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Conhecimentos Específicos - INSS: Técnico do Seguro Social

Professor: Milvio Braga

Aulas 01 a 40

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Seguridade Social

Origem e Evolução Legislativa no Brasil

A Seguridade Social surgiu como uma tentativa de resolução aos chamados riscos

sociais.

Os riscos sociais mais evidentes e protegidos pela Legislação Previdenciária vigente

hoje são:

A incapacidade laboral;

A invalidez;

A morte;

A velhice;

O Tempo de Trabalho (aqui entendido como uma redução da capacidade

laboral pelo tempo de serviço); e

A proteção do Trabalhador contra agentes nocivos à saúde presentes em

seu ambiente de trabalho. (aposentadoria especial).

Enfim, os Riscos sociais são entendidos como eventos FUTUROS e INCERTOS

(exceto a MORTE, considerada como único evento certo, embora indeterminado).

O modelo jurídico adotado ao longo da história para essa resolução dos riscos sociais

é o modelo de SEGURO, que vem do conceito do Direito Privado e para a Seguridade

Social, restou adequado/adaptado ao Direito Público.

Daí a origem do nome SEGURIDADE, que vem de Seguro.

No Brasil temos normas protetivas à sociedade desde a Constituição de 1824, que

assegurava socorros públicos (assistência à população carente), em seu art. 179.

A primeira vez que o instituto APOSENTADORIA apareceu na legislação brasileira, foi

na constituição de 1891 – apenas para os servidores públicos que ficassem inválidos

por prestação de serviços à Nação ou em defesa desta.

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Podemos, didaticamente, separar a história da evolução legislativa da proteção social

no Brasil em 05 períodos:

1º. PERÍODO DE IMPLANTAÇÃO: Lei Eloy Chaves, Decreto Legislativo nº 4.682,

de 24/01/1923, que criou uma Caixa de Aposentadorias e Pensões para cada

Empresa de Estrada de ferro. Embora estejamos diante de um marco

legislativo, a Lei Eloy Chaves não atingia a toda a população, mas foi a 1ª a

atingir toda uma classe e a prever benefícios.

2º. PERÍODO DE EXPANSÃO: de 1933 a 1959.

Com o exemplo da legislação protetiva dos ferroviários, várias categorias

profissionais passaram a se organizar para busca de proteção aos riscos

sociais, com a criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões.

3º. PERÍODO DE UNIFICAÇÃO: de 1960 a 1977.

Com a Criação da LOPS, Lei nº 3.807/60.

Foi a responsável pela Criação do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), foi a

primeira lei que atingiu a todas as categorias profissionais de maneira única e

genérica, excetuados apenas os trabalhadores rurais, que foram protegidos apenas

em 1963 com a instituição do FUNRURAL (Fundo de Assistência e Previdência do

Trabalhador Rural).

Temos ainda em 1966 a criação do INPS – Instituto Nacional de Previdência Social

que fundiu os fundos gestores dos Institutos de Aposentadorias e Pensões em uma

única instituição Federal.

Por fim, ainda podemos citar a Lei nº 5.316 de 1967 que estatizou o Seguro contra

acidentes de Trabalho (SAT).

4º. PERÍODO DE REESTRUTURAÇÃO: Marcou a reestruturação da Previdência

Social com a edição em 1977 da Lei nº 6.439 que instituiu o SINPAS (Sistema

Nacional de Previdência e Assistência Social – que dividia a atuação por área

de atividade e não mais por clientela.

O IAPAS - da Assistência Social;

O INPS - da Previdência Social; e

O INAMPS - da Assist. Médica e Saúde.

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5º. PERÍODO DE SEGURIDADE SOCIAL: A partir da Promulgação da

Constituição Federal em 04/10/1988 – que criou o Sistema de seguridade

Social, formado por gestão Quadripartite, entre o GATE (Governo,

aposentados, Trabalhadores e Empresas) e uniu Saúde, Assistência e

Previdência em uma só organização.

Fontes

São fontes da Legislação Previdenciária:

A Constituição Federal;

As Emendas Constitucionais;

As Lei Complementares;

A Legislação Ordinária (Leis – Leis Delegadas – Decretos Legislativos –

Medidas Provisórias e Resoluções do Senado Federal;

A Legislação Subsidiária (Regulamentos – Portarias – Instruções

Normativas);

A Jurisprudência.

Fontes Legislativas

A principal fonte legislativa da Seguridade Social é a Constituição Federal de 1988.

Ainda devemos destacar as seguintes Leis:

Lei nº 8.212/91 – Trata do Plano de Custeio da Previdência Social;

Lei nº 8.213/91 – Trata do Plano de Benefícios da Previdência Social;

Lei nº 8.029/1990 – Criou o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social),

Autarquia Federal que uniu: IAPAS e INPS;

Lei 8.080/1990 – Criou o SUS (Sistema Único de Saúde), contudo o INAMPS

só foi extinto em 1993 com a edição da lei nº 8.689.

Lei nº 8.742/1993 – LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) –

Regulamentou as prestações e atuações da Assistência Social.

Da Legislação Previdenciária

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São conteúdos da Legislação previdenciária, os participantes, os benefícios (comuns e

acidentários), os serviços e a forma de custeio, tanto do Regime Geral de Previdência

Social (RGPS), quanto dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS),

referentes aos Servidores Públicos.

Competência Legislativa Concorrente

Nos termos do art. 24, XII da CF/88, compete concorrentemente à União, aos Estados

e ao Distrito Federal Legislar sobre previdência Social, proteção e defesa da saúde.

Conceito Constitucional da Seguridade Social

Instituído pelo art. 194, caput, da CF/88: está descrito como sendo um conjunto

integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da Sociedade, destinadas a

assegurar os direitos relativos à Saúde, à Previdência Social e à Assistência Social.

ORGANIZAÇÃO da Seguridade Social

Está baseada no tripé Saúde, Previdência e Assistência. Na Esfera Estatal (latu

sensu) a Seguridade social está organizada em Ministérios, a saber:

Saúde – Ministério da Saúde;

Previdência – Ministério da Previdência Social; (excetuando-se o Seguro-

Desemprego que é de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego -

MTE);

Assistência – Ministério do Desenvolvimento e Combate a Fome.

Já a Gestão dos recursos cabe aos legalmente criados Conselhos Nacionais da

Saúde, de Previdência Social e de Assistência Social.

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Todos com a permissão legal de participação da sociedade em geral, através de

entidades representativas de classe, além dos representantes públicos de cada área

de atuação.

O Conselho Nacional de Seguridade Social (CNSS) foi extinto pela MP 2,143-36 de

2001, pois o Art. 2º da Emenda Constitucional nº 32, de 11/09/2001, estabelece que

medidas editadas em data anterior à Promulgação dessa emenda, continuam em vigor

até que medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até deliberação

definitiva do Congresso Nacional, ou seja a MP acima que extinguiu o CNSS passou a

ter prazo de validade indefinido.

Da Previdência na Seguridade Social

Dos Regimes de Previdência

De acordo com as disposições Constitucionais o Sistema Previdenciário Brasileiro,

como parte integrante da Seguridade Social é dividido em 03 (três) tipos de Regimes.

São eles os Regimes: GERAL, PRÓPRIO e COMPLEMENTAR.

Do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)

Analisando o Regime Geral de Previdência social, nos termos dos art. 201 da CF/88,

ele é caracterizado pela filiação obrigatória e o caráter contributivo, devendo ainda

observar critérios que preservem o seu equilíbrio financeiro e atuarial.

TODOS OS PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SÃO APLICADOS AO RGPS.

Do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)

A Proibição de concessão de benefício substituto de renda em valor mensal

inferior a um salário-mínimo;

A devida aplicação do reajustamento do valor monetário dos salários-de-

contribuição que serão considerados no cálculo concessório dos benefícios;

A Gratificação Natalina (13º Salário) aos Aposentados e pensionistas;

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Princípios constitucionais da Seguridade Social

universalidade da cobertura e do atendimento:

Abranger a todas as contingências sociais que necessitem de amparo ou proteção

social, tais como, a maternidade, a velhice, a invalidez, a morte, etc... E atender a toda

a população sem distinção de classe social, cor, religião, sexo, etc;

uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às

populações urbanas e rurais:

Não pode haver, no âmbito da Seguridade Social, qualquer distinção de cobertura

entre a população urbana e a rural, ou em outras palavras, não se podem criar

benefícios diferenciados para trabalhadores urbanos e rurais e os existentes devem ter

o mesmo valor econômico e os serviços devem ser da mesma qualidade;

seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e

serviços:

Significa que benefícios e serviços devem ser divididos de maneira desigual para

equilibrar as diferenças entre as diversas camadas de poder econômico da população.

Por exemplo: os benefícios de auxílio-reclusão e salário-família e são devidos apenas

aos segurados de baixa-renda, assim determinados na Lei e a própria assistência

social que concede benefícios sem a necessária contra partida financeira do

beneficiário;

irredutibilidade do valor dos benefícios:

Obediência aos ditames do art. 201 da CF/88 que garante não só a proteção ao valor

dos benefícios, como também o seu reajustamento periódico para garantir a

manutenção de seu valor real frente à inflação;

eqüidade na forma de participação no custeio:

Entenda aqui que por equidade de participação teremos uma participação respeite a

capacidade contributiva do segurado, como exemplo, os ditames do art. 198 do

Decreto nº 3.048/99, que determina a contribuição escalonada dos segurados de

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acordo com uma faixa salarial determinada por portarias Ministeriais, variando de 8, 9

ou 11%. Resumindo, quem pode contribuir mais, paga mais, quem pode contribuir

menos paga menos;

diversidade da base de financiamento:

Significa que toda a sociedade participa do financiamento da Seguridade Social, o

Governo em todas as suas esferas (União, Estados, Municípios, Autarquias e

Fundações), os Empregados, as Empresas e até fonte oriunda das loterias;

caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa

com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores,

empresários e aposentados:

Garante a participação da Sociedade Civil na Gestão da Seguridade Social, através de

representantes indicados para ocupar cargos, por exemplo, no Conselho Nacional de

Previdência Social (CNPS).

Princípios constitucionais específicos da Previdência Social

Solidariedade:

Descrito no caput, do art. 195, da CF/88, determina a participação obrigatória de todos

os membros da Sociedade, de forma direta (através de contribuições sociais) e de

forma indireta (através dos tributos) e também fala da solidariedade entre as gerações.

Quem está inativo hoje (por ocorrência de algum dos riscos sociais vistos no começo

da aula, tem benefício mantido por quem trabalha hoje.

E o trabalhador de hoje, quando vier a se deparar no futuro com algum dos riscos

sociais e vier a ficar inativo, terá seu benefício mantido por quem estiver trabalhando

(ativo).

Em resumo, os inativos são mantidos pelo ativos e quando um ativo se torna inativo

seu benefício será mantido pelos ativos.

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Contrapartida:

Explicito no art. 195, §5º, da CF/88, determina que nenhum benefício da previdência

social pode ser criado, majorado ou estendido sem a respectiva fonte de custeio.

Desta forma, todo benefício necessita ter a devida fonte de custeio, ou então não pode

existir, ser majorado ou estendido.

Anterioridade Nonagesimal:

Descrito no art. 195, §6º, da CF/88, determina que contribuições sociais instituídas ou

modificadas por lei, só poderão ser exigidas 90 (noventa) dias após a publicação desta

lei.

Sendo assim, as contribuições da Seguridade Social não estão sujeitas ao princípio da

anterioridade do art. 150, III, b, do CTN.

Este artifício permite à União arrecadar nova contribuição ou contribuição majorada no

mesmo exercício.

Coberturas obrigatórias da Previdência Social

Eventos doença, invalidez, morte e idade avançada;

Proteção à maternidade, especialmente à gestante;

Proteção ao Trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Aqui

não estamos falando de Seguro Desemprego, mas de Habilitação e

Reabilitação Profissional, Serviço do RGPS destinado aos Beneficiários).

Salário-Família e Auxílio-Reclusão para os dependentes dos Segurados de

Baixa Renda, assim determinados em lei;

Pensão por morte do Segurado (a) ao cônjuge, companheiro e/ou

dependentes;

É proibida a adoção de critérios e requisitos diferenciados para a concessão

de aposentadoria aos beneficiários do RGPS, ressalvados os casos de

atividade especial (exercício sob condições prejudiciais à saúde e/ou

integridade física) ou se tratar de segurado portador de deficiência, nos

termos definidos em lei complementar (LC nº 142/2013);

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Nenhum benefício substitutivo do salário-de-contribuição ou do rendimento

do trabalho do Segurado pode ter valor inferior a 01 (um) salário-mínimo;

Todos os salários-de-contribuição do Segurado considerados no cálculo da

tenda do benefício serão devidamente atualizados na forma da Lei (INPC);

É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em

caráter permanente, o valor real;

Está excluído como participante do RGPS na condição de Segurado

Facultativo, qualquer pessoa participante de RPPS;

Gratificação natalina (13º Salário) aos aposentados e pensionistas em valor

igual ao dos proventos recebidos no mês de dezembro de cada ano;

Aposentadoria por Tempo de contribuição para homens após 35 anos e

mulheres, após 30 anos e por idade aos 65 anos para o homem e 60 para

mulher, reduzido o limite em 05 anos para o rural;

Aposentadoria para o professor que comprove efetivo exercício do

magistério na educação infantil e/ou no ensino fundamental e médio, com os

limites reduzidos em 05 anos;

Contagem recíproca do tempo de contribuição nos RPPS, atividade urbana

ou rural, com a devida compensação financeira entre os regimes;

Cobertura do risco de acidentes de trabalho atendida pelo RGPS e pelo

Setor Privado;

Ganhos habituais do empregado, a qualquer título, incorporados ao salário-

de-contribuição e repercussão no valor do benefício;

Benefício no valor de 01 (um) salário-mínimo para trabalhadores de baixa

renda (família inscrita no CadÚnico e renda familiar de no máximo 02 S-M),

ou sem renda própria ou que se dediquem ao trabalho exclusivamente

doméstico conforme disposição em lei, com alíquotas e carências inferiores

às vigentes para os demais segurados (Lei nº 12.470/2011, criou a fonte de

custeio, mas o benefício ainda não foi regulamentado);

DO ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada

pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social

(Conselhos Nacionais), tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de

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diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos (Art. 195,

§2º, da CF/88).

DO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

Será financiada por toda a Sociedade de forma DIRETA E INDIRETA, mediante

recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de

contribuições sociais (sociedade).

Empresa e Empregador Doméstico

De acordo com o art. 14, da Lei nº 8.213/91, considera-se empresa:

“A firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana

com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública

direta, indireta e fundacional”.

Ainda, equiparam-se a empresa:

O contribuinte individual em relação a quem lhe presta serviço;

A Cooperativa, Associação; ou entidade de qualquer natureza ou

finalidade, inclusive a missão diplomática e repartição consular de

carreira estrangeira;

O operador portuário e o órgão gestou de mão de obra (OGMO);

O proprietário dono de obra de construção civil, quando física, em

relação ao segurado que lhe presta serviço.

Do Empregador Doméstico

De acordo com o Art. 14, II, da Lei nº 8.213/91, Empregador doméstico é: “a pessoa

física ou a família que admite a seu serviço, em sua residência, para atividade sem

fins lucrativos, o empregado doméstico.

A Contribuição social a cargo do Empregador doméstico NÃO gera sua

filiação/inscrição ao RGPS nem é aproveitada para a sua pessoa.

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Composição das receitas da Seguridade Social no âmbito Federal:

Da União;

Das contribuições sociais;

De outras fontes.

São Contribuições Sociais para efeito de composição da receita da Seguridade Social:

Das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos

segurados a seu serviço;

A dos empregadores domésticos;

A dos trabalhadores, incidentes sobre o seu SALÁRIO-DE-

CONTRIBUIÇÃO;

A das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;

As incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

Da Contribuição da UNIÃO:

De acordo com os art. 16 a 19 da Lei nº 8.212/91, a Contribuição da União destinada

ao RGPS é prevista anualmente na Lei Orçamentária e tem por responsabilidade a

cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social.

A União pode utilizar-se dos recursos provenientes da contribuição das Empresas

sobre faturamento e lucro, tanto para os encargos com a Previdência, quanto para

Saúde e Assistência.

Os recursos arrecadados pela União com as contribuições sociais só poderão pagar

despesa de pessoal e administração em geral apenas do INSS, do INAMPS (já

extinto), da LBA (Legião Brasileira de Assistência) e da Fundação Centro Brasileira

para Infância e Adolescência.

A verba proveniente das contribuições sociais das empresas, incidente sobre

faturamento e lucro, e a proveniente da receita dos concursos de prognósticos

(Loterias) será repassada mensalmente pelo Tesouro Nacional.

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Contribuições Sociais das EMPRESAS:

Excluídas as empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL, de acordo com os arts.

22 e 23, da Lei nº 8.212/91, as empresas contribuem da seguinte forma:

20% sobre a folha Salarial dos Segurados Empregados e dos Trabalhadores

Avulso a seu serviço e sobre a remuneração paga aos Contribuintes individuais

que lhe prestem serviço, SEM LIMITE AO TETO;

22,5% se a empresa for uma Instituição Financeira;

15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura por serviços prestados quando

contrata cooperativas;

7,6% sobre o Lucro Real OU 3% sobre o Lucro Presumido a título de COFINS

(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – LCnº 70/1991);

1,65%, sobre o Faturamento, para Empresas de Direito Privado, inclusive

instituições Financeiras, a título de PIS.

1%, 2% ou 3%, a título de SAT (Seguro de Acidente de Trabalho), sobre a folha

salarial de todos os empregados ou trabalhadores avulsos a seu serviço;

6%, 9% ou 12%, a título de adicional de SAT, sobre a remuneração paga aos

segurados empregados ou trabalhadores avulsos a seu serviço, que trabalham

expostos a agentes nocivos que lhes permita receber Aposentadoria Especial;

15% sobre o lucro real trimestral ou anual, ou sobre o lucro presumido mensal,

para as empresas de capitalização e as referidas nos incisos I a VII, IX e X, do

§1º, do Art. 1º da LC nº 105/2001 e 9% sobre a mesma base de cálculo, para

as demais pessoas jurídicas, a título de CSLL (Contribuição Social sobre o

Lucro Líquido), a qual foi criada pela Lei nº 7.689/88, em atenção ao critério do

Art. 195, I, c, da CF/88;

Contribuições Sociais das EMPRESASOPTANTES PELO SIMPLES:

As empresas optantes pelo SIMPLES (LC nº 123/2006) pagam uma cota única

variável de 4% a 17,42%, sobre a Receita Bruta mensal, de acordo com o Ramo de

Atividade.

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De acordo com o art. 3º, §1º, da LC nº 123/2006, considera-se receita bruta, o produto

da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços

prestados e o resultado nas operações em conta alheia.

Contribuições Sociais das EMPRESASDE PRODUÇÃO RURAL:

Pelo art. 25, o Produtor Rural Pessoa Jurídica e a Agroindústria contribuem com 2,5%,

acrescidos de 0,1% para o SAT.

As contribuições incidem sobre a receita bruta da comercialização da Produção Rural

e NÃO ISENTAM dos descontos das contribuições dos segurados a seu serviço

devidas para o INSS e para a RFB, e devem fazer as contribuições para outras

entidades dos contribuintes ind. e das cooperativas.

Contribuições Sociais dos Produtores Rurais:

O Produtor Rural Pessoa Física e o Segurado Especial contribuem com 2,0%,

acrescidos de 0,1% para o SAT.

As contribuições incidem sobre a receita bruta da comercialização da Produção Rural

e NÃO ISENTAM dos descontos das contribuições dos segurados a seu serviço

devidas para o INSS e para a RFB, e devem fazer as contribuições para outras

entidades dos contribuintes ind. e das cooperativas.

Contribuições Sociais dos Segurados Empregados, Empregado Doméstico e

Trabalhadores Avulsos:

De acordo com art. 20, da Lei nº 8.212/91, a contribuição destes Segurados é

escalonada de acordo com a faixa salarial recebida e atualmente a divisão é a

seguinte:

8% se o salário vai até R$ 1.317,07;

9% se o salário vai de R$ 1.317,08 a R$ 2.195,12;

11% se o salário vai de R$ 2.195,13 até o teto de R$ 4.390,24.

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Aulas 01 a 24

Contribuições Sociais do Empregador Doméstico:

De acordo com art. 24, da Lei nº 8.212/91, a contribuição do Empregador Doméstico é

no importe de 12% sobre o valor do Salário pago ao Empregado Doméstico.

Há em discussão projeto de Lei que alterará a contribuição do Empregador Doméstico

em função da nova Lei do Doméstico, mas até esta aula não há alteração ao texto do

art. 24.

Contribuições Sociais sobre a Receita concursos de Prognósticos:

De acordo com art. 26, da Lei nº 8.212/91, a contribuição será de:

5% - Sobre o movimento global de apostas em prado de corridas (hipódromo –

corrida de cavalos) e de sorteios de números ou de quaisquer modalidades de

símbolos (Loterias);

100% - Sobre a Renda Líquida dos concursos realizados pelos órgãos do

Poder Público destinada à Seguridade Social de sua espera de Governo.

Contribuições Sociais sobre eventos esportivos (clubes):

A Contribuição é de 5% sobre a Receita Bruta decorrente dos espetáculos desportivos

de que participe a agremiação ou clube em todo o território nacional, em qualquer

modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de

patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e

transmissão de espetáculos desportivos.

Contribuições Sociais dos Contribuintes Individuais:

O art. 21, da Lei nº 8.212/91, determina que o contribuinte individual deve contribuir da

seguinte forma:

20% sobre a sua renda declarada, para quem presta serviço por conta própria,

e para quem presta serviço a entidade beneficente ou de assistência social,

sem fins lucrativos, isenta das contribuições sociais.

20% sobre a sua renda para quem presta serviços a outro contribuinte

individual ou a produtor rural ou a missão diplomática ou repartição consular,

sendo permitida a dedução de até 9% da contribuição patronal do contratante

efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que este

lhe tenha pago ou creditado no respectivo mês;

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Aulas 01 a 24

11% sobre sua renda, para aquele que presta serviços às empresas em geral,

inclusive as optantes pelo SIMPLES;

SEMPRE SÃO LIMITADAS AO TETO!!!

Contribuições Sociais dos Contribuintes Facultativos:

O art. 21, da Lei nº 8.212/91, determina que o facultativo contribui com 20% sobre

qualquer valor entre o limite mínimo (R$ 724,00) e o máximo (R$ 4.390,24).

Contribuições Sociais Para o Plano Simplificado de Previdência Social:

Criado pela LC nº 123/2006, determina que o Segurado Contribuinte Individual e o

Segurado Facultativo pode contribuir, opcionalmente, com 11% sobre o valor de um

Salário-Mínimo (R$ 724,00).

Contudo, ele perde o direito a aposentadoria por tempo de contribuição e só poderá se

aposentar por idade e com renda de um Salário-Mínimo.

Caso o Segurado queira aposentar-se por tempo de contribuição, deve complementar

o valor de sua contribuição com o pagamento de 9%, acrescidos dos juros moratórios

de que trata o art. 34 da Lei nº 8.213/91 e para o período em que contribuiu com o

plano simplificado de previdência, só podendo contar com o valor de um Salário-

Mínimo como valor de contribuição neste período.

Do Microempreendedor Individual (MEI)

A Lei Complementar nº 128/2008, acrescentou à Lei Complementar nº 123/2006, os

arts. 18-A, 18-B e 18-C, criando a figura do MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

(MEI), com efeitos legais a partir de 01º de Julho de 2009.

O MEI é definido pela Lei como sendo o empresário INDIVIDUAL que exerce

profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação e

bens e serviços, conforme conceituação constante do art. 966 da Lei de Introdução ao

Código Civil e que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$

60.000,00 (sessenta mil Reais), que seja optante pelo SIMPLES, ou que não possua

impedimentos para optar por esta modalidade tributária.

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Aulas 01 a 24

A apuração do importe de R$ 60.000,00 anuais, pode ser proporcional para o primeiro

ano de atividades da empresa, reduzindo-se limite por uma proporção R$ 5.000,00

para cada mês de inatividade da empresa.

Assim, se a empresa iniciou suas atividades em abril do ano calendário avaliado,

deve-se descontar os meses de janeiro à março, o que equivaleria a R$ 15.000,00.

Desta forma o limite para este caso seria de renda bruta de R$ 45.000,00.

São impedimentos à adoção do SIMPLES NACIONAL:

=> Possuir mais de um estabelecimento;

=> Participar de mais de uma empresa como titular, sócio ou administrador;

=> Contratar empregado;

=> Exercer as atividade de:

Construtor de imóveis; obras de engenharia em geral, execução de projetos de

paisagismo e ou decoração de interiores;

Serviços de vigilância, limpeza e conservação;

Administração e locação de imóveis de terceiros cumulativamente;

Academias de dança, yoga, capoeira e artes marciais;

Academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de

esportes;

Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos;

Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas;

Empresas montadoras de estandes de feiras;

Produção cultural e artística;

Produção cinematográfica e artes cênicas (teatro);

Laboratórios de analises clínicas e patologias;

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Aulas 01 a 24

Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos,

métodos ópticos e ressonância magnética;

Serviços de próteses em geral.

O Valor da contribuição do MEI é de 5% sobre o salário-mínimo (R$ 724,00).

O MEI NÃO tem direito a Aposentadoria por Tempo de Contribuição,

Aposentadoria Especial, Salário-Família e Auxílio-Acidente.

Para Aposentadoria por Tempo de Contribuição, deve fazer o complemento de 15% da

contribuição corrigida pela variação da taxa SELIC.

Em regra o MEI não pode ter empregados, mas se:

Possuir um único empregado;

O salário deste empregado for igual a um salário mínimo, ou o piso da

categoria estabelecido em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT);

Recolher a contribuição deste empregado a seu serviço; e

Elaborar GFIP declarando este empregado.

PODERÁ CONTRATAR O EMPREGADO.

A contribuição patronal é reduzida, sendo de 3% sobre o valor do salário do

empregado, contudo o desconto do salário empregado segue a regra dos empregados

normais, ou seja, 8%, 9% ou 11%, dependendo da sua faixa salarial.

Outras Receitas do RGPS:

De acordo com o art. 27, da Lei nº 8.212/91 são outras fontes do RGPS:

Multas, atualização monetária e os juros moratórios;

A Remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e

cobrança prestadas a terceiros;

Proveniente de outros serviços ou arrendamento de bens;

Receitas Patrimoniais, industriais e financeiras;

Doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;

50% dos valores obtidos e aplicados na forma do § único do art. 243 da

CF/88 (Valor apreendido em decorrência de tráfico ilícito de

entorpecentes e drogas afins);

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Aulas 01 a 24

40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento

de Receita Federal;

50% do valor total do prêmio recolhido e destinado ao SUS, para

custeio da assistência Médico-Hospitalar dos Segurados vitimados em

acidentes de trânsito, pagos pelas companhias seguradoras que

mantêm o Seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos

automotores de que trata a Lei nº 6.194/1974;

Arrecadação e Recolhimento das Contribuições destinadas à Seguridade Social

=> Obrigações das Empresas:

Arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores

avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração;

Recolher todas as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações

pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, até o dia 20 (vinte) do mês

subsequente ao da competência;

Recolher as suas contribuições devidas sobre faturamento e lucro, na forma e

prazos definidos pela legislação tributária federal vigente;

Empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem

entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei;

=> Obrigações ACESSÓRIAS das Empresas:

Preparar folhas-de-pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos

os segurados a seu serviço, de acordo com os padrões e normas

estabelecidos pelo INSS, através de Instruções Normativas (GFIP);

Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma

discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das

quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos;

Declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do

FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados

relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da

contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do

Conselho Curador do FGTS. Essa declaração constitui instrumento hábil e

suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão

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Aulas 01 a 24

a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios

previdenciários (CNIS).

A empresa deverá apresentar a GFIP mesmo que não ocorram fatos geradores

de contribuição previdenciária, aplicando-se, quando couber, as seguintes

penalidades:

R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações

incorretas ou omitidas;

02% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o

montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas, no

caso de falta de entrega da declaração ou entrega após o prazo, limitada a

20% (vinte por cento);

Essas multas serão reduzidas: à metade, quando a declaração for

apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; ou a

75% (setenta e cinco por cento), se houver apresentação da declaração no

prazo fixado em intimação.

A multa mínima a ser aplicada será de: R$ 200,00 (duzentos reais),

tratando-se de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores de

contribuição previdenciária; e/ou R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais

casos.

O descumprimento da obrigação de apresentação da GFIP, IMPEDE a

expedição da certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda

Nacional.

Comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio de documento a

ser definido em Instrução Normativa (Holerite), os valores recolhidos sobre o

total de sua remuneração ao INSS.

Em relação aos créditos tributários, os documentos comprobatórios do

cumprimento destas obrigações, devem ficar arquivados na empresa até que

ocorra a prescrição relativa aos créditos decorrentes das operações a que se

refiram (10 Anos – 05 p/ lançar e 05 p/ cobrar).

=> Obrigações dos segurados contribuinte individual e facultativo:

recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia 15 (quinze) do mês

seguinte ao da competência;

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Aulas 01 a 24

=> Obrigações das empresas adquirente, consumidora ou consignatária ou da

cooperativa:

são obrigadas a recolher a contribuição a seu cargo (art. 25) até o dia 20 (vinte)

do mês subsequente ao da operação de venda ou consignação da produção,

independentemente de essas operações terem sido realizadas diretamente

com o produtor ou com intermediário pessoa física, na forma estabelecida em

regulamento;

a pessoa física, não produtor rural, que adquire produção para venda no varejo

a consumidor final tem a mesma obrigação;

ficam, ainda, estas sub-rogadas nas obrigações do Produtor Rural e do

Segurado Especial pelo recolhimento das respectivas contribuições destes,

independentemente de as operações de venda ou consignação terem sido

realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física,

exceto no caso de comercializem a sua produção: no exterior, diretamente, no

varejo, ao consumidor pessoa física, ao produtor rural ou ao segurado especial;

=> Obrigações do proprietário, do incorporador, do dono da obra ou condômino da

unidade imobiliária:

qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou

acréscimo, são TODOS SOLIDÁRIOS com o CONSTRUTOR, e estes com a

subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade

Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da

obra e admitida a retenção de importância a este devida para garantia do

cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o

benefício de ordem;

exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social O

ADQUIRENTE DE PRÉDIO OU UNIDADE IMOBILIÁRIA que realizar a

operação com empresa de comercialização ou incorporador de imóveis,

ficando estes solidariamente responsáveis com o construtor;

nenhuma contribuição à Seguridade Social é devida se a construção

residencial unifamiliar for destinada ao uso próprio, de tipo: econômico, sendo

executada sem mão-de-obra assalariada, observadas as exigências do

regulamento (Decreto nº 3.048/99);

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Aulas 01 a 24

=> Obrigações do produtor rural pessoa física e o segurado especial:

São obrigados a recolher a contribuição incidente sobre a receita bruta

proveniente da comercialização: de artigos de artesanato elaborados com

matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, de artesanato ou do

exercício de atividade artística, de serviços prestados, de equipamentos

utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, se em função de

atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio imóvel,

inclusive: hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades

pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais;

=> Obrigações do segurado especial:

Arrecadar a contribuição de trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la até o dia

20 (vinte) do mês subsequente ao da competência;

=> Obrigações do Empregador Doméstico:

- Arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim

como a parcela a seu cargo, até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da

competência. A parcela relativa à novembro pode ser paga juntamente com a

contribuição referente ao 13º salário, utilizando-se de um único documento de

arrecadação, até o dia 20 de dezembro.

=> Disposições Gerais:

Se não houver expediente bancário nas datas indicadas para o recolhimento

das contribuições a cargo dos contribuintes individuais, facultativos e

empregador doméstico, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil

imediatamente posterior; nas demais contribuições, o recolhimento deverá ser

efetuado até o dia útil imediatamente anterior.

Na hipótese de o contribuinte individual, bem como o cooperado que prestar

serviço a empresa por intermédio de cooperativa de trabalho; prestarem

serviço a uma ou mais empresas, poderão deduzir, da sua contribuição

mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, efetivamente

recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhes tenha

paga ou creditada, limitada a dedução a nove por cento do respectivo salário-

de-contribuição.

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Aulas 01 a 24

A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da

produção fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento

fiscal de entrada da mercadoria, para fins de comprovação da operação e da

respectiva contribuição previdenciária.

Quando o grupo familiar a que o segurado especial estiver vinculado não tiver

obtido, no ano, por qualquer motivo, receita proveniente de comercialização de

produção deverá comunicar a ocorrência à Previdência Social.

Quando o segurado especial tiver comercializado sua produção do ano anterior

EXCLUSIVAMENTE com empresa adquirente, consignatária ou cooperativa,

tal fato deverá ser comunicado à Previdência Social pelo respectivo grupo

familiar.

A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de

obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por

cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e

recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida

até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota

fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver

expediente bancário naquele dia.

Entende-se como cessão de mão-deobra: a colocação à disposição do

contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que

realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da

empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação.

Enquadram-se nesta situação, além de outros estabelecidos em regulamento,

os seguintes serviços:

I - limpeza, conservação e zeladoria;

II - vigilância e segurança;

III - empreitada de mão-de-obra;

IV - contratação de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019/74.

O valor retido pela empresa contratante de serviços executados mediante

cessão de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho temporário, que

deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços (11%

do valor bruto), poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da

empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das

contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de

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Aulas 01 a 24

pagamento dos seus segurados. Havendo compensação PARCIAL, o saldo

remanescente será objeto de restituição.

O cedente da mão-de-obra deverá elaborar folhas de pagamento distintas para

cada contratante.

Em se tratando de retenção e recolhimento, em nome de consórcio, aplicam-se

as mesmas regras acima (como se fosse situação de cessão de mão-deobra),

observando-se a participação de cada uma das empresas consorciadas, na

forma do respectivo ato constitutivo.

Os administradores de autarquias e fundações públicas, criadas e mantidas

pelo Poder Público, de empresas públicas e de sociedades de economia mista

sujeitas ao controle da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos

Municípios, que se encontrarem em mora, por mais de 30 (trinta) dias, no

recolhimento das contribuições previstas nesta Lei, tornam-se solidariamente

responsáveis pelo respectivo pagamento, ficando ainda sujeitos:

Às seguintes proibições:

I. pagar honorário, gratificação, pro labore ou qualquer outro tipo de retribuição

ou retirada a seus diretores, sócios, gerentes ou titulares da firma individual;

II. distribuir quaisquer lucros, bonificações, dividendos ou interesses a seus

sócios, titulares, acionistas, ou membros de órgãos dirigentes, fiscais ou

consultivos;

III. ser dissolvida.

E, às seguintes sanções:

I. pena de detenção de 01 (um) mês a 01 (um) ano; e

II. multa variável de 10 (dez) a 50% (cinqüenta por cento) do débito.

Nas ações trabalhistas de que resultar o pagamento de direitos sujeitos à

incidência de contribuição previdenciária, o juiz, sob pena de responsabilidade,

determinará o imediato recolhimento das importâncias devidas à Seguridade

Social.

Quando não houver discriminação das parcelas legais relativas às

contribuições sociais, nas sentenças judiciais ou nos acordos homologados, a

incidência será, então, sobre o valor total apurado em liquidação de sentença

ou sobre o valor do acordo homologado.

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Aulas 01 a 24

Considera-se ocorrido o fato gerador das contribuições sociais na data da

prestação do serviço.

As contribuições sociais serão apuradas mês a mês, com referência ao período

da prestação de serviços, mediante a aplicação de alíquotas, limites máximos

do salário-de-contribuição e acréscimos legais moratórios vigentes

relativamente a cada uma das competências abrangidas.

O recolhimento deve ser efetuado no mesmo prazo em que devem ser pagos

os créditos encontrados em liquidação de sentença ou em acordo homologado,

sendo que nesse último caso (acordo), o recolhimento será feito em tantas

parcelas quantas as previstas no acordo, nas mesmas datas em que sejam

exigíveis e proporcionalmente a cada uma delas.

No caso de reconhecimento judicial da prestação de serviços em condições

que permitam a aposentadoria especial, serão devidos os acréscimos de

contribuição (6, 9 ou 12%);

Na hipótese de acordo celebrado após ter sido proferida decisão de mérito, a

contribuição será calculada com base no valor do acordo.

Aplicam-se as regras acima aos valores devidos ou pagos nas Comissões de

Conciliação Prévia.

Indenizações, Multas, Juros e Atualização Monetária

=> O contribuinte individual que pretenda contar como tempo de contribuição, para fins

de obtenção de benefício no Regime Geral de Previdência Social ou de contagem

recíproca do tempo de contribuição, período de atividade remunerada alcançada pela

decadência deverá indenizar o INSS.

=> O valor desta indenização, corresponderá a 20% (vinte por cento):

da média aritmética simples correspondente aos 80% (oitenta por cento)

maiores salários-de-contribuição corrigidos e apurados em todo o período

contributivo decorrido desde a competência julho de 1994; ou

da remuneração sobre a qual incidem as contribuições para o regime próprio

de previdência social a que estiver filiado o interessado, no caso de

indenização para fins da contagem recíproca, respeitado o TETO.

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Aulas 01 a 24

=> Sobre os valores apurados, desta forma, incidirão juros moratórios de 0,5% (meio

por cento) ao mês, capitalizados anualmente, limitados ao percentual máximo de 50%

(cinqüenta por cento), e multa de 10% (dez por cento) simples, mas aplicável a cada

parcela.

=> Não se exige indenização nos casos de contribuições em atraso não alcançadas

pela decadência do direito de a Previdência constituir o respectivo crédito,

obedecendo-se, em relação a elas, as disposições aplicadas às empresas em geral.

=> Os débitos com a União decorrentes das contribuições sociais:

Das empresas, incidentes sobre a Folha Salarial;

Dos empregadores domésticos;

Dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição; e

Das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições

devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos;

Que não forem pagas nos prazos previstos (art. 30) serão acrescidos de multa e de

juros de mora, apurados da seguinte forma:

Multa, calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia

de atraso, a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo

previsto para o pagamento da contribuição até o dia em que ocorrer o seu

pagamento. O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por

cento, independente da quantidade de dias de atraso.

Juros de mora, calculados de forma equivalentes à taxa referencial do Sistema

Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), a partir do primeiro dia do segundo

mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia

do mês anterior ao do pagamento, acrescidos de 01% (um por cento) no mês

do pagamento.

=> Nos casos de lançamento de ofício relativos às contribuições anteriormente

citadas, aplicam-se as seguintes multas:

75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença da contribuição

nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos

de declaração inexata;

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Aulas 01 a 24

50% (cinqüenta por cento), exigida isoladamente, sobre o valor do pagamento

mensal:

1) Ainda que não tenha sido apurado imposto a pagar na declaração de ajuste, no

caso de pessoa física;

2) Ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa para

a contribuição social sobre o lucro líquido, no ano-calendário correspondente,

no caso de pessoa jurídica.

O percentual de multa de 75% será duplicado (150%) nos casos Sonegação

Fraude e Conluio, com o intuito de lesar a Autoridade Fazendária,

independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais

cabíveis.

Ainda, este percentual será aumentado de metade, nos casos de não

atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:

1) prestar esclarecimentos ao Agente Fazendário (RFB);

2) apresentar os arquivos ou sistemas de contabilidade da Empresa;

3) apresentar a documentação técnica-contábil.

As multas acima podem ser reduzidas de 50% a 20% dependendo da data do

pagamento pelo sujeito passivo do tributo lançado.

Estas disposições aplicam-se, inclusive, aos contribuintes que derem causa a

ressarcimento indevido de contribuição decorrente de qualquer incentivo ou

benefício fiscal.

Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil

=> Planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à

fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais,

das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e

fundos.

=> É prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por intermédio dos

Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, o exame da contabilidade das

empresas, ficando obrigados a prestar todos os esclarecimentos e informações

solicitados o segurado e os terceiros responsáveis pelo recolhimento das contribuições

previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades e fundos.

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=> A empresa, o segurado da Previdência Social, o serventuário da Justiça, o síndico

ou seu representante, o comissário e o liquidante de empresa em liquidação judicial ou

extrajudicial são obrigados a exibir todos os documentos e livros relacionados com as

contribuições previstas nesta Lei.

=> Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua

apresentação deficiente, a Secretaria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo

da penalidade cabível, lançar de ofício a importância devida.

=> Na falta de prova regular e formalizada pelo sujeito passivo, o montante dos

salários pagos pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante

cálculo da mão de obra empregada, proporcional à área construída, de acordo com

critérios estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, cabendo ao

proprietário, dono da obra, condômino da unidade imobiliária ou empresa

coresponsável o ônus da prova em contrário.

=> O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se

presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo

lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável

pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto

nesta Lei.

=> Se, no exame da escrituração contábil e de qualquer outro documento da empresa,

a fiscalização constatar que a contabilidade não registra o movimento real de

remuneração dos segurados a seu serviço, do faturamento e do lucro, serão apuradas,

por aferição indireta, as contribuições efetivamente devidas, cabendo à empresa o

ônus da prova em contrário.

=> O crédito da seguridade social é constituído por meio de notificação de lançamento,

de auto de infração e de confissão de valores devidos e não recolhidos pelo

contribuinte.

=> Aplicam-se às contribuições sociais mencionadas neste artigo as presunções legais

de omissão de receita.

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Aulas 01 a 24

=> Constatado o não-recolhimento total ou parcial das contribuições tratadas nesta

Lei, não declaradas na forma do art. 32 desta Lei, a falta de pagamento de benefício

reembolsado ou o descumprimento de obrigação acessória, será lavrado auto de

infração ou notificação de lançamento.

=> O débito original e seus acréscimos legais, bem como outras multas previstas em

lei, constituem dívida ativa da União, promovendo-se a inscrição em livro próprio

daquela.

=> É facultado aos órgãos competentes, antes de ajuizar a cobrança da dívida ativa de

que trata o caput deste artigo, promover o protesto de título dado em garantia, que

será recebido pro solvendo.

=> Serão inscritas como dívida ativa da União as contribuições que não tenham sido

recolhidas ou parceladas resultantes das informações prestadas na GFIP.

Salário-de-Contribuição

É a base de cálculo das contribuições devidas pelos trabalhadores e segurados

facultativos ao RGPS. É um conceito mais restrito que o conceito de Remuneração do

Direito do Trabalho, portanto, nem todas as parcelas que integram a remuneração do

Trabalhador são componentes do salário-de-contribuição.

Parcelas Integrantes

13º salário;

os abonos de férias excedentes aos limites da legislação trabalhista;

valor total das diárias pagas, quando excedentes a 50% da remuneração

mensal;

Os ganhos habituais sob forma de utilidades (salários in natura ou “por fora”) e

os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços

efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou

tomador de serviços;

O valor mensal do auxílio-acidente;

As gorjetas;

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Aulas 01 a 24

O aviso prévio indenizado;

os adicionais pelo exercício das atividades em condições adversas (adicional

noturno, horas extras, adicional de insalubridade, de periculosidade, e de

penosidade, de transferência de local de serviço e por tempo de serviço –

anuênio, biênio, qüinqüênio, etc)

remuneração indireta (isenção de taxa de condomínio para o síndico);

Parcelas NÃO-Integrantes

Benefícios Previdenciários (exceto salário-maternidade e auxílio-acidente);

Indenizações de qualquer natureza;

Férias indenizadas;

Dobra de férias;

Incentivo a demissão;

Abono de férias;

Ganhos eventuais (gratificações por resultado, por exemplo) desde que não

habituais;

Auxílio/ajuda de Alimentação;

Auxílio/ajuda de Transporte;

Ajudas de custo

diárias de viagens que NÃO excedam 50% da remuneração mensal;

Seguro de vida;

Assistência Médica (plano de saúde ou odontológico);

Auxílio/ajuda na Educação;

Previdência Privada;

Complementação de Auxílio-Doença;

Auxílio/ajuda em vestuário;

Reembolsos;

Participação nos lucros;

Direitos Autorais;

Remuneração de estágio (estagiário pode ser segurado facultativo);

Remuneração de ministro de confissão Religiosa (Padres, pastores, etc);

Em resumo, tudo o que é indenizatório, ou ressarcimento ou para o exercício da

Profissão NÃO É SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO.

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Aulas 01 a 24

Se a origem do valor é pelo exercício da atividade laboral, então a verba é salário-de-

contribuição.

LIMITES (para o ano de 2014):

Máximo: Atualmente é de R$ 4.390,24;

Mínimo: Atualmente é de R$ 724,00.

Da proporcionalidade do salário-de-contribuição

O salário-de-contribuição pode ser proporcional na medida em que o Segurado não

trabalhe o mês inteiro.

Como exemplo simples e rápido para entendermos, um Segurado contratado ou

dispensado no meio do mês, tem como salário-de-contribuição para este mês, metade

de sua contribuição.

Neste caso, o salário-de-contribuição pode ser INFERIOR a um salário-mínimo.

O menor aprendiz que trabalhe em desacordo com a legislação é equiparado para fins

previdenciários ao Segurado Empregado, contudo, pode ter salário-de-contribuição

inferior a um salário-mínimo.

Do reajustamento do salário-de-contribuição

Como a lei determina que para a apuração do salário-de-benefício utilizemos

contribuições referentes a meses anteriores ao requerimento do benefício, os salários-

de-contribuição devem ser devidamente corrigidos/reajustados, pois o valor

contribuído a alguns anos atrás não pode ser usado sem a devida atualização.

O art. 29-B, da lei nº 8.213/91, determinou que a correção deve ser feita pela variação

do INPC do período.

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Aulas 01 a 24

Como apurar o valor do Benefício:

O valor do benefício é apurado através do cálculo do salário-de-benefício (art. 29, Lei

nº 8.213/91).

Por sua vez, o salário-de-benefício utiliza os salários-de-contribuição do Segurado

para ser calculado.

Sendo assim, para chegar ao valor da renda do benefício o último passo é multiplicar o

resultado do salário-de-benefício pelo coeficiente típico de cada benefício.

Do Cálculo dos Benefícios do RGPS:

Para se apurar o valor do benefício que cada Beneficiário tem direito, a Lei

estabeleceu como parâmetro (base de cálculo) o chamado SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO

(art. 29), ou seja, qualquer benefício, necessita do cálculo do Salário-de-benefício para

ter seu valor apurado.

Contudo, tomem cuidado que os benefícios de Salário-Família e Salário-Maternidade

NÃO usam o salário-de-benefício como base de cálculo.

Sendo assim, o Salário-de-benefício é apurado da seguinte forma:

=> Para os benefícios de Auxílio-Doença, Aposentadoria por Invalidez, Aposentadoria

Especial e Auxílio-Acidente é igual a média aritmética simples dos maiores salários-

de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo.

Período contributivo é equivalente a todas as competências mensais em que há

contribuição compreendida entre 07/1994 e o mês imediatamente anterior ao

início do benefício.

Por sua vez, para os benefícios de Aposentadoria por Tempo de Contribuição e

Aposentadoria por Idade, o conceito é o mesmo, contudo, à média deve-se multiplicar

o valor do FATOR PREVIDENCIÁRIO, fórmula aritmética instituída pela Lei nº

9.876/99, que compreende a idade do Segurado, seu tempo de contribuição e a

expectativa de sobrevida e transforma estes dados em um número.

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Aulas 01 a 24

O Valor do Salário-de-benefício, NUNCA será inferior a um salário-mínimo, nem

superior ao do limite máximo de contribuição na data de início do benefício.

Para o Segurado Especial o conceito muda, sendo feito o cálculo da seguinte forma:

=> substitui-se o conceito de salários-de-contribuição por valores sobre os quais

incidiu a contribuição anual, e divida-a por 13, multiplicando pelo Fator Previdenciário

apenas nos benefícios anteriormente determinados.

A expectativa de sobrevida é apurada anualmente pelo IBGE e será expressa em uma

tábua completa de mortalidade, considerando-se a média nacional única para ambos

os sexos.

Ainda, assim como existem permissões legais para que segurados diferentes tenham

regras diferentes de tempo de contribuição necessário para ter direito a aposentadoria

por Tempo de contribuição, estas diferenças devem ser contempladas no cálculo do

fator previdenciário.

Assim temos:

Que para a mulher que se aposenta 05 (cinco) anos antes do homem, o tempo de

serviço apurado na Data de Início do Benefício deve ser acrescido de 05 (cinco) anos

no cálculo do Fator Previdenciário, assim como o tempo de contribuição do professor

que comprova efetivo exercício do magistério na educação infantil e nos ensinos

fundamental e médio. A professora nestas mesmas condições tem direito a acrescer

10 (dez) anos ao seu tempo.

O Art. 29-A legaliza o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e determina

que o cálculo do Salário-de-benefício utilizará as informações contidas neste cadastro,

no que se refere a remuneração do Segurado.

O Art. 29-B determina que os valores dos salários-de-contribuição do segurado devem

ser atualizados de acordo com a variação do INPC, apurado pelo IBGE.

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Aulas 01 a 24

Da Filiação e Inscrição dos Segurados

Da Inscrição:

É o ato de natureza administrativa através do qual se opera o registro do Segurado

junto ao INSS.

Da Filiação:

É o momento em que o segurado passa a integrar o Regime Geral de Previdência

Social (RGPS). É o vínculo estabelecido entre o Segurado e o Sistema.

Da Inscrição do Segurado Obrigatório

A Inscrição do Segurado Obrigatório se dá em um momento distinto para cada

categoria. Vejamos:

Empregado: Pelo preenchimento de documento que o habilite para o exercício

da atividade, como o contrato de trabalho por exemplo. A Inscrição é feita pela

Empresa.

Trabalhador Avulso: Pelo Registro junto ao Sindicato ou OGMO. Estes fazem a

inscrição do trabalhador.

Doméstico: Por qualquer documento que comprove a relação de emprego.

Contribuinte Individual: Pela apresentação de documento que caracterize a

condição de Autônomo.

Segurado Especial: Por documento que demonstre a condição de Trabalhador

Rural ou Pescador.

A Inscrição destes 03 (três) é Feita pelo INSS, mediante a apresentação do NIT

ou do PIS.

Da Filiação do Segurado Obrigatório

A Filiação do Segurado Obrigatório se dá de forma automática a partir do momento em

que comprova o exercício de atividade que o vincula ao RGPS.

De acordo com art. 19, do Decreto nº 3.048/99, os dados constantes do CNIS

(Cadastro Nacional de Informações Sociais), servem de prova de filiação do Segurado

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Aulas 01 a 24

ao RGPS, embora outras provas sejam admitidas, como anotação em CTPS,

Holerites, etc...

O exercício de mais de uma atividade remunerada enquadrada dentro do RGPS,

impõe ao trabalhador tantas inscrições quantas forem essas atividades, embora

o número de cadastro (inscrição – NIT ou PIS), deva ser preservado.

Da Inscrição e Filiação do Segurado Facultativo

A Inscrição do Segurado Facultativo é feita pelo INSS e requer a apresentação de dois

documentos.

O Documento de Identidade; e

Uma declaração de que não exerce atividade remunerada que o

enquadre como segurado obrigatório.

A Filiação se dá a partir do momento da inscrição e com a formalização da primeira

contribuição sem atraso e será mantida por vontade do Segurado.

Da Qualidade de Segurado:

Todo aquele que mantém vínculo com a Previdência social por meio de filiação (seja

ela facultativa ou obrigatória) possui qualidade de segurado.

A Lei nº 8.213/91 e o Decreto nº 3.048/99, trazem situações em que o Segurado

mantém a qualidade de segurado e com isso mantém o direito aos benefícios da

Previdência Social, mesmo quando ele não está vinculado à Previdência Social. É o

chamado PERÍODO DE GRAÇA.

O período de graça é em regra geral de 12 meses, mas pode ser enlastecido em até

36 meses de acordo com a situação em que se encontra o Segurado.

Vejamos:

A qualidade de segurado é mantida por PRAZO INDETERMINADO para quem

está em gozo de benefício da previdência social.

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Aulas 01 a 24

Até 12 meses após cessar a segregação daquele acometido por doença de

segregação compulsória.

É mantida por 12 meses para qualquer segurado após a cessação das

contribuições ou do fim de gozo de benefício da previdência social, que pode

ser acrescido de mais 12 meses, somando 24 meses, se o segurado tiver pago

mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete perda da

qualidade de segurado e que pode ser acrescida de mais 12 meses se

comprovada situação de desemprego do segurado, somando um total de 36

meses;

Até 12 meses após o livramento condicional do segurado retido ou recluso.

Até 03 meses após o licenciamento do segurado incorporado às forças

armadas para prestar serviço militar;

Até 06 meses após cessar as contribuições do segurado facultativo;

Em todos estes casos a perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao

do término do prazo fixado para recolhimento da contribuição referente ao mês

imediatamente posterior ao do final dos prazos acima.

Da Carência:

É o período mínimo de contribuições exigidos pela lei para que o Segurado tenha

acesso ao benefício que pretende.

A Lei nº 8.213/91, fixa os seguintes prazos de carência:

=> Para os benefícios de Auxílio-Doença e Aposentadoria por Invalidez, 12

contribuições mensais;

=> Para as Aposentadorias por Idade, por Tempo de Contribuição e Especial, 180

contribuições mensais; e

=> Para o salário-maternidade 10 contribuições mensais para as seguradas

contribuinte individual, segurada especial (sendo aqui necessária a comprovação do

efetivo exercício das atividades de enquadramento da Segurada Especial pelo período

acima) e facultativa.

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Aulas 01 a 24

Não se exige CARÊNCIA para as demais seguradas (Empregada, Empregada

Doméstica e Trabalhadora Avulsa) e sendo reduzido proporcionalmente em caso de

parto antecipado.

Independem de carência os benefícios de Pensão por Morte, auxílio-reclusão, salário-

família e auxílio-acidente.

Em caso de Acidente de trabalho ou de doença ocupacional do trabalho, ou de doença

descrita no rol taxativo do art. 151 da Lei nº 8.213/91, o segurado fica dispensado da

carência.

Em caso de interrupção das contribuições que acarretem a perda da qualidade se

segurado, o Segurado retoma direito aos benefícios se ao retomar sua filiação ao

RGPS cumpra com um terço (1/3) da carência exigida para o benefício pretendido.

O §1º, do art. 102, da Lei nº 8.213/91, determina que a perda da qualidade de

segurado não prejudica a concessão de benefício de aposentadoria para o qual o

Segurado haja cumprido com os requisitos legais, ou seja, respeita o direito adquirido.

Regime Geral de Previdência Social

Dos Beneficiários

Quem são os beneficiários da Previdência Social?

Temos os Segurados e os Dependentes.

Os Segurados são sub-divididos em: Obrigatórios e facultativos;

Os Segurados obrigatórios são:

Os Empregados;

O Empregado Doméstico;

O Contribuinte Individual;

O Trabalhador Avulso; e

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Aulas 01 a 24

O Segurado Especial.

DEPENDENTES

Os Dependentes são estabelecidos em ordem hierárquica excludente, ou seja, os da

classe menor excluem o direito ao benefício dos dependentes da classe posterior.

Os Dependentes estão divididos em 03 (três) classes, de acordo com os incisos do art.

16, da Lei nº 8.213/91.

Temos na 1ª Classe de dependentes:

=> O Cônjuge,

=> O Companheiro(a),

=> O Filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou

inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou

relativamente incapaz, assim declarado judicialmente qualquer que seja a idade,

desde que a incapacidade seja anterior ao direito ao benefício. O enteado é

equiparado ao filho, para efeitos da Lei.

Devemos destacar aqui uma pegadinha que passou a existir após a vigência do novo

código civil em 2002, com a diminuição da maioridade civil de 21 para 18 anos:

Primeiro, a maioridade civil não emancipa o cidadão, portanto, ao completar 18 anos o

filho continua dependente do segurado para efeitos de concessão de benefício

previdenciário até que complete 21 anos de idade.

Contudo, o casamento é um instituto que leva à emancipação, portanto, se um filho

(ou alguém a ele equiparado, como o enteado por exemplo), maior de 18 anos e

menor 21 anos, contrai núpcias, ele se emancipa para efeitos previdenciários, com

isso deixa de ser dependente para esta finalidade, perdendo direito aos benefícios dos

dependentes que são a Pensão por Morte e o Auxílio-Reclusão, bem como, perde

acesso aos serviços do RGPS (Serviço Social e Habilitação profissional).

Temos na 2ª Classe: Os Pais

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Aulas 01 a 24

Temos na 3ª Classe: Os irmãos não emancipados, de qualquer condição, menores de

21 (vinte e um) anos ou inválidos ou que tenham deficiência intelectual ou mental que

os tornem absoluta ou relativamente incapazes, assim declarados judicialmente

qualquer que seja a idade, desde que a incapacidade seja anterior ao direito ao

benefício, valendo aqui a mesma pegadinha.

Lembre-se que a existência de um dependente de uma classe superior exclui o direto

do dependente da classe imediatamente subseqüente, assim, como exemplo,

podemos dizer que os pais só têm direito ao benefício se NÃO existirem dependentes

incluídos na 1ª classe.

Mais um detalhe é que os dependentes da 2ª e 3ª classe devem comprovar

dependência econômica para com o Segurado, já os dependentes da 1ª classe tem a

sua dependência econômica presumida, EXCETO O ENTEADO.

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Aulas 01 a 24

Dos Segurados Obrigatórios

Do Empregado

Conceito amplo, mais extenso que o do Direito do Trabalho, pois para o Direito

Previdenciário, por exemplo, o exercente de cargo eletivo sem vinculação a regime

próprio de previdência é considerado empregado, mesmo que neste caso não exista

vínculo empregatício.

Vejamos as categorias:

O prestador de serviço de natureza urbana ou rural à empresa, com

caracterização de vínculo empregatício. (subordinação, pessoalidade,

habitualidade e onerosidade).

Trabalhador temporário;

Brasileiro ou Estrangeiro, contratado no Brasil para trabalhar no exterior.

Brasileiro contratado pela União, para trabalhar no exterior junto a organismos

oficiais brasileiros (embaixadas e consulados, por exemplo) ou internacionais

dos quais o Brasil seja membro (ONU, por exemplo), salvo se já segurado na

forma da legislação vigente do país do domicílio.

Brasileiro ou estrangeiro que trabalha no Brasil para missão diplomática ou

para repartição consular e a órgãos a ela subordinados (funcionário de

embaixada ou de consulado, por exemplo).

Aqui se EXCLUI o estrangeiro sem residência permanente no Brasil e o Brasileiro que

seja amparado pela Legislação previdenciária do país para quem está trabalhando.

Empregado de Organismo Oficial internacional em funcionamento no Brasil,

excluído se coberto pela Legislação previdenciária do país para quem está

trabalhando. Por exemplo, o funcionário da ONU que trabalhe em escritório

localizado no Brasil, se não for amparado por regime de previdência do país de

origem do contrato.

Servidor público ocupante de cargo em comissão, de livre nomeação e livre

exoneração, para o Estado (latu sensu).

O Servidor Público, ocupante de cargo efetivo (concursado), desde que nesta

condição não esteja amparado por Regime Próprio de Previdência.

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Aulas 01 a 24

O exercente de Cargo Eletivo no Estado (latu sensu – o Político, por exemplo),

desde que nesta condição não esteja amparado por Regime Próprio de

Previdência, é muito comum aos Vereadores.

O Bolsista e o Estagiário que prestam serviços a empresa em desacordo com a

legislação (Lei nº 6.494/1977).

É uma proteção ao Estagiário/Bolsista, que se de fato estiver exercendo sua atividade

em desacordo com as diretrizes da Lei de Estágio, é equiparado ao empregado

comum para fins previdenciários.

Detalhe, se o serviço é prestado de acordo com a legislação especial (Lei de Estágio)

o Bolsista/Estagiário pode se filiar ao RGPS na condição de Facultativo e sua

contribuição poderá ser inferior a 01 (um) salário-mínimo, desde que sua remuneração

assim o seja.

=> o Escrevente e o Auxiliar, contratados por serviços notariais e de registro a partir de

21 de novembro de 1994, ou aquele que em conformidade com a Lei nº 8.935/94,

embora contratado antes de sua vigência tenha feito a opção por filiar-se ao RGPS.

Do Empregado Doméstico

Mesmo conceito do Direito do Trabalho, é aquele que presta serviço contínuo a uma

pessoa ou família, em âmbito residencial, em atividade sem fins lucrativos, por

exemplo, a Governanta. A Diarista é enquadrada como contribuinte individual, sendo

que a quantificação do conceito de serviço contínuo cabe à jurisprudência, que

atualmente tem o entendimento de que a repetição por mais de 03 (três) dias da

semana caracterizam a empregada doméstica.

Dos Contribuintes Individuais

Esta categoria foi criada pela Lei nº 9.876/99, ao reunir os antigos segurados:

Empresários, autônomos e equiparados numa única categoria.

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Aulas 01 a 24

Temos as seguintes sub-categorias:

Aquele que exerce atividade agropecuária ou pesqueira, com auxílio de

empregados. Extensivo ao cônjuge ou companheiro (a) que participe junto com

o segurado da atividade, nos termos do §12, do art. 12, desta lei.

Aquele que explora atividade de extração mineral ou garimpo, independente de

possuir funcionários.

O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada,

de congregação ou de ordem religiosa (o pastor e o padre, por exemplo).

O brasileiro que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do

qual o Brasil é membro (ONU, por exemplo), excluindo-o se coberto por regime

Próprio de Previdência.

DESTAQUE-SE aqui o contratante é o Organismo internacional e não a União, se o

empregador fosse a União, ele seria enquadrado como EMPREGADO.

O sócio que trabalha na empresa (ou seja, aufere remuneração) e o síndico de

condomínio (este mesmo que a remuneração seja indireta, ou seja, através de

isenção da taxa condominial).

Quem presta serviço de natureza urbana (autônomo) ou rural (bóia-fria), em

caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem vínculo de emprego.

Prestador de serviço, a uma ou mais empresas (sem vínculo empregatício, o

contador, por exemplo), e aquele que exerce por conta própria atividade

econômica de natureza urbana com fins lucrativos ou não (o médico, o

advogado, por exemplo. E a expressão “ou não”, refere-se ao diarista).

O Art. 9º, §5º, do Decreto nº 3.048/99 traz um rol exemplificativo das atividades

sujeitas a filiação obrigatório como contribuinte individual.

Dos Trabalhadores Avulsos

Prestador de serviços à diversas empresas sem vínculo empregatício, com a

intermediação obrigatória do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), portuários, por

exemplo, ou do sindicato da categoria.

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Aulas 01 a 24

Dos Segurados Especiais

Pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a

ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio

eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de:

produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou

meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:

1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou

2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do

inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985/2000, e faça dessas atividades o

principal meio de vida;

pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão

habitual ou principal meio de vida; e

cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de

idade ou a

este equiparado, dos segurados anteriormente descrita, que trabalhem com o

grupo familiar respectivo.

A Jurisprudência aceita o serviço a partir dos 12 (doze) anos de idade, para período

anterior a vigência da Lei nº 8.212/91, 14 (quatorze) anos da vigência da Lei nº

8.212/91 até a Lei nº 11.718/2008 e 16 (dezesseis) a partir de então, e de acordo com

o texto do §7º deste mesmo artigo, para serem considerados como segurados

especiais devem comprovar a efetiva participação na atividade rural.

A utilização pelo grupo familiar de empregados contratados por prazo determinado ou

trabalhador (contribuinte individual ou bóia-fria), em épocas de safra, à razão de no

máximo 120 (cento e vinte) pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou

intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não

descaracteriza o regime de economia familiar.

Dos Segurados Facultativos

É todo aquele que não se enquadra nas hipóteses de segurado obrigatório (o

estudante ou a dona de casa, por exemplo), que seja maior de 16 anos, que não seja

vinculado a regime próprio de previdência e que voluntariamente contribua para o

RGPS.

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Aulas 01 a 24

O art. 11, do Decreto nº 3.048/99, traz um rol exemplificativo das atividades que

permitem a filiação como Segurado facultativo ao RGPS.

Na regra original pode ser facultativo qualquer pessoa que não se enquadre nas

definições de obrigatório e devem ter no mínimo 14 (quatorze) anos de idade.

Contudo, o inciso XXXIII do Art. 7º da Constituição Federal, após as alterações

introduzidas pela Emenda Constitucional nº 20/98, estabelece 16 (dezesseis) anos

como a idade mínima para o trabalho do menor.

Trabalhadores EXCLUÍDOS do RGPS

De acordo com o art. 13, da Lei nº 8.212/91 e art. 201, §5º, da CF/88, determinam que

o participante de Regime Próprio de Previdência Social (RPPS – Servidores Públicos)

são impedidos de participar do RGPS, a não ser que exerçam concomitantemente

atividade que o enquadre como segurado obrigatório.

Benefícios do RGPS – arts. 42 a 86

Aposentadoria por Invalidez

É o benefício devido ao Segurado que for considerado incapaz e insusceptível de

reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.

RMI: é igual a 100% do salário-debenefício.

Necessita qualidade de Segurado.

Carência de 12 (doze) contribuições mensais.

Durante os primeiros 15 dias de afastamento do segurado empregado, o

pagamento do Segurado fica a cargo da empresa.

Os demais segurados receberão o benefício a partir do início da incapacidade,

ou no dia do requerimento se este se der mais de 30 dias após o início da

incapacidade.

O Valor do benefício pode ser acrescido de 25%, caso o Segurado necessite

de assistência permanente de outra pessoa, ainda que o valor final seja

superior ao teto.

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Aulas 01 a 24

Recuperado o Segurado dentro dos primeiros 05 (cinco) anos em que recebeu

o benefício, este cessará:

imediatamente, para o empregado que tiver direito a retornar à função que

desempenhava na empresa quando se aposentou;

após tantos meses quantos forem os anos de duração do benefício por

incapacidade, para os demais segurados.

Recuperado PARCIALMENTE o Segurado, ou após 05 anos ou reabilitado a

aposentadoria será mantida junto ao salário.

No valor integral, durante os primeiros 06 (seis) meses contados da data em

que verificada a recuperação da capacidade;

Com redução de 50%, nos 06 (seis) meses seguintes.

Com redução de 75%, por mais 06 (seis) meses na sequência, quando então

será encerrado definitivamente.

Aposentadoria por Idade

É o benefício devido ao Segurado que completar 65 anos de idade, se homem e 60

anos de idade, se mulher.

RMI: é igual a 70% do salário-de-benefício acrescido de 01%, para cada grupo

de 12 (doze) contribuições mensais, até o limite de 100%.

NÃO Necessita qualidade de Segurado.

Carência de 180 (cento e oitenta) contribuições mensais.

Os limites de idade são reduzidos em 05 (cinco) anos para os Segurados

Especiais;

O Segurado Especial deve comprovar o efetivo exercício da atividade rural,

AINDA QUE DE FORMA DESCONTÍNUA, no período imediatamente anterior

ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de

contribuição correspondente à carência.

O Segurado empregado tem direito ao benefício, desde a data do

desligamento, se requereu o benefício em até 90 dias após esta data.

Se o pedido for feito após o período de 90 dias do desligamento, será devido o

benefício a partir da data do requerimento.

Para todos os demais segurados, o benefício será devida a partir da data do

requerimento.

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Aulas 01 a 24

A aposentadoria pode ser requerida pela empresa desde que o segurado tenha

cumprido o período de carência e completado 70 (setenta) anos de idade, se

homem e 65 (sessenta e cinco), se mulher. É a aposentadoria compulsória,

descrita no art. 51, da Lei nº 8.213/91.

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

É o benefício devido ao Segurado que completar 25 anos de serviço, se mulher e 30

anos de serviço, se homem.

RMI: é igual a 70% do salário-de-benefício acrescido de 05%, para cada novo

ano de atividade completo após o pedágio legalmente exigido.

NÃO Necessita qualidade de Segurado.

Carência de 180 (cento e oitenta) contribuições mensais.

Será de 100% do salário-de-benefício a RMI para o Homem que completa 35

anos de tempo de serviço e para a mulher aos 30.

Pedágio é o período de tempo exigido pela lei para que o Segurado complete

trabalhando, a fim de poder se aposentar proporcionalmente.

É definido como sendo 40% do período que faltava para que o Segurado tivesse

direito a se aposentar proporcionalmente na data e publicação da EC nº 20/98.

O Início do Benefício é definido da mesma forma que a Aposentadoria por

Idade.

É considerado tempo de serviço:

O serviço militar, inclusive o militar;

O tempo de serviço, INTERCALADO, em que o Segurado esteve em gozo de

Auxílio-Doença ou Aposentadoria por Invalidez;

O tempo de contribuição como segurado facultativo;

O tempo de exercício de mandato eletivo (federal, estadual ou municipal);

Aposentadoria Especial

É o benefício devido ao Segurado que completar 15, 20 ou 25 anos de trabalho sujeito

a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

RMI: é igual a 100% do salário-de-benefício.

NÃO Necessita qualidade de Segurado.

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Aulas 01 a 24

Carência de 180 (cento e oitenta) contribuições mensais.

A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da

aposentadoria por idade;

O aposentado de forma especial não poderá manter-se no exercício da

atividade especial que deu motivo a sua aposentadoria;

A exposição ao agente nocivo deverá ocorrer de maneira habitual e

permanente.

Se não trabalhar todo o tempo exigido pela lei em atividade nociva, o Segurado

pode converter o tempo trabalhado em tempo comum, por conversão

matemática.

Auxílio-Doença

É o benefício devido ao Segurado que for considerado incapaz de forma

TEMPORÁRIA por período superior a 15 dias para o exercício de sua atividade

habitual.

RMI: é igual a 91% do salário-de-benefício.

Necessita qualidade de Segurado.

Carência de 12 (doze) contribuições mensais.

O Segurado que ingressar ao RGPS já portador de doença NÃO poderá

requerer benefício em função desta doença, a não ser que haja agravamento

ou progressão da doença.

O Início do Benefício segue as mesmas regras da Aposentadoria por Invalidez;

O Segurado insusceptível de recuperação para a sua atividade habitual,

DEVERÁ submeter-se ao processo de reabilitação profissional, sob pena de

cessação do benefício, mantendo o Auxílio até que seja dado como

recuperado/aposentado.

Aquele que estiver em gozo de Auxílio-Doença deve ser considerado licenciado

pela empresa, portanto, o contrato de trabalho estará suspenso e este não

pode ser demitido.

Empresa que garanta licença remunerada ao Segurado deverá cobrir eventual

diferença entre o valor desta licença e o valor do Auxílio-Doença, durante o

período de vigência deste.

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Aulas 01 a 24

Salário-Família

É o benefício devido ao Segurado Empregado e Trabalhador Avulso, de baixa renda

(renda bruta até R$ 1.025,81) que tiver filho, ou equiparado a este, menor de 14 anos,

ou maior inválido.

RM: é de R$ 35,00 por dependente, para o segurado que recebe até R$ 682,50

e de R$ 24,66, para quem tem renda superior a R$ 682,51 e igual ou inferior a

R$ 1.025,81.

Necessita qualidade de Segurado.

NÃO necessita de Carência.

O Segurado aposentado por invalidez ou por Idade, e os demais aposentados

que tenham 65 anos de idade, se homem e 60 anos, se mulher, terão direito ao

salário-família, pago juntamente com a aposentadoria, pelo INSS.

O Empregado Doméstico NÃO tem direito ao salário-família;

O Salário-Família será pago pela Empresa junto com o salário e será

compensado com as contribuições previdenciárias da empresa, na forma do

regulamento (Dec. nº 3.048/99).

O salário-família do trabalhador avulso será recebido pelo sindicato da classe

que ficará responsável pela sua distribuição.

A cota do salário-família NÃO será incorporada para qualquer efeito

previdenciário;

O Salário-Família fica condicionado a apresentação de documentos que liguem

o menor ao segurado (certidão de nascimento, etc), à apresentação anual de

atestado de vacinação e de comprovação de frequência deste menor à escola.

Salário-Maternidade

É o benefício devido à Segurada, durante 120 dias, com início no período de 28 dias

antes do parto e a data de ocorrência deste.

RMI: Para a Empregada ou trabalhadora avulsa é igual a 100% de sua

remuneração, para as domésticas é igual ao último salário-de-contribuição,

para a Segurada Especial é igual a um salário-mínimo e para as demais é igual

a 1/12 dos 12 últimos salários-de-contribuição apurados em período não

superior a 15 dias.

Necessita qualidade de Segurado.

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Aulas 01 a 24

Necessita de Carência de 10 meses para a contribuinte individual ou facultativa

e para a segurada especial (que deve comprovar o efetivo exercício da

atividade rural, em regime de economia familiar, nos 10 meses anteriores ao

parto. As demais seguradas (empregada, inclusive doméstica, e avulsa) NÃO

HÁ CARÊNCIA.

O salário-maternidade da Empregada ou trabalhadora avulsa, não tem

limitação ao teto.

Ao SEGURADO ou SEGURADA do RGPS que adotar ou obtiver guarda

judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo

período de 120 (cento e vinte) dias.

Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e os casos

de falecimento, NÃO poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado,

decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges

ou companheiros estejam submetidos a RPPS.

No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento

do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo

tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente

que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou

de seu abandono.

O pagamento do benefício nestes moldes deverá ser requerido até o último dia

do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário.

A percepção do salário-maternidade, está condicionada ao afastamento do

segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão

do benefício.

Em todos estes casos o salário-maternidade será pago pela Previdência Social;

Para as seguradas Empregadas a empresa pagará o Salário-maternidade.

Quando a empresa pagar o salário-maternidade às empregadas gestantes sob

sua responsabilidade, poderá compensar o valor pago a este título com as

contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos

ou creditados a qualquer título a pessoa física que lhe preste serviço;

Para todas as demais seguradas o benefício será pago pela previdência social;

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Aulas 01 a 24

Pensão por Morte

É o benefício devido aos Dependentes do Segurado que falecer.

RMI: é igual a 100% do salário-de-benefício a que teria direito se fosse

aposentado por invalidez na data do óbito ou a 100% do valor da

aposentadoria recebida pelo Segurado Instituidor se já fosse aposentado na

data do óbito.

Necessita qualidade de Segurado.

NÃO necessita de Carência.

O benefício terá início a partir do óbito quando requerida até 30 dias depois

deste, da data do requerimento, quando pedida após os 30 dias iniciais ou da

data da decisão judicial, em caso de morte presumida.

Caso o dependente seja menor de 16 anos, não emancipado, ou incapaz de

qualquer idade, o benefício retroagirá a data do óbito independentemente da

data do requerimento.

A falta de habilitação de outros dependentes não prejudica ou retarda a

concessão do benefício àquele que se habilita para tal;

A habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependentes

só produzirá efeitos a contar da data desta habilitação;

A ausência de Cônjuge não exclui o direito a pensão por morte do companheiro

(a), que só fará jus a partir de sua habilitação e mediante a comprovação de

dependência econômica.

O Cônjuge separado judicialmente ou divorciado que RECEBA PENSÃO

ALIMENTÍCIA, concorrerá em igualdade com os demais dependentes de 1ª

classe;

Havendo mais de 01 dependente o valor do benefício será partilhado em

igualdade entre todos e a cada exclusão de dependente, a sua quota parte

integrará à quota dos demais;

A quota parte se extingue:

para qualquer dependente pela sua morte;

para o filho(a), a pessoa a ele equiparada ou o irmão(ã), pela emancipação ou

ao completar 21 anos, salvo se incapaz;

para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez.

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Aulas 01 a 24

Entende-se por morte presumida do segurado, aquela declarada pela

Autoridade Judicial, depois de 06 meses de ausência e a pensão será

provisória.

Quando a ausência se der por acidente, desastre ou catástrofe, a pensão será

concedida independente destes requisitos.

Auxílio-Reclusão

É o benefício devido aos Dependentes do Segurado de baixa renda, que for recolhido

à prisão, sem remuneração e que não estiver em gozo de auxílio-doença,

aposentadoria ou abono.

RMI: é igual a 100% do salário-de-benefício a que teria direito se fosse

aposentado por invalidez na data da prisão.

Necessita qualidade de Segurado.

NÃO necessita de Carência.

De acordo com ao Decreto nº 3.048/99, o exercício de atividade remunerada

pelo segurado recluso em regime semi-aberto ou fechado, não impede o

pagamento do benefício de auxílio-reclusão aos dependentes;

Para a instrução do requerimento é necessária a apresentação de certidão de

recolhimento à prisão, devendo ser apresentada regularmente a declaração de

permanência na condição de presidiário;

Falecendo o segurado, o auxílio será convertido em pensão por morte.

O benefício será devido ainda que se trate de prisão civil do segurado;

O segurado recluso só terá direito a auxílio-doença e aposentadoria durante a

percepção, pelos dependentes de auxílio-reclusão, se manifestada a opção,

também pelos dependentes, pelo benefício mais vantajoso.

Em caso de fuga do segurado, o benefício será suspenso, só restabelecido se

o mesmo for recapturado e se durante a fuga não ocorrer a perda da qualidade

de segurado.

Auxílio-Acidente

É o benefício devido aos Segurados, como forma de indenização, quando após a

consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza resultem

sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho.

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Aulas 01 a 24

RMI: é igual a 50% do salário-de-benefício que originou o auxílio-doença

precedente, devidamente corrigido.

Necessita qualidade de Segurado.

NÃO necessita de Carência.

Será devido a contar do dia seguinte à cessação do Auxílio-Doença precedente

e será mantido até a morte do Segurado ou até a concessão de aposentadoria.

O seu valor nominal pode ser acumulado com a remuneração normal do

segurado e será somado a esta para fins de apuração do valor de futura

aposentadoria.

Pode ser acumulado com qualquer outro benefício, desde que não seja uma

aposentadoria.

Da acumulação de benefícios

Salvo Direito adquirido não pode haver o recebimento conjunto dos seguintes

benefícios:

Aposentadoria e Auxílio-Doença;

Mais de uma Aposentadoria;

Aposentadoria e Abono de permanência em serviço;

Salário-Maternidade e Auxílio-Doença;

Mais de um Auxílio-Acidente;

Mais de uma pensão de cônjuge ou companheiro, salvo a opção pela mais

vantajosa.

O benefício de Seguro-desemprego não pode ser acumulado com nenhum outro

benefício do RGPS, exceto a Pensão por Morte e o Auxílio-Acidente.

Todas as demais combinações são permitidas.

O Auxílio-Acidente pode ser percebido em conjunto com qualquer benefício, menos

com as aposentadorias.

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Aulas 01 a 24

Da contagem recíproca de tempo

Ocorre quando o Segurado do RGPS exerce funções tanto como filiado obrigatório do

RGPS, como de um RPPS (Servidor Público).

É garantida a contagem de tempo de serviço em ambos os regimes para lhe garantir o

alcance de um benefício em qualquer um destes regimes.

Entretanto, deve haver a mesma possibilidade no RPPS correspondente e os

Sistemas se compensarão financeiramente, para tanto.

A compensação financeira será feita no sistema em que o interessado estiver

vinculado ao requerer o benefício.

Caso o Segurado ao RGPS esteja contribuindo pelo plano simplificado de Previdência

(11% de um salário-mínimo, para se aposentar por idade e com um salário-mínimo)

este tempo só poderá ser contado em outro Regime de Previdência se o interessado

fizer a complementação da contribuição, ou seja, pagar com juros e correção

monetária os 9% faltantes para esta contribuição equiparar-se à normal.

Para o Segurado do RGPS poder contar neste Regime os períodos de trabalho

prestado à Administração Pública Federal, deverá ter uma carência de 36 (trinta e

seis) contribuições mensais ao RGPS.

Com relação ao período de serviço prestado a Administração Pública, estadual, do DF

e Municipal, basta que nestes regimes seja garantida a mesma opção.

Contudo, este artigo (95) está com a eficácia suspensa, por força da MP 2.187-

13/2001.

Para a contagem do Tempo devem-se observar os seguintes limites:

Não se pode contar em dobro o tempo, ou em outras condições especiais;

A atividade pública e a privada não podem ser contadas quando forem

concomitantes;

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Aulas 01 a 24

Não pode ser contado em um sistema o tempo de serviço utilizado para

aposentadoria em outro;

O tempo de serviço anterior ou posterior a filiação obrigatória ao RGPS só será

contado se indenizado;

A aposentadoria requerida nestes moldes de contagem de tempo será concedida da

mesma forma que a determinada na Lei 8.213, ou seja, a mulher tem direito a partir de

25 anos até 30 anos de tempo de serviço e para o homem a partir de 30 anos e até 35

anos de tempo de serviço, e caso a soma dos tempos ultrapasse os limites, o excesso

não será considerado para qualquer efeito.

O Benefício será pago pelo sistema em que foi requerido de acordo com a

legislação própria.

Da Prescrição e da Decadência

O Art. 103, da Lei nº 8.213/91 teve sua redação alterada com a edição da Lei nº

9.528/97, criando uma distinção entre os conceitos de Prescrição e Decadência em

matéria de Direito Previdenciário.

A Redação original trazia apenas o conceito de prescrição, determinando que o

segurado poderia requerer em até 05 (cinco) anos os valores das prestação não

pagas, sem determinar qualquer prazo para o pedido de revisão dos benefícios.

Com a alteração da redação, foi incluído o prazo decadencial apenas para a revisão

do atos concessórios dos benefícios, que ficou estabelecido em 10 (dez) anos.

Sendo mantido no Parágrafo Único o prazo prescricional de 05 (cinco) anos, para a

cobrança dos valores não recebidos, incluído os valores oriundos de revisão.

Portanto, para revisar os atos concessórios do benefício o segurado possui o prazo de

10 anos e 05 anos para cobrar qualquer valor oriundo de revisão.

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Aulas 01 a 24

Acidentes de Trabalho

Arts. 19 a 23 da Lei 8.213/91

O Conceito de Acidente de trabalho pode ser didaticamente dividido em duas

espécies: Típico e Equiparado.

Entende-se por Acidente Típico o conceituado pelo art. 19, da Lei nº 8.213/91, que

assim disciplina: “É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da

empresa, ou pelo exercício da atividade de Segurado Especial, que cause lesão,

incapacidade laboral ou morte”.

Quanto à incapacidade laboral, esta pode ser entendida quando a lesão causar:

“perda ou redução, permanente ou temporária” da capacidade.

Por conta deste conceito, temos que APENAS o Segurado Empregado, o Trabalhador

Avulso e o Segurado Especial podem sofrer acidente de trabalho, pois o conceito diz:

“pelo exercício de trabalho a serviço de empresa, ou pelo exercício de atividade rural

ou pesqueira”.

Ainda analisando o art. 19, temos que a empresa é responsável pela adoção e uso de

medidas coletivas e individuais (EPI) de proteção e segurança da saúde do

trabalhador, ou seja, é responsabilidade da empresa cumprir com as determinações

das NR’s, com vistas a evitar o Acidente de Trabalho, sob pena de inquérito penal, por

contravenção, punível com multa.

Também é responsabilidade da empresa prestar informação detalhada ao Trabalhador

dos riscos da atividade e dos equipamentos e dos produtos a manipular.

Temos também a classe dos Acidentes Equiparados. Seu conceito está entabulado no

art. 20, da Lei nº 8.213/91 e há uma subdivisão:

Doença Profissional: “Aquela desencadeada ou produzida PELO exercício do

trabalho peculiar a determinada atividade”.

Doença do Trabalho: “Aquela adquirida ou desencadeada em função de

condições especiais de trabalho”.

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Aulas 01 a 24

Ligado ao Trabalho: “Aquela que embora não seja a causa única, tenha

contribuído diretamente com a morte, a lesão ou a incapacidade laboral do

Segurado”.

Sofrido no LOCAL e HORÁRIO de Trabalho: “por agressão, sabotagem ou

terrorismo; por ofensa física intencional; por negligência, imprudência ou

imperícia, todos se praticados por terceiro ou companheiro de trabalho; por ato

de pessoa privada em uso da razão e por casos fortuitos e de força maior”.

Contaminação Acidental: “Aquela que pelo exercício da atividade, provoca

incapacidade”.

Sofrido FORA do local e horário de Trabalho: “quando: na execução de ordem

ou realização de serviço sob ordem da empresa; prestando serviço direto a

empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; em viagem a serviço

da empresa, mesmo que em veículo próprio do segurado; no traslado casa-

trabalho-casa”.

É considerado horário de trabalho inclusive aquele em que o Segurado estiver em:

“refeição, descanso, ou para satisfação de outras necessidades fisiológicas, NO

LOCAL DE TRABALHO, ou durante a realização do trabalho”.

Não são consideradas como doenças do Trabalho:

Doença degenerativa;

Inerente a grupo etário;

A que NÃO produza incapacidade laboral;

Doença Endêmica incidente em região da habitação do Segurado, salvo se

comprovado que é resultante de exposição forçada pela natureza da atividade.

NÃO se considera agravamento do Acidente de trabalho quando há lesão resultante

de acidente de outra origem, que se associe ou se superponha ao acidente de

trabalho.

Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)

É um formulário obrigatório através do qual a empresa comunica o acidente de

trabalho ao INSS.

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Aulas 01 a 24

A Empresa é obrigada a emitir a CAT no primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, e

em caso de morte, de imediato.

Caso a empresa não cumpra os prazos acima, ela pode sofrer uma multa entre o limite

mínimo e o máximo do salário de contribuição.

A CAT deve ter cópias encaminhadas ao Segurado ou aos seus dependentes, bem

como, ao sindicato da categoria.

As equiparações legais também ensejam a obrigatoriedade de emissão de CAT, sob

pena de multa.

A CAT pode ser formalizada pelo próprio acidentado, seus dependentes, a entidade

sindical, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública.

Como dia do acidente, considera-se, nos casos de doenças equiparadas a acidente, a

data do início da incapacidade.

Do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP)

O art. 21-A, da Lei nº 8.213/91, determinou a criação do NTEP, como sendo: “A

relação entre a doença incapacitante e a atividade da empresa, aplicável

automaticamente pela perícia médica do INSS, mesmo que não tenha ocorrido a

emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)”.

Ou seja, o INSS pode conceder caráter acidentário a um benefício por incapacidade,

mesmo que não exista CAT.

A empresa será comunicada da ocorrência do acidente de trabalho em processo

administrativo próprio, e terá prazo para apresentar defesa e negar a ocorrência do

NTEP.

Da decisão cabe recurso ao CRPS, tanto pelo segurado, como pela Empresa.

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Aulas 01 a 24

A Aplicação do NTEP não gera a multa à empresa pela falta de emissão da CAT,

prevista no §5º, do art. 22, da Lei nº 8.213/91.

Do Serviço Social

É uma atividade auxiliar do Seguro Social e visa esclarecer junto aos beneficiários os

seus direitos sociais e os meios de exercê-los.

Visa ainda melhorar a relação dos beneficiários com a Previdência Social.

Dá prioridade de atendimento aos segurados em gozo de benefício por incapacidade

temporária (Auxílio-Doença) e uma atenção especial aos aposentados e pensionistas.

Como forma de garantia do efetivo atendimento, os beneficiários terão a seu dispor:

Intervenção Técnica;

Assistência de natureza jurídica;

Ajuda Material;

Recursos Sociais;

Intercâmbio com Empresas; e

Pesquisa Social.

É uma diretriz do Serviço Social a participação do Beneficiário na implantação e no

fortalecimento da política previdenciária através de entidades de classe e associações.

É atribuição do Serviço Social prestar assessoramento técnico aos Estados, Distrito

Federal e Municípios na elaboração e implantação de suas propostas de trabalho.

Da habilitação e reabilitação profissional

É um serviço do RGPS que tem por objetivo proporcionar ao Beneficiário incapacitado

parcial ou totalmente para o trabalho e às pessoas portadoras de deficiência os meios

para a (re) educação e (re)adaptação profissional e social, para habilitá-los a participar

do mercado de trabalho do local onde vive.

O processo de habilitação e reabilitação profissional do beneficiário será desenvolvido

por meio das funções básicas de:

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Aulas 01 a 24

Avaliação do potencial laborativo;

Orientação e acompanhamento da programação profissional;

Articulação com a comunidade, com vistas ao reingresso do reabilitando no

mercado de trabalho.

Avaliação e pesquisa da fixação no mercado de trabalho do reabilitando, para

comprovar a eficácia do serviço.

A prestação destes serviços se dará, preferencialmente, por trabalho de equipe

multidisciplinar especializada em Medicina, Serviço Social, Psicologia, Sociologia,

Fisioterapia, Terapia Ocupacional e qualquer outra que tenha ligação com aquele

processo de reabilitação, e sempre que possível na localidade do domicílio do

beneficiário.

O processo de reabilitação profissional se desenvolverá através de cursos e

treinamentos mediante convênios com instituições e empresas públicas e privadas.

A reabilitação compreende:

O fornecimento de aparelhos de próteses, órteses e instrumentos de auxílio

para locomoção, com vistas a atenuar a perda ou redução da capacidade

laboral;

O fornecimento dos equipamentos necessários à (re) habilitação social e

profissional;

A reparação ou substituição destes aparelhos, caso ocorra desgaste de uso

normal ou por defeito alheio a vontade do beneficiário;

O transporte do acidentado do trabalho.

São deveres do INSS através do serviço de (re) habilitação Social:

Comunicar à Perícia Médica, situações de agravamento de acidente de

trabalho.

Por agravamento entende-se: “aquele sofrido pelo acidentado, quando estiver na

reabilitação profissional”;

Realizar os convênios com a comunidade, iniciativa privada, associações etc,

necessários à prestação do serviço;

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Aulas 01 a 24

Arcar com os custos de deslocamento do beneficiário, quando este se der por

sua ordem (fazer o serviço em outra unidade).

Quando o Treinamento do Reabilitando ocorrer em empresa, não estabelecerá

qualquer vínculo empregatício ou funcional deste com a empresa, bem como de

ambos (empresa e reabilitando) para com a Previdência Social.

É obrigação do Reabilitando, além de arcar e cumprir com as normas dos contratos,

acordos e convênios, pautar-se no regulamento das empresas.

Concluído o processo de (re)habilitação o INSS emitirá um certificado individual, onde

identificará a FUNÇÃO para a qual o (re)habilitando foi capacitado profissionalmente,

sem prejuízo do exercício de outra para a qual se julgue capacitado.

NÃO é obrigação do INSS a manutenção do Beneficiário no mesmo emprego ou a sua

colocação em outro para o qual foi (re) habilitado.

Contudo, é OBRIGAÇÃO das empresas com mais de 100 empregados ter de 2% a 5%

de seus cargos ocupados por beneficiários (re) habilitados ou pessoas portadoras de

deficiência, na seguinte proporção:

de 100 a 200: 2%;

de 201 a 500: 3%;

de 501 a 1000: 4%; e

mais de 1001: 5%.

A dispensa imotivada de empregado contratado na condição de (re)habilitado ou

deficiente, quando se tratar de contrato superior a 90 dias, só poderá ocorrer após a

contratação de substituto em condições semelhantes.

O Valor da diária paga pelo INSS para o (re)habilitando que por sua ordem deve se

deslocar para outra localidade para realizar o serviço de (re)habilitação profissional, é

ajustado anualmente por portarias do Ministério da Previdência Social e para o ano de

2013, é no importe de R$ 69,51.

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Aulas 01 a 24

Justificação Administrativa

Procedimento administrativo utilizado para suprir a falta ou insuficiência de documento

ou produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiários, perante a

Previdência Social (art. 142, do Decreto nº 3.048/99).

Não pode ser feita Justificação Administrativa para a comprovação de fato que exija

registro público, como casamento, idade, óbito ou atos jurídicos para os quais a lei

determine forma específica.

Forma da Justificação Administrativa

De acordo com o art. 145, do Decreto nº 3.048/99, o interessado deve apresentar

requerimento expondo, clara e minuciosamente, os pontos que pretende justificar,

indicando testemunhas idôneas, em número, em número não inferior a 03 (três) e não

superior a (seis), cujos depoimentos possam levar à convicção da veracidade do que

se pretende comprovar.

A Justificação será homologada, ou não, por agente administrativo designado.

Em caso de prova de tempo de contribuição, dependência econômica, identidade e de

relação de parentesco, somente produzirá efeito quando baseada em início de prova

material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal.

Porém em caso fortuito, ou força maior, é admitida a prova exclusivamente

testemunhal para a comprovação de tempo de contribuição.

Em casos de incêndio, inundação ou desmoronamento que atinja a empresa.

A Justificação Administrativa, não é um processo autônomo, portanto ela é

complemento de procedimento administrativo precedente, como por exemplo, o pedido

de concessão de um benefício de Aposentadoria por Tempo de Contribuição com

reconhecimento de tempo de exercício Rural.

Não cabe recurso da decisão que homologa ou não o procedimento de Justificação

Administrativa.

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Aulas 01 a 24

Do Conselho de Recursos da Previdência Social

O Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) é um órgão colegiado

integrante da estrutura do Ministério da Previdência Social (MPS), de controle

jurisdicional das decisões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nos processos

de interesse dos beneficiários e das empresas nos casos previstos na Legislação

Previdenciária.

Da Composição do Conselho de Recursos da Previdência Social

É composto por 29 (vinte e nove) Juntas de Recursos – JR/CRPS – e 4 Câmaras de

Julgamento – CAJ/CRPS, também denominadas de órgãos julgadores.

Da Interposição de recurso administrativo

Podem interpor recurso ordinário às Juntas de Recursos os beneficiários do RGPS, os

interessados em benefícios assistenciais de prestação continuada (amparo social ao

idoso e amparo social ao portador de deficiência) e nos casos previstos na legislação,

os contribuintes do Regime Geral de Previdência Social.

Contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos caberá recurso especial às

Câmaras de Julgamento, exceto nos casos de decisões colegiadas:

a. Fundamentada exclusivamente em matéria médica, quando os laudos ou

pareceres emitidos pela Assessoria Técnico-Médica da Junta de Recursos e

pelos Médicos Peritos do INSS apresentarem resultados convergentes; e

b. Proferida sobre reajustamento de benefício em manutenção, em

consonância com os índices estabelecidos em lei, exceto quando a

diferença na Renda Mensal Atual (RMA) decorrer de alteração da Renda

Mensal Inicial (RMI);

O prazo para a interposição do Recurso é de 30 (trinta) dias contados da data da

ciência da decisão. Deve ser protocolado diretamente nas agências da Previdência

Social, preferencialmente na mesma agência que proferiu a decisão sobre o benefício.

Assim como qualquer procedimento administrativo não há a necessidade de

constituição de advogado para realizar a interposição do Recurso, contudo é permitida

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Aulas 01 a 24

a constituição de PROCURADOR (qualquer que seja a formação deste) para a

representação dos interesses do Beneficiário.

O pedido de recurso deverá estar acompanhado dos documentos que comprovem as

alegações feitas no recurso, inclusive sendo permitida a juntada de novos elementos

(provas) para esta finalidade, o que pode ocorrer até a sessão de julgamento do

recurso, casos em que antes do agendamento do julgamento o processo é devolvido

ao INSS, para conhecimento e manifestação a respeitos destes novos documentos.

O INSS terá o prazo de 30 dias para proceder à instrução do processo, com posterior

remessa do recurso à Junta ou Câmara de recursos, conforme o caso.

Dentro deste prazo, pode o INSS reconhecer o Direito reclamado pelo Beneficiário,

desde que não tenha ocorrido a decadência do direito.

O interessado pode desistir do recurso a qualquer momento, desde que a manifeste

de maneira expressa, por petição ou termo firmado nos autos do processo.

A propositura de ação judicial que tenha objeto idêntico ao pedido do processo

administrativo importa em renúncia tácita ao direito de recorrer na esfera

administrativa e/ou desistência do recurso interposto.

Os documentos originais apresentados para instrução do processo, quando de

natureza pessoal das partes, devem ser restituídos e substituídos por cópias cuja

autenticidade seja declarada pelo servidor público, devendo ser retida a

documentação original, APENAS quando houver INDÍCIOS DE FRAUDE.

As Carteiras de Trabalho e Previdência Social – CTPS e os Carnês de Contribuição

serão extratados pelo servidor do INSS responsável pela instrução do processo, que

fará anexar aos autos simulação autenticada do tempo de contribuição apurado,

inclusive dos dados existentes no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS e

de outras informações.

Tramitação interna do processo no órgão julgador

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Aulas 01 a 24

Após ser recebido no órgão julgador, o processo é distribuído a um relator que tem a

responsabilidade de analisar e relatar o processo. Após a inclusão em pauta, os autos

serão julgados pelo colegiado, que é formado por 01 (um) representante do governo,

01 (um) representante das empresas e (01) um representante dos trabalhadores,

presidido pelo representante do governo que ocupa o cargo de Presidente do órgão

julgador.

Após o julgamento, o processo é devolvido ao INSS.

No caso de processos que envolvem matéria médica, são analisados, também, pela

assessoria técnica médica do CRPS (Chamada "JUNTA MÉDICA").

As pautas de julgamento são divulgadas no site da Previdência Social e afixadas nas

dependências do órgão julgador, em local visível e de fácil acesso ao público, com

antecedência mínima de três dias úteis à sessão em que o processo será julgado.

O tempo de permanência do processo no órgão julgador não deve ultrapassar 85 dias,

contados da data do recebimento até o encaminhamento do processo à origem, já

julgado!

Decorrido o prazo de 85 dias, há a opção de cadastrar, pela internet, no site

www.previdencia.gov.br uma reclamação na Ouvidoria Geral da Previdência Social ou

ligar na Central de Atendimento da Previdência Social – 135 e registrar a reclamação

ou ligar para a Coordenação de Gestão Técnica do CRPS, em Brasília.

O órgão julgador tem o prazo máximo de 20 dias, após a data do julgamento do

recurso para devolver o processo ao INSS, para que as decisões sejam acatadas, se

julgadas em última instância, ou recorridas quando cabível novo recurso.

O julgamento é aberto ao público e há duas formas de participação:

1º. com solicitação prévia: solicitar a “Sustentação Oral” no próprio form. de rec. ao

protocolá-lo na agência da Previdência Social ou apresentar o pedido no órgão

julgador para que seja juntado ao processo.

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Aulas 01 a 24

Dessa forma receberá uma comunicação com informação da data, horário e local do

julgamento, onde poderá somente assistir ou realizar sustentação oral (defender

oralmente o recurso) ou apresentar alegações finais em forma de memoriais (escritas);

2º. sem solicitação prévia: não receberá carta informativa, devendo informar-se

sobre a data, horário e local e comparecer, mesmo que deseje apenas assistir

ao julgamento.

Só não é permitida a participação do público se o objeto do julgamento for matéria

protegida por sigilo, quando somente as partes e seus representantes (Procuradores)

poderão permanecer presentes.

O segurado poderá fazer sustentação oral na presença do relator e demais membros

do Colegiado, por ocasião do julgamento do recurso Não é uma conversa, o

Beneficiário tem um tempo para expor suas alegações e após ouve o voto do relator e

dos demais membros do colegiado.

Da Redistribuição de processos para outro Estado

Quando um órgão julgador está com um volume de processos muito acima da

capacidade de suas composições de julgamento, o Presidente do CRPS, por meio de

provimento, redistribui processos de um órgão julgador para outro que possua um

quantitativo menor e que possa garantir o julgamento de forma mais rápida. Portanto,

possibilitando o cumprimento dos prazos e uma resposta mais célere ao pedido feito.

Nestes casos, os Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa também serão

respeitados.

Após o julgamento as decisões / acórdãos são disponibilizados na Internet. O

interessado, de posse do número do benefício ou número do protocolo, poderá

acessar a página http://www1.previdencia.gov.br/crps/benefício.asp e imprimir o

acórdão ou ligar na Central de Atendimento da Previdência Social, telefone 135 para

saber qual foi à decisão.

Nestes casos, os Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa também serão

respeitados.

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Aulas 01 a 24

Após o julgamento as decisões / acórdãos são disponibilizados na Internet. O

interessado, de posse do número do benefício ou número do protocolo, poderá

acessar a página http://www1.previdencia.gov.br/crps/benefício.asp e imprimir o

acórdão ou ligar na Central de Atendimento da Previdência Social, telefone 135 para

saber qual foi a decisão.

No caso de decisão de negar provimento, além da comunicação da decisão ao

interessado, a Agência da Previdência de origem informará abertura de prazo para

interposição de recurso especial em última instância, se couber. Sendo a decisão de

conversão em diligência, o interessado será informado sobre as exigências solicitadas

pelo órgão julgador, para complementação da instrução probatória ou outras medidas

que visem o esclarecimento de questões controvertidas.

O processo será remetido à Seção de Revisão de Direitos/INSS quando a decisão for

favorável ao recorrente total ou parcialmente.

Nestes casos, o INSS poderá interpor recurso especial às Câmaras de Julgamento,

caso não concorde com a decisão do recurso ordinário, no prazo de trinta dias da

ciência da decisão, abrindo prazo para contrarrazões ao interessado.

Se concordar, o INSS, com a decisão, remete o processo a agência de origem para

cumprimento da decisão.

De acordo com o Regimento Interno do CRPS o prazo para cumprimento das decisões

é de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento do processo na origem sob a

pena de responsabilização funcional do servidor que der causa ao retardamento.

A decisão da instância recursal excepcionalmente poderá deixar de ser cumprida no

prazo de 30 (trinta) dias se após o julgamento pela Junta ou Câmara, for demonstrado

pelo INSS, por meio de comparativo de cálculo dos benefícios, que ao beneficiário foi

deferido outro benefício mais vantajoso, desde que haja opção expressa do

interessado, dando-se ciência ao órgão julgador com o encaminhamento dos autos.

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Aulas 01 a 24

Neste caso, se o beneficiário não comparecer ou não manifestar expressamente sua

opção após ter sido devidamente cientificado, o INSS deve manter o benefício que

vem sendo pago administrativamente, eximindo-se do cumprimento da decisão do

CRPS, desde que esta situação esteja devidamente comprovada nos autos e que seja

dada ciência ao órgão julgador por meio do encaminhamento dos autos.

Havendo obscuridade, ambigüidade ou contradição entre a decisão e seus

fundamentos ou quando for omitido ponto sobre o qual deveria ter se pronunciado o

relator, as partes poderão opor embargos de declaração, mediante petição expondo a

ocorrência e os fundamentos, no prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência do

acórdão.

LEI COMPLEMENTAR Nº 142, DE 8 DE MAIO DE 2013

Regulamenta a concessão de aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do

Regime Geral de Previdência Social - RGPS de que trata o § 1º, do art. 201, da

Constituição Federal.

Considera-se pessoa com deficiência: "aquela que tem impedimentos de longo prazo

de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com

diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em

igualdade de condições com as demais pessoas".

Será assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com

deficiência, observadas as seguintes condições:

a) Com 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20

(vinte) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;

b) Com 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24

(vinte e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência

moderada;

c) Com 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28

(vinte e oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência

leve; ou

d) Com 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinqüenta e cinco)

anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência,

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desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos

e comprovada a existência de deficiência durante igual período

(Aposentadoria por Idade com redução de 05 anos no critério etário).

Regulamento do Poder Executivo definirá as deficiências grave, moderada e leve para

os fins desta Lei Complementar.

DETALHE!!! O Regulamento ainda não foi editado, por hora, qualquer situação deve

ser dirimida pela avaliação pericial do INSS que deve ser médica e funcional, portando

multiprofissional, envolvendo, por exemplo, avaliação social.

A contagem de tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência será

objeto de comprovação, devendo seguir os seguintes critérios:

a) A existência de deficiência anterior à data da vigência desta Lei

Complementar deverá ser certificada, inclusive quanto ao seu grau, por

ocasião da primeira avaliação, sendo obrigatória a fixação da data

provável do início da deficiência.

b) A comprovação de tempo de contribuição na condição de segurado com

deficiência em período anterior à entrada em vigor desta Lei

Complementar não será admitida por meio de prova exclusivamente

testemunhal.

Se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver

seu grau de deficiência alterado, os parâmetros mencionados no art. 3º serão

proporcionalmente ajustados, considerando-se o número de anos em que o segurado

exerceu atividade laboral sem deficiência e com deficiência, observado o grau de

deficiência correspondente, nos termos do regulamento a que se refere o parágrafo

único do art. 3º desta Lei Complementar.

Aqui deverá ocorrer uma proporcionalidade tal qual nos casos de aposentadoria por

tempo de contribuição em que houve exercício de atividade especial incapaz de

cumprir com os requisitos para a concessão da aposentadoria especial.

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Aulas 01 a 24

A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência será calculada

aplicando-se sobre o salário de benefício, apurado em conformidade com o disposto

no art. 29, da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991 (com fator previdenciário

facultativo), os seguintes percentuais:

a) 100% (cem por cento), no caso da aposentadoria de que tratam os incisos I,

II e III do art. 3º; ou

b) 70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário de benefício por

grupo de 12 (doze) contribuições mensais até o máximo de 30% (trinta por

cento), no caso de aposentadoria por idade.

Aplicam-se à pessoa com deficiência de que trata esta Lei Complementar:

a) O fator previdenciário nas aposentadorias, se resultar em renda mensal de

valor mais elevado;

b) A contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado

com deficiência relativo à filiação ao RGPS, ao regime próprio de

previdência do servidor público ou a regime de previdência militar, devendo

os regimes compensar-se financeiramente;

c) As regras de pagamento e de recolhimento das contribuições

previdenciárias contidas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;

d) As demais normas relativas aos benefícios do RGPS;

e) A percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria estabelecida na

Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que lhe seja mais vantajosa do que as

opções apresentadas nesta Lei Complementar.

A redução do tempo de contribuição prevista nesta Lei Complementar não poderá ser

acumulada, no tocante ao mesmo período contributivo, com a redução assegurada

aos casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde

ou a integridade física.

Detalhe, não houve determinação para compensar a redução de tempo de

contribuição no cálculo do Fator Previdenciário. Portanto, o cálculo do fator

previdenciário deve ser realizado com o tempo de contribuição do segurado e excluído

da conta se for menor que 01 (um).

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Aulas 01 a 24

Esta Lei Complementar entrou em vigor em novembro de 2013.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 72, DE 2 DE ABRIL DE 2013

Alterou a Redação do Parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal, que passou

a vigorar com a seguinte redação:

Parágrafo Único - São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os

direitos previstos nos incisos ...

IV - Salário-Mínimo

VI - Irredutibilidade do salário - salvo disposição em CCT;

VII - Garantia de salário nunca inferior ao mínimo para quem tem renda variável;

VIII - 13º com base na remuneração ou na aposentadoria;

X - Proteção do Salário, sendo proibida sua retenção dolosa;

XIII - limitação à duração da jornada de trabalho diária, permitida a compensação de

horários e a redução da jornada, mediante ACT ou CCT;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVI - horas extras remuneradas a no mínimo 50% do valor da hora normal;

XVII - Férias anuais remuneradas com acréscimo de 1/3;

XVIII - licença gestante, com estabilidade empregatícia e duração de 120 dias;

XIX - licença paternidade;

XXI - Aviso prévio;

XXII - Redução dos riscos inerentes ao trabalho, respeitando as NR's;

XXIV - Aposentadoria;

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de

admissão por qualquer motivo;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de

admissão do trabalhador portador de deficiência; e

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e

de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a

partir de quatorze anos;

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Aulas 01 a 24

... e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do

cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da

relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos

I - Proteção contra a despedida arbitrária, com previsão de indenização;

II - Seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário;

III - FGTS;

IX - Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno;

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos

termos da lei;

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)

anos de idade em creches e pré-escolas; e

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho (SAT), a cargo do empregador, sem

excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

Bem como a sua integração à previdência social.

Direitos não unificados:

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,

excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de

revezamento, salvo negociação coletiva;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos

termos da lei;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,

na forma da lei;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo

prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois

anos após a extinção do contrato de trabalho;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os

profissionais respectivos;

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício

permanente e o trabalhador avulso.

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Aulas 01 a 24

Crimes contra a Previdência Social

Os crimes previdenciários eram disciplinados na Lei nº 8.212/9, no seu art. 95. Com a

entrada em vigor da Lei nº 9.983/2000, em 15/10/2000, foram acrescentados os arts.

168-A; 313-A; 313-B e 337-A, ao Código Penal, além do acréscimo dos §§3º e 4º ao já

existente art. 297, também do Código Penal, o que revogou o texto do art. 95, com

exceção de seu §2º, que continua vigente e dispondo sobre as sanções

administrativas das empresas que transgridem as regras estabelecidas no

regulamento do RGPS.

A Lei nº 9.983/2000 veio socorrer a Lei nº 8.213/91, pois o art. 95 era precário e

pecava por sua má redação e omissão em alguns pontos, além de não prever

qualquer tipo de sanção para os delitos previstos.

As sanções administrativas a que as empresas continuam submetidas pela redação do

§2º, do art. 95, da Lei nº 8.212/91 são:

Suspensão de empréstimos e financiamentos, por instituições financeiras

oficiais;

Revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário especial;

Inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou entidade da

administração pública direta ou indireta federal, estadual, do Distrito Federal ou

Municipal;

Interdição para o exercício do comércio, se for sociedade mercantil ou

comerciante individual;

Desqualificação para impetrar concordata;

Cassação de autorização para funcionar no país, quando for o caso.

Já os crimes tipificados pelos acréscimos dos arts. 168-A; 313-A; 313-B e 337-A, e dos

§§3º e 4º ao art. 297, ao Código Penal, e que serão objeto de nosso estudo, são:

Apropriação indébita previdenciária;

Inserção de dados falsos em sistemas de informações;

Modificação ou alteração não autorizada em sistemas de Informações;

Sonegação de contribuição previdenciária;

Falsificação de documentos em prejuízo da Previdência Social.

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Aulas 01 a 24

Com relação aos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações e

de modificação ou alteração não autorizada em sistemas de Informações é certo de

que eles não são restritos ao âmbito previdenciário, possuem abrangência mais

ampla, sendo aplicadas a toda a esfera administrativa governamental.

Do Crime de Apropriação Indébita Previdenciária

É um tipo penal referente a conduta do responsável tributário, aquele que deve realizar

o recolhimento do tributo, no caso as contribuições sociais destinadas a Seguridade

Social.

As condutas tipificadas como crime de apropriação indébita, bem como a pena

cominada são as seguintes:

Deixar de repassar ao RGPS as contribuições recolhidas dos contribuintes, no

prazo e na forma legal ou convencional;

Deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada

ao RGPS que tenha sido descontada do pagamento efetuada a seguros, a

terceiros ou arrecadada do público;

Deixar de recolher contribuições devidas ao RGPS que tenham integrado

despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de

serviços;

Deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou

valores já tiverem sido reembolsados à empresa pelo RGPS.

Pena: RECLUSÃO de 02 a 05 anos E MULTA.

Este tipo penal não exige dolo específico, ou seja, não é necessário comprovar que o

agente tinha a intenção de ter para si a coisa apropriada indevidamente.

Cabe a extinção da punibilidade caso o agente, espontaneamente, declara, confessa e

efetua o pagamento dos tributos indevidamente apropriados, antes do início da ação

fiscal.

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Aulas 01 a 24

O governo institui de tempos em tempos, programas de incentivos visando a

regularização de dívidas com o RGPS, como o Refis e o Paes, onde se permite a

inclusão de períodos e o parcelamento do montante total devido.

Durante o pagamento pelo agente dos valores da dívida a punibilidade fica suspensa

em respeito aos ditames do art. 151, do CTN, sendo extinta após a quitação.

O Juiz pode deixar de aplicar a pena ou aplicar apenas a de Multa se o agente for

primário e de bons antecedentes, desde que o valor das contribuições devidas,

inclusive os acessórios (multa, juros e correção monetária) seja igual ou inferior àquele

estabelecido pelo RGPS como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções

fiscais.

Do Crime de Inserção de dados falsos em sistemas de Informações

É uma conduta típica do funcionário da Administração Pública que, através de sua

facilidade em acessar os sistemas de informações computadorizadas do Poder

Público, insere, altera, ou exclui dados, a fim de obter vantagem ilícita para si ou para

outrem ou causar dano.

A tipificação do crime admite a participação de terceira pessoa, um particular não

servidor público, pois não abrange apenas a ação de inserir os dados, mas também o

ato de facilitar o acesso aos sistemas informatizados da Administração Pública para a

inserção, alteração ou exclusão de dados.

A conduta tipificada deste crime, bem como a pena cominada é a seguinte:

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado a inserção de dados falsos, alterar

ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou

bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem

indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

Pena: RECLUSÃO de 02 a 12 anos E MULTA.

É um crime que exige a configuração do dolo específico e não comporta a figura da

extinção da punibilidade.

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Aulas 01 a 24

Do Crime de Modificação ou alteração não autorizada em sistemas de

Informações

É uma conduta típica do funcionário da Administração Pública também.

A conduta tipificada deste crime, bem como a pena cominada é a seguinte:

Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de

informática sem autorização ou solicitação de autorização à autoridade

competente.

Pena: RECLUSÃO de 03 meses a 02 anos E MULTA.

Neste caso não se exige a configuração de dolo específico, basta o agente, que é um

funcionário público, alterar ou modificar deliberadamente algum sistema de

informação, até mesmo que não cause dano algum à Administração Pública e nem

benefício ou dano a outrem.

Entretanto, no caso de ocorrer dano à Administração Pública ou para o Administrado,

as penas serão aumentadas de um terço até a metade.

Do crime de sonegação de contribuição previdenciária

As condutas tipificadas deste crime, bem como a pena cominada são as seguintes:

Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório,

mediante as seguintes condutas:

omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações

previsto pela legislação previdenciária, segurado empregado, empresário,

trabalhador avulso, ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe

prestem serviços;

deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa

as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou

pelo tomador de serviços;

omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas

ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições previdenciários.

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Aulas 01 a 24

Pena: RECLUSÃO de 02 a 05 anos E MULTA.

O Agente é o responsável pelas informações ao RGPS.

Basicamente a ação principal é omitir da folha de pagamento, contabilidade, (...)

(...)GFIP ou qualquer outro documento fatos geradores de contribuição previdenciária,

na tentativa de suprimir ou reduzir o pagamento do referido tributo, configurando,

portanto, fraude.

As condutas são omissivas, entretanto, existe o dolo específico, pois existe a intenção

em omitir com o fim de obter a vantagem ilícita de reduzir ou mesmo não pagar o

tributo, ou seja, caracterizam ações fraudulentas.

Aqui cabe a extinção da punibilidade, se o agente espontaneamente, declara, e

confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta informações devidas ao

RGPS, antes do início da ação fiscal, mesmo que independente do pagamento da

contribuição devida, para que ocorra a extinção da punibilidade basta que haja a

confissão.

O Juiz pode deixar de aplicar a pena ou aplicar apenas a de Multa se o agente for

primário e de bons antecedentes, desde que:

Tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia,

o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios;

O valor das contribuições devidas, inclusive os acessórios (multa, juros e

correção monetária) seja igual ou inferior àquele estabelecido pelo RGPS como

sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não

ultrapassa R$ 3.231,35 (para o ano de 2014), o juiz poderá reduzir a pena de reclusão

de um terço até a metade ou aplicar a de multa apenas.

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Aulas 01 a 24

Do crime de falsificação de documento público

As condutas tipificadas deste crime, bem como a pena cominada são as seguintes:

Falsificar no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento

público verdadeiro. Inserir ou fazer inserir:

Na folha de pagamento ou em documento de informações que seja

destinado a fazer prova perante o RGPS;

Na CTPS do empregado ou em documento que deva produzir efeito

perante o RGPS, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido

escrita;

Em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com

as obrigações da empresa perante o RGPS, declaração falsa ou diversa da

que deveria ter constado;

Omitir nos documentos acima mencionados nome de segurado, bem como,

seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do Contrato de Trabalho ou

de prestação de serviços.

Pena: RECLUSÃO de 02 a 06 anos E MULTA.

O Agente é o responsável pelas informações ao RGPS.

Não é cabível a extinção da punibilidade por confissão ou pagamento da dívida,

porque este crime gera prejuízos ao Erário Público, seja pela falta de arrecadação,

caso em que ocorrerá concurso de crimes com o crime de sonegação, ou por

concessão indevida de benefício, caso em que ocorrerá concurso de crime com o

crime de apropriação indébita previdenciária.

Da Assistência Social

Definição da Assistência Social

É um direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social NÃO

CONTRIBUTIVA, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto

integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento

às necessidades básicas.

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Aulas 01 a 24

Limites da Assistência Social

Os limites de atuação da Assistência Social como: proteção à família, à maternidade, à

infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência.

A principal diferença entre Assistência Social e Previdência que é a independência de

contribuições pecuniárias à Seguridade Social para a Assistência.

Princípios da Assistência Social

Descentralização político-administrativa:

Permite que a coordenação e execução dos respectivos programas

assistenciais sejam regionalizados (Estados, Municípios, Entidades

Beneficentes e de Assistência Social), embora a coordenação Geral e

elaboração de normas gerais pertençam à esfera Federal;

Participação da população na formulação e controle das ações em todos os

níveis:

Por meio de organizações representativas.

Definição da Assistência Social

É um direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social NÃO

CONTRIBUTIVA, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto

integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento

às necessidades básicas.

Objetivos da Assistência Social

São objetivos da Assistência Social:

A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à

prevenção da incidência de riscos, especialmente:

a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

a promoção da integração ao mercado de trabalho;

a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de

sua integração à vida comunitária; e

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Aulas 01 a 24

a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com

deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a

própria manutenção ou de tê-la provida por sua família;

a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade

protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de

vitimizações e danos

a defesa de direitos, que vise garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto

das provisões socioassistenciais.

Entidades de Assistência Social

Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas SEM FINS

LUCRATIVOS que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e

assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam

na defesa e garantia de direitos.

São de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e

planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios

de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações

de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, como as casa de apoio.

São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada,

prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o

fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e

capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social.

São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e

planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados

prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção

de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais,

articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política

de assistência social.

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Aulas 01 a 24

Da Organização e da Gestão

A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de

sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência

Social (SUAS), com os seguintes objetivos:

consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica

entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social

não contributiva;

integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios

de assistência social;

estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização,

regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social;

definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais;

implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência

social;

estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e

afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos.

As ações ofertadas no âmbito do SUAS têm por objetivo a proteção à família, à

maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o

território.

O SUAS é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de

assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social.

Tipos de proteção da assistência social

Proteção Social Básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios

da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco

social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do

fortalecimento de vínculos familiares e comunitários;

Proteção Social Especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem

por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e

comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e

aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das

situações de violação de direitos.

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Aulas 01 a 24

A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência

social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus

agravos no território.

As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de

forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e

organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, respeitadas as

especificidades de cada ação.

Estruturas da Assistência Social

As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de

Referência de Assistência Social (CRAS) e no Centro de Referência Especializado de

Assistência Social (CREAS), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de

assistência social integrantes do SUAS.

O CRAS é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com

maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços

socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços,

programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias.

O CREAS é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou

regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram

em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que

demandam intervenções especializadas da proteção social especial.

Os CRAS e os CREAS são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do SUAS,

que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e

ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social.

As instalações dos CRAS e dos CREAS devem ser compatíveis com os serviços neles

ofertados, com espaços para trabalhos em grupo e ambientes específicos para

recepção e atendimento reservado das famílias e indivíduos, assegurada a

acessibilidade às pessoas idosas e com deficiência.

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Cada Ente Federativo possui autonomia para, observados os princípios e diretrizes

estabelecidos nesta lei, fixar suas respectivas Políticas de Assistência Social.

Os entes Federativos podem celebrar convênios com entidades e organizações de

assistência social, em conformidade com os Planos aprovados pelos respectivos

Conselhos.

Competências da União

A União deve:

responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação

continuada definidos no art. 203, da CF/88 (Benefício de 01 salário-mínimo às

pessoas portadoras de deficiência e aos idosos, que comprovem não possuir

meios de prover à própria manutenção ou tê-la provida por sua família);

cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão,

os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito

nacional;

atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às

ações assistenciais de caráter de emergência.

o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar

Estados, Distrito Federal e Municípios para seu desenvolvimento.

Competências dos Estados

Os Estados devem:

destinar recursos financeiros aos Municípios, a título de participação no custeio

do pagamento dos benefícios, mediante critérios estabelecidos pelos

Conselhos Estaduais de Assistência Social;

cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão,

os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito

regional/local;

atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de

emergência;

estimular e apoiar técnica e financeiramente as associações e consórcios

municipais na prestação de serviços de assistência social;

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prestar os serviços assist. cujos custos ou ausência de demanda municipal

justifiquem uma rede regional de serviços, desconc., no âmbito do respectivo

Estado.

realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e

assessorar os Municípios para seu desenvolvimento.

Competências dos Municípios

Os Municípios devem:

destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios

eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos

Conselhos Municipais de Assistência Social

efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;

executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com

organizações da sociedade civil;

atender às ações assistenciais de caráter de emergência;

prestar os serviços assistenciais;

cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os

projetos de assistência social em âmbito local;

realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu

âmbito.

Estrutura do SUAS

As instâncias deliberativas do SUAS, de caráter permanente e composição paritária

entre governo e sociedade civil, são:

o Conselho Nacional de Assistência Social (órgão superior de deliberação

colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal

responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos

membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois)

anos, permitida uma única recondução por igual período. É composto por 18

(dezoito) membros, sendo 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1

(um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios e 9 (nove)

representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de

organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social

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e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do

Ministério Público Federal);

os Conselhos Estaduais de Assistência Social;

o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal;

os Conselhos Municipais de Assistência Social.

As competências do CNAS estão no art. 18, da Lei nº 8.742/1993.

Do Benefício de Prestação Continuada

O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à

pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que

comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida

por sua família.

A família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na

ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e

enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.

Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela

que tem impedimentos de longo prazo (assim entendidos aqueles que produzam

efeitos pelo prazo mínimo de 02 (dois) anos) de natureza física, mental, intelectual ou

sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua

participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais

pessoas.

Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a

família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo.

A remuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz não será

considerada para fins do cálculo da renda mensal per capita.

O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com

qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da

assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.

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A condição de acolhimento em instituições de longa permanência (Asilos) não

prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação

continuada.

A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de

impedimento, tanto da área médica, quanto de avaliação social, a serem realizadas

por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social -

INSS, respectivamente.

O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para

avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem.

O pagamento do benefício cessa no momento em que forem superadas as condições

de concessão, ou em caso de morte do beneficiário. Será cancelado quando se

constatar irregularidade na sua concessão ou utilização.

O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a

realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, entre outras,

não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício da pessoa com

deficiência.

A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do

benefício de prestação continuada, limitado a 02 (dois) anos o recebimento

concomitante da remuneração e do benefício.

Dos Benefícios Eventuais

Entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que

integram organicamente as garantias do SUAS e são prestadas aos cidadãos e às

famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e

de calamidade pública (aluguel social, por exemplo).

A concessão e o valor dos benefícios acima referidos, serão definidos pelos Estados,

Distrito Federal e Municípios e previstos nas respectivas leis orçamentárias anuais,

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Aulas 01 a 24

com base em critérios e prazos definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência

Social.

O CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípios dele

participantes, poderá propor, na medida das disponibilidades orçamentárias das 3

(três) esferas de governo, a instituição de benefícios subsidiários no valor de até 25%

(vinte e cinco por cento) do salário-mínimo para cada criança de até 6 (seis) anos de

idade.

Dos Serviços da Assistência Social

Entende-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à

melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas,

observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei.

Na organização dos serviços da assistência social serão criados programas de

amparo, entre outros:

às crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social;

às pessoas que vivem em situação de rua.

Dos Programas de Assistência Social

Os programas de assistência social compreendem ações integradas e

complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar,

incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais.

PAIF - Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, que integra a

proteção social básica e consiste na oferta de ações e serviços

socioassistenciais de prestação continuada, nos CRAS, por meio do trabalho

social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de

prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas

relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária.

PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e

Indivíduos, que integra a proteção social especial e consiste no apoio,

orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça

ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as

diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos.

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PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, de caráter intersetorial,

integrante da Política Nacional de Assistência Social, que, no âmbito do SUAS,

compreende transferências de renda, trabalho social com famílias e oferta de

serviços socioeducativos para crianças e adolescentes que se encontrem em

situação de trabalho.

Dos Projetos de enfrentamento da pobreza

Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a instituição de investimento

econômico-social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e

tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão

para melhoria das condições gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade

de vida, a preservação do meio-ambiente e sua organização social.

Do Financiamento da Assistência Social

O Fundo Nacional de Ação Comunitária (FUNAC), instituído pelo Decreto nº

91.970/85, foi transformado no Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos nesta lei

far-se-á com os recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

DAS DEMAIS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVISTAS NO ART. 195 da CF/88, além

daqueles que compõem o Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

O financiamento da assistência social no SUAS deve ser efetuado mediante

cofinanciamento dos 3 (três) entes federados, devendo os recursos alocados nos

fundos de assistência social ser voltados à operacionalização, prestação,

aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos e benefícios desta

política.

Constitui receita do Fundo Nacional de Assistência Social, o produto da alienação dos

bens imóveis da extinta Fundação Legião Brasileira de Assistência.

Os recursos de responsabilidade da União destinados à assistência social serão

automaticamente repassados ao Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), à

medida que se forem realizando as receitas.

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Os recursos de responsabilidade da União destinados ao financiamento dos benefícios

de prestação continuada, previstos no art. 20, poderão ser repassados pelo Ministério

da Previdência e Assistência Social diretamente ao INSS, órgão responsável pela sua

execução e manutenção.

O cofinanciamento dos serviços, programas, projetos e benefícios eventuais, no que

couber, e o aprimoramento da gestão da política de assistência social no SUAS se

efetuam por meio de transferências automáticas entre os fundos de assistência social

e mediante alocação de recursos próprios nesses fundos nas 3 (três) esferas de

governo.

Das Disposições Gerais e Transitórias

As entidades e organizações de assistência social que incorrerem em irregularidades

na aplicação dos recursos que lhes foram repassados pelos poderes públicos terão a

sua vinculação ao SUAS cancelada, e ainda serão responsabilizados civil e

criminalmente.

O benefício de prestação continuada será devido após o cumprimento, pelo

requerente, de todos os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua

concessão, inclusive apresentação da documentação necessária, devendo o seu

pagamento ser efetuado em até quarenta e cinco dias depois de cumpridas as

exigências de que trata este artigo.

No caso de o primeiro pagamento ser feito após o prazo previsto no caput, aplicar-se-á

na sua atualização o mesmo critério adotado pelo INSS na atualização do primeiro

pagamento de benefício previdenciário em atraso (ou seja, correção monetária pela

variação do INPC).