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TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA Estação de Solda BGA Eduardo Nogiri Graziela Queiroz Paulo Adriano Professor (es) Orientador(es): Larry Aparecido Aniceto São Caetano do Sul / SP 2014 Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Etec “JORGE STREET”

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza ... 39ª EXCUTE/Eletrônica... · baixo custo no reparo de aparelhos eletroeletrônicos que se utilizam de chip set BGA. O custo

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA

Estação de Solda BGA

Eduardo Nogiri Graziela Queiroz

Paulo Adriano

Professor (es) Orientador(es): Larry Aparecido Aniceto

São Caetano do Sul / SP 2014

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Etec “JORGE STREET”

Estação de Solda BGA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para obtenção do Diploma de Técnico em Eletrônica.

São Caetano do Sul / SP 2014

RESUMO

Desenvolver uma máquina alternativa para reparar chip set, processadores,

memórias, etc. baseado em BGA (BALL GRID ARRAY). Utilizando-se de materiais

de baixo custo, porém de alta qualidade e confiabilidade, de modo que seja capaz

de fazer o mesmo trabalho de máquinas importadas, visto que no mercado nacional

não existe nada similar.

Palavras-chave: BGA, Reparo e Ferramenta de Bancada de TI

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Principais Componentes da Estação de Solda ........................................ 10

Figura 2 – BGA .......................................................................................................... 11

Figura 3 – Rele de Estado Sólido. ............................................................................. 12

Figura 4 – Tipos de Contatos Semicondutores do Rele de Estado Sólido ................ 13

Figura 5 – Rele de Pequena Corrente ....................................................................... 14

Figura 6 – Rele de Pequena Corrente Acoplada a um Transistor de Potência ......... 14

Figura 7 - Rele de Estado Sólido com Opto-Diac Interligado a um Triac. ................. 15

Figura 8 – Diversos Tipos de Termopares. ............................................................... 16

Figura 9 – Esquema de um Termopar. ...................................................................... 16

Figura 10 – Esquema Elétrico do PID ....................................................................... 19

Figura 11 – Controlador ON-OFF .............................................................................. 21

Figura 12 – Detalhamento do chaveamento de R pelo controlador ON-OFF ............ 21

Figura 13 – Ação de um controle proporcional .......................................................... 22

Figura 14 – Diagrama eletrônico de um controle proporcional .................................. 23

Figura 15 – Ilustração do Off-Set .............................................................................. 24

Figura 18 – Diagrama de Blocos ............................................................................... 27

Sumário

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 9

1 – DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO ..................................................................................................... 10

1.1 – BGA .................................................................................................................. 11

1.2 – Rele de Estado Sólido ...................................................................................... 11

1.2.1 – Tipos de Relés de Estado Sólido .................................................................. 13

1.2.1.1 – Relés pequenos para DC ........................................................................... 14

1.2.1.2 – Relés AC para Controle de Energia a Partir da Rede ................................ 15

1.3 – Termopar .......................................................................................................... 15

1.3.1 – Termopares Tipo K ........................................................................................ 16

1.3.2 – Outros Tipos de Termopares ......................................................................... 18

1.4 – P.I.D. ................................................................................................................ 19

1.4.1 – Controle on-off ou Controle “Liga e Desliga”. ................................................ 20

1.4.2 – Controle Proporcional (P) .............................................................................. 21

1.4.3 – Controle Integral (I)........................................................................................ 25

2 – PLANEJAMENTOS DO PROJETO.......................................................................................................... 27

2.1 – Previsões de Custos......................................................................................... 27

2.2 – Diagrama de Blocos ......................................................................................... 27

2.3 – Cronogramas Gerais ........................................................................................ 28

3 – DESENVOLVIMENTOS DO PROJETO .................................................................................................. 29

4 – RESULTADOS OBTIDOS .......................................................................................................................... 30

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................................... 31

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 32

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INTRODUÇÃO

A estação de Retrabalho BGA se propõem ao reparo de circuitos elétricos

baseados em componentes smd, mas propriamente dito, aqueles componentes cuja

a fixação na placa se faz através da fusão das esferas de estanho e prata entre o

componente e a placa de circuito.

Tema e delimitação

O projeto se enquadra na área de reparo de componentes eletrônicos

voltados a informática. Exemplo notebooks, PC, Placas de vídeo e demais

equipamentos que se utilizam de chips sets BGA.

Objetivos – geral e específico(s)

O objetivo deste estudo é apresentar uma solução baseados em materiais de

baixo custo no reparo de aparelhos eletroeletrônicos que se utilizam de chip set

BGA. O custo das máquinas importadas para reparo é muito elevado, trazendo um

inconveniente financeiro ao técnico de TI e inviabilizando sua aquisição.

Justificativa

A justificativa para este projeto é o desenvolvimento e aprimoramento de um

modelo já existente no mercado, porém, de alto custo. Neste projeto procuraremos

materiais de fácil aquisição no mercado nacional que não ficam devendo em nada

aos produtos de origem importado.

Metodologia

O método adotado para o planejamento do trabalho de conclusão de curso

será adotado com método científico. Onde pesquisaremos dados técnicos, em livros

revistas e sites de abordagem técnica.

Através de pesquisas individuais, reuniões periódicas onde foram discutidas

as melhores alternativas para a conclusão do projeto.

10

1 – Descrição do Funcionamento

As estações de Retrabalho de BGAs são muito utilizadas nos laboratórios de

oficinas de reparo de microcomputadores e Notebooks, no que se refere ao reparo

de BGA (Ball Grid Array). Esta máquina possui um pré-aquecedor que será usado

para aplicação de calor na parte inferior da placa a ser retrabalhada para que a

mesma não empene quando o jato de ar superior atingir a placa. O aquecedor

superior será responsável pela fusão das esferas que soldam o chip BGA. Ao ligar

temos dois aquecimentos, um do pré-aquecimento faz com que a temperatura de

aproximadamente 120ºC e o outro na própria BGA de aproximadamente 220ºC e

retirando o chip BGA para sua limpeza. Um esquema com os principais

componentes da estação de solda BGA é mostrado na Figura 1.

Figura 1 – Principais Componentes da Estação de Solda

11

1.1 – BGA

BGA (Ball Grid Array) são todos os componentes eletrônicos SMD (Surface-

Mounted Device) cuja fixação na placa de circuitos é feita através de soldagem por

fusão a ar quente utilizando-se diminutas esferas de estanho e prata. Alguns

exemplos de BGA são processadores, chip sets, Eproms, memórias e etc. A Figura

2 mostra tipos de BGA.

Figura 2 – BGA

1.2 – Rele de Estado Sólido

Os Relés de Estado Sólido, ou se adotarmos o nome em inglês Solid-State

Relay com a sigla SSR, são dispositivos semicondutores que tem a mesma função

de comutação de circuitos que os relés mecânicos convencionais possuem. Esses

relés comutam circuitos de potências elevadas a partir de sinais de pequenas

intensidades. Um esquema com os dois tipos de reles é mostrada na Figura 3.

12

Figura 3 – Rele de Estado Sólido.

São componentes semicondutores capazes de manusear correntes elevadas

a partir de pequenos sinais; Os reles de estado sólido são componentes de alta

potência sensíveis à luz que podem resultar em excelentes opções de relés que

substituem as versões tradicionais mecânicas. Os relés de estado sólido, por suas

vantagens, são cada vez mais utilizados aparecendo em configurações as mais

diversas.

Os relés de estado sólido derivam dos chamados opto-acopladores ou “opto-

couplers” que consistem num emissor de luz (geralmente um LED infravermelho) e

um foto sensor, que pode ser um foto-transistor, foto-diac, fotodiodo, ou quaisquer

outros dispositivos sensíveis à luz. Os opto-acopladores, que originalmente são

usados para transferir sinais, podem também serem usados para comutar cargas,

denominando assim o que se conhece por “relé de estado sólido”.

No tipo comum de relé de estado sólido a bobina é substituída por um foto-

emissor, normalmente um LED infravermelho e os contatos são substituídos por um

dispositivo semicondutor sensível à luz como um foto-transistor, fotodiac e fotodiodo

conforme mostra a figura 4.

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Figura 4 – Tipos de Contatos Semicondutores do Rele de Estado Sólido

O elemento sensível pode então ser usado para comutar um dispositivo de

maior potência como, por exemplo, um TRIAC, um SCR ou mesmo MOSFET de

potência.

Os relés de estado sólido possuem características elétricas importantes

devidas tanto à velocidade de comutação como também ao isolamento. Assim, se

compararmos os relés de estado sólido com os relés mecânicos tradicionais,

veremos que os primeiros têm as seguintes vantagens: não possuem partes móveis;

não há contatos que podem provocar arcos; não existem materiais que se

desgastam com o uso; não há a ocorrência de repique dos contatos (bouncing); não

existe ruído acústico; a vida útil é maior; não há produção de EMI na comutação; a

velocidade de comutação é maior; possuem uma faixa de tensões e correntes de

operação maior

No entanto, também existem as desvantagens a serem consideradas como: o

circuito de saída é sensível podendo ser danificado por sobre tensões; a saída

precisa de uma tensão e corrente mínima para operar; a resistência ON é maior do

que a dos relés convencionais; podem ser mais caros que os relés convencionais;

normalmente está restrito à operação com um único polo; é mais sensível a

transientes; a capacitância de saída é maior; a corrente de fuga no estado OFF é

maior; e há aquecimento quando correntes elevadas são controladas.

No uso dos relés de estado sólido, devido às suas características, é preciso

tomar cuidado quando certos tipos de carga são comutados. Isso é válido para

cargas indutivas, quando existe o perigo de correntes e tensões de surto ser

produzidas no circuito comutado ou ainda quando cargas dinâmicas, como motores

e solenoides são controlados. Também é preciso tomar cuidado quando lâmpadas

incandescentes e elementos de aquecimento são controlados devido à menor

corrente inicial, quando estão ainda frios. O uso com lâmpadas de mercúrio,

fluorescentes e outros circuitos chaveados com altas indutâncias deve ser evitado.

1.2.1 – Tipos de Relés de Estado Sólido

Existem basicamente dois tipos de relés de estado sólido que são

especificados de acordo com a aplicação.

14

1.2.1.1 – Relés pequenos para DC

Os relés de pequena corrente para DC normalmente são fornecidos em

invólucros DIP de seis pinos, conforme esquema da Figura 5.

Figura 5 – Rele de Pequena Corrente

Nesses relés temos como emissor um LED infravermelho. A saída é

tipicamente acoplada a um transistor de potência ou outro dispositivo semicondutor,

de acordo com a figura 6.

Figura 6 – Rele de Pequena Corrente Acoplada a um Transistor de Potência

Existem casos em que o elemento de potência já está embutido no próprio

relé, não havendo assim a necessidade de elementos externos de controle. Nos

circuitos em que a saída contém um MOSFET a resistência no estado ON pode ser

da ordem de 10 ohms ou menor. As tensões de saída podem chegar aos 200 ou 300

V e as correntes entre 100 e 200 mA DC. Como o emissor e o receptor são

15

acoplados opticamente a resistência de isolamento é extremamente elevada

chegando a mais de 500 M ohms com tensões da ordem de 2 000 Volts ou mais.

1.2.1.2 – Relés AC para Controle de Energia a Partir da Rede

Os relés de estado sólido para aplicações em AC normalmente possuem

opto-diacs para serem ligados a um TRIAC externo. Na figura 7 temos um

dispositivo desse tipo. Em alguns casos, o TRIAC já pode estar embutido no próprio

dispositivo.

Figura 7 - Rele de Estado Sólido com Opto-Diac Interligado a um Triac.

A etapa de saída, quando possui um TRIAC embutido, geralmente pode

manusear tensões de 24 a 250 V com correntes da ordem de 1 a 4 ampères. Nos

tipos que possuem o TRIAC embutido deve ser levada em conta que existe uma

queda de tensão de 1 a 1,5 V nesse componente quando em condução. Esse fato é

importante para a determinação do calor gerado no dispositivo ao controlar uma

carga. Para efeitos de cálculo pode-se considerar uma potência de 1,2 W para cada

ampère de corrente conduzida.

1.3 – Termopar

Um termopar ou par termométrico consiste de dois condutores metálicos de

natureza distinta, na forma de metais puros ou ligas homogêneas, sendo

amplamente utilizados nos mais variados processos de medição de temperatura.

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Figura 8 – Diversos Tipos de Termopares.

O aquecimento de dois metais diferentes com temperaturas diferentes em

suas extremidades gera o aparecimento de uma F.E.M. (da ordem de mV). Este

efeito é conhecido como efeito Seebeck e propiciou a utilização de termopares para

medição de temperatura. Um esquema de um termopar é mostrado na Figura 9. No

nosso objeto de estudo e montagem, o termopar terá a função de monitorar a

temperatura na peça que está sendo retrabalhada, bem como manter a temperatura

constante.

Figura 9 – Esquema de um Termopar.

1.3.1 – Termopares Tipo K

Este Termopar é o mais utilizado na indústria em geral, pois tem uma

excelente resistência à oxidação em alta temperatura e à corrosão em baixas

temperaturas.

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Formado por fios de Chromel, como termo elemento positivo, e Alumel, como

termo elemento negativo. É adequado para medição contínua desde -200 ºC até

1260 °C. É recomendado para uso contínuo em atmosferas oxidantes ou

completamente inertes.

Não deve ser utilizado em atmosferas redutoras ou que alternam de oxidante

para redutora, atmosferas sulfurosas, vácuo (exceto por períodos curtos) ou em

atmosferas que produzam a corrosão conhecida por "green-rot" do termoelemento

Chromel.

O termopar tipo K é um termopar de uso geral e é mais resistente à oxidação

em temperaturas altas do que os tipos E, J e T. Tem um baixo custo e, devido à sua

popularidade estão disponíveis em diversos tipos de montagens. A longa exposição

em alta temperatura pode provocar o aparecimento de não homogeneidades nos

fios. Tem uma sensibilidade de aproximadamente 41µV/°C.

Tabela 1 – Faixas de Utilização e Limites de Erro para o Termopar tipo K

Nome do

Termoelemento

Faixa de

Utilização (C°)

Limite de Erro

Padrão Especial

(+) Chromel 0 a 1260 ±2,2ºC ou ±0,75% ±1,1ºC ou ±0,4%

(-) Alumel -200 a 0 ±2,2ºC ou ±2% -

Tabela 2 – Temperaturas Limite para as Diversas Bitolas do Termopar Tipo K

Bitola 14 AWG

(1,63 mm)

20 AWG

(0,81 mm)

24 AWG

(0,51 mm)

28 AWG

(0,33 mm)

30 AWG

(0,25 mm)

Temperatura

(ºC) 1090 980 870 870 760

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1.3.2 – Outros Tipos de Termopares

Existem outros tipos de termopares, também classificados de acordo com o

tipo de material utilizado, sendo eles:

a) Termopares Tipo E

Este termopar é mais utilizado nas atmosferas oxidantes e inertes em

ambiente redutores ou vácuo perdem suas características termoelétricas.

É formado por fios de Chromel, como termoelemento positivo, e Constantan,

como termoelemento negativo. É adequado para medição contínua desde -200 ºC

até 870 °C.

b) Termopares Tipo B

Este termopar possui características de utilização idênticas aos do tipo S e R.

Recomenda-se o tubo de proteção como os S e R em locais onde contenham

vapores de metais. Seus fios possuem uma resistência mecânica maior que os S e

R e geram um sinal termoelétrico muito baixo. Sua utilização é recomendada para

temperaturas altas, e a composição de sua liga é de 70% platina e 30% ródio.

c) Termopares Tipo J

Este termopar é recomendado para utilização no vácuo e em atmosferas

oxidantes. Não é recomendável a utilização deste termopar em locais que

contenham enxofre.

É formado por fios de Ferro puro, como termoelemento positivo, e

Constantan, como termoelemento negativo. É adequado para medição contínua

desde 0 ºC até 760 °C. Não é recomendado o seu uso em temperaturas abaixo de

0ºC devido à oxidação e fragilização do termoelemento Ferro.

d) Termopares Tipo R

Possui as mesmas características de uso e recomendações do Termopar tipo

S, porém sua composição é um pouco diferente contendo 87% platina e 13% ródio.

Este termopar também é utilizado como padrão em laboratórios.

19

e) Termopares Tipo S

Este é o mais conhecido e usado entre os termopares nobres. Possui uma

precisão altíssima e uma ampla faixa de utilização, alta repetibilidade de leitura e

baixa potência termoelétrica. Com todas essas características este termopar é

utilizado em laboratórios de calibração como um termopar padrão. A composição da

sua liga, é de 90% platina e 10% ródio. Recomenda-se este termopar para trabalhos

em locais oxidantes (sempre com tubos de proteção cerâmica), desde que utilizados

em sua faixa de trabalho.

1.4 – P.I.D.

O Significado da palavra PID é Progressivo Integral Derivativo e trata-se de

um controlador de processos que une as ações derivativas, integrais e

proporcionais, fazendo assim com que o sinal de erro seja minimizado pela ação

proporcional, zerado pela ação integral e obtido com uma velocidade antecipativa

pela ação derivativa. Um esquema elétrico do PID é mostrado na Figura 10.

Figura 10 – Esquema Elétrico do PID

20

Na prática os PIDs são encontrados no interior de controladores eletrônicos

chamados single loop, muitas vezes com microprocessadores e também através de

software em controladores programáveis e outros equipamentos de controle.

Um resumo da descrição e funções do PID é mostrado na tabela abaixo:

P Correção Proporcional ao Erro A correção a ser aplicada ao processo

deve crescer na proporção que cresce

o erro entre o valor real e o valor

desejado

I Correção Proporcional ao

Produto Erro x Tempo

Erros pequenos que existem há muito

tempo requerem correção mais intensa.

D Correção Proporcional à Taxa

de Variação do Erro

Se o erro está variando muito rápido,

esta taxa de variação deve ser reduzida

para evitar oscilações.

1.4.1 – Controle on-off ou Controle “Liga e Desliga”.

O sinal de saída tem apenas duas posições que vão de um extremo ao outro,

podendo ser: válvula aberta ou válvula fechada, resistência ligada ou resistência

desligada, compressor ligado ou compressor desligado função do controlador é a de

chavear a resistência tendo como parâmetro o valor de temperatura.

21

Figura 11 – Controlador ON-OFF

Nesse instante a resistência R é ligada através do relé K1 com a função de

elevar a temperatura, devido à característica do processo da temperatura continua

em queda durante algum tempo, antes de manifestar tendência ascendente.

Figura 12 – Detalhamento do chaveamento de R pelo controlador ON-OFF

O uso do controle ON-OFF é ideal em aplicações onde a variável a ser

controlada possui um tempo de resposta lento. Alguns exemplos de controle ON-

OFF: Estufas; Ar-condicionado; Ferro de passar roupa; Refrigeração de motores a

combustão, entre outros.

1.4.2 – Controle Proporcional (P)

Em processos que requerem um controle mais suave que aquele fornecido

pelo controlador ON-OFF, pode ser empregado o controle proporcional (P).

O controle proporcional fornece uma relação linear fixa entre o valor da

variável controlada e o valor que o atuador de controle pode fornecer. Este é um

processo em que a temperatura de operação pode variar de 50ºC a 550ºC. O

elemento controlador tem um raio de ação que fornece ao processo uma faixa de

temperatura que vai de 150ºC a 450ºC. O ponto central é 300ºC com uma faixa de

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controle de ±150ºC. Quando a temperatura está em 150ºC ou menos, o elemento

controlador é todo aberto. Quando a temperatura está entre 150ºC e 450ºC, o

elemento controlador movimenta-se para uma posição que é proporcional ao valor

da grandeza controlada. A 225ºC o elemento controlador está 75% aberto, a 300ºC

está 50% aberto, a 375ºC está 25% aberto e a 450ºC ou mais o elemento

controlador está 0% aberto, isto é, completamente fechado.

Figura 13 – Ação de um controle proporcional

Com isso temos que a faixa de valores é de 300ºC, porém, esse número

expressa uma porcentagem da faixa total de excursão da temperatura, que é de

500ºC (50ºC até 550ºC), portanto temos que a faixa proporcional expressa

300ºC/500ºC, ou 60% de todo o alcance da escala.

O comportamento desse controlador é através do seu Ganho, que é a relação

entre a porcentagem de variação do elemento controlador pela variação proporcional

da grandeza. Assim temos:

Ganho =

% de variação do elemento controlador

% de variação da grandeza controlada

No nosso exemplo, o ganho seria de:

23

(100% no elemento controlador)

= 1,66

(60% de variação na grandeza)

Podemos dizer então, que: Faixa proporcional = 100/Ganho

Pensando eletronicamente, podemos visualizar um Controle Proporcional na

figura 14, onde temos um circuito subtrator com Amplificadores Operacionais, no

qual, calculamos primeiramente o erro entre o SP e o PV, e depois vem um

amplificador onde amplificamos o erro para corrigir o valor PV alterado pelo

processo. Nessa mesma figura podemos imaginar a seguinte situação: temos que

controlar a velocidade de um motor e partiremos do princípio de que o motor está

rodando na velocidade determinada pelo SP.

Figura 14 – Diagrama eletrônico de um controle proporcional

Uma alteração na carga do motor implicará em uma variação da rotação e,

consequentemente, em uma variação do valor do PV que, por exemplo, está sendo

gerado por um taco gerador;

24

Essa variação implicará em uma alteração de tensão na saída do substrato,

fazendo com que o circuito tente corrigir esse distúrbio alterando a tensão de saída

que está acionando o motor;

A alteração é proporcional ao erro e dada pelo ganho do circuito amplificador

(R 1/R2).

Porém, quando o circuito se estabiliza ele não se estabiliza no set-point (SP),

e sim em um valor fora dele que é chamado de offset (figura 15). Esse erro é uma

característica do circuito proporcional e é maior quanto menor for o ganho do

circuito, tornando-se menor à medida que aumentamos o ganho. Em contrapartida,

quando aumentamos o ganho aumenta-se também a possibilidade de oscilações na

variável do processo, portanto, esse é um parâmetro que deve ser muito bem

otimizado no controlador.

Figura 15 – Ilustração do Off-Set

Para a correção desses off set existe em alguns controladores industriais um

reajuste manual que soma ou subtrai do valor de saída um valor correspondente à

eliminação do offset (no exemplo da figura 15 o ajuste manual soma ou subtrai

tensão).

25

1.4.3 – Controle Integral (I)

Quando se tem um sistema onde utilizamos um controlador proporcional, nas

alterações da carga o reajuste do offset deve ser feito de forma automática, e não

manualmente como citado acima.

Integrando-se o valor do erro no tempo obtemos esse reajuste; na prática o

controle integral é utilizado em conjunto com o controle proporcional formando o

controle proporcional integral.

Figura 16 – Gráfico de um Controle Proporcional Integral

Pode-se entender mais claramente visualizando um circuito eletrônico onde

foi implementada uma ação proporcional com a ação integral, conforme observado

as figuras 17e 18.

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2 – Planejamentos do Projeto

2.1 – Previsões de Custos

Os custos previstos dos elementos que compõem a estação BGA estão

relacionados na tabela 3.

Tabela 3 – Apresentação de Custos

Componentes Preço Unitário

(R$/item) Quantidade

Valor Total

(R$)

Rele de Estado Sólido 20,00 2 unid. 40,00

Termopares 5,00 2 unid 10,00

Resistências Térmicas 45,00 2 unid 90,00

PID 100,00 2 unid 200,00

Estrutura Metálica 100,00 1 unid 100,00

Fios 10,00 1 unid 10,00

Djuntores 30,00 4 unin 120,00

Fusível 0,50 2 unid 1,00

Cooler 2,00 2unid 4,00

TOTAL 575,00

2.2 – Diagrama de Blocos

O diagrama de bloco do sistema é apresentado conforme Figura 18:

Figura 18 – Diagrama de Blocos

Resistência Térmica

Rele de Estado Sólido

P.I.D.

Display Teclado

Termopares

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2.3 – Cronogramas Gerais

Tabela 2 - Cronograma

Período Data Executor Descrição das

tarefas Status

1ª Semana 28/01

Grupo Escolha do grupo OK

2ª Semana

04/02

Grupo Temas OK

3ª Semana

11/02

Grupo Máquina de

Retrabalho BGA OK

4ª Semana

18/02

Eduardo Paulo

Graziela Paulo

Custo do material do projeto

OK

5ª Semana 25/02

Paulo Graziela

Paulo

Pesquisa da monografia, custo e funcionamento

OK

6ª Semana

11/03

Eduardo Slide OK

7ª Semana

18/03

Grupo Reunir para preparar os

tópicos do projeto OK

8ª Semana

25/03

Grupo Reunião Divisão

de Tarefas OK

9ª Semana 01/04

Grupo Montagem da monografia

OK

10ª Semana

08/04

Grupo Adquirir o material

do protótipo OK

11ª Semana

15/04

Grupo Montagem da monografia

OK

12ª Semana

22/04

Grupo Montagem do

protótipo OK

13ª Semana

29/04 Grupo Verificar a

ortografia da monografia

OK

14ª Semana 06/05

Grupo

Inserir todos os dados do

protótipo na monografia

OK

15ª Semana

13/05

Grupo Digitalizar toda monografia e

protótipo OK

16ª Semana

20/05

Grupo Conferir a

apresentação da monografia

OK

17ª Semana

26/05

Grupo Apresentação

final no Auditório OK

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3 – Desenvolvimentos do Projeto

3.1 – Pesquisa em livros e revistas técnicas e na internet pelas pessoas

componentes do grupo.

3.2 – Os testes com componentes pesquisados foram satisfatórios ao

objetivo proposto no projeto, ultrapassando as expectativas.

3.3 – Pesquisa de mercado do valor dos componentes a serem utilizados no

projeto não foi difíceis de achar, a proposito foram muito fáceis de encontrar e com

preços bem acessíveis, conforme tabela de preços informado nesta Monografia.

3.4 – Estudo da viabilidade do projeto foram gastos 80 horas de trabalho e

não houve muita dificuldade na confecção da máquina de retrabalho BGA e seus

periféricos).

3.5 – Distribuição das tarefas a serem executadas no decorrer da manufatura

do projeto foi aceita de comum acordo sem houvesse qualquer sobrecarga a

qualquer participante.

30

4 – Resultados Obtidos

Os resultados obtidos foram satisfatórios, e de acordo com o previsto, a

estação de retrabalho se mostrou muito eficiente, conforme ao que se propuseram,

atingindo todos os critérios de uma máquina ou estação de Solda BGA e

componentes smd. A máquina foi testada e obteve o sucesso de 80% nos consertos

de aparelhos com ela reparados, percentual este excelente para uma máquina de

retrabalho atualmente.

31

Conclusão

O objetivo inicialmente proposto foi totalmente alcançado, os problemas foram

todos resolvidos através de reuniões e pesquisas, o trabalho foi muito estimulante

para o grupo que apresentou moral alto, tendo em vista que está dentro de nossa

área de atuação e agregou muito em nosso conhecimento técnico e pessoal.

32

Referências

Máquinas e equipamentos existentes no mercado internacional voltadas a

manutenção eletrônica de placas e circuitos SMD. (artigos, fóruns e sites

consultados em ordem alfabética).

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Ed.

Cortez, 2000.

http://www.ecil.com.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlador_proporcional_integral_derivativo

http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/1436-art210