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Informavo Comportare NESSA EDIÇÃO Educador 1 Quem Somos 2 Cursos 5 Mensagem 12 Quando pensamos na figura do edu- cador e qual seu papel em nossas vi- das é quase imediato lembrarmo-nos daqueles que foram de alguma forma referência para nós: pais, avós, líderes comunitários, um professor ou mesmo um amigo da família que passava im- portantes ensinamentos. Isso porque ser educador é participar do nosso processo de formação, compartilhando experiências e enriquecendo nossa maneira de ver a vida. De acordo com Skinner (1953) a edu- cação pode ser entendida como o es- tabelecimento de comportamentos que serão vantajosos para o indivíduo e para outros em algum tempo futuro. Sendo assim, o educador deve prepa- rar o educando para se comportar no futuro sob contingências novas e im- previsíveis, e, ensinar ao mesmo, comportamentos que sejam benéficos para ele e para os membros do grupo. Nesse sentido, fica evidente que cada um dos educadores que conhecemos ao longo da vida, seja no contexto for- mal ou informal, construiu e apresenta, a partir das contingencias estabeleci- das ao longo de sua história de vida, práticas particulares na maneira de educar. Tais práticas poderão ser mais ou me- nos efetivas dependendo do contexto no qual se estabeleçam. Dentre as va- riáveis presentes no ambiente educa- cional formal estão o sistema educaci- onal, a escola, os professores, os alu- nos e seus familiares, além de fatores como a realidade econômica, social e cultural. Somam-se a isso, questões pes- soais dos educadores como grande car- ga de trabalho, pouco tempo, dúvidas quanto ao relacionamento com seus alunos, experiência profissional e re- pertório de habilidades sociais, e dos educandos, como o interesse e recep- tividade em relação ao estudo e ao professor. Tais fatores interferem dire- tamente na efetividade das práticas educativas propostas. A Psicologia Comportamental, desde sua origem, tem buscado promover contribuições para o âmbito educacio- nal, favorecendo a compreensão dos processos de ensino e aprendizagem, desenvolvimento humano, inclusão de pessoas com deficiências, políticas públicas em educação, gestão psico- educacional em instituições, avaliação psicológica, formação continuada de professores, dentre outros. Página 01 Volume 01 Edição 01 Dezembro - 2013 Educador: Por quê? Para que? Psicóloga Esp. Luciana Helena Silva Psicóloga Esp. Patrícia Motta Cordeiro Gonçalves

Comportare dez 2013

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Jornal Trimestral IACEP - Edição dezembro 2013

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Page 1: Comportare dez 2013

Informativo Comportare

NESSA EDIÇÃO

Educador

1

Quem Somos

2

Cursos

5

Mensagem

12

Quando pensamos na figura do edu-

cador e qual seu papel em nossas vi-

das é quase imediato lembrarmo-nos

daqueles que foram de alguma forma

referência para nós: pais, avós, líderes

comunitários, um professor ou mesmo

um amigo da família que passava im-

portantes ensinamentos. Isso porque

ser educador é participar do nosso

processo de formação, compartilhando

experiências e enriquecendo nossa

maneira de ver a vida.

De acordo com Skinner (1953) a edu-

cação pode ser entendida como o es-

tabelecimento de comportamentos que

serão vantajosos para o indivíduo e

para outros em algum tempo futuro.

Sendo assim, o educador deve prepa-

rar o educando para se comportar no

futuro sob contingências novas e im-

previsíveis, e, ensinar ao mesmo,

comportamentos que sejam benéficos

para ele e para os membros do grupo.

Nesse sentido, fica evidente que cada

um dos educadores que conhecemos

ao longo da vida, seja no contexto for-

mal ou informal, construiu e apresenta,

a partir das contingencias estabeleci-

das ao longo de sua história de vida,

práticas particulares na maneira de

educar.

Tais práticas poderão ser mais ou me-

nos efetivas dependendo do contexto

no qual se estabeleçam. Dentre as va-

riáveis presentes no ambiente educa-

cional formal estão o sistema educaci-

onal, a escola, os professores, os alu-

nos e seus familiares, além de fatores

como a realidade econômica, social e

cultural. Somam-se a isso, questões pes-

soais dos educadores como grande car-

ga de trabalho, pouco tempo, dúvidas

quanto ao relacionamento com seus

alunos, experiência profissional e re-

pertório de habilidades sociais, e dos

educandos, como o interesse e recep-

tividade em relação ao estudo e ao

professor. Tais fatores interferem dire-

tamente na efetividade das práticas

educativas propostas.

A Psicologia Comportamental, desde

sua origem, tem buscado promover

contribuições para o âmbito educacio-

nal, favorecendo a compreensão dos

processos de ensino e aprendizagem,

desenvolvimento humano, inclusão de

pessoas com deficiências, políticas

públicas em educação, gestão psico-

educacional em instituições, avaliação

psicológica, formação continuada de

professores, dentre outros. Página 01

Volume 01 Edição 01 Dezembro - 2013

Educador: Por quê? Para que?Psicóloga Esp. Luciana Helena Silva

Psicóloga Esp. Patrícia Motta Cordeiro Gonçalves

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Comportare — IACEP 2013

Sócias

Nione Torres (CRP 08/02333)

Kellen M. E. Fernandes (CRP 08/09270)

Luciana Ap. Zanella Gusmão (CRP 08/06382)

Bruna Moraes Aguiar (CRP 08/12450)

Luciana Helena Silva (CRP 08/15219)

Priscila Araújo Taccola (CRP 08/09743)

Colaboradores (as)

Patricia Motta Cordeiro

Cintia Cristiane M B da Rocha

Renata Trovarelli

Mariana Chagas

Sublocatários (as)

Cristhiane de Almeida Mitsi

Gisele Bueno de Farias

Mayara Petri Martins

Rafaela Conde de Souza

Géssica Denora Ribeiro

Estagiários (as)

Laís Rodrigues Paes

Giuliana Inocente

Elisabete Altini

Secretária

Patricia Silva

Quem Somos?

A Análise do Comportamento aplicado ao contexto educacional contribui para a compreensão

das contingências presentes e, consequente, maior controle e previsibilidade, para que favoreçam o

estabelecimento de práticas educacionais mais eficazes, que beneficiem o processo de aprendiza-

gem e tornem-no mais gratificante para educadores e educandos. Del Prette & Del Prette (2005) de-

nominaram de habilidades sociais educativas diferentes classes de respostas socialmente habilido-

sas de educadores (formais e informais), na interação com a criança, com o objetivo de favorecer

diferentes aprendizados. Os mesmos autores as descrevem habilidades em quatro classes:

a) Estabelecer Contextos Interativos Potencialmente Educativos: O educador tem a responsa-

bilidade de gerenciar o ambiente físico, materiais educativos e as relações entre os alunos, sugerin-

do ações que possam ser mediadas por ele, para que alcancem objetivos prévios determinados pelo

professor.

b) Transmitir ou expor conteúdos sobre habilidades sociais: ações do educador que visam

apresentar conteúdos de habilidades sociais.

c) Estabelecer limites e disciplina: ações verbais e/ou não verbais do educador que estabele-

ce, justifica, sugere e negocia regras, normas ou valores.

d) Monitorar positivamente: apresentar um conjunto de ações verbal e/ou não verbal dos edu-

cadores envolvidos em monitorar de maneira educativa o comportamento diretamente observável ou

sobre comportamento relatado pelo educando.

Sendo assim, quanto mais hábil a interação educador-educando melhor será o processo de

ensino-aprendizagem.

Com auxílio da Análise do comportamento o educador pode compreender e aprimorar suas

práticas educativas desenvolvendo sua competência e assertividade, além de um resgate da motiva-

ção e de sua história enquanto educador, condições essenciais para que o delicado relacionamento

entre professor e aluno favoreça a aprendizagem. Além do desenvolvimento de estratégias de auto-

conhecimento, para que aprenda a aceitar sentimentos e incentivar a cooperação, contribuindo de

forma significativa para a elevação da auto-estima dos alunos. Ao mesmo tempo, disciplinar sem fe-

rir estabelecendo limites, planejar aulas criativas e motivadoras favorecendo a aprendizagem, bem

como a resolução de conflitos. Promover o aprendizado de formar parcerias construtivas com os alu-

nos e com os educadores, criando um ambiente de proximidade e confiança – tão importante para

que os alunos gostem de aprender e o educador mantenha seu prazer de ensinar e educar.

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Comportare — IACEP 2013 Página 3

Rubem Alves ao considerar a formação docente nos apresenta os Jequitibás, represen-

tando os educadores, e os Eucaliptos, representando os professores. Ele nos diz que ser educa-

dor, diferente de ser professor é ir além de regras institucionais, não se enquadrando em mode-

los rígidos e padronizados, ou seja, não sendo eucaliptos que crescem aos montes, iguaizinhos,

prontos para o corte. Mas ao contrário, permitindo-se ser jequitibás, aqueles que necessitam de

terreno fecundo, que demoram anos para se formar e distinguem-se uns dos outros, com dife-

rentes historias e características. Utilizando a analogia de Rubem Alves nos colocamos a pensar

que árvores poderemos ser?

Ousamos ainda, ir mais longe, pois considerando a diversidade da flora, em especial as

árvores, cada um tem importantes características! Há professores que são como jasmins, dei-

xam perfume, outros como ipês, pois florescem lindamente, há aqueles de relacionamento difícil,

que podem parecer limoeiros, mas ainda sim, tem importantes contribuições a oferecer....

E temos um carinho especial pela castanheira, quem já viu uma castanheira sabe a som-

bra reconfortante que ela pode oferecer. Mas não é aí que se esgota sua beleza, antes mesmo,

ela demora anos para se formar, precisando daqueles que estão à sua volta e podem disponibili-

zar carinho, cuidado, nutrientes e aprendizado.

A castanheira é uma árvore frondosa, mas que necessita de muito investimento e anos de

espera para se formar e render frutos e, quando esses frutos surgem, o trabalho ainda não está

acabado! Pois se estabelece um novo desafio para acessá-los, são tão bem protegidos, deman-

dam cuidado, esforço, dedicação, para se quebrar a casca e ter acesso à fruta. Assim é a Edu-

cação, rica de detalhes, depende de múltiplos investimentos.

Portanto, não existe um único caminho quando o tema é educação e, sim, princípios se-

guros que norteiam essa jornada. Quando o professor acolhe em vez de julgar, valoriza o positi-

vo, tem atitudes consistentes e equilibradas, ele está planejando sua trajetória para torná-la ines-

quecível. Não devemos subestimar a força de nossas palavras: elas têm o poder de elogiar ou

criticar, aproximar e unir ou afastar e separar, construir ou destruir. A comunicação adequada

aproxima, desarma, gera tranquilidade.

Por fim pode-se considerar que o sucesso educacional dependerá em grande parte do

esforço dos educadores em desenvolverem e aprimorarem suas práticas educativas. Utilizando

a metáfora de Rubem Alves: atualmente, vivemos em ambiente favorável para eucaliptos, mas

podemos cultivar uma postura própria dos jequitibás.

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Aconteceu... IACEP

Curso Psicologia Jurídica com a Psicóloga Julieta

Arsênio na PUC - Londrina

Curso Psicologia Jurídica na PUC - Londrina

Curso Psicologia Jurídica na PUC - Londrina—Equipe IACEP

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Aconteceu... IACEP

Comportare — IACEP 2013

Reunião Equipe IACEP– Londrina

Participação da Psicóloga Nione Torres

na ABPMC —Fortaleza CE

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Palestra sobre Depressão, ministrada pela Psicóloga

Nione Torres, promovida pelo IMPAC—Maringá

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Editoria

Kellen M. E. Fernandes

([email protected])

Encaminhe suas dúvidas para o endereço [email protected]

Rua: Malba Tahan, 420, Jardim Nova Londrina

Londrina – Paraná Fone (43) 3029-8001 Fax: (43) 3029-8003

E-mail: [email protected]

Nós da equipe IACEP ao pensarmos que mais um ano se encerra vem à tona uma mescla de sentimentos, como gratidão, ternu-

ra, amor e cuidado. Sentimos estes sentimentos , sabemos disso, a partir de todas as contingências que este ano, enquanto fa-

mília IACEP, vivenciamos. Tais contingências, aqui impossível de enumerá-las todas, vão deste a intensa participação de um

grande número de pessoas em nossos trabalhos, o reconhecimento pelo o que fazemos e da forma como fazemos, na aceita-

ção, acolhimento e no carinho que compartilhamos essa mágica relação de troca e que consequência naturalmente um cresci-

mento privilegiado para todos nós. Assim desejamos que nesse ano de 2014 possamos continuar mais e mais nesse comparti-

lhar de conhecimento e experiência ao mesmo tempo de carinho genuíno e acolhimento.

Abraços da equipe IACEP!