32
GALINDO, Bruno."Tem o Reino Unido uma constituição? Limites e possibilidades de uma teoria da constituição britânica. " in Revista da Faculdade de Caruaru, ano 34, out/2003, 73-90. ASSUNTO Adendo O que ele não falou O que falou Aristótoles ≠ Cícero Sieyés Kelsen Constitucionalismo XX R.U. tem constituição Magna Charta Libertatum 1215 Concretização da codificação constituição - EUA e Características do constitucionalismo continental. R.U. não tem constituição Caráter histórico do constitucionalismo

Constitucionalismo Apontamentos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Constitucionalismo Apontamentos

GALINDO, Bruno."Tem o Reino Unido uma constituição? Limites e possibilidades de uma teoria da constituição britânica. " in Revista da Faculdade de Caruaru, ano 34, out/2003, 73-90.

ASSUNTO

ARISTÓTELES

Adendo

O que ele não falou O que falou

Aristótoles ≠ Cícero

Sieyés

Kelsen

Constitucionalismo XX

R.U. tem constituição

R.U. não tem constituição

Concretização da codificação constituição - EUA e FRANÇA.

Características do constitucionalismo

continental.

Caráter histórico do constitucionalismo inglês

Magna Charta Libertatum 1215

Page 2: Constitucionalismo Apontamentos

GALINDO, Bruno."Tem o Reino Unido uma constituição? Limites e possibilidades de uma teoria da constituição britânica. " in Revista da Faculdade de Caruaru, ano 34, out/2003, 73-90.

ASSUNTO

Direito da constituição

Convenção Constitucional

Conseqüências da SP

Outros documentos constitucionais.

Natureza proteção à constituição inglesa

Especificidades da história inglesa

Faz parte da constituição inglesa

Direito da constituição e convenção constitucional

Estrutura do parlamento inglês.

Supremacia do parlamento (SP)

Page 3: Constitucionalismo Apontamentos

GALINDO, Bruno."Tem o Reino Unido uma constituição? Limites e possibilidades de uma teoria da constituição britânica. " in Revista da Faculdade de Caruaru, ano 34, out/2003, 73-90.

TEXTO PP

92

ARISTÓTELES

93

93

93

”1. em termos formais, a supremacia hierárquico-normativa, a rigidez (imutabilidade relativa), o controle de constitucionalidade e a forma escrita e codificada;

94

“(...) estabelece uma sólida teoria do poder constituinte, diferencia este em relação aos poderes constituídos (legislativo, executivo e judiciário), e ainda propugna por uma teoria da represe 95

“(...) estrutura em uma graduação hierárquica na qual a constituição ocupa a supremacia normativa em relação aos demais atos de natureza jurídico-positiva.”“(...) rigidez constitucional (...) controle de constitucionalidade destas” (destas = leis infra-constitucionais)

95

95-96

“Se considerarmos um conceito de constituição que exija a presença de caracteres formais” “podemos afirmar com segurança que o Reino Unido não possui uma constituição.”95

96

96

97

"Redigir em um documento solene e aprovado por uma assembléia constituinte a organização do poder político do Estado e os limites à atuação deste último, além dos direitos fundamentais dos cidadãos, é o modo encontrado pelos revolucionários franceses e norte-americanos para regulamentarem socialmente as condutas dos agentes estatais e dos cidadãos no espírito iluminista liberal".

Termo original usado por ele era politeia, cuja tradução por constituição é bastante questionável.

·       "Não havia em Aristóteles qualquer referência a hierarquia normativa ou supremacia constitucional frente às demais normas jurídicas"·       "Para ele, constituição é a estrutura política da polis, que ordena a distribuição dos cargos governamentais, a determinação do poder governamental superior e a finalidade da comunidade política."

“A maior predominância dos aspectos técnicos-jurídicos e um certo distanciamento do telos axiológico apontado por Aristóteles diferenciam Cícero do filósofo ateniense quanto ao conceito de constituição."

2. em termos substanciais, a regulamentação fundamental da organização e funcionamento do aparato estatal e a relação dos direitos fundamentais mais relevantes concernentes aos cidadãos, alegáveis dogmaticamente contra os demais cidadãos e/ou grupos de cidadãos e contra o próprio Estado.”

“(...) o surgimento do constitucionalismo social no séc. XX exija novos conteúdos para a constituição, tornando-a um instrumento de consagração direitos sociais e econômicos e não apenas individuais.”

“(...) se levarmos em conta apenas os aspectos substanciais, com uma certa relativização no que diz respeito à idéia de separação de poderes, podemos dizer que há uma constituição britânica, na medida em que existem no Reino Unido normas regulamentadoras dos fundamentos organizacionais do Estado, assim como cartas de direitos fundamentais dos cidadãos.”

“Mais do que em qualquer outro país ocidental, o direito constitucional britânico é fruto de suas tradições e consolidações históricas, mais do que de fórmulas racionais estruturadas legislativa ou constitucionalmente.”

“(...) trata-se de uma carta de direitos destinada apenas aos nobres feudais insatisfeitos com a política desenvolvida pelo Rei João Sem Terra, especialmente no que diz respeito à tributação.”

“(...) é no documento medieval inglês que nascem importantes instrumentos de garantias fundamentais, assim como limitações ao poder estatal, tais como princípio da legalidade tributária e penal, e a ação de habeas corpus.”

Page 4: Constitucionalismo Apontamentos

GALINDO, Bruno."Tem o Reino Unido uma constituição? Limites e possibilidades de uma teoria da constituição britânica. " in Revista da Faculdade de Caruaru, ano 34, out/2003, 73-90.

TEXTO PP

Não sobrevive à morte da república e de seu fundador – Cromwell3. 1679 – Habeas Corpus Act

“(...) sua consagração tem se dado muito mais pela força material e dimensão político-institucional dos seus preceitos do que pela existência de garantias formalizadoras”.

96-97

“1. As regras concernentes à estruturação do Parlamento, do governo e da magistratura, assim como seus poderes, o exercício destes e o relacionamento interinstitucional; 992. A proteção dos direitos e liberdades individuais e direitos políticos”

100

Common law + statute law + costumes/tradições jurídicas aceitos como tais pelos tribunais, desde que versem nos assuntos acima. 101

100

101Pex: Bill of Rights, Magna Charta Libertarum...

101

Antes de outro país da Europa, houve uma aspiração por um órgão “representativo dos súditos e que efetivamente determine a direção política do Estado”. Esse órgão seria o parlamento.

Esse é o princípio constitucional fundamental do Reino Unido, não existindo limites formais ao poder do Parlamento.1. Inexistência de supremacia hierárquica dos atos constitucionais em relação aos demais atos do Parlamento.

2. Não há dispositivos constitucionais imutáveis.

3. Não há > dificuldade para a reforma dos atos constitucionais do que para atos legislativos comuns.

4. Inexistência de um controle judicial de constitucionalidade

1. 1628 – Petition of Rights: reforça legalidade tributária e penal

2. 1653 – Instrument of Government: considerada a 1ª constituição escrita, não fala em direitos fundamentais nem separação de poderes; estabelece superioridade hierárquica aos atos regulares do parlamento e organização institucional da República Inglesa.

4. 1689 – Bill of Rigths: Guilherme e Mª de Orange são imperadores/estabelecidas normas de sucessão/ catálogo de direitos e liberdades extendidos aos comuns/ parlamento seus poderes e sua relação com a coroa)/leis (execução e suspensão)/tributos/ exército (recrutamento e manutenção)/ eleição/ liberdade de expressão/ penas e sentenças.

·       É uma constituição formal ·       Não é uma constituição formal: não é uma carta totalizante, não derroga atos constitucionais anteriores, não é protegida contra mudanças.

“(...) há, já nessa época, uma centralização monárquica semi-absolutista, o que antecipa também as lutas antiabsolutistas modernas, embora os direitos e liberdades sejam apenas para os ‘homens livres’, os pertencentes a setores privilegiados da sociedade.”

“(...) definição dos membros do poder soberano, a regulamentação de suas relações recíprocas, o modo como esse poder exerce a sua autoridade, a ordem de sucessão ao trono, as prerrogativas da magistratura, o processo legislativo e a forma das eleições parlamentares.”

1.     Common law = “Consiste fundamentalmente nos precedentes judiciais que possuem força obrigatória. No caso do direito constitucional, somente os precedentes referentes às matérias constitucionais é que passam a fazer parte do direito da constituição.”

·      Este não é nem não-escrito (já que surge das decisões judiciais, principalmente dos Tribunais de Westminster), nem costumeiro já que surge da jurisprudência e vem tomar o lugar dos costumes locais.

2. Statute law = “(...) compreende os diversos atos oriundos do Parlamento que regulamentam as aludidas matérias constitucionais”.

·       “São convenções, entendimentos, hábitos ou práticas que, embora não consolidadas pelas cortes judiciais, regulam a conduta de muitos membros do poder soberano”.·       “As mais importantes convenções constitucionais estão relacionadas com os limites dos poderes legais do monarca e com a regulação das relações recíprocas entre governo e parlamento.”

1. House of Lords: esvaziado da função legislativa ao longo do tempo por diversas convenções constitucionais (as quais em 1911 e 1949 se desembocaram no Parliament Acts), ainda desempenham importantes funções como a Appellate Comunittee, um comitê de apelação que funciona como último grau de recurso judicial no Reino Unido.

2. House of Communs: predominância nas questões legislativas e governamentais.

104-108

·       “O Parlamento tem sido prudente na observância e na modificação dos atos constitucionais, assim como na institucionalização de novos atos legislativos desta natureza. “

·       “Tendo em vista ser o direito britânico concretamente um direito jurisprudencial, a dimensão efetiva dos próprios Atos do Parlamento termina sendo dada pela jurisprudência”

·       “(...) percebe-se que a supremacia do Parlamento, embora não seja negada diretamente por nenhum juiz ou tribunal britânico, termina por ser mitigado na prática interpretativa das cortes judiciais”.

Page 5: Constitucionalismo Apontamentos

GALINDO, Bruno."Tem o Reino Unido uma constituição? Limites e possibilidades de uma teoria da constituição britânica. " in Revista da Faculdade de Caruaru, ano 34, out/2003, 73-90.

Page 6: Constitucionalismo Apontamentos

SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo.(pp.36-46)

ASSUNTO

Conceito autor

Conteúdo da constituição II

Classificações

Objeto constituição hojeFormal ≠ Material

 Conteúdo da constituição I

 Sentido das constituições

 CARL SCHMITT

Page 7: Constitucionalismo Apontamentos

SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo.(pp.36-46)

Supremacia constitucional

Elementos 

Page 8: Constitucionalismo Apontamentos

SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo.(pp.36-46)

TEXTO

Forma de governo/aquisição e exercício do poder/ organização do Estado/ limites ao poder do Estado/ direitos fundamentais e garantias.

vida democrática etc.)” ≠

a) sociológico è Lassaleb) político è Schimittc) Puramente jurídicoè KelsenConstituição: “(...) só se refere à decisão política fundamental (estrutura e órgãos do Estado, direitos individuais, ≠

Leis Constitucionais: demais dispositivos constantes do texto constitucional, mas que não se referem (↑)

“Busca-se, assim, formular uma concepção estrutural de constituição, que a considera no seu aspecto normativo, não como norma pura, mas como norma em sua conexão com a realidade social, que lhe dá o conteúdo fático e o sentido axiológico.”a) forma è complexo de normas (escritas ou costumeiras)b) conteúdo è conduta humana motivada pelas relações sociaisc) fim è realização de valoresd) causa criadora è o poder que emana do povo.1. Conteúdo: materiais ou formais. Materiais relacionam-se com a estrutura do Estado + organização de seus órgãos + direitos fundamentais. Formais: tanto são as normas não-materiais dentro do documento constitucional, como se refere ao procedimento especial e solene de elaboração da norma constitucional.2. Forma: escritas ou não-escritas Escritas ↔ Dogmáticas

3. Modo de elaboração: dogmáticas ou históricas Não escritas ↔ Históricas

4. Origem: populares (democráticas) ou outorgadas. Há as cesaristas, que são formadas através de plebiscito popular sobre projeto elaborado por Imperador ou Ditador

5. Estabilidade: rígida, flexíveis e semi-rígidas. Rígida ≠ escrita ou dogmática e flexível ≠ não-escrita ou histórica. Sobre constituição semi-rígida, ver art. 178 da constituição de 1824.

Estrutura do Estado/ organização de seus órgãos / modo de aquisição do poder e seu exercício/ limites de sua atuação/ direitos e garantias dos indivíduos/ fixar o regime político/ disciplinar os fins sócio-econômicos do Estado/ fundamentos dos direitos econômicos, sociais e culturais. ≠ não tem sentido, já que os fins e os objetivos do Estado (considerados aspectos formais) fazem parte constitutiva do Estado

Page 9: Constitucionalismo Apontamentos

SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo.(pp.36-46)

O princípio da supremacia constitucional decorre da rigidez constitucional que é a > dificuldade de alteração de suas normas do que de normas ordinárias.Supremacia material: está ligada muito + a fatores sociológicos e políticos do que simples normas constitucionais. ≠Supremacia formal: se resume à rigidez constitucional.

1. Orgânicos: regulamentam estrutura do Estado e do poder

2. Limitativos: direitos e garantias fundamentais è direitos individuais e suas garantias + de nacionalidade + políticos e democráticos

3. Sócio-ideológicos: revelam o caráter de compromisso das constituições modernas entre o Estado individualista e o Estado Social, intervencionista.

4. Estabilização constitucional: assegurar a solução de conflitos constitucionais + defesa da constituição, do Estado e das instituições democráticas.

5. Formais de aplicabilidade: estatuem regras de aplicação das constituições.

Page 10: Constitucionalismo Apontamentos

SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo.(pp.36-46)

TEXTO PP

Forma de governo/aquisição e exercício do poder/ organização do Estado/ limites ao poder do Estado/ direitos fundamentais e garantias.

vida democrática etc.)” ≠

39

43

38 

 38

que a considera no seu aspecto normativo, não como norma pura, mas como norma em sua conexão com a

materiais ou formais. Materiais relacionam-se com a estrutura do Estado + organização de seus órgãos + direitos fundamentais. Formais: tanto são as normas não-materiais dentro do documento constitucional, como se refere ao procedimento especial e solene de elaboração

41-42 

. Há as cesaristas, que são formadas através de plebiscito popular sobre projeto elaborado por Imperador ou Ditador 42-43

rígida, flexíveis e semi-rígidas. Rígida ≠ escrita ou dogmática e flexível ≠ não-escrita ou histórica. Sobre constituição semi-rígida, ver art. 178 da constituição de 1824.

Estrutura do Estado/ organização de seus órgãos / modo de aquisição do poder e seu exercício/ limites de sua atuação/ direitos e garantias dos indivíduos/ fixar o regime político/

Page 11: Constitucionalismo Apontamentos

SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo.(pp.36-46)

O princípio da supremacia constitucional decorre da rigidez constitucional que é a > dificuldade de alteração de suas normas do que de normas ordinárias.Supremacia material: está ligada muito + a fatores sociológicos e políticos do que simples normas constitucionais. ≠Supremacia formal: se resume à rigidez constitucional.

Page 12: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

ASSUNTO TEXTO

Definição

1ª TC: KANT

Definição

Conceito +vista de constituição

(...) o termo constituição possui um significado meramente descritivo, perfeitamente igual ao que possui nas ciências naturais. Esse significado científico é absolutamente independente e autônomo de qualquer relação com o conteúdo concreto da Constituição que, por sua vez, seria político e axiológico."

Constituição para o jurista

"Para o jurista, todos os Estados - portanto, também os absolutistas do séculoXVII e os totalitários do século XX - têm uma constituição, uma vez que existe sempre, tácita ou expressa, uma norma básica que confere o poder soberano de império(...)"

"(...) notaremos que a ciência jurídica realizou uma obra lenta mas de inflexível depuração dos valores nelas originariamente implícitos, esvaziando-se, assim, de alcance político para garantir-lhes um uso neutro na pesquisa científica"

2 técnicas constitucionais (TC)

1ª) "Afirmou-se, por um lado, que o constitucionalismo consiste na divisão do poder, de modo que se impeça todo o arbítrio(...) temos a divisão do poder horizontal, a famosa separação dos poderes, e a divisão vertical, o Federalismo."2ª) "Por outro lado, afirmou-se também que o constitucionalismo representa o Governo das leis e não dos homens, da racionalidade do direito e não do mero poder (...)

1ª TC: MONTESQUIEU

"Montesquieu, para obter equilibio efetivo entre os diversos poderes, introduz em sua construção o ideal clássico do Governo misto, que fora buscar no próprio pensamento político inglês."

Divisão dos poderes versus divisão de classes

"(...) o poder estava dividido entre rei, a nobreza e a burguesia, e era constitucional o regime que experimentava sua harmônica cooperação na formação da vontade do Estado."

"(...) ele prefere antes compreender em sua natureza particular ou 'dignidade' as diversas funções do Estado: legislativo, executivo e judiciário." (...) Para Kant, esses três poderes hão de ser autônomos e independentes em sua própria esfera.

≠ executivo e legislativo = ≠ lei e decreto

"Para Kant, a lei possui um avalor universal, porquanto não exprime a vontade empírica da maioria, mas a vontade unitária do povo em que 'cada um decide a mesma coisa para todos'; o decreto, pelo contrário, é um ato particular para casos particulares."

Page 13: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

ASSUNTO TEXTO

1ª TC: críticas "Esse princípio era certamente mais adequado a um sistema social em que havia dois ou três poderes, o do rei, o da nobreza e o do povo, do que ao nosso, baseado no Governo da maioria."

Page 14: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

ASSUNTO TEXTO

2ª TC: GARANTIAS FRANÇA

"A teoria das garantias, que tem se principal teórico em Benjamim Constant, acentua sobremaneira (...) a necessidade de tutelar, no plano constitucional, os direitos fundamentais do indivíduo, ou seja, a liberdade pessoal, a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa e, finalmente, a inviolabilidade da propriedade privada."

2ª TC: ESTADO DE DIREITO ALEMANHA

"(...) O Estado só pode interferir nos direitos subjetivos dos indivíduos se justificar sua ação com uma lei geral; (...) deve manter distinta a função executiva da legislativa, operando aquela por meio de decretos que têm de estar conformes com as leis gerais: daí a necessidade de um controle constante da ação do executivo (...)"

Page 15: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

ASSUNTO TEXTO

Page 16: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

ASSUNTO TEXTO

Page 17: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

ASSUNTO TEXTO

Page 18: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

OBSERVAÇÕES PP

1

1

2

2

2

4

4

5

5

Esvaziamento do conteúdo político da definição de constituição.

Hoje, constitucionalismo retoma seu conteúdo político/axiológico que lhe fora retirado.

No caso inglês, pex, rei, câmara dos lords com aristocracia, câmara dos comuns com burguesia e o judiciário preservado pela inamovibilidade dos juízes.

Essa versão foi de pouca utilidade haja vista o parlamentarismo.

Não se leva em conta o conteúdo típico de um e outro instrumento juridico e sim apenas sua fonte.

Kant faz distinção qualitativa levando em consideração as 3 funções do Estado; a ciência jurídica faz distinção apenas quantitativa em relação a posição de cada um na hierarquia do ordenamento jurídico.

Page 19: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

OBSERVAÇÕES PP

6Referindo-se ao parlamentarismo não se aplica já que nesse sistema de governo só um poder governa, que é o da maioria.

Page 20: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

OBSERVAÇÕES PP

6

6 e 7

Apesar desse enfoque, não se esquece da divisão de poderes que gaha um plus: a divisão vertical de poderes, ou seja, o federalismo

Se o estado de direito é só uma forma de exercer o poder, o direito não é limitador do poder, podendo desembocar num despotismo juídico.

Page 21: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

OBSERVAÇÕES PP

Page 22: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

OBSERVAÇÕES PP

Page 23: Constitucionalismo Apontamentos

MATTEUCI, Nicola. "Constitucionalismo" in BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília:UNB, 1999.

OBSERVAÇÕES PP

Page 24: Constitucionalismo Apontamentos

BARROSO, Luís Roberto. O direito constitucional e a efetividade de suas normas.

ASSUNTO

 Motivo prolixidade da CF 1988

Papel do patriamonialismo  no célula de cima

Page 25: Constitucionalismo Apontamentos

BARROSO, Luís Roberto. O direito constitucional e a efetividade de suas normas.

TEXTO

1. “Em primeiro lugar, no caso brasileiro de 1988, como já observado, a ânsia de participação de uma sociedade longamente marginalizado do processo político.”

3. A terceira causa dos textos longílineos é patológica, dramaticamente patológica: o atávico patrimonialismo da formação social brasileira.”’

2. “Em segundo lugar, pela razão constatada pelo grande jurista M. Seabra Fagundes, que ainda estava vivo e atuante quando do nascimento da Carta: ‘ no Brasil e preciso dizer tudo tin-tin-por-tin-tin, senão não se cumpre”.

“A má distinção entre o espaço público e o espaço privado, aliado ao populismo paternalista entranhado em nossa prática política, infla a constituição com disposições que, de um lado, protegem os cartórios, tanto os literais, como os figurados e, de outro, acenam com benesses retóricas.”

Page 26: Constitucionalismo Apontamentos

BARROSO, Luís Roberto. O direito constitucional e a efetividade de suas normas.

PP

317

315-316

Page 27: Constitucionalismo Apontamentos

ASSUNTO

Importância do estudo das 3 revoluções

 Causas da Magna Carta

 Autores ingleses

 Parlamento inglês medieval

 Peculiaridades da constituição inglesa

 Supremacia da lei

Desejo de uma constituição escrita 

Page 28: Constitucionalismo Apontamentos

ASSUNTO

Nacional X Federal

Experiência Francesa

Autores franceses

Novos valores

 Experiência EUA

Fatores formadores da mentalidade rebelde americana

 Supremacia constituição

Influência do calvinismo no constitucionalismo

Exemplos: constituição inglesa, revolução francesa

Page 29: Constitucionalismo Apontamentos

ASSUNTO

Revolução

Revolução pré-burguesa

Revolução burguesa

Constituição aparece

 4. Liberdade

 Governo Impessoal

Princípios 

 Direito Resistência

Nascimento de poder constituinte

versus

Page 30: Constitucionalismo Apontamentos

TEXTO PP

50

51

1. Salisbury (1110- 1180): autor de Policraticus, visto como o 1º grande pensador medieval

3. Bracton: 4. Frontscue: seu tema central era demonstrar as ≠ entre a experiência inglesa e francesa. 57

5. John Smith: via o parlamento como tribunal e a constituição como um sistema composta principalmente por tribunais 57

6. Edward Coke: foi o ponto de partida da idéia de controle de constitucionalidade por via judicial 58

59

60

53

55

55

55

58

“(...) abriram espaço ao chamado Estado Constitucional (...). Tais experiências foram a inglesa, a norte-americana e a francesa.”

 Experiência Inglesa“Ela foi redigida e assinada, depois de uma série de lutas contramarchas dentro de uma sociedade feudal, expressando o poder dos barões e a necessidade em que e viu o rei de pactuar com eles”.

2. Glanvil: autor de De Legibus et Consuetudinibus Angliae, se situa na literatura jurídico inicial da Idade Média; reflete a situação do common law no séc XII.

7. John Loecke: a idéia de contrato, apesar de não explícita, aparece como um pressuposto ao expor a idéia de governo por consentimento. Embora não existam referências a constituição, “(...) suas concepções sobre os poderes, as formas de governo, e as relações entre mando e garantias são uma teoria da constituição inglesa.”

8. Blackstone: publica suas obras entre 1776 e 1769 e “(...) se fundava no direito natural e também no direito divino, adotava por outro lado a teoria do contrato social e o princípio da supremacia do legislativo (...)”

“O parlamento não era law-maker, não criava direito: era antes uma corte judicial, justamente a corte ‘ mais alta’ do Reino, num sentido bastante diverso do que vieram a ter, modernamente, os parlamentos e as instituições judiciais”.

“(...) ausência de constituição ‘escrita’, ausência de ‘poder constituinte’, permanência de praxes seculares e de hábitos institucionais medievais (...)”

Para nós: “(...) equivale a uma supremacia da constituição e não apenas do direito”

 Para os ingleses: “Pensava-se, então, na supremacia da lei como um todo, como se pensava também na estrutura política como um todo, e este todo ficou sendo chamado de constituição.”

Durante o séc VXII havia a solicitação por “(...) documento escrito e unificado apto a fundar e limitar o poder político. O espírito puritano, disciplinado na obediência à ‘lei’ e na severa discussão conceitual, orientou essa exigência em dimensão quase religiosa”.

Page 31: Constitucionalismo Apontamentos

TEXTO PP

1. Direito natural; 62

2. Representação política 3. “(...) idéia de uma lei fundamental, justificadora e ao mesmo tempo limitadora do uso do poder(...)” 62

63

5. Leituras clássicas: Cícero e Aristóteles 63

Apareceu sob a forma do federalismo. 65

66

66

Experiência Francesa

68

1. Claude Joly: sua obra de 1653 buscava resgatar princípios medievais de liberdade política.

692. Quesnay: proto-constitucionalismo 3. Voltaire: liberal, mas não democrata4. Montesquieu: liberal, mas reformista

1. Iluminismo clarifica o individualismo e o racionalismo

712. Modernidade se apura e desemboca na noção de progresso3. Direito natural e liberalismo4. Liberdade

 Experiência EUA

4. espírito puritano que “(...) representou uma espécie de radicalismo ou de superlativo, em relação à religiosidade protestante”

6. Praticismo que possibilitou conciliar: “(...) tanto a tradição provinda dos framers da constituição, embora um tanto transformada em mito e retórica, como a austeridade calvinista e puritana, embora às vezes mantida como mera fachada legalista e mero espírito de censura estética.

“(...) a estima pelos textos fundamentais – o da Bíblia como o da Lei. E da lei evangélica à lei jurídica e constitucional o passo não foi difícil. A idéia de lei escrita deu base à noção definitivamente assente de constituição.”

“(...) ora entendidos como idênticos (os Estados sendo áreas provinciais ou regionais), ora como contrapostos (os Estados sendo unidades nacionais ou paranacionais). (...) De resto, a história mostraria o crescimento dos poderes da União, sem embargo de ‘os poderes remanescentes’ caberem aos Estados.”

“É certo que o conjunto da história constitucional inglesa ficou sendo altamente exemplar, mas do que sua revolução (1688) como revolução; mas no caso da França, cuja história constitucional como um todo não ficou tão modelar, a importância assumida por sua revolução tornou-se comparativamente maior”.

5. Rousseau: liberal e coletivista (totalitarista?) 

Page 32: Constitucionalismo Apontamentos

TEXTO PP

Na Idade Média: “(...) era uma liberdade localista e presa a uma visceral vivência do comunitário72

72

74“(...) se encaixa num conceito laico-racional do progresso das sociedades e entende as revoluções como atos criativos.”

74

74

75-76

RF: concepção de separação de poderes (Monstesquieu) + idéia de nação + generalidade dos atos nacionais78

Na Revolução Francesa: “(...) é individualista, universalizante e abstrata; tende ao racionalismo conceitual e ao reformismo legislativo.”

“Em Rousseau, o severo repúdio às vontades particulares (inclusive a da maioria) em prol de uma ‘vontade geral’ sempre infalível porque desligada das vontades empíricas, era uma tentativa de situar o fundamento do governo em nível genérico.”

 Decorrente da idéia de governo impessoal 72 

“(...) correspondia a uma visão ética da política e entendia como base da resistência o descumprimento de deveres por parte do mocarca.”

“(...) como transformação ou como mutação (...) concebendo as revoluções no sentido de alterações dadas num quadro evolutivo (...) a idéia platônico-polibiana de um rodízio de formas de governo ou a concepção aristotélica de mutações nas instituições.

(...) a mudança de estrutura e de perspectiva no todo da sociedade, estando a mudança política em compromisso com a mudança de classes, ou nos valores, ou em algo bastante essencial (...)”

1. Declaração de Direitos: muita ambigüidade, ou para falar de estrutura social e política ou para falar da lei fundamental garantidora de todos.

2. Atos legislativos 1789/90/91: “(...) visava mais designar a nova organização dada ao Estado, ainda, do que caracterizar de modo específico a norma promulgada”.