Cm_69!9!1s_1 Caderno de Atividades Pedagógicas

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  • 8/12/2019 Cm_69!9!1s_1 Caderno de Atividades Pedaggicas

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    Professor

    Lngua Portuguesa

    e Literatura

    CC aa dd ee r r nn oo dd ee AAtt iivv iidd aa dd ee ss PP ee dd aa gg gg iicc aa ss dd ee AApp r r ee nn dd iizz aa gg ee mm

    AAuu ttoo r r r r ee gg uu llaa dd aa

    00 11 11 SS r r iiee || 11 BB iimm ee ss tt r r ee Disciplina Curso Bimestre Srie

    Lngua Portuguesa Ensino Mdio 1 1

    Habilidades Associadas

    1. Diferenciar texto literrio de no literrio

    2. Identificar nos textos da literatura de informao e nos jesuticos as marcas das escolhas do autor,da relao com a tradio literria e com o contexto sociocultural.

    3. Identificar o sentido denotativo e conotativo da linguagem.

    4. Reconhecer as funes da linguagem: referencial, metalingustica, potica e emotiva.

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    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar soluespara desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o

    a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prtica.Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br , a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/
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    Caro(a) Tutor(a),

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 1 Bimestre do Currculo Mnimo de Lngua Portuguesada 1 Srie do Ensino Mdio . Estas atividades correspondem aos estudos durante o

    perodo de um ms.

    A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades

    com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as

    trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no

    percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da

    disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional denossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.

    As quatro habilidades selecionadas se relacionam diretamente aos gneros

    textuais abordados no bimestre: Literatura de Informao , Textos Jesuticos , Relato de

    Viagem e Crnica. O critrio de seleo dos descritores tambm considerou matriz das

    avaliaes como Saerjinho e o SAERJ, que enfatizam essas habilidades.

    Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas

    relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal

    eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o

    Professor Tutor.

    Este documento apresenta 12 (doze) Aulas. As aulas podem ser compostas por

    uma explicao base , para que voc seja capaz de compreender as principais ideias

    relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e

    atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as

    Atividades propostas. As Atividades so referentes a trs tempos de aulas. Para reforar

    a aprendizagem, prope-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliao sobre o assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

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    Introduo .......................................................................................................... 3

    Aula 1: A carta de Achamento do Brasil ............................................................... 7

    Aula 2: Denotao e conotao .......................................................................... 11

    Aula 3: Elementos da comunicao.................................................................... 14 Aula 4: Tratado da terra do Brasil....................................................................... 17

    Aula 5: As Funes da Linguagem ...................................................................... 21

    Aula 6: Relato de Viagem ................................................................................... 23

    Aula 7: Textos Jesuticos ..................................................................................... 25

    Aula 8: Texto Literrio ou No Literrio, eis a questo? .................................... 29

    Aula 9: Comparando vises sobre o ndio .......................................................... 33

    Aula 10: Navegar preciso... ........................................................................... 37

    Avaliao ............................................................................................................. 40

    Pesquisa .............................................................................................................. 45

    Referncias ......................................................................................................... 49

    Sumrio

    http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781734http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781734http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781735http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781735http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781736http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781736http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781736http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781737http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781737http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781738http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781738http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781739http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781739http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781740http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781740http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781741http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781741http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781742http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781742http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781743http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781743http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781743http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781744http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781744http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781745http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781745http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781746http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781746http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781746http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781745http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781744http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781743http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781742http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781741http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781740http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781739http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781738http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781737http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781736http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781735http://c/Documents%20and%20Settings/fsouza/Desktop/PDF%2020agosto/PPortugu%EA%B3%A5201o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc364781734
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    Neste Caderno de Atividades, os alunos aprendero sobre Literatura de

    Informao, textos Jesutico , Relato de Viagem e Crnica. Sero trabalhadas neste

    enfoque as habilidades relacionadas a diferenciar o Texto Literrio do No Literrio, de

    identificar o sentido conotativo e denotativo da linguagem e de reconhecer as funes

    da linguagem, consideradas fundamentais para o 1 bimestre da 1 srie do Ensino

    Mdio.

    No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais que

    podem auxili-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

    Teleaulas

    - Diferenciar texto literrio de no literrio.

    24 EM30 EM46 EM47 EM

    - Reconhecer as principais caractersticas dosgneros literrios bsicos (lrico, pico edramtico).

    48 EM49 EM50 EM

    - Identificar as diferenas estruturais e temticas

    que distinguem crnica literria de crnica jornalstica.

    60 EF65 EF84 EF

    - Identificar o sentido denotativo e conotativo dalinguagem.

    36 EM41 EM68 EM

    - Reconhecer as funes da linguagem: referencial,metalingustica, potica e emotiva.

    21 EM22 EM

    Orientaes

    PedaggicasQuinhentismo Brasileiro

    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/chaTecnicaAula.html?aula=23546

    Materiais de Apoio Pedaggico

    Objetivos Gerais

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    do CM A Carta de Pero Vaz de Caminha: Literatura doDescobrimento

    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/chaTecnicaAula.html?aula=25252

    Caminhando pelas Descries da Histriahttp://portaldoprofessor.mec.gov.br/chaTecnicaAula.html?aula=32400

    Desbrave a Linguagem da poca dos Achamentoshttp://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamentos- 426684 .shtml

    Para que os alunos realizem as atividades referentes a cada dia de aula,

    sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no

    Caderno do Aluno:

    1 - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa

    compreend-lo sem o auxlio de um professor.

    2 - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na pgina 3.

    3 - Reproduza as atividades para que os alunos possam realiz-las de forma

    individual ou em dupla.

    4 - Se houver possibilidade de exibir vdeos ou pginas eletrnicas sugeridas na

    seo Materiais de Apoio Pedaggico, faa-o.

    5 - Pea que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos

    abordados no texto base.

    6 - Aps a leitura do material, os alunos devem resolver as questes propostas

    nas ATIVIDADES.

    7 - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas

    com toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala

    para que os alunos possam verificar se acertaram as questes propostas na Atividade.

    Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementao.

    Orientao Didtico-Pedaggica

    http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamentos-%20426684http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamentos-%20426684http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamentos-%20426684http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamentos-%20426684http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamentos-%20426684http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamentos-%20426684http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/desbrave-linguagem-epoca-achamentos-%20426684
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    Caro(a) aluno(a),

    Nesta atividade conheceremos um trecho da Carta

    de Pero Vaz de Caminha, para D. Manuel, o rei de Portugal

    na poca do descobrimento do Brasil. Esse texto representa

    o primeiro registro da existncia das terras que iriam ser o

    nosso pas. Pelo relato, podemos perceber o fascnio e o

    estranhamento dos navegantes, e, principalmente, quais

    eram as suas perspectivas e intenes ao aportarem por

    aqui.

    A grande importncia desse texto, tambm, se deve descrio da paisagem

    exuberante e dos grupos sociais que nela habitavam. A partir dele, portanto, possvel

    discutir em que medida os encantos da terra e de seu povo ainda fundamentam a

    imagem difundida de nosso pas.

    Considerando essas informaes, vamos ler a passagem a seguir:

    CARTA DE ACHAMENTO DO BRASIL (Pero Vaz de Caminha)

    Senhor,

    Posto que o Capito-mor desta Vossa frota, e assim os outros capites escrevam a

    Vossa Alteza a notcia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nestanavegao achou, no deixarei de tambm dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim

    como eu melhor puder, ainda que para o bem contar e falar o saiba pior que todos

    fazer!

    Todavia tome Vossa Alteza minha ignorncia por boa vontade, a qual bem certo

    creia que, para aformosentar nem afear, aqui no h de pr mais do que aquilo que vi

    e me pareceu. [...]

    E portanto, Senhor, do que hei de falar comeo. E digo qu:

    Aula 1: A carta de Achamento do Brasil

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    [...] seguimos nosso caminho, por este mar de longo, at que tera-feira das

    Oitavas de Pscoa, que foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra. E

    quarta-feira seguinte, pela manh, topamos aves a que chamam furabuchos. Neste

    mesmo dia, a horas de vspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de

    um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e

    de terra ch, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capito ps o nome de O

    Monte Pascoal e terra A Terra de Vera Cruz! [...]

    E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo

    disseram os navios pequenos que chegaram primeiro [...]. A feio deles serem

    pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam

    nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir

    suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso so de grande inocncia.

    Ambos traziam o beio de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de

    comprimento de uma mo travessa, e da grossura de um fuso de algodo, agudo na

    ponta como um furador. [...]

    O Capito, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos ps uma

    alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoo.[...] Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de

    falar ao Capito; nem a algum. Todavia um deles fitou o colar do Capito, e comeou

    a fazer acenos com a mo em direo terra, e depois para o colar, como se quisesse

    dizer-nos que havia ouro na terra. E tambm olhou para um castial de prata e assim

    mesmo acenava para a terra e novamente para o castial, como se l tambm

    houvesse prata! [...]

    Parece-me gente de tal inocncia que, se ns entendssemos a sua fala e eles anossa, seriam logo cristos, visto que no tm nem entendem crena alguma, segundo

    as aparncias [...]

    At agora no pudemos saber se h ouro ou prata nela [na nova terra], ou outra

    coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.

    E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta Vossa terra vi. E se a

    um pouco alonguei, Ela me perdoe. Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo

    fez pr assim pelo mido. [...]

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    Beijo as mos de Vossa Alteza

    Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de

    maio de 1500.

    Pero Vaz de Caminha.Fonte: http://www.culturabrasil.org/zip/carta.pdf

    Agora que j conhecemos um pouco da Carta de Pero Vaz de Caminha, vamos

    testar nossos conhecimentos!

    1. Descrever expor detalhadamente as caractersticas de um lugar, de um ser ou

    de um objeto. Sabendo disto, retire do texto passagens nas quais o escrivo do rei

    descreve os habitantes do novo mundo.

    Reposta comentada:

    O texto possui vrias passagens que enfatizam a beleza, a nudez inocente e o

    comportamento dcil dos ndios. Exemplo:

    A feio deles serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons

    narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de

    encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso

    so de grande inocncia .

    Parece-me gente de tal inocncia que, se ns entendssemos a sua fala e eles

    a nossa, seriam logo cristos, visto que no tm nem entendem crena alguma,

    segundo as aparncias.

    2. Pela descrio feita por Caminha, qual seria a viso do colonizador em relao

    aos povos indgenas?

    Reposta comentada:

    Atividade Comentada 1

    http://www.culturabrasil.org/zip/carta.pdfhttp://www.culturabrasil.org/zip/carta.pdfhttp://www.culturabrasil.org/zip/carta.pdfhttp://www.culturabrasil.org/zip/carta.pdf
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    Embora a descrio de Caminha no demonstre claramente uma viso

    negativa dos nativos, o escrivo parece no compreender e valorizar a riqueza cultural

    e a sabedoria possvel daqueles povos.

    Muitas vezes, Caminha se refere aos ndios como se fossem tbulas rasas,

    nas quais se poderia, facilmente, imprimir a cultura do colonizador.

    3. Observe a seguinte passagem da Carta:

    Todavia um deles fitou o colar do Capito, e comeou a fazer acenos com a mo

    em direo terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro

    na terra. E tambm olhou para um castial de prata e assim mesmo acenava para aterra e novamente para o castial, como se l tambm houvesse prata! [...]

    Nesse trecho, Caminha destaca e interpreta os acenos feitos pelos ndios,

    relacionando-os possvel existncia de metais ouro ou pedras preciosas. O que esse

    destaque revela sobre as intenes do homem europeu com a descoberta de novas

    terras?

    Reposta comentada:

    Em relao Nova Terra, possvel afirmar que os portugueses tinham,

    sobretudo, duas grandes preocupaes: a conquista material, resultante das polticas

    das Grandes navegaes, e a conquista espiritual, advinda da expanso da f crist. Na

    referida passagem da Carta, Caminha evidencia justamente o interesse dos

    portugueses em descobrir se havia metais de valor nas terras dos ndios. O escrivo do

    rei sugere que os acenos do ndio podem fazer aluso utilizao de ouro e prata por

    aquela sociedade, porm o indgena parece apenas estar encantado com os pertences

    do capito.

    4. Leia a seguinte passagem:

    [...] para os portugueses o ouro que tinha valor, enquanto para os indgenas

    uma conta de colar ou um guizo eram mais importantes; para os portugueses, os

    ndios eram vistos como mo-de-obra a ser explorada ou almas a serem cristianizadas;

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    j para os indgenas, os lusitanos eram homens diferentes com quem queriam trocar

    objetos. (RONCARI, 2002, p.29)

    Considerando a leitura da Carta de Achamento do Brasil e a passagem do texto do

    pesquisador Luiz Roncari, responda:

    Em sua opinio, o que, provavelmente, o ndio estava tentado dizer aos viajantes?

    Reposta comentada:

    Como os nativos brasileiros, naquela ocasio, no utilizavam adornos ou utenslios

    cunhados em metais preciosos, possvel imaginar que eles no exploravam esses

    recursos. Deste modo, provavelmente, o ndio, referido na passagem, estava apenas

    interessado nos objetos do capito, que lhe pareciam diferentes e, talvez, estivesse

    propondo uma troca.

    Caro(a) aluno(a),

    Agora que j estudamos um pouco da Carta de Achamento do Brasil , podemos

    analisar algumas caractersticas da linguagem empregada por Pero Vaz de Caminha. O

    primeiro ponto que vamos estudar ser o conceito de conotao e de denotao.

    Sabemos que uma mesma palavra pode expressar diferentes sentidos, que sodeterminados por fatores como o contexto e a inteno de quem fala ou escreve.

    Quando uma palavra utilizada com significao objetiva , limitando-se aos

    sentidos apresentados no dicionrio, dizemos que foi empregada de forma literal ou

    com sentido denotativo.

    Quando a palavra empregada com significao subjetiva , expressando outros

    sentidos por associaes ou comparaes, dizemos que foi empregada em sentido

    figurado ou conotativo .

    Aula 2: Denotao e conotao

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    Agora que j sabemos o que conotao e denotao, vamos exercitar!

    1. Relacione os ditos populares s imagens 1:

    a) Pendurar as chuteiras;

    b) Engolir sapos;

    c) Pisando em ovos

    (3) (2) (1)

    2. Podemos afirmar que as imagens retratam os ditados de forma denotativa ou

    conotativa? Explique.

    Reposta comentada:

    As imagens se retratam os ditados literalmente, portanto, de maneira conotativa.

    3. Podemos perceber que as imagens no veiculam o sentido que esses ditos tm

    na nossa fala contidiana. Qual seria o significado que, geralmente, atribumos a cada

    uma dessas expresses?

    1 Fonte: http://mulherdechuteiras.wordpress.com/2012/01/18/imperador-sem-imperio-e-sem-futebol/ Fonte: http://papeltinteiroedesatinos.wordpress.com/2011/04/05/pisando-em-ovos/

    Fonte: http://tempestadideias.wordpress.com/2012/02/15/engolir-sapos/

    Atividade Comentada 2

    http://mulherdechuteiras.wordpress.com/2012/01/18/imperador-sem-imperio-e-sem-futebol/http://mulherdechuteiras.wordpress.com/2012/01/18/imperador-sem-imperio-e-sem-futebol/http://mulherdechuteiras.wordpress.com/2012/01/18/imperador-sem-imperio-e-sem-futebol/http://papeltinteiroedesatinos.wordpress.com/2011/04/05/pisando-em-ovos/http://papeltinteiroedesatinos.wordpress.com/2011/04/05/pisando-em-ovos/http://papeltinteiroedesatinos.wordpress.com/2011/04/05/pisando-em-ovos/http://tempestadideias.wordpress.com/2012/02/15/engolir-sapos/http://tempestadideias.wordpress.com/2012/02/15/engolir-sapos/http://tempestadideias.wordpress.com/2012/02/15/engolir-sapos/http://tempestadideias.wordpress.com/2012/02/15/engolir-sapos/http://papeltinteiroedesatinos.wordpress.com/2011/04/05/pisando-em-ovos/http://mulherdechuteiras.wordpress.com/2012/01/18/imperador-sem-imperio-e-sem-futebol/
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    Reposta comentada:

    Pendurar as chuteiras - Dar uma pausa; aposentar-se.

    Engolir sapo - Fazer algo contrariado; ser alvo de insultos ou injustias sem revidar.

    Pisar em ovos - Agir com cautela, ter cuidado.

    4. Leia a tirinha a seguir e responda:

    Fonte: http://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.html

    O humor da tirinha pauta-se na possibilidade de uma mesma palavra assumir mais

    de um significado.

    a) Na tirinha acima, qual palavra possui essa caracterstica?

    b) Que sentidos so atribudos a ela?

    Reposta comentada:

    O humor da tirinha est relacionado ao fato de a palvra canho ter sido empregada

    denotativamente por Caminha, significando pea de artilharia, e ter sido entendida

    conotativamente pelo rei.

    5. Agora observe estes fragmentos retirados da Carta de Caminha:

    Nem comem seno desse inhame, que aqui h muito, e dessa semente e frutos ,

    que a terra e as rvores de si lanam. E com isto andam tais e to rijos e to ndios, que

    o no somos ns tanto, com quanto trigo e leg umes comemos.

    Contudo, o melhor fruto que dela [da nova terra] se pode tirar parece-me que ser

    salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve

    lanar.

    http://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.htmlhttp://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.htmlhttp://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.htmlhttp://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.html
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    Neles, possvel perceber que as palavras destacadas no possuem o mesmo

    significado nos dois contextos. Ento responda:

    a) Indique os possveis significados das palavras semente e fruto em cada uma

    das passagens destacadas do texto.

    Reposta comentada:

    Pela interpretao da carta, os alunos devem observar que, no primeiro

    fragmento, o autor utiliza os vocbulos fruto e semente para se referir a

    elementos da alimentao indgena como evidenciam as expresses comem e a

    terra e as rvores de si lan am. Esses dois vocbulos so, portanto, empregados com

    sentido denotativo.

    No segundo trecho, ao contrrio, esses mesmos vocbulos, tm outras

    significaes: o maior fruto a ser extrado/conquistado pelos portugueses consistiria

    na salvao daquelas pobres almas, que s seria alcanada graas semente,

    expanso da f crist e implantao dos fundamentos socioculturais europeus.

    b) Considerando a reposta anterior, explique: Em qual trecho as palavras destacads

    foram empregdas em sentido figurado, conotativo? E em qual foram utilizados comsentido denotativo?

    Reposta comentada:

    No primeiro trecho os vocbulos foram empregados denotativamente. J no

    segundo, os mesmos vocbulos foram conotativamente.

    Caro(a) aluno(a),

    Nesta atividade, estudaremos os elementos que estruturam a comunicao

    humana. Em um ato comunicativo, podemos destacar seis elementos:

    Aula 3: Elementos da comunicao

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    Mensagem aquilo que se fala ou escreve;

    Emissor ou remetente aquele que fala ou escreve;

    Receptor ou destinatrio aquele para quem se fala ou escreve;

    Canal o meio pelo qual a mensagem transmitida;

    Cdigo o conjunto de signos utilizado para elaborar a mensagem, no caso das

    comunicaes verbais, a prpria lngua;

    Referente ou contexto o assunto sobre que se fala ou escreve.

    Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/elementos-da-comunicacao.html

    Chegou a hora de colocar em prtica o que voc estudou sobre os elementos da

    comunicao!

    1. Leia a tira a seguir e responda:

    Fonte: http://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.html

    a) Qual o cdigo empregado na fala do ndio?

    b) Qual o contexto ou referente da mensagem veiculada na tirinha?

    Atividade Comentada 3

    http://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.htmlhttp://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.htmlhttp://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.htmlhttp://www.ocponline.com.br/blog/caricato/post/668-descobrimento-do-brasil.html
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    Reposta comentada:

    O cdigo empregado foi a lngua portuguesa. J o referente, seria a expropriao

    iminente das terras indgenas pelos colonizadores.

    2. Considerando que a Carta de Achamento do Brasil um texto, no qual o escrivo

    Pero Vaz de Caminha apresenta as terras e os habitantes do Movo Mundo ao, ento rei

    de Portugal, D. Manuel I, complete o quadro, a seguir, indicando os elementos e

    conceitos que faltam:

    Elementos Carta de caminha

    Mensagem

    A descrio de como era o Brasil e como

    viviam os ndios na poca da chegada dos

    portugueses.

    Emissor Pero Vaz Caminha

    Receptor Rei D. Manuel

    Canal O papel no qual a carta foi escrita.

    Cdigo A lngua portuguesa.

    ReferenteO tema do texto, que, neste caso, o ndio e

    a terra

    3. Observe, a seguir, o trecho da Carta:

    Todavia um deles fitou o colar do Capito, e comeou a fazer acenos com a mo

    em direo terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro

    na terra. [...]

    At agora no pudemos saber se h ouro ou prata nela [na nova terra], ou outra

    coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.

    Segundo a passagem, podemos perceber que o escrivo do rei no conseguiu

    descobrir se existiam ou no metais preciosos nas terras da colnia, porque eles e os

    ndios no falavam o mesmo idioma.

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    Considerando as informaes responda:

    a) Somente os gestos foram suficientes para que a os colonizadores e os indgenas

    se comunicassem plenamente?

    Reposta comentada:

    Os gestos no foram suficientes para esbelecer plenamente a comunicao, um vez

    que os colonizadores no consiguiram entender o que os ndios queriam dizer e, assim,

    no puderam saber sobre a existncia de metais preciosos.

    b) Qual dos seis elementos da comunicao est relacionado a essa dificuldade de

    entendimento entre portugueses e ndios?

    Reposta comentada:

    Os portugueses e os indgenas no falavam a mesma lngua, ou seja, no

    dominavam o mesmo cdigo.

    Caro(a) aluno(a),

    Nesta aula, veremos que, assim como Pero Vaz de Caminha,muitos foram os viajante e aventureiros que registraram suas peripcias

    pelo Novo Mundo. Pero de Magalhes Gandavo foi um cronista portugues que

    permaneceu na Bahia. Nesse perodo, Gandavo escreveu vrias obras sobre o Brasil.

    O fragmento, a seguir, pertence ao Tratado da Terra do Brasil. A importncia

    desse texto provm da observao e do registro que o cronista faz da lngua e da cultura

    indgena, pois evidenciam a viso fantasiosa e depreciativa do europeu em relao aos

    povos nativos, muito comum naquela poca.

    Aula 4: Tratado da terra do Brasil

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    DA CONDIAO E COSTUMES DOS INDIOS DA TERRA

    No se pode numerar nem compreender a multido de brbaro gentio que

    semeou a natureza por toda esta terra do Brasil; porque ningum pode por o serto

    dentro caminhar seguro, nem passar por terra onde no acha povoaes de ndios

    armados contra todas as naes humanas, e assim como so muitos permitiu Deus que

    fossem contrrios uns dos outros, e que houvesse entre eles grandes dios e

    discrdias, porque se assim no fosse os portugueses no poderiam viver na terra nem

    seria possvel conquistar tamanho poder de gente.

    Havia muitos destes indios pela Costa junto das Capitanias, tudo enfim estava

    cheio deles quando comearam os portugueses a povoar a terra; mas porque os

    mesmos indios se alevantaram contra eles e faziam-lhes muitas traies, os

    governadores e capites da terra destruram-nos pouco a pouco e mataro muitos

    deles, outros fugiro pela o Serto, e assim ficou a costa despovoada de gentio aolongo das Capitanias. Junto delas ficaro alguns indios destes nas aldes que so de

    paz, e amigos dos portugueses.

    A lngua deste gentio toda pela Costa , uma: carece de trs letras convm

    saber, no se acha nela F, nem L, nem R, cousa digna de espanto, porque assim no

    tm F, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem sem Justia e desordenadamente.

    Estes indios andam nus sem cobertura alguma, assim machos como fmeas;

    no cobrem parte nenhuma de seu corpo, e trazem descoberto quanto a natureza lhesdeu. Vivem todos em aldeias, pode haver em cada uma sete, oito casas, as quase so

    compridas feitas a maneira de cordoarias; e cada uma delas est cheia de gente duma

    parte e doutra, e cada um por si tem sua estncia e sua rede armada em que dorme, e

    assim esto todos juntos uns dos outros por ordem, e pelo meio da casa fica um

    caminho aberto pela se servirem.

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    No adoram cousa alguma nem tm pela si que h na outra vida glria pelos

    bons, e pena pela os maus, tudo cuidam que se acaba nesta e que as almas perecem

    com os corpos, e assim vivem bestialmente sem ter conta, nem peso, nem medida.

    Fonte: http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/oliteraria/379.pdf

    Agora, vamos aprofundar um pouco mais a nossa leitura sobre o texto Tratado

    da Terra do Brasil , de Pero de Magalhes Gandavo.

    1. A descrio feita por Gandavo revela um grande estranhamento do autor em

    relao aos povos nativos e aos seus costumes. Retire do texto passagens em que o

    cronista aponta comportamentos ou aes dos ndios que seriam contrrias ao seu

    modelo de civilizao.

    Reposta comentada:So inmeras as passagens que comprovam o estranhamento e/ou viso

    preconceituosa do autor. Exemplo: No adoram cousa alguma nem tm pela si que h

    na outra vida glria pelos bons, e pena pela os maus, tudo cuidam que se acaba nesta

    e que as almas perecem com os corpos, e assim vivem bestialmente sem ter conta,

    nem peso, nem medida. Pode-se citar tambm: Estes indios andam nus sem

    cobertura alguma, assim machos como fmeas; no cobrem parte nenhuma de seu

    corpo, e trazem descoberto quanto a natureza lhes deu.

    2. Ao descrever a lngua Tupi, Gandavo, relaciona a ausncia de trs letras F, L e

    R no alfabeto indgena a uma limitao sociocultural. Para o autor, como o idioma

    refletiria essa desorganizao social dos ndios, na viso do europeu?

    Reposta comentada:

    Gandavo, que descreve as aldeias e o comportamento dos ndios de forma

    pejorativa, reafirma a sua viso negativa sobre o modo de vida indgena a partir do que

    Atividade Comentada 4

    http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/oliteraria/379.pdfhttp://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/oliteraria/379.pdfhttp://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/oliteraria/379.pdfhttp://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/oliteraria/379.pdf
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    ele indica ser uma carncia lingustica desses povos: a falta das letras F, L, e R

    implicaria em uma sociedade sem f, sem lei e sem rei, visto que estas letras eram

    consideradas, na poca, como os smbolos dos elementos constitutivos da prpria

    civilizao.

    3. Alm de vrias passagens descritivas, podemos perceber que Gandavo narra

    um dado episdio para comentar a ausncia de nativos ao longo das capitanias.

    Observe:

    Havia muitos destes indios pela Costa junto das Capitanias, tudo enfim estava

    cheio deles quando comearam os portugueses a povoar a terra; mas porque os

    mesmos indios se alevantaram contra eles e faziam-lhes muitas traies, os

    governadores e capites da terra destruram-nos pouco a pouco e mataro muitos

    deles, outros fugiro pela o Serto, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao

    longo das Capitanias. Junto delas ficaro alguns indios destes nas aldes que so de

    paz, e amigos dos portugueses.

    a) Segundo o autor, o que ocorreu com os ndios que ali habitavam?

    Resposta comentada:

    Gandavo afirma que os nativos que habitavam a costa junto s capitanias foram

    massacrados ou fugiram para o interior, capites da terra destruram-nos pouco a

    pouco e mataro muitos deles, outros fugiro pela o Serto.

    b) Quem o autor culpou pelo incidente? Resposta comentada:

    Gandavo culpa os prprios ndios pelo massacre, afirmando que os nativos eram

    violentos e traidores, quando na verdade, ao que tudo indica, os nativos tentavam

    apenas defender o seu povo e lutar por suas terras.

    c) Voc concorda com o autor? Explique.

    Resposta comentada:

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    Os alunos devem ser capazes de entender que Gandavo tenta legitimar a

    brutalidade e os desmandos dos colonizadores, apontando atos de defesa como

    agresso.

    Caro(a) aluno(a),

    Nesta aula, veremos que a linguagem no tem apenas a funo de transmitir

    informaes. Sempre que nos comunicamos, temos uma determinada inteno ou

    objetivo, como demostrar sentimentos, manter contato, emocionar, convencer, etc. E,

    em cada um desses objetivos, um elemento da comunicao enfatizado.

    Observe:

    Funo emotiva ou expressiva: enfatiza o emissor , que costuma revelar seus

    sentimentos, estado de esprito e opinies. Exemplos: poemas, cartas, dirios

    pessoais etc.

    Funo apelativa ou conativa : enfatiza o receptor , para influenci-lo ou

    convenc-lo. Exemplos: discurso poltico ou publicitrio.

    Funo referencial ou denotativa : enfatiza o contexto. A informao

    transmitida de forma objetiva, clara e impessoal. Exemplos: textos

    jornalsticos, teses, artigos cientficos.

    Funo metalingustica : enfatiza o cdigo com o objetivo de falar sobre a

    prpria linguagem. Exemplos: gramticas, dicionrios, um poema que fala

    sobre o fazer potico.

    Funo ftica: enfatiza o canal, com o objetivo de confirmar a eficcia da

    comunicao. Exemplos: al, entende?, ok etc.

    Aula 5: As Funes da Linguagem

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    Funo potica : enfatiza a mensagem , explorando certos efeitos estticos e

    sonoros das palavras. Exemplos: poesia, provrbios, msicas, trava-lnguas,

    trocadilhos etc.

    Ateno: A mesma fala ou texto pode conter mais de uma funo da

    linguagem.

    Agora que conhecemos as funes da linguagem, vamos exercitar nossos

    conhecimentos!

    1. Com base nos seus conhecimentos sobre as funes da linguagem, complete a

    tabela a seguir:

    NFASE NO DETERMINA

    A FUNO

    Emissor Emotiva

    Mensagem Potica

    Referente Referencial

    Receptor Apelativa

    Canal Ftica

    Cdigo Metalingustica

    2. O objetivo dos relatos que compem grande parte do Tratado da Terra do

    Brasil era descrever de forma clara e direta os acontecimentos, as paisagens e os

    habitantes do Novo Mundo. Sendo assim:

    Atividade Comentada 5

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    a) Qual elemento da comunicao recebeu maior destaque no fragmento do

    Tratado de Gandavo?

    Resposta comentada:

    O elemento da comunicao recebeu maior destaque foi o referente ou contexto.

    b) Que funo da linguagem predomina, ento, no texto?

    Resposta comentada:

    A funo da linguagem predominante a referencial.

    3. Observe o trecho e responda:

    A lngua deste gentio toda pela Costa uma: carece de trs letras convmsaber, no se acha nela F, nem L, nem R, cousa digna de espanto, porque assim no

    tm F, nem Lei, nem Rei;

    a) Qual elemento da comunicao est sendo enfatizado na passagem acima?

    b) Qual a funo da linguagem predomina?

    Resposta comentada:

    Na passagem, o autor se vale da linguagem para descrever a lngua dos ndios,

    portanto, o foco recai sobre o cdigo e a funo da linguagem que predomina no

    trecho selecionado a metalingustica.

    Caro(a) aluno(a),

    Nesta aula, voc vai aprender um pouco mais sobre o gnero de texto relato de

    viagem. Relatar uma experincia comunicativa de mo dupla: relatando um fato,

    somos capazes de compreend-lo melhor e possibilitamos que outras pessoas tenham

    acesso a uma experincia vivida por ns e a entendam.

    Aula 6: Relato de Viagem

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    Essa uma prtica muito comum, pois em todas as vezes que voc conta um fato

    j ocorrido, organizando as aes e os eventos por meio de algum critrio previamente

    definido, est produzindo um relato.

    Esses relatos podem ser desde anotaes pessoais sobre o que foi visto em uma

    viagem, coisas escritas em um dirio ou em um blog, at um livro. Hoje em dia, por

    exemplo, h muitos sites com dicas pessoais de lugares visitados, onde as pessoas

    divulgam suas experincias na forma de relatos.

    1. No incio do texto h a seguinte afirmao:

    Em sua maioria, so viagens curtas uma semana aqui, um fim de semana acol -,

    a quantidade de tempo exata para sentir o lugar .

    Em sua opinio, o que significa, nesse contexto, sentir o clima do lugar? Explique.

    Resposta comentada:

    Professor(a), espera-se que os alunos respondam que significa perceber como o

    lugar, como so e como vivem as pessoas que o habitam. Lembrando que essa uma

    expresso conotativa, uma espcie de gria, com a qual, provavelmente ele j esteja

    acostumado.

    2. Voc deve ter observado que as formas verbais usadas no texto, so sempre

    referentes primeira pessoa (eu). Sua tarefa transcrever algumas dessas formas

    verbais, indicando em que tempo (presente, pretrito e futuro) est a maior parte delas.

    Resposta comentada:

    Professor(a), caso os alunos tenham esquecido o contedo sobre formas verbais,

    faa uma breve reviso do assunto. Como se pode perceber, os tempos verbais j foram

    mencionados na pergunta para facilitar o entendimento da questo. As formas verbais

    Atividade Comentada 6

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    so: deso, desisto, tenho, passo, fico dentre outras e esto todas no presente

    do indicativo.

    3. Pensando na resposta que voc deu questo anterior, explique que sentido

    esse tempo verbal produz no texto, levando em conta o contexto em que foi usado.

    Resposta comentada:

    Os tempos verbais esto no presente do indicativo, utilizado para indicar a ao j

    concluda. Trata-se do presente narrativo ou presente histrico. Professor(a), aceite

    resposta que e aproximem dessas explicaes. O importante que os alunos percebam

    que relatar fatos passados no presente uma espcie de encenao enunciativa: o

    enunciador cria, pela manipulao da categoria de tempo, a iluso de que as aes so

    atuais, o que d ao leitor a impresso de vivacidade, fazendo com que as aes e os

    fatos relatados acontecessem no momento da enunciao.

    4. Agora com voc! Pense em alguma viagem ou um passeio marcante que voc

    tenha feito. Faa um breve relato contando um pouquinho da sua experincia.

    Resposta comentada:A ideia que os alunos sejam capazes de se expressar por escrito, relatando sua

    experincia, seja ela com viagem ou um passeio qualquer. importante que sejam

    orientados a usar a primeira pessoa.

    Caro(a) aluno(a),

    Voc j ouviu falar em textos jesuticos? E em Padre Jos de Anchieta? Nossa

    segunda aula ser sobre eles.

    Voc j deve ter observado que as crnicas dos viajantes do sculo XV e XVI e os

    documentos informativos no possuem um carter propriamente literrio. Eram textos

    Aula 7: Textos Jesuticos

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    essencialmente informativos e se caracterizavam como uma espcie de crnica

    histrica. Por isso, a obra desse padre diferencia-se do conjunto dos textos escritos do

    sculo XVI. Alm de cartas e relatrios de valor documental e histrico, o jesuta

    Anchieta, tambm escreveu poesia e textos de teatro com a finalidade de converter os

    ndios religio catlica. A dramatizao das cenas bblicas e de passagem da vida dos

    santos era feita, muitas vezes, em tupi para garantir que os ensinamentos religiosos e

    morais fossem compreendidos pelos nativos.

    O texto que voc vai abaixo um auto, composies te atrais de linguagem

    simples, em sua maioria, tinham elementos cmicos e inteno moralizadora. Suas

    personagens simbolizavam as virtudes, os pecados, ou representavam anjos, demnios

    e santos.

    Texto I

    SEGUNDO ATO

    No trecho a seguir, extrado do auto de Jos de Anchieta, So Loureno e So

    Sebastio enfrentam os demnios que desejam corromper uma aldeia indgena.

    (Eram trs diabos que querem destruir a aldeia com pecados, aos quais resistem So

    Loureno, So Sebastio e o Anjo da Guarda, livrando a aldeia e prendendo ostentadores cujos nomes so: Guaixar, que o rei; Aimbir e Saravaia, seus criados)

    So Loureno fala a Guaixar:

    [...]

    (So Loureno fala a Guaixar:)

    SO LOURENO

    Quem s tu?

    GUAIXAR

    Sou Guaixar embriagado,

    sou boicininga, jaguar,

    Atividade Comentada 7

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    antropfago, agressor,

    andir-guau alado,

    sou demnio matador.

    [...]

    SO LOURENO

    Dizei-me o que quereis desta

    minha terra em que nos vemos.

    GUAIXAR

    Amando os ndios queremos

    que obedincia nos prestem

    por tanto que lhes fazemos.

    Pois se as coisas so da gente,

    ama-se sinceramente.

    SO SEBASTIO

    Quem foi que insensatamente,

    um dia ou presentemente?

    os ndios vos entregou?

    Se o prprio Deus to potente

    deste povo em santo ofcio

    corpo e alma modelou!

    GUAIXAR

    Deus? Talvez remotamente

    pois nada edificante

    a vida que resultou.So pecadores perfeitos,

    repelem o amor de Deus,

    e orgulham-se dos defeitos.

    AIMBIR

    Bebem cuim a seu jeito,

    como completos sandeus

    ao cauim rendem seu preito.

    Esse cauim que tolhe

    sua graa espiritual.

    Perdidos no bacanal

    seus espritos se encolhem

    em nosso lao fatal.

    SO LOURENO

    No se esforam por orar

    na luta do dia a dia.

    Isto fraqueza, de certo.

    ANCHIETA, Jos de. Auto representado na festa de So Loureno.

    Disponvel em:

    http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/autofestasaolourenco.pdf

    Acesso em: 18 jul.2013 (Fragmento).

    Vocabulrio de apoioBoicininga: termo originrio da lngua tupi usado para designar a cobra cascavel.

    http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/autofestasaolourenco.pdfhttp://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/autofestasaolourenco.pdfhttp://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/autofestasaolourenco.pdf
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    Andir-guau: termo usado para designar grandes morcegos encontrados nas Amricas do Sul

    e Central.

    Cuim: bebida preparada com uma espcie de farelo de arroz fermentado.

    Sandeus: loucos, tolos.

    Cauim: bebida indgena preparada com mandioca cozida e fermentada.

    Preito: venerao, homenagem.

    Bacanal: festa em que reina a devassido; orgia.

    O texto acima faz parte do acervo de textos religiosos, escritos pelos missionrios

    jesutas que aqui chegaram em 1549 e aqui permaneceram at 1605, com o objetivo

    de converter os ndios brasileiros. Esse tipo de texto ficou conhecido como literatura

    de catequese.

    1. Como voc j sabe, todo texto apresenta uma finalidade. Observando a

    organizao e o uso das palavras no texto, possvel dizer que a funo da linguagem

    predominante :

    a) Referencial, pois o objetivo da mensagem a transmisso de informaes.

    b) Potica, pois est centrada na mensagem, revelando recursos imaginativos

    criados pelo emissor, uma linguagem figurada.

    c) Metalingustica, pois utiliza a linguagem para falar dela prpria.

    d) Emotiva, pois revela a emoes do emissor.

    Resposta comentada:

    A resposta correta a alternativa B, pois o objetivo de mensagem chamar ateno

    para a prpria mensagem, que resulta de um trabalho de elaborao feito sobre sua

    forma.2. Com base no que voc respondeu acima, possvel definir o texto proposto

    como literrio ou no literrio? Justifique.

    Resposta comentada:

    O texto da questo pode ser considerado como literrio. Como justificativa, podem

    ser consideradas respostas como: os fatos apresentados no texto no fazem

    necessariamente parte da realidade (ficcionalidade); apresenta uma funo esttica, em

    oposio a uma funo utilitria; plurissignificativo, porque permite que as palavras

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    assumam diferentes significados.

    3. Guaixar o rei dos demnios que desejam corromper a aldeia com pecados.

    Logo na primeira estrofe, ele se auto define como boicininga (cascavel), jaguar(pantera) e andir -guau (morcego). Sabendo que o texto potico faz uso da

    linguagem conotativa, figurada, quais significados esto implcitos no uso dessas

    palavras?

    Reposta comentada:

    Guaixar caracteriza-se como animais considerados perigosos e letais, como a

    cascavel e o jaguar, sugerindo assim, sua natureza predatria e violenta.

    4. Originalmente esse auto foi escrito em trs lnguas: tupi, portugus e espanhol.

    Os versos em tupi so associados ao demnio. Voc deve ter observado que os diabos

    tm nomes indgenas. Considerando essa informao, explique de que maneira a

    escolha da lngua falada pelos demnios e dos nomes dessas personagens acaba por

    reafirmar, de diferentes formas, a superioridade cultural e espiritual dos colonizadores.

    Resposta comentada:

    O fato de o autor atribuir aos demnios nomes indgenas e caracteriz-los como

    falantes da lngua tupi sugere a inferioridade dos ndios em relao aos colonizadores.

    Por outro lado, aqueles que simbolizam a salvao das almas dos habitantes da aldeia

    falam a lngua do colonizador. Por meio desses recursos, Anchieta, em seu auto, deixa

    clara a superioridade cultural e espiritual dos colonizadores: so eles que tm a fora

    para resistir s tentaes (diferentemente dos ndios que no se esforam por orar/ na

    luta do dia a dia) e para livrar a aldeia dos demnios que querem corromper a todos.

    Caro(a) aluno(a),

    Aula 8: Texto Literrio ou No Literrio, eis a questo?

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    Voc j pensou o que faz um texto ser literrio e outro no? Embora a

    literatura se manifeste fundamentalmente por meio da palavra escrita, nem tudo que

    escrito pode ser considerado como literatura, no sentido esttico, ou seja, que

    desperta emoes, chama ateno pela beleza.O texto literrio formado por palavras polivalentes, plurissignificativas, ou

    seja, que podem ter mais de um significado. Sua base a conotao, quando a palavra

    utilizada com sentido diferente daquele que lhe comum.

    Os contos, o poema, o romance, peas de teatro, novelas, crnicas so

    exemplos de texto literrios.

    A linguagem no literria a utilizada com o seu sentido comum, empregada

    denotativamente, a linguagem dos textos informativos, jornalsticos, cientficos,

    receitas culinrias, manuais de instruo etc.

    Sendo assim, podemos concluir que o texto literrio tem uma funo

    esttica e o texto no literrio tem uma funo utilitria, como por exemplo,

    informar sobre a realidade e documentar os fatos.

    O texto que voc ler foi escrito pelo Padre Jos de Anchieta, missionrio jesutico

    que escreveu vrios textos de cunho religioso, inclusive poemas lricos.

    Texto I

    Em Deus, meu Criador

    No h coisa segura.

    Tudo quanto se v

    se vai passando.

    A vida no tem dura.

    O bem se vai gastando.

    Toda criatura

    passa voando.

    Atividade Comentada 8

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    Em Deus, meu criador,

    est todo meu bem

    e esperana,

    meu gosto e meu amore bem-aventurana.

    Quem serve a tal Senhor

    no faz mudana. Contente assim, minha alma,

    do doce amor de Deus

    toda ferida,

    o mundo deixa em calma,

    buscando a outra vida,

    na qual deseja ser

    toda absorvida.

    [...]

    (ANCHIETA, Jos de. In: MARTINS, M. de L. de Paula (Trans., trad. e notas). Poesias.

    Belo Horizonte/ So Paulo: Itatiaia/ Editora da Universidade de So Paulo, 1989. p. 402

    (fragmento).

    1. Pensando nas explicaes lidas nesse caderno, voc diria que o texto acima

    literrio ou no literrio?

    Resposta comentada:

    Os alunos, provavelmente, percebero que o texto acima literrio, pois nele h

    uma organizao das palavras (funo esttica); uso da conotao.

    2. Releia os versos retirados do texto: Toda criatura/ passa voando. possvel

    dizer que essa expresso tem sentido figurado, conotativo? Explique.

    Resposta comentada:

    Sim, pois dizer que a criatura passa voando no tem sentido literal, denotativo.

    Passar voando nesse contexto significa a efemeridade da vida, ou seja, nossa vida

    fugaz, passageira. Professor(a), aceite outras respostas que se aproximem dessas.

    Vamos ampliar nossos conhecimentos?

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    Voc j ouviu falar em gneros literrios? Entre os inmeros gneros de texto

    existentes, esto aqueles que tm finalidades artsticas ou estticas: so os gneros

    literrios. Observe a diviso desses gneros:Gnero dramtico : so textos destinados representao no palco, por atores

    que encarnam personagens. So escritos em forma de dilogo ou monlogo. Fazem

    parte desse gnero textos teatrais, roteiros de filmes e telenovelas.

    Gnero pico ou narrativo : apresenta enredo, clmax e final. Um narrador

    conta a histria de personagens. comum nas obras narrativas, a existncia de

    dilogos. A esse gnero pertencem as epopeias (longos poemas narrativos que

    contavam com grandeza os fatos heroicos de um povo), o conto, a novela, o romance,

    as lendas.

    Gnero lrico: compreende textos em que um eu lrico (voz que fala no poema)

    expe seus sentimentos e emoes atravs de versos, na forma de poemas. Descries

    e narraes, quando ocorrem nesse gnero, funcionam como pretexto para o eu lrico

    falar de si mesmo.

    O grfico abaixo procura resumir os dois assuntos abordados nesse caderno:

    Texto literrio e No literrio e Gneros Literrios. Observe:

    3. O texto I, Em Deus, meu criador, pertence a que gnero literrio? Justifique.Reposta comentada:

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    Gnero Lrico, porque h um eu lrico que expressa suas emoes e sentimentos em

    relao a Deus. Professor(a), converse com seus alunos sobre outras possibilidades de

    expresso do sentimento, pois nesse caso, estamos tratando de texto religioso, sendo

    assim, o objeto do amor do eu lrico Deus. No caso de um poema de amor, mantm-sea expresso do sentimento, apenas modifica o objeto amado.

    4. O Pe. Jos de Anchieta, alm de poemas, escreveu autos (peas teatrais com

    objetivo de evangelizar os nativos). Pode-se dizer que esses autos fazem parte do

    gnero dramtico? Justifique.

    Resposta comentada:

    Como os alunos j tiveram contato com o auto, ser fcil para ele perceber que esse

    tipo de texto feito para a representao, tendo personagens dialogando entre si.

    Portanto, faz parte do gnero dramtico.

    5. Voc j sabe que todo texto tem uma finalidade, uma funo. Qual das opes

    pode ser identificada no texto I?

    a) Potica / emotiva

    b) Referencial/ apelativa

    c) Metalingustica/ emotiva

    d) Apelativa/ potica

    Resposta comentada:

    A opo correta a alternativa A. No poema de Anchieta, temos duas funes

    respectivamente: a funo potica, cuja nfase chamar ateno para a mensagem e a

    funo emotiva, cuja nfase a expresso do sentimento do emissor.

    Caro(a) aluno(a),

    Aula 9: Comparando vises sobre o ndio

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    Nesta aula voc vai observar como os ndios eram vistos, tanto pelos europeus

    que aqui chegavam, como na modernidade. A base para suas reflexes ser dois

    textos: um relato quinhentista e a letra de uma cano atual.

    Fique atento e mos obra!

    Texto I

    "A Amrica uma terra vasta onde vivem muitas tribos de homens

    selvagens com diversas lnguas diferentes. (...) Essa terra tem uma aparncia amistosa

    visto que s rvores ficam verdes por todo o ano (...) Todos os homens andam nus pois

    naquela parte da terra (...) nunca faz tanto frio (...) a parte localizada ao Sul do trpico

    de Capricrnio (...) um pouco mais fria. Os selvagens dessa regio chamam-se Carij

    e usam peles de animais limpas e preparadas como vestimenta. Por causa do sol forte,

    os habitantes da terra tm uma cor marrom-avermelhada (...) trata-se de um povo

    orgulhoso e muito astuto e sempre pronto a perseguir e devorar seus inimigos (...)

    Existe naquele lugar uma grande serra que se estende at cerca de trs milhas da

    costa; em alguns pontos ela bem mais afastada, em outros ainda mais prxima (...) os

    Tupinamb residem na serra j mencionada, na beira do mar; mas seu territrio ainda

    se estende por cerca de 60 milhas por detrs dela. Residem nas margens do Paraba,

    num rio que vem das montanhas e desgua no mar (...) Os inimigos so uma ameaa

    por todos os lados (...)

    (STADEN, Hans. A verdadeira histria dos selvagens, nus e ferozes devoradores de

    homens.)http://www.itanhaemvirtual.com.br/Historia_HansStaden.htm acessado em : 20 jul.

    Atividade Comentada 9

    http://www.itanhaemvirtual.com.br/Historia_HansStaden.htmhttp://www.itanhaemvirtual.com.br/Historia_HansStaden.htmhttp://www.itanhaemvirtual.com.br/Historia_HansStaden.htm
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    Texto II

    Um ndio

    Um ndio descer de uma estrela colorida, brilhanteDe uma estrela que vir numa velocidade estonteante

    E pousar no corao do hemisfrio sul

    Na Amrica, num claro instante

    [...]

    Vir

    Impvido que nem Muhammad Ali

    Vir que eu vi

    Apaixonadamente como Peri

    Vir que eu vi

    Tranquilo e infalvel como Bruce Lee

    Vir que eu vi

    O ax do afox Filhos de Gandhi

    Vir

    [...]

    (VELOSO, Caetano. lbum Bicho, 1977)

    Hans Staden (1520- 1565) participou de duas expedies ao Brasil, numa delas foi

    capturado por ndios tupinambs, tornando-se prisioneiro. Nesse perodo escreveu o

    livro em que relatou suas experincias com os nativos, do qual foi retirado o trecho

    referente ao texto I.

    1. A viso de Staden sobre os ndios pode ser considerada positiva ou negativa?

    Justifique com elementos do texto.

    Resposta comentada :

    Espera-se que os alunos percebam que a viso negativa. As expresses do texto

    que corroboram essa viso so:

    tribos de homens selvagens;

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    Os selvagens dessa regio;

    trata -se de um povo orgulhoso e muito astuto e sempre pronto a perseguir e

    devorar seus inimigos.

    2. E no texto II? Justifique.

    Resposta comentada:

    Em oposio ao texto I, a viso do ndio positiva. Os versos da segunda estrofe

    podero ser usados como justificativa.

    3. Como j foi mencionado, o texto I um relato, enquanto o texto II letra de

    uma msica. De acordo com seus conhecimentos sobre gneros literrios seria correto

    afirmar que o texto I pertence ao gnero pico, lrico ou dramtico? Justifique.

    Resposta comentada:

    O texto I, na perspectiva dos gneros literrios, pode ser considerado pico, pois

    no foi escrito para ser encenado e no apresenta as emoes de um eu lrico,

    caractersticas prprias dos gneros dramticos e lricos. Professor, ressalte que o

    texto em questo no uma epopeia tradicional, mas um texto narrativo.

    4. A segunda estrofe da cano estabelece relao de comparao entre o ndio e

    alguns personagens: Muhammade Ali (foi um grande lutador de boxe), Peri

    (personagem indgena do livro O Guarani, de Jos de Alencar) e Bruce Lee (foi um

    dos lutadores de artes marciais mais influentes do mundo). Com base nessas

    informaes, possvel inferir que o ndio do texto II:

    a) uma espcie de heri moderno.

    b) um retrato dos nativos do perodo quinhentista.

    c) um personagem, uma criao ficcional.

    d) Representa os ndios canibais, os quais Staden relatava.

    Resposta comentada:

    Considerando o fato de que o ndio do texto II fruto da idealizao do poeta,

    portanto uma representao do ficcional, do imaginrio do artista. A opo C seria aresposta correta. Professor(a), se achar pertinente, faa uma relao com o ndio do

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    Romantismo, ainda que esse contedo no seja parte do currculo do 1 ano do Ensino

    Mdio, apenas a ttulo de ilustrao.

    Caro(a) aluno(a),

    Voc j ouviu essa frase? Ela de autoria do poeta portugus Fernando Pessoa e

    ao mesmo tempo em que lana uma sentena sobre a condio do homem, dialoga

    ricamente com a tradio histrica dos portugueses na explorao dos mares. Foi por

    meio da navegao que os europeus chegaram a nossa terra.

    Neste caderno trabalharemos com dois relatos de viajantes, um contemporneo e

    outro que voc j conhece: um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha.

    Faa as atividades com bastante ateno, pois os assuntos abordados neste

    caderno j so do seu conhecimento. Vamos nessa?

    Texto I

    [...]

    E, velejando ns pela costa, obra de dez lguas do stio donde tnhamos

    levantado ferro, acharam os ditos navios pequenos um recife com um porto dentro,

    muito bom e muito seguro, com uma mui larga entrada. E meteram-se dentro e

    amainaram. As naus arribaram sobre eles; e um pouco antes do sol posto amainaram

    tambm, obra de uma lgua do recife, e ancoraram em onze braas.

    Atividade Comentada 10

    Aula 10: Navegar preciso...

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    [...]

    (Pero Vaz de Caminha, disponvel em:

    http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/pero

    vazcaminha/carta.htm . Acesso em 20 de julho de 2013.

    Vocabulrio de apoio

    Amainar: v.t. Colher (as velas). Abrandar, acalmar, sossegar. / V.i. Diminuir, serenar.

    Arribar: v.t. Chegar o navio ao porto. Acolher-se (o navio) a um porto por causa do

    temporal. Girar o navio de barlavento para sotavento.

    nau: denominao genrica dada a navios de grande porte at o sculo XVI usados em

    viagens de grande percurso.

    Texto II

    [...]

    A costa brasileira ofereceu os maiores desafios em termos de navegao. Muito

    planejamento e poucas oportunidades climticas. Na maior parte do tempo os ventos

    e correntes so contrrias.

    De Fernando de Noronha para frente tudo pareceu mais simples. Ventos e correntes

    favorveis. Paramos ainda em Natal e l percebemos que a rotina e a vida no mar

    seriam possveis. As crianas estudando no barco e a vida simples de quem tem pouca,

    ou quase nenhuma, preocupao com status ou com as coisas da vida em sociedade.

    Minhas despesas caram para um pouco mais que a metade do que gastava enquanto

    morava em terra e a vida era repleta de experincias.

    Ao longo de toda a costa brasileira fomos muito bem recebidos por um povo sempre

    carinhoso. De Natal seguimos para Fortaleza, uma parada tcnica para descanso e

    aguardo. Precisvamos esperar que a temporada de furaces terminasse no Caribe

    antes de seguir para l.

    Um ms de espera e seguimos mais para o Norte. Paramos na paradisaca Ilha de

    Lenis, no Maranho, vida devagar para quem no tem pressa de viver... Uma

    namorada para o Caio e um monte de experincias para Rafael.

    http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/perovazcaminha/carta.htmhttp://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/perovazcaminha/carta.htmhttp://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/perovazcaminha/carta.htmhttp://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/perovazcaminha/carta.htmhttp://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/perovazcaminha/carta.htm
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    Este pode ser um momento bastante proveitoso de reflexo sobre a demanda dos

    dias atuais.

    Caro(a) Professor(a) Aplicador(a),

    Sugerimos algumas diferentes formas de avaliar as turmas que esto

    utilizando este material:

    1 Possibilidade:

    As disciplinas nas quais os aluno(a)s participam da Avaliao do Saerjinho,

    pode-se utilizar a seguinte pontuao: Saerjinho: 2 pontos

    Avaliao: 5 pontos

    Pesquisa: 3 pontos

    As disciplinas que no participam da Avaliao do Saerjinho, podem utilizar a

    participao dos aluno(a)s durante a leitura e execuo das atividades do caderno

    como uma das trs notas. Neste caso teramos:

    2 Possibilidade:

    Participao: 2 pontos

    Avaliao: 5 pontos

    Pesquisa: 3 pontos

    Avaliao

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    Nas tarefas de produo de texto, os critrios de avaliao dizem respeito ao

    uso dos nveis de linguagem adequados proposta de produo escrita e ao domnio

    da estrutura dos gneros estudados neste caderno. Deve-se observar a ocorrncia de

    incorrees gramaticais, entretanto, procure analisar, sobretudo, se o texto do alunoatendeu integralmente, parcialmente ou no atendeu minimamente ao comando da

    tarefa realizada.

    Bom trabalho para vocs!

    Caro(a) aluno(a),

    Agora o momento de voc ativar os conhecimentos obtidos nesse bimestre.

    Realize as questes com ateno e acredite: Voc capaz!

    Texto I

    Do Santssimo Sacramento

    Oh que po, oh que comida,

    Oh que divino manjar

    Se nos d no santo altar

    Cada dia.

    [...]

    Quem vos fez to namorado

    De quem tanto vos ofende?!

    Quem vos ata, quem vos prende

    Com tais ns?!

    Por caber dentro de ns

    Vos fazeis to pequenino

    Sem o vosso ser divino,

    Se mudar.

    [...]

    Prendei-me com fortes ns,

    Iesu, filho de Deus vivo,

    pois que sou vosso cativo,

    que comprastes

    [...]

    Com o sangue que derramastes,

    Com a vida que perdestes,

    Com a morte que quisestes

    Padecer.

    Morra eu, por que viver

    Vs possais dentro de mim;

    Ganha-me, pois me perdi

    Em amar-me.

    Pois que para incorporar-me

    E mudar-me em vs de todo,

    Com um to divino modo

    Me mudais.

    Quando na minha alma entrais

    dela fazeis sacrrio,

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    De vs mesmo relicrio

    Que vos guarda.

    [...]

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    (Jos de Anchieta. Disponvel em:

    http://www.soliteratura.com.br/biblioteca_virtual/biblioteca04.php acesso: 20 jul./

    2013)

    1. Sabendo que Jos de Anchieta foi um padre missionrio no Brasil recm

    descoberto, quem seria o possvel interlocutor (cada um dos indivduos que participam

    do processo comunicativo) a quem se refere o poema?

    Resposta comentada:

    Espera-se que o aluno perceba que o interlocutor de Anchieta o ndio, a quem se

    destinava a obra catequtica na qual Anchieta tanto e destacou.

    2. O texto acima, alm de ter uma funo potica, percebida na combinao das

    palavras e na forma como ele foi composto, apresenta uma finalidade principal, que :

    a) Explicar a doutrina crist.

    b) Expressar os sentimentos.

    c) Dar uma informao.

    d) Entreter o leitor.

    Resposta comentada:

    A opo correta a letra A. Como essa uma obra que tem por objetivo evangelizar

    os nativos, ela tem tambm a funo didtica de explicar a doutrina crist.

    3. Quais elementos presentes no texto fazem dele um texto literrio?

    Resposta comentada:

    Essa questo foi bastante trabalhada em outras atividades do caderno, portanto provvel que o aluno a resolva com certa facilidade. Ele poder falar da arrumao das

    palavras no texto, da possibilidade de algumas palavras terem sido usadas

    conotativamente e de uma subjetividade presente no mesmo.

    http://www.soliteratura.com.br/biblioteca_virtual/biblioteca04.phphttp://www.soliteratura.com.br/biblioteca_virtual/biblioteca04.phphttp://www.soliteratura.com.br/biblioteca_virtual/biblioteca04.php
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    Texto II

    Fonte: http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2011_03_01_archive.html

    Acesso em 20 de julho de 2013.

    4. O humor da charge consiste na ambiguidade da expresso plantar batatas.

    a) Explique os dois sentidos possveis (denotativo e conotativo) para essa

    expresso.

    Resposta comentada:

    O sentido denotativo seria cultivar o tubrculo batata e o sentido conotativo seria

    mandar os colonizadores embora da terra, expuls-los. Lembre-se de que essa umaexpresso pejorativa, usada quando no queremos, de fato, algum por perto.

    b) Observando os interlocutores (pessoas que participam do processo de

    interao por meio da linguagem) na charge, qual deles usou a expresso com sentido

    conotativo? Justifique.

    Resposta comentada:

    O primeiro personagem, porque pretendia expulsar outros colonizadores da terra.Aceite respostas que se aproximem dessa.

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    Caro(a) aluno(a),

    Um dos gneros previstos para o nosso bimestre a crnica. Esse gnero literrio

    se originou no jornal, nele nasceu e se desenvolveu, tinha por objetivo comentar o

    ocorrido durante a semana. Mais tarde, ganhou roupagem literria, e, desde ento,

    muitos cronistas consagrados costumam ser, tambm, escritores de outros gneros da

    Literatura. A crnica possui dois tipos mais usuais: a crnica jornalstica e a crnicaliterria .

    Os principais temas da crnica jornalstica so os fatos da realidade. O autor, deste

    tipo de crnica, visa, sobretudo, fazer crtica social ou poltica. Neste caso, o cronista,

    ao retomar diretamente um fato noticiado, emprega uma linguagem mais objetiva, e a

    estrutura do texto se baseia na exposio de ideias.

    A crnica literria , por outro lado, tende a relatar os acontecimentos pessoais ou

    a discorrer sobre os sentimentos e os anseios humanos. Apresenta, assim, uma

    linguagem expressiva relacionada poesia, ao lirismo. O cronista apela sensibilidade

    do leitor, empregando as palavras com total liberdade, geralmente, em seu sentido

    conotativo.

    Em resumo, a principal distino entre a crnica jornalstica e a literria a forma

    como o autor aborda os fatos: com maior ou menor objetividade.

    Agora que voc conhece j os dois principais tipos de crnica, leia o texto a seguir,

    para responder as questes:

    O buraco da memria

    Coisa misteriosa, para mim, um buraco, qualquer buraco. Na infncia, ficava

    intrigado: quanto mais terra tirava, mais terra havia.

    O buraco no acabava, a menos que eu fosse parar no Japo, que me garantiam

    estar bem embaixo do meu quintal, no Lins de Vasconcelos, mas do outro lado doplaneta. Seria exagero, nada tinha a fazer no Japo.

    Pesquisa

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    Memria tambm um buraco, quanto mais se tira matria, mais matria

    aparece. E, ao contrrio dos buracos que fazia no quintal, nem adianta ir at o fundo,

    pois no h nada, nenhum Japo no fundo dela. Santo Agostinho dizia que a memria

    era o ventre da alma. por a mesmo. Mexendo em papis antigos, dei com um dos testamentos que o pai fazia de vez

    em quando, nos rarssimos momentos em que no tinha nada a fazer. Eram muitos os

    seus testamentos, suas ltimas declaraes e vontades. Comeava invariavelmente

    perdoando todos os seus inimigos e ele nunca teve um inimigo. No levava mgoas

    de ningum, pois nunca se sentia magoado, um bom dia que recebia do vizinho ou do

    leiteiro era uma homenagem, um tapete vermelho estendido sua frente.

    Acreditava que todos gostavam dele porque gostava de todos. No se lembrava de

    ter, voluntariamente, ofendido ou destratado quem quer que fosse e, se o fizera, pedia

    desculpas e prometia reparao se houvesse tempo e oportunidade. Citava uma

    infinidade de amigos e conhecidos, dando um livro de sua biblioteca ou um selo de sua

    coleo a cada um deles como penhor de sua amizade. Pedia moderao nos

    funerais, nada de luxos e de prantos. Aceitava preces, confessava que tinha muitos

    pecados e deles se arrependia.

    Foram vrios os testamentos, todos mais ou menos iguais, somente as datas

    variavam. O ltimo, feito pouco antes do fim, foi o mais enigmtico, ele que no tinha

    enigma nenhum, era transparente e colorido como um vitral de igreja. Deixou um

    embrulho para mim, embrulho que nunca abri.

    Foi a forma que encontrei para que ele continuasse perto de mim.

    Carlos Heitor Cony

    Fonte: http://www.objetiva.com.br/arquivos/capas/694.pdf

    I O texto O buraco da memria , de Carlos Heitor Cony, um exemplo de crnica

    literria ou de crnica jornalstica? Justifique a sua resposta.

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    http://www.objetiva.com.br/arquivos/capas/694.pdfhttp://www.objetiva.com.br/arquivos/capas/694.pdfhttp://www.objetiva.com.br/arquivos/capas/694.pdfhttp://www.objetiva.com.br/arquivos/capas/694.pdf
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    II Pesquise em jornais, livros, revistas ou na internet, um exemplo de crnica

    jornalstica e, retomando o que voc aprendeu sobre texto literrio, no literrio,

    sentido denotativo e conotativo, identifique:

    a) A crnica pesquisada por voc um texto literrio? Justifique.

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    b) A crnica jornalstica, geralmente, comenta uma notcia ou polmica discutida

    na televiso, jornais ou revistas. Qual o assunto discutido na crnica que voc

    pesquisou?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    c) Mesmo sendo um texto mais objetivo, a crnica jornalstica costuma utilizar,

    tambm, palavras com sentido conotativo. Voc encontrou algum exemplo de palavras

    usadas com esse sentido? Exemplifique.

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    No se esquea de identificar o autor e a fonte da sua pesquisa. As fontes so diversas,

    no entanto, caso utilize a Internet ou tenha encontrado sua crnica em um livro, voc

    pode citar a fonte de sua pesquisa de duas maneiras bem simples:

    Para contedo extrado da Internet:

    CARLOS, Manoel. O papa e outros papos. Disponvel em:

    http://vejario.abril.com.br/blog/manoel-carlos/category/cronica-da-semana . Acesso em 16 jul.

    2013.

    http://vejario.abril.com.br/blog/manoel-carlos/category/cronica-da-semanahttp://vejario.abril.com.br/blog/manoel-carlos/category/cronica-da-semanahttp://vejario.abril.com.br/blog/manoel-carlos/category/cronica-da-semana
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    [1] ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela; ABAURRE, Maria Bernadete M.

    Portugus - Contexto, Interlocuo e Sentido - Volume 1.So Paulo: Moderna, 2010.

    [2] ANCHIETA, Jos de. In: MARTINS, M. de L. de Paula (Trans., trad. e notas).Poesias .

    Belo Horizonte/ So Paulo: Itatiaia/ Editora da Universidade de So Paulo

    [3]AutorepresentadonafestadeSoLoureno.Disponvelem:

    http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/autofestasaolourenco.pdf

    [4] BOSI, Alfredo.Histria concisa da literatura brasileira . So Paulo: Cultrix, 1972.

    [5] GARCIA, Othon M.Comunicao em Prosa Moderna . Rio de Janeiro: FGV, 2010.

    [6] KOCH, Ingedore Grunfeld Villaa e TRAVAGLIA, Luis Carlos. A coerncia textual . 17

    edio. 2 reimpresso. So Paulo: Contexto, 2008.

    [7] LAJOLO, Marisa.O que literatura . So Paulo: Brasiliense, 1981. Coleo Primeiros

    Passos.

    [8] Paulo: Contexto PASCHOALIN, Maria Aparecida.Gramtica: teoria e exerccios.

    Paschoalin & Spadoto. Ed. renovada. So Paulo: FDT 2008.

    [9] RONCARI, Luiz.Literatura Brasileira. Dos primeiros cronistas aos ltimos

    romnticos. So Paulo: Editora da USP, 2002.

    [10] SACCONI, Luiz Antonio.Nossa Gramtica - Completa. So Paulo: Nova Gerao,2010.

    [11] SATADEN, Hans. A verdadeira histria dos selvagens, nus e ferozes devoradores de

    homens (1548-1555). Traduo de Pedro Sssekind. 5 edio. Rio de Janeiro: Dantes,

    2004.

    [12] SOARES, Anglica.Gneros Literrios . 6 ed. So Paulo: tica, 2002. Srie

    Princpios.

    Referncias

    http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/autofestasaolourenco.pdfhttp://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/autofestasaolourenco.pdfhttp://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/autofestasaolourenco.pdf
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    [13] VOGT, Carlos; LEMOS, Jos Augusto Guimares de.Cronistas e Viajantes . So

    Paulo: Abril Educao, 1982.

    [14] WALTY, Ivete Lara Camargos.O que fico . So Paulo: Brasiliense, 1985. Coleo

    Primeiros Passos.

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    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Tavares Maurcio Lessa

    Coordenao de reas do Conhecimento

    Bianca Neuberger LedaRaquel Costa da Silva Nascimento

    Fabiano Farias de SouzaPeterson Soares da Silva

    Ivete Silva de OliveiraMarlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORES

    Andria Alves Monteiro de CastroAline Barcellos Lopes Plcido

    Flvia dos Santos SilvaGisele Heffner

    Lvia Cristina Pereira de SouzaLeandro Nascimento Cristiano

    Tatiana Jardim Gonalves

    Equipe de Elaborao