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I M P R E N S A

R u e d e l a L o i 1 7 5 B – 1 0 4 8 B R U X E L A S T e l . : + 3 2 ( 0 ) 2 2 8 5 9 5 4 8 / 6 3 1 9 F a x : + 3 2 ( 0 ) 2 2 8 5 8 0 2 6 [email protected] http://ue.eu.int/Newsroom

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CONSELHO DAUNIÃO EUROPEIA PT

C/05/296

14390/05 (Presse 296)

COMUNICADO DE IMPRENSA

2696.ª sessão do Conselho Justiça e Assuntos Internos

Bruxelas, 1-2 de Dezembro de 2005

Presidente Charles Clarke Ministro do Interior do Reino Unido

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Principais Resultados do Conselho

O Conselho aprovou uma nova estratégia da UE relativa ao terrorismo e uma estratégia e um plano de acção de combate à radicalização e ao recrutamento. Aprovou igualmente:

• um relatório relativo à implementação do plano de acção,

• uma avaliação das disposições nacionais,

• recomendações políticas relativas à luta contra o terrorismo,

• um relatório relativo ao combate ao financiamento do terrorismo

• disposições de coordenação da UE em situações de emergência e de crise.

O Conselho procedeu a uma troca de opiniões sobre as migrações com base na Comunicação da Comissão, "Acções prioritárias para responder aos desafios colocados pelas migrações", e decidiu preparar um documento de acompanhamento sobre esta questão, a apresentar ao próximo Conselho Europeu de 15-16 de Dezembro.

O Conselho acordou em chegar, até ao fim do ano, a um pacto com o Parlamento Europeu "em primeira leitura" sobre uma directiva relativa à conservação de dados, com base num texto hoje aprovado.

Outros acordos alcançados pelo Conselho dizem respeito a uma decisão-quadro relativa à simplificação do intercâmbio de dados e informações entre as autoridades de aplicação da lei na União Europeia, a um procedimento europeu de injunção de pagamento, a um procedimento para pequenas causas e a um projecto de directiva relativa à mediação em matéria civil e comercial.

O Conselho aprovou igualmente, sem debate, uma directiva relativa a normas mínimas aplicáveis ao procedimento de concessão e retirada do estatuto de refugiado nos Estados-Membros, bem como um plano de acção com vista a prevenir e combater o tráfico de seres humanos.

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1 Nos casos em que tenham sido formalmente aprovadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas.

Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho http://ue.eu.int.

Os actos aprovados que são objecto de declarações para a acta que podem ser facultadas ao público vão assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa.

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ÍNDICE 1

PARTICIPANTES 5

PONTOS DEBATIDOS

LUTA CONTRA O TERRORISMO 7

– Estratégia antiterrorista da UE 7

– Implementação do Plano de Acção de combate ao terrorismo 8

– Estratégia da UE de combate à radicalização e ao recrutamento para o terrorismo 8

ABORDAGEM GLOBAL DAS MIGRAÇÕES 9

DIMENSÃO EXTERNA DO ESPAÇO DE LIBERDADE, SEGURANÇA E JUSTIÇA 10

ASSISTÊNCIA DA UE NA LUTA CONTRA A DROGA NO AFEGANISTÃO – Conclusões do Conselho 10

CONSERVAÇÃO DE DADOS 13

MANDADO EUROPEU DE OBTENÇÃO DE PROVAS 15

PROCEDIMENTO EUROPEU DE INJUNÇÃO DE PAGAMENTO 15

PROCEDIMENTO PARA PEQUENAS CAUSAS 16

MEDIAÇÃO EM MATÉRIA CIVIL E COMERCIAL 17

DIREITOS PROCESSUAIS NO ÂMBITO DE PROCESSOS PENAIS NA UE 17

COMITÉ MISTO 18

– Simplificar o intercâmbio de dados e informações entre as autoridades de aplicação da lei na UE 18

– Progresso do SIS II 19

– Propostas da Comissão 19

– Diversos 19

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OUTROS PONTOS APROVADOS

JUSTIÇA E ASSUNTOS INTERNOS

Normas mínimas aplicáveis ao procedimento de concessão e retirada do estatuto de refugiado * 20

Plano de acção da União Europeia sobre tráfico de seres humanos 20

Disposições de coordenação da UE em situações de emergência e de crise 21

Princípio da disponibilidade da informação 21

Avaliação das medidas nacionais de combate ao terrorismo 22

Luta contra o financiamento do terrorismo 22

Relatório de 2005 sobre a criminalidade organizada 22

Criminalidade organizada – intercâmbio de informações 22

Avaliação do Segundo Grupo de Missão contra o Terrorismo 23

Europol – protecção de personalidade oficiais 23

Acordo entre a Europol e a Croácia 23

Eurojust – cooperação com a Roménia e a Islândia 24

Vistos – membros da família olímpica que participam nos Jogos de Inverno 24

Cooperação aduaneira 24

Protecção das infra-estruturas críticas – Conclusões do Conselho 24

Código de conduta: Sector não lucrativo – Conclusões do Conselho 27

Implementação consular para o Sistema de Informação sobre Vistos (VIS) – Conclusões do Conselho 28

Normas mínimas comuns de segurança para os bilhetes de identidade nacionais – Conclusões do Conselho 29

Agenda comum para a integração – Conclusões do Conselho 31

RELAÇÕES EXTERNAS

Exportação de armas – Relatório sobre a aplicação do Código de Conduta da União Europeia 33

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PARTICIPANTES

Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguinte modo:

Bélgica: Patrick DEWAEL Vice-Primeiro-Ministro e Ministro do Interior Laurette ONKELINX Vice-Primeira-Ministra e Ministra da Justiça

República Checa: František BUBLAN Ministro do Interior Roman POLÁŠEK Vice-Ministro da Justiça

Dinamarca: Lene ESPERSEN Ministra da Justiça Rikke HVILSHØJ Ministra para os Refugiados, a Imigração e a Integração

Alemanha: Wolfgang SCHÄUBLE Ministro Federal do Interior Brigitte ZYPRIES Ministra Federal da Justiça Günther BECKSTEIN Ministro do Interior, Baviera

Estónia: Kalle LAANET Ministro do Interior Rein LANG Ministro da Justiça

Grécia: Anastasis PAPALIGOURAS Ministro da Justiça Giorgios VOULGARAKIS Ministro da Ordem Pública

Espanha: Juan Fernando LÓPEZ AGUILAR Ministro da Justiça José Antonio ALONSO SUÁREZ Ministro do Interior

França: Christian ESTROSI Ministro encarregado do Ordenamento do Território

Irlanda: Michael McDOWELL Ministro da Justiça, da Igualdade e da Reforma Legislativa

Itália: Giuseppe PISANU Ministro do Interior Roberto CASTELLI Ministro da Justiça

Chipre: Andreas CHRISTOU Ministro do Interior Doros THEODOROU Ministro da Justiça e da Ordem Pública

Letónia: Dzintars JAUNDŽEIKARS Ministro do Interior Solvita ĀBOLTIŅA Ministra da Justiça

Lituânia: Gintautas BUŽINSKAS Ministro da Justiça Virgilijus Vladislovas BULOVAS Vice-Ministro do Interior

Luxemburgo: Luc FRIEDEN Ministro da Justiça, Ministro do Tesouro e Orçamento,

Ministro da Defesa

Hungria: József PETRÉTEI Ministro da Justiça

Malta: Tonio BORG Vice-Primeiro-Ministro, Ministro da Justiça e dos

Assuntos Internos

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Países Baixos: Jan Piet Hein DONNER Ministro da Justiça

Áustria: Liese PROKOP Ministra Federal do Interior Karin GASTINGER Ministra Federal da Justiça

Polónia: Ludwik DORN Vice-Primeiro-Ministro, Ministro do Interior e da

Administração Andrzej GRZELAK Secretário de Estado, Ministério da Justiça

Portugal: António COSTA Ministro da Administração Interna Alberto COSTA Ministro da Justiça

Eslovénia: Dragutin MATE Ministro do Interior Robert MAROLT Secretário de Estado, Ministério da Justiça

Eslováquia: Daniel LIPŠIC Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Justiça Vladimir PALKO Ministro do Interior

Finlândia: Kari RAJAMÄKI Ministro do Interior Leena LUHTANEN Ministra da Justiça

Suécia: Thomas BODSTRÖM Ministro da Justiça Barbro HOLMBERG Ministra, Ministério dos Negócios Estrangeiros,

responsável pelas Questões da Migração

Reino Unido: Charles CLARKE Ministro do Interior FALCONER OF THOROTON Ministro dos Assuntos Constitucionais e Lorde Chanceler ASHTON OF UPHOLLAND Subsecretária de Estado, Ministério dos Assuntos

Constitucionais

Comissão: Franco FRATTINI Vice-Presidente

Secretariado-Geral do Conselho: Gijs de VRIES Coordenador da Luta Antiterrorista

Os Governos dos Estados aderentes estiveram representados do seguinte modo:

Bulgária: Rumen PETKOV Ministro do Interior Georgi PETKANOV Ministro da Justiça

Roménia: Vasile BLAGA Ministro da Administração e do Interior Monica MACOVEI Ministra da Justiça

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PONTOS DEBATIDOS

LUTA CONTRA O TERRORISMO

O Conselho procedeu a uma troca de opiniões sobre a estratégia da UE de luta contra o terrorismo e acordou numa série de documentos em que se incluem nomeadamente:

• uma nova estratégia da UE relativa ao terrorismo,

• um relatório sobre aplicação do plano de acção,

• uma estratégia de combate à radicalização e ao recrutamento,

• uma avaliação das disposições nacionais,

• recomendações políticas sobre luta contra o terrorismo,

• um relatório sobre o combate ao financiamento do terrorismo,

• disposições de coordenação da UE em situações de emergência e de crise.

– Estratégia antiterrorista da UE

A nova estratégia da UE (doc. 14469/4/05) é apresentada sob a forma de quadros, seguidos de um texto descritivo. A estratégia serve duas funções principais: a) criar um quadro claro e coerente para a acção antiterrorista da UE e expor objectivos de acção concretos e b) tornar a acção antiterrorista europeia mais compreensível e transparente para a opinião pública. A apresentação visual dos quadros serve nomeadamente esta segunda função.

A UE definiu um compromisso estratégico que abrange quatro vertentes de intervenção: prevenir, proteger, perseguir, responder:

• PREVENIR: Evitar o recurso ao terrorismo, combatendo os factores ou causas profundas que podem conduzir à radicalização e ao recrutamento, na Europa e no resto do mundo;

• PROTEGER: Proteger os cidadãos e as infra-estruturas e reduzir a nossa vulnerabilidade a atentados, melhorando designadamente a segurança das fronteiras, dos transportes e das infra--estruturas essenciais;

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• PERSEGUIR: Perseguir e investigar os terroristas através das nossas fronteiras e em todo o mundo; impedir o planeamento, as deslocações e as comunicações; desmantelar as redes de apoio; pôr termo ao financiamento e ao acesso a material utilizável em atentados e entregar os terroristas à justiça;

• RESPONDER: Prepararmo-nos solidariamente para gerir e minimizar as consequências dos atentados terroristas, tornando-nos mais capazes de fazer face à fase de rescaldo, à coordenação da resposta e às necessidades das vítimas.

Através destas quatro vertentes de intervenção, a estratégia sublinha a importância da acção dos Estados-Membros a nível nacional, a necessidade de uma acção colectiva a nível europeu e, como elemento fundamental, o papel global desempenhado pela UE.

Além disso, a estratégia demonstra como a UE constitui um valor acrescentado ao trabalho interno realizado pelos Estados-Membros, define disposições claras de governação que envolverão, em estreita colaboração, as três instituições da União (Conselho, Comissão, Parlamento) e estabelece o papel do Coordenador da Luta Antiterrorista no acompanhamento e controlo do desenvolvimento da acção.

O texto que se segue aos quadros expõe em mais pormenor os objectivos da UE e define algumas das prioridades específicas de acção nas quatro vertentes de intervenção.

– Implementação do Plano de Acção de combate ao terrorismo

O relatório semestral apresentado pelo Coordenador da Luta Antiterrorista, Gijs de Vries, relativo à aplicação do plano de acção de combate ao terrorismo (doc. 14734/1/05), resume o desenvolvimento positivo registado nos últimos seis meses e inclui nomeadamente uma actualização de todos os dossiês básicos destacados a 13 de Julho pelo Conselho Justiça e Assuntos Internos1 na sequência dos atentados de Londres.

A adenda ao relatório faz o ponto da situação da aplicação pelos Estados-Membros da legislação acordada (doc. 14734/1/05 ADD 1).

– Estratégia da UE de combate à radicalização e ao recrutamento para o terrorismo

A estratégia hoje aprovada (doc. 14781/1/05) baseia-se no trabalho considerável efectuado desde a Declaração relativa à Luta contra o Terrorismo, aprovada pelo Conselho Europeu de 25 de Março de 2004, nomeadamente a Comunicação da Comissão "Recrutamento de terroristas: análise dos factores que contribuem para a radicalização violenta".

Destaca a forma como a União e os Estados-Membros poderão combater a radicalização e o recrutamento para o terrorismo.

1 Doc. 11158/05.

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Embora outros tipos de terrorismo continuem a representar uma grave ameaça para os cidadãos europeus, a resposta da União à radicalização e ao recrutamento centra-se no terrorismo perpetrado pela Al-Qaida e nos extremismos inspirados nesta organização.

Com base numa análise das questões desenvolvidas pela Presidência Luxemburguesa, a estratégia expõe a acção de combate à radicalização e ao recrutamento em três vertentes fundamentais:

• desarticular as actividades das redes e dos indivíduos que aliciam pessoas para o terrorismo (tratando dos factores de "facilitação" que contribuem para o recrutamento);

• garantir que as opiniões da maioria prevaleçam sobre o extremismo (tratando dos factores de "motivação" susceptíveis de levarem indivíduos a radicalizarem-se);

• promover mais energicamente a segurança, a justiça, a democracia e a igualdade de oportunidades (tratando dos factores "estruturais" que criam o ambiente socioeconómico em que a mensagem radical se torna atraente).

A UE assegurará simultaneamente o pleno respeito dos direitos fundamentais. Para garantir a eficácia e adequação das respostas da UE, dever-se-á agir no sentido de desenvolver a compreensão do problema. Para isso, a UE reforçará o diálogo com os Governos que enfrentam este problema, com os peritos universitários e com as comunidades islâmicas na Europa e fora dela.

Os Estados-Membros intervirão, a título individual ou colectivo, na aplicação da presente estratégia, contando com o apoio da Comissão Europeia e de outras instâncias da UE.

ABORDAGEM GLOBAL DAS MIGRAÇÕES

Como acompanhamento da Cimeira Informal de Hampton Court, realizada a 27 de Outubro, o Conselho procedeu a uma troca de opiniões com base na Comunicação da Comissão, "Acções prioritárias para responder aos desafios colocados pelas migrações".

O Conselho tratou nomeadamente das três seguintes questões:

1. Por que motivo, em termos concretos, as migrações se tornaram cada vez mais importantes nas relações da UE com os países terceiros?

2. Acham os Ministros que os três domínios de acção essenciais relativos às migrações devem ser:

i) o reforço do diálogo e da cooperação com os principais países de origem?

ii) o reforço do diálogo e da cooperação com os países limítrofes?

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iii) o reforço da cooperação e da acção entre os Estados-Membros?

3. Que questões específicas e acções prioritárias os Ministros consideram importantes?

O Conselho solicitou ao Comité de Representantes Permanentes a elaboração de um documento de acompanhamento, que deverá ser apresentado, para debate, na próxima reunião de 15-16 de Dezembro do Conselho Europeu.

DIMENSÃO EXTERNA DO ESPAÇO DE LIBERDADE, SEGURANÇA E JUSTIÇA

O Conselho aprovou uma estratégia para a dimensão externa do espaço de liberdade, segurança e justiça à escala mundial (doc. 14366/3/05) e decidiu submetê-la à aprovação do Conselho Assuntos Gerais e Relações Externas.

A estratégia identifica prioridades temáticas básicas, tais como a ameaça terrorista, o crime organizado e o desafio da gestão dos fluxos migratórios. Os esforços da UE para criar um espaço de liberdade, segurança e justiça só poderão ser bem sucedidos se se basearem numa abordagem estratégica e coordenada. Este trabalho tem de ser feito em parceria com os países terceiros, com o objectivo de reforçar o Estado de direito e de promover os direitos do homem e o respeito dos compromissos assumidos a nível internacional.

O projecto de estratégia descreve os princípios subjacentes ao compromisso assumido pela UE com os países terceiros em questões do âmbito da JAI e expõe os mecanismos que a UE pode utilizar para dar resposta eficaz ao desafio com que é confrontada. Finalmente, a estratégia expõe algumas das questões prioritárias de intervenção específicas para 2006, nomeadamente a cooperação com o Norte de África na luta contra o terrorismo, a cooperação com o Afeganistão na luta contra a droga, bem como com os países de trânsito da droga para a Europa, a cooperação com a África sobre as migrações, a cooperação com os Balcãs Ocidentais e países limítrofes contra o crime organizado e a corrupção e a cooperação com a Rússia em questões de segurança e migração.

ASSISTÊNCIA DA UE NA LUTA CONTRA A DROGA NO AFEGANISTÃO – Conclusões do Conselho

Como exemplo do empenhamento da UE em matéria de Justiça e Assuntos Internos fora da União Europeia, o Conselho aprovou Conclusões congratulando-se com um reforço de mais de 250 milhões de euros na assistência da UE ao Afeganistão, na luta contra a droga. A assistência é apresentada em pormenor numa matriz que mostra todas as contribuições dos Estados-Membros e da Comissão.

Apesar do êxito de uma diminuição de 21% do cultivo do ópio no Afeganistão no corrente ano, o problema da droga no Afeganistão continua a ser enorme. Mais de 90% da heroína consumida na UE provém do Afeganistão. No Plano de Acção da UE de Luta contra a Droga (2005-2012), acordou-se em que a UE teria como objectivo o reforço da assistência ao Afeganistão e países vizinhos e, por conseguinte, este objectivo foi uma prioridade fundamental da Presidência.

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A campanha com vista ao reforço da assistência da UE incluiu a comparência do Ministro afegão, Habibullah Qaderi, responsável pela Luta contra os Estupefacientes, na reunião informal dos ministros da Justiça e Assuntos Internos realizada em Setembro em Newcastle, assim como a realização da primeira reunião da Tróica UE-Afeganistão sobre a droga, a que assistiu o mesmo Ministro.

O Reino Unido é o país que encabeça a coordenação de todos os esforços internacionais de luta contra a droga no Afeganistão.

"O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

RECORDANDO:

Que o Afeganistão é a origem de aproximadamente 90% da heroína consumida na União Europeia;

Que o crime organizado, nomeadamente o tráfico de droga além fronteiras, está identificado, na Estratégia Europeia de Segurança, como sendo uma das principais ameaças à segurança da UE;

A importância da cooperação regional e internacional para que o Afeganistão possa enfrentar com êxito os desafios colocados pelo cultivo, fabrico, tráfico e consumo de estupefacientes;

Que uma das prioridades nas relações externas da Estratégia da UE de Luta contra a Droga (2005-2012), que complementa o Programa da Haia para o reforço da liberdade, da segurança e da justiça na União Europeia, é ajudar os países terceiros, nomeadamente os principais produtores e países de trânsito da droga, a conseguirem uma maior eficácia na redução da procura e da oferta de estupefacientes. Há que prestar especial atenção à cooperação designadamente com o Afeganistão e seus vizinhos;

Que a Estratégia da UE de Luta contra a Droga também apela à intensificação da acção repressiva dirigida a países terceiros, em especial os países produtores e as regiões atravessadas pelas rotas de tráfico;

O empenho do Plano de Acção da UE de Luta contra a Droga (2005-2008) na prestação de assistência e no estabelecimento de formas de cooperação com o Afeganistão (especialmente na elaboração do seu Plano de Luta contra a Droga de 2005 e dos futuros planos de implementação) e seus vizinhos; a União Europeia e os Estados-Membros deverão procurar reforçar a assistência neste domínio e prestar assistência aos serviços responsáveis pela execução das leis destes países no que se refere à luta contra a produção e tráfico de droga e ao desvio de precursores. Esta assistência deverá incluir a assistência prestada no domínio da formação;

A primeira reunião da Tróica com o Afeganistão sobre droga, que teve lugar em 6 de Setembro de 2005 em Bruxelas, na presença do Ministro afegão da Luta contra os Estupefacientes;

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O seu reconhecimento, na sessão informal dos Ministros da Justiça e dos Assuntos Internos da UE de 8-9 de Setembro de 2005, em Newcastle, da importância de trabalhar com o Afeganistão no sentido de impedir o fornecimento de heroína à UE;

A necessidade de uma abordagem equilibrada do problema da droga, reconhecendo, por conseguinte, o problema crescente da toxicodependência no Afeganistão,

APROVA AS SEGUINTES CONCLUSÕES:

1. O Conselho saúda os importantes progressos realizados pelo Governo do Afeganistão na luta contra a droga. O Conselho felicita o Governo do Afeganistão pela obtenção de uma redução de 21% no cultivo em 2005, verifica que a produção registou grande diminuição e acolhe com agrado o seu compromisso de reduzir ainda mais a produção e o cultivo. A publicação pelo Governo do Afeganistão do Plano de Luta contra a Droga em 2005 constitui outro importante passo em frente. O Conselho felicita a abordagem abrangente e equilibrada apresentada no Plano de Luta contra a Droga de 2005, sobretudo a ênfase do Governo do Afeganistão no desenvolvimento de alternativas lícitas ao cultivo da papoila--dormideira e no agravamento das sanções contra as pessoas envolvidas no tráfico de droga e na venda de opiáceos, bem como na redução do consumo de estupefacientes. O Conselho congratula-se igualmente com a criação de um Ministério de Luta contra os Estupefacientes, encarregado de elaborar a política de combate aos narcóticos e de coordenar as actividades anti-narcóticos dos Ministérios e outras entidades governamentais pertinentes. Neste contexto, o Conselho aguarda com expectativa a publicação pelo Governo do Afeganistão da estratégia nacional actualizada de controlo de estupefacientes.

2. O Conselho destaca as importantes medidas tomadas em 2005 para reforçar a assistência da UE ao Afeganistão na luta contra a droga, nomeadamente o fornecimento de assistência através do GDC. Este trabalho resultou num aumento das dotações da UE em mais de 250 milhões de euros e na disponibilização de formadores, mentores e outro pessoal suplementar de apoio ao desenvolvimento das capacidades do Afeganistão neste domínio. O Conselho aplaude a decisão da Comissão Europeia de afectar 15 milhões de euros ao Fundo Anti-Narcóticos do Afeganistão (CNTF), que constitui um canal eficaz para as contribuições dos doadores e permite ao Afeganistão controlar a afectação dos recursos, apoiado pelas Nações Unidas em matéria de contabilidade e fiscalização. O Conselho acolhe favoravelmente os contributos dos Estados-Membros constantes do anexo às presentes Conclusões ("Matriz do Reforço da Assistência da UE").

3. O Conselho reitera que a UE e os Estados-Membros continuarão a procurar reforçar a sua assistência ao Afeganistão e seus vizinhos, tendo em mente o objectivo definido no Plano de Acção da UE de Luta contra a Droga 2005-2008. Para a estabilidade política e económica a longo prazo do Afeganistão será essencial um empenho firme e contínuo da UE. Conforme se afirma na Declaração Conjunta UE-Afeganistão, "Por uma nova Parceria UE-Afeganistão", a luta contra a droga continuará a constituir um pilar essencial das actividades nas relações entre a UE e o Afeganistão.

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O Conselho saúda pois esta oportunidade de afectar recursos através do CNTF e reconhece a necessidade de distribuir os apoios pelos oito pilares do Plano de Luta contra a Droga. O Conselho reconhece também a importância de contribuir tanto financeiramente como sob a forma de formadores policiais, procuradores e outro pessoal de enquadramento.

4. O Conselho salienta a importância da dimensão regional da abordagem da UE no seu apoio à luta contra a droga no Afeganistão. Um dos elementos essenciais da abordagem da UE consiste numa cooperação estreita com os países vizinhos do Afeganistão para reforçar as suas fronteiras e promover a cooperação além fronteiras com o Afeganistão. A UE está empenhada em apoiar os esforços do Afeganistão e dos seus vizinhos no sentido de desenvolver esta cooperação no quadro da Declaração de Boas Relações de Vizinhança em matéria de droga e saúda as iniciativas da Comissão neste contexto. O Conselho também apoia o trabalho em curso no âmbito do Mecanismo do Pacto de Paris para coordenar a assistência aos países atravessados pelas rotas de tráfico de heroína, congratulando-se com a iniciativa do Centro Regional de Informação e Coordenação para a Ásia Central (CRICAC) sob os auspícios do GDC, como meio de fomentar a cooperação regional entre o Afeganistão e a Ásia Central.

5. O Conselho salienta a importância da Matriz do Reforço da Assistência da UE ao Afeganistão, que se encontra reproduzida em Adenda às presentes Conclusões e que deve continuar a ser actualizada e revista no contexto das reuniões anuais da Tróica UE-Afeganistão sobre droga, que darão sequência aos trabalhos da primeira reunião, realizada em Setembro de 2005."

CONSERVAÇÃO DE DADOS

O Conselho acordou em chegar, até ao fim do ano, a um pacto "em primeira leitura" com o Parlamento Europeu sobre uma directiva relativa à conservação de dados, com base num texto hoje aprovado.

O Vice-Presidente da Comissão, Franco Frattini, anunciou que poderia apoiar a abordagem e o texto aprovados pelo Conselho.

A Irlanda, a Eslováquia e a Eslovénia introduziram reservas.

Alguns dos elementos hoje aprovados são os seguintes:

• Infracções penais graves O texto da directiva inclui uma referência aos crimes graves, tal como definidos nas legislações nacionais dos Estados-Membros. Estes últimos deverão tomar em devida consideração os crimes referidos no n.º 2 do artigo 2.º da Decisão-Quadro relativa ao mandato de captura europeu (2002/534/JAI), bem como os crimes que envolvem telecomunicações.

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• Prazos de conservação Os Estados-Membros deverão garantir que as categorias de dados referidos no projecto de directiva são conservadas no mínimo durante seis meses e no máximo durante dois anos a contar da data da comunicação.

• Dados da internet O Conselho é favorável à obrigação de conservar dados respeitantes ao acesso à internet, ao correio electrónico e aos serviços telefónicos via internet.

• Chamadas falhadas O Conselho é favorável à inclusão da conservação de dados respeitantes a tentativas de chamada falhadas onde esses dados são gerados ou processados e armazenados (no que respeita aos dados de telefonia) ou registados (no que respeita aos dados da internet) pelos fornecedores dos serviços de comunicações electrónicos publicamente disponíveis ou de uma rede pública de comunicações sob sua alçada no fornecimento dos serviços de comunicação em causa. A presente directiva não exigirá a conservação dos dados respeitantes a chamadas sem ligação.

• Flexibilidade O n.º 1 do artigo 15.º da Directiva 2002/58/CE continua a aplicar-se em relação aos dados, incluindo os dados relacionados com chamadas falhadas, cuja conservação não é especificamente exigida ao abrigo da presente directiva e que, por conseguinte, ficam fora do âmbito da presente directiva, e à conservação de dados para fins, incluindo judiciais, que não os abrangidos pela presente directiva.

*

* *

A 24 de Novembro de 2005, a Comissão das Liberdades Cívicas do Parlamento Europeu aprovou um relatório sobre este projecto de directiva, tendo em vista a sessão plenária do Parlamento Europeu de 13-14 de Dezembro.

O projecto de directiva tem por objectivo facilitar a cooperação judiciária em matéria penal através da aproximação da legislação dos Estados-Membros relativa à conservação de dados processados por fornecedores de serviços de telecomunicações. O texto abrange os dados de tráfego e os dados de localização gerados por telefonia, por sms e por internet, mas não o conteúdo das informações comunicadas.

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1.-2.XII.2005

14390/05 (Presse 296) 15 PT

MANDADO EUROPEU DE OBTENÇÃO DE PROVAS

O Conselho procedeu a uma troca de opiniões sobre uma decisão-quadro relativa a um mandado europeu de obtenção de provas (MEOP) para recolha de objectos, documentos e dados, a fim de serem utilizados no âmbito de processos penais.

O debate centrou-se nos motivos de recusa baseada no princípio da territorialidade, nas definições de infracções e vias de recurso e na questão da definição das autoridades competentes para emitir, adiar e recusar o MEOP.

O Conselho solicitou ao Comité de Representantes Permanentes que prosseguisse as negociações sobre este dossiê.

O objectivo da presente decisão-quadro é criar um mecanismo para facilitar a obtenção de provas em processos além fronteiras, com base nos princípios do reconhecimento mútuo. A ideia subjacente é que o MEOP é uma ordem que seria emitida por uma autoridade judicial de um Estado-Membro e directamente reconhecida e aplicada por uma autoridade judicial noutro Estado--Membro. O MEOP teria vantagens relativamente aos procedimentos de auxílio mútuo existentes, que viria substituir, nomeadamente no que se refere a procedimentos mais rápidos e salvaguardas claras para a emissão de um mandado e para a sua execução.

O texto adopta a mesma acepção de reconhecimento mútuo que o mandado de captura europeu. Assim, o MEOP seria um documento único traduzido pela autoridade emissora para uma língua oficial do Estado de execução. Não seria necessária mais nenhuma tradução. Isto significa que o MEOP poderia ser executado imediatamente da mesma forma que uma medida processual interna. Estabeleceria o objectivo a alcançar, deixando embora ao Estado de execução a decisão sobre a forma mais adequada de obter as provas nos termos do seu direito interno.

PROCEDIMENTO EUROPEU DE INJUNÇÃO DE PAGAMENTO

O Conselho aprovou uma abordagem geral sobre o texto deste projecto de regulamento com base num compromisso global apresentado pela Presidência.

O objectivo da presente proposta é simplificar, acelerar e reduzir os custos dos litígios em acções além fronteiras relativas a créditos pecuniários não contestados e permitir a livre circulação das injunções de pagamento europeias em todos os Estados-Membros.

A cobrança rápida dos créditos cuja justificação não suscite qualquer contestação é de suma importância para os operadores económicos na União Europeia e para o correcto funcionamento do mercado interno. Muitos Estados-Membros instituíram procedimentos especiais para tratar, de forma rápida e eficiente, o grande número de créditos pecuniários não contestados.

A aprovação de um regulamento que cria um procedimento europeu de injunção de pagamento é considerada como uma prioridade para 2006 no Plano de Acção do Conselho e da Comissão que dá execução ao Programa da Haia destinado a reforçar a liberdade, a segurança e a justiça na União Europeia.

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1.-2.XII.2005

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PROCEDIMENTO PARA PEQUENAS CAUSAS

O Conselho chegou a acordo sobre algumas questões específicas relativas ao projecto de regulamento que estabelece um procedimento europeu para as acções de pequeno montante.

A presente proposta tem por objectivo simplificar e acelerar os processos litigiosos relativos a pequenas causas em processos além fronteiras e reduzir os custos mediante o estabelecimento de um procedimento europeu para esse tipo de acções. A proposta vem igualmente suprimir as medidas intermédias necessárias para que as sentenças proferidas num Estado-Membro, no âmbito de um procedimento europeu para pequenas causas, sejam reconhecidas e executadas noutro Estado-Membro.

O Conselho aprovou o caminho a seguir em relação a certas questões pendentes, como:

• a natureza escrita do procedimento, com a possibilidade de uma audição quando necessário;

• a aplicação de prazos a fases específicas do procedimento, a fim de assegurar um procedimento acelerado e eficiente;

• a utilização de tecnologias de comunicação modernas (por exemplo, a videoconferência) na condução das audições e na obtenção de provas, nos termos do direito interno;

• a representação em juízo não obrigatória;

• em relação às custas processuais, regra geral devem ser suportadas pela parte perdedora, mas devem ser proporcionais ao valor da acção;

• revisão da aplicação.

No Conselho informal Justiça e Assuntos Internos, realizado em Newcastle, em Setembro de 2005, os Ministros reafirmaram de forma unânime o seu apoio à criação de um procedimento europeu simplificado e acelerado para resolver as acções de pequeno montante, com base no princípio da proporcionalidade. Houve um apoio generalizado à opinião de que a proposta deve ser limitada a acções além fronteiras, não devendo abranger processos puramente internos a um Estado-Membro.

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1.-2.XII.2005

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MEDIAÇÃO EM MATÉRIA CIVIL E COMERCIAL

O Conselho chegou a um entendimento comum sobre o texto de um projecto de directiva relativa à mediação em matéria civil e comercial, na pendência de uma definição de "acção além fronteiras" e da aplicação do princípio da subsidiariedade.

A presente proposta tem por objectivo facilitar o acesso aos procedimentos de resolução de litígios e promover a resolução amigável de litígios, incentivando o recurso à mediação e garantindo uma articulação equilibrada entre a mediação e os procedimentos judiciais.

A Comissão apresentou esta proposta em 22 de Outubro de 2004, a qual está sujeita ao processo de co-decisão. O Parlamento Europeu ainda não emitiu parecer em primeira leitura.

DIREITOS PROCESSUAIS NO ÂMBITO DE PROCESSOS PENAIS NA UE

O Conselho tomou conhecimento dos progressos registados nas negociações desta decisão-quadro.

A proposta foi apresentada pela Comissão a 3 de Maio de 2004, tendo como objectivo o estabelecimento de normas mínimas relativamente a certos direitos processuais aplicáveis no âmbito dos processos penais na UE.

As áreas em que a Comissão propõe normas mínimas comuns são:

– acesso ao aconselhamento jurídico,

– acesso a interpretação e tradução gratuitas,

– garantia de que as pessoas incapazes de compreender ou acompanhar o processo beneficiem de atenção adequada,

– direito de comunicar, designadamente, com as autoridades consulares no caso de suspeitos estrangeiros,

– informação dos suspeitos relativamente aos direitos que lhes assistem.

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COMITÉ MISTO

– Simplificar o intercâmbio de dados e informações entre as autoridades de aplicação da lei na UE

O Comité Misto aprovou uma abordagem geral sobre a decisão-quadro relativa à simplificação do intercâmbio de dados e informações entre as autoridades de aplicação da lei, nomeadamente no que respeita a infracções graves, incluindo os actos terroristas.

A decisão-quadro garantirá o intercâmbio rápido de certas informações vitais para as autoridades de aplicação da lei na UE.

Por conseguinte, os dados e informações serão fornecidos a pedido de uma autoridade competente de aplicação da lei, que actua nos limites que para o efeito lhe são conferidos pelo direito nacional e que procede a uma investigação criminal ou a uma operação de informações criminais.

Os Estados-Membros devem responder no máximo dentro de 8 horas a pedidos urgentes de dados e informações relativos às infracções previstas no n.º 2 do artigo 2.º da Decisão-Quadro de 13 de Junho de 2002 sobre o mandado de captura europeu 1. Para os casos não urgentes, os pedidos de dados e informações devem ser respondidos no prazo de uma semana.

Em todos os outros casos, os Estados-Membros garantem que as informações pretendidas são comunicadas à autoridade requerente no prazo de 14 dias.

Até agora, o quadro legal para o intercâmbio de dados e informações entre as autoridades de aplicação da lei dos Estados-Membros está contido nos artigos 39.º e 46.º da Convenção de Schengen, de 1990. A presente decisão-quadro retoma esses artigos. Este instrumento vem acelerar esse intercâmbio de informações.

Na Declaração relativa à Luta contra o Terrorismo, aprovada em 25 de Março de 2004, o Conselho Europeu mandatou o Conselho no sentido de estudar medidas relativas à simplificação do intercâmbio de dados e informações entre as autoridades de aplicação da lei dos Estados-Membros e de concluir esse trabalho até finais de 2005. Esta decisão-quadro dá cumprimento a esse mandato.

1 Associação criminosa, terrorismo, tráfico de seres humanos, etc. O n.º 2 do artigo 2.º da Decisão-Quadro

relativa ao Mandado de Captura Europeu enumera um total de 32 crimes (JO L 190, 18.7.2002).

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1.-2.XII.2005

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– Progresso do SIS II

O Comité Misto ouviu uma exposição da Comissão relativa ao desenvolvimento técnico do Sistema de Informação Schengen II.

A Comissão anunciou uma maior flexibilidade na utilização do mecanismo de financiamento de Schengen.

Alguns Estados-Membros mostraram-se preocupados com a possibilidade de o SIS II conduzir a uma diminuição da segurança, quando comparado com o SIS actual.

Os novos Estados-Membros sublinharam a importância do empenhamento político face aos calendários de supressão das fronteiras internas.

– Propostas da Comissão

O Vice-Presidente da Comissão, Franco Frattini, apresentou duas propostas da Comissão sobre:

• a consulta do Sistema de Informação em matéria de Vistos pelas autoridades responsáveis pela segurança interna e pela Europol (doc. 15142/05),

• o reforço da eficácia, da interoperabilidade e das sinergias entre as bases de dados europeias no domínio da JAI (doc. 15122/05).

– Diversos

A Noruega informou o Comité Misto sobre um acordo nórdico relativo a um processo de entrega, que deverá ser assinado em 17 de Dezembro de 2005.

O Vice-Presidente da Comissão, Franco Frattini, sublinhou a importância de uma ratificação rápida pelos Estados-Membros do Acordo Schengen/Dublim, assinado pela Suíça.

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OUTROS PONTOS APROVADOS

JUSTIÇA E ASSUNTOS INTERNOS

Normas mínimas aplicáveis ao procedimento de concessão e retirada do estatuto de refugiado *

O Conselho aprovou uma directiva relativa a normas mínimas aplicáveis ao procedimento de concessão e retirada do estatuto de refugiado nos Estados-Membros (docs. 12983/05 e 14579/05).

O objectivo da directiva consiste em estabelecer nos Estados-Membros procedimentos equivalentes para a concessão e retirada do estatuto de refugiado. A directiva inclui:

• princípios básicos e garantias (por exemplo, garantias e obrigações dos requerentes de asilo, direito a entrevista pessoal, acesso a assistência e representação jurídicas, detenção);

• processo em primeira instância (por exemplo, garantia de um procedimento de apreciação, princípio do país de origem seguro, procedimentos de fronteira);

• procedimentos para a retirada do estatuto de refugiado; e

• procedimentos de recurso.

As normas mínimas estabelecidas pela presente directiva são uma primeira medida em matéria de procedimentos de asilo.

Os Estados-Membros podem introduzir ou manter disposições mais favoráveis para cidadãos de países terceiros ou apátridas que solicitem a protecção internacional de um Estado-Membro.

Plano de acção da União Europeia sobre tráfico de seres humanos

O Conselho aprovou um plano de acção com vista a prevenir e combater o tráfico de seres humanos (doc. 12402/3/05).

O plano de acção visa o desenvolvimento de normas comuns, de melhores práticas e de mecanismos para prevenir e combater o tráfico de seres humanos. Visa igualmente o reforço do empenhamento da UE em prevenir e combater o tráfico de seres humanos e todas as formas de exploração com ele relacionadas, assim como proteger, apoiar e reabilitar as suas vítimas.

Fundamenta-se no reconhecimento da necessidade de uma abordagem integrada, baseada no respeito dos direitos do homem e tendo em conta a sua natureza global.

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O quadro de acções constante do plano especifica os objectivos a alcançar, um calendário e instrumentos de avaliação.

O plano de acção, que será actualizado regularmente, engloba as recomendações básicas e os pontos de acção expostos na Comunicação da Comissão "Lutar contra o tráfico de seres humanos – uma abordagem integrada " e os resultantes da conferência realizada em Bruxelas em 19 e 20 de Outubro, bem como as observações apresentadas pelos Estados-Membros.

Disposições de coordenação da UE em situações de emergência e de crise

O Conselho subscreveu um relatório da Presidência e do Coordenador da Luta Antiterrorista, Gijs de Vries, sobre disposições de coordenação da UE em situações de emergência e de crise (doc. 15106/05).

O relatório trata das disposições que poderão ser utilizadas para auxiliar os Estados-Membros em situações de emergência além fronteiras:

• que tenham efeito directo em vários Estados-Membros ou possam implicar toda a União,

• que afectem mais de um Estado-Membro simultaneamente;

• em que estejam envolvidos interesses de vários Estados-Membros, implicando responsabilidades do domínio de competências das Instituições Europeias.

As disposições indicadas no relatório proporcionam um acordo genérico aplicável não apenas às crises terroristas, mas também a outros tipos de crises, como catástrofes naturais, acidentes industriais ou pandemia de gripe. Visam igualmente criar capacidades de coordenação em todos os domínios de acção da UE, devendo ser utilizadas para dar resposta a situações de emergência dentro e fora da União.

O Programa da Haia apelou ao estabelecimento de um acordo integrado da UE para a gestão de crises com efeitos além fronteiras, a ser aplicado o mais tardar até 1 de Julho de 2006.

Princípio da disponibilidade da informação

O Conselho tomou conhecimento de um relatório sobre as modalidades técnicas para a aplicação do princípio da disponibilidade da informação em seis domínios: ADN, impressões digitais, balística, registo automóvel, números telefónicos e identificação de pessoas.

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Avaliação das medidas nacionais de combate ao terrorismo

O Conselho aprovou um relatório final sobre a avaliação das medidas nacionais de combate ao terrorismo: melhorar os mecanismos e as capacidades nacionais para a luta contra o terrorismo (doc. 12168/3/05).

O relatório final inclui os 25 Estados-Membros, sendo os objectivos da avaliação:

• fornecer uma análise das estruturas e capacidades dos Estados-Membros para a luta contra o terrorismo,

• salientar as boas práticas e fazer recomendações de como podem ser reforçadas as estruturas nacionais

• identificar as práticas que possam ser aplicadas noutros Estados-Membros além das recomendações a nível da UE.

O Conselho Justiça e Assuntos Internos iniciou, em Setembro de 2001, uma avaliação das medidas nacionais de combate ao terrorismo com base em considerações de carácter legislativo, administrativo e técnico1. O relatório intercalar, publicado em Novembro de 2004, baseou-se na avaliação de 15 Estados-Membros.

Luta contra o financiamento do terrorismo

O Conselho tomou conhecimento do relatório semestral do Coordenador da Luta Antiterrorista sobre a luta contra o financiamento do terrorismo (doc. 14744/05).

Relatório de 2005 sobre a criminalidade organizada

O Conselho tomou conhecimento do relatório de 2005 sobre a criminalidade organizada e decidiu enviar a sua versão pública ao Parlamento Europeu para informação (doc. 13788/1/05).

Criminalidade organizada – intercâmbio de informações

O Conselho tomou conhecimento de um relatório que contém recomendações dirigidas à França, à Irlanda, ao Luxemburgo, aos Países Baixos, ao Reino Unido e à Europol sobre intercâmbio de dados e informações relativas à luta contra a criminalidade organizada.

1 Doc. 12156/01.

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O documento avalia a aplicação e o funcionamento de instrumentos relativos à aplicação da lei a nível nacional e à cooperação internacional.

O relatório é a segunda de uma série de avaliações a levar a cabo em todos os Estados-Membros até Dezembro de 2006. Será enviado ao Parlamento Europeu para informação.

Avaliação do Segundo Grupo de Missão contra o Terrorismo

O Conselho tomou conhecimento do relatório de Conselho de Administração da Europol sobre a avaliação do Segundo Grupo de Missão contra o Terrorismo.

O relatório abrange as actividades do Segundo Grupo de Missão contra o Terrorismo desde a sua criação em Outubro de 2004 até Junho de 2005 e concentra-se especificamente no seu projecto de aplicação e gestão, no seu desenvolvimento nos cinco domínios de actividade (financiamento do terrorismo, recrutamento, métodos utilizados, análise estratégica e análise operacional), no seu valor como instrumento de combate ao terrorismo, na sua relação com outros organismos e no seu futuro.

Europol – protecção de personalidade oficiais

O Conselho tomou conhecimento do segundo relatório anual da Rede Europeia para a Protecção de Personalidades Oficiais, incentivou a elaboração de um programa de trabalho e apoiou as actividades da rede para 2005/2006.

A rede foi criada pelo Conselho em Novembro de 20021, sendo composta por serviços nacionais de polícia e outros serviços responsáveis pela protecção de personalidades oficiais.

Acordo entre a Europol e a Croácia

O Conselho autorizou o Director da Europol a celebrar um acordo sobre cooperação operacional e estratégica entre a Europol e a Croácia.

O objectivo deste acordo consiste em estabelecer uma cooperação entre a Europol e a Croácia a fim de apoiar os Estados-Membros da UE e a Croácia no combate às formas mais graves de criminalidade internacional, nomeadamente através de um intercâmbio de informações e de contactos regulares entre a Europol e a Croácia a todos os níveis adequados.

1 JO L 333, 10.12.2002, p. 1.

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Eurojust – cooperação com a Roménia e a Islândia

O Conselho aprovou acordos de cooperação entre a Eurojust e a Roménia e a Islândia.

O objectivo destes acordos consiste em reforçar a cooperação no combate às formas mais graves de criminalidade internacional.

Vistos – membros da família olímpica que participam nos Jogos de Inverno

O Conselho aprovou um regulamento relativo a medidas destinadas a facilitar os procedimentos de pedido e emissão de visto aos membros da família olímpica que participam nos Jogos Olímpicos e/ou Paralímpicos de Inverno, de 2006, em Itália (doc. 3656/05).

Estas medidas especiais destinam-se a membros da família olímpica que sejam cidadãos de países terceiros sujeitos à exigência de visto ao abrigo do Regulamento n.º 539/2001. Introduz uma derrogação temporária de certas disposições do acervo de Schengen.

Cooperação aduaneira

O Conselho tomou conhecimento da análise intercalar da estratégia e do plano de acção em matéria de cooperação aduaneira no âmbito do terceiro pilar.

Protecção das infra-estruturas críticas – Conclusões do Conselho

O Conselho aprovou as seguintes Conclusões:

"O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA

– RECORDA as Conclusões do Conselho Europeu, de 17 e 18 de Junho de 2004, nas quais se solicita à Comissão a elaboração de uma estratégia global de reforço da protecção das infra--estruturas críticas1;

– RECORDA a Comunicação da Comissão, de 22 de Outubro de 2004, sobre "Protecção das infra--estruturas críticas no âmbito da luta contra o terrorismo"2;

1 10679/2/04 REV 2, ponto 19. 2 13979/04.

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– RECORDA as Conclusões do Conselho Europeu, de 16 e 17 de Dezembro de 20041, nas quais se admite a intenção da Comissão de propor um Programa Europeu de Protecção das Infra-Estruturas Críticas;

– RECORDA a Declaração do Conselho JAI, reunido de emergência em 13 de Julho de 2005, sobre a resposta da UE aos atentados à bomba em Londres2, na qual se reitera a intenção de acordar, até finais de 2005, num Programa Europeu de Protecção das Infra-Estruturas Críticas.

E APROVA AS SEGUINTES CONCLUSÕES

1. O Conselho congratula-se com os progressos realizados pela Comissão na via do estabelecimento de um Programa Europeu de Protecção das Infra-Estruturas Críticas (PEPIC) e, em particular, com a publicação do Livro Verde da Comissão, em 17 de Novembro de 2005. Os Estados-Membros reagiram positivamente aos seminários organizados pela Comissão, que reuniram os peritos pertinentes e outras partes interessadas. É valiosa a actual criação de pontos de contacto compostos por peritos em Protecção das Infra--Estruturas Críticas (PIC) e, nesse sentido, solicita-se a todos os Estados-Membros que nomeiem os seus pontos de contacto oficiais em matéria de PIC.

2. O Conselho reconhece que a responsabilidade pela gestão dos mecanismos de protecção das infra-estruturas críticas cabe em primeiro lugar aos Estados-Membros no interior das suas fronteiras. O Conselho regista que muitos Estados-Membros dispõem de mecanismos, nacionais e bilaterais, que asseguram um elevado nível de protecção das suas infra--estruturas críticas nacionais. O Conselho considera, porém, que a acção a nível da UE constitui uma mais-valia a título de apoio e complemento das actividades dos Estados--Membros, no respeito do princípio da subsidiariedade.

3. A protecção concedida às infra-estruturas críticas em toda a Europa será incrementada através do PEPIC, permitindo assim aos Estados-Membros aumentarem a sua capacidade de identificar e proteger os elementos das suas próprias infra-estruturas. O carácter confidencial das informações sobre as infra-estruturas identificadas deve ser mantido por razões de segurança e o acesso às informações sensíveis deve ser facultado de acordo com o critério da estrita necessidade de informação.

4. Sem prejuízo dos resultados de futuros debates, as infra-estruturas críticas europeias podem ser definidas como sendo aquelas cuja destruição ou dano acarretariam graves consequências para as funções societais críticas, ainda por definir, nomeadamente a cadeia de abastecimento, a saúde, a segurança activa e passiva, o bem-estar económico ou social ou as funções governativas de certos Estados-Membros.

1 16238/1/04 REV 1, sexto travessão do ponto 28. 2 11158/1/05 REV 1, ponto 6.

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5. Ao mesmo tempo que reconhece a prioridade da ameaça terrorista, o Conselho concorda que a protecção das infra-estruturas críticas se deve basear numa abordagem da globalidade dos riscos. A forma e o enquadramento dos trabalhos a desenvolver a nível da UE deverá assentar numa avaliação global de riscos, a realizar pelos Estados-Membros, e, nos domínios da sua competência, pela Comissão, com base no trabalho já realizado a nível da UE. Se for caso disso, poder-se-á recorrer à capacidade de análise anti-terrorista do Centro de Situação Conjunto.

6. Os proprietários/operadores das infra-estruturas, nomeadamente do sector privado, devem ter participação activa, tanto a nível nacional como da UE, e assumir responsabilidades de execução das medidas necessárias.

7. O Conselho solicita à Comissão que se baseie nos resultados do processo de consultas sobre o seu Livro Verde e leve por diante os trabalhos com vista à instauração do PEPIC. Sem prejuízo das competências existentes, o PEPIC deverá apoiar os Estados-Membros através de um quadro de acção acordado pelos Estados-Membros, a Comissão e, sem prejuízo das relações existentes, o sector privado e outros intervenientes pertinentes, de molde a aumentar os padrões de segurança. Neste quadro devem incluir-se, se for caso disso, objectivos, metodologias e melhores práticas comuns, bem como a identificação de interdependências. Atendendo às características específicas de cada sector, será adequado proceder a uma abordagem sector por sector, que tenha em conta os acordos sectoriais existentes a nível da UE.

8. O Conselho sublinha o importante contributo da investigação a nível comunitário e da UE, que deverá apoiar e complementar as acções levadas a cabo pelos Estados-Membros e as actividades desenvolvidas ao abrigo do PEPIC.

9. O Conselho solicita à Comissão que, na sequência do período de consultas sobre o seu Livro Verde, lhe apresente um relatório até Março de 2006. Esse relatório deverá incluir uma série de temas, nomeadamente:

• definições de termos-chave, incluindo a definição de "protecção de infra-estruturas críticas" e a ultimação da definição de "infra-estrutura crítica a nível da UE";

• uma avaliação global dos custos e benefícios das abordagens de carácter regulamentar ou facultativo;

• uma clarificação dos papéis respectivamente da Comissão (na observância das competências comunitárias existentes), dos Estados-Membros e dos proprietários/operadores;

• um desenvolvimento do conceito de "plano de segurança do operador".

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10. Solicita-se à Comissão que, uma vez concluídos o processo de consultas e o debate das questões pelo Conselho, apresente uma proposta de PEPIC até Junho de 2006."

Código de conduta: Sector não lucrativo – Conclusões do Conselho

O Conselho aprovou as seguintes Conclusões:

"O Conselho Justiça e Assuntos Internos, reunido em 1 e 2 de Dezembro de 2005,

Reafirma a Declaração (de 13 de Julho de 2005) segundo a qual os Estados-Membros apoiarão a luta contra o financiamento do terrorismo, chegando a acordo sobre um Código de Conduta para evitar a utilização abusiva do sector não lucrativo/caritativo por terroristas;

Convida os Estados-Membros a tomarem nota da Comunicação da Comissão relativa à prevenção e à luta contra o financiamento do terrorismo mediante uma melhor coordenação a nível nacional e uma maior transparência do sector não lucrativo, incluindo uma Recomendação aos Estados--Membros;

Congratula-se com a intenção da Comissão de organizar uma conferência de peritos sobre esta matéria no primeiro semestre de 2006;

Regista os cinco princípios anexos às presentes Conclusões, que os Estados-Membros aprovaram e deverão ter em conta ao pôr em prática medidas destinadas a prevenir o abuso do sector não lucrativo por terroristas; e

Convida os Estados-Membros a empenharem-se na implementação de medidas nacionais destinadas a prevenir o abuso do sector não lucrativo por terroristas, tendo em consideração estes cinco princípios e os que foram aprovados pelos membros do Grupo de Acção Financeira (GAFI) e identificados como Melhores Práticas Internacionais no documento do GAFI de 11 de Outubro de 2002, sobre o combate ao abuso do sector não lucrativo.

O sector não lucrativo é uma componente vital da economia mundial e de muitas economias e sistemas sociais nacionais, que complementa a actividade dos sectores estatal e privado, pois é fornecedor de um amplo leque de serviços públicos e melhorador da qualidade de vida. É necessário salvaguardar e manter esta prática e a forte e diversificada comunidade de instituições.

Os Estados-Membros deverão ter em consideração os seguintes princípios quando puserem em prática medidas destinadas a prevenir o abuso do sector não lucrativo por terroristas:

• salvaguardar a integridade do sector não lucrativo constitui uma responsabilidade conjunta dos Estados e das entidades sem fins lucrativos.

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• o diálogo entre os Estados-Membros, o sector não lucrativo e outras partes interessadas é essencial para erguer defesas robustas contra o financiamento do terrorismo;

• os Estados-Membros deverão desenvolver continuamente o seu conhecimento do sector não lucrativo a nível nacional, bem como das suas actividades e aspectos vulneráveis.

• a transparência, a responsabilização e a boa governação são alicerces da confiança dos doadores e da probidade do sector não lucrativo.

• os riscos de financiamento do terrorismo são mais facilmente geridos se existirem medidas eficazes e proporcionadas de vigilância."

Implementação consular para o Sistema de Informação sobre Vistos (VIS) – Conclusões do Conselho

O Conselho aprovou as seguintes Conclusões:

"RECORDANDO QUE

– O Sistema de Informação sobre Vistos foi criado em virtude da Decisão 2004/512/CE do Conselho, de 8 de Junho de 20041.

– A Comissão apresentou ao Parlamento Europeu e ao Conselho uma proposta de regulamento relativo ao Sistema de Informação sobre Vistos (VIS) e ao intercâmbio de dados entre os Estados-Membros sobre os vistos de curta duração2.

– O Conselho, nas suas Conclusões de 17 de Fevereiro de 2005, estabeleceu o calendário para o desenvolvimento da parte central do VIS e os esforços necessários a empreender pelos Estados--Membros na fase de implementação3.

– O Conselho, na sua Declaração de 13 de Julho de 2005, declarou que seria dada prioridade à implementação dos dados biométricos em relação às regiões/países de alto risco4.

1 JO L 213, 15.6.2004, p. 5. 2 5093/05 VISA 1 CODEC 77 COMIX 5 (COM(2004) 835 final). 3 6492/05 VISA 44 COMIX 127. 4 11158/1/05 JAI 255 ECOFIN 244 TRANS 147 RELEX 374 ECO 85 PESC 652 COTER 40 COSDP 491

PROCIV 100 ENER 119 ATO 74 REV 1.

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O CONSELHO CONSIDERA QUE

– Sem prejuízo da aprovação da proposta relativa ao Sistema de Informação sobre Vistos, os Estados-Membros que irão implementar o Regulamento VIS deverão planear a recolha de dados biométricos para o VIS nos postos consulares, numa base regional coordenada e coerente, que reflicta o problema da imigração ilegal e as ameaças para a segurança interna dos Estados--Membros, bem como a viabilidade da recolha de dados biométricos de todos os locais.

– Esses Estados-Membros deverão esforçar-se por recolher todos os dados biométricos necessários para o VIS no prazo de 24 meses a partir do início da implementação.

– Esses Estados-Membros deverão esforçar-se por iniciar a recolha de dados biométricos para o VIS no início de 2007, a começar pelos postos consulares no Norte de África e nas regiões do Próximo Oriente.

– Para facilitar o desenvolvimento de uma abordagem de colaboração e a conclusão da implementação dentro do prazo previsto, deverão ser feitos todos os esforços para resolver as questões pendentes, nomeadamente os métodos de recolha dos dados biométricos.

– Esses Estados-Membros deverão também planear o processamento dos dados biométricos nos pontos de passagem de fronteira, de uma forma coordenada e coerente que complemente a recolha de dados nos postos consulares."

Normas mínimas comuns de segurança para os bilhetes de identidade nacionais – Conclusões do Conselho

O Conselho aprovou as seguintes Conclusões:

"Reconhecendo o mandato atribuído aos Estados-Membros pelo Programa da Haia e pelo Conselho Justiça e Assuntos Internos de 13 de Julho de 2005;

Reconhecendo a importância de garantir a segurança dos documentos de viagem e outros documentos de identidade;

Reconhecendo que o mandato apenas diz respeito às normas de segurança e não a quaisquer utilizações internas a que se destinem os bilhetes de identidade nacionais e que não são impostas normas ou calendários juridicamente vinculativos;

Sem prejuízo da questão da eventual base jurídica para uma medida de harmonização das normas mínimas de segurança para os bilhetes de identidade nacionais e sem prejuízo do direito de cada Estado-Membro decidir se emite ou não bilhetes de identidade nacionais ou se utiliza ou não identificadores biométricos;

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Reconhecendo a prioridade atribuída ao cumprimento das normas estabelecidas pela União Europeia no Regulamento (CE) n.º 2252/2004 do Conselho, relativo aos passaportes, e nos projectos de regulamento que alteram a legislação sobre vistos e autorizações de residência. Estas normas constituem uma referência para as que devem ser desenvolvidas para os bilhetes de identidade;

Com base nos trabalhos já realizados em matéria de dispositivos de segurança para os passaportes e tendo presente que é necessária a interoperabilidade com base nas normas da OACI,

Os Estados-Membros da União Europeia, em cooperação a nível intergovernamental:

1. Decidiram aceitar as seguintes conclusões provisórias dos peritos que trabalham no âmbito do Comité criado pelo artigo 6.º do Regulamento (CE) n.º 1683/95 do Conselho, que serão seguidas na devida altura por normas técnicas mais detalhadas:

• no que respeita aos dispositivos de segurança que não os identificadores biométricos: aplicar aos materiais a utilizar, tinta, técnicas de impressão, etc., as mesmas normas mínimas que as estabelecidas para os passaportes, adaptadas ao formato do cartão do bilhete de identidade;

• no que respeita aos identificadores biométricos: utilizar, como ponto de partida, os requisitos técnicos estabelecidos para a integração de dados biométricos nos passaportes, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 2252/2004.

2. Decidiram envidar esforços no sentido de pôr em prática as seguintes normas mínimas em matéria de segurança dos procedimentos de emissão:

• os requerentes deverão comparecer pessoalmente, pelo menos uma vez durante o processo de emissão de bilhetes de identidade;

• os pedidos deverão ser controlados por pessoal autorizado, mediante verificação nas bases de dados existentes, a actualizar regularmente, por exemplo registos civis, bases de dados sobre passaportes e bilhetes de identidade ou registos de cartas de condução;

• é recomendada a monitorização do processo de emissão, inclusive quando este é efectuado por subcontratantes, o qual deverá ser objecto de auditorias regulares;

• em princípio, nenhum membro do pessoal deverá efectuar todos os passos do processo de emissão individual;

• deverão ser feitos, de forma segura, o armazenamento, transporte e transmissão dos dados e componentes dos documentos.

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3. Decidiram prosseguir a sua cooperação mediante o intercâmbio regular de informações sobre as respectivas práticas nacionais, tendo em conta as experiências dos Estados--Membros no que se refere aos bilhetes de identidade electrónicos."

Agenda comum para a integração – Conclusões do Conselho

O Conselho aprovou as seguintes Conclusões:

"O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA E OS REPRESENTANTES DOS GOVERNOS DOS ESTADOS-MEMBROS

– RECORDAM as Conclusões do Conselho Europeu de Tampere, de 15 e 16 de Outubro de 1999, que salientaram que a União Europeia tem de garantir um tratamento equitativo dos nacionais de países terceiros que residam legalmente no território dos seus Estados-Membros. Uma política de integração mais determinada deverá ter como objectivo assegurar-lhes direitos e obrigações comparáveis aos dos cidadãos da UE.

– RECORDAM as Conclusões do Conselho Europeu de Salónica, de 19 e 20 de Junho de 2003, que indicaram a necessidade de elaborar uma política global e multidimensional de integração dos cidadãos de países terceiros que são residentes legais. Embora os primeiros responsáveis pela elaboração e implementação sejam os Estados-Membros, essas políticas deverão ser desenvolvidas no âmbito de um quadro coerente a nível da União Europeia, que tenha em conta a diversidade jurídica, política, económica, social e cultural dos Estados-Membros.

– RECORDAM o Programa da Haia de 5 de Novembro de 2004, que sublinhou a necessidade de uma maior coordenação das políticas de integração nacionais e das iniciativas da UE neste domínio. Nesse programa também se afirma que um enquadramento baseado em princípios comuns deverá servir de alicerce às futuras iniciativas a nível da UE, apoiadas em objectivos e meios de avaliação claros.

– RECORDAM os Princípios Básicos Comuns para a Política de Integração dos Imigrantes na União Europeia formulados pelo Conselho e pelos Representantes dos Governos dos Estados--Membros em 19 de Novembro de 2004. Foi considerado essencial desenvolver a nível da UE um conjunto de princípios básicos comuns sobre integração, dado o interesse que todos os Estados-Membros têm em chegar a acordo sobre objectivos comuns em matéria de integração e o facto de ser obviamente do interesse comum de todos os Estados-Membros da União que cada um ponha em prática estratégias de integração eficazes. A incapacidade de um Estado-Membro para desenvolver e implementar com sucesso uma política de integração pode ter implicações negativas, de diferentes modos, para outros Estados-Membros e para a União Europeia.

– RECORDAM que a transposição em tempo devido e a implementação dos instrumentos legislativos relativos à admissão e permanência de nacionais de países terceiros, residentes legais, é uma componente essencial de qualquer política de integração credível e bem sucedida.

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E APROVAM AS SEGUINTES CONCLUSÕES:

1. O Conselho e os Representantes dos Governos dos Estados-Membros salientam a necessidade de reforçar as políticas de integração dos Estados-Membros. A este respeito, o Conselho acolhe com agrado a Comunicação apresentada pela Comissão em 1 de Setembro de 2005, "Agenda Comum para a Integração – Enquadramento para a integração de nacionais de países terceiros na União Europeia". O Conselho reconhece que é importante definir um enquadramento a nível europeu para a integração dos nacionais de países terceiros, que são residentes legais, em todos os aspectos da sociedade e, em especial, medidas concretas para pôr em prática os Princípios Básicos Comuns.

2. O Conselho manifesta o seu apreço pelos bons resultados da cooperação e intercâmbio de melhores práticas a nível da UE, em particular através da Rede de Pontos de Contacto Nacionais dos Estados-Membros em matéria de integração, com o apoio da Comissão, e do "Manual sobre a integração para os utilizadores e os responsáveis políticos". O Conselho e os Representantes dos Governos dos Estados-Membros sublinham a necessidade de dar novo impulso a uma abordagem coerente das políticas e medidas de integração, reforçando e desenvolvendo continuamente os instrumentos de cooperação e intercâmbio de informação. Em especial e sem prejuízo de outras medidas que possam vir a ser tomadas neste domínio:

– O Conselho convida a Comissão a continuar a apoiar as actividades da Rede de Pontos de Contacto Nacionais em matéria de integração. As actividades da Rede deverão fundamentar-se nos Princípios Básicos Comuns, bem como nas prioridades do Conselho no tocante à integração, a fim de continuar a contribuir para a realização dos objectivos da UE e dos Estados-Membros em matéria de integração. As suas actividades, o seu impacto e a melhor análise das questões que são comuns aos Estados-Membros deverão ser regularmente dadas a conhecer aos órgãos competentes do Conselho, para que saia reforçado o papel da Rede de prestar assistência especializada aos órgãos de decisão da UE.

– O Conselho convida a Rede de Pontos de Contacto Nacionais dos Estados-Membros em matéria de integração, apoiada pela Comissão, a que continue a desenvolver o "Manual sobre a integração para os utilizadores e os responsáveis políticos". Para se poder utilizar ao máximo o intercâmbio bem sucedido de experiências e melhores práticas, o Conselho apela a que seja feita uma divulgação ampla e acessível deste Manual, adaptado à audiência a que se destina.

– O Conselho reitera a importância de dispor de uma página amplamente acessível na internet em matéria de integração e convida a Comissão a desenvolver a sua primeira fase até final de 2006.

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– O Conselho e os Representantes dos Governos dos Estados-Membros realçam a importância de partilhar os conhecimentos especializados a nível da UE entre uma vasta gama de interessados. A intenção da Comissão de convocar regularmente um Fórum Europeu de Integração poderá ser uma mais-valia enquanto fonte complementar de informação e consulta. A este respeito, deverá ser prestada a devida atenção à forma como esse Fórum poderá complementar o trabalho dos Pontos de Contacto Nacionais sobre Integração.

3. O Conselho e os Representantes dos Governos dos Estados-Membros entendem que, para prosseguir eficazmente uma Agenda Comum para a Integração, a Tróica da Presidência deverá, em cooperação com a Comissão, acordar em modalidades de organização e num calendário dos debates e/ou conferências ministeriais. O ideal seria que estes tivessem lugar, regularmente, numa base anual e, com vista a dar seguimento ao debate iniciado na Conferência de Groningen de 9-11 de Novembro de 2004, previssem focar questões pertinentes e temáticas sobre a integração de nacionais de países terceiros na UE, bem como avaliar a necessidade de novas acções. O Relatório Anual sobre a Migração e a Integração, adaptado conforme necessário para auxiliar a análise e a aprendizagem comparativa, poderá constituir uma base útil para esses debates."

RELAÇÕES EXTERNAS

Exportação de armas – Relatório sobre a aplicação do Código de Conduta da União Europeia

O Conselho tomou conhecimento do sétimo relatório anual sobre a aplicação do Código de Conduta da UE relativo à exportação de armas (doc. 14053/05).

Aprovado em 1998, o Código de Conduta fixa critérios para a exportação de armas convencionais, com vista a harmonizar as políticas nacionais de controlo de exportação de armas.