22
te A equipa do jornal Catavento saúda-vos: novo ano letivo e umas palavras de boas- vindas a todos. Expressões com História eis o mote para a nossa conversa. Ora vejam os seguintes títulos (provérbios) de um livro de Alice Vieira: Não perceber patavina; Com sete pedras na mão; Ouvidos de mercador; À grande e à francesa; Para inglês ver; Quem tem boca vai a Roma; Doutor mula ruça; Calcanhar de Aquiles; Correr Ceca e Meca; Pôr as mãos no fogo; Ser calhandreira; A pensar morreu um burro; De pequenino se torce o pepino; Tirar o cavalinho da chuva; Passar de cavalo para burro; Sem papas na língua. Expressamo-nos enquanto falantes de lín- gua materna, e somos o produto, genuíno, Feito em Portugal 1 , da história da expressão - através da literatura de tradição oral e da literatura dos nossos consagrados escrito- res. Fiquemo-nos pela Leitura e pela Escola. Parecem-nos motivos suficientes. Às vezes não precisamos de ir muito longe para iniciarmos o que quer que seja. Temos tudo à mão, mesmo ao nosso lado! Basta um índice de um livro para, em segundos, pensarmos quase todos no mesmo – somos espelhos uns dos outros, certo?! Somos todos feitos da mesma massa 2 , não vale a pena fugir a sete pés. Estamos aqui para a conversa e para a leitura… através do Cata- vento. Não fujam com o rabo à seringa e leiam até ao fim. Queremos perceber mais do que patavina, por isso todos acreditamos que a escola e todos os seus intervenientes – comunidade educativa – tem aqui um papel fundamental porque, sendo a família o primeiro espaço de socialização, a escola é um espaço imprescindível como ponto de encontro entre o individual e o social, o local onde os nossos jovens vivem e assimilam os verda- deiros valores sociais, tais como a amizade, a liberdade, a autonomia, a cooperação, o diálogo, a solidariedade, o trabalho, a res- ponsabilidade, a partilha… e se a pensar não morreu um burro esperemos que estas palavras, agora mais do que nunca, nos façam pensar como um conjunto 3 que somos. Numa sociedade de mudanças bruscas e contínuas onde pouco ou quase nada é definitivo, façamos menos ouvidos de mercador: Num momento em que tudo é frágil e pou- co credível, a educação tem que se assumir como o verdadeiro motor da sociedade, pois aquilo que resta desta é a pessoa enquanto tal e enquanto ser em relação. Continuemos a LER – à grande e à francesa! Não estamos cansados de Doutores Mulas Ruças? O Catavento reclama: precisamos de vozes – queremos que se envolvam mais na realização do jornal. Queremos uma equipa de alunos na redação do jornal; queremos ver-vos a dinamizar o Catavento. Venham junto do Centro de Recursos e deem as vos- sas mãozinhas: não querem um jornal escolar ativo, atrativo, mobilizador e capaz de ser o rosto da Escola e do Agrupamento? Então não tirem o cavalinho da chuva 4 ! De toda a Comunidade Escolar, aguardamos, também, com muito agrado o envio de textos, sugestão de temas, fotos, etc. Claro que há problemas, percalços no caminho, desânimo, falta de tempo e pessimismos quase irredutíveis, mas como diria Miguel Torga «em qualquer aventura, o que importa é partir, não é che- gar». Nesta aventura, apenas podemos aparelhar o barco com ilusão e reforçar a fé nos marinheiros que queiram seguir viagem. Depois é largar vela e deixar um mundo novo abrir-se inteiro ao nosso coração. Do sonho de alguns se fará a obra de muitos. Aí cumpriremos a nossa missão de interessar pais, professores, alu- nos, auxiliares de ação educativa pelo prazer da leitura e da novi- dade: legaremos aos mais novos o prazer da escrita; deixaremos na comunidade uma marca de trabalho e qualidade de que nos possamos orgulhar. Ponhamos as mãos no fogo: temos todos as mesmas metas! Sejamos realistas, ou a sociedade volta a acreditar na escola como verdadeira fonte de partilha e transmissora de saber e valores, ou então corremos o sério risco de nunca encontrarmos um verda- deiro patamar, continuando em mudanças que pouco ou nada mudam a não ser a desconfiança e a insegurança de todos. Desejamos seriamente que qualquer educador – professor, mãe, pai, irmão, irmã, amigo, conselheiro – contribua para que todos os jovens/estudantes de hoje possam, no futuro tão imediato quanto possível, confiar na educação. Lembremo-nos que de pequenino se torce o pepino! _________________ 1 ...Made in Portugal - a expressão mais frequente. 2 ...é o tal inconsciente coletivo de que nos falou Jung. E que o há, há! 3 ... rebanho, agregado, bando, banda, coro, etc. 4 ... não desistam de um intento; não abandonem os vossos objetivos; não fujam das vossas responsabilidades. 5 ficar pensado é ficar satisfeito (expressão alentejana). Exemplo 1 : Após um belo repasto (refeição), o rapaz exclamou: - Estou pensado! Exemplo 2 : Depois de um teste de Inglês muito difícil, a professora perguntou ao aluno se tinha corrido bem. A aluna respondeu: - Estou pensadíssima! só para inglês ver. 6 … burros, asnos. 2012 / 2013 1º Período Catavento Nº6 Série II AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE BORBA Página 1 Editorial Página 2 1º Ciclo Brincar com as palavras Dia Mundial da Alimentação Dia Mundial da Poupança Página 6 2º Ciclo Leituras de Perdição Clube Cinéfilo Página 9 Tempo de... Natal Página 10 EMRC - Natal Página 12 Mês Internacional das Bibliotecas Escolares Página 13 Feira do Livro Página 14 Vidas de Sempre Página 15 Halloween Página 16 Escrita em Dia Página 18 Feira do Livro Página 20 Educação Especial Atividades Página 21 Rendez-vous avec le Français Página 22 Biblioteca Escolar/Municipal

Catavento, N.º 6 Série II

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Jornal do Agrupamento de Escolas do Concelho de Borba, 1.º Período, 2012/2013

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Page 1: Catavento, N.º 6 Série II

… te

A equipa do jornal Catavento saúda-vos: novo ano letivo e umas palavras de boas-vindas a todos. Expressões com História eis o mote para a nossa conversa. Ora vejam os seguintes títulos (provérbios) de um livro de Alice Vieira: Não perceber patavina; Com sete pedras na mão; Ouvidos de mercador; À grande e à francesa; Para inglês ver; Quem tem boca vai a Roma; Doutor mula ruça; Calcanhar de Aquiles; Correr Ceca e Meca; Pôr as mãos no fogo; Ser calhandreira; A pensar morreu um burro; De pequenino se torce o pepino; Tirar o cavalinho da chuva; Passar de cavalo para burro; Sem papas na língua. Expressamo-nos enquanto falantes de lín-gua materna, e somos o produto, genuíno, Feito em Portugal

1, da história da expressão

- através da literatura de tradição oral e da literatura dos nossos consagrados escrito-res. Fiquemo-nos pela Leitura e pela Escola. Parecem-nos motivos suficientes. Às vezes não precisamos de ir muito longe para iniciarmos o que quer que seja. Temos tudo à mão, mesmo ao nosso lado! Basta um índice de um livro para, em segundos, pensarmos quase todos no mesmo – somos espelhos uns dos outros, certo?! Somos todos feitos da mesma massa

2 , não vale a pena fugir a sete pés. Estamos aqui para a conversa e para a leitura… através do Cata-

vento. Não fujam com o rabo à seringa e leiam até ao fim. Queremos perceber mais do que patavina, por isso todos acreditamos que a escola e todos os seus intervenientes – comunidade educativa – tem aqui um papel fundamental porque, sendo a família o primeiro espaço de socialização, a escola é um espaço imprescindível como ponto de encontro entre o individual e o social, o local onde os nossos jovens vivem e assimilam os verda-deiros valores sociais, tais como a amizade, a liberdade, a autonomia, a cooperação, o diálogo, a solidariedade, o trabalho, a res-ponsabilidade, a partilha… e se a pensar

não morreu um burro esperemos que estas palavras, agora mais do que nunca, nos façam pensar como um conjunto3 que somos. Numa sociedade de mudanças bruscas e

contínuas onde pouco ou quase nada é definitivo, façamos menos ouvidos de mercador: Num momento em que tudo é frágil e pou-co credível, a educação tem que se assumir como o verdadeiro motor da sociedade, pois aquilo que resta desta é a pessoa enquanto tal e enquanto ser em relação. Continuemos a LER – à

grande e à francesa! Não estamos cansados de Doutores Mulas Ruças? O Catavento reclama: precisamos de vozes – queremos que se envolvam mais na realização do jornal. Queremos uma equipa de alunos na redação do jornal; queremos ver-vos a dinamizar o

Catavento. Venham junto do Centro de Recursos e deem as vos-sas mãozinhas: não querem um jornal escolar ativo, atrativo, mobilizador e capaz de ser o rosto da Escola e do Agrupamento? Então não tirem o cavalinho da chuva

4! De toda a Comunidade Escolar, aguardamos, também, com muito agrado o envio de textos, sugestão de temas, fotos, etc. Claro que há problemas, percalços no caminho, desânimo, falta de tempo e pessimismos quase irredutíveis, mas como diria Miguel Torga «em qualquer aventura, o que importa é partir, não é che-gar». Nesta aventura, apenas podemos aparelhar o barco com ilusão e reforçar a fé nos marinheiros que queiram seguir viagem. Depois é largar vela e deixar um mundo novo abrir-se inteiro ao nosso coração. Do sonho de alguns se fará a obra de muitos. Aí cumpriremos a nossa missão de interessar pais, professores, alu-nos, auxiliares de ação educativa pelo prazer da leitura e da novi-dade: legaremos aos mais novos o prazer da escrita; deixaremos na comunidade uma marca de trabalho e qualidade de que nos possamos orgulhar. Ponhamos as mãos no fogo: temos todos as mesmas metas! Sejamos realistas, ou a sociedade volta a acreditar na escola como verdadeira fonte de partilha e transmissora de saber e valores, ou então corremos o sério risco de nunca encontrarmos um verda-deiro patamar, continuando em mudanças que pouco ou nada mudam a não ser a desconfiança e a insegurança de todos. Desejamos seriamente que qualquer educador – professor, mãe, pai, irmão, irmã, amigo, conselheiro – contribua para que todos os jovens/estudantes de hoje possam, no futuro tão imediato quanto possível, confiar na educação. Lembremo-nos que de pequenino

se torce o pepino! _________________ 1 ...Made in Portugal - a expressão mais frequente. 2 ...é o tal inconsciente coletivo de que nos falou Jung. E que o há, há! 3 ... rebanho, agregado, bando, banda, coro, etc. 4 ... não desistam de um intento; não abandonem os vossos objetivos; não fujam das vossas responsabilidades. 5 … ficar pensado é ficar satisfeito (expressão alentejana). Exemplo 1: Após um belo repasto (refeição), o rapaz exclamou: - Estou pensado! Exemplo 2: Depois de um teste de Inglês muito difícil, a professora perguntou ao aluno se tinha corrido bem. A aluna respondeu: - Estou pensadíssima! – só para inglês ver. 6 … burros, asnos.

2012 / 2013

1º Período

Catavento

Nº6 Série II

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE BORBA

Página 1

Editorial

Página 2

1º Ciclo

Brincar com as palavras

Dia Mundial

da Alimentação

Dia Mundial

da Poupança

Página 6

2º Ciclo

Leituras de

Perdição

Clube Cinéfilo

Página 9

Tempo de... Natal

Página 10

EMRC - Natal

Página 12

Mês Internacional das Bibliotecas Escolares

Página 13

Feira do Livro

Página 14

Vidas de Sempre

Página 15

Halloween

Página 16

Escrita em Dia

Página 18

Feira do Livro

Página 20

Educação Especial

Atividades

Página 21

Rendez-vous avec le Français

Página 22

Biblioteca

Escolar/Municipal

Page 2: Catavento, N.º 6 Série II

De tudo um pouco… Tenho que comer Para com saúde; Eu continuar a crescer!

António Faia

Todos os dias Eu vou comer, Para junto dos meus amigos eu crescer! Lúcia Alpalhão

Um pouco de tudo… Devemos comer, Para ter saúde E poder aprender! Beatriz Figueira Todos os dias Temos que beber e comer Para com saúde, Muito correr! Tiago Gila

Muita água… Eu devo beber, Fruta e legumes Não me posso esquecer!

Mário Romero O pequeno almoço Eu não vou esquecer, Para ter força E para crescer!

Cristiana Ferreira

O pequeno almoço … Eu não vou esquecer, Para ter força E para crescer!

Cristiana Ferreira Várias refeições Eu devo fazer, Para ter força Para aprender!

Gil Cabeças

Uma boa alimentação Eu devo praticar, Para que na escola Tenha força para brincar!

Tiago Espiguinha Doces em demasia, Eu não devo comer, Mas muito leite… Já posso beber!

Luís Sebo

Várias refeições Eu devo fazer, Para ter força Para aprender!

Gil Cabeças

Frutas e verduras Eu devo comer, Para ser forte E com saúde crescer!

Arlindo Ventura

A roda dos alimentos Eu devo ter em atenção, Comer um pouco de tudo Com força e dedicação!

Soraia Pinto

Carne, ovos e peixe Não devo esquecer Para uma boa alimentação Eu conseguir ter!

Cristiana Almeida

1º CICLO B r i n c a r c o m a s p a l a v r a s é d i v e r t i d o !B r i n c a r c o m a s p a l a v r a s é d i v e r t i d o !B r i n c a r c o m a s p a l a v r a s é d i v e r t i d o !B r i n c a r c o m a s p a l a v r a s é d i v e r t i d o !

Catavento Página 2

Para comemorar o Dia Mundial da Alimentação várias faram as atividades que realizámos. Aqui ficam registadas algumas quadras que elaborámos de forma a não esquecer a importância de praticar uma

alimentação variada.

Carne e peixe Eu tenho que comer, Para muita energia Eu vir a ter!

Leonor Brinquete

Muita sopa Eu devo comer, E lavar os dentes Não posso esquecer!

Leonor Raposo

Várias refeições Eu devo fazer, Para ter força Para aprender!

Gil Cabeças

Frutas e verduras Eu devo comer, Para ser forte E com saúde crescer!

Arlindo Ventura

Todos os dias Eu vou comer, Para junto dos meus amigos, Forte, eu crescer!

Lúcia Alpalhão Muita água… Eu devo beber, Fruta e legumes Não me posso esquecer!

Mário Romero

Muitos doces, Eu não posso comer Porque uma alimentação saudável, Eu quero ter!

Mariana Espanhol Muita fruta Eu gosto de comer, E na escola, Aprender e correr!

Bárbara Freire

Fruta variada, Devo comer Para ter força E assim crescer!

Beatriz Santos

Muitos alimentos Devemos comer, Para ter muita energia E coisas novas aprender!

Maria Campos

Olá Amigos...Como estão? Nós cá estamos para mais um ano letivo com muito trabalho, mas com imensas coisas novas interessantes para aprendermos. Com trabalho e dedicação tudo se consegue na nossa vida. A turma do 4º B deseja a todos um excelente ano letivo. Aproveitamos também para desejar a todos vós um Bom Natal e um Próspero Ano Novo.

Page 3: Catavento, N.º 6 Série II

Muitos têm sido os traba-lhinhos que temos realizado com a nossa professora e com a ajuda da professora Rosária Cacheirinha.

Esperamos que gostem!

Trabalhos com folhas de árvores

Decorámos frutas e legumes na atividade de enriquecimento curricular (ALE), brincámos com as palavras para não esquecer a importância de uma alimentação equilibrada, posteriormente elaborámos um painel alusivo ao Dia Mundial da Alimentação.

Catavento Página 3

Trabalho Coletivo

EB1/JI de Borba

T

U

R

M

A

B

Mobil de

Castanhas

Page 4: Catavento, N.º 6 Série II

Ainda a propósito do dia mundial da alimentação

Catavento Página 4

O Dia Mundial da Alimentação celebra-se anualmente em todo o planeta a 16 de outubro. Este dia marca o dia da fundação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a agricultura (FAO), em 1945. A celebração do Dia Mundial da Alimentação foi estabelecida em novembro de 1979 pelos países membros na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura.

• Alertar para a para a necessidade da produção alimentar e reforçar a necessida-de de parcerias a vários níveis; • Alertar para problemática da fome, pobreza e desnutrição no mundo; • Reforçar a cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento; • Promover a transferência de tecnologias para os países em desenvolvimento; Encorajar a participação da população rural, na tomada de decisões que influenciem as suas condições de vida. Estimativas recentes da FAO revelam que cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome em todo o mundo.

DIA 16 DE OUTUBRO

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

Hoje é dia mundial da poupança Lembra-nos de poupar Porque o País em crise está a ficar.

Pedro Curvo 4º B

Hoje é dia da poupança Muito vou fazer Para ter alegria E muita esperança.

Bárbara Tatiana Calá 4ºB

Hoje é dia da poupança Temos de poupar dinheiro Não podemos fazer mealheiro Para encher a pança !!!

Inês Maria Ganito 4ºB

Dia mundial da poupança

Hoje é o dia da alimentação é o dia de variados alimentos a qualquer hora uma refeição com variados elementos. A roda dos alimentos uma roda cheia de energia um bocadinho de cada para crescer em harmonia.

Beatriz Neves - 4ºB Neste dia tão importante Devo estar elegante Para isso tenho de comer muita fruta Assim como muita truta.

Mariana Pereira - 4º B Com uma boa alimentação E se jogarmos futebol Podemos marcar um golão Mas não pode faltar uma boa sopa de feijão.

Guilherme Figueiredo - 4º B

Neste dia tão importante Todas as crianças fazem um poema Porque é muito interessante Falar sobre este tema.

Angela Lazar - 4º B Hoje é o dia mundial da alimentação Serve para nos recordar Que uma alimentação saudável É o que está a dar. Tem de ser equilibrada Não podemos exagerar Se não doentes podemos ficar

Pedro Curvo - 4º B

Hoje é dia da alimentação, Faz bem ao coração. Vamos comemorar este dia A cantar esta canção Neste dia tão importante Vamos todos comer coisas boas para Sermos saudáveis e elegantes

Margarida Moura - 4º B

No dia mundial da alimentação Eu fui a cantina, comi sopa de feijão De sobremesa comi manga Foi muito bom e não e tanga! O fruto que mais gosto E o morango encarnadinho Gosto muito dele, porque é muito docinho. É muito importante comer Legumes pois ficamos Muito elegantes.

Inês Maria Ganito - 4º B

No dia da alimentação é importante comer fruta. Desde de que eu nasci comi fruta e aprendi . Que comer fruta agora e depois é importante para mim e para ti para crescer e aprender frutos novos saborear e no céu da boca vai tocar.

Fátima Pécurto 4B.

Page 5: Catavento, N.º 6 Série II

O outono já começou e as mudanças de tempo também. Começou o vento a soprar, a levar pelos ares folhas da cor do outono: castanhas, vermelhas, amarelas e esverdeadas.

À tardinha, os pássaros fazem muito barulho ao irem dormir nos seus ninhos quentinhos enquanto dizemos adeus às andorinhas que deixam os seus ninhos e vão para outro lado fazer a sua casa.

Em casa, os meus lençóis de verão mudam para lençóis grossos e quentes com pêlo mais fofo que há, para me poder manter quentinha. Enquanto estou sentada à lareira olhando pela janela vejo as folhas a passar.

Vou para a escola agasalhada com blusas quentes, casacos, calças, gorros, luvas e botas. O chão, está coberto de folhas que parecem um tapete que, ao pisar, dão estalos.

Quando vou no carro vejo pessoas a fazer algumas tarefas diárias e carate-rísticas desta altura do ano: colher frutos secos, fazer a vindima, varrer as folhas do chão e apanhar míscaros.

Beatriz Simões Neves 4º B

Muitas são as atividades que as turmas do 2º ano da EB1/JI de Borba, têm vindo a desenvolver em conjunto. No dia 14 de novembro, na biblioteca da nossa escola, foram apresentadas diferentes atividades, as quais foram desenvolvidas/criadas pelas crianças das turmas do 2º ano de escolaridade.

Catavento Página 5

O OUTONO

Foi um momento de grande entusiasmo e muita diversão.

Chegou o Outono...

Page 6: Catavento, N.º 6 Série II

Um olá a todos os leitores!

Somos um grupo de alunos do 5ºC. Sim, é verdade, nós gostamos de ler!!

Não sabemos nem como nem porquê mas um dia chegou-nos às mãos um livro: Amor de Perdição de um autor português consagrado (autor do mês da Biblioteca Escolar) - Camilo Castelo Branco. Ele há coisas levadas da breca, diz o provérbio popular – desde esse dia não voltámos a esquecer a história: adorámo-la!! Já ensaiámos algumas vezes mas o Sr.Tempo, Cronos, não nos tem dado grande ajuda. Antes de nos verem em ação, ou seja, antes de nos verem a representar, e a fazer uma leitura interativa (teatral) da versão adaptada da obra Amor de Perdição, vamos oferecer-vos algumas pistas sobre nós e sobre o nosso projeto.

2º CICLO

Catavento Página 6

É uma história de amor, de um amor muito, muito grande, tão grande que nunca morreu e a maior prova disso é que aca-bou em livro…

2º CICLO Leituras de perdição

Depois, escrevia-lhe também a dizer que acreditava que um dia, no céu ou noutra

existência, haveriam de se reencontrar.

Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, adaptado aos mais novos por Pedro Teixeira Neves, com ilustrações de Helena Simas

Várias razões para aguardarem a nossa atuação:

• somos dedicados, curiosos, aventureiros, e gostamos de desafios;

• gostamos de ler – isso já perceberam, não é?!;

• queremos conhecer os autores e as obras consagrados da literatura portuguesa;

queremos dar-vo-los a conhecer de uma forma… diferente, simpática e bem disposta.

Para vos abrir o apetite, deixamos-vos alguns excertos da obra Amor de Perdição e fotos dos nossos ensaios.

…o amor é a força maior do universo!

…a nossa leitura teatralizada de AMOR DE PERDIÇÃO vai surpreender-te!

BREVEMENTE NUMA SALA DE AULA PERTO DE TI… ou, até quem sabe, no Cineteatro da nossa cidade, quando menos esperares ☺!

Page 7: Catavento, N.º 6 Série II

CLUBE CINÉFILO por João Murteira

Caros cinéfilos, O prometido é devido. Iniciámos o espaço "Clube Cinéfilo" com um texto imaginado, na sequência do último artigo que nos falava do filme "The Smurfs".

Todos poderão colaborar connosco, enviando os vossos textos inspirados em filmes.

A ação começa na Aldeia dos Smurfs quando eles estão num festival. Gargamel ataca novamente e, na sua fuga, eles vão parar a uma cascata onde um portal se abre para outra cidade. Vão parar a Miami, perto da praia da mesma cidade, mas Gargamel também passa pelo portal. A missão dos Smurfs em Miami é encontrar um cristal que torna Gargamel e o seu gato bons - temporariamente. O cristal está escondido na praia e está protegido por um polvo. Para eles obterem o cristal, têm de derrotar o polvo. Junto da praia, um jardineiro está a aspirar folhas. Gargamel rouba o aspirador de folhas ao jardineiro para planear um ataque nas ruas de Miami, enquanto os Smurfs estão a caminho da praia para enfrentarem o polvo que está a proteger o cristal. Durante o ataque, três foram aspirados. O resto da equipa, com o Desastrado, consegue encontrar uma arma para lutar contra o polvo da praia e torna-se herói pois é ele que a encontra no chão. A arma é uma varinha idêntica à do Gargamel – dispara um raio azul. Já na praia, Gargamel muda o modo do aspirador, e o resto da equipa está salva. Os Smurfs aspirados saem disparados. O Gargamel anda mais uns metros na praia e começa a espalhar as folhas que o jardineiro aspirou. Alguns humanos veem o Gargamel com o aspirador de folhas do jardineiro e chamam a polícia para o prenderem.

Gargamel estava na prisão, e os Smurfs começam a lutar contra o polvo da praia que protegia o cristal com a

varinha. O polvo está perto do cristal. De repente, o Desastrado faz um ataque final ao polvo com a varinha, mandando-o

pelos ares. O polvo vai parar ao pé da estrada, já morto. Eles já têm o cristal!

Entretanto, Gargamel consegue fugir da prisão. Como os Smurfs já têm o cristal, ele já é bom até à batalha final, por isso ele não planeia mais ataques, nem rouba mais aspiradores de folhas a jardineiros. Antes de iniciar a batalha final, aparece um magote de Smurfs. O efeito do cristal passa. Eles começam a lançar bolas contra Gargamel usando fisgas para se vingarem dele. As bolas não o magoam. Gargamel usa a sua varinha de raio azul para atacar. Além de ele meter a equipa em perigo, quebra o cristal. Após grande sofrimento, o Desastrado consegue roubar a varinha ao Gargamel com a ajuda do Destemido que rouba a varinha a Gargamel. A seguir, o Desastrado apanha a varinha e lança um contra-ataque e Gargamel sai a voar. Vai parar ao pé da estrada, pára no meio, um autocarro passa a alta velocidade e leva-o à frente. Azrael, sentado num banco, assistiu a tudo e ao ver Gargamel cai desmaiado.

Após a derrota do Gargamel, os Smurfs festejam a sua vitória. O Desastrado torna-se herói. Um dos humanos,

mero figurante, pega no Desastrado e elogia-o por ele ter sido o herói. Depois deste ato heróico do Desastrado que resulta

na derrota do Gargamel, o portal abre-se. Os Smurfs regressam à sua aldeia e dizem adeus aos humanos. O Narrador diz

as últimas palavras e no fim entra no portal para voltar à aldeia. Ele é o último Smurf a abandonar Miami.

Catavento Página 7

Sequela inventada

João Murteira

Page 8: Catavento, N.º 6 Série II

Catavento Página 8

CLUBE CINÉFILO por João Carona, 5ºB

Do livro ao filme: num cinema perto de ti

A VIDA DE PI estreia já a

20 de Dezembro!

TRAILER: http://www.bigpicturefilms.pt/avidadepi/

Yann Martel, o escritor

Nacionalidade: Canadá

Biografia: Yann Martel nasceu em Espanha, em 1963, tendo-se naturalizado canadiano. Estudou Filosofia na Universidade de Trent, no Canadá, viajou muito e teve diversos empregos antes de começar a escrever. A vida de Pi, publicado em mais de 40 países, valeu-lhe o Man Booker Prize de 2002, entre outros prémios, e figurou como bestseller do New York Times.

Sinopse do filme

Filho do administrador do jardim zoológico de Pondicherry, na India, Pi Patel possui um conhecimento enciclopédico sobre animais e uma visão da vida muito peculiar. Quando Pi tem dezasseis anos, a família decide emigrar para a América do Norte num navio cargueiro juntamente com os habitantes do zoo. Porém, o navio afunda-se logo nos primeiros dias de viagem e Pi vê-se na imensidão do Pacífico a bordo de um salva-vidas acompanhado de uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre de Bengala. Em breve restarão apenas Pi e o tigre, e a única esperança de sobreviverem é descobrirem, de alguma forma, que ambos precisam um do outro. Baseado no romance de Yann Martel e já considerado uma das mais extraordinárias criações literárias da última déca-da, A vida de Pi, passa agora para o grande ecrã pelas mãos do conceituado realizador Ang Lee, autor de obras como O Segredo de Brokeback Mountain, e Taking Woodstock.

Num vídeo exclusivo, o realizador James Cameron («Titanic», «Avatar») elogia o mais recente projeto de Ang Lee em que Pi, um jovem indiano, é o único sobrevivente do naufrágio de um cargueiro, e se vê num bote no meio do oceano durante mais de meio ano com uma hiena, uma zebra, um orangotango e um tigre de Bengala. A empresa de tecnolo-gia 3D de Cameron, a Cameron Pace Group, apoiou tecnologicamente a produção.

MAIS...

Publicado em setembro de 2001, o romance «A Vida de Pi», de Yann Martel, tornou-se um enorme sucesso de crítica e público, tendo até sido publicamente elogiado por Barack Obama. A adaptação ao cinema foi, durante muito tempo, considerada quase impossível: antes de Ang Lee conseguir finalmente levar o projeto a bom porto, realizadores como M.Night Shyamalan, Alfonso Cuarón e Jean-Pierre Jeunet também tentaram a sua sorte e acabaram por desistir.

Para o papel principal, Lee (realizador de filmes como «O Tigre e o Dragão» ou «O Segredo de Brokeback Mountain») fez audições a mais de três mil jovens, escolhendo finalmente um estudante de 17 anos, Suraj Sharma, quase sem experiência de interpretação. Irrfan Khan e Gérard Depardieu também surgem no filme em pequenos papéis.

«A Vida de Pi» tem estreia para 20 de dezembro em Portugal.

Page 9: Catavento, N.º 6 Série II

Catavento Página 9

TEMPO DE… NATAL

No Natal ouvem-se os sinos tocar

E as crianças a brincar

As luzes na árvore começam a brilhar

E já estão todas a piscar. (Luís Fernandes, 8ºC)

Na noite de Natal

Encontram-se as estrelas

Todas vão brilhar e bailar

Com o boneco de neve a sorrir ao luar.

O pinheiro de Natal

Vamos todos enfeitar

Decorá-lo com bolas e luzinhas

E também muitas fitinhas. (Lúcia Lopes, 8ºC) É bom receber prendas

Mas isso já lá vai

Quero que aprendas

Que o Natal é muito mais! (Mariana Mouquinho, 8ºB)

À luz das belas estrelas

O sol acaba de dormir

O Pai Natal nas suas renas

Muita alegria vai distribuir! (Ricardo Pouca-Roupa, 8ºC)

A alegria e o espírito natalício

Vieram para ficar

Para o nascimento de Jesus

Podermos comemorar. (André Lobo, 8ºB)

Ó meu menino Jesus,

Deitadinho nas palhinhas,

O teu rosto é como a luz

Que brilha mais que as estrelinhas

Vieram para ficar

Para o nascimento de Jesus

Podermos comemorar.

(André Lobo, 8ºB)

Tu nasceste pobrezinho,

Com Maria e S. José,

Só quiseste os pastorinhos,

Com um cordeirinho ao pé.

E vieram os três reizinhos,

Guiados por uma estrela,

Oferecer-Te presentinhos

Numa noite muito bela.

E eu aqui estou para te ver,

Estender-Te a minha mão.

Não sabia o que trazer,

Trouxe amor no coração.

O contributo da

Turma A

do 6º ano

de EMRC

Page 10: Catavento, N.º 6 Série II

O NATAL O NATAL O NATAL O NATAL

e as lembranças das turmas do 5º ano de EMRC O Natal está a chegar!

Catavento Página 10

Com o frio de Dezembro, as ruas das cidades come-çam a ficar diferentes. Mais coloridas... Mais ilumina-das... Parece que a alegria chega e veste tudo em tons de festa.

Porquê o Natal ? Porque a festa do Natal lem-bra o nascimento do menino Jesus . As pessoas juntam-se e passam o Natal em família.

Como a época do Natal é tão especial, porque se celebra o nascimento do menino Jesus,

podemos vê-lo no presépio.

1

2 3

Nesta época do ano tudo ganha nova cor e os sím-bolos do Natal contribuem para que isso aconteça. Vejamos alguns deles.

4

O cume do pinheiro aponta para o céu. Diz-nos que Jesus é filho de Deus.

O Pai Natal representa S. Nicolau, que ajudava os pobres sem ninguém ver.

O verde é a cor da esperança. A luz da vela é a mensagem de Jesus que nos ilumina.

Com o postal de Natal desejamos Boas Festas a todos os nossos amigos.

A estrela a brilhar diz-nos que já nasceu Jesus.

O presépio é o símbolo mais importante do Natal. Nele está representado o nascimento

de Jesus.

Símbolos do Natal

O nascimento de Jesus 5

Vamos lá tentar descobrir onde Jesus nasceu.

Dois amigos de Jesus, chamados Mateus e Lucas, contam-nos como foi o nascimento do Deus Menino.

Jesus nasceu em Belém, na região de Judeia. Esta era uma pro-víncia da Palestina, país banhado pelo Mar Mediterrâneo, no Médio Oriente.

O país onde nasceu Jesus

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A História do Nascimento de Jesus

Catavento Página 11

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Maria e José tinham de ir a Belém. Mas Maria estava grávida. Maria sentia que o Bebé estava para nascer. Tinham de encontrar um lugar... Depressa! Não havia mais lugar onde dormir! Viram uma gruta ali ao pé. E, nessa gruta, nasceu Jesus! Os pastores ficaram cheios de alegria e foram a correr ver o menino Jesus. Os pastores foram contar a todos que Jesus tinha nascido... Num país distante, uns sábios viram uma estrela muito brilhante. Perceberam que tinha nascido um menino especial. Puse-ram-se a caminho e foram adorá-Lo. Os pastores e os sábios tinham muita fé e muito amor no coração. Por isso, ficaram felizes, quando souberam que Jesus tinha nascido

No Natal todos estão felizes Também agora o Natal é tempo de alegria e felicidade.

No Natal, estamos felizes porque Jesus nasceu. E, como tal, gostamos de estar junto das pessoas que amamos. Gostamos, igualmente, de ajudar onde é necessário. Cantamos porque estamos felizes e desse modo também levamos alegria aos outros.

Aquele menino que nasceu numas palhinhas é Jesus, que nos veio mostrar o amor de Deus.

Também nos ensinou que devemos amar-nos uns aos outros.

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Lançaram-nos o desafio e avançámos: tínhamos que escrever um pequeno texto sobre a importância da Leitura e da Biblioteca Escolar nos computadores da BE. Os nossos colegas dos Pré-escolar falaram sobre as histórias que mais gostavam de ouvir contar e também o que gostavam de fazer quando iam à biblioteca. As educadoras registaram e colaram os textos em bandeirolas.

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FEIRA

DO

LIVRO

A Feira do Livro já abriu as portas, e estará convosco até ao

dia 14 de dezembro. Várias turmas visitaram o local – a sala

7. Se não puderam adquirir os livros que desejavam… pelos

menos deliciaram-se a observar as capas sugestivas e a

espreitar algumas linhas.

E porque é ler é um bem precioso e maravilhoso…assim ficou

registado no mural da sala, aqui ficam as imagens.

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Vidas de Sempre XII

Dr. Humberto Montenegro Fernandes, advogado, regionalista e benemérito (1881-1962)

O Dr. Humberto Fernandes faleceu, em Lisboa, no dia de Natal de 1962, com a idade de 81 anos de idade. Nasceu, em Vila Viçosa, mas considerava Borba, como a sua terra natal, onde residia há mais de cinquenta anos. Tornou-se bor-bense pelos seus dois casamentos, primeiro com a Srª. D. Ana Angélica Silveira Fernandes, de quem enviuvou e o segundo com a sua irmã, a Srª. D. Josefina Silveira. Das primeiras núpcias, nasceu o único filho do nosso ilustre borbense, o malogrado poeta Humberto Silveira Fernandes (1907-1928). Foi notória a sua ação, no campo político e regional, que se concretizou na defesa dos interesses do concelho de Borba e das suas gentes. Basta, recordar os seus fortes argumentos e a defesa empenhada da integridade

do território concelhio de Borba, quando nos anos 50 do séc. XX, o Município vizinho de Vila Viçosa pretendeu aumentar a sua área, com o pretexto de abranger os limites da Tapada Ducal. Já nos últi-mos anos da sua vida, foi importante, também, a intervenção do Dr. Humberto Fernandes junto da antiga Direção-Geral dos Monumentos Nacionais, quando defendeu as pretensões de um dinâmico grupo de jovens e dinâmicos borbenses, que, obstinadamente, queria investir na sua Terra, em nome do progresso económico. Foram muitas as dificuldades, que lhes foram colocadas, só porque tinham um projeto de características arquitetónicas regionais para construir um café-restaurante e uma resi-dencial junto à muralha... A obra avançou, mas só depois de exercidas as boas influências do Sr. Dr. Humberto.

Há quase cinquenta anos, no dia 26 de dezembro de 1962, o funeral do nosso homenageado chegou ao cemitério de Borba, tendo o seu corpo fica-do depositado no jazigo de família. Foram, então prestadas sentidas mani-festações de pesar e gratidão pelo muito bem que fez aos pobres e aos tra-balhadores dos concelhos de Borba e de Vila Viçosa e às suas Misericór-dias. Entretanto, a Santa Casa da Miseri-córdia de Borba tinha já recebido a Herdade do Mouro, por parte da herança de D. Ana Angélica Silveira

Fernandes. A sua irmã e viúva do Sr. Dr. Humberto Fernandes, a Srª. D. Josefina viria a falecer, aqui, a 7 de Setembro de 1977, revertendo todos os bens dos Fernandes para uma Fundação denominada “Instituto de Reforma do Trabalho Humberto Silvei-ra Fernandes”. A Fundação teria como obrigações prestar assis-tência a trabalhadores rurais e artífices do concelho, atribuir-lhes uma reforma, criar uma Creche e um Albergue, manter intactos o quarto do poeta Humberto Silveira Fernandes, divisões anexas e zelar pela conservação da sua sepultura, no cemitério local. No pós 25 de Abril de 1974, o Estado Social reforçou as suas competências, assistindo-se à marginalização das Instituições Particulares, que o tinha substituído durante séculos, diminuindo assim as funções da Fundação. Depois de cumpridas as formalidades legais, os bens dos Silveira Fernandes transitaram para a Santa Casa da Misericórdia de Borba, que implementa no campo social os objetivos do testa-mento da viúva do Sr. Dr. Humberto Fernandes, certamente por onde se respira a personalidade generosa e altruísta de mais uma "Vidas de Sempre".

João Azaruja

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Halloween, ou “Dia das Bruxas”, é um acontecimento de cariz angló-

fono cujas origens remetem para o povo celta. Um evento pleno de tradições pagãs e

católicas, mas atualmente apenas permanece a alusão aos mortos.

Com o intuito de proporcionar maior contacto com elementos da cultura britânica,

e no âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular, celebrou-se a “Semana de Hal-

loween”, de 29 de outubro a 2 de novembro. Desta feita, os alunos do 2º, 3º e 4º anos

contribuíram de forma muito positiva para a elaboração dos trabalhos, transformando a

sua biblioteca numa “exposição arrepiante”!

Para além do visionamento de vídeos, powerpoint com vocabulário e músicas alusi-

vas a esta data festiva, organizou-se um concurso, entre o 4ºano, para o melhor desenho

de Halloween e as vencedoras foram a Inês Lourinho e a Lídia Cabaço. A equipa da Biblio-

teca Escolar também proporcionou bons momentos de leitura com a seleção especial de

histórias para assustar!

Isabel Santos

Professora de AEC

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Filha do mar Certo dia, dei pela minha filha a perguntar-me onde estaria o pai dela. Senti um aperto no coração ao entender que a hora teria chega-do. Desejei tanto que este dia nunca chegasse, que aquela pergunta nunca acontecesse. Conseguia sentir as minhas mãos geladas, enquanto segurava as mãos trémulas de Mariana. Não consegui ficar indiferente à sua curiosidade, então disse-lhe com uma voz doce:

- Sabes, Mariana… - Nesse momento, engoli a seco. Foi como se naquele momento tivesse a responsabilidade de segurar o Mundo inteiro com as minhas mãos. – A vida nem sempre corre como nós queremos.

- O que queres dizer com isso? – O tom da sua voz era tão triste e inseguro, parecia estar com vontade de chorar. Passei a minha mão pelos seus cabelos, esbocei um pequeno sorriso e continuei:

- Eu e o teu pai éramos inseparáveis, tal como o céu e o mar. – Ri-me discretamente – Casámos em Julho, na praia de Porto Santo, na Madeira. Todos os nossos amigos tinham sido convidados e os teus avós foram os únicos a não aparecer… - Mariana interrompeu-me sem pensar duas vezes:

- Porquê? Vocês não se amavam? – Atrapalhada, tentei responder o melhor possível, para que ela entendesse o que se teria passado:

- Claro que sim, mais do que tudo. Mas infelizmente os teus avós não achavam o mesmo e não nos queriam ver juntos. A educação que ambos receberam não permitia que eu, uma mulher de classe média se casasse com ele, um pescador.

- Mas se os avós não queriam porque casaram?

• Porque o amor é mais

• do que os sete mares. – Sorri.

- Mas onde está o pai agora? – Aquela pergunta despertou mil e

uma emoções em mim, a que me marcara mais era a saudade. - Está no mar.

- No mar, mamã?

- Sim Mariana, no mar. Dias antes do teu nascimento, o pai teve uma proposta de trabalho que não poderia recusar. Nesse dia, despe-diu-se de mim durante longos minutos, apressou-se e partiu no mesmo barco que o trouxera, sem nunca mais voltar. – Ao contar aquilo, foi como se a saudade tomasse conta de mim, mas não demorou muito até que ela me fizesse sorrir:

- Isso quer dizer que eu sou filha do mar?

Abracei-a com todo o carinho e respondi-lhe com um sorriso:

- Sim, Mariana. És filha do mar.

Marta Alves nº 9 CEF

E aconteceu….tudo o que lhe restava acabou por breves instantes. O único motivo que a fazia levantar da cama todas as manhãs, era olhar nos olhos da criança que mais amava. Katie, 29 anos, era mãe solteira e uma mulher de negócios bem sucedi-da na vida. Dedicava a maior parte do seu tempo, ao seu filho, Peter, 7 - anos, uma criança bastante reservada pois acabara de sair recentemente da separação dos seus pais. Tudo isto se juntara à sua doença, o autismo. Peter vivia num mundo à parte onde a sociedade se tinha de adaptar ao dele, e não o contrário e essa era uma das razões. Tudo na sua cabeça era um enigma por desven-dar, as suas atitudes/comportamentos tinham-se alterado tanto psicologi-camente como fisicamente, o que levou Katie a tomar medidas um pouco mais sérias. Pensou então num acompanhamento especializado por um psicólogo. Este tinha aconselhado Katie a levar Peter ao encontro com a Natureza, e que para isso nada melhor que um espaço só dele onde poderia estar num sítio ao ar livre, portanto, exterior, onde pudesse também estimular e desenvolver as suas capacidades, não há melhor opção que uma casa na árvore. Katie, concordou de imediato, até porque o local onde habitavam era um vivenda, perto da floresta, um local que, por sinal, é muito calmo. No seu quintal existia uma velha casa na árvore. Agora reconstruída e adaptada às condições da sua saúde e estava pronta a ser explorada por Peter. Tudo estava a correr como planeado, Katie via algumas evoluções em Peter e tudo parecia estar calmo e tranquilo. Numa tarde de Outono, enquanto fazia alguns desenhos, uma borboleta despertou-lhe toda a sua atenção, fazendo-o persegui-la até onde pudesse, mas a cada centímetro que a borboleta se afastava, Peter ficava ainda com mais vontade de alcançá-la. A dada altura, ele colocou o seu pé na tábua errada acabando por cair brutalmente, batendo com a cabeça no chão. Devido às suas complicações, acabou por ficar em coma, e só o tempo poderia decidir o seu destino. Katie continuava num sofrimento profundo, mas sempre ao lado do seu pequenote com a esperança de o poder voltar a ver de olhos abertos. Já passado 1 ano e meio, Katie continuava a rezar para que chegasse o dia em que os médicos trouxessem boas noticias, mas infelizmente, aconte-ceu o contrário, a sua pulsação ficava mais fraca de dia para dia e conti-nuava sem qualquer reação. O que propunha uma nova hipótese, desliga-rem o suporte de vida, dando a oportunidade de assumir o seu próprio controlo. Katie não teve alternativa e portanto a sua vida já não fazia qualquer tipo de sentido, a única solução encontrada por si era aventurar-se cap-tando imagens de Peter, sentindo-o perto de si nem que fosse a última coisa que fizesse. Aventurou-se inúmeras vezes, o que fazia com que o sentisse cada vez mais perto, mas isso já não lhe chegava, pois ela queria sempre mais, mais e mais. Até que aconteceu a derradeira, preferia sub-meter-se à morte do que a solidão apoderar-se de si.

Carolina 9º A

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O Mar da Vida

Muitos hoje em dia vivem a vida de forma muito preocupada. O Mar da Vida está cheio de peripécias, alegrias e também tristezas. Muitos não acreditam que neste Mar da Vida exista a possibilidade de amar. Nesta história vamos mostrar como isso pode aconte-cer com um simples olhar.

Num lugar muito longínquo daqui, numa praia paradi-síaca, encontrava-se um náufrago que tinha sobrevivi-do a um acidente de avião. Havia aprendido a sobrevi-ver do nada. Já se considerava um infeliz solitário naquela ilha deserta. Os seus dias eram monótonos, podíamos até mesmo considerar a sua rotina um pou-co estranha. Levantava-se muito cedo para apanhar cocôs e fruta que serviam de seu pequeno almoço. De seguida apanhava pauzinhos para fazer uma fogueira e passava horas a comtemplá-la durante a noite, sabe-se lá o porquê. Acabava a sua rotina matinal por fazer a sua maior paixão : SURF ! Mas esse dia estava pres-tes a marcá-lo para a história …

Este rapaz tinha-se afastado do local onde costumava fazer a sua atividade, tinha se aproximado um pouco mais da rochas onde parecia que as ondas estavam ótimas para surfar. Entrou na água, que estava um pouco fria, e começou a nadar. Finalmente vinha aí uma onda super gigante, mas traiçoeira. Ia ele todo feliz quando de repente a onda o envolveu numa imensidão de água que o arrastou até às profundezas do mar. Leve, simples e extramente bela, aparece do nada uma encantadora sereia. Não sabia o que era aquilo, mas levou-o até à costa. Quando ele acorda e vê-a ir-se embora, chama-a, ele olha para trás e pron-to. Estava tudo dito. Foi amor à primeira vista! Ela, assustada, voltou para as profundezas do mar onde não poderia acreditar no que tinha visto. Nunca tinha sentido nada do que estava a sentir naquele momento, mas ela queria esquecer aquilo tudo por um único momento.

Já o nosso surfista não conseguia parar de pensar em mais nada. À noite, entristecido, cada vez que olhava para a fogueira via o retrato dela pintado no fogo ardente, naquela ilha solitária onde tudo parecia mági-co.

Os dias iam passando e nem todas as histórias podem ter finais felizes. Eles tentaram seguir em frente embora tivessem memórias... o Mar da Vida iria levá-las consigo e novas histórias iriam aparecer na maré.

Sara e Alexandra

9ºA

O Mar da Vida

Sou uma pessoa simples. O meu passatempo favorito é visitar a praia e a minha melhor companhia é o Mar. Sim, o mar. Desde pequeno que assim o é. Tentei relacionar-me com as outras pessoas mas a minha personalidade é diferente de todas as outras.

Vivemos num mundo rodeado de falsidade, coisa que eu não suporto, o que me leva a confiar apenas e só no mar, o único que nunca me desiludiu.

Considero-me muito parecido com ele, calmo e solitário. Não por não ninguém, mas sim por não confiar em mais ninguém.

Com o tempo percebi que este nos pode ensinar muitas coisas, e que as ondas que nos levam as coisas menos boas nos trazem o melhor.

Todos sabemos que o mar tem milhares de anos, e com ele aprendi a não ter pressa de viver, pois a vida são dois dias e um deles já passou, logo, devemos aproveitá-la da melhor maneira. E a melhor maneira que eu arranjei foi passar a minha vida junto deste mar que tanto me ajudou a compreender o dia-a-dia.

Dia-a-dia esse que não é fácil para ninguém, mas na sua companhia eu consigo abstrair-me de todos os problemas e pensar apenas no que a vida tem de melhor.

Por tudo isto e muito mais que referi neste pequeno desa-bafo, resolvi dar um nome a este mar. Chamei-lhe então, de Mar da Vida. Carolina Liliu e Rita Lopes - 9º A

O MAR DA VIDA

É outono, os dias ficam mais curtos e escuros, é tempo de voltar à escola e recomeçar a navegar por entre livros, exercícios e todas as atividades escolares.

A praia ficou para trás e vem-nos à lembrança o imenso mar azul, os momentos únicos que nos faz passar.

Vivemos num imenso “mar” que tanto pode estar calmo, azul, bri-lhante, agradável, ou estar revolto, com forte ondulação, o que por vezes nos causa medo.

Na nossa vida, também muitos dos nossos dias se assemelham a um autêntico mar.

Atravessamos atualmente um forte temporal, tanto a nível nacional como internacional.

A nossa vivência está a tornar-se um autêntico maremoto. Pois todas as convulsões sociais, económicas e políticas nos fazem cair num mar de dúvidas, incertezas e medos.

Apesar de o nosso mar se encontrar muito agitado e perigoso. Revela-se ao mesmo tempo misterioso, intenso, irresistível e mui-tas vezes belo.

Desde sempre, tanto o mar como a nossa vida se têm revelado muito imprevisíveis, mas apesar das adversidades, sempre se foram abrindo novas janelas, muitas descobertas foram surgindo, as quais nos ajudaram a evoluir e melhorar.

Todos juntos, navegando numa mesma direção em rumo a um mar azul e calmo, vamos conseguir mudar o nosso destino e viver num mundo onde a nossa vida se possa refletir num mar cristalino.

Ana Beatriz—9º A

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À semelhança de anos anteriores, o Agrupamento de Escolas de Borba esteve mais uma vez representado na Festa da Vinha e do Vinho com um stand alegre e dinâmico.

Por lá passaram nos vários dias em que a Festa decorreu os alunos do 9º ano de escolaridade, com exposição e venda de trabalhos, e com o empenho e a dedicação que os caracteriza, mas este ano tivemos a participação dos alunos de Educação Especial que acompanhados pelos pro-fessores demonstraram profissionalismo e vontade de ajudar a tornar a escola um verdadeiro lugar de inserção ativa na comunidade e no meio envolvente.

Um dos objetivos principais desta participação é essencialmente o de estimular as relações entre alunos/professores/famílias/comunidade.

Tudo isto ajuda a potenciar nos alunos o sentido de responsabilidade de organização e de moti-vação que são, sem dúvida, alguns fatores essenciais no seu percurso educativo.

Os alunos e professores envolvidos neste projeto estão de parabéns pelo empenho demonstrado e pelo protagonismo positivo dos nossos alunos ao realizarem mais um ano esta atividade.

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Festa da Vinha e do Vinho 2012

Entre os dias 10 a 18 de Novembro realizou-se, pela 21ª vez, a tradicional Festa da Vinha e do Vinho em Borba.

A festa contou com a presença de grandes celebridades, entre elas os Irmãos Verda-des, Maxi, Canta Brasil e o famoso cantor Emanuel.

Como é habitual, a escola montou o seu stand, onde vendia algumas rifas e onde estavam expostos alguns trabalhos e algumas lembranças dos alunos do agrupamento.

Estavam também presentes outros stands, muitos deles do concelho de Borba, onde era, em maior quantidade, doçaria, artesanato e bijutaria.

Como em todas as edições, também havia a zona da restauração e como é óbvio, não podia faltar os stands de vinho, onde decorreram várias provas.

Rute Pereira; André Bento; Miguel Alegre; David Lobinho

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Também há tempo para a festa na sala de educa-ção especial. Traz-se o bolo e as bebidas, rece-bem-se os convidados e cantam-se os parabéns.

Participação na Festa da Vinha e do Vinho, com

exposição e venda de trabalhos realizados pelos

alunos da sala de educação especial e produtos

gentilmente oferecidos pelos seus familiares e ami-

gos. O valor das vendas destina-se à realização de

uma visita de estudo datada para o início do 3º

período. Com este objetivo na última semana de

aulas do 1º período realizar-se-á uma pequena feira

de natal. Posteriormente, serão desenvolvidas mais

atividades com este intuito.

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RENDEZ-VOUS avec LE FRANÇAIS

Les élèves du 7ème année ont connu les traditions de la Fête de Noel française et ils ont fait des affiches.

L’ABC de NOEL:

A comme AVENT, la période avant Noel;

B comme BÛCHE de NOEL, c’est le gateau de Noel traditionnel en France;

C comme CRÈCHE

D comme DINDE

E comme ÉPIPHANIE, c’est la fête des rois, le 6 janvier;

G comme GUIRLANDES, on décore la maison avec des guirlandes;

H comme HUÎTRES, les français mangent des huîtres à Noel et le jour de l’an;

I comme ILLUMNINATIONS, pour Noel, on décore les rues avec de belles illuminations;

J comme JOUR DE L’AN, c’est le premier janvier – on dit “Bonne Année!”;

M comme MARRONS, on mange des marrons avec le dinde;

N comme NOEL, c’est le 25 décembre – on dit “Joyeux Noel!”;

P comme PÈRE NOEL, le père Noel français laisse ses cadeaux autour du sapin ou dans les chaussures;

S comme SAPIN

7ème C

8ème C Les élèves du 8ème année ont travaillé les VINS français, les CLUBS DE FOOT-BALL français, la MODE et les PARFUMS. Voici quelques images suggestives!

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Biblioteca Municipal-Biblioteca Escolar: uma estratégia entre parceiros Em 1997, as primeiras bibliotecas escolares, integradas no Programa Rede de Bibliotecas Escolares, foram inauguradas em oitenta estabelecimentos de todos os graus de ensino, localizados em dezasseis concelhos, de norte a sul. Resultaram de uma candidatura nacional, mas a aprovação dos projetos não constitui obra do acaso, mas sim, porque preenchiam um conjunto de requisitos. Entre eles destaca-se a existência em todos os concelhos de uma Biblioteca Municipal da Rede da Leitura Pública.

Calixto, um dos maiores impulsionadores da R.B.E. escreveu: "é hoje claro que é muito próxima a relação entre as bibliotecas públicas e a biblioteca escolar por todo o mundo, embora de forma diferente; o desenvolvimento de uma está intimamente rela-cionado com o das outras". Porquê, então, falarmos de uma estratégia entre parceiros? Porque é em "Lançar a Rede das Bibliotecas Escolares" se recomenda a criação de um Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE), nas Bibliotecas da Rede da Leitura Pública?

Em primeiro lugar, é na Escola, na Educação Pré-Escolar, no 1º., 2º. e 3º. Ciclos, nas aulas de Língua Portuguesa e, na Biblio-teca Escolar, que se adquirem competências de literacia, nomeadamente o prazer pela leitura e pela pesquisa e recreio nos mais diversos suportes. Formar os primeiros leitores para depois os transformar em utilizadores das bibliotecas municipais.

Em segundo lugar, teoriza-se a criação do SABE, porque a formação inicial de professores não contempla disciplinas de biblio-teconomia e, aqui pouco se tem avançado. Daí o forte investimento da RBE e da maioria dos Centros de Formação na aposta de uma vasta oferta formativa, enquanto se dispôs de financiamento.

Apenas vou elencar as competências do SABE, que considero mais significativas, tendo em conta o seu grau de interferência, no contexto atual: catalogação, classificação, indexação, cotagem, criação de catálogos concelhios, isto no domínio da cadeia documental; produção de recursos de informação, no campo da biblioteconomia; promoção de seminários, deslocação de auto-res, atividades de animação, Ações de Formação Contínua destinadas aos professores bibliotecários e outros professores da Escola, bem como aos assistentes operacionais; realização de intercâmbios e rotatividade de iniciativas entre as Escolas e empréstimo interbibliotecário.

À data da investigação, que desenvolvemos, há a destacar as boas práticas dos SABE das Bibliotecas Municipais de Castro Verde, Beja, Moura, Palmela, Seixal, Almada, Póvoa de Varzim e Guimarães.

Esta estratégia de parceria, de que temos vindo a falar, implica um trabalho cooperativo entre a biblioteca municipal e a escolar, em que se rentabilizam os recursos de uma e de outra, mais necessários em tempo de crise, em que se formam leitores esco-lares. Que nunca mais vão parar, a não ser na biblioteca municipal que coopere com a escolar.

Por outro lado, nós, os professores, não nos devemos iludir! Agora, será oportuno relembrar Dagge "Só que o trabalho dos professores jamais poderá ser feito de forma isolada. Tem necessariamente de ser feito com os outros professores. E esse é o grande desafio que se lhes coloca, não apenas aos professores bibliotecários, mas às escolas".

Se os decisores políticos e educativos, tal como os professores não derem a importância que merecem as BM e as BE, tere-mos cidadãos, cada vez menos conhecedores, menos intervenientes e menos críticos (sobrarão os de bancada).

CALIXTO, José António. A biblioteca escolar e a Sociedade da Informação. Lisboa: Caminho, 1996

VEIGA, Isabel (et al.), 1996

DAGGE, Artur. Professor bibliotecário: um percurso de mérito ou apenas o mérito de um percurso?http://weblog.aventar.eu/bibliotecasescolares.weblog.com.pt/arquivo/2009/08/index.html [consulta em 12 de setembro de 2010]

João Azaruja

Ficha Técnica João Azaruja (Coord.),

Catarina Ferreira, Maria João Brinquete, José Roque