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Informativo interno da Embrapa Meio Ambiente 1 Informativo Interno da Embrapa Meio Ambiente Nº 110 - ANO 7 - 16 a 31 de outubro de 2014 Cata Vento

Catavento - 2ª quinzena de outubro 2014

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Informativo interno da Embrapa Meio Ambiente, que é uma Unidade de Pesquisa de Tema Básico, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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Informativo Interno da Embrapa Meio Ambiente • Nº 110 - ANO 7 - 16 a 31 de outubro de 2014

CataVento

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SUMÁRIO

Fórum do leitor

Este espaço é reservado para publicação de comentários, críticas e sugestões enviadas por você, leitor. Sua participação é fundamental, escreva para [email protected] ou [email protected] .

Aniversário da Embrapa Meio Ambiente ........................3

Descoberta de planta ..................................................................4

Coleções Microbianas ..................................................................4

Visitas ......................................................................................................5

Reuniões...............................................................................................5

Seminário ............................................................................................5

Palestra ..................................................................................................5

Dias de Campo .................................................................................6

Resenha ................................................................................................6

Reflexão ................................................................................................7

Chefe GeralCelso Vainer Manzatto

Chefe Adjunto de AdministraçãoMarcos Antônio Vieira Ligo

Chefe Adjunto de Pesquisa e DesenvolvimentoMarcelo A. Boechat Morandi

Chefe Adjunto de Transferência de TecnologiaLadislau Araújo Skorupa

Núcleo de Comunicação Organizacional - NCOCristina Tiemi Shoyama

Edislene Ap. Bueno RuzaEliana de Souza Lima

Gabriel Pupo NogueiraMarcos Alexandre Silva

Maria Cecília Valadares ZittoMaria Cristina Tordin

Silvana Cristina Teixeira

EXPEDIENTE

JornalistasMarcos Alexande Silva

Maria Cristina TordinEliana Lima

TextoMaria Cristina Tordin

Eliana Lima

RevisãoCristina Tiemi Shoyama

Victor Paulo Marques SimãoEliana Lima

Projeto GráficoSilvana Cristina Teixeira

DiagramaçãoGabriel Pupo Nogueira

Foto da capaThinkstock/Embrapa

PeriodicidadeQuinzenal

Publicação de responsabilidade do Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO da Embrapa Meio Ambiente, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Contatos e sugestão de matérias: [email protected] ou [email protected]

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Em 21 de outubro, festejamos o aniversário da Unidade e

conforme Celso Manzatto, chefe geral, chegamos à maturidade e “devemos olhar para frente, pensar no que podemos contribuir em sustentabilidade, tema tão impor-tante e atual que estamos sendo demandados para um novo modelo de agricultura.

Nesse dia, foram homenageados os empregados pelo tempo de serviços prestados à Embrapa. Os certificados foram entregues a cada ciclo de 5 anos, até alcançar 35.

O Coral Harmonia, que completou 15 anos em agosto, também participou da programação. O maestro Hipólito terminou a apre-sentação com o “Parabéns à você”, momento em que todos os presentes cantaram junto com os coralistas.

Depois, houve uma confraterni-zação com um delicioso café, propor-cionado pela chefia e o bolo de aniversário, oferecido pela AEE.

Nesta edição, aos entrevistados serão alguns dos homenageados.

Catavento: Esses anos valeram a pena?

Luiz Alexandre – 35 anos – Sim e muito, pois estou continuando o pleno funcionamento do valioso Labora-tório de Quarentena "Costa Lima" da Embrapa Meio Ambiente, que muito tem contribuído à defesa fitossanitária do país.

Vera Ferracini – 30 anos - Iniciei a carreira de pesquisadora na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Em 87 fui transferida para o então CNPDA (Centro Nacional de Pesquisa de Defensivos Agrícolas) e chegando aqui queria retornar de imediato para Brasília por falta de laboratórios para pesquisa. Na época existiam apenas prédios da área administrativa e o que fazíamos era ajudar o pessoal principal-mente do setor de compras.

Já atuei na diretoria da AEE e reali-zamos muitas festas contando com a participação dos familiares. Participei também de várias inaugurações tanto pela mudança de nome da Unidade, quanto pela construção de prédios e laboratórios. Está foi a melhor parte, pois na ocasião as chefias conseguiam recursos para a aquisição de material

para a estruturação dos laboratórios.Tenho muita satisfação de participar

da equipe da Embrapa que tem ajudado muito o país e também faz parte da trajetória da minha vida. Os 30 anos de empresa têm sido gratificantes, pois foi na Embrapa Meio Ambiente que tive a oportunidade de me realizar profissio-nalmente e realizar sonhos comparti-lhados com minha família.

Paulo Goi – 25 anos – Valeu e valeu muito! Pude fazer amizades lindas e duradouras, que continuarão mesmo depois que eu sair da Embrapa.

Ana Paula – 25 anos - Valeu sim e ainda vale! Tenho muito orgulho de trabalhar em uma empresa tão impor-tante e especial para o país. Sinto que fiz parte da sua trajetória, assim como a Embrapa fez parte da minha vida. Aqui encontrei a oportunidade de crescer profissionalmente e de amadurecer como pessoa. Durante estes 25 anos, fiz muitos amigos, aprendi bastante e acredito que tenha contribuído bastante com meu trabalho também. Valeu!

Neusa Domingos – 20 anos - Nesses anos conheci pessoas mara-vilhosas, como se diz, amigos para sempre, então valeu.

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EMBRAPA MEIO AMBIENTE

32 ANOS

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DESCOBERTA DE PLANTA É APRESENTADA EM CONGRESSO

Marta de Assis e Renato Mello-Silva, pesquisador do Departamento de Botâ-nica da Universidade de São Paulo, apresentaram uma nova espécie de Alstroemeriaceae – família de plantas com flor, durante o XI Congresso Latino-americano e LXV Congresso Nacional de Botânica, realizado entre 19 e 24 de outubro, em Salvador, BA.Conforme os pesquisadores, uma espécie de Alstroemeria foi coletada na região do Parque Nacional de Peruaçu, no norte de Minas Gerais, em ambiente de caatinga e não foi identificada. A análise acurada evidenciou que se trata de uma nova espécie. Alstroemeriaceae abrange quatro gêneros: Alstroemeria L. com 75 espécies restritas à América do Sul, Bomarea Mirb. com 120 espécies distribuídas desde a região central do México até o sul da América do Sul, Luzuriaga Ruiz. et Pav. com quatro espécies de distribuição disjunta na Nova Zelândia e Chile e Drymophila R. Br. com uma espécie na Austrália e uma na Tasmânia. No Brasil estão representados os gêneros Alstroemeria e Bomarea, informam Marta e Renato.

COLEÇÕES MICROBIANASTatiana Fernandes, Mara Mendes e mais de 40 pesquisadores, analistas e técnicos, representando 17 unidades de pesquisa da Embrapa, participaram do Curso do Modelo Corporativo de Gestão para as Coleções de Micror-ganismos. O evento aconteceu na Embrapa Recursos Genéticos e Biotec-nologia, em Brasília, DF, entre os dias 15 e 16 de outubro. A maior parte do público participante era composta por profissionais que trabalham direta-mente com as coleções microbianas e o objetivo foi capacitá-los na estrutu-ração e organização dessas coleções em suas unidades.

A capacitação é resultado do Projeto GESTCOL (Modelo Corpo-rativo de Gestão para as Coleções de Microrganismos da Embrapa), coorde-nado pela Embrapa Recursos Gené-ticos e Biotecnologia, cujo objetivo é garantir a qualidade das coleções de microrganismos mantidas pela empresa e torná-las aptas a atender às exigências do mercado nacional e internacional.

A Embrapa investe na formação de coleções de microrganismos (fungos, bactérias e vírus) desde a sua criação em 1973. Hoje, essas coleções estão distribuídas por todo o território nacional, em diversas unidades de pesquisa da Empresa, e preservam microrganismos de funcionalidades diversas, incluindo espécies relacio-nadas ao controle biológico de pragas, fertilidade do solo, de interesse indus-trial e causadores de doenças em animais e vegetais, entre outras.

A organização e a estruturação das coleções microbianas sem um padrão de gestão pode levar à perda de muitos microrganismos, tornando-os inviáveis para utilização em prol da agricultura e da indústria. Além disso, o atendimento às normas de qualidade nacionais e internacionais é fundamental para que

a Embrapa possa realizar intercâmbio com instituições públicas e privadas.

O Projeto é desenvolvido em rede e conta com as seguintes Unidades: Recursos Genéticos e Biotecno-logia (Brasília, DF); Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG); Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS); Suínos e Aves (Concórdia, SC); Soja (Londrina, PR); Gado de Leite (Juiz de Fora, MG); Hortaliças (Brasília, DF); Cerrados (Brasília, DF); Meio Ambiente (Jagua-riúna, SP); Agroenergia (Brasília, DF); Arroz e Feijão (Goiânia, GO); Agrope-cuária Oeste (Dourados, MS); Agro-biologia (Seropédica, RJ); Agroindús-tria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ); Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE); Caprinos (Sobral, CE) e Clima Tempe-rado (Pelotas, RS).

O GESTCOL conta também com a parceria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e do Instituto de Tecno-logia do Paraná (TECPAR) para avaliar e desenvolver o modelo de acredi-tação (adequação às normas técnicas) das coleções microbianas no Brasil.

Foto: Eliana Lima/Embrapa

Foto: Marta de Assis/Embrapa

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VISITAS(1) Em 29 de outubro, Magda Lima recebeu a equipe do projeto Coalizão sobre Gases de Efeito Estufa de Origem Agrícola (C-AGG). Os parti-cipantes e atores do C-AGG incluem produtores, cientistas, órgãos não governamentais ambientais, desen-volvedores de mercado de carbono, e investidores, bem como proponentes de oportunidades e benefícios voluntá-rios de mitigação de emissão de GEE de origem agrícola. O C-AGG apre-sentou sua experiência sobre métodos de mensuração e mitigação de gases de efeito estufa utilizados nos EUA e no Canadá.(2) Laboratório de Quarentena - LQCLuiz Alexandre Sá participou no último dia 15 do workshop “Manejo Inte-grado de Pragas Australianas do Euca-lipto", apresentado por Simon Lawson, pesquisador do Forest Industries Rese-arch Centre, Department of Agricul-ture, Fishers and Forestry, Queensland e da University of the Sunshine Coast, Sidney-Austrália. O encontro foi no Instituto de Pesquisa e Estudos Flores-tais (IPEF) – Unidade Monte Alegre, em Piracicaba-SP. O Laboratório de Quarentena "Costa Lima" participa do projeto coopera-tivo de Monitoramento e Manejo de Pragas Exóticas em Florestas de Euca-lipto, firmado entre a Embrapa Meio Ambiente e o IPEF, o qual inclui ativi-dades de importação de parasitoides da Austrália para o controle biológico clássico da praga exótica, o percevejo bronzeado, em hortos florestais de eucalipto no país.

Durante sua permanência no Brasil, Simon visitou em 24 de outubro as instalações, infraestrutura e conheceu os procedimentos de funcionamento (áreas quarentenada e não quaren-tenada), e equipamentos específicos deste tipo de laboratório de segurança máxima, além da equipe do Labora-tório de Quarentena "Costa Lima" - LQC, acompanhado de parceiros do IPEF. Luiz Alexandre e Simone Prado coordenaram a visita. Foram discutidas ações para incre-mentar ainda mais o intercâmbio de bioagentes de controle junto ao Forest Industries Research Centre, na área florestal de eucalipto e pinus; bem como treinamento de pessoal e buscas exploratórias de inimigos natu-rais exóticos das pragas florestais na Austrália. Na ocasião Lawson apresentou as metas e atividades do Forest Industries Research Center e as possibilidades de intercâmbio de bioagentes de controle, busca exploratória dos bioagentes na Austrália, treinamentos de estudantes/bolsistas brasileiros. A equipe do LQC apresentou suas especialidades e áreas de pesquisa em desenvolvimento na quarentena, e os resultados obtidos em suas pesquisas desenvolvidas até o momento. Na visita às dependências do quarente-nário foram apresentadas as regras e procedimentos/protocolos interna-cionais seguidos no LQC referentes à prova de escape de organismos indesejáveis/contaminantes.

REUNIÕES(1) A Unidade de Gestão do Programa Bacias Jaguariúna se reuniu, sob coor-denação de Maia Lucia Zuccari e Ricardo Figueiredo, nos dias 27 e 28 de outubro. O encontro foi realizado em parceria com a Prefeitura Municipal de Jaguariúna, Ambev, The Nature Conser-vancy, Associação Mata Ciliar e Comitê PCJ.

(2) Articulação da proposta sobre cober-turas vegetais em citros foi o objetivo da reunião coordenada por Ana Paula Packer, em 17 de outubro, em parceria com as Unidades da Embrapa Mandioca e Fruticultura e Pecuária Sudeste, além do Centro de Citricultura – IAC.

(3) Katia de Jesus, em 17 de outubro, na USP - São Carlos reuniu a equipe do projeto para debater a orientação de requisitos para o desenvolvimento do Software SustenAgro.

SEMINÁRIO Agricultura familiar, políticas públicas e sistemas agroalimentares de base ecológica foram abordados por Lucimar Abreu, em 30 de outubro, para apre-sentar a trajetória do processo de insti-tucionalização da agricultura fami-liar, com destaque à importância e contribuição para a agricultura de base ecológica.

PALESTRALuiz Alexandre Sá esteve na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), em 22 de outubro, para abordar o funcionamento do Labo-ratório de Quarentena “Costa Lima” em relação à introdução de artró-podes benéficos, aos alunos do curso de Acarologia. Conforme Gilberto de Moraes, professor dessa disciplina, a experiência é extremamente útil para seus alunos.

Foto: Cristina Tordin/Embrapa

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RESENHA – ALFREDO JOSÉ BARRETO LUIZ

Título: Memorial do conventoAutor: José Saramago Editora: Bertrand Brasil

O primeiro autor a ganhar o Nobel de Literatura (1998) escre-vendo em português, também ganhador do Prêmio Camões,

o mais importante da língua portuguesa (que ganhou em 1995, um ano depois de Jorge Amado), José Saramago foi pioneiro em estilo e conteúdo.

Falecido em 2010 aos 87 anos, Saramago lançou o primeiro livro em 1947, aos 25 anos, mas após ter um segundo texto rejeitado (Clara-boia, só editado após sua morte, em 2011), passaram-se 30 anos até a publicação de nova obra. Podemos dizer que se tornou escritor em tempo integral apenas na idade madura. Apesar disso, teve uma produção numerosa e variada, abrangendo os campos da poesia, peças teatrais, romances, crônicas, diários, memórias e até livros infantis e de viagem.

Muitos dos seus livros foram aclamados por crítica e público. Recentemente dois deles foram adaptados para o cinema. O filme de 2010, ‘Embargo’, é baseado no livro ‘Objeto quase’. Já o filme ‘Ensaio sobre a cegueira’, de 2008, dirigido por um brasileiro, é baseado em um livro homônimo. Esse último é surpreendente, com dezenas de personagens que, eu só fui perceber ao final, não possuíam nomes próprios. Eram definidos, identificados e lembrados pelo leitor pelo seu papel e não por uma palavra arbitrária: um nome. Eram médicos, soldados, ladrão, a velha do primeiro andar, a rapariga dos óculos escuros, etc.

Dentre sua profícua e qualificada bibliografia, escolhi o livro 'Memorial do convento' por alguns pontos que podem despertar a curiosidade em nós, brasileiros. Tudo se passa em Portugal, no século XVIII, período em que éramos colônia portuguesa. O Brasil aparece como a fonte quase inesgotável dos abundantes recursos que permi-tiram a construção da enorme obra, o convento destacado no título. Mas, além disso, um dos personagens de destaque na trama é um vulto histórico brasileiro, o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, alcu-nhado de ‘padre voador’, por sua paixão obsessiva pela ideia de cons-truir e usar uma máquina voadora, algo fantástico para os anos 1700 no ainda quase medieval Portugal, que padecia sob a inquisição.

Inclusive, a história logo no começo retrata pessoas sendo quei-madas nas fogueiras da inquisição. Na plateia daquela cena de horror vamos encontrar a mulher que será a principal personagem do livro, Blimunda, filha de uma das pobres condenadas. Sua mãe, cristã nova,

DIAS DE CAMPO(1) Os alunos da Unesp/Botucatu participaram do evento coorde-nado por Kátia Nechet, em 17 de outubro, e conheceram o Projeto ClimapestFACE.(2) Agricultura Familiar e a revita-lização do espaço rural: manejo de sistema agroflorestal diversificado com enfoque em hortaliças (SAF Hortaliças) foi o tema de Dias de Campo coordenados por Ricardo Camargo e Francisco Corrales, nos Sítios Barrel, em Socorro, SP (17/10) e Bom Jesus, Restinga, SP (22/10). Já no dia 24 de outubro, a abordagem foi dirigida aos dese-nhos de Sistemas Agroflorestais para o Assentamento Sepé Tiaraju.

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escapará ao fogo purificador mas não de ser açoitada em público e seguir para oito anos de degredo em Angola, o que não deixava de ser uma pena de morte. Mas, não pensem que tudo é terror. Essa passagem, apesar de funda-mental para definir o ‘tempo’ em que se desenrola o enredo, é rápida e logo o acaso promoverá o encontro romântico, que irá permear toda a teia de aconteci-mentos futuros. Entrará no campo de visão de nossa simples e suave protagonista, vindo diretamente do campo de batalha, Baltasar,

soldado mandado embora do exército real lusitano após perder uma mão na Guerra da Sucessão Espanhola.

No mesmo instante, diante da execução das penas pelo Santo Ofício, encontram-se Blimunda, Baltasar e o padre Bartolomeu de Gusmão. Daí surgirá uma amorosa relação, carnal entre aqueles a quem esse prazer é permitido e fraternal entre todos os três.

O padre voador irá empregar os dons confessáveis e inconfes-sáveis do casal improvável formado por aquelas pessoas oriundas das camadas mais subalternas da sociedade de então, ele também chamado de Sete-Sóis e ela batizada de Sete-Luas pelo próprio Barto-lomeu, que os escolhe, casa e patrocina.

Apesar de poder ser considerado um livro do gênero romance histórico, por descrever de forma fiel fatos, locais, hábitos e costumes do Portugal setecentista, também pode ser tido como um livro de realismo fantástico, pois extrai de alguns pontos verdadeiros da história o cenário para uma aventura mágica, expondo elementos da mais pura imaginação entremeados à realidade.

O amor entre Baltasar e Blimunda, por exemplo, não só é excep-cional para aquele tempo como o seria até nos dias atuais, tal a cumplicidade, confiança e isonomia entre os amantes, que desde o início praticam uma relação íntima, entre iguais, sem compromissos ou culpa.

A outra faceta fantástica do livro diz respeito à máquina voadora que busca construir, com ajuda dos recém-casados, o padre brasileiro. Novamente, unindo fatos isolados e verídicos da vida de Bartolomeu de Gusmão em uma rede de acontecimentos absurdos, o livro nos envolve num ambiente lúdico, de sonhos, mostrando, como paródia do que já havia proposto um patrício, que “tudo [é possível] quando a alma não é pequena”. (Alfredo José Barreto Luiz)

REFLEXÃO

Em épocas de escassez

Hermes enviou uma sugestão para que a água do dreno dos ares condicionados da Unidade seja recolhida, pois está sendo desperdiçada e é um volume significativo. Pode ser captada em qualquer vasilhame (garrafas PET), e usada na rega das plantas.

José Carlos, também compartilha algumas medidas simples que adotou em casa, para economizar MUITA água. São elas:

- recolher a água do banho com um balde e reutilizar no vaso sanitário, ao invés de dar a descarga, quando possível, simples e funcional.- a água da máquina que ia toda para o ralo é utilizada para lavar o quintal e os carros. - voltar ao velho hábito de se ensaboar com o chuveiro desligado, sem contar o fato de escovar os dentes com a torneira da pia desli-gada, abrindo somente para o enxague.Com isso, percebe-se quanta água é desper-diçada e como dá para fazer adaptações sem grandes esforços! Vamos fazer nossa parte, pois realmente a situação está calamitosa e temo que ainda piore, ressalta José Carlos.

Errata – na edição anterior, o texto “Aprender”, foi atribuído a Shakespeare, contudo, trata-se de um versão exten-dida do texto "After a while", de Veronica Shoffstall.

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Hobby e dicas Desde o fim do ano passado tenho ocupado a primeira metade da noite dos domingos preparando pães caseiros. Essa atividade me dá muito prazer e me entretém bastante.Quando comecei a preparar pães, não conseguia obter massas que crescessem. Iam todas para o lixo. Tomei isso como um desafio a ser vencido. Por que as massas não cresciam?Com o tempo aprendi que para produzir massa de boa qualidade é preciso usar farinha de trigo de boa qualidade, fermento biológico de boa qualidade e forno bem regulado. A produção de pães com miolo macio, esponjoso e fofo, e crosta crocante depende da combinação desses três fatores. Os ovos, óleo e leite também contribuem para a qualidade e o sabor dos pães.A melhor farinha de trigo para o preparo de pães é o tipo especial. Fermento biológico tem que estar dentro do prazo de validade: não servem mais aqueles que já estão próximos do final desse prazo (cerca de 7 dias antes do final do prazo). Podem ser utilizados tanto o fermento biológico fresco como o fermento biológico seco. O fresco deve ser esfarelado e dissolvido em água morna. Já o seco pode ser dissolvido diretamente em água morna e deixado a descansar por cerca de 15 minutos antes de ser incorporado à receita. Costumo utilizar 3 tabletes de fermento biológico fresco ou 2 enve-lopes do seco para cada 800 gramas de farinha de trigo.

Para produzir pão integral utilizar metade farinha de trigo

branca e

metade farinha de trigo integral ou farinha de centeio. Para produzir pães de batata, batata-doce, mandioca, mandio-quinha, utilizar 600 gramas desses vegetais cozidos e amas-sados para cada 800 gramas de farinha de trigo.Para pães salgados colocar 1 colher (sopa) de sal e 1 colher (sopa) de açúcar; para pães doces 1 a 2 xícaras (chá) de açúcar. O açúcar confere crosta tostada aos pães salgados.A batata amassada, o fermento dissolvido, o óleo (1 xícara (chá)), os ovos (4), o leite (1 xícara (chá)), o sal e o açúcar são batidos no liquidificador por 10 minutos em velocidade média. As farinhas devem estar peneiradas. A mistura do liquidifi-cador é despejada sobre as farinhas e misturadas com colher de pau até se obter massa homogênea e pegajosa. Não costumo amassar a massa do pão com as mãos como recomendam as receitas. Sovo a massa com a colher de pau e assim não passa o cheiro de minhas mãos nos pães. Só fica o cheiro saudável do fermento biológico, diferente dos pães de certas padarias feitos com bromato de potássio.Para os pães salgados, polvilhar a superfície com gergelim branco, que confere, junto com o fermento biológico, um cheiro todo especial aos pães.Deixar a massa crescer até dobrar de volume. Sovar e colocar a massa em assadeiras do tipo forma para bolo inglês, untadas e enfarinhadas. Deixar crescer de novo e assar por 30 a 40 minutos ou até os pães ficarem dourados, em forno regulado a 180 – 250 graus. Do forno os pães são levados à Embrapa Meio Ambiente, para os colegas e companheiros degustarem com manteiga/margarina ou geleias de frutas. Não tem sobrado nada nas

assadeiras e os elogios só têm me incentivado muito.Meu objetivo é conseguir preparar pães tão bem

como os franceses e italianos, os povos que produzem os melhores pães do mundo. A

cada vez que preparo pães, aprendo mais e me aproximo passo a passo desse obje-

tivo. (Maria Aico Watanabe)

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