SUBPREFEITURA, NO ANO 2011.
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo/SIM - PRO-AIM, acesso em 23/08/2012.
As principais causas dessas mortes estão expostas nos quadros 2 e 3: Doenças
Isquêmicas do Coração, Pneumonias, Doenças Cerebrovasculares, Bronquite,
Enfisema e Asma e CA Pulmão, mantêm o mesmo padrão de maiores ocorrências
entre as Subprefeituras e na CRS Centro Oeste desde 1996. As únicas exceções
são a Subprefeitura da Lapa, cuja 4ª causa de óbito, em 2011, foi Diabetes mellitus,
e em 1996 a 5ª causa na CRS Centro Oeste foi AIDS.
QUADRO 2 - PRINCIPAIS CAUSAS DE ÓBITO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, NA COORDENADORIA DE SAÚDE CENTRO OESTE, POR SUBPREFEITURA, 2011.
Nº BUTANTÃ LAPA PINHEIROS SÉ CRS CO Mun São Paulo
1ªDoenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
Doenças isquêmicas coração
2ªD. cerebrovasculares
Pneumonias Pneumonias Pneumonias PneumoniasD. cerebrovasculares
3ª PneumoniasD. cerebrovasculares
D. cerebrovasculares
D. cerebrovasculares
D. cerebrovasculares
Pneumonias
4ª Bronquite, enfisema, asma
Diabetes mellitus
Bronquite, enfisema, asma
Bronquite, enfisema, asma
Bronquite, enfisema, asma
Bronquite, enfisema, asma
5ª CA pulmãoBronquite, enfisema, asma
CA pulmão CA pulmão CA pulmão Diabetes mellitus
6ª Diabetes mellitus CA mama D. Alzheimer Diabetes
mellitusDiabetes mellitus D. hipertensivas
7ª D. hipertensivas CA pulmão CA colon D. hipertensivas D. Alzheimer Lesões intenc
indeterminada8ª D. Alzheimer D.
hipertensivas Demência D. Alzheimer D. hipertensivas Lesões intenc indeterminada
9ª CA colon D. Alzheimer CA mama CA mama CA mamaAcid trânsito e transporte terrestres
10ª CA mama Insuficiencia
cardiacaDiabetes mellitus
Infecção trato urinário n/ espec
CA colon Mal definidas
20
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo/SIM - PRO-AIM, acesso tabwin PRODAM, em 17/08/2012.
QUADRO 3 - COMPARATIVO DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE ÓBITO NA COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE CENTRO OESTE, NOS ANOS 1996, 2005, 2008 E 2011.
Nº 1996 2005 2008 2011
1ª D. isquêmicas coração
D. isquêmicas coração
D. isquêmicas coração
D. isquêmicas coração
2ª D. cerebrovasculares
D. cerebrovasculares
D. cerebrovasculares Pneumonias
3ª Pneumonias Pneumonias Pneumonias D. cerebrovasculares
4ª Bronquite, enfisema, asma
Bronquite, enfisema, asma
Bronquite, enfisema, asma
Bronquite, enfisema, asma
5ª Aids CA pulmão CA pulmão CA pulmão6ª Homicídios Diabetes mellitus Diabetes mellitus Diabetes mellitus7ª Insuficiencia
cardiaca D. hipertensivas D. hipertensivas D. Alzheimer8ª Diabetes mellitus CA mama CA mama D. hipertensivas9ª CA pulmão Homicídios D. Alzheimer CA mama10ª
Acid trânsito e transporte terrestres
CA colon CA colon CA colon
Fonte: PMSP/SMS/CEInfo/SIM - PRO-AIM, acesso em 18/07/2009 e 17/08/2012.
21
2. Organização da Atenção em Saúde
2.1. Ampliação da rede assistencial
A Coordenadoria Regional de Saúde Centro Oeste comparativamente aos anos
2005 e 2012 teve sua rede de Assistência à Saúde ampliada e reorganizada em
seus diversos níveis de complexidade para aumentar a cobertura às necessidades
de saúde em seu território. A figura 3 apresenta essa ampliação no período,
assinalando em cores os grupos de unidades com alteração; já os mapas 3 e 4
mostram a localização das Unidades de Saúde da CRSCO no ano 2005 e as novas
Unidades em 2012.
FIGURA 3 - DEMONSTRATIVO DA AMPLIAÇÃO EM NÚMERO DAS UNIDADES DE SAÚDE POR TIPO DE EQUIPAMENTO, NA CRSCO NO PERÍODO 2005 A 2012
Fonte; PMSP/SMS site institucional “Número de Estabelecimentos/Serviços próprios da SMS”, consulta em outubro/2012
22
MAPA 3 - UNIDADES DE SAÚDE POR TIPO DE EQUIPAMENTO, NAS SUBPREFEITURAS DA CRSCO, ANO 2005
MAPA 4 - UNIDADES IMPLANTADAS ENTRE 2005 E 2012 NA CRSCO.
Fonte; PMSP/SMS site institucional, consulta em outubro/2012
23
2.1.1 Implantação das Unidades de Assistência Médico-Ambulatorial (AMA)
As AMA, começaram a ser implantadas em 2005 no município, como estratégia para
ampliar o acesso da população à rede básica de saúde e prestando atendimento a
eventos agudos de baixa e média complexidade sem agendamento prévio, com o
compromisso de direcionar os usuários que necessitem de tratamento às Unidades
Básicas de Saúde, através de agendamento nas vagas de Reserva Técnica.
Esses equipamentos de saúde foram implantados nos Distritos Administrativos
seguindo a lógica dos maiores Índices de Necessidade de Saúde, ocorrendo as
primeiras inaugurações nas áreas periféricas da cidade de São Paulo. Na CRS
Centro Oeste apenas os DA Sé e Bom Retiro encontravam-se no grupo de Alta
Necessidade de Saúde (figura 4) e em 2007 foi inaugurada a primeira AMA nessa
Coordenadoria, a AMA Vila Nova Jaguaré na Supervisão Técnica de Saúde Lapa/
Pinheiros, onde se localiza uma favela de grandes proporções.
FIGURA 4 - ÍNDICE DE NECESSIDADES EM SAÚDE POR DA E SUBPREFEITURA, CRS CENTRO OESTE, MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2007.
Distrito Admin SUBPREFEITURA INS final Nível INS JARDIM PAULISTA Subpref. Pinheiros 0,07401 Baixo ALTO DE PINHEIROS Subpref. Pinheiros 0,07426 Baixo PERDIZES Subpref. Lapa 0,08591 Baixo CONSOLAÇÃO Subpref. SÉ 0,09593 Baixo PINHEIROS Subpref. Pinheiros 0,10668 Baixo ITAIM BIBI Subpref. Pinheiros 0,10969 Baixo LAPA Subpref. Lapa 0,15097 Baixo BELA VISTA Subpref. SÉ 0,16076 Baixo BUTANTÃ Subpref. Butantã 0,17341 Baixo MORUMBI Subpref. Butantã 0,19875 Baixo VILA LEOPOLDINA Subpref. Lapa 0,20058 Baixo SANTA CECÍLIA Subpref. SÉ 0,22031 Médio LIBERDADE Subpref. SÉ 0,23098 Médio REPÚBLICA Subpref. SÉ 0,23891 Médio JAGUARA Subpref. Lapa 0,25372 Médio VILA SÔNIA Subpref. Butantã 0,25758 Médio CAMBUCI Subpref. SÉ 0,27109 Médio RIO PEQUENO Subpref. Butantã 0,28107 Médio JAGUARÉ Subpref. Lapa 0,2813 Médio BARRA FUNDA Subpref. Lapa 0,29473 Médio RAPOSO TAVARES Subpref. Butantã 0,31873 Médio SÉ Subpref. SÉ 0,34034 Alto BOM RETIRO Subpref. SÉ 0,35253 Alto
Fonte: SEMPLA/SMS,
24
Legenda:
= Baixa Necessidade= Média Necessidade= Alta Necessidade
No quadro 4, encontra-se a sequência de inaugurações na CRS Centro Oeste.
Foram inauguradas 10 AMAs, sendo 3 com atendimento 24h de domingo a domingo:
AMA Sé, AMA Prates e AMA Sorocabana e 7 funcionam 12h, de segunda feira a
sábado, inclusive aos feriados.
QUADRO 4 – HISTÓRICO DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DAS AMAS NA CRS CENTRO OESTE, POR STS, NOS ANOS 2007 A 2012
ANO/ STS STS Butantã STS Lapa Pinheiros STS Sé CRSCO (Nº)2007 V. NOVA JAGUARÉ 12008 PAULO VI; V. PIAUI SÉ; 7
V. SONIA;
SÃO JORGE; BORACEA
PERI-PERI;
2012 SOROCABANA COMPLEXO PRATES 2Fonte: CEInfo-CRSCO, 2007 a 2012
As AMAs foram implantadas no município em parceria com Instituições de
Excelência que realizaram a contratação de Recursos Humanos, adequação dos
espaços físicos e aquisição de bens patrimoniais com verba municipal. No quadro 6,
estão relacionadas as Instituições que trabalham em parceria com a CRS Centro
Oeste no funcionamento das AMAs.
QUADRO 5 –AMAS IMPLANTADAS POR STS, INSTITUIÇÕES PARCEIRAS E TIPO DE CONTRATUALIZAÇÃO NA CRS CENTRO OESTE
AMA CRSCO Supervisão Técnica de Saúde
Instituição Parceira Tipo Contrato
São Jorge Butantã FFM_USP Contrato de GestãoPaulo VI Butantã FFM-USP Contrato de GestãoVl Sônia Butantã FFM-USP Contrato de GestãoPeri Peri Butantã IRSSL Termo de ConvênioVl Nova Jaguaré Lapa/Pinheiros FFM-USP Contrato de GestãoVl Piauí Lapa/Pinheiros IRSSL Termo de ConvênioSorocabana Lapa/Pinheiros ASF Termo de ConvênioBoracea Sé Irmãs Hospitaleiras Termo de ConvênioPrates Sé Irmãs Hospitaleiras Termo de ConvênioSé Sé SPDM Termo de Convênio
Fonte: CEInfo-CRSCO, 2007 a 2012.
Dentre as AMAs Tradicionais, devido às especificidades de cada território, foram
implantadas 3 unidades com especialidades além de clínica médica e pediatria,
sendo ginecologia na AMA Sé, psiquiatria na AMA Boracea e ortopedia e clínica
cirúrgica (pequenos procedimentos) na AMA Sorocabana. Em 2012, foi inaugurada a
25
AMA no Complexo Prates, integrada a um CAPS AD III, tendo como público alvo, os
usuários em situação de dependência química, atendendo à equidade e acesso à
saúde de forma integral.
A produção de consultas médicas das AMAs por ano e especialidade, encontra-se
no tabela 13, com as devidas inclusões das novas especialidades.
TABELA 13 - SÉRIE HISTÓRICA DO Nº DE CONSULTAS MÉDICAS POR ESPECIALIDADE REALIZADAS NAS AMAS DA CRS CENTRO OESTE, PERÍODO DE 2008 A SETEMBRO 2012.
2008 2009 2010 2011 2012*
CLINICA MÉDICA 191.207 336.061 331.045 318.225 334.593
PEDIATRIA 86.769 152.089 158.387 141.978 130.569
GO 7.604 12.120 12.239 12.109 9.103
PSIQUIATRIA 1.601 4.254 5.890 7.975 4.442
CLIN. CIRURGICA 0 0 0 0 3.159
ORTOPEDIA 0 0 0 0 10.135
Total CRSCO 287.181 504.524 507.561 480.287 646.944
Fonte: PMSP/SMS – dados das unidades compilado por CEInfo-CRSCO, 2008 a 2012.Dados 2012 parciais, até outubro 2012.
26
2.1.2. Implantação das AMAs Especialidades
As AMA Especialidades foram implantadas desde abril de 2008, com o objetivo de
ampliar o acesso da população às consultas de especialidades, garantindo o
atendimento integral ao usuário. Os critérios de escolha da região para implantação
desses serviços foram o número de Ambulatórios de Especialidades já existentes, a
necessidade de saúde local e a demanda reprimida por Especialidade.
Na CRS Centro Oeste, a primeira a ser implantada foi a AMA Especialidades Santa
Cecília, em agosto de 2008 em parceria com o Instituto de Responsabilidade Social
Sírio Libanês. As especialidades ofertadas são: Cardiologia, Ortopedia,
Endocrinologia, Neurologia, Reumatologia, Urologia e Vascular. Essas Unidades de
Saúde dão resolutividade à assistência oferecendo exames de: Eletrocardiograma,
Holter, MAPA, Teste Ergométrico, Ecodopplercardiograma, Eletroencefalograma,
Ultrassonografia e Radiologia. As AMAs Especialidades tem como diferencial o
funcionamento também aos sábados, das 7:00 as 19:00 h, com agendamento
realizado previamente pelas Unidades Básicas de Saúde via SIGA.
O funcionamento da AMA Especialidades Santa Cecília propiciou o equacionamento
da fila de espera nas especialidades médicas e nos exames implantados, exceção
ainda a ultrassonografia, permanece com demanda reprimida.
Em junho de 2012 foi inaugurada a AMA Especialidades Sorocabana em parceria
com a Associação Saúde da Família, com as especialidades existentes na AMA Sta.
Cecília, acrescidas de Dermatologia, Oftalmologia e Otorrinolaringologia; tendo
como base para eleição dessas especialidades a alta demanda reprimida nessas
áreas. Entre os exames, foram incluídos os exames de mapeamento de retina e
nasofibrolaringoscopia. O quadro 6 apresenta as especialidades e exames
realizados nas AMAs Sta. Cecilia e Sorocabana. A tabela 14 traz as consultas
médicas das unidades até outubro do ano corrente, por especialidades. A tabela 15
traz os exames especializados no mesmo período, ainda sem a inclusão dos
exames de oftalmologia e de otorrinolaringologia da AMA Especialidades
Sorocabana.
27
QUADRO 6 - Oferta de Especialidades e Exames nas AMAs Especialidades da CRS Centro Oeste, 2012.
AMA ESPECIALIDADES STA CECÍLIA AMA ESPECIALIDADES SOROCABANA
CONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS Cardiologia Endocrinologia Neurologia Ortopedia Reumatologia Urologia Vascular
CONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS Cardiologia Endocrinologia Neurologia Ortopedia Reumatologia Urologia Vascular Dermatologia Oftalmologia Otorrinolaringologia
EXAMES Eletrocardiografia Transtorácica Eletrocardiograma Monitor. pelo Sistema Holter 24 hs Teste de Esforço/ Ergométrico Monitorização Ambulatorial da Pressão
Arterial Eletroencefalograma Ultra-Sonografia Ultra-Sonografia Geral Radiografia
EXAMES Eletrocardiografia Transtorácica Eletrocardiograma Monitor. pelo Sistema Holter 24 hs Teste de Esforço/ Ergométrico Monitorização Ambulatorial da Pressão
Arterial Eletroencefalograma Ultra-Sonografia Doppler Ultra-Sonografia Geral Radiografia Mapeamento de retina Nasofibrolaringoscopia (dez/ 2012)
Fonte: CEInfo-CRSCO, 2012.
TABELA 14 - CONSULTAS MÉDICAS POR ESPECIALIDADE REALIZADAS NAS AMAS ESPECIALIDADES DA CRS CENTRO OESTE, 2009 A 2012*.
2009 2010 2011 2012* Sta Cecília
2012* Sorocabana
Cardiologia 10.136 9.895 10.735 9.135 2.087Endocrinologia 7.775 8.584 8.873 7.266 1.419Neurologia 6.839 7.716 8.651 6.799 1.365Ortopedia 14.359 15.880 16.837 14.585 2.679Reumatologia 7.670 8.257 8.586 6.708 824Urologia 6.824 7.903 8.261 6.752 1.496Vascular 6.358 7.398 7.835 6.367 1.446Dermatologia 0 0 0 0 2.427Oftalmologia 0 0 0 0 2.001Otorrinolaringologia 0 0 0 0 1.238
Total CRSCO 59.961 65.633 69.77857.612 16.982
74.594
Fonte: PMSP/SMS – dados das unidades compilado por CEInfo-CRSCO, 2008 a 2012.Dados 2012 parciais, até outubro 2012.
28
TABELA 15 - CONSULTAS MÉDICAS POR ESPECIALIDADE REALIZADAS NAS AMAS ESPECIALIDADES DA CRS CENTRO OESTE, 2009 A 2012*.
2008 2009 2010 2011AMA
ESPECIALIDADES SOROCABANA
AMA ESPECIALIDADES
STA CECILIATotal*
ECOCARDIOGRAFIA TRANSTORACICA
0 768 2.094 2.031 832 1.511 2.343
MONITORAMENTO PELO SISTEMA HOLTER 24 HS
0 544 734 786 332 669 1.001
MONITORIZACAO AMBULATORIAL DE PRESSAO ARTERIAL
0 0 167 347 119 282 401
TESTE DE ESFORCO / TESTE ERGOMETRICO
58 2.074 2.546 3.229 427 3.109 3.536
ELETROENCEFALOGRAMA 0 898 1.284 1.508 658 942 1.600
TOTAL 58 4.284 6.825 7.901 2.368 6.513 8.881
2012*
AMA ESPECIALIDADES STA CECILIA
Fonte: PMSP/SMS – dados das unidades compilado por CEInfo-CRSCO, 2008 a 2012.Dados 2012 parciais, até outubro 2012.
29
2.2 – Ampliação do Acesso
A inauguração de novas Unidades Básicas de Saúde, a implantação das AMAs e
AMAs Especialidades teve como objetivo ampliar o acesso e qualificar a atenção em
saúde.
A produção de consultas médicas apresentada na tabela 16 permite ver esta
ampliação do acesso à rede básica. Na CRS Centro Oeste as unidades novas,
inclusive AMAs, foram implantadas em sua maioria em 2008, impactando na
produção geral da região a partir desse ano.
TABELA 16 - CONSULTAS MÉDICAS BÁSICAS POR STS DA CRSCO, 2004 A 2012(1)
2004 2011 2004 2011 2004 2011 2004 2011
Med clinico 102.220 192.845 62.629 112.702 38.107 198.441 202.956 503.988
Med pediatra 101.465 120.592 35.899 65.731 31.246 58.756 168.610 245.079
Med gineco obstetra 77.295 49.715 44.321 42.867 36.956 39.971 158.572 132.553
Med de saúde da família 35.364 83.698 21.758 63.005 41.830 88.161 98.952 234.864
Total 316.344 446.850 164.607 284.305 148.139 385.329 629.090 1.116.484
STS CRS Coeste / Ano / Especialidade Básica
STS BUTANTÃ STS LAPA/PINHEIROS STS SÉ CRS CENTRO-OESTE
FONTE: PMSP/SMS/CRSCO/CEINFO/SIASUS Tabwin PRODAM, acesso em 05/11/2012.Nota (1): 2012: dados provisórios, disponíveis até o mês de setembro.
Nas consultas de especialidade, na CRSCO, também houve ampliação de acesso
desde 2005, com um salto evidente a partir de 2009, quando a AMA Especialidades
Santa Cecília já estava consolidada e incorporada à rede de atenção à saúde da
região, conforme tabela 17.
TABELA 17 - CONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS POR STS DA CRSCO, 2004 A 2012(1)
STS CRS CO/Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
STS BUTANTÃ 58.364 70.660 69.018 60.203 52.990 52.463 53.979 54.046 38.288
STS LAPA/PINHEIROS 42.368 55.194 58.720 53.946 56.864 55.448 54.679 53.647 52.152
STS SÉ 39.730 49.818 46.291 47.473 70.022 119.050 128.747 127.980 91.340
Total CRS CO 140.462 175.672 174.029 161.622 179.876 226.961 237.405 235.673 181.780
FONTE: PMSP/SMS/CRSCO/CEINFO/SIASUS Tabwin PRODAM, acesso em 05/11/2012.Nota (1): 2012: dados provisórios, disponíveis até o mês de setembro.
Houve também ampliação de acesso à população em exames especializados. As
mamografias já eram realizadas em 2005 na UBS Vila Sônia e no CRST Sé. Em
2007, o mamógrafo do CRST Sé foi transferido para o novo serviço de Diagnóstico
30
por Imagem – UDI-Sé, no mesmo prédio. Em 2011, a UDI-Sé recebeu novo
equipamento com maior capacidade, sendo o já existente transferido e instalado na
UBS Alto de Pinheiros. A rede de referência foi fortalecida e os casos com alteração
são encaminhados aos serviços especializados e acompanhados pelas unidades de
origem, que não perdem o vínculo com suas usuárias.
Outros exames também tiveram a oferta ampliada (tabela 18), especialmente o
radiodiagnóstico, que passou de 15.896 exames, para 103.195 exames realizados
até outubro de 2012 (incluindo as unidades que passaram a oferecer radiologia
odontológica).
TABELA 18 - CONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS POR STS DA CRSCO, 2004 A 2012(1)2004 2005 2006 2007 2.008 2009 2010 2.011 2012*
Radiodiagnostico 15.896 18.117 14.198 12.621 49.685 108.450 121.458 126.564 103.195
Ultra-Sonografias 7.354 9.832 9.140 6.931 13.018 23.955 29.261 24.409 30.899
Eletrocardiograma 4.164 5.747 5.437 4.928 10.718 18.374 20.229 18.818 14.756
FONTE: PMSP/SMS/CRSCO/CEINFO/SIASUS Tabwin PRODAM, acesso em 21/12/2012.Nota (1): 2012: dados provisórios, disponíveis até o mês de outubro.
31
2.3. Estratégia Saúde da Família – ESF
Para o desenvolvimento da Estratégia Saúde da Família, a CRS Centro-Oeste
atualmente tem como parceiras as seguintes instituições: Fundação Faculdade de
Medicina, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Centro Social Nossa Senhora
do Bom Parto, Associação Saúde da Família e mais recentemente o Instituto de
Responsabilidade Social Sírio Libanês.
O quadro 7 apresenta a distribuição das Unidades e equipes ESF da região. As
informações por Distrito Administrativo e unidades encontram-se no anexo 1. Estão
contempladas nos quadros as novas equipes tipo ESF 4 (2 médicos de 20 horas);
ESF Transitória (1 médico de 20 horas); e EACS (equipes de ACS, que estão sem o
profissional médico há mais de 60 dias).
QUADRO 7 - ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA POR PARCEIRO, NÚMERO DE EQUIPES ESF, ESF COM SAÚDE BUCAL, E CONSULTÓRIO DE RUA, CRS CENTRO OESTE POR STS, 2012
STS Parceiro Nº Unidades Nº equipe ESF Nº Equipe / Consultório Rua
SÍRIO LIBANÊS 3 9 (2 c/ SB) 0BOM PARTO 3 3 0SANTA CASA 3 10 (1 c/ SB) 1ASF 2 12 (1 c/ SB) 8
SUB TOTAL 4 11 34 9FFM 4 17 (4 c/ SB) 0OS FFM 1 4 0BOM PARTO 1 1 0
SUB TOTAL 2 6 22 0OS FFM 5 27 (1 c/ SB) 0FFM 3 7 0
SUB TOTAL 1 8 34 0
CRS CO 5 parceiros (FFM: OS + Contrato)
21 UBSs + 2 UBS Estaduais 90 9
Sé
Lapa / Pinheiros
Butantã
FONTE: PMSP/SMS /Ceinfo CRS CO/CNES. - Dados Nov/2012
A região Centro Oeste possui duas características diferenciadas em sua população
que levaram a modelos específicos de organização da Estratégia Saúde da Família,
a população indígena e população em situação de rua.
No Butantã, a UBS Real Parque possui 2 equipes ESF, sendo que uma delas atende
exclusivamente a população indígena Pankararu.
Na região central a população em situação de rua estimada em 4.470 em 2003,
69,8% do total do município (Estimativa do número de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo,
32
FIPE, 2003), levou a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo a criar em 2004 o
projeto "A Gente na Rua", composto por 3 PACS (Programa de Agentes
Comunitários de Saúde, em parceria com Centro Social Nossa Senhora do Bom
Parto), nas regiões Mooca, Sé, e Lapa/Pinheiros.
Em atenção à vulnerabilidade social na região central, em 2008/2009 houve a
implantação de 3 Unidades Básicas de Saúde (UBS Sé, Boracea e República) com
equipes ESF-Especiais, em parceria com a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do
Sagrado Coração de Jesus. Essas equipes tinham a mesma composição das ESF
acrescidas de Assistente Social, Psicólogo e Terapeuta Ocupacional.
Em 2010, a parceria das UBSs Sé e República passou a ser desempenhada pela
Associação Saúde da Família e a UBS Boracea foi assumida pela Irmandade da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Em 2011, a população em situação de rua foi estimada em 14.478 pessoas no
município, sendo 6.833 na STS Sé, 47,2% do total do município (Fundação Escola de
Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP – censo novembro 2011).
Baseada nessa estimativa, durante o ano 2012 ocorreu uma série de reavaliações
acerca da conformação das ESFs Rua, estando em andamento na Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) o produto das alterações/adequações conceituais e
operacionais das mesmas. Em consonância com a proposta do Ministério da Saúde,
no segundo semestre deste ano, novas especificações para as ESFs Rua originais
tiveram seu desdobramento em duas modalidades de atuação: Consultórios de Rua
(eCR M3) e Equipes ESF SIAB.
Atualmente, a CRS Centro Oeste conta com 9 eCR - Consultórios na Rua e 4
equipes de ESF- Rua compostas por Agentes de Saúde, Auxiliares de Enfermagem,
Enfermeiros, Médicos além de profissionais de profissionais de nível superior
atuando no atendimento integral dessa população.
As tabelas 19 e 20 trazem a evolução gradual da implantação da Estratégia Saúde
da Família nas Unidades de Saúde por tipo entre as Tradicionais e as de Rua
respectivamente, nas Supervisões de Saúde da CRS Centro Oeste. O Anexo 2
detalha o histórico das equipes de rua.
33
TABELA 19 - EQUIPES NAS UNIDADES DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA TRADICIONAIS, CRS CENTRO OESTE POR STS, 2007 A 2012
STS 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
Butantã 12 18 20 28 29 34
Lapa-Pinheiros 11 13 14 14 17 21
Sé 9 13 20 23 22 31
TOTAL 32 44 54 65 68 86
FONTE: PMSP/SMS/Ceinfo- SIAB (acesso Tabwin nov/2012)
TABELA 20 - EQUIPES DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE RUA, CRS CENTRO OESTE, POR STS, 2007 A 2012
2007 2008 2009 2010 2011
ESF RUA ESF RUA ESF RUA ESF RUA ESF RUA ESF RUA Consultorio na Rua
Butantã 0 0 0 0 0 0 0
Lapa-Pinheiros 1 1 1 1 1 1 0
Sé 2 9 10 10 10 3 9
TOTAL 3 10 11 11 11 4 9
2012*STS
FONTE: PMSP/SMS/Ceinfo- SIAB (acesso Tabwin nov/2012)
A cobertura populacional das ESFs na CRSCO, é variável em cada STS, porém tem
sido ascendente . A tabela 21 apresenta a série histórica desta variável.
TABELA 21 - COBERTURA POPULACIONAL DAS ESTRATÉGIAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (TRADICIONAL E DE RUA) CRS CENTRO OESTE, POR SUBPREFEITURA, 2007 A 2011
Subprefeitura 2007 2008 2009 2010 2011Butantã 13,9 15,8 16,7 29,7 31,4
Lapa 14,0 13,3 13,5 13,8 16,4
Pinheiros 3,1 3,3 4,5 3,8 4,0
Sé 11,8 13,8 22,9 22,9 23,5
FONTE: CNES/Ceinfo CRS CO. Dados de pessoas cadastradas: SIAB (tabwin PRODAM, acesso nov/2012); Dados de População: Estimativas da Fundação SEADE 2011 (acesso Tabnet 16/08/2011)
Os avanços alcançados com a expansão do número das equipes de Saúde da
Família e implantação das novas unidades podem ser visualizada nas tabelas 22 e
23 e gráficos 6 e 7, através de 2 parâmetros utilizados para a avaliação da produção
das Equipes de Saúde da Família tradicionais: capacidade de consultas médicas
(400/ESF/mês) e capacidade de visitas domiciliares (180/ACS/mês).
34
TABELA 22 - CAPACIDADE MENSAL DE REALIZAÇÃO DE CONSULTAS MÉDICAS, CRS CENTRO OESTE POR STS, 2007 E 2012
STS 2007 2012 AVANÇO
Butantã 4.800 13.600 8.800
Lapa-Pinheiros 4.400 8.400 4.000
Sé 3.600 12.400 8.800
TOTAL 12.800 34.400 21.600
FONTE: PMSP/SMS/C Assessoria Técnica, nov/2012
GRÁFICO 6 - CAPACIDADE MENSAL DE REALIZAÇÃO DE CONSULTAS MÉDICAS, CRS CENTRO OESTE POR STS, 2007 E 2012
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
2007 2012
Butantã Lapa-Pinheiros Sé
FONTE: PMSP/SMS/C Assessoria Técnica, nov/2012
TABELA 23 - CAPACIDADE MENSAL DE REALIZAÇÃO DE VISITAS DOMICILIARES DE ACS CRS CENTRO OESTE POR STS, 2007 E 2012
STS 2007 2012 AVANÇO
Butantã 12.960 35.640 22.680
Lapa-Pinheiros 11.880 22.680 10.800
Sé 9.720 33.480 23.760
TOTAL 34.560 91.800 57.240
FONTE: PMSP/SMS/C Assessoria Técnica, nov/2012
35
GRÁFICO 7 - CAPACIDADE MENSAL DE REALIZAÇÃO DE VISITAS DOMICILIARES DE ACS CRS CENTRO OESTE, POR STS, 2007 E 2012
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
2007 2012
Butantã Lapa-Pinheiros Sé
FONTE: PMSP/SMS/C Assessoria Técnica, nov/2012
36
2.3.1. Assistência às Populações Vulneráveis: Pessoas em Situação de Rua, Moradores de Cortiços e em Dependência Química
A região de abrangência da STS Sé apresenta o maior percentual de pessoas em
situação de rua da cidade de São Paulo: 47,2% do total de 14.478, sendo que, deste
percentual, 55,4% se encontram na rua e 40,0% em Centros de Acolhida (Fonte:
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP – censo novembro 2011).
Tendo em vista o período de estagnação da região central e migração do centro
financeiro para outras regiões da cidade, a ocupação espontânea e gradativa dos
espaços por moradores em situação de rua e dependentes de álcool e outras
drogas, a região passou a apresentar alta complexidade e vulnerabilidade social.
O Projeto de Atenção ao Morador em Situação de Rua e Dependentes Químicos,
teve início em 2008, com foco de atuação na região central da cidade, conhecida
como “Cracolândia”, visando resgatar a saúde, o direito à vida, à cidadania e à
reinserção social , dentro das diretrizes do SUS.
Conforme dados consolidados dos instrumentos de coleta utilizados nas
abordagens, a dependência química e a doença mental estão entre as principais
morbidades referidas pela população em situação de rua.
A Secretaria Municipal de Saúde iniciou em 2008 a ampliação das Equipes de
Saúde da Família Especial e implantou novos equipamentos de saúde, construindo
assim, uma rede de serviços direcionada ao atendimento integral desta população.
Unidades que atuam diretamente nessa rede:
UBS Sé**, UBS República*, UBS Boracea*, UBS Santa Cecília- Dr. Humberto
Pascalli, UBS Nossa Sra do Brasil - Armando D’Arienzo, CSE Barra Funda.
CAPS III AD Centro, CAPS Infantil Sé*, CAPS II Adulto*, CAPS III Complexo
Prates*
AMA Boracea*, AMA Sé* (24 horas), AMA Complexo Prates* (24 horas)
Serviço Residencial Terapêutico Especial Cambuci I* (para criança e
adolescente) e Cambuci II* (para adultos)
* Unidades novas, inauguradas a partir de 2008.
37
Em janeiro de 2008, a Prefeitura inaugurou a primeira Assistência Médica
Ambulatorial (AMA) da região central da cidade, a AMA Sé, e em abril, a AMA
Boracea, serviço anexo ao Albergue Boracea, da Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).
Foram inauguradas a UBS Boracea (abril/2008) e UBS Sé (Agosto/2008). Integram a
rede de atenção na região as novas instalações do CAPS III AD Centro (passou a
funcionar 24 horas) e foi implantado em 2009, o CAPS Infantil Sé e a UBS
República.
No Complexo Prates, espaço intersecretarial (SMADS – SAÚDE) destinado a
moradores em situação de rua da região da Nova Luz e dependentes de álcool e
drogas, inaugurado em abril/2012, em 2012, estão a AMA Prates e o CAPS III AD
Prates, ambos com funcionamento 24 horas, com mais de 120 profissionais de
saúde e 11 leitos para observação e internação. A proposta da SMS é acolher o
usuário a partir dos serviços sociais e de apoio, facilitando sua aceitação e adesão
ao tratamento de saúde.
Foram implantadas Residências Terapêuticas Especiais para acolhimento aos
usuários egressos de Comunidades Terapêuticas, com apoio no cuidado intensivo,
minimizando os agravos da dependência química, na perspectiva de resgate da
autonomia, construção de laços e re-socialização.
Em outubro/2012 foi inaugurado o CAPS Adulto Sé, consolidando a rede de saúde
mental da região central.
Muitos esforços foram concretizados na organização do SUS no município de São
Paulo, para acolher adequadamente essa epidemia da dependência química – crack
e outras drogas - que desafia os serviços de saúde.
Os resultados obtidos nas ações das equipes destinadas a abordar, cadastrar,
conhecer as vulnerabilidades, necessidades de saúde e uso e/ou dependência
química encontra-se na tabela 24. São consideradas ‘evasão’ as abordagens que
não conseguem nem mesmo cadastrar a pessoa abordada. São considerados
‘vínculo frágil’ os cadastros parciais, sem encaminhamento ou inclusão no
acompanhamento regular pela ESF. Na medida da aceitação das pessoas
abordadas, os agentes os encaminham para os serviços de referência, da Saúde ou
de SMADS, inclusive internação para tratamento, quando necessário.
38
TABELA 24 – ABORDAGENS, ENCAMINHAMENTOS E INTERNAÇÕES DA AÇÃO CENTRO LEGAL, CRS CENTRO OESTE, 2009 A 2012
2009 2010 2011 2012 Total
Abordagens 43.771 80.729 50.952 78.269 253.721
Vínculo Frágil 3.805 3.005 1.987 1.123 9.920
Evasão 37.626 72.491 45.257 74.958 230.332
Encaminhamentos 2.340 5.233 3.708 2.188 13.469
Internações 159 195 134 341 829
FONTE: PMSP/SMS/Assessoria Técnica, nov/2012Nota: dados disponíveis até outubro de 2012; internações são parte dos encaminhamentos realizados.
O mapa 5 mostra a concentração da população em situação de rua e das unidades
especiais.MAPA 5 – CONCENTRAÇÃO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E UNIDADES DE ESF
ESPECIAL NA REGIÃO CENTRAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (CRS CENTRO OESTE E SUDESTE), 2012
FONTE: PMSP/SMS/CEInfo/Divulgação, nov 2012Nota: unidades assinaladas em vermelho: as mais antigas, com a parceira Bom Parto (Magaldi; NSra Brasil, Barra Funda, Santa Cecilia; CRS SUDESTE - Pari, Bras , Mooca; Sto Estevão) e as unidades assinaladas em amarelo da expansão, hoje com as parceiras ASF e Santa Casa (Boracea; Sé e República)
39
2.3.2. Programa de Monitoramento de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica - PMAQ
O principal objetivo do PMAQ – Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da
Atenção Básica (Portaria 1.654 de 19 de junho de 2011) é estimular a ampliação do
acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, de maneira a permitir maior
transparência e efetividade das ações governamentais direcionadas à Atenção
Básica em Saúde.
O PMAQ situa a avaliação como estratégia permanente para tomada de decisão e
ação central para melhoria da qualidade das ações de saúde, sendo esta
considerada como um atributo fundamental a ser alcançado no SUS e é constituído
das seguintes fases:
Adesão;
Autoavaliação, Monitoramento, Educação Permanente e Apoio
Institucional;
Avaliação Externa.
Na CRS Centro Oeste, a implantação iniciou-se no período de outubro a
dezembro/2011 com a apresentação da proposta para as três supervisões técnicas
de saúde que compõem a coordenadoria (Sé, Lapa - Pinheiros e Butantã),
supervisores e interlocutores de ESF das STS e Parceiros (IRS Sírio Libanês,
Associação Saúde da Família, Santa Casa, FFM, Bom Parto) que, especificamente
em cada uma de suas UBS de responsabilidade, iniciaram as discussões por equipe
ESF, com o objetivo de definirem os seus desafios, realizarem suas AMAQ
(autoavaliação) e a partir delas construírem suas matrizes de intervenção no
primeiro trimestre de 2012 (modelo apresentado na figura 5 a seguir).
40
FIGURA 5: MATRIZ DE INTERVENÇÃO UTILIZADA NO PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
Estratégias para alcançar os
objetivos/metas
Atividades a serem desenvolvidas
(detalhamento da Execução)
Recursos necessários para o desenvolvimento
das atividades
Resultados esperados
Responsáveis Prazos Mecanismos e indicadores para
avaliar o alcance dos resultados
MATRIZ DE INTERVENÇÃODescrição do padrão:
Descrição da situação problema para alcance do padrão:
Objetivo/Meta:
Fonte: PMAQ/SUS, 2011
Vale destacar como avanço do processo as ações realizadas a partir da ferramenta
do AMAQ: as matrizes de intervenção que se constroem pela identificação dos nós
críticos, pela escolha dos problemas prioritários a serem enfrentados e pela
elaboração dos planos de ações (multiprofissionais, interdisciplinares e intersetoriais,
orientados para a melhoria da organização e qualidade dos serviços da Atenção
Básica). O processo foi feito por cada equipe, depois rediscutido por UBS e as
matrizes também foram discutidas entre as UBS de cada parceiro, fortalecendo a
integração e capacidade de planejamento.
Um dos resultados das Matrizes de Intervenção foi a pactuação realizada com as
instituições de ensino da USP (Enfermagem, Educação Física, Ciências
Farmacêuticas, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Medicina, Fisioterapia,
Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional) e da Santa Casa (Medicina, Enfermagem e
Fonoaudiologia) no Pró PET Saúde para utilizar os diagnósticos já realizados e as
prioridades já definidas pelas unidades de ESF das STS Butantã, Lapa - Pinheiros e
Sé, além de participar e colaborar com as Unidades de Saúde no monitoramento e
no acompanhamento do resultado da autoavaliação do PMAQ.
Outra ação refere-se aos dados referentes à Sífilis Congênita levantados através
da AMAQ: na Autoavaliação das equipes, o padrão proposto neste tema é discutido
e recebe uma pontuação de 0 a 10 para a equipe, conforme a figura 6.
41
FIGURA 6 – EXEMPLO DA AMAQ SUBDIMENSÂO 4.24: AÇÕES REFERENTES A SÍFILIS EM GESTANTES
SUBDIMENSÃO - Atenção Integral à Saúde Padrão
4.24A equipe de Atenção Básica realiza ações de vigilância, diagnóstico e tratamento de todos os casos de SÍFILIS, na gestante e seu parceiro
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Descrição O s p r o f is s io n a is d e n í v e l s u p e r io r f a z e m e x a m e s d e r o t in a p a r a
d e t e c ç ã o d e s í f i l i s ( V D R L ) n o 1 º e 3 º t r im e s t r e d o p r é - n a t a l . N o s c a s o s e m q u e o r e s u l t a d o é p o s i t i v o , r e a l iz a m b u s c a a t iv a d a g e s t a n t e e d o p a r c e i r o p a r a t r a t a m e n t o im e d ia t o , c o m a c o m p a n h a m e n t o e a c o n s e lh a m e n t o , f a z e m in v e s t ig a ç ã o e p id e m io ló g ic a e n o t i f i c a ç ã o n o S I N A N . S ã o m e d id a s q u e p o s s ib i l i t a m r e d u z i r o n ú m e r o d e c a s o s d e S Í F I L I S C O N G Ê N I T A n a p o p u la ç ã o
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Autoavaliação para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica : AMAQ / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Os resultados das ESF e UBS de cada STS foram consolidados e a tabela 25
apresenta os resultados observados da avaliação do monitoramento da
Subdimensão 4.24 referente á Sífilis Congênita nas UBS com equipes homologadas
no PMAQ/2012 que se autoavaliaram na CRS Centro Oeste. Estes resultados e os
objetivos/metas nas matrizes de intervenção foram discutidos no Comitê de Sífilis
Congênita como prioridade das ESF e com a proposta de aplicação desta
subdimensão também em todas as equipes da ESF que trabalham com moradores
em situação de rua, visto que no PMAQ 2012 estas equipes, assim como a da
população indígena, não foram incluídas.
TABELA 25: RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PMAQ/ SUBDIMENSÃO SÍFILIS CONGÊNITA, NA CRS CENTRO OESTE , POR STS, 2012
STS Butantã Lapa/Pinheiros Sé
Nº UBS 6 5 7
Avaliação Média 9 9 8,5
Fonte: Assessoria Técnica, CRSCO, 2012
Ainda como resultados positivos do processo do PMAQ, foram iniciadas em 2012 as
primeiras análises com dados dos AMAQs das UBS das 3 supervisões, referentes à:
identificação e acompanhamento das pessoas com sofrimento psíquico no
território da equipe de ESF;
identificação e acompanhamento dos usuários de álcool e outras drogas na
42
perspectiva da redução de danos.
Sintomáticos respiratórios.
Em relação aos Núcleos de Apoio as Equipes de Saúde da Família – NASF, a partir
de 2012 foram realizadas reuniões bimensais com todos os Coordenadores de
NASF da CRS Centro Oeste, interlocutores de ESF/NASF das 3 Supervisões e
interlocutores das 4 Parceiras; tendo com temas de discussão:
Diferencial da atuação do profissional do NASF na ESF
Organização de Trabalho
Papel do Coordenador de NASF
Sistemas de Registro das produções dos profissionais – Análise Qualitativa –
Impactos na Estratégia Saúde da Família
EPINFO
Educação Permanente e Capacitações integradas com a ESF
Avaliação Externa do PMAQ
A Avaliação Externa do PMAQ na CRS Centro Oeste foi realizada nas UBS
homologadas por profissionais vinculados à Faculdade de Saúde Pública da USP e
contratados pelo MS no período de 22/10/12 a 02/11/12. A avaliação foi composta de
3 etapas:
1. Reconhecimento da Infraestrutura – questionário para o gerente da UBS;
2. Entrevista de um profissional (médico ou enfermeiro) de cada uma das equipes
ESF da UBS;
3. Entrevista de 4 usuários de cada uma das equipes que estivessem na unidade
(antes da consulta)
O resultado parcial da avaliação externa do MS revelou que 94,2% das equipes da
Estratégia Saúde da Família receberam Certificação de Ótimo/Bom. Especificamente na CRS Centro Oeste, até dezembro/2012, foram certificadas
parcialmente as equipes da STS Sé, sendo 8 com “Ótimo”, 7 com “Bom” e 2 com
“Regular”.
43
2.3.3. Núcleos de Apoio as Equipes de Saúde da Família - NASF
A Portaria ministerial nº 154 MS/GM de 24/01/2008 instituiu a criação dos Núcleos
de Apoio as Equipes de Saúde da Família (NASF). Estes núcleos devem ser
organizados por equipes multiprofissionais (psicólogo, fonoaudiólogo, assistente
social, profissional de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, nutricionista,
terapeuta ocupacional, médico acupunturista, ginecologista, homeopata, pediatra e
psiquiatra) que atuam em parceria e em conjunto com as equipes da Estratégia
Saúde da Família e estão vinculados às equipes de ESF; sendo estabelecida a
relação de um NASF para no mínimo oito e no máximo vinte equipes de Saúde da
Família. A média no município é um NASF para 12 equipes, e na CRS Centro Oeste,
um NASF para 9 equipes, inclusive incluindo equipes da CRS Norte no NASF
sediado na UBS Bom Retiro.
O quadro 8 apresenta o plano de organização dos NASF para CRS Centro Oeste, e
o anexo 3 detalha as mesmas informações por equipe/unidade NASF.
QUADRO 8 - EQUIPES NASF POR UNIDADES BASE, NÚMERO DE UNIDADES E EQUIPES VINCULADAS, ÁREA DE APOIO TÉCNICO E CATEGORIA PROFISSIONAL PROPOSTA, CRS CENTRO OESTE POR STS, PROPOSTA PARA 2012
STS UBS Base Nº UBS NºEQ.ESF Área de Apoio NASFProfissionais Propostos/ Categoria
UBS N S DO BRASIL 3 10 4 6 UBS REPUBLICA 2 12 6 9 UBS SE 2 9 5 7UBS BOM RETIRO 6 12 6 8TOTAL STS 13 43 21 30 UBS VILA PIAUI 2 8 4 6UBS PQ DA LAPA 3 10 4 6TOTAL STS 5 18 8 12 UBS JD. D'ABRIL 2 9 8 11UBS JD PAULO VI 2 12 8 11TOTAL STS 4 21 16 22
CRSCO TOTAL GERAL 22 82 45 64
BUTANTÃ
LAPA PINHEIROS
SÉ
FONTE: PMSP/SMS/CRS CO - Ceinfo e Assessoria Técnica, referente ao planejado para 2012 – set/12Nota: Unidades ligadas ao NASF Bom Retiro são de 2 Coordenadorias:
CRS Centro Oeste UBS Bom Retiro e CSE Barra Funda CRS Norte - UBS Joaquim Ant.Eirado; UBS V. Nivi; UBS Lausane
A parceria com as Irmãs Hospitaleiras foi substituída no início de 2009, e as equipes,
unidades e ações foram assumidas pela Associação Saúde da Família. As equipes
que passaram para a Associação Saúde da Família (ASF) e as duas equipes da
STS Butantã (FF Medicina USP) não foram contratadas em 2008. As demais foram
44
contratadas e treinadas em 2008, mas começaram a atuar no apoio às equipes
apenas em 2009.
TABELA 26 – EQUIPES NASF, POR UNIDADES E ESF REFERENCIADAS, COBERTURA POPULACIONAL E INSTITUIÇÃO PARCEIRA, CRSCO E STS, 2012
Território Unidade Base NASF
Nº Unidades Referênciadas
Nº ESF Referência
Cobertura Populacional Estimada
Parceiro
N.S. Brasil 3 9 36.000 IRSSLBoracéa 2 9 36.000 ASFSé 2 11 44.000 ASFBom Retiro 5 10 40.000 STA CASA
4 12 39 156.000 3Piauí 2 8 32.000 FFMPq Lapa 2 9 36.000 FFM
2 4 17 68.000 1S.Jorge 3 12 48.000 FFMBoa Vista 3 13 52.000 FFM
2 6 25 100.000 1CRSCO 8 22 81 32.400 5
Sé
Lapa Pinheiros
Butantã
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica, referente ao planejado, setembro/2012Nota: unidades ligadas ao NASF Bom Retiro: UBS Bom Retiro e CSE Barra Funda (CRS Centro Oeste); UBS Joaquim Ant. Eirado; UBS V. Nivi; UBS Lausane (CRS Norte)
45
2.3.4 – Fortalecimento da Intersetorialidade com Ênfase à Promoção à Saúde
O “Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis: Construindo Políticas Públicas
Integradas” foi desenvolvido, no período 2005-2008, por iniciativa da Secretaria
Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA) em articulação com o Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com o objetivo de fortalecer a
gestão intersetorial em questões ambientais com impacto sobre a saúde da
população, envolvendo a promoção de atitudes voltadas à preservação,
conservação e recuperação ambiental e a promoção e proteção da saúde da
população. Contou com recursos da Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP),
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério da Saúde (MS) e
PNUMA. Nesta perspectiva, foi firmado um compromisso entre a Secretaria do
Verde e Meio Ambiente, Secretaria Municipal da Saúde e Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social na pactuação de uma agenda integrada com
enfoque para o desenvolvimento de políticas de saúde e meio ambiente, tendo como
eixo o fortalecimento da intersetorialidade no nível local.
2005/2006: Fase de planejamento e articulações intersecretariais: Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) / Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
(SVMA) / Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS)
2007 - 1ª Etapa do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis: fase de
capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em temas ambientais.
Carga horária de 126 horas e 6 temáticas abordadas - (1) Lixo; (2) Água e energia;
(3) Biodiversidade; (4) Convivência saudável com os animais e Zoonoses, (5)
Consumo responsável e (6) Cultura da Paz e Não-violência. Foram capacitados 280
Agentes Comunitários de Saúde da CRS Centro Oeste, de um total de 4.864 ACS
capacitados no município.
2008 - 2ª Etapa do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis: fase de
elaboração e execução de ações/projetos de intervenção nos territórios abrangidos
pela UBS/ESF.
A partir de setembro de 2008, a Secretaria Municipal da Saúde – SMS ousou, ao
enfrentar um grande desafio na construção da agenda integrada saúde e meio
ambiente: incorporou o PAVS como um Programa na Estratégia Saúde da Família,
46
na Coordenação da Atenção Básica, com a percepção de estimular novas práticas
de Promoção de Saúde no nível local e fortalecer a capilaridade das ações dos
Agentes Comunitários de Saúde nos seus territórios.
Dando continuidade a este processo, a SMS avançou para a 3ª fase do PAVS, a de
gestão de projetos socioambientais. Estruturou em articulação com as
Coordenadorias Regionais de Saúde e Instituições Parceiras uma equipe de
coordenação, composta por 3 técnicos de nível central e 49 gestores ambientais,
sendo 6 regionais e 43 locais, que definem as diretrizes, monitoram e avaliam a
execução do programa.
PAVS na CRS Centro-Oeste – 3ª fase: 2009 a 2012
A partir de junho de 2009, já na 3ª fase do PAVS, a CRS Centro-Oeste (CRSCO)
passou a contar com uma equipe técnica específica para o Programa, composta
atualmente por 1 Gestora Regional no âmbito da CRS Centro-Oeste (da Instituição
Parceira ASF) e 6 gestores locais no âmbito das Instituições Parceiras/SMS.
Em 2011 a equipe foi ampliada, desta vez no nível local. Foram introduzidos novos
atores na rede básica: os Agentes de Promoção Ambiental (APA), profissionais com
atribuições específicas de apoio e fomento aos projetos socioambientais junto às
equipes ESF. Atualmente a CRS Centro Oeste conta com 15 APA lotados nas UBS.
A atuação direta desses atores junto às equipes da saúde contribuiu
significativamente para a consolidação do Programa e para a qualificação dos
projetos nas UBS.
Ainda em 2011, no dia 03 de Agosto, a Secretaria Municipal da Saúde criou, por
meio da Portaria Nº 1543, o Programa Ambientes Verdes e Saudáveis-PAVS, na
Coordenação da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família. Esta iniciativa, de
caráter inovador no SUS, veio fundamentar e fortalecer o PAVS como uma política
pública integrada no Município de São Paulo.
Desde o início desta 3ª fase foram muitos desafios, mas também com muitos
avanços. Por ser um programa inovador, o PAVS está em constante processo de
construção.
Com o apoio permanente das interlocuções da ESF na CRS Centro Oeste, nas 3
STS e das Instituições Parceiras/SMS, foi possível avançar muito na qualificação
dos projetos e nos resultados alcançados. O programa ainda não possui indicadores
47
de impacto de saúde, mas os resultados quantitativos e qualitativos dos projetos
apontam que estes promovem saúde, melhor qualidade de vida e mudança de
hábitos.
Neste período pode-se considerar duas “linhas de ação” desenvolvidas para a
qualificação dos projetos nas UBS e do Programa em geral. A primeira foca o
fortalecimento do conhecimento, tanto da equipe técnica do PAVS quanto das
equipes nas UBS, sobre a relação das questões ambientais e seus impactos na
saúde; a segunda foca na integração e na intersetorialidade para o
desenvolvimento das ações a nível local e regional.
Fortalecimento do conhecimento – Metodologia e ações desenvolvidas Participação em reuniões técnicas das STS junto às gerências das UBS para
apresentação do Programa, suas diretrizes, projetos desenvolvidos e alinhamentos
necessários;
Criação de vínculo da equipe técnica PAVS com as equipes nas UBS –
saídas a campo e reconhecimento constante do território;
Reuniões de planejamento e oficinas de levantamento de projetos prioritários
junto às equipes ESF;
Participação nas reuniões técnicas das UBS para apresentação do Programa,
suas diretrizes e projetos desenvolvidos no nível local;
Capacitação anual em temas ambientais e sua relação com a saúde para os
profissionais das UBS (na maioria ACS, mas outras categorias participam
pontualmente) – carga horária de 16 horas/aula;
Realização de encontros mensais com a equipe técnica PAVS para
alinhamento do Programa;
Realização de encontros técnicos no âmbito da CRSCO – participação das
interlocuções ESF da CRSCO, STS e Instituições Parceiras e dos gestores locais;
Fomento à participação da equipe técnica, APA e profissionais das UBS em
cursos, oficinas, congressos e outros eventos que promovam conhecimento nos
eixos norteadores do Programa (Arborização e Biodiversidade; Água, Ar e Solo;
Gerenciamento de Resíduos Sólidos; Horta e Alimentação Saudável; A3P - Agenda
Ambiental na Administração Pública; Revitalização de Espaços Públicos; Cultura e
Comunicação)
Elaboração de relatórios de acompanhamento dos projetos
48
Integração e Intersetorialidade
Diversas articulações foram realizadas desde 2009 e hoje conta-se com 61 parcerias
estabelecidas. Para o desenvolvimento dos projetos socioambientais, há parceria da
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, das subprefeituras,
equipamentos sociais, instituições privadas (pequenos comerciantes e grandes
redes), bem como diversas organizações da sociedade civil (ONGs e cooperativas
de catadores).
Também entende-se como fundamental a integração dos projetos socioambientais
aos outros setores da própria SMS. Desta forma, fomentam-se ações integradas
com as SUVIS e as diversas áreas técnicas e programas da Atenção Básica, tal
como MTHPIS, Saúde Bucal, Saúde do Homem, Saúde do Idoso, entre outras.
Os resultados gerais desta 3ª etapa do PAVS na CRS Centro Oeste encontra-se nos
quadro 9, gráfico 8 e figuras 7 e 8, a seguir.
QUADRO 9 – RESULTADOS DO PAVS NA CRS CENTRO OESTE, 2009 A 20122009 2010 2011 2012
Nº total de projetos 52 58 66 71
Nº de profissionais capacitados em temas ambientais e sua relação com a saúde (16 horas/aula) 165 118 100 Em
andamento
Nº de relatórios de acompanhamento dos projetos 2 3 4 3 (até setembro)
Nº de encontros técnicos realizados na CRSCO - - 3 2
Nº de parcerias estabelecidas s.d. 60 60 61
Fonte: PMSP/SMS/CRS Centro oeste, Assessoria Técnica, set/2012
GRAFICO 8 – RESULTADOS DO PAVS NA CRS CENTRO OESTE, 2009 A 2012
Fonte: PMSP/SMS/CRS Centro oeste, Assessoria Técnica, set/2012FIGURA 7 – RESULTADOS DO PAVS NA CRS CENTRO OESTE, 2009 A 2012
49
Fonte: PMSP/SMS/CRS Centro Oeste, Assessoria Técnica, set/2012
FIGURA 8 - ORGANOGRAMA DOS TEMAS INCLUÍDOS NO PROJETO “PAVS”, PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO E CRS CENTRO OESTE, 2012
Fonte: PMSP/SMS/CRS Centro Oeste, Assessoria Técnica, set/2012
50
2.4 – Rede de Proteção à Mãe Paulistana
A Rede de Proteção à Mãe Paulistana é um Programa Municipal criado por meio de
Decreto Municipal nº 46.966 de 02/02/2006, com o objetivo de melhorar a qualidade
da assistência materno-infantil, desde a inclusão precoce, as consultas de pré-natal
(no mínimo sete), parto, puerpério, até o primeiro ano de vida da criança.
Assim que recebe o diagnóstico de gravidez, a gestante inicia a sua vinculação na
Unidade de Saúde mais próxima de sua residência, ou em situações especiais do seu
trabalho, através do cadastro e início imediato do pré-natal, com solicitação dos
exames do 1º trimestre. A captação precoce da gestante é primordial para adequadas
e oportunas intervenções de âmbito educativo e terapêutico através da identificação
das intercorrências no início da gestação. Na CRS Centro Oeste a 1ª consulta até 120
dias ocorreu em 81,8% das gestantes acolhidas, durante o período de 01/11/11 a
31/10/12. (BI Mãe Paulistana – 12/11/2012)
O transporte gratuito é um incentivo para que a gestante realize consultas e exames,
além de conhecer previamente o local onde fará o parto. Em agosto de 2011, a CRS
Centro Oeste promoveu a reavaliação do processo de cadastro e fornecimento do
Cartão SPTRANS e a capacitação dos profissionais responsáveis por esse serviço
em todas as Unidades. A quantidade de deslocamentos fornecida é adequada
individualmente, de acordo com a necessidade de maior freqüência no
comparecimento às consultas (por ex. alto risco) ou realização de exames.
Diretrizes Técnicas asseguram a qualidade do atendimento no pré-natal, no parto e
no puerpério. Contribuindo para o processo de qualificação da atenção ao pré-natal,
em agosto de 2011, a CRS Centro Oeste elaborou o condensado: “Fluxo e
Seguimento das Gestantes nas Unidades”, com ampla divulgação para as Unidades,
juntamente com o Protocolo atualizado de Pré-natal de Risco Habitual ou Baixo Risco
da SMS. Nesse mesmo período foi realizada a Oficina para redução de Sífilis
Congênita na CRS Centro Oeste, tendo como público alvo médicos e enfermeiros.
Devido à relevância do assunto, o evento foi repetido em 2012, e desta vez também
foram convidados os gerentes das Unidades.
A classificação de risco e vulnerabilidade é realizada durante todo o
acompanhamento da gestante, possibilitando acesso oportuno ao pré-natal de alto
51
risco. Isso vem ocorrendo de maneira adequada nas três STS da CRS Centro Oeste,
através de referências pactuadas e publicadas, em DOC, junto com a Grade em
Obstetrícia, e da atuação conjunta da Regulação da Coordenadoria, quando
necessário.
A Grade de Referência em Obstetrícia é fundamental para garantir a internação,
propiciando um parto seguro. A grade da Região Centro Oeste foi revista e
republicada no DOC de 16/08/2012. No entanto, se a gestante necessitar de
internação fora da área de referência ou se ocorrer dificuldade de vagas, a Central de
Regulação fornece o devido apoio para garantir a internação.
O “Alô Mãe”, serviço de teleatendimento para gestantes inaugurado em maio de
2012, funciona 24 horas e agora é “0800”. Inicialmente foi destinado às gestantes que
apresentassem algum fator de risco e hoje está disponível a todas gestantes.
A informatização de todas as Unidades de Saúde, a inclusão do Mãe Paulistana no
SIGA -Saúde e o acesso ao BI Mãe Paulistana, tem possibilitado não somente o
constante monitoramento das gerências aos trabalhos realizados pelas equipes como
o aperfeiçoamento das ações, tais como identificação e busca ativa das gestantes
abstinentes. A CRS Centro Oeste realizou, em abril de 2011, treinamentos SIGA Mãe
Paulistana para Gerentes, responsáveis pela Saúde da Mulher e Mãe Paulistana e
profissionais envolvidos com as digitações no SIGA, de todas as Unidades.
De março de 2006 a outubro de 2012 foram realizadas quase 300.000 consultas.
Durante os seis anos de Programa, em torno de 58.000 mães já se inscreveram nas
Unidades da CRS Centro Oeste, sendo realizados quase 55.400 partos nos hospitais
de referência desta Coordenadoria neste período.
A tabela 27 e o gráfico 9 apresentam a série histórica do número de Gestantes
Cadastradas no SISPRENATAL na CRS Centro Oeste, por subprefeitura, nos anos
2004 a 2010, onde se pode observar uma curva ascendente homogênea de número
de gestantes cadastradas até o ano 2008 e início de um leve declínio nos anos
seguintes, evento similarmente distribuído em todas as 3 subprefeituras da região.
Nos anos seguintes, 2011 e 2012, o sistema oficial de cadastro e acompanhamento
do pré-natal do Município de São Paulo passou a ser o Programa Mãe Paulistana no
SIGA - Sistema de Informação da Gestão Ambulatorial, substituindo a digitação no
sistema Sisprenatal, do MS. A mudança causou uma interrupção na série histórica
52
por mudanças na sua forma de coleta e entendimento, como o cadastro no
Programa.
A tabela 28 e o gráfico 10 apresentam os números de consultas de PRENATAL de
gestantes na CRS Centro Oeste, por subprefeitura, nos anos 2004 a 2012.
TABELA 27 - GESTANTES CADASTRADAS NO SISPRENATAL, CRS CENTRO OESTE, POR STS, 2004 A 2010 .
STS 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
BT 2.344 2.325 3.318 3.755 4.125 4.145 3.757
LAPA/PINHEIROS 921 1.236 1.685 1.790 1.838 1.884 1.836
SÉ 1.335 1.316 2.379 3.196 3.293 3.417 3.135
CRSCO 4.600 4.877 7.382 8.741 9.256 9.446 8.728
Fonte: MS/DATASUS/ SISPRENATAL, 2004 a 2010
GRÁFICO 9 - GESTANTES CADASTRADAS NO SISPRENATAL, CRS CENTRO OESTE, POR STS, 2004 A 2010.
Fonte: MS/DATASUS/ SISPRENATAL, 2004 a 2010
TABELA 28 - CONSULTAS DE PRE NATAL EM GESTANTES, CRS CENTRO OESTE POR STS, 2004 A 2012* .
STS 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
BT 15.056 15.929 24.599 28.483 29.228 28.381 29.332 25.473 18.276
LAPA / PINHEIROS 3.857 7.389 10.150 12.300 11.479 12.444 11.688 10.979 8.851
SÉ 3.876 3.307 7.773 10.172 10.231 12.212 14.082 19.202 16.054
CRSCO 18.913 23.318 34.749 40.783 40.707 40.825 41.020 55.654 43.181
Fonte: MS/DATASUS/ SISPRENATAL, 2004 a 2010; BI Mãe Paulistana 2011 e 2012*Dados de 2012 até outubro, provisórios, acessados em 10/11/2012 via BI Mãe Paulistana
53
GRÁFICO 10 - CONSULTAS DE PRE NATAL EM GESTANTES, CRS CENTRO OESTE POR STS, 2004 A 2012* .
Fonte: MS/DATASUS/ SISPRENATAL, 2004 a 2010; BI Mãe Paulistana 2011 e 2012*Dados de 2012 até outubro, provisórios, acessados em 10/11/2012 via BI Mãe Paulistana
54
2.5 - Saúde Mental
A Política de Saúde Mental no Município busca efetivar a mudança do modelo de
atenção integral à saúde para o cuidado em base territorial, se contrapondo ao
modelo historicamente baseado na internação hospitalar como alternativa principal.
No modelo de base territorial valoriza-se a manutenção dos vínculos familiares e
sociais, introduz unidades e serviços complementares, prevendo a redução
progressiva e planejada de leitos em hospitais psiquiátricos. A mudança do modelo
de atenção à Saúde Mental está em processo de consolidação e ampliação no
município.
Entre os equipamentos de saúde, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
constitui a principal estratégia desse processo de implantação, voltado para o
público adulto, infanto-juvenil e usuários de álcool e drogas. Estas são, também
unidades de saúde de apoio aos Serviços Residenciais Terapêuticos – SRT, que
tem por objetivo atender à necessidade de moradia das pessoas portadoras de
transtornos mentais graves que não contam com suporte familiar e social,
adequados, institucionalizados ou não, assegurando, portanto sua inclusão social.
O plano de expansão e qualificação da Rede de Atenção Integral em Saúde Mental
foi baseado na análise do índice de necessidade de saúde mental da população do
município, considerando inclusive a complexidade e necessidades específicas de
cada região da cidade com o objetivo de minimizar as diferenças regionais, e
favorecendo a equidade e o acesso da população da cidade aos serviços de Saúde
Mental e nos dados referentes a solicitação de internação hospitalar. O quadro 10
mostra os serviços especializados em saúde mental na CRS Centro Oeste, por
Supervisão Técnica de Saúde, em 2012.
Já o quadro 11 apresenta dados da ampliação de novas unidades de Atenção e
Apoio à Saúde Mental na CRSCO, no período de 2005 a 2012. Entre as unidades
implantadas, destacam-se as unidades apresentadas no item 2.3.1 – Assistência às
populações vulneráveis, pessoas em situação de rua, moradores de cortiços e em
drogadição: Complexo Prates (AMA e CAPS AD), CAPS AD Centro em 24hs, CAPS
Infantil e AMA Boracea com atendimento de urgência em psiquiatria. Completam
estas unidades as novas residências terapêuticas especiais implantadas no
Cambuci, que abrigam pessoas que que estavam em situação de rua e saem de
55
uma internação ou procuram atendimento para dependência química e não podem
ou não querem voltar para a família.
QUADRO 10 - DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE SAÚDE MENTAL, POR SUPERVISÃO TÉCNICA DE SAÚDE, CRS CENTRO-OESTE, 2012.
STS UNIDADE Características do Serviço ParceirosCAPS I Adulto Butantã CAPS I, atendimento de adultos
CECCO Parque Previdência Centro de Convivência, ações de promoção de saúde
AE Jardim Peri-Peri Atendimento secundário em Saúde Mental para crianças e adolescentes
SRST - Serviço de Residência Terapêutica Uma residência para pacientes masculinos e uma mista ASF
UBSs de apoio em Saúde Mental UBS Jardim Jaqueline e UBS Vila DalvaCAPS III Adulto Itaim Bibi CAPS III funciona,portanto,24 horas ASFCAPS Adulto II Lapa CAPS II, atendimento de adultosCAPS Adulto II Perdizes Manoel Munhoz CAPS II, atendimento de adultosCAPS Infantil II Lapa CAPS II, atendimento de crianças e adolescentesCAPS AD II Vila Madalena - PROSAM Atendimento a pacientes portadores de drogadiçãoCAPS AD Pinheiros Atendimento a pacientes portadores de drogadição
CECCO Eduardo Leite Bacuri Centro de Convivência, ações de promoção de saúde
SRST - Serviço de Residência Terapêutica Uma residência para pacientes femininas e duas mistas ASF
UBSs de apoio em Saúde Mental UBS Vera Cruz,UBS Alto de Pinheiros, UBS Vila Romana e UBS Magaldi
Emergência Psiquiátrica Pronto Socorro da Lapa
CAPS AD III Centro Atendimento a pacientes portadores de drogadição, com leitos de observação
CAPS Infantil II Sé CAPS II, atendimento de crianças e adolescentes
CAPS AD III Complexo Prates Atendimento a pacientes portadores de drogadição,com leitos de observação
Irmãs Hospit.
CAPS Adulto II Sé Atendimento a pacientes portadores de drogadição
SRST Especial - Serv. Resid. Terap. Especial Duas residências mistas para pessoasem situação de rua e drogadição
ASF
UBSs de apoio em Saúde Mental UBS Santa Cecilia, UBS Humaita e UBS Nossa Sra do Brasil
AMA Boracea Atendimento Psiquiátrico, de 2ª feira a sábado, das 07 às 19 horas
Irmãs Hospit.
Emergência Psiquiátrica Pronto Socorro Barra FundaAmb.Multidisciplinar de crianças e adolescentes - Programa Equilíbrio
Atendimento a crianças abrigadas por medida judicial HC - USP
STS SÉ
STS LAPA/ PINHEIROS
BUTANTÃ
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica, nov/2012
QUADRO 11 - REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL, CRS CENTRO OESTE, 2005 E 2012.SERVIÇOS 2005 2012CAPS ADULTO 4 5CAPS AD 2 4CAPS INFANTIL 1 2CECCO 2 2RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA 1 5RESID. TERAPÊUTICA ESPECIAL 0 2
TOTAL 10 20
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica, nov/2012
56
2.6 - Saúde Bucal
A Atenção em Saúde Bucal na CRS Centro Oeste teve sua estrutura (unidades com
saúde bucal, equipamentos e equipes) ampliada e reorganizada conforme pode ser
visto nos quadros 12 e 13, permitindo aumentar a cobertura às necessidades de
saúde da sua população. Atualmente a equipe de Saúde Bucal conta com 129
Cirurgiões Dentistas, 68 Auxiliares de saúde Bucal e 20 Técnicos de Saúde Bucal.
Mesmo com a ampliação apresentada, existem 4 unidades básicas sem
profissionais de saúde bucal, principalmente pela falta de espaço físico para instalar
o consultório odontológico. A inclusão das equipes de Saúde Bucal na Estratégia
Saúde da Família é uma mudança importante na forma de organizar a atenção e
permite agregar o conhecimento de território que as ESF e principalmente os ACSs
já utilizam, para ordenar e ampliar a cobertura das ações de saúde bucal, tanto
individuais como coletivas.
QUADRO 12 - REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL, CRS CENTRO OESTE, 2005 E 2012.
Unidades de Saúde 2005 2012UBS (todas) 30 34
UBS c/ Sbucal 27 30SAE-DST c/sbucal 3 3
3 3* apenas um era credenciado * todos credenciados
AMA c/sbucal 0 0Equipos 73 79
CEO
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica, nov/2012
QUADRO 13 – SAÚDE DA FAMÍLIA COM SAÚDE BUCAL, CRS CENTRO OESTE, 2005 E 2012.
2005 2012
UBS (todas c/ESF) 13 21
UBS c/ Sbucal 0 8
Equipes SB modalidade I 0 0
Equipes SB modalidade II 0 9
Fund. Fac. Medicina Fund. Fac. MedicinaSPDM Sírio Libanês
Irmãs Hospitaleiras Assoc. Saúde da FamíliaSanta Casa Santa Casa
Instituições parceiras
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica, nov/2012
57
A ampliação da cobertura da Atenção em Saúde Bucal pode ser verificada no
quadro 14, com especial destaque para as ações coletivas e de diagnóstico precoce
do câncer bucal, voltadas para a promoção de saúde e proteção específica. As
ações individuais, tanto de procedimentos básicos como especializados também
aumentaram, em 15,9 e 17,9% respectivamente. Apenas o acesso à primeira
consulta odontológica não sofreu ampliação significativa.
QUADRO 14 – PROCEDIMENTOS DE SAÚDE BUCAL, CRS CENTRO OESTE, 2005 E 2012.2005 2012 (jan a set)
Crianças inscritas em ações coletivas sem inform. 32.074
Ação coletiva de escovação dental supervisionada 9.799 40.417
1as. Consultas odontológicas 25.217 25.562
Procedimentos individuais básicos 262.945 304.844
Procedimentos especializados 28.133 33.041
Diagnóstico precoce do C.Bucal - campanha de vacinação dos idosos - nº examinados 9.018 25.042
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica, nov/2012
A ampliação e reorganização da Atenção em Saúde Bucal deveu-se também a um
intenso investimento em formação e educação permanente. Em 2007 toda a equipe
de saúde bucal da rede municipal passou por uma capacitação extensiva, que foi
complementada regionalmente conforme as necessidades. A Capacitação para
Atendimento a Quatro e a Seis mãos em Odontologia, com investimento em
Educação à distância e treinamento in loco nas unidades, iniciado em 2011 e
concluído em 2012, também foi uma oportunidade para as equipes revisarem seus
processos de trabalho e qualificarem as ações de cada membro. A Capacitação para
Campanha de Prevenção ao Câncer Bucal, já tradicional da região, foi validada junto
à EMS e Secretaria de Gestão, e tem contribuído para os bons resultados da
Campanha de Prevenção ao Câncer Bucal na região. As mudanças no sistema de
informação, com a inclusão do registro dos procedimentos no SIGA-SAÙDE teve
uma primeira capacitação em 2010, de desde então a Capacitação para Acesso ao
SIGA passou a ser uma rotina anual, que qualifica a informação e revisa o
entendimento dos profissionais de saúde bucal, administrativos e gerentes para a
análise e avaliação das ações na área.
58
A ampliação do acesso também ocorreu na oferta de próteses e aparelhos
ortodônticos e ortopédicos, como pode ser visto nos quadros 15 e 16. A CRS Centro
Oeste conta com 2 fornecedores destes serviços: o Laboratório contratado
(Laboratório Roberto de Prótese Dental) e o laboratório próprio, localizado no CEO
Alfredo Reis Viegas, na STS Sé.
QUADRO 15 – QUANTIDADE DE PRÓTESES E APARELHOS ORTODÔNTICOS / ORTOPÉDICOS CONFECCIONADOS NOS CEOS DA CRS CENTRO OESTE REALIZADOS PELO LABORATÓRIO ROBERTO, 2007 A 2012.
2007 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL Prótese Total 297 369 113 473 254 292 1.798
Prótese Parcial Removível 420 606 127 389 287 375 2.204
Prótese Fixa 12 4 1 0 8 0 25
Aparelhos Ortodônticos 42 131 203 97 51 192 716
Aparelhos Ortopédicos 20 32 35 75 28 8 198
TOTAL 791 1142 479 1034 628 867 4.941
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica, nov/2012
QUADRO 16 – QUANTIDADE DE PRÓTESES E APARELHOS ORTODÔNTICOS / ORTOPÉDICOS CONFECCIONADOS NO LABORATORIO DE PRÓTESE PRÓPRIO DO CEO VIEGAS, CRS CENTRO OESTE, 2010 A 2012.
Prótese temporária 0 4 0 4
Reembasamento e conserto de prótese dentária 0 22 44 66
Aparelho ortodôntico removível - Aparelho Planas com equiplan 0 0 4 4
Aparelho ortodôntico removível - Aparelho Planas Simples 0 48 18 66
Aparelho ortodôntico removível - Disjuntor de Mc Namara modificado 0 7 0 7
Aparelho ortodôntico removível - Impedidor de língua 0 8 1 9
Aparelho ortodôntico removível - Placa Hawley com expansor e molas 170 501 253 924
conserto de aparelhos ortodôntico/ortopédicos 39 50 65 154
Plano inclinado - BPAI 0 3 1 4
TOTAL 209 643 386 1.238
PROCEDIMENTOS 2010 2011 2012 TOTAL
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica, nov/2012Anteriormente a 2010 não havia instrumento de coleta dos dados do laboratório próprio
59
2.7 - Programa de Automonitoramento Glicêmico
O Programa de Automonitoramento Glicêmico tem por objetivo cadastrar e atender
os munícipes portadores de Diabetes Mellitus insulinodependentes, possibilitando
o acesso de forma contínua aos insumos: tiras, lancetas e seringas que garantam o
automonitoramento glicêmico (AMG), através de disponibilização de aparelhos
monitores de verificação da glicemia capilar.
Para a entrega dos aparelhos e insumos o munícipe através na sua unidade de
referência deve comprovar periodicamente a continuidade de seu acompanhamento
médico garantindo assim sua adesão ao tratamento. As gestantes, os portadores de
diabetes tipo I e tipo II com agravo têm prioridade para entrega dos aparelhos e
insumos. O prazo para seu atendimento é de 24 horas.
A partir de agosto de 2005 a UBS Vila Romana foi definida referência para a
distribuição dos insumos na Coordenadoria Centro Oeste. Ao final do mesmo ano
foram inseridas duas novas unidades: UBS Santa Cecília e UBS Butantã. Em 2008
já eram 8 unidades: na STS Butantã, UBS Butantã e UBS Vila Borges; na STS Lapa
Pinheiros, UBS Vila Romana, UBS Parque da Lapa e UBS Dr José de Barros
Magaldi; na STS Sé, UBS Santa Cecília, UBS Nossa Sra. do Brasil e UBS Cambuci.MAPA 6 - UNIDADES POLO DO PROGRAM AMG, CRS CENTRO OESTE, 2008.
FONTE: CRS CO/Ceinfo e Assessoria Técnica
No ano de 2009 todas as unidades passaram a ser distribuidoras dos insumos, e o
Programa foi integrado ao Sistema de Informação SIGA Saúde, para cadastro e
acompanhamento dos usuários e funções gerencias e de avaliação.
60
Na CRS Centro Oeste de janeiro de 2005 até dezembro de 2012 foram cadastrados
35.032 usuários, conforme a tabela 29.
TABELA 29 - NÚMERO DE USUÁRIOS CADASTRADOS NA CRS CO POR STS DE 2005 A 2012
ANO BT LAPI SÉ TOTAL
2005 7 2 15 24
2006 44 51 4 99
2007 51 57 0 108
2008 91 42 1 134
2009 1.348 1.415 1.242 4.005
2010 2.773 2.937 2.675 8.385
2011 3.477 3.570 3.370 10.417
2012 4.041 4.016 3.803 11.860
Fonte: SIGA/relatórios/programa AMG/períodos utilizados 01/2005 a 12/2012
Até dezembro de 2012 a CRS Centro Oeste possuía em fila de espera 107 usuários.
Importante ressaltar que estes eram portadores de DM tipo II, que não são
prioritários no Programa
A tabela 30 traz o consumo médio mensal dos insumos do programa na CRS Centro
Oeste no ano de 2012.
TABELA 30 - Consumo médio mensal de insumos utilizados no Programa AMG na CRS CO
InsumosCMM
BT LAPI SE
Lancetas 418.000 468.000 300.000
Seringa 50 UI 38.700 105.150 78.490
Seringa 100 UI 396.100 253.310 189.010
Tira Reagente 418.000 468.000 360.000
Recipiente para perfuro cortantes 2.000 2.890 2.300
Fonte: BI (Busines Intellingent Oracle)– out2012
61
2.8 - Programa Acompanhante do Idoso – PAI
O principal objetivo do Programa é desenvolver ações de cuidado domiciliar e apoio
para as atividades diárias da população com dependência funcional e ausência ou
insuficiência de apoio familiar. De acordo com a necessidade os agentes oferecem
companhia, escuta, e acompanhamento em atividades externas. Além disso,
oferecem ajuda para realizar os cuidados pessoais (banho, higiene oral e
alimentação, entre outros) e nas visitas aos serviços de saúde. A preocupação é
reforçar a autonomia e a independência dos participantes como parte do processo
de melhoria da qualidade de vida e saúde. O suporte é oferecido por agentes
especialmente selecionados e treinados para o trabalho. A Instituição Parceira na
Centro-Oeste é a Associação Saúde da Família (ASF).
A CRS Centro Oeste é caracterizada por grandes contrastes e desigualdades
sociais. Possui distritos com o maior índice de densidade habitacional, áreas com
grande concentração de moradores em situação de rua, idosos e favelas ao lado de
regiões com alto poder aquisitivo, como no Morumbi. O percentual de idosos é de
16,5%, este é o maior percentual de idosos da cidade principalmente nas
Supervisões Sé e STS Lapa Pinheiros, motivo do Programa iniciar a ampliação
nessas duas supervisões, em 2008. Em 2005 já existia, na URSI Santa Cecília, o
Programa Anjos Urbanos, que foi o precursor ao modelo adotado atualmente.
Histórico:
* 2005: Anjos Urbanos – 4 acompanhantes de Idosos com jornada de 40 horas
semanais, ligados à URSI Santa Cecília.
* 2006: Início Programa Ac. Idosos – 1 equipe na URSI Santa Cecília
* 2008: Implantadas mais 4 equipes nas UBS N.Sra.Brasil, UBS Boracea, UBS
V.Romana e UBS Magaldi.
* 2012: Implantadas mais 2 equipes - UBS Jd. Vera Cruz e UBS Butantã
62
A Coordenadoria Centro Oeste possui 7 equipes PAI (compostas por um médico,
uma enfermeira, dois auxiliares de enfermagem, um ATA e 10 acompanhantes de
idosos, coordenadas por uma assistente social) 679 usuários cadastrados (em
set/2012), assim distribuídos:
STS Butantã – 1 equipe e 88 usuários, na UBS Butantã
STS Lapa Pinheiros – 3 equipes e 292 usuários, 1 na UBS Vila Romana, 1 na UBS Magaldi e 1 na UBS Vera Cruz;
STS Sé – 3 equipes e 299 usuários, 1 na URSI SÉ, 1 na UBS Boracéa e1 na UBS Nossa Senhora do Brasil.
63
2.9. Acompanhante Comunitário de Saúde da Pessoa com Deficiência - APD
Em 2010 foi implantado o Programa Acompanhante Comunitário de Saúde da
Pessoa com Deficiência, quando alguns NIRs - Núcleos Integrados de Reabilitação
ampliaram a atenção à pessoa com deficiência intelectual, por meio de parceria com
a Associação Saúde da Família.
Seu objetivo é oferecer apoio à pessoa com deficiência intelectual em situação de
fragilidade e vulnerabilidade social e sua família, por meio de ações que favoreçam a
manutenção e fortalecimento dos vínculos familiares, o aprimoramento do cuidado, a
prevenção de agravos e o desenvolvimento de potencialidades, evitando o
abrigamento/internação.
São objetivos específicos deste programa:
Desenvolver projeto terapêutico, de forma a prevenir agravos, promover a máxima autonomia possível e desenvolver potencialidades;
Articular serviços de saúde para atenção às necessidades de saúde da pessoa com deficiência;
Estimular o desenvolvimento de AVD (atividades de vida diária) e AIVD (atividades instrumentais de vida diária);
Oferecer à pessoa com deficiência e sua família apoio, esclarecimento e orientação;
Desenvolver ações que contribuam para a manutenção e fortalecimento dos vínculos familiares;
Contribuir para a reorganização da dinâmica familiar, de forma a estimular a cooperação de todos no cuidado à pessoa com deficiência;
Desenvolver estratégias para promoção de saúde dos cuidadores das pessoas com deficiência;
Articular intersetorialmente para a participação em espaços sociais, terapêuticos, de lazer e trabalho, de acordo com o potencial de cada pessoa com deficiência.
A CRS Centro Oeste possui duas equipes de APD (equipe multidisciplinar composta
por um Supervisor de Equipe-Enfermeiro, um Psicólogo, um Terapeuta Ocupacional
e seis Acompanhantes Comunitários), ambas lotadas na STS Sé: uma equipe está
na UBS Sé (Equipe Sé) e outra na UBS Dr. Humberto Pascalli – Santa Cecília
(equipe Santa Cecília), ambas ligadas ao NIR Santa Cecília e com área de
abrangência ampliada: a equipe Santa Cecília ampliou seu atendimento para a STS
Lapa e a equipe Sé passou a atender também a área da UBS Brás, pertencente a
64
Coordenadoria de Saúde Sudeste. O número de pessoas cadastradas e atendidas
por equipe e na CRS Centro Oeste encontra-se na tabela 30.
TABELA 30 - USUÁRIOS CADASTRADOS E ACOMPANHADOS NO PROGRAMA DE APOIO À PESSOA DEFICIENTE
Equipes2010 2011 2012*
Nº Cadastros Iniciais
Nº Acompanhados
Nº Cadastros Novos
Nº Acompanhados
Nº Cadastros Novos
Nº Acompanhados
Santa Cecília 75 53 43 79 44 95
Sé 134 82 42 74 25 72
Total 209 135 85 153 69 167
Fonte: PMSP/SMS/CRS Centro Oeste – Assessoria Técnica
65
3 - Apoio à Atenção em Saúde
3.1 - Assistência Farmacêutica
Das Unidades de Saúde da CRS Centro Oeste, 48 possuem área destinada à
Farmácia e executam atividades de dispensação de medicamentos aos usuários,
obedecendo à listagem oficial de medicamentos padronizados – REMUME, e
orientação técnica da Área Técnica da Secretaria Municipal de Saúde, através das
interlocuções na Coordenadoria e nas Supervisões de Saúde. Desde 2008 foram
contratados Farmacêuticos e Técnicos de Farmácia pelas instituições parceiras e
pela PMSP para as unidades de saúde. A CRS Centro Oeste contava no final de
2009 com 18 Farmacêuticos lotados em Unidades, 07 Farmacêuticos Interlocutores
e 74 Técnicos de Farmácia. Hoje, o quadro é de 31 Farmacêuticos sendo 27
Farmacêuticos lotados em 25 Unidades (fixos), 05 Farmacêuticos Interlocutores (que
cobrem um total de 11 Unidades) e 128 Técnicos de Farmácia (distribuídos em 46
Unidades).
Apesar do incremento do número de Farmacêuticos e Técnicos de Farmácia, duas
Unidades, (SAE Lapa e SAE Butantã) ainda não contam com Técnicos de Farmácia
em suas Farmácias. Em outras, apesar da presença de Técnicos de Farmácia e
Farmacêuticos, existe a necessidade premente de ampliação do quadro,
especialmente de Técnicos de Farmácia, para adequado fluxo de atendimento na
Unidade.
A CRS Centro Oeste deu continuidade à execução de readequações ou alterações
nas áreas físicas de algumas Farmácias, com melhoria das condições de
armazenamento e dispensação dos medicamentos; no entanto algumas Farmácias
ainda apresentam condições físicas pouco adequadas para o armazenamento e
dispensação de medicamentos (área física muito reduzida, problemas de ventilação
e incidência direta de sol, umidade, etc).
O incremento do quadro de pessoal tecnicamente especializado possibilitou
significativos avanços na Área, tais como: qualificação da dispensação de
medicamentos; melhoria na organização dos serviços das Farmácias das Unidades
de Saúde, racionalização do atendimento, diminuição das filas, maior organização
66
do estoque; melhoria na avaliação - ainda que sem recursos específicos como
equipamentos e laboratórios - da qualidade dos medicamentos utilizados na rede
(indicador utilizado: número de queixas técnicas por desvio de qualidade dos
produtos); incremento das discussões técnicas com as equipes de saúde na área de
medicamentos, como uma das estratégias de fomento ao uso racional dos mesmos;
rediscussão de rotinas e processos de trabalho com melhoria da qualidade da
assistência prestada; incremento de atividades relacionadas ao atendimento
farmacêutico direto ao paciente, com a participação desse profissional em grupos
multiprofissionais com usuários, atendimento farmacêutico individual,
aconselhamento farmacêutico, entre outros, incluindo a questão do cuidado
farmacêutico ao paciente, o que contribui para a melhoria da compreensão pelos
usuários sobre o uso racional e adequado de medicamentos como também para a
adesão aos tratamentos prescritos.
Foram realizados eventos de Educação Permanente, tanto para Técnicos de
Farmácia quanto para Farmacêuticos, visando tanto o aprimoramento de
conhecimentos quanto o desenvolvimento de habilidades e atitudes transformadoras
para aperfeiçoamento das atividades na área. Alguns cursos foram realizados
exclusivamente com recursos próprios e outros em parceria com a Fundação
Faculdade de Medicina.
Apesar dos avanços consideráveis na área, ainda enfrentamos alguns problemas
relativos especialmente à adesão às regras de prescrição e dispensação de
medicamentos determinadas pela Portaria 1535/2006 – SMS.G, o que se observa,
por exemplo, pelo percentual de receitas de médicos da rede municipal, onde a
prescrição não é feita através da Denominação Comum Brasileira (DCB, ou nome
genérico). Também são enfrentados problemas quanto à adesão plena às normas
estabelecidas pela Legislação Sanitária como a Portaria SVS/MS 344/98 (dispõe
sobre ações relacionadas a medicamentos sob controle especial) e RDC ANVISA
20/2012 (dispõe sobre normas para prescrição e dispensação de antimicrobianos).
Em levantamento realizado no período de janeiro a outubro de 2012, através dos
relatórios de saídas por período do sistema GSS, verificamos o registro de
atendimento de 4.158.859 pacientes e 146.542.776 unidades de medicamentos
dispensadas. Há de se dizer que foram enfrentados alguns problemas relativos ao
abastecimento de medicamentos pela SMS, o que implicou em alguns breves
67
períodos de falta de alguns medicamentos. Outro ponto importante é o registro
crescente de atendimentos na quase totalidade das Unidades de Saúde da região,
particularmente nas Unidades da região da STS Sé, o que torna premente a revisão
tanto da área física das Farmácias de algumas unidades, mas principalmente do
quadro de funcionários das Farmácias.
Observa-se expressivo atendimento de receitas externas (particulares, convênios,
outros serviços SUS) sobre o total de receitas atendidas.
A SMS disponibiliza, além dos medicamentos dispensados diretamente aos usuários
nas Farmácias das Unidades de Saúde, outra estratégia de acesso a medicamentos
para usuários portadores de diabetes e hipertensão arterial, o Programa Remédio
em Casa.
O Programa Remédio em Casa (PRC) da Secretaria Municipal da Saúde, da Cidade
de São Paulo consiste na entrega domiciliar de medicamentos em quantidades
suficientes para o período de 90 dias, para portadores de doenças/ patologias
crônicas,estáveis e controlados clinicamente, em acompanhamento nas Unidades
de Saúde. É uma das políticas de acesso a medicamentos desde 2.005.
Em outubro de 2012, as Unidades da CRS Centro Oeste possuíam 15.370 pacientes
cadastrados no Programa Remédio em Casa, dos quais 4.456 estavam ativos
perfazendo 37,5% da meta estabelecida (cadastrar no PRC 13,5% da população
hipertensa e/ou diabética cadastrada e acompanhada pelas unidades, mantendo
70% desses pacientes na condição de ativos no Programa). Foram incluídas 15.722
prescrições nas 35 Unidades habilitadas e que utilizam o Programa.
68
3.2 - Assistência Laboratorial
Atualmente do total das unidades de Saúde da CRS Centro Oeste, 58 possuem área
destinada à coleta de exames laboratoriais. Sendo que destas, 10 unidades são
AMA (Assistência Médica Ambulatorial), de pronto atendimento com coleta de
alguns exames de urgência de responsabilidade exclusiva do laboratório contratado
(Labclim) e com resultado disponibilizado em até 3 horas. As outras 48 unidades de
saúde têm o serviço de coleta de exames diário, com encaminhamento dos exames
para dois laboratórios de referência: parte para o laboratório municipal Lapa e parte
para o laboratório contratado (Labclim).
O quantitativo de exames laboratoriais de análises clínicas realizado nas unidades
da CRS Centro Oeste dobrou de 2005 a 2012. O laboratório Lapa realizava em 2005
em média 60.794 exames/mês e passou em 2012 para 113.955 exames/mês. O
laboratório contratado, Labclim, iniciou o contrato em dezembro de 2006 com 38.705
exames/mês e passou para 89.415 exames/mês em 2012.
Este aumento ocorreu em função do aumento de unidades novas que foram
inauguradas e também devido ao aumento da demanda das unidades existentes
onde os usuários passaram a encontrar maior acesso com a coleta diária.
A crescente demanda de coleta não tem sido acompanhada pela adequação da área
física e quadro de RH adequado em várias unidades. Isto tem provocado
dificuldades no atendimento e organização do serviço, provocando aumento de não
conformidade com alto índice de recoletas.
A organização do serviço em cada unidade tem diferentes configurações, sendo que
para o caso do serviço de coleta de exames é recomendado que se faça uma
padronização dos procedimentos que abrangem cada etapa deste serviço. O
objetivo do controle desta fase denominada fase pré-analitica, é garantir que as
amostras e materiais coletados mantenham a integridade de sua composição e
funcionalidade e assim garantir um resultado de melhor qualidade. E considerando a
relevância da qualidade dos exames laboratoriais para o apoio ao diagnóstico eficaz,
foi elaborado pela ANVISA a RDC 302 (2005), que define os requisitos para o
funcionamento dos laboratórios e postos de coleta seja público ou privado.
69
Está definido que é de responsabilidade do gerente e equipe de cada Unidade de
saúde, a organização, o treinamento de pessoal específico, a padronização dos
procedimentos e registros das atividades abaixo relacionadas do serviço de coleta
de exames:
1. Pedido de exame (verificar o correto preenchimento: letra legível e completa com as identificações da unidade, dados do paciente (cartão SUS), hipótese diagnóstica e exames solicitados).
2. Orientação e Preparo dos usuários (verificar se os exames solicitados estão na lista contratada ou se são de coleta especial)
3. Obtenção da amostra biológica (coleta propriamente dita)
4. Conferencia e organização do material coletado e acondicionamento adequado nas caixas isotérmicas para Transporte.
5. Recebimento dos resultados (conferencia e organização) e colocação nos prontuários ou entrega aos usuários.
6. Organização do estoque e acompanhamento da qualidade dos materiais de coleta (insumos gerais relacionados), abrangendo conferência e levantamento mensal do estoque tanto recebidos pelo GSS, como os fornecidos pelo laboratório contratado.
7. Conferência e controle dos exames realizados pelo Laboratório contratado (avaliação qualitativa e quantitativa dos exames realizados).
Desde 2009 são realizados treinamentos semestrais abrangendo as atividades
acima citadas, para todas as unidades de saúde que possuem o serviço de coleta de
materiais biológicos, ministrados pela área de assistência laboratorial da CRS
Centro Oeste, supervisões técnicas de saúde e laboratório contratado. A
programação é feita visando tanto o aprimoramento de conhecimentos quanto o
desenvolvimento de habilidades e atitudes das equipes de coleta. Com a
participação do RH desenvolvimento responsável pelo planejamento de educação
permanente, é feita a programação visando melhorar e aperfeiçoar as atividades da
área em todas as unidades.
Houve avanços consideráveis na área, mas ainda enfrentamos vários problemas
relativos especialmente a implantação dos POPs (Procedimentos Operacionais
Padrão) que ainda não está completa. Há falhas de comunicação nas equipes na
divulgação dos POPs e falta de sensibilização do pessoal técnico (por falta de RH ou
pela rotatividade).
70
Um grande avanço ocorreu com a aquisição do software de gerenciamento
laboratorial no pregão realizado por SMS em 2011 e cuja empresa vencedora foi a
Matrix. O software foi implantado no Laboratório Lapa em maio de 2012 e permite
integração com o sistema SIGA - Saúde. Melhorou bastante o gerenciamento dos
dados, mas ainda tem pendências em andamento para disponibilização e
organização dos dados para a estrutura dos relatórios por unidade de forma a
facilitar o planejamento e avaliação da área de gerenciamento das informações.
Está pendente a ampliação da capacidade do quadro de energia elétrica do térreo
da entrada do Laboratório Lapa, além da adequação da área física e
complementação de RH para melhorar o atendimento da demanda da CRS Centro
Oeste com melhor custo-beneífcio e dar apoio de forma mais eficaz às ações dos
diferentes programas prioritários de SMS, em que hoje já participa como: DST/AIDS,
Hepatites, Sífilis, Tuberculose, Dengue, Hansen, Saúde da Mulher, Mãe Paulistana,
etc.
Também a CRS Centro Oeste deve dar continuidade na complementação e
treinamento do RH e adequação física da sala de coleta de algumas unidades, a fim
de melhorar as condições de coleta, atender as exigências da RDC 302 e ampliar o
acesso da população aos exames complementares.
71
3.3 - Regulação
A Regulação Centro Oeste utiliza atualmente, como instrumentos de trabalho, o
Sistema Integrado de Gestão e Assistência – SIGA e a Central de Regulação de
Ofertas de Serviços de Saúde – CROSS. Realiza agendamentos através da fila de
espera eletrônica no SIGA, presenciais e prioritários conforme necessidades
identificadas pelos profissionais da assistência, segundo preconiza a portaria
2566/2011. Trabalha dentro dos princípios da universalidade, integralidade e
equidade do SUS.
O SIGA foi incorporando ao longo dos anos as planilhas de vagas disponibilizadas
pelos prestadores, e permitindo melhor visualização das ofertas e demandas e
dando às unidades maior autonomia no agendamento de seus usuários.
A disponibilização das vagas da Secretaria de Estado da Saúde ocorre via CROSS
onde a unidade de saúde agenda diretamente no sistema.
Atualmente os usuários são inseridos no SIGA pela unidade, seja para consultas de
especialidades, exames ou cirurgias eletivas. Alguns casos, como oncologia, estão
sob gestão centralizada na Secretaria, que agenda a partir da inserção do usuário e
sua necessidade no SIGA. Há casos que podem ser agendados no CROSS pelos
três níveis de regulação: unidade (local), Coordenadoria (regional) e SMS (central),
dependendo de sua especificidade ou grau de dificuldade de acesso ao prestador ou
urgência do caso.
72
3.3.1 - Oferta
Os ambulatórios que disponibilizaram agenda no SIGA ou CROSS, no período
2011/2012, encontram-se no quadro 17, abaixo.
QUADRO 17 - UNIDADES EXECUTANTES, QUE OFERECERAM VAGAS PARA CONSULTAS OU PROCEDIMENTOS, POR GESTÃO DA REGULAÇÃO (CROSS/SIGA), CRS CENTRO OESTE, 2011/2012
CROSS SIGAAE - LAPA AE DR. FERNANDO RAMIREZ CRUZAE - PINHEIROS AE JARDIM PERI-PERIAE - VÁRZEA DO CARMO AMA ESPECIALIDADES SANTA CECILIAAE - VÁRZEA DO CARMO - DANTE AMA ESPECIALIDADES SOROCABANAAE - VÁRZEA DO CARMO - FIDI CAPS AD II CENTROAE - VÁRZEA DO CARMO - HC CAPS AD PINHEIROSAE- SANTA CRUZ CAPS I ADULTO - BUTANTAAH - CACHOEIRINHA CAPS II ADULTO - ITAIM BIBIAH - PEROLA BYINGTON CAPS II ADULTO-LAPAAH - VILA PENTEADO CAPS II ADULTO-PERDIZES-MANOEL MUNHOZAME BARRADAS CAPS II ÁLCOOL E DROGAS V. MADALENA - PROSAMAME BOURROUL CAPS INFANTIL SEAME MARIA ZÉLIA CEO ALFREDO REIS VIEGAS - HUMAITAAME ZONA LESTE (ITAQUERA) CEO LAPAHOSP BRIGADEIRO CR ST ANDRE GRABOISHOSP DANTE PAZZANESE CR ST LAPAHOSP DAS CLÍNICAS UBS ALTO DE PINHEIROSHOSP EMÍLIO RIBAS UBS BUTANTA HOSP INF CANDIDO FONTOURA UBS DR JOSE DE BARROS MAGALDIHOSP IPIRANGA UBS REPUBLICAHOSP SÃO PAULO - UNIFESP UBS SANTA CECILIA - DR. HUMBERTO PASCALEHOSP UNIV DA USP UBS SEHOSP VILA PENTEADO UBS VILA SONIAINCOR UMT CENTRO - UNIDADE DE MEDICINAS TRADICIONAISINRAD - INST DE RADIOLOGIA UNIDADE DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM - SEINST CLEMENTE FERREIRAINST DA CRIANÇA - ICRIOTSANTA CASA DE SÃO PAULOSANTA CASA SANTO AMARO
Unidades Executantes
Fonte: PMSP/SMS/CRSCO – Regulação
73
TABELA 31 VAGAS OFERTADAS, POR GESTÃO DA REGULAÇÃO (CROSS/SIGA), TOTAL E EM PRIMEIRA VEZ, CRS CENTRO OESTE, 2011/2012
Ano SIGA/CROSS Total Disponibilizado
Total de Oferta em Primeira Vez
2011CROSS 41.583 41.583
SIGA 347.188 93.561
2012CROSS 38.715 38.715
SIGA 375.477 120.020
Fonte: PMSP/SMS/CRSCO – Regulação
Vale lembrar que esta análise considera todas as agendas da CRS Centro Oeste
disponibilizadas no SIGA, onde algumas categorias profissionais não disponibilizam
prioritariamente suas vagas em primeira vez, como Fisioterapia e Fonoaudiologia,
fazendo com que a média na Centro Oeste fique bem abaixo dos 60% preconizados
para a maioria das especialidades médicas. O total de consultas ou procedimentos
oferecido pelo SIGA em 2012 foi 8,14% maior que o de 2011. Toda a oferta do
CROSS são vagas em primeira vez e o aumento total foi de 28,3%.
Para as consultas médicas em atenção especializada, em 2011, o percentual de
primeira vez foi 38,8%, enquanto que em 2012 está em 47,5%.
A unidade com maior número de vagas disponibilizadas foi a AMA Especialidades
Santa Cecília, com 216.367 vagas (92.730 em primeira vez), seguida pelos
Ambulatórios de Especialidades Peri Peri e Ramirez Cruz, com 153.495 e 77.354
vagas, respectivamente. A unidade com maior número de vagas disponibilizadas
pelo CROSS foi o Ambulatório de Especialidades de Pinheiros, com 14.200 vagas. A
AMA Especialidades Sorocabana iniciou suas atividades em junho de 2012 e já
disponibilizou 37.387 vagas.
74
3.3.2 – Fila de Espera – Demanda Reprimida
A fila de espera no SIGA ganhou outra característica a partir de maio/2011, quando
passou a ser utilizada definitivamente como instrumento de gestão para estudo das
necessidades do município de São Paulo. No entanto, ainda permite a inserção de
especialidades ou procedimentos que não estão configurados ou não possuem
protocolo de agendamento, ocasionando dificuldades na análise dos dados e a
necessidade de, sistematicamente, realizar uma reavaliação para eliminação de
inconsistências. Permite ainda análise prospectiva e direcionamento para as
necessidades futuras de compra/contratação de serviços pelo gestor.
As especialidades médicas contempladas nas agendas das AMAs Especialidades,
exceto oftalmologia e dermatologia, encontram um tempo de espera pequeno para
agendamento, enquanto que as especialidades médicas não contempladas nestes
ambulatórios lideram as consultas em fila de espera.
As AMAs Especialidades tendem a apresentar a maior fila de espera, pois por
terem a maior disponibilidade de vagas para atendimento geram maior número de
procedimentos (exames ou cirurgias) com menor oferta de vagas.
A integração do SIGA com o CROSS já está em teste em algumas unidades do
município, bem como o agendamento automático da fila de espera e a emissão de
comprovante de inserção em fila de espera para os usuários.
A efetiva implantação de protocolos para consultas especializadas e/ou
procedimentos, a análise da produção através de indicadores e a aproximação com
a atenção hospitalar para o atendimento das necessidades cirúrgicas, são
investimentos necessários para o fortalecimento da atuação da Regulação.
75
3.4 - Recursos Humanos
A Diretoria de Gestão de Pessoas da CRS Centro Oeste, com algumas ações
desencadeadas nos últimos anos, conseguiu melhorar muito o desempenho e a
credibilidade da área de Gestão de Pessoas na região. A Diretoria de Gestão de
Pessoas é uma evolução da lógica de atuação que reestruturou a área conhecida
como Recursos Humanos para a Gestão de Pessoas, seguindo a nova estrutura da
Coordenadoria de Gestão de Pessoas/SMS. As mudanças proporcionaram um
grande impulso ao trabalho aproveitando o que de melhor cada colaborador possui
em relação ao seu trabalho junto a equipe. Isso se reflete no conjunto as pessoas
que fazem acontecer a saúde na região.
Entre as ações desenvolvidas, foi elaborado o Manual de Fluxo de RH (2 volumes:
“GEBER - Gerencia de Benefícios e Remuneração”; e “GEIM - Gerência de Ingresso
e Movimentação/GEDEP - Gerência de Desenvolvimento de Pessoas”), com
realização de capacitação para todas as unidades, preconizando a harmonização
dos processos de trabalho que são a base da Diretoria de Gestão de Pessoas -
DGP. Este manual foi um facilitador de todos os trâmites de expedientes que devem
ser utilizados nas ações de Gestão de Pessoas no dia a dia. Ele surgiu de uma
necessidade sentida pela equipe da importância de que as unidades soubessem
como, por que e para quem devem encaminhar os expedientes. Atualmente está
sendo realizada uma revisão dos manuais para mantê-lo atualizados.
Esta reestruturação levou a uma GEBER – Gerência de Benefícios e Remuneração
mais ativo, mais receptivo e acolhedor, e principalmente conhecendo e realizado
suas funções com mais clareza. A melhora foi tão clara que ainda hoje ótimos
feedbacks desta ação são recebidos.
Na GEDEP - Gerência de Desenvolvimento de Pessoas a ação mais importante foi
dar ao setor uma visibilidade maior, investindo todas as possibilidades, pois é a área
que no momento merecia ter mais atenção, por ser responsável diretamente pelo
crescimento em conhecimento e comprometimento dos servidores. Foram feitos,
portanto, nos últimos três anos, grandes investimentos no setor, trazendo pessoas
com conhecimentos da área e também do SUS, com isso atualmente há uma equipe
que, se não é ainda a ideal, já é bem mais próxima do desejado.
76
A GEDEP conseguiu, nesse processo, uma maior interação com a Equipe Técnica
da Coordenadoria, dando um impulso diferenciado na área de capacitação, através
dos servidores que são considerados “consultores do SUS” e do projeto de
Humanização. Desta forma a participação do grupo da GEDEP no planejamento de
todos os cursos e capacitações da região foi definida como essencial para a
consolidação das ações estratégicas da CRS Centro Oeste. Há muito para avançar
neste aspecto, porque é um processo de mudança da mentalidade das pessoas dos
diferentes setores da Coordenadoria.
O investimento também resultou em grande melhoria na área de carreiras, uma vez
que se investiu muito em treinamento e ações que possibilitam aos servidores terem
conhecimento e serem também responsáveis perante sua vida funcional. Como
exemplo, foi distribuída uma carta junto com o holerite de setembro aos servidores
que poderão progredir e/ou serem promovidos em 2013, para que eles possam se
preparar para este evento. Foram realizadas oficinas nos meses de outubro e
novembro para esclarecer as dúvidas dos servidores concorrentes.
O NEPS-CO – Núcleo de Educação Permanente Centro Oeste foi reformulado, o
regimento foi revisado e a cada reunião do NEPS CO é possível sentir o maior valor
a ele agregado. Também resultou num grupo de trabalho para discutir indicadores
de educação permanente.
Na GEIM - Gerência de Ingresso e Movimentação destaca-se o trabalho realizado
com os acúmulos de cargo durante 2012. Com as dificuldades encontradas nos
anos anteriores, procurou-se minimizar os problemas, estruturando uma escala com
idas às unidades. Desta forma, os expedientes de acúmulo foram levados prontos e
além de agilizar a ação, também permitiu estar mais perto das unidades,
compartilhando as suas reais condições de trabalho.
A DGP - Diretoria de Gestão de Pessoas participa ativamente de todas as reuniões
técnicas entre a Coordenação e as Supervisões Técnicas, assim como realiza
reuniões mensais com os RHs das Supervisões técnicas, contando nestas reuniões
com a participação e colaboração dos parceiros da região, o que vem estreitando os
laços de trabalho com todos os parceiros.
77
3.4.1 - Escola Técnica do SUS Centro Oeste - ETSUS
A Escola Técnica do SUS – São Paulo Unidade Centro-Oeste (ETSUS-SP Centro Oeste), foi criada em 2008. É a unidade regional da Escola Técnica do SUS – São
Paulo (ETSUS-SP), vinculada à Escola Municipal de Saúde (EMS), que é órgão da
Coordenação de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal da Saúde (CGP/SMS)
da Prefeitura do Município de São Paulo - PMSP.
A Secretaria Municipal da Saúde em consonância com o Ministério da Saúde
reconhece e valoriza a formação dos trabalhadores como um componente
deflagrador de um processo de reajuste da força de trabalho, no sentido de
contribuir decisivamente para a efetivação da política nacional de saúde. Esta
concepção da formação busca caracterizar a necessidade de elevação da
escolaridade e dos perfis de desempenho profissional, possibilitando aumento da
autonomia intelectual dos trabalhadores – domínio do conhecimento técnico –
científico, capacidade de autoplanejamento, de gerenciar tempo e espaço de
trabalho, de exercitar a criatividade, de trabalhar em equipe, de interagir com os
usuários dos serviços, de ter consciência da qualidade e das implicações éticas do
seu trabalho.
Nesta perspectiva, a ETSUS-SP e suas unidades desconcentradas têm papel
fundamental na proposição e implementação da política de educação para o SUS,
tanto do ordenamento da formação dos profissionais de saúde, como na adequação
dos perfis profissionais e educação permanente dos trabalhadores. Contribui assim,
na transformação das práticas de saúde no campo da gestão, da atenção e do
controle social no sentido da integralidade, da humanização da atenção e da
responsabilização às necessidades de saúde da população.
A ETSUS-SP tem por finalidade oferecer cursos de Educação Profissional aos
trabalhadores, dando prioridade àqueles que atuam na área da saúde no Município
de São Paulo, com vistas à melhoria da qualidade do cuidado em saúde prestado a
população. Comprometida com a consolidação do SUS, organiza situações de
ensino-aprendizagem que possibilitam o desenvolvimento das competências
profissionais nas dimensões técnica, ética, política e comunicativa, tendo por
objetivos:
78
I. Formar trabalhadores na área da saúde por meio dos Cursos de Qualificação e
de Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio;
II. Formar e atualizar os trabalhadores na área da saúde por meio de capacitação,
aperfeiçoamento, especialização e atualização, objetivando o desenvolvimento
de aptidões para a vida produtiva e social;
III. Atualizar os profissionais de nível universitário que atuam nos Cursos de
Educação Profissional, visando ao aprimoramento de conhecimentos científicos
e o desenvolvimento de competências técnicas e pedagógicas;
IV. Produzir e difundir materiais para subsidiar as atividades didático-pedagógicas.
Ao longo dos 04 anos de funcionamento da ETSUS CO, foram desenvolvidos os
cursos apresentados no quadro 19, abaixo, e em maiores detalhes no anexo 8.
QUADRO 19 – CURSOS DESENVOLVIDOS PELA ETSUS-CENTRO CENTRO OESTE, POR NÚMERO DE TURMAS, ALUNOS MATRICULADOS E APROVADOS, 2009 A 2012.
Cursos Nº de Turmas Nº de alunos matriculados
Nº de Alunos Aprovados
Técnico Agente Comunitário de Saúde 7 201 163
Técnico em Enfermagem 2 24 19
18 522 336(1 em andamento) (+ 41 cursando)
Técnico de Vigilância em Saúde 1 em andamento 37 35 cursando
Capacitação da Equipe de Saúde Bucal no sistema 4 e 6 mãos 14 115 89
Curso de Capacitação para Conselheiro Gestores
FONTE: PMSP/SMS/ETSUS CENTRO OESTE
A ESTUS também investiu na captação de professores capacitados e inteiramente
envolvidos na função
79
3.5 – Rede de Promoção da Saúde – site de rede social
Em 2010, a divisão de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis (DANT) de COVISA
solicitou que todas as Coordenadorias fizessem uma ação tendo como tema as
DANT, numa organização que deveria articular as redes de promoção da saúde da
região.
A vigilância em DANT foge dos intrumentos tradicionais de vigilância epidemiológica
de doenças transmissíveis, como a notificação compulsória, os bloqueios de casos,
os bancos de dados de doenças como a tuberculose, e a promoção da saúde é um
conceito em que não é possível a normatização em protocolos clínicos e
epidemiológicos. Assim, decidiu-se implantar um instrumento que permitisse a
comunicação horizontal e ascendente das boas idéias e a integração entre a
assistência e a vigilância. Este instrumento comunicacional é um site de rede social,
colocado na plataforma NING e que chamamos REDE DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
(www.promoversaude.ning.com), com acesso restrito e moderado.
Com dois anos e meio no ar, foi possível conseguir uma rica experiência de
organização em rede e de ferramenta educacional da assistência farmacêutica
(utilização de algumas ferramentas do site para alguns cursos ministrados em 2011
e 2012), que demonstraram a potencialidade desta inovação.
Hoje, a rede conta com mais de 400 participantes conectados e possibilitou várias
formas de interação como divulgação de atividades locais (13 eventos), fóruns de
discussão (16 tópicos), postagem de trabalhos técnicos e informes dos participantes
(52 mensagens de blog), 7 fotos, 5 vídeos, 6 grupos de trabalhos e vários links e
arquivos (Word, Excel e Power-Point).
A experiência acumulada demonstrou a dificuldade na organização de uma rede
social pela internet, em que o valor da colocação de conteúdos e o valor da
interação ainda não foram assimilados como uma “emergência dos sistemas
complexos”.
80
3.6 - Planejamento Estratégico em Saúde
O processo de planejamento desenvolvido na CRS Centro-Oeste desde 2010 foi
pautado no modelo PLANEJASUS, de construção ascendente e coletiva, que
possibilita a discussão, a troca e o envolvimento dos trabalhadores, levando ao
desenvolvimento de novas competências por meio da apropriação dos processos e
do protagonismo dos trabalhadores, permitindo, assim, a constante busca de
resultados com qualidade.
A partir de 2009, a SMS estreita a integração do sistema de planejamento municipal
(PPA 2010-2013), tendo como orientação estratégica a administração de resultados
e define no Plano Municipal de Saúde da SMS as orientações estratégicas para a
organização da rede de serviços de saúde. A CRS Centro Oeste inicia seu processo
de planejamento em consonância com as diretrizes emanadas de SMS. Os
principais desafios se encontravam na distância entre o forte investimento em ações
voltadas ao monitoramento e controle dos resultados, em relação à grande
fragmentação das ações e serviços. Uma leitura possível, e que pautou o
planejamento, é que ao se concentrar na busca dos resultados, deixa-se de se
pensar as ações, os processos e as relações, fragilizando a interação entre as
pessoas e o envolvimento destas com o trabalho.
A apropriação e aprofundamento das equipes de gerentes e assessores técnicos da
CRS Centro-Oeste no Planejamento Estratégico - Operativo da Região foi o objetivo
do processo, visando à melhoria dos serviços prestados e assim, dos resultados
obtidos.
Foram realizadas oficinas de trabalho, associando momentos de teorização e de
prática, utilizando: discussão em grupo, dinâmicas de grupo, construção coletiva de
instrumentos de monitoramento e avaliação – coleta, análise e divulgação,
Seminários proferidos por convidados com expertise no tema e formaram-se Grupos
de Trabalho – GT (para atualização do Diagnóstico e elaboração dos objetivos
estratégicos e metas), alguns ainda em atuação pelos objetivos específicos. O
público-alvo foram as equipes de Assessoria e de Gerências da CRS Centro Oeste,
totalizando 6 turmas, com o envolvimento de 45 Assessores Técnicos de Saúde e
250 Gerentes de Unidades Básicas, AEs, AMAS e CAPS.
81
A partir das atividades e oficinas realizadas, foi possível construir a Visão, Missão e
Valores da CRS Centro Oeste; integrar as equipes, as ações e os serviços;
reconhecer, atualizar e desenvolver novas competências Institucionais; inserir
Assessores e Gerentes no uso dos Instrumentos de Educação à Distância; envolver
as equipes com os diversos aspectos da região Centro-Oeste (diagnóstico
situacional e epidemiológico, serviços e programas de saúde); elaborar o
Planejamento Estratégico e Operativo Centro Oeste para os anos de 2010, 2011 e
2012, em consonância com o Plano Municipal de Saúde/SMS 2010-2013;
implementar um processo coletivo, participativo e contínuo de planejamento,
monitoramento, avaliação e revisão das metas, ações e serviços.
As prioridades do planejamento foram representadas na figura 8, abaixo.
FIGURA 8: DESAFIOS PRIORITÁRIOS NA CRS CENTRO OESTE, POR EIXO, PARA 2011-2012
Fonte: Planejamento Estratégico CRS Centro Oeste
82
3.7 - Reformas
STS UBS TIPO DE REFORMA ANO DE REFORMA
LAPA/PI
UBS V. NOVA JAGUARÉ
adequação de espaço para instalação da AMA, revisão eletrica e hidráulica, revisão balcões de atendimento, pintura interna e externa, adequação das salas de atendimento, revisão do telhado.
2007
UBS ALTO DE PINHEIROS
adequação interna do imóvel para instalação de unidade, adequação de sala para instalação de mamógrafo.
2005 e 2012
UBS JOAQUIM MANOEL PERA
manutenção predial, reparos no telhado e pintura interna e externa 2007, 2012
AMA V. PIAUI
adequação de espaço para instalação da AMA, revisão eletrica e hidráulica, revisão balcões de atendimento, pintura interna e externa, adequação das salas de atendimento, revisão do telhado. Readequação de salas de atendimento, especialmente SAME, e troca de piso.
2008 e 2012
UBS V. ROMANA ampliação da unidade e readequação de espaço interno, serviços gerais de manutenção 2006, 2008
UBS MENINÓPOLIS revisão da parte elétrica 2006
UBS V. JAGUARAadequação do espaço interno, construção de sanitários para deficientes, revisão e manutenção predial
2005 e 2008
UBS JD. VERA CRUZ PERDIZES
ampliação da unidade, adequação dos espaços internos, reforma do telhado 2006,2007,2008, 2012
UBS JB MAGALDIrevisão rede elétrica, serviços gerais de manutenção, troca de piso e portas, pintura interna e externa.
2007 e 2010
UBS PQ DA LAPAadequação de sanitários para deficientes, construção de abrigo para residuos hospitalares, reparos na rede elétrica e pintura interna e externa
2005, 2008 e 2012
AE DR FERNANDO RAMIRES CRUZ adequação de imóvel para transferência da unidade 2009
UBS V. IPOJUCA adaptação do imóvel para transferência da unidade 2006
CAPS LAPA ADULTO manutenção predial, adequação de espaço interno, revisão eletrica e hidraulica 2007, 2008, 2009
CAPS ITAIM revisão eletrica e hidráulica, pintura interna e externa 2006, 2007 e 2009
CEO LAPA adequação de espaço para transferência de unidade 2010
CECCO BACURI readequação dos espaços, instalaçao de cobertura e reforma da quadra de esporte 2006, 2008 E 2011
LABORATÓRIO LAPAReadequação parcial do telhado, instalação de abrigo de gás, readequação elétrica, readequação de banheiros, readequação de pisos, readequação do DML e revisão de instalação elétrica.
PADI readequação do espaço para instalção do posto avançado de distribuição de imuno biológicos. 2007, 2009
VIGILANCIAExecução de serviços gerais de manutenção preventiva, corretiva, reparações, adaptações e modificações.
2008 E 2011
CAPS PERDIZES adequação e manutenção geral 2006
83
BUTANTA
UBS JD. BOA VISTAadequação das salas de odontologia e abrigos para residuos, pintura interna e externa, troca de luminárias
2005,2008 e 2012
UBS V. DALVA
readequações dos consultórios, troca do portão de entrada, pintura interna e externa, troca do piso, adequação do balcao da farmácia, constução de abrigo de gases, revisão e impermeabilização do telhado, instalação de grades nas portas, adequação eletrica e hidráulica, instalação de toldos e instalação de prateleiras, adequação da sala de curativo e vacina
2005 , 2008, 2010
UBS PAULO VI
adequação de espaço para instalação da AMA, revisão eletrica e hidráulica, revisão balcões de atendimento, pintura interna e externa, adequação das salas de atendimento, revisão do telhado, conserto goteiras.
2008 e 2012
UBS JD. D`ABRIL pintura interna e externa 2008 e 2012
UBS JD. JAQUELINEpintura interna e externa, revisão elétrica e hidrautilica, instalação de caixa dágua, construção de abrigo para gases e para resíduos hospitalares, instalação de arquivos deslizantes.
2006, 2008 e 2011
UBS CAXINGUI NANCI ABRANCHES
revisão do telhado, troca de piso, revisão elétrica e hidraulica e adequação dos espaços internos. 2006 e 2012
UBS JD SÃO JORGE
adequação de espaço para instalação da AMA, revisão eletrica e hidráulica, troca de piso, revisão balcões de atendimento, pintura interna e externa, adequação das salas de atendimento, revisão do telhado, conserto goteiras, readequação da rede de esgoto.
2007,2008, 2010, 2012
UBS RIO PEQUENO Pintura externa. 2008
UBS BUTANTÃ
pintura interna e externa, adequação da rede elétrica e hidráulica, revisão do telhado, adequação de abrigo dops gases, adequação dos sanitários, contenção do muro de arrimo, revisão da drenagem de águas pluviais e esgoto, instalação de rede de telefonia, adequação da sala de grupos(Raios de Sol.
2008, 2010, 2011 e 2012
UBS V. SÔNIA adequação de espaço para instalação da AMA, revisão eletrica e hidráulica, revisão balcões de atendimento, pintura interna e externa, adequação das salas de atendimento, revisão do telhado.
UBS VILA BORGES
revisão e impermeabilização do telhado, pintura interna e externa, reparos de infiltrações, adequação da sala de expugo e esterilização. Adequação recepção/farmácia. Construção de abrigo de resíduos hospitalares, adequação do abrigo de gases e dos sanitários.
2008 e 2010
UBS MALTA CARDOSO
pintura interna e externa, adequação da rede elétrica e hidráulica, revisão do telhado, adequação de abrigo dos gases, adequação dos sanitários, adeuquação das salas de atendimento para implantação da ESF, adequação dos balcões da recepção e farmácia, adequação da sala de espera.
2008 e 21012
UBS REAL PARQUE Adequação do espaço com reforma geral para transferência da unidade que se encontrava em imóvel alugado. Pintura interna e externa
2008 e 2012
84
SAE BUTANTA
Revisão da fiação elétrica do teto, instalação de canaleta de escoamento de água, adequação de banheiros para deficientes e para funcionários, adequação da recepção, readequação da farmácia, alisamento das paredes e pintura interna.
2011
AMA PERI PERI
adequação de espaço para instalação da AMA, revisão eletrica e hidráulica, revisão e impermeabilização do telhado, revisão balcões de atendimento, pintura interna e externa, adequação do SAME, conserto goteiras. Adequação de salas para triagem, enfermagem, assistente social, almoxarifado, sanitários e vestiários. Adequação do estacionamento para ambulância.
2008, 2010 e 2011
CAPS BUTANTArevisão do telhado, rede de esgoto, adequação dos sanitários, troca de pisos e revestimento interno da unidade.
2007
SUVIS BUTANTA serviço de conservação e manutenção predial 2012
CECCO PREVIDÊNCIA
Ampliação do tanque e instalação de torneiras na área externa, troca do piso do salão de oficinas, colocação de toldo, troca do portão do local de armazenamento de gás, troca de toda fiação telefônica interna.
2008, 2010
SÉ
UBS BOM RETIRO
ampliação de salas, pintura interna e externa, readequação hidrossanitárias, Reforma do telhado e elétrica. Reforma das salas de lcurastivo, vacina e recepção. Adequação das tubulações de gases e acessibilidade. Pintura interna e externa
2006, 2011, 2012
UBS N. SRA. DO BRASIL
Readequação de imóvel para transferência da unidade, revisão do telhado, revisão de trincas e infiltrações, pintura da fachada e dos espaços físicos readequados, readequação da recepção. Readequação de salas, pintura e elétrica para utilização do NASF, pintura interna e externa
2006, 2010 , 2012
UBS DR.HUMBERTO PASCALLI - SANTA CECILIA
reforma do telhado, adaptação do predio para instalação de elevador, readequação dos espaços internos, adequação do predio para atendimento de acessibilidade( rampas e sanitários), reforma hidrossanitária e dos prédios anexos ( farmácia, almoxarifado), reforma de infiltrações, reforma do prédio anexo com pintura interna e externa e reforma hidrossanitária, e adequação de banheiro no consultório de ginecologia,
2006, 2008 E 2012
AMA SÉ
reforma para adaptação e instalaçao de AMA, Instalação de banheiro no consultório de ginecologia, reforma de 4 consultórios, recepção , e ventilação da farmácia, sala de RX e camara escura, sala de arquivo morto, SAME, serviço social e sala de acolhimento. Reforma para adequação com construção de banheiro em 1 consultório, ampliação do almoxarifado e recepção da farmácia e adequação de espaço para criação das sala de acolhimento e mais 1 consultório médico. Instalação de balcões na farmácia e pintura.
2007, 2010
AMA BORACEA reforma para instalação da AMA 2008
COMPLEXO PRATES construção de edificação para instalação de 2 equipamentos - AMA E CAPS AD 2011
85
AMA ESPECIALIDADES SANTA CECILIA
reforma e ampliação de espaço para instalação da AMA Especialidades. Ampliação e adequação da recepção e banheiros, adequação de sala para a instalação de aparelhos de RX, adequação de sala para insatalação de ginásio de fisioterapia. Pintura externa
2008, 2009, 2011e 2012
UBS HUMAITÁ
Reforma da unidade abrangendo o CEO, troca de telhado, calhas e rufos, pintura interna e externa, readequação de salas , ampliação da farmácia e reforma hidrossanitária. Reforma para acessibilidade: adequação rampa interna, readequação da recepção, copa e salas internas (UBS e CEO), com revisão hidráulica e pintura interna das mesmas. Pintura interna e externa.
2006 e 2012
UBS BORACEA adequação de edificação para instalação de unidade, pintura interna e externa 2008 e 2012
UBS CAMBUCIreforma do telhado, ampliação de espaço, pintura interna e externa e reforma hidrossanitária, pintura interna e externa
2006, 2012
UBS REPÚBLICA adequação de edificação para instalação de unidade, pintura externa 2008, 2012
UBS SÉ
reforma do andar térreo da unidade, ampliação da unidade com 8 consultórios médicos ( 2 com banheiros acoplados), e1 consultório de odonto, sala de inalação, vacina, curativo, coleto, administrativo, recepção e SAME, 2 banheiros, pintura interna e adequação da recepção e do sistema de exaustão
2008, 2010
CAPS III AD CENTRO adequação de andar no Prédio Frederico Alvarenga para a instalação do CAPS
2009
CAPS INFANTIL CENTRO
adequação de andar no Prédio Frederico Alvarenga para a instalação do CAPS
2008
CAPS ADULTO CENTRO
adequação do 4°andar no Prédio Frederico Alvarenga para a instalação do CAPS
2012
PRÉDRIO R. FREDERICO ALVARENGA
Adequação de sanitários todos andares, revisão de telhado, revisão hidráulica, instalação de grades no estacionamento, reforma de elevadores, pintura da fachada.
2006
SUVIS SÉPrédio da Rua Albuquerque Lins. Reforma para nova instalação da Unidade de Vigilância em Saúde – SUVIS Sé. Readequação de espaço físico, revisão elétrica e pintura.
2011
SAE CAMPOS ELISEOSRestauração devido ao tombamento do Prédio, readeuação do consultórios, farmácia e almoxarifado.
2007
86
4 – Vigilância em Saúde
No período de 2005 a 2007 havia na CRS Centro Oeste apenas a figura de um
Interlocutor de Vigilância, que acompanhava tecnicamente as ações desenvolvidas
pelas SUVIS das supervisões, sendo o elo de ligação com Covisa e suas diversas
áreas técnicas.
Até o final de 2007 não existia supervisor de SUVIS nas supervisões de saúde da
coordenadoria, havia então o gerente das vigilâncias epidemiológica, sanitária e
ambiental.
No segundo semestre de 2007 a Dra. Fatima Riccó assumiu a interlocução das
SUVIS e foram então nomeados supervisores para as SUVIS Sé, Butantã e
Lapa/Pinheiros, com a atribuição de unificar as vigilâncias epidemiológica, ambiental
e sanitária.
No inicio de 2008 foi constituída uma equipe de Interlocução de SUVIS Regional,
com a vinda de novos técnicos, cada um responsável e coordenando as ações de
uma gerencia. Inicialmente contávamos com três técnicos, além da interlocutora.
Em 07/10/2008 foi publicado o Decreto 50079, constituindo o Sistema Municipal de
Vigilancia em Saúde e incluindo os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador
(CRSTs) neste sistema, através dos seus núcleos de vigilância. Na nossa
coordenadoria temos dois CRSTs, que passaram a integrar a vigilância local.
No Diário Oficial de 18/12/2008 foi publicada a Portaria 2335/2008 SMS criando o
Núcleo Técnico de Acompanhamento das Atividades Descentralizadas das SUVIS
(NAAD) e as SUVIS Regionais, com as atribuição de coordenar regionalmente as
atividades de vigilância em saúde, racionalizando as demandas de COVISA para as
Suvis locais e acompanhar a execução do Plano de Ação Regional, segundo as
prioridades das SUVIS Regionais.
A partir de 2009 semanalmente o supervisor regional da SUVIS se reúne com as
áreas técnicas em COVISA, para planejar e organizar as ações de SUVIS que serão
executadas no território, segundo a especificidade local.
87
Avanços 2012
Realização de reuniões bimensais, com todas as gerencias e técnicos, para
avaliação do desempenho das Suvis e coordenadoria nos indicadores do
SIMOV, visando aprimorar o processo de trabalho.
Conclusão da reforma da nova sede da SUVIS Sé e mudança em fevereiro de
2012. Esta conta com espaço destinado à sala de vacina para cães e gatos e
realização de RGA.
Reforma da Suvis Butantã com espaço destinado a sala de vacina para cães
e gatos e realização de RGA. Está em andamento a reforma do local de
armazenamento de venenos.
Participação de GT para Integração assistência/vigilância da CRSCO,
envolvendo as assessorias técnicas da coordenadoria e supervisões, suvis da
coordenadoria e supervisões técnicas, Recursos Humanos, CEINFO. O GT
reuniu-se periodicamente em 2012, e realizou várias ações.
Participação das Suvis nas reuniões das STS com apresentação de temas e
analise do perfil epidemiológico do território visando nortear as ações da
Atenção Básica.
Participação na Rede Social de Promoção de Saúde, com postagem das
ações locais realizadas, para divulgação e valorização das iniciativas locais.
Capacitações Realizadas em 2012
Realização da oficina “Cura em Tuberculose: Missão Possível”, validada pelo
CEFOR, para gerentes, médicos, enfermeiros e assistentes sociais das
unidades de saúde da coordenadoria, com apresentação de projeto por
unidade participante, com carga horária de 12hs presenciais e 20hs por
ensino a distancia (EAD), participação de 110 profissionais.
Capacitação em Hepatites B e C, validada pelo CEFOR, para gerentes,
médicos e enfermeiros das unidades de saúde da coordenadoria, programada
com exposição teórica e atividades praticas em grupos por supervisão técnica
de saúde. Realizada em 10 períodos, com carga horária de 12 horas, 116
participantes, 85 aprovados.
Realização de “Oficina para a prevenção de Sífilis Congênita”, validada pelo
CEFOR, com participação de médicos, enfermeiros e gerentes de todas as
88
unidades de saúde da coordenadoria. Realizada em quatro períodos, com
duração de 4 horas, 113 participantes.
Capacitação em Sífilis para médicos e enfermeiros do PSF População de Rua
do parceiro Bom Parto que atuam nas áreas da STS Sé e Vila Mariana,
constando de vigilância, diagnóstico e manejo clínico do agravo. Duração de 4
horas, 25 participantes.
Capacitação em Tuberculose para agentes sociais da SMADS, em nove
períodos, com duração de 4 horas, 270 participantes.
Capacitação em Tuberculose para agentes sociais da AIDS, duração de 4
horas, 30 participantes.
Capacitação em Aplicação e Leitura do Teste Tuberculínico para enfermeiros
e em técnica de aplicação para auxiliares de enfermagem, realizada na
Penitenciária Feminina do Butantã, com duração de 60 horas, seis
participantes.
Sensibilização sobre Tuberculose e Inquérito Tuberculínico para funcionários
da Penitenciária Feminina do Butantã, realizada em dois períodos, com
duração de 4 horas, 127 participantes.
Capacitação em Transmissão Vertical do HIV e investigação dos casos para
os profissionais responsáveis pela vigilância das UBS, PS e Hospitais da
Lapa/Pinheiros e Butantã, realizada em dois períodos, com duração de quatro
horas, sessenta participantes.
Capacitação em Processo Administrativo e Rito Processual Sanitário, para
técnicos e administrativos das vigilâncias Sanitária, Ambiental e Saúde do
Trabalhador. Realizada em dois períodos, com carga horária de 8 horas , 50
participantes.
Capacitação em Surtos de DTA (Doenças Transmitidas por Alimentos) –
envolvendo a Vigilância Sanitária e Epidemiológica de todas as SUVIS,
ministrado por técnicos de COVISA a nosso convite. Realizada em dois
períodos, com carga horária de 8 horas, 30 participantes.
Capacitação dos ACZ para atuarem como vacinadores na campanha contra a
raiva em cães e gatos, realizada por cada uma das equipes de vigilância
ambiental em seu território, curso já anteriormente validado pelo CCZ.
Capacitação das UBS em Vigilância em Saúde pelas SUVIS de cada STS.
89
Integração Assistência e Vigilância
4.1 - Vigilância Epidemiológica
Hepatite B e C
Avanços 2012 Incremento das notificações pelas unidades básicas de saúde. Em 2007 as
UBSs realizaram apenas 12% das notificações de hepatites B e 4% das de
hepatites C, as demais notificações foram realizadas por unidades de atenção
secundária e terciária. Já no ano de 2012, as notificações das UBSs
representaram 58% do total das notificações de hepatite B e 17% do total de
hepatite C.
Atendimento dos pacientes monoinfectados pelos três SAEs.
Implantação dos Polos de Aplicação de Interferon nos três SAEs.
Desafios: Melhorar a notificação - Epidemia Silenciosa
Melhorar a investigação dos comunicantes
Complexidade e duração do tratamento
Doença requer equipe especializada e contínua atualização
Número insuficiente de unidades de atendimento secundário e RH insuficiente
nestas
Prioridades/Propostas Incrementar as notificações e sua qualidade nas UBS e outros serviços.
Melhorar o fluxo entre as unidades básicas de saúde e SAEs, para
encaminhamento correto e acolhimento imediato dos pacientes.
Ampliar a rede de atendimento aos pacientes monoinfectados.
Tuberculose
Avanços 2012: Participação nas reuniões das três supervisões com os gerentes das
unidades de saúde, com apresentação dos indicadores da Tuberculose e
propostas para a melhora do atendimento ao agravo.
Melhora da Busca Ativa de Sintomáticos Respiratórios
Desenvolvimento de trabalho junto com CDP Pinheiros e Penitenciária
Feminina do Butantã para implantação de “Busca Ativa de Sintomático
90
Respiratório” na admissão e rotina do reeducando. Este trabalho envolveu
capacitação de agentes de segurança em Tuberculose, para realização de
conscientização aos reeducando.
Realização de 100% de Tratamento Supervisionado no CDP II e
Penitenciaria Feminina do Butantã.
Parceria entre SMADS e STS Sé, garantindo vagas em albergues para
moradores de rua em tratamento de Tuberculose.
Uso do recurso SIGA e GSS para busca de pacientes e transferência
Criação de instrumento para monitorar pacientes de Tuberculose junto ao
SMADS.
Desafios:
População em situação de rua e moradora em albergues e cortiços, com
alta taxa de incidência da doença e abandono.
Dificuldade de adesão ao tratamento Supervisionado.
Diferentes gestões no mesmo território (Santa Casa, HC, Emilio Ribas,
Clemente Ferreira, etc.).
Prioridade/propostas 2013: Busca de contatos de Tuberculose;
Investigação dos casos de abandono (formulário COVISA);
Capacitação e habilitação em aplicação da vacina BCG (PLAMEP);
Capacitação em Tuberculose voltada aos Hospitais (PLAMEP);
Capacitar Conselhos Gestores sobre a magnitude da doença Tuberculose
Capacitação dos Agentes sociais da Aids
Intensificar a Supervisão nas Unidades
Avaliar a implantação dos projetos apresentados no curso de TB (2012)
Exercitar a aranha junto aos coordenadores de UBS
Imunização
Avanços 2012: Realização de Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal pelos técnicos de
das SUVIS das supervisões
Capacitação on-line em sala de vacina realizada pelo CVE
91
Capacitação em rotinas em sala de Vacina realizada pela Fundação
Faculdade de Medicina para unidades de saúde das STS Butantã e
Lapa/Pinheiros
Desafios: Aumentar as coberturas vacinais em menores de um ano;
Equipe para o trabalho de imunização insuficiente
Grande número de serviços privados de imunização a serem inspecionados
Prioridade/propostas para 2013: Aumentar a cobertura vacinal em menores de um ano;
Melhorar o processo de trabalho nas salas de vacina
Inspeção em salas de vacinas públicas e privadas.
Capacitação em sala de vacina
Capacitação na técnica de aplicação da Vacina BCG
Sífilis Congênita
Avanços 2012: Participação no Comitê de prevenção e investigação de casos de Sífilis
Congênita, composto por membros da vigilância e assistência da
coordenadoria e das três supervisões técnicas de saúde e PSF População de
Rua. As reuniões do comitê são mensais.
Elaboração de relatórios dos casos investigados pelo comitê e apresentação
no próprio comitê, coordenadoria, reuniões das supervisões com gerentes
das unidades de saúde e nas oficinas de capacitação. Foram feitos relatórios
dos casos ocorridos no 1º semestre de 2011, no ano de 2011 e no 1º
semestre de 2012.
Melhoria na abordagem, do fluxo e controle dos resultados de sorologia e do
preenchimento do cartão de gestante
Implantação de livro de controle de medicação nas UBSs, para evitar a perda
de seguimento do tratamento do casal, a partir do 4º trimestre de 2011.
Implementação do monitoramento da gestante com sífilis, com base no
preenchimento da “Ficha de Acompanhamento da Gestante com Sífilis”
Elaboração de projeto de capacitação e condução de todas as etapas
administrativas necessárias para a validação pelo CEFOR da “Oficina para a
prevenção da Sífilis Congênita”.
92
Realização de reunião do Comitê com integrantes do Ministério Público,
Conselhos Tutelares e SMADS, no intuito de estabelecer parcerias e integrar
ações com estes setores, para maior efetividade na prevenção do agravo em
gestantes vulneráveis.
Desafios: Realizar o diagnóstico e tratamento de gestantes em situação de rua. Há
muita recusa a ir até a unidade de saúde e pode ocorrer perda do seguimento
do tratamento por impossibilidade de localizar a gestante.
Tratar e acompanhar casais vulneráveis.
Garantir identificação de todas as gestantes no pedido dos exames.
Prioridade/propostas para 2013: Integração com SMADS, Ministério Público e Conselhos Tutelares para
ampliar as ações de prevenção.
Implementação do monitoramento da gestante com sífilis.
Implementação do acompanhamento da criança com sífilis congênita.
Transmissão Vertical (TV) do HIV:
Avanços: Investigação dos casos notificados de Transmissão Vertical até 2011.
Desafios: Execução do teste HIV, para toda gestante, na admissão pelas maternidades
particulares.
Notificação de todas as gestantes HIV, particulares ou não.
Notificação de todo RN exposto pelas maternidades da região.
Prioridade/propostas para 2013: Executar encontros semestrais com as maternidades da região privadas e
públicas, UBSs e SAEs para sensibilização sobre: necessidade do teste
rápido HIV e sorologia para sífilis na hora de parto e protocolos de tratamento
da Atenção Básica e COVISA.
Intensificação das medidas de prevenção na rede e teste rápido.
Realização de treinamento específico, sobre TV para ginecologistas,
pediatras e enfermeiros da Atenção Básica.
Acidentes com materiais biológicos
93
Avanços 2012: Participação como membro integrante do Grupo Central de revisão de fluxos
e rotinas nas notificações de AT com material biológico.
Participação em três reuniões do CONAC, com parceiros e AMAS, para
orientação de atendimento, notificação e fluxos no atendimento aos
profissionais que sofrem acidentes com materiais biológicos.
Reunião com os principais notificadores para melhora das informações e fluxo
( P.S. Barra Funda, P.S. Lapa, OS da Santa Casa, OS da FFM)
Aproximação com Hosp Emilio Ribas face ao volume de casos que são
acompanhados naquele serviço e não são informados a evolução sorológica
dos mesmos impedindo o encerramento do caso.
Desafios Aumentar o nº de notificações dos acidentes
Sensibilizar os serviços privados para importância das notificações de AT
Biológicos
Implementar um fluxo de informação interno dos serviços públicos e privados
entre o CCIH e o Serviço de Saúde dos funcionários visando o
acompanhamento sorológico do caso e sua informação para fechamento em
tempo adequado das notificações
Prioridades/Propostas Aprimorar o fluxo de informações entre os SAEs e Unidades Básicas
notificantes
Garantir pelo menos uma unidade tipo C ( P S ou AMA) por região para o
primeiro atendimento do acidentado
Aumentar o nº de pessoal técnico capacitado para realização do teste rápido
anti HIV, garantindo pelo menos um profissional por unidade e por período.
Garantir em todos os horários de funcionamento dos SAEs atendimento aos
acidentados
94
Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT)
DANT Violência:
Avanços 2012: Integração entre os interlocutores de SUVIS e STS.
Aumento das unidades notificadoras do SIVVA (AMAS, CAPS e UBS, PS e
hospitais privados). Já digitam diretamente neste sistema: AMA Sorocabana,
AMA Jaguaré, AMA Piauí, PS Lapa, AMA Boracea, AMA Complexo Prates,
CAPS Complexo Prates e AMA Sé. O HSPM já tem pessoas cadastradas, foi
realizado treinamento, ainda não iniciou a digitação.
Digitação pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo dos casos de
violência no sistema SINAN (PMSP)
Capacitação de preenchimento da ficha SIVVA na SUVIS SÉ e LAPA/PI.
Implantação de Núcleos de Atendimento à Violência nos serviços de saúde
da coordenadoria.
Atualização da digitação das notificações pelas SUVIS das supervisões.
Desafios: Sistema de informação SIVVA (PMSP) não permitir correções de digitação.
Não integração do banco SIVVA PMSP com o banco de dados SINAN Net
Não integração da COVISA com Atenção Básica.
Prioridade/propostas para 2013: Integração de DANT/SIVVA, com Conselhos Tutelares e do Idoso a nível
Institucional
Elaboração de novos indicadores conforme demanda das regiões.
DANT Atividade Física:
Avanços 2012: Construção dos indicadores, e implantação de atividade física em mais de
80% das unidades e superação da meta de 30% de intersetorialidade.
Início de Integração entre as SUVIS e a Atenção Básica, a nível regional da
CRSCO.
Desafios: Dificuldade de integração entre a Atenção Básica e COVISA nas ações de
DANT.
Prioridade/propostas para 2013:
95
Construção de outros indicadores para avaliação destes agravos.
Integração entre COVISA e Atenção Básica.
4.2 - Vigilância Ambiental
Avanços 2012: Consolidação do PROESA com descentralização e fixação dos agentes de
zoonoses e técnicos ambientais no território, segundo risco epidemiológico.
Uso do SCAD pelas equipes de Vig. Amboental das três supervisões.
Realização de mutirões de castração na Vig Amb Butantã.
Intensificação no atendimento dos SACs.
Inicio do controle de abelhas e vespídeos.
Implantação do SISCOZ.
Acompanhamento dos indicadores do SIMOVI.
Elaboração do Plano de Contingência da Dengue para 2013.
Reuniões mensais com a gerencia da GVISAM
Acompanhamento e supervisão da Campanha anti rábica.
Elaboração, em conjunto com as suvis das supervisões, de Projeto de
Comunicação visando queda da pendência nas atividades de Controle da
Dengue.
Reunião com CCZ,visando a padronização das ações zoosanitarias.
Participação dos ACZ no “Curso Técnico de Vigilância em Saúde”, realizado
pela ETSUS Centro Oeste.
Desafios: Articulação com as diversas áreas das Subprefeituras e demais órgãos
públicos.
Manutenção de regularidade no numero e assiduidade de veículos.
Prioridades/propostas: Aumento do número de ACZ para ações do Proesa, permitindo cobertura de
todo o território a ser trabalhado.
Definição de protocolos para inspeção zoosanitária.
Implantação do Programa de Vigilância e Controle de Leptospirose e
Roedores.
Intensificação do controle da dengue nos locais de maior vulnerabilidade.
96
Capacitação de técnicos e agentes de zoonoses.
Implantar o RGA e sala de vacinação anti rábica na Vig Ambiental Sé.
Extensão dos mutirões de castração para as regiões das supervisões SÉ e
Lapa/Pinheiros.
4.3 - Vigilância Sanitária
Abrangência: Estabelecimento e Serviços do Setor regulado das Subprefeituras da
Lapa, Pinheiros,Sé e Butantã
Avanços: Aumento do nº de inspeções realizadas pelas Sanitárias em que peses os
longos períodos sem veículos
Melhora do HDI no Butantã e Sé
Reestruturação interna da Lapa Pinheiros visando correção do HDI que se
mantinha constantemente baixo
Desafios: Descontinuidade na disponibilização de veículos para todas as ações
Falta de padronização das ações
CRSCO com o maior número de estabelecimentos regulados
Maior nº de SAC nas SUVIS LapaPinheiros e Sé
Atendimento de reclamações e SAC em detrimento de ações planejadas
Necessidade de melhor articulação com MP,outras Secretarias, Conselho
do Idoso
Dificuldade legal para o estabelecimento de parcerias com instituições de
ensino para a realização de Cursos de Boas Práticas
Ausência de verba/contrato com Correios para envio de correspondência
para as empresas/estabelecimentos
Prioridades/Propostas: Manter veículos em nº suficiente e de forma continuada para as ações de
Vigilância
Manter 100% das ILPI inspecionadas por ano
Aumentar o nº de atendimentos a Drogarias e Farmácias
Melhorar o percentual de utilização das HDI atingindo as metas propostas
97
Aumentar a oferta de vagas e nº de Cursos de Boas Práticas para os
estabelecimentos
Melhorar a integração com a Vigilância Epidemiológica nos casos de Surtos
de doenças transmitidas por alimentos
Solicitar ao nível central estudo para alteração do Decreto de parcerias para
Curso de Boas Práticas
Intensificar a articulação com as respectivas Subprefeituras
4.4 – Saúde do Trabalhador
Abrangência CRST Lapa - Subprefeituras da Lapa, Pinheiros e Butantã.
CRST Sé - Subprefeitura Sé (Assistência e Vigilância) e Assistência para
Subprefeituras de Guaianazes, Itaquera, Cidade Tiradentes e São Mateus.
Avanços Intensificação das inspeções em empresas/estabelecimentos com autuação e
acompanhamento dos processos administrativos sanitários
Introdução do uso do Simproc para gerenciamento da tramitação dos
processos
Reestruturação das equipes de inspeção sanitária
Manuseio do SINAN e recuperação das notificações recebidas e não
digitadas
Discussão técnica dos casos inspecionados
Treinamento em processos administrativos e procedimentos Sanitários
Desafios: Duplicidade de Assistência Técnica: na Atenção Básica e na Coordenação de
Vigilância.
Dificuldades de utilização da Verba RENAST.
Indefinições quanto ao Programa de Saúde do Trabalhador na área de
Assistência
Dificuldade de percepção pelas equipes técnicas do novo modelo de
vigilância e do papel de Autoridade Sanitária
Subnotificação de AT e doenças relacionadas ao trabalho de toda rede
pública e privada
98
Descontinuidade de gerência no CRST Lapa por período prolongado,
Ausência de veículo próprio para as ações de vigilância, que dependia da
agenda e disponibilidade da Supervisão Técnica de Saúde e que somente foi
resolvido em outubro de 2012 com a contratação de veículos através de
verba RENAST.
Impossibilidade de reforma e transferência do CRST Lapa para o imóvel da
Rua Carlos Weber, por invasão e demolição do imóvel.
Indefinição quanto aos critérios de investigabilidade dos Acidentes Graves e
Fatais
Baixo número de nexos causais estabelecidos pelos CRSTs
Imposibilidade técnica do uso do SIVISA para os relatórios em Saúde do
Trabalhador
Prioridades/Propostas: Efetivar com os CRTSs, SUVIS e Covisa o Programa de Vigilância em Saúde
do Trabalhador do Município de São Paulo
Readequar os CRSTs e reestruturar os Núcleos de Vigilância
Intensificar o uso do SINAN como instrumento de informação e
monitoramento
Capacitar e monitorar continuadamente a rede o Programa de Vigilância em
Saúde do Trabalhador do Município de São Paulo pública e privada para
notificação de Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais
Melhorar a quantidade e qualidade das notificações de Acidentes do Trabalho
e doenças relacionadas ao trabalho
Informação em Saúde do trabalhador - Necessidade de aprofundar o
conhecimento e o diagnóstico do Perfil Econômico e de morbidade em saúde
do trabalhador das suas áreas de abrangência para melhor atender as
demandas e planejar ações.
Recuperar o imóvel da Rua Carlos Weber para a nova sede do CRST Lapa
Integrar as ações de SUVIS com os CRSTs
Implantar o uso do SIVISA nos CRSTs
99
Anexo 1: UNIDADES QUE ATUAM NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA POR DISTRITO ADMINISTRATIVO, TIPO, PARCEIRO, NÚMERO DE EQUIPES ESF, ESF COM SAÚDE BUCAL, E CONSULTÓRIO DE RUA, CRS CENTRO OESTE, POR STS, 2012
STSDistrito
Administrativo Unidade de Saúde Tipo ParceiroNº equipe
ESF
Nº Equipe ESF Saúde
Bucal II
Nº Equipe / Consultó-
rio RuaCambuci UBS CAMBUCI 3 0 0
UBS HUMAITA 3 1 0
UBS N SRA DO BRASIL 3 1 0
UBS N SRA DO BRASIL # BOM PARTO# 1 0 0
Bom Retiro UBS BOM RETIRO ESF 4 0 0
CS ESC BARRA FUNDA (**) 3 0 0
CS ESC BARRA FUNDA # BOM PARTO# 1 0 0
Sé/Liberdade UBS SÉ 4 1 4
República UBS REPUBLICA 4 0 4
UBS BORACEA SANTA CASA 3 1 1
UBS SANTA CECILIA # MISTA BOM PARTO# 1 0 0
SUB TOTAL 30 4 9UBS V JAGUARA 4 1 0
UBS V PIAUI 4 2 0
V. Leopoldina UBS PQ DA LAPA 5 1 0
Jaguaré UBS V NOVA JAGUARE MISTA OS FFM 4 0 0
Pinheiros UBS MANUEL J.PERA ESF FFM 4 0 0
Itaim Bibi UBS JOSE B MAGALDI # MISTA BOM PARTO 1 0 0
SUB TOTAL 22 4 0UBS J SAO JORGE MISTA 6 0 0
UBS J BOA VISTA ESF 6 0 0
UBS PAULO VI 6 0 0
UBS V DALVA 5 0 0
UBS J D ABRIL ESF 4 1 0
UBS MALTA CARDOSO 3 0 0
Morumbi UBS REAL PARQUE (*) 2 0 0
Butantã CS ESCOLA BUTANTÃ (**) 2 0 0
SUB TOTAL 34 1 0
CRS CO TOTAL Nº de unidades 86 9 9
Lapa / Pinheiros
Butantã
21 UBSs + 2 UBS Estaduais**
Raposo Tavares
Rio Pequeno
OS FFM
FFM
MISTA
MISTA
MISTA
MISTA
SANTA CASA
JaguaraESF FFM
SÍRIO LIBANÊS
Bela Vista
SéBarra Funda
S. Cecilia
ASF #ESF
FONTE: CNES/Ceinfo CRS CO.- Dados Nov/2012* População indígena urbanizada** Unidades Estaduais# Equipes de ESF Rua que não viraram Consultório de rua
100
Anexo 2: HISTÓRICO DAS UNIDADES E EQUIPES ESF DE RUA POR TIPO, PARCEIRO, NÚMERO DE EQUIPES ESF E ACS DE RUA, CRS CENTRO OESTE POR SUBPREFEITURA, 2004 A 2012
AN
OS
TIPO
EQ
UIP
E SubPrefeitura Nº UBS
Nº equipes Parceiro UBS Nº
ACSR
Pinheiros 1 1 N.S .Bom Parto CSEG.P.Souza 3
Sé 4 1 N.S .Bom PartoCSE B.Funda; UBS St. Cecília; UBS Cambuci; UBS Humaitá 5
Pinheiros 2 CSEG.P.Souza; UBS MagaldiLapa 1 UBS PQ.Lapa
Sé 5 1 N.S .Bom PartoCSE B.Funda; UBS Sta. Cecília; UBS Cambuci; UBS Humaitá; UBS N.S. Brasil
14
Pinheiros 2 CSEG.P.Souza; UBS MagaldiLapa 1 UBS PQ.Lapa
3 N.S .Bom PartoCSE B.Funda; UBS Sta. Cecília; UBS Humaitá; UBS N.S. Brasil 15
6 Irmãs Hosp UBS Cambuci; UBS Sé; UBS República 36
Pinheiros 2 CSEG.P.Souza; UBS MagaldiLapa 1 UBS PQ.Lapa
3 N.S .Bom PartoCSE B.Funda; UBS Sta. Cecília; UBS Humaitá; UBS N.S. Brasil 15
6 Irmãs HospUBS Cambuci; UBS Sé; UBS República; UBS Boracea 41
Pinheiros 2 CSEG.P.Souza; UBS MagaldiLapa 1 UBS PQ.Lapa
3 N.S .Bom PartoCSE B.Funda; UBS Sta. Cecília; UBS Humaitá; UBS N.S. Brasil 15
6 ASFUBS Sé; UBS República; UBS Boracea 48
Pinheiros 2CSEG.P.Souza; UBS Magaldi
Lapa 1 UBS PQ.Lapa
3 N.S .Bom PartoCSE B.Funda; UBS Sta. Cecília; UBS Humaitá; UBS N.S. Brasil 15
5 ASF UBS Sé; UBS República 361 Santa Casa UBS Boracea 6
Pinheiros 2 CSEG.P.Souza; UBS MagaldiLapa 1 UBS PQ.Lapa
3 N.S .Bom PartoCSE B.Funda; UBS Sta. Cecília; UBS Humaitá; UBS N.S. Brasil 15
1 Santa Casa UBS Boracea 6
Con
s.R
ua 9 ASFUBS Sé; UBS República
36
PA
CS
2009
ES
F
2004
2006
PA
CS
1 N.S .Bom Parto 8
2008
ES
F
1 N.S .Bom Parto 6
Sé 7
1 N.S .Bom Parto 6
Sé 8
2010
ES
F
1 N.S .Bom Parto 5
Sé 7
2011
ES
F
1 N.S .Bom Parto 5
Sé 7
2012 E
SF
Sé 7
1 N.S .Bom Parto 5
FONTE: CNES/Ceinfo CRS CO.- Dados Nov/2012
101
Anexo 3: EQUIPES NASF POR UNIDADES BASE, UNIDADES E EQUIPES VINCULADAS, ÁREA DE APOIO TÉCNICO E CATEGORIA PROFISSIONAL PROPOSTA, CRS CENTRO OESTE POR STS, PROPOSTA PARA 2012
STS UBS Base Unidades Vinculadas NºEQ.ESF Área de Apoio NASFProfissionais Propostos/ Categoria
COORDENADORPsiquiatraPsicólogoFisioterapeutaFisioterapeutaFonoaudiólogo
Serv. Social Ass. SocialSaúde Mulher GO
Total equipes ESF 10 4 6COORDENADORSaúde Mulher GO
PsicólogoPsicólogoPsiquiatraFisioterapeutaFisioterapeutaFonoaudiólogo
Terapeuta Ocupacional
Terapeuta Ocupacional
Alimentação NutricionistaAtiv.Física Prof Ed. FísicaServ. Social Assistente Social
Total equipes ESF 12 6 9COORDENADORSaúde Mulher GO
PsiquiatraPsicólogoPsicólogoFisioterapeutaFisioterapeuta
Terapeuta Ocupacional
Terapeuta Ocupacional
Alimentação NutricionistaServiço Social Assistente Social
Total equipes ESF 9 5 7COORDENADOR
PsicólogoPsiquiatraFisioterapeutaFisioterapeuta
Terapeuta Ocupacional
Terapeuta Ocupacional
Serv. Social Ass. SocialUBS V NIVI (Norte) 1 Ativ.Física Prof Ed. Física
Saúde Idoso GeriatraAlimentação Nutricionista
Total equipes ESF 12 6 843 21 30
UBS HUMAITA
3
3
3 UBS CAMBUCI
UBS SE 8
UBS SANTA CECILIA 1
UBS BOM RETIRO 4
CSE BARRA FUNDA 3
UBS SANTA CECILIA
Saúde Mental
Reabilitação
TOTAL STS
SÉ
UBS BORACEA 4
1
UBS J. EIRADO (Norte) 1
UBS LAUZANE PAULISTA (Norte) 2
Saúde Mental
Reabilitação
UBS SE
Saúde Mental
Reabilitação
Saúde Mental
Reabilitação UBS N S DO BRASIL
UBS REPUBLICA
UBS BOM RETIRO
UBS REPUBLICA 8
UBS N S DO BRASIL
OBSERVAÇÃO: CONTINUA
Nota: Unidades ligadas ao NASF Bom Retiro são de 2 Coordenadorias: CRS Centro Oeste UBS Bom Retiro e CSE Barra Funda CRS Norte - UBS Joaquim Ant.Eirado; UBS V. Nivi; UBS Lausane
102
Anexo 3 - CONTINUAÇÃO
STS UBS Base Unidades Vinculadas NºEQ.ESF Área de Apoio NASFProfissionais Propostos/ Categoria
COORDENADORPsiquiatraPsicólogoFisioterapeutaFisioterapeutaFonoaudiólogo
Saúde Mulher GOAlimentação Nutricionista
Total equipes ESF 8 4 6COORDENADOR
PsiquiatraPsicólogoTerapeuta OcupacionalTerapeuta OcupacionalFisioterapeutaFisioterapeuta
Ativ.Física Prof Ed. FísicaServ. Social Ass. Social
Total equipes ESF 10 4 618 8 12
COORDENADORPsiquiatraPsicólogoPsicólogoTerapeuta OcupacionalTerapeuta OcupacionalFisioterapeutaFisioterapeutaFisioterapeutaFonoaudiólogo
Ativ.Física Prof Ed. FísicaAlimentação NutricionistaSaúde do Idoso GeriatraSaúde da Criança PediatraSaúde Geral Clínica GeralSáude da Mulher Ginecologista
Total equipes ESF 9 8 11COORDENADOR
PsiquiatraPsicólogaPsicólogoTerapeuta OcupacionalTerapeuta OcupacionalTerapeuta OcupacionalFisioterapeuta
Fisioterapeuta
FisioterapeutaFonoaudióloga
Ativ.Física Educador FísicoAlimentação NutricionistaSaúde do Idoso GeriatraSaúde da Criança PediatraSáude da Mulher GinecologiaSaúde Geral Clínica Geral
Total equipes ESF 12 8 1121 16 22
CRS CENTRO OESTE 82 45 64
6
UBS VILA PIAUI
4
4
UBS V JAGUARA
UBS PQ DA LAPA 5
4 UBS PERA
UBS MAGALDI 1
UBS JD. D' ABRIL
UBS VILA DALVA
4
TOTAL STS
TOTAL GERAL
TOTAL STS
5
UBS JD. D'ABRIL
Saúde Mental
Reabilitação
UBS JD PAULO VI
Saúde Mental
Reabilitação
BUTANTÃ
UBS JD. SÃO JORGE 6
UBS PAULO VI
UBS VILA PIAUI
Saúde Mental
Reabilitação
UBS PQ DA LAPA
Saúde Mental
Reabilitação
LAPA PINHEIROS
FONTE: PMSP/SMS/CRS CO - Ceinfo e Assessoria Técnica, referente ao planejado para 2012 – set/12
103
ANEXO 4 - CURSOS DESENVOLVIDOS PELA ETSUS-CENTRO CENTRO OESTE, POR NÚMERO DE TURMAS, ALUNOS MATRICULADOS E APROVADOS, 2009 A 2012.
Turmas Data de Inicio Data de TérminoNº de alunos matriculados
Nº de Alunos Aprovados
Turma 133 13/10/2008 26/05/2009 31 29Turma 134 13/10/2008 27/05/2009 28 23Turma 135 13/10/2008 04/06/2009 29 18Turma 153 02/03/2009 28/09/2009 30 22Turma 154 06/03/2009 02/10/2009 30 22Turma 180 01/09/2011 06/12/2011 22 19Turma 181 31/08/2011 12/12/2011 31 30Turma 12 15/12/2008 12/07/2010 13 11Turma 17 02/03/2009 30/07/2010 11 81 CentroOeste 09/05/2011 30/05/2011 9 902 Butantã 06/06/2011 20/06/2011 8 702 Se 06/06/2011 20/06/2011 8 802 Lapi 09/05/2011 28/07/2011 10 803 Butantã 06/09/2011 27/09/2011 6 603 Sé 06/09/2011 05/10/2011 6 603 Lapi 06/09/2011 20/10/2011 7 604 Sé 26/03/2012 27/06/2012 10 404 Lapi 03/10/2011 14/03/2012 6 605 Lapi 12/06/2012 29/09/2012 7 404 Butantã 03/10/2011 24/10/2011 7 405 Butantã 26/03/2012 04/05/2012 14 1406 Butantã 12/06/2012 21/08/2012 11 507 Butantã 27/06/2012 21/08/2012 6 2
18 turmas 336
(1 em andamento) (+ 41 cursando)Técnico de Vigilância em Saúde
1 em andamento 37 35 cursando
Curso de Capacitação para Conselheiro Gestores
522
Técnico Agente Comunitário de Saúde
Técnico em Enfermagem
Capacitação da Equipe de Saúde Bucal no sistema 4 e 6 mãos
FONTE: PMSP/SMS/ETSUS CENTRO OESTE
104