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CLIPPING DE NOTÍCIAS 11.07.2008 (Compilado para uso Exclusivo dos integrantes do Escritório) ÍNDICE DE ASSUNTO - VEIRANO - Concorrentes - Administrativo - Agronegócios - Ambiental - Aviação - Bancário - China - Civil - Comércio Exterior - Concorrência - Consumidor - Diversos - Energia, Petróleo e Gás - Imigração Empresarial - Judiciário - Marítimo - Mineração - Penal - Propriedade Intelectual - Seguro - Societário - Tabaco - Tecnologia - Telecomunicação - Trabalhista e Previdenciário - Tributário VEIRANO. CVM aprova a totalidade dos serviços do Assembléias Online™. A Consulta da MZ foi resultante de discussões, interação e colaboração entre a Companhia e seis excepcionais escritórios de advocacia: Pinheiro Neto, Machado Meyer, Barbosa Müssnich, Mattos Filho, Veirano e Demarest. (PR Newswire) Página 1 de 260

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CLIPPING DE NOTÍCIAS11.07.2008

(Compilado para uso Exclusivo dos integrantes do Escritório)

ÍNDICE DE ASSUNTO

- VEIRANO - Concorrentes

- Administrativo - Agronegócios

- Ambiental - Aviação

- Bancário - China

- Civil - Comércio Exterior

- Concorrência - Consumidor

- Diversos - Energia, Petróleo e Gás

- Imigração Empresarial - Judiciário

- Marítimo - Mineração

- Penal - Propriedade Intelectual

- Seguro - Societário

- Tabaco - Tecnologia

- Telecomunicação - Trabalhista e Previdenciário

- Tributário

VEIRANO.

CVM aprova a totalidade dos serviços do Assembléias Online™. A Consulta da MZ foi resultante de discussões, interação e colaboração entre a Companhia e seis excepcionais escritórios de advocacia: Pinheiro Neto, Machado Meyer, Barbosa Müssnich, Mattos Filho, Veirano e Demarest. (PR Newswire)

CONCORRENTES.

CVM aprova a totalidade dos serviços do Assembléias Online™. Barbosa Missnich, Demarest, Mattos Filho. Machado Meyer, Pinheiro Neto. (PR Newswire)

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ADMINISTRATIVO.

Cooperação internacional na parceria público-privada: Universidades vão criar plano de desenvolvimento com o município de Macaé para atender a demanda de infra-estrutura no longo prazo. (Brazilian Business)

LDO - Chinaglia barra votação de diretriz no Congresso. (DCI)

Governo terá RP no exterior por R$15 milhões: Empresa vencedora de licitação, que deverá promover e defender imagem do Brasil, será anunciada semana que vem. (Globo)

Abdib reage à mudança em saneamento no PR. (Globo)

Novo texto impõe controle estatal. (Globo)

Compras públicas - São Paulo beneficia micros nas licitações: Estado é oitavo do país a regulamentar legislação federal. (Valor)

AGRONEGÓCIOS.

Fomento - BNDES irá aplicar R$ 1,5 bi em fundos. (GM)

Agroenergia - Uruguai adere ao álcool combustível. (Valor)

Mercosul integrado - Os países que integram o Mercosul vão poder contar, a partir do próximo ano, com informações atualizadas sobre o mercado agrícola, riscos de pragas e políticas que serão disponibilizadas nos sites oficiais dos órgãos participantes, como a Conab e o Ministério da Agricultura. O projeto é mantido pelo Conselho Agropecuário do Mercosul (CAS) e a Rede de Coordenação de Políticas Agrícolas (Redpa) e tem financiamento do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), no valor de US$ 800 mil. Os países-membros dão a contrapartida com a produção de informações e sugestões ao projeto. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B12 Agronegócios)

AMBIENTAL.

Corte ilegal: Madeireira tem atividades suspensas por crime ambiental. (Conjur)

Ambiente - Ibama multa Vale por venda de madeira, mas empresa contesta: Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da companhia garante que aconteceu erro técnico em inventário entregue ao instituto em 2005. (DCI)

Energia - Reservas ambientais não devem afetar tarifa, afirma Carlos Minc. (DCI)

Logística - Ibama autoriza instalação de trecho da Ferrovia Norte-Sul: A empresa responsável pela obra deverá cumprir 18 condições impostas pela entidade na licença de intalação, como a avaliação dos corredores ambientais. (DCI)

Meio Ambiente - Ibama aplica multa à Vale: Mineradora é acusada de venda ilegal de madeira. (Estado)

ONGs criticam área maior para uso rural na Amazônia. (Estado)

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Nova proposta de Minc exclui usinas do Madeira. (Estado)

Ambiental - Ibama multa Vale em R$ 5 milhões: Mineradora nega venda de madeira e demite culpados por multa do Ibama. (GM)

Minc aprova ampliação de venda de terras: Ministro diverge publicamente de sua antecessora no cargo; MP foi apelidada de Plano de Aceleração da Grilagem. (Globo)

Meio Ambiente quer diesel S-50 em 2009. (Globo)

Cerco - Digitais Verdes - Nesta sexta-feira 11, a Vale do Rio Doce e o Ministério do Meio Ambiente assinam um acordo pelo qual a empresa se compromete a não mais vender minério para produtores de ferro-gusa que utilizem carvão sem certificação ambiental. Mais da metade das usinas em operação no País, hoje, alimentam seus fornos à base de desmatamentos clandestinosNota na íntegra. (Isto é n. 2018 - 09.07.2008 p. 31)

Meio Ambiente - Lei põe floresta em risco: Ambientalistas consideram aprovação da MP 422, que amplia em 1 mil hectares o tamanho das fazendas ilegais na Amazônia passíveis de regularização, um convite ao desmatamento. (JC)

Ecologicamente correto - O presidente da Vale, Roger Agnelli, assina nesta sexta-feira, com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, termo de compromisso pelo qual a companhia se compromete a fornecer minério de ferro apenas para clientes que comprovem a legalidade da madeira e do carvão vegetal utilizados em sua cadeia produtiva.Nota na Íntegra (Jornal do Commercio 11.07.2008 p. A4 Economia)

Amazônia legal. (Monitor)

Erro técnico leva Ibama multar a Vale. (Monitor)

Celulose - Justiça multa Veracel e quer retirada de florestas. (Valor)

O Supremo e a nova compensação ambiental: É bom ter em conta que o percentual estipulado e o destino dos recursos sempre serão passíveis de questionamentos. (Valor)

Grupo de consolidação de leis aprova duas propostas. (Valor)

AVIAÇÃO.

Trabalhista - Justiça libera R$ 47,5 mi para dívida da Varig. (DCI)

Gol fecha acordo com a American Airlines - A Gol, através da VRG Linhas Aéreas S.A., assinou um Interline Traffic Agreement com a norte-americana American Airlines. Por meio da parceria, os passageiros das duas empresas podem adquirir bilhetes para todos os destinos, domésticos e internacionais, operados por ambas companhias. O acordo permite a venda conjugada de bilhetes ponto a ponto em todos os canais, exceto via website. Atualmente, a American Airlines opera vôos diretos para Miami, Dallas e Nova York.Nota na Íntegra (DCI 11.07.2008 p. A4 Política Econômica)

Congonhas vai ampliar pista do Aerolula: Projeto orçado em R$ 4 milhões é a primeira medida de segurança no aeroporto após acidente com aeronave da TAM. (Folha)

Volta Redonda ganhará aeroporto Vale do Aço. (Monitor)

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Varig pagará ações trabalhistas. (Monitor)

Varig paga credores - O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro e responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, liberou o início do pagamento devido aos credores trabalhistas (classe 1) que aderiram ao plano de recuperação judicial da antiga Varig. O rateio de cerca de R$ 47,5 milhões - valor oriundo do resgate antecipado de papéis da dívida (debêntures) - foi limitado a cinco salários mínimos para cada trabalhador, conforme a norma do artigo 54 da Lei de Recuperação de Empresas. O excedente será pago brevemente tão logo o juiz receba oficialmente a comunicação da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. No início do ano, o juiz já havia determinado a liberação de R$ 88 milhões para o pagamento aos credores das classes 1, 2 e 3. O Tribunal de Justiça, porém, deu efeito suspensivo a alguns recursos, o que inviabilizou o início dos pagamentos. No total, a antiga Varig tem 14 mil credores trabalhistas, com cerca de R$ 238,8 milhões a receber. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. E1 Legislação)

BANCÁRIO.

Unibanco é condenado em R$ 30 milhões no Rio. (Globo)

Regulação - Estados Unidos querem mais poder sobre os bancos. (JC)

Crise – Banco de investimento é alvo de Bernanke: Presidente do Fed sugere ao congresso americano mudança geral na regulamentação financeira do país. (Valor)

CHINA.

Fim da pirataria na China? (ABPI.Empauta.com)

Autopeças - Brasil investiga ação irregular na exportação de pneus pela China. (DCI)

Siderurgia - Diminuição da produção de alumínio chinês elevará preços: Decisão de diminuir em 500 mil toneladas a produção é causada por falta de energia; Brasil não tem produção suficiente para ocupar o espaço. (DCI)

Superávit comercial cai e China rediscute câmbio. (Valor)

Com mineradora, China estréia no mundo das aquisições hostis. (Valor)

CIVIL.

Questionamentos - OAB contesta legalidade de nova identificação civil. (JC)

Condômino inadimplente com endereço ignorado. (UI)

COMÉRCIO EXTERIOR.

Relações Internacionais - Itamaraty endurece discurso contra texto da Rodada de Doha. (DCI)

Autopeças - Brasil investiga ação irregular na exportação de pneus pela China. (DCI)

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OMC - Nicolas Sarkozy rejeita possibilidade de acordo para Doha e critica Brasil: Presidente francês diz que tem apoio dos 27 países da União Européia para ir às Olimpíadas na China. (DCI)

Comércio Exterior - Brasil ataca novo texto da OMC para Doha: Corte de subsídios agrícolas proposto por países ricos desagrada. (Estado)

Com Mercosul dividido, OMC refaz propostas para Doha: Sarkozy culpa Brasil e China por impasse global. (Folha)

Comércio - OMC divulga novos textos de negociação da Rodada Doha: Negociadores dos EUA e da UE informam que receberam propostas, mas que "há brechas”. (GM)

Comérico Exterior - Lamy: acordo implica comércio mais estável. (JC)

Acordo entre Mercosul e Índia tem parecer favorável da CREO. (Senado)

Novos textos para a Rodada Doha desagradam setor agrícola brasileiro. (Valor)

Brasil fecha acordos para se aproximar do Vietnã. (Valor)

Mercosul integrado - Os países que integram o Mercosul vão poder contar, a partir do próximo ano, com informações atualizadas sobre o mercado agrícola, riscos de pragas e políticas que serão disponibilizadas nos sites oficiais dos órgãos participantes, como a Conab e o Ministério da Agricultura. O projeto é mantido pelo Conselho Agropecuário do Mercosul (CAS) e a Rede de Coordenação de Políticas Agrícolas (Redpa) e tem financiamento do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), no valor de US$ 800 mil. Os países-membros dão a contrapartida com a produção de informações e sugestões ao projeto. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B12 Agronegócios)

CONCORRÊNCIA.

Farmacêutica - Cade aprova aquisição da DM Indústria Framcêutica pela concorrente Hypermarcas. (DCI)

Unilever - A Unilever entrou com ação na Justiça para pedir a anulação da multa de R$ 94 mil, aplicada em fevereiro de 2007 pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. O processo administrativo foi instaurado pela Secretaria ao constatar que a empresa não cumpriu seu dever de informar o consumidor acerca das alterações quantitativas do produto macarrão instantâneo Lámen.Nota na Íntegra (DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

Cade aprova venda da DM Farmacêutica - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da empresa multimarcas DM Indústria Farmacêutica pela concorrente Hypermarcas, dona da Assolan. A DM era a dona de marcas como Doril, Monange e Vitasay, além dos adoçantes Zero-Cal e Adocyl. Segundo o Cade, a concentração resultante da fusão não representa prejuízo aos consumidores pelo fato de não haver barreiras à entrada de novos concorrentes nesse mercado. Nota na Íntegra (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B12 Negócios)

Truste - Cargill e empresas de alimentos são alvo de investigação: A Cargill, a maior empresa do setor agrícola dos EUA, e comercializadoras de grãos de dois países sofreram batidas de autoridades da União Européia (UE) em uma investigação antitruste referente a um suposto esquema de fixação de preços. Autoridades fizeram visitas surpresas a escritórios da Cargill na Itália, disse Francis DeRosa, porta-voz da Cargill na Inglaterra. A Comissão Européia, autoridade antitruste da UE, fez inspeções em

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dois países, disse o departamento. As empresas podem ser multadas em até 10% de suas vendas anuais devido a violações antitruste.Nota na Íntegra (Folha de São Paulo 11.07.2008 p. B3 Dinheiro)

Cargill - UE investiga multinacional por formação de cartel. (GM)

Duelo de aço...Já a indicação de Arthur Badin para o Cade, que seria patrocinada pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, divide a Casa. O PV (Partido da Vale) é contra. O PCSN (Partido da CSN), a favor. Nota na Íntegra (O Globo 11.07.2008 p. 16 Coluna Ancelmo Gois - Rio)

Cade - Aprovada a compra de fabricante do Zero-Cal. (JC)

Retífica CH - A multinacional White Martins não foi condenada por cartel, mas por lesar a Agência Brasileira de Inteligência. A WM pode recorrer.Nota na Íntegra (Jornal do Commercio 11.07.2008 p. A9 País)

Cade aprova compra de ativos do grupo Ipiranga. (Monitor)

Multa da Unilever - O pedido da Unilever à Justiça para anulação da multa de R$ 94.586 aplicada no ano passado pela Secretaria de Direito Econômico, foi anulado. A empresa foi condenada por maquiagem de produto. Houve modificação da quantidade do macarrão instantâneo, segundo O Globo. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B4 Empresas)

Os escritórios das processadoras americanas de grãos Bunge e Cargill na Itália foram investigados por autoridades da União Européia e do governo italiano em busca de provas de violação de normas de comércio e cartelização de preços agrícolas, informaram autoridades. As duas empresas confirmaram a ação e disseram estar colaborando com as investigações. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B9 Empresas - The Wall Street Journal Americas)

CONSUMIDOR.

Direitos do consumidor: milagre ou magia dos “99”. (UI)

DIVERSOS.

Em prol do Terceiro Setor. (JC)

ENERGIA, PETRÓLEO E GÁS.

Causas reais e os "fracassomaníacos": O Brasil está em situação privilegiada com suas safras mais as fontes alternativas de energia. (DCI)

Nuclear - Governo quer parceria para usinas nucleares. (DCI)

Eletricidade - Argentina antecipa devolução de energia. (DCI)

Energia - Reservas ambientais não devem afetar tarifa, afirma Carlos Minc. (DCI)

Paraguai - Lugo enfrenta racha por nomeação em Itaipu. (DCI)

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Energia - AIE eleva projeção da demanda de petróleo em 2008. (DCI)

Etanol - Brasil pode ampliar posição de exportador. (DCI)

Gás Natural – Indústrias fogem do gás por temor de escassez do produto: Empresas vêem na formação de um mercao paralelo à distribuilção de gás natural uma forma de tornar o insumo mais atraente aos negócios. (DCI)

Brasil Ecodiesel minimiza ações contra Petrobras - Em comunicado ao mercado, a Brasil Ecodiesel minimizou os efeitos da ação judicial movida contra a Petrobras nos negócios que a companhia tem com a petrolífera estatal. De acordo com o documento, "a medida judicial proposta contra a Petrobras foi realizada em caráter pontual e preventivo para apuração de responsabilidades por descumprimento contratual". A Brasil Ecodiesel afirma ainda que possui diversos contratos com a Petrobras que serão cumpridos integralmente.Nota na Íntegra (DCI 11.07.2008 p. A4 Política Econômica)

Falta energia ou falta visão? (Estado)

Petróleo estatal, adeus Brasil verde: Que falta faz um mercado de verdade na energia do Brasil!. (Estado)

Energia e Combustíveis - Governo quer parceria em nucleares: Participação de grupos privados na construção das usinas seria definida por meio de leilões, diz o ministro Lobão. (Estado)

Lobão promete licitações da ANP ainda para este ano. (Estado)

Nova proposta de Minc exclui usinas do Madeira. (Estado)

Governo fará novos leilões de petróleo neste ano, diz Lobão: Licitações de blocos não vão incluir áreas na camada do pré-sal, segundo ministro. (Folha)

A política dos EUA sobre etanol não deve mudar. (GM)

Opep reduz sua previsão de demanda. (GM)

Petrolíferas relutam em investir no Irã. (GM)

Eletricidade - Tractebel entra no segmento de PCHs. (GM)

Plano Pickens - Magnata do petróleo defende energia eólica: O magnata do petróleo T. Boone Pickens (foto), lançou nesta semana uma grande campanha a favor da energia eólica. Ele apresentou a proposta em publicidade de página inteira nos jornais anunciando o Plano Pickens. O plano tem a ambição de reduzir a dependência americana do petróleo e aumentar a produção de energia eólica para cobrir 20% das necessidades de eletricidade do país. Pickens também defende o uso do gás natural como combustível para automóveis, o que permitirá aos Estados Unidos reduzir em um terço a importação de petróleo e economizar mais de US$ 230 bilhões/ano. Nota na Íntegra (Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. A3 Gazeta Global)

Devolução argentina - A Argentina começou a devolver com dois meses de antecedência a energia que o Brasil vem fornecendo desde maio para evitar uma crise de abastecimento no país vizinho, informou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo ele, a Argentina devolveu ao Brasil na quarta-feira cerca de 900 megawatts (MW) e, a expectativa do Operador Nacional do Sistema (ONS) é receber mais 1.200 MW até hoje. "A devolução (antecipada) é uma sinalização de que a situação começa a se normalizar lá", disse o ministro em visita à sede do ONS. Nota na Íntegra (Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C2 Infra-Estrutura)

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Presidente volta a defender o etanol: Lula reafirma prioridade para relações com América Latina, África e Ásia. (Globo)

Atestado de economia: Edificações comerciais terão escala de eficiência energética criada por Procel e Inmetro. (Globo)

Meio Ambiente quer diesel S-50 em 2009. (Globo)

Lugo já enfrenta crise sobre Itaipu: Carlo Mateo será o direitor paraguaio da usina, mas indicação causa divisões no futuro gabinete. (Globo)

Na base do facão: Há muitos anos que o debate em torno de Belo Monte sofre de dois males fundamentais: a falta de informação e a manipulação de dados para fortalecer opiniões. (Globo)

Integração - Empresa é autorizada a tocar projeto no Velho Chico. (JC)

Lobão quer retomar 8ª Rodada da ANP este ano. (Monitor)

Petrobras aciona judicialmente Brasil Ecodiesel e vice-versa. (Monitor)

8ª rodada de licitações sairá ainda este ano: Lobão afirma que o governo quer realizar também a 10ªrodada em 2008. (Setorial News)

Equipamentos - Efacec vai investir em energia eólica e em transportes no Brasil: Grupo português fechou contrato de R$ 200 milhões com a CPTM. (Valor)

Agroenergia - Uruguai adere ao álcool combustível. (Valor)

IMIGRAÇÃO EMPRESARIAL.

A tourada de Madri: A Espanha volta a se abrir aos turistas brasileiros, mas fecha o cerco a quem vive lá como imigrante ilegal. (Isto é)

JUDICIÁRIO.

Jurisprudência - Gomes de Barros: STJ sofreu desvio de direção. (JC)

Gomes de Barros: Jurisprudência do STJ deve funcionar como um farol. (STJ)

STJ já tem 357 súmulas: Importante instrumento jurídico adotado pelo direito brasileiro desde 1963, a súmula de jurisprudência dominante é utilizada para garantir a segurança jurídica, promover a celeridade processual e evitar a multiplicação de processos. (STJ)

MARÍTIMO.

Porto do Açu: referência mundial em tecnologia portuária. (Brazilian Business)

Marinha quer usar royaties. (Globo)

Proposta para mudar a lei de royaties. (Globo)

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Navegação - FMM sem verba para financiar estaleiros: Pedidos de R$ 3,3 bi se acumulam desde dezembro do ano passado e ajuda do BNDES é incerta. Déficit estimado é usperior a R$ 1 bilhão. (JC)

MINERAÇÃO.

A estratégia da mineração na gestão das águas. (Brasil Mineral)

Siderurgia - Diminuição da produção de alumínio chinês elevará preços: Decisão de diminuir em 500 mil toneladas a produção é causada por falta de energia; Brasil não tem produção suficiente para ocupar o espaço. (DCI)

Ambiente - Ibama multa Vale por venda de madeira, mas empresa contesta: Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da companhia garante que aconteceu erro técnico em inventário entregue ao instituto em 2005. (DCI)

Meio Ambiente - Ibama aplica multa à Vale: Mineradora é acusada de venda ilegal de madeira. (Estado)

Ambiental - Ibama multa Vale em R$ 5 milhões: Mineradora nega venda de madeira e demite culpados por multa do Ibama. (GM)

Ofertas Públicas - Reservas de varejo da Vale começam hoje. (GM)

Cerco - Digitais Verdes - Nesta sexta-feira 11, a Vale do Rio Doce e o Ministério do Meio Ambiente assinam um acordo pelo qual a empresa se compromete a não mais vender minério para produtores de ferro-gusa que utilizem carvão sem certificação ambiental. Mais da metade das usinas em operação no País, hoje, alimentam seus fornos à base de desmatamentos clandestinosNota na íntegra. (Isto é n. 2018 - 09.07.2008 p. 31)

Ecologicamente correto - O presidente da Vale, Roger Agnelli, assina nesta sexta-feira, com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, termo de compromisso pelo qual a companhia se compromete a fornecer minério de ferro apenas para clientes que comprovem a legalidade da madeira e do carvão vegetal utilizados em sua cadeia produtiva.Nota na Íntegra (Jornal do Commercio 11.07.2008 p. A4 Economia)

Erro técnico leva Ibama multar a Vale. (Monitor)

Metais - Regras instáveis afastam as mineradoras de parte da AL: Países como Bolívia e Venezuela recebem pouco investimento. (Valor)

Com mineradora, China estréia no mundo das aquisições hostis. (Valor)

A Rio Tinto, mineradora anglo-australiana, vendeu por US$ 495 milhões seu depósito de urânio Kinture, na Austrália, à mineradora canadense Cameco e ao conglomerado japonês Mitsubishi, como parte do plano de alienar US$ 15 bilhões em ativos e reduzir a dívida de US$ 40 bilhões relacionada à compra da Alcan. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B9 Empresas - The Wall Street Journal Americas)

PENAL.

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Penal - Crimes virtuais passarão a ser punidos com novo projeto: Texto aprovado ontem pelo Senado traz novas perspectivas de punição com relação aos crimes virtuais; projeto volta para Câmara com poucas alterações. (DCI)

PROPRIEDADE INTELECTUAL.

Fim da pirataria na China? (ABPI.Empauta.com)

Propriedade Industrial - Eli Lilly vai recorrer da negação de patente. (DCI)

Automóveis - GM não vai quebrar nem vender marcas, diz Wagoner. (Estado)

Copiar é parte da natureza da rede. (Estado)

Pirataria - Polícia Civil apreende 5,5 milhões de produtos piratas no Estado de SP. (Estado)

Contra a corrente: SMD, o formato mais barato de CD que o sertanejo Ralf lançou em 2005 para combater a pirataria, já atrai mais de mil artistas e vira opção para a geração MySpace. (Folha)

Requisição judicial deve adiar efeito. (GM)

Parceria para boas estréias: Mercado acerta arestas para identificar formas eficientes de divulgar filmes e incluir marcas nos roteiros. (Meio & Mensagem)

Umbro busca uma maior aproximação com o brasileiro. (Meio & Mensagem)

Patente: AstraZeneca mantêm patente de medicamento Seroquel. (Migalhas)

Censura judicial, uma ameaça às biografias. (Valor)

Caso Bratz - A Mattel, fabricante da Barbie, disse ontem à Justiça americana que a MGA Entertainment ajudou um ex-funcionário da empresa a levar a idéia da boneca Bratz para a rival. "E.mails e documentos internos da MGA mostram que a companhia auxiliou Carter Bryant a contrabandear o projeto da Mattel", disse o advogado da fabricante de brinquedos, John Quinn, em corte federal nos EUA, segundo a agência Bloomberg. Um júri formado por três homens e sete mulheres vai decidir se houve ou não espionagem industrial, conforme acusação da Mattel. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B1 Empresas)

Johnnie Walker paga táxi - A marca de uísque Johnnie Walker vai pagar aos consumidores 5 mil quilômetros em viagens de táxis em São Paulo, a partir das 19h de amanhã até às 5h do dia seguinte. A ação leva em conta a nova lei seca em vigor no país. Quem for deixar o carro em casa pode ligar para a Central Comum Rádio Táxi (5069-0404) e dizer a senha: "Quero meu Piloto da Vez". Os consumidores também podem retirar boletos nos bares parceiros do "Movimento Piloto da Vez". Os baladeiros devem ter mais de 18 anos e as viagens, menos de 10 quilômetros. A marca estuda levar a campanha para outras cidades. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B5 Empresas)

SEGURO.

Resseguros – IRB aumenta juros de parcelamento para resseguro. (DCI)

Seguros - Previdência do Sul dobra receita e mira a baixa renda. (GM)

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Proteção - Resseguro atrai fundo de pensão. (JC)

Ética - Seguradores elegem conselho e criam selo. (JC)

(Re) resseguro - A J. Malucelli não vai se aventurar sozinha no resseguro. Pretende se associar a uma seguradora internacional. Vem mantendo contatos com pelo menos duas companhias.Nota na íntegra. (Relatório Reservado 3418 – 11.07.2008)http://www.relatorioreservado.com.br/Arquivo/2008/RR_08_07_11.asp

Nova resseguradora - A americana Paris Re recebeu autorização da Superintendência de Seguros Privados para criar resseguradora eventual (empresa que opera por meio de representante). A UIB Re foi autorizada a operar como corretora de resseguro. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. C1 Finanças)

SOCIETÁRIO.

Químicos - Rohm & Haas é vendida para a Dow Chemical por US$ 18,8 bi: O financiamento para a transação inclui a compra de uma participação no valor de US$ 3 bi por parte da Berkshire Hathaway e US$ 1 bi do Kuwait. (DCI)

Eletrodomésticos - General Electric irá vender divisão de US$ 7 bi a acionistas. (DCI)

Mercados de Capitais - Citi recomenda a venda de ação de emergentes. (DCI)

Internacional - Europa autoriza fusão entre a Sony e a BMG. (DCI)

Farmacêutica - Cade aprova aquisição da DM Indústria Framcêutica pela concorrente Hypermarcas. (DCI)

Louis Dreyfus confirma que quer comprar a Agrenco - A LDC (Louis Dreyfus Commodities) informou ontem, em nota, que "a LDC continua a envidar seus melhores esforços, incluindo no que diz respeito ao processo de due diligence, com a mesma elevada intensidade, no sentido de ser capaz de informar à Agrenco quanto à sua intenção de concretizar ou não a operação de parceria antes do prazo nele fixado. À luz das informações que se tornaram disponíveis nesta data, a LDC não poderá precisar quando estará em posição de prover tal informação". A Agrenco recebeu na última quarta-feira uma oferta da Noble Brasil, mas decidiu seguir em frente com as negociações com a LDC.Nota na Íntegra (DCI 11.07.2008 p. B3 Agronegócio)

Reestruturação - Siemens demitirá no alto escalão: Peter Löscher, presidente da Siemens, rejeitou as críticas dos sindicatos aos planos do consórcio de cortar 16.700 postos de trabalho no mundo todo, pois poderão afetar fundamentalmente os diretores. Ele afirmou que, dos 2.300 postos existentes no mais alto nível de gestão serão cortados 8%, e dos 23 mil de nível médio, até 4%.Nota na Íntegra (DCI 11.07.2008 p. A9 Internacional)

Bebidas - InBev tenta atrair comando da Anheuser: Carlos Brito, da InBev, diz que empresa tem recursos para a compra e manterá executivos da rival. (Estado)

Automóveis - GM não vai quebrar nem vender marcas, diz Wagoner. (Estado)

Dow compra rival por US$ 15,3 bilhões - A Dow Chemical anunciou ontem a compra da rival Rohm and Haas por US$ 15,3 bilhões, em uma estratégia para ampliar sua oferta de produtos em mercados de margens mais altas, como tintas, revestimentos e materiais eletrônicos. Com a compra, o presidente-

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executivo da Dow, Andrew Liveris, tomou um passo importante em direção à sua antiga meta de fazer a Dow se mover para negócios de produtos químicos especiais. Nota na Íntegra (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B12 Negócios)

Capital Aberto - Formalidade estimula vendas da SulAmerica: Demanda de pequenas empresas e distribuição em bancos garantem crescimento orgânico. (GM)

Capital Aberto - M&S conquista apoio de acionistas: Empresa consegue aprovar reeleição de executivo, apesar de protestos. (GM)

Estratégia - Gaúcha Zamprogna negocia aquisições. (GM)

Farmacêutica - Shire compra laboratório alemão de biotecnologia. (GM)

Recuperação - Investidor deve buscar solução conjunta. (GM)

Montadora - GM está longe da falência e tem ainda fluxo de caixa. (GM)

‘Sinal verde à compra de uma corretora média’. (Globo)

Serasa - Falências recuaram no primeiro semestre. (JC)

Cade - Aprovada a compra de fabricante do Zero-Cal. (JC)

Acordo - Inbev diz que já tem o apoio financeiro: Se compra for realizada, executivos e Conselho Administrativo da Anheuser-Busch podem ser mantidos. (JC)

Cade aprova compra de ativos do grupo Ipiranga. (Monitor)

CVM divulga Relatório resultado Final do Estudo sobre a Avaliação da Rotatividade dos Auditores Independentes. (NF)

STF julgará a penhora do patrimônio da extinta RFFSA. (STF)

Pesquisa - A alemã GfK tem ajuda dos Herz para comprar a TNS. (Valor)

Estratégia - Com novo CEO, Bertin acerta ponteiros para a abertura de capital: João Pinheiro Nogueira Batista assume o cargo para "aprofundar" a governança corporativa. (Valor)

Gestão de Recursos - Private Banks criam regras para definir perfil de clientes: Novos investidores de alta renda têm agora padrão de aplicações de acordo com seu apetite de risco. (Valor)

Caso Agrenco - Dreyfus deve decidir hoje sobre aquisição: Empresa retira restrição à compra de ações dos investidores, mas não esclarece se fará proposta. (Valor)

Credit Suisse vendeu parte de suas ações neste ano. (Valor)

Governança – Investigações sobre opções inocenta Apple: Empresa alterou datas de vencimentos. (Valor)

A Novartis, farmacêutica suíça, anunciou oferta de US$ 879 milhões pelos 91,3% que ainda não tem da também suíça Speedel Holding. Com isso, a Novartis passa a controlar o medicamento para pressão alta Tekturna, desenvolvido pelas duas empresas.Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B9 Empresas - The Wall Street Journal Americas)

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TABACO.

Crianças são maiores vítimas do fumo passivo, diz estudo: Segundo estudo governamental nos EUA, cerca de 60% das crianças são fumantes passivas dentro de suas casas. (Estado-Online)

Maconha sim, tabaco não - O governo da Holanda proibiu o consumo de tabaco em seus coffee shops, mas fumar maconha dentro deles continua liberado. Detalhe: o cigarro tem de ser apenas de maconha, ou seja, não vale misturar a erva com tabaco. O presidente da Associação Holandesa dos Bares, Marc Jacobsen, classificou a lei como "ridícula". "Em outros países, as autoridades procuram maconha no seu cigarro de tabaco. Aqui, elas verão se você tem tabaco na sua maconha." Nota na íntegra. (Isto é n. 2018 - 09.07.2008 p. 23)

AGU defende no STF manutenção da alíquota do IPI sobre cigarros para proteger saúde pública. (NF)

Fumaça é fogo - A julgar pelos comentários que têm sido feitos em petit comité pelo novo presidente da Souza Cruz, Dante Letti, a gestão de seu antecessor, Andrew Gray, não deixou saudades. As críticas incluem perda de foco, erros em decisões estratégicas e acelerado desgaste nas relações com o governo do Rio de Janeiro, devido ao esvaziamento das operações no estado.Nota na íntegra. (Relatório Reservado 3418 – 11.07.2008)http://www.relatorioreservado.com.br/Arquivo/2008/RR_08_07_11.asp

TECNOLOGIA.

Penal - Crimes virtuais passarão a ser punidos com novo projeto: Texto aprovado ontem pelo Senado traz novas perspectivas de punição com relação aos crimes virtuais; projeto volta para Câmara com poucas alterações. (DCI)

Tecnologia - Senado aprova projeto que pune crimes e pedofilia na internet: Texto prevê detenção para quem inserir vírus, divulgar informações confidenciais ou violar dados confidenciais. (Estado)

Requisição judicial deve adiar efeito. (JC)

Provedores criticam lei sobre crimes na internet: Principal queixa é sobre artigo que obriga setor a repassar dados de usuários à polícia, considerado invasão de privacidade. (Globo)

Estratégia - Yahoo muda seu modelo de negócio: Grupo permitirá que clientes, pesquisadores e até rivais construam versões personalizadas de serviços de busca com base em sua tecnologia. (JC)

TELECOMUNICAÇÃO.

Telefonia - Supertele ainda está blindada a investigações: Apesar de não causar nenhum impacto na compra da BrT pela Oi, investigação tende a retardar aprovação do novo marco regulatório. (DCI)

Telefonia Móvel - Analista espera venda recorde do iPhone. (DCI)

Operação Satiagraha - Para Oi e Brasil Telecom, fusão não será prejudicada: Acionistas das operadoras estão mais preocupados com a mudança na regulamentação, necessária para viabilizar o negócio entre as empresas. (Estado)

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Tecnologia - Apple busca uma nova hegemonia: Com chegada do iPhone 3G, empresa, líder em música digital, quer ser referência em computação móvel. (Estado)

Banda Larga - Até 2012, tráfego de dados crescerá 8 vezes. (GM)

Emília, Emília...No caso de Emília Ribeiro, indicada pelo PS (Partido do Sarney), sua escolha é vista como do interesse do governo, no sentido de desempatar, a favor na diretoria da Anatel, a compra da Brasil Telecom pela Oi. Nota na Íntegra (O Globo 11.07.2008 p. 16 Coluna Ancelmo Gois - Rio)

O iPhone que chegará ao Brasil: Apple começa a vender o modelo 3G, pela metade do preço e com internet mais rápida. (JB)

O futuro das telecomunicações no Brasil - Transmissão de dados é a meta: Perda da receita de voz fixa está sendo compensada planos alternativos como serviços integrados. (Monitor)

Aquisição da Nokia - A Nokia completou a aquisição, por US$ 8,1 bilhões, da Navteq, após nove meses do anúncio do negócio. A Navteq é uma das maiores fabricantes de mapas do mundo, informou a Bloomberg. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B1 Empresas)

A Telmex Internacional, holding mexicana dona da Embratel, informou que os acionistas aprovaram um programa de recompra de ações e dividendos de US$ 970 milhões.Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. B9 Empresas - The Wall Street Journal Americas)

TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO.

Trabalhista - Justiça libera R$ 47,5 mi para dívida da Varig. (DCI)

Varig pagará ações trabalhistas. (Monitor)

Devedores da Previdência Social Lucraram com a Súmula Vinculante nº 08 do STF, que reduziu Prazos de Decadência e Prescrição de 10 para 5 anos. Procedimentos para Enxugar os Valores Indevidos, inclusive dos Parcelamentos. (NF)

É válido acordo parcial que desobriga devedor da solidariedade declarada em sentença. (NF)

Turma declara competência da JT para julgar dano moral decorrente de incidente ocorrido após extinção do contrato de trabalho. (TRT MG)

Trabalho escravo - Um acordo de cooperação técnica entre o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego vai permitir a troca de informações e experiências entre auditores fiscais e procuradores do Trabalho para agilizar as operações de combate ao trabalho escravo e garantir a libertação dos explorados.Nota na íntegra. (Última Instãncia - 11.07.2008) http://ultimainstancia.uol.com.br/notas/

Grupo de consolidação de leis aprova duas propostas. (Valor)

Varig paga credores - O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro e responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, liberou o início do pagamento devido aos credores trabalhistas (classe 1) que aderiram ao plano de recuperação judicial da antiga Varig. O rateio de cerca de R$ 47,5 milhões - valor oriundo do resgate antecipado de papéis da dívida (debêntures) - foi limitado a cinco salários mínimos para cada trabalhador, conforme a norma do artigo 54 da Lei de Recuperação de Empresas. O excedente será pago brevemente tão logo o juiz receba oficialmente a

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comunicação da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. No início do ano, o juiz já havia determinado a liberação de R$ 88 milhões para o pagamento aos credores das classes 1, 2 e 3. O Tribunal de Justiça, porém, deu efeito suspensivo a alguns recursos, o que inviabilizou o início dos pagamentos. No total, a antiga Varig tem 14 mil credores trabalhistas, com cerca de R$ 238,8 milhões a receber. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. E1 Legislação)

Julgamento único - Depois de homologado acordo judicial em ação trabalhista, não cabe novo pedido de indenização por danos morais. Com esse entendimento, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou recurso de um ex-empregado contra a massa falida da empresa Techne Engenharia. Contratado como carpinteiro, ele sofreu acidente que lhe causou rompimento dos tendões e atrofia de dois dedos. Entrou com ação sustentando que, na ocasião, a serra elétrica com a qual trabalhava apresentava problemas técnicos e, além disso, a empresa não lhe forneceu equipamentos de segurança. Antes do julgamento da ação, o ex-empregado concordou em receber R$ 2 mil em quatro parcelas. Ao homologar o acordo, o juiz da Segunda Vara do trabalho de Campo Grande determinou o arquivamento do processo. Um ano depois, ele entrou com outro pedido de reparação de danos, mas o juiz da terceira vara do trabalho de Campo Grande mandou extinguir o processo sem julgamento do mérito, por entender que já havia coisa julgada. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. E1 Legislação)

Dívida previdenciária - Um projeto que tramita na Câmara dos Deputados, de autoria do deputado Maurício Rands (PT-PE), propõe a criação de multa sobre as dívidas com a Previdência apuradas pela Justiça do Trabalho e não apenas correção monetária, como é hoje. O autor da proposta, o Projeto de Lei nº 3.178, de 2008, afirma que a Emenda Constitucional nº 20 permitiu aos tribunais do Trabalho recolher parcelas atrasadas da Previdência Social, mas não previu multa por atraso. A Lei nº 8.212, de 1991, no entanto, prevê que as contribuições devidas à Seguridade Social recolhidas com atraso sejam pagas com multa diária. De acordo com o projeto, sobre os créditos previdenciários apurados em condenação ou homologação de acordo na Justiça do Trabalho incidirão multas de 5%, se forem pagas antes do início do processo de execução, e de 10% se forem pagas depois. A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. E1 Legislação)

TRIBUTÁRIO.

Mudanças na tributação de bebidas: As novas regras prevêem que os tributos serão apurados em função de um valor-base, expresso em reais ou reais por litro. (DCI)

Congresso - Senado aprova redução do tributo da gasolina de aviação: O setor agrícola será o mais beneficiado com a proposta aprovada ontem de madrugada pelo Senado; proposta agora segue para a sanção presidencial. (DCI)

Sonegação - Norma da Receita Federal é criticada: Ato regulamenta atuação de auditores, que teriam que colher depoimento e indicar o sonegador. (JC)

Reforma tributária para inglês ver. (Monitor)

AGU defende no STF manutenção da alíquota do IPI sobre cigarros para proteger saúde pública. (NF)

Decisão da Receita sobre software provoca polêmica. (Valor)

Nota fiscal com crédito - O projeto Nota Fiscal Paulista, pelo qual o governo de São Paulo devolve ao consumidor parte do ICMS pago, distribuiu em abril R$ 19,1 milhões em créditos para mais de 2,78 milhões de consumidores. Desse total, cerca de 174 mil têm direito a receber valores superiores a R$

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20,00. Entre outubro 2007 e abril 2008, a Fazenda já distribuiu cerca de R$ 48 milhões em créditos. O valor total dos créditos concedidos aos consumidores em janeiro foi R$ 2,2 milhões. O aumento deve-se à mudança de legislação, que desde fevereiro distribui os créditos apenas entre as notas fiscais com CPF ou CNPJ. Nota na Íntegra (Valor Econômico 11.07.2008 p. A3 Brasil)

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ÍNTEGRA DAS NOTÍCIAS

ADMINISTRATIVO

LDO - Chinaglia barra votação de diretriz no Congresso(DCI 11.07.2008 p. A5 Política)

SÃO PAULO - Uma disputa política entre os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), impediu a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na sessão de ontem do Congresso. O presidente da Câmara trabalhou para que não houvesse quórum na sessão e evitar a antecipação do recesso parlamentar. Os deputados só podem entrar em recesso depois de votada a LDO e Chinaglia quer garantir votações no plenário da Câmara na próxima semana.

Garibaldi fez sessão no Senado até a madrugada de ontem para limpar a pauta e liberar os senadores para o recesso, que oficialmente só começa no dia 18 de julho. Mas Chinaglia conseguiu evitar a votação, do Congresso. O quórum registrou 76 senadores, mais do que o exigido, mas apenas 214 deputados, quando o mínimo é de 257 para começar as votações. Com isso, os deputados terão de voltar na próxima semana.

Garibaldi, no entanto, usou de um artifício regimental para evitar que os senadores venham registrar presença em Brasília na sessão do Congresso que marcou para a próxima terça-feira. No lugar de encerrar a sessão, ele apenas a suspendeu. Pelo regimento, para a próxima sessão fica valendo o número de senadores já registrados ontem.

Apesar da falta de quórum houve dois acordos para a votação na Câmara: a retirada do dispositivo da LDO que permite investimento das Estatais mesmo sem a aprovação do Orçamento e o condicionamento da bancada do Rio de Janeiro de votação da LDO se for aprovado projeto que destina R$ 85 milhões de créditos orçamentários para a proposta das olimpíadas de 2016, da qual a capital fluminense é candidata.

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Governo terá RP no exterior por R$15 milhões: Empresa vencedora de licitação, que deverá promover e defender imagem do Brasil, será anunciada semana que vem

(O Globo 11.07.2008 p. 4 O País)

Bernardo Mello Franco

O governo planeja anunciar, na próxima terça-feira, a contratação de uma agência de relações públicas para promover a imagem do Brasil no exterior. Com valor estimado em R$15 milhões por ano, a conta é disputada por cinco grandes empresas do ramo. Quem vencer a concorrência, promovida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), terá atribuições como rebater críticas a assuntos considerados estratégicos pelo Palácio do Planalto, como a produção de etanol, e dar notas a reportagens sobre o país publicadas nos maiores jornais e revistas do mundo.

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- A agência será contratada para promover o Brasil, e não o governo. O país nunca havia contratado de forma contínua uma assessoria de comunicação no exterior - afirma o secretário-executivo da Secom, Ottoni Fernandes Junior, que fixou as normas da licitação.

Salário de coordenador chegará a R$55 mil

O novo serviço terá sete funcionários na sede da Secom, no Planalto, e um número indeterminado de jornalistas e assessores espalhados por três continentes: América do Norte, Europa e Ásia. O edital prevê o gasto de R$395,33 por hora de trabalho na função de coordenador, incluindo encargos trabalhistas. Como o cálculo foi feito com base numa jornada de trabalho de seis horas, o valor mensal seria de R$52.140. Segundo a Secom, os encargos trabalhistas correspondem à metade da despesa, o que resultaria num salário de R$26 mil. De acordo com esses critérios, o salário previsto para a função de jornalista-sênior é de R$19,5 mil. Para um jornalista-pleno, de R$17,4 mil, e para um jornalista-júnior, de R$9,4 mil.

- O jornalista terá que ser cosmopolita, falar línguas estrangeiras. Queremos um trabalho de muita qualidade - diz o secretário-executivo.

No exterior, os valores são ainda maiores. Na Europa, o governo estima gastar R$110 mil com cada coordenador - o equivalente a um salário de R$55 mil. A Secom informou que os valores foram fixados após pesquisas de mercado. O salário do chefe do órgão, ministro Franklin Martins, é de aproximadamente R$10 mil.

De acordo com as regras da concorrência, a agência escolhida terá que enviar à Secom relatórios diários sobre reportagens que citem o país nos principais jornais, revistas e agências de notícias do mundo. A cada matéria jornalística, será atribuída uma nota, com base no teor positivo ou negativo da reportagem. Os veículos também serão avaliados e classificados mensalmente conforme o balanço de sua cobertura sobre o país. Nas publicações em que forem detectadas mais notícias consideradas ruins, a agência promoverá encontros com editores, enviará material de divulgação e até convidará jornalistas a visitar o país com despesas pagas. A Secom considera que essa leitura crítica não poderia ser feita do Brasil, pela internet.

- Teremos um índice para definir onde a assessoria vai atuar de forma mais intensa - diz o secretário-executivo.

Para Secom, objetivo é divulgar "agenda positiva"

Segundo a Secom, o principal objetivo da contratação de uma agência de relações públicas é propagar uma "agenda positiva" do país no exterior, difundindo boas notícias sobre o crescimento econômico, a produção de conhecimento e as oportunidades de negócios para investidores externos. Universidades e grandes empresas privadas, como a Embraer e a Vale, também serão beneficiadas pela estrutura de propaganda oficial.

A fase final da licitação é disputada pelas empresas Companhia da Notícia (CDN), Publicom, FSB, Burson-Marsteller e Santa Fé. A Secom desclassificou propostas de outras oito agências. Na terça-feira, serão abertos os envelopes com o preço cobrado pelas candidatas. Mas o valor influirá em apenas 40% da escolha, restando os outros 60% para a avaliação técnica feita na primeira fase da concorrência.

- Não faremos uma terceirização pelo melhor preço. Queremos qualidade. O governo vai cobrar resultados, porque R$15 milhões é uma verba alta em qualquer país do mundo - diz Ottoni.

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Compras públicas - São Paulo beneficia micros nas licitações: Estado é oitavo do país a regulamentar legislação federal

(Valor Econômico 11.07.2008 p. E1 Legislação)

Alessandro Cristo, De São Paulo

As micro e pequenas empresas acabam de ganhar vantagens no maior mercado estadual de compras públicas do país. O Governo do Estado de São Paulo sancionou, nesta semana, uma lei que concede uma série de benefícios aos pequenos empreendimentos nas licitações estaduais, regulamentando a lei federal que já previa tratamento diferenciado a empresas de menor porte - a Lei Complementar nº 123, de 2006, conhecida como Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. A norma ainda depende de um decreto do Executivo regulamentando-a para poder ser aplicada.

São Paulo é o oitavo Estado do país a regulamentar a lei geral. Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte e Acre já concedem vantagens às micro e pequenas empresas nas licitações. Entre os municípios, pelo menos 200 deles já seguiram o mesmo caminho - entre eles Manaus, São Luís, Porto Velho, Fortaleza, Caruaru e a capital paulista. De acordo com o Sebrae, com isso as micro e pequenas empresas já fornecem 17% de tudo o que a União, os Estados e os municípios compram.

Para William Brito, analista da unidade de políticas públicas do Sebrae, o intuito é que essa participação chegue a 40%. Segundo ele, apenas com a regulamentação da lei geral em âmbito federal, em setembro do ano passado, as empresas de menor porte venderam à União R$ 9,5 bilhões em 2007 - ante R$ 2 bilhões no ano anterior. O ingresso de São Paulo no rol dos Estados que garantem benefícios às micro e pequenas empresas nas licitações pode inflar sua participação nas compras públicas - já que é o Estado que mais realiza licitações no país. Em 2007 foram publicados 84.625 editais, contra 42.083 licitações feitas por Minas Gerais, segundo colocado.

O diretor superintendente do Sebrae de São Paulo, Ricardo Tortorella, afirma que a falta de regulamentação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas faz com que hoje a participação dessas empresas nas licitações de Estados e municípios não chegue nem a 10% do total comprado pelos governos. "Mas com a regulamentação, em três ou quatro anos essa participação pode alcançar 25%, o que representará R$ 20 bilhões adicionais", diz. Até mesmo nas licitações feitas por pregão eletrônico - em que as vantagens das pequenas são ainda maiores - a participação dessas empresas não passa de tímidos 20% em relação a médias e grandes, de acordo com Sandra Botana, diretora da consultoria RHS Licitações.

A nova Lei nº 13.122 do Estado de São Paulo, seguindo as regras previstas na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, estabeleceu que produtos e serviços de até R$ 80 mil - com exceção dos destinados à saúde - deverão ser contratados exclusivamente de micro e pequenas empresas pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário estaduais, inclusive suas autarquias e estatais. Além disso, essas empresas ficam desobrigadas de comprovar regularidade fiscal para participar das licitações - somente a vencedora terá que comprovar sua regularidade, mas com um prazo de até quatro dias após o fim do procedimento. Para facilitar o cumprimento dessas regras, a lei ainda determinou que as compras públicas sejam divididas, de forma a fracionar as aquisições, entre as unidades dos órgãos do governo nos municípios. "A idéia é fazer com que pequenas empresas de cada local participem do fornecimento, que passa a ser descentralizado", diz o secretário do trabalho e das relações de emprego, Guilherme Afif Domingos.

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'Reserva de mercado' já incomoda empresas

De São Paulo

A reserva de mercado criada pela Lei Complementar nº 123, de 2006, em favor das micro e pequenas empresas nas compras públicas já incomoda companhias de maior porte. A Sancim, que presta serviços médicos há 14 anos para empresas como a Petrobras, a Infraero e a Casa da Moeda, além dos principais aeroportos do país, é uma delas. A companhia já perdeu duas licitações apenas neste ano para empresas de pequeno porte por causa das vantagens previstas na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.

De acordo com o sócio da Sancim, José Luis Simonetti, está havendo um fracionamento das compras públicas para que as licitações ocorram pelo pregão eletrônico, onde as vantagens das pequenas empresas são ainda maiores. "Estamos deixando as disputas nos pregões para nos dedicarmos a outras modalidades", diz o empresário. Ele já propôs ao Sindicato dos Hospitais (Sindhosp) que estude uma forma de ajuizamento de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.

Segundo o advogado Fernando Quércia, especialista em licitações, há ainda casos de pequenas empresas que ganham contratos que fazem com que elas ultrapassem o limite de faturamento de R$ 2,4 milhões previsto na lei geral. "Mesmo assim, elas continuam concorrendo", afirma. De acordo com o analista da unidade de políticas públicas do Sebrae, William Brito, esses casos já são conhecidos e a instituição já estuda formas de impedir que essas empresas continuem participando das licitações - como a criação de filtros no Ministério do Planejamento, que coordena as compras da União, e mudanças na lei geral já prevista em um projeto de lei que já tramita no Congresso Nacional. (AC)

Vantagens ainda não estão em prática

Luiza de Carvalho, De São Paulo

O Ministério da Justiça e o Ministério do Desenvolvimento se uniram para elaborar estratégias conjuntas em prol da efetivação de alguns benefícios previstos na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Ontem, representantes dos dois ministérios assinaram um protocolo de intenções pelo qual se comprometem a elaborar atividades para facilitar o acesso das micro e pequenas empresas à Justiça - o que está previsto nos artigos 73 a 75 da lei geral. A expectativa é a de que em três meses esteja pronto um plano das ações conjuntas a serem promovidas pelos dois órgãos.

A principal meta do protocolo é incentivar o uso de métodos alternativos de solução de conflitos, como a mediação, conciliação e arbitragem. De acordo com Rogério Favretto, secretário especial da reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, a intenção é agilizar a resolução de conflitos das empresas e desafogar o Poder Judiciário. Segundo ele, uma das ações será investir na capacitação de magistrados para a mediação com enfoque nas questões empresariais. Para fortalecer a resolução alternativa de conflitos, os ministérios pretendem também elaborar estratégias para tornar real o direito previsto no artigo 74 da lei, pelo qual as micro e pequenas empresas passaram a poder propor ações nos juizados especiais. "Os juizados privilegiam a conciliação", diz.

Outro alvo do protocolo é a realização de um trabalho com os cartórios. Isso porque o artigo 73 da legislação estabelece condições especiais de taxas cartorárias para microempresas e empresas de pequeno porte. Segundo Cândida Maria Cervieri, diretora do departamento de micro, pequenas e médias empresas do Ministério do Desenvolvimento, a maioria dos cartórios ainda não implementou o benefício. "Teremos que atuar junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e aos órgãos estaduais para fazer valer esse benefício", afirma Cândida.

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AGRONEGÓCIOS

Fomento - BNDES irá aplicar R$ 1,5 bi em fundos(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. B3 Gazeta Investe)

Um novo programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá alavancar até R$ 7 bilhões para a capitalização de empresas de portes diferentes, principalmente as menores. O banco pretende participar de dez novos fundos - oito de investimento em participação (private equity) e dois de empresas emergentes (venture capital) - com cotas de 20%, no primeiro caso, e de até 25% no segundo. De acordo com Eduardo de Sá, chefe do departamento de investimentos em fundos, o banco tem disponível R$ 1,5 bilhão, os quais serão investidos em parceria com outras instituições, como fundos de pensão e investidores institucionais qualificados, nos próximos quatro a cinco anos. A idéia é ampliar a atuação do BNDES como agente indutor do investimento no País em setores considerados como prioritários pela instituição. O retorno esperado, explica o engenheiro, dependerá da capacidade dos gestores escolhidos, podendo superar o IGP-M mais 12% ao ano. A seleção dos gestores dos primeiros fundos em que a instituição deverá participar tem início nesta semana e se encerrará dia 11 de agosto. Nesta primeira chamada do programa, o banco deverá propor a formação de três fundos de private equity, nos quais participará como acionista minoritário. O primeiro se centrará no setor de agronegócios; o segundo, na cadeia de etanol, biomassa e cogeração de energia a partir da queima do bagaço da cana; e, por fim, o terceiro fundo terá um caráter mais horizontal, sem foco setorial. Seu objetivo será o de apoiar as empresas em sua profissionalização e governança, auxiliando no seu amadurecimento e as preparando para uma eventual abertura de capital. Sá acredita que o banco, nesses casos, fará o papel de "equity kicker", isto é, será a instituição âncora que atrairá para o fundo outros investidores privados. "A placa do BNDES ajuda muito na captação de novos parceiros", alega. "Temos uma tradição de análise de investimentos e longa experiência em fundos", conta. Atualmente, o BNDES já participa de outros 31 fundos de investimento, dos quais sete estão em fase de contratação. Eles somam um patrimônio de R$ 7,4 bilhões. Segundo Sá, uma das vantagem de o BNDES atuar por meio de fundos, é que eles têm o poder de alavancar cerca de cinco vezes os recursos investidos pelo banco, além de garantirem grande capilaridade na captação das empresas. No total, esses investimentos indiretos em empresas já beneficiaram cerca de 110 organizações de diversos ramos da economia. "Estamos criando uma área nova de capital empreendedor", diz Sá, que contará com uma equipe dedicada aos novos fundos de investimento do programa. Ele explica que o BNDES também atua diretamente junto às empresas, comprando o seu capital acionário. "Mas temos limites nesses casos, até por falta de pessoal para acompanhar cada caso."

(Ana Cecília Americano)

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Agroenergia - Uruguai adere ao álcool combustível (Valor Econômico 11.07.2008 p. B12 Agronegócios)

Mônica Scaramuzzo

Foi um verdadeiro choque. Em 1950, quando a seleção uruguaia bateu o Brasil por 2 a 1 em pleno Maracanã, ninguém imaginava que o pequeno país sul-americano levantaria a taça Jules Rimet, sagrando-se campeão mundial. A verdade é que o Uruguai nunca aceitou o papel de coadjuvante, mesmo encravado entre o Brasil e a Argentina, dois protagonistas no mercado agrícola internacional. E lá vem o Uruguai surpreender de novo. Fortemente dependente do petróleo, o país colhe este ano sua primeira safra de cana para a produção de álcool combustível, sem qualquer ajuda do Brasil, seu parceiro no Mercosul com maior expertise no assunto. Ainda que os volumes de produção sejam baixos, cerca de 15 milhões de litros, o programa criado pelo governo uruguaio dá mostras de que está no caminho certo. Centenas de agricultores da região norte do país, que viviam de agricultura de subsistência, foram incluídos no projeto sucroalcooleiro do país.

Em entrevista ao Valor, Gerardo Gadea, vice-ministro de Indústria, Comércio e Energia do Uruguai, conta que o programa do álcool tem gerado novas oportunidades ao setor agrícola do país. E o maior impulso foi dado no ano passado, com a criação da lei número 18.195, garantindo "um marco jurídico claro que fomenta a produção de biocombustíveis".

Pela lei, a mistura de álcool na gasolina no país está estipulado em 5% até dia 31 de dezembro de 2014; o biodiesel em 2%, como mínimo, entre 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2010, para mesclar com gasolina e diesel. Depois, passa para 5% até 2012.

As energias não-renováveis do Uruguai representam 64% do total da matriz energética do país, com base no consumo de petróleo e gás. As renováveis respondem pelos 36% restantes. Do total, 16,2% são o uso de biomassa, 16,8% são hidroelétricas e energia importada, e 3% gás natural.

"Não dispomos de reservas de combustíveis fósseis. A possibilidade de incorporar as energias renováveis, como eólica, biomassa e biocombustíveis, permitirá ao país reduzir sua dependência do petróleo, gerando novas oportunidades ao setor agrícola", afirma Gadea.

Para colocar o programa em prática, a estatal petrolífera Ancap e a empresa, também estatal, de açúcar Alur, retomaram em 2005 o projeto sucroalcooleiro em Bella Unión, região norte do país. Em 2006, o país colheu sua primeira safra açucareira. Gadea lembra que esse setor encontrava-se totalmente desestruturado. A estatal já investiu cerca de US$ 36 milhões, que inclui uma destilaria, uma caldeira e um turbo gerador.

No ano passado, a Alur desenvolveu um plano de desenvolvimento e fez aportes de US$ 10 milhões para a instalação de uma caldeira em um engenho, substituindo equipamentos antigos. Essa caldeira é a maior do país e produzirá energia de 12 Megawatts a partir da queima do bagaço de cana. E possibilitará a venda de 10 MW de eletricidade para UTE, estatal de energia - a oferta mais barata de eletricidade gerada a partir da biomassa que a empresa já recebeu.

Se colocados no papel, os números viram traço, comparados oa Brasil, gigante em etanol. No Uruguai, a área plantada com cana saltou de 3 mil hectares em 2006, para 6,5 mil hectares em 2007. A previsão é que a Ancap comece a fazer a mistura de álcool na gasolina a partir do segundo semestre. A meta de curtíssimo prazo é atingir uma área de 10 mil hectares com cana para açúcar e álcool. Ainda é pouco. O Brasil ocupa 6 milhões de hectares de área com cana.

Para ter cana mais produtiva, a Ancap instalou uma área na zona de Belén, de 140 hectares, para pesquisar novas variedades. Outros 40 hectares foram destinados a 44 famílias de trabalhadores e

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produtores que não tinham acesso a terras. O governo estima que mais de 400 agricultores se vincularam ao projeto, incluindo assalariados rurais e pequenos produtores. Mas poderá ter a adesão total de 2.600 trabalhadores no campo e 950 na indústria.

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AMBIENTAL

Meio Ambiente - Ibama aplica multa à Vale: Mineradora é acusada de venda ilegal de madeira (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. A19 Vida&)

Rio

A mineradora Vale foi multada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 5 milhões sob a acusação de vender ilegalmente cerca de 9 mil m3 de madeira in natura e pelo depósito ilegal de 612 m³ de madeira em tora, em Paragominas (PA).

O diretor de Meio Ambiente da Vale, Luiz Claudio Castro, negou a acusação de venda ilegal de madeira, mas admitiu que houve um “erro de cálculo”. Segundo ele, a Vale apresentou em 2005 pedido à Secretaria do Meio Ambiente do Pará para extrair até 11 mil m3 de madeira e obteve autorização em setembro de 2006, mas extraiu “apenas 2,7 mil m3 porque a estimativa inicial estava errada”. Por isso, o Ibama encontrou um volume de madeira menor que o esperado no pátio da companhia, e presumiu que o excedente havia sido vendido, alegou a Vale.

A mineradora informou que os dois funcionários responsáveis pelo cálculo - um técnico e um gerente - foram demitidos. “O erro é grave, e acabou gerando um mal-entendido com o Ibama. Não houve má-fé”, afirmou Castro. Segundo ele, a empresa pode provar que árvores não foram derrubadas e vai procurar o Ibama para apresentar a justificativa e “tentar chegar a um consenso para que a multa seja cancelada”. “Se for necessário, vamos recorrer administrativamente.”

CARVÃO

A multa foi anunciada na véspera de um evento organizado pela empresa para divulgar um prêmio na área ambiental. O objetivo do prêmio é nomear seis espécies botânicas descobertas na reserva de 22 mil hectares que a empresa mantém em Linhares (ES).

Também está prevista para hoje a assinatura pelo presidente da mineradora, Roger Agnelli, e pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de um documento no qual a Vale se compromete oficialmente a vender minério de ferro somente a pequenos produtores e siderúrgicas que comprovem a origem legal da madeira e do carvão que utilizam. Há um mês, Minc anunciou multas aplicadas por uso ilegal de carvão que totalizaram R$ 414 milhões - dos 60 punidos, 34 eram clientes da Vale.

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ONGs criticam área maior para uso rural na Amazônia (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. A19 Vida&)

Herton Escobar e Cida Fontes

Organizações não-governamentais rechaçaram ontem a aprovação pelo Senado da medida provisória que aumenta de 500 para 1.500 hectares o tamanho de áreas públicas invadidas na Amazônia que podem ser privatizadas sem licitação. A medida, na prática, legaliza a grilagem e incentiva o desmatamento, segundo os ambientalistas.

A MP 422/08 foi aprovada no fim da noite de quarta-feira por 37 votos a 23, com 3 abstenções. “É algo que vai na contramão de todos os esforços que fizemos para combater o desmatamento nos últimos cinco anos”, disse ao Estado a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT-AC). “Não só legaliza aqueles que ocuparam terras ilegalmente no passado como abre um precedente para aqueles que estão invadindo agora e que vão invadir no futuro.”

Na Câmara, a MP foi aprovada na noite do dia 13 de maio, horas depois da renúncia de Marina como ministra. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu com ênfase a medida no plenário. Segundo ele, a lei permitirá a regularização fundiária da região amazônica, principalmente no seu Estado (Roraima) e no Amapá.

Além do DEM e parte do PMDB, Jucá contou com o apoio de quatro senadores do PT que ficaram contra Marina: a líder, senadora Ideli Salvatti (SC), Augusto Botelho (RR), Delcídio Amaral (MS) e Serys Slhessarenko (MT).

A organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira entrou ontem mesmo com uma representação no Ministério Público Federal contra a lei. O diretor Roberto Smeraldi destaca que o requisito básico para que o ocupante obtenha o título da terra sem licitação é a comprovação da existência de “cultura e moradia”. Ou seja: só terá posse da terra quem converter a floresta em plantação ou pastagens - equivalente ao que se fazia na década de 70, nas políticas de ocupação da Amazônia dos governos militares.

“Nunca o passado esteve tão próximo quanto agora”, declarou Paulo Adario, diretor do Greenpeace na Amazônia. “O Brasil voltou a ser um país da década de 1970, quando a questão ambiental era equivocadamente considerada um entrave para o desenvolvimento.”

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Nova proposta de Minc exclui usinas do Madeira (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B6 Economia)

Leonardo Goy, BRASÍLIA

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assegurou ontem, em entrevista ao Estado, que sua proposta de passar a exigir que novas hidrelétricas conservem reservas ambientais próximas às barragens não terá impacto nas tarifas da energia que será produzida nas usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio

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Madeira (RO). O preço da energia dessas duas hidrelétricas já foi definido em leilões realizados no ano passado e em maio deste ano.

“Algum tipo de medida será exigido delas, mas sem impacto na tarifa” disse o ministro. Ele informou que pretende dar mais agilidade à concessão de novas licenças ambientais para a construção de usinas hidrelétricas, mas ressaltou que, “em contrapartida, não será dada mais nenhuma licença para o setor elétrico sem a adoção de algum parque (ecológico)”.

Minc explicou que a adoção poderá ser direta, com a própria empresa conservando a área, ou por meio do pagamento de uma taxa de compensação por danos causados ao meio ambiente.

O ministro voltou a afirmar que a licença de instalação da usina hidrelétrica de Santo Antônio deverá ser emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até o fim deste mês. Somente com a liberação desse documento é que o consórcio liderado por Furnas e Odebrecht, vencedor do leilão de concessão da usina, poderá iniciar as obras de construção. A licença para Jirau, também no Madeira, ainda tem de passar pela análise do Ibama.

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Amazônia legal(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 3 Conjuntura Econômica)

Em todos os debates sobre a Amazônia, algo deveria ser esclarecido com muita cautela: as estatísticas divulgadas sobre desmatamento se referem à Amazônia Legal, uma área criada no regime militar, bem maior do que a floresta amazônica. Uma coisa é o desmatamento na real floresta e outra coisa é o que ocorre na Amazônia Legal, região que tem áreas incluídas por políticos para se beneficiar dos incentivos da Sudam. Entidades internacionais sabem dessa diferença e fingem desconhecer o fato. Afinal, os dados sobre a região criam mais impacto, pois a população a confunde com a floresta amazônica.

O Senado acaba de aprovar a Medida Provisória 422 que aumenta a área da Amazônia Legal que pode ser concedida pela União para uso rural sem a necessidade de licitação. O limite, hoje de 500 hectares, vai para 1.500 hectares, pois passará a ser contado como até 15 módulos fiscais - medida que varia para cada município. A proposta, que ainda depende de sanção presidencial, prevê que até 20% da área concedida poderá ser desmatada. É mais um caso que se refere à Amazônia Legal e, bom ou ruim, não pode ser deliberadamente misturado com a floresta.

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Erro técnico leva Ibama multar a Vale(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 2 Financeiro)

O diretor de Sustentabilidade da Vale, Luiz Claudio Castro, contestou as multas de mais de R$ 5 milhões aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao afirmar que um erro técnico da empresa teria levado a distorções encontradas pelo Ibama.

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"Foi um erro técnico associado a um inventário florestal de 2005, um equívoco lamentável que gerou um mal-entendido", disse. Em 2005 a Vale obteve autorização da Secretaria de Meio Ambiente do Pará para retirar até 11 mil metros cúbicos de madeira, no entanto, retirou menos de um quarto desse total, segundo a mineradora.

"O Ibama presumiu que o fato de ter um inventário florestal autorizando a retirada de 11 mil metros cúbicos e terem encontrado 2,7 mil metros cúbicos, significa que teríamos vendido os demais. Mas isso não aconteceu. Não é essa a linha de atuação da Vale. Não vivemos de madeira", disse Castro.

Na avaliação do responsável pela operação do Ibama, Paulo Maués, o possível "erro técnico" não justifica a divergência encontrada pelos fiscais. "Se a Vale apresentou esse dado para o órgão ambiental do estado para obter autorização, então houve má-fé da empresa e ela vai ter que responder por isso", argumentou.

O inventário, segundo Castro, é feito por amostragem, e considera 14% da área total de 358 hectares do empreendimento de mineração de bauxita. O inventário é como um senso demográfico, só que a amostra escolhida na ocasião estava muito longe de ser semelhante ao todo, o que gerou distorções e a discrepância de números. Era muito concentrada. Segundo o coordenador do Ibama, "até que se prove o contrário, está faltando madeira lá".

Na avaliação do diretor da Vale, o Ibama foi muito cartesiano na ação. Castro anunciou que a mineradora irá contratar uma empresa independente para refazer o inventário e, inclusive, verificar se há falhas em outros documentos para empreendimentos da Vale na região.

"Vamos sentar com o Ibama, mostrar os números, demonstrar o que aconteceu, ouvir os pontos de vista. Temos certeza que a multa será cancelada, disse. Eventualmente iremos recorrer administrativamente", acrescentou.

Segundo Paulo Maués, "não há nenhuma hipótese" de cancelamento imediato da autuação. "A multa só pode ser cancelada por meio de processo administrativo", frisou. "Se houve apresentação de dados errados, a empresa vai ter que se explicar judicialmente", acrescentou. A Vale informou que os responsáveis pelo mal-entendido foram desligados da empresa.

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Ambiente - Ibama multa Vale por venda de madeira, mas empresa contesta: Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da companhia garante que aconteceu erro técnico em inventário

entregue ao instituto em 2005(DCI 11.07.2008 p. A8 Indústria)

SÃO PAULO - A Vale foi multada em mais de R$ 5 milhões pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que acusa a mineradora pela venda ilegal de 9.500 metros cúbicos de madeira in natura e também pelo depósito ilegal de 612 metros cúbicos de madeira em tora, no município de Paragominas, no Pará, onde está situada a sede do Projeto Carajás.

A Vale contestou ontem a multa, afirmou que "ocorreu um erro técnico" no inventário entregue ao Ibama em 2005 e nega que tenha comercializado ou armazenado madeira de forma ilegal.

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"Iremos sentar com o Ibama e mostrar os dados e os números para tentarmos chegar em um consenso", afirmou o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Vale, Luiz Cláudio Castro. Apesar de acreditar que a multa será cancelada, o diretor disse que uma alternativa será entrar com um recurso administrativo no próprio Instituto.

Segundo a empresa, há três anos ela realizou um inventário para levantamento da vegetação de uma área de 358 hectares no município do Pará. O estudo foi realizado em uma área correspondente a 14% do total. "O ideal seria usar como amostragem cerca de 20% em regiões menos concentradas e mais espalhadas pelo território", afirmou Castro.

O levantamento tinha como objetivo subsidiar pedido de autorização de supressão vegetal, à Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema), para início da operação da mina de bauxita de Paragominas.

A Vale obteve autorização, em setembro de 2006, para retirar até 11 mil metros cúbicos de madeira da região. "O que aconteceu foi que a área só tinha 2.700 metros cúbicos de madeira e o Ibama presumiu que nós teríamos vendido ilegalmente o restante", afirmou Castro. Segundo o executivo, a Vale assume o erro técnico associado ao inventário que foi entregue ao Ibama, mas garante que não houve desmatamento.

O erro aconteceu, segundo Castro, porque foi analisada uma área com uma alta concentração de árvores. "Quando passamos o número para a área total, a projeção ficou distorcida", afirmou. Esse fato teria levado a empresa a superestimar a quantidade de madeira da região. "O número foi equivocado e gerou um grande mal entendido com o Ibama".

Demissão

A empresa informou que decidiu desligar os responsáveis pelo inventário que gerou a confusão e que irá contratar uma empresa independente para rever os inventários já realizados na região. "Queremos evitar novos mal-entendidos", disse o diretor de Meio Ambiente da Vale. O executivo também ressaltou que a Vale não comercializa a madeira que é extraída, mas sim a doa para projetos sociais.

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Energia - Reservas ambientais não devem afetar tarifa, afirma Carlos Minc(DCI 11.07.2008 p. A8 Indústria)

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assegurou ontem que sua proposta de passar a exigir que novas hidroelétricas conservem reservas ambientais próximas às barragens não terá impacto nas tarifas da energia que será produzida nas usinas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira (RO). O preço da energia dessas duas hidroelétricas já foi definido em leilões realizados no ano passado e em maio deste ano.

"Algum tipo de medida será exigido delas, mas sem impacto na tarifa", disse o ministro. Ele informou que pretende dar mais agilidade à concessão de novas licenças ambientais para construção de usinas hidroelétricas, mas ressaltou que, "em contrapartida, não será dada mais nenhuma licença para o setor elétrico sem a adoção de algum parque".

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Minc explicou que a adoção poderá ser direta, com a própria empresa conservando a área, ou por meio do pagamento de uma taxa de compensação por danos causados ao meio ambiente.

O ministro explicou também que a recente decisão do Supremo Tribunal Federal sobre compensações ambientais não suspendeu a cobrança das compensações em si, e sim eliminou a fixação de um percentual mínimo para a taxa, que era de 0,5% do investimento feito na construção das usinas. Segundo Minc, o STF determinou ainda que a cobrança não seja proporcional ao valor total do investimento feito na construção do empreendimento, e sim proporcional à parte da obra que causou impacto no meio ambiente

O ministro voltou a afirmar que a licença de instalação da usina hidroelétrica de Santo Antônio deverá ser emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até o fim deste mês. Somente com a liberação desse documento é que o consórcio liderado por Furnas e Odebrecht, vencedor do leilão de concessão da usina, poderá iniciar as obras.

Minc afirmou que a licença prévia da usina de Jirau determina que a mudança do local só será autorizada se houver redução dos impactos ambientais. O ministro disse que os empreendedores ainda não demonstraram formalmente ao governo que haverá essa diminuição.

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Logística - Ibama autoriza instalação de trecho da Ferrovia Norte-Sul: A empresa responsável pela obra deverá cumprir 18 condições impostas pela entidade na licença de intalação, como a

avaliação dos corredores ambientais(DCI 11.07.2008 p. B2 Serviços)

SÃO PAULO - A construção da Ferrovia Norte-Sul (FNS), entre os Municípios de Porto Nacional, no Tocantins, e Uruaçu, em Goiás, já pode ser iniciada. O trecho de 556,5 quilômetros recebeu a licença de instalação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com validade de quatro anos. Esse veredicto veio um dia depois da divulgação de estimativa da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) de que o transporte ferroviário de cargas crescerá 57% até 2015, quando atingirá a marca de 765 milhões de toneladas movimentadas.

Segundo o presidente do Conselho Diretor da ANTF, Júlio Fontana Neto, a concessão das ferrovias trouxe ganhos importantes para o País, como a melhoria da gestão e da produtividade do sistema de transporte ferroviário e a ampliação da frota de vagões e locomotivas.

A expansão da Norte-Sul é parte de um projeto de proporções nacionais do governo para fazer uma malha ferroviária completa pelo País. Entretanto, o leilão de parte dessa ferrovia deve acontecer apenas em março do próximo ano, quando o governo federal espera conceder à iniciativa privada parte do trecho sul.

O trecho sul da ferrovia, ainda a ser construído pela estatal Valec Engenharia (Valec), terá 1.538 quilômetros de extensão e ligará Palmas (TO) a Santa Fé do Sul, em São Paulo.

No ano passado, o governo levou a leilão a concessão do trecho norte da Norte-Sul, que vai de Açailândia, no Maranhão, a Palmas (TO). Nessa parte do percurso, quem levou a melhor foi a mineradora Vale ao pagar R$ 1,4 bilhão para operar a linha ferroviária.

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Recentemente, a responsável pela construção da FNS, assumiu o Plano de Viação Nacional (PVN), onde terá a responsabilidade de desenvolver cerca de 5,5 mil quilômetros da malha brasileira. "Quando privatizaram o setor não perceberam que precisava de uma estatal para garantir a estruturação. O papel da Valec será de construir e passar para a iniciativa privada. Isso será algo inédito", disse, em entrevista recente ao DCI, José Francisco das Neves, presidente da Valec.

Missão

Essa determinação foi dada há poucos meses à Valec, quando o governo federal a tornou responsável por toda a malha ferroviária do País. A meta, que antes era de construir 10 quilômetros de linhas ferroviárias por ano, passou, do dia para a noite, para novos 5,5 mil quilômetros de ferrovias que serão preparadas para o uso até o ano de 2012.

De acordo com Neves, o desafio do PVN é grande, mas trará bons frutos ao setor ferroviário brasileiro, que verá mais disputas, a exemplo do interesse de empresas estrangeiras no trem-bala que ligará São Paulo e Rio de Janeiro.

Especialistas calculam que cada quilômetro ferroviário custa por volta de R$ 3 milhões, ou seja, os mais de cinco mil precisariam de R$ 16,5 bilhões para serem estruturados, mais um indício da necessidade de uma parceria público-privada. Com a nova configuração, a Valec deixa de se uma empresa exclusiva do governo, passando a uma estatal comum, admitindo mais parcerias com o ambiente privado.

Exigências

Para que a empresa responsável pela obra recém-autorizada pelo Ibama receba a licença de operação nesse trecho, ela deverá cumprir 18 condições impostas pela entidade na licença de instalação. Uma delas é a avaliação dos corredores ambientais já existentes ao longo do traçado da ferrovia, e a apresentação de propostas de locais para passagem de fauna no local, antes do início das obras.

O empreendedor também deverá apresentar propostas sobre as reservas legais e para a desapropriação das propriedades que serão afetadas pela obra. Outras exigências são programas para o gerenciamento de resíduos sólidos, o monitoramento da água para os cursos interceptados e o controle de erosão das áreas por onde passará a ferrovia.

Ampliação

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida provisória que prevê uma nova ampliação da ferrovia até o Município de Panorama, no oeste do Estado de São Paulo. Com isso, a extensão total da ferrovia será de 3,1 mil quilômetros. A proposta ainda deverá ser aprovada pelo Senado antes de ter um destino definitivo. De acordo com o cronograma do PAC, o trecho entre Aguiarnópolis e Palmas, no Tocantins, deve estar pronto no final de 2009, e custará R$ 1,6 bilhão. Já o trecho entre Palmas e Panorama está previsto para ser concluído em 2011, com custo estimado em R$ 4,6 bilhões.

Por sua vez, a América Latina Logística (ALL) e a Ferrovias Norte do Brasil (Ferronorte) assinaram nesta semana, um acordo para a construção e operação de trecho ferroviário entre a cidade de Alto Araguaia até a cidade de Rondonópolis, as duas no Mato Grosso.

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Minc aprova ampliação de venda de terras: Ministro diverge publicamente de sua antecessora no cargo; MP foi apelidada de Plano de Aceleração da Grilagem

(O Globo 11.07.2008 p. 10 O País)

Bernardo Mello Franco O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu ontem a aprovação no Senado da polêmica medida provisória que triplicou o limite de extensão das áreas que a União pode vender, sem licitação, na Amazônia. O texto foi transformado em lei quarta-feira, provocando forte reação de entidades ambientalistas, que o apelidaram de Plano de Aceleração da Grilagem. É a primeira vez que Minc diverge publicamente da sua antecessora no cargo, a senadora Marina Silva (PT-AC), que liderou a tentativa de derrubar a proposta no Congresso.

Para o ministro, a MP faz parte de um esforço do governo federal para regularizar a posse de terras na floresta. Com a aprovação do texto, o limite das áreas ocupadas irregularmente que poderão ser vendidas sem licitação saltou de 500 para 1.500 hectares. Minc argumentou que essa porção de terra, na Amazônia, não seria tão grande quanto parece:

- No Rio de Janeiro, isso é um latifúndio. Mas na Amazônia, dependendo de onde for, é uma propriedade de porte médio.

Ao criticar a medida, Marina afirmou que a ampliação das terras à venda era "uma senha para que as pessoas continuem grilando e depredando a floresta e invadindo a Amazônia".

"Não vai haver clima de xepa", afirma ministro

Minc disse que a preocupação dos ambientalistas é válida e prometeu ações de fiscalização para não deixar que a distribuição de lotes acelere ainda mais a devastação da floresta:

- Não vai haver clima de xepa. Não vamos permitir que esse projeto importante de regularização de terras vire fim de feira da grilagem.

O ministro tentou atenuar as divergências com Marina. Na votação da MP, ao constatar que seria derrotada, ela apresentou emenda para tentar livrar as áreas verdes que já estão no Cadastro Nacional de Florestas Públicas. Relator da proposta, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), não aceitou. Chamando a antecessora de parceira e aliada, Minc disse que, se fosse senador, teria votado a favor da emenda.

- Acho que a emenda da Marina era boa, mas isso não significa que todo o projeto seja ruim - afirmou.

O diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, disse, em nota, que a aprovação da MP deu um carimbo de lei à grilagem na floresta. "Era só o que faltava: a grilagem de terras na Amazônia agora virou lei. A aprovação do Plano de Aceleração da Grilagem só vem confirmar nossos temores de que o governo optou pelo pragmatismo eleitoreiro, em vez de ampliar os investimentos em atividades que ajudem a manter a floresta em pé e fortalecer as instituições encarregadas de zelar pelo patrimônio ambiental dos brasileiros, como Ibama e Polícia Federal", diz Adário.

A MP foi editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março, a pedido do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Ao justificar o projeto, o ministro cobrou urgência na mudança de regras, alegando que o limite de 500 hectares "foge à realidade atual da Amazônia Legal". O diretor da ONG Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, pediu ao Ministério Público Federal em São Paulo que abra investigações sobre os grileiros que pedirem ao Incra a legalização das terras que ocupam.

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Segundo o ambientalista, isso significará confessar o desmatamento em áreas públicas, proibido por lei federal desde 2006.

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Ambiental - Ibama multa Vale em R$ 5 milhões: Mineradora nega venda de madeira e demite culpados por multa do Ibama

(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. A10 Direito Corporativo)

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a mineradora Vale do Rio Doce em mais de R$ 5 milhões por depósito e venda ilegal de madeira em Paragominas, sudeste do Pará. De acordo com o Ibama, a Vale teria comercializado 9,5 mil metros cúbicos de madeira in natura e mantinha outros 612 metros cúbicos de madeira, em toras, num depósito. A quantidade é suficiente para encher 15 caminhões. A companhia também foi autuada por não apresentar registro no Cadastro Técnico Federal (CTF) do Ibama e não ter apresentado os relatórios do CTF referentes aos anos de 2006 e 2007. Em nota, o Ibama disse que a Vale "precisa desmatar muitas áreas verdes para avançar suas frentes de lavra e essa atividade gera volumes de madeira de diversas essências".

Mal entendido

A Vale, por sua vez, negou ontem que esteja envolvida em venda ilegal de madeira no Pará. A companhia vai tentar cancelar a cobrança junto ao órgão e provar que tudo não passou de um erro técnico, informou um executivo da mineradora. "Vamos conversar com o Ibama e expor nossos pontos, mostrar que tudo não passou de um mal entendido e tentar resolver de forma consensual", disse o diretor de meio ambiente e sustentabilidade da Vale, Luiz Cláudio Castro. Segundo Castro, a acusação foi baseada em inventário feito pela Vale em 2005 sobre a área que seria desmatada para a extração de bauxita em Paragominas, mas que segundo ele foi superavaliada pelos técnicos da companhia. Sem citar nomes, Castro informou que os empregados envolvidos no erro, inclusive um gerente, foram demitidos da empresa. "A gente previa nesse inventário que íamos ter que retirar dessa área 11 mil metros cúbicos de madeira, só que deu 2,7 mil, o Ibama chegou e perguntou, cadê o resto da madeira? não tem...então houve suposição de que a Vale estaria envolvida na venda da madeira, o que é um absurdo", disse o executivo. A Vale irá contratar uma empresa independente para rever os inventários já realizados na região e enviar para os órgãos ambientais.

(Agência Brasil e Reuters) Retornar ao índice de assunto

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Celulose - Justiça multa Veracel e quer retirada de florestas (Valor Econômico 11.07.2008 p. B1 Empresas)

Raquel Salgado

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A Veracel, fabricante de celulose que tem como sócias a Aracruz e a Stora Enso foi multada pelo Ministério Público Federal em R$ 20 milhões, condenada a retirar toda sua floresta de eucaliptos espalhados em uma área de 96 mil hectares nas cidades baianas de Santa Cruz Cabrália, Belmonte, Eunápolis e Porto Seguro e a replantar nesse local, remanescente de Mata Atlântica, a vegetação nativa.

A decisão do MPF de Eunápolis, cidade no sul da Bahia próxima da região onde estão a fábrica e as florestas, atinge o coração da Veracel. Sem a floresta, não há como produzir 1,1 milhão de toneladas de celulose esperados para este ano. Muito menos levar adiante o projeto de duplicação da produção, que, segundo afirmou em entrevista recente ao Valor o diretor financeiro da Aracruz, Isac Zagury, poderá ficar pronto no final de 2011. A expansão faz parte do projeto da Aracruz de elevar sua produção de 3,2 milhões para 7 milhões de toneladas/ano em 2015.

O início do projeto depende hoje, segundo Zagury, de estudos de impacto ambiental e o licenciamento. A sentença publicada pelo MPF em 17 de junho poderá complicar esses procedimentos. Por enquanto, porém, a Veracel apresentou um embargo de declaração à Justiça Federal, o que, na prática, suspende os efeitos da sentença do MPF. Além da multa de R$ 20 milhões, a empresa foi condenada a pagar R$ 10 mil a cada dia de descumprimento da decisão do órgão.

O procurador da República, Anderson Vagner Góis, explicou ao Valor que a condenação expedida neste ano diz respeito a uma ação civil pública iniciada em 1993 pelo MPF a partir de denúncias de organizações não-governamentais, como o Greenpeace e a SOS Mata Atlântica.

Essa ação acusava a Veracruz Florestal, nome da Veracel na época, de desmatar uma área de 64 hectares de mata atlântica. Posteriormente, outra ação dizia que a empresa havia desmatado mais 247 hectares. O MPF obteve uma liminar na Justiça que determinou a imediata paralisação de qualquer atividade da Veracruz no sul da Bahia. O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram) entendeu, porém, na época, que a vegetação desmatada não precisava ser preservada, pois não estava em estado de regeneração e autorizou o plantio de eucaliptos. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região derrubou a liminar, o que permitiu a atuação da Veracel nos últimos 15 anos.

Segundo o procurador, o Ibama, no primeiro momento, encampou a avaliação do Cepram, órgão responsável pela concessão de licenças no Estado e saiu de cena. Posteriormente, contudo, o Ibama teria avaliado a área como de preservação da Mata Atlântica, mas nada fez a respeito. "O Cepram é um órgão viciado e leniente e, devido a esse fato, quem deveria ter conduzido o licenciamento era o Ibama", explica o procurador.

O MPF entende que o Ibama se omitiu nesse processo e diz também que não houve a exigência do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima). A Justiça declarou nulas as resoluções do Cepram que autorizaram a monocultura e determinou que, a partir de agora, o Ibama conduza o processo de licenciamento do empreendimento e exija um EIA/Rima da Veracel.

Ao Valor, o presidente da Veracel, Antônio Alípio, disse que foram apresentados dois EIA/Rima: um para a licença de localização e plantio de 47 mil hectares e, mais tarde, outra que permitiu a ampliação da área para 96 mil hectares - um pouco menor do que, por exemplo, a cidade do Rio de Janeiro. O Ministério entende que, por conta da concessão irregular de licenças, a área inicial de 64 hectares chegou aos atuais 96 mil, o que justifica a retirada da floresta e o plantio de mata nativa.

Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica, que acompanha de perto o desmatamento e o plantio de eucaliptos no sul da Bahia, acredita que a condenação é justa, pois houve o problema em 1993, mas é exagerada ao tratar de toda a floresta atual da Veracel. "Há coisas que foram erradas, mas há áreas que foram desmatadas regularmente", afirma. Atualmente, a Veracel tem uma área protegida de 104 mil hectares. "Para cada hectare com eucalipto, temos um hectare de mata preservada", explica Alípio. A Veracel recorrerá da decisão.

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O Supremo e a nova compensação ambiental: É bom ter em conta que o percentual estipulado e o destino dos recursos sempre serão passíveis de questionamentos

(Valor Econômico 11.07.2008 p. E2 Legislação)

Sérgio Guerra

Finalmente foram publicados, na íntegra, os votos e debates do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 3378-6, do Distrito Federal, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acerca da constitucionalidade da lei que criou a compensação ambiental. Em 18 de julho de 2000, com a edição da Lei nº 9.985 - que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e regulamentou o artigo 225, parágrafo 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal - a adoção de medidas compensatórias ambientais passou a ser um fator condicionante para o licenciamento de todo empreendimento causador de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão competente. Ademais disso, a Lei nº 9.985, além de ter abrangido o leque de atividades sujeitas às medidas compensatórias, também ampliou a destinação dos recursos, possibilitando ou obrigando o empreendedor a apoiar a implantação e manutenção de uma unidade de conservação do grupo de proteção integral.

O assunto já foi tratado e comentado por alguns ilustres advogados, os quais afirmam que a decisão do Supremo teria agravado a situação dos empreendedores. Permitam-me discordar. Para surpresa dos empreendedores, a denominada compensação ambiental não foi vinculada ao impacto ambiental a ser mitigado, e sim ao montante despendido pelo empreendedor na instalação do negócio. Apesar de tal cobrança objetivar a compensação dos danos causados ao meio ambiente pela implantação de empreendimentos de significativo impacto ambiental, o legislador utilizou-se do valor dos custos de implantação do empreendimento como base de cálculo. Ou seja, quanto mais dispendiosa a implantação da planta, até mesmo para causar menos impacto, mais o empreendedor deveria pagar ao governo.

Resumidamente, a norma se apoiava em algumas premissas: 1) era devido um valor mínimo, a título de compensação ambiental, de 0,5%; 2) a base para o montante desse valor era o investimento aportado; 3) o órgão ambiental possuía uma "carta em branco", pois competia a ele decidir o valor, compulsoriamente superior àquele percentual.

Com a decisão do Supremo a situação mudou - mas para melhor. E isso se deve aos calorosos debates provocados pelo voto divergente, de autoria do ministro Marco Aurélio de Mello, cujo objetivo centrou-se na retirada do "cheque em branco" das mãos do administrador público, pois seria uma delegação imprópria - contrária, portanto, ao texto constitucional de 1988 - e a desvincular a compensação ambiental do valor do investimento, de modo que houvesse, sim, uma relação de causalidade entre o dano e a compensação, conforme o artigo 225, parágrafo 3º da Constituição.

Com as intervenções e proposta da lavra do ministro Menezes Direito, chegou-se a uma decisão majoritária de interpretação com redução de texto, que, em primeiro lugar, retirou as expressões "não pode ser inferior a 0,5% dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento" e "o percentual", constantes do referido parágrafo 1º do artigo 36. Com isso, deixou-se de aplicar, compulsoriamente, o percentual de 0,5% sobre todo e qualquer empreendimento de significativo impacto ambiental. Vale, a partir de então, uma análise caso a caso do valor devido sem que já se parta de um piso obrigatório.

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É bom ter em conta que o percentual estipulado e o destino dos recursos sempre serão passíveis de questionamentos

A decisão também seguiu na linha sustentada pelo ministro Marco Aurélio de Mello de que o administrador público não pode ter um "passaporte para o absoluto", uma discricionariedade insindicável e incontrolável. Assim, o quantum da compensação passou a vincular-se ao grau de impacto do empreendimento - e não mais aos custos - apurado de acordo com o estudo de impacto ambiental e seu relatório, com possibilidade de amplo debate, permitindo transparência e previsibilidade técnica.

Na avaliação de impacto ambiental são identificados os aspectos positivos e os negativos de um empreendimento. Nos negativos são definidas as medidas mitigadoras, avaliando-se, ainda, a eficiência de cada uma delas. Daí, segundo a máxima de que o bom é inimigo do ótimo, o aplauso à decisão do Supremo, pois, considerando que alguns desses impactos não são passíveis de serem mitigados, como fonte alternativa será devida uma compensação por meio da destinação de recursos para a manutenção de unidades de conservação ou criação de novas unidades.

Vale lembrar que remanesce o disposto no caput do artigo 31 do Decreto nº 4.340, que veio a regulamentar diversos artigos da Lei do SNUC, entre eles o citado artigo 36. No concernente à identificação dos empreendimentos obrigados à adoção de medidas de compensação, foram estabelecidos alguns critérios para vincular essa atividade do órgão ambiental. Consoante disciplinado nesse ato regulamentar, somente estariam sujeitos à medida compensatória os empreendimentos que potencialmente causem, no momento de sua implantação, impactos negativos não mitigáveis e passíveis de riscos que possam comprometer a qualidade de vida de uma região ou causar danos aos recursos naturais.

De acordo com o artigo 32 do já citado Decreto nº 4.340, os órgãos licenciadores deverão instituir câmaras de compensação ambiental com a finalidade de analisar e propor a aplicação da compensação ambiental para a aprovação pela autoridade competente, de acordo com os estudos ambientais realizados.

Por fim, a decisão do Supremo reafirma a indispensável observância do devido processo legal - o direito ao contraditório e à ampla defesa - no processo de apuração dos valores a serem fixados proporcionalmente ao impacto ambiental. Considerando a dificuldade de valoração do dano ambiental, somada à inexistência de critérios objetivos para a fixação do montante a ser destinado pelo empreendedor para efeitos de compensação ambiental - e à utilização eficiente dos recursos financeiros - é bom ter em conta que o percentual a ser estipulado pelo licenciador, assim como o destino dos recursos, sempre serão passíveis de questionamentos na esfera administrativa ou, até mesmo, judicial, agora com maior chance de êxito.

Sérgio Guerra é doutor em direito, professor da FGV Direito Rio e co-autor do livro "Direito Ambiental" pela editora Freitas Bastos

Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações

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Grupo de consolidação de leis aprova duas propostas (Valor Econômico 11.07.2008 p. E2 Legislação)

Luiza de Carvalho, De São Paulo

O trabalho de organizar legislações sobre um mesmo tema que hoje estão esparsas, em curso na Câmara dos Deputados, avançou neste semana. O grupo de trabalho de consolidação de leis aprovou duas propostas -uma para reunir a legislação ambiental em uma nova lei e outra para ampliar a Lei de Benefícios da Previdência. As propostas, como possuem uma tramitação especial que garante maior celeridade, seguem agora para aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

As propostas não alteram o conteúdo de nenhuma lei, apenas organizam as diversas regulamentações sobre os temas. No caso da legislação previdenciária, a proposta inclui parcialmente 35 leis que não estavam na Lei nº 8.213, de 1991, que regula o tema, e revoga 117 decretos-leis e 85 leis ordinárias que não estão mais em vigor. O Projeto de Lei nº 7.078, de 2002, no entanto, não engloba a parte de custeio da Previdência. Isso porque, conforme justificativa da proposta, depois da Lei nº 11.457, de 2007, que criou a Receita Federal do Brasil e unificou a arrecadação tributária e previdenciária na Super-Receita, o custeio deve estar contemplado na área da legislação tributária. Para a deputada Rita Camata (PMDB-ES), relatora do projeto, um dos benefícios da consolidação é revogar leis que servem apenas para confundir cidadãos e juízes, atrasando os julgamentos. Segundo Rita, as próximas propostas de consolidação tratarão da legislação da saúde e da assistência social.

Na opinião de Jefferson Kravchychyn, presidente da comissão especial de seguridade social e previdência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o trabalho é bem-vindo, já que o sistema previdenciário é extremamente complexo. "Será um marco regulatório importantíssimo", diz. "Mas a criação de uma legislação única deve ser discutida à exaustão por técnicos qualificado, sem qualquer tipo de ingerência política."

Outra idéia é criar uma nova lei ambiental, que será dividida em dez tópicos, inserindo a política nacional do meio ambiente e a proteção da flora e fauna. De acordo com o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), relator do projeto - que é substitutivo do Projeto de Lei nº 679, de 2007 -, cerca de 40 decretos-leis foram revogados. Além disso, segundo ele, o grupo preferiu não incluir a vasta lei de recursos hídricos, que deve permanecer em uma legislação específica.

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Meio Ambiente - Lei põe floresta em risco: Ambientalistas consideram aprovação da MP 422, que amplia em 1 mil hectares o tamanho das fazendas ilegais na Amazônia passíveis de regularização,

um convite ao desmatamento(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. A13 País)

LEONEL ROCHA - DO CORREIO Braziliense

A senadora Marina Silva (PT-AC), que deixou o ministério do Meio Ambiente há pouco menos de dois meses, alertou nesta quinta-feira para o risco de grilagem dos 25 milhões de hectares na Amazônia que atualmente estão sem destinação específica e são consideradas terras devolutas da União. A invasão dessas áreas por madeireiros e pecuaristas, segundo a ex-ministra, pode ser a conseqüência dramática da transformação em lei pelo Senado, na noite de quarta-feira, da Medida Provisória 422, que regulariza fazendas ilegais de até 1.500 hectares nos estados da região Norte.

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"A lei é um estímulo à grilagem das florestas públicas e anula o esforço do plano de combate ao desmatamento", lamentou Marina. Editada em abril por inspiração do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a MP já tinha sido aprovada há pouco mais de um mês pela Câmara, horas depois da renúncia de Marina Silva, que deixou o cargo alegando falta de apoio do Palácio do Planalto para a sua proposta de política ambiental.

A atual senadora refutou os argumentos de Jucá, que alegava ser a medida uma forma de regularizar a documentação de fazendas produtivas de Roraima, que não tinham títulos definitivos. Do total de terras devolutas na Amazônia, somente 4,7 milhões de hectares (19%) estão no estado de origem do líder do governo. Levantamento feito pela ex-ministra mostra que 17 milhões de hectares (57% do total) estão no estado do Amazonas e outros 6 milhões (24%), no Pará.

O cadastro nacional de florestas públicas deste ano mostra que existem 211 milhões de hectares de florestas públicas na Amazônia Legal. Destes, 185 milhões estão protegidos em unidades de conservação federais e terras indígenas. Restam 25 milhões de hectares sem destinação e que podem, segundo Marina Silva, ser invadidos ilegalmente com a expectativa de também serem regularizadas por nova lei no futuro. A senadora chegou a propor uma emenda para que as florestas públicas federais ainda sem destinação específica ficassem fora das áreas passíveis de regularização. Mas na sessão do plenário do Senado a idéia foi descartada. "Ao invés de combater a grilagem, o governo e o Legislativo estimulam a invasão de terras públicas, criando expectativa de legalização de posses", lamentou Marina.

Ampliação. A MP transformada em lei reproduz o texto do projeto de lei do deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), que amplia de 500 para 1.500 hectares o tamanho das fazendas ilegais na Amazônia passíveis de regularização. No início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Marina Silva ainda tinha influência, o limite era de 100 hectares. Organizar a vida de pequenos e médios produtores rurais considerados posseiros de boa-fé foi a desculpa de Romero Jucá para ampliar as áreas regularizáveis mais uma vez, agora para 1.500 hectares. O argumento foi contestado por Marina Silva. Ela alega que pequenos e médios produtores rurais não ocupam tanta terra, mesmo na Amazônia. A ex-ministra considerou a nova lei uma brecha para a privatização de terras na Amazônia sem licitação e sem pagamento pelo patrimônio.

A ONG Amigos da Terra entrou com representação no Ministério Público Federal solicitando uma ação que questione a constitucionalidade da nova lei. A entidade ambientalista considera crime o desmatamento ou utilização econômica de florestas em qualquer terra pública, incluindo as devolutas, com base na lei de 2006. A entidade acredita que os documentos exigidos para a concessão dos títulos de propriedade podem representar a comprovação do crime. O Greenpeace começou a divulgar uma campanha contra a lei pela internet. A principal peça é um vídeo em preto e branco que mostra uma suposta campanha do governo convidando aventureiros a irem para a Amazônia desmatar.

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Corte ilegal: Madeireira tem atividades suspensas por crime ambiental(Conjur – 11.07.2008)

A prática reiterada de corte de madeira ilegal por uma madeireira do município de Santa Terezinha, em Santa Catarina, levou a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça a suspender as atividades da Industrial Elisa Ltda.

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O relator do processo, desembargador Sérgio Paladino, constatou que o conjunto probatório demonstrou que a empresa é contumaz na prática de crimes ambientais. Por isso, ele manteve a condenação de um ano e quatro meses de suspensão total de suas atividades imposta pela Comarca de Rio do Campo.

Conforme apurado no processo, a empresa funcionava sem a Licença Ambiental, que é fornecida no estado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). Em julho de 2002, a Polícia Ambiental registrou a apreensão de um lote de toras nas dependências da empresa, sem qualquer documentação que comprovasse sua extração legal. No mês seguinte, após nova fiscalização, quase toda a madeira nativa apreendida havia desaparecido.

O representante do Ministério Público ofereceu denúncia contra a empresa, que resultou em sua condenação em primeiro grau. A ré apelou sob alegação de insuficiência de provas. Não adiantou. Ainda cabe recurso.

Apelação Criminal 2008.017595-4

http://www.conjur.com.br/static/text/67999,1

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AVIAÇÃO

Volta Redonda ganhará aeroporto Vale do Aço(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 4 Negócios & Empresas)

O secretário de Transportes do Estado do Rio, Julio Lopes, firmou parceria com o prefeito Gothardo Neto para viabilizar a construção do Aeroporto Regional Vale do Aço. A licitação para a obra aconteceu em maio e gerou uma economia de R$ 2 milhões, já que estava orçada em R$ 50 milhões e foi contratada por R$ 48 milhões.Deste total, 70% virão do convênio da Aeronáutica através do Profaar, o Programa Federal de Auxílio a Aeroportos. Os 30% restantes serão de contrapartida do Governo do Estado e o município de Volta Redonda.

Até o final do ano, a secretaria que ter as máquinas trabalhando na abertura da pista, que terá 2.200 metros - muito maior do que a do Santos Dumont, no Rio, que tem 1.350 metros. Com esse perfil, o aeroporto estará apto para receber aviões de até 150 passageiros, como os Boings 737.

Além de atender aos mais de 1 milhões de habitantes de Volta Redonda, Piraí, Barra Mansa e redondezas, o aeroporto do Vale do Aço vai servir também às empresas da região, que é a mais industrializada do interior do estado. Estão por lá a Companhia Siderúrgica Nacional, as fábricas da Pegeout-Citroen, da Volkswagen e a Votorantin.

"Esse aeroporto é estratégico para a economia da Região Sul-Fluminense. Além de incrementar o turismo, ele vai facilitar em muito a rotina dos executivos das indústrias e empresas da região. Acreditamos que, logo no primeiro ano de funcionamento, o Aeroporto do Vale do Aço terá vôos diários para São Paulo, onde estão os escritórios e as sedes das empresas localizadas em Volta Redonda, Barra Mansa e Piraí, disse Lopes.

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No próximo dia 16, acontecerá uma audiência pública para tratar de questões ambientais. Na seqüência, o próximo passo, será a desapropriação da área onde será construído o aeroporto. O terreno fica próximo a Ponte de Aço, que marca a entra de Volta Redonda. A localização, quase às margens da Rodovia Presidente Dutra, vai facilitar o acesso dos moradores de toda região ao aeroporto.

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Varig pagará ações trabalhistas(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 6 Financeiro)

O juiz Luiz Roberto Ayoub, coordenador da recuperação judicial da Varig, liberou ontem o pagamento de R$ 47,5 milhões para credores trabalhistas da Varig, que permanece em recuperação judicial, agora conhecida como Flex. Por meio de comunicado, Ayoub informou que o pagamento está limitado a cinco salários mínimos para cada trabalhador, o que está previsto na Lei de Recuperação Judicial de Empresas.Os recursos são provenientes de uma antecipação de emissão de papéis de dívida (debêntures) realizada pela Gol, que comprou a Varig (VRG) em março do ano passado. No total, foram levantados R$ 95 milhões, por meio de duas emissões de debêntures no valor de R$ 47,5 milhões cada, mais juros de R$ 3,5 milhões.

A outra emissão foi destinada principalmente aos aposentados do fundo de pensão Aerus, que receberam em torno de R$ 30 milhões para amortizar parte da dívida total do fundo, estimada em até R$ 3,5 bilhões. As debêntures fazem parte do plano de recuperação judicial da Varig antiga.

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Congonhas vai ampliar pista do Aerolula: Projeto orçado em R$ 4 milhões é a primeira medida de segurança no aeroporto após acidente com aeronave da TAM

(Folha de São Paulo 11.07.2008 p. C3 Cotidiano)

Governo avalia que a área de pousos e decolagens do avião presidencial e de demais autoridades está muito próxima à de outros aviões

ANDREZA MATAISFERNANDA ODILLADA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Defesa pediu à Infraero que amplie a pista do aeroporto de Congonhas (zona sul da capital paulista) para garantir a segurança dos vôos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras autoridades, inclusive militares.Uma das propostas, orçada em R$ 4 milhões, é construir uma laje similar à de viadutos que teria capacidade para receber o Aerolula e aeronaves de outras autoridades.A idéia é aumentar o espaço destinado a pousos e decolagens das aeronaves VIPs.

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A medida é a primeira na área de segurança definida após o acidente com o avião da TAM no ano passado. Desde o acidente, em 17 de julho de 2007, em Congonhas, o governo não tomou novas medidas de segurança no terminal.A pista principal teve a dimensão reduzida e foi feito "grooving" (ranhuras), mas são medidas que já estavam previstas antes do desastre.A avaliação no governo é que a área reservada a pousos e decolagens do avião presidencial está próxima à destinada para as demais aeronaves, havendo risco de as asas se chocarem."Vamos alocar o avião presidencial e os que demandam aquele terminal num pátio específico. Queremos aumentar o nível de segurança", disse o ministro Nelson Jobim (Defesa).A medida é necessária, segundo Jobim, porque haverá maior circulação de aeronaves em Congonhas com a decisão do governo de reduzir o tempo de pouso e decolagem no local.O presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, disse que o projeto está orçado em R$ 4 milhões. A Folha apurou que a laje seria construída sobre uma área de estacionamento de carros utilizada hoje pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) entre o terminal de passageiros e a ala de desembarque de autoridades.Outra alternativa seria o recorte num canteiro e a ampliação de uma área em cima de um aterro onde o avião ficaria estacionado. Esse projeto está orçado em R$ 2 milhões e exigiria deslocamento das aeronaves VIPs para embarque e desembarque."Vai caber à Presidência examinar as opções e escolher", disse Gaudenzi. Segundo ele, não há intenção de fazer mudanças no saguão de autoridades de Congonhas, considerado um dos melhores do país.O presidente da Infraero disse que, apesar de previstas para aumentar a segurança do aeroporto, não há previsão para iniciar a construção da área de escape e das mudanças na torre do terminal.

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Trabalhista - Justiça libera R$ 47,5 mi para dívida da Varig(DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

RIO DE JANEIRO - O juiz Luiz Roberto Ayoub, coordenador da recuperação judicial da Varig, liberou o pagamento de R$ 47,5 milhões para credores trabalhistas da empresa, que permanece em recuperação judicial, agora conhecida como Flex. Por meio de comunicado, Ayoub informou que o pagamento está limitado a cinco salários mínimos para cada trabalhador, o que está previsto na Lei de Recuperação Judicial de Empresas.

Os recursos são provenientes de uma antecipação de emissão de papéis de dívida (debêntures) realizada pela Gol, que comprou a Varig (VRG) em março do ano passado. No total, foram levantados R$ 95 milhões por meio de duas emissões de debêntures no valor de R$ 47,5 milhões cada, mais juros de R$ 3,5 milhões.

A outra emissão foi destinada principalmente aos aposentados do fundo de pensão Aerus, que receberam em torno de R$ 30 milhões para amortizar parte da dívida total do fundo, estimada em até R$ 3,5 bilhões. As debêntures fazem parte do plano de recuperação judicial da Varig antiga.

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BANCÁRIO

Regulação - Estados Unidos querem mais poder sobre os bancos(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. A7 Economia)

Da Agência Folhapress

O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro, Henry Paulson, afirmaram, em depoimento ao Congresso dos Estados Unidos, que são necessários novos poderes regulatórios para proteger a principal economia mundial de possíveis quebras dos bancos de Wall Street.

"As reformas nos métodos de supervisão dessas instituições precisam reconhecer as características especiais do setor de bancos de investimento", disse Bernanke. Ele e Paulson afirmaram ser a favor da criação de procedimentos pelos quais o governo pode orientar a liquidação de um banco de investimento, buscando minimizar os impactos sobre o sistema financeiro e na economia. Essas medidas já valem para os bancos comerciais.

Para Paulson, "está claro que algumas instituições, se entrarem em colapso, terão um impacto sistêmico". No entanto, ele afirmou que os membros dos mercado financeiro não podem esperar que o governo vá resgatá-los a toda hora.

"Para o mercado efetivamente restringir o risco, é preciso permitir que as instituições financeiras fracassem." No depoimento aos deputados, o presidente do Fed defendeu ainda a ajuda da entidade na venda, em março, do Bear Stearns, o quinto maior banco de investimento dos EUA, para o JPMorgan Chase. "Eu faria de novo", disse Bernanke, que acrescentou que o Fed "não perdeu um centavo" no empréstimo de US$ 29 bilhões.

Os dois dirigentes afirmaram também que a Fannie Mae e a Freddie Mac (instituições criadas pelo Congresso americano e que são as duas maiores financiadoras de hipotecas do país) estão "adequadamente capitalizadas", depois dos rumores de que elas estariam insolventes. Bernanke, porém, disse que elas precisarão levantar mais capital, a exemplo de outras grandes instituições financeiras dos EUA. As ações de Freddie Mac e Fannie Mae caíram nesta quinta-feira 20,72% e 12,74%, respectivamente.

Sobre a situação dos mercados financeiros, Bernanke falou que eles estão "tensionados" e que a turbulência ainda está em andamento.

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CHINA

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Autopeças - Brasil investiga ação irregular na exportação de pneus pela China(DCI 11.07.2008 p. A7 Indústria)

BRASÍLIA - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior abriu ontem uma investigação de prática de dumping (cobrança de preço abaixo do custo de produção para ganhar mercado) nas importações brasileiras de pneus novos para automóveis de passageiros vindos da China.

A denúncia foi feita em janeiro pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, representando as empresas Goodyear, Firestone e Pirelli. As três juntas respondem por mais de 50% da produção de pneus do País. Após a conclusão da investigação, o governo brasileiro pode aplicar uma sobretaxa às importações do produto da China ou impor cotas. Atualmente, o imposto de importação aplicado sobre as compras brasileiras de pneus da China é de 16%.

Não há prazo para a conclusão das investigações. Normalmente, estes processos levam de oito a 12 meses para serem concluídos. O governo também pode adotar medidas (direitos provisórios) antes desse prazo, se julgar que há indícios suficientemente fortes de que as importações estão causando dano à indústria nacional.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apurou que o preço de exportação praticado pela China é de US$ 2,53 por quilo, US$ 1,50 a menos (59,3%) que os preços cobrados pelos exportadores de pneus da Argentina. Como a China ainda não é considerada oficialmente pelo Brasil como uma economia de mercado, "o valor normal" que os chineses deveriam praticar foi calculado a partir de preços cobrados por empresas argentinas. O valor apurado foi de US$ 4,03 por quilo.

Em função da margem encontrada, a Secex concluiu haver indícios de prática de dumping nas exportações de pneus da China para o Brasil. Os técnicos do governo também identificaram um aumento da participação dos pneus chineses no consumo brasileiro e uma redução da participação nas vendas da indústria doméstica. Para os técnicos, a perda de participação das empresas brasileiras não foi maior porque elas reduziram seus preços para concorrer com o produto chinês. A indústria também não acompanhou o crescimento do mercado brasileiro de pneus para automóveis

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Siderurgia - Diminuição da produção de alumínio chinês elevará preços: Decisão de diminuir em 500 mil toneladas a produção é causada por falta de energia; Brasil não tem produção suficiente

para ocupar o espaço(DCI 11.07.2008 p. A7 Indústria)

SÃO PAULO - As principais produtoras de alumínio da China, maior produtora do mundo do metal, irão reduzir sua fabricação em até 10% para atenuar a escassez de energia elétrica do país. "A conseqüência imediata será uma elevação mundial dos preços do alumínio", prevê o coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira de Alumínio (Abal), Aldo Albanese. "Esse é o vetor que mais terá impacto", afirma.

Apesar da diminuição da produção chinesa, o Brasil não deverá expandir as suas exportações. "Para novas fábricas de alumínio são necessárias ofertas atrativas de energia e no Brasil não existe essa oferta; esse é um imenso gargalo para o setor", afirma Albanese, que também é conselheiro da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres

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(Abrace). De acordo com o executivo, a produção nacional de alumínio só se expandirá quando "o governo perceber que energia é uma questão estratégica". "Só assim poderemos ter novas fábricas de alumínio funcionando", afirma.

O especialista também explica que ainda será necessário verificar como o mercado mundial irá reagir ao aumento do preço do commoditie. "Temos que verificar quanto da elevação é realmente devido à diminuição da produção chinesa", explica. Logo após o anúncio, o preço do alumínio subiu até 5,3 por cento, para 3.360 a tonelada, na Bolsa de Metais de Londres.

O acordo entre as empresas signatárias, que respondem por 70% da produção chinesa, aprovado junto ao Ministério do Comércio e à Associação Chinesa da Indústria de Metais Não-Ferrosos, irá contribuir para aliviar o sexto ano de escassez de energia elétrica na China. A energia empregada semanalmente pelas fundições chinesas de alumínio é suficiente para abastecer mais de dois milhões de pessoas durante um ano. A energia elétrica responde por 30% a 40% do custo da produção de alumínio. Com a decisão serão retirados do mercado pelo menos 500.000 toneladas de produção. A China produziu 12,6 milhões de toneladas no ano passado.

O pacto entre as produtoras chinesas ocorreu em um momento em que o país está próximo de sofrer uma escassez de energia elétrica causada pelo crescimento econômico do país que alcançou, em média, mais de 10% ao ano nos últimos cinco anos.

Produção brasileira

O Brasil produz atualmente 1,6 milhões de toneladas de alumínio primário e recicla aproximadamente 300 mil toneladas. No ranking mundial de produção do metal, o País configura em sexta colocação, atrás da China Rússia, EUA, Canadá e Austrália.

O consumo doméstico de alumínio cresceu 19,4% no primeiro trimestre deste ano, totalizando 255,3 mil toneladas. Em igual período em 2007 foram consumidas 213,9 mil toneladas, de acordo a Abal.

A entidade prevê que serão consumidas 1.074 mil toneladas este ano, 14% a mais de todo o consumo nacional em 2007, que somou 918 mil toneladas.

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Com mineradora, China estréia no mundo das aquisições hostis(Valor Econômico 11.07.2008 p. B9 Empresas - The Wall Street Journal Americas)

Laura Santini e Rick Carew, The Wall Street Journal, de Hong Kong

Ao vencer a dura batalha pelo controle de uma produtora australiana de minério de ferro, a trading de metais Sinosteel Corp. conseguiu ser a primeira empresa chinesa a concretizar uma aquisição hostil no exterior.

Ontem, a Sinosteel adquiriu um volume adicional de ações da Midwest Corp. que é suficiente para elevar sua participação na mineradora australiana para pouco acima dos 50%, segundo uma pessoa a par da negociação, numa transação que atribui à Midwest o valor de 1,36 bilhão de dólares australianos (US$ 1,3 bilhão).

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A compra é o mais recente sinal da sofisticação crescente da China para assegurar recursos que alimentem o crescimento explosivo do país. A Sinosteel venceu a oferta concorrente da rival Murchison Metals Ltd., da Austrália, e conseguiu apoio das autoridades australianas para lidar com a tentativa de bloqueio do acordo feita por um fundo de hedge dos Estados Unidos.

Várias tentativas anteriores feitas pela China para comprar ativos no exterior acabaram em derrotas. A pior foi sofrida em 2005, quando a oferta de US$ 18,5 bilhões em dinheiro feita pela petrolífera Cnooc Ltd. para comprar a americana Unocal Corp. fracassou por causa de resistência política e inabilidade para a tomada de decisões rápidas em momentos cruciais.

No início deste mês, numa demonstração de uma nova perícia em fazer negócios, uma subsidiária da Cnooc conseguiu apoio para sua oferta de US$ 2,5 bilhões pela Awilco Offshore ASA, companhia norueguesa de serviços petrolíferos. Quando o acordo foi anunciado, a empresa chinesa já tinha assegurado o voto a favor de dois grandes acionistas da Awilco que, juntos, possuem 40% dela, além da recomendação do seu conselho.

O apetite da China por commodities está levando o volume dos seus investimentos no exterior a novas alturas. Neste ano, até o momento, as empresas chinesas adquiriram ativos estrangeiros no valor total de US$ 42,6 bilhões, quase o dobro do que investiram no ano passado, segundo dados da Dealogic. Acordos relacionados a recursos naturais contribuíram com uma grande parte desse aumento.

Até recentemente, as empresas chinesas procuravam ficar com participações minoritárias em vez de buscar o controle direto de companhias estrangeiras. Em fevereiro, a Aluminum Corp. of China, conhecida como Chinalco, juntou-se à fabricante americana de alumínio Alcoa Inc. para adquirir 9% da mineradora anglo-australiana Rio Tinto por mais de US$ 14 bilhões.

A lentidão na tomada de decisões por parte de empresas estatais foi parcialmente responsável pelo fracasso da oferta da Cnooc pela Unocal em 2005. A Sinosteel, estatal não negociada em bolsa que extrai e comercializa minério de ferro e outros metais para siderúrgicas da China, conseguiu ser mais ativa em relação à

Midwest. Com ações negociadas na Austrália, esta conta com um bom número de grandes investidores da Malásia e possui um punhado de projetos de exploração ou em fase preliminar no Estado de Austrália Ocidental.

Huang Tianwen, diretor-geral da Sinosteel, mandou para a Austrália um executivo da empresa em Pequim, Wu Hongbin, a fim de que este supervisionasse as negociações, que levaram sete meses. A equipe de Wu tinha "autoridade para tomar decisões dia a dia e isso foi um fator-chave que a ajudou a ganhar num ambiente realmente dinâmico de concorrência", diz Alan Young, diretor administrativo do J.P. Morgan & Co., que assessora a Sinosteel. A Morgan Stanley assessorava a Midwest.

A Sinosteel também procurou as autoridades que regulamentam o mercado da Austrália, que terminaram por impedir que o fundo de hedge americano Harbinger Capital Partners votasse com a Murchison, que detém 10% da Midwest. As autoridades julgaram que o Harbinger, dono de 20% da Murchison, não podia agir em conjunto com a empresa para apoiar a oferta em ações desta pela Midwest.

A forte demanda mundial por commodities australianas como minério de ferro e carvão aumentou a projeção da Midwest e de uma geração inteira das chamadas mineradoras juniores. Um ano atrás, por

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exemplo, a ação da Midwest era negociada a 3,30 dólares australianos. Ontem ela fechou a 6,40 dólares australianos, dois centavos acima da oferta feita pela Sinosteel.

Ao alcançar o porcentual que lhe deu o controle, a Sinosteel desferiu um golpe mortal na Murchison, que opera uma mina de minério de ferro na Austrália Ocidental vizinha de uma das minas da Midwest. A Murchison apresentou uma oferta em ações pela Midwest em outubro, aumentando-a quando a Sinosteel entrou na disputa.

Um porta-voz da Murchison reiterou ontem que a empresa não vai repassar seus 10% de participação na Midwest para a Sinosteel. O Harbinger também não deve vender suas ações, adquiridas por preço maior do que o da oferta da Sinosteel. Desde que a Murchison aumentou sua oferta, em maio, sua ação teve queda de 31% e fechou ontem a 2,80 dólares australianos.

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CIVIL

Questionamentos - OAB contesta legalidade de nova identificação civil(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B9 Direito & Justiça)

Da redação

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) levantou diversos questionamentos quanto à constitucionalidade e legalidade da lei 9.454/97, que instituiu a identificação civil única - o Registro de Identidade Civil (RIC). Em palestra nesta quinta-feira, no Encontro Nacional de Identificação, realizado em Brasília, o diretor do Conselho Federal, Ophir Cavalcante Junior, disse que uma das principais preocupações da OAB com o sistema único de identificação é de que ele possa representar violação aos direitos fundamentais e garantias individuais, previstos no artigo 5° da Constituição, ou favorecer no futuro o fortalecimento do autoritarismo e de um Estado policial, ante o eventual enfraquecimento ou desaparecimento da democracia no País.

Na avaliação de Ophir Cavalcante Junior, uma questão que se deve levantar frente a essa legislação é se ela estabeleceria formas de controle social do RIC que representem, para o cidadão, garantias contra violações do seu direito à privacidade. A partir do fato de que a lei prevê um controle centralizado, possivelmente em poder da Polícia Federal, da expedição e administração do RIC - sistema pelo qual cada brasileiro teria um número único, extinguindo-se as identidades expedidas pelos estados -, ele salienta que cabe indagar de que forma esses dados seriam utilizados.

Ele também suscitou outros questionamentos, sob o ponto de vista da legalidade e constitucionalidade da medida. "A identificação civil é registro público ou uma questão de segurança pública?", perguntou Ophir durante sua palestra no encontro, promovido pelo Ministério da Justiça e Departamento de Polícia Federal. "Se for registro público, a União é competente para legislar sobre isso; mas se for segurança pública, a competência é dos estados para legislar e, portanto, a lei federal seria inconstitucional".

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Condômino inadimplente com endereço ignorado(Última Instância – 11.07.2008)

Daphnis Citti de Lauro

Uma das grandes falhas do novo Código Civil, na parte que trata do condomínio edilício, foi não incluir, dentre os deveres dos condôminos, o de informar ao síndico ou à administradora, seu endereço, quando não residam no condomínio. Que fique como sugestão, para a próxima reforma da legislação condominial.

Isso porque, quando o condômino se muda, e está inadimplente, costuma não deixar o endereço para onde vai, a fim de não ser encontrado.

Algumas convenções condominiais prevêem que os boletos bancários, bem como as convocações de assembléias gerais serão sempre enviados para a unidade condominial, quando o condômino não informar outro endereço.

Esse é um cuidado a ser tomado e que deve sempre constar das convenções por ocasião da sua elaboração ou posterior alteração ou atualização.

Quando o condomínio propõe ação de cobrança de taxas condominiais contra condômino que não mora no prédio (a unidade está vazia ou alugada), os juízes só deferem a citação por edital, após expedidos ofícios a inúmeros órgãos, o que é verdadeiramente um absurdo.

Para se ter idéia, não é exagero afirmar que numa única ação, um condomínio teve que providenciar a expedição de ofícios ao Detran/Ciretran, Telefônica, Embratel, Sabesp, Eletropaulo, Tim, Oi, Intelig, Telesp Celular, Vivo, Claro, Associação Comercial, SPC (Serviço Nacional de Proteção ao Crédito), Serasa, Equifax do Brasil, Instituto de Identificação, Departamento Municipal de Rendas Imobiliárias, Praservir, Jucesp (para pessoas jurídicas), site do Tribunal de Justiça, site da Justiça Federal do Trabalho, Google, Visanet, Redecard e a Delegacia da Receita Federal.

Mas há um interessante acórdão da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos do Agravo de Instrumento nº 7.204.854-5 proferido 23 de abril de 2008, presidido pelo desembargador Itamar Gaino e em que participaram os desembargadores Ademir Benedito e Antonio Marson e relator o desembargador Souza Lopes, com entendimento diverso:

CITAÇÃO EDITAL – requisitos – Réus que não residem no endereço informado à Receita Federal – exigência de outras diligências – inadmissibilidade – interpretação do artigo 231, II, do Código de Processo Civil – recurso provido.

Com razão, o que o artigo 231, inciso II, do Código Civil prevê, é que a citação por edital será feita quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que o réu se encontrar. E o artigo 232 prevê mais: que dentre os requisitos da citação por edital, basta “I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos nºs. I e II do artigo antecedente” (quando desconhecido ou incerto o réu, ou quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar).

No citado acórdão, escreve o relator: “Está patente nos autos que a localização dos Réus é ignorada, logo, cabível a citação por edital, não havendo que se exigir que o Autor tenha que encetar verdadeira caçada para localizar o desaparecido Réu, se nem a Receita Federal sabe do seu paradeiro, eis que os endereços informados à Receita não correspondem nem à sede, nem à residência dos Réus”.

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E com absoluta razão, porque os proprietários de imóveis estão obrigados a declarar à Receita Federal. E se não declaram, se conseqüentemente não declinam seu endereço, porque tem que se fazer a caçada às vinte e quatro empresas, órgãos ou sites, relacionados acima, com evidente retardamento do processo judicial e aumento de despesas, para se tentar descobrir o paradeiro de quem não cumpre com a principal obrigação em relação ao condomínio, que é a de pagar as taxas condominiais?

http://ultimainstancia.uol.com.br/artigos/ler_noticia.php?idNoticia=53278

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COMÉRCIO EXTERIOR

Comércio Exterior - Brasil ataca novo texto da OMC para Doha: Corte de subsídios agrícolas proposto por países ricos desagrada

(Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B7 Economia)

Renata Veríssimo, BRASÍLIA

As negociações ministeriais na Rodada Doha, marcadas para o dia 21, não serão destravadas se prevalecer o texto divulgado ontem pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a partir do qual terá início o debate em Genebra com representantes de 30 grandes potências comerciais. Os negociadores brasileiros não ficaram satisfeitos com a versão que trata da redução dos subsídios agrícolas dos países industrializados - principal reivindicação dos países em desenvolvimento, como o Brasil.

“A postura dos países desenvolvidos vai determinar a possibilidade de êxito da Rodada. Se chegarem com uma postura protecionista, vão contaminar o resultado da reunião”, afirmou o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Itamaraty, embaixador Roberto Azevedo.

Para ele, o Brasil deu sinais de que está disposto a fazer aberturas importantes de seu mercado para produtos manufaturados. “Mas não vamos fazer essa abertura sozinhos. Não vamos pagar a fatura da Rodada Doha sozinhos”, afirmou.

Na avaliação do Itamaraty, o texto deixou uma margem para que os países industrializados não façam a abertura do mercado agrícola em áreas consideradas sensíveis. O embaixador disse que o documento deixa “hiatos importantes”.

Azevedo acredita que o texto deixa alternativas que podem levar a resultados bons ou ruins tanto na redução dos subsídios quanto na expansão de cotas para importação de produtos agrícolas. “É difícil dizer o que vai sair da reunião.”

Por outro lado, foi considerado uma vitória o reconhecimento por parte dos países da OMC da condição especial do Mercosul. O texto que trata da abertura dos setores industrial e de serviços propõe que o limite de volume de comércio que terá regras mais flexíveis na aplicação da fórmula de degravação tarifária (ou seja, que poderá continuar com proteção maior) será determinado pelo Brasil.

Esse mecanismo possibilitará que mais produtos fiquem fora da abertura total de comércio. Como os sócios do Mercosul têm comércio restrito, eles chegariam rapidamente ao limite de linhas tarifárias estabelecido pela OMC, o que reduziria os benefícios para o Brasil, que tem o compromisso de aplicar a Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco.

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A reunião em Genebra foi convocada com o objetivo de concluir as negociações de liberalização do comércio mundial da Rodada Doha, que começou em 2001 e deveria ter sido concluída em 2004. Os emergentes pedem mais acesso aos mercados agrícolas dos países desenvolvidos, que querem uma entrada maior para seus bens industriais no resto do mundo. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que ajude a destravar as negociações.

MOMENTO DECISIVO

Para o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, “os textos revisados preparam o cenário para um momento decisivo da Rodada Doha”. “Um acordo para a abertura do comércio agrícola e de bens implica mais crescimento, melhores perspectivas de desenvolvimento e um sistema comercial mais estável e previsível. Não devemos deixar escapar essa oportunidade”, afirmou.

A Comissão Européia, órgão executivo da União Européia, considerou positivas as mudanças nas propostas, mas acredita que ainda há “importantes diferenças” a serem resolvidas. “Estamos comprometidos com essas negociações, mas necessitamos de esforços sérios de nossos sócios para alcançar um acordo equilibrado”, disse o porta-voz do comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson.

Don Stephenson, embaixador do Canadá e mediador para temas industriais, disse que espera diminuir as divergências entre os países antes do dia 21. “Esse texto não está concluído, existem ainda muitos pontos por resolver.”

COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Com Mercosul dividido, OMC refaz propostas para Doha: Sarkozy culpa Brasil e China por impasse global

(Folha de São Paulo 11.07.2008 p. B3 Dinheiro)

MARCELO NINIODE GENEBRA

O Mercosul irá dividido à reunião ministerial do próximo dia 21 em Genebra (Suíça), que pode ser a última chance de destravar ainda neste ano a Rodada Doha, de liberalização comercial. Ontem, a OMC (Organização Mundial do Comércio) apresentou uma revisão das propostas que servirão de base para o encontro.O mediador da negociação industrial, Don Stephenson, reconheceu que restam divergências entre os países do bloco sul-americano. Ele frisou que o parágrafo que trata do Mercosul no texto apresentado ontem está sem colchetes, o que na linguagem diplomática significa que foi aprovado. "Mas não diria que há consenso", admitiu o diplomata canadense.A origem do desacordo está em Buenos Aires. A Argentina não concorda com a fórmula proposta pela OMC -e aceita pelo Brasil- para calcular flexibilidades para as indústrias de uniões aduaneiras. Exige mais.A fórmula, que usa como base o valor do comércio exterior do Brasil, permitiria ao Mercosul proteger até 14% de suas linhas tarifárias dos cortes de tarifas de importação aplicados a outros produtos. Embora o Itamaraty considere a proposta boa para todos os países do bloco, a relutância argentina poderá criar um impasse na negociação. Anteontem, no Japão, o presidente Lula deixou claro que, entre Doha e o Mercosul, o Brasil escolherá o segundo.

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O Mercosul será só um dos pontos de atrito que os negociadores tentarão eliminar. Tanto na proposta de Stephenson como na do mediador de agricultura, Crawford Falconer, há vários itens sem acordo.A aproximação do encontro dos ministros aumentou a polarização entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Ontem, ao discursar no Parlamento Europeu, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, culpou Brasil e China pelas dificuldades de um acordo."A Europa não pode continuar fazendo esforços se as outras grandes regiões do mundo não estiverem decididas a avançar", afirmou Sarkozy, que no início do mês assumiu a presidência rotativa da UE. "O Brasil não fez nenhum esforço para baixar as tarifas alfandegárias na indústria, não há qualquer esforço nos serviços. E o que se pode dizer do fechamento do mercado chinês?"O governo brasileiro e outros países emergentes dizem o contrário: as negociações não avançam devido à resistência de países ricos, como a França, em eliminar os subsídios bilionários que concedem a seus agricultores. Os EUA, por sua vez, jogaram ontem a responsabilidade nos emergentes. "É hora de os grandes países emergentes darem uma contribuição para a abertura de mercados", disse Gretchen Hamel, porta-voz da representante de Comércio dos EUA.No Brasil, a equipe de negociadores do Itamaraty passou a tarde de ontem analisando os papéis da OMC e avaliam que os documentos permitem "avanços concretos", mas isso ainda depende da atuação dos países desenvolvidos nas próximas reuniões."O texto em si não garante que os países desenvolvidos vão avançar. Se chegarem à reunião com uma postura protecionista, muito rígida, vamos ter grandes dificuldades", disse o embaixador Roberto Azevedo, principal negociador brasileiro no Itamaraty.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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Relações Internacionais - Itamaraty endurece discurso contra texto da Rodada de Doha(DCI 11.07.2008 p. A4 Política Econômica)

BRASÍLIA - As negociações ministeriais na Rodada Doha, marcadas para o dia 21, não serão destravadas se prevalecer o texto divulgado ontem pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a partir do qual terá início o debate em Genebra com representantes de 30 grandes potências comerciais. Os negociadores brasileiros não ficaram satisfeitos com a versão do texto que trata das reduções dos subsídios agrícolas pelos países industrializados - principal reivindicação dos países em desenvolvimento, como o Brasil.

"A postura dos países desenvolvidos (na reunião) vai determinar a possibilidade de êxito da Rodada. Se chegarem com uma postura protecionista, vão contaminar o resultado da reunião", afirmou o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Itamaraty, embaixador Roberto Azevedo. Ele foi enfático ao afirmar que o Brasil não pagará sozinho "a fatura" da Rodada Doha. Na sua opinião, o Brasil deu sinais de que está disposto a fazer aberturas importantes do seu mercado para os produtos manufaturados dos países desenvolvidos.

"Mas não vamos fazer esta abertura sozinhos. Não vamos pagar a fatura da Rodada Doha sozinhos", afirma o embaixador.

Azevedo explicou que não está claro no texto do capítulo agrícola se os países desenvolvidos irão colaborar para o fim das negociações. Segundo o embaixador, o documento deixa "hiatos importantes"

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que terão que ser fechados pelos ministros daqui duas semanas, em Genebra. Na avaliação do Itamaraty, ficou uma margem para que os países industrializados não façam a abertura do mercado agrícola em áreas consideradas sensíveis. "Se esses países não tiverem uma postura construtiva nas negociações, as coisas podem não caminhar bem", observou.

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Autopeças - Brasil investiga ação irregular na exportação de pneus pela China(DCI 11.07.2008 p. A7 Indústria)

BRASÍLIA - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior abriu ontem uma investigação de prática de dumping (cobrança de preço abaixo do custo de produção para ganhar mercado) nas importações brasileiras de pneus novos para automóveis de passageiros vindos da China.

A denúncia foi feita em janeiro pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, representando as empresas Goodyear, Firestone e Pirelli. As três juntas respondem por mais de 50% da produção de pneus do País. Após a conclusão da investigação, o governo brasileiro pode aplicar uma sobretaxa às importações do produto da China ou impor cotas. Atualmente, o imposto de importação aplicado sobre as compras brasileiras de pneus da China é de 16%.

Não há prazo para a conclusão das investigações. Normalmente, estes processos levam de oito a 12 meses para serem concluídos. O governo também pode adotar medidas (direitos provisórios) antes desse prazo, se julgar que há indícios suficientemente fortes de que as importações estão causando dano à indústria nacional.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apurou que o preço de exportação praticado pela China é de US$ 2,53 por quilo, US$ 1,50 a menos (59,3%) que os preços cobrados pelos exportadores de pneus da Argentina. Como a China ainda não é considerada oficialmente pelo Brasil como uma economia de mercado, "o valor normal" que os chineses deveriam praticar foi calculado a partir de preços cobrados por empresas argentinas. O valor apurado foi de US$ 4,03 por quilo.

Em função da margem encontrada, a Secex concluiu haver indícios de prática de dumping nas exportações de pneus da China para o Brasil. Os técnicos do governo também identificaram um aumento da participação dos pneus chineses no consumo brasileiro e uma redução da participação nas vendas da indústria doméstica. Para os técnicos, a perda de participação das empresas brasileiras não foi maior porque elas reduziram seus preços para concorrer com o produto chinês. A indústria também não acompanhou o crescimento do mercado brasileiro de pneus para automóveis.

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OMC - Nicolas Sarkozy rejeita possibilidade de acordo para Doha e critica Brasil: Presidente francês diz que tem apoio dos 27 países da União Européia para ir às Olimpíadas na China

(DCI 11.07.2008 p. A10 Internacional)

ESTRASBRUGO - Nicolas Sarkozy, presidente da França, disse ontem não ver condições para que se chegue a um acordo para a liberalização do comércio global antes de uma importante reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a Rodada Doha marcada para 21 de julho. Ele fez críticas aos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil.

No mesmo dia, os mediadores da OMC apresentaram novos textos de negociação que servirão de base para um projeto de acordo da Rodada de Doha. Esses textos serão usados quando os ministros do Comércio de vários países reunirem-se em Genebra para definir as linhas gerais do acordo de Doha.

"Esses textos revisados abrem caminho para um momento decisivo na Rodada de Doha", disse o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.

Lamy convocou a reunião, que representa a última oportunidade para se atingir um acordo antes de janeiro de 2009, quando um novo presidente toma posse nos EUA. A subida ao poder de um novo líder norte-americano poderia significar colocar as negociações em banho-maria durante anos.

"Somos unânimes na Europa para dizer que, no estado atual das coisas, as contas não fecham, que a Europa fez todos os esforços, que a Europa não pode continuar fazendo esforços se as outras grandes regiões do mundo não estiverem decididas a avançar", afirmou Sarkozy . "O Brasil não fez nenhum esforço para baixar as tarifas alfandegárias na indústria; não há qualquer esforço nos serviços e o que se pode dizer do fechamento do mercado chinês?".

Nicolas Sarkozy vem laçando há algumas semanas inúmeras críticas ao comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, que coordena as negociações em nome da União Européia. Semana passada, ele afirmou que "não autorizará um acordo na OMC que sacrifique a produção agrícola européia". Mandelson lamentou os ataques de Sarkozy, dizendo que eles limitam a capacidade da UE de defender seus interesses.

Olimpíadas

Sarkozy insistiu ontem que tem apoio de todos os países europeus na sua polêmica decisão de comparecer à cerimônia de abertura da Olimpíada de Pequim. O Palácio do Eliseu anunciou na quarta-feira a presença de Sarkozy no evento, representando os 27 países da União Européia. Muitos viram nisso uma sabotagem à pressão da UE para que a China melhore a situação dos seus direitos humanos. Sarkozy disse que, por presidir a UE neste semestre, ele precisou da aprovação de todos os sócios do bloco para fazer a viagem.

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Comércio - OMC divulga novos textos de negociação da Rodada Doha: Negociadores dos EUA e da UE informam que receberam propostas, mas que "há brechas"

(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. A10 Internacional)

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Os mediadores da Organização Mundial do Comércio (OMC) apresentaram ontem novos textos de negociação que servirão de base para um projeto de acordo da Rodada Doha. Esses textos serão usados quando os ministros do Comércio de vários países reunirem-se em Genebra, a partir do dia 21 de julho, para definir as linhas gerais do acordo de Doha. A rodada foi lançada em novembro de 2001 com o objetivo de liberalizar o comércio mundial. "Esses textos revisados abrem caminho para um momento decisivo na Rodada de Doha", disse o diretor geral da OMC, Pascal Lamy. "Um acordo para abrir o comércio em agricultura e bens industriais significa mais crescimento, perspectivas melhores para desenvolvimento e um sistema de comércio mais estável e previsível. Não devemos deixar que esta oportunidade nos escape das mãos", disse o comunicado. Lamy convocou a reunião ministerial, que representa a última oportunidade para se atingir um acordo antes de janeiro de 2009, quando um novo presidente toma posse nos EUA. A troca de comando norte-americano poderá congelar as negociações durante anos. Em Bruxelas, a Comissão Européia, órgão executivo da União Européia (UE) afirmou que recebeu de maneira positiva os novos passos dados nos textos, mas disse que "brechas importantes" ainda precisam ser tratadas. "Estamos comprometidos com essa negociação, mas precisamos de esforços sérios de nossos parceiros de negociação para alcançarmos um acordo equilibrado", disse um porta-voz do comissário de Comércio da UE Peter Mandelson, em um comunicado. Em Washington, Gretchen Hamel, porta-voz da representante de Comércio dos EUA Susan Schwab, declarou que a administração Bush vai revisar os textos nos próximos dias. Mas os EUA afirmaram que é o momento para os líderes dos países em desenvolvimento fazerem ofertas para a abertura do mercado "proporcional à crescente participação na economia mundial". Os dois mediadores -- o embaixador neozelandês, Crawford Falconer, para a agricultura, e o embaixador canadense Don Stephenson, para indústria - disseram a repórteres que esperam reduzir as brechas na próxima semana, antes da reunião ministerial. Especialistas em questões comerciais afirmam ser necessário firmar o acordo para responder às pressões protecionistas que ameaçam o desenvolvimento e que significariam um tiro no pé para a economia mundial. O objetivo é reescrever as regras do comércio mundial, modificadas pela última vez em 1994, para o Século 21 e acabar com distorções que, segundo os países em desenvolvimento, os colocaria em desvantagem competitiva. Um acordo sobre os produtos agrícolas e industrializados -- a parte mais delicada do processo - poderia abrir caminho para acordos em outros setores, como o de serviços.

(Reuters)

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Novos textos para a Rodada Doha desagradam setor agrícola brasileiro (Valor Econômico 11.07.2008 p. A2 Brasil)

Raquel Landim

Está mais difícil o setor agrícola brasileiro aceitar um acordo na Rodada Doha, da Organização Mundial de Comércio (OMC), após os textos divulgados ontem pelos mediadores da negociação. Os documentos deixaram em aberto duas possibilidades que desagradaram muito os produtores rurais: a criação de novas cotas, que pode atingir o etanol, e o aumento das tarifas de importação, caso sejam acionadas salvaguardas especiais.

"O Brasil vai dar a sua contribuição, mas não vai pagar pela Rodada", disse ao Valor o principal negociador brasileiro, embaixador Roberto Azevedo. Segundo ele, não está claro qual será a

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contribuição dos ricos para a negociação. "Eles têm a responsabilidade de liderar o processo, porque quem distorce mais tem que contribuir mais".

Ontem, os mediadores das negociações agrícola, Crawford Falconer, e industrial, Don Stephenson, divulgaram em Genebra a terceira revisão dos documentos de modalidades, produzidos pela primeira vez em julho de 2007. O objetivo é simplificar as negociações e viabilizar a reunião de ministros da OMC, convocada para o próximo dia 27.

"Os textos revisados preparam o palco para um momento decisivo da Rodada Doha", disse o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. Segundo ele, os ministros precisam de textos "claros e precisos", porque as questões são complexas. "Não podemos deixar a oportunidade escapar por entre os dedos", reforçou. Se essa reunião fracassar, a Rodada pode entrar num longo período de hibernação à espera da troca de governo nos Estados Unidos.

Azevedo reconheceu que o movimento é positivo na medida em que pode viabilizar a reunião, mas ressaltou que "se os textos simplificarem na direção errada, não adianta". Ele evitou comentar o texto agrícola, que considerou "complexo" e deve ser examinado "com cuidado", mas afirmou que o texto industrial traz avanços ao admitir tratamento especial para o Mercosul.

Uma análise preliminar do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), think-tank financiado por entidades agrícolas, apontou problemas graves, que não estavam presentes antes. Um novo parágrafo do texto abre duas possibilidades: declarar qualquer produto como sensível e criar cotas como compensação, ou escolher como sensíveis apenas produtos que já tinham cotas no período pré-Doha.

A situação é séria, porque os europeus já demonstrou interesse em criar cotas para a importação de etanol. Os EUA também podem seguir esse caminho, se forem obrigados a mexer na tarifa. "Entrou na discussão a criação de novas cotas. No texto anterior, o pressuposto é que não podia", avaliou André Nassar, diretor-geral do Icone. Conforme Azevedo, essa possibilidade já existia nas conversas dos negociadores, embora ainda não estivesse formalizada. "Prefiro assim do que um texto ambíguo, mas é evidente que preocupa", disse.

Outro ponto importante é a possibilidade de os países aumentarem as tarifas cobradas hoje para produtos agrícolas. O texto agora prevê que, ao utilizar a salvaguarda especial, os países em desenvolvimento podem ultrapassar em 15% ou 15 pontos percentuais as tarifas estabelecidas na Rodada Uruguai.

Um exemplo hipotético: a China poderia elevar a tarifa de importação de soja em grão dos atuais 3% para até 18%. Essa exceção poderá ser aplicada por apenas um ano para dois a seis produtos por país. "Não tem nenhuma racionalidade a OMC promover aumento de tarifa, mesmo que seja por 12 meses", reclamou Nassar.

Na negociação industrial, o Brasil conseguiu uma vitória. Está fora dos colchetes - o que não linguagem diplomática significa que foi aceito - um tratamento diferenciado para o Mercosul. Ao estabelecer a lista de sensíveis, os países devem garantir que não ultrapassará 12% a 19% do comércio (o percentual ainda será definido). No caso do Mercosul, será medido pelo volume de comércio do Brasil. Isso alivia a pressão sobre os outros membros, cujo comércio é concentrado em alguns produtos. A lista de sensíveis da Argentina chega a representar quase 30% do volume de comércio. "É um reconhecimento de o Mercosul merece tratamento diferenciado como união aduaneira", disse Azevedo.

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Brasil fecha acordos para se aproximar do Vietnã (Valor Econômico 11.07.2008 p. A2 Brasil)

De São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em declaração à imprensa durante visita ontem ao Vietnã, agradeceu o apoio do país para que o Brasil ocupe um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização as Nações Unidas (ONU). Na visita de um dia ao país, Lula e o presidente do Vietnã, Nguyen Minh Triet, também assinaram acordos de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia e de esportes. Entre os documentos, está um memorando para promover iniciativas de combate à fome. Foram discutidos ainda temas da agenda bilateral e multilateral como alternativas para intensificar a cooperação entre o Brasil e o Vietnã nos campos de agricultura, infra-estrutura, formação profissional, energia renovável e comércio.

Lula aproveitou a visita ao Vietnã para se encontrar com o legendário general Vo Nguyen Giap, o artífice das vitórias militares contra a França e os Estados Unidos. Lula posou para foto com o general Giap, de 97 anos e disse que enviaria uma cópia a Fidel Castro. "Os vietnamitas podem ficar orgulhosos de ser o povo que derrotou os franceses e os norte-americanos no mesmo século", afirmou.

No discurso que fez ao encontrar o presidente Nguyen Minh Triet, Lula destacou que o Vietnã tem uma história que desperta respeito e admiração devido à guerra travada pela sua independência. Acompanhado de uma comitiva de 30 empresários, Lula participou do encerramento do seminário Brasil-Vietnã e citou dados sobre as relações comerciais dos dois países, entre 2002 e 2007, cuja corrente comercial evoluiu de US$ 43 milhões para US$ 323 milhões.

Lula anunciou para novembro, no Brasil, a primeira reunião ministerial entre o Mercosul e a Asean, organização econômica dos países do Sudeste Asiático. No seu giro pela Ásia, constam ainda visitas ao Timor-Leste e à Indonésia.

(Agências noticiosas)

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Comérico Exterior - Lamy: acordo implica comércio mais estável(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. A7 Economia)

Da redação, com agências

"Esses textos revisados preparam o cenário para um momento decisivo da Rodada Doha", disse o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, em comunicado, ao divulgar os novos textos das propostas que servirão de base para as negociações de abertura comercial na Rodada de Doha, a partir do dia 21. "Um acordo para a abertura do comércio agrícola e de bens implica mais crescimento, melhores perspectivas de desenvolvimento e um sistema comercial mais estável e previsível. Não devemos deixar escapar essa oportunidade."

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Lamy, que já desempenhou o papel de comissário de comércio da União Européia (UE), tem dito que essa reunião será decisiva para se chegar a um acordo antes da posse do novo presidente dos Estados Unidos, em janeiro de 2009.

Em Bruxelas, a Comissão Européia, órgão executivo da UE, considerou positivas as mudanças nas propostas, mas considerou que ainda há "importantes diferenças" a serem resolvidas. "Estamos comprometidos com essas negociações, mas necessitamos de esforços sérios de nossos sócios para alcançar um acordo equilibrado", disse o porta-voz do comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson.

eua. Em Washington, a porta-voz do Representante de Comércio dos Estados Unidos, Gretchen Hamel, afirmou que seu governo analisaria os textos e informaria sua posição nos próximos dias. Mas antecipou que chegou a hora de as grandes economias fazerem ofertas de abertura "proporcionais à sua participação na economia mundial".

Crawford Falconer, embaixador da Nova Zelândia na OMC e mediador para temas da agricultura, e Don Stephenson, embaixador do Canadá e mediador para temas industriais, disseram que esperam diminuir as divergências antes da chegada dos ministros para a reunião do dia 21. "Esse texto não está concluído, existem ainda muitos pontos por resolver. Podemos seguir negociando modificações até a reunião de ministros do dia 21", comentou Stephenson, em uma coletiva de imprensa.

Para especialistas, é necessário chegar a um acordo para acalmar as pressões protecionistas e dar novo impulso à economia mundial. Segundo eles, um acordo sobre bens agrícolas e industriais, os temas mais sensíveis das negociações, abriria o caminho para acertos em outros temas, como serviços bancários e telecomunicações.

Além disso, consideram os especialistas, um acordo nesses temas ainda faria os países e blocos mais ricos, como os Estados Unidos e a União Européia, abrirem seus mercados de alimentos e reduzir os subsídios aos seus agricultores, que distorcem o comércio mundial. Em troca, conseguiriam maior acesso aos mercados de bens industriais e de serviços dos países em desenvolvimento, especialmente os emergentes, como Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul.

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Acordo entre Mercosul e Índia tem parecer favorável da CREO(Senado – 11.07.2008)

Acordo de Comércio Preferencial entre o Mercosul e a Índia e os seus anexos, firmados em 2004 e 2005, foram aprovados pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) nesta quinta-feira (10) e serão agora examinados pelo Plenário. O Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 91/08, que aprova o texto do acordo, teve como relator ad hoc o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).

Segundo a análise apresentada pelo relator, o acordo reflete "o esforço político de aproximação de dois relevantes países emergentes", Brasil e Índia. O comércio preferencial previsto no documento, observa o senador, pode ser interpretado como "etapa prévia e facilitadora da criação de uma área de livre comércio entre os países signatários". O acordo e seus anexos regulam temas como liberalização do comércio, normas gerais sobre regras de origem e medidas antidumping.

A CRE aprovou ainda outros 13 projetos de decreto legislativo. Um deles - o PDS 110/08, cujo relator foi o senador João Tenório (PSDB-AL) - também se refere à Índia. O projeto aprova o texto do Memorando de Entendimento sobre Cooperação Trilateral em Agricultura firmado pelos governos do Brasil, da Índia e

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da África do Sul, durante a 1ª Cúpula do Ibas (iniciais para os três países que compõem o grupo), realizada em Brasília em 2006. O acordo permitirá cooperação em áreas como pesquisa e capacitação técnica, comércio agrícola, desenvolvimento rural e mitigação da pobreza.

O PDS 96/08, que teve como relator o senador Jefferson Praia (PDT-AM), aprova texto do Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica na área de tecnologia militar entre Brasil e Argentina. O acordo permitirá o desenvolvimento conjunto de uma "viatura leve de emprego aerotransportável".

Tendo como relator ad hoc o senador Marco Maciel (DEM-PE), o PDS 107/08 aprova acordo entre o Brasil e Hong Kong para isenção parcial de vistos. O PDS 121/08, cujo relator foi o senador Pedro Simon (PMDB-RS), aprova a Constituição da União Postal das Américas, Espanha e Portugal. E o PDS 141/08, relatado por Inácio Arruda, aprova acordo entre o Brasil e a Argélia para a proteção de vegetais.

O PDS 143/08, cujo relator ad hoc foi o senador Mão Santa (PMDB-PI), aprova o texto de acordo de cooperação na área de educação superior com a Tunísia. Tendo como relator Jefferson Praia, o PDS 147/08 aprova texto de acordo-quadro com o Peru de cooperação nos usos pacíficos do espaço exterior. O PDS 122/08, que teve como relator ad hoc Virgínio de Carvalho, aprova o texto da Convenção 102 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), relativa à fixação de normas mínimas para a Seguridade Social.

O PDS 142/08, cujo relator ad hoc foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), aprova acordo de cooperação cultural com Barbados. O PDS 148/08, que teve como relator o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), aprova o Sexto Protocolo Adicional à Constituição da União Postal Universal e o regulamento geral da instituição. O PDS 150/08, relatado por Marco Maciel, aprova acordo de cooperação em Turismo com Portugal. Tendo como relator ad hoc Inácio Arruda, o PDS 93/08 aprova acordo de cooperação técnica com a Guiné Equatorial. Por fim, o PDS 109/08, cujo relator ad hoc foi Jefferson Praia, aprova o texto de Protocolo de Emenda ao Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Trips), da Organização Mundial do Comércio (OMC).

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=76823&codAplicativo=2

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CONCORRÊNCIA

Cade aprova compra de ativos do grupo Ipiranga(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 3 Financeiro)

A operação de aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga pela Braskem e Petrobras obteve aprovação final nesta quinta-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), cuja única recomendação foi ajustar a cláusula de não concorrência pelos vendedores, limitando-se aos mercados onde os mesmos atuavam. A aprovação marca também a bem sucedida conclusão de uma etapa importante no processo de consolidação e fortalecimento do setor petroquímico brasileiro.Confirmando a jurisprudência consolidada em deliberações anteriores, o Cade aprovou o acordo de investimentos pelo qual a Petrobras aportou na Braskem suas participações minoritárias na Copesul, Ipiranga Petroquímica, Ipiranga Química e Petroquímica.

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A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), a Secretaria de Direito Econômico (SDE), a Procuradoria do Cade e o Ministério Público Federal já haviam demonstrado posição positiva quanto a aquisição da Ipiranga e o acordo de investimentos entre Braskem e Petrobras. Com essa decisão do Cade, deixam de existir quaisquer restrições à gestão e à incorporação dos ativos envolvidos na aquisição.

Copesul e Ipiranga já foram integradas a Braskem, e até o final de 2008, serão incorporadas permitindo a aceleração da captura das sinergias já identificadas, com valor líquido de US$ 1,1 bilhões.

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Farmacêutica - Cade aprova aquisição da DM Indústria Framcêutica pela concorrente Hypermarcas

(DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, ontem, a aquisição da DM Indústria Farmacêutica pela concorrente Hypermarcas. A compradora atua no segmento de venda de bens de consumo e é dona da marca Finn de adoçantes de mesa, enquanto a DM era dona de marcas como Doril, Monange e Vitasay, além dos adoçantes Zero-Cal e Adocyl.

O Cade aprovou também a operação de compartilhamento de vôos entre a TAM e a chilena Lan Airlines.

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Cargill - UE investiga multinacional por formação de cartel(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C8 Agronegócio)

A Cargill Inc., a maior empresa do setor agrícola dos Estados Unidos, e comercializadoras de grãos de dois países sofreram batidas de autoridades da União Européia (UE) como parte uma investigação antitruste referente a um suposto esquema de fixação de preços. Autoridades antitruste européias e italianas realizaram visitas-surpresa aos escritórios da Cargill na Itália, disse Francis DeRosa, porta-voz da Cargill em Cobham, Inglaterra. A Comissão Européia, autoridade antitruste da UE, realizou inspeções em dois países, disse o departamento em comunicado. "Nós oferecemos e vamos continuar oferecendo total cooperação", disse DeRosa em entrevista por telefone concedida hoje. Os preços das commodities vêm subindo há seis anos consecutivos, e as cotações do trigo, do milho, do arroz e de outros alimentos alcançaram patamares recorde este ano. As importações mundiais de alimentos movimentarão o valor recorde de US$ 1,04 trilhão este ano, US$ 215 bilhões a mais do que no ano passado, disse a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, pelas iniciais em inglês). As empresas podem ser multadas em até 10 por cento de suas vendas anuais devido a violações antitruste. Recursos contra esse tipo de decisão podem ser apresentados aos tribunais europeus em Luxemburgo. As inspeções foram realizadas nas instalações de comercializadoras e distribuidoras de produtos para o consumo humano e para rações animais, disse a UE.

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(Bloomberg News)

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Cade - Aprovada a compra de fabricante do Zero-Cal(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B3 Empresas)

Isabel Sobral - Da agência estado

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quinta-feira por unanimidade e sem restrições, a aquisição da empresa multimarcas DM Indústria Farmacêutica Ltda, fabricante do adoçante Zero Cal, pela concorrente Hypermarcas.

A compradora atua no segmento de venda de bens de consumo e é dona da marca Finn de adoçantes de mesa, enquanto a DM era dona de marcas como Doril, Monange e Vitasay, além do adoçante Adocyl.

Quando a fusão foi anunciada, em maio de 2007, o Cade assinou com as empresas acordo de preservação das estruturas de comercialização dos adoçantes separadas até que o julgamento do negócio. Nem mesmo as estratégias de divulgação das marcas poderiam ser misturadas.

Havia preocupação dos conselheiros e das Secretarias de Acompanhamento Econômico (SEAE), do Ministério da Fazenda, e de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, com os indícios de que a concentração de marcas desse produto numa única empresa prejudicasse a concorrência e os consumidores finais, em última instância.

Segundo o relator do caso, conselheiro Ricardo Cueva, as secretarias verificaram na instrução que a concentração resultante da fusão não representaria prejuízo, pelo fato de haver condições no mercado para que outras empresas, igualmente multimarcas, rivalizem com a líder Hypermarcas.

"A dinâmica desse mercado o torna muito peculiar e com poucas barreiras à entrada de novos competidores. Não vislumbrei preocupações concorrenciais", afirmou o relator.

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CONCORRENTES

CVM aprova a totalidade dos serviços do Assembléias Online™.(Contato: MZ Consult – 11.07.2008)

Parecer do Colegiado fortalece o mercado de capitais, viabiliza voto por procuração eletrônica, permite maior interação entre acionistas em fórum/blog e a transmissão de AGOs/AGEs pela Internet

A MZ Consult (“MZ” ou “Companhia”), empresa brasileira e líder na América Latina em consultoria de relações com investidores, tecnologia e serviços financeiros e comunicação integrada, anunciou hoje que

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o Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) aprovou, na íntegra, consulta da MZ (“Consulta”) sobre possibilidade de utilização de procurações de voto em forma digital nas assembléias gerais, além de outras ferramentas de incentivo à participação de acionistas minoritários (proc. RJ-2008/1794). A ata da reunião de 24/6/2008 do Colegiado da CVM, que aprovou o “Assembléias Online™”, foi disponibilizada na última quarta-feira (9/7/2008) em seu website (www.cvm.gov.br). Clique aqui para acessar a íntegra do voto do Colegiado.

A Consulta foi apresentada em 26/2/2008 à Superintendência de Relações com Empresas – SEP, da CVM, sobre a disponibilização de serviços inovadores do Assembléias Online™ (www.assembleiasonline.com.br), voltados à maior participação dos acionistas em assembléias gerais ordinárias e extraordinárias (AGOs/AGEs), formulando quatro questionamentos relativos a: (1) certificados digitais em substituição ao reconhecimento de firma e consularização de procurações; (2) disponibilização de fórum ou blog na Internet sobre as pautas de assembléias; (3) utilização de cadastro de acionistas do Assembléias Online™; e (4) transmissão de vídeo ou áudio de assembléias, ao vivo. A Consulta da MZ foi resultante de discussões, interação e colaboração entre a Companhia e seis excepcionais escritórios de advocacia: Pinheiro Neto, Machado Meyer, Barbosa Müssnich, Mattos Filho, Veirano e Demarest. Clique aqui para acessar a íntegra da Consulta.

“A resposta favorável do Colegiado da CVM aos questionamentos formulados pela MZ abre portas significativas para o aprimoramento e o fortalecimento do mercado de capitais brasileiro, na medida em que garante aos acionistas – principalmente os minoritários – maior participação nas decisões das companhias investidas (AGOs/AGEs) sem incorrerem em custos para tal”, comemora Vera Abdo, Diretora de Serviços Financeiros da MZ – responsável pelo desenvolvimento do Assembléias Online™. “O voto favorável da CVM viabiliza o alcance de patamares mais elevados de governança corporativa, assegurando transparência, acesso às informações e eqüidade de tratamento entre os investidores, proporcionando aos acionistas trocar opiniões entre si e o direito de votar à distância sem a obrigatoriedade de presença no local da assembléia”, complementa Vera.

O portal Assembléias Online™ (www.assembleiasonline.com.br) é resultado do desenvolvimento, pela MZ, de sólidas plataforma tecnológica e base de dados de investidores durante os últimos dois anos (ofertas públicas de ações – OPAs – e assembléias gerais), sendo lançado oficialmente no final de 2007. Em 2008, as empresas Equatorial Energia, Cremer, Perdigão, IdeiasNet e InvestTur lideraram a iniciativa e aderiram pioneiramente ao Assembléias Online™, que contava até então apenas com o voto por procuração tradicional (com reconhecimento de firma e consularização, esse último no caso de acionistas residentes no exterior), enquanto aguardava-se o pronunciamento oficial da CVM (divulgado em 9/7) quanto aos questionamentos mencionados.

Na opinião de Carlos Piani, Diretor Presidente da Equatorial Energia, “queríamos dar transparência às propostas e uma das dificuldades da empresa, que o site ajuda a contornar, é de ordem geográfica, já que a sede da companhia fica em São Luis do Maranhão”. Para Luiz Spínola, Presidente do Conselho de Administração da Cremer, “se os estrangeiros percebem que é difícil fazer as opiniões chegarem à companhia, eles vendem as ações, pois acabam ficando sem ingerência na empresa.”

A partir do pronunciamento oficial da CVM, as companhias brasileiras passam a contar com uma plataforma tecnológica no estado-da-arte (Assembléias Online™), que possibilita aos acionistas residentes no Brasil e/ou no exterior votarem eletronicamente as propostas da administração nas assembléias gerais, sem necessidade de deslocamento físico até a sede das companhias investidas, ou tendo que arcar com custos de nomeação de procuradores individuais para tal finalidade. Além disso, as companhias brasileiras podem disponibilizar fóruns ou blogs para seus acionistas discutirem previamente as matérias, assim como para que eles acompanhem, ao vivo, o evento e a respectiva contabilização dos votos.

O relator da Consulta da MZ no Colegiado da CVM foi o Diretor Sergio Eduardo Weguelin Vieira, que destacou em seu voto:

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1) Certificados digitais em substituição ao reconhecimento de firma e consularização de procurações: “nada obsta a outorga de procurações por meio eletrônico. Pelo contrário, a MP 2200-2/01 expressamente reconhece a validade jurídica dos documentos assinados por meio eletrônico. Na realidade, pode-se utilizar para esta finalidade qualquer mecanismo que assegure a autoria e a integridade das procurações por meio eletrônico e seja admitido como válido pelas partes envolvidas, notadamente a companhia”.

2) Disponibilização de fórum ou blog na Internet sobre as pautas de assembléias: “não há impedimento à manutenção de blogs ou fóruns nos quais os acionistas possam se manifestar. Tampouco há impedimentos a que estes ambientes permaneçam abertos durante as assembléias ou que seu acesso seja restrito a acionistas”.

3) Utilização de cadastro de acionistas do Assembléias Online™: “as companhias poderão recorrer às informações do Assembléias Online em complemento – e não em substituição – aos dados disponíveis junto ao prestador do serviço de escrituração das ações, de modo a permitir que as companhias alcancem os acionistas cujos endereços estejam desatualizados”.

4) Transmissão de vídeo ou áudio de assembléias, ao vivo: “não há impedimento e nem a que se permita o acesso a terceiros que não acionistas. A questão deve ser decidida pela companhia, de acordo com a forma que considere mais apropriada para a consecução do interesse social e com a sua capacidade de evitar a desinformação dos acionistas e outros óbices ao bom andamento da assembléia”.

“A decisão do Colegiado da CVM é histórica e marca o início de uma nova fase no mercado de capitais brasileiro. As companhias que quiserem capturar e manter valor de mercado superior, decorrente de excelência em governança corporativa e melhores práticas de respeito aos acionistas minoritários, contam agora com o Assembléias Online™ plenamente operacional, uma sólida plataforma tecnológica que permite efetiva participação em decisões sem custo aos acionistas. Fundos de investimento, como a PREVI – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – já começam a demandar de suas investidas ações nesse sentido, e isso é a penas a ponta do iceberg”, conclui Vera Abdo, Diretora de Serviços Financeiros da MZ – responsável pelo desenvolvimento do Assembléias Online™.

http://www.prnewswire.com.br/news/080700000067.htm

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CONSUMIDOR

Direitos do consumidor: milagre ou magia dos “99”(Última Instância – 11.07.2008)

Belinda Pereira da Cunha

A disputa pela atenção do consumidor com o êxito das compras realizadas tem sido alvo do mercado de consumo, motivado pelo tema das férias de inverno brasileiras.

Justificadamente ávido pelo resultado das vendas, o comércio e os serviços que cercam as chamadas férias escolares movimentam-se com as campanhas e ofertas possíveis e imagináveis.

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Entre tantos argumentos das campanhas publicitárias e dos apelos de ofertas tem-se visto o “recurso” dos 99 centavos, que parece dar bons resultados para o fornecedor. Do lado do consumidor faremos algumas considerações sempre com base no Código de Defesa do Consumidor.

Oferta e percepção clara do preço do produto e do serviço Direito do consumidor integrante do contrato de consumo, consumado ou não, com o Código do Consumidor a oferta alcançou um lugar de destaque, desgarrada da condicionante “se o contrato ou a proposta for aceita”.

Diante disso, em razão do artigo 30 e seguintes do Código, a oferta confere direitos ao consumidor, independentemente de vir a adquirir produtos ou utilizar serviços.

Agrega-se a isso o fator de com a oferta estar claro toda a condição que cerca o produto ou serviço que esteja disponível no mercado e, ainda, as informações que o fornecedor leva ao mercado de consumo que além de consistir no que chamamos de oferta, propriamente dita, ainda compõe o contrato futuro.

Como tal, a oferta vincula e obriga o fornecedor em todos os termos levado com o caráter de informar o que quer que seja sobre o produto ou serviço colocado no mercado.

Entre outras características essenciais do produto, o legislador incluiu o preço e, como tal, por certo, a necessidade do consumidor compreendê-lo – de imediato – tão logo “bata os olhos” sobre o mesmo, na identificação numérica, em moeda corrente, seja levada ao consumidor, nas vitrines, cartazes, revistas, Internet ou qualquer outro veículo utilizado.

O que não se sabe é se o consumidor percebe claramente que o preço “quebrado”, identificado por 99 centavos após a vírgula, mereça o arredondamento do 1 centavo para a visualização do preço respectivo, do produto ou do serviço. Será?

Quanto é 99 centavos? Não resta dúvida de que R$ 0,99, por exemplo, não é, ainda, R$ 1. Todavia, o efeito mágico se opera nas mentes quanto percebem que ainda não custa R$ 300, por exemplo, mas R$ 299.

A sensação de que cabe no bolso porque não é R$ 400, mas R$ 399, além de iludir, leva a um engano quase matematicamente grosseiro, já que o consumidor tende a dizer: “custou R$ 300 e poucos...” e não R$ 400.

A questão, nesta breve reflexão, não é o impacto que 1 centavo pode causar a este ou “aquele consumidor, tampouco propor a somatória dos centavos espalhados pelos preços.

O que se tem é a inexatidão da impressão do preço, passando por algo que, direta ou indiretamente, tende a violar o direito básico à informação correta, completa, precisa e, quanto à oferta que a contém, a inexatidão da característica essencial que consiste no preço, mesmo informado exatamente como é.

Mágicas que somente a publicidade explica! E por falar em publicidade... Ah, nos 99 ninguém enganou ninguém... Será?

http://ultimainstancia.uol.com.br/colunas/ler_noticia.php?idNoticia=53293

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DIVERSOS

Em prol do Terceiro Setor(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B9 Direito & Justiça)

A OAB-SP, Sescon-SP, Abong (Associação Brasileira de ONGs), Gife (Grupo de Institutos Fundações e Empresas) Neats (Núcleo de Estudos Avançados do Terceiro Setor/PUC-SP), APF (Associação Paulista de Fundações), entre outras entidades da sociedade civil organizada, lançarão, no dia 14, às 10 horas, na sede da OAB-SP ( Praça da Sé, 385), um Movimento em Defesa do Terceiro Setor. "Estamos vivendo uma verdadeira caça às bruxas no âmbito das entidades sem fins lucrativos e ONGs. Se de um lado, temos o mau uso dos recursos públicos, que deve ser investigado e punido com rigor; também deve ser preservada a liberdade de associação, conquista democrática e base do Estado de Direito", explica Lucia Bludeni, presidente da Comissão do Terceiro Setor.

Segundo Lucia Bludeni, o Projeto de Lei 3021, que dispõe sobre a certificação das entidades beneficientes de assistência social e procedimenos de isenção de contribuições com a seguridade social pode ser danoso ao setor. "Não se pode generalizar, a grande maioria são de entidades sérias. Deve haver critérios de seleção de entidades parceiras do governo, na fixação de metas e objetivos mensuráveis e na prestação de contas, sem que se sufoque a capacidade crítica e a pluralidade da sociedade brasileira", ressalta.

Bludeni explica que o Estado Brasileiro dispõe de diversos instrumentos de repasse de recursos para entidades sem fins lucrativos: emendas parlamentares ao orçamento, subsídios, auxílios, convênios, termos de parceria e contratos de gestão. "Em todos eles, o Tribunal de Contas tem competência para fiscalizar as ONGs e impor-lhes a mortalha da burocracia em detalhes documentais irrelevantes na vida privada, mas detém poucos instrumentos para avaliar o gestor público e o respeito a princípios basilares do Direito Administrativo como a impessoalidade ou finalidade, legalidade, moralidade, eficiência, motivação e interesse público, esses sim fundamentais para o bom uso dos recursos de nossa recordista carga tributária", adverte.

Para a presidente a Comissão do Terceiro Setor da OAB-SP, é urgente, neste momento, a demonstração de união das entidades representativas do setor a fim de conscientizar a todos do bom uso do dinheiro público realizado por entidades sérias que se submetem a todo rigor legal e burocrático, lembrando que é necessário se diferenciar as boas das más; o bom gestor do mau gestor, este sim responsável e conivente quando do mau uso do dinheiro público. "É o que se espera em uma sociedade democrática, livre e soberana, que vive sob o império da lei, cujo governo opera no legítimo interesse público, em parceria com organizações da sociedade civil."

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ENERGIA, PETRÓLEO E GÁS

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Falta energia ou falta visão? (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. A2 Espaço Aberto)

Washington Novaes

O tema das barragens e usinas hidrelétricas volta a ocupar espaço abundante no noticiário, por muitas razões: 1) Por ser essa uma fonte renovável e menos poluente de energia, num momento de crise, e que abre a possibilidade de reduzir, com seu uso, as emissões de gases que intensificam o efeito estufa e acentuam mudanças climáticas; 2) pelo ângulo oposto, por estar o Brasil levando adiante vários projetos nessa área, quando alguns estudos mostram a possibilidade de, com conservação e eficiência energética, até reduzir consideravelmente nosso consumo de energia, além de poder recorrer muito mais do que o faz a outras fontes menos problemáticas (eólica, solar, de marés, biocombustíveis, principalmente); 3) porque a construção de hidrelétricas sem preocupação de implantar eclusas que permitam a navegação dificulta depois o aproveitamento desse meio de transporte (onde seja viável e sem custos excessivos); 4) porque grande parte da energia gerada se destina à produção de eletrointensivos (alumínio e ferro-gusa, principalmente), com altos subsídios, que impõem a toda a sociedade (que paga os subsídios) pesados sacrifícios, enquanto beneficiam principalmente consumidores dos países industrializados, grandes importadores desses produtos; 5) porque a interrupção do fluxo de rios e o alto armazenamento de águas suscitam outras preocupações aos estudiosos da área.

Pode-se começar pelo fim. O relatório Planeta Vivo 2006 e outros documentos da ONU dizem que a alteração e retenção do fluxo hidrológico no mundo para uso industrial, abastecimento doméstico, irrigação e produção de energia já fragmentam mais de metade dos maiores sistemas fluviais do mundo e 83% do seu fluxo anual (52% de forma moderada, 31% gravemente). A quantidade de água armazenada em reservatórios ou barragens já é, no mínimo, três vezes maior que a contida nos rios. Só barragens com mais de 15 metros de altura são 45 mil no mundo, segundo a Comissão Mundial de Barragens. São muitas as conseqüências: inundação de áreas importantes, perda de biodiversidade, desalojamento de populações, aumento da evaporação, acumulação de sedimentos (e geração de gases), entre outras.

Muitos países dizem não ter alternativas imediatas, como a China, diante do aumento da demanda por energia. Mas certamente não é o caso brasileiro. Já foram mais de uma vez citados neste espaço estudos da Unicamp e da Coppe (UFRJ) que mostram ser possível, a custos muito menores que no aumento da produção, reduzir em até 30% o consumo atual de energia, com programas de conservação e eficiência; e ganhar mais 20% com repotenciação de usinas antigas e redução de perdas nas linhas de transmissão (hoje em 15%). Mas ninguém ouve a área federal de energia discutir esse tema com a sociedade. Ao contrário, os responsáveis pelo setor só se preocupam em anunciar novas, caras e questionáveis unidades geradoras, na Amazônia, na polêmica área nuclear e em outros lugares problemáticos - Estreito (TO), Vale do Ribeira (SP) e Salto (SC), entre outros.

E tudo isso acontece em meio a graves discussões. Ora porque se muda o local de implantação de uma usina no Madeira e não se considera necessário novo estudo de impacto, ora porque já se anuncia para o ano que vem outra usina, no Rio Xingu, palco de conflitos sérios. Num momento, porque se condena o “esquecimento” de prever eclusas nas hidrelétricas do Rio Madeira - o que pode interromper a navegação; em outro, porque se condena à inundação um patrimônio paisagístico e cultural da humanidade, reconhecido pela Unesco, como é o caso de uma usina no Vale do Ribeira, onde podem sobrevir também problemas para remanescentes da mata atlântica, mangues, cavernas, restingas, quilombos, índios, caiçaras.

Estranho que pareça, não se discute um fenômeno cada vez mais freqüente, que é o rompimento de barragens. Só este ano isso já ocorreu no Rio Corrente (GO), em São Gonçalo (PB), inundando a cidade de São Vicente do Seridó; dois anos antes foi em Camará, onde o rompimento deixou 4 mil pessoas ao desabrigo. É evidente que se impõe uma revisão de métodos, inclusive por causa de alterações nos formatos de chuvas, com precipitações mais intensas em curto espaço de tempo.

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É um problema que remete a recente estudo do Banco Mundial (28/3), em que está enfatizada a “baixa qualidade dos termos de referência e estudos de impacto ambiental” de projetos na área hidrelétrica. Por isso mesmo, e porque acha “razoáveis” os prazos concedidos pelo Ibama nos licenciamentos, não sugere o banco mudanças radicais nos processos e naqueles prazos - bem ao contrário do que pregam o ministro do Meio Ambiente e o presidente do Ibama.

Talvez fosse adequado olhar o que acontece em outras partes - como nos EUA, que já removeram 467 barragens, principalmente na Califórnia (48) e no Wisconsin (47); ou na Alemanha e na Hungria, onde estão em pleno andamento os planos de “renaturalização” dos rios, com a remoção de barragens, canalizações, etc., para que sejam restauradas as antigas planícies de inundação natural, removidas populações ribeirinhas e se evitem conseqüências desastrosas de enchentes. Ou ainda para várias partes da Europa, da Austrália, da Nova Zelândia, da Espanha, de Portugal, onde se investe pesadamente em energia eólica e solar - ao contrário do que fazemos aqui, onde o minguado programa de energias alternativas (Proinfa) se arrasta há anos, da mesma forma que os programas de eficiência energética (Procel).

É preciso repetir e repetir: entre 1973 e 1988, após o segundo choque do petróleo, durante 15 anos não aumentou em um só kilowatt o consumo de energia nos EUA, graças a programas de eficiência - e sem prejudicar o crescimento do PIB, que foi de quase 40% nesse período.

Eficiência não impede desenvolvimento. Ao contrário, ajuda, liberando recursos.

Washington Novaes é jornalista - E-mail: [email protected]

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Petróleo estatal, adeus Brasil verde: Que falta faz um mercado de verdade na energia do Brasil! (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. A2 Espaço Aberto)

Alexandre Barros

Paralelamente a todas as discussões a respeito de meio ambiente, aquecimento global, desmatamento, etanol, biomassa, diesel vegetal, Al Gore, ONGs, Raposa Serra do Sol, generais da ativa e da reserva, pré-sal, faltou uma. Ela é a mais importante e pode ser uma boa explicação de por que, dificilmente, teremos carros elétricos ou uso intensivo de energias não baseadas em derivados de petróleo e/ou etanol no Brasil.

Se você, leitor, não adivinhou ainda, a resposta é simples: o governo brasileiro (qualquer que seja ele) é o maior interessado em que não se tenha nenhuma outra fonte de energia eficiente e lucrativa, porque ele é o único produtor de petróleo do Brasil. E a bancada sucroalcooleira é uma das maiores no Congresso Nacional.

A tecnologia e a pesquisa vão a reboque do governo, que tem, via Executivo e Legislativo, interesses constituídos muito poderosos, os quais não fazem a menor questão de que consumamos menos etanol ou petróleo. Ao contrário, quanto mais gastarmos desses combustíveis, mais felizes eles ficarão. Cada vez que usarmos outras energias, eles perderão dinheiro.

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Não se iluda, leitor, não pense na Petrobrás perdendo dinheiro, pense no governo perdendo o dinheiro da Petrobrás.

A Petrobrás desconfia que haja muito petróleo abaixo da camada do pré-sal. Especula-se, no mercado, que a reserva se estenda muito mais ao longo do território brasileiro do que o que já foi divulgado até agora (a relação entre o governo dos EUA ter recriado a 4ª Frota no Atlântico Sul e as reservas ao longo da costa brasileira está aberta à sua especulação, leitor, aceito idéias e sugestões).

A Petrobrás é imprivatizável (desculpe, ministro Antonio Magri; obrigado, acadêmico Cândido Mendes) desde o governo Fernando Henrique. As pessoas se iludem achando que o Brasil ganha com a Petrobrás estatal. E tanto a Petrobrás quanto o seu dono, o governo, fazem de tudo para que continuemos a acreditar nisso. Potoca.

Ganham é os funcionários da Petrobrás e o governo, que usa o dinheiro da empresa para pagar muitas extravagâncias e idiossincrasias (não estou falando de atividades corruptas ou ilegais) para as quais ele - governo - não tem dinheiro no Orçamento público, votado pelo Congresso Nacional. Mas consegue fazer com o dinheiro da Petrobrás. Como, de resto, o faz também com o dinheiro do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do BNDES e, quiçá, de outras empresas estatais menores.

Basta olhar boa parte das campanhas e dos patrocínios a todo tipo de atividades. Lá - na camisa do atleta, nos créditos do filme ou da peça teatral, nos cartazes da exposição - estará o logotipo ou o nome de uma das estatais fazendo política social ou incentivando a cultura, a educação ou o esporte.

Nada contra nenhuma dessas causas, mas isto é apenas para lembrar que, como o governo distribui dinheiro a rodo por intermédio dessas empresas, para iniciativas boas e ruins, mais meritórias e menos meritórias, há uma grande massa de financiados que querem manter a imprivatizabilidade da Petrobrás e de outras estatais, pois vivem do dinheiro delas.

O governo faz cortesia com o nosso chapéu, financiando campanhas que, independentemente do mérito ou demérito de cada uma delas, têm uma coisa em comum: fazem o governo sair melhor na foto (e, de quebra, financia seus amigos).

No caso dos combustíveis alternativos, a situação é mais grave. Existe um movimento mundial para fazer uma faxina no ar que se respira, que passa, em parte, pela redução do consumo de petróleo. Em lugares onde o petróleo não é estatal, governos podem ajudar na faxina incentivando empresas, universidades e pessoas, ou pelo menos não as desincentivando, a buscar e desenvolver combustíveis alternativos.

O preço definido livremente pelo mercado é sempre o melhor incentivador ou desincentivador de atividades. Bastou o petróleo passar de US$ 120 o barril e montadoras desistiram de carros possantes e fecharam fábricas. Empresas de aviação testam combustíveis não derivados de petróleo. A freqüência do metrô de Nova York sobe quase 5% e, lá, os engarrafamentos urbanos se reduzem.

Aqui, o governo tenta comprar a vitória nas eleições municipais segurando o preço dos derivados de petróleo. Já vimos esse filme.

Nada melhor que o mercado. Hoje há, pelo mundo, todo tipo de pessoas e empresas tentando mover engenhos com vento, sol, óleo de fritura usado, estrume, hidrogênio e muitas coisas mais. Onde o petróleo não é estatal, os governos podem ajudar isso a acontecer ou, pelo menos, podem não atrapalhar.

Aqui, como o governo é o maior interessado no lucro do petróleo, a esperança de termos pesquisa significativa em energias alternativas é muito pequena. Não interessa ao governo.

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E mais: não duvido que, em sendo descobertas alternativas energéticas em outros países, seja muito possível que o governo brasileiro não permita sua importação ou seu uso no nosso país, por uma razão muito simples: o governo ganha com a poluição.

Bastou o anúncio das reservas do pré-sal para o governo brasileiro entrar num assanhamento sem par. Há gente no governo querendo meter mais fundo a mão nos lucros hipotéticos do petróleo.

A Petrobrás não é suficiente, dizem alguns. Querem uma outra estatal, mais monopolista e mais poderosa, para controlar uma herança cujo valor ainda não se conhece ao certo, mas se acha ser muito grande. Agora brigam governo e Petrobrás. Ela, para não perder poder; ele, para eliminar a Petrobrás dessa perspectiva de se tornar mais poderosa.

Ganhe ela ou ganhe ele, não teremos nada a dizer, porque um monopólio nos tira todo o poder.

Que falta faz um mercado de verdade na energia do Brasil!

Alexandre Barros, Ph.D. em Ciência Política (University of Chicago), é pró-reitor do Centro Universitário Unieuro, em Brasília E-mail: [email protected]

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Energia e Combustíveis - Governo quer parceria em nucleares: Participação de grupos privados na construção das usinas seria definida por meio de leilões, diz o ministro Lobão

(Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B6 Economia)

Daniele Carvalho, RIO

O governo quer criar parcerias com a iniciativa privada para tirar do papel quatro das usinas nucleares previstas no Plano Nacional de Energia, que inclui metas para a expansão da oferta até 2030 (PNE-2030). A informação foi dada ontem pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que participou de visita técnica ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro.

De acordo com Lobão, a participação de grupos privados na construção das usinas se daria por meio de leilões. Ele destacou, no entanto, que a Eletronuclear seria majoritária nos negócios. “Temos feito isso com as hidrelétricas, com as térmicas e com a biomassa. Por que não fazer o mesmo com a energia nuclear?” O ministro ressaltou que Angra 3 não fará parte desse modelo: “Ela ficará totalmente a cargo da Eletronuclear”.

Ainda segundo o ministro, a renegociação dos contratos de prestação de serviços de Angra 3, assinados na década de 80, não atrasarão a construção. As obras civis estão assinadas com a Andrade Gutierrez. O Tribunal de Contas da União disse que o contrato é válido.

“Agora, vamos prosseguir fazendo uma avaliação de preços. Nos demais casos, se for necessário, vamos fazer licitações”, detalhou Lobão. O ministro voltou a afirmar que o Ibama deve emitir, ainda este mês, a licença de instalação da usina, o que permitirá o início das obras em 1º de setembro.

ENTRAVE CONSTITUCIONAL

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Na avaliação de alguns advogados, especialistas na área de energia elétrica, o plano do ministro no campo nuclear esbarra em algumas questões constitucionais. A economista e advogada Elena Landau avalia que a Constituição federal não permite parceria privada nesse tipo de empreendimento. Isso porque, conforme a lei, qualquer atividade nuclear é considerada monopólio da União.

David Waltenberg, da Advocacia Waltenberg, corrobora a informação de Elena. Segundo ele, há cinco dispositivos na Constituição que tratam das atividades nucleares. O artigo 21, por exemplo, diz que “compete à União a exploração dos serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa”, etc. Em outras atividades, como telecomunicação, radiodifusão, navegação e aérea, o artigo usa a mesma frase acrescida da expressão “diretamente ou mediante permissão, concessão ou autorização”. “Na nuclear, não há essa possibilidade”, diz o advogado.

Ele destaca ainda que a construção de novas usinas precisa passar pelo Congresso e a localização das unidades, definidas por lei, conforme parágrafo sexto do artigo 225.

COLABOROU RENÉE PEREIRARetornar ao índice de assunto

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Lobão promete licitações da ANP ainda para este ano (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B6 Economia)

Daniele Carvalho e Nicola Pamplona, Rio

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o governo vai retomar ainda este ano a 8ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), suspensa desde novembro de 2003, e já planeja também para este ano a 10ª Rodada. “Vamos promover seguramente a retomada da 8ª Rodada, e também realizar mais um leilão, com áreas em terra e nas franjas do pré-sal. Uma rodada com o pré-sal só será realizada após novo marco regulatório.”

Segundo ele, a portaria que determina a retomada da 8ª Rodada será enviada à ANP ainda este mês. O documento deve conter ainda a determinação para que seja realizada a 10ª Rodada, cujas áreas em oferta ainda não foram divulgadas. O mercado temia a suspensão dessa próxima rodada após o anúncio, ainda em novembro de 2007, de que os leilões seriam reavaliados após a confirmação de reservas gigantes abaixo da camada de sal na Bacia de Santos.

Já a 8ª Rodada foi suspensa por liminar poucas horas após seu início, em 2006, quando a ANP havia licitado apenas dois dos setores da lista. O leilão ganhou importância após a confirmação do campo de Tupi, já que conta com alguns blocos próximos.

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Nova proposta de Minc exclui usinas do Madeira (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B6 Economia)

Leonardo Goy, BRASÍLIA

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assegurou ontem, em entrevista ao Estado, que sua proposta de passar a exigir que novas hidrelétricas conservem reservas ambientais próximas às barragens não terá impacto nas tarifas da energia que será produzida nas usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO). O preço da energia dessas duas hidrelétricas já foi definido em leilões realizados no ano passado e em maio deste ano.

“Algum tipo de medida será exigido delas, mas sem impacto na tarifa” disse o ministro. Ele informou que pretende dar mais agilidade à concessão de novas licenças ambientais para a construção de usinas hidrelétricas, mas ressaltou que, “em contrapartida, não será dada mais nenhuma licença para o setor elétrico sem a adoção de algum parque (ecológico)”.

Minc explicou que a adoção poderá ser direta, com a própria empresa conservando a área, ou por meio do pagamento de uma taxa de compensação por danos causados ao meio ambiente.

O ministro voltou a afirmar que a licença de instalação da usina hidrelétrica de Santo Antônio deverá ser emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até o fim deste mês. Somente com a liberação desse documento é que o consórcio liderado por Furnas e Odebrecht, vencedor do leilão de concessão da usina, poderá iniciar as obras de construção. A licença para Jirau, também no Madeira, ainda tem de passar pela análise do Ibama.

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Lobão quer retomar 8ª Rodada da ANP este ano(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 3 Conjuntura Econômica)

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o governo retomará ainda este ano a 8ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), suspensa desde novembro de 2003, e já planeja realizar, também este ano, a 10ª Rodada."Vamos promover seguramente a retomada da 8ª Rodada, e também realizar mais um leilão, com áreas em terra e nas franjas do pré-sal. Uma rodada com o pré-sal só será realizada após um novo marco regulatório", afirmou Lobão.

A 8ª Rodada foi suspensa por uma liminar judicial poucas horas após seu início, em 2006, quando a ANP havia licitado apenas dois dos setores da lista de ofertas. O leilão ganhou importância após a confirmação do campo de Tupi, uma vez que conta com alguns blocos em uma região chamada pelo mercado de "franja do pré-sal".

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Petrobras aciona judicialmente Brasil Ecodiesel e vice-versa(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 3 Financeiro)

A Petrobras cobra da Brasil Ecodiesel as multas contratuais referentes aos meses de abril, maio e junho deste ano. Para evitar o pagamento, a empresa ingressou na Justiça alegando a inexigibilidade da cobrança, alegando que nesse período a estatal se encontrava inadimplente nos contratos de compra e venda celebrados. Apesar de listada no Novo Mercado da Bovespa, seu diretor de Relações com Investidores, Ricardo Luís de Lima Vianna, não deixou clara a real pretensão da Ecodioesel que, para o investidor leigo, por um lado reconhece que provocou a cobrança das multas contratuais e por outro, tenta evitar o pagamento sem deixar muito claro como pretende transformar a Petrobras em inadimplente.A Brasil Ecodiesel alega que a estatal não retirou os volumes de biodiesel contratados nos leiloes 69/07 e 70/07, especificamente nos meses de fevereiro e marco de 2008 e, por essa razão, perdeu o direito a cobrar multas. Acontece que, em momento algum no fato relevante, a companhia informa o que motivou a Petrobras a não retirar o produto e nem faz referência ao fato gerador das multas e muito menos ao seu valor. Apesar da falta de importantes esclarecimentos, Ricardo Luís ressalta que sua empresa e seus advogados entendem como prováveis as chances de êxito na referida lide, vez que as decisões da administração sempre estiveram em consonância com os ditames contratuais, bem como na Lei Civil.

Depois disso, no entanto, o leigo quer saber: a Brasil Ecodiesel continuará a fornecer para a Petrobras?

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Governo fará novos leilões de petróleo neste ano, diz Lobão: Licitações de blocos não vão incluir áreas na camada do pré-sal, segundo ministro

(Folha de São Paulo 11.07.2008 p. B4 Dinheiro)

Titular de Minas e Energia também diz que programa de troca de geladeiras para famílias de baixa renda só será iniciado após as eleições

CIRILO JUNIORDA FOLHA ONLINE, NO RIO

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse ontem que o governo fará novos leilões de blocos para exploração de petróleo ainda neste ano. Ele anunciou que encaminhará, até o mês que vem, portaria à ANP (Agência Nacional do Petróleo) recomendando a realização de novas licitações. Lobão frisou que não serão ofertadas áreas da camada pré-sal até que o novo marco regulatório para o setor esteja definido."Haverá leilão neste ano, mas não para o pré-sal. Poderemos abrir o leilão da 8ª Rodada [que foi interrompido] e até mesmo fechá-lo em seguida, e vamos fazer outros leilões. Um ou mais leilões além da oitava, fora do pré-sal. Dá tempo", afirmou, durante visita à sede do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), no Rio.Lobão disse que a decisão sobre o novo marco regulatório está condicionada a mais pesquisas na área do pré-sal. O governo suspeita que haja um "oceano de petróleo" abaixo da camada de sal, ou seja, haveria uma imensa extensão de óleo, e não manifestações isoladas, divididas em blocos.Uma repartição mais igualitária dos royalties provenientes da extração de petróleo e gás voltou a ser defendida pelo ministro. Edison Lobão destacou que a distribuição dos royalties não pode ficar restrita a poucos Estados.

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"O conceito é que é uma riqueza que pertence a todo o povo brasileiro. Não pode ficar circunscrita a poucos Estados e municípios. Não queremos prejudicar nenhum Estado produtor de petróleo. O que se pretende é fazer com que todos tenham participação."

Bolsa-GeladeiraLobão confirmou também que o programa que vai permitir que famílias de baixa renda substituam suas geladeiras, apelidado de Bolsa-Geladeira, só será iniciado após as eleições. O governo teme que a medida seja tachada de eleitoreira e decidiu postergar o início do programa para o último trimestre deste ano."Para que ninguém diga que é uma coisa eleitoral, vamos lançá-lo logo depois das eleições. Nada terá a ver com a eleição", afirmou.Os critérios finais do programa estão sendo definidos, informou o ministro. O Bolsa-Geladeira consistirá na troca de geladeiras usadas por aparelhos novos, que consomem menos energia. As famílias de baixa renda pagarão, de acordo com Lobão, "praticamente o preço de custo"."As geladeiras serão financiadas com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Eles vão comprar a geladeira por praticamente preço de custo e com pequena taxa do revendedor e nada mais. Vão devolver a geladeira antiga e, com isso, vamos economizar energia elétrica."O governo calcula que o consumo da geladeira em uma residência de baixa renda represente cerca de 30% do total. Com a troca por novos aparelhos, estima que esse consumo passará a representar, em média, 10%.

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Causas reais e os "fracassomaníacos": O Brasil está em situação privilegiada com suas safras mais as fontes alternativas de energia

(DCI 11.07.2008 p. A2 Opinião)

Não cabe nenhuma crítica à atitude do G-5, o grupo dos chamados "países emergentes" -Brasil, Índia, China, África do Sul e México- que se reuniu agora em Sapporo, no Japão, cobrando, dos países mais desenvolvidos, um pouco mais de atenção à especulação financeira que vem induzindo a aumentos extraordinários nos preços dos alimentos e elevando os custos da produção agropecuária em todo o mundo.

Ainda que na forma elegante, o G-5 rechaçou a interpretação dos países industrializados sobre as causas da inflação, de acordo com eles o aumento dos gastos com energia e o crescimento muito rápido do consumo de alimentos nos países "emergentes", cujas economias têm tido a audácia de crescer mais depressa que as demais.

Mas omitiu, olimpicamente, os efeitos mais que visíveis da especulação nos mercados financeiros.

Foi correta, portanto, e perfeitamente adequada a cobrança dos "emergentes", diante da posição "menos responsável" dos colegas mais ricos...

É claro que a inflação planetária que estamos vivendo teve sua origem inicialmente nos preços do petróleo e se propagou aos alimentos. É uma inflação curiosa porque vem de baixo para cima.

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Não é necessariamente produzida por um excesso de demanda generalizado; o aumento de cada um dos produtos tem uma explicação especial: no caso do petróleo, devido à falta de investimentos na exploração de novos campos, em pesquisa ou em refino nos últimos 15 anos, chegou-se a uma situação de equilíbrio: o espaço ficou muito curto entre oferta e demanda. Qualquer incidente menor -uma perturbação na Nigéria, a interrupção passageira de um duto, ou problemas no transporte marítimo- deflagra uma enorme excitação de preços. Para compensar a contínua desvalorização do dólar (que é a unidade de medida dos preços), os petroleiros buscam conservar o seu poder de compra.

Esses fatores se completam com o aumento da intervenção dos hedge funds nos mercados de commodities, na ânsia de se ressarcirem das perdas decorrentes das patifarias malsucedidas no episódio das hipotecas americanas. Além da desvalorização do dólar, a especulação é responsável por pelo menos 40% do aumento nos preços do petróleo, hoje.

No caso dos alimentos, tem-se de considerar o efeito da enorme expansão da economia mundial nos últimos quatro ou cinco anos, explicando o aumento do consumo especialmente na China e na Índia, onde o crescimento do emprego e da renda se somam ao processo de rápida urbanização.

No curto prazo, a oferta de alimentos é inelástica e o mesmo acontece no caso dos metais. Os preços têm de subir e essa é uma situação que só vai se resolver quando se eliminar o problema físico -a expansão da produção e da oferta tanto de petróleo, como dos alimentos e demais commodities.

O Brasil, felizmente, está numa situação privilegiada graças ao crescimento de suas safras agrícolas, mais o sucesso na oferta de fontes alternativas de energia e pelos investimentos que pode fazer em seu próprio terreno para ampliar a oferta mineral em prazos mais curtos que os dos demais parceiros mundiais.

É por causa disso que, apesar das pressões externas, a inflação e suas expectativas têm-se manifestado com menor força internamente. Apesar da torcida dos "fracassomaníacos" de sempre...

Antonio Delfim Netto é Professor Emérito da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, ex-Ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento.

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Nuclear - Governo quer parceria para usinas nucleares(DCI 11.07.2008 p. A7 Indústria)

RIO DE JANEIRO - O governo quer criar parcerias com a iniciativa privada para tirar do papel quatro das usinas nucleares previstas no Plano Nacional de Energia, que inclui metas para a expansão da oferta até 2030 (PNE-2030). A informação foi dada ontem pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que participou de visita técnica ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro.

De acordo com Lobão, a participação de grupos privados na construção das usinas se daria por meio de leilões. Ele destacou, no entanto, que a Eletronuclear seria majoritária nos negócios. "Temos feito isso com as hidroelétricas, com as térmicas e com a biomassa. Por que não fazer o mesmo com a energia nuclear?", questiona.

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O ministro ressaltou que a Usina de Angra 3 não fará parte deste modelo. "Esta ficará totalmente a cargo da Eletronuclear", acrescenta.

Segundo Lobão, a renegociação dos contratos de prestação de serviços de Angra 3, assinados na década de 80, não atrasarão o início das obras da usina. "As obras civis estão assinadas com a Andrade Gutierrez. O Tribunal de Contas da União disse que o contrato é válido. Agora, vamos prosseguir fazendo uma avaliação de preços. Nos demais casos, se for necessário, vamos fazer licitações", detalhou o ministro.

Lobão voltou a afirmar que o Ibama deve emitir, ainda este mês, a licença ambiental de instalação da Usina de Angra 3, o que permitirá, segundo destacou, que as obras comecem no início de setembro.

Em relação à quebra do monopólio do urânio, Lobão afirmou que o governo não deve colocar o assunto em discussão este ano. O primeiro objetivo do ministério, diz ele, é criar condições para que o minério seja enriquecido no País. Hoje o produto é enviado ao exterior para passar pelo processo.

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Eletricidade - Argentina antecipa devolução de energia(DCI 11.07.2008 p. A8 Indústria)

BUENOS AIRES - Com dois meses de antecedência, a Argentina começou a devolver para o Brasil a energia elétrica que estava recebendo desde maio. A devolução da energia proveniente de hidroelétricas estava prevista para começar em setembro, mas o país vizinho já está repassando os mil megawatts médios por dia que foram enviados no período. Desde quarta-feira, o Brasil parou de fornecer energia para a Argentina.

O repasse de energia para que a Argentina pudesse suprir as demandas do inverno foi aprovado em abril pelo Conselho Nacional de Política Energética. Na ocasião, o Brasil se comprometeu a fornecer entre 800 e 1,5 mil megawatts entre maio e agosto deste ano, que seriam devolvidos entre setembro e novembro.

Ao participar, nesta semana, de audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o fornecimento de energia para a Argentina não traz prejuízos ao Brasil e garante uma política de amizade com o país vizinho.

"A devolução (antecipada) é uma sinalização de que a situação começa a se normalizar lá", disse o ministro.

O envio de energia para a Argentina foi criticado no mercado, pois temia-se o desabastecimento no Brasil depois de um período de estiagem no final do ano passado.

Com a entrada do período de chuvas, no entanto, o volume de energia gerada no Brasil foi suficiente para ajudar a evitar uma crise energética no país vizinho, o que já havia sido feito em 2007.

A transferência de energia produzida no País havia sido acordada pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner em fevereiro, durante visita do brasileiro à capital argentina. Na ocasião, o governo brasileiro descartou a possibilidade de envio de gás natural ao país vizinho.

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Uruguai

Da mesma forma, o Brasil já anunciou que vai emprestar energia também ao Uruguai. As regras para o empréstimo de energia brasileira ao Uruguai estão publicadas no Diário Oficial da União de terça-feira.

A Resolução nº 5, do Conselho Nacional de Política Energética, estabelece "diretrizes para a celebração de Acordo de Entendimento, de modo a possibilitar o suprimento, à República Oriental do Uruguai, de energia elétrica proveniente do Sistema Interligado Nacional - SIN, no ano de 2008".

De acordo com o texto, o Ministério de Minas e Energia ficará responsável pelo acordo e a devolução da energia elétrica deve ocorrer também neste ano. Assim como da Argentina, o volume do suprimento de energia elétrica será calculado de tal forma que o abastecimento do mercado interno fique assegurado e não sofra com uma provável estiagem.

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Energia - Reservas ambientais não devem afetar tarifa, afirma Carlos Minc(DCI 11.07.2008 p. A8 Indústria)

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assegurou ontem que sua proposta de passar a exigir que novas hidroelétricas conservem reservas ambientais próximas às barragens não terá impacto nas tarifas da energia que será produzida nas usinas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira (RO). O preço da energia dessas duas hidroelétricas já foi definido em leilões realizados no ano passado e em maio deste ano.

"Algum tipo de medida será exigido delas, mas sem impacto na tarifa", disse o ministro. Ele informou que pretende dar mais agilidade à concessão de novas licenças ambientais para construção de usinas hidroelétricas, mas ressaltou que, "em contrapartida, não será dada mais nenhuma licença para o setor elétrico sem a adoção de algum parque".

Minc explicou que a adoção poderá ser direta, com a própria empresa conservando a área, ou por meio do pagamento de uma taxa de compensação por danos causados ao meio ambiente.

O ministro explicou também que a recente decisão do Supremo Tribunal Federal sobre compensações ambientais não suspendeu a cobrança das compensações em si, e sim eliminou a fixação de um percentual mínimo para a taxa, que era de 0,5% do investimento feito na construção das usinas. Segundo Minc, o STF determinou ainda que a cobrança não seja proporcional ao valor total do investimento feito na construção do empreendimento, e sim proporcional à parte da obra que causou impacto no meio ambiente

O ministro voltou a afirmar que a licença de instalação da usina hidroelétrica de Santo Antônio deverá ser emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até o fim deste mês. Somente com a liberação desse documento é que o consórcio liderado por Furnas e Odebrecht, vencedor do leilão de concessão da usina, poderá iniciar as obras.

Minc afirmou que a licença prévia da usina de Jirau determina que a mudança do local só será autorizada se houver redução dos impactos ambientais. O ministro disse que os empreendedores ainda não demonstraram formalmente ao governo que haverá essa diminuição.

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Paraguai - Lugo enfrenta racha por nomeação em Itaipu(DCI 11.07.2008 p. A10 Internacional)

ASSUNÇÃO - O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, enfrenta sua primeira crise devido ao descontentamento gerado entre os aliados pela nomeação do ex-senador Carlos Mateo como diretor da parte paraguaia da hidrelétrica de Itaipu, disse fonte próxima à coalizão. Mateo foi confirmado na quarta-feira para um dos cargos mais importantes da administração estatal. Ele deverá administrar grandes fundos da hidrelétrica binacional e negociar com o Brasil - co-proprietário da usina - em busca de um melhor preço pela energia vendida ao vizinho.

A nomeação provocou descontentamento da futura chanceler, Milda Rivarola, que, segundo uma fonte, ameaçou renunciar pouco mais de um mês após ter sido designada para o cargo.

Mateo foi questionado por seus adversários políticos por ter sido assessor jurídico do Banco General, cuja quebra fraudulenta, em 1995, significou prejuízos milionários para o Estado e para milhares de correntistas.

Rivarola defendia a nomeação do engenheiro Ricardo Canese, um especialista em assuntos energéticos do movimento de esquerda Tekojojá. Militantes do grupo fizeram uma manifestação em frente à sede da coalizão liderada por Lugo, para exigir que o cargo seja de Canese.

"Entendemos como a ruptura de um processo que vínhamos levando. Acreditamos que Ricardo Canese é quem pode melhor nos defender", disse o líder do Tekojojá, Aníbal Carrillo.

A futura chanceler afirmou que deixaria o cargo por diferenças pessoais com Mateo, com quem terá de trabalhar a partir de 15 de agosto, quando Fernando Lugo toma posse.

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Energia - AIE eleva projeção da demanda de petróleo em 2008(DCI 11.07.2008 p. A10 Internacional)

PARIS - Pela primeira vez desde dezembro do ano passado, a Agência Internacional de Energia (AIE) elevou levemente sua projeção de crescimento da demanda mundial por petróleo em 2008, mas alertou que o consumo global permanecerá abaixo da tendência até 2009, em meio ao declínio das condições econômicas. A agência aumentou em 90 mil barris por dia sua projeção para a demanda em 2008, devido ao maior consumo dos mercados emergentes.

Segundo a agência, o menor crescimento econômico e os preços elevados do petróleo prejudicaram o consumo da matéria-prima nos mercados desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa, mas a

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atividade econômica saudável nas nações emergentes, como Arábia Saudita e China, tem feito a diferença.

"Em 2008 e 2009, a demanda global está significativamente abaixo da tendência, mas o consumo fora da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - que reúne 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo; o Brasil não faz parte da organização - ainda deve permanecer excepcional", disse Lawrence Eagles, editor do relatório mensal de petróleo da AIE. Ele acrescentou que a média em longo prazo para o crescimento da demanda mundial em uma série de décadas é de 1,6% ao ano.

Mas taxas de crescimento de apenas 1% são esperadas globalmente este ano e em 2009, disse a AIE. O mundo deve utilizar 87,7 milhões de barris por dia em 2009, alta de 860 mil barris em relação a 2008.

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Etanol - Brasil pode ampliar posição de exportador(DCI 11.07.2008 p. B3 Agronegócio)

SÃO PAULO - O Brasil tem condições para expandir seu papel de maior exportador de etanol do mundo, avaliou a Agência Internacional de Energia (AIE). "O Brasil continuará se beneficiando de vantagens de custos de produção, agricultura e infra-estrutura", afirma o relatório mensal da entidade, divulgado hoje.

Segundo a AIE, a produção global de biocombustíveis deve crescer rapidamente em 2008 e 2009. A agência prevê que a produção mundial de etanol e biodiesel subirá de 1,35 milhão de barris por dia este ano para 1,69 milhão de barris diários em 2009. Desse crescimento, cerca de 50% virão dos Estados Unidos e 25%, do Brasil, os líderes desse setor.

A AIE elevou significativamente a projeção de produção de etanol nos EUA, que é feito a partir do milho.

Segundo a agência, a capacidade de produção norte-americana deve avançar de 650 mil barris por dia em 2008 para 880 mil barris diários em 2009. A estimativa anterior para o ano que vem era de 700 mil barris.

PanoramaBrasil

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Presidente volta a defender o etanol: Lula reafirma prioridade para relações com América Latina, África e Ásia

(O Globo 11.07.2008 p. 4 O País)

Chico de Gois

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem sua política externa de priorizar relações comerciais com países da África, da América Latina e, agora, da Ásia, alegando que, além de grandes possibilidades de negócios, a diversificação de parceiros dá mais segurança aos países em momentos de crise internacional.

Em seu giro pela Ásia, Lula esteve ontem no Vietnã e seguiu para o Timor Leste. No sábado desembarca na Indonésia e, em agosto, deve ir a Cingapura. Lula, que defendeu o etanol e os biocombustíveis como uma possibilidade para a África ficar menos pobre, disse o mesmo no Vietnã.

Lula afirmou que os biocombustíveis são uma ferramenta para a redução da dependência mundial do petróleo e para a democratização da energia. Brasil e Vietnã assinaram acordo de cooperação para o desenvolvimento da produção e uso do etanol e começaram a discutir o intercâmbio de variedades de cana-de-açúcar, capacitação de recursos humanos e estratégias de aumento de renda para a agricultura familiar.

- Os biocombustíveis têm relevância especial para países como os nossos. Têm potencial formidável de geração de empregos, diversificam e democratizam o acesso à energia e diminuem a dependência mundial de combustíveis fósseis, mais caros e poluentes - disse Lula.

Diversificação de parceiros comerciais favorece países

A autoridades e empresários brasileiros e vietnamitas, Lula disse que a diversificação de parceiros comerciais favorece o país, e o deixa em situação de menor risco em crises internacionais, como aumento de preços na agricultura ou estagnação dos países mais ricos.

O Vietnã - que recebeu pela primeira vez a visita de um presidente brasileiro - vem crescendo econômica e socialmente desde 1986, quando começou a implementar uma política de renovação denominada Doi Moi. Entre 1993 e 2007, o nível de pobreza caiu de 58% para menos de 14%. Embora seja um país comunista, avançou em reformas que permitiram o ingresso de empresas estrangeiras, a ampliação de pequenas e médias empresas privadas nacionais e o aumento das exportações.

O aumento da capacidade de consumo vietnamita pode ser visto nas ruas atulhadas de motos, num trânsito caótico e sem regras - o pedestre deve sempre olhar para todos os lados, mesmo que haja uma placa de contramão. No primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve aumento de 141% na comercialização de carros.

Lula participou do encerramento de fórum de empresários. Cerca de 30 executivos nacionais compareceram, sobretudo da área de construção civil e alimentos. Entre 2002 e 2007, o comércio entre os dois países saltou de US$43 milhões para US$323 milhões, num aumento de 650%. A meta é atingir US$1 bilhão em 2010. Foram assinados cinco memorandos de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia, esporte, luta contra a fome a pobreza.

Vietnã apóia Brasil no Conselho de Segurança

Além do comércio, importa a Lula, nesse giro pela Ásia, obter apoio em questões como a participação no Conselho de Segurança da ONU (o Vietnã apóia o Brasil), a política de biocombustíveis e um acordo da Rodada de Doha - em 2007, o Vietnã passou a integrar a Organização Mundial do Comércio

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A política dos EUA sobre etanol não deve mudar(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. A2 Editorias)

A pesar de todas as promessas de cooperação feitas durante a visita do presidente George W. Bush ao Brasil, em março de 2007, a efetiva parceria entre o Brasil e os Estados Unidos para o desenvolvimento conjunto de biocombustíveis não avançou no ritmo anunciado há mais de um ano. O principal motivo para a lenta interação de objetivos foi a absoluta atitude de defesa por parte dos EUA contra o etanol brasileiro, que apenas começa na imposição de uma tarifa de US$ 0,54 por galão de etanol importado do Brasil, com óbvios prejuízos para a competitividade do produto nacional no mercado americano. A acelerada mudança nos preços da energia nos EUA, com significativos impactos no cenário das eleições presidenciais de novembro, no entanto, já provocou algumas alterações nas posições do governo americano quanto a uma efetiva parceria com o Brasil no tema biocombustíveis. Em visita a São Paulo, o secretário-adjunto para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, Thomas Shannon, defendeu a queda das barreiras tarifárias sobre a importação do etanol brasileiro. A surpreendente declaração, aliás, foi acompanhada pelo reconhecimento de Shannon de que o propósito das tarifas altas contra o produto brasileiro era "proteger o desenvolvimento da indústria do etanol de milho". O secretário-adjunto do Departamento de Estado lembrou dos três pontos para a parceria entre Brasil e EUA na questão dos biocombustíveis, durante a visita de Bush, mencionando que o primeiro deles era a criação de um fórum internacional a fim de estimular regras para "comoditização dos biocombustíveis", reconhecendo que esse processo de comoditização é "muito complicado". Depois, Shannon discutiu o intercâmbio de pesquisas, prometido durante a visita do presidente norte-americano ao Brasil, apontando que o trabalho caminha, "mas a capacidade de produção é diferente". Por último, o secretário reconheceu que a busca por desenvolver indústrias de biocombustíveis em outros países da América Latina avançou em apenas quatro países, apesar dos esforços da diplomacia brasileira, mas é preciso "expandir esse número", garantiu Sahannon, "antes da mudança de governo em Washington". Este é o ponto essencial em toda essa alteração da posição oficial norte-americana sobre o etanol brasileiro. Com a perspectiva de permanência de pouco mais de cinco meses na Casa Branca, o governo Bush vive um compasso de espera em relação a diferentes decisões, em especial no campo econômico. Especificamente na questão etanol, duas indiscutíveis realidades impõem um quase absoluto imobilismo na ação de Washington. Primeiro, há uma questão de rentabilidade comparada entre o produto brasileiro e o americano, em um quadro em que Brasil e EUA produzem mais de 70% do etanol consumido no mundo. Com uma diferença básica entre os dois países: enquanto o custo médio do litro do etanol é US$ 0,22 no Brasil, nos EUA esse custo bate em US$ 0,34. Esta diferença começa na produtividade: um hectare de cana no Brasil produz 6 mil litros de álcool, enquanto o mesmo hectare nos EUA produz 3,5 mil litros de etanol de milho. Essa comparação técnica tem como referência a capacidade produtiva de 2006, mas ganhos de escala devem aprofundar essa diferença com maior vantagem comparativa para o Brasil. Em outras palavras: em um mercado menos protegido, o etanol brasileiro ganhará muito espaço. A segunda realidade indiscutível é o peso político da questão agrária nos EUA. Em maio, o Congresso aprovou a nova Lei Agrícola, que entra em vigor neste ano com vigência até 2012, concedendo grandes benefícios e subsídios diretos para soja, açúcar e milho, incluindo até etapas de produção do etanol. Para o milho, o subsídio aumenta quando a produtividade cai, autêntica defesa contra a intensificação da capacidade produtiva fora dos EUA. Os limites para mudanças mais substanciais na política norte-americana para o etanol estão presentes até nos programas eleitorais das candidaturas presidenciais, tanto democrata como republicana. Apesar de John McCain afirmar que apóia o "fim da sobretaxa" sobre o etanol brasileiro, por uma questão de principio sobre livre comércio, o candidato republicano também garante que "defende o fim da dependência americana das fontes externas de energia". Já o candidato democrata, Barack Obama, não esconde que os EUA devem manter a tarifa protetora porque "não podem competir com quem barateia a produção com piores condições de trabalho e com agressões ao meio ambiente". Portanto, esse quadro não permite grandes esperanças de mudança na política dos EUA para o etanol brasileiro, apesar das inéditas e surpreendentes declarações do alto funcionário do governo americano.

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Na base do facão: Há muitos anos que o debate em torno de Belo Monte sofre de dois males fundamentais: a falta de informação e a manipulação de dados para fortalecer opiniões.

(O Globo 11.07.2008 p. 7 Opinião)

Artigo - Mauricio Tolmasquim

A defesa de posicionamentos ideológicos desencadeia, por vezes, atitudes condenáveis e anacrônicas. Como na Itália do século XVII, quando Galileu foi tolhido de suas atividades científicas ao ir de encontro às teses obscurantistas da Inquisição, no Brasil do século XXI engenheiros são impedidos de estudar - sim, estudar! - a viabilidade do potencial hidrelétrico por meio de liminares e práticas explícitas de violência. É o que ocorre com o projeto da usina de Belo Monte, no Pará. Quase 400 anos depois, volta-se a utilizar de argumentos preconceituosos para a perpetração de atos de rudeza.

Há muitos anos que o debate em torno de Belo Monte sofre de dois males fundamentais: a falta de informação e a manipulação de dados para fortalecer opiniões. Quando se tenta instalar o diálogo, é necessário que as partes ajam de forma democrática, permitindo que cada lado exponha seus pontos de vista livres da ameaça da borduna.

Com 11,1 mil MW de potência, Belo Monte terá sua barragem situada a 335km da foz do Rio Xingu. Mais de 90% das áreas protegidas na bacia se encontram a montante e bem distantes do local do empreendimento. Já a usina ficará situada em um trecho cujo território interior apresenta intensa ocupação humana, onde são praticadas atividades agropecuárias e de extrativismo vegetal. Ou seja, não está se falando em implantar a hidrelétrica em área de mata virgem, mas em local já utilizado pela população residente.

A usina de Belo Monte é uma das melhores do portfólio de hidrelétricas. Após a revisão do projeto de engenharia, o reservatório passou de 1.225km para 440km. Enquanto as usinas existentes têm área alagada média de 0,57km por MW gerado, Belo Monte alaga apenas 0,04km por MW gerado. Além disso, é infundado o receio dos índios caiapós em relação a mudanças significativas na qualidade da água e ao aumento de cheias em seus domínios. Como a usina estará localizada muito abaixo da sua reserva, as terras ocupadas pela comunidade indígena não serão afetadas pelo empreendimento.

O investimento necessário para a construção de Belo Monte trará dinamização econômica de efeitos significativos para a região, com crescimento do IDH dos municípios circunscritos à usina. Altamira, por exemplo, será amplamente beneficiada com obras de urbanização, da mesma forma que todas as cidades sob influência da hidrelétrica terão uma renda permanente com a compensação financeira a ser paga pelos empreendedores.

Pode-se dizer que, além de não promover o alagamento de terras indígenas e de unidades de conservação ambiental, a energia gerada pela usina será equivalente a 6,4% do consumo total de eletricidade do Brasil. A quem interessa criar obstáculos a um projeto benéfico ao país e à região? Visões críticas são sempre importantes para o aprimoramento das grandes discussões. O que não pode ser confundido com o falso direito de ceifar argumentações díspares no seu nascedouro, ainda mais na base do facão.

MAURICIO TOLMASQUIM é presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

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Opep reduz sua previsão de demanda(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C2 Infra-Estrutura)

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu sua previsão para a demanda por seu próprio petróleo bruto até 2030, num momento em que os preços recorde dos combustíveis e as considerações ambientais estimulam os consumidores a economizar combustíveis e aumentar sua dependência dos biocombustíveis. O cartel, que produz mais de 40% da oferta mundial de petróleo, reduziu suas projeções para a demanda por seu óleo bruto em 4,4%, para 32,3 milhões de barris/dia em 2015, e em 12%, para 43,6 milhões de barris/dia em 2030. A faixa de estimativas de consumo significa que a organização dos produtores pode comprometer desnecessariamente US$ 300 bilhões em novos campos durante os próximos 12 anos. "Há uma maior incerteza sobre a quantidade de petróleo exigida da Opep" devido às metas compulsórias dos países consumidores relativas à economia de combustíveis e ao uso de biocombustíveis, disse ontem a secretaria da organização, sediada em Viena, na Áustria, em seu relatório World Oil Outlook. "O setor petrolífero enfrenta grandes incertezas sobre quanto investir", acrescentou A Opep reduziu em 4 milhões de barris/dia suas estimativas para a demanda mundial de petróleo bruto em 2030, para o total de 113 milhões de barris/dia. Mesmo assim, o crescimento econômico dos mercados emergentes garantirá que o consumo mundial aumentará em 1,3 milhão de barris diários, para 92,3 milhões de barris/dia até 2012 e, em seguida, para 102,2 milhões de barris/dia em 2020. A avaliação para 2012 está alinhada à mais recente estimativa emitida pela Agência Internacional de Energia (AIE), grupo que presta consultoria para os países consumidores, sediado em Paris, que cortou sua previsão para 2012 para 92,39 milhões de barris/dia em 1º de julho passado devido a preocupações de que os preços e as incertezas econômicas corroerão a demanda. Ontem, o secretário geral da Opep, Abadlá Salem El Badri, negou-se a responder se o cartel prepara-se para anunciar um aumento de sua produção durante a próxima reunião prevista para setembro, em uma tentativa de frear a subida de preços do petróleo.

(Bloomberg News e AFP)

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Petrolíferas relutam em investir no Irã(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C2 Infra-Estrutura)

A crescente tensão entre o Irã e potências ocidentais fez com que as empresas petrolíferas se tornassem mais relutantes em investir nos campos de gás e petróleo daquele país, apesar de ainda haver negociações a esse respeito. Enquanto a República Islâmica testava ontem uma segunda bateria de mísseis, a Total, da França, repetia que, assim como alguns de seus concorrentes, não gastará mais dinheiro no território iraniano neste momento. "Provavelmente, precisamos ver as coisas melhorarem, ver o Irã tendo novamente relações com seus vizinhos e com o restante dos países que hoje mantêm um postura crítica quanto a ele", disse ontem o diretor-executivo da Total, Christophe de Margerie, à "TV France 24".

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Margerie afirmou ainda que o projeto South Pars Phase 11 encontrava-se interrompido, mas observou estar "fora de questão" abandonar o projeto multibilionário que envolve o resfriamento de gás para liquefazê-lo e transportá-lo. O governo iraniano respondeu estar pronto para explorar o gigantesco campo de South Pars sem a Total. Junto com a italiana Eni e a Royal Dutch Shell, a empresa francesa já investiu bilhões de dólares no setor de combustíveis do Irã, desafiando a ameaça de receber sanções dos Estados Unidos. Paolo Scaroni, diretor-executivo da Eni, disse que honrará os contratos existentes, mas que não assinará outros. A norueguesa StatoilHydro adotou uma postura semelhante. E Margerie, rejeitando as pressões do Irã para que um acordo sobre a South Pars 11 seja assinado até a metade do ano, já havia dito em maio que algo do tipo seria improvável de ocorrer no curto prazo. Em uma entrevista concedida ao "The Financial Times e publicada ontem, ele acrescentou: "Hoje seria um risco político grande demais investir no Irã". Em setembro, o governo francês pediu que a Total não colocasse mais dinheiro no país islâmico. A empresa produz 15 mil barris de petróleo por dia no Irã, mas o contrato envolvendo essa atividade deve deixar de vigorar em breve, afirmou uma porta-voz. A Shell disse que se afastará da South Pars Phase 13, mas que não abandonaria o Irã de vez. Seu parceiro de joint venture Repsol afirmou que ainda precisa tomar uma decisão a esse respeito. "Há muitos depósitos no Irã e seria uma bobagem adotarmos uma decisão precipitada", disse um porta-voz da Repsol.

(Reuters)

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Eletricidade - Tractebel entra no segmento de PCHs(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C2 Infra-Estrutura)

A Tractebel Energia, filial brasileira do grupo energético franco-belga Suez, anunciou seu ingresso no segmento de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ao adquirir 100% dos ativos das Sociedades de Propósito Específico (SPEs) da Hidropower Energia, no município de José Gelazio, com capacidade instalada de 23,7 megawatts (MW), e da Tupan Energia Elétrica, de 26,6 MW, em Rondonópolis, ambas localizadas em Mato Grosso. O preço de aquisição das PCHs - que tem um contrato de venda de energia de longo prazo do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) a R$ 153 o megawatt-hora (MWh) - foi de R$ 204 milhões, mais a responsabilidade por uma dívida de R$ 110 milhões. A aquisição ocorreu por intermédio de um processo competitivo, coordenado pelo Unibanco. "Estas compras fazem parte da estratégia da empresa de intensificar os investimentos em geração elétrica no Brasil", diz o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres. Em 2008, a empresa planeja investir R$ 1 bilhão, sendo R$ 592 milhões na usina hidrelétrica Ponte de Pedra, que está localizada no rio Corrente, na divisa do Mato Grosso com Mato Grosso do Sul, e tem capacidade para 176 MW. Sinergia na operação Segundo o grupo franco-belga, as duas hidrelétricas irão utilizar a estrutura de operação e manutenção da usina Ponte de Pedra, que já é controlada pela Tractebel e está a cerca de 120 quilômetros de distância dos novos empreendimentos. "Vamos operar as usinas remotamente a partir de Ponte de Pedra e esta sinergia vai reduzir os custos de O&M (Operação e Manutenção) das PCHs", afirma Zaroni. A nova transação deve estar concluída até o fim de 2008, segundo estimativas do grupo. Com as duas novas hidrelétricas, a empresa amplia a sua capacidade de produção em 50,3 MW. Hoje, a filial brasileira da Suez é a maior geradora privada de energia do País, com 6% de participação na matriz elétrica nacional. Atualmente, a Tractebel Energia opera 14 usinas, entre hidrelétricas e termelétricas,

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nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. O grupo também está construindo a hidrelétrica São Salvador, no estado de Tocantins, com 243 MW.

(Juliana Wilke)

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Equipamentos - Efacec vai investir em energia eólica e em transportes no Brasil: Grupo português fechou contrato de R$ 200 milhões com a CPTM

(Valor Econômico 11.07.2008 p. B1 Empresas)

Maurício Capela

Luis Filipi Pereira, o principal executivo da multinacional portuguesa Efacec, tem planos ambiciosos para sua operação no Brasil. No comando de um grupo que deverá faturar globalmente ? 600 milhões de euros neste ano, Pereira mira desde a expansão do metrô em São Paulo (SP), passando pelo serviço de trens da capital paulista, pelo gerenciamento de projetos de instalação de usinas termelétricas até ser dono de parques eólicos no país.

A primeira investida aconteceu dias atrás, quando a Efacec firmou um contrato com a Cia. Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de R$ 200 milhões. Pelo acordo, a multinacional vai instalar um sistema de sinalização, de telecomunicação, energia e outros nas linhas da CPTM. "O contrato tem duração de 24 meses a contar de julho deste ano. E tem uma possibilidade de prorrogação por mais seis meses", diz Pereira ao Valor. O executivo assegura que o serviço a ser prestado para a CPTM será muito parecido com o já feito pela companhia no metrô de Lisboa, em Portugal, ou de Dublin, na Irlanda.

Outra investida da Efacec no país deverá acontecer na região Nordeste. Depois de pagar R$ 7,5 milhões para comprar a brasileira Energy Service no ano passado, a empresa herdou uma operação no Recife (PE) que faz reparação e manutenção de motores e geradores. Agora, estuda mudá-la de local.

Segundo o executivo da Efacec, a companhia já reservou ? 6 milhões de euros para levar a unidade de Recife para próximo do Porto de Suape, também no Estado de Pernambuco. A mudança também vai quintuplicar a capacidade instalada da operação. "Devemos tomar uma decisão entre o fim deste ano e início de 2009. Mas já temos conversado com as autoridades locais sobre o assunto", afirma o executivo.

O fato é que a operação do Brasil tem despertado cada vez mais o interesse da matriz em Portugal. Primeiro, porque a meta imaginada para meia década foi cumprida neste ano. E depois porque a quantidade de pedidos em carteira é de fazer inveja a muitos grupos.

No ano passado, quando faturava R$ 30 milhões por aqui, a companhia imaginava ultrapassar a marca dos R$ 100 milhões em cinco anos. Enganou-se. Em 2008, assegura Pereira, a receita da Efacec no Brasil será de R$ 100 milhões.

Com o bom andamento da operação no país, a Efacec então resolveu fazer novas previsões. E já projeta um faturamento anual de R$ 500 milhões para 2013. Ou seja, uma receita cinco vezes maior que a registrada neste ano.

Aparentemente a tarefa parece ser quase impossível. Mas não é, diz Pereira. Isso, porque a Efacec já tem em carteira pedidos que totalizam R$ 600 milhões. "O gerenciamento de projetos de instalação de termelétricas terá um peso de 50% na receita projetada. Além disso, existe a automação industrial, o

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setor de transportes e a energia renovável", diz. Um bom exemplo é o contrato de gerenciamento da construção da termelétrica a carvão em Pecém, no Estado do Ceará, controlada pelo empresário Eike Batista e a Energias do Brasil, controlada pela portuguesa EDP.

Agora, ser dono de usinas eólicas é uma diretriz nova. Em Portugal, por exemplo, a empresa detém 2% de um conjunto de parques, que totalizam uma capacidade instalada de 400 megawatts. E a empresa tem essa pequena parcela porque à época da construção mirava a obra e o fornecimento de equipamentos. Mas agora a história é outra e as conversas com parceiros no Brasil têm andado.

Com tamanha gama de projetos em carteira no Brasil e no mundo, já que seu portfólio global soma ? 800 milhões de euros , a Efacec sabe que o peso de Portugal nos negócios do grupo vai diminuir. Se no ano passado a matriz respondia por 50% do faturamento de ? 450 milhões de euros , neste ano não ultrapassará 45%. E isso parece ser a estratégia principal do grupo. "Em três anos, Portugal terá uma participação de 20%", diz Pereira.

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Agroenergia - Uruguai adere ao álcool combustível (Valor Econômico 11.07.2008 p. B12 Agronegócios)

Mônica Scaramuzzo

Foi um verdadeiro choque. Em 1950, quando a seleção uruguaia bateu o Brasil por 2 a 1 em pleno Maracanã, ninguém imaginava que o pequeno país sul-americano levantaria a taça Jules Rimet, sagrando-se campeão mundial. A verdade é que o Uruguai nunca aceitou o papel de coadjuvante, mesmo encravado entre o Brasil e a Argentina, dois protagonistas no mercado agrícola internacional. E lá vem o Uruguai surpreender de novo. Fortemente dependente do petróleo, o país colhe este ano sua primeira safra de cana para a produção de álcool combustível, sem qualquer ajuda do Brasil, seu parceiro no Mercosul com maior expertise no assunto. Ainda que os volumes de produção sejam baixos, cerca de 15 milhões de litros, o programa criado pelo governo uruguaio dá mostras de que está no caminho certo. Centenas de agricultores da região norte do país, que viviam de agricultura de subsistência, foram incluídos no projeto sucroalcooleiro do país.

Em entrevista ao Valor, Gerardo Gadea, vice-ministro de Indústria, Comércio e Energia do Uruguai, conta que o programa do álcool tem gerado novas oportunidades ao setor agrícola do país. E o maior impulso foi dado no ano passado, com a criação da lei número 18.195, garantindo "um marco jurídico claro que fomenta a produção de biocombustíveis".

Pela lei, a mistura de álcool na gasolina no país está estipulado em 5% até dia 31 de dezembro de 2014; o biodiesel em 2%, como mínimo, entre 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2010, para mesclar com gasolina e diesel. Depois, passa para 5% até 2012.

As energias não-renováveis do Uruguai representam 64% do total da matriz energética do país, com base no consumo de petróleo e gás. As renováveis respondem pelos 36% restantes. Do total, 16,2% são o uso de biomassa, 16,8% são hidroelétricas e energia importada, e 3% gás natural.

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"Não dispomos de reservas de combustíveis fósseis. A possibilidade de incorporar as energias renováveis, como eólica, biomassa e biocombustíveis, permitirá ao país reduzir sua dependência do petróleo, gerando novas oportunidades ao setor agrícola", afirma Gadea.

Para colocar o programa em prática, a estatal petrolífera Ancap e a empresa, também estatal, de açúcar Alur, retomaram em 2005 o projeto sucroalcooleiro em Bella Unión, região norte do país. Em 2006, o país colheu sua primeira safra açucareira. Gadea lembra que esse setor encontrava-se totalmente desestruturado. A estatal já investiu cerca de US$ 36 milhões, que inclui uma destilaria, uma caldeira e um turbo gerador.

No ano passado, a Alur desenvolveu um plano de desenvolvimento e fez aportes de US$ 10 milhões para a instalação de uma caldeira em um engenho, substituindo equipamentos antigos. Essa caldeira é a maior do país e produzirá energia de 12 Megawatts a partir da queima do bagaço de cana. E possibilitará a venda de 10 MW de eletricidade para UTE, estatal de energia - a oferta mais barata de eletricidade gerada a partir da biomassa que a empresa já recebeu.

Se colocados no papel, os números viram traço, comparados oa Brasil, gigante em etanol. No Uruguai, a área plantada com cana saltou de 3 mil hectares em 2006, para 6,5 mil hectares em 2007. A previsão é que a Ancap comece a fazer a mistura de álcool na gasolina a partir do segundo semestre. A meta de curtíssimo prazo é atingir uma área de 10 mil hectares com cana para açúcar e álcool. Ainda é pouco. O Brasil ocupa 6 milhões de hectares de área com cana.

Para ter cana mais produtiva, a Ancap instalou uma área na zona de Belén, de 140 hectares, para pesquisar novas variedades. Outros 40 hectares foram destinados a 44 famílias de trabalhadores e produtores que não tinham acesso a terras. O governo estima que mais de 400 agricultores se vincularam ao projeto, incluindo assalariados rurais e pequenos produtores. Mas poderá ter a adesão total de 2.600 trabalhadores no campo e 950 na indústria.

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Integração - Empresa é autorizada a tocar projeto no Velho Chico(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B8 Direito & Justiça)

DA REDAÇÃO

A empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A, vencedora da licitação para a prestação de serviços relativos ao Projeto de Integração do rio São Francisco às Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, está autorizada a tocar o projeto para o qual foi contratada.

Ao julgar ação das empresas Camter - Construções e Empreendimentos S/A e Egesa Engenharia S/A, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido para que fosse suspenso o ato da contratação da Camargo Corrêa.

As empresas afirmaram ter participado da licitação iniciada em 2 de julho, realizada pelo Ministério da Integração Nacional, objetivando a contratação de empresas de engenharia para a prestação de serviços ao Projeto de Integração do rio São Francisco.

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Sustentaram que a Comissão Especial de Licitação, em 10 de janeiro deste ano, reuniu-se para a sessão de abertura dos envelopes contendo as propostas comerciais ofertadas pelo Lote 09, informando, por meio de ata, que o resultado do julgamento seria comunicado posteriormente e publicado no Diário Oficial da União.

De acordo com as empresas, em decorrência do feriado de carnaval, elas só tiveram acesso aos autos no dia 6 de fevereiro. Elas alegaram que, logo após a homologação, foi publicado no Diário Oficial da União a concessão dos serviços à Camargo Corrêa, sem publicação na imprensa oficial do resultado do julgamento das propostas comerciais e sem possibilitar aos licitantes recurso, com efeito suspensivo, contra o julgamento das propostas.

Na avaliação da relatora, ministra Eliana Calmon, as empresas poderiam ter recorrido administrativamente.

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8ª rodada de licitações sairá ainda este ano: Lobão afirma que o governo quer realizar também a 10ªrodada em 2008

(Setorial News – 11.07.2008)

A 8ª Rodada de Licitações de blocos exploratórios de petróleo e gás natural da Agência Nacional de Petróleo (ANP), suspensa em 2006, será retomada ainda este ano, afirmou ontem o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ele acrescentou que o governo planeja realizar, também em 2008, a 10ª rodada, incluindo áreas em terra e nas franjas do pré-sal. O anúncio foi feito menos de um mês depois do próprio ministro ter afirmado que nenhuma das duas rodadas seria realizada este ano.

Lobão informou, durante uma visita técnica ontem ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro, que irá encaminhar uma portaria à ANP recomendando a 8ª rodada e outros leilões com blocos fora da área do présal, os quais só serão licitados após a definição de um novo marco regulatório. A 8ª rodada foi suspensa, em novembro de 2006, pela Justiça, que acatou ao pedido de investidores que rejeitaram, a mudança feita pela ANP, limitando o número de áreas que poderiam ser adquiridas por cada empresa.

Lobão confirmou o início das obras de Angra 3 para 1° de setembro, e informou que o governo pretende realizar leilões para construir outras quatro usinas nucleares nos próximos anos.

http://www.setorialnews.com.br/monta2.asp?pdf=20080711&[email protected]

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IMIGRAÇÃO EMPRESARIAL

A tourada de Madri: A Espanha volta a se abrir aos turistas brasileiros, mas fecha o cerco a quem vive lá como imigrante ilegal

(Isto é n. 2018 - 09.07.2008 p. 70-71)

LUÍZA VILLAMÉA - Madri

Sentada nos jardins do imponente Palácio Real, em Madri, a brasileira Michelle Rosa, 31 anos, não se abala com a passagem de um carro da polícia. "Sou branquinha", diz. "Nunca me pedem documentos." A tranqüilidade de Michelle é um sentimento raro entre seus conterrâneos radicados na Espanha. Há três meses, durante a campanha que culminou na reeleição do primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, até brasileiros a caminho de congressos internacionais foram barrados no Aeroporto Internacional de Barajas, em Madri. Em tempos de crise econômica e de rejeição generalizada aos imigrantes, fazia parte do jogo político recrudescer a fiscalização nas fronteiras. Passada a fase crítica, o governo espanhol voltou a abrir as portas para os brasileiros. Na semana passada, no aeroporto de Madri, as filas da imigração andavam céleres e sem tumultos. Quem chegava, passava. Com a economia em crise, a Espanha avisa que os turistas são bem-vindos e não pretende retomar o mau humor dos guardas como às vésperas da eleição. O problema agora é com gente como Michelle, que vive lá ilegalmente. O foco da Brigada Espanhola é com quem quer ficar e não mais com quem quer chegar ao país. No contingente de imigrantes, liderado pelo Marrocos, o Brasil ocupa o 8o lugar, com cerca de 90 mil pessoas, 30 mil deles legalizadas.

Uma lei recém-aprovada no Parlamento Europeu, chamada Diretiva de Retorno, prevê que os ilegais podem ser detidos por até 18 meses, sem julgamento, até serem deportados. A diretiva entra em vigor em 2010, mas seus efeitos já estão sendo sentidos na Europa. À frente de uma organização voltada para brasileiros - a Associación Hispano Brasileña de Apoyo a los Inmigrantes -, a psicóloga Fabiana Maria Gama Pereira conta que a demanda por informações triplicou nos últimos dias. "As pessoas sem documentos têm medo de circular pela cidade, sobretudo de metrô, por conta da fiscalização", diz. "Além disso, ficaram sem perspectiva. A construção civil parou e está cada vez mais difícil juntar dinheiro."

Com a mudança no cenário econômico, a Lei de Estrangeiros da Espanha também vem passando por alterações e o período de detenção de estrangeiros ilegais já aumentou de 40 para 60 dias. Para os legais, o ministro do Trabalho e Imigração, Celestino Gorbacho, está acenando com incentivos financeiros para que retornem a seu países. Quem aceitar a proposta abre mão do visto de residência e fica impedido de voltar à Espanha por pelo menos três anos. Depois desse período, acredita Gorbacho, o país "entrará em uma fase de expansão e de criação de empregos".

Ex-prefeito de L'Hospitalet de Llobregat, nas imediações de Barcelona, Gorbacho começou a ganhar notoriedade pelos embates que manteve com imigrantes moradores da cidade, cerca de 22% da população. Durante a campanha de Zapatero, do Partido Socialista Operário Espanhol, ele foi convocado para endurecer o discurso "de esquerda" em relação à imigração, fazendo contraponto a Mariano Rajoy, líder dos conservadores do Partido Popular. Cumpriu a tarefa com louvor, ganhou o ministério e não parou de afiar o discurso. "Quando um país chega a um amplo contingente de imigrantes, o Estado de bem-estar se debilita", defende Gorbacho. Pela contabilidade do ministro, com uma quantia de 10 mil euros (o equivalente a R$ 25 mil), muitos imigrantes teriam condições de recomeçar a vida em seu país de origem. A quantia não parece nem um pouco tentadora para o casal Márcio Luiz Ferreira de Souza e Juparaneza Anita Santana, a Nina, ambos com 45 anos. Durante viagem a Madri, para que Nina renovasse o passaporte no consulado do Brasil, eles disseram que dificilmente trocariam a vida que levam em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, pelo Brasil. Souza, que era caminhoneiro em Belo Horizonte e trabalha atualmente na construção civil, conta

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que, em Las Palmas, eles moram em um apartamento bem localizado, de três quartos. "Em Belo Horizonte, por mais que eu trabalhasse, isso seria impossível", compara.

Ao contrário de Michelle, ambos têm situação legalizada na Espanha. A condição menos confortável não desanima a brasileira, que trabalha como garçonete e pretende se regularizar em breve, por meio do casamento com o namorado espanhol. No futuro imediato, planeja voltar a estudar, já que abandonou no último ano a faculdade de música no Recife. "Não nasci para ser garçonete", diz. "Também não faço o tipo que junta dinheiro para voltar ao Brasil, abrir uma padaria e ser feliz." É nessa arena, com imigrantes determinados a fincar raízes na Espanha, que o governo Zapatero toureia a própria meta de diminuir o número de estrangeiros no país. http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2018/artigo94881-1.htm

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JUDICIÁRIO

Jurisprudência - Gomes de Barros: STJ sofreu desvio de direção(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B8 Direito & Justiça)

DA REDAÇÃO

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, manifestou preocupação com a forma como corte vem desempenhando suas funções. De acordo com ele, cabe ao tribunal Ao STJ coube a missão de dizer, em última instância, o que determinam as leis federais. "No entanto, nós não estamos fazendo isso. O STJ sofreu um desvio de direção que o transformou num tribunal de terceira instância", afirmou. As considerações do ministro são manifestadas a poucos dias de ele se aposentar pelo advento da aposentadoria compulsória no serviço público aos 70 anos de idade.

O ministro explicou que a criação do STJ é resultado de uma cisão do Supremo Tribunal Federal, que ficou com a missão de interpretar, em última instância, a Constituição Federal. Na avaliação de Gomes de Barros, a corte precisaria se fortalecer sua missão constitucional de uniformizar a jurisprudência e de dizer como a lei federal deve ser aplicada. A manutenção da jurisprudência também é outro motivo de aflição para o ministro. Ele está preocupado com as discussões travadas nas sessões de julgamento. Muitas vezes, novos ministros questionam os entendimentos já firmados pela corte. "A jurisprudência é do STJ e não dos ministros. As regras do jogo precisam ser mantidas."

imposto. Segundo o Gomes de Barros, não é aceitável que o tribunal afirme durante anos, por exemplo, que um imposto incide em determinada operação e, de repente, diga que a orientação estava errada. "Isso é brincar de "banana boat" com o contribuinte. Depois de seguir reto em uma direção, o piloto da lancha dá uma virada brusca para derrubar todos os que estão em cima da banana. Nós temos feito isso com o contribuinte", comparou o ministro. "O STJ foi concebido como um farol e não como uma bóia à deriva. Ele precisa indicar ao navegante, ao cidadão, qual é o caminho. Mas esse caminho há que ser definitivo."

Na avaliação do presidente do STJ, os magistrados precisam ter consciência de que a segurança jurídica não é apenas um princípio, mas um bem fundamental do cidadão. Para o ministro Humberto Gomes de

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Barros, se a sociedade e os costumes sofreram alterações ao longo do tempo, não é o Judiciário que deve mudar a interpretação da lei. Cabe ao Congresso Nacional mudar a própria lei.

PALESTRA. Gomes de Barros proferirá nesta sexta-feira palestra no Rio de Janeiro, sobre as mudanças no trâmite de recursos repetitivos no STJ. A apresentação será às 14 h, na sede da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperj), localizada na Rua Rodrigo Silva, número 26, 8º andar, Centro.

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Gomes de Barros: Jurisprudência do STJ deve funcionar como um farol(STJ – 11.07.2008)

A poucos dias de se aposentar, o ministro Humberto Gomes de Barros, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), manifestou preocupação com a forma como Tribunal vem desempenhando suas funções. Ele afirmou que a criação do STJ é resultado de uma cisão do Supremo Tribunal Federal, que ficou com a missão de interpretar, em última instância, a Constituição Federal. Ao STJ coube a missão de dizer, em última instância, o que determinam as leis federais. “No entanto, nós não estamos fazendo isso. O STJ sofreu um desvio de direção que o transformou num tribunal de terceira instância”, lamentou.

Para o ministro Humberto Gomes de Barros, o STJ precisa fortalecer sua missão constitucional de uniformizar a jurisprudência, dizer como a lei federal deve ser aplicada. A manutenção dessa jurisprudência também é motivo de aflição para o ministro. Ele está preocupado com as discussões travadas nas sessões de julgamento. Muitas vezes, novos ministros questionam os entendimentos já firmados pela corte. “A jurisprudência é do STJ e não dos ministros. As regras do jogo precisam ser mantidas.”

Para o ministro Humberto Gomes de Barros, não é aceitável que o Tribunal afirme durante anos, por exemplo, que um imposto incide em determinada operação e, de repente, diga que a orientação estava errada. “Isso é brincar de ‘banana boat’ com o contribuinte. Depois de seguir reto em uma direção, o piloto da lancha dá uma virada brusca para derrubar todos os que estão em cima da banana. Nós temos feito isso com o contribuinte”, comparou o ministro. “O STJ foi concebido como um farol e não como uma bóia à deriva. Ele precisa indicar ao navegante, ao cidadão, qual é o caminho. Mas esse caminho há que ser definitivo.”

De acordo com o presidente do STJ, os magistrados precisam ter consciência de que a segurança jurídica não é apenas um princípio, mas um bem fundamental do cidadão. Para o ministro Humberto Gomes de Barros, se a sociedade e os costumes sofreram alterações ao longo do tempo, não é o Judiciário que deve mudar a interpretação da lei. Cabe ao Congresso Nacional mudar a própria lei.

http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=88261

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STJ já tem 357 súmulas: Importante instrumento jurídico adotado pelo direito brasileiro desde 1963, a súmula de jurisprudência dominante é utilizada para garantir a segurança jurídica,

promover a celeridade processual e evitar a multiplicação de processos sobre questões idênticas.(STJ – 11.07.2008)

Importante instrumento jurídico adotado pelo direito brasileiro desde 1963, a súmula de jurisprudência dominante é utilizada para garantir a segurança jurídica, promover a celeridade processual e evitar a multiplicação de processos sobre questões idênticas. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pela uniformidade da interpretação da lei federal no Brasil, conta, atualmente, com 357 súmulas, sendo 353 publicadas e quatro aprovadas, mas pendentes de publicação.

Segundo o ministro Fernando Gonçalves, diretor da Revista do STJ, é muito importante que a coletividade tenha conhecimento de como o Tribunal decide a respeito dessa ou daquela controvérsia que afeta o modo de vida das pessoas. “É essencial a divulgação do entendimento dominante no STJ. As súmulas são uma orientação para o Tribunal e para as demais instâncias. Se você tem um caso que é sumulado, você já tem uma orientação da instância superior”, ressaltou o ministro.

O termo “súmula” é originário do latim sumula, que significa resumo. No Poder Judiciário, a súmula é um resumo das reiteradas decisões proferidas pelos tribunais superiores sobre uma determinada matéria. Com ela, questões que já foram exaustivamente decididas podem ser resolvidas de maneira mais rápida mediante a aplicação de precedentes já julgados. “Se a matéria for objeto de súmula, o caso pode ser decidido monocraticamente. Assim, agiliza sobremaneira a atividade jurisdicional. Tanto é que hoje existe a súmula vinculante no Supremo Tribunal Federal. O importante dessas publicações é que vem o verbete e também os precedentes que deram origem a ela”, assinalou o ministro Fernando Gonçalves.

Aprovação No STJ, as súmulas são aprovadas pela Corte Especial ou por qualquer das suas três Seções. Elas versam sobre diversas matérias que foram objeto de repetidas decisões das seis turmas que compõem o Tribunal. As súmulas abrangem questões de natureza processual e também estabelecem limites e requisitos para a admissão de certos tipos de recursos no âmbito do STJ.

Na última sessão de julgamentos da Primeira Seção, realizada no dia 25 de junho, foram aprovadas novas quatro súmulas (354 a 357), ainda pendentes de publicação. A relatora dos projetos foi a ministra Eliana Calmon.

A súmula 354 baseou-se no entendimento firmado de que a comprovação da produtividade do imóvel expropriado, embora não se possa efetivar dentro do feito expropriatório, pode ser buscada pelas vias ordinárias. Concluiu-se, daí, que eventuais invasões motivadas por conflito agrário ou fundiário de caráter coletivo podem, sim, alterar o resultado das demandas dessa natureza, mesmo após concluída a vistoria administrativa, em prejuízo do direito que tem a parte expropriada de comprovar que a sua propriedade é produtiva, insuscetível, portanto, de desapropriação para fins de reforma agrária, nos termos do artigo 185, II, da Constituição Federal. O enunciado da súmula é este: “A invasão do imóvel é causa de suspensão do processo expropriatório para fins de reforma agrária” (Referências: RESP 819.426/GO, RESP 893.871/MG, RESP 938.895/PA, RESP 590.297/MT e RESP 964.120/DF).

A súmula 355 tem por enunciado o seguinte: “É válida a notificação do ato de exclusão do Programa de Recuperação iscal (Refis) pelo Diário Oficial ou pela internet.” (Referências: Lei nº 9964/2000, Resolução nº 20/2001 do Comitê Gestor, RESP 778.003/DF, RESP 976.509/SC, RESP 638.425/DF e RESP 761.128/RS). Essa jurisprudência baseou-se no entendimento de que a Lei n. 9.964/00, criada para regular o Programa de Recuperação Fiscal (Refis), em seu artigo 9º, III, é expressa ao consignar que a notificação da exclusão do devedor será feita por meio do Diário Oficial e da Internet.

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Já a súmula 356 reconheceu a legalidade da cobrança da assinatura básica mensal por considerar que a tarifação tem amparo na legislação. Isso porque a cobrança tem origem contratual, além de ser destinada à infra-estrutura do sistema. O seu enunciado: “É legítima a cobrança de tarifa básica pelo uso dos serviços de telefonia fixa.” (Referências: RESP 911.802/RS, RESP 870.600/PB, RESP 994.144/RS, RESP 983.501/RS e RESP 872.584/RS).

Ao se discutir a discriminação dos pulsos excedentes e a identificação das chamadas de telefone fixo para celular, a Seção firmou o entendimento de que há uma determinação no Decreto n. 4.733/2003, artigo 7º, no sentido de que, a partir de 1º de janeiro de 2006, "a fatura das chamadas locais deverá, com ônus e a pedido do assinante, ser detalhada quanto ao número chamado, duração,valor, data e hora de cada chamada”. Em síntese, a cobrança dos pulsos além da franquia e a ausência do detalhamento estão amparadas pelas regras do nosso ordenamento jurídico dirigidas ao sistema de concessão de serviços públicos para exploração de telecomunicações.

Assim sendo, aprovaram a súmula 357, cujo enunciado é este: “A pedido do assinante, que responderá pelos custos, é obrigatória, a partir de 1º de janeiro de 2006, a discriminação de pulsos excedentes e ligações de telefonia fixa para celular.” (Referências: Lei n. 9472/1997, Decreto nº 4733/2003, RESP 925.523/MG, RESP 963.093/MG, RESP 1.036.284/MG e RESP 975.346/MG).

http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=88277

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MARÍTIMO

Navegação - FMM sem verba para financiar estaleiros: Pedidos de R$ 3,3 bi se acumulam desde dezembro do ano passado e ajuda do BNDES é incerta. Déficit estimado é usperior a R$ 1 bilhão

(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. A4 Economia)

BRUNO VILLAS BÔAS - DO JORNAL DO COMMERCIO

O Fundo da Marinha Mercante (FMM), principal fonte de fomento da indústria naval brasileira, está sem recursos para atender a novos pedidos de financiamento para construção de navios e estaleiros, que já somam cerca de R$ 3,3 bilhões. Os pedidos se acumulam desde dezembro do ano passado e, uma vez aprovados, poderão provocar um déficit estimado em mais de R$ 1 bilhão ao ano no caixa do fundo a partir de 2010.

Entre os pedidos temporariamente parados no fundo estão projetos considerados prioritários pelo governo e previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É o caso de três navios gaseiros da Transpetro, empresa de logística da Petrobras, que serão construídos no estaleiro Itajaí, de Santa Catarina. Também estão parados empréstimos para construção de mais de 20 barcos de apoio e a ampliação do Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco, entre outros.

Pelo que existe hoje aprovado, o Departamento do FMM projeta um superávit de R$ 400 milhões em 2010, valor que não considera os novos pedidos que aguardam financiamento desde dezembro, quando ocorreu a última reunião do Conselho do FMM. Segundo a diretora do fundo, Débora Teixeira, o governo não trabalha, contudo, com a hipótese de déficit. Isso porque projetos que excedam a capacidade de financiamento simplesmente não serão aprovados.

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"Não podemos aprovar novos pedidos de empréstimo sem garantia de que teremos recursos para honrar os eventos. Isso seria, inclusive, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal", explica a diretora, que se reunirá na próxima semana, em Brasília, para discutir soluções para o fundo. "Nós estamos otimistas, no entanto, em relação a encontrarmos novas fontes de recursos para o fundo, de forma a atender à demanda do mercado", acrescenta.

Os pedidos de financiamento do fundo são encaminhados ao Departamento do FMM, onde um conselho analisa o projeto e concede ou não uma carta de prioridade, com a qual a empresa interessada tem acesso aos agentes financeiros que operam o fundo, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil. Esses agentes são responsáveis pela aprovação do financiamento e repasse dos recursos.

CARTA DE PRIORIDADE. Débora explica que a previsão de superávit do fundo leva em consideração todos os pedidos de financiamento que receberam a carta de prioridade. Parte desses pedidos, contudo, pode ser recusada em uma análise posterior nos agentes financeiros. Alguns projetos também acabam atrasando, como no caso dos navios da Transpetro. "Isso quer dizer que poderemos ter uma folga maior no caixa em 2010", explica.

O primeiro ano de déficit do fundo era inicialmente projetado para 2007, mas o atraso na contratação dos navios petroleiros da Transpetro - que ainda tem parte das encomendas pendentes com os estaleiros - empurrou essa previsão para frente. O aumento da arrecadação com adicional cobrado sobre os fretes marítimos, origem dos recursos do fundo, também contribuiu para prorrogar um possível início de déficit do fundo.

O Ministério dos Transportes, responsável pelo fundo, tem buscado uma solução no BNDES. A idéia é receber recursos do FAT Constitucional, fonte dos empréstimos do banco. O Ministério dos Transportes e o BNDES assinaram, em meados do ano passado, um convênio sobre o tema, mas não se chegou até aqui a um acordo sobre quanto o banco poderia ceder ao fundo. O montante solicitado pelo ministério, na época do convênio, foi de R$ 3 bilhões.

Procurado pelo Jornal do Commercio, o BNDES confirmou que ainda está em negociação com fundo, mas frisou que, neste momento, também enfrenta escassez de recursos, resultado do ciclo de investimento da economia brasileira. "Nossa disposição é de conversar com Ministério dos Transportes e demais agentes financeiros do FMM para encontrar alternativas que permitam a continuidade de financiamentos", comunicou o banco ao jornal.

O secretário de Fomento do Ministério dos Transportes, Pedro Costa Carvalho, confirma que os atuais pedidos de financiamento não serão aprovados enquanto a questão não for solucionada. "Foi uma decisão do Conselho do FMM não aprovar nenhum novo pedido até resolver as pendências", diz o secretário do Ministério dos Transportes. "O fundo terá dificuldades de atender a essa demanda sozinho. Precisa de novas fontes de recursos."

MINISTÉRIO. Carvalho explica que, de imediato, o Ministério dos Transportes pediu ao BNDES que financie diretamente um dos empreendimentos que aguardam aprovação de recursos. O Estaleiro Atlântico Sul (AES), em construção em Pernambuco, tem um pedido de R$ 400 milhões no fundo, segundo informou o secretário. As taxas praticadas pelo BNDES são, no entanto, superiores às do FMM em até 3 pontos percentuais ao ano, o que pode inviabilizar a proposta.

O FMM não revela o volume de recursos que serão necessários para atender aos pedidos de financiamento hoje parados e também os que ainda serão solicitados a partir de 2010. Segundo avaliação de fontes, esse adicional será de, no mínimo, R$ 1 bilhão ao ano. Na próxima semana, uma reunião em Brasília discutirá soluções para a questão, que tem envolvido o Ministério da Fazenda, a Casa Civil e o Ministério dos Transportes.

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Segundo Débora Teixeira, o governo espera solucionar a questão antes da próxima reunião do Conselho do FMM, que é presidido pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. O Conselho do FMM deverá se reunir no final deste mês ou início do próximo. Ela não soube dizer, contudo, se algum projeto poderá ser aprovado, respeitando o superávit de R$ 400 milhões projetados, caso novas fontes de recursos não sejam viabilizadas até lá.

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MINERAÇÃO

Meio Ambiente - Ibama aplica multa à Vale: Mineradora é acusada de venda ilegal de madeira (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. A19 Vida&)

Rio

A mineradora Vale foi multada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 5 milhões sob a acusação de vender ilegalmente cerca de 9 mil m3 de madeira in natura e pelo depósito ilegal de 612 m³ de madeira em tora, em Paragominas (PA).

O diretor de Meio Ambiente da Vale, Luiz Claudio Castro, negou a acusação de venda ilegal de madeira, mas admitiu que houve um “erro de cálculo”. Segundo ele, a Vale apresentou em 2005 pedido à Secretaria do Meio Ambiente do Pará para extrair até 11 mil m3 de madeira e obteve autorização em setembro de 2006, mas extraiu “apenas 2,7 mil m3 porque a estimativa inicial estava errada”. Por isso, o Ibama encontrou um volume de madeira menor que o esperado no pátio da companhia, e presumiu que o excedente havia sido vendido, alegou a Vale.

A mineradora informou que os dois funcionários responsáveis pelo cálculo - um técnico e um gerente - foram demitidos. “O erro é grave, e acabou gerando um mal-entendido com o Ibama. Não houve má-fé”, afirmou Castro. Segundo ele, a empresa pode provar que árvores não foram derrubadas e vai procurar o Ibama para apresentar a justificativa e “tentar chegar a um consenso para que a multa seja cancelada”. “Se for necessário, vamos recorrer administrativamente.”

CARVÃO

A multa foi anunciada na véspera de um evento organizado pela empresa para divulgar um prêmio na área ambiental. O objetivo do prêmio é nomear seis espécies botânicas descobertas na reserva de 22 mil hectares que a empresa mantém em Linhares (ES).

Também está prevista para hoje a assinatura pelo presidente da mineradora, Roger Agnelli, e pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de um documento no qual a Vale se compromete oficialmente a vender minério de ferro somente a pequenos produtores e siderúrgicas que comprovem a origem legal da madeira e do carvão que utilizam. Há um mês, Minc anunciou multas aplicadas por uso ilegal de carvão que totalizaram R$ 414 milhões - dos 60 punidos, 34 eram clientes da Vale.

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Erro técnico leva Ibama multar a Vale(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 2 Financeiro)

O diretor de Sustentabilidade da Vale, Luiz Claudio Castro, contestou as multas de mais de R$ 5 milhões aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao afirmar que um erro técnico da empresa teria levado a distorções encontradas pelo Ibama."Foi um erro técnico associado a um inventário florestal de 2005, um equívoco lamentável que gerou um mal-entendido", disse. Em 2005 a Vale obteve autorização da Secretaria de Meio Ambiente do Pará para retirar até 11 mil metros cúbicos de madeira, no entanto, retirou menos de um quarto desse total, segundo a mineradora.

"O Ibama presumiu que o fato de ter um inventário florestal autorizando a retirada de 11 mil metros cúbicos e terem encontrado 2,7 mil metros cúbicos, significa que teríamos vendido os demais. Mas isso não aconteceu. Não é essa a linha de atuação da Vale. Não vivemos de madeira", disse Castro.

Na avaliação do responsável pela operação do Ibama, Paulo Maués, o possível "erro técnico" não justifica a divergência encontrada pelos fiscais. "Se a Vale apresentou esse dado para o órgão ambiental do estado para obter autorização, então houve má-fé da empresa e ela vai ter que responder por isso", argumentou.

O inventário, segundo Castro, é feito por amostragem, e considera 14% da área total de 358 hectares do empreendimento de mineração de bauxita. O inventário é como um senso demográfico, só que a amostra escolhida na ocasião estava muito longe de ser semelhante ao todo, o que gerou distorções e a discrepância de números. Era muito concentrada. Segundo o coordenador do Ibama, "até que se prove o contrário, está faltando madeira lá".

Na avaliação do diretor da Vale, o Ibama foi muito cartesiano na ação. Castro anunciou que a mineradora irá contratar uma empresa independente para refazer o inventário e, inclusive, verificar se há falhas em outros documentos para empreendimentos da Vale na região.

"Vamos sentar com o Ibama, mostrar os números, demonstrar o que aconteceu, ouvir os pontos de vista. Temos certeza que a multa será cancelada, disse. Eventualmente iremos recorrer administrativamente", acrescentou.

Segundo Paulo Maués, "não há nenhuma hipótese" de cancelamento imediato da autuação. "A multa só pode ser cancelada por meio de processo administrativo", frisou. "Se houve apresentação de dados errados, a empresa vai ter que se explicar judicialmente", acrescentou. A Vale informou que os responsáveis pelo mal-entendido foram desligados da empresa.

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Siderurgia - Diminuição da produção de alumínio chinês elevará preços: Decisão de diminuir em 500 mil toneladas a produção é causada por falta de energia; Brasil não tem produção suficiente

para ocupar o espaço(DCI 11.07.2008 p. A7 Indústria)

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SÃO PAULO - As principais produtoras de alumínio da China, maior produtora do mundo do metal, irão reduzir sua fabricação em até 10% para atenuar a escassez de energia elétrica do país. "A conseqüência imediata será uma elevação mundial dos preços do alumínio", prevê o coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira de Alumínio (Abal), Aldo Albanese. "Esse é o vetor que mais terá impacto", afirma.

Apesar da diminuição da produção chinesa, o Brasil não deverá expandir as suas exportações. "Para novas fábricas de alumínio são necessárias ofertas atrativas de energia e no Brasil não existe essa oferta; esse é um imenso gargalo para o setor", afirma Albanese, que também é conselheiro da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). De acordo com o executivo, a produção nacional de alumínio só se expandirá quando "o governo perceber que energia é uma questão estratégica". "Só assim poderemos ter novas fábricas de alumínio funcionando", afirma.

O especialista também explica que ainda será necessário verificar como o mercado mundial irá reagir ao aumento do preço do commoditie. "Temos que verificar quanto da elevação é realmente devido à diminuição da produção chinesa", explica. Logo após o anúncio, o preço do alumínio subiu até 5,3 por cento, para 3.360 a tonelada, na Bolsa de Metais de Londres.

O acordo entre as empresas signatárias, que respondem por 70% da produção chinesa, aprovado junto ao Ministério do Comércio e à Associação Chinesa da Indústria de Metais Não-Ferrosos, irá contribuir para aliviar o sexto ano de escassez de energia elétrica na China. A energia empregada semanalmente pelas fundições chinesas de alumínio é suficiente para abastecer mais de dois milhões de pessoas durante um ano. A energia elétrica responde por 30% a 40% do custo da produção de alumínio. Com a decisão serão retirados do mercado pelo menos 500.000 toneladas de produção. A China produziu 12,6 milhões de toneladas no ano passado.

O pacto entre as produtoras chinesas ocorreu em um momento em que o país está próximo de sofrer uma escassez de energia elétrica causada pelo crescimento econômico do país que alcançou, em média, mais de 10% ao ano nos últimos cinco anos.

Produção brasileira

O Brasil produz atualmente 1,6 milhões de toneladas de alumínio primário e recicla aproximadamente 300 mil toneladas. No ranking mundial de produção do metal, o País configura em sexta colocação, atrás da China Rússia, EUA, Canadá e Austrália.

O consumo doméstico de alumínio cresceu 19,4% no primeiro trimestre deste ano, totalizando 255,3 mil toneladas. Em igual período em 2007 foram consumidas 213,9 mil toneladas, de acordo a Abal.

A entidade prevê que serão consumidas 1.074 mil toneladas este ano, 14% a mais de todo o consumo nacional em 2007, que somou 918 mil toneladas.

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Ambiente - Ibama multa Vale por venda de madeira, mas empresa contesta: Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da companhia garante que aconteceu erro técnico em inventário

entregue ao instituto em 2005(DCI 11.07.2008 p. A8 Indústria)

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SÃO PAULO - A Vale foi multada em mais de R$ 5 milhões pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que acusa a mineradora pela venda ilegal de 9.500 metros cúbicos de madeira in natura e também pelo depósito ilegal de 612 metros cúbicos de madeira em tora, no município de Paragominas, no Pará, onde está situada a sede do Projeto Carajás.

A Vale contestou ontem a multa, afirmou que "ocorreu um erro técnico" no inventário entregue ao Ibama em 2005 e nega que tenha comercializado ou armazenado madeira de forma ilegal.

"Iremos sentar com o Ibama e mostrar os dados e os números para tentarmos chegar em um consenso", afirmou o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Vale, Luiz Cláudio Castro. Apesar de acreditar que a multa será cancelada, o diretor disse que uma alternativa será entrar com um recurso administrativo no próprio Instituto.

Segundo a empresa, há três anos ela realizou um inventário para levantamento da vegetação de uma área de 358 hectares no município do Pará. O estudo foi realizado em uma área correspondente a 14% do total. "O ideal seria usar como amostragem cerca de 20% em regiões menos concentradas e mais espalhadas pelo território", afirmou Castro.

O levantamento tinha como objetivo subsidiar pedido de autorização de supressão vegetal, à Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Sema), para início da operação da mina de bauxita de Paragominas.

A Vale obteve autorização, em setembro de 2006, para retirar até 11 mil metros cúbicos de madeira da região. "O que aconteceu foi que a área só tinha 2.700 metros cúbicos de madeira e o Ibama presumiu que nós teríamos vendido ilegalmente o restante", afirmou Castro. Segundo o executivo, a Vale assume o erro técnico associado ao inventário que foi entregue ao Ibama, mas garante que não houve desmatamento.

O erro aconteceu, segundo Castro, porque foi analisada uma área com uma alta concentração de árvores. "Quando passamos o número para a área total, a projeção ficou distorcida", afirmou. Esse fato teria levado a empresa a superestimar a quantidade de madeira da região. "O número foi equivocado e gerou um grande mal entendido com o Ibama".

Demissão

A empresa informou que decidiu desligar os responsáveis pelo inventário que gerou a confusão e que irá contratar uma empresa independente para rever os inventários já realizados na região. "Queremos evitar novos mal-entendidos", disse o diretor de Meio Ambiente da Vale. O executivo também ressaltou que a Vale não comercializa a madeira que é extraída, mas sim a doa para projetos sociais.

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Ambiental - Ibama multa Vale em R$ 5 milhões: Mineradora nega venda de madeira e demite culpados por multa do Ibama

(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. A10 Direito Corporativo)

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a mineradora Vale do Rio Doce em mais de R$ 5 milhões por depósito e venda ilegal de madeira em Paragominas, sudeste do Pará. De acordo com o Ibama, a Vale teria comercializado 9,5 mil metros cúbicos de madeira in natura e mantinha outros 612 metros cúbicos de madeira, em toras, num depósito. A quantidade é suficiente para encher 15 caminhões. A companhia também foi autuada por não apresentar registro no Cadastro Técnico Federal (CTF) do Ibama e não ter apresentado os relatórios do CTF referentes aos anos de 2006 e 2007. Em nota, o Ibama disse que a Vale "precisa desmatar muitas áreas verdes para avançar suas frentes de lavra e essa atividade gera volumes de madeira de diversas essências".

Mal entendido

A Vale, por sua vez, negou ontem que esteja envolvida em venda ilegal de madeira no Pará. A companhia vai tentar cancelar a cobrança junto ao órgão e provar que tudo não passou de um erro técnico, informou um executivo da mineradora. "Vamos conversar com o Ibama e expor nossos pontos, mostrar que tudo não passou de um mal entendido e tentar resolver de forma consensual", disse o diretor de meio ambiente e sustentabilidade da Vale, Luiz Cláudio Castro. Segundo Castro, a acusação foi baseada em inventário feito pela Vale em 2005 sobre a área que seria desmatada para a extração de bauxita em Paragominas, mas que segundo ele foi superavaliada pelos técnicos da companhia. Sem citar nomes, Castro informou que os empregados envolvidos no erro, inclusive um gerente, foram demitidos da empresa. "A gente previa nesse inventário que íamos ter que retirar dessa área 11 mil metros cúbicos de madeira, só que deu 2,7 mil, o Ibama chegou e perguntou, cadê o resto da madeira? não tem...então houve suposição de que a Vale estaria envolvida na venda da madeira, o que é um absurdo", disse o executivo. A Vale irá contratar uma empresa independente para rever os inventários já realizados na região e enviar para os órgãos ambientais.

(Agência Brasil e Reuters)Retornar ao índice de assunto

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Ofertas Públicas - Reservas de varejo da Vale começam hoje(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. B3 Gazeta Investe)

Investidores de varejo que queiram participar da oferta pública primária (contendo novas ações) da Vale terão de apressar-se. O período de reservas, que começa hoje, já terminará na próxima terça-feira, dia 15. A lista contendo o nome das corretoras habilitadas para atuar como intermediárias nesse processo será divulgada hoje. O valor mínimo de investimento é de R$ 3 mil e o máximo, de R$ 300 mil. A oferta da mineradora compreenderá 421,3 milhões de ações, das quais 256,9 milhões ordinárias e as restantes 164,4 milhões do tipo preferencial. Caso haja excesso de demanda, um lote suplementar, com 15% das ações preferenciais da companhia, será emitido na operação. Caso isso ocorra, a oferta da Vale levantará mais de R$ 20 bilhões. O montante é baseado na cotação de fechamento das ações na sessão de ontem. Os atuais acionistas controladores da Vale terão prioridade na distribuição dos papéis. Entre 10% e 20% de cada classe de ação da companhia deverá ser destinado a investidores de varejo. O preço que as ações terão na oferta será divulgado no dia 16.

(Luciano Feltrin)

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Metais - Regras instáveis afastam as mineradoras de parte da AL: Países como Bolívia e Venezuela recebem pouco investimento

(Valor Econômico 11.07.2008 p. A11 Internacional)

Marcos de Moura e Souza

Dona de uma região que pode conter uma das maiores reservas de ouro da América Latina, a Venezuela deu um susto em investidores canadenses há três meses, ao anunciar que estava proibindo duas mineradoras do Canadá, a Crystallex e a Gold Reserve, de explorarem a área na reserva floresta de Imataca. A decisão derrubou as ações da Crystallex, que perderam dois terços do seu valor nas semanas seguintes, e acabou custando a cabeça do CEO da companhia. Mas então, no fim de junho, mudança de planos: as duas companhias informaram que Caracas estava prestes a rever a decisão. O papel da Crystallex dobrou de valor.

Idas e vindas regulatórias como essas passaram a fazer parte da rotina das empresas de mineração na Venezuela e a desencorajar investidores, justamente num momento em que os preços internacionais das commodities metálicas estão nas alturas e quando o país poderia amplificar sua capacidade de atrair de recursos.

A Venezuela não está sozinha. O Equador também está deixando de atrair capital para o setor de mineração. O país tem um potencial importante como produtor de cobre, mas está redefinindo completamente suas leis de mineração, em meio ao processo em curso de elaboração de uma nova Constituição. "Isso tem um custo. Os projetos que estavam lá e as possibilidades de investimentos estão sendo adiados ", disse ao Valor Juan Carlos Guajardo, diretor-executivo do Centro de Estudos do Cobre e Mineração (Cesco), entidade sediada em Santiago, no Chile.

"Na América Latina, quando falamos de mineração, existem hoje pelo menos dois grupos de países: os que estão promovendo o setor e incentivando investimentos e os que estão redefinindo o papel do Estado na exploração", avalia Guajardo. No primeiro grupo, estariam países líderes em produção de commodities metálicas na região, entre os quais Brasil, México, Peru e Chile. No segundo grupo, Guajardo inclui Equador, Venezuela, Bolívia e em menor medida, a Argentina.

Estimativas preliminares da Cesco sobre novos investimentos previstos em mineração na região para os próximos anos indicam uma preferência do capital em países com marcos regulatórios mais bem definidos, diz Guajardo.

O Chile, por exemplo, - que produz 5,5 milhões de toneladas de cobre por ano -, espera receber nos próximos cinco ou seis anos algo em torno de US$ 20 bilhões em investimentos privados e públicos. "Isso equivale a todo investimento estrangeiro no setor entre 1934 e 2007", diz ele. Para o Brasil, as estimativas são de investimentos de US$ 22 bilhões; enquanto no Peru (rico em prata, ouro cobre e zinco) e México (prata e cobre) a expectativa é de US$ 10 bilhões e US$ 6,5 bilhões, respectivamente.

Ontem, o diretor das operações da sul-africana Gold Fields, Juan Luis Kruger, disse que a empresa estuda dobrar as dimensões de sua exploração de ouro e cobre na mina de Cerro Corona no Peru - um empreendimento de US$ 450 milhões. A ampliação do projeto começaria logo no fim do ano, quando a mina deverá atingir sua plena capacidade de produção.

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A Cesco não tem números sobre investimentos em mineração na Venezuela, no Equador ou na Bolívia, mas Guajardo estima que nos dois primeiros os valores esperados são pouco representativos. No caso específico da Venezuela, o analista Germano Mendes de Paula - especialista na indústria do minério de ferro e siderurgia - lembra que o retrospecto de estatizações provoca um contexto de turbulências, que deixam os investidores cautelosos. Na Bolívia - onde mudanças de regras tiveram o mesmo efeito sobre entre investidores -, o principal projeto é o da mina de Mutún, uma das maiores de minério de ferro do mundo. A indiana Jindal Steel assinou em 2007 acordo de exploração que prevê investimentos de US$ 2,1 bilhões. Embora o contrato seja vultoso, a Bolívia segue atrás dos vizinhos em matéria de atração de recursos para explorar suas potencialidades minerais, diz Guajardo.

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Com mineradora, China estréia no mundo das aquisições hostis(Valor Econômico 11.07.2008 p. B9 Empresas - The Wall Street Journal Americas)

Laura Santini e Rick Carew, The Wall Street Journal, de Hong Kong

Ao vencer a dura batalha pelo controle de uma produtora australiana de minério de ferro, a trading de metais Sinosteel Corp. conseguiu ser a primeira empresa chinesa a concretizar uma aquisição hostil no exterior.

Ontem, a Sinosteel adquiriu um volume adicional de ações da Midwest Corp. que é suficiente para elevar sua participação na mineradora australiana para pouco acima dos 50%, segundo uma pessoa a par da negociação, numa transação que atribui à Midwest o valor de 1,36 bilhão de dólares australianos (US$ 1,3 bilhão).

A compra é o mais recente sinal da sofisticação crescente da China para assegurar recursos que alimentem o crescimento explosivo do país. A Sinosteel venceu a oferta concorrente da rival Murchison Metals Ltd., da Austrália, e conseguiu apoio das autoridades australianas para lidar com a tentativa de bloqueio do acordo feita por um fundo de hedge dos Estados Unidos.

Várias tentativas anteriores feitas pela China para comprar ativos no exterior acabaram em derrotas. A pior foi sofrida em 2005, quando a oferta de US$ 18,5 bilhões em dinheiro feita pela petrolífera Cnooc Ltd. para comprar a americana Unocal Corp. fracassou por causa de resistência política e inabilidade para a tomada de decisões rápidas em momentos cruciais.

No início deste mês, numa demonstração de uma nova perícia em fazer negócios, uma subsidiária da Cnooc conseguiu apoio para sua oferta de US$ 2,5 bilhões pela Awilco Offshore ASA, companhia norueguesa de serviços petrolíferos. Quando o acordo foi anunciado, a empresa chinesa já tinha assegurado o voto a favor de dois grandes acionistas da Awilco que, juntos, possuem 40% dela, além da recomendação do seu conselho.

O apetite da China por commodities está levando o volume dos seus investimentos no exterior a novas alturas. Neste ano, até o momento, as empresas chinesas adquiriram ativos estrangeiros no valor total de US$ 42,6 bilhões, quase o dobro do que investiram no ano passado, segundo dados da Dealogic. Acordos relacionados a recursos naturais contribuíram com uma grande parte desse aumento.

Até recentemente, as empresas chinesas procuravam ficar com participações minoritárias em vez de buscar o controle direto de companhias estrangeiras. Em fevereiro, a Aluminum Corp. of China,

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conhecida como Chinalco, juntou-se à fabricante americana de alumínio Alcoa Inc. para adquirir 9% da mineradora anglo-australiana Rio Tinto por mais de US$ 14 bilhões.

A lentidão na tomada de decisões por parte de empresas estatais foi parcialmente responsável pelo fracasso da oferta da Cnooc pela Unocal em 2005. A Sinosteel, estatal não negociada em bolsa que extrai e comercializa minério de ferro e outros metais para siderúrgicas da China, conseguiu ser mais ativa em relação à Midwest. Com ações negociadas na Austrália, esta conta com um bom número de grandes investidores da Malásia e possui um punhado de projetos de exploração ou em fase preliminar no Estado de Austrália Ocidental.

Huang Tianwen, diretor-geral da Sinosteel, mandou para a Austrália um executivo da empresa em Pequim, Wu Hongbin, a fim de que este supervisionasse as negociações, que levaram sete meses. A equipe de Wu tinha "autoridade para tomar decisões dia a dia e isso foi um fator-chave que a ajudou a ganhar num ambiente realmente dinâmico de concorrência", diz Alan Young, diretor administrativo do J.P. Morgan & Co., que assessora a Sinosteel. A Morgan Stanley assessorava a Midwest.

A Sinosteel também procurou as autoridades que regulamentam o mercado da Austrália, que terminaram por impedir que o fundo de hedge americano Harbinger Capital Partners votasse com a Murchison, que detém 10% da Midwest. As autoridades julgaram que o Harbinger, dono de 20% da Murchison, não podia agir em conjunto com a empresa para apoiar a oferta em ações desta pela Midwest.

A forte demanda mundial por commodities australianas como minério de ferro e carvão aumentou a projeção da Midwest e de uma geração inteira das chamadas mineradoras juniores. Um ano atrás, por exemplo, a ação da Midwest era negociada a 3,30 dólares australianos. Ontem ela fechou a 6,40 dólares australianos, dois centavos acima da oferta

feita pela Sinosteel.

Ao alcançar o porcentual que lhe deu o controle, a Sinosteel desferiu um golpe mortal na Murchison, que opera uma mina de minério de ferro na Austrália Ocidental vizinha de uma das minas da Midwest. A Murchison apresentou uma oferta em ações pela Midwest em outubro, aumentando-a quando a Sinosteel entrou na disputa.

Um porta-voz da Murchison reiterou ontem que a empresa não vai repassar seus 10% de participação na Midwest para a Sinosteel. O Harbinger também não deve vender suas ações, adquiridas por preço maior do que o da oferta da Sinosteel. Desde que a Murchison aumentou sua oferta, em maio, sua ação teve queda de 31% e fechou ontem a 2,80 dólares australianos.

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PENAL

Penal - Crimes virtuais passarão a ser punidos com novo projeto: Texto aprovado ontem pelo Senado traz novas perspectivas de punição com relação aos crimes virtuais; projeto volta para

Câmara com poucas alterações(DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

SÃO PAULO - O projeto de lei que tipifica as condutas criminosas praticadas na Internet, aprovado ontem pelo Senado, traz novas perspectivas de punição com relação aos crimes virtuais, segundo os advogados ouvidos pelo DCI. O texto agora volta para a Câmara dos Deputados, já que houve pequenas alterações, para ser definitivamente aprovado.

Segundo o advogado especialista em crimes cibernéticos David Rechulski, sócio do Rechulski e Ferraro Advogados, se o texto for aprovado como lei, haverá um grande avanço com relação a punição nestes crimes cometidos pela Internet. "Muitas destas condutas estavam no limbo. Não eram consideradas lícitas, mas não havia como caracterizar que são ilícitas", diz.

As empresas vítimas de fraudes cometidas por terceiros ou por um funcionário, por exemplo, terão como tipificar o crime com mais facilidade para que o infrator responda penalmente , de acordo com Rechulski .

Um dos casos que o advogado passou a assessorar esta semana poderia ser mais facilmente enquadrado em crime se o projeto de lei já fosse uma norma em vigor. Um funcionário de uma empresa acessou e alterou o cadastro de clientes modificando o nome de um deles pelo nome de um terrorista conhecido. Ao receber a nota, o cliente, ao ver a alteração, entrou em contato com a empresa que teve que fazer um acordo para que isso não resultasse em uma ação judicial. "Agora, a empresa que demitiu o funcionário quer que ele responda penalmente pelo ato. O caso é típico de uma sabotagem eletrônica, que agora passa a ser enquadrada no projeto, porém como o crime foi cometido antes da lei estar em vigor, vamos enquadrar como falsidade ideológica", diz.

Porém, o advogado ressalta que como a área penal não admite analogias, alguns casos ficam sem serem punidos porque não há a tipificação do crime, já que nem sempre há possibilidade de enquadrá-lo a crimes comuns.

Outra novidade que o projeto traz é a possibilidade de criminalizar a pessoa que envia vírus que causa perda ou captura de conteúdo de um computador. "Não podíamos enquadrar isso como crime de furto, porque o conteúdo digital não era considerado como uma coisa que pode ser furtada. Com o projeto de lei haverá a possibilidade de se responsabilizar criminalmente", diz.

De acordo com o advogado especializado em Internet, Rony Vainzof, sócio do Opice Blum advogados, além de trazer a possibilidade de punição para condutas que ainda não tinham como ser enquadradas, o projeto também traz mais responsabilidade para os provedores de Internet.

O texto traz a obrigação legal para os provedores em manter os dados dos usuários, como registros eletrônicos, número de IP, data e horário de conexão por um prazo de três anos. Se o provedor não conseguir fornecer estas informações, caso haja uma solicitação, está sujeito a uma multa entre R$ 2 mil e R$ 100 mil, além do eventual ressarcimento pelos danos causados às vitimas. " O nosso escritório, por exemplo, que agrega mais de 10 ações por semana, não já não tem tido problemas freqüentes com provedores para obter essas informações. Mas, com a regra, todos estariam obrigados a armazenar estes dados", diz .

Apesar do avanço que traz o projeto de lei, Vainzof acredita que faltou uma punição mais severa com relação a crimes contra honra cometidos pela Internet. "Uma divulgação de uma montagem pornográfica

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contra alguém via Internet, por exemplo, traz danos muito maiores do que uma difamação fora da rede e a pena para esses crimes é muito pequena se compararmos com o dano".

O advogado ressalta porém, que a melhor forma de coibir estes crimes por parte das empresas é a prevenção. "Deve haver uma preocupação maior em ter normas internas para limitar o acesso de seus funcionários a informações sigilosas", diz.

De acordo com a advogada especialista em Direito da Tecnologia, Simone Kamenetz, da Kamenetz & Haimenis Advogados Associados, a principal vantagem da lei é tornar mais claro o que se entende por crime na Internet. "`Precisamos de uma lei para regulamentar tudo isso, já que estamos reféns da tecnologia. Acredito que o texto deva ser aprovado pela Câmara dos Deputados", diz.

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PROPRIEDADE INTELECTUAL

Pirataria - Polícia Civil apreende 5,5 milhões de produtos piratas no Estado de SP (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. C1 Cidades)

Moacir Assunção

Quase 5,5 milhões de produtos piratas foram apreendidos pela Polícia Civil de São Paulo até o final da tarde de ontem, na Operação Capitão Gancho, de combate à pirataria. Entre as mercadorias estavam roupas, brinquedos, bonés, óculos e produtos eletrônicos, boa parte fabricada na China.

Cerca de 6,3 mil policiais participaram, em todo o Estado, da operação que se iniciou às 6 horas de ontem. Até um helicóptero e uma lancha foram usados na repressão ao crime de contrafação - nome técnico da pirataria. Oitenta e quatro pessoas foram presas por pirataria e crimes relacionados. As cidades em que mais houve apreensões foram a capital, Santos, Sorocaba, São José dos Campos e Ribeirão Preto.

Em São Paulo, foram estourados depósitos de produtos ilegais na região da Rua 25 de Março e na Rua Florêncio de Abreu, que abasteciam os camelôs do centro. No depósito da Florêncio de Abreu, foram apreendidos 1,5 milhão de itens. Somente em um dos shoppings populares da 25 de Março, outros 20 mil produtos falsificados foram apreendidos.

“O primeiro objetivo foi cumprido, que foi o de mobilizar o maior número possível de homens. E o segundo foi medir a capacidade de articular os setores de inteligência e reunir informações para levar adiante a operação”, explicou o delegado-geral Maurício Freire. Toda a cúpula da Polícia Civil e até mesmo o secretário da Segurança, Ronaldo Marzagão, monitoraram a operação.

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Contra a corrente: SMD, o formato mais barato de CD que o sertanejo Ralf lançou em 2005 para combater a pirataria, já atrai mais de mil artistas e vira opção para a geração MySpace

(Folha de São Paulo 11.07.2008 p. E1 Ilustrada)

BRUNA BITTENCOURTCOLABORAÇÃO PARA A FOLHARAQUEL COZERDA REPORTAGEM LOCAL

Se é a "saideira do CD", como sugerem alguns, ainda não dá para dizer. Mas o fato é que o SMD, o disquinho a R$ 5 que o sertanejo Ralf (da dupla com Chrystian) pôs no mercado há três anos, tem conquistado também músicos da geração MySpace, justamente aquela que disponibiliza músicas de graça na internet e faz questionar a sobrevivência do suporte físico para os álbuns.O Semi Metallic Disc, lançado em março de 2005 com o álbum "Chrystian & Ralf", fez Ralf Richardson da Silva ser tachado de louco e visionário por sua idéia de "matar os piratas".O formato simples -que consiste no CD com metal apenas nas faixas em que há gravações (o espaço não utilizado é só de plástico) e encartado num envelope em vez de numa caixinha- logo atraiu independentes de perfil popular, como grupos de gospel e de hip hop.Era tão barato que não valia a pena piratear (pode ter influenciado também o fato de a maior parte dos artistas que lançam no formato não ser exatamente o alvo dos piratas).Seja como cartão de visitas, seja para garantir alguns raros trocados em direitos autorais, passou então a atrair artistas cujas faixas podem ser ouvidas na rede, como Wado, Guizado e Lucas Santtana.Ralf entende o interesse desses músicos como sinal de que o formato físico está longe de morrer. "Veja, a gente vende uns 3.000 CDs da dupla por show. Como posso parar um show com 20 mil pessoas e falar: "Agora tirem a caneta que vou passar um site para vocês descerem as nossas músicas'?"Se ajuda na venda em shows, torna lucrar na distribuição uma missão quase impossível. Como o SMD já sai da fábrica com o preço R$ 5 estampado na capa -o custo unitário de produção pode ficar em torno de R$ 1,50, e os impostos, de R$ 0,50-, sobram cerca de R$ 3 por cópia para o músico pagar os direitos autorais de todos os envolvidos. Se incluir na conta a distribuição, o montante a ser dividido torna-se ainda menor."Nós negociamos o autoral sobre R$ 10, R$ 11, do valor de cada CD. Será que os autores e as editoras vão concordar com muito menos que isso?", questiona Jorge Lopes, diretor comercial da gravadora EMI.Ele lembra que as gravadoras vêm diminuindo o preço final do CD, principalmente no relançamento de catálogos. A EMI aposta no digipack, embalagem que substitui o tradicional acrílico por papelão, permitindo a venda por R$ 12,90. A Universal usa o similar musicpack, com preços de R$ 12,90 a R$ 16,90 na loja. "Não é a mídia que encarece o CD, e sim o marketing, o preço que se paga para um bom fotógrafo, por bons estúdios, por uma mixagem de qualidade", informa a assessoria de imprensa da Universal.

Acordo com camelôsA patente de Ralf para baratear os custos acaba criando barreiras. Jorge Lopes diz que a EMI, que hoje não tem interesse no formato, teria problemas caso quisesse usá-lo, já que tem contrato de fabricação com outra empresa -e o SMD só pode ser produzido pela Microservice. "O ideal seria a patente não ficar com um só fabricante."Criador nato de patentes bizarras (leia ao lado), Ralf mostrou-se um empreendedor com o SMD. "O que o disquinho me deu nem a dupla deu", admite. Logo após o lançamento, resolveu vencer os disseminadores da pirataria unindo-se a eles: fechou um acordo com o sindicato dos camelôs de São Paulo para que vendessem o formato.Em 2006, a patente recebeu o aval da Wipo (sigla em inglês da Organização Mundial de Propriedade Intelectual), agência da ONU que premia idéias de combate à pirataria. Fora do Brasil, o SMD é bem vendido entre artistas gospel na Califórnia (EUA) e bandas japonesas.

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O contrato de exclusividade por 20 anos assinado no fim de 2007 com a Microservice, a maior fabricante de CDs, DVDs e games na América Latina, deu o impulso que faltava. "Aumentou a credibilidade", avalia Ralf.O goiano não divulga nem deixa sua equipe reproduzir nenhum número de vendas, sob o argumento de que o SMD não é uma gravadora. "Seria falta de ética. Trabalhamos apenas o produto SMD, e não artistas, bandas etc.", informa Richard Silva, executivo de atendimento do Portal SMD, por e-mail, dias depois de seu chefe justificar a falta de dados com um "não gosto de números, eles tiram todo o sentimento".Ralf abre exceção para seus próprios números. Diz que "Chrystian & Ralf" (2005), o primeiro SMD a chegar ao mercado, vendeu 200 mil cópias -número similar ao do CD "Multishow ao Vivo no Maracanã", de Ivete Sangalo, que, conforme a ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Disco), foi o segundo CD mais vendido no país em 2007.

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Propriedade Industrial - Eli Lilly vai recorrer da negação de patente(DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

SÃO PAULO - O advogado da empresa Eli Lilly, Otto Licks, da banca Momsen, Leonardos, já adiantou que recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão da Justiça Federal que negou o direito a patente de um insumo para a fabricação do medicamento Gemzar usado no tratamento contra câncer.

Segundo Otto Licks, os desembargadores federais desconsideraram a validade de um tratado fixado na Rodada do Uruguai em 1994, que entrou em vigor no Brasil em 1995 por meio do Decreto nº 1.355, que estabelecia que todo produto poderia ser patenteável.

De acordo com a decisão, o tratado só teria validade após a Lei de Propriedade Industrial de 1996 que considerou patenteáveis os produtos alimentícios, químico-farmacêuticos e medicamentos. Nos casos anteriores só poderiam ser concedidas se houvesse um novo pedido de patente pipeline (vinda do exterior), o que não ocorreu.

De acordo com o advogado da empresa não seria o caso de pedir o registro de patente pipeline, já que o tratado garantia a patente para a Eli Lily e o registro pipeline exige que o produto não seja comercializado até que seja concedida a patente. "A empresa teria grandes prejuízos se tivesse que esperar cerca de oito anos, que seria o tempo médio para análise de uma patente no Brasil, sem usar esta tecnologia".

O pedido de patente do produto foi negado em 1998 pelo Instituto de Propriedade Industrial (INPI), decisão até agora mantida pela Justiça.

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Censura judicial, uma ameaça às biografias (Valor Econômico 11.07.2008 p. 21 Eu& Fim de Semana)

Do Rio

Para um editor experiente, biografias e livros de reportagem têm, em geral, retorno bem mais previsível do que outros gêneros. "Com personagem ou tema brasileiros, é mais fácil localizar o potencial leitor, divulgar o livro e até planejar a tiragem", diz Luciana Villas-Boas, diretora editorial da Record. Geralmente esses livros são sucesso, ou vendem mais que a média dos outros gêneros, o suficiente para satisfazer egos e contas bancárias de editores e autores. No Brasil, Fernando Morais e Ruy Castro são os repórteres de livros de maior sucesso.

Pois este é um filão que começa a ser considerado perigoso e corre sério risco de ter sua exploração interrompida. Biógrafos e repórteres continuarão existindo, mas a ameaça está no desaparecimento de editores.

Sérgio Machado, presidente da Record, Roberto Feith, da Objetiva, e Paulo Roberto Rocco, da Rocco, culpam a última versão do Código Civil e a interpretação que dele estão fazendo alguns advogados e até juízes pela tentativa de cerceamento do direito de os brasileiros conhecerem a própria história. Luciana Villas-Boas diz que, por causa de processos, as editoras começam a indagar-se se vale a pena continuar a publicar autores brasileiros. Nos Estados Unidos, informa, um autor de biografia não autorizada só sofre restrições se caluniar ou difamar. "No Brasil, não. O livro pode ser questionado mesmo que o publicado seja absoluta verdade."

É o caso, conhecido, de Roberto Carlos, que, com a cumplicidade da própria editora - a espanhola Planeta - conseguiu interromper a circulação da biografia escrita pelo jornalista Paulo César de Araújo, em que não há calúnia, injúria ou difamação do biografado e é até enaltecida a imagem do cantor. "Impedir que os brasileiros conheçam suas figuras públicas é deplorável censura", diz Feith. E Machado acrescenta: "Se o que acontece agora ocorresse no início da nossa independência, nada saberíamos do romance de d. Pedro e a marquesa de Santos."

Autor de "Morcegos Negros", livro publicado pela Record sobre PC Farias, Fernando Collor e máfias destas e outras paragens, o jornalista mineiro Lucas Figueiredo não temeu represálias de facções criminosas. "O que eu mais temia e ainda temo", diz, "são os oficiais de Justiça". Desde que o novo Código Civil, lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002, entrou em vigor, há uma interpretação mais ampla para o direito de imagem e a proteção à privacidade da que havia sido estabelecida pela Constituição de 1988. Agora, os oficiais de Justiça chegam de surpresa à casa dos autores ou ao endereço comercial das editoras para dar ciência de um processo em que alguém pede indenização por algo publicado em determinada biografia ou livro de reportagem ou, nos casos mais extremos, exige a proibição de sua publicação ou circulação.

Os querelantes são geralmente parentes de alguma das pessoas citadas nos livros e que, mobilizados por ágeis e vigilantes advogados, concordam em alegar que a exposição ou utilização da sua imagem, ou a do parente, atinge, como diz a lei no seu artigo 20, "a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destina a fins comerciais". E há um parágrafo único, que estabelece: "Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes". Ou seja, como não se estabelece até onde a ascendência ou descendência se estende, advogados já devem estar procurando descendentes da marquesa de Santos para capitular agravos à imagem familiar.

Cada editora tem diversos exemplos desses para contar. No caso de Lucas Figueiredo, foram juízes que se sentiram ofendidos. Caco Barcellos, com "Abusado", também da Record, que vendeu 90 mil exemplares, foi processado por alguém que se dizia retratado num personagem - secundário, no contexto - de apelido Olho de Gato. "Meu Nome não É Johnny", de Guilherme Fiúza, também teve problemas com a Justiça. Zuenir Ventura, no livro de ficção sobre a inveja que escreveu para a Objetiva,

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referiu-se a uma mulher acusada e condenada por um homicídio e cujo nome saíra, anteriormente. em toda a imprensa. O marido dela foi o autor da causa. Só Zuenir e a editora foram processados. Outro processo foi de um halterofilista que alegou ser sua uma gravura antiga publicada num livro do grupo Casseta e Planeta para a Objetiva. Queria indenização "pelo uso de imagem".

Dificilmente os querelantes conseguem uma vitória final e total na Justiça, mas os processos têm feito as editoras perder tempo e dinheiro. Os departamentos jurídicos das editoras são, no máximo, especializados em contratos comerciais e direitos autorais. Para tratar de indenizações e evitar a censura são necessários especialistas, geralmente caros, não só na situação de advogados litigantes, como de pareceristas.

Na Flip do ano passado, Ruy Castro e Fernando Morais participaram de uma mesa-redonda e conclamaram o público a mobilizar-se contra a censura. A mobilização não aconteceu, mas o ex-ministro da Fazenda, hoje deputado federal Antônio Palocci Filho (PT-SP) aproveitou a idéia e apresentou na Câmara um projeto que modifica especialmente a redação do parágrafo único do artigo 20 do Código Civil. Diz ele: "É livre a divulgação da imagem e de informações biográficas sobre pessoas de notoriedade pública ou cuja trajetória pessoal ou profissional tenha dimensão pública ou esteja inserida em acontecimentos de interesse da coletividade."

Editores acham que este é um caminho para a recuperação da sua liberdade de publicar - o que não exclui a responsabilidade de não caluniar. Mas constata-se que não há movimento no Congresso, nem mesmo do próprio autor, para acelerar a tramitação e a aprovação do projeto. (PT)

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Requisição judicial deve adiar efeito(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C4 TI & Telecom)

Embora considerem positiva a iniciativa do projeto do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), tipicando como crime as várias agressões efetuadas pela internet, as advogadas Alice Andrade Baptista e Gisele Truzzi, do escritório de direito digital Patrícia Peck Pinheiro Advogados, chamam a atenção para alguns reparos necessários ao texto do projeto de lei. Um dos pontos mais relevantes, que trata do artigo 22 , dispõe que o provedor de acesso depende de requisição judicial para poder conceder ou preservar informações de dados dos usuários (em especial o usuário que utilizou determinado IP em determinado dia e hora). Ora, desta forma, mesmo que notificado extrajudicialmente e ciente do dano que aquele usuário tenha causado, o provedor de acesso não poderá auxiliar a vítima de imediato. As conseqüências práticas são inúmeras, a começar do engessamento das respostas a incidentes (demora que inviabilize a manutenção das provas); a perda de informações no intervalo entre o crime e o recebimento da ordem judicial; a sobrecarga de trabalho ao judiciário e a necessidade da promoção de ação dispendiosa somente para identificar o usuário ou um pedaço do trajeto do IP do usuário; entre outros. Com a aprovação do projeto de lei no Senado, o próximo passo será passar pelo crivo da Câmara dos Deputados, onde o projeto será colocado em pauta para discussões e, caso seja aprovado sem reparos, deverá seguir para o Presidente da República, que poderá sancionar a lei ou vetá-la.

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É possível que o projeto de lei sofra emendas na Câmara. Se as emendas não forem somente na redação do projeto, mas de conteúdo (mérito), o projeto então retornará ao Senado para aprovação das emendas propostas

(Thaís Costa)

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Automóveis - GM não vai quebrar nem vender marcas, diz Wagoner (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B13 Negócios)

Dow Jones Newswires, Dallas

O presidente da General Motors, Rick Wagoner, rejeitou ontem a previsão feita na semana passada pelo banco Merrill Lynch de que a empresa poderia quebrar, se o mercado automobilístico americano continuar em declínio. De acordo com relatório do banco, a GM precisará conseguir até US$ 15 bilhões em dinheiro para reforçar sua liquidez e sobreviver à crise.

“Sob qualquer cenário que possamos imaginar, nossa posição financeira, ou posição de liquidez, permanecerão robustos até o restante deste ano”, disse Wagoner ontem. Segundo ele, a empresa tem US$ 24 bilhões em caixa e outros US$ 7 bilhões em créditos. Além disso, segundo ele, a GM a tem muitas opções para reforçar suas finanças depois de 2008, embora tenha evitado anunciá-las.

O executivo disse também que não tem planos para se desfazer de mais marcas da empresa, dizendo que o foco da companhia está exatamente no desenvolvimento de suas marcas para torná-las mais rentáveis e preencher as necessidades do consumidor.

Atualmente, a GM vende veículos sob oito diferentes marcas, mas a maioria - incluindo a Buick, Saturn e Saab - enfrenta dificuldade em atrair compradores, apesar de oferecerem novos modelos que custaram à GM milhões de dólares em desenvolvimento. A única marca que a empresa já decidiu vender é a Hummer, cujos carros, versões civis de carros usados em operações militares, tornaram-se símbolos do alto consumo de combustível em tempos de petróleo em alta.

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Patente: AstraZeneca mantêm patente de medicamento Seroquel(Migalhas – 11.07.2008)

O laboratório farmacêutico AstraZeneca conquistou os direitos de propriedade intelectual na corte americana sobre a exclusividade da patente do medicamento Seroquel (fumarato de quetiapina), no mercado americano até 2011.

A decisão é relacionada ao processo movido pelo laboratório israelense Teva Pharmaceutical Industries, juntamente com a parte de medicamentos genéricos da Novartis, a suíça Sandoz, que pretendiam atribuir irregularidades à patente da AstraZeneca.

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De acordo com Pedro Fialdini, sócio do escritório Fialdini Penna Tilkian Advogados, e advogado da empresa no Brasil, o objetivo do processo era viabilizar a fabricação de cópias do medicamento, antes do término oficial do prazo da patente.

"A questão não chegou a ser levada a julgamento, sendo a segunda vitória recente da AstraZeneca envolvendo patentes de seus produtos naquele país, uma vez que recentemente havia obtido êxito frente a um laboratório indiano para assegurar os direitos patentários do medicamento Nexium até 2014", explica Fialdini.

http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia.aspx?cod=64568

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SEGURO

Seguros - Previdência do Sul dobra receita e mira a baixa renda(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. B2 Finanças)

Comprada no final de 2006 pelo grupo familiar paranaense Consulfac Administradora e Participações Societárias, que atua também no ramo imobiliário, pecuária, educacional e hoteleiro, a tradicional seguradora gaúcha Companhia de Seguros Previdência do Sul (Previsul) nunca se expôs fortemente à competição no mercado. Com mais de 100 anos e até então controlada pela antiga Aplub, a empresa administrava confortavelmente uma carteira de 300 mil clientes com apólices de seguro de vida, seu principal produto, numa modalidade segura de comercialização com desconto em folha de funcionários públicos, semelhante aos atuais empréstimos consignados. Depois de mais de seis meses de gestão compartilhada com o antigo dono, período de transição, a Previsul foi assumida pelo novo grupo e está vindo ao mercado com cara nova. Sinal disso é o contrato de parceria assinado ontem em Curitiba com o Unibanco para colocar no mercado, a partir de setembro, a bandeira Visa no seu cartão de fidelidade, sem custo para os seus segurados e com limite de gastos de 10% do salário. Também fará patrocínio por um ano do Coritiba Foot Ball Club, time paranaense que voltou à primeira divisão do futebol brasileiro neste ano e a inauguração de nova sede em Curitiba. "Montamos uma estratégia agressiva de busca de corretores e conseguimos mais do que dobrar o nosso faturamento e o número de apólices", informa Ernesto Luis Pedroso Jr., o novo proprietário, que ocupa a presidência do Conselho de Administração da Previsul. Quando foi vendida, a empresa faturava perto de R$ 60 milhões anuais, operando em oito estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e Brasília). No ano passado chegou a um faturamento de R$ 123 milhões e uma carteira de 600 mil clientes. Tinha também 267 corretores e atualmente possui mais de 1.600. "Em 2008 vamos chegar a 700 mil apólices e chegar a R$ 160 milhões, e queremos atingir 1 milhão de apólices em dois anos", conta Pedroso Jr. "Estamos em busca de novos nichos de mercado e em 2009 vamos entrar na área de previdência privada oferecendo o produto aos nossos clientes, além de lançar seguros de vida mais populares para o público de baixa renda", acrescenta. Para dar sequência a este plano, a Previsul já desativou sua carteira de seguros elementares, já que a Susep não permite a operação simultânea deste produto com a previdência privada. "Nós viemos na contramão do mercado, que hoje é formado por conglomerados que engoliram empresas familiares", diz o executivo. "Somos uma empresa familiar que comprou uma empresa do setor e vamos começar a preocupar os grandes", assegura.

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No ranking do setor elaborado pela FGV/Fenaseg, a Previsul está entre as 20 maiores do País na área de seguros de vida. Seu segundo produto, acidentes pessoais, representa apenas 16,6% do faturamento da companhia.

(Norberto Staviski)

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Proteção - Resseguro atrai fundo de pensão(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B6 Seguros)

O presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), José de Mendonça, vê o resseguro como uma ferramenta capaz de beneficiar o segmento que representa. Segundo ele, os fundos de pensão buscam segurança e o resseguro é a forma de obtê-la. "Mas isso tem um preço e é preciso avaliar primeiro se o custo compensa", diz, cauteloso.

De qualquer forma, José de Mendonça revela que o resseguro é aguardado pelo mercado com muito alvoroço, pois pode, entre outras vantagens, auxiliar na melhoria da gestão e qualidade dos benefícios, aumentar a proteção do sistema, permitir maior flexibilidade na captação, além de elevar o nível de profissionalismo e gestão do sistema.

Prática comum no sistema internacional e recomendada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o resseguro, que no exterior é visto como uma das práticas de proteção para participantes da previdência privada, é pouco conhecido no cenário nacional, provocando uma série de dúvidas, inclusive nos gestores dos fundos de pensão.

PESQUISA. Dentro dessa perspectiva, a iniciativa da Mercer e da Munich Re de realizar uma pesquisa sobre o resseguro dentro dos fundos de pensão ajudará o sistema de várias formas, dentre as quais entender o verdadeiro papel do resseguro para as entidades fechadas e como adaptar uma ferramenta tão eficiente no setor internacional à realidade brasileira. Também é uma forma de auxiliar na identificação de demandas e gaps para incentivar a criação de novas ofertas de produtos baseadas nos apontamentos do próprio sistema.

Vários riscos podem ser ressegurados: o de redução de flutuações em função do aumento da longevidade, mortalidade e invalidez; garantia de solvência para o fundo; desenvolvimento de novos benefícios e fonte de financiamento. A pesquisa poderá identificar ainda outras formas de resseguro, afinal visa a mapear oportunidades e necessidades das entidades de previdência fechada.

Além de aguardar pelo mapeamento, a Abrapp acredita que precisa haver uma discussão mais acurada sobre a legislação do resseguro. A partir daí, a entidade entende que outros pontos também precisam ser levados em conta para uma correta e válida avaliação do resseguro dentro dos fundos de pensão, como os custos e a contratação direta do resseguro, sem intermédio de uma seguradora. Esta última é uma questão polêmica, já que desagrada as empresas de seguros.

A contratação de resseguro pelos fundos de pensão é assunto que está sendo avaliado pela Secretária de Previdência Complementar, Ricardo Pena, que deve propor uma regulamentação do tema para o setor.

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Ética - Seguradores elegem conselho e criam selo(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B6 Seguros)

A Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg) aprovou o regimento interno do Código de Ética do Mercado de Seguros, Previdência Complementar e Capitalização, contendo 36 artigos. Foi aprovado, também, o selo de ética, que será utilizado pelas empresas que aderirem e cumprirem as normas do documento.

O presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Jayme Brasil Garfinkel, da Porto Seguro, foi eleito presidente do Conselho de Ética do mercado, tendo como vice-presidente José Américo Peón de Sá, da Áurea Seguros. O órgão é composto por um total de 11 membros, sendo seis com mandato vencendo em maço de 2009 e outros cinco em 2010, incluindo o presidente e o vice-presidente.

O Código de Ética das seguradoras foi lançado em agosto de 2006 com o objetivo de estreitar o relacionamento com o consumidor de seguros, e, conseqüentemente, com a sociedade, priorizando a transparência. A iniciativa foi apresentada como parte do processo da auto-regulamentação o mercado.

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SOCIETÁRIO

Bebidas - InBev tenta atrair comando da Anheuser: Carlos Brito, da InBev, diz que empresa tem recursos para a compra e manterá executivos da rival

(Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B12 Negócios)

Nalu Fernandes, NOVA YORK

O presidente-executivo da InBev, o brasileiro Carlos Brito, afirmou que a cervejaria tem o apoio financeiro necessário para comprar a Anheuser-Busch e, se a transação de fato for realizada, gostaria de manter os executivos e o Conselho Administrativo da empresa americana.

Em uma entrevista ao jornal Post-Dispatch, de Saint Louis, onde fica a sede da Anheuser-Busch, Brito disse que a InBev não teria procurado o acordo “se não pensássemos que tínhamos dinheiro ou que somos sérios”. Brito continuou: “Nós perderíamos a credibilidade construída durante anos.”

A InBev ofereceu US$ 65 por ação (US$ 46 bilhões no total) pela fabricante da Budweiser, um preço que a Anheuser, em um processo contra a sua venda aberto esta semana, chamou de “pechincha”.

PROCESSOS

Ontem, a Anheuser-Busch conseguiu suspender dois processos judiciais movidos por grupos de acionistas contra a empresa na Corte Estadual do Missouri.

Com a suspensão do julgamento, a Anheuser-Busch coloca o Estado de Delaware como o centro das reclamações dos acionistas contra a companhia e, assim, distancia a sede da empresa do litígio negativo.

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A direção da Anheuser-Busch é acusada pelos acionistas de descumprir o dever fiduciário por ter se manifestado contrária a uma oferta antes mesmo de tê-la recebido. Na segunda-feira, a Corte de Delaware julgará se quase uma dúzia de processos contra a Anheuser-Busch. Esses processos poderão ser reunidos em um só caso.

A Corte do Estado de Delaware é a única Corte de Chancelaria dos EUA - no sistema jurídico anglo-saxão, um tribunal especializado em aplicar os princípios gerais do Direito para decidir sobre questões não previstas na legislação.

Com isso, na vizinhança da sede da Anheuser-Busch corre apenas o processo contrário à InBev.

A ação impetrada pelo “rei das cervejas” e fabricante da “grande cerveja americana”, autodenominações em seus slogans, argumenta que a InBev não informou que tinha operações em Cuba, por meio da cervejaria Bucanero.

Os advogados da Anheuser-Busch citam a lei federal chamada “Negociando com o inimigo” (TWEA, na sigla em inglês), para argumentar que as operações da InBev em Cuba não podem ser administradas, supervisionadas ou monitoradas dos Estados Unidos.

A Anheuser-Busch alerta à Corte sobre potenciais conseqüências para os executivos da InBev em função da operação em Cuba, como impedimento de obter visto para entrar nos EUA. E dizem que a InBev não informa como as operações em Cuba podem afetar a promessa de fazer de St. Louis a sede da empresa resultante após a eventual compra.

Os negócios da InBev em Cuba, segundo os advogados, são “substanciais”, “com mais de 570 funcionários em tempo integral, distribuidores por todo o país e vendas respondendo por cerca de 44% das vendas totais de cerveja na ilha”.

COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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Cade aprova compra de ativos do grupo Ipiranga(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 3 Financeiro)

A operação de aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga pela Braskem e Petrobras obteve aprovação final nesta quinta-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), cuja única recomendação foi ajustar a cláusula de não concorrência pelos vendedores, limitando-se aos mercados onde os mesmos atuavam. A aprovação marca também a bem sucedida conclusão de uma etapa importante no processo de consolidação e fortalecimento do setor petroquímico brasileiro.Confirmando a jurisprudência consolidada em deliberações anteriores, o Cade aprovou o acordo de investimentos pelo qual a Petrobras aportou na Braskem suas participações minoritárias na Copesul, Ipiranga Petroquímica, Ipiranga Química e Petroquímica.

A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), a Secretaria de Direito Econômico (SDE), a Procuradoria do Cade e o Ministério Público Federal já haviam demonstrado posição positiva quanto a aquisição da Ipiranga e o acordo de investimentos entre Braskem e Petrobras. Com essa decisão do Cade, deixam de existir quaisquer restrições à gestão e à incorporação dos ativos envolvidos na aquisição.

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Copesul e Ipiranga já foram integradas a Braskem, e até o final de 2008, serão incorporadas permitindo a aceleração da captura das sinergias já identificadas, com valor líquido de US$ 1,1 bilhões.

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Químicos - Rohm & Haas é vendida para a Dow Chemical por US$ 18,8 bi: O financiamento para a transação inclui a compra de uma participação no valor de US$ 3 bi por parte da Berkshire

Hathaway e US$ 1 bi do Kuwait(DCI 11.07.2008 p. A9 Internacional)

NOVA YORKSÃO PAULO - A Dow Chemical Co., maior fabricante de produtos químicos dos Estados Unidos, aceitou comprar a Rohm & Haas Co. por cerca de US$ 15,4 bilhões para incorporar a sua carteira produtos químicos especiais, que são menos vulneráveis aos ciclos da economia. A Dow também irá assumir uma dívida de US$ 3,4 bilhões, elevando o total do acordo para US$ 18,8 bilhões, de acordo com o porta-voz Chris Huntley.

Os acionistas da Rohm & Haas receberão cerca de US$ 78 em dinheiro para cada ação que detêm, disse hoje em comunicado a Dow Chemical, sediada em Midland, Michigan. O preço é 74% mais elevado do que a cotação de fechamento dos papéis da Rohm & Haas na quarta-feira.

O financiamento para a transação inclui a compra de uma participação no valor de US$ 3 bilhões por parte da Berkshire Hathaway Inc. e US$ 1 bilhão nas mãos da Kuwait Investment Authority, disse a empresa.

A Rohm & Haas, sediada na Filadélfia, é a maior produtora mundial de ingredientes para tintas acrílicas e também fabrica produtos químicos utilizados em adesivos, embalagens e produtos de higiene pessoal.

"A aquisição da Rohm & Haas é um passo decisivo em nossa estratégia de transformação para moldar a Dow do Amanhã - uma empresa de produtos químicos e matérias-primas diversificada e de alto valor", disse Andrew Liveris, principal executivo da Dow, no comunicado.

Jackie Wilson, porta-voz da Berkshire, não respondeu imediatamente uma ligação e um e-mail que visavam captar seus comentários.

"A Dow, que elevou seus preços para o mês de junho e julho em mais de 20%, enfrenta uma margem apertada em função da alta do petróleo, que reduz os ganhos com a venda de polipropileno", disse Liveris.

A Rohm & Haas gerou 31% de seus lucros no ano passado por meio de materiais utilizados para fabricar eletrônicos como chips para computadores.

"Esse acordo se baseia muito no poder de fogo da Dow", disse Martin Evans, analista do JPMorgan Cazenove em Londres. "O ágio é alto - como sempre acontece quando o alvo da aquisição é um ativo do setor químico - mas é necessário porque é parte da transformação da companhia frente à exposição às commodities", acrescentou.

Ontem, as ações da Dow caíram US$ 1,18, ou 3,5%, para US$ 32,78 no pregão da Bolsa de Valores de Nova York. Os papéis da companhia já acumulam perda 14% este ano. Já as ações da Rohm & Haas registraram alta de US$ 29,25, ou 65%, e fecharam cotadas a US$ 74,08.

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Os custos de energia e materiais como gás natural e o nafta - utilizado na fabricação de plástico e outros produtos químicos - quadruplicaram nos últimos cinco anos. De acordo com números da Dow, a companhia deve gastar só este ano US$ 32 bilhões com energia e matéria-prima.

A Rohm & Haas é a maior fabricante mundial de componentes químicos para tintas acrílicas e também produz componentes químicos usados em adesivos, materiais para embalagem e gel para cabelo.

A Dow informou ainda que a unidade que irá incluir a Rohm & Haas será administrada da Filadélpia e terá um rendimento anual de aproximadamente US$ 13 bilhões. A Dow registrou US$ 52,2 bilhões em vendas no ano passado. Já a Rohm & Haas planeja dobrar duas vendas até 2010.

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Eletrodomésticos - General Electric irá vender divisão de US$ 7 bi a acionistas(DCI 11.07.2008 p. A9 Internacional)

BOSTON - O conglomerado norte-americano General Electric pretende vender toda a sua divisão de produtos industriais e de bens de consumo e dará preferência de compra aos seus acionistas, segundo reportagem de ontem no site do diário norte-americano Wall Street Journal.

As unidades da General Electric que seriam envolvidas na operação respondem por cerca de US$ 13,3 bilhões da receita de US$ 173 bilhões do grupo no ano passado. O lucro das divisões que podem ser vendidas foi de US$ 1 bilhão, em um total de US$ 22 bilhões.

O maior componente da divisão a ser vendida é a de eletrodomésticos, que a empresa disse que ia vender em maio; as outras partes a serem acrescentadas ao negócio são a de produtos de iluminação e uma outra divisão menor de equipamentos elétricos e motores.

Em maio, a General Electric informou em comunicado, que o grupo está explorando opções estratégicas para a unidade de eletrodomésticos e informou que considera três possibilidades: uma aliança estratégica (joint venture), separar esta unidade ou vendê-la. Jeff Immelt, presidente e executivo-chefe da General Electric, afirmou então que "a unidade de eletrodomésticos da General Electric foi uma marca forte, de grande distribuição, com uma equipe líder e com talento, e que durante mais de cem anos foi um dos ícones associados a General Electric nos Estados Unidos".

Ontem, Immelt disse que enquanto a empresa explorou as opções para a divisão de eletrodomésticos "ficou claro que o passo mais rápido e mais eficiente que poderíamos dar para completar a transformação de nosso catálogo industrial seria focalizar em uma possível venda de toda a unidade".

Em abril a GE anunciou uma queda inesperada de 5,8% no ganho líquido no primeiro trimestre em meio à fraqueza em suas operações de serviços financeiros, além de indicar que os resultados para o ano como um todo seriam fracos. Os resultados do segundo trimestre devem ser divulgados hoje. A divisão de produtos industriais tem 50 mil funcionários - o quadro todo da GE tem cerca de 300 mil.

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Mercados de Capitais - Citi recomenda a venda de ação de emergentes(DCI 11.07.2008 p. A9 Internacional)

NOVA YORK - Os investidores devem vender ações japonesas e reduzir os papéis de mercados emergentes em suas carteiras devido à desaceleração do crescimento da economia, à alta da inflação e ao aumento das taxas de juros, segundo o Citigroup Inc.

"Parece pouco provável que as ações mundiais apresentarão uma recuperação sustentável até que a enxurrada de notícias negativas se abrande", escreveu em nota Robert Buckland, estrategista do setor de ações do Citigroup. "Expectativas de lucros excessivos e o aperto dos mercados de crédito estão entre os riscos que desencadearam os recentes declínios nas ações mundiais", escreveu Buckland, que trabalha em Londres.

O Citigroup reduziu sua recomendação para o mercado de ações do Japão de neutra para reduzir a exposição e também rebaixou os papéis dos mercados emergentes de aumentar a exposição para neutra. A instituição elevou a recomendação para as ações britânicas, de neutra para aumentar a exposição e manteve recomendação reduzir a exposição para os papéis norte-americanos.

Em outro relatório, analistas do Citigroup elevaram suas estimativas de lucro e preço das ações para algumas mineradoras do Reino Unido, entre as quais a Antofagasta Plc e a New World Resources NV, após elevarem as estimativas de preços para o cobre e o carvão.

"O setor recuou mais de 20% desde que alcançou seu pico, em maio passado, e nós acreditamos que muitas ações estão oferecendo um bom valor", escreveu o analista Heath Jansen.

Ele elevou a recomendação da Antofagasta, mineradora de cobre controlada pela família chilena Luksic, e da New World Resources, maior fornecedora tcheca de coque siderúrgico, de manter posição para comprar.

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Internacional - Europa autoriza fusão entre a Sony e a BMG(DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

BRUXELAS - A sentença de primeira instância que invalidou a fusão das companhias fonográficas Sony e BMG foi anulada, ontem, pelo Tribunal de Justiça da União Européia (UE). A fusão havia sido negada pelo Tribunal de primeira instãncia em recurso proposto pela Impala, uma associação de selos independentes, por considerar que a autorização da Comissão Européia continha "erros de apreciação e fundamentos insuficientes".

Na decisão judicial de ontem, a corte destacando que a primeira instância fundamentou sua resolução em documentos confidenciais apresentados pela Impala, aos quais a Comissão não teve acesso para avaliar a aprovação do negócio.

Além disso, o Tribunal de primeira instância "ignorou os critérios jurídicos aplicáveis em matéria de posição dominante" diante de uma concentração de empresas, pois fez uma análise "isolada e abstrata" sobre a transparência de mercado.

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Farmacêutica - Cade aprova aquisição da DM Indústria Framcêutica pela concorrente Hypermarcas

(DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, ontem, a aquisição da DM Indústria Farmacêutica pela concorrente Hypermarcas. A compradora atua no segmento de venda de bens de consumo e é dona da marca Finn de adoçantes de mesa, enquanto a DM era dona de marcas como Doril, Monange e Vitasay, além dos adoçantes Zero-Cal e Adocyl.

O Cade aprovou também a operação de compartilhamento de vôos entre a TAM e a chilena Lan Airlines.

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Capital Aberto - Formalidade estimula vendas da SulAmerica: Demanda de pequenas empresas e distribuição em bancos garantem crescimento orgânico

(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. B3 Gazeta Investe)

Segunda maior seguradora independente do País, a SulAmerica tem traçado estratégias para aumentar a penetração entre pequenas e médias empresas e alavancar vendas através de parcerias com instituições financeiras. "As pequenas e médias empresas, conforme os dados do IBGE, avançam como as maiores empregadoras do País e é onde se registra o maior nível de formalização, estimuladas pelo acesso ao crédito. Nesse processo, o segundo passo é o acesso ao seguro", afirma Arthur Farme D’Amoed Neto, vice-presidente de relação com investidores da SulAmerica. A maior participação dessas empresas é na unidade de seguro de saúde, com 12% da carteira. Nos seguros de saúde grupal, o crescimento da receita com PME foi de 26% em receita no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. A apólice focada no segmento comporta de quatro a 49 membros e, em junho, a companhia lançou um pacote em uma única apólice, que inclui cobertura para riscos diversos, como incêndio e roubo. A outra frente de crescimento orgânico é a distribuição dos seguros em estrutura complementar à venda feita por corretores, que hoje respondem por 84% da receita da seguradora. "O corretor independente é o principal parceiro de negócio, mas aliado a essa força de vendas a seguradora cria uma estrutura complementar, sobretudo nos canais financeiros", explica o executivo. A principal aliança, nesse sentido, foi estabelecida com o Banco do Brasil, há 12 anos, com duas seguradoras de capital compartilhado, a Brasil Veículo e a Brasil Saúde, produtos comercializados na rede de agências do BB. "Seguros de automóveis, residencial e previdência também são distribuídos na rede de outros parceiros, como Santander, HSBC, Citi e Banrisul. Estamos incorporando segmentos que o corretor não teria acesso ou teria menos competitividade, sem criar conflito de distribuição", afirma. No último mês, firmou parceria exclusiva com a BV Financeira para distribuição de seguro de automóveis junto à rede de distribuição deles. "Em 2007, 80% dos veículos novos vendidos foram financiados. A penetração do crédito na venda é muito grande e gera facilidade de inserção do seguro."

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Desempenho em bolsa As ações da SulAmerica são as únicas de seguradora brasileira recomendadas no relatório global do setor do banco UBS. Apesar da retração este ano, o banco acredita em valorização dos papéis de pelo menos 15% ao ano, de 2008 a 2010. Farmer afirma que o investimento em seguradoras está atrelado ao desempenho econômico, que alavanca a demanda por seguro e faz o investidor busca esses papéis. Por isso o setor avalia um mercado pela participação do volume de prêmios de seguros como percentual do PIB. Nos Estados Unidos, a relação é de 8,9%, e no Reino Unido, de 15,7%. No Brasil é de 3%, mas era de 1% no início do Plano Real. "Uma das amostras de que o setor se beneficia

dos avanços macroeconômicos foi a alta das ações logo após a nota de grau de investimento. Mas agora as taxas de juros (em leve alta) fazem o capital de risco voltar à economia de origem", avalia Farmer. A companhia listou-se no Nível 2 da Bovespa porque optou por emitir units (que combinam ações ordinárias e preferenciais). O executivo diz que a opção está associada à manutenção de controle e não ao nível de governança corporativa. "Oferecemos 100% de tag along, por exemplo, que é acima do que pede esse segmento." Ele considera que um dos diferenciais da SulAmerica, para o investidor, é ser uma seguradora multi-linha. "Há baixa correlação entre as carteiras, então se uma atividade for mal, como saúde ou veículos, não impacta a outra. É um hedge natural de resultados."

(Maria Luíza Filgueiras)

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Capital Aberto - M&S conquista apoio de acionistas: Empresa consegue aprovar reeleição de executivo, apesar de protestos

(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. B4 Governança Corporativa)

O Marks & Spencer Group conquistou o apoio dos investidores para todas as resoluções apresentadas na reunião anual, sobrevivendo ao voto de protesto dos acionistas contra a promoção de Stuart Rose para o posto de chairman-executivo. A reeleição de Rose foi aprovada por 94,1% dos investidores, enquanto a resolução para aceitar o relatório de remuneração obteve 87,2% de apoio, conforme a votação na reunião em Londres, onde a maior rede de varejo de artigos de vestuário tem sede. Alguns acionistas se opuseram à promoção de Rose no mês passado, de diretor-executivo para chairman-executivo, dizendo que a decisão violava as normas de governança corporativa. Os diretores

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do grupo Marks & Spencer tentaram acalmar os investidores dizendo que as posições serão divididas novamente quando Rose deixar o grupo em 2011 e que seu salário não será aumentado. A rede de varejo relatou, na semana passada, a maior queda nas vendas desde 2005, causando o declínio recorde das ações. "Nós, obviamente, não estamos imunes ao mercado", disse Rose na reunião, acrescentando que a desaceleração no gasto de consumo vai "levar mais tempo para assimilar do que as pessoas pensam". As ações da Marks subiram 3 pence, ou 1,3%, fechando em 234,5 pence às 16:07 na Bolsa de Londres. O banco de investimento Lehman Brothers Holdings cortou ontem sua nota de "acima da média do mercado" para "na média do mercado", informando que a rede de varejo tem de mudar a estratégia depois da queda nas vendas. As ações registraram alta de 6,7% na terça-feira, diminuindo as perdas acumuladas neste ano para 59%, com a especulação de que o grupo Marks pode ser alvo de aquisição. Os investidores queriam "registrar a desaprovação deles com a forma como as questões têm sido tratadas" em vez de pedir a renúncia de Rose, disse Bryan Roberts, analista da Planet Retail em Londres, antes da reunião. "Eles desferem um soco no nariz da rede de varejo mas não estão realmente desestabilizando o grupo mais do que tem sido desestabilizado recentemente". A Pensions Investment Research Consultants, uma consultora para os fundos que supervisionam mais de £ 1,5 trilhão (US$ 3 trilhões), no mês passado aconselhou aos clientes a votarem contra a eleição de Rose. A Co-operative Insurance Socie ty, com sede em Manchester, Inglaterra, a Universities Superannuation Scheme, do Reino Unido, a Railways Pension Trusteee e a Stichting Pensionfonds planejavam votar contra o relatório anual, disseram os porta-vozes dos fundos nesta semana. "Eles têm de ouvir o sinal que é emitido nas seqüências de votação", disse Peter Montagnon, diretor de assuntos de investimento da Associação de Seguradoras Britânicas, numa entrevista na terça-feira. "Acredito que no fundo há uma lição, não só para o grupo M&S, mas para todas as empresas aqui, de que se a empresa realmente cuidar do planejamento de sucessão num estágio inicial, estará contribuindo para não cair nessa situação", disse.

(Bloomberg News)

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Estratégia - Gaúcha Zamprogna negocia aquisições(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C7 Indústria)

O fundo NSG Capital, que ano passado adquiriu a fabricante gaúcha de tubos de aço Zamprogna, quer pelo menos dobrar a sua presença no mercado até o final do ano por meio de novas aquisições e crescimento orgânico. A Zamprogna projeta encerrar 2008 com um volume de vendas na ordem de 370 mil toneladas e acredita ser possível fechar 2009 com um montante comercializado entre 700 mil e 1 milhão de toneladas, disse o presidente da empresa e sócio-administrador do fundo, Luiz Eduardo Abreu. Segundo Abreu, estão em andamento negociações com nove empresas e algumas aquisições devem ser anunciadas ainda este ano. A compra pode envolver outras fabricantes de tubos ou companhias que permitam a diversificação do portfólio da empresa. Todas as conversações, porém, envolvem empresas de porte inferior ao da Zamprogna, que teve ano passado um faturamento de R$ 1 bilhão e projeta cerca de R$ 1,3 bilhão para 2008. O fundo, conforme Abreu, estima investimento de R$ 300 milhões no plano, parte do caixa da instituição e o restante via endividamento. Outra possibilidade estudada pela Zamprogna é realizar uma oferta pública de ações para obter recursos. Abreu diz que a voracidade do fundo também dependerá da sinalização da economia brasileira. Ele acredita que o cenário é positivo para o futuro próximo, apesar de uma possível acomodação passageira

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do ritmo de crescimento do País. "O mercado cresceu muito e a tendência é de alta", confia Abreu. Segundo ele, também não tem sido difícil repassar os reajustes do preço do aço. "Nossa margem é em torno de 5%. Como não vou repassar três aumentos de 15%?" No curto prazo, o único obstáculo a ser driblado será uma possível escassez de aço no mercado interno. Abreu lembra que as três usinas brasileiras que produzem aços planos irão parar para manutenção no terceiro trimestre, uma coincidência que deve gerar "aperto" no fornecimento. Para se precaver, a estratégia será aumentar os estoques. A Zamprogna trabalha com estoques para 30 dias e a idéia "é aumentar um pouco" o volume de aço depositado nas unidades da empresa - além da matriz em Porto Alegre, a Zamprogna conta com outra unidade em Campo Limpo Paulista(SP) e um centro de serviços em Guarulhos (SP). Além de tubos, a Zamprogna produz perfis de aço carbono e inox e telhas de aço. A empresa atende principalmente os segmentos automobilístico, de máquinas agrícolas, linha branca, petróleo, instalações industriais e construção civil. Após adquirir a Zamprogna, o fundo investiu R$ 50 milhões e ampliou a capacidade instalada da empresa de 22 mil toneladas para 30 mil toneladas/mês.

(Caio Cigana) Retornar ao índice de assunto

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Farmacêutica - Shire compra laboratório alemão de biotecnologia(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C7 Indústria)

A anglo-americana Shire adquiriu este mês a biofarmacêutica alemã Jerini pelo valor total de US$ 521 milhões. Com a aquisição, a farmacêutica amplia seu portfólio com inclusão de produtos como o Fyranzyr, medicamento indicado para o tratamento de uma doença genética rara conhecida como angioedema hereditário (AE). O remédio está aguardando a aprovação de órgãos de regulamentação nos EUA e na Europa, mas já tem o status de droga órfã (para doenças raras) em ambos os lugares. A doença acomete uma a cada 50 mil pessoas. Nos últimos dez anos, a Shire realizou sete aquisições como forma de buscar novos conhecimentos. A compra da Jerini trará para a companhia um importante número moléculas inovadoras, segundo a companhia. No Brasil, a Shire acaba de conseguir aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o Elaprase, substância indicada para o tratamento da mucopolissacaridose tipo II, ou Síndrome de Hunter (doença metabólica hereditária causada por erros inatos do metabolismo que reduzem a atividade de determinadas enzimas que atuam na estrutura da célula). A doença atinge uma em cada 150 mil pessoas, em especial meninos, e recebeu maior atenção da Shire, que realizou um grande estudo mundialmente. Foram avaliados 96 pacientes, sendo 19 deles no Brasil, organizados em um dos centros participantes, no Hospital de Clínicas do Rio Grande do Sul. "O importante destes estudos é a ampliação do conhecimento, porque a fenilcetonúria era considerada uma doença rara até ser estabelecido o ‘teste do pezinho’, que demonstrou haver mais casos do que se pensava", diz Roberto Marques, diretor geral da Shire no Brasil.

(Anna Lúcia França)

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Pesquisa - A alemã GfK tem ajuda dos Herz para comprar a TNS (Valor Econômico 11.07.2008 p. B5 Empresas)

Daniel Schäfer e Tim Bradshaw

O GfK, grupo alemão de pesquisas de mercado, conseguiu uma fonte de apoio financeiro - a família Herz -, para fortalecer sua possível proposta de aquisição da Taylor Nelson Sofres (TNS), mas talvez precise de mais fontes de financiamento para concluir o negócio.

Fontes próximas confirmaram que os Herz estão apoiando a GfK em sua proposta de compra em dinheiro. Mas as discussões estão prosseguindo, envolvendo outras fontes independentes de financiamento - provavelmente outras ricas famílias alemãs -, para reunir fundos num total superior a US$ 2,17 bilhões. A GfK não comentou a situação.

Georg Remshagen, analista do Dresdner Kleinwort, disse que qualquer parceiro da GfK "poderia adquirir uma participação minoritária na TNS, mas não uma participação na GfK" e que faria proposta "nos próximos dias e não em semanas."

O conselho diretor da TNS rejeitou proposta, em dinheiro e ações, da grupo de marketing WPP equivalente a 259 pence por ação. O papel da WPP fechou ontem em 455,5 pence por ação. Segundo analistas, a GfK provavelmente terá de apresentar proposta superior para obter recomendação do conselho diretor da TNS. Andrew Walsh, do Landsbanki, disse que "mesmo se fosse uma proposta em dinheiro contra a proposta em dinheiro e ações da WPP teria de ser acima de 280 pence por ação."

A GfK reiterou "não haver certeza de que uma proposta será apresentada nem sobre o preço constante da eventual proposta." Alguns acionistas da TNS venderam suas participações desde a declaração inicial da GfK. A Fidelity International tem agora participação de 8,6%.

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Estratégia - Com novo CEO, Bertin acerta ponteiros para a abertura de capital: João Pinheiro Nogueira Batista assume o cargo para "aprofundar" a governança corporativa

(Valor Econômico 11.07.2008 p. B12 Agronegócios)

Alda do Amaral Rocha

Sem definir prazo para a conclusão da principal tarefa que tem a cumprir na Bertin S.A, o executivo João Pinheiro Nogueira Batista acaba de assumir o cargo de CEO da empresa. Batista, que foi vice-presidente da Suzano Holding até setembro passado, tem a incumbência de promover a abertura de capital da Bertin S.A., "aprofundar" a governança corporativa da companhia e "introduzir um modelo de gestão nova" na empresa.

Em entrevista ao Valor, Batista - assumidamente um neófito em carne bovina - disse que sua tarefa é "fazer o processo [de abertura de capital] acontecer efetivamente". Enquanto outras empresas que atuam em carne bovina, como JBS-Friboi, Marfrig e Minerva, abriram o capital na onda de IPOs em 2007, o Bertin não o fez, o que acabou gerando a idéia de que a empresa ficou para trás por conta de uma estratégia mais tímida.

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O novo CEO diz, porém, que a "timidez do Bertin pode ser vista hoje mais como vantagem do que problema" . Isso porque algumas das empresas que abriram o capital não estavam prontas para fazê-lo, observa, acrescentando não se referir aos frigoríficos que foram à bolsa. Por não estarem prontas, tais companhias enfrentaram problemas com investidores, algo que a Bertin quer distância. A pretensão da empresa, diz, é ter uma "inserção tranquila" no mercado.

Mesmo o fato de o mercado viver uma fase de turbulências não é impedimento, avalia. "O mercado volta. Estando bem estruturado do ponto de vista de governança, mesmo num mercado mais restritivo, [a Bertin] vai estar pronto para ser a melhor opção nesse processo".

A Bertin S.A. - que atua em alimentos (carne bovina e lácteos), produtos pet, couros e higiene e limpeza - foi criada no início deste ano dentro de um processo de reestruturação societária iniciada pelo grupo Bertin em 2007. A empresa, que faturou R$ 6,4 bilhões ano passado, responde por 80% da receita do Grupo Bertin, que é controlado pela Heber Participações. A família tem outras holdings- uma de infra-estrutura e saneamento, outra de energia, uma de hotelaria e construção e uma holding que atua na distribuição de produtos de higiene e limpeza.

Ao mesmo tempo que iniciou o processo de reestruturação societária, o grupo também começou a promover melhorias em sua governança há quase dois anos.

A abertura de capital, que vinha sendo prometida para o primeiro semestre deste ano, também acabou sendo adiada após um aporte de R$ 1 bilhão do BNDESPar na Bertin S.A., o que deu ao banco uma participação de 13,2% no capital da empresa. A injeção de recursos do BNDESPar para financiar o crescimento da Bertin S.A ainda não acabou. Faltam outros R$ 1,5 bilhão, que podem elevar a participação do banco estatal a 27,5%.

De acordo com Batista, a liberação do restante do aporte está vinculada a um programa de investimentos futuros da empresa. Ele ainda não fala, contudo, sobre quais seriam esses investimentos e quais as metas operacionais em sua gestão. Esse é um tema que começará a ser tratado junto com os acionistas.

Por enquanto, dentro do objetivo de melhorar a governança da Bertin S.A., Nogueira vai constituir o conselho de administração da empresa, que terá a participação de um representante do BNDESPar. Além disso, terá também de definir a estrutura societária da Vigor, cujo controle foi adquirido pela Bertin em setembro do ano passado. A empresa comprou 56% das ações da Goult Participações - que detém 74,69% da Vigor - e tem a opção de adquirir o restante das ações até o fim do ano.

Ao decidir contratar um profissional como CEO, o objetivo dos acionistas da Bertin era deixar o dia-a-dia da empresa e atuar mais estrategicamente, afirma Batista. Mas o executivo também terá um papel importante na estratégia da companhia. Terá, por exemplo, a tarefa de definir o foco nas futuras aquisições, tanto no Brasil como fora daqui. "Vamos examinar o que realmente interessa. Definir o foco estratégico, o que é preciso focar e o que tem de abandonar".

Além de Batista, a Bertin também contratou como CFO (principal executivo financeiro) Ronald Seckelmann, que atuou na Klabin.

Apontado como um dos responsáveis pela reorganização e pela estratégia para o mercado de capitais do grupo Suzano, Batista afirma que seu objetivo na Bertin S.A. "é agregar valor" à empresa. Assim como fez na Suzano Petroquímica, que foi vendida para a Petrobras por R$ 2,7 bilhões. "Em 2002, a ação valia R$ 1,00, quando foi vendida, valia R$ 11,00", diz.

Em nota, Natalino Bertin, afirma, em nome dos acionistas, que "para crescer sempre tivemos a convicção de que é preciso inovar. (...) Trazemos novos olhares, de pessoas com vasta experiência

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adquirida em grandes empresas, na busca pelo desenvolvimento, internacionalização e aprimoramento de gestão".

O novo CEO, que semana que vem se apresenta para os funcionários da principal unidade do grupo, em Lins (SP), afirma que trabalhar num segmento novo é um "desafio", mas também uma "satisfação". "Estou acostumado com a diversidade. Vou aprender, assim como aprendi o resto", afirma o economista de 51 anos, formado pela PUC do Rio.

Com cerca de 25.500 mil funcionários, a a Bertin S.A tem 39 unidades no Brasil e em unidades do Paraguai, Uruguai e China.

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Gestão de Recursos - Private Banks criam regras para definir perfil de clientes: Novos investidores de alta renda têm agora padrão de aplicações de acordo com seu apetite de risco

(Valor Econômico 11.07.2008 p. D3 Eu& Investimentos)

Por Angelo Pavini, de São Paulo

Deve ficar um pouco mais difícil para o investidor entrar de gaiato em um fundo ou aplicação com um risco maior do que ele está disposto a assumir. Pelo menos para os milionários. A partir desde mês, os private banks filiados à Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) passaram a adotar para os novos clientes a suitability, um sistema em que o banco analisa o perfil do investidor para determinar seu apetite por risco e definir em que tipos de fundos ele deve aplicar. A medida faz parte de um acordo que a Anbid firmou com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para que a suitability fosse feita por auto-regulação, explica Celso Scaramuzza, presidente da comissão de Private Banking da Anbid.

Segundo Scaramuzza, hoje todo cliente novo dos privates já tem de entrar no processo de avaliação, que foi estruturado e uniformizado entre todos os participantes. "Desde 1º de julho, todo banco tem de aplicar o questionário e a metodologia para identificar o perfil do cliente", diz. Uma vez identificado o perfil, o investidor passa a ter uma carteira ideal para ele. Se quiser sair para um produto mais arrojado, de maior risco, ou seja, fora do padrão definido, será preciso trocar o perfil.

Até o fim do ano, apenas os clientes novos serão incluídos na suitability. A partir de janeiro do ano que vem, os bancos passarão a revisar o perfil de todos os clientes antigos também. "Deve acabar aquele processo em que o cliente diz que é conservador, mas quer entrar em investimento que renda 120%, 130% do CDI", afirma Scaramuzza. Ele lembra que todos os bancos já faziam essa avaliação dos perfis dos clientes, mas agora o processo foi padronizado. "Cada banco mandou seu processo para a Anbid e a entidade vai acompanhar seu cumprimento, com visitas a cada instituição", diz. Se o investidor for cliente de três instituições, poderá ter três perfis diferentes, diz Scaramuzza. "Pode ser que ele queira ser conservador em um banco, colocando lá apenas os recursos de renda fixa, e agressivo em outro", afirma.

A medida deve contribuir com uma melhor avaliação do cliente, mais transparência no processo de gestão e consultoria e num maior cuidado no acompanhamento das carteiras do cliente, acredita Scaramuzza. Um processo semelhante deve começar em janeiro com o varejo. Neste mês, os bancos estarão definindo um formulário padrão para definir os critérios do perfil do investidor de varejo, conforme

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explicou Marcos Villanova, diretor da área de Investimentos do Bradesco e responsável pela comissão de varejo da Anbid. Em janeiro do ano que vem, o formulário deverá começar a ser usado.

Para Scaramuzza, a suitability trará organização e disciplina muito forte no processo de gestão de clientes o tempo todo. "Todos avaliavam o perfil do cliente no começo, mas no processo de gestão, iam se distanciando desse perfil", lembra ele. "Agora, o investidor vai ter de dizer quando precisa do dinheiro, se aceita ou não o risco, vai ter mais planejamento."

A Anbid estará também realizando, em parceria com a consultoria Boston Consulting Group, uma pesquisa sobre o perfil da administração de fortunas no Brasil. O estudo trará os grandes números do setor de private banking brasileiro, sem especificar cada participante. Esse levantamento é um projeto antigo de Scaramuzza, que pretendia fazer o levantamento dentro da própria Anbid, mas a medida encontrou resistências, especialmente entre os private banks de bancos estrangeiros, que não queriam abrir números de mercado para a concorrência.

"Vamos saber os números para cada país em relação ao resto do mundo, da Ásia, Estados Unidos e Europa, por exemplo", diz. Além disso, serão abordados outros temas que nunca foram abertos, como o volume médio por cliente ou o número de consultores por cliente. A maioria dos bancos da comissão de private bank da Anbid aceitou a proposta e os números devem ser divulgados entre setembro e outubro deste ano. Com isso, será possível comparar o setor de alta renda brasileiro com o de outros países, avaliar sua taxa de crescimento, receita média por cliente, por consultor, custos, etc. O estudo deverá ser feito a cada dois anos e o primeiro resultado deverá ser feito durante o segundo Congresso Internacional de Private Banking em outubro. Os dados serão apenas relativos aos recursos locais dos privates. A parte offshore não será incluída.

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Caso Agrenco - Dreyfus deve decidir hoje sobre aquisição: Empresa retira restrição à compra de ações dos investidores, mas não esclarece se fará proposta

(Valor Econômico 11.07.2008 p. D5 Eu& Investimentos)

Por Graziella Valenti, de São Paulo

Os negócios com as ações da Agrenco foram suspensos ontem na Bovespa à espera de maiores informações sobre a aquisição da companhia. O futuro da empresa pode ser definido ainda hoje, se o Louis Dreyfus Commodities decidir pelo aporte de US$ 33,5 milhões na controladora da Agrenco, o que a tornará a dona da trading envolvida em uma investigação da Polícia Federal.

A principal dúvida que paira sobre a negociação é se haverá ou não oferta aos minoritários e em quais circunstâncias. A questão é pertinente porque a Dreyfus, após tomar conhecimento de uma oferta concorrente feita pelo grupo asiático Noble à administração da Agrenco, alterou algumas das condições para seu ingresso na companhia.

Entre as mudanças está a retirada da exigência de que não haja oferta aos minoritários. O grupo francês agora aceita comprar as ações dos demais acionistas. Porém, não está nada claro se isso acontecerá.

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De acordo com um porta-voz da Agrenco, essa questão não foi respondida no comunicado divulgado na quarta-feira à noite porque a definição passa pela negociação final com a Dreyfus. Há expectativa, portanto, que alguns questionamentos sejam esclarecidos até hoje.

A decisão sobre uma eventual oferta aos acionistas passa por um complexo quebra-cabeças. A Agrenco Limited têm recibos de ações negociados na bolsa paulista, conhecidos pela sigla em inglês BDR, pois trata-se de uma empresa estrangeira, com sede nas Bermudas. A companhia, portanto, não precisa seguir a Lei das Sociedades Anônimas, que obriga oferta aos minoritários em caso de troca de controle.

No entanto, a própria empresa possui uma regra em seu estatuto social que obriga uma proposta aos demais acionista quando um investidor - que não o controlador - alcançar fatia de 20% do negócio.

A proposta aos investidores deveria embutir um prêmio de 50% sobre o valor econômico do negócio, que pode ser calculado de cinco diferentes formas, conforme decisão do conselho de administração da companhia.

Mas, até o momento, não está explicado qual será a fatia da Dreyfus na companhia controladora, Agrenco Holding, e na empresa aberta, a Agrenco Limited. Anteriormente, a companhia havia assumido que teria de modificar seu estatuto para ajustar a chegada do grupo francês na sociedade. Agora, porém, faltam informações.

As respostas para essas perguntas também serão usadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para avaliar o caso.

A autarquia, em entrevista anterior ao Valor, esclareceu que a empresa não está subordinada à Lei das S.A., mas que a questão da oferta aos minoritários seria avaliada à luz do estatuto da empresa. Para tanto, o regulador explicou que seriam necessárias informações adicionais, como a participação final do grupo francês.

No Brasil, são poucas as regras que limitam as liberdades da companhia estrangeira com recibos de ações negociados. Nos Estados Unidos, a regra geral para emissores de títulos no país estabelece que a empresa estrangeira ficará sob o guarda-chuva das normas locais em algumas circunstâncias.

A Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM americana, diz que seguirão suas regras aqueles que tiverem maioria da diretoria composta por cidadãos americanos, mais de 50% dos ativos em solo nacional e cujas decisões forem tomadas em sede no país. Se o Brasil tivesse uma regra similar, a Agrenco se encaixaria nessa descrição.

Antes da operação da Política Federal, que levou à prisão de três dos controladores e executivos da empresa, a Agrenco já planejava um aporte de capital por um sócio e, por isso, havia marcado uma assembléia de acionistas para hoje. Entre os temas do encontro estava a flexibilização da regra que dispara a necessidade de oferta. A companhia propunha o aumento do limite ao sócio novo de 20% para 25%. Até ontem, a empresa não havia modificado a convocação dessa assembléia.

Abertura de capital preocupava PF

Vanessa Jurgenfeld, De Florianópolis

O processo de abertura de capital da Agrenco e as possíveis conseqüências para os investidores que comprariam as ações foram motivo de preocupação da Polícia Federal, durante as investigações que levaram à prisão de três dos principais executivos da companhia. Eles são acusados de crimes de desvio de dinheiro, fraude de balanços, sonegação de impostos, entre outros.

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O delegado Airton Takada, responsável pela Operação Influenza, que no dia 20 de junho prendeu 24 pessoas, disse ontem que a investigação que a PF vinha fazendo desde o meio do ano passado mostrava que havia dificuldades financeiras na Agrenco. A PF grampeou telefones e monitorou mensagens de e-mail durante os meses de investigação. A empresa lançou papéis na bolsa em outubro.

"As gravações sempre falavam de dificuldades financeiras. Essa era a nossa principal preocupação", explica o delegado. "Quando deflagramos a operação, queríamos levar a verdade aos pequenos investidores: que a Agrenco, à época da operação, não correspondia à imagem de empresa sólida que passava", afirma.

O lançamento de papéis na bolsa poderia ter sido suspenso se as informações sobre as investigações tivessem chegado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que analisava o processo. Entretanto, isso não aconteceu. Segundo a PF, não houve denúncia à autarquia porque não havia provas concretas sobre os crimes, que começaram a aparecer a partir da apreensão de documentos, computadores e com a análise desse material.

O delegado afirma que a PF sabia dos efeitos que a Operação Influenza teria no mercado. "Sabíamos que poderíamos causar um abalo até na forma de a CVM regular esse tipo de abertura de capital. Acho que o nosso sistema é muito frágil, pela própria forma como a Agrenco ofereceu as ações."

A PF sabia que a situação financeira da empresa era complicada porque os próprios diretores da companhia comentavam o assunto nas gravações. "Era muito evidente que quase todo patrimônio da Agrenco era sustentado por financiamentos. A movimentação da diretoria, sempre buscando financiamentos, era bem latente."

Mas não foram só as gravações que mostraram a real situação da empresa. Servidores da Cidasc (companhia de fiscalização agrícola estadual) são acusados de formular certificados de depósito de grãos que não correspondiam à realidade. "Diziam que a Agrenco possuía mais grãos do que realmente tinha, um documento que era usado para conseguir uma linha de crédito", afirma.

Para o delegado, a empresa é uma vítima da situação. "Nunca consideramos a Agrenco um alvo de investigação." As acusações recaem sobre três executivos, que foram afastados: Antônio Augusto Pires Jr., ex-diretor de operações, Antônio Iafelice, ex-presidente, e Francisco Ramos, ex-diretor institucional, além de outras pessoas que foram presas na operação.

A investigação vem evoluindo de forma lenta, segundo o delegado. Ele conseguiu prorrogar por mais 15 dias o inquérito que apura estelionato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, crimes contra o sistema financeiro e corrupção ativa e passiva. Ele diz que tem muito ainda para esclarecer, embora tenha avançado no entendimento de alguns fatos e na confirmação de algumas condutas ilícitas que a PF havia vislumbrado.

Um dos esclarecimentos que a PF conseguiu é sobre a operação simulada de soja. "Inicialmente, como sabíamos que a soja jamais havia saído dos armazéns do produtor [Elói Marchetti], achávamos que havia sido feita uma exportação fictícia, mas a exportação de fato ocorreu, pelo que pudemos constatar ouvindo as pessoas envolvidas." Segundo ele, trata-se de uma operação feita com soja que teria sobrado na empresa Terlogs, pertencente à Agrenco e responsável por operação de terminal e armazéns de grãos para exportação.

A Terlogs, segundo o delegado, tem capacidade de armazenamento de 120 mil toneladas. "Num determinado dia, sobraram 3,2 mil toneladas de soja", exemplifica. A soja não pertencia à Agrenco, apenas estava depositada na Terlogs. "Os executivos venderam a soja, pegaram uma nota fiscal de um produtor [Marchetti] e exportaram", afirma. "Esse dinheiro foi parar no bolso dos executivos." Houve uma simulação de compra, para dar embasamento legal para a soja que sobrou no armazém e que foi exportada.

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Segundo o delegado, o produtor Elói Marchetti, que foi ouvido pela PF, disse que houve a venda, mas a Agrenco não retirou a soja. "De fato, foi uma operação simulada porque essa nota fiscal foi emitida, o produtor de soja não entregou mercadoria alguma e a Agrenco, por meio dos seus então diretores, exportou essa mercadoria", reafirma o delegado. "Os dados que temos no inquérito é que Marchetti fez a venda consciente de que jamais entregaria essa mercadoria. Ele fez como se fosse um favor porque a Agrenco era parceira dele", acrescenta o delegado, afirmando que os executivos da Agrenco foram os pagadores do imposto da operação. Um imposto que, na verdade, segundo o delegado, cabia ao produtor.

Takada diz que a operação simulada de soja foi um exemplo de várias condutas ilícitas. De acordo com ele, não há outras operações simuladas de soja constatadas pela PF.

O delegado também revela que os diretores da Agrenco demonstraram pretender adquirir ações da empresa para vender em um momento de alta de preços. "Pretendiam fazer um financiamento para adquirir ações e, depois que implantassem três usinas de biodiesel, eles acreditavam que esses títulos subiriam, e esse então seria o momento em que venderiam. Comprariam na baixa, em nome de terceiros, e depois venderiam na alta." Segundo o delegado, tratam-se de três usinas de biodiesel, uma no Alto Araguaia (MT), uma em Caarapó (MS) e outra em Marialva (PR). "Não sabemos se essa operação [das ações] se concretizou. Não concluímos ainda essa parte da investigação", diz. A pretensão de investimentos em ações era de US$ 20 milhões, segundo a investigação.

Além dessa operação, o delegado também detalhou ontem um exemplo de maquiagem de balanço, em que uma pessoa, cujo nome não foi revelado, diz ser devedor da Agrenco quando na realidade era credor. Segundo ele, a pessoa disse que concordou em se colocar na posição de devedor porque tinha interesse. "Essa pessoa foi do quadro da empresa e possui ações da Agrenco", diz o delegado.

Sobre a maquiagem de balanços, Takada destacou que "a KPMG pode não ter encontrado fraudes, mas isso não significa que elas não tenham existido". O delegado diz que a PF não mensurou o valor das fraudes que teriam sido cometidas pelos executivos. Ainda ontem, cinco pessoas seguiam na prisão da PF em Florianópolis por conta da operação. Iafelice seguia em prisão domiciliar. Procurado, o advogado de defesa dos empresários não se pronunciou.

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Credit Suisse vendeu parte de suas ações neste ano(Valor Econômico 11.07.2008 p. D5 Eu& Investimentos)

De São Paulo

O banco de investimentos Credit Suisse, coordenador da oferta de ações que levou a Agrenco à Bovespa, vendeu parte das ações que possui da companhia entre maio e junho. A instituição recebeu 6,9% do capital da empresa na época da listagem de ações, em outubro do ano passado. Agora, ficou com 5%.

A atualização da informação sobre a participação do banco foi feita nesta semana por meio de documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Pela cotação média do período, teria conseguido obter cerca de R$ 11 milhões com os negócios em bolsa.

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Os papéis que recebeu da companhia eram parte de um prêmio pelo sucesso na estruturação de um empréstimo, com diversos outros bancos, um ano antes da abertura de capital, que liberou uma linha de US$ 150 milhões à empresa. Desse total, US$ 120 milhões foram efetivamente utilizados.

Os recursos cedidos eram destinados, principalmente, à construção de duas usinas esmagadoras de soja que dariam "corpo" ao negócio, para que a empresa pudesse ser levada à bolsa - o que ocorreu um ano depois.

O empréstimo concedido pelos bancos e sua remuneração foram pagos com parte dos R$ 666 milhões obtidos na oferta inicial de ações na Bovespa. Do total cedido à empresa, o Credit Suisse respondia por 20%.

As ações que o banco ganhou não eram para abater desse empréstimo ou pagar os juros do dinheiro. Funcionavam como uma taxa de sucesso, que os demais bancos optaram por receber em dinheiro, num total de US$ 27,6 milhões.

Assim como os sócios controladores da companhia, o banco ficou obrigado a manter os papéis até, pelo menos, abril deste ano. Foi a partir da liberação desse prazo - quando a empresa já valia cerca de 40% do valor pelo qual foi negociada na estréia da bolsa - que o banco começou a vender sua parte.

Nessa época, em que decidiu alienar suas ações, a instituição, já havia alertado a administração da empresa para a difícil situação financeira em que eles se encontravam, com elevadas dívidas de curto prazo e caixa apertado.

Nesse mesmo período em que o banco vendia seus papéis, circulava no mercado um relatório da área de análise da instituição indicando a compra dos papéis aos investidores por um valor

(R$ 19) quase 90% superior ao preço de estréia da bolsa.

Pelas cotações de terça-feira, data da última negociação com o papel, a fatia que o Credit Suisse ainda possui na Agrenco equivale a R$ 10,8 milhões. Quando recebeu o prêmio, a fatia do banco suíço equivalia a R$ 110 milhões - considerando o preço da abertura de capital de R$ 10,40.

O prêmio recebido pelo Credit Suisse era substancialmente maior do que a remuneração obtida pelos serviços prestados à empresa. A taxa do empréstimo de US$ 120 milhões, do qual o banco compareceu com 20%, era de Libor mais 4% ao ano.

Pelos serviços da abertura de capital, a Agrenco pagou R$ 30 milhões a todos os bancos que participaram da operação. Só com a coordenação foram gastos R$ 6 milhões. (GV)

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Serasa - Falências recuaram no primeiro semestre(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. A5 Economia)

Da agência Folhapress

Os números de falências requeridas e decretadas tiveram quedas no primeiro semestre de 2008 ante o igual período do ano passado, informou a Serasa. Segundo a empresa de análise de crédito, o número

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de falências decretadas caiu 37,1% no período, passando de 766 para 482 ocorrências. Já o número de falências requeridas recuou 22%, de 1.500 registros para 1.170.

No primeiro semestre do ano foram requeridas 137 recuperações judiciais, uma queda de 9,9% sobre os 152 pedidos do igual período de 2007. As deferidas tiveram redução um pouco menor - de 9,1%, para 90 eventos - e concedidas caíram de 10 para seis (-40%).

Apesar dos números positivos, a Serasa prevê um segundo semestre menos propício às empresas - o que pode fazer com que os números voltem a subir.

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Cade - Aprovada a compra de fabricante do Zero-Cal(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B3 Empresas)

Isabel Sobral - Da agência estado

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quinta-feira por unanimidade e sem restrições, a aquisição da empresa multimarcas DM Indústria Farmacêutica Ltda, fabricante do adoçante Zero Cal, pela concorrente Hypermarcas.

A compradora atua no segmento de venda de bens de consumo e é dona da marca Finn de adoçantes de mesa, enquanto a DM era dona de marcas como Doril, Monange e Vitasay, além do adoçante Adocyl.

Quando a fusão foi anunciada, em maio de 2007, o Cade assinou com as empresas acordo de preservação das estruturas de comercialização dos adoçantes separadas até que o julgamento do negócio. Nem mesmo as estratégias de divulgação das marcas poderiam ser misturadas.

Havia preocupação dos conselheiros e das Secretarias de Acompanhamento Econômico (SEAE), do Ministério da Fazenda, e de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, com os indícios de que a concentração de marcas desse produto numa única empresa prejudicasse a concorrência e os consumidores finais, em última instância.

Segundo o relator do caso, conselheiro Ricardo Cueva, as secretarias verificaram na instrução que a concentração resultante da fusão não representaria prejuízo, pelo fato de haver condições no mercado para que outras empresas, igualmente multimarcas, rivalizem com a líder Hypermarcas.

"A dinâmica desse mercado o torna muito peculiar e com poucas barreiras à entrada de novos competidores. Não vislumbrei preocupações concorrenciais", afirmou o relator.

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Acordo - Inbev diz que já tem o apoio financeiro: Se compra for realizada, executivos e Conselho Administrativo da Anheuser-Busch podem ser mantidos

(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B4 Empresas)

Nalu FernandesDa agência estado

O presidente-executivo da InBev, o brasileiro Carlos Brito, afirmou que a cervejaria tem o apoio financeiro necessário para comprar a Anheuser-Busch e, se a transação de fato for realizada, gostaria de manter os executivos e o Conselho Administrativo da empresa americana. Em entrevista ao jornal Post-Dispatch, de Saint Louis, onde fica a sede da Anheuser-Busch, Brito disse que a InBev não teria procurado o acordo "se não pensássemos que tínhamos dinheiro ou que somos sérios. Nós perderíamos a credibilidade construída durante anos", disse.

A InBev ofereceu US$ 65 por ação (US$ 46 bilhões no total) pela fabricante da Budweiser, preço que a Anheuser, em processo contra a sua venda aberto esta semana, chamou de "pechincha". Nesta quinta-feira, a Anheuser-Busch conseguiu suspender dois processos judiciais movidos por grupos de acionistas contra a empresa na Corte Estadual do Missouri.

longe de litígio. Com a suspensão do julgamento, a Anheuser-Busch coloca o Estado de Delaware como o centro das reclamações dos acionistas contra a companhia e, assim, distancia a sede da empresa do litígio negativo. A direção da Anheuser-Busch é acusada pelos acionistas de descumprir o dever fiduciário por ter se manifestado contrária à oferta antes mesmo de tê-la recebido.

Na segunda-feira, a Corte de Delaware julgará se quase uma dúzia de processos contra a Anheuser-Busch poderão ser reunidos em um só caso. A Corte do Estado de Delaware é a única Corte de Chancelaria dos EUA - no sistema jurídico anglo-saxão, um tribunal especializado em aplicar os princípios gerais do direito para decidir sobre questões não previstas na legislação.

Com isso, na vizinhança da sede da Anheuser-Busch corre apenas o processo contrário à InBev. A ação impetrada pelo 'rei das cervejas' e fabricante da 'grande cerveja americana', autodenominações em seus slogans, argumenta que a InBev não informou que tinha operações em Cuba, por meio da cervejaria Bucanero.

negociando com inimigo. Os advogados da Anheuser-Busch citam a lei federal chamada Negociando com o inimigo (TWEA, na sigla em inglês), para argumentar que as operações da InBev em Cuba não podem ser administrados, supervisionados ou monitorados dos Estados Unidos.

A Anheuser-Busch alerta à Corte sobre potenciais conseqüências para os executivos da InBev em função da operação em Cuba, como impedimento de obter visto para entrar nos EUA.

Dizem que a InBev não informa como as operações em Cuba podem afetar a promessa de fazer de St. Louis a sede da empresa resultante após a eventual compra.

Os negócios da InBev em Cuba, segundo os advogados, são substanciais, com 570 funcionários em tempo integral, distribuidores e vendas, respondendo por cerca de 44% das vendas totais de cerveja na ilha cubana.

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Recuperação - Investidor deve buscar solução conjunta(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. B4 Governança Corporativa)

As empresas que apresentam relatórios de baixa qualidade, informações imprecisas e não confiáveis para tomada de decisões são grandes candidatas a enfrentarem crises futuras. A avaliação é do especialista em planejamento estratégico Fábio Bartolozzi Astrauskas, sócio da Siegen, consultoria especializada em recuperação de empresas em crise e sucessão familiar. De acordo com o especialista, os stakeholders dessas empresas podem ser divididos em cinco grupos: os financeiros, os fornecedores, os clientes, os empregados e os acionistas e numa situação de colapso, essas cinco entidades são prejudicadas, inclusive os acionistas da empresa. "Cada um desses envolvidos possui um perfil diferente e naturalmente busca a melhor situação para si, o que os leva a responder à crise de maneiras distintas", São cinco comportamentos diferentes e que devem ser contemplados diante a uma situação de restruturação." Cabe aos condutores e aos próprios stakeholders encontrarem uma solução que seja ótima para o grupo, mesmo que cada um deva abrir mão de alguma coisa, afirma.

(Redação)

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Montadora - GM está longe da falência e tem ainda fluxo de caixa(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C3 Transportes)

A General Motors Corp., a maior montadora dos Estados Unidos "nem pensa" em falência, disse Rick Wagoner, seu principal executivo. "O fluxo de caixa da GM continuará "``robusto" este ano, e a empresa conseguirá recorrer a dinheiro adicional, conforme o necessário", disse Wagoner ontem em pronunciamento realizado na Câmara de Comércio de Dallas, nos Estados Unidos. Um analista da Merrill Lynch & Co. disse no último dia 2 de julho que a General Motors precisaria levantar US$ 15 bilhões e que sua falência "``não seria impossível" se as condições da economia norte-americana se agravassem. O comentário empurrou o valor das ações da GM para sua maior baixa do último período de 54 anos.

Projeto de longo prazo

"Quando coisas como essa acontecem, alguns dos críticos qualificam isso como o fim da indústria automobilística norte- americana tal como a conhecemos", disse Wagoner, de 55 anos. "Estamos tomando medidas difíceis mas necessárias para manter a General Motors competitiva no longo, longo prazo", ressaltou o principal executivo da montadora. Seus comentários poderão atenuar o receio dos investidores de que a montadora, sediada em Detroit, não dispõe dos recursos suficientes depois de três anos de prejuízos e de uma queda de 16% registrada nas vendas de automóveis de 2008 no país. Wagoner disse que a GM "tem muito dinheiro" para uma empresa de seu porte. "Com a liquidez da General Montors, falar em falência é um exagero, portanto Wagoner está certo em desqualificar essa possibilidade", disse Pete Hastings, analista de contratos de renda fixa do Morgan Keegan Co. de Memphis, no estado norte-americano de Tennessee. "A General Motors precisará de capital no final de 2009 ou no início de 2010, e muita coisa pode acontecer até lá."

Dinheiro em caixa

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A montadora norte-americana dispunha de US$ 24 bilhões em dinheiro em caixa e títulos comercializáveis, além de acesso a cerca de US$ 7 bilhões em empréstimos norte-americanos não-utilizados, segundo dados de 31 de março deste ano, o que significa pelo menos US$ 6 bilhões a mais do que considerava necessário durante a fase de queda das vendas nos EUA, disse em 13 de maio seu diretor financeiro, Ray Young, que esteve à frente da montadora no Brasil e levou a operação a lucratividade.

(Bloomberg News)

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Automóveis - GM não vai quebrar nem vender marcas, diz Wagoner (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B13 Negócios)

Dow Jones Newswires, Dallas

O presidente da General Motors, Rick Wagoner, rejeitou ontem a previsão feita na semana passada pelo banco Merrill Lynch de que a empresa poderia quebrar, se o mercado automobilístico americano continuar em declínio. De acordo com relatório do banco, a GM precisará conseguir até US$ 15 bilhões em dinheiro para reforçar sua liquidez e sobreviver à crise.

“Sob qualquer cenário que possamos imaginar, nossa posição financeira, ou posição de liquidez, permanecerão robustos até o restante deste ano”, disse Wagoner ontem. Segundo ele, a empresa tem US$ 24 bilhões em caixa e outros US$ 7 bilhões em créditos. Além disso, segundo ele, a GM a tem muitas opções para reforçar suas finanças depois de 2008, embora tenha evitado anunciá-las.

O executivo disse também que não tem planos para se desfazer de mais marcas da empresa, dizendo que o foco da companhia está exatamente no desenvolvimento de suas marcas para torná-las mais rentáveis e preencher as necessidades do consumidor.

Atualmente, a GM vende veículos sob oito diferentes marcas, mas a maioria - incluindo a Buick, Saturn e Saab - enfrenta dificuldade em atrair compradores, apesar de oferecerem novos modelos que custaram à GM milhões de dólares em desenvolvimento. A única marca que a empresa já decidiu vender é a Hummer, cujos carros, versões civis de carros usados em operações militares, tornaram-se símbolos do alto consumo de combustível em tempos de petróleo em alta.

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STF julgará a penhora do patrimônio da extinta RFFSA (STF – 10.07.2008)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ajuizou no Supremo Tribunal Federal uma Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 145) para evitar que parte dos bens da extinta

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Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) se mantenha sob penhora estabelecida antes da extinção da empresa, em janeiro de 2007. A ação defende que, uma vez passado para o controle da União, o patrimônio da sociedade de economia mista deveria ter a característica da impenhorabilidade de bens própria do Direito Público.

A ADPF é contra Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (TST) segundo a qual “a penhora de bens de empresas de direito privado realizada antes de a empresa ter o patrimônio incorporado à União ou aos estados não pode ser substituída, na execução, por precatórios”.

Argumentando que o precatório é a melhor forma de pagamento da dívida pública – pela isonomia da ordem cronológica de quitação – a arguição pede que as dívidas que envolvam o patrimônio da extinta RFFSA sejam pagas por meio de precatórios. Segundo a ADPF, a antiga empresa de estradas de ferro tem mais de 50 mil imóveis, a maior parte deles sem regularização patrimonial.

http://www.stf.gov.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=93139

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CVM divulga Relatório resultado Final do Estudo sobre a Avaliação da Rotatividade dos Auditores Independentes

(Res. Notícias Fiscais – 11.07.2008)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme decisão do Colegiado de 24 de junho, apresenta resultado do Estudo sobre a Avaliação da Rotatividade dos Auditores Independentes, elaborado por Contratado pela Comissão de Valores Mobiliários e elaboradopesquisadores do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ. O, o objetivo do estudo, contratado pela Autarquia, foi avaliar teve por objeto a avaliação d a efetividade e a pertinência da regra do rodízio de auditores independentes no âmbito do mercado de valores mobiliários brasileiro, instituído pela Instrução CVM nº 308, de 14 de maio de 1999.O estudo analisa, principalmente, as evidências comprovadas na prática sobre a efetividade da auditoria promovida pelo rodízio e a existência de formas alternativas para aprimorar o processo de auditoria, em comparação ao rodízio.O estudo conclui, de um lado, que há elementos quantitativos que indicam a efetividade da regra de rodízio para auditores. Por outro prisma, o estudo constata, a partir de entrevistas com participantes do mercado, que existem custos relevantes decorrentes da regra de substituição compulsória e periódica dos auditores independentes.O estudo e está estruturado da seguinte forma:

I. Arcabouço Teórico; II. Experiência Internacional;

III. A Legislação sobre Rotatividade de Auditores no Brasil; IV. Rotatividade de Auditores e a Qualidade das Demonstrações Contábeis; V. Impressões Coletadas em Entrevistas;

VI. Possíveis Desenhos Regulatórios Alternativos, e VII. Rotatividade de Auditores e o Mercado de Auditoria.

 O relatório contempla a análise de duas questões centrais:

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I. Se há evidências empíricas para o aumento da efetividade da auditoria promovida pelo rodízio. Em havendo tais evidências, os mecanismos de governança, que utilizam a auditoria como insumo serão mais efetivos, trazendo, conseqüentemente, ganhos para o mercado de capitais, e

II. Se, em comparação com o rodízio, há formas alternativas mais eficientes (isto é, menos custosas) de se melhorar o processo de auditoria. Uma resposta precisa a essa questão deve envolver uma discussão acerca dos custos trazidos pelo rodízio e da efetividade de políticas alternativas ao rodízio de auditores na melhora das práticas de auditoria.

Para a primeira questão, de acordo com as métricas utilizadas e o panorama que se apresentou para os dados estatísticos obtidos, os pesquisadores concluem que há elementos quantitativos que indicam a efetividade da regra do rodízio de auditores. Por outro lado, em relação à segunda questão, os pesquisadores informam que não obtiveram dados para respondê-la de forma quantitativa, contudo, no processo de entrevistas com participantes do mercado, em razão da experiência com o primeiro ciclo de rodízio ocorrido em 2004, há uma percepção de que existem custos relevantes decorrentes da regra de substituição compulsória e periódica dos auditores independentes.Clique aqui para ter acesso à decisão do Colegiado e à íntegra do estudo apresentado.

http://www.noticiasfiscais.com.br/contabeis1.asp?preview=18933&data=11/7/2008

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TABACO

Crianças são maiores vítimas do fumo passivo, diz estudo: Segundo estudo governamental nos EUA, cerca de 60% das crianças são fumantes passivas dentro de suas casas

(Estado de São Paulo 10.07.2008 Online)

AP

ATLANTA - Cerca de metade dos norte-americanos não fumantes ainda respiram fumaça de cigarro, mas a porcentagem diminuiu dramaticamente desde o início da década de 1990, de acordo com um estudo governamental.

A razão principal do declínio no fumo passivo é o crescente número de leis e políticas que banem o fumo nos locais de trabalho, bares, restaurantes e lugares públicos, disseram os pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Outro fator é a queda no número de adultos fumantes: ele está agora abaixo de 20%, de acordo com os números de 2007 do CDC.

O novo estudo descobriu que cerca de 46% dos não fumantes tinham sinais de nicotina em seus exames de sangue feitos de 1999 até 2004. Esse número representa uma queda em relação aos 84% encontrados quando testes similares foram feitos no fim da década de 1980 e início da década de 1990.

No entanto, as autoridades pararam de celebrar. "Ainda é um número muito alto", disse Cinzia Marano, uma das autoras do estudo. "Não há algo como um nível seguro de exposição."

Cigarros causam câncer de pulmão e outras doenças fatais não apenas em fumantes, mas também nos fumantes passivos, mostra o estudo.

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Para os não fumantes, o fumo passivo aumenta seu risco de câncer em cerca de 20% e de doenças do coração em 25%. Crianças expostas ao fumo passivo correm o risco de terem ataques de asma, problemas de ouvido, infecções respiratórias e síndrome da morte súbita, disseram representantes do órgão de saúde.

O novo relatório do CDC tirou seus dados da pesquisa nacional de saúde e nutrição, um estudo governamental que levas os pesquisadores às comunidades. Os participantes foram questionados sobre sua saúde, fizeram exames de sangue e físicos. Os exames de sangue procuraram por cotinina - um subproduto da nicotina que geralmente é detectável por até cinco dias.

Os exames de sangue são importantes porque muitas pessoas subestimam sua exposição ao fumo passivo, disse Terry Pechacek, diretor associado para ciência no CDC.

O novo relatório se concentrou nos dados coletados de cerca de 17 mil não fumantes de 1988 até 1994, e mais ou menos o mesmo número de 1999 até 2004. Pessoas a partir dos 4 anos de idade foram incluídas.

O declínio do fumo passivo não foi dramático entre negros não fumantes como foi entre brancos e mexicanos. A proporção de negros expostos à nicotina caiu de 94 para 71%, enquanto para brancos a queda foi de 83 para 43% e para mexicanos de 78 para 40%.

Também preocupante é o fato de que as exposições para crianças não caíram tanto quanto para adultos. Mais de 60% das crianças de 4 a 11 anos foram expostas à nicotina de 1999 a 2004.

"Obviamente, a exposição acontece em casa", disse Thomas Glynn, diretor da Sociedade Americana do Câncer.

"Os pais precisam se conscientizar de que essa exposição é perigosa e de que eles precisam ter atitudes que garantam que suas crianças não sejam expostas ao cigarro", disse Pechacek.

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid203793,0.htm

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AGU defende no STF manutenção da alíquota do IPI sobre cigarros para proteger saúde pública(Res. Notícias Fiscais – 11.07.2008)

A Consultoria-Geral da União (CGU), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU), encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as informações presidenciais solicitadas pelo ministro Eros Grau, para instruir Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 4061, proposta pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), contra a legislação que alterou a sistemática de alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos cigarros. O artigo 153 do Decreto 4.544/02 deu nova redação ao artigo 1º do Decreto 3.070/99, alterando a forma de incidência do IPI sobre a venda de cigarros. Antes de 1999, o imposto era de 41,25% sobre o preço de venda a varejo do cigarro – a chamada alíquota ad valorem. O Decreto 3.070/99 instituiu a alíquota

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em valor monetário fixo e o Decreto 4.544/02, além de manter esse sistema, distribuiu os cigarros em quatro classes, determinando valores específicos do imposto para cada uma. O consultor da União Oswaldo Othon de Pontes Saraiva Filho, responsável pela elaboração das informações, demonstrou que novo o regime de alíquotas, estabelecido pela Lei 7.798/89 e pelo Decreto 4.544/02, observou às regras da Constituição Federal. Na peça, a AGU defende que a atividade de industrialização de cigarros é apenas tolerada no país e que os recursos obtidos com a tributação são indispensáveis para que o Estado tenha condições financeiras de arcar com o tratamento de saúde dos consumidores, aposentadorias precoces e pensões. “O uso da tributação extrafiscal do IPI sobre cigarros atende o artigo 196 do Estatuto Político, de 1988, que determina que o Estado brasileiro tem o poder/dever de proteger a saúde e a segurança da população”. Segundo o consultor, o objetivo do governo com a alteração das alíquotas foi cobrar mais imposto das empresas que vendem cigarros mais baratos e por isso estimulam o consumo do produto. “Quanto mais barato os cigarros, mais eles são consumidos e mais danos trazem, daí a necessidade de uma tributação mais gravosa a essa classe de cigarros, justamente para desencorajar o consumo”. Oswaldo Saraiva Filho esclarece que ao contrário do que alega o partido na Adin, o artigo 153 parágrafo 1º da Constituição Federal não exige a edição de Lei Complementar para definir alíquotas de impostos já discriminados na Carta Magna. A peça informa que a jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que a alteração da alíquota do IPI pelo Poder Executivo deve ser feita por lei ordinária, o que já existe. Demonstrou, ainda, que o atual regime do IPI sobre cigarros observou os princípios constitucionais da seletividade deste imposto, em função da essencialidade do produto, da igualdade e da capacidade contributiva.

http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=18942&data=11/7/2008

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TECNOLOGIA

Penal - Crimes virtuais passarão a ser punidos com novo projeto: Texto aprovado ontem pelo Senado traz novas perspectivas de punição com relação aos crimes virtuais; projeto volta para

Câmara com poucas alterações(DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

SÃO PAULO - O projeto de lei que tipifica as condutas criminosas praticadas na Internet, aprovado ontem pelo Senado, traz novas perspectivas de punição com relação aos crimes virtuais, segundo os advogados ouvidos pelo DCI. O texto agora volta para a Câmara dos Deputados, já que houve pequenas alterações, para ser definitivamente aprovado.

Segundo o advogado especialista em crimes cibernéticos David Rechulski, sócio do Rechulski e Ferraro Advogados, se o texto for aprovado como lei, haverá um grande avanço com relação a punição nestes crimes cometidos pela Internet. "Muitas destas condutas estavam no limbo. Não eram consideradas lícitas, mas não havia como caracterizar que são ilícitas", diz.

As empresas vítimas de fraudes cometidas por terceiros ou por um funcionário, por exemplo, terão como tipificar o crime com mais facilidade para que o infrator responda penalmente , de acordo com Rechulski .

Um dos casos que o advogado passou a assessorar esta semana poderia ser mais facilmente enquadrado em crime se o projeto de lei já fosse uma norma em vigor. Um funcionário de uma empresa acessou e alterou o cadastro de clientes modificando o nome de um deles pelo nome de um terrorista conhecido. Ao receber a nota, o cliente, ao ver a alteração, entrou em contato com a empresa que teve

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que fazer um acordo para que isso não resultasse em uma ação judicial. "Agora, a empresa que demitiu o funcionário quer que ele responda penalmente pelo ato. O caso é típico de uma sabotagem eletrônica, que agora passa a ser enquadrada no projeto, porém como o crime foi cometido antes da lei estar em vigor, vamos enquadrar como falsidade ideológica", diz.

Porém, o advogado ressalta que como a área penal não admite analogias, alguns casos ficam sem serem punidos porque não há a tipificação do crime, já que nem sempre há possibilidade de enquadrá-lo a crimes comuns.

Outra novidade que o projeto traz é a possibilidade de criminalizar a pessoa que envia vírus que causa perda ou captura de conteúdo de um computador. "Não podíamos enquadrar isso como crime de furto, porque o conteúdo digital não era considerado como uma coisa que pode ser furtada. Com o projeto de lei haverá a possibilidade de se responsabilizar criminalmente", diz.

De acordo com o advogado especializado em Internet, Rony Vainzof, sócio do Opice Blum advogados, além de trazer a possibilidade de punição para condutas que ainda não tinham como ser enquadradas, o projeto também traz mais responsabilidade para os provedores de Internet.

O texto traz a obrigação legal para os provedores em manter os dados dos usuários, como registros eletrônicos, número de IP, data e horário de conexão por um prazo de três anos. Se o provedor não conseguir fornecer estas informações, caso haja uma solicitação, está sujeito a uma multa entre R$ 2 mil e R$ 100 mil, além do eventual ressarcimento pelos danos causados às vitimas. " O nosso escritório, por exemplo, que agrega mais de 10 ações por semana, não já não tem tido problemas freqüentes com provedores para obter essas informações. Mas, com a regra, todos estariam obrigados a armazenar estes dados", diz .

Apesar do avanço que traz o projeto de lei, Vainzof acredita que faltou uma punição mais severa com relação a crimes contra honra cometidos pela Internet. "Uma divulgação de uma montagem pornográfica contra alguém via Internet, por exemplo, traz danos muito maiores do que uma difamação fora da rede e a pena para esses crimes é muito pequena se compararmos com o dano".

O advogado ressalta porém, que a melhor forma de coibir estes crimes por parte das empresas é a prevenção. "Deve haver uma preocupação maior em ter normas internas para limitar o acesso de seus funcionários a informações sigilosas", diz.

De acordo com a advogada especialista em Direito da Tecnologia, Simone Kamenetz, da Kamenetz & Haimenis Advogados Associados, a principal vantagem da lei é tornar mais claro o que se entende por crime na Internet. "`Precisamos de uma lei para regulamentar tudo isso, já que estamos reféns da tecnologia. Acredito que o texto deva ser aprovado pela Câmara dos Deputados", diz.

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Provedores criticam lei sobre crimes na internet: Principal queixa é sobre artigo que obriga setor a repassar dados de usuários à polícia, considerado invasão de privacidade

(O Globo 11.07.2008 p. 11 O País)

Eduardo Almeida

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O projeto que tipifica crimes praticados na internet, aprovado pelo Senado anteontem à noite, provocou muita polêmica entre os usuários da rede no Brasil. Muitos consideram que o substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) prejudica a liberdade na web e invade a privacidade dos internautas, ao obrigar provedores a arquivar dados de acesso. O projeto ainda terá de ser votado novamente na Câmara dos Deputados, por ter sofrido emendas no Senado.

O ponto mais polêmico é identificação e armazenamento de dados de internautas pelos provedores. O parecer original de Azeredo determinava que os provedores seriam obrigados a armazenar todos os dados por três anos, para fins de investigação policial futura, além de serem obrigados a fiscalizar o uso da internet e denunciar crimes para as autoridade. Diante das críticas de que estava sendo criado um sistema de controle da internet, Azeredo aceitou flexibilizar as regras, mas as mudanças não foram consideradas suficientes pelo setor.

- O projeto melhorou muito desde que foi criado. No entanto, temos algumas considerações que não foram ouvidas. A polícia é que deveria ter uma central de denúncias para quem se sentir lesado, e não os provedores - disse Eduardo Parajos, presidente da Associação Brasileira de Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet (Abranet).

Segundo Parajos, a maioria das normas existentes determina que os logs comecem a ser guardados apenas a partir do momento em que uma denúncia for recebida. Na União Européia está em estudo o armazenamento dos logs por dois anos.

Demi Getschko, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, diz que o projeto foi muito criticado por ser vago e transformar provedores em policiais. Ele admite, no entanto, que, com as emendas aprovadas, o substitutivo "melhorou muito". A principal mudança, para Getschko, é no artigo 285, que passou a considerar crime o acesso apenas a redes ou sistemas "protegidos por expressa restrição de acesso".

O texto prevê que sejam armazenados apenas os dados sobre origem, hora e data da conexão, e que o repasse para as autoridades policiais só seja feito se houver decisão judicial. Os provedores não são mais obrigados a fiscalizar, mas têm que repassar as denúncias que receberem sobre conteúdos publicados.

- Antes, o projeto exigia que o usuário informasse até identidade e CPF. A nossa principal preocupação é não criar barreiras de entrada na rede - disse o presidente da Abranet.

Azeredo defende o projeto e afirma que o objetivo é criar um ambiente mais seguro na rede:

- Não existe nenhuma alteração para o usuário comum. Criamos penalidades para quem usar a internet para racismo, pedofilia, para quem manda vírus e destrói trabalhos científicos, profissionais. Baixar música não tem nada a ver com o projeto, nem desbloqueio de celular. Ele diz respeito apenas a informação expressamente protegida.

Foi o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) quem apresentou a emenda que libera os provedores da obrigação de arquivar dados de usuários por três anos:

- Duas preocupações levaram a essa mudança. Primeiro, os arquivos que teriam de ser armazenados por três anos seriam monstruosos. Segundo, tentamos fazer uma lei que proteja o cidadão sem comprometer sua liberdade de expressão.

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Tecnologia - Senado aprova projeto que pune crimes e pedofilia na internet: Texto prevê detenção para quem inserir vírus, divulgar informações confidenciais ou violar dados confidenciais

(Estado de São Paulo 11.07.2008 p. C1 Cidades)

Cláudio Vieira e William Glauber

O Senado aprovou, ontem, três projetos que pela primeira vez estabelecem punição para crimes cometidos pela internet, como a pirataria virtual e a pedofilia, ou por redes diversas de computadores - até intranet. Em discussão há cinco anos no Congresso, esse pacote procura punir ciberpiratas, disseminadores de vírus, pedófilos e outros praticantes de crimes na área de informática. O substitutivo segue para a Câmara, antes de ir à sanção presidencial.

A tipificação de pedofilia online é a primeira contribuição legislativa da CPI da Pedofilia. Ao todo, foram criadas 13 categorias criminais e se endureceu a pena para infrações já existentes. “Não estamos tolhendo a liberdade de ninguém. Pelo contrário, estamos garantindo a liberdade na internet”, diz o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que negociou o texto final, ao lado do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), mas não escapou de críticas.

“Essa lei já nasce criminal. A internet precisa de uma regulamentação civil de seu uso. Em outros países, se trilhou o caminho inverso”, diz o diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas do Rio (FGV-RJ), o professor Ronaldo Lemos. “Não é um marco regulatório, é um passo para combater crimes na internet. Não há crime sem lei anterior que o defina”, rebate Mercadante.

O ponto que prometia ser mais polêmico, porém, ficou de fora: o debate sobre quando se viola a lei ao baixar imagens, vídeos e músicas na web. “São questões de direitos autorais, que devem ser discutidas em outro momento”, diz o senador. A possibilidade de criminalizar a prática, sobretudo downloads de arquivos MP3, estava presente em texto anterior, de seu colega, Azeredo. “Mas não é que a prática fique legalizada. Ela já é combatida pela Lei dos Direitos Autorais”, afirma o parlamentar mineiro.

VÍRUS

Pela primeira vez, os vírus de computador recebem uma tipificação em lei: códigos maliciosos. O substitutivo prevê pena de prisão de 1 ano a 3 anos e multa para quem inserir ou difundir esses programas. “Note-se que esse crime, tal como os demais, não existe em modalidade culposa, só dolosa (intencional), o que quer dizer que aquele que recebe o vírus - e sem perceber passa a distribuí-lo - não comete crime”, diz Mercadante.

Essa redação final foi uma das 23 alterações feitas à proposta inicial, após consultas a diversos órgãos. “O primeiro texto punia todos que disseminassem vírus, o que resultaria em responsabilidade criminal para quase metade dos computadores do País”, afirma o diretor do Núcleo de Informação e Coordenação do NIC.Br, entidade executora do Comitê Gestor da Internet, Demi Getschko.

Se o crime resultar em destruição, inutilização, deterioração, alteração ou dificuldade de funcionamento do dispositivo de comunicação, a reclusão poderá ser de 2 anos a 4 anos. Da mesma forma se pune quem atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviços de telecomunicação.

Passam a ser tipificados ainda os crimes de estelionato, falsificação de dados eletrônicos ou documentos e roubo de senhas virtuais, além da divulgação de imagens privadas. Pelo projeto, acessar rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado sem autorização do titular passa a ser crime, assim como a divulgação, o uso, a comercialização ou a disponibilização de dados pessoais -

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em ruas como a Santa Ifigênia, em São Paulo, há até camelôs com dados reservados da Receita Federal.

COLABOROU RENATO CRUZ

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Estratégia - Yahoo muda seu modelo de negócio: Grupo permitirá que clientes, pesquisadores e até rivais construam versões personalizadas de serviços de busca com base em sua tecnologia

(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B11 Tecnologia)

ERIC AUCHARDDA AGÊNCIA REUTERS

O Yahoo permitirá que clientes, pesquisadores e até rivais construam versões personalizadas de serviços de busca com base em sua tecnologia, introduzindo um modelo de revenda em um importante mercado de internet no qual a empresa ocupa distante segundo posto com relação ao Google.

No maior esforço do grupo de internet para enfrentar seus problemas por meio de uma estratégia diferenciada no mercado de buscas, o Yahoo anunciou a introdução de uma nova estratégia conhecida como Build your Own Search Service (BOSS - construa seu próprio serviço de busca), disponível no site http://developer.yahoo.com/boss.

Além do acesso que os programadores receberão para criar serviços personalizados de busca por links e texto, o Yahoo também permitirá acesso externo aos seus bancos de dados de notícias e imagens, e permitirá que os usuários criem compartilhamentos próprios com o serviço de notícias Yahoo News e com o serviço de fotografia online Flickr. O Yahoo pretende fornecer até serviços de verificação ortográfica aos seus parceiros.

O Yahoo está lutando para se manter independente diante da contestação de investidores independentes que desejam demitir o comando da empresa e seus conselheiros a fim de reiniciar as negociações com a Microsoft, para formar um gigante da internet capaz de concorrer com o Google.

A decisão mostra a ambição do Yahoo de continuar concorrendo com o Google, ainda que esteja formando uma aliança com o rival em um mercado correlato.

No mês passado, Google e Yahoo chegaram a um acordo nos termos do qual o Yahoo permitirá que o Google venda parte da publicidade veiculada ao lado dos resultados de busca do Yahoo.

O Yahoo estima que desenvolver tecnologias de busca novas e operá-las com alcance pleno na internet requereria investimento de capital de US$ 300 milhões para uma empresa iniciante, em termos de hardware, redes, programação e consultoria especializada.

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Requisição judicial deve adiar efeito(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C4 TI & Telecom)

Embora considerem positiva a iniciativa do projeto do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), tipicando como crime as várias agressões efetuadas pela internet, as advogadas Alice Andrade Baptista e Gisele Truzzi, do escritório de direito digital Patrícia Peck Pinheiro Advogados, chamam a atenção para alguns reparos necessários ao texto do projeto de lei. Um dos pontos mais relevantes, que trata do artigo 22 , dispõe que o provedor de acesso depende de requisição judicial para poder conceder ou preservar informações de dados dos usuários (em especial o usuário que utilizou determinado IP em determinado dia e hora). Ora, desta forma, mesmo que notificado extrajudicialmente e ciente do dano que aquele usuário tenha causado, o provedor de acesso não poderá auxiliar a vítima de imediato. As conseqüências práticas são inúmeras, a começar do engessamento das respostas a incidentes (demora que inviabilize a manutenção das provas); a perda de informações no intervalo entre o crime e o recebimento da ordem judicial; a sobrecarga de trabalho ao judiciário e a necessidade da promoção de ação dispendiosa somente para identificar o usuário ou um pedaço do trajeto do IP do usuário; entre outros. Com a aprovação do projeto de lei no Senado, o próximo passo será passar pelo crivo da Câmara dos Deputados, onde o projeto será colocado em pauta para discussões e, caso seja aprovado sem reparos, deverá seguir para o Presidente da República, que poderá sancionar a lei ou vetá-la. É possível que o projeto de lei sofra emendas na Câmara. Se as emendas não forem somente na redação do projeto, mas de conteúdo (mérito), o projeto então retornará ao Senado para aprovação das emendas propostas

(Thaís Costa)

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TELECOMUNICAÇÃO

Operação Satiagraha - Para Oi e Brasil Telecom, fusão não será prejudicada: Acionistas das operadoras estão mais preocupados com a mudança na regulamentação, necessária para

viabilizar o negócio entre as empresas (Estado de São Paulo 11.07.2008 p. A12 Nacional)

Michelly Teixeira, Gerusa Marques e Renato Cruz

Os acionistas das operadoras e o governo não acreditam que a prisão de Daniel Dantas, sócio-fundador do Banco Opportunity, venha a prejudicar a venda da Brasil Telecom para a Oi (antiga Telemar). Dantas é acionista minoritário na Brasil Telecom e já esteve no controle da companhia, como gestor de recursos do Citibank e de fundos de pensão brasileiros, onde se envolveu em uma longa batalha judicial com os sócios.

O acordo entre as operadoras prevê o fim das disputas jurídicas entre os sócios da Brasil Telecom e o pagamento de R$ 981,5 milhões ao Opportunity. “Pelo que li e entendo dessa negociação, não vejo a

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menor dificuldade nesse processo, não interrompe em nada o andamento da negociação”, disse na quarta-feira, em Brasília, o ministro das Comunicações, Hélio Costa.

Segundo fontes das operadoras, a aquisição está amarrada por cláusulas contratuais e não será afetada pela prisão de Dantas. Uma fonte ligada à Brasil Telecom julga ser “difícil e improvável” um eventual arresto de bens do Opportunity Fund, onde está concentrada a maior parte da participação do banco na Brasil Telecom Participações.

PARAÍSO FISCAL

A preocupação com o Opportunity Fund - constituído no paraíso fiscal das Ilhas Cayman, no Caribe - vem do fato de ele estar no centro da investigação que levou à prisão do banqueiro. Laudos periciais obtidos nas investigações que deflagraram a Operação Satiagraha da Polícia Federal indicam que o grupo de Dantas teria cometido crime de evasão fiscal de divisas por meio desse veículo.

O fato de o fundo ter sido constituído sob as leis de Cayman dificultaria, na avaliação de fonte, um arresto no Opportunity Fund, já que a Polícia Federal teria de respeitar a legislação do paraíso fiscal. A fonte destaca que o “contrato entre Oi e Brasil Telecom é exeqüível” mesmo na hipótese de a Justiça levantar barreiras à venda das ações pelo Opportunity ou de a instituição financeira descumprir o acordo.

Se algum acionista da Brasil Telecom não respeitar os termos do contrato de venda das ações, terá de pagar o equivalente a 30% do valor dos papéis que ele teria de repassar à Oi, conforme dispositivos contratuais. O Opportunity tem cerca 10% da Brasil Telecom, que incluem 6,38% da Invitel, controladora da operadora.

O contrato firmado entre as duas concessionárias prevê que a operação se concretiza com a aceitação dos vendedores representados por mais de 60% das ações do controle da Invitel. Como a participação do Opportunity é bem menor, não teria poder de anular a operação. “Ainda que menos de 40% não venda, a operação continua exeqüível. Quem não cumprir o que foi estabelecido em contrato paga multa à Telemar Participações (controladora da Oi)”, reforçou a fonte ligada à Brasil Telecom.

REGULAMENTAÇÃO

Um interlocutor ligado ao bloco de controle da Oi também disse que a prisão de Dantas não pode inviabilizar o acerto com a Brasil Telecom. “Já está tudo contratado, ninguém pode voltar atrás. A compra só não acontece se não houver mudanças no Plano Geral de Outorgas”, afirmou a fonte, referindo-se à mudança na regulamentação necessária para concretizar a compra.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou ontem que acompanha os desdobramentos da Operação Satiagraha, para identificar eventuais obstáculos à concretização da compra da Brasil Telecom pela Oi. A Anatel, no entanto, não pretende se antecipar e solicitar esclarecimentos sobre as condições de acerto entre os acionistas das duas empresas. A agência, neste momento, mantém seu foco na discussão sobre o novo Plano Geral de Outorgas, para eliminar os impedimentos legais à compra. O proposta do plano se encontra em consulta pública.

O que preocupa a Agência é identificar se existem prejuízos causados por acionistas da concessionária afetem a prestação dos serviços. Está sendo considerada a possibilidade de, se necessário, exigir uma vasta documentação das empresas, inclusive o acordo de acionistas estabelecido entre os controladores.

Na quarta, o ministro Hélio Costa disse que “está tomando todos os cuidados' para evitar que situações como a prisão de Dantas prejudique o processo de reformulação do Plano Geral de Outorgas.

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O futuro das telecomunicações no Brasil - Transmissão de dados é a meta: Perda da receita de voz fixa está sendo compensada planos alternativos como serviços integrados

(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 1 Financeiro)

A transmissão de dados é a grande aposta do setor de telecomunicações para os próximos anos. A perspectiva de aumento do consumo deste tipo de serviço pressiona as operadoras, tanto de telefonia fixa quanto móvel, a realizarem investimentos crescentes na capacidade de suas redes. No entanto, mesmo diante do aumento do consumo, os retornos são esperados para o longo prazo.

"O futuro da telefonia no Brasil será a consolidação e o aumento do consumo de banda larga e outros serviços agregados. Poucas companhias restarão. Aquelas que não investirem ficarão atrás", diz o analista chefe da Coinvalores, Marco Aurélio Barbosa. Ele ressalva que, no momento, em que o mercado é formado por empresas fortes, é muito difícil dizer qual é a caça e qual é o caçador.

De acordo com o relatório da Lopes Filho, o faturamento de voz fixa permanece sendo afetado, enquanto as receitas dos serviços móveis e banda larga permaneceram crescendo. "Nos últimos anos, para neutralizar ou compensar a perda da receita de voz fixa, as companhias vêm disponibilizando planos alternativos como serviços integrados (incluindo voz fixa e/ou móvel e/ou dados/banda larga). Com isso, apesar da perda de receita de voz, as empresas mais integradas (caso da Oi e da Brasil Telecom) conseguiram melhorar o desempenho da atividade", resume o documento.

Para 2008, a estimativa é de que as empresas mais integradas devam registrar melhor performance. No entanto, os desafios para o setor se concentram na continuidade das consolidações, revisão da regulamentação e lançamento de novos pacotes de serviços integrados, como o triple play (voz fixa, móvel, dados/banda larga).

No segmento de banda larga, um dos mais promissores do setor de telecomunicações, as operadoras fixas seguem colhendo os frutos. Em 2007, o faturamento total desse mercado cresceu mais de 30%. Apesar das operadoras de telefonia apostarem na expansão da banda larga como meio de compensar a redução no negócio tradicional de telefonia fixa, em 2007, as receitas de banda larga representavam apenas 9% das receitas totais de telefonia fixa do setor.

Segundo a consultoria IDC, entretanto, até 2012 esse número deverá subir para 16%.

O IDC estima que o tráfego de dados em banda larga fixa no Brasil em 2012 será oito vezes maior que o atual, tanto pelo crescimento na base de assinantes quanto pela média de banda contratada. O tráfego de dados em banda larga fixa tem crescido a taxas de dois dígitos nos últimos anos no Brasil. De 2002 até o ano passado, o aumento foi de 56 vezes. Na Brasil Telecom, por exemplo, enquanto o setor de comunicação e dados cresceu 23% nos 12 meses encerrados em março deste ano, o segmento de telefonia fixa registrou uma queda de 1,6%.

"Com este tráfego crescente, as operadoras terão que se preparar para fortes investimentos na expansão da capacidade de suas redes nos próximos anos. Isso aliado ao fato de que a demanda e a competição no setor vêm diminuindo o preço da banda larga rapidamente", comenta Alex Zago, analista sênior de telecom da IDC Brasil.

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Segundo Zago, a fim de evitar uma maior deterioração das receitas provenientes de banda larga, é recomendável que as operadoras reconheçam a necessidade de oferecer pacotes triple play, além de serviços de TI, serviços gerenciados, entre outros.

Terceira geração

Para a implantação do 3G, as empresas de telefonia móvel deverão investir mais de R$ 1 bilhão cada, somente para obtenção das licenças. Os gastos com redes devem somar também mais de um bilhão ao longo do ano. Segundo a IDC, o serviço de banda larga móvel no último trimestre do ano passado, já correspondia a 8,9% dos acessos à banda larga no Brasil. "O dispêndio será alto para os investimentos em 3G", diz Barbosa. Ele lembra que a TIM deve investir R$ 3,5 bilhões este ano. Já a Vivo precisará de um desembolso bem maior: R$ 6 bilhões. O motivo é a necessidade de investir na tecnologia GSM, para substituir a TDMA. A origem dos recursos para tamanho investimento ainda não foi detalhadas, o que deve ficar mais claro na divulgação dos balanços do segundo trimestre.

Para a Lopes Filho ainda há potencial de expansão do serviço móvel, apesar da importante expansão ocorrida nos últimos anos. Como fatores que devem contribuir para o movimento, a consultoria cita o ingresso da Oi em São Paulo e da Vivo no Nordeste, assim como o lançamento de 3G. No entanto, o alerta é de que a concorrência no serviço móvel tende a se intensificar em 2008, diante da disputa entre a TIM e a Claro pela segunda posição no ranking de serviço móvel no País.

Fixo x móvel

As operadoras fixas seguem perdendo espaço para as operadoras móveis na disputa pelo orçamento dos consumidores, mostram os estudos da IDC. Em 2007, apesar da recuperação da economia brasileira, as receitas das concessionárias de telefonia fixa com o serviço de voz continuaram em queda. Durante o mesmo período, entretanto, o faturamento das operadoras móveis com serviços de voz cresceu mais de 20%.

"A substituição fixo-móvel é uma forte realidade do mercado hoje e ocorre tanto em termos de acessos quanto em tráfego", explica Zago. Não bastasse a pressão advinda das operadoras móveis, as concessionárias também concorrem fortemente com os provedores VoIP. Em 2007, o faturamento do segmento de serviços de voz sobre IP no Brasil cresceu cerca de 60%.

Apesar de estar ganhando espaço, o setor de telefonia móvel também enfrenta alguns obstáculos. Em 2007, tanto o tráfego quanto a base de clientes aumentaram mais rápido do que as receitas. "Isso mostra a crescente competição no setor de telefonia móvel brasileiro, uma vez que o ARPU e o preço por minuto encontram-se em queda. Nos próximos anos, a expectativa é que essa tendência siga afetando os balanços das empresas do setor", adiciona Zago.

Outro problema enfrentado pela telefonia móvel é o aumento do uso do pré-pago. A estimativa da consultoria Teleco é de que a telefonia móvel registre uma expansão de 16,5% este ano, atingindo 141 milhões de usuários móveis, mas ainda com 81% de pré-pago. "As empresas sofrem com o aumento do pré-pago, mas compensam essa questão pelo aumento dos serviços", complementa Barbosa.

Ana Borges

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O iPhone que chegará ao Brasil: Apple começa a vender o modelo 3G, pela metade do preço e com internet mais rápida

(Jornal do Brasil 11.07.2008 p. A23 Vida)

Joana Duarte

Começa a ser vendido hoje em 22 países – mas ainda não no Brasil – o tão esperado iPhone 3G (referência ao chip de conexão à rede de terceira geração) que promete, entre outros atrativos, acesso ao menos duas vezes mais rápido à internet, compatibilidade com o Microsoft Exchange e um sistema global de localização (GPS), tudo pela metade do preço do iPhone original, como divulgado no site da Apple.

Tanto a queda do preço quanto sua disponibilidade no Brasil, onde deve chegar em breve, deve-se a um novo modelo de comercialização adotado pela Apple que permite o subsídio dos aparelhos por operadoras locais.

Nos EUA, o iPhone tradicional de 8 Gigabytes custava U$ 299 quando lançado, em junho de 2007. Agora, o novo modelo 3G de mesma capacidade custa U$ 199. A redução de preço é atrativa no site da Apple. No entanto, se levarmos em conta, como referência, o aumento de U$ 10 por mês no plano básico oferecido pela operadora AT&T – empresa que têm contrato exclusivo com a Apple para habilitar o iPhone nos Estados Unidos – usufruir do iPhone 3G, em vez de ser "metade do preço", o longo prazo será bem mais caro para os americanos.

O custo do iPhone no Brasil deverá ser ainda mais alto que no exterior, devido à regra da telefonia celular estabelecida pela Anatel que limita contratos de operadoras a um ano de duração. Portanto, em vez de aumentar o preço do plano, o mais provável é que as operadoras brasileiras incluam o custo do subsídio no preço inicial do aparelho.

A operadora Claro já anunciou parceria com a Apple para lançar o iPhone 3G no Brasil e prevê sua chegada ao mercado ainda este semestre. O processo de homologação do aparelho já está em andamento. As operadoras Vivo e Tim também mostraram interesse e estarão na corrida para a venda no Brasil.

Em campanha para o produto, lançada em 9 de junho, a Claro criou um espaço em seu site para o cadastro de pessoas interessadas em receber informações sobre o iPhone 3G. Um mês após a estréia, recebeu mais de 100 mil cadastros, confirmando o interesse dos brasileiros no cobiçado gadget da Apple.

O iPhone ganhou fama na versão original por incorporar em um só aparelho o telefone, o iPod e acesso a internet. Seu design liso e sem ornamentos também já se tornou marca registrada dos produtos Apple e mudou muito pouco comparado ao original – o 3G ficou milímetros mais fino nas bordas e a parte de trás é de plástico, em vez de metal.

Uma novidade no modelo é a capacidade simultânea de acesso à web e uso do celular. A vida útil da bateria também progrediu, permitindo um tempo máximo de conversação de até 5 horas em 3G e 10 horas em 2G. No iPhone antigo, o máximo era de 8 horas em 2G.

É importante atentar que a tecnologia 3G oferecida pelo iPhone só funcionará em municípios onde a operadora têm cobertura 3G. A Claro, por exemplo, cobre 60 municípios nos seguintes estados: RJ, SP, DF, PE, CE, RN, AL e RS.

A característica mais comentada pelos que tiveram acesso antecipado ao novo iPhone e fizeram o test-drive é o App Store, um aplicativo que cataloga centenas de programas, podendo ser visualizados, baixados e instalados diretamente do iPhone.

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A Apple fez uma demonstração de 16 programas, alguns dos quais oferecem pesquisa de referências médicas, sistema de tracking dos leilões no eBay e um teclado musical na tela. Por vir estão o programa G-Park que utiliza o GPS do aparelho para localizar carros perdidos em estacionamentos e o iCall, que permite fazer ligações grátis em zonas com agrupamentos da tecnologia wi-fi.

Outro destaque do iPhone 3G é tornar-se um sofisticado videogame de mão, com gráficos em 3D e controle de inclinação, dando ao aparelho funções de volante.

Entre os pontos fracos mais comentados, a baixa sensibilidade da lente da câmera tem recebido mais atenção. Existem hoje duas principais tecnologias usadas no sensor de imagens de câmeras, conhecidas pelos acrônimos, CCD e CMOS.

O iPhone utiliza a tecnologia CMOS, considerada padrão na maioria dos circuitos integrados como chips de memórias. Por ser mais acessível, o custo de produção do sensor CMOS é menor. No entanto, comparado ao CCD, tem baixa sensibilidade de iluminação. Por sua vez, a tecnologia CCD, usada na maioria das câmeras de qualidade, tem maior custo de produção, porém sensibilidade avançada, o que proporciona uma imagem mais nítida mesmo em ambientes de baixa iluminação.

É provável que a Apple tenha optado pelo sensor CMOS para reduzir o custo na produção do iPhone e também porque o sensor CMOS precisa de menos energia do que o CCD, o que aumenta a vida útil da bateria no iPhone 3G.

Apesar dos avanços, especialistas em tecnologia americanos que testaram o aparelho tiveram algumas decepções, como a falta de um sistema de discagem à viva voz, de mensagens instantâneas e capacidade de gravar vídeos ou enviar fotos de celular para celular.

Mas mal foi lançado oficialmente, o iPhone já foi hackeado. Um grupo de programadores desbloqueou a trava, permitindo que o aparelho alterado receba chip GSM e não apenas o 3G.

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Tecnologia - Apple busca uma nova hegemonia: Com chegada do iPhone 3G, empresa, líder em música digital, quer ser referência em computação móvel

(Estado de São Paulo 11.07.2008 p. B14 Negócios)

John Markoff e Laura M. Holson, The New York Times, Palo Alto, Califórnia

Hoje, quando a Apple abrir sua loja de aplicativos online para softwares do iPhone , Steve Jobs fará uma tentativa de dominar a próxima geração da computação, mais próxima dos dispositivos móveis conectados à internet. A loja, que vai oferecer mais de 500 aplicativos (jogos, programas educativos e ferramentas empresariais), pode ser um desenvolvimento muito mais importante até do que o próprio iPhone 3G, cujas vendas também começam nesta sexta-feira. Uma abundância de software poderia tornar o sistema operacional do iPhone o padrão dominante entre uma série de telefones rivais.

“A reação que recebemos até agora tem sido realmente intensa”, disse Jobs. “A qualidade e a sofisticação dos aplicativos que podem ser desenvolvidos para o iPhone é de outro nível.” Jobs não foi capaz de transformar os seus computadores pessoais no padrão dominante, mas não cometeu o mesmo erro ao projetar o tocador de música iPod.

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As lojas iTunes, da Apple, que oferecem o download simples e barato de músicas, deram ao dispositivo uma vantagem incomensurável sobre a concorrência. Agora, com a loja de aplicativos chamada App Store, a Apple simplificou o processo de acrescentar softwares ao telefone. Jobs afirma que a Apple não ganha muito dinheiro vendendo músicas no iTunes. “Não tentamos ser parceiros de negócios”, disse Jobs a respeito da App Store. “O objetivo é vender mais iPhones.” A Apple oferece aos desenvolvedores a fatia de 70% das vendas.

O entusiasmo entre os desenvolvedores de software é grande, mas cauteloso. Muitos esperam que a negociação seja mais lucrativa que as feitas com operadoras de telefonia celular, que controlam quais programas acabam instalados nos telefones. Mas ainda há detalhes desconhecidos, especialmente para os desenvolvedores cujos aplicativos irão concorrer com a popular loja do iTunes.

Empresas como Palm, Microsoft, RIM e Nokia/Symbian tentaram atrair desenvolvedores para que produzissem aplicativos para seus smartphones. A Palm diz ter 30 mil desenvolvedores de software em atividade, e a Microsoft afirmou que há mais de 18 mil aplicativos para o sistema Windows Mobile.

Ainda assim, Jobs está alcançando os rivais com rapidez, e nenhum deles o subestima. “Todo mundo quer desenvolver aplicativos para iPhone”, disse Gene Munster, analista de pesquisa da Piper Jaffray.

Matt Murphy, parceiro de um fundo estabelecido pela Kleiner Perkins Caufiled & Byers para investir em aplicativos do iPhone, atribui o interesse à distribuição sem interferência prometida pela App Store: ela elimina a mediação da operadora de telefonia. “Muitos empreendedores não quiseram começar nada porque precisavam da bênção das operadoras”, disse.

Um indicativo do quanto o iPhone muda o cenário é o fundo de Murphy, o iFund, que planeja investir US$ 100 milhões em empresas de desenvolvimento de software para o iPhone. Em quatro meses, o fundo recebeu 2 mil pedidos de financiamento, e cerca de 100 dessas idéias eram viáveis. Uma delas veio da iControl Networks, criadora de um aplicativo que permite aos moradores desligar as luzes e o alarme das casas e monitorar câmeras de segurança pelos iPhones.

Cerca de 25% dos primeiros 500 aplicativos disponíveis na loja serão gratuitos, disse Jobs. Dos aplicativos comerciais, 90% serão vendidos por US$ 9,99 ou menos. A pergunta que segue sem resposta é como a Apple e Jobs irão administrar o relacionamento com os desenvolvedores de software. Quando o iPod foi lançado, a indústria fonográfica viu a salvação de seus negócios agonizantes. Mas depois reclamou que não estava sendo paga o bastante. Os estúdios de Hollywood foram ainda mais cautelosos, enrolando durante meses antes de permitir a distribuição de filmes pelo Itunes.

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Telefonia - Supertele ainda está blindada a investigações: Apesar de não causar nenhum impacto na compra da BrT pela Oi, investigação tende a retardar aprovação do novo marco regulatório

(DCI 11.07.2008 p. B1 Empresas)

SÃO PAULO - A negociação da compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi (ex-Telemar) está "blindada" e não deve ultrapassar o prazo ainda existente de 172 dias para que o novo Plano Geral de Outorgas (PGO) seja aprovado, impedindo que a compra seja desfeita e faça com que a operadora presidida por Luiz Eduardo Falco pague multa de cerca de R$ 490 milhões à BrT. No entanto, a prisão do banqueiro

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Daniel Dantas e a investigação que envolve o Opportunity deve retardar a aprovação das mudanças do PGO, e assim, a concretização da compra da Brasil Telecom pela Oi.

Segundo uma fonte próxima ao assunto, apesar de a mudança do PGO não estar direcionada a beneficiar exclusivamente a negociação entre BrT e Oi, a velocidade com a qual o processo está sendo conduzido tem em vista sua rápida aprovação para dar legalidade, o quanto antes, à formação da supertele nacional.

"Com as investigações em relação ao Opportunity, a aprovação do marco regulatório deve mesmo ser retardada. A tendência é de que seja esperada a conclusão das investigações policiais sobre as questões que envolvem a transação para o novo PGO ser aprovado. Isso deve fazer com que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e, principalmente, o Ministério das Comunicações, a tirarem o pé do acelerador", afirmou a fonte.

Vale ressaltar que no contrato de compra e venda há uma cláusula que prevê que, caso o novo PGO não seja aprovado em um prazo de 240 dias, a contar da data em que a negociação foi concluída, ou seja, 25 de abril, a negociação será desfeita, e a Oi será incumbida de pagar uma multa que gira em torno de R$ 490 milhões à Brasil Telecom.

No entanto, a transação em si não deve sofrer nenhum impacto decorrente desses problemas. "A transação está muito bem blindada e não deve correr riscos devido à situação de Dantas e à investigação da Polícia Federal ", afirmou fonte ligada diretamente aos contratos da negociação.

Um dos principais pontos que envolvem diretamente a negociação entre BrT e Oi que poderia impactar a transação é a suspeita, levantada por parte da Polícia Federal nas investigações sobre as operações ilegais que envolvem o banqueiro Daniel Dantas, de que este conseguiu um ágio de 20% na venda dos 9,85 milhões de ações ordinárias da BrT pertencentes ao Opportunity para a Oi, ou seja, por um valor 20% superior ao negociado por acionistas minoritários, o que gerou uma valor adicional de R$ 142,7 milhões pela venda das ações. Segundo analistas, Dantas embolsou quase R$ 1 bilhão durante operação.

No entanto, segundo a fonte envolvida diretamente com os contratos da transação, esse valor está de acordo e não será margem para possíveis condenações que cheguem a interferir na negociação de venda da Brasil Telecom pela Oi. "Esse valor foi maior porque não se tratava de ações de mercado, mas vinculadas a acordos de votos. São ações vinculadas a acordos de acionistas, portanto não são ações que possam ser vendidas em bolsa, e por isso têm um valor superior. É uma negociação privada. A transação não corre risco", afirmou a fonte.

Assim, a Oi pagou um valor mais caro a Dantas por suas ações serem ordinárias e terem direito a voto, além do fato de que ele tinha o direito de não aceitar vendê-las e, por esse motivo, colocou esse prêmio de 20% acima dos valores. "Foi uma negociação legal e não atrapalhará a transação", concluiu a fonte, ressaltando que apenas três situações poderiam bloquear a operação entre Oi e Brasil Telecom: a não-aprovação do novo PGO, rupturas de ordem regulatória e a falta de anuência da Anatel, Comissão de Valores Imobiliários e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) à união das teles. "Não estão sujeitas a mais nenhuma condição", atestou a fonte.

Comissão

O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Walter Pinheiro, requisitou para a Subcomissão de Telecomunicações, criada no início do ano e presidida pelo deputado Julio Semeghini, para acompanhar as investigações da PF em relação ao caso e ver se existe algum critério que possa interligar as acusações à transação envolvendo Oi e BrT.

Fonte vinculada à Anatel afirmou que é possível que o escopo das investigações do órgão regulador referentes à compra da BrT pela Oi possa atingir a questão dos contratos dos acionistas, o que só seria

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feito após o pedido de anuência prévia. "No momento estamos focados em analisar a mudança no marco regulatório (PGO). Pode ser que esta análise ocorre, mas vai depender do resultado do inquérito policial."

Audiência

Para acelerar os processos, a Anatel agendou ontem as últimas audiências públicas sobre o PGO: Belém, dia 22, e Porto Alegre dia 29.

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Telefonia Móvel - Analista espera venda recorde do iPhone(DCI 11.07.2008 p. B1 Empresas)

NOVA YORK - Um dos produtos mais desejados dos tempos modernos, o novo iPhone, o celular da Apple, chega hoje a 20 países, e os analistas falam que as vendas poderão superar os bilhões de dólares em alguns dias.

Os fanáticos pelo iPhone 3G, que oferece conexão com Internet muito mais rápida que o antecessor, começaram a formar filas na porta de algumas das lojas da Apple no mundo todo com a esperança de serem os primeiros a comprar um dos aparelhos. Na loja da Apple em Nova York, nos Estados Unidos, alguns compradores acampam desde a última sexta-feira, apesar de o iPhone poder ser comprado em qualquer dos estabelecimentos da operadora AT&T, que tem contrato de exclusividade nos Estados Unidos.

O iPhone 3G é também notavelmente mais barato que o antecessor, pois, em quase todos os países, está fortemente subvencionado pelas operadoras de telefonia que conseguiram obter os contratos exclusivos para a venda do aparelhos. A Apple espera introduzir gradualmente o popular telefone em um total de 70 países, segundo agências internacionais.

Banda larga

O volume de dados transportados por redes de banda larga fixa no Brasil crescerá oito vezes até 2012, afirma pesquisa divulgada nesta quinta-feira por uma empresa de análise de mercado.De acordo com a IDC, de 2002 até o ano passado, o aumento foi de 56 vezes.

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Banda Larga - Até 2012, tráfego de dados crescerá 8 vezes(Gazeta Mercantil 11.07.2008 p. C4 TI & Telecom)

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O volume de dados transportados por redes de banda larga fixa no País crescerá oito vezes até 2012, segundo pesquisa divulgada ontem pela empresa de análise de mercado IDC. De 2002 até o ano passado, o aumento foi de 56 vezes. Segundo a pesquisa, preços em queda de conexões de banda larga, pressionados em parte por competição de provedoras, estão incentivando o aumento no volume de dados trafegados.

"Com tráfego crescente, as operadoras terão de se preparar para fortes investimentos na expansão da capacidade de suas redes nos próximos anos", afirmou à imprensa o analista de telecomunicações da IDC no Brasil, Alex Zago. As empresas fornecedoras de conexões rápidas devem incrementar a oferta de pacotes de serviços para evitar uma maior deterioração de receitas com linhas fixas, que já enfrentam competição crescente das celulares.

Segundo o site especializado Teleco, o Brasil encerrou o primeiro trimestre com cerca de 8,3 milhões conexões de banda larga, um incremento de aproximadamente 11% sobre o fim de 2007. De acordo com dados da empresa de pesquisa Ibope//NetRatings, há cerca de 40 milhões de internautas no País.

(Reuters)

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TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO

Varig pagará ações trabalhistas(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 6 Financeiro)

O juiz Luiz Roberto Ayoub, coordenador da recuperação judicial da Varig, liberou ontem o pagamento de R$ 47,5 milhões para credores trabalhistas da Varig, que permanece em recuperação judicial, agora conhecida como Flex. Por meio de comunicado, Ayoub informou que o pagamento está limitado a cinco salários mínimos para cada trabalhador, o que está previsto na Lei de Recuperação Judicial de Empresas.Os recursos são provenientes de uma antecipação de emissão de papéis de dívida (debêntures) realizada pela Gol, que comprou a Varig (VRG) em março do ano passado. No total, foram levantados R$ 95 milhões, por meio de duas emissões de debêntures no valor de R$ 47,5 milhões cada, mais juros de R$ 3,5 milhões.

A outra emissão foi destinada principalmente aos aposentados do fundo de pensão Aerus, que receberam em torno de R$ 30 milhões para amortizar parte da dívida total do fundo, estimada em até R$ 3,5 bilhões. As debêntures fazem parte do plano de recuperação judicial da Varig antiga.

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Trabalhista - Justiça libera R$ 47,5 mi para dívida da Varig(DCI 11.07.2008 p. B11 Legislação)

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RIO DE JANEIRO - O juiz Luiz Roberto Ayoub, coordenador da recuperação judicial da Varig, liberou o pagamento de R$ 47,5 milhões para credores trabalhistas da empresa, que permanece em recuperação judicial, agora conhecida como Flex. Por meio de comunicado, Ayoub informou que o pagamento está limitado a cinco salários mínimos para cada trabalhador, o que está previsto na Lei de Recuperação Judicial de Empresas.

Os recursos são provenientes de uma antecipação de emissão de papéis de dívida (debêntures) realizada pela Gol, que comprou a Varig (VRG) em março do ano passado. No total, foram levantados R$ 95 milhões por meio de duas emissões de debêntures no valor de R$ 47,5 milhões cada, mais juros de R$ 3,5 milhões.

A outra emissão foi destinada principalmente aos aposentados do fundo de pensão Aerus, que receberam em torno de R$ 30 milhões para amortizar parte da dívida total do fundo, estimada em até R$ 3,5 bilhões. As debêntures fazem parte do plano de recuperação judicial da Varig antiga.

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Grupo de consolidação de leis aprova duas propostas (Valor Econômico 11.07.2008 p. E2 Legislação)

Luiza de Carvalho, De São Paulo

O trabalho de organizar legislações sobre um mesmo tema que hoje estão esparsas, em curso na Câmara dos Deputados, avançou neste semana. O grupo de trabalho de consolidação de leis aprovou duas propostas -uma para reunir a legislação ambiental em uma nova lei e outra para ampliar a Lei de Benefícios da Previdência. As propostas, como possuem uma tramitação especial que garante maior celeridade, seguem agora para aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

As propostas não alteram o conteúdo de nenhuma lei, apenas organizam as diversas regulamentações sobre os temas. No caso da legislação previdenciária, a proposta inclui parcialmente 35 leis que não estavam na Lei nº 8.213, de 1991, que regula o tema, e revoga 117 decretos-leis e 85 leis ordinárias que não estão mais em vigor. O Projeto de Lei nº 7.078, de 2002, no entanto, não engloba a parte de custeio da Previdência. Isso porque, conforme justificativa da proposta, depois da Lei nº 11.457, de 2007, que criou a Receita Federal do Brasil e unificou a arrecadação tributária e previdenciária na Super-Receita, o custeio deve estar contemplado na área da legislação tributária. Para a deputada Rita Camata (PMDB-ES), relatora do projeto, um dos benefícios da consolidação é revogar leis que servem apenas para confundir cidadãos e juízes, atrasando os julgamentos. Segundo Rita, as próximas propostas de consolidação tratarão da legislação da saúde e da assistência social.

Na opinião de Jefferson Kravchychyn, presidente da comissão especial de seguridade social e previdência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o trabalho é bem-vindo, já que o sistema previdenciário é extremamente complexo. "Será um marco regulatório importantíssimo", diz. "Mas a criação de uma legislação única deve ser discutida à exaustão por técnicos qualificado, sem qualquer tipo de ingerência política."

Outra idéia é criar uma nova lei ambiental, que será dividida em dez tópicos, inserindo a política nacional do meio ambiente e a proteção da flora e fauna. De acordo com o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP),

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relator do projeto - que é substitutivo do Projeto de Lei nº 679, de 2007 -, cerca de 40 decretos-leis foram revogados. Além disso, segundo ele, o grupo preferiu não incluir a vasta lei de recursos hídricos, que deve permanecer em uma legislação específica.

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Turma declara competência da JT para julgar dano moral decorrente de incidente ocorrido após extinção do contrato de trabalho

(TRT/MG – 11.07.2008)

A 4ª Turma do TRT-MG, em julgamento de recurso ordinário, declarou a competência da Justiça do Trabalho para julgar pedido de indenização por danos morais relativo a incidente ocorrido após a extinção do contrato de trabalho entre as partes.

No caso, após ser dispensada do trabalho, a empregada havia ajuizado reclamatória pleiteando o pagamento de parcelas trabalhistas, alegando também que durante a vigência do contrato tinha sido agredida fisicamente e chamada de ladra pelo reclamado e sua mãe. A ação resultou em acordo entre as partes, devidamente quitado. Mas a reclamante alegou que, em função desta reclamatória, o ex-patrão, em represália, enviou à sua casa viaturas da Polícia Militar, cujos policiais apresentaram-se fortemente armados e invadiram a residência, causando constrangimento a ela e a seu filho menor.

Na defesa, o reclamado suscitou a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar o recurso, pois não havia mais relação de trabalho entre as partes, sendo que o filho da reclamante nunca lhe prestou qualquer serviço. Alegou ainda que, com a celebração do acordo, fez-se coisa julgada sobre qualquer assunto referente à extinta relação jurídica. Acolhendo essas alegações, o juiz de 1ª Instância extinguiu o processo, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 267, IV, V, e VI do CPC.

Porém, para o desembargador relator do recurso, Júlio Bernardo do Carmo, embora o contrato de trabalho já estivesse extinto, o fato alegado como ensejador da indenização pretendida decorreu da relação empregatícia. Por isso, a competência para julgar o caso é, sim, da Justiça do Trabalho, como também seria se o fato tivesse ocorrido na fase pré-contratual. “O pedido de indenização por dano moral decorreu essencialmente da conduta do reclamado ao enviar à casa da autora, em represália ao ajuizamento de reclamação trabalhista, a Polícia Militar, para ofendê-la de forma grave, em um momento em que já não mais existia a relação de emprego” – frisou, acrescentando que, justamente em função do acordo celebrado, com quitação plena pelo extinto contrato de trabalho, a reclamante imaginou que o ex-empregador não poderia mais lhe atingir. Como a ocorrência foi posterior ao acordo, justifica-se a nova ação: “Ainda que, no dia em que teriam ocorrido os fatos alegados na inicial, já não mais existisse vínculo de emprego entre as partes, continuava e se esperava, fosse ainda observado pelas partes, a probidade e boa-fé” – concluiu.

O relator lembrou que a questão, inclusive, já obteve pronunciamento do STF, em acórdão da lavra do Ministro Sepúlveda Pertence, no qual se concluiu não ser relevante para fixação da competência da Justiça do Trabalho que a solução da lide remeta a normas de Direito Civil, desde que o fundamento do pedido se assente na relação de emprego, inserindo-se no contrato de trabalho.

Portanto, já que os fatos alegados pela reclamante referem-se a questões oriundas da relação de emprego, a Turma deu provimento parcial ao recurso para declarar a competência da JT para julgar a reclamação trabalhista em relação à ex-empregada (e não a seu filho), determinando o retorno do processo à Vara de origem para julgamento dos pedidos feitos pela autora.

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(RO nº 01824-2007-032-03-00-0)

http://as1.trt3.jus.br/pls/noticias/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ACS&p_cod_noticia=1810

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É válido acordo parcial que desobriga devedor da solidariedade declarada em sentença (Res. Notícias Fiscais – 11.07.2008)

Pelo teor de decisão da 5ª Turma do TRT de Minas Gerais, com base em voto do juiz convocado João Bosco Pinto Lara, nada impede que, na fase de execução, seja feito acordo parcial entre o reclamante e alguns devedores, desobrigando-os da solidariedade declarada na sentença.Segundo esclarece o relator, em caso de obrigação solidária, os devedores estão individualmente vinculados à prestação e os credores podem reclamar a dívida por inteiro de qualquer um deles. Assim, diante do credor, cada devedor responde pela totalidade da dívida. Entre os devedores é que a prestação se reparte proporcionalmente à participação de cada um na dívida. Algumas cláusulas adicionais como, por exemplo, a condição, o prazo ou a forma do pagamento não atingem a essência da obrigação, que segue sendo uma só.No caso, a sentença considerou válido o acordo parcial entre o reclamante e o 2º, 3º e 4º reclamados, determinando o prosseguimento da execução em relação ao 5º reclamado. Este alegou que a responsabilidade solidária dos réus pelo valor pleno da obrigação exigiria a unanimidade das partes também no acordo, que não poderia ter sido celebrado sem a sua presença. Argumentou ser injusto o fato de que a maior parte da dívida tenha ficado sob a responsabilidade de um único devedor.

Mas, com fundamento nos artigos 275 e 282 do Código Civil, o relator concluiu que: “Ainda que a prestação seja indivisível, permite-se ao credor exigir ou receber total ou parcialmente a dívida de algum dos co-devedores. Se o fizer, os demais devedores seguem obrigados pelo restante do valor, não se inibindo o credor, perante eventual inadimplência, voltar-se contra qualquer dos devedores, segundo melhor lhe convenha”.

Ele destaca que o artigo 282 do Código Civil autoriza o credor a renunciar à solidariedade em favor de um ou mais devedores. Se isso ocorrer, a solidariedade continua em relação aos demais devedores. “Assim é que o devedor beneficiado fica obrigado perante o credor apenas por parte na dívida, apenas deixando de responder pela totalidade da obrigação. Ou seja, a solidariedade continua, não para o efeito de poder o reclamante cobrar toda a dívida, mas sim com a dedução da parcela quitada” – explica, frisando que o devedor que quitou a dívida parcialmente ou em sua totalidade tem o direito de acionar a Justiça para obter dos demais devedores o reembolso da quantia paga.

Com base nesses fundamentos, a Turma determinou o prosseguimento da execução contra o 5º reclamado.

http://www.noticiasfiscais.com.br/trabalhistas1.asp?preview=18931&data=11/7/2008

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Devedores da Previdência Social Lucraram com a Súmula Vinculante nº 08 do STF, que reduziu Prazos de Decadência e Prescrição de 10 para 5 anos. Procedimentos para Enxugar os Valores

Indevidos, inclusive dos Parcelamentos.(Res. Notícias Fiscais – 11.07.2008)

Fonte: Enviado por Roberto Rodrigues de Morais

RESUMOO STF decidiu – em Plenário e por unanimidade – que os prazos de decadência e prescrição das contribuições previdenciárias são de 5 anos e não de 10 como preconizado na lei ordinária 8.212/1991. Na esteira do histórico julgamento o STF, por maioria de 2/3, modulou os efeitos do julgamento e aprovou a Súmula Vinculante de nº 08, que deverá obrigatoriamente nortear os julgamentos administrativos e os judiciais, à partir da publicação da mesma, que se deu no DJU de 20/209/2008. Aquela decisão fez um estrago enorme nos valores devidos pelas empresas ao INSS, tanto os que estão tramitando nas impugnações, nos recursos administrativos, quanto os que estão escritos em Dívida Ativa, com ou sem execução fiscal, uma vez que inverteu a ordem dos valores: As CDA’s, que gozam da presunção de certeza e liquidez, agora presume-se ilíquida e incertas. Os valores objetos de parcelamentos (REFIS, PAES e PAEX ou os outros parcelamentos) em curso na RFB e/ou na PFN também sofreram os efeitos da Súmula Vinculante nº 08. Nesse trabalho vamos discorrer sobre os vários temas correlatos, preparando o leitor para o desfecho final, ou seja, como enxugar, expurgar ou drenar os valores que se tornaram indevidos pela Decisão do STF, de forma a obter o residual valor das dívidas para com o INSS, agora gerido pela RFB e PFN.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1 - LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 1.1 – Natureza jurídica 1.2 – Lançamento de ofício 1.3 – Lançamento por declaração 1.4 – Lançamento por homologação

2 - DECADÊNCIA 2.1 – Conceito de decadência 2.2 - A decadência no direito tributário

3 - PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 3.1 - Interrupção da prescrição 3.2 – Suspensão da prescrição

4 - PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

5 - O QUE O STJ DECIDIU 5.1 – A decadência de 5 anos 5.2 - O que está na Lei 8.212/1991 5.3 - Consequência da decisão

6 - A DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E A SÚMULA VINCULANTE 8 6.1 - Prescrição e Decadência Tributárias: Só por Lei Complementar 6.2 - Decadência e Prescrição de 5 anos para ao INSS lançar e cobrar

7 – O QUE É SÚMULA VINCULANTE

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7.1 - Dos limites subjetivos dos efeitos da súmula vinculante 7.2 - Do objeto da súmula vinculante 7.3 - Da eficácia material e temporal da súmula vinculante

8 – POSSIBILIDADE DE EXTINÇÃO DE CRIME TRIBUTÁRIO

9 - CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS DA SÚMULA VINCULANTE 8 DO STF9.1 – Débitos em ABERTO e Não declarados, vencidos há mais de 5 anos9.2 – Defesas Fiscais em Andamento – Delegacias RFB ou CC/MF9.3 – Débitos Inscritos em Dívida Ativa (ainda não ajuizada a Execução)9.4 – Executivos Fiscais Distribuídos no Judiciário9.5 – O divisor

10 - ESQUEMA DA EXECUÇÃO FISCAL NA LEI 6830/1980

11 - A CITAÇÃO DO DEVEDOR

12 - ILEGITIMADE NO POLO PASSIVO (Cobrança dos Sócios)

13 - PROVIDÊNCIAS PARA ENXUGAR OS DÉBITOS, INCLUSIVE EM PARCELAMENTOS 13.1 - Da Exceção De Pré-Executividade

14 - EXEMPLOS PRÁTICOS PARA DIMINUIR OS DÉBITOS

15 – CONCLUSÃO NOTASREFERÊNCIASINTRODUÇÃOA comunidade jurídica e empresarial receberam, no dia 12 do de junho de 2008, importante decisão do Plenário do STF que decidiu pela inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei 8.212/1991, reduzindo de 10 (dez) para 5 (cinco) anos os prazos de decadência prescrição para que o Governo, via RFB, possa constituir e cobrar Contribuições Previdenciárias. No dia seguinte a Excelsa Corte modulou a decisão plenária e aprovou a Súmula Vinculante de nº 8, a qual está vinculada não só todo o Poder Judiciário como também a Administração Pública, que devem decidir, a partir do dia 20/06/2008 – data da publicação da SV-8 – na mesma linha do entendimento preconizado pelos Ministros do STF sobre o mesmo tema. Para que os contribuintes que estão com débitos de Contribuições Previdenciárias possam usufruir dos efeitos benéficos daquela história decisão do STF, desenvolvemos o presente trabalho, onde expomos conceitos, textos legais, jurisprudência e exemplos de como agir para enxugar, dos débitos em aberto, os valores fulminados pela decadência ou atingidos pela prescrição e, até mesmo, prescrição intercorrente. Foi noticiado pelo Ministro da Fazenda que o Governo Federal pretende enviar ao Congresso Nacional projeto de Lei que visa agilizar as cobranças das Dívidas Tributárias dos contribuintes, onde serão oferecidos descontos das multas e redução dos juros e encargos. Por isso, repetimos, os contribuintes precisam agir imediatamente visando enxugar os valores indevidos, contidos nos débitos em aberto, para estarem preparados para utilizarem-se dos benefícios que advirão das medidas noticiadas. Tendo em vista os modernos meios eletrônicos de obtenção das informações, às vezes temos que deixar o formalismo da ABNT para inserir críticas, sugestões e até informações sobre futuras medidas Governamentais que influenciarão no resultado final, assim como vários linsks onde se pode consultar os feitos em andamento, em várias esferas do Governo ou da Justiça. Bom proveito.I - LANÇAMENTO1.1 - Natureza jurídicaEntende-se por lançamento o procedimento administrativo vinculado que verifica a ocorrência de um fato gerador, identifica o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) da obrigação tributária, determina a matéria tributável, aponta o montante do crédito e aplica, se for o caso, a penalidade cabível.O lançamento está definido no art. 142 do CTN (3).

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Portanto, de acordo com o artigo 142 do Código Tributário Nacional (CTN), entende-se por Pelo lançamento, que é da competência privativa da autoridade administrativa tributária, se constitui o crédito tributário. Caso não realize esse procedimento, seus servidores ficam sujeitos à responsabilidade funcional. No lançamento, a lei aplicável é aquela da data da ocorrência do fato gerador. Já com relação a aplicação de penalidades prevalece o princípio da lei mais benéfica ao contribuinte.

Com o lançamento é se constituí o crédito tributário e a partir do momento da notificação feita ao sujeito passivo, somente pode ser modificado nas seguintes situações:

a) Pela impugnação do sujeito passivo, com decisão favorável mesmo que parcialmente. b) Pelo recurso de ofício, com provimento mesmo que parcial.c) iniciativa da própria autoridade administrativa.

Existem três modalidades de lançamento: a) de ofício; b) por declaração; c) por homologação.

1.2 - Lançamento de ofício (direto) – Neste primeiro tipo de lançamento a autoridade fazendária é que realiza todo o procedimento administrativo, obtém as informações e realiza o lançamento, sem qualquer auxílio do sujeito passivo ou de terceiro.

As Características desse tipo de lançamento são:a) de iniciativa da autoridade tributária; b) independe de qualquer colaboração do sujeito passivo. Exemplos: No âmbito Federal o ITR: no Estadual o IPVA e no Municipal o IPTU.

1.3 - Lançamento por declaração (misto): Neste segundo tipo de lançamento o sujeito passivo presta informações à autoridade tributária quanto a matéria de fato; cabendo a administração pública apurar o montante do tributo devido. Características: a) o sujeito passivo fornece informações à autoridade tributária; b) a autoridade tributária lança após receber as informações. Exemplo:Apuração do imposto de importação decorrente de declaração do passageiro que desembarca do exterior.

1.4 - Lançamento por homologação (autolançamento): Este último tipo de lançamento é o que nos interesse nesse artigo. Aqui o sujeito antecipa o pagamento em relação ao lançamento, sem prévio exame da autoridade tributária. Ficando a declaração sujeita a confirmação posterior da autoridade administrativa.

Principais características: a) sujeito passivo antecipa o pagamento;b) não há prévio exame da autoridade tributária; c) a autoridade tributária faz a homologação posterior; d) pode ocorrer homologação tácita, não confirmação após 5 anos. Exemplos:No âmbito Federal o IR, o IPI, as Contribuições Previdenciárias (INSS, caso in comento); No âmbito Estadual o ICMS e no Municipal o ISS.

2 - DECADÊNCIA2.1 - CONCEITO DE DECADÊNCIAA decadência ou caducidade é tida como fato jurídico que faz perecer um direito pelo seu não-exercício durante certo lapso de tempo. Para que as relações jurídicas não permaneçam indefinidamente, o sistema positivo estipula certo período a fim de que os titulares de direitos subjetivos realizem os atos

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necessários à sua preservação. Decadência foi definida como a "extinção do direito por omissão do seu titular" (A)Outra definição diz que “é de decadência o prazo estabelecido pela lei, ou pela vontade unilateral ou bilateral, quando prefixado ao exercício do direito pelo seu titular. E é de prescrição, quando fixado, não para o exercício do direito, mas para o exercício da ação que o protege. Quando, porém, o direito deve ser exercido por meio da ação, originando-se ambos do mesmo fato, de modo que o exercício da ação representa o próprio exercício do direito, o prazo estabelecido para a ação deve ser tido como prefixado ao exercício do direito, sendo, portanto, de decadência, embora aparentemente se afigure de prescrição". (B) Portanto, a decadência ou caducidade é tida como fato jurídico que faz perecer um direito, por omissão do credor. Essa omissão, normalmente, está ligada ao não exercício do direito dentro do prazo determinado pela lei. Conforme esclarece e fundamenta. (C)

2.2 - A DECADÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIONesse ramo de direito é o artigo 173 do Código Tributário Nacional que regula a aplicação da decadência. (4) Portanto, o prazo decadencial para a Fazenda constituir o crédito tributário, por meio do lançamento, começa a fluir a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (artigo 173, I do CTN). Também passa a correr o prazo decadencial, quando notificado o sujeito passivo de qualquer medida preparatória, indispensável ao lançamento (artigo 173, parágrafo único). No tocante ao lançamento por homologação, que é aplicável aos tributos em que o contribuinte antecipa o pagamento sem prévio exame do fisco, a Fazenda Pública, também, dispõe de cinco anos para homologar o pagamento. Findo este prazo sem que o fisco tenha se manifestado, operam-se os efeitos da decadência e considera-se tacitamente homologado o pagamento antecipado, feito pelo sujeito passivo, extinguindo-se, conseqüentementeÉ bem de se ver que a decadência é um instituto de direito público, portanto, indisponível, podendo ser alegada em qualquer esfera de poder, tanto no administrativo (na RFB ou no 2º CC/MG) ou no Judiciário (em qualquer instância, ou seja, na primeira Federal ou Estadual, nos TRF”s, e ainda nos tribunais superiores tais como STJ e STF). A alegação de decadência vale também para os casos de débitos objeto de parcelamento, inclusive os decorrentes de débitos confessados, normalmente identificado na RFB pela sigla LDC.2.3 - Os prazos decadenciais para a realização do lançamento de ofício e de declaração são os previstos no art. 173 do CTN.O ato homologatório previsto no parágrafo 4.º do art. 150 do CTN (5), cujo prazo é de 5 (cinco) anos contados do fato gerador, somente é praticado em relação aos montantes recolhidos. O valor dos tributos não recolhido fica sujeito ao lançamento de ofício, sujeito ao prazo decadencial do art. 173 do CTN.2.4 - Distinção entre prescrição e decadência

Doutrinariamente, a decadência é conceituada como sendo o perecimento do direito por não ter sido exercitado dentro de um prazo determinado. É um prazo de vida do direito. Não comporta suspensão nem interrupção. É irrenunciável e deve ser pronunciado de ofício. Se existe um direito público em proteger o direito do sujeito ativo, decorrido determinado prazo, sem que o mesmo exercite esse direito passa a ser de interesse público que o sujeito passivo daquele direito não mais venha a ser perturbado pelo credor a fim de preservar a estabilidade das relações jurídicas. Dormientibus non sucurrit jus, diz o brocardo. Prescrição é a perda do direito à ação pelo decurso de tempo. É um prazo para o exercício do direito. Comporta a suspensão e a interrupção. É irrenunciável e deve ser argüida pelo interessado, sempre que envolver direitos patrimoniaisNo Direito Tributário, a distinção entre prescrição e decadência não oferece discussão, porque existe o instituto do lançamento, que é o marco divisor entre um e outro: Antes do lançamento só se pode falar de decadência; Após o lançamento aí só podemos trabalhar com a prescrição.

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A utilização da dilatação do prazo de decadência pelo INSS foi danosa para a própria Autarquia Federal pois ficou “deitada em berço esplêndido” enquanto as estatísticas apontam para o exíguo tempo de vida útil da empresas, onde poucas passam dos 5 anos de existência. Muitas são extintas antes que a fiscalização efetive os lançamentos ou que se inicie o processo executório.

Crítica: Se o CTN (recepcionado pela CF/1988 como Lei Complementar) já previa 5 anos para a decadência e, é sabido por todos tanto Governo como contribuinte, que a maioria das empresas criadas no País não completa dois anos de vida, porque razão da promulgação de Lei Ordinária – já no período de vigência da CF/1988 – ampliando os prazos para 10 anos? Resultado: A fiscalização deixava transcorrer longo tempo sem abordar as empresas e, quando agia, os estabelecimentos haviam encerradas suas atividades. Em conseqüência há uma gama muito grande de valores em aberto, fulminados pela decadência. Sugestão: A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar (PLC) 129/2007, que reduz de cinco para dois anos o prazo para a Fazenda Pública da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal fazer o lançamento de tributos. O CTN é de 1966, antes dos cadastro eletrônicos dos débitos. Atualmente com as declarações digitalizadas (DCTF, DACON, GEFIP) e online (SPED, NF-e) no ágil ritmo da informática, é incabível que os contribuintes sejam obrigados a esperar cinco anos para ter certeza de que sua conduta fiscal é correta. Solução pragmática: Conferir no link abaixo, onde pode-se consultar pelo números dos CNPJ/CPF ou por faixa de valores, no geral ou por estado. Por nome somente funciona se a grafia estiver correta e sem os acentos, cedilha, etc.. http://www.previdencia.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/perfil_comPrevidencia_09_04-A.asp para conhecer o tamanho da Dívida Ativa em aberto e agilizar a obtenção de cópia das respectivas certidões, onde se poderá constatar a ocorrência ou não de períodos fulminados pela decadência.3 - PRESCRIÇÃO3.1 - CONCEITO DE PRESCRIÇÃO, NO ÂMBITO TRIBUTÁRIO.Conforme entendimento pacífico da ciência jurídica civilista, o instituto em comento se caracteriza pela extinção, por decurso de prazo, da pretensão a se satisfazer um direito violado. Tal conceito se deduz, inclusive, do teor do atual artigo 189 do Código Civil Brasileiro.Infere-se, pois, que o decurso do prazo prescricional não extingue o próprio direito violado, mas, tão somente, a pretensão a praticar judicialmente tal direito.Afinal, como bem lecionou Agnelo Amorim Filho:O decurso do prazo sem exercício da pretensão implica no encobrimento da eficácia dessa (desde que o interessado ofereça a exceção da prescrição) e não da extinção do direito que ela protege, pois – repita-se – em face dos denominados ‘direitos a uma prestação’, a pretensão e a ação funcionam como meios de proteção e não como meios de exercício. (D)O art. 174 do CTN dispõe que a ação de cobrança do crédito tributário (para o Fisco) prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Essa fixação do dies a quo, em regra geral, remete às noções de lançamento do art. 142 do CTN. Por ele, inicia-se o processo de cobrança do tributo, mas não se constitui ainda, o crédito tributário objeto dele. Tem-se o lançamento como definitivo quando sobre ele não paire mais dúvidas, imune a impugnação por parte do contribuinte e a revisão pela Administração.Portanto, o prazo para a Fazenda Pública executar seus créditos prescrevem em 5 anos, podendo ser suspenso ou interrompido, temas que não serão abordados aqui por constar de vasta literatura a respeito.

Deve-se ter cuidado, ao examinar a prescrição, no que se refere à controvérsia entre a prática dos Exeqüentes e a posição do STJ sobre a contagem desse prazo, pois a Corte Superior tem mantido a supremacia do CTN sobre a Lei de Execuções Fiscais, que prevê hipótese de suspensão da prescrição por 180 dias no momento em que inscrito o crédito em dívida ativa (7). Enquanto a Fazenda Pública quer 180 dias de prazo para, contados da data da inscrição na dívida ativa, iniciar a contagem da prescrição, o Judiciário diz que esse prazo não existe, pois não consta do CTN.

No tributário, portanto, a prescrição ocorre em cinco anos. O seu marco inicial é a data de constituição definitiva do crédito tributário, com a notificação regular do lançamento. É certo que, se houver recurso

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administrativo por parte do devedor, o prazo não começa a correr até a notificação da decisão definitiva. Iniciada a contagem do prazo prescricional, ele pode ser interrompido ou suspenso.

3.2 - Interrupção da Prescriçãoa) despacho do juiz que ordenou a citação (para as execuções iniciadas depois da entrada em vigor da Lei Complementar 118/2005; para as anteriores, somente a citação do devedor);b) protesto judicial; c) ato que constitua em mora o devedor; d) o reconhecimento inequívoco por parte do devedor.

Ainda sobre prescrição, há importantes aspectos a serem considerados:

- No que se refere à Fazenda Pública, deve ser ressaltado que, interrompida uma vez a prescrição, ela volta a correr pela metade, nos termos do Decreto-Lei no 20.910/32.

- A prescrição só pode ser alegada por aquele a quem a aproveita. Assim, o Ministério Público, na qualidade de custos legis, não pode argüi-la.

3.3 – Suspensão da PrescriçãoNo que se refere à Execução Fiscal há um aspecto interessante, encontrado no artigo 40 (7 a ) da Lei de Execuções Fiscais, em que temos uma suspensão da execução, quando não encontrado o devedor ou não encontrados bens suficientes para garanti-la. Essa suspensão, no entanto, não pode ser por tempo indeterminado; surge, então, a figura da prescrição intercorrente, na qual o prazo é qüinqüenal.

Crítica: A própria RFB estima o prazo de 4 anos para uma discussão na fase administrativa e de até 12 na esfera do judiciário para se tentar cobrar dívidas lançadas contra os contribuintes. O CTN lhe confere 5 anos para lançar e, após inscrito em Dívida Ativa, mais 5 (e a LEF mais 180 de carência para iniciar a prescrição) para iniciar o processo executório. Prazo suficiente para quem deseja fugir da obrigação tentar se eximir. A redução proposta pelo PLC 129/2007 acabará beneficiando ao próprio governo, que dispõe de todos os dados para tomar as medidas cabíveis em 2 anos.Sugestão: Um novo modelo de cobrança da dívida tributária federal é necessário, visando reduzir o custo do sistema de cobrança, que vigora desde 1980 com a LEF. Gasta-se muito com autuações, inscrições em dívida ativa e execuções fiscais, gerando milhares de processos e contando com poucos procuradores para a gestão do contencioso. O governo sabe que existe alta concentração de valores na mão de poucos devedores muitos devedores com baixos valores, além de grandes débitos não- inscritos na dívida ativa.4 - PRESCRIÇÃO INTERCORRENTESe o prazo prescricional não for interrompido por qualquer um desses motivos, verificado o decurso do prazo de cinco anos, a prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo julgador. A alteração (14) foi feita no artigo 219, parágrafo quinto do Código de Processo Civil. Diz ele: “O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição”.

O impacto dessa nova norma sobre os milhões de feitos em andamento no Brasil, sendo mais da metade deles execuções fiscais, ainda não foi mensurado. Suspeito que nem os administradores públicos perceberam isso. Esperava-se um esvaziamento das prateleiras dos Fóruns, pela aplicação imediata do novo texto. O próprio STJ já decidiu (15) sobre sua aplicação imediata, verbis:

8. “Tratando-se de norma de natureza processual, tem aplicação imediata, alcançando inclusive os processos em curso, cabendo ao juiz da execução decidir a respeito da sua incidência, por analogia, à hipótese dos autos” (REsp nº 814696/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 10/04/2006).

9. Execução fiscal paralisada há mais de 5 (cinco) anos. Prescrição intercorrente declarada.

10. Recurso não-provido.”

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A inscrição na dívida ativa constitui instrumento de controle da legalidade pela administração tributária, de sorte a conferir ao crédito tributário inscrito a presunção de certeza e liquidez, assegurando às partes da relação jurídico-tributária a necessária segurança jurídica.Considerando que a prescrição no direito pátrio nada mais é do que o desaparecimento do direito de ação pela inércia do credor por um determinado lapso temporal e que o instituto – público - tem aplicações variadas em cada ramo do direito, desde o direito civil, o penal, passando pelo trabalhista, dentre outros, e o tributário.

E no Direito Tributário o instituto da prescrição é uma das formas de extinção do crédito tributário e foi modernizado com a lei (8) que modificou o “modus operandi” da prescrição intercorrente, podendo o Juiz do feito decretá-la de ofício, pois nada justifica um processo arrastar-se por longo tempo até ter uma solução final ou a chamada eternização do tributo.

O processo executivo fiscal, tendo como fundamento à supremacia do interesse público sobre o privado, concede alguns privilégios a Fazenda Pública para obter a satisfação de seus créditos, exigindo do contribuinte inadimplente a prestação de sua obrigação, quer pelo pagamento imediato após a citação, quer pela penhora de bens suficientes que serão leiloados ou adjudicados.

É bem de ser ver que a prescrição intercorrente somente é verificada na hipótese de restar paralisado o feito, por mais de 05 (cinco) anos, em decorrência da inércia do exeqüente – FAZENDA PÚBLICA - em proceder às medidas necessárias à obtenção de êxito no processo executivo.O tema já foi objeto de Súmula do colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, de número 314, que encerrou a discussão ao afirmar que: "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual inicia-se o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente."Somos adeptos da tese de que os prazos de decadência e prescrição deveriam ser, imediatamente, reduzidos pela reforma tributária, pois inseridos no CTN de 1.966 – antes dos sistemas eletrônicos de dados – era razoável que se destinasse o tempo de 5 anos para o Governo lançar e cobrar os seus créditos tributários, quando não tinha completo controle do cidadão, apesar dos meios escusos usados pela ditadura para tal fim, na época da instituição do CTN. Contudo, o moderno sistema de informações, onde se tem bancos de dados extensos “vigiado” diuturnamente o cidadão, seja pelo CPF, pela movimentação bancária (Ex-CPMF), pelo BACEN-JUD, RENAVAN, RG’S, Declarações de Imposto de Renda, Declarações de Isentos do IRPF, enfim, o poder público dispõe de informações abundantes, precisas, de todos os brasileiros. A alegação da Fazenda Pública – dispondo de todos os meios de acessos e instrumentos de cruzamentos de informações dos cidadãos e pessoas jurídicas - de que não encontrou o executado ou seus bens, ao longos cinco anos, é de uma irracionalidade absurda, inacreditável. A fim de evitar a protelação da execução fiscal por tempo indeterminado é que se tem a prescrição intercorrente como instrumento legal.Assim, para a jurisprudência, quando o devedor é citado e não tem bens para penhorar, o prazo de prescrição fica suspenso por um ano. Depois desse período, voltam a correr os cinco anos até ocorrência da prescrição intercorrente, que já pode ser decreta de ofício pelo Juiz do executório, desde a vigência da lei que modificou a aplicação do instituto prescricional, impondo segurança jurídica aos litigantes.Aliás, a expectativa inicial era que ocorreria um “boom” de arquivamentos de feitos, logicamente após os exames, as análises, as constatações da ocorrência das inércias de cada caso por mais de 5 anos e as decisões judiciais findando os processos, fazendo com que as prateleiras dos fóruns esvaziassem, tornando o judiciário desafogado das ações que não teriam condições de prosseguir, aproveitando da prerrogativa da decretação de ofício da prescrição intercorrente, inserido no mundo jurídico após a vigência da então nova lei.

Os tribunais logo assimilaram o neófito dispositivo como vemos na ementa colecionada (9):“I - Com a entrada em vigor da Lei n° 11.051/2004, que acrescentou o § 4° ao art. 40 da Lei n° 6.830/80, viabilizada está à possibilidade da decretação de ofício da prescrição intercorrente por iniciativa judicial. II. Entretanto, nem mesmo a falta de intimação pessoal da exeqüente da decisão que determinou o arquivamento dos autos é motivo para modificar aquele entendimento, pois, arquivado provisoriamente o

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feito por mais de 15 (quinze) anos, sem o menor indício da localização de bens penhoráveis do devedor, e limitando-se a exeqüente em justificar suas razões em meras questões processuais, não demonstra, com fatos concretos, a viabilidade dessa execução.III - É certo que não houve intimação da decisão de arquivamento, mas não menos certo é que, ad aventum, poderia e deveria ter apresentado, com as razões recursais, fatos concretos que pudessem levar o magistrado a quo e este Tribunal a afastar a prescrição ora questionada com regular processamento do feito. Se assim não fez, com certeza não os tem e não os apresentará em primeiro grau de jurisdição. Portanto, devolver os autos para o cumprimento dessa formalidade processual implica apenas em retardar e onerar a prestação jurisdicional.IV. A prescrição qüinqüenal restou caracterizada, pois, discutindo-se créditos de 1983 e 1985, distribuída à ação em 11/10/1988, arquivada provisoriamente em 10/04/1991, foi desarquivada em 04/10/2006, com vista para a Fazenda Nacional nem 05/10/2006 (art. 25 da Lei nº 6.830/80) e sentenciada em 09/05/2007.V - Apelação não provida.”

Outro aresto interessante onde foi abordado, além da prescrição intercorrente, os efeitos da redução de 10 para 5 anos o prazo para o INSS cobrar seus créditos, cuja inconstitucionalidade declarada pelo STJ foi assimilada pelo Juízo “a quo” (10):“1. A Lei n. 11.051/2004 tem natureza processual, sendo sua aplicação imediata, alcançando, inclusive, os processos em curso.2. A controvérsia sobre o prazo prescricional das contribuições previdenciárias se encontra uperada após a declaração de inconstitucionalidade do artigo 45 da Lei n. 8.212/91 pelo STJ.3. " A hipótese prevista no art. 20 da Lei n. 10.522/02, o qual determina o arquivamento sem baixa das execuções fiscais inferiores à R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), não causa suspensão do prazo prescricional para a cobrança de débito tributário, tendo em vista caber somente à lei complementar dispor sobre esse instituto" (REsp 802.624/PR, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, 2ª Turma, julgado em 06.04.2006, DJ de 25.05.2006, p. 217).4. Embargos de declaração acolhidos.” Na EMENTA a seguir vemos que (11) “A lei de execução fiscal não determina a intimação da Fazenda Nacional após a determinação do arquivamento do feito, com base no art. 40, § 2º da LEF.”, o que acelera finalização do feito executório:

“PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. POSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. LEI N. 11.051/2004, QUE ACRESCENTOU O § 4° AO ART. 40 DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI N. 6.830/80). SUSPENSÃO DO FEITO POR 1 (UM) ANO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 314 DO STJ. DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DA DECISÃO QUE DETERMINA O ARQUIVAMENTO DO FEITO. PRAZO PRESCRICIONAL DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS APÓS A CONSTITUIÇÃO DE 1988: QÜINQÜENAL.1. A partir da vigência da Lei n. 11.051/2004, que acrescentou o § 4° ao art. 40 da Lei n. 6.830/80, viabilizou-se a decretação de ofício da prescrição intercorrente por iniciativa judicial, condicionada, porém, à prévia oitiva da parte exeqüente para, querendo, argüir quaisquer causas suspensivas ou interruptivas do prazo prescricional. Por ser norma de natureza processual, sua aplicação é admitida aos processos em curso. Precedentes do STJ.

2. "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente" (Súmula 314 do STJ).

3. A lei de execução fiscal não determina a intimação da Fazenda Nacional após a determinação do arquivamento do feito, com base no art. 40, § 2º da LEF.

4. Após a Constituição Federal de 1988 as contribuições previdenciárias, inclusive as destinadas para o financiamento da seguridade social, têm natureza de tributo. Desta forma, a elas são aplicadas as normas gerais do direito tributário, incluindo-se nestas as regras relativas à prescrição. Ocorrência da prescrição qüinqüenal.

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5. Apelação improvida.”Apesar da modificação legislativa ter entrado em vigor, sido aplicada imediatamente pelos tribunais, não ocorreu o esperado efeito do ponto de vista quantitativo. O que se constata foi um número tímido de processos encerrados pela prescrição intercorrente, uma vez ainda alto o número de feitos arquivados provisoriamente, sem ter recebido a aplicação prática da lei in comento não por resistência dos operadores do direito mas por vários motivos, principalmente pela carência de funcionários no judiciário em todo o país, o que vem impedindo o manuseio e as movimentação dos processos destinatários da citada norma.

Fala-se muito em lentidão da Justiça e pouco se tem feito para mudar a situação. Se por um lado os procedimentos eletrônicos agilizam a tramitação dos processos por outro a ultrapassada legislação processual – CPC de 1973, quando não havia informatização nem democracia neste país – emperra os andamento dos feitos, além da carência de funcionários que, em muitos casos, não há nem reposições de funcionários para preenchimento das vagas dos que se aposentam e não há criação de novos postos para atender o aumento da demanda pela prestação jurisdicional.

Não se levam em conta o aumento do acesso ao Judiciário pelos cidadãos, por dois motivos óbvios:1) A Constituição Cidadã, que fará 20 anos no corrente 2008, foi assimilada pelo destinatário da carta, o povo; 2) As facilidades de acesso ao judiciário, benefício alcançado com a democratização da justiça, efetivada pela implantação e funcionamento dos Juizados de Pequenas Causas;Decorrente desse aumento do número de ações torna-se mais acentua a falta de estrutura material e de pessoal nos órgãos do Judiciário nacional, principalmente nos Juizados Especiais, onde a carência de pessoal é mais visível. Não se preparou para receber tantas ações, mormente as de cunho previdenciário.Por outro lado, há também as causas onde não é necessário a utilização do judiciário. É inconcebível, por exemplo, a utilização de toda a máquina judiciária para se cobrar anuidades de Conselhos de Profissões Regulamentadas, composto de vários órgãos, dada o alargamento de profissões que atingiram tal status. A quantidade de execuções fiscais distribuídas por tais órgãos corporativos alcança números absurdos e injustificável a utilização da cobrança judicial para tentativa de se reaver valores ínfimos. Veja-se que nem se utilizam dos juizados especiais, para causas inferiores a 60 salários mínimos, mas a própria Justiça Federal que – abarrotada de processos, com varas especializadas em execuções fiscais comportando mais de 40 mil processos cada, a maioria oriundas de anuidades de vários conselhos de classe – essa torna inoperante nas cobranças que realmente lhe compete processar, tais como Impostos e Contribuições, além das Previdenciárias. Contrapondo a incoerência dos conselhos classistas, a Fazenda Nacional não executa valores inferiores a 10 mil, por cada CPF/CNPJ, justamente por economia orçamentária (baixa o custo executório) como também visando deixar o Judiciário cuidar das execuções que realmente lhe interessam. O problema da inadimplência das anuidades dos Conselhos decorrem mais da carência de postos de trabalho no mercado formal, para os profissionais a eles vinculados, do que inércia dos devedores em quitar suas obrigações em si. O exemplo dos Engenheiros, contra os quais atualmente quase não se vê distribuição de execuções fiscais pelos CREA’s em cada estado, pois os inscritos nos seus quadros trataram de quitar suas dívidas para voltarem ao mercado de trabalho, uma vez que o seu setor econômico está em ebulição. A origem da inadimplência nos Conselhos Profissionais está no fato de, ao concluir o terceiro grau, os recém formados imediatamente se inscrevem nos conselhos respectivos de suas profissões, para ganhar condições de se inserirem no mercado de trabalho e, não se concretizando suas expectativas, tornam-se inadimplentes. Essas dívidas é questão interna das respectivas corporações e não da Justiça Federal. Faz-se necessário mudar e modernizar a legislação para excluir do Judiciário Federal a competência para cobrar dos inadimplentes dos conselhos profissionais, pois o Judiciário é caro para se tornar cobrador de anuidades em atraso. Por sua vez, os órgãos de classe devem ser reformulados, para que se preocupem mais com a capacitação da mão de obra de que o mercado esteja necessitando do que priorizar execuções fiscais visando cobrar anuidades, cujos atrasos são oriundos de desemprego de

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seus filiados. Porque não se utilizar dos Tribunais de Arbitragem para resolução desses “pequenos” conflitos corporativos?Dest’arte, por ser o CTN de 1.966 e a Lei de Execuções Fiscais de 1980, com o tempo foi sedimentando a jurisprudência, podendo os operadores do direito tirarem lições preciosas dos julgados da Corte Superior sobre o tema, inclusive quanto aos honorários de sucumbência, de interesse das partes. Um julgado onde as controvérsias foram bastante debatidas, e a posição da Corte pacificada (13), é interessante ser visto e apreendido, verbis: “1. O artigo 40 da Lei de Execução Fiscal deve ser interpretado harmonicamente com o disposto no artigo 174 do CTN, que deve prevalecer em caso de colidência entre as referidas leis. Isto porque é princípio de Direito Público que a prescrição e a decadência tributárias são matérias reservadas à lei complementar, segundo prescreve o artigo 146, III, "b" da CF.2. A mera prolação do despacho que ordena a citação do executado não produz, por si só, o efeito de interromper a prescrição, impondo-se a interpretação sistemática do art. 8º, § 2º, da Lei nº 6.830⁄80, em combinação com o art. 219, § 4º, do CPC e com o art. 174 e seu parágrafo único do CTN.3. Após o decurso de determinado tempo, sem promoção da parte interessada, deve-se estabilizar o conflito, pela via da prescrição, impondo segurança jurídica aos litigantes, uma vez que afronta os princípios informadores do sistema tributário a prescrição indefinida.4. Paralisado o processo por mais de 5 (cinco) anos impõe-se o reconhecimento da prescrição, máxime quando há pedido de curador especial nomeado no caso de a parte executada ter sido citada por edital. Precedentes: REsp 623.432 - MG, Relatora Ministra ELIANA CALMON, Segunda Turma, DJ de 19 de setembro de 2005, Primeira Turma, DJ de 22 de agosto de 2005; REsp 575.073 - RO, Relator Ministro CASTRO MEIRA; Segunda Turma, DJ de 01º de julho de 2005; REsp 418.160 - RO, Relator Ministro FRANCIULLI NETTO, Segunda Turma, DJ de 19 de outubro de 2004.5. O curador especial age em juízo como patrono sui generis do réu revel citado por edital, podendo pleitear a decretação da prescrição intercorrente (precedentes: AgRg no REsp 710.449 - MG, Relator Ministro FRANCISCO FALCÃO, Primeira Turma, DJ de 29 de agosto de 2005; REsp 755.611 - MG, Relator Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI; REsp 9.961 - SP, Relator Ministro ATHOS CARNEIRO, Quarta Turma, DJ de 02 de dezembro de 1991).6. A fixação dos honorários advocatícios decorre da propositura do processo. Em conseqüência, rege essa sucumbência a lei vigente à data da instauração da ação. Por isto a Medida Provisória nº 2.164-40⁄2001 só pode ser aplicável aos processos iniciados após a sua vigência.7. A Medida Provisória 2.164-40⁄2001, por regular normas de espécie instrumental material, com reflexos na esfera patrimonial das partes, não incide nos processos já iniciados antes de sua vigência (27⁄07⁄2001), em respeito ao ideal de segurança jurídica.8. In casu, evidencia-se que o presente executivo fiscal foi ajuizado em 27⁄112⁄1998, antes, portanto, à edição da referida norma, pelo que impõe-se reconhecer a sua inaplicabilidade (precedente: EREsp n.º 559.959 - SC, Relator Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, Primeira Seção, DJ de 21 de março de 2005).9. Os honorários advocatícios, nas ações condenatórias em que for vencida a Fazenda Pública, devem ser fixados à luz do § 4º do CPC que dispõe, verbis: "Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior."10. Conseqüentemente, a conjugação com o § 3.º, do art. 20, do CPC, é servil para a aferição eqüitativa do juiz, consoante às alíneas a, b e c do dispositivo legal.11. Pretendesse a lei que se aplicasse à Fazenda Pública a norma do § 3º do art. 20 do CPC, não haveria razão para a lex specialis consubstanciada no § 4º do mesmo dispositivo.12. Destarte, vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários não está adstrita aos limites percentuais de 10% e 20%, podendo ser adotado como base de cálculo o valor dado à causa ou à condenação, nos termos do art. 20, § 4º, do CPC (Precedentes: AgRg no AG 623.659⁄RJ, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 06.06.2005; AgRg no REsp 592.430⁄MG, Rel. Min. Denise Arruda, DJ 29.11.2004; e AgRg no REsp 587.499⁄DF, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJ 10.05.2004).13. A revisão do critério adotado pela Corte de origem, por eqüidade, para a fixação dos honorários, encontra óbice na Súmula 07 do STJ. No mesmo sentido, o entendimento sumulado do Pretório Excelso: "Salvo limite legal, a fixação de honorários de advogado, em complemento da condenação, depende das

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circunstâncias da causa, não dando lugar a recurso extraordinário." (Súmula 389⁄STF). Precedentes da Corte: REsp 779.524⁄DF, Rel. Min. FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, DJ 06.04.2006; REsp 726.442⁄RJ, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ 06.03.2006; AgRg nos EDcl no REsp 724.092⁄PR, Rel. Min. DENISE ARRUDA, DJ 01.02.2006.”

Urge promover um mutirão no Judiciário, em todos os seus níveis, para que se elimine processos alcançados pela prescrição intercorrente, uma vez que a prescrição pode ser reconhecida de ofício em todos os tipos de execução, tanto as federais, estaduais ou municipais, inclusive as de autarquias.

Somente com o esvaziamento das “prateleiras” dos fóruns é que se tornarão mais ágeis as execuções fiscais. Como conseqüência, os eficientes e zelosos funcionários do Judiciário, assim como os Juízes certamente, com menos processos em tramitação, terão condições de movimentarem e despacharem os feitos remanescentes num menor lapso de tempo, obtendo a celeridade processual – tão almejada pela sociedade – que mudará o conceito, de lentidão, para prontidão do judiciário!

Crítica: Esperava-se que, com a Nova Lei da Prescrição Intercorrente, houve um mutirão nos Fóruns de todo o país visando detectar as ocorrências do lapso de tempo necessário à decretação de ofício do instituto processual citado. Não se viu, salvo raras exceções. Continuam milhares de processos suspensos ou arquivados provisoriamente, sem, contudo, solução definitiva.

Sugestões: Cabe aos operadores do direito envolvidos com processos executórios uma averiguação acurada visando “descobrir” a ocorrência da citada prescrição. Caso positivo, apesar no atual ordenamento jurídico permitir a decretação de oficio, peticionar requerendo o arquivamento definitivo do executivo fiscal.

5 - O QUE O STJ DECIDIU 5.1 – A decadência de 5 anosA Corte Especial do Colendo STJ decidiu pelos 5 anos, conforme julgado publicado em 15/10/2007 (16)“CONSTITUCIONAL, PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE. DO ARTIGO 45 DA LEI 8.212, DE 1991. OFENSA AO ART. 146, III, B, DA CONSTITUIÇÃO. 1. As contribuições sociais, inclusive as destinadas a financiar a seguridade social (CF, art. 195), têm, no regime da Constituição de 1988, natureza tributária. Por isso mesmo, aplica-se também a elas o disposto no art. 146, III, b, da Constituição, segundo o qual cabe à lei complementar dispor sobre normas gerais em matéria de prescrição e decadência tributárias, compreendida nessa cláusula inclusive a fixação dos respectivos prazos. Conseqüentemente, padece de inconstitucionalidade formal o artigo 45 da Lei 8.212, de 1991, que fixou em dez anos o prazo de decadência para o lançamento das contribuições sociais devidas à Previdência Social.2. Argüição de inconstitucionalidade julgada procedente.”Em decorrência do importante julgado retro escrevemos vários artigos, amplamente divulgados, com o fito de alertar aos contribuintes envolvidos sobre direitos a serem exercidos.5.2 - O que está na lei 8.212/1991De um lado, a legislação previdenciária, exigindo dez anos (17); do outro, o CTN determinando cinco anos.Nos termos do art. 146, III, da Constituição Federal, a Lei Complementar deve estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária. Dentre esses temas de normas gerais estão a decadência e a prescrição, que somente podem ser veiculadas por instrumentos normativos próprios. Daí se conclui, ao menos nesse exame preliminar, que o art. 45 da Lei 8.212, que instituiu o plano de custeio da Previdência Social, padece de vício de inconstitucionalidade ao dispor de prazo de 10 anos para que o INSS lance os tributos sob sua administração.

O Código Tributário Nacional, que foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 no patamar de lei complementar, estabelece o prazo de 5 anos para a Fazenda Pública efetuar o lançamento dos tributos por ela arrecadados e administrados. Para alterar esse prazo é necessário que se edite um instrumento normativo equivalente, qual seja, uma lei complementar, o que não ocorreu no caso dos autos.

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5.3 - Consequências da decisão Decisões do STJ, do TRF-1ª Região e até do CC/MG vinham alinhando-se com o decidido pela Corte Especial do STJ, como que se antevendo o que viria do Plenário da Excelsa Corte e sua respectiva SV-8;Veja-se os seguintes julgados:a) Do STJ ”1. Prazo decadencial aplicável ao direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos.2. Irresignação especial fundada na alegada violação dos artigos 150, § 4º, e 173, I, do CTN, e 45, da Lei 8.212/91, que prevê o prazo de dez anos para que a Seguridade Social apure e constitua seus créditos, bem como na aduzida divergência jurisprudencial existente entre o acórdão recorrido e aresto do STJ, no sentido de que, "quando se tratar de tributos a serem constituídos por lançamento por homologação, inexistindo pagamento, tem o fisco o prazo de 10 anos, após a ocorrência do fato gerador, para constituir o crédito tributário" (EREsp 132329/SP, Relator Ministro Garcia Vieira, Primeira Seção, DJ de 07.06.1999).3. Acórdão regional que assentou a inaplicabilidade do prazo previsto no artigo 45, da Lei 8.212/91, "pelo fato de que tal lei refere-se às contribuições previdenciárias, categoria na qual não se encaixa a contribuição social sobre o lucro, como quer o Fisco" e "em razão de que os prazos de decadência e prescrição constituem matéria reservada à lei complementar, na forma do artigo 146, III, b da Constituição Federal". Consoante o Tribunal de origem, somente o Código Tributário Nacional, diploma legal recepcionado como lei complementar, pode dispor acerca de prazos decadenciais e prescricionais, restando eivado de inconstitucionalidade o artigo 45, da Lei 8.212/91.4. O prazo decadencial decenal aplicado na forma do artigo 45, da Lei 8.212/91, em detrimento dos artigos 150, § 4º, e 173, inciso I, da Constituição Federal de 1988, bem como a recusa de sua aplicação posto oriunda de lei ordinária, em contravenção ao cânone constitucional, impregna o aresto de fundamento nitidamente constitucional, ad minus quanto à obediência à hierarquia de normas porquanto a Carta Magna exige lei complementar para o tratamento do thema iudicandum.5. Deveras, reconhecer a higidez da lei ou entrever a sua contrariedade às normas constitucionais, implica assentar a natureza constitucional do núcleo central do aresto impugnado, arrastando a competência exclusiva da Suprema Corte para a cognição da presente impugnação (Precedentes do STJ: REsp 841978/PE, Segunda Turma, publicado no DJ de 01.09.2006; REsp 548043/CE, Primeira Turma, DJ de 17.04.2006; e REsp 713643/PR, osé Delgado, Primeira Turma, DJ de 29.08.2005).6. Nada obstante, consoante cediço, as leis gozam de presunção de legalidade enquanto não declaradas inconstitucionais. Desta sorte, o incidente de inconstitucionalidade que revela controle difuso não tem o condão de paralisar os feitos acerca do mesmo tema, tanto mais que a sua decisão no caso concreto, por tribunal infraconstitucional tem eficácia inter partes.7. Deveras, tratando-se o STJ de tribunal de uniformização de jurisprudência, enquanto a Corte Especial não decide acerca da constitucionalidade da questão prejudicial, há de se aplicar ao caso concreto o entendimento predominante no órgão colegiado, ex vi dos artigos 150, § 4º, e 173, I, ambos do CTN.8. Com efeito, a Primeira Seção consolidou entendimento no sentido de que, em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, no caso em que não ocorre o pagamento antecipado pelo contribuinte, o poder-dever do Fisco de efetuar o lançamento de ofício substitutivo deve obedecer ao prazo decadencial estipulado pelo artigo 173, I, do CTN, segundo o qual o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.9. Deveras, é assente na doutrina: "a aplicação concorrente dos artigos 150, § 4º e 173, o que conduz a adicionar o prazo do artigo 173 - cinco anos a contar do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido praticado - com o prazo do artigo 150, § 4º - que define o prazo em que o lançamento poderia ter sido praticado como de cinco anos contados da data da ocorrência do fato gerador. Desta adição resulta que o dies a quo do prazo do artigo 173 é, nesta interpretação, o primeiro dia do exercício seguinte ao do dies ad quem do prazo do artigo 150, § 4º.A solução é deplorável do ponto de vista dos direitos do cidadão porque mais que duplica o prazo decadencial de cinco anos, arraigado na tradição jurídica brasileira como o limite tolerável da insegurança jurídica.Ela é também juridicamente insustentável, pois as normas dos artigos 150, § 4º e 173 não são de aplicação cumulativa ou concorrente, antes são reciprocamente excludentes, tendo em vista a

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diversidade dos pressupostos da respectiva aplicação:o art. 150, § 4º aplica-se exclusivamente aos tributos ´cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa´; o art. 173, ao revés, aplica-se aos tributos em que o lançamento, em princípio, antecede o pagamento.(...)A ilogicidade da tese jurisprudencial no sentido da aplicação concorrente dos artigos 150, § 4º e 173 resulta ainda evidente da circunstância de o § 4º do art. 150 determinar que considera-se ´definitivamente extinto o crédito´ no término do prazo de cinco anos contados da ocorrência do fato gerador. Qual seria pois o sentido de acrescer a este prazo um novo prazo de decadência do direito de lançar quando o lançamento já não poderá ser efetuado em razão de já se encontrar ´definitivamente extinto o crédito´? Verificada a morte do crédito no final do primeiro quinquênio, só por milagre poderia ocorrer sua ressurreição no segundo." (Alberto Xavier, Do Lançamento. Teoria Geral do Ato, do Procedimento e do Processo Tributário, Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1998, 2ª Edição, págs. 92 a 94).10. Desta sorte, como o lançamento direto (artigo 149, do CTN) poderia ter sido efetivado desde a ocorrência do fato gerador, é do primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao nascimento da obrigação tributária que se conta o prazo decadencial para a constituição do crédito tributário, na hipótese, entre outras, da não ocorrência do pagamento antecipado de tributo sujeito a lançamento por homologação, independentemente da data extintiva do direito potestativo do o Estado rever e homologar o ato de formalização do crédito tributário efetuado pelo contribuinte (Precedentes da Primeira Seção: AgRg nos EREsp 190287/SP, desta relatoria, publicado no DJ de 02.10.2006; e ERESP 408617/SC, Relator Ministro João Otávio de Noronha, publicado no DJ de 06.03.2006).11. In casu, a notificação de lançamento, lavrada em 31.10.2001 e com ciente em 05.11.2001, abrange duas situações: (1) diferenças decorrentes de créditos previdenciários recolhidos a menor (abril e novembro/1991, março a julho/1992; novembro e dezembro/1992; setembro a novembro/1993, janeiro/1994, março/1994 a janeiro/1998; e março e junho/1998); e (2) débitos decorrentes de integral inadimplemento de contribuições previdenciárias incidentes sobre pagamentos efetuados a autônomos (maio a novembro/1996; janeiro a julho/1997; setembro e dezembro/1997; e janeiro, março e dezembro/1998) e das contribuições destinadas ao SAT incidente sobre pagamentos de reclamações trabalhistas (maio/1993; abril/1994; e setembro a novembro/1995).12. No primeiro caso, considerando-se a fluência do prazo decadencial a partir da ocorrência do fato gerador, encontram-se fulminados pela decadência os créditos anteriores a novembro/1996.

13. No que pertine à segunda situação elencada, em que não houve entrega de GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), nem confissão ou qualquer pagamento parcial, incide a regra do artigo 173, I, do CTN, contando-se o prazo decadencial qüinqüenal do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Desta sorte, encontram-se hígidos os créditos decorrentes de contribuições previdenciárias incidentes sobre pagamentos efetuados a autônomos e caducos os decorrentes das contribuições para o SAT. (18).14. Recurso especial conhecido parcialmente e, nesta parte, desprovido.”b – Do TRF-1ª Região: “A controvérsia sobre o prazo prescricional das contribuições previdenciárias se encontra superada após a declaração de inconstitucionalidade do artigo 45 da Lei n. 8.212/91 pelo STJ.” (19).c) Do Conselho de Contribuintes: Notícia divulgada em 24/04/2008 afirmou que o Conselho de Contribuintes publicou uma decisão que reduz de dez para cinco anos o prazo de cobrança de contribuições sociais pelo fisco federal. O órgão adota pela primeira vez o entendimento definido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2007 sobre o prazo de decadência das contribuições sociais. O tribunal superior derrubou a previsão fixada pela Lei nº 8.212, de 1991, segundo a qual uma vez vencido o prazo de recolhimento do tributo, há ainda dez anos para o lançamento da contribuição.d) Conseqüências da Decisão no CRIME TRIBUTÁRIOO Colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (2) decidiu que, em caso de decadência do ocorrida sobre o direito de lançar tributo ou contribuição, a ação criminal não pode prosseguir, verbis:

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RECURSO ESPECIAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. AÇÃO PENAL. CRÉDITO FISCAL. DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE LANÇAMENTO. CRIME MATERIAL. FALTA DE JUSTA CAUSA. TRANCAMENTO. PRECEDENTES.1. Os crimes definidos no art. 1.º, da Lei n.º 8.137/1990, a teor do entendimento consagrado pelo Supremo Tribunal Federal, são materiais ou de resultado, somente se consumando com o lançamento definitivo do crédito fiscal.2. Nesse contexto, decaindo a administração fiscal do direito de lançar o crédito tributário, em razão da decadência do direito de exigir o pagamento do tributo, tem-se que, na hipótese, inexiste justa causa para o oferecimento da ação penal, em razão da impossibilidade de se demonstrar a consumação do crime de sonegação tributária.”No mesmo sentido o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL decidiu reiteradas vezes, que pela repetição faz nascer o projeto de SÚMULA VINCULANTE da Excelsa Corte:Projeto de Súmula Vinculante do STFPROCESSO PENAL. CRIME MATERIAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. DENÚNCIA ANTES DO LANÇAMENTO DEFINITIVO DO TRIBUTO. INADMISSIBILIDADE.Enunciado: "Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, antes do lançamento definitivo do tributo” (3).6 - A DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E A SÚMULA VINCULANTE 8Em Sessão Plenária de 11/06/2008 os Ministros do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL declararam a inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que havia fixado em dez anos os prazos decadencial e prescricional das contribuições da seguridade social, prevalecendo assim os prazos do CTN que são de 5 anos.Na decisão plenária foi reconhecido que “apenas lei complementar pode dispor sobre normas gerais – como prescrição e decadência em matéria tributária, incluídas aí as contribuições sociais. A decisão se deu no julgamento dos Recursos Extraordinários (REs) 556664, 559882, 559943 e 560626, todos negados por unanimidade”, conforme noticiado pelo STF.O entendimento dos ministros foi unânime. O artigo 146, III, ‘b’ da Constituição Federal, afirma que apenas lei complementar pode dispor sobre prescrição e decadência em matéria tributária. Como é entendimento pacífico da Corte que as contribuições sociais são consideradas tributos, a previsão constitucional de reserva à Lei Complementar para tratar das normas gerais sobre tributos se aplica a esta modalidade.No dia seguinte o Plenário define efeitos do julgamento sobre prazos quanto à exigência de contribuições sociais Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na tarde desta quinta-feira (12) modular os efeitos da declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos que tratam dos prazos de prescrição e decadência em matéria tributária. Por maioria de votos, o Plenário decidiu que a Fazenda Pública não pode exigir as contribuições sociais com o aproveitamento dos prazos de 10 anos previstos nos dispositivos declarados inconstitucionais, na sessão plenária de ontem. A restrição vale tanto para créditos já ajuizados, como no caso de créditos que ainda não são objeto de execução fiscal. Nesse ponto, a decisão teve eficácia retroativa, ou seja, a partir da edição da lei.A modulação dos efeitos da decisão faz uma ressalva, no entanto, quanto aos recolhimentos já realizados pelos contribuintes, que não terão direito a restituição, a menos que já tenham ajuizado as respectivas ações judiciais ou solicitações administrativas até a data do julgamento (11 de junho).Dessa forma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, explicou que "são legítimos os recolhimentos efetuados nos prazos previstos nos artigos 45 e 46 e não impugnados antes da conclusão deste julgamento”.Assim, os contribuintes que ajuizaram ações até ontem (11), data do julgamento no STF, serão beneficiados com a declaração de inconstitucionalidade e deverão receber de volta o tributo que foi recolhido indevidamente. Já aqueles contribuintes que não ajuizaram ações até a última quarta-feira, não terão direito a reaver o que já pagaram.Ao negar provimento aos Recursos Extraordinários (REs) 556664, 559882, 559943 e 560626, na quarta-feira, o Plenário reconheceu que apenas lei complementar pode dispor sobre normas gerais em matéria tributária. No caso, foram considerados inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei Ordinária 8.212/91, que haviam fixado em dez anos os prazos decadencial e prescricional das contribuições da seguridade social, e também reconheceram a incompatibilidade constitucional do parágrafo único do artigo 5º do

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Decreto-Lei 1.569/77. Esse dispositivo determinava que o arquivamento administrativo das execuções fiscais de créditos tributários de pequeno valor seria causa de suspensão do curso do prazo prescricional.Essa proposta de modulação, inédita no âmbito do Supremo, foi feita pelo presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, e tem o poder de garantir a necessária segurança jurídica na resolução da matéria. A Procuradoria da Fazenda Nacional havia se pronunciado, durante o julgamento de ontem, alegando que a questão envolve em torno de R$ 96 bilhões, entre valores já arrecadados e em vias de cobrança pela União com base nas leis declaradas inconstitucionais.Após ouvir a opinião favorável do vice-procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel, os ministros aprovaram a Súmula Vinculante número 8, sobre o tema julgado, que passa a vigorar com a seguinte redação: “São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”.Trata-se de julgado histórico, que inverte a posição de certeza e liquidez das CDA’’s do INSS para incerteza e iliquidez.6.1 - Prescrição e Decadência Tributárias: Só por Lei Complementar Com base na decisão acima, o Tribunal, por maioria, resolveu deliberar sobre a proposta de Súmula Vinculante acerca da matéria. Vencido, na questão, o Min. Marco Aurélio que entendia ser necessário, como regra, submeter o teor do verbete proposto à Comissão de Jurisprudência do Tribunal para uma reflexão maior, a fim de se evitarem percalços, tendo em conta o que decidido. Após, o Tribunal aprovou o Enunciado da Súmula Vinculante 8 nestes termos:“São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1.569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Precedentes citados no julgamento dos recursos extraordinários: RE 138284/CE (DJU de 28.8.92); RE 396266/SC (DJU de 27.2.2004); RE 456750/SC (DJU de 13.2.2007); RE 534856/PR (DJU de 22.3.2007); RE 544361/RS (DJU de 11.6.2007); RE 548785/RS (DJU de 15.8.2007); RE 552824/PR (DJU de 14.8.2007); RE 559991/SC (DJU de 29.8.2007); RE 560115/PR (DJU de 19.9.2007); RE 537657/PR (DJU de 1º.8.2007); RE 552710/SC (DJU de 10.9.2007); RE 546046/PR (DJU de 8.8.2007); RE 540704/RS (DJU de 8.8.2007); RE 106217/SP (DJU de 12.9.86).RE 560626/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, 11 e 12.6.2008. (RE-560626)RE 556664/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, 11 e 12.6.2008. (RE-556664)RE 559882/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, 11 e 12.6.2008. (RE-559882).6.2 - Decadência e prescrição de 5 anos para ao inss

Nova súmula considera inconstitucional artigo sobre prescrição tributária. Os ministros do Supremo Tribunal Federal aprovaram nesta quinta-feira (12/6) a redação da Súmula Vinculante número 8. A íntegra do texto: "São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Foi publicada no DJU de 20/06/2008A redação da nova súmula foi decidida após a opinião favorável do vice-procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel. Antes, os ministros do Supremo decidiram modular os efeitos da declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos que tratam dos prazos de prescrição e decadência em matéria tributária. Por maioria de votos, o Plenário decidiu que a Fazenda Pública não pode exigir as contribuições sociais com o aproveitamento dos prazos de 10 anos previstos nos dispositivos declarados inconstitucionais, na sessão plenária de quarta (11/6). A restrição vale tanto para créditos já ajuizados como no caso de créditos que ainda não são objeto de execução fiscal. Nesse ponto, a decisão teve eficácia retroativa, ou seja, a partir da edição da lei. A modulação dos efeitos da decisão faz uma ressalva, no entanto, quanto aos recolhimentos já realizados pelos contribuintes, que não terão direito a restituição, a menos que já tenham ajuizado as respectivas ações judiciais ou solicitações administrativas até a data do julgamento (11 de junho). O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, afirmou que "são legítimos os recolhimentos efetuados nos prazos previstos nos artigos 45 e 46 e não impugnados antes da conclusão deste julgamento". Assim, os contribuintes que ajuizaram ações até 11/6, data do julgamento no STF, serão beneficiados com a declaração de inconstitucionalidade e deverão receber de volta o tributo que foi recolhido

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indevidamente. Já aqueles contribuintes que não ajuizaram ações até a última quarta-feira, não terão direito a reaver o que já pagaram. Ao negar provimento aos Recursos Extraordinários 556664, 559882, 559943 e 560626, na quarta, o Plenário reconheceu que apenas lei complementar pode dispor sobre normas gerais em matéria tributária. No caso, foram considerados inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei Ordinária 8.212/91, que haviam fixado em dez anos os prazos decadencial e prescricional das contribuições da seguridade social, e também reconheceram a incompatibilidade constitucional do parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei 1.569/77. Esse dispositivo determinava que o arquivamento administrativo das execuções fiscais de créditos tributários de pequeno valor seria causa de suspensão do curso do prazo prescricional. Essa proposta de modulação, inédita no âmbito do Supremo, foi feita pelo presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, e tem o poder de garantir a necessária segurança jurídica na resolução da matéria. A Procuradoria da Fazenda Nacional havia se pronunciado, durante o julgamento de ontem, alegando que a questão envolve em torno de R$ 96 bilhões, entre valores já arrecadados e em vias de cobrança pela União com base nas leis declaradas inconstitucionais.7 - O QUE É SÚMULA VINCULANTESÚMULA VINCULANTE é o instituto de direito fruto da Emenda Constitucional nº 45, de 2004, mais conhecida como a Reforma do Poder Judiciário, a qual acresceu ao texto da Carta Política de outubro de 1988, o art. 103-A (20).Com o fito de regulamentar o pré-citado art. 103-A da CF/1988, incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, foi promulgada a Lei nº 11.417, de 2006, que disciplinou a edição, a revisão e o cancelamento de súmula vinculante por parte do Egrégio Supremo Tribunal Federal, bem como alterou a Lei do Processo Administrativo FederalNos termos do art. 103-A, caput, da CRFB, e do art. 2º, caput, da lei regulamentadora da súmula vinculante, atribuir-se-á eficácia vinculante à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal a partir de sua data de publicação na imprensa oficial, a qual irá operar efeitos para os demais órgãos do Poder Constituído Judiciário, bem como para a Administração Pública, direta e indireta, dos demais entes federativos.Finalmente, no que tange à súmula vinculante, fica claro que a publicação de enunciado que edite, reveja ou cancele verbete da súmula vinculante da Suprema Corte Federal produz efeitos em caráter ex nunc, tão-somente, a partir da data de publicação no Diário Oficial, não havendo como lhe atribuir efeitos retroativos a partir da data da formulação da proposição. A publicação da Súmula Vinculante nº 8 se dem em 2006/2008.7.1 - Dos limites subjetivos dos efeitos da súmula vinculanteConforme prescrito no art. 2º da Lei nº 11.417, de 2006 [04], devem submissão obrigatória aos enunciados vinculantes da súmula do Supremo Tribunal Federal todos os órgãos do Poder Constituído Judiciário, bem como todos os órgãos e entes da Administração Pública direta e indireta dos entes federativos municipal, estadual e federal.7.2 - Do objeto da súmula vinculantePara se estabelecer os contornos dos limites do objeto dos verbetes vinculantes da súmula do Pretório Excelso, mister se faz a exegese do art. 103-A, §1º da CF combinado com o art. 2º, caput, ab initio, e§1º da lei regulamentadora.Assim, nos termos dos pré-citados dispositivos legais, resta claro que os enunciados sobre os quais serão atribuídos eficácia vinculante terão por objeto a fixação do entendimento da Corte Suprema Federa acerca da validade, interpretação e eficácia de normas federais, estaduais, distritais e municipais em face dos preceitos estabelecidos no texto constitucional para tanto.7.3 - Da eficácia material e temporal da súmula vinculanteNos termos do art. 103-A, caput, da CRFB, e do art. 2º, caput, da lei regulamentadora da súmula vinculante, atribuir-se-á eficácia vinculante à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal a partir de sua data de publicação na imprensa oficial, a qual irá operar efeitos para os demais órgãos do Poder Constituído Judiciário, bem como para a Administração Pública, direta e indireta, dos demais entes federativos.Por óbvio, resta claro que a publicação de enunciado que edite, reveja ou cancele verbete da súmula vinculante da Suprema Corte Federal produz efeitos em caráter ex nunc, tão-somente, a partir da data de

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publicação no Diário Oficial, não havendo como lhe atribuir efeitos retroativos a partir da data da formulação da proposição.Ressalte-se que o art. 4º da Lei nº 11.417, de 2006, faculta ao Pretório Excelso a modulação dos efeitos temporais da súmula para outro momento futuro, possibilitando, ainda, a restrição material da eficácia vinculante da mesma, no sentido de delimitar o alcance subjetivo do enunciado, tão-somente, à observância obrigatória de determinados órgãos ou entes da administração pública federal, estadual, distrital ou municipal, casuisticamente. Isto porque, o juízo sobre a constitucionalidade da cobrança de determinado tributo pode e deve ficar restrito, tão-somente, à esfera de subjetiva dos entes federativos que possuem a respectiva competência e capacidade tributária, sendo desnecessário estender-lhe os efeitos de vinculação obrigatória aos demais.“Ex Positis”, resta claro que o instituto da súmula vinculante se trata de importante inovação que tem como função garantir o respeito à segurança jurídica e a celeridade processual, tendo, ainda, por corolário, a missão de resgatar a credibilidade do Poder Judiciário perante a sociedade8 – POSSIBILIDADE DE EXTINÇÃO DE CRIME TIBUTÁRIOO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), noticiou que:“por votação unânime da Segunda Turma, indeferiu pedido de Habeas Corpus impetrado em favor de empresário, condenado em 2003 pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal no Paraná pelo crime de apropriação indébita e continuada de contribuição previdenciária (artigos 168-A e 71, do Código Penal) dos funcionários da empresa Lemos Danova.Os demais ministros que integram a turma acompanharam o voto do relator, ministro Cezar Peluso. Ele não aceitou o argumento da defesa de que o juiz que condenou, restringiu o direito de defesa, ao negar a audiência de testemunhas residentes nos Estados Unidos que seriam fundamentais para provar que o acusado, embora investido na sociedade de direito, de fato não tinha poder de gestão para praticar o crime pelo qual foi condenado.No entanto, o relator, assim como também o Ministério Público Federal, endossaram o argumento do juiz de que as testemunhas arroladas não teriam o poder de provar a inocência do impetrante, uma vez que foram contratadas para trabalhar na empresa depois da ocorrência do crime. O juiz argumentou, ademais, que as provas documentais já eram suficientes para provar o crime do sócio. Além disso, segundo informou o relator, o crime não foi praticado apenas pela omissão do recolhimento de contribuições previdenciárias, mas também pela falsificação de documentos para enganar a fiscalização.O HC, com pedido de liminar, negada pelo relator, foi impetrado contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou outro HC, lá impetrado com objetivo semelhante ao do proposto ao STF. A decisão no STJ salientou que “não configura constrangimento ilegal por cerceamento de defesa o indeferimento de diligências, de forma fundamentada e convincente, que se apresentavam desnecessárias e sem pertinência com a instrução do processo”. (21)Deve-se evitar que a situação processual chegue ao nível extremo, como no caso acima. A questão merece análise mais profunda, uma vez que houve substancial mudança na Jurisprudência a cerca dos crimes previstos na Lei n.º 8.137/1990.Veja-se: O Colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (22) decidiu que, em caso de decadência do ocorrida sobre o direito de lançar tributo ou contribuição, a ação criminal não pode prosseguir, verbis:RECURSO ESPECIAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. AÇÃO PENAL. CRÉDITO FISCAL. DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE LANÇAMENTO. CRIME MATERIAL. FALTA DE JUSTA CAUSA. TRANCAMENTO. PRECEDENTES.1. Os crimes definidos no art. 1.º, da Lei n.º 8.137/1990, a teor do entendimento consagrado pelo Supremo Tribunal Federal, são materiais ou de resultado, somente se consumando com o lançamento definitivo do crédito fiscal.2. Nesse contexto, decaindo a administração fiscal do direito de lançar o crédito tributário, em razão da decadência do direito de exigir o pagamento do tributo, tem-se que, na hipótese, inexiste justa causa para o oferecimento da ação penal, em razão da impossibilidade de se demonstrar a consumação do crime de sonegação tributária.”No mesmo sentido o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL decidiu reiteradas vezes, que pela repetição faz nascer o projeto de SÚMULA VINCULANTE da Excelsa Corte:Esboço de Súmula VinculantePROCESSO PENAL. CRIME MATERIAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. DENÚNCIA ANTES DO LANÇAMENTO DEFINITIVO DO TRIBUTO. INADMISSIBILIDADE.

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Enunciado: "Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, antes do lançamento definitivo do tributo” (23) Em excelente artigo sobre o tema, Aldo de Paula Junior e Heloísa Estellita tiveram a oportunidade de defender, também, que “se o tipo penal tributário toma como elemento normativo o termo tributo, que só se configura como objeto de uma relação jurídico-tributária convertida em linguagem jurídica competente (lançamento), e tendo sido a conversão fulminada pela decadência, é inviável a configuração do tipo penal tributário por ausência de um de seus elementos” (c) 9 - CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS DA SÚMULA VINCULANTE 8 DO STF No âmbito administrativo: 9.1 – Débitos em ABERTO e não declarados, vencidos há mais de 5 anos.Embora haja decisão do STF, inclusive com Súmula Vinculante 8, ainda não foi expedida Resolução do Senado Federal suspendendo os efeitos dos artigos 45 e 46 da Lei 8121/19941julgados inconstitucionais nem tão pouco promulgação de texto de lei ordinária alternado os citados artigos para se alinharem ao CTN.Caso o contribuinte seja visitado pela fiscalização da RFB deve cumprir as exigências fiscais no que tange a entrega de documentação e, se houver lavratura de AI ou NFLD, impugnar os feitos fiscais que esteja em desacordo com a SV-8. Aí, na decisão da Delegacia de Julgamento da RFB, esta deverá julgar a impugnação em consonância com a Súmula Vinculante 8.9.2 – Defesas fiscais em andamento Tanto as que estão em tramitação nas Delegacias de Julgamentos da RFB quanto aos Recursos pendentes no 2º Conselho de Contribuintes do MF deverão ser objeto de decisão alinhada com o preconizado na SV-8, uma vez que a Administração Federal está sujeita ao decidido pela súmula em comento.Depósito recursal. Apesar de Julgado Inconstitucional pelo STF e ser objeto da MP 413, que o extingui, pasmem, ainda é exigido por algumas Delegacias da RFB como pressuposto para prosseguimento de Recursos Voluntários ao CC/MF. Nesse caso ainda é necessário impetração de Mandado de Segurança com pedido de liminar para que o feito seja remetido ao CC/MF.CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA ADMINISTRATIVA – DECISÃO DO STF FAZ RETORNAR AO “STATUS QUO” PARA O RECURSO.As CDA’s quem vêm embasando as execuções fiscais nos últimos anos podem decorrer de feitos fiscais que feriram o direito de defesa do contribuinte, pois este foi impedido de recorrer das decisões das Delegacias de Julgamento, em 2 instância para o extinto Conselho de Recursos da Previdência Social ao para o Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, pela impossibilidade de depositar o valor correspondente ao extinto depósito recursal ou também extinto arrolamento de bens. Se as CDA’s decorrem de tributo declarados e não pagos a análise o não se aplica às mesmas. Porém se decorrentes de levantamentos fiscais, objeto de impugnações – defesas – administrativas, devem ser retiradas dos processos executórios e restituir-se aos contribuintes o direito de recurso, negado anteriormente por legislação já extirpada do mundo jurídico pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal (9).A própria Receita Federal do Brasil, reconhecendo o efeito ex tunc da declaração de inconstitucionalidade, ou seja, que a decisão do STF é retroativa à data da integração do inconstitucional texto ao ordenamento jurídico, expediu norma no sentido de garantir o direito de recurso aos contribuintes anteriormente impedidos de fazê-lo (10), ao instruir “As unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) deverão declarar a nulidade das decisões que não tenham admitido recurso voluntário de contribuintes, por descumprimento do requisito do arrolamento de bens e direitos, bem como dos demais atos delas decorrentes, realizando um novo juízo de admissibilidade com dispensa do referido requisito."Por isso, todas as execuções fiscais fundamentadas em Certidões de Dívida Ativa oriundas de feitos fiscais que foram impugnados e não tiveram julgamento pelos Conselhos de Contribuintes estão maculadas, por falta de certeza e liquidez das respectivas CDA’s. Os efeitos nulos das ditas CDA’s vão mais longe pois o STF tem decidido, por reiteradas vezes, que "Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, antes do lançamento definitivo do tributo” (11). Processos criminais instaurados sem que os pretensos réus tenha exercidos seus direitos de defesa também são afetados, pois se tornaram inadimplentes temporariamente.

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A Constituição de 1988 prima por preservar o direito do cidadão. Incabível, pois, as penhoras on line, Bacen-jud, etc... para garantia o fisco e constrangimento do contribuinte mediante utilização de título ilíquido e incerto.9.3 – Débitos Inscritos em Dívida Ativa (ainda não ajuizada execução)Estão na Procuradoria da Fazenda Nacional, que também deverá acatar os efeitos da Súmula Vinculante 8 do STF.Na esfera judicial:9.4 – Executivos Fiscais Distribuídos no JudiciárioNas capitais e nos municípios onde há subseções da Justiça Federal os executivos fiscais federais (aí se incluem as Contribuições Previdenciárias) correm na própria Justiça Federal. Nos demais municípios do País, por competência delegada, os feitos correm nos Fóruns Estaduais.Os Juizes de primeira instância – tanto os Federais como os Estaduais – estão vinculados ao preconizado pela Súmula Vinculante 8.Outrossim, tanto os feitos de executivos fiscais que correm nas Justiças Estaduais como as que tramitam nas Seções e Subseções Federais, têm no Duplo Grau os Tribunais Regionais Federais. Estes, e até o STJ, também decidirão em consonância com a Súmula Vinculante 8 do STF.9.5 – O divisor Pode-se concluir que a Súmula Vinculante 8 do STF trouxe um Divisor nos prazos de tramitação dos Executivos Fiscais. Antes, a morosidade da justiça aliada ao excesso de processos em andamento – calcula-se que 40% dos processos em tramitação em todo o País se referem às Execuções Fiscais – levavam 12 anos em média, segundo dados divulgados pelo MF. Hoje, com a SV-8, as decisões prolatadas nos autos não serão mais objeto de recursos. É a celeridade processual finalmente chegando para diminuir o alto número de feitos em andamento. Em Belo Horizonte - MG, nas Varas Especializadas em Executivos Fiscais, há casos de 33, 35 e 38 mil processos em cada uma. A tendência, esperamos, é a diminuição drásticas desse absurdo número de feitos, uma vez que os executivos que contiverem 100% de decadência serão encerrados. Veja-se no ESQUEMA seguinte:10 - ESQUEMA da Execução Fiscal na Lei 6830/1980O processo executivo fiscal é moroso, podendo chegar – segundo a própria PFN – a 12 anos. Normalmente inserimos aqui um fluxograma de como o processo transcorre em suas diversas fases. (Como aqui o formato é texto fica inviável sua inserção).Não vamos nos ater a detalhes dos meandros do esquema citado. Seria inserido apenas para ilustrar as várias fases do Processo Executivo11 - A CITAÇÃO DO DEVEDOR.a - As Execuções Fiscais decorrem da inscrição em Dívida Ativa que, se cumpridas as formalidades legais (1), goza da presunção juris tantun de certeza e liquidez. Por se tratar de presunção relativa, a liquidez e certeza podem ser ilididas por prova inequívoca, tanto do executado quanto de terceiro ou de quem aproveite. b - Há um anacronismo entre a Lei (2) de Execução Fiscal (a), nicho da Ditadura pela qual atravessou nosso País, e o moderno processo civil que, no caso das execuções fiscais, tanto a inscrição em Dívida Ativa já formalizada em Certidão como a petição inicial, poderão constituir um único documento, preparado inclusive por processo eletrônico, o que já vem sendo feito no âmbito da Justiça Federal. Lei antiga, fruto da ditadura e antes da CF/1988 x moderno processo executivo. É bem de se ver que vamos comemorar 20 anos da CF de 1988. c - Fundamentado numa Lei “arcaica” – principalmente as execuções fiscais promovidas pela PFN (envolvendo débitos previdenciários) – vem de encontro a uma Doutrina e, principalmente, Jurisprudência modernas, que avançaram na interpretação do Processo Executório promovido pela Autarquia, o que vem sugerir aos executados estarem atentos, ao serem citados na ação, para tomarem todas as providências imediatas e cabíveis, visando garantir seus direitos, já que carecem de um código de defesa do contribuinte.d - É chegada a hora, portanto, de nova lei de execução fiscal, resultante de amplo debate, condizente não só com as garantias individuais preconizadas na Carta de 1988 como também com o atual rol de obrigações virtuais já vigentes tais como: Escrituração Digital (SPED), Declarações online (GEFIP, GPS, RAIS, DIRF, DCTF, DACON, DIPJ, DIPF, etc..), Certificação Digital, Peticionamento Eletrônico e os já utilizados Penhora online, Bacen-Jud e

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Processo Virtual. São instrumentos modernos e irreversíveis, que carecem de legislação processual atualizada para contexto virtual.Sugestão: As Citações são realizadas por Oficial de Justiça ou até por AR (Correios). Em ambos os casos quem recebem a citação nem sempre está consciente do que representa e que providências imediatas a serem tomadas. Logicamente que é procurar um Advogado, antes dos 5 dias que lhe foi concedido para oferecer as garantias determinadas pelo Juízo.e - Providências urgentes a serem tomadas após a citaçãoVerificar ocorrência de DECADÊNCIA, de Prescrição e se nome dos Sócios estão contidos como EXECUTADOS.12 - ILEITIMIDADE NO POLO PASSIVOA responsabilidade dos sócios não se estende às dívidas tributárias, salvo em duas situações excepcionais:1) Para os sócios das microempresas (ME) e das empresas de pequeno porte (EPP) em virtude da previsão legal contida na legislação do “supersimples” (25) uma vez estatuído que “os titulares ou sócios também são solidariamente responsáveis pelos tributos ou contribuições que não tenham sido pagos ou recolhidos, inclusive multa de mora ou de ofício, conforme o caso, e juros de mora." Por se tratar de legislação específica para o setor entendemos que sua aplicação é restrita a quem esteja ali enquadrado. Embora o preceito seja dirigido para as empresas que optaram pelo popular ‘”supersimples”, questionável é a sua constitucionalidade uma vez que previu tratamento diferenciado, contrariando o princípio da Carta Magna de “que todos são iguais perante a Lei”, além do que aquele estatuto instituiu norma que confronta às contidas nos arts. 134 e 135 do CTN (26) – sem alterá-las ou revogá-las – além das disposições do Código Civil vigente (27) sobre responsabilidade subsidiária (e não solidária), preceito este que se aplica a todos os sócios em geral.2) Se houver dissolução irregular da sociedade ou se comprovada infração a lei praticada pelo dirigente – dolo – e ambos devem ser provados e não presumidos, uma vez que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça pacificou a matéria através da sua 1ª Seção, no sentido de que “os bens do sócio de uma pessoa jurídica comercial não respondem, em caráter solidário, por dívidas fiscais assumidas pela sociedade, tendo em vista que a responsabilidade tributária imposta por sócio-gerente, administrador, diretor ou equivalente só se caracteriza quando há dissolução irregular da sociedade ou se comprova infração à lei praticada pelo dirigente. O simples inadimplemento não caracteriza infração legal. Inexistindo prova de que se tenha agido com excesso de poderes, ou infração de contrato social ou estatutos, não há falar-se em responsabilidade tributária do ex-sócio a esse título ou a título de infração legal. Inexistência de responsabilidade tributária do ex-sócio” (28)A prima facie os EXECUTADOS precisam agir quanto ao Pólo Passivo da Execução, uma vez que já constam da Certidão de Dívida Ativa e da Petição Inicial da execução o nome dos sócios (empresas) e dos diretores (terceiro setor), independente do percentual de participação daqueles no capital social, não excluindo nem os que não têm poder de gerência explicitado no contrato social ou estatuto. No caso de sócio minoritário a Jurisprudência é cristalina, no sentido de que “a solidariedade do sócio pela dívida da sociedade só se manifesta, todavia, quando comprovado que, no exercício de sua administração, praticou os atos elencados na forma do art.135, caput, do CTN. Há impossibilidade, pois, de se cogitar na atribuição de responsabilidade substitutiva, quando sequer estava o sócio investido das funções diretivas da sociedade. (29) Apesar de constar em Lei (30), o Colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA tem se posicionado pela exclusão dos sócios do pólo passivo executório (31). Trata-se de matéria com jurisprudência sedimentada na Corte Superior, uma vez uniformizada pela Egrégia 1ª Seção, no sentido de que “os bens do sócio de uma pessoa jurídica comercial não respondem, em caráter solidário, por dívidas fiscais assumidas pela sociedade, tendo em vista que a responsabilidade tributária imposta por sócio-gerente, administrador, diretor ou equivalente só se caracteriza quando há dissolução irregular da sociedade ou se comprova infração à lei praticada pelo dirigente. O simples inadimplemento não caracteriza infração legal. Inexistindo prova de que se tenha agido com excesso de poderes, ou infração de contrato social ou estatutos, não há falar-se em responsabilidade tributária do ex-sócio a esse título ou a título de infração legal. Inexistência de responsabilidade tributária do ex-sócio” (6).Não vamos nos ater as exceções acima, mantendo o foco no geral, ou seja, no que foi decidido pelos Ministros quem compõem a Primeira Seção da Corte Superior, que “os bens do sócio de uma pessoa jurídica comercial não respondem, em caráter solidário, por dívidas fiscais assumidas pela sociedade” ,

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podendo entender como bens, inclusive, os recursos depositados na rede bancária do país. Incabível, face a jurisprudência sedimentada naquele Tribunal, a penhora online de recursos dos sócios para garantia de dívidas tributárias das empresas das quais façam parte do quadro social.As execuções fiscais distribuídas pela Fazenda Nacional, envolvendo tributos e contribuições federais em geral, trazem no Pólo Passivo normalmente somente a empresa devedora; Por outro lado, as distribuídas pelo INSS constam no pólo passivo os nomes da Empresa devedora e os de todos os seus sócios, independentemente de como é composto o quadro social, o percentual de participação de cada um e de quem administra a sociedade. Há, portanto, constrição ilegal para as pessoas dos sócios (desde que não estejam enquadrados nas exceções citadas no preâmbulo deste) uma vez que o Judiciário pacificou a jurisprudência a respeito da responsabilidade solidária dos sócios. É bem de se ver que, a partir da decisão da Primeira Seção do STJ, vários julgados das Turmas daquela Corte vêm confirmando o entendimento de que “o mero inadimplemento da obrigação de pagar tributos não constitui infração legal capaz de ensejar a responsabilização dos sócios pelas dívidas tributárias da pessoa jurídica” (32).Veja-se a EMENTA do Aresto:“1. Mesmo quando se tratar de débitos para com a Seguridade Social, a responsabilidade pessoal dos sócios das sociedades por quotas de responsabilidade limitada, prevista no art. 13 da Lei nº 8.620/93, só existe quando presentes as condições estabelecidas no art. 135, III, do CTN. Precedente da Primeira Seção.2. O mero inadimplemento da obrigação de pagar tributos não constitui infração legal capaz de ensejar a responsabilização dos sócios pelas dívidas tributárias da pessoa jurídica.3. O pedido veiculado para o redirecionamento da execução fiscal exige a descrição de uma das hipóteses ensejadoras da responsabilidade subsidiária do terceiro pela dívida do executado.”Portanto, mera inadimplência não implica redirecionar a cobrança para as pessoas físicas, dos sócios, uma vez que aquela situação decorre de vários fatores inerentes a atividade econômica, independente da vontade dos sócios das empresas. Temos visto, no dia-a-dia do Judiciário, penhora online em conta bancária de sócios minoritários e, em muitos processos, de esposa de sócio que participa da sociedade, sem poder de gerência, apenas com percentual mínimo no capital social. E mesmo no caso em que o marido, sócio majoritário, tenha cometido os excessos que ensejam a exceção do direcionamento da execução para o sócio que agiu com dolo, o antigo TFR, com base na atual Lei de Execuções Fiscais (33) sumulou a questão (34) no sentido de que “em execução fiscal, a responsabilidade pessoal do sócio gerente de sociedade por quotas, decorrente de violação da Lei ou excesso de mandato, não atinge a meação de sua mulher”Para que a pretensão do INSS/EXEQUENTE seja atendida em juízo incube, pois, ao Fisco a prova da ocorrência de alguns dos requisitos do artigo 135 do Código Tributário Nacional, vale dizer, a demonstração de que o sócio agiu com excesso de poder, infração à lei ou a estatuto ou, ainda, de que houve a dissolução irregular da empresa.Nas palavras do Ministro Castro Meira, “a Primeira Seção desta Corte de Justiça sedimentou o entendimento segundo o qual, ainda que se esteja diante de débito previdenciário não adimplido, é indispensável a comprovação pelo exeqüente de que o não-recolhimento da exação decorreu de ato praticado por sócio que detinha a qualidade de dirigente da sociedade devedora, com violação de lei, contrato social ou estatuto ou, ainda, de que tenha havido dissolução irregular da empresa”.Para melhor elucidar o tema é bem de ser ver, ainda, outro julgado (35) do Colendo Superior Tribunal de Justiça:"TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. DÉBITOS PARA COM A SEGURIDADE SOCIAL. REDIRECIONAMENTO. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO (SOCIEDADE POR QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LTDA). SOLIDARIEDADE. PREVISÃO PELA LEI 8.620/93, ART. 13. NECESSIDADE DE LEI COMPLEMENTAR (CF, ART. 146, III, B). INTERPRETAÇÕES SISTEMÁTICA E TELEOLÓGICA. CTN, ARTS. 124, II, E 135, III. CÓDIGO CIVIL, ARTS. 1.016 E 1.052. VIOLAÇÃO AO ART. 535. INOCORRÊNCIA.1. Tratam os autos de agravo de instrumento movimentado pelo INSS em face de decisão proferida pelo juízo monocrático que indeferiu pedido de redirecionamento de execução fiscal ajuizada contra empresa Assistência Universal Bom Pastor. O TRF/3ª Região, sob a égide do art. 135, III, do CTN, negou provimento ao agravo à luz do entendimento segundo o qual o inadimplemento do tributo não constitui infração à lei, capaz de ensejar a responsabilidade solidária dos sócios. Recurso especial interposto pela

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Autarquia apontando infringência dos arts. 535, II, do CPC, 135 e 136, do CTN, 13, caput, Lei 8.620/93 e 4º, V, da Lei 6.830/80...........................................................................................3. A solidariedade prevista no art. 124, II, do CTN, é denominada de direito. Ela só tem validade e eficácia quando a lei que a estabelece for interpretada de acordo com os propósitos da Constituição Federal e do próprio Código Tributário Nacional.4. Inteiramente desprovidas de validade são as disposições da Lei nº 8.620/93, ou de qualquer outra lei ordinária, que indevidamente pretenderam alargar a responsabilidade dos sócios e dirigentes das pessoas jurídicas. O art. 146, inciso III, b, da Constituição Federal, estabelece que as normas sobre responsabilidade tributária deverão se revestir obrigatoriamente de lei complementar.5. O CTN, art. 135, III, estabelece que os sócios só respondem por dívidas tributárias quando exercerem gerência da sociedade ou qualquer outro ato de gestão vinculado ao fato gerador. O art. 13 da Lei nº 8.620/93, portanto, só pode ser aplicado quando presentes as condições do art. 135, III, do CTN, não podendo ser interpretado, exclusivamente, em combinação com o art. 124, II, do CTN.6. O teor do art. 1.016 do Código Civil de 2002 é extensivo às Sociedades Limitadas por força do prescrito no art. 1.053, expressando hipótese em que os administradores respondem solidariamente somente por culpa quando no desempenho de suas funções, o que reforça o consignado no art. 135, III, do CTN.7. A Lei 8.620/93, art. 13, também não se aplica às Sociedades Limitadas por encontrar-se esse tipo societário regulado pelo novo Código Civil, lei posterior, de igual hierarquia, que estabelece direito oposto ao nela estabelecido.8. Não há como se aplicar à questão de tamanha complexidade e repercussão patrimonial, empresarial, fiscal e econômica, interpretação literal e dissociada do contexto legal no qual se insere o direito em debate. Deve-se, ao revés, buscar amparo em interpretações sistemática e teleológica, adicionando-se os comandos da Constituição Federal, do Código Tributário Nacional e do Código Civil para, por fim, alcançar-se uma resultante legal que, de forma coerente e juridicamente adequada, não desnature as Sociedades Limitadas e, mais ainda, que a bem do consumidor e da própria livre iniciativa privada (princípio constitucional) preserve os fundamentos e a natureza desse tipo societário.”Diante de tais abusos contidos nas execuções fiscais, tanto nos processos em andamento como nas novas ações que vêm sendo distribuídas junto ao Poder Judiciário, os contribuintes executados devem, preliminarmente, se defenderem na questão do pólo passivo, antes de qualquer garantia do juízo – penhora – pois a continuidade de seu nome como executado trará, certamente, dissabores imediato dada a voracidade com que vem sendo utilizado a penhora online nas contas bancárias dos sócios, mesmo os minoritários.Diante destas importantes decisões das Cortes Superiores a comunidade empresarial e jurídica devem ficar atentos pois a Fiscalização Previdenciária sempre autuou (NFLD’s e AI’s) abrangendo 10 anos. É importante defender-se para ver reconhecido o direito da autarquia ao levantamento de apenas 5 anos. Muitas vezes as parcelas onde se propõe ação criminal já foi fulminada pela decadência de 5 anos. Daí a importância de impugnar o feito fiscal inicialmente e recorrer ao 2° Conselho de Contribuinte, caso a impugnação não alcance êxito.13 - PROVIDÊNCIAS P/ENXUGAR DÉBITOS, INCLUSIVE PARCELAMENTOSIMPORTANTE: A decadência é direito público, podendo ser alegada em qualquer fase em que se encontra o DÉBITO, seja em:a – Simplesmente em aberto, sem qualquer ingerência da RFB.b – Já com levantamento fiscal da RFB, em fase de IMPUGNAÇÃO – em tramitação nas Delegacias de Julgamentos da RFB; ou c - RECURSO ao 2º Conselho de Contribuintes do MF (Fase administrativa); oud – Simplesmente na PFN, em fase de cobrança amigável ou inscrito em Dívida Ativa, ainda não distribuída a Execução Fiscal (código 0535 na consulta ao site da Previdência)e – Em execução Fiscal, na primeira instância judiciária;f – Em fase de Recurso, em qualquer dos 5 TRF’s ou até no STJ. g – Em qualquer situação listadas nas letras “a” a “f” acima mas parcelados, seja por REFIS, PAES, PAEX ou parcelamentos normais.

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Em qualquer dos casos acima descritos, há necessidade de verificar se houve ocorrência de DECADÊNCIA ou PRESCRIÇÃO decorrente da histórica decisão do STF. Caso positivo tomar a iniciativa correta de fazer prevalecer os direitos do contribuinte.h – Nos casos das letras “a” a “d” terá que REQUERER – em petição bem fundamentada – a aplicação do enunciado da Súmula Vinculante nº 08 do STF. Há lei que fixou prazo máximo para tramitação dos Proc. Administrativos nas Delegacias de Julgamento e no Conselho de Contribuinte do MF.i – Nos casos das letras “e” e “f” agir junto ao próprio Judiciário, em petição específica, comentada ainda nesse item 13.j – Nos casos de parcelamentos – letras “a” e “c” nas Delegacias da RFB da Região e letra “d” na PFN e letras “e” e “f” na própria PFN.l – Nos parcelamentos em andamento: Existem várias hipóteses; Desde um simples requerimento até Mandado de Segurança, com pedido de Liminar para Suspender o feito até que seja enxugado, expurgados os valores neles contidos e inerentes a Decadência e Prescrição, retomando-os normalmente após o procedimento requerido e efetivado pelos Órgãos Administrativos competentes. Veja o primeiro caso, favorável, do Estado do Piauí, que conseguiu LIMINAR no próprio STF de empresas que conseguir trancar ação de execução fiscal.I) Notícias STF quinta-feira, 19 de Junho de 2008 “Piauí obtém liminar suspendendo a cobrança de débitos de mais de cinco anos pelo INSS O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar ao governo do Piauí, garantindo-lhe o direito de não ser cobrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por débitos supostamente já alcançados pela decadência (de prazo maior que cinco anos).A decisão, tomada na Ação Cível Originária (ACO) 1185, ajuizada pelo governo piauiense contra a União e o INSS, terá validade até o julgamento final da ação. Por ela, fica suspensa a exigibilidade dos créditos tributários constituídos na Notificação de Lançamento de Débitos (NFLD) nº 36.123.228-1 pertinentes a fatos geradores ocorridos entre maio de 1996 e dezembro de 2000.A liminar atinge um total de R$ 5.150.915,79, relativo, segundo o governo do Piauí, a débitos já alcançados pela decadência. Essa quantia faz parte da mencionada NFLD, que totaliza R$ 19.429.192,12 e, portanto, deve ser abatida desse valor, enquanto não se decidir a causa. O ministro proibiu, também, a União e o INSS de tomarem quaisquer providências tendentes à cobrança de tais valores, bem como de aplicar penalidades e restrições em função da existência desses supostos débitos.PrecedenteAo conceder a liminar, o ministro Joaquim Barbosa baseou-se em decisão tomada dia 11 deste mês pelo Plenário do STF, no julgamento dos Recursos Extraordinários (REs) 556664, 559882, 559943 e 560626, relatados pelos ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia Antunes Rocha. Na ocasião, o STF considerou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/1991, bem como o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1569/77, que tratam da prescrição e decadência de crédito tributário. Segundo o artigo 45 da Lei 8.212, o direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após dez anos.Em sua petição, o governo do Piauí havia manifestado seu temor de que os créditos tributários pudessem ser inscritos na Dívida Ativa da União, particularmente no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN), no Cadastro Único de Convênio (CAUC) e no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), o que poderia implicar a retenção de recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) destinados ao Piauí, assim como restrições à contratação de empréstimos. Processos relacionados ACO 1185.II) Justiça já aplica súmula vinculante As súmulas vinculantes já editadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) começaram a ser aplicadas pela primeira instância da Justiça. Em um dos primeiros casos que se têm notícia, a Justiça Federal de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, suspendeu uma execução fiscal em razão da Súmula nº 8, aprovada em junho deste ano. O Supremo, por meio da Súmula nº 8, estabeleceu que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem até cinco anos para cobrar seus débitos, e não o prazo de dez anos até então utilizado. Na execução proposta contra uma prestadora de serviços, o juiz federal Paulo Alberto Jorge determinou a suspensão da ação até o julgamento de mérito. Na prática, isso significa que a empresa fica desobrigada de oferecer bens como garantia ao processo fiscal - o que não ocorreria sem a suspensão13.1 - Da Exceção De Pré-Executividade

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a - A opção pela EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, s.m.j, é melhor porque suspende o processo executivo porque ajuizamento de exceção de pré-executividade é meio hábil para, enquanto não apreciada, suspender a execução fiscal até que as questões alegadas (ilegitimidade passiva, decadência e prescrição) sejam apreciadas e decididas com trânsito em julgado. A suspensão evitará constrição indevida ou em excesso (penhora de bens e/ou direitos, a temível penhora online), adiando esse momento para quando a execução fiscal tiver sido saneada. Ressalte-se que a decadência deve ser alegada no mérito da petição. b - A exceção de pré-executividade é uma espécie excepcional de defesa específica do processo de execução, ou seja, independentemente de embargos do devedor, que é ação de conhecimento incidental à execução, o executado pode promover a sua defesa pedindo a extinção do processo por falta do preenchimento dos requisitos legais. É uma mitigação ao princípio da concentração da defesa, que rege os embargos do devedor. Pacífico é a Jurisprudência a respeito do referido instituto (9), verbis:“É indeclinável que a exceção de pré-executividade pode ser oposta independentemente da interposição de embargos à execução, sem que esteja seguro o juízo. No entanto, não é a argüição de qualquer matéria de defesa que autoriza o enquadramento da questão no âmbito da exceção de pré-executividade. Nem tampouco pode ser utilizada como substitutivo de embargos à execução.Somente matérias que podem ser conhecidas de ofício pelo juiz é que autorizam o caminho da exceção de pré-executividade: condições da ação, pressupostos processuais, eventuais nulidades, bem como as hipóteses de pagamento, imunidade, isenção, anistia, novação, prescrição e decadência.”c - Na EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE pode (e deve-se) inclusive cobrar os Honorários Advocatícios pela sucumbência, uma vez que o Superior Tribunal de Justiça (8) já se manifestou no sentido de são devidos os honorários advocatícios quando for acolhida a exceção de pré-executividade, uma vez que “extinguindo-se a execução por iniciativa dos devedores, ainda quem em decorrência de exceção de pré-executividade, devida é a verba honorária.” d - No mesmo sentido o TRF da 4ª Região decidiu que (10) “é cabível a condenação da exeqüente ao pagamento de honorários advocatícios, a medida que, sendo a executada parte ilegítima para figurar no pólo passivo da demanda, viu-se compelida a constituir Procurador nos autos, na forma de Exceção de pré-executividade.e – Na petição supra deve-se ter o cuidado de alegar decadência quando se tratar de mérito (não em preliminares). 14 - EXEMPLOS PRÁTICOS a – Com decadência, em AUTO DE INFRAÇÃO ou NFLD, estejam com Impugnação (defesa) na RFB ou com Recurso Voluntário no CC/MG ou com revelia, mas ainda não em Dívida Ativa.- Verificar DATA do feito fiscal. Retroagir 5 anos (de acordo com o art.173 do CTN, pode variar para 5 anos e alguns meses). A partir daí, se houver mais meses e/ou anos anteriores incluídos no AI ou NFLD os valores ali contidos caducaram, foram fulminados pela decadência, ou seja, o INSS perdeu o direito de lança-los. Contribuinte deve agir imediatamente.b – Com DECADÊNCIA em EXECUTIVO FISCAL.- Verificar nos anexos da CDA que, normalmente, vem um demonstrativo das competências (meses/anos) incluídas na certidão. A contagem é idêntica ao exemplo “a” acima. Caso encontre decadência providências são de ordem judicial (pode ser Exceção de Pré-Executividade).c – Com PRESCRIÇÃO, em EXECUTIVO FISCAL.c.1 - Verificar DATA da inscrição na Dívida Ativa, e verificar DATA do ajuizamento do feito. Lembrar que a LEF concede 180 dias de suspensão. A Primeira Seção do STJ decidiu que são exatos 5 anos. Caso encontre mais de 5 anos entre as datas citadas a Exceção de Pré-Executividade é aconselhável.c.2 - Verificar, ainda, se no processo ocorreu a PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (paralisado por mais de 5 anos, por inércia do Exeqüente – INSS o PFN). Com a NOVA Lei da prescrição intercorrente o Juiz pode reconhece-la de oficio. Mas é aconselhável peticionar requerendo a decretação da mesma.d – Como a PFN incluí indício de CRIME TRIBUTÁRIO na inicial de execução Fiscal.- Se ocorrer DECADÊNCIA (total) não há Crime Tributário, segundo STJ. Verificar se existe processo criminal em andamento. Muitas vezes o empresário não sabe que está sendo processado, nestes casos. Débitos com decadência levam à extinção do processo criminal. Agir em consonância com o Criminalista, se já estiver atuado nos autos do processo criminal.e – Nomes dos SÓCIOS nas CDA’s e nos EXECUTIVOS FISCAIS.

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- Examinar cada caso. Nas NFLD’s e nos AI’s vêm obrigatoriamente os NOME DOS SÓCIOS como co-responsáveis tributário. Como dissemos, o Código Civil atual e a Jurisprudência (há exceções) repudiam essa inclusão. Ver nos Executivos Fiscais se Sócios estão no POLO PASSIVO. Exceção de Pré-Executividade pode ser opção.f – Como consultar IMPUGNAÇÕES (defesas) em andamento nas Delegacias de Julgamento da RFB. Ver LINK:http://comprot.fazenda.gov.br/e-gov/default.asp Ao abrir, inserir número do Processo ou CNPJ mais a senha visual.g – Como consultar RECURSOS VOLUNTÁRIOS no CC/MF – VerLINK:http://www.conselhos.fazenda.gov.br/domino/Conselhos/SinconWeb.nsf/webSearchDist?OpenAgent&Query=Informacoes Inserir Segundo Conselho de Contribuintes e o número do processo.h – Como receber informações, via PUSH, na RFB http://comprot.fazenda.gov.br/e-gov/default.aspCadastrar como usuário e, após, cadastrar os Proc. de interesse.i – Como receber informações do sistema PUSH no CC/MGI) Para cadastrar, veja link:http://www.conselhos.fazenda.gov.br/domino/Conselhos/SinconWeb.nsf/webMailPushNovoUsuario?OpenForm- Cadastrar como usuário e, após, cadastrar os Proc. de interesse.II) Após cadastrar, veja link abaixo e digitar e-mail e senhahttp://www.conselhos.fazenda.gov.br/domino/Conselhos/SinconWeb.nsf/webMailPushAutenticarUsuario?OpenForm Cadastrar como usuário e, após, cadastrar os Proc. de interesse.j – Consultas processuais nos Fóruns Estaduais Entrar na página do TJ de seu estado e ver 1ª Instância, acessando seu município.k – Consultas Processuais no Âmbito Federal (JF, TRF, STJ, STF)Ver em no site de cada tribunal, sigla PUSH. Cadastrar como usuário e, após, cadastrar os processos de interesse.l – Consultas de DÉBITOS no âmbito da Previdência.http://www.previdencia.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/perfil_comPrevidencia_09_04-A.aspConsulta pelo CNPJ é a mais fácil de ser acesada.m – Consultar Débitos junto à PFN.http://161.148.173.28/serpro/emissao_darf/Default.aspTerá que fornecer número do CNPJ e número da CDA

15 - CONCLUSÃOEnfim, em qualquer fase, deve-se peticionar REQUERENDO a aplicação imediata da SÚMULA VINCULANTE 08 do STF, caso haja parcelas (ou o todo) do débito fulminados pela DECADÊNCIA (nova contagem de prazo) ou mesmo prescrição.MANDADO DE SEGURANÇA, para SUSPENDER DESCONTO BANCÁRIO DO PARCELAMENTO, até que a RFB ou PFN exclua as parcelas indevidas (decadência e/ou prescrição), voltando (se for o caso de redução parcial) aos descontos do valor residual.

É inaceitável a constrição do ente Exeqüente sobre os contribuintes executados, embasados em CDA’s sem a presunção de certeza e liquidez. Os contribuintes precisam corrigir a rota dos feitos fiscais, utilizando de seus direitos para interromper as EXECUÇÕES FISCAIS em andamento ou quebrar a continuidade de quitação das PARCELAS MENSAIS contidas nos planos de refinanciamento em andamento visando expurgar os valores caducados ou prescritos consubstanciados pela Súmula Vinculante de nº 08 do STF.

O Governo noticiou que deixará de arrecadar 83 bilhões de reais com a decisão do STF. É o preço que o poder tributante terá que pagar pela truculência excessiva usada contra os contribuintes nos últimos anos, utilizando de legislação inconstitucional.Roberto Rodrigues de Morais

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Especialista em Direito Tributário.Ex-Consultor da [email protected]:(A) SÉRGIO SÉRVULO DA CUNHA, 2003, p.81.(B) CÂMARA LEAL, Da Prescrição e da Decadência, 1º ed., págs. 133 e 134. (C) PAULO DE BARROS CARVALHO (1996, p.314): (D) Agnelo Amorim Filho (1) TENÓRIO, Igor e MAIA, José Motta. Dicionário de Direito Tributário. 3a Edição. Brasília: Consulex, 1999.(2) Artigo 3º do Código Tributário Nacional – CTN – LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.(3) Art. 142. “Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional”

(4) "Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-seapós 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao pagamento."(5) Art. 150 - ..............................................................................................§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação(6) Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva(7) art. 2º, § 3º, da Lei 6.830/1980 (LEF)(8) Lei n° 11.051/2004.(9) AC 2007.01.00.052722-6/MT; APELAÇÃO CIVEL, TRF-1ª Região(10) EDAC 2006.38.10.001345-3/MG; EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CIVEL -8ª Turma –TRF-1ª Região.(11) Lei nº 6.830, de 1980.(12) AC 1998.33.00.007070-4/BA; APELAÇÃO CIVEL - 11/01/2008 DJ p.146(13) AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 838.610 – MG - Inteiro Teor do Acórdão - DJ: 29/10/2007(14) Lei 11.280 de 16 de fevereiro de 2006, que entrou em vigor em 16 de março de 2006.(15) REsp 843557 / RS (16) AI no RECURSO ESPECIAL Nº 616.348 - MG (2003⁄0229004-0) (17) LEI 8218/1991:Art. 45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos contados:I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia ter sido constituído;II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada”.(18) RECURSO ESPECIAL Nº 761.908 - SC (2005/0101012-8) (19) EDAC 2006.38.10.001345-3/MG; EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CIVEL -8ª Turma –TRF-1ª Região(20) CF/1988 - Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,

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aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.” (21_ Lei nº 11.417, de 2006 - Art. 2o O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei”.(22) STF, HC 83417 (23) STJ, REsp 789506 / CE(24) Precedentes: HC 81.611-DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ 13/05/2005; HC 86.120, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ 26/08/2005; HC 83.353, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ 16/12/2005; ; HC 85.463, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ 10/02/2006; HC 85.428, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ 10/06/2005; HC 85.185, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ 1º/09/2006 § 4º do artigo 78 da Lei Complementar 123/2006(25) Art. 134 - Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.Art. 135 - São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior;II - os mandatários, prepostos e empregados;III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.(26) Art. 1052 do Código Civil atual.(27) 1ª Seção nos EREsp nº 260.107/RS, unânime,DJ de 19/04/2004(28) 1ª Seção nos EREsp nº 260.107/RS, unânime,DJ de 19/04/2004(29) RECURSO ESPECIAL Nº 987.991 – MG(30) Lei nº 6.830, de 22/09/1980(31) TFR Súmula nº 112 - 27-04-1982 - DJ 04-05-82 - Execução Fiscal - Responsabilidade Pessoal do Sócio Gerente de Sociedade por Quotas - Violação da Lei ou Excesso de Mandato – Meação(32) REsp 717.717/SP, Rel. Ministro José Delgado, DJU/08.05.2006.(33) AG/SP n° 2003.03.00.021642-1, 18.11.2003. (34) Contidas no Parágrafo 5º do artigo 2º da Lei 6.803/1980REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAMARO, Luciano da Silva. Direito tributário brasileiro. 12 ed., São Paulo: Saraiva, 2006.CADERNO DE PESQUISAS TRIBUTÁRIAS, nº 1, Editora Resenha Tributária, SP, 1976COÊLHO, Sacha Calmon Navarro Curso de direito tributário brasileiro. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1999.FANUCCHI, Fábio. A decadência e a prescrição em direito tributário. 2 ed., São Paulo: Resenha Tributária, 1971.GRECO, Marco Aurélio. Dinâmica da tributação e procedimento. São Paulo: RT, 1979.HABLE, José. A Extinção do Crédito Tributário por Decurso de Prazo. 2ª ed, Brasília: Editora Lúmen Juris, 2007.

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MARTINS, Ives Gandra da Silva. Comentários ao código tributário nacional. Coord. de Carlos Valder do Nascimento. 2 ed., Rio de Janeiro: Forense, 1998.MORAES, Bernardo Ribeiro, Compêndio de direito tributário. 3 ed., Rio de Janeiro: Forense, 2v, 1997.PEIXOTO, Marcelo Magalhães, ELALI, SANT´ANNA André e Carlos Soares, coordenadores. — Efeitos da Decadência do Crédito nos Crimes contra a Ordem Tributária.REBOUÇAS, Milton, Jurisprudência da LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS, artigo por artigo, Ed. Mapa Etécnico Fiscal, 2000.

http://www.noticiasfiscais.com.br/artigos1.asp?preview=18939&data=11/7/2008

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TRIBUTÁRIO

Reforma tributária para inglês ver(Monitor Mercantil 11.07.2008 p. 3 Conjuntura Econômica)

O que se pode esperar de um governo que, junto com reforma tributária - instrumento que se destina a atualizar e modernizar a esclerosada malha nacional de impostos - propõe a instituição de um tributo em cascata? E, para piorar, esse imposto conta com oposição de quase 80% da população - segundo pesquisa do Senado - e foi rejeitado pelo parlamento há pouco tempo. Por isso, nada impede que o projeto de reforma tributária seja apenas um bode expiatório, algo para tomar tempo do Congresso, enquanto o Executivo age com medidas provisórias e decretos.Cientes de que poderão fracassar na tentativa de aprovar a reforma tributária ainda neste ano, deputados e senadores ainda tentam estabelecer um calendário que garanta a votação do projeto em 2008 e a sua implementação em 2009 - ano considerado "neutro" por não ser atrapalhado por eleições. A tarefa, entretanto, será de árdua execução. Além de dificuldades na obtenção de quorum, a tentativa da ala governista de criar a Contribuição Social para a Saúde (CSS) embaraça o debate. Os aliados do governo no Congresso pretendem instituir o tributo depois das eleições - o que não parece muito ético, pois nas campanhas municipais pouca gente irá defender o novo tributo.

O Conselho Superior de Assuntos Jurídicos e Legislativos (Conjur) da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), presidido pelo ministro Sydney Sanches, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e integrado por outros notórios juristas brasileiros, depois de analisar e debater o projeto de lei complementar que pretende recriar a CPMF, agora sob a sigla CSS, concluiu pela sua inconstitucionalidade, com parecer do jurista Alcides Jorges Costa. Após a apresentação do renomado jurista, concluíram os conselheiros, por votação unânime, ser inconstitucional este novo tributo, se aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente da República. Isso, por violar os artigos 195, §4º c/c 154, I da Constituição Federal. Assim sendo, a contribuição é cumulativa e tem o seu fato gerador e a sua base de cálculo semelhantes a do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

- A aprovação da reforma tributária é uma prioridade do governo e da Câmara. Temos a obrigação de cumprir isso em 2008. Há espaço, vontade e necessidade - lembra o vice-líder do governo na Casa, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). - A CSS é um tema que cria certa perturbação, mas isso só está em pauta porque a oposição antecipou a aprovação da Emenda Constitucional 29, que aumenta os investimentos na saúde.

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A oposição declara que lutará contra qualquer proposta de reforma que aumente os impostos do país e não simplifique o atual sistema tributário. É a mesma oposição - DEM e PSDB - que inventou a CPMF...

- Todos os gestos do governo são na mão inversa à reforma - critica o líder da minoria na Casa, deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA). - A carga tributária aumentou, a arrecadação é recorde e eles querem criar a CSS.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), faz coro: "A tentativa de criar a CSS é um sinal invertido. A reforma era para extinguir impostos. Esse é um péssimo sinal".

Senado contra

No Senado, a reforma tributária terá de ultrapassar mais obstáculos. Para o presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), a proposta só terá chances de ser aprovada se chegar até o dia 15 de outubro. Além disso, deve ser apensada ao projeto dos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Francisco Dornelles (PP-RJ) sobre o mesmo tema. Como será alterado, o projeto de reforma tributária terá de voltar à Câmara antes de ir à sanção presidencial.

- Há possibilidades de ser aprovada neste ano, mas vai depender da Câmara - pondera Garibaldi.

Iniciado em abril, o debate na comissão especial da Câmara continua acirrado. Os secretários estaduais da Fazenda querem garantias de que os benefícios fiscais já concedidos serão mantidos durante o período de transição de implementação da reforma. Temem que os estados sejam acusados pelas empresas de quebra de contrato.

Outros pontos de conflito são a perda de arrecadação e distribuição dos recursos do fundo compensatório e a extinção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo que incide sobre os combustíveis e foi criado para financiar obras de infra-estrutura.

A indústria também tenta alterar a proposta original do Executivo. Quer, por exemplo, garantias de desonerações do investimento e das exportações. Demanda ainda mais segurança para o uso de créditos tributários.

A posição do Ipea

A proposta de reforma tributária que tramita no Congresso Nacional não contempla a distribuição de renda aos trabalhadores, afirma o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Ele considera tímida a proposta do governo e defende uma reforma efetiva no sistema tributário, para manter a tendência de diminuição da diferença entre os mais ricos e os mais pobres no Brasil, registrada em levantamento do Ipea.

"A proposta de reforma tributária é tímida em relação à justiça tributária, do ponto de vista de quem paga imposto no país", ressalta

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Mudanças na tributação de bebidas: As novas regras prevêem que os tributos serão apurados em função de um valor-base, expresso em reais ou reais por litro

(DCI 11.07.2008 p. A2 Opinião)

O Plenário do Senado aprovou por 39 votos a 20, com uma abstenção, o projeto de Lei de conversão PLV nº 14/08, proveniente da medida provisória MP nº 413/08, que modifica 15 Leis e a MP nº 2.158-35/01.

Inicialmente, o texto da MP nº 413/08, editado no início do ano, pretendia cobrir parte da perda de receita com a extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF); entretanto, acabou por promover uma verdadeira minirreforma tributária, com uma série de alterações na legislação.

As alterações atingiram também as indústrias de bebidas frias do País (refrigerantes, cervejas e também águas).

Para este segmento, o texto da MP nº 413/08 proporcionou uma autêntica transformação na forma de tributação de IPI, PIS e Cofins.

Durante muito tempo, os pequenos produtores do segmento pleitearam mudanças nas regras de tributação, já que, para eles, a atual forma de cálculo beneficiaria as grandes indústrias e os produtos mais caros em detrimento dos mais baratos, uma vez que a incidência de tributos ocorre de forma inversamente proporcional ao preço praticado em mercado.

De acordo com os pequenos produtores, a tributação por meio de valor fixo interfere inclusive na competitividade dos produtos.

Há aproximadamente 20 anos, foi criado o atual sistema de tributação para o IPI, tecnicamente chamado de ad rem, que adota como parâmetro a quantidade de produtos, independente do preço de venda praticado -ou seja, ainda que existam produtos com diferentes faixas de preço, a tributação apenas leva em consideração a quantidade.

Em outras ocasiões, representantes das indústrias de cervejas e refrigerantes tentaram modificar as regras.

Em 2004, houve, por parte de alguns membros da CPI da Pirataria, uma tentativa de discussão do tema, e chegou inclusive a ser sugerida uma alteração no texto do Decreto n° 4.488, de 26 de novembro de 2002 (o qual alterava as alíquotas do IPI para determinados produtos, dentre eles a cerveja, o refrigerante e água); entretanto, a discussão não prosperou.

Apesar das tentativas anteriores, somente agora existe uma forte sinalização de que os empresários do setor obterão o resultado esperado, já que a MP nº 413 depende apenas da sanção presidencial. Dentre as alterações mais relevantes para o setor previstas no texto da MP nº 413, destaca-se a possibilidade de opção por um regime especial de tributação para o cálculo do IPI, PIS e Cofins, o qual aproximou-se de um sistema misto, que continuará levando em consideração a quantidade de produtos (ad rem), mas que também adotará como parâmetro o valor de mercado praticado, ou seja, no cálculo dos tributos também será levada em consideração a tão almejada distinção entre os preços.

De acordo com as regras do regime especial, os tributos serão apurados em função de um valor-base, expresso em reais ou reais por litro, definido a partir de um preço de referência.

Para cálculo deste valor-base, o Poder Executivo poderá adotar critérios que levarão em consideração o tipo de produto e a marca comercial.

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Já o preço de referência será apurado com base no preço médio de venda e para distinção dos tipos de produtos, poderão ser consideradas informações como a capacidade, o tipo de recipiente, as características e a classificação fiscal.

Apesar de procurar atender às expectativas do setor, a adoção de critérios como o de preço de mercado e marca comercial demandará maior atenção por parte da Receita Federal, inclusive com a criação de mecanismos de controle e limitadores, para que sejam coibidos eventuais desvios nas regras do regime especial, como, por exemplo, o subfaturamento, e para que o processo seja o mais transparente possível. Entretanto, ainda que sejam adotadas medidas limitadoras, restará sempre a questão sobre o que é valor praticado nos pontos do varejo.

Um outro aspecto importante é a utilização do medidor de vazão, um avanço significativo na coibição de eventuais casos de evasão fiscal.

De acordo com as novas regras, o mecanismo continuará dando à Receita Federal a quantidade produzida pelos fabricantes, inclusive o texto da MP prevê que em sua instalação haverá possibilidade de abatimento em forma de crédito na apuração do PIS e da Cofins.

Um fato positivo que certamente resultará desta mudança é a maior competitividade que o setor passará a ter, uma vez que as empresas menores trabalham com valor de mercado inferior àquele praticado pelas multinacionais. Assim, com as alterações nas regras de tributação, o consumidor final certamente poderá ser favorecido.

Lúcio Abrahão - lú[email protected]

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Congresso - Senado aprova redução do tributo da gasolina de aviação: O setor agrícola será o mais beneficiado com a proposta aprovada ontem de madrugada pelo Senado; proposta agora

segue para a sanção presidencial(DCI 11.07.2008 p. A5 Política)

BRASÍLIA - O Senado Federal aprovou, na madrugada de ontem, projeto de lei que estabelece a redução de quase 90% no valor da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada da gasolina de aviação. A redução do tributo visa principalmente incentivar o uso de aeronaves de pequeno porte, na agricultura e no turismo, movidas a motores de ciclo Otto (com pistões). Esses aparelhos funcionam a gasolina de aviação com custo muito mais barato do que as equipadas com turbinas a querosene , segundo o autor da proposta, deputado federal licenciado Roberto Balestra (PP-GO).

O projeto iguala o valor da alíquota cobrada de gasolina de aviação da que incide sobre querosene de aviação. Fixa o mesmo valor de R$ 92,10 por metro cúbico na alíquota específica da Cide cobrada na importação e na comercialização no mercado interno tanto de querosene quanto de gasolina de aviação. A gasolina de avião apresenta hoje incidência da Cide idêntica à da gasolina automotiva, ou seja, paga Cide de R$ 860 por metro cúbico. O texto segue para a sanção do presidente da República.

Na argumentação do autor, economicamente, essa cobrança majorada do combustível de aviação é um equívoco no país, pois os motores de ciclo Otto são os ideais para equipar aviões agrícolas, pequenos hidroaviões e outras aeronaves cujo uso exige pouso em pistas precárias e curtas. "A redução da

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alíquota da Cide incidente sobre a gasolina de aviação terá efeitos positivos sobre várias atividades no Brasil, entre as quais a agricultura e o turismo, setores vitais para a economia de nosso país", destaca.

De acordo com a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), a alta incidência de tributos incentiva o descaminho e o uso de combustíveis não autorizados, a exemplo do álcool.

Centro de tecnologia

A apreciação do projeto da redução da Cide para gasolina de aviação integrou um "mutirão" a que se submeteram os senadores para "limpar" a pauta da Casa, atividade que resultou no debate e aprovação de 27 projetos. Um deles é a criação do Centro Nacional de Tecnologia Avançada (Ceitec) e a Medida Provisória que abre crédito extraordinário de R$ 1,816 bilhão para a Presidência da República e sete ministérios.

A longa sessão começou na tarde da última quarta-feira e entrou pela madrugada de quinta. No caso da criação da Ceitec, ficou definido que a nova empresa estará vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e será sediada na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, podendo abrir escritórios em outros estados e no exterior. Trata-se de um caso raro de empresa estatal com sede fora de Brasília.

De acordo com o projeto, de autoria da Presidência da República, a Ceitec se prestará ao desenvolvimento de tecnologias nas áreas de semicondutores microeletrônica, mediante a produção e a comercialização desses equipamentos, a concessão de licenças ou de direitos de uso de marcas e patentes decorrentes de seus trabalhos, inclusive transferência de conhecimentos por ela gerados ou adquiridos.

Crédito

Quanto a liberação de crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão para o governo federal - prevista em Medida Provisória também aprovada pelos senadores - o que despontou foi o confronto entre base aliada do governo e partidos de oposição, tanto que o projeto foi aprovado por um score de 32 votos a favor e 24 contra - placar que espelha a tensão que se manifestou no Plenário.

Para parlamentares oposicionistas, a iniciativa do governo de buscar a liberação da crédito por meio de Medida Provisória (MP) é inconstitucional e, ao mesmo tempo, afronta a autonomia tanto da Câmara quanto do Senado. Para eles, esse tipo de matéria deveria ser enviada ao Congresso via projeto de lei ordinária.

Os recursos da MP vão ser distribuídos a várias pastas ministeriais. O maior valor, R$ 944,424 milhões, vai para o Ministério da Defesa, para o Comando da Aeronáutica, a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Orgãos da Presidência da República - compreendendo as Companhias Docas dos estados do Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte - vão ficar com o segundo montante mais elevado, R$ 219,606 a serviços e obras nas instalações dos portos.

O Senado Federal aprovou, na madrugada de ontem, projeto de lei que estabelece a redução de quase 90% no valor da alíquota da Cide cobrada da gasolina de aviação.

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Decisão da Receita sobre software provoca polêmica (Valor Econômico 11.07.2008 p. A3 Brasil)

Marta Watanabe

Embora favorável às empresas, uma resposta a consulta da Receita Federal tem gerado uma reação surpreendente do setor que teoricamente seria beneficiado. A solução de divergência nº 27 diz que os valores remetidos ao exterior para pagamento pela compra ou pela licença de comercialização de software de prateleira não pagam Imposto de Renda na fonte. A manifestação da Receita seria benéfica às empresas, já que elas teriam uma redução de 15% nessas remessas. A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), porém, está orientando seus associados a ignorar a resposta do fisco.

O diretor-jurídico da Abes, Manoel Antonio dos Santos, diz que a resposta da Receita Federal vai contra as normas vigentes sobre o assunto. "Nós somos a favor de uma redução de carga tributária, mas nesse caso orientamos todos, sejam usuários de software ou distribuidores que vão comercializar o programa, a recolher o Imposto de Renda no momento de fechamento de câmbio dessas remessas. Quem não fizer isso corre o risco de ser autuado pela Receita no futuro."

Publicada no início de junho, a solução de divergência foi emitida pela Coordenação-Geral do Sistema de Tributação, órgão que uniformiza a resposta da Receita às empresas quando há diferença de entendimento entre as superintendências sobre um determinado assunto que é objeto de consulta por contribuintes. Para Santos, a resposta da Receita vai contra a legislação vigente e a portaria do Ministério da Fazenda nº 181, de 1989. A resposta da Receita também diz que a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) não é devida nas mesmas remessas, mas o item não causou polêmica porque a desoneração já consta de lei de 2007.

Santos explica que a portaria sobre o assunto determina, na verdade, o pagamento do IR sobre as remessas relacionadas a compra e venda de cópias únicas. Segundo ele, a confusão existe porque alguns acreditam que o software de prateleira é um programa de cópias múltiplas e, por isso, teria um tratamento diferenciado. "É uma interpretação errônea, porque quando uma empresa importa um programa que será usado em 2 mil computadores, ela terá, na verdade, 2 mil cópias únicas", diz.

Para Santos, a solução de divergência é uma orientação para a fiscalização da Receita. Mas isso não impede que, no futuro, a própria Receita autue as empresas exigindo o IR na fonte, mesmo que elas tenham usado como fundamento jurídico a resposta do fisco. "Isso pode ser questionado com base na hierarquia das normas", alega.

Santos lembra caso semelhante, quando o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta usou um decreto para reduzir de 5% para 2% o Imposto sobre Serviços (ISS) sobre software. Marta Suplicy, prefeita eleita na gestão seguinte, questionou judicialmente o decreto e o derrubou, sob argumento de que a redução deveria ter sido feita por lei. "Quem se apoiou na redução feita por meio de decreto precisou recolher a diferença." Com o questionamento de Marta, o ISS voltou a 5% e só foi reduzido mais tarde, durante mandato da própria petista . Por meio de lei.

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Sonegação - Norma da Receita Federal é criticada: Ato regulamenta atuação de auditores, que teriam que colher depoimento e indicar o sonegador

(Jornal do Commercio 11.07.2008 p. B9 Direito & Justiça)

GISELLE SOUZA - DO JORNAL DO COMMERCIO

Uma portaria editada pela Receita Federal para estabelecer os procedimentos necessários à formalização de representações fiscais para fins penais tem recebido muitas críticas. Advogados consideram a norma inconstitucional por imputar aos auditores fiscais práticas próprias de uma investigação criminal. Publicada no final de abril, a Portaria nº 665 visa principalmente a combater os crimes de sonegação fiscal e outros listados na Lei 8.137/90, contra a ordem financeira e as relações de consumo. As representações, que devem ser encaminhadas ao Ministério Público - que pode ou não aceitá-las -, seriam formuladas sempre que os agentes identificassem situações que configurariam um delito no âmbito do órgão.

O especialista em Direito Penal Maurício Silva Leite - do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados - critica o artigo 1º e incisos da portaria. O dispositivo estabelece o passo-a-passo que os auditores têm que cumprir na hora de formular a representação. Entre as atribuições, estão a de expor minuciosamente os fatos caracterizadores do ilícito penal; fornecer o original da prova material do crime e outros documentos sob suspeição que tenham sido apreendidos no curso da ação fiscal; identificar as pessoas físicas que se atribua o delito, bem como a pessoa jurídica autuada e as pessoas que possam ser arroladas como testemunhas, consideradas assim aquelas que tenham conhecimento do fato.

depoimentos. Pelo dispositivo, também seria da competência do auditor fornecer "termos lavrados de depoimentos, declarações, perícias e outras informações obtidas de terceiros, utilizados para fundamentar a constituição do crédito tributário ou a apreensão de bens sujeitos à pena de perdimento, bem como cópia autenticada do documento de constituição do crédito tributário, se for o caso, e dos demais termos fiscais lavrados".

De acordo com Maurício Leite, esses atos são próprios da polícia. "A portaria obriga o fiscal a realizar práticas de investigação criminal, o que é inconstitucional", afirmou o advogado, que teme que o processo penal possa vir a ser utilizado para obrigar o contribuinte a quitar a dívida perante a Receita.

O especialista explicou que, pela Lei nº 10.684/03, o pagamento do tributo devido pode extinguir o processo criminal. "Minha preocupação diz respeito à utilização do processo penal como forma de obrigar o contribuinte a pagar o imposto. A Receita busca a efetivação dos tributos. Essa atividade não pode se confundir com a da investigação criminal. Aí está o problema. O órgão não tem competência para isso", disse.

CONTRASENSO. O especialista em Direito Tributário Igor Mauler Santiago, sócio do escritório Sacha Calmon - Misabel Derzi Consultores e Advogados, não vê problemas quanto aos procedimentos que foram atribuídos aos auditores pela portaria. Na avaliação dele, muitos dos atos - como a colheita do depoimento - já é feito pelo fiscal durante a apuração do débito. Ele, então, apenas forneceria as informações que obteve durante a fiscalização que procedeu.

Para o advogado a idéia da portaria - de regularizar e padronizar a atuação da Receita em relação aos crimes tributários - é positiva. O problema está na instrumentalização dela. "A norma contém algumas falhas que afrontam a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal", afirmou Igor Mauler.

Nesse sentido, o especialista propõe a revisão de dois pontos. O primeiro seria o artigo 4º do inciso 2º, que estabelece que "caso o crédito tributário correspondente ao ilícito penal seja integralmente extinto pelo julgamento ou pelo pagamento, os autos da representação, juntamente com a cópia da respectiva decisão administrativa, quando for o caso, deverão ser arquivados".

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"Isso é um contrasenso, um absurdo. A portaria diz que o contribuinte, nesse momento em que comparece espontaneamente para pagar o que deve, terá de ser processado. Isso vai desestimular o sujeito que se arrepende, confessa que deve e se dispõe a pagar. Além disso, vai de encontro à jurisprudência do Supremo, que é no sentido de que o parcelamento suspende a pretensão punitiva", argumentou Igor Mauler.

Outro ponto também criticado pelo especialista é o artigo 6º. De acordo com Igor Mauler, a norma dá tratamento diferenciado e mais severo para os tributos previdenciários. O dispositivo diz que "a representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a Previdência Social será formalizada e protocolada em 10 dias contados da data da constituição de crédito tributário, devendo ser remetida pelo Delegado da Receita Federal do Brasil responsável pelo controle do processo administrativo fiscal em até dez dias, contados da data de sua protocolização, ao órgão do Ministério Público Federal que for competente para promover a ação penal."

O artigo 3º, porém, ao estabelecer o procedimento para a representação para fins penais relativa ao crime contra a ordem tributária, dá outro tratamento, prevendo que ela permaneça "no âmbito da unidade de controle até que o referido crédito se torne definitivo na esfera administrativa, respeitado o prazo para cobrança amigável".

processo penal. "Pelo artigo 6º, ainda que haja contestação por parte do contribuinte, antes do julgamento da ação administrativa, deverá ser iniciado o processo penal. Isso novamente contraria a jurisprudência do Supremo, que diz que, quando há uma autuação e o contribuinte a impugna, a ação penal somente pode ser proposta ao final da ação administrativa, quando for declarada a dívida", explicou Igor Mauler, acrescentando que a Suprema corte não diferencia o tributo previdenciário dos demais. "Não há nada na jurisprudência que confirme essa distinção", ressaltou.

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AGU defende no STF manutenção da alíquota do IPI sobre cigarros para proteger saúde pública(Res. Notícias Fiscais – 11.07.2008)

A Consultoria-Geral da União (CGU), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU), encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as informações presidenciais solicitadas pelo ministro Eros Grau, para instruir Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 4061, proposta pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), contra a legislação que alterou a sistemática de alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos cigarros. O artigo 153 do Decreto 4.544/02 deu nova redação ao artigo 1º do Decreto 3.070/99, alterando a forma de incidência do IPI sobre a venda de cigarros. Antes de 1999, o imposto era de 41,25% sobre o preço de venda a varejo do cigarro – a chamada alíquota ad valorem. O Decreto 3.070/99 instituiu a alíquota em valor monetário fixo e o Decreto 4.544/02, além de manter esse sistema, distribuiu os cigarros em quatro classes, determinando valores específicos do imposto para cada uma. O consultor da União Oswaldo Othon de Pontes Saraiva Filho, responsável pela elaboração das informações, demonstrou que novo o regime de alíquotas, estabelecido pela Lei 7.798/89 e pelo Decreto 4.544/02, observou às regras da Constituição Federal. Na peça, a AGU defende que a atividade de industrialização de cigarros é apenas tolerada no país e que os recursos obtidos com a tributação são indispensáveis para que o Estado tenha condições financeiras de arcar com o tratamento de saúde dos consumidores, aposentadorias precoces e pensões. “O uso da

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tributação extrafiscal do IPI sobre cigarros atende o artigo 196 do Estatuto Político, de 1988, que determina que o Estado brasileiro tem o poder/dever de proteger a saúde e a segurança da população”. Segundo o consultor, o objetivo do governo com a alteração das alíquotas foi cobrar mais imposto das empresas que vendem cigarros mais baratos e por isso estimulam o consumo do produto. “Quanto mais barato os cigarros, mais eles são consumidos e mais danos trazem, daí a necessidade de uma tributação mais gravosa a essa classe de cigarros, justamente para desencorajar o consumo”. Oswaldo Saraiva Filho esclarece que ao contrário do que alega o partido na Adin, o artigo 153 parágrafo 1º da Constituição Federal não exige a edição de Lei Complementar para definir alíquotas de impostos já discriminados na Carta Magna. A peça informa que a jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que a alteração da alíquota do IPI pelo Poder Executivo deve ser feita por lei ordinária, o que já existe. Demonstrou, ainda, que o atual regime do IPI sobre cigarros observou os princípios constitucionais da seletividade deste imposto, em função da essencialidade do produto, da igualdade e da capacidade contributiva.

http://www.noticiasfiscais.com.br/tributarias1.asp?preview=18942&data=11/7/2008

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VEIRANO

CVM aprova a totalidade dos serviços do Assembléias Online™.(Contato: MZ Consult – 11.07.2008)

Parecer do Colegiado fortalece o mercado de capitais, viabiliza voto por procuração eletrônica, permite maior interação entre acionistas em fórum/blog e a transmissão de AGOs/AGEs pela Internet

A MZ Consult (“MZ” ou “Companhia”), empresa brasileira e líder na América Latina em consultoria de relações com investidores, tecnologia e serviços financeiros e comunicação integrada, anunciou hoje que o Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) aprovou, na íntegra, consulta da MZ (“Consulta”) sobre possibilidade de utilização de procurações de voto em forma digital nas assembléias gerais, além de outras ferramentas de incentivo à participação de acionistas minoritários (proc. RJ-2008/1794). A ata da reunião de 24/6/2008 do Colegiado da CVM, que aprovou o “Assembléias Online™”, foi disponibilizada na última quarta-feira (9/7/2008) em seu website (www.cvm.gov.br). Clique aqui para acessar a íntegra do voto do Colegiado.

A Consulta foi apresentada em 26/2/2008 à Superintendência de Relações com Empresas – SEP, da CVM, sobre a disponibilização de serviços inovadores do Assembléias Online™ (www.assembleiasonline.com.br), voltados à maior participação dos acionistas em assembléias gerais ordinárias e extraordinárias (AGOs/AGEs), formulando quatro questionamentos relativos a: (1) certificados digitais em substituição ao reconhecimento de firma e consularização de procurações; (2) disponibilização de fórum ou blog na Internet sobre as pautas de assembléias; (3) utilização de cadastro de acionistas do Assembléias Online™; e (4) transmissão de vídeo ou áudio de assembléias, ao vivo. A Consulta da MZ foi resultante de discussões, interação e colaboração entre a Companhia e seis excepcionais escritórios de advocacia: Pinheiro Neto, Machado Meyer, Barbosa Müssnich, Mattos Filho, Veirano e Demarest. Clique aqui para acessar a íntegra da Consulta.

“A resposta favorável do Colegiado da CVM aos questionamentos formulados pela MZ abre portas significativas para o aprimoramento e o fortalecimento do mercado de capitais brasileiro, na medida em que garante aos acionistas – principalmente os minoritários – maior participação nas decisões das

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companhias investidas (AGOs/AGEs) sem incorrerem em custos para tal”, comemora Vera Abdo, Diretora de Serviços Financeiros da MZ – responsável pelo desenvolvimento do Assembléias Online™. “O voto favorável da CVM viabiliza o alcance de patamares mais elevados de governança corporativa, assegurando transparência, acesso às informações e eqüidade de tratamento entre os investidores, proporcionando aos acionistas trocar opiniões entre si e o direito de votar à distância sem a obrigatoriedade de presença no local da assembléia”, complementa Vera.

O portal Assembléias Online™ (www.assembleiasonline.com.br) é resultado do desenvolvimento, pela MZ, de sólidas plataforma tecnológica e base de dados de investidores durante os últimos dois anos (ofertas públicas de ações – OPAs – e assembléias gerais), sendo lançado oficialmente no final de 2007. Em 2008, as empresas Equatorial Energia, Cremer, Perdigão, IdeiasNet e InvestTur lideraram a iniciativa e aderiram pioneiramente ao Assembléias Online™, que contava até então apenas com o voto por procuração tradicional (com reconhecimento de firma e consularização, esse último no caso de acionistas residentes no exterior), enquanto aguardava-se o pronunciamento oficial da CVM (divulgado em 9/7) quanto aos questionamentos mencionados.

Na opinião de Carlos Piani, Diretor Presidente da Equatorial Energia, “queríamos dar transparência às propostas e uma das dificuldades da empresa, que o site ajuda a contornar, é de ordem geográfica, já que a sede da companhia fica em São Luis do Maranhão”. Para Luiz Spínola, Presidente do Conselho de Administração da Cremer, “se os estrangeiros percebem que é difícil fazer as opiniões chegarem à companhia, eles vendem as ações, pois acabam ficando sem ingerência na empresa.”

A partir do pronunciamento oficial da CVM, as companhias brasileiras passam a contar com uma plataforma tecnológica no estado-da-arte (Assembléias Online™), que possibilita aos acionistas residentes no Brasil e/ou no exterior votarem eletronicamente as propostas da administração nas assembléias gerais, sem necessidade de deslocamento físico até a sede das companhias investidas, ou tendo que arcar com custos de nomeação de procuradores individuais para tal finalidade. Além disso, as companhias brasileiras podem disponibilizar fóruns ou blogs para seus acionistas discutirem previamente as matérias, assim como para que eles acompanhem, ao vivo, o evento e a respectiva contabilização dos votos.

O relator da Consulta da MZ no Colegiado da CVM foi o Diretor Sergio Eduardo Weguelin Vieira, que destacou em seu voto:

1) Certificados digitais em substituição ao reconhecimento de firma e consularização de procurações: “nada obsta a outorga de procurações por meio eletrônico. Pelo contrário, a MP 2200-2/01 expressamente reconhece a validade jurídica dos documentos assinados por meio eletrônico. Na realidade, pode-se utilizar para esta finalidade qualquer mecanismo que assegure a autoria e a integridade das procurações por meio eletrônico e seja admitido como válido pelas partes envolvidas, notadamente a companhia”.

2) Disponibilização de fórum ou blog na Internet sobre as pautas de assembléias: “não há impedimento à manutenção de blogs ou fóruns nos quais os acionistas possam se manifestar. Tampouco há impedimentos a que estes ambientes permaneçam abertos durante as assembléias ou que seu acesso seja restrito a acionistas”.

3) Utilização de cadastro de acionistas do Assembléias Online™: “as companhias poderão recorrer às informações do Assembléias Online em complemento – e não em substituição – aos dados disponíveis junto ao prestador do serviço de escrituração das ações, de modo a permitir que as companhias alcancem os acionistas cujos endereços estejam desatualizados”.

4) Transmissão de vídeo ou áudio de assembléias, ao vivo: “não há impedimento e nem a que se permita o acesso a terceiros que não acionistas. A questão deve ser decidida pela companhia, de acordo com a forma que considere mais apropriada para a consecução do interesse social e com a sua capacidade de evitar a desinformação dos acionistas e outros óbices ao bom andamento da assembléia”.

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“A decisão do Colegiado da CVM é histórica e marca o início de uma nova fase no mercado de capitais brasileiro. As companhias que quiserem capturar e manter valor de mercado superior, decorrente de excelência em governança corporativa e melhores práticas de respeito aos acionistas minoritários, contam agora com o Assembléias Online™ plenamente operacional, uma sólida plataforma tecnológica que permite efetiva participação em decisões sem custo aos acionistas. Fundos de investimento, como a PREVI – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – já começam a demandar de suas investidas ações nesse sentido, e isso é a penas a ponta do iceberg”, conclui Vera Abdo, Diretora de Serviços Financeiros da MZ – responsável pelo desenvolvimento do Assembléias Online™.

http://www.prnewswire.com.br/news/080700000067.htm

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