Upload
phungnga
View
226
Download
5
Embed Size (px)
Citation preview
2014
Caso clínico 1Paciente de 60 anos de idade, sexo feminino,portadora de erisipela com história dadoença há 15 anos, caracterizada porepisódios de febre, cefaléia, mal estar,calafrios, seguido de edema, hiperemia e dorna perna.
Streptococcus -hemolíticosdrogas de
1a. escolhadrogas alternativas
gruposA, C,G
penicilina G ou V
clindamicina, eritromicina, cefalosporinas, vancomicina, claritromicina, azitromicina
grupo Bpenicilina
G ou ampicilina
eritromicina, cefalosporina, vancomicina
A paciente realizou tratamentos
medicamentosos e curativos convencionais
desde o início das lesões com
permanganato de potássio e o
antimicrobiano betalactâmico, Benzetacil
(penicilina G)
Caso clínico 1
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Dr. Howard et col, 1941 uso clínico
EUA, década de 40ensaios clínicos para infecções
estreptocócicas e gonocócicas
1945 - produção em grande escala
Betalactâmicos
Betalactâmicosnaturais ou semi-sintéticosdistribuição ampla,SNC quando as meninges estão inflamadas. vantagem:
baixa toxicidade em doses terapêuticasuso na gravidez e lactação.
desvantagem: indução de reações de hipersensibilidade.
Betalactâmicos50% do total de vendas de antibióticos em 2004
inibem irreversivelmente a enzima transpeptidase
catalisa a reação de transpeptidação
formação de ligações cruzadas entre as cadeias
peptídicas da estrutura peptideoglicana,
derivados de produtos naturais
agentes mais comumente utilizados até hoje
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Betalactâmicosamplo espectro de atividade
antibacteriana
eficácia clínica excelente perfil de segurança
atuam na enzima
transpeptidase
única em bactérias.2008
Classificação dos betalactâmicosdiferem em seu espectro de ação e suas propriedades farmacológicas dependendo da cadeia lateral:
PenicilinasCefemsMonobactamCarbapenemsInibidores de betalactamases
BetalactâmicosEstrutura central - Ácido 6- aminopenicilânico
Penicilina
Anel betalactâmico
Anel tiazolidínico
Grupo amino
secundário variável
(RNH-)
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Penicilinas
penicilinas naturais ou benzilpenicilinas;
penicilinas semi-sintéticas
aminopenicilinas;
penicilinas resistentes às penicilinases;
penicilinas de amplo espectro.
Penicilinas semi-sintéticasampicilina, amoxicilina, oxacilinas
aumento da estabilidade em meio ácido:
adição de grupos retiradores de elétrons
no carbono carbonílico da cadeia lateral
diminuem a nucleofilicidade do oxigênio
Penicilinasoxigênio cadeia lateral acílica (nucleófilo)
abertura do anel -lactâmico meio ácido
inativa antibiótico e inviabiliza via oral
Penicilinasmodificações estruturais restritas às
cadeias laterais, que podem modular:
estabilidade em meio ácido
estabilidade frente às -lactamases
espectro de ação bactérias Gram -
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Mecanismos de Ação -lactâmicos
Difusão através da membrana
Morte celular
Difusão através da peptidoglicana
PBP(ligação)
SensívelPenicilinas
Ácido 6- aminopenicilânicoÁcido penicilóico
-lactâmicos
enzimas grupos nucleofílicos (serina)-lactâmico
-lactâmicos-lactamases:
grupamentos volumosos ao carbono carbonílico
da cadeia lateral em penicilinas semi-sintéticas
(meticilina, oxacilinas)
impedem o acesso dos antibióticos ao sítio ativo
-lactamase por impedimento estérico
-lactâmicosbactérias Gram-negativas
mais resistentes à ação de antibióticos,
natureza mais complexa da parede celularnão capazes de cruzar efetivamente barreira lipídica
necessário cruzar
parede celular: canais proteicos de porina (hidrofílica)
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
-lactâmicosbactérias Gram-negativas
antibióticos com maior atividade frente a
bactérias Gram-negativas apresentam
grupos ionizáveis em suas estruturas
químicas
Penicilinas Naturais
Penicilina G ou BenzilpenicilinasCristalinaProcaínaBenzatina
Penicilina V
Penicilina G BenzatinaNome genérico
Benzilpenicilina Benzatina
Nomes comerciaisBenzetacil, Benzatron, Pencil-B, Pencil-E, Longacilin, Benzilpeniclina G Benzatina, Benzilpeniclina Benzatina.
BenzetacilDescrição
-lactâmicos
penicilina natural
de depósito, pouco hidrossolúvel,
uso exclusivamente intramuscular
níveis séricos permanecem por 15 a 30 dias, dependentes da dose utilizada.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Terapia infecções causadas por bactérias:faringoamigdalites, escarlatina, erisipelapneumonias comunitárias, sífilis, tétano, leptospirose, gangrena gasosa e actinomicose
profilaxia primária e secundária da febre
reumática.
Penicilina G BenzatinaCocos gram-positivos
Streptococcus grupos A,B,C,D,G
Streptococcus viridans
Streptococcus pneumoniae (S)
Penicilina G
Bacilos gram-positivosBacillus anthracis
Clostridium spp.
Corynebacterium diphteriae
Pasteurella multocida
Spirillum minus
Streptobacillus moniliformis
Actinomyces israelli
Penicilina G
Cocos e bacilos gram-negativos
Neisseria meningitidis
Neisseria gonorrhoeae
Treponema pallidum
Leptospira interrogans
Penicilina G
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Penicilina G benzatina
Farmacocinética e metabolismopenicilina de depósito
pouco hidrossolúvel,
exclusivamente intramuscular
níveis séricos permanecem por 15 a 30 dias, dependentes da dose utilizada
Caso clínico 1Após 4 dias, a paciente já apresentava melhoraquinto dia após a instituição da terapia:
febremal-estar geralhipotensãotaquicardialesões disseminadas eritematosas centrífugasvesículas e bolhas que se soltam a pele ao leve toquesangramento lábios e apresentava epistaxe
Caso clínico 1
Exacerbação da doença?
Reação alérgica grave?
Outras infecções?
Caso clínico 1Imediatamente procurou atendimento emergencialclínico de plantão solicita internaçãocoleta de exames:
hemogramahemoculturacultura de secreção das lesõescuidados de terapia intensiva
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Caso clínico 1Hemograma
hemácias 4,56 milhões/mm3hemoglobina 12,0 g/dLhematócrito 38%leucócitos 15.600/mm3
bastões 3%neutrófilos 82%eosinófilos 4%linfócitos 8% monócitos 3%
Caso clínico 1PCR: 156 mg/L
Hemocultura: Negativa
Cultura de secreção:
Staphylococcus epidermidis
negativa Estreptococos beta-hemolíticos
PenicilinasEfeitos colaterais
Irritativos: dor, induração, abscesso estéril, flebite
TóxicosDoses elevadas:
insuficiência renal associadadoença cerebral préviaparestesias, convulsõeshiperrreflexia, coma
PenicilinasEfeitos colaterais
AlérgicosPrópria penicilina ou produtos degradação
impurezas ou a procaína/benzatinaReações de hipersensibilidade: 0,7 a 10%,
Choque anafilático: 0,004 a 0,04% (1/100.000
óbito)
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Penicilinas
Efeitos colateraisAlérgicos Leves:
urticária e outras erupções cutâneas
febre, eosinofilia,
edema de Quincke,
eritema nodoso,
asma, rinite, prurido
Penicilinas
Efeitos colateraisAlérgicos Graves:
choque anafilático
edema de glote (imediatas),
vasculite generalizada,
hemólise, doença do soro,
dermatite esfoliativa, púrpura,
Síndrome de Stevens-Johnson
Síndrome de Stevens-JohnsonDiagnóstico
caracterização das erupções cutâneas1 a 3 semanas da exposição ao estímulo
Diferencial:sarampo, eritema multiforme, varicelacaráter de lesão na pele e as inúmeras necroses
Síndrome de Stevens-Johnson
reação alérgica grave
erupção cutânea:mucosas,olhos, nariz, uretra, vagina, trato gastrointestinal e trato respiratório
ocasionando processos de necrose
pode ser causada por estímulos como:fármacoinfecções virais e neoplasias
grande parte: etiologia não identificável.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Síndrome de Stevens-Johnsondrogas mais frequentes
penicilina, sulfa
analgésicos
barbitúricos, anticonvulsivantes
anti-inflamatórios não esteróides
alopurinol
Síndrome de Stevens-JohnsonSintomas
lesões cutâneas extensasmáculas eritematosasbolhas sero-hemorrágicaspúrpura
início abruptofebre, mal-estardores musculares e artralgia
Síndrome de Stevens-JohnsonSintomas
quadro toxêmico:
alterações do sistema
gastrintestinal
sistema nervoso central
rins e coração
Síndrome de Stevens-Johnson
Sintomas
Necrólise Epidérmica Tóxica (NET)
camada superior da pele
desprende-se em
camadas
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Síndrome de Stevens-JohnsonSintomas
Cicatrizes: perda de funções orgânicasinsuficiência respiratóriacegueira, complicações renais e pulmonaresperfuração do globo ocularhemorragia gastrointestinalhepatite, nefrite artralgia, artritefebre, mialgia
Síndrome de Stevens-JohnsonTratamento
interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos. hospitalização e monitoramentouso de corticóides é controverso:
cautela pois podem elevar mortalidadetratar na unidade de queimados
cuidados rigorososevitar infecções
reposição endovenosa dos líquidos e sais minerais perdidos devido à lesão.
Síndrome de Stevens-JohnsonPrognóstico
3 a 5 por cento dos casos são letais
lesões formas mais brandas:2 a 3 semanas após o início da reação
prognóstico gravepessoas idosasinfecção secundária
PenicilinasEfeitos colaterais
Outros
hiperpotassemia
hipernatremia
arritimia (infusão rápida)
tromboembolismo
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Caso clínico 1A paciente permaneceu quinze dias sob
cuidados de terapia intensiva
Alta hospitalar com recomendações quanto ao
-lactâmicos
Caso clínico 2RN com 39 sem de idade gestacional,
parto normal, Peso = 3.100g,
em alojamento conjunto há 3 dias.
Há 12 horas teve 1 vômito.
Caso clínico 2Ao exame:
Bom estado geral, T = 37,8º.C, FR = 50,
BRNF sem sopros,
abdomem flácido,
hiperemia coto umbilical
secreção purulenta.
Exames laboratoriais:
Hb = 13; Leuc = 28.000
(meta 2/bast 5/neutr 55/linf 35/mon 3)
PCR = 96
HD: Onfalite
provável agente: S. aureus
culturas: sangue e secreção umbilicalIniciada terapia empírica
Caso clínico 2
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
1a. escolha drogas alternativas
Baixo risco MRSA
oxacilina
cefalosporinas, betalactâmicos associados a inibidores de betalactamasesclindamicina, macrolídeos, fluoroquinolona, linezolide,
quinopristin-dalfopristin
Alto riscoMRSA
vancomicina linezolide, fluoroquinolona, tigeciclina, daptomicina,
sulfametoxazol-trimetoprim, quinopristin-dalfopristin
Tratamento Staphylococcus spp.Hemocultura e Sec. purulenta: S. aureusS: oxacilina, tetraciclina, cloranfenicol,amoxicilina-ácido clavulânico, sulfametoxazol-trimetoprim,rifampicina, ciprofloxacin
R: eritromicina, clindamicina,penicilina
Caso clínico 2
S. aureusResistênciaPenicilina
penicilinaserápida disseminação de resistência
plasmidial
Betalactâmicos Penicilinas resistentes às penicilinases
advento da penicilina G
produção de ß-lactamases
anel betalactâmico protegido da ação
das betalactamases
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Penicilinas resistentes a penicilinases
parte fermentação do P. chrysogenum(Ácido 6-aminopenicilânico/ 6-APA) e
parte por interação química
introduzindo radicais sobre o núcleo 6-APA
oxacilina
metilcilina
cloxacilina
nafcilinameticilina
Anel b-lactâmico
Penicilinas resistentes às penicilinases
Oxacilina sódicaisoxazolilpenicilina
única PRP disponível no Brasil
resistente à penicilinase,
resistência adquirida
MRSA
OxacilinaDisponível apenas para uso EV.
Metabolização hepática
Excreção renal.
Concentrações liquóricas satisfatórias na
presença de inflamação
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Caso clínico 3HEJ, 45 anos, sexo masculino,
procurou atendimento em UBS por
apresentar linfoadenomegalia inguinal há
cerca de 2 semanas. Relatou ter
apresentado febre, dor local e rubor. O
médico, então, prescreveu benzetacil.
Caso clínico 3Na semana seguinte o paciente
apresentou outra lesão pustulosa em
região inguinal e na coxa, extremamente
dolorosa, com calor local e cerca de 6 cm
de diâmetro.
Caso clínico 3Após 5 dias, ocorreu extravasamento
de coleção purulenta e a lesão regrediu.
Três dias depois surgiram mais duas
lesões, agora na região axilar, também
acompanhadas de dor, calor local e mal
estar generalizado.
Caso clínico 3A conduta médica inicial foi acertada?
Paciente foi tratado com penicilina G
S. aureus são resistentes a penicilina
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Sem sinais sistêmicos ou comorbilidades,
antibioterapia anti estafilo e estrepto
S. aureus resistente a meticilina (MRSA)
Baixo risco
Alto risco
Tratamento Empírico1a. escolha drogas alternativas
Baixo risco MRSA
oxacilina
cefalosporinas, betalactâmicos associados a inibidores de betalactamasesclindamicina, macrolídeos, fluoroquinolona, linezolide,
quinopristin-dalfopristin
Alto riscoMRSA
vancomicina linezolide, fluoroquinolona, tigeciclina, sulfametoxazol-trimetoprim, quinopristin-
dalfopristin
Tratamento Staphylococcus spp.
dados de susceptibilidade local devem ser usados para orientar o tratamento. agente beta-lactâmico
penicilina anti-estafilo ou cefalosporinadoença leve a moderada e co-morbidade não significativa,prevalência local de CAMRSA baixa.
Tratamento Empírico
Cefalosporina oral
Ampicilina/sulbactam EV e depois amoxicilina/clavulanato oral;
Azitromicina/claritromicina EV;
Fluroquinolona
Clindamicina
Baixo risco MRSA
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
O médico prescreveu:
Nebacetin® para uso local
Cefalexina , VO 250mg 6/6h.
CefemsCefalosporinas
1a. geração: cefalotina, cefazolina, cefalexina
2a. geração: cefuroxima, cefaclor3a. geração: cefotaxima, ceftazidima, ceftriaxona4a. geração:cefepime, cefpiroma
Cefamicinas2a. geração: cefoxitina, cefotetan
CefalexinaNome genérico
Cefalexina.
Nomes comerciais Keflex, Cefanal, Celenix, Primacef, Cefalexin, Cefaxon, Cefacimed, Keforal.
Cefalexina
PosologiaAdultos: 250 a 500 mg, VO, 6/6 h
Crianças: 25 a 50 mg/kg/dia, VO, 6/6 h
dose máxima não ultrapassar 4 g/dia.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
muito ativas contra cocos Gram-positivos
ação moderada contra bacilos Gram neg:
E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae
podem ser usadas durante a gestação.
Cefalosporinas de primeira geração Cefalosporinas primeira geraçãoIndicações
infecções de pele, partes moles,
faringite estreptocócica.
Não têm atividade contra:Haemophilus influenzae,
Estafilococos resistentes à oxacilina,
Pneumococos resistentes à penicilina,
Enterococcus spp.
Anaeróbios.
Cefalosporinas de primeira geração
Propriedades farmacológicasboa absorção pelo trato digestório, mesmo em presença de alimentos. pico de concentração plasmática1 a 1,5 hmeia-vida é de 1 a 2 h
20 a 24 horas insuficiência renal Excreção via renal forma inalterada 90%.
Cefalexina
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
CefalexinaReações adversas
diarréia hipersensibilidade cruzadapacientes alérgicos às penicilinashepatotoxicidade transitóriaColite pseudomembranosa C. difficile.
Cefalosporinas primeira geraçãoContra - indicações
não adequado:
sinusite,
otite média
infecções do trato respiratório baixo.
Cefalosporinas primeira geraçãoContra - indicações
Não utilizar em infecções do SNC:não atravessam barreira hematoencefálica
Atividade limitada contra BGN
CefalexinaMonitorização clínica
Sem recomendação específica de monitorização
Podem aumentar as transaminases, porém não há necessidade de ajuste posológico.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Atm Viaadm.
Dose adulto
Dose cç intervalo
cefalotina IV 0,5 a 2g 80 a 160 mg/Kg/dia
4 a 6 h
cefazolina IV/IM 0,5 a 1,5 g 25 a 100 mg/Kg/dia
6 a 8 h
cefalexina VO 0,25 a 1 g 25 a 100 mg/Kg/dia
6 h
cefadroxila VO 0,5 a 1,0 g 30 mg/Kg/dia 12 h
Cefalosporinas primeira geração Caso clínico 3Durante cinco dias o paciente fez uso da
cefalexina, porém as lesões não regridiram
e o paciente evoluiu mal. Retornou ao
médico com febre alta, muitas dores e
edema generalizado no antebraço, nas
pernas e dificuldade respiratória.
Caso clínico 4Criança, 2 anos de idade, sexo masculino,
foi internado por apresentar febre de 39,5o.
C que não cedia com antitérmicos, mal estar
geral, vômitos, adinamia, tosse produtiva
após quadro inicial de infecção viral.
Caso clínico 4Foi coletado hemograma e hemocultura
Prescrito penicilina EV
Hemograma
Hc: 4,32, Hb: 10,6Leuco: 15.300 Neut: 78%Linf: 16% Mon: 6%Anisocitose
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Caso clínico 4Após 4 dias do inicio do uso da
penicilina o paciente continuava febril
Hemograma
Leuco: 21.000 Neut: 80%Linf: 18% Mon: 2%
Caso clínico 4
A antibioticoterapia empírica foi
acertada?
Qual a possível causa da falha
terapêutica?
Etiologia das pneumonias
Pneumonia típicaS. pneumoniaeHaemophilus influenzae tipo b e não bMoraxella catarrhalisStaphylococcus aureusStreptococcus pyogenesKlebsiella pneumoniaeAnaeróbios
Caso clínico 4Uso de penicilina:
suspeita S. pneumoniae
Hemocultura: confirmou suspeita
Positiva para S. pneumoniae
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Pneumococo resistente à penicilina1967: primeiro caso de PRSP
(relativamente resistente)-Austrália1978: primeiro caso de PRSP
(altamente resistente)-África do Sul1979: 4,5% nos EUA//6% na Espanha1989: 44% na Espanha//58% na Hungria1994: 20% nos EUA1998: >30% nos EUA//15-20% no Brasil
Streptococcus pneumoniaeResistência intermediária a penicilina 22%Resistência plena a penicilina 5,9%Resistência a CEF 3 a 2,6%Resistências codificadas por alteração de PBP
1A, 1B, 2A, 2B, 2XPN R 4PBP modificadas (2B)PN I 3PBP modificadas (2B)CTX R 2PBP modificadas (2X e 1A)
Caso clínico 5A.C., feminino, 10 meses,
há 2 dias com febre
há 12 horas com
irritabilidade
e 2 vômitos.
Caso clínico 5Ao exame:
Regular estado geral, depletada, chorosa,
opacificação de membrana timpânica
esquerda, hiperemia e abaulamento de
membrana timpânica direita. Fontanela
abaulada, leve rigidez de nuca.
Pulmões: estertores bolhosos à direita
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Exames laboratoriais: Hb: 12, Leuc: 18.500 (bas 3, neut 80, linf 17);
PCR: 254;
RX tórax: condensação à direita.
LCR: Hem: 200 Leuc: 850 (neut 99, linf 1),
glic 23, prot 85. Bact: cocos GRAM +
Caso clínico 5HD: Meningite pneumocócica
+ Pneumonia
+ Otite
Tratamento: Cefotaxima
Caso clínico 5
Cultura LCR:
Streptococcus pneumoniae
penicilina MIC > 2,0 g/ml Resistente
cefotaxima MIC < 0,25 g/ml Sensível
vancomicina MIC 0,5 g/ml Sensível
Caso clínico 5 CefemsCefalosporinas
1a. geração: cefalotina, cefazolina, cefalexina2a. geração: cefuroxima, cefaclor3a. geração: cefotaxima, ceftazidima, ceftriaxona4a. geração: cefepime
Cefamicinas2a. geração: cefoxitina, cefotetan
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Cefalosporinas de terceira geração
> potentes contra bacilos gram-negativo
atividade superior contra
S. pneumoniae (intermediária PN)
S. pyogenes e
outros estreptococos.
Cefalosporinas de terceira geração
atividade moderada contra S. aureus,
exceto ceftazidima
contra P. aeruginosa, apenas ceftazidima
Drogas disponíveis no Brasil:ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima,apresentação parenteral
Cefalosporinas de terceira geraçãoIndicações
infecções por BGN
ambiente hospitalar: feridas cirúrgicas pneumonias, infecções urinárias
Cefalosporinas de terceira geraçãoIndicações
Cefotaxima e ceftriaxonameningites:
H. influenzae,S. pneumoniaeN. meningitidis
escolha tratamento de meningites BGN
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Atm Viaadm.
Dose adulto
Dose cç intervalo
Cefotaxima IV/IM 0,5 a 2g 50 a 200 mg/Kg/dia
4 a 8 h
Ceftriaxona IV/IM 1,0 a 2 g 50 a 100 mg/Kg/dia
12-24 h
Ceftazidima IV/IM 0,5 a 2,0 g 100 mg/Kg/dia 8 h
Cefalosporinas de terceira geraçãoWHO, 2007:
1 milhão de crianças < 5 anos morte/ano
devido à doença pneumocócica invasiva
Brasil (desde 1999)
2ª causa de MB10/100.000 crianças < 1 ano taxa letalidade: 15 a 30%
Streptococcus pneumoniae
Resistência à penicilina6, 14, 19 e 23
Brasil sorotipos mais prevalentes (14,1, 6B, 5, 18C, 6A, 3, 23F, 19F, 9V, 4, 19A, 10A)
responsáveis por 74% da doença pneumocócica invasiva
Streptococcus pneumoniaeVacina conjugada heptavalente
Redução na incidência de doenças graves
em crianças e contactuantes
Atua em sorotipos mais resistentes
Alguns não pertencem a sorotipos da vacina
como o sorotipo 19A
Streptococcus pneumoniae
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Vacina conjugada heptavalente
Redução na incidência de doenças graves
em crianças e contactuantes
Atua em sorotipos mais resistentes
Alguns não pertencem a sorotipos da vacina
como o sorotipo 19A
Streptococcus pneumoniae Caso clínico 6Paciente AP, 48 anos, sexo masculino, procurou
atendimento na farmácia por apresentar coriza,
dor no corpo, dor de cabeça, náuseas, dor de
garganta e tosse há 8 dias. Negava febre.
Streptococcus -hemolíticosdrogas de
1a. escolhadrogas alternativas
gruposA, C,G
penicilina G ou V
clindamicina, eritromicina, cefalosporinas, vancomicina, claritromicina, azitromicina
grupo Bpenicilina
G ou ampicilina
eritromicina, cefalosporina, vancomicina
Caso clínico 6O balconista vendeu um anti-inflamatório e
azitromicina, pois este antimicrobiano
pode ser tomado uma única vez ao dia,
por 3 dias apenas.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Azitromicina alternativa terapêutica em pacientes alérgicos à
penicilina, nas seguintes condições:
infecções do trato respiratório por S. pyogenes
pneumonia por S. pneumoniae,
prevenção de endocardite (proced. odontológico)
infecções superficiais de pele (S. pyogenes)
MacrolídeosEritromicinaClaritromicina EspiramicinaMiocamicina RoxitromicinaAzitromicina (Azalídeo)Cetolídeos (Telitromicina)
anel macrocíclico de lactona, Ligação a um ou mais açúcaresEritromicina
origem naturalprotótipo do grupo
Azitromicina, claritromicinaSomente estas 2 tem uso IV.
Macrolídeosmaior estabilidade em meio ácido, melhor disponibilidade por via oral, maior duração de efeito, melhor atividade sobre bactérias intracelularaumento da concentração intrafagocitária. ação bacteriostática ou bactericida:
depende de concentrações,tamanho do inóculo etipo de microorganismos infectantes.
Macrolídeos
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
espectro de atividade similaralgumas diferenças:Azitromicina
maior atividade contra gram-negativosmenor contra gram-positivos queeritromicinaresistência cruzada com eritromicina.alternativa terapêutica em pacientesalérgicos à penicilina
Macrolídeosinfecções do trato respiratório,
prevenção de endocardite após procedimento
odontológico,
infecções superficiais de pele,
profilaxia de febre reumática, e
raramente como alternativa para sífilis.
Macrolídeos
Azitromicinadifere da eritromicina porque no anel de
lactona contém um átomo de nitrogênio.
Alguns autores novo grupo: Azalídeos.
Azalídeosnova classe de antimicrobianos
modificação do núcleo central da eritromicina
propriedades antimicrobianas e farmacológicas
diferentes
núcleo central formado por um anel aglicona
com 15 membros e de nitrogênio na posição 9
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Azalídeosnova classe de antimicrobianos
modificação do núcleo central da eritromicina
propriedades antimicrobianas e farmacológicas
diferentes
núcleo central formado por um anel aglicona
com 15 membros e a presença de nitrogênio na
posição
Azalídeosnova classe de antimicrobianos
modificação do núcleo central da eritromicina
propriedades antimicrobianas e farmacológicas
diferentes
núcleo central formado por um anel aglicona
com 15 membros e a presença de nitrogênio na
posição
Azalídeosnova classe de antimicrobianos
modificação do núcleo central da eritromicina
propriedades antimicrobianas e farmacológicas
diferentes
núcleo central formado por um anel aglicona
com 15 membros e a presença de nitrogênio na
posição
AzalídeosDescrição
Constitui o protótipo desta subclasse dos macrolídeosdiferencia-se da eritromicina por seu espectro amplosendo capaz de agir contra microrganismos
gram-negativos, e por sua farmacocinética mais favorável e melhor tolerância.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
AzitromicinaNome genérico:
Azitromicina.
Nomes ComerciaisZitromax, Astro, Azitromin, Azimix, Azitron, Zitrac, Azitromicil, Clindal-az, Azi, Azidromic, Azitrax, Azomicin, Azitromin, Zitroneo, Azitrocin, Azitrogran, Azitronax, Zimicina, Selimax, Zitril, Tromix, Mazitron,, Zoiprox.
Uso
Mecanismo de Ação MacrolídeosAderência à sub-unidade 50S
inibição translocação do RNAtinibe prolongamento da cadeia peptídica
Bloqueio do sítio ativo
do ribossoma por
impedimento estérico.
Azitromicinaaumentou o espectro de atividade,
nível tecidual sustentado, superior ao nível
sérico
meia-vida tecidual prolongada
diminuição da dose durante o tratamento.
Azitromicinamaior atividade contra bactérias gram-
negativas, em particular H. influenzae.
maioria enterobactérias intrinsecamente
resistentes,
não conseguem penetrar na membrana
externa efetivamente.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Azitromicina Assim como claritromicina :
profilaxia de febre reumática
alternativa para sífilis.
primeira escolha no tratamento de pneumonias por bactérias atípicas: Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp
AzitromicinaAssim como claritromicina :
tratamento ou profilaxias: Mycobacterium avium-intracellurae, H. pylori, Cryptosporidium parvum, Bartonella henselae ( pacientes AIDS),doença de Lyme e T. gondii.
Azitromicinaatividade esquizonticida contra o
Plasmodium
pode ser utilizada como profilaxia de
Plasmodium falciparum resistente à
cloroquina.
Azitromicina alterações são bem mais discretas e
em menor freqüência.
Raramente ocorrem reações
alérgicas graves.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Azitromicina e a Claritromicina
> meia-vida:
Azitromicina: dose única
Claritromicina: duas vezes ao dia
Eritromicina: quatro administrações diárias.
< intolerância gástrica que eritromicina
Azitromicinaeliminada por via hepática,
pequena quantidade encontrada urina (75% é
eliminada de forma inalterada).
não são conhecidos metabólitos ativos da
azitromicina.
2008 Marcia Regina Eches Perugini
Caso clínico 5O balconista vendu um anti-inflamatório e
azitromicina pois este antimicrobiano pode ser
tomado uma única vez ao dia, por 3 dias
apenas, mas não orientou como o paciente
deveria utilizá-lo. O paciente ingeriu o
medicamento em jejum e no terceiro dia passou
a apresentar queimação no estômago
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Caso clínico 5Após 5 dias da utilização da azitromicina o
paciente passou a apresentar secreção
amarelada, dor de cabeça, náuseas
provocada pela secreção na nasofaringe e
muita tosse. Procurou pronto atendimento
onde constatou-se que o mesmo
apresentava sinusite.
O que pode ter acontecido?
Resistência
Sinusite
Farmacodinâmica do fármaco
Anti-ácido
Azitromicinaconcentrações adequadas em humor aquoso:
rins, fígado, vias biliares, pelepróstata
ouvido médio, seios paranasais,mucosa nasal, amígdalas, tecido pulmonar, pleura,
Azitromicina boa penetração tecidual
acumulam-se no interior de algumas células, principalmente macrófagos.
não têm boa penetraçãomeningestecido ósseolíquido sinovial.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Macrolídeos, LincosaminaEstreptogramina B
M: macrolídeos
L: lincosaminas
SB: estreptograminas B
Aderência à sub-unidade 50S
Macrolídeos, LincosaminaEstreptogramina BMacrolídeosEritromicinaAzitromicinaClaritromicinaCetolídeos
(Telitromicina)
LincosaminasLincomicina Clindamicina
EstreptograminasQuinopristin-
Dalfopristin
Mecanismo de Resistência MLSB
Macrolídeo, Lincosamina, Estreptrogramina
primeira vez em 1953* alteração alvo: gen erm (metilação do
rRNA adenina N6-metiltransferase)
* efluxo ativo : gen mef ou mrs A
enzimas modificadoras: gen ere
(esterases, fosfotransferases)
Gene erm (erythromycin ribosome methylation)ermA, ermB e ermC
modificação pós-transcricional do sítio alvo via metilase (porção 23S do RNA ribossômico)elementos genéticos móveis (transposons emcromossomo ou plasmídios).geralmente associados genes tet (tetraciclina)
Mecanismo de Resistência - MLSB
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Caso clínico 5Foi prescrito amoxicilina-clavulonato por 14 dias,
cloridrato de fenoxifenadina e cloridrato de
pseudoefedrina, assim como acetilcisteina. Ao final
do tratamento a secreção clareou e reduziu
consideravelmente. A tosse e a dor de cabeça
desapareceram.
Amoxicilina- Ácido Clavulânico
Os inibidores de betalactamases, quando em
associação com antimicrobianos
betalactâmicos, ligam-se às betalactamases.
Dessa forma, evitam a hidrólise do anel
betalactâmico e potencializam sua
atividade.
Amoxicilina - ácido clavulânicoabsorvidos rapidamente pelo trato digestivo.
meia-vida de aproximadamente uma hora
ligação protéica baixa (18 e 25%)
rápida penetração na maioria dos tecidos e
líquidos extravasculares, incluindo líquidos
pleural, peritoneal e secreções pulmonares
Amoxicilina - Ácido clavulânico
excelente atividade contra S. aureus e
anaeróbios produtores da ß-lactamases
ativo contra H. influenzae e Moraxella
catarrhalis produtoras de ß-lactamases.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)