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8/20/2019 Cenario Macroeconômico Março 2016 http://slidepdf.com/reader/full/cenario-macroeconomico-marco-2016 1/6 2016 PIB (a.a.) -3,3% Tx. de Desem. (%) 7,50% Câmbio (US$ em R$) 4,01 Taxa SELIC (%) 13,50% IPCA (%) 6,67% Superávit Fiscal -1,4% (em % do PIB)  Atividade Econômica  (mais detalhes na pag. 2) Cenário Macro - Março Projeções Macroeconômicas Compiladas (mais detalhes na  pag. 6) Overview Câmbio (mais detalhes na pag. 4) Juros (mais detalhes na pag. 4) O Comitês de Política Monetária (o COPOM) deve manter inalterada a taxa de juros básica da economia brasileira e deve até mesmo cortar a taxa na reunião de outubro do colegiado. Há quatro motivos que concorrem para isso, a saber 1-) queda da inflação em 12 meses já a partir do primeiro trimestre o que fará os juros reais subirem, 2-) abertura do hiato do produto e também o ajuste do mercado de trabalho com queda nos salários reais, 3-) percepção generalizada que o instrumento SELIC está no seu limite, e 4-) situação amplamente expansionista da política monetária global. Apontamos com relevância adicional este último motivo. Está evidente que há hoje em dia um grau de coordenação maior entre os Bancos Centrais e isso impõe limites para a atuação até por aqui, e não vemos acaso a “mudança de tom” do BCB coincidir com outras medidas similares em outros Bancos Centrais. A moeda norte-americana tende a ficar testando os patamares de R$ 4,00 ao longo deste ano. A perda recente de mais um nível na escala de uma das agências de classificação de risco evidencia bem este processo. Apesar do rebaixamento isto não teve impacto significativo nos ativos brasileiros (a não ser, é claro, no rebaixamento de outras empresas por conta desta decisão). Podemos dizer que boa parte do pessimismo está no preço e vai jogar mais peso agora o diferencial da taxa de juros. No mais lembramos aos clientes que há discussões avançadas nos EUA pelo fim da alta da sua taxa básica e alguns analistas começam a especular a possibilidade de haver cortes ao longo de 2016. Alguns sinais se acumulam no sentido mais benigno para a inflação no curto prazo. Tivemos recentemente a boa surpresa da mudança da bandeira tarifária da conta de energia elétrica para verde a partir de abril, ou seja, sem sobre taxa alguma. Finalmente os reservatórios estão mais recompostos e podemos enfim ter certo alívio nesse setor. Na alimentação temos queda dos hortifrútis de maneira mais generalizada. Como estes alimentos não são cotados em Dólares este alívio se mantém. Adicionalmente o aperto nas condições do mercado de trabalho e a decorrente queda na renda real dos assalariados apontam para a mitigação da inflação de serviços no médio prazo. No sentido contrário tivemos altas decorrentes de elevações de impostos, em especial bebidas e cigarro. No caso desse último a alta foi relevante e tem peso significativo nos índices de inflação ao consumidor. O processo de deterioração econômica segue como esperado e este mês teremos a divulgação do PIB do 4º trimestre de 2015. Nossa projeção é de queda na margem de 1,0% - uma projeção até modesta uma vez que outros economistas projetam até 1,9% - e isto fará o PIB fechado e acumulado do ano passado cair -3,73% o pior resultado da série desde 1990 quando o PIB afundou -4,2%. O mercado de trabalho segue respondendo ao ajuste e o rendimento médio real continua em queda na esteira da elevação do desemprego. No setor industrial vemos pouco avanço; o câmbio depreciado deve ter efeito nulo no setor dado a desaceleração econômica em diversas economias e no estrangulamento da demanda doméstica. O primeiro trimestre de 2016 irá continuar no mesmo movimento do final do ano passado apesar de vermos melhora das expectativas na margem, o que deve começar a melhorar só no 2º trimestre. Inflação (mais detalhes na pag. 3) Projeções da Gradual Investimentos 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 11% 12% fev-14 ago-14 fev-15 ago-15 fev-16 ago-16 Projeção Gradual - IPCA acum. 12m (% a.a.) Disp. Merc.(68%) IPCA Acum. 12m Cenário Gradual 5% 6% 7% 8% 9% 10% 11% 12% 13% 14% 15%  jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 Projeção Gradual - SELIC SELIC SELIC - Projeção Gradual 1,5 1,75 2 2,25 2,5 2,75 3 3,25 3,5 3,75 4 4,25 4,5 4,75  jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 Projeção Gradual - US$ Disp. Merc.(68%) US$ US$ - Modelo Gradual GRADUAL CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S/A  Avenida Pres. JK - 50, 5° e 6° andares – Vila Nova Conceição - São Paulo - SP - 04543-011 Ouvidoria/ SAC: 0800 655 1466 | gradualinvestimentos.com.br 1

Cenario Macroeconômico Março 2016

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http://slidepdf.com/reader/full/cenario-macroeconomico-marco-2016 1/6

2016PIB (a.a.) -3,3%Tx. de Desem. (%) 7,50%

Câmbio (US$ em R$) 4,01Taxa SELIC (%) 13,50%IPCA (%) 6,67%

Superávit Fiscal -1,4%(em % do PIB)

 Atividade Econômica  (mais detalhes na pag. 2)

Cenário Macro - Março

Projeções Macroeconômicas Compiladas (mais detalhes na pag. 6)

Overview

Câmbio (mais detalhes na pag. 4)

Juros (mais detalhes na pag. 4)O Comitês de Política Monetária (o COPOM) deve manter inalterada a taxa de jurosbásica da economia brasileira e deve até mesmo cortar a taxa na reunião de outubro

do colegiado. Há quatro motivos que concorrem para isso, a saber 1-) queda dainflação em 12 meses já a partir do primeiro trimestre o que fará os juros reaissubirem, 2-) abertura do hiato do produto e também o ajuste do mercado de trabalhocom queda nos salários reais, 3-) percepção generalizada que o instrumento SELICestá no seu limite, e 4-) situação amplamente expansionista da política monetáriaglobal. Apontamos com relevância adicional este último motivo. Está evidente quehá hoje em dia um grau de coordenação maior entre os Bancos Centrais e issoimpõe limites para a atuação até por aqui, e não vemos acaso a “mudança de tom”

do BCB coincidir com outras medidas similares em outros Bancos Centrais.

A moeda norte-americana tende a ficar testando os patamares de R$ 4,00 ao longodeste ano. A perda recente de mais um nível na escala de uma das agências declassificação de risco evidencia bem este processo. Apesar do rebaixamento istonão teve impacto significativo nos ativos brasileiros (a não ser, é claro, norebaixamento de outras empresas por conta desta decisão). Podemos dizer que boaparte do pessimismo está no preço e vai jogar mais peso agora o diferencial da taxade juros. No mais lembramos aos clientes que há discussões avançadas nos EUApelo fim da alta da sua taxa básica e alguns analistas começam a especular apossibilidade de haver cortes ao longo de 2016.

Alguns sinais se acumulam no sentido mais benigno para a inflação no curto prazo.Tivemos recentemente a boa surpresa da mudança da bandeira tarifária da conta deenergia elétrica para verde a partir de abril, ou seja, sem sobre taxa alguma.Finalmente os reservatórios estão mais recompostos e podemos enfim ter certoalívio nesse setor. Na alimentação temos queda dos hortifrútis de maneira maisgeneralizada. Como estes alimentos não são cotados em Dólares este alívio semantém. Adicionalmente o aperto nas condições do mercado de trabalho e adecorrente queda na renda real dos assalariados apontam para a mitigação dainflação de serviços no médio prazo. No sentido contrário tivemos altas decorrentesde elevações de impostos, em especial bebidas e cigarro. No caso desse último aalta foi relevante e tem peso significativo nos índices de inflação ao consumidor.

O processo de deterioração econômica segue como esperado e este mês teremos adivulgação do PIB do 4º trimestre de 2015. Nossa projeção é de queda na margemde 1,0% - uma projeção até modesta uma vez que outros economistas projetam até1,9% - e isto fará o PIB fechado e acumulado do ano passado cair -3,73% o piorresultado da série desde 1990 quando o PIB afundou -4,2%. O mercado de trabalhosegue respondendo ao ajuste e o rendimento médio real continua em queda naesteira da elevação do desemprego. No setor industrial vemos pouco avanço; ocâmbio depreciado deve ter efeito nulo no setor dado a desaceleração econômicaem diversas economias e no estrangulamento da demanda doméstica. O primeirotrimestre de 2016 irá continuar no mesmo movimento do final do ano passadoapesar de vermos melhora das expectativas na margem, o que deve começar amelhorar só no 2º trimestre.

Inflação (mais detalhes na pag. 3)

Projeções da Gradual Investimentos

3%

4%

5%

6%

7%

8%

9%

10%

11%12%

fev-14 ago-14 fev-15 ago-15 fev-16 ago-16

Projeção Gradual - IPCA acum. 12m (% a.a.)

Disp. Merc.(68%) IPCA Acum. 12mCenário Gradual

5%6%7%8%9%

10%11%12%13%14%

15%

 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16

Projeção Gradual - SELIC

SELIC SELIC - Projeção Gradual

1,51,75

22,25

2,52,75

33,25

3,53,75

44,25

4,54,75

 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16

Projeção Gradual - US$

Disp. Merc.(68%) US$US$ - Modelo Gradual

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Última leitura divulgada: Janeiro

Última leitura divulgada: Dezembro

DezembroAs vendas no varejo recuaram 2,7% sobre o mês imediatamente anterior, na sérielivre de influências sazonais. Para o volume de vendas, a queda registrada emdezembro ocorre após dois meses seguidos com variações positivas nessacomparação, período que acumulou crescimento de 1,9%. Na série sem ajustesazonal, o total das vendas assinalou queda de 7,1% em relação a dezembro de2014, nona variação negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Com isso, os

resultados para o volume de vendas foram negativos tanto no quarto trimestre de2015 (-6,9%), como para o fechamento do ano (-4,3%). Em ambos confrontos asvariações são as mais acentuadas da série histórica, iniciada em 2001. A taxaanualizada de -4,3%, pela ótica do indicador acumulado nos últimos 12 meses, emmovimento descendente iniciado em julho de 2014 (4,3%), assinala sua maior perdadesde novembro de 2003 (-4,6%). O comércio varejista ampliado, que inclui o varejoe as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, asvariações sobre o mês imediatamente anterior foram negativas, com taxas de -0,9%para volume de vendas e de -0,2% para a receita nominal.

Em dezembro de 2015, a indústria recuou (-0,7%) em relação a novembro, na sériecom ajuste sazonal. Frente a dezembro de 2014, a indústria também caiu (-11,9%).No acumulado do ano, o setor industrial mostrou o maior recuo (-8,3%) da série,iniciada em 2003. Já o acumulado em 12 meses teve sua maior queda (-8,3%)desde novembro de 2009 (-9,4%). Destacamos o aprofundamento da produção debens de capital (-25,5%).

Atividade Econômica

Vendas no Varejo

Overview 

Produção Industrial 

Última leitura divulgada:

A taxa de janeiro de 2016 foi de 7,6% frente a 6,9% em dezembro e a 5,3% em janeiro de 2015. O Rendimento Médio Real Habitual foi em janeiro de 2016 de R$2.421,51 o que representa uma queda de 7,4% em relação a janeiro do anopassado. Como já explicitamos em relatórios anteriores, o ajuste será nos salários ea piora do mercado de trabalho evidencia esse processo. Apesar da fortedesaceleração dos salários, estamos surpresos com a persistência da inflação deserviços. Esperamos continuidade e intensificação do processo de distensão domercado de trabalho, desta forma, acreditamos que o aumento da Taxa deDesemprego deve contribuir para o aprofundamento da queda do Rendimento MédioReal Habitual nas próximas leituras. Acreditamos que a inflação de serviços devecomeçar a apresentar trajetória de queda em algum momento do segundo trimestre.

Cenário Macro - Março

O processo de deterioração econômica segue como esperado e este mês teremos adivulgação do PIB do 4º trimestre de 2015. Nossa projeção é de queda na margemde 1,0% - uma projeção até modesta uma vez que outros economistas projetam até1,9% - e isto fará o PIB fechado e acumulado do ano passado cair -3,73% o piorresultado da série desde 1990 quando o PIB afundou -4,2%. O mercado de trabalhosegue respondendo ao ajuste e o rendimento médio real continua em queda naesteira da elevação do desemprego. No setor industrial vemos pouco avanço; ocâmbio depreciado deve ter efeito nulo no setor dado a desaceleração econômicaem diversas economias e no estrangulamento da demanda doméstica. O primeirotrimestre de 2016 irá continuar no mesmo movimento do final do ano passadoapesar de vermos melhora das expectativas na margem, o que deve começar amelhorar só no 2º trimestre.

Taxa de Desemprego

-8%

-6%

-4%

-2%

0%

2%

4%

6%

8%

2011 2012 2013 2014 2015

IBC-Br (% a.a.)

MM12 IBC-Br (% a.a.)

3

4

5

6

7

8

910

2008 2010 2012 2014 2016

Projeção Gradual - Taxa de Desemprego (%)

Tx. Desem.(%) Proj. GradualMédia 12m Média 12 meses Proj.

-20%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%25%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Produção Industrial (% a.a.)

Produção Industrial (% a.a.) MM12

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Vendas no Varejo (% a.a.)

Vendas no Varejo (% a.a.) MM12

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Janeiro

Janeiro

2015 (a.m) 2015(12m) 2016(a.m) 2016(12m)Janeiro 1,24% 7,14% 1,27% 10,71%Fevereiro 1,22% 7,70% 0,95% 10,41%Março 1,32% 8,13% 0,43% 9,44%Abril 0,71% 8,17% 0,50% 9,21%Maio 0,74% 8,47% 0,41% 8,86%Junho 0,79% 8,89% 0,25% 8,27%Julho 0,62% 9,56% 0,25% 7,87%Agosto 0,22% 9,53% 0,28% 7,94%Setembro 0,54% 9,49% 0,40% 7,79%Outubro 0,82% 9,93% 0,49% 7,44%Novembro 1,01% 10,48% 0,60% 7,00%Dezembro 0,96% 10,67% 0,65% 6,67%

Quanto ao cenário geral de inflação acreditamos que a partir das próximas leituras oíndice deve arrefecer na margem pois haverá menor pressão proveniente do IPA edissipação dos reajustes ligados a transportes e educação. Para os meses adiante,

vemos um forte arrefecimento do grupo Alimentação, devido a moderação de preçosde tubérculos, raízes e legumes, e do grupo Habitação devido principalmente aredução da bandeira tarifária de vermelha para amarela que deve impactar já emmarço e a redução de amarela para verde que deve ter impacto em abril.

Cenário Macro - Março

Inflação

Overview 

Última leitura divulgada:

Última leitura divulgada:

IPCA

Alguns sinais se acumulam no sentido mais benigno para a inflação no curto prazo.Tivemos recentemente a boa surpresa da mudança da bandeira tarifária da conta deenergia elétrica para verde a partir de abril, ou seja, sem sobre taxa alguma.Finalmente os reservatórios estão mais recompostos e podemos enfim ter certoalívio nesse setor. Na alimentação temos queda dos hortifrútis de maneira maisgeneralizada. Como estes alimentos não são cotados em Dólares este alívio semantém. Adicionalmente o aperto nas condições do mercado de trabalho e adecorrente queda na renda real dos assalariados apontam para a mitigação dainflação de serviços no médio prazo. No sentido contrário tivemos altas decorrentesde elevações de impostos, em especial bebidas e cigarro. No caso desse último aalta foi relevante e tem peso significativo nos índices de inflação ao consumidor.

O IPCA de janeiro foi de 1,27% e também surpreendeu negativamente, bem acimada nossa projeção de 1,16% e da projeção mediana de mercado de 1,10%. Em 12meses passou de 10,67% para 10,71%. Os principais impactos, em ordemdecrescente, vieram dos grupos: (i) Alimentação e Bebidas, que acelerou de 1,50%para 2,28% e impactou o índice cheio em 0,57p.p. devido principalmente a variaçãodo tomate, cebola e cenoura; (ii) Transportes, que acelerou de 1,36% para 1,77% eimpactou o índice cheio em 0,33p.p. afetado pelo reajuste de combustíveis e dostransportes públicos; (iii) Habitação, que acelerou de 0,49% para 0,81% e impactouo índice cheio em 0,13p.p. afetado pelo reajuste de energia elétrica em importantescapitais como São Paulo, Porto Alegre, Brasília e Curitiba; (iv) Despesas Pessoais,que acelerou de 0,57% para 1,19 % e impactou o índice cheio em 0,13p.p. afetadopelo reajuste do preço de cigarros.

IPCA Mensal - Projeção Gradual

IGP's

O IGP-M variou 1,29% em fevereiro frente a 1,14% em janeiro, em linha com nossaprojeção. Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M avançou de1,14% em janeiro para 1,45% em fevereiro. O IPC-M saiu de 1,48% para 1,19% de

 janeiro para fevereiro devido principalmente a desaceleração dos grupo: (i)Alimentação, de 2,36% para 1,42%; (ii) Educação, Leitura e Recreação, de 3,67%para 2,06%. Apesar disso destacamos os níveis ainda altos de ambos. Os outrosgrupos com contribuição significativa para o IGP-M de fevereiro foram: (i) Habitaçãocom variação de 0,83% e: (ii) Transportes com variação de 1,73%. Já o INCC-Macelerou de 0,32% para 0,52%.

Próximos meses

0%2%4%6%8%

10%12%14%16%18%20%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 201

IPCA desagregado (% a.a.)

IPCA (% a.a.) Monitorados (% a.a) Livres (% a.a)

3%

4%

5%

6%

7%

8%

9%

10%

11%12%

fev-14 ago-14 fev-15 ago-15 fev-16 ago-16

Projeção Gradual - IPCA acum. 12m (% a.a.)

Disp. Merc.(68%) IPCA Acum. 12mCenário Gradual

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 201

IGP-M desagregado (% a.a.)

IGP-M (% a.a.) IPA-M (% a.a.)IPC-M (% a.a.) INCC-M (% a.a.)

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Nos EUA o FED deu inicio ao ciclo de alta de juros e a autoridade monetária norte-americana agirá de forma cautelosa e ficará em "stand by" até maior clareza dos

desdobramentos da economia chinesa e da saúde dos bancos europeus. Na Europaa percepção é que os estímulos vão continuar ou aumentar e assim temos juros emqueda em todo o Velho Continente. Os títulos alemães com duração de dez anosrendem neste início de mês 0,35%, ou seja, juros nominais amplamente negativos.Acreditamos em ampla coordenação global dos BC's devido a mudança noposicionamento de diversos deles a partir do final de janeiro, mais notadamente oBOJ ao adotar taxas negativas, o FED ao reconsiderar o ritmo alta de juros, asinalização de mais estímulos pelo BCE e até a mudança na comunicação do BCB.

O Comitês de Política Monetária (o COPOM) deve manter inalterada a taxa de jurosbásica da economia brasileira e deve até mesmo cortar a taxa na reunião de outubrodo colegiado. Há quatro motivos que concorrem para isso, a saber 1-) queda da

inflação em 12 meses já a partir do primeiro trimestre o que fará os juros reaissubirem, 2-) abertura do hiato do produto e também o ajuste do mercado de trabalhocom queda nos salários reais, 3-) percepção generalizada que o instrumento SELICestá no seu limite, e 4-) situação amplamente expansionista da política monetáriaglobal. Apontamos com relevância adicional este último motivo. Está evidente quehá hoje em dia um grau de coordenação maior entre os Bancos Centrais e issoimpõe limites para a atuação até por aqui, e não vemos acaso a “mudança de tom”

do BCB coincidir com outras medidas similares em outros Bancos Centrais.

Cenário Macro - Março

Juros

Brasil 

Em âmbito global, a proximidade do aumento do juros nos EUA desencadeou umprocesso de forte apreciação do dólar frente às demais moedas que se iniciou emmaio de 2014. Esse movimento também foi intensificado pelas expansõesmonetárias em curso pelo BCE e BOJ que tem ajudado a depreciar o euro e iene,respectivamente. Vale destacar que o FED subiu efetivamente a taxa básica de jurosnorte-americana em dezembro sem grandes impactos na formação de preços,movimento que foi colocado em "stand by" após as novas preocupações em torno dadesaceleração chinesa a respectiva desvalorização do yuan.

A moeda norte-americana tende a ficar testando os patamares de R$ 4,00 ao longodeste ano. A perda recente de mais um nível na escala de uma das agências de

classificação de risco evidencia bem este processo. Apesar do rebaixamento istonão teve impacto significativo nos ativos brasileiros (a não ser, é claro, norebaixamento de outras empresas por conta desta decisão). Podemos dizer que boaparte do pessimismo está no preço e vai jogar mais peso agora o diferencial da taxade juros. No mais lembramos aos clientes que há discussões avançadas nos EUApelo fim da alta da sua taxa básica e alguns analistas começam a especular apossibilidade de haver cortes ao longo de 2016.

Global 

Câmbio

Global 

Brasil 

1,5

2

2,5

3

3,54

4,5

5

 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16

Projeção Gradual - US$ em reais

Disp. Merc.(68%) US$US$ - Modelo Gradual

70

75

80

85

90

95

100

105

    s    e     t  -     1     0

     j    a    n  -     1

     1

    m    a     i  -     1     1

    s    e     t  -     1     1

     j    a    n  -     1

     2

    m    a     i  -     1     2

    s    e     t  -     1     2

     j    a    n  -     1

     3

    m    a     i  -     1     3

    s    e     t  -     1     3

     j    a    n  -     1

     4

    m    a     i  -     1     4

    s    e     t  -     1     4

     j    a    n  -     1

     5

    m    a     i  -     1     5

    s    e     t  -     1     5

     j    a    n  -     1

     6

DXY - US$ x Cesta de Moedas

5%6%7%8%9%

10%11%12%

13%14%15%

 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16

Projeção Gradual - SELIC

SELIC SELIC - Projeção Gradual

0

1

2

3

4

5

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Yield - Títulos de 10 anos (%a.a.)

EUA Alemanha

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% a.m. % a/a % a.m. Var. final Var. (m/m) final Var. (m/m) final

an-14 0,55% 5,59% 2,15% R$ 0,02 R$ 2,41 0,50 p.p. 10,50% 0,50 p.p. 4,80%fev-14 0,69% 5,68% -2,84% -R$ 0,03 R$ 2,34 0,25 p.p. 10,75% 0,30 p.p. 5,10%

mar-14 0,92% 6,15% -3,09% -R$ 0,03 R$ 2,27 NA 10,75% - 0,10 p.p. 5,00%abr-14 0,67% 6,28% -1,74% -R$ 0,02 R$ 2,23 0,25 p.p. 11,00% - 0,10 p.p. 4,90%mai-14 0,46% 6,37% 0,41% R$ 0,00 R$ 2,24 NA 11,00% NA 4,90% jun-14 0,40% 6,52% -1,21% -R$ 0,01 R$ 2,21 NA 11,00% - 0,10 p.p. 4,80% jul-14 0,01% 6,50% 2,23% R$ 0,02 R$ 2,26 NA 11,00% 0,10 p.p. 4,90%

a o-14 0,25% 6,51% -1,22% -R$ 0,01 R$ 2,24 NA 11,00% 0,10 p.p. 5,00%set-14 0,57% 6,75% 9,44% R$ 0,09 R$ 2,45 NA 11,00% - 0,10 p.p. 4,90%out-14 0,42% 6,59% 1,26% R$ 0,01 R$ 2,48 0,25 p.p. 11,25% - 0,20 p.p. 4,70%

nov-14 0,51% 6,56% 3,54% R$ 0,04 R$ 2,57 NA 11,25% 0,10 p.p. 4,80%dez-14 0,78% 6,41% 3,59% R$ 0,04 R$ 2,66 0,50 p.p. 11,75% - 0,50 p.p. 4,30% jan-15 1,24% 7,14% 0,95% R$ 0,01 R$ 2,68 0,50 p.p. 12,25% 1,00 p.p. 5,30%fev-15 1,22% 7,70% 5,90% R$ 0,06 R$ 2,84 NA 12,25% 0,60 p.p. 5,90%

mar-15 1,32% 8,13% 12,51% R$ 0,13 R$ 3,20 0,50 p.p. 12,75% 0,30 p.p. 6,20%abr-15 0,71% 8,17% -5,70% -R$ 0,06 R$ 3,01 0,50 p.p. 13,25% 0,20 p.p. 6,40%mai-15 0,74% 8,47% 5,45% R$ 0,05 R$ 3,18 NA 13,25% 0,30 p.p. 6,70% jun-15 0,79% 8,89% -2,38% -R$ 0,02 R$ 3,10 0,50 p.p. 13,75% 0,20 p.p. 6,90%

ul-15 0,62% 9,56% 10,22% R$ 0,10 R$ 3,42 0,50 p.p. 14,25% 0,60 p.p. 7,50%ago-15 0,22% 9,53% 6,14% R$ 0,06 R$ 3,63 NA 14,25% 0,10 p.p. 7,60%set-15 0,54% 9,49% 8,82% R$ 0,09 R$ 3,95 NA 14,25% NA 7,60%out-15 0,82% 9,93% -2,53% -R$ 0,03 R$ 3,85 NA 14,25% 0,30 p.p. 7,90%nov-15 1,01% 10,48% 0,00% R$ 0,00 R$ 3,85 NA 14,25% - 0,40 p.p. 7,50%dez-15 0,96% 10,67% 1,30% R$ 0,01 R$ 3,90 NA 14,25% - 0,60 p.p. 6,90% jan-16 1,27% 10,71% 3,59% R$ 0,04 R$ 4,04 NA 14,25% 0,70 p.p. 7,60%

fev-16 0,95% 10,41% -0,74% -R$ 0,01 R$ 4,01 NA 14,25%  0,20 . . 7,80%mar-16 0,43% 9,44% -0,75% -R$ 0,01 R$ 3,98 NA 14,25% - 0,30 p.p. 7,50%abr-16 0,50% 9,21% 0,22% R$ 0,00 R$ 3,99 NA 14,25% 0,30 p.p. 7,80%mai-16 0,41% 8,86% 0,49% R$ 0,00 R$ 4,01 NA 14,25% - 0,30 p.p. 7,50%un-16 0,25% 8,27% -0,54% -R$ 0,01 R$ 3,99 NA 14,25% NA 7,50% jul-16 0,25% 7,87% 0,49% R$ 0,00 R$ 4,01 NA 14,25% 0,10 p.p. 7,60%

ago-16 0,28% 7,94% 0,48% R$ 0,00 R$ 4,03 NA 14,25% 0,20 p.p. 7,80%set-16 0,40% 7,79% -0,32% R$ 0,00 R$ 4,01 NA 14,25% 0,20 . . 8,00%out-16 0,49% 7,44% 0,48% R$ 0,00 R$ 4,03 - 0,25 . . 14,00% - 0,20 . . 7,80%nov-16 0,60% 7,00% 0,24% R$ 0,00 R$ 4,04 - 0,50 p.p. 13,50% - 0,30 p.p. 7,50%dez-16 0,65% 6,67% -0,81% -R$ 0,01 R$ 4,01 NA 13,50% NA 7,50%

Período 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16% a.t. -0,83% -2,06% -1,71% -1,00% -0,50% -0,50% -0,50% -0,50%

 a.a. -1,05% -1,69% -2,54% -3,73% -4,50% -4,70% -4,22% -3,35%

PIB 2015 - 2016

*Projeções da Gradual Investimentos em negrito

Cenário Macro - Março

PeríodoINFLAÇÃO TX. DE CÂMBIO TX. DE JUROS TX. DESEMPREGO

IPCA BRL / USD Meta SELIC IBGE

Tabela de Projeções Macroeconômicas Compiladas

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8/20/2019 Cenario Macroeconômico Março 2016

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André Perfeito economista-chefe Gesle Henri ue Florentino [email protected] [email protected]

Rafael Gon alvesrgonca ves gra ua nves men os.com. r

Cenário Macro - Março

ResearchEquipe Econômica

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