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523 Conceito A Recife n. 2 p.523-573 2011 Hipertensão arterial e fatores de risco associados: uma revisao de literatura CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM CRISTIANE MARIA DOS SANTOS DELGADO LUCIENE MARIA FERREIRA DA SILVA HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS: UMA REVISAO DE LITERATURA RECIFE 2011 CRISTIANE MARIA DOS SANTOS DELGADO LUCIENE MARIA FERREIRA DA SILVA HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS: UMA REVISAO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelas alunas Cristiane Maria dos Santos Delgado e Luciene Maria Ferreira da Silva, apresentado à Coordenação do Curso como requisito para a obtenção do Grau de Bacharel em Enferma- gem. ORIENTADORA PROFa. MARIA ROSEANE L. VASCONCELOS GOMES RECIFE 2011 HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS: UMA REVISAO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade São Miguel na Área de Saúde do Adulto. Banca Examinadora ___________________________________________________ 1ª Examinadora ___________________________________________________ 2ª Examinadora

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CRISTIANE MARIA DOS SANTOS DELGADOLUCIENE MARIA FERREIRA DA SILVA

HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCOASSOCIADOS: UMA REVISAO DE LITERATURA

RECIFE 2011 CRISTIANE MARIA DOS SANTOS DELGADOLUCIENE MARIA FERREIRA DA SILVA HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS: UMA REVISAO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelas alunas Cristiane Maria dos Santos Delgado e Luciene Maria Ferreira da Silva, apresentado à Coordenação do Curso como requisito para a obtenção do Grau de Bacharel em Enferma-gem. ORIENTADORA PROFa. MARIA ROSEANE L. VASCONCELOS GOMESRECIFE 2011 HIPERTENSÃO ARTERIAL E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS: UMA REVISAO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade São Miguel na Área de Saúde do Adulto. Banca Examinadora ___________________________________________________ 1ª Examinadora ___________________________________________________ 2ª Examinadora

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“Se eu puder aliviar a aflição de uma vida, ou aplacar uma dor, ou ajudar um frágil pas-sarinho a retornar ao seu ninho não terei vivido em vão”(Emily Dickinson)

AGRADECIMENTOS

A Deus por nos dar forças para enfrentar todos os obstáculos encontrados nesta caminhada. Em especial à Profª Roseane Lins Vasconcelos Gomes orientadora desta pesquisa, pela atenção, ensinamentos, incentivos, dedicação, em especial nos momentos da elabo-ração do presente estudo, e principalmente pela amizade, paciência e palavras amigas. A nossa família, por estar sempre ao nosso lado, apoiando as nossas decisões. E a todos que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para a realização deste estudo. A todos vocês, a nossa eterna gratidão.

RESUMO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma patologia que atinge cerca de 30% da popu-lação adulta e faz parte do grupo de doenças cardiovasculares como um dos mais impor-tantes fatores de risco, sendo caracterizada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doença vascular cerebral, insuficiência renal e cardíaca e doença arte-rial coronariana. O objetivo desta pesquisa foi descrever através da revisão de literatura os fatores de risco associados à hipertensão arterial sistêmica. Para isto foi realizado um estudo com abordagem descritiva, do tipo revisão de literatura, onde o total foi utilizado 50 artigos publicados em periódicos nacionais sobre o tema em questão nos últimos nove anos (2002 a 2011). Realizou-se para a pesquisa dos artigos, a busca eletrônica nas bases de dados National Library ofMedine e Scielo (Scientifc Eletronic Library Online), a partir dos descritores em saúde: Hipertensão arterial sistêmica e fatores de risco. Para compor a amostra foram selecionados os artigos que satisfizeram os seguintes critérios de inclusão: publicados na língua portuguesa e com texto completo disponível. Dentre os resultados apresentados observou-se que os principais fatores de risco foram sedentarismo e ante-cedentes familiares, isto aponta para a necessidade de se implementar ações mais efetivas nas atividades educativas, contribuindo para a promoção da saúde e prevenção da doença. Contudo, este estudo pretende contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas di-recionadas a atividade educativa do Enfermeiro aos pacientes portadores de hipertensão arterial. Visando a adoção de estratégias especiais de promoção, prevenção e controle, para minimizar ou evitar complicações decorrentes da hipertensão arterial sistêmica.

Palavras-chaves: Hipertensão arterial sistêmica, Fatores de Risco, Doenças cardiovascu-lares.

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SUMMARY

High blood pressure (HBP) is a disease that affects about 30% of the adult population and is part of the group of cardiovascular diseases as one of the most important risk fac-tors, is characterized as one of the main risk factors for disease development stroke, kid-ney failure and heart failure and coronary artery disease. The objective of this research was to describe through the literature review the risk factors associated with hyperten-sion. For this purpose a study was conducted with descriptive approach, the kind re-view of the literature, were used where the total 50 articles published in national jour-nals on the subject in question in the last nine years (2002 to 2011). Was conducted for research articles, the search in electronic databases ofMedine National Library and Scielo (Scientifc Electronic Library Online), from the health descriptors: Systemic hy-pertension and risk factors. For the sample were selected articles that met the follow-ing inclusion criteria: published in Portuguese and with full text available. Among the results presented showed that the main risk factors were physical inactivity and family history, this points to the need to implement more effective actions in the educational activities, contributing to health promotion and disease prevention. However, this study aims to contribute to the development of new research aimed at the educational activity of the nurse to patients with hypertension. In order to adopt special strategies for pro-motion, prevention and control, to minimize or prevent complications of hypertension.

Keywords: Systemic hypertension, Risk Factors, Cardiovascular Disease.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................5262 OBJETIVOS ....................................................................................................5272.1 Geral .............................................................................................................5272.2 Específicos ..................................................................................................5273 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................5274 METODOLOGIA .........................................................................................5304.1 Tipo do Estudo ...........................................................................................5304.2 Local e Coleta dos Artigos ........................................................................5304.3 Critérios de Inclusão ..................................................................................5314.4 Critérios de Exclusão ................................................................................5314.5 Instrumento ................................................................................................5314.6 Coleta de Dados ..........................................................................................5314.7 Análise dos Dados ......................................................................................5315 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ..................................................5325.1 Identificação dos Periódicos .....................................................................5325.2 Síntese dos Artigos .....................................................................................5346 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................5667 RECOMENDAÇÕES ....................................................................................567

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REFERÊNCIAS................................................................................................567APÊNDICE A ...................................................................................................573

1 INTRODUÇÃO

Atualmente a hipertensão arterial tem atingido cerca de 30% dos indivíduos adultos em nosso país. Constituindo-se entre o grupo de doenças cardiovasculares como um dos principais fatores que mais ocasionam mortes. Estudos têm apresentado indícios de que a hipertensão arterial sistêmica no adulto é uma patologia que se pode iniciar durante a infância (COSTANZI, et al., 2009). De acordo com Rosário e colaboradores (2009) a hipertensão arterial é considerada como uma doença que associa-se a um agregado de distúrbios metabólicos, entre eles estão: a obesidade, o aumento da resistência a insulina, o diabetes mellitus. Segundo Nascente e colaboradores (2010) estudos epidemiológicos tem identificado a associação positiva da hipertensão arterial às características sociodemográficas, ao consumo de álcool, à ingestão de sódio, ao estresse, ao diabetes, à obesidade e ao sedentarismo. Segundo Lofredo, Telaolli e Basso (2003) considera-se um indivíduo hipertenso aquele que apresenta níveis pressóricos relativamente altos e persistentes, definida como pressão sanguínea sistólica > ou = a 140 mmHg ou pressão sanguínea diastólica > ou = a 90mmHg. A hipertensão arterial possui natureza multicausal e os seus principais fatores de risco são distribuídos entre não modificáveis e modificáveis (estilo de vida, tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada), entre eles associa-se a obesidade e o excesso de peso. Já história familiar pode ser classificada como um fator de risco não modificável (BORGES, et al., 2008). Péres, Magna e Viana (2003) descrevem que uma das mais importantes dificuldades identificadas no atendimento aos pacientes hipertensos é a falta de aderência ao tratamento. O tratamento para o controle da hipertensão arterial inclui,além da utilização de medicamentos, a modificação de hábitos de vida. Justifica-se a escolha do tema, analisando-se que a hipertensão arterial é uma doença que acomete grande parte da população, e o seu crescimento deve-se a vários fatores de risco que propiciam ao seu aparecimento. Apresentando-se cada vez mais em populações mais jovens, constituindo-se a segunda causa de morte entre a faixa etária de 45-64 anos e a terceira entre 25-44 anos (CAVAGIONE, et al, 2009). Analisa-se que o adequado controle, através de ações mais efetivas no sistema da atenção primária, deve ser uma prioridade dos sistemas de saúde, a fim de reduzir a prevalência da doença (TACON; SANTOS; CASTRO, 2010).

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Desse modo, acredita-se que o presente estudo poderá oferecer subsídios que permitam reflexões sobre os fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica, através da utilização de revisão integrativa da literatura. Espera-se também que a síntese dos resultados da presente pesquisa facilite a incorporação de evidências para a fundamentação de uma nova prática assistencial de caráter preventivo contribuindo assim, na promoção da saúde e diminuição de agravos nos portadores de hipertensão arterial.

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Descrever, através da revisão de literatura, os fatores de risco associados à hipertensão arterial sistêmica.

2.2 Específicos

• Definir a hipertensão arterial sistêmica (HAS);

• Apontar os fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica;

• Abordar a importância da educação em saúde para uma melhor assistência de enfermagem na prevenção e controle da HAS.

3 REVISÃO DE LITERATURA

Oliveira e Nogueira (2010) definem a hipertensão arterial sistêmica como a elevação crônica da pressão arterial sistólica (PAS) ou pressão arterial diastólica (PAD).

Segundo Borges e colaboradores (2008) a hipertensão arterial tem sido considerada como uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Caracterizada como um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doença vascular cerebral, insuficiência renal e cardíaca e doença arterial coronariana.

De acordo com Ferreira e colaboradores (2009) a hipertensão arterial sistêmica acomete aproximadamente 25% da população mundial, com previsão de

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aumento para 60% dos casos da doença em 2025.

Conforme Wenzel, Souza e Souza (2009) alguns fatores tornam-se importantes para a determinação da hipertensão arterial sistêmica, como o excesso de peso, o fumo, o consumo de álcool, a alimentação inadequada, a inatividade física e a história familiar, que tem ocupado destaque entre os principais fatores.

Kuschnir e Mendonça (2007) descrevem a obesidade como dos principais fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica. Estudos realizados entre adolescentes de 18 anos identificaram associação positiva entre a distribuição de gordura corporal e as doenças cardiovasculares.

Em estudo realizado por Figueiredo e colaboradores (2008) observou-se que a localização abdominal da gordura (obesidade abdominal) mostrava-se mais associada aos distúrbios metabólicos, como as dislipidemias, a hipertensão arterial, resistência a insulina e aos riscos cardiovasculares.

Já Wagmacker e Pitanga (2007) descrevem que a inatividade física tem-se tornado como um fator determinante para a ocorrência de mortes e doenças. Estudo na Região Sul do País identificou que a longo prazo a realização de atividade física regular possui efeito protetor para as doenças crônicas.

Cavagioni e colaboradores (2009) analisaram que as atividades desgastantes no ambiente de trabalho também podem gerar danos a saúde. Entre elas estão as alterações cardiovasculares e hipertensão arterial. Em um estudo realizado com caminhoneiros identificou-se que a falta de adaptação dos motoristas, principalmente os que possuem longa jornada de trabalho, estão mais expostos a ocorrência de fatores associados a transtornos mentais, estresse, e a hipertensão arterial.

Já Molina e colaboradores (2003) descrevem a associação entre hipertensão arterial e os fatores nutricionais. Destaca-se que entre os fatores nutricionais identificados, a alta prevalência de hipertensão arterial está relacionada ao consumo excessivo de sódio e ao sobrepeso. Segundo estudos realizados por Figueiredo e colaboradores (2008) entre populações ocidentais, o elevado consumo de sal contribuiu para que os indivíduos apresentassem maior risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial.

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Lipp (2007) em um estudo realizado na Inglaterra com 1.259 homens identificou alterações nos níveis pressóricos entre os hipertensos durante sessões experimentais em virtude do estresse psicológico. Cavagione e colaboradores (2009) descreveram que o estresse psicológico pode ser considerado como um dos principais fatores do meio ambiente que contribuem para a hipertensão arterial sistêmica.

De acordo Kuschnir e Mendonça (2007) um estudo realizado no Brasil, avaliando 43 adolescentes identificou que os filhos de pais hipertensos apresentam aumento das pressões sistólicas e diastólicas, bem como perfil lipídico desfavorável.

Conforme Barreto, Filho e Krieger (2003) dentre os fatores envolvidos na fisiopatogênese da hipertensão arterial, um terço deles podem ser atribuídos aos fatores genéticos.

Lessa e colaboradores (2006) afirmam que a menopausa e a idade elevada constituem como fatores de risco biológico associados para a hipertensão arterial. Em um estudo realizado por Martin e colaboradores (2004) foi verificado associações positivas e significantes da hipertensão arterial sistêmica com etnia negra, diabetes, sobrepeso, obesidade central, menopausa e idade superior a 40 anos.

Referem Toledo, Rodrigues e Cheisa (2007) e Martin e colaboradores (2004) que as taxas de morbidade e mortalidade associadas a qualquer nível de pressão arterial são menores nas mulheres do que nos homens até os 45 anos.

Wenzel, Souza e Souza (2009) descrevem que o consumo de álcool, idade avançada e tabagismo contribuem para o desenvolvimento da hipertensão arterial ao estimular o sistema simpático, ocasionando estresse oxidativo e efeito vasoconstritor associado ao aumento de inflamações ligadas a hipertensão.

De acordo com Costa e colaboradores (2007) em um estudo realizado no Sul do Brasil, identificou que indivíduos que ingeriam menos de 30g de álcool por dia apresentaram menos hipertensão arterial em relação aos que não consumiam. E os indivíduos que referiram ser portadores de diabetes mellitus, apresentaram maior prevalência de hipertensão arterial.

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Acrescenta Gus, Fischmann e Medina (2002) que a média da pressão arterial tende a se elevar tanto em homens quanto em mulheres durante toda a vida adulta, enquanto a média da pressão diastólica atinge o pico por volta dos 55 anos.

Tacon, Santos e Castro (2010) e Gus, Fischmann e Medina (2002), associam a situação socioeconômica como um fator importante na incidência de doenças, seja pelas más condições de nutrição, habitação e saneamento a que estão submetidos durante o processo de desenvolvimento, como pelas dificuldades de acesso aos serviços de saúde.

De acordo com Feijão e colaboradores (2005) o estilo de vida apresenta um papel crítico na determinação da pressão arterial dos indivíduos e na prevalência da hipertensão nas populações.

Lembram Bastos e Borestein (2004) que a prevenção primária é a principal terapêutica no combate aos fatores de riscos. Nesse processo, o profissional de saúde em especial o enfermeiro age como um facilitador, procurando utilizar técnicas ou meios que levam a promoção da educação em saúde, a prática do auto-cuidado, com o objetivo de manter controlada a pressão arterial e também uma assistência de enfermagem mais humanizada.

4 METODOLOGIA

4.1 Tipo de Estudo

É um estudo do tipo revisão de literatura, envolvendo uma extensa revisão de artigos científicos, objetivando descrever os fatores de risco associados para a hipertensão arterial.

4.2 Local e Coleta dos Artigos

Os textos utilizados neste estudo foram coletados por meio de busca eletrônica em banco de dados de biblioteca científica, especificadamente, BIREME, BVS, através dos quais foi possível consultar as seguintes bases de dados:

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• SCIELO (Scientific Eletronic Library Online);• Medline Literatura Internacional em Ciências da Saúde.

4.3 Critérios para Inclusão Os seguintes critérios foram estabelecidos para nortear a inclusão dos artigos:• Artigos científicos que abordaram a temática da hipertensão arterial;• Artigos publicados em periódicos nacionais;• Artigos publicados na língua portuguesa. • Artigos que continham texto completo disponível.

4.4 Critérios de Exclusão Os seguintes critérios foram estabelecidos para nortear a exclusão dos artigos:• Artigos científicos que não abordavam a temática da hipertensão arterial• Artigos publicados com outro idioma que não fosse o português (línguas estrangeiras). • Artigos que não disponibilizavam textos completos.

4.5 Coleta de Dados

Os dados foram coletados entre os períodos de outubro a dezembro de 2011, momento em que as autoras intensificaram a busca nas bibliotecas virtuais, objetivando capturar os 50 artigos que subsidiaram o estudo. Após a leitura detalhada de cada artigo, as autoras construíram as suas sínteses, a partir das características e da análise da essência de cada um deles, conforme explicado no instrumento de coleta de dados (APÊNDICE A).

4.6 Instrumento

O instrumento para a coleta de dados foi composto pelas características de identificação dos artigos, as quais citam-se: o titulo da obra, o ano da publicação, o periódico indexado, o número dos autores, a titulação do primeiro autor e os descritores.

4.7 Análise dos Dados

Os dados coletados neste estudo foram apresentados em duas seções. A primeira expõe as características dos artigos capturados, tais como ano de publicação, número de autores e os títulos dos periódicos consultados, A segunda seção apresenta a síntese de cada um dos artigos pesquisados, contendo tipo do estudo, objetivo, amostra, local da sua realização, tipo de instrumento utilizado bem como seus principais resultados e conclusões.

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Os dados analisados referentes a primeira seção foram tabulados e apresentados por meio dos valores da freqüência absoluta e relativa.

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 Identificação dos Periódicos A revisão da literatura foi realizada considerando os trabalhos científicos que atenderam os critérios para inclusão da pesquisa. Os resultados do estudo de revisão estão apresentados em freqüências absolutas e relativas, conforme as tabelas a seguir. Tabela 1- Distribuição dos artigos de acordo com o ano da publicação, Recife, Out-Dez, 2011. Ano de publicação n n%2002 03 6,02003 05 10,02004 03 6,02005 04 8,02006 03 6,02007 06 12,02008 08 16,02009 12 24,02010 05 10,02011 01 2,0TOTAL 50 100

De acordo com a tabela 1, é possível observar que o ano de 2009, apresenta-se como o mais prevalente em número de artigos relacionados ao tema, somando um total de 12 (24%) de publicações.Tabela 2- Distribuição das publicações de acordo com número de autores, Recife, Out-Dez, 2011.

Número de autores n n%1 autor 01 2,02-3 autores 26 52,0Mais de 4 autores 23 46,0TOTAL 50 100,0

Observou-se na tabela 2, uma maior proporção de artigos com 2 a 3 autores (n=26;52,0%).

Tabela 3- Distribuição das publicações de acordo com a titulação do 1º autor, Recife, Out-Dez, 2011.

Titulação do 1º autor n n%Graduados 12 24,0Especialistas 07 14,0Mestres 08 16,0Doutores 13 26,0Não Informado 10 20,0TOTAL 50 100

Através da tabela 3, foi possível identificar que 13 (26,0%) dos autores

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possuíam doutorado, seguido de 12 (24,0%) graduados entre os autores dos 50 artigos selecionados.

Tabela 4- Distribuição das publicações por periódicos indexados nas bases de dados em saúde, Recife, Out-Dez, 2011.

Titulo dos periódicos n n%Arquivo Brasileiro de Cardiologia

15 30,0

Revista Latino Americana de Enfermagem

01 2,0

Revista de Saúde Pública 11 22,0Revista da Associação Médica Brasileira

03 6,0

Revista de Odontologia da UNESP

01 2,0

Caderno de Saúde Pública

03 6,0

Acta Paul de Enfermagem 01 2,0Texto e Contexto de Enfermagem

02 4,0

Escola Anna Nery de Enfermagem

01 2,0

Revista de Epidemiologia e Serviços de Saúde

01 2,0

Revista Brasileira de Ciência e Movimento

01 2,0

Revista Brasileira de Hipertensão

01 2,0

Jornal de Pediatria 02 4,0RBAC 01 2,0Arquivo Brasileiro de Endocrinologia Metabólica

01 2,0

Revista da Escola de Enfermagem da USP

03 6,0

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

01 2,0

Revista de Nutrição 01 2,0Cogitare Enfermagem 01 2,0TOTAL 50 100

Observa-se que o Arquivo Brasileiro de Cardiologia foi o periódico que apresentou maior número de publicações (n=15;30,0%), seguido pela Revista de Saúde Pública com 11 (22,0%) artigos.

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Tabela 5- Distribuição das publicações de acordo com os principais fatores de risco para a hipertensão arterial, Recife, Out-Dez, 2011. Fatores de risco n %Tabagismo/ álcool 06 6,7Obesidade/sobrepeso 08 8,9Sedentarismo 20 22,2Diabetes Mellitus 06 6,7Antecedente familiar 18 20,0Hábitos alimentares 04 4,4Sexo/idade 10 11,1Escolaridade 08 8,9Cor da pele 06 6,7Estresse 04 4,4TOTAL 90 100,0

Através da tabela 5, identificou-se que entre os principais fatores de risco referenciados nos artigos o mais prevalente para a hipertensão arterial foi o sedentarismo (n=20; 22,2%), seguido pelo antecedente familiar (n=18; 20,0%).

5.2 Síntese dos Artigos

Abaixo estão apresentados os artigos capturados pelas autoras do presente estudo. Eles foram sintetizados após a citação da sua referência. A síntese foi composta pelos dados do estudo tais como o objetivo, o tipo do estudo, amostra, procedimentos para a coleta, principais resultados e conclusões.

“Prevalência dos Fatores de Risco da Doença Arterial Coronariana no Estado do Rio Grande do Sul.” (GUS, I; FISCHMANN, A; MEDINA, C, 2002).

As doenças cardiovasculares atualmente têm ocupado um papel indiscutível na mortalidade e morbidade mundial. Entre os fatores de risco que estão associados às doenças cardiovasculares destacam-se: a HAS, o consumo de cigarro, a falta de exercícios, hereditariedade entre outras. O estudo teve como objetivo buscar conhecer a prevalência entre os principais fatores de risco para a doença arterial coronariana no Estado do Rio Grande do Sul e mostrar sua relação com a idade. Estudo realizado do tipo observacional, de delineamento transversal, composta por uma amostra total de 1.066 indivíduos adultos maiores de 20 anos de idade residentes no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Ficou evidente entre os resultados apresentados percentuais mais elevados de hipertensão arterial sistêmica para o sexo feminino, excesso de peso para o sexo masculino, altos índices de hiperglicemia, colesterol alto e sedentarismo entre as faixas etárias mais avançadas. Analisa-se através dos resultados identificados que o aumento da idade média da população ou da sobrevida tende a ficar mais evidente a presença das doenças crônicas dentre elas as cardiopatias entre a população com a faixa etária mais

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elevada. Considera-se que a melhor forma de agir está fundamentada na diminuição entre os fatores de risco associados à doença arterial coronária, que só será possível através da prevenção primária, voltada a educação da população com o incentivo a promoção a saúde do indivíduo e a sua coletividade.

“Hábitos de Saúde e Fatores de Risco em Pacientes Hipertensos.” (SIMONETTI, J.P; BATISTA, L; CARVALHO, L.R, 2002).

A hipertensão arterial tem sido identificada com um dos grandes problemas de saúde pública em nosso país, em pesquisas realizadas por sua prevalência foi observada em cerca de 15 a 20% entre indivíduos adultos maiores de 20 anos de idade. Entre os fatores de risco descritos pelos autores foram identificados: antecedentes familiares, a idade, o sexo, a raça, a obesidade, a ingestão elevada de sódio, de álcool, e fumo, ao uso de anticoncepcionais e a alimentação realizada através de uma dieta rica em gorduras.Após a análise do estudo com pacientes hipertensos internados num hospital escola, observa-se que alguns fatores de riscos como a hereditariedade na família apresenta um percentual de 59,4%, os que ingerem alimentos gordurosos 75,0%; não controlam a ingestão do sal 37,5%; ingerem bebidas alcoólicas 9,4%; fumantes 15,6%; sedentários 81,2%. Percebe-se que entre os fatores de riscos para hipertensão, o sedentarismo é o de maior percentual em relação aos demais fatores. Analisa-se que mesmo os pacientes que relataram realizar o controle e possuírem conhecimento, um grande percentual apresentou valores pressóricos elevados. Os resultados nos permitem refletir em quais pontos os profissionais devem atuar para reverter tais dados apresentados, identificando-se que os pacientes apresentavam conhecimento ineficaz em relação ao tratamento, o estudo sugere medidas educativas mais efetivas no comportamento dos pacientes para que haja um maior controle dos fatores de risco para a hipertensão arterial.

“Efeito e Estresse Ambiental Sobre a Pressão Arterial de Trabalhadores.” (ROCHA, R; PORTO, M; MORELLI, M.Y.G; MAESTA,N; WAIB, P.H; BURINI, R.C, 2002).

Observa-se que indivíduos expostos a ambientes de trabalho estressantes e expostos as longas jornadas de trabalho podem estar mais suscetíveis a apresentarem níveis pressóricos elevados. O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito dos diferentes ambientes e condições de trabalhos sobre a variação pressórica sanguínea entre os operários de uma indústria madeireira. Foram avaliados 46 funcionários do sexo masculino, adultos, de uma indústria processadora de madeiras situada em Botucatu, no Estado de São Paulo. Foram avaliadas a pressão arterial, a freqüência cardíaca, durante três dias

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consecutivos, sendo utilizada a média estatística para os três dias dividindo os trabalhadores em dois grupos o G1 (trabalhadores da produção) G2 (trabalhadores na área administrativa). Dentre os resultados obtidos foi possível identificar a associação das respostas pressóricas, mais elevada entre os trabalhadores que exerciam maiores esforços físicos, destacando-se o grupo que realizavam suas atividades na área de produção o G1. Outro fator contribuinte identificado para a elevação da pressão arterial foi o histórico familiar novamente destacando-se o grupo G1 em relação ao G2. Analisa-se que a diferenças apresentadas pelos dois grupos está relativamente associada ao ambiente e a diferença de esforços físicos empregados por cada grupo. Pode-se concluir que possivelmente o estresse no ambiente de trabalho possa vir a constituir como um dos fatores predisponentes para a hipertensão arterial. Sugere-se que a empresa pesquisada possa vir a adotar estratégias que visem à saúde do trabalho, porém é uma doença de caráter passível de prevenção se hábitos saudáveis forem adotados ao longo da vida, o que garantirá ao trabalhador uma melhor qualidade de vida.

“Influência da Distribuição da Gordura Corporal sobre a Prevalência de Hipertensão Arterial e Outros Fatores de Risco Cardiovascular em Indivíduos Obesos.” (CARNEIRO, G; FARIA, A.N; FILHO, F.F.R; GUIMARÃES, A; LERÁRIO, D; FERREIRA, S.R.G; ZANELLA, M.T, 2003).

O estudo teve como objetivo avaliar o impacto da obesidade e da distribuição de gordura corporal sobre o risco para as doenças cardiovasculares. Foram avaliados 499 pacientes apresentando sobrepeso e obesos durante os meses de março de 1988 a novembro de 1999, no ambulatório de obesidade da UNIFESP. Observa-se no estudo a presença da associação da obesidade e a hipertensão arterial. Analisa-se que o aumento da massa corporal também está associado como a elevação da prevalência para as doenças cardiovasculares. Em relação ao gênero, o sexo feminino apresentou-se como o mais prevalente para a hipertensão arterial. Os mecanismos para avaliação da gordura abdominal para a elevação da prevalência de hipertensão arterial segundo os autores da pesquisa não estão totalmente claros. Conclui-se que os resultados apresentados ressaltam para a importância que a obesidade contribui para aumentar o risco para as doenças cardiovasculares. No presente estudo identifica-se que a obesidade contribui significativamente para o desenvolvimento da hipertensão arterial.

“A influência do Conhecimento Sobre a Doença e a Atitude Frente à Tomada dos Remédios no Controle da Hipertensão Arterial.” (STRELEC, M.A.A.M; PIERIN, A.M.G; JUNIOR, D.M, 2003).

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Analisa-se a grande importância e funcionalidade que o tratamento realizado através de anti-hipertensivos possui, contribuindo para o auxilio na redução da mortalidade e morbidade das doenças cardiovasculares. Observa-se que apesar dos benefícios oferecidos na utilização dos medicamentos anti-hipertensivos, sua efetividade e prevalentemente baixa.O estudo teve como objetivo relacionar o controle da pressão arterial com o teste de Morisky e Green, analisando o conhecimento sobre a doença, e as atitudes frente à tomada dos remédios e o comparecimento às consultas e juízo subjetivo do médico. Tratou-se de um estudo descritivo exploratório, com abordagem quantitativa, composto por 130 pacientes. Os indivíduos portadores de hipertensão foram entrevistados após a consulta médica, respondendo às questões do teste de Morisky e Green e mais dois formulários, para a análise da pressão arterial utilizaram-se os valores anotados no prontuário dos pacientes. Os dados apresentados referiram atitudes positivas em relação à utilização dos medicamentos anti-hipertensivos, porém sua associação com o controle da pressão arterial não foi significativa. Pode-se analisar através destes dados que as ações para o controle da hipertensão arterial não pode estar voltado somente par a utilização dos medicamentos, práticas mais complexas devem ser adotadas, dentre elas a reeducação alimentar e a realização de atividades física rotineiramente. Identifica-se que os pacientes relataram possuir conhecimento sobre a doença e tratamento mais não foi possível observar a associação significativa no controle ou não da pressão arterial. A análise dos resultados nos remete a uma reflexão sobre a necessidade de uma avaliação mais abrangente, visando um maior comprometimento da equipe de saúde e di paciente para a adesão ao tratamento e conseqüente controle da hipertensão.

“Hipertensão Arterial e Consumo de Sal em População Urbana.” (MOLINA, M.C.B; CUNHA, R.S; HERKENHOFF, L.F; MILL, J.G, 2003).

O objetivo do trabalho foi avaliar o consumo de sódio e potássio e a relação entre o sódio e o potássio nas diferentes classes socioeconômicas, de raça e sexo e a sua relação com a elevação da pressão arterial. Estudo de corte transversal, desenvolvido por meio de levantamento e análise de dados socioeconômicos e de saúde em amostra probabilística entre os moradores do município de Vitória, no Estado do Espírito Santo. A coleta de dados foi realizada entre os anos de 1999 e 2000 por meio de questionários aplicados durante visitas domiciliares. A amostra estudada foi composta de 764 indivíduos.Analisa-se através dos resultados que o consumo de sal diário esteve positivamente associado com a elevação dos níveis pressóricos. Identificando que os resultados apresentados de meta-análises foram consistentes a

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revelarem que a diminuição do consumo de sal, ocasiona efeito considerável sobre a pressão arterial. Os autores acreditam que a redução de sal no consumo diário do País, contribui para o controle da hipertensão arterial. Conclui-se que medidas de incentivo de promoção a uma alimentação e hábitos saudáveis, devem ser implementadas, analisando que a melhoria da alimentação pode acarretar na diminuição ou prevenção de doenças.

“Portador de Hipertensão Arterial: Atitudes, Crenças, Percepções, Pensamentos e Práticas.” (PÉRES, D.S; MAGNA, J.M; VIANA, L.A, 2003).

Atualmente a concepção de saúde tem sido construída através das experiências pessoais de cada indivíduo. Analisa-se que os valores, pensamentos, idéias e crenças, que cada indivíduo possui, poderá causar influencia na forma em que este indivíduo enfrentará a doença. O objetivo do estudo foi conhecer o portador de hipertensão arterial, da rede pública de saúde, por meio da análise de suas atitudes, percepções, crenças, pensamentos e práticas, com o propósito de aperfeiçoar os programas de atendimento para essa categoria da doença. A amostra foi composta por 32 usuários dos serviços de saúde, na faixa etária de 37-81 anos, de ambos os sexos. Distribuídos em duas unidades básicas de saúde do município de Ribeirão Preto, São Paulo. Os resultados identificados revelaram o desconhecimento da população sobre a doença, apesar de já terem recebido orientações sobre a patologia. Em relação às práticas adotadas para o controle grande parte dos indivíduos, enfatizaram terem adotados “a mudança do estilo de vida”, também foi possível observar um significativo número de pacientes que possuíam medo das conseqüências que a doença poderia ocasionar. Analisa-se que grande parte dos usuários, apresenta conhecimento ineficaz sobre a doença, associados às crenças individuais, as quais contribuíam para que os indivíduos adotassem condutas erradas em relação ao tratamento e controle da hipertensão arterial. Sugere-se através dos dados analisados para este estudo a mudanças na abordagem educativas relacionadas à doença, torna-se importante a realização de ações que envolvam os profissionais, usuários e família, no tratamento do portador de hipertensão arterial.

“Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica em Estudantes da Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.” (LOFREDO, L.C.M; TELAROLL JR, R; BASSO, MF.M, 2003).

Este estudo teve como objetivo detectar a hipertensão entre estudantes de Graduação da Faculdade de Odontologia de Araraquara- UNESP, segundo idade, sexo, série. A amostra foi constituída por 280 estudantes.

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Os resultados identificaram um número elevado de estudantes com níveis pressóricos dentro da normalidade. Do total da amostra de 4,3% apresentaram alterações entre este percentual destacou-se os indivíduos do sexo masculino, que cursavam o primeiro período da faculdade, que encontrava-se entre a faixa etária de 20-28 anos de idade. Os resultados revelam que os índices da hipertensão arterial tem se apresentado cada vez mais entre indivíduos mais jovens, tais dados, estão associados ao modo de vida, que cada pessoa adota, atualmente observa-se que o sedentarismo tem sido caracterizado como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento e agravo das doenças cardiovasculares. É possível relacionar que o sedentarismo está associado neste tipo de população devido ao tempo em que o curso exige dos estudantes, impossibilitando-os para qualquer tipo de prática física, vale destacar que outro agravante que possivelmente pode estar associado está em relação ao tipo de alimentos consumido pelos estudantes. Neste estudo os autores destacaram que os níveis pressóricos mais prevalentes foram os dos alunos que cursavam o primeiro ano, os mesmos associaram que tais alterações poderiam ser relativas ao estresse. Independente dos resultados apresentados observa-se a necessidade da adoção de medidas preventivas na atenção primária de forma mais efetiva, buscando a redução e prevalência de doenças.

“Prevalência dos Fatores de Risco para Doenças Cardiovascular em Funcionários do Centro de Pesquisa da Petrobrás.” (MATOS, M.F.D; SILVA, N.A.S; PIMENTA, A.J.M; CUNHA, A.J.L.A, 2004).

A pesquisa teve como objetivo de analisar, nos empregados do Centro de Pesquisas da Petrobrás, a prevalência dos fatores de risco para doença cardiovascular e, a partir daí, desenvolver ações de promoção para a saúde. Tratou-se de estudo do tipo transversal, realizado durante o período de março de 2000 a fevereiro de 2001. O estudo foi composto por 970 empregados. Identifica-se um percentual de 18,2% de trabalhadores com hipertensão arterial, entre os fatores de risco predisponente para as doenças cardiovasculares o sedentarismo foi o mais prevalente, seguido de sobrepeso, tabagismo, diabetes. Através dos dados obtidos pode-se considerar que os empregados apresentaram grande risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, visto que grande parte dos trabalhadores chegou a apresentar mais de um fator predisponente. Considera-se importante que a empresa adote medidas de educação em saúde aos profissionais, analisando-se que grande parte do tempo os indivíduos estão presente no ambiente de trabalho. Destacando-se como foco principal mudança no estilo de vida, buscando a redução dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças.

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“Perfil de Crise Hipertensiva. Prevalência e Apresentação Clínica.” (MARTIN, J.F.V; HIGASHIAMA, E; GARCIA, E.G; LUIZON, M.R; CIPULLO, J.P, 2004).

A crise hipertensiva é caracterizada como uma elevação súbita da pressão arterial, ocasionando ou não riscos a órgãos-alvos, que podem gerar risco eminente a vida. Esta pesquisa teve como objetivos estudar a prevalência da crise hipertensiva em um hospital universitário de referência regional, dividindo-a em urgência e emergência hipertensiva, analisando o perfil e a apresentação clínica (sinais e sintomas) do paciente com a crise hipertensiva durante o atendimento na emergência do hospital avaliando a frequência das diversas apresentações da emergência hipertensiva e o perfil de seus pacientes. Estudo realizado em prontuários de pacientes atendidos na emergência de um Hospital. Identificaram-se entre os resultados maiores prevalências da hipertensão entre as urgências do que emergências hipertensivas, o tabaco destacou-se como o fator de risco para as alterações na pressão arterial. O sexo feminino apresentou-se com maiores frequências as crises hipertensivas, sendo possível identificar que entre as emergências hipertensivas destacaram-se as lesões cerebrovasculares. Através dos resultados pode-se destacar a importância na identificação na emergência médica, analisando que o tratamento e diagnóstico adequando contribuem para a prevenção das lesões mais graves que a doença pode vir a ocasionar.

“A Hipertensão Arterial Sob o Olhar de uma População Carente: Estudo Exploratório a partir dos conhecimentos, atitudes e Práticas.” (LIMA, M.T; BUCHER, J.S.N.F; LIMA, J.W.O, 2004).

No Brasil a hipertensão arterial tem apresentado através de estudos, realizados com base populacional as prevalências entre 20 a 30%, entre os fatores constituintes para a elevação da pressão arterial estão: idade, sexo, raça, ingesta de sal, tabagismo, obesidade, estresse. O estudo teve como objetivo investigar os motivos norteadores das atitudes dos indivíduos pesquisados com a relação entre o comportamento de risco para hipertensão arterial, sedentarismo, ingesta de sal e gorduras na dieta, o uso de álcool e o tabagismo. Estudo do tipo exploratório, realizado no Conjunto Habitacional no município de Caucaia, no Estado do Ceará. O estudo revelou que as características socioeconômicas que envolviam os indivíduos pesquisados determinavam o seu comportamento e ao estilo de vida da população, considerando que suas práticas diárias contribuíam negativamente para a realização de hábitos saudáveis, visto que a população se encontrava em situações financeiras precárias e com baixas condições ao acesso dos serviços de saúde.

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Considera-se através dos resultados apresentados a importância, em que os profissionais de saúde possuem em atuar na capacitar os indivíduos da comunidade, mais também vale ressaltar e considerar a situação econômica em que estes indivíduos esta submetido, dando-nos a entender que não só deve ser feita a educação em saúde mais, torna-se mais abrangente como o individuo deve possuir condições boas de moradia, renda, acesso aos serviços, aos medicamentos, a exames em fim a toda sua complexidade, conclui-se que o meio, a cultura influenciam significativamente na forma em que o indivíduo irá se comportar a doença.

“Avaliação de Pacientes Hipertensos Acompanhados pelo Programa Saúde da Família em um Centro de Saúde Escola.” (MANO, G.M.P; PIERIN, 2005).

Observa-se que muitos fatores contribuem para a elevação da pressão arterial, dentre os fatores a história genética é o único fator não modificável. Os demais fatores como: ingesta elevada de sódio, sedentarismo, estresse, obesidade, uso de bebidas alcoólicas em excesso, são fatores modificáveis. O estudo utilizou a abordagem quantitativa, exploratória, do tipo transversal, realizado por meio de consulta aos prontuários dos pacientes, numa Escola do Município de São Paulo. O objetivo do presente estudo foi caracterizar um grupo de pacientes hipertensos seguidos no Programa Saúde da Família em um Centro de Saúde Escola. Foi possível identificar que o predomínio da etnia branca e a baixa escolaridade, índices baixos relacionados ao consumo de cigarro e altos para o consumo de bebidas alcoólicas entre os indivíduos envolvidos. Os resultados identificados ressaltam na importância de uma melhor avaliação no controle e ao tratamento da hipertensão arterial, visto que os indicies continuam altamente prevalente. Os resultados sugerem uma nova abordagem nos programas aos pacientes hipertensos, visando à identificação de fatores que contribuem para a baixa adesão ao tratamento, buscando o incentivo a mudança do estilo de vida, ressaltando a importância da manutenção adequada do tratamento.“Relação Entre a Assiduidade às Consultas Ambulatoriais e o Controle da Pressão Arterial em Pacientes Hipertensos.” (COELHO, E.B; NETO, M.M; PALHARES, R; CARDOSO, M.C.M; GELEILETE, T.J.M; NOBRE, F, 2005).

O objetivo do presente estudo foi determinar a taxa de pacientes hipertensos com a pressão arterial controlada e estudar a sua relação com a assiduidade às consultas ambulatórias. Foram avaliados 245 pacientes, que realizavam suas consultas no ambulatório, durante um ano. A amostra foi selecionada através de sorteio. Todos os pacientes foram submetidos, em cada visita, a duas verificações da medição da pressão arterial. Os resultados identificados demonstram que apenas um terço dos indivíduos conseguiu manter níveis pressóricos controlados, outro dado identificado foram que as taxas de assiduidade aumentaram. Em conclusão observa-se que um

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percentual pouco significativo dos pacientes conseguiu manter níveis pressóricos controlado, estes dados nos fazem identificar a presença de um controle eficaz sobre a doença, considerando que houve o aumento relativo à assiduidade nas consultas, conclui-se que os pacientes não estão absorvendo satisfatoriamente as orientações prestadas. Acredita-se que os indivíduos que comparecem as consultas tendem a apresentarem melhores resultados no tratamento e controle da hipertensão arterial. Sugere-se que o tratamento dos pacientes portadores de hipertensão arterial deve abranger não somente ao uso de medicamentos anti-hipertensivos que auxiliam para a redução dos níveis pressóricos. Mas na busca de fatores que envolvem o risco para a elevação da pressão arterial devem ser identificados, modificações no hábito de vida, se possível envolvimento familiar, favorecendo assim, para uma maior adesão ao tratamento.

“Adesão do Cliente Hipertenso ao Tratamento: Análise Com Abordagem Interdisciplinar.” (SANTOS, A.M.S.A; FROTA, M.A; CRUS, D.M; HOLANDA, S.D.O, 2005).

Um ponto importante em destaque no tratamento do indivíduo portador de hipertensão arterial está relacionado à adesão ao tratamento. Estudos realizados por Santos e colaboradores em 2005, identificaram que a metade dos hipertensos não realizaram nenhum tipo de tratamento. Dados estes que representam aos profissionais envolvidos um grande desafio, analisando que a problemática que envolve a não adesão e complexa e envolve diversos fatores relativos ao sexo, a idade, a escolaridade, as crenças, a situação socioeconômica e aos hábitos de vida e culturais. Esta pesquisa foi realizada no Hospital de Messejana, situada em Fortaleza – CE.A população foi composta por 50 pacientes portadores de hipertensão arterial. Dados realizados através da entrevista, durante dois meses. O objetivo do estudo foi analisar a adesão do cliente hipertenso com abordagem interdisciplinar. Identifica-se que os indivíduos envolvidos assim como em outras pesquisas não aderem ao tratamento adequadamente, entre os motivos para a não adesão a falta de conhecimento adequado prevalece sobre os demais fatores para a baixa adesão, seguido pela ausência de sintomatologia da doença. Através dos dados identificados pode-se observar que a educação em saúde continua sendo a ferramenta essencial para o combate das altas prevalências da doença. Considera-se que o paciente que possui conhecimento sobre a doença torna-se mais confiante em realizar o autocuidado, adere melhor ao esquema terapêutico preventivo, atingindo um melhor nível de saúde. Concluindo-se que a falta de conhecimento adequando contribui para a baixa adesão ao tratamento. Sugere-se que os portadores de hipertensão arterial sejam estimulados a participar de atividades educativas, as instituições envolvidas devem abordar estratégias que facilitem a acessibilidade do paciente ao tratamento, envolvendo

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a família e as pessoas da comunidade, contribuindo para a promoção em saúde. “Prevalência de Excesso de Peso e Hipertensão Arterial, em População Urbana de Baixa Renda.” (FEIJÃO, A.M.A; GADELHA, F.V; BEZERRA, A.A; OLIVEIRA, A.M; SILVA, M.S.S; LIMA, J.W.O, 2005).

Atualmente pode se observar que o aumento da massa corporal está fortemente associado à elevação da pressão arterial. Este trabalho teve como objetivo apresentar a estimativa da relação entre massa corporal e a ocorrência de hipertensão arterial, ajustada pelo sexo, idade, renda, escolaridade, em uma população de baixo nível socioeconômico, da região metropolitana de Fortaleza. Estudo do tipo transversal, composto por 1.137indivíduos, entre os principais dados obtidos destaca-se o sexo, idade e renda familiar, apresentando dados significativamente associados ao excesso de peso. A prevalência do excesso de peso foi mais significativa no sexo feminino em relação ao sexo masculino também foi possível identificar o aumento de acordo do peso com a elevação da renda. No entanto, em relação à idade e excesso de peso aumentava de acordo com aumento da idade. Conclui-se que os indivíduos apresentaram uma significativa prevalência de excesso de peso e de hipertensão arterial, analisa-se que os dois fatores estão fortemente associados entre si, como também pela elevada porcentagem de indivíduos obesos. Os resultados sugerem para a implementação de estratégias de incentivo a prevenção primária, controle de peso seria uma intervenção pertinente para a diminuição da ocorrência de hipertensão arterial.

“O Estilo de Vida do Cliente com Hipertensão Arterial e o Cuidado com a Saúde.” (TEIXEIRA, E.R; SILVA, J.C; LAMAS, A.R; MATOS, R.M, 2006).

Analisa-se que as condições do estilo de vida, influenciam no contexto social de saúde, atualmente o novo contexto a saúde envolve a complexidade e determinação social, onde o indivíduo e analisado como um todo. O estudo teve como objetivo levantar os componentes do estilo de vida do sujeito que influenciam o cuidado com a saúde, descrevendo como o aspecto emocional do sujeito se relaciona com os hábitos de vida analisando os conteúdos emergidos de modo contextualizado. Tratou-se de um estudo de natureza quantitativa e utilizou-se o método de estatística descritiva, de freqüência simples e percentual. A amostra foi composta por 220 clientes. Identifica-se o predomínio da faixa etária de 50 a 70 anos. Observa-se que em relação ao conhecimento dos hábitos relativos à manutenção da saúde estão associados à alimentação, exercícios físicos, lazer, comportamentos aditivos, e aos aspectos emocionais. Desse modo, podemos concluir a existência da relação entre o cuidado na saúde e o estilo de vida.

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Destacam-se os aspectos emocionais como transformadores visto que, envolvem o desejo e a satisfação pela vida. Acredita-se que o aparecimento da doença expressa alterações na realidade biofísica do sujeito. Torna-se importante compreender que os hábitos de vida influenciam nas condutas e efetivação aos cuidados a saúde. O profissional de saúde deve buscam alternativas que sejam adequadas a realidade da população, visando a melhor manutenção da qualidade de vida.

“Hipertensão Arterial na População Adulta de Salvador (BA)- Brasil.” (LESSA, I; MAGALHÃES, L; ARAÚJO, M.J; FILHO, N.A; AQUINO, E; OLIVEIRA, M.M.C, 2006).

O estudo realizado foi de corte transversal, usando o banco de dados do subprojeto “Prevalência de fatores de risco cardiovascular (FRCV) e para o diabetes”, realizado em Salvador - Bahia, Brasil, durante os anos de 1999 – 2000 realizados com 1.439 participantes. O estudo teve como objetivo estimar a prevalência da hipertensão arterial e da sua associação com outros fatores de risco cardiovascular na população miscigenada da cidade de Salvador, Nordeste do Brasil. Identificaram-se elevadas freqüências de participantes sedentários, com sobrepeso ou obesidade, obesidade central e lipídica séricas anormais, observadas em 13,3%. A prevalência da hipertensão nas mulheres apresentou-se elevada. Os resultados confirmam a alta prevalência da hipertensão na população, incluindo-se entre escassos estudos nacionais com predomínio entre o sexo feminino. Sugere-se a reformulação das estratégias oficiais para identificação dos fatores de risco, tratamento e controle da hipertensão mais eficaz e abrangentes intervenções educacionais.

“Hipertensão arterial no Brasil: Estimativa de Prevalência a partir de Estudos de Base Populacional.” (PASSOS, V.M.A; ASSIS, T.D; BARRETO, S.M, 2006).

Observa-se a hipertensão arterial como um fator de risco associado para as doenças cardíacas, cerebrais, renais e vasculares periféricas, sendo responsável por aproximadamente 25 a 40% cardiopatias isquêmicas e acidentes vasculares cerebrais. Os autores realizaram um estudo do tipo revisão bibliográficos de artigos publicados com o tema referente à hipertensão arterial sistêmica em adultos, de base populacional, a partir do ano de 1990. Os artigos foram analisados em ordem cronológica, levou-se em consideração o tipo de população-alvo, o desenho do estudo, o plano amostral, e as características sociais e demográficas. Identifica-se que os estudos epidemiológicos demonstram o aumento da prevalência da hipertensão correlacionando com o aumento da idade, a ocorrência

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relacionada aos fatores de risco, estilo de vida, todos independentemente associados ao aumento de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares. Conclui-se que a alta prevalência e aglomeração de fatores de risco para doenças cardiovasculares entre pacientes hipertensos reforçando a necessidade não só de aprimoramento do diagnóstico e tratamento da hipertensão, como também da abordagem integral do perfil de risco dessa população. Acredita-se que a educação em saúde consiste como uma das principais ferramentas de promoção a saúde, contribuindo assim, para melhores condições de vida. Assim pode-se entender que o conhecimento sobre a hipertensão arterial sistêmica é uma das mais importantes estratégias para a transformação no estilo de vida, proporcionando ao indivíduo o autocuidado, maior adesão ao tratamento.

“Atividade Física no Tempo Livre como Fator de Proteção para a Hipertensão Arterial.” (WAGMAKER, D.S; PITANGA, F.J.G, 2007).

Os autores descrevem que as práticas de exercícios físicos regulares contribuem na prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas. Identifica-se que fatores de risco como o sedentarismo lideram entre as causas de morte em todo o mundo. O estudo teve com objetivo realizar uma comparação entre atividade física no tempo livre com a atividade física no total (transporte, doméstica, trabalho e lazer) como fator de proteção à hipertensão arterial sistêmica. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física – QIAF. Identifica-se através dos resultados encontrados neste estudo que não houve uma associação entre atividade física e a hipertensão arterial sistêmica. Neste sentido pode-se concluir que a atividade física não possui efeito protetor para a hipertensão arterial sistêmica neste estudo. Os autores descrevem que em outros estudos as atividades físicas se destacam como ferramenta para a manutenção a saúde, onde foi possível verificar que os indivíduos podem chegar possuir 35% menos chances de desenvolver a hipertensão arterial. Acredita-se que a implementação de estratégias, estimulando à população a adoção de um estilo de vida mais ativa, com incentivo de exercícios físicos, alimentação saudável, podem contribuir na prevenção e agravo de doenças. “Educação em Saúde no Enfrentamento da Hipertensão Arterial: Uma Nova Ótica para um Velho Problema.” (TOLEDO, M.M; RODRIGUES, S.C; CHIESA, A.M, 2007).

Considera-se que atualmente, a hipertensão arterial sistêmica possui uma elevada prevalência, constituindo-se em um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, que por sua vez ocupam o primeiro lugar no perfil de morbidades. Nos serviços de atenção primária, a atuação dos profissionais de

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enfermagem torna-se essencial em todo o processo de diagnóstico e tratamento, principalmente para a adesão do indivíduo ao tratamento. Observa-se que estudo constituiu-se em uma pesquisa bibliográfica relacionada a estudos que apresentassem estratégias ou descrevessem experiências educativas entre indivíduos portadores de hipertensão arterial sistêmica. A identificação das fontes bibliográficas realizou-se através de um sistema informatizado de busca entre os bancos de dados LILACS (Literatura Latino Americana de Ciências da Saúde), e PERIENF (Acervos de Periódicos da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo). Observa-se que o presente estudo que contemplou os seguintes objetivos: levantar a produção científica multiprofissional e da enfermagem sobre a prática de educação em saúde no enfrentamento da hipertensão em serviços de saúde; identificar o caráter do processo educativo presente nas produções científicas no que diz respeito as suas características emancipatórias ou normativas. Acredita-se que a educação em saúde consiste em um dos principais elementos para a promoção da saúde e, portanto, contribuindo para melhores condições de vida. O processo de educação em saúde é fundamentado em métodos e técnica as quais devem proporcionar ao indivíduo conhecimento, dessa forma, a promoção saúde deve proporcionar maior participação do indivíduo para que as ações de saúde se tornem mais efetivas.

“Controle do Estresse e Hipertensão Arterial Sistêmica.” (LIPP, M.E.N, 2007).

De acordo com o autor a reatividade cardiovascular ocasionada através de eventos estressores pode representar como um sinal de alerta para os indivíduos que negligenciam o tratamento, identificando que as alterações dos parâmetros cardiovasculares podem atingir níveis comprometedores. O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficácia, principalmente no que se refere à mudança do estilo de vida, tão essencial para a adesão ao tratamento das doenças crônicas, como a hipertensão. Observa-se através do estudo realizado que as características da personalidade do indivíduo portador de hipertensão determinam a sua reatividade cardiovascular, destaca-se o estresse emocional como um dos fatores mais importantes associados a alterações da reatividade cardiovascular. O autor acredita a redução do estresse emocional pode contribuir para a redução das crises hipertensivas. Destacando os fatores psicológicos também como fatores de risco, para a elevação da pressão arterial, analisando-se que os mesmos podem contribuir para a adesão ou não adesão do individuo ao tratamento. Conclui-se que o tratamento da hipertensão arterial exige um trabalho e multidisciplinar direcionado para a adoção de estratégias de enfrentamento do estresse, mudanças no hábito de vida.

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“Importância Relativa do Índice da Massa Corporal e da Circunferência Abdominal na Predição da Hipertensão Arterial.” (SARNO, F; MONTEIRO, C.A, 2007).

O estudo teve como realizar uma avaliação entre a população de adultos brasileiros sobre a importância relativa do índice de massa muscular e da circunferência abdominal para o desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica. A população de estudo foi composta por amostra de funcionários de um hospital geral privado do município de São Paulo. Sendo que todas as análises foram realizadas através de um programa de estatística “SPSS, versão 10.0”. Identifica-se um elevado percentual de hipertensão arterial entre o sexo masculino durante o turno da noite. Nas mulheres identifica-se uma prevalência maior entre as que possuíam menos escolaridade e idade mais avançada. Em ambos os sexos, houve aumento uniforme e significativo dos índices de hipertensão arterial com o aumento do IMC e da circunferência abdominal. Os resultados do estudo indicam que tanto o IMC quanto a circunferência abdominal se associam de forma importante com hipertensão arterial para ambos os sexos. Os dados identificados vão de encontro com os resultados apresentados de estudos anteriores, associando o IMC com a HA. Os resultados revelam que a gordura depositada na região abdominal pode ser considerada prejudicial para a saúde. Enfim, a pesquisa visa com seus resultados buscar novas formas de concepção do estilo de vida do cliente criando alternativas de atenção em saúde adequadas a realidade dos indivíduos.

“Prevalência de Hipertensão Arterial em Adultos e Fatores de Risco Associados: Um Estudo de Base Populacional Urbana em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.” (COSTA, J.S.D; BARCELLOS, F.C; SCLOWTIZ, M.L; SCLOWITZ, ILK.T; CASTANHEIRA, M; OLINTO, M.T.A; MENEZES, A.M.B; GIGANTE, D.P; MACEDO, S; FUCHS, S.C, 2007).

De acordo com os autores da pesquisa, as doenças cardiovasculares vêm ocupando lugar de destaque entre as principais causas de morte, representando cerca de um terço da mortalidade adulta brasileira. O estudo apresentado buscou verificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica em população adulta na cidade de Pelotas-RS e os fatores associados. Estudo do tipo transversal, de realizado entre Dezembro de 1999 a Abril de 2000, composto por uma amostra de 1.968 indivíduos com idade entre 20-69 anos. Foi possível detectar associação entre histórico familiar, renda e obesidade. Os resultados identificados no presente estudo apresentam singularidade com os resultados de estudos anteriores analisados. Conforme estudos realizados por Kuschnir; Mendonça (2007) descreveram a obesidade como o principal fator de risco para a hipertensão arterial. Renner e colaboradores (2008) apontaram

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o aspecto socioeconômico como um fator importante no desenvolvimento de doenças, refletidos pelas inadequadas condições de saneamento, nutrição e habitação. Em estudo novamente Kuschnir e Mendonça (2007) admitiram que a hipertensão esta determinada por alterações do sistema biológico, originados através da combinação de genes. Através dos resultados é possível identificar que as estratégias utilizadas para a promoção e prevenção a saúde são ineficazes, para reverter os hábitos e comportamentos voltados para hábitos saudáveis. Diante da análise sugere-se a elaboração de medidas eficazes para voltadas a prevenção e controle terapêutico visando a redução da prevalência da doença.

“Fatores de Risco Associados à Hipertensão Arterial em Adolescentes.” (KUSCHNIR, M.C.C.; MENDONÇA, G.A.S, 2007).

Os autores definem a hipertensão arterial como uma doença multifatorial, composta por diferentes mecanismos, caracterizada pelo aumento do débito cardíaco e da resistência vascular periférica. Entre os fatores contribuintes para a determinação da hipertensão arterial entre as populações mais jovens destaca-se a obesidade. Carletti e colaboradores (2008) descreveram que entre os fatores desencadeantes para a hipertensão arterial entre adolescentes estão: a idade, o gênero, a etnia, a genética, a aptidão física, o histórico familiar e a obesidade. Os autores do estudo buscaram investigar os fatores de risco associados à hipertensão arterial primária em adolescentes. Estudo de base controle constituído por adolescentes de ambos os sexos, com a faixa etária de 12-20 anos residentes da região metropolitana do Rio de Janeiro. Entre os principais achados no presente estudo destaca-se a associação entre histórico familiar e hipertensão arterial, analisando-se que os números de adolescentes que apresentavam hipertensão arterial possuíam histórico familiar positivo para a hipertensão, também houve associação entre obesidade, identificando que um grande percentual dos adolescentes apresentava-se acima do peso, os autores da pesquisa não conseguiram avaliar a associação entre o baixo peso ao nascimento e os níveis sensoriais entre os adolescentes. É possível identificar que o risco para a predisposição entre os adolescentes tornam-se maiores quando o pai e mãe são portadores de hipertensão e menor quando um só apresenta a doença. Destaca-se o grande percentual apresentado de adolescentes acima do peso. Através da pesquisa é possível observar que a hipertensão arterial atualmente tem atingido as faixas etárias mais jovens. Torna-se importante a adoção de medidas preventivas não só para os indivíduos com a faixa etária mais elevada, os jovens devem estar cada vez mais inseridos em programas educativos, envolvendo-os com hábitos de vida mais saudáveis relativos ao controle da alimentação, práticas esportivas, visando assim à redução dos índices de hipertensão em populações cada vez mais jovens.

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“Associação Entre Hipertensão Arterial e Excesso de Peso em Adultos, Belém, Pará, 2005.” (BORGES, H.P; CRUZ, N.C; MOURA, E.C, 2008).

A hipertensão arterial é a obesidade apresentam grande prevalência, considerando a hipertensão arterial como um sério problema de saúde pública por que ainda é responsável por muitas mortes no país. Tratou-se de um estudo do tipo transversal, os dados foram obtidos pelo SIMTEL (sistema de monitoramento de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis por meio do inquérito telefônico) no ano de 2005. A amostra total de banco de dados foi constituída por um total de 2.620 indivíduos. Os autores estudaram a associação entre presença de diagnóstico médico prévio de hipertensão arterial e excesso de peso, levando-se em conta variáveis sociodemográficas e de estilo de vida, na população adulta masculina e feminina de Belém-PA. Destaca-se o sexo feminino como o mais prevalente para a hipertensão arterial e o sexo masculino para a obesidade. Em relação aos hábitos alimentares observa-se os maiores índices para os indivíduos que consumiam regularmente frutas e hortaliças e para os ex-fumantes. Houve associação entre níveis de escolaridade, idade e peso. Os dados do estudo nos permitem afirmar que o excesso de peso constitui como um dos principais fatores tanto para o sexo feminino como para o masculino para o desenvolvimento da hipertensão arterial. Sugere-se alterações no estilo de vida, como o controle de peso, realização de atividades física, como a principal medida de controle para a redução de índices de hipertensão arterial.

“Associação entre Circunferência Abdominal e Hipertensão Arterial em Mulheres: Estudo Pró-saúde.” (HASSELMANN, M.H; FAERSTEIN, E; WERNECK, G; CHOR, D; LOPES, C, 2008).

Diversos estudos destacam a associação entre a distribuição da gordura corporal, na região central, com as alterações nos níveis pressóricos, doenças cardiovasculares e metabólicas. Tratou-se de estudo seccional entre 1.743 mulheres de 24 a 69 anos de idade. O estudo buscou estimar a prevalência da hipertensão arterial segundo estratos de Circunferência Abdominal e Índice de Massa Corporal em uma população de funcionárias no Estado do Rio de Janeiro. Identifica-se que houve associação entre a circunferência abdominal e a hipertensão arterial, visto que os dados analisados apresentaram valores mais elevados para as mulheres que apresentavam a circunferência abdominal acima dos valores normais. Os autores da pesquisa acreditam que a distribuição da massa corporal abdominal é elemento central, que influencia a resistência insulínica, ocasionando uma

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síndrome metabólica aumentando o risco cardiovascular. Os autores apontam para a importância da inclusão da mensuração da CA na rotina dos serviços de saúde, visando a busca e a prevenção dos fatores desencadeantes para a hipertensão arterial, analisando que a CA pode influenciar no desenvolvimento da HAS. Entende-se que a prevenção do sobrepeso e da obesidade é o principal meio para diminuir a adiposidade abdominal, ocasionando impacto nas incidências de hipertensão arterial. Estratégias que visem a mudanças no estilo de vida, devem ser implementas tais como o incentivo da atividade física, abandono do tabagismo e modificações nos hábitos alimentares. “Resposta da Pressão Arterial ao Esforço em Adolescentes: Influência do Sobrepeso e Obesidade.” (CARLETTI, L; RODRIGUES, A.N; PÉREZ, A.J; VASSALLO, D.V, 2008).

O estudo teve como objetivo descrever o comportamento das variáveis cardiovasculares ao esforço agudo em adolescentes com excesso de peso, por meio de teste cardiopulmonar. A amostra foi constituída por 104 escolares (56 meninos e 48 meninas) entre as faixas etárias de 11-15 anos, estudantes do ensino fundamental da rede pública e particular do município de Vitória. Para a análise dos dados coletado, utilizou-se o teste t-Student. Os autores destacam a obesidade como um fator de risco para as alterações nos níveis pressóricos entre os adolescentes durante a realização de esforços. Os resultados indicam prevalência maior no sexo masculino para a hipertensão arterial. O teste pulmonar aplicado apresentou qualidade para a identificação da aptidão cardiorrespiratória melhor entre o sexo feminino. Verifica-se que os indivíduos acima do peso, não apresentaram resultados satisfatórios durante as atividades físicas. Conclui-se através dos resultados que os adolescentes obesos apresentam uma sobrecarga cardíaca maior no esforço máximo, confirmando a associação entre IMC e PAS no esforço máximo. Pode-se concluir que associação entre obesidade e a hipertensão arterial, é ocasionada pelo aumento da massa corporal, sequenciando o aumento do volume sanguíneo e resistência dos vasos periféricos. Sugere-se a necessidade de medidas de prevenção da obesidade entre os adolescentes, incentivando as alterações nos hábitos alimentares e a adoção de exercícios físicos. “Prevalência e Fatores de Risco Associados à Doença Arterial Periférica no Projeto Corações do Brasil.” (MAKDISSE, M; PEREIRA, A.C; BRASIL, D.P; BORGES, J.L; MACHADO-COELHO, L.G; KRIEGER,J.E; NETO, R.M.N; CHAGAS, A.C.P, 2008).

Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e os fatores de risco associados à doença arterial periférica nas unidades brasileiras, correlacionando

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o diagnóstico da doença arterial periférica com as diversas variáveis socioeconômicas e a presença de fatores de risco cardiovasculares. Estudo de corte transversal, observacional, multicêntrico, a amostra foi compostos por 1.159 indivíduos, distribuídos entre as cidades brasileiras com mais de cem mil habitantes maiores de 18 anos de idade. A coleta foi realizada durante o mês de Julho de 2004, utilizando um questionário estrutura pelos profissionais do Instituto de Pesquisa Vox Populi. O presente estudo identificou uma prevalência maior da doença arterial periférica, entre as mulheres. Os dados identificados no estudo apresentam singularidade com as pesquisas realizadas por Renner e colaboradores (2008) em que o sexo feminino apresentou maiores prevalências em relação ao masculino. A doença arterial periférica apresentou-se novamente prevalente entre os indivíduos que não praticavam nenhum tipo de atividade física. Wagmacker e Pitanga (2007) em estudos descreve que a inatividade física e o sedentarismo, encontram-se entre os principais fatores que lideram as causas de morte, os autores ressaltam que a inatividade física ocasiona mais de dois milhões de mortes a cada ano. Observaram-se altos percentuais entre os fumantes de acordo com pesquisas realizadas por Borges; Cruz; Moura (2008) observaram maiores prevalências de doenças cardiovasculares entre fumantes. Identificou-se novamente que os indivíduos portadores de doença arterial periférica, apresentaram o dobro da prevalência de acidentes vascular periférico. Houve prevalência de hipertensão arterial, diabetes, obesidade, entre os portadores de doença arterial periférica. Conclui-se que a doença arterial periférica está significativamente associada a maiores risco para doenças cardiovasculares.

“Associação da hipertensão arterial com fatores de riscos cardiovasculares em hipertensos de Ijuí, RS.” (RENNER, S.B.A; FRANCO, R.R; BERLEZI, E,M; BERTHOLO, L.C, 2008).

Estudo do tipo transversal e descritivo, em que os autores buscaram determinar a associação dos estágios de hipertensão arterial com fatores de riscos cardiovasculares em indivíduos portadores de hipertensão arterial, adstritos em um território de abrangência da Unidade de Saúde da Família no município de Ijuí, RS-Brasil. Sendo selecionados de forma aleatória 93 indivíduos portadores de hipertensão arterial, durante os meses de Agosto a Setembro de 2006. Os dados foram analisados através da estatística descritiva, com análise de tabelas simples e tabelas cruzadas. Os autores identificaram maiores prevalências da hipertensão arterial no sexo feminino, entre a faixa etária de 30-90 anos de idade, da cor branca, com escolaridade relativamente baixa. Entre os fatores de risco mais prevalentes os autores identificaram o diabetes.

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Os dados obtidos pela pesquisa reforçam os dados apresentados em pesquisas anteriores Borges; Cruz; Moura (2008) identificaram em pesquisas realizadas no Estado do Pará que as mulheres apresentam maiores percentuais de hipertensão arterial. Lessa e colaboradores (2006) destacaram que entre a população baiana a hipertensão e novamente prevalente entre o sexo feminino, porém apresenta dados diferentes em relação a faixa etária que apresentou mais prevalente entre a faixa etária a partir dos 40 anos e entre mulheres da pele da cor parda e negra. Pesquisas realizadas por Passos; Assis; Barreto (2006) apontaram como um dos fatores de risco mais prevalentes para doenças cardiovasculares o diabetes. Sugere-se que o tratamento e a identificação dos fatores de risco, devem ser mais priorizados, o estudo demonstrou a necessidade de intervenções imediatas que visem uma abordagem mais preventiva dos fatores de risco existentes para as doenças cardiovasculares.

“Obesidade e sua Relação com Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares em uma População Nipo-Brasileira.” (FIGUEIREDO, R.C; FRANCO, L.J; ANDRADE, R.C.G; FREITAS, M.C.F; PACE, A.E; FABBRO, A.L.D; FOSS, M.C, 2008).

Os autores descrevem que pesquisas realizadas com imigrantes fornecem dados importantes relativos a etiologia das doenças crônicas, os quais podem apresentar dados distintos de morbimortalidade. O estudo foi desenvolvido na comunidade nipo-brasileira de Mombuca, situada no município de Guatapará, no Estado de São Paulo, entre o período de abril a dezembro de 2005. A coleta de dados ocorreu através da utilização de um questionário. Para levantamento dos dados foram selecionados 96 indivíduos com a idade superior a 20 anos. O estudo propôs a verificação e associação entre as medidas de obesidade avaliadas pelo índice de massa corporal e circunferência abdominal, com alguns fatores de risco para as doenças cardiovasculares, na população nipo-brasileira de Mombuca, Guatapará, SP. Os resultados do presente estudo demonstraram que apenas que o aumento dos valores de triglicérides está associado, independentemente, ao aumento do índice de massa corporal. Resultado estes que discordam de pesquisas realizadas por Gomes e colaboradores (2010) que descrevem a relação entre a obesidade e morte por doenças cardiovasculares é mais evidente quando se considera a obesidade abdominal. Estudos realizados por Costanzi e colaboradores (2009) demonstram associação entre obesidade e a hipertensão arterial, apontando que em crianças que apresentaram circunferência abdominal aumenta apresentaram 2,8 vezes mais chances de desenvolveram doenças coronarianas. Sugere-se que a utilização de parâmetros antropométricos como ferramentas de triagem, podem ajudar, na identificação precoce de indivíduos com maior risco para doenças cardiovasculares.

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“Crenças em Saúde para o Controle da Hipertensão Arterial.” (PIRES, C.G.S; MUSSI, F.C, 2008).

Os autores buscaram estimar o percentual de crenças em saúde sobre barreiras e benefícios quanto às medidas de prevenção e controle da hipertensão arterial para pessoas negras e conhecer os fatores sociodemográficas associados a essas crenças. A pesquisa do tipo, descritiva, exploratória de natureza quantitativa. A pesquisa foi concretizada num centro de saúde do município de Salvador, localizado no bairro da Liberdade. A amostra foi composta por 106 adultos, de ambos os sexos, com diagnóstico médico de hipertensão arterial há no mínimo seis meses. Identifica-se o predomínio entre o sexo feminino, que encontravam-se entre etária de 54 anos, de baixa escolaridade e renda familiar. A grande maioria recebeu o diagnóstico médico de hipertensão arterial há mais de um ano e encontrava-se em tratamento medicamentoso. Foi possível identificar que grandes partes dos participantes não possuíam conhecimento sobre os benefícios do tratamento e não realizam o controle dos níveis pressóricos. Através dos resultados identificados é possível analisar que a população pesquisada apresentava conhecimento insuficiente sobre a importância da realização do tratamento e controle, pode-se concluir que os elevados níveis identificados, o estudo esta relacionado, com a baixa adesão e conhecimento ineficaz, tais dados nos permitem concluir que os serviços de saúde não estão atuando de forma adequada na promoção, educação em saúde, dos indivíduos, visto que, um dos principais elementos para a promoção em saúde, que condicionando o indivíduo a melhores condições de vida, esta fundamentado na educação. Sugere-se que estratégias voltadas à educação sejam incentivadas, considerando as crenças, de cada indivíduo, contribuindo assim, para que estes indivíduos estejam mais envolvidos no processo de saúde.

“Prevalência de Fatores de Risco Cardiovasculares em Trabalhadores de uma Indústria Brasileira.” (CASSANI, R.S; NOBRE, F; SCHMIDT, A, 2008).

O estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de fatores de risco cardiovasculares em uma população de trabalhadores indústrias. Estudo do tipo transversal. Os dados foram obtidos através de um questionário, onde os dados foram coletados durante os meses de agosto de 2002 a julho de 2003. A amostra foi alcançada por 1.047 funcionários em uma indústria de refrigerantes na cidade de Itu no Estado de São Paulo. Observa-se a elevada prevalência de uma população predominantemente jovem, os quais apresentaram-se em um percentual significativamente

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preocupante em 63% o sobrepeso, e como fator de risco com 83% o sedentarismo. Através destes dados pode-se analisar que a elevada prevalência de indivíduos com o peso elevado, sugere o elevado riso para a obesidade. O estudo identificou a associação entre o nível de escolaridade e o índice de massa corporal, pode-se observar que quando maior o nível de escolaridade menor era o índice de massa corporal apresentado. Pode-se concluir que o presente estudo apresenta uma elevada prevalência dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, observa-se que em grande maioria os fatores identificados são caracterizados como modificáveis, neste sentido, ressalta-se a importância da adoção de medidas educativas voltadas para o controle do peso, através de uma dieta mais equilibrada, hábitos saudáveis devem ser estimulados.

“Auto avaliação da Saúde e Fatores de Associados, Brasil, 2006.” (BARROS, M.B.B; ZANCHETTA, L.M; MOURA, E.C; MALTA, D.C, 2009).

Os autores buscaram analisar o padrão da saúde auto avaliada como ruim pela população entre a faixa etária maior ou igual a 18 anos, segundo as variáveis demográficas, sociais, de comportamentos relacionados à saúde e presença de morbidades referidas. Tratou-se de estudo transversal que utilizou dados coletados pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), em 2006. Identifica-se através do estudo que a grande maioria dos entrevistados consideraram bom o seu estado de saúde. Observa-se a desigualdade associando-se ao nível de escolaridade e regionalidade. Os autores apresentam a região Norte e Nordeste como à região que mais apresentou a análise ruim, os mesmos acreditam que tal descrição está relacionada aos indicadores baixos coerente com as situações socioeconômica que a região representa. E possível observar que o percentual de saúde-avaliada como ruim apresenta maior prevalência entre as mulheres, com idade avançada, escolaridade baixa, entre os fumantes. Pode-se concluir que as diferenças identificadas confirmam a necessidade de uma atenção mais eficaz aos indivíduos mais vulneráveis, buscando atingir maior grau de igualdade possível, os programas de saúde devem intensificar a promoção a saúde para que haja a melhoria dos cuidados e diminuição das incidências das doenças.

“Frequência de Fatores de Risco Cardiovasculares em Voluntários Participantes de Evento de Educação em Saúde.” (COLTRO, R.S; MIZUTANI, B.M; MUTTI, A; DÉLIA, M.P; MARTINELLI, L.M.B; GOGNI, A.L; MATSUBARA, B.B, 2009).

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No Brasil as doenças cardiovasculares têm sido identificadas como uma das principais causas de morte, chegando a corresponder cerca de 30% dos óbitos nas mais diversas faixas etárias. O estudo teve como objetivo avaliar a frequência de fatores de risco cardiovasculares e o acesso à informação sobre esses fatores na população que visitou espontaneamente um evento comunitário de educação em saúde, incluindo nas análises a influencia do fator gênero. Estudo do tipo transversal e retrospectivo incluindo 428 fichas padrão realizado em maio de 2006, em Botucatu, cidade localizada no interior do estado de São Paulo. Foi possível identificar que os fatores de risco mais prevalentes para as doenças cardiovasculares no presente estudo foi o diabetes e a hipertensão arterial. Destaca-se também um percentual elevado de indivíduos obesos. Um ponto importante apresentado pelos autores do estudo foi relacionado ao conhecimento em que os indivíduos possuíam sobre os fatores de risco. Acredita-se que a educação em saúde é uma das ferramentas mais importantes para a redução dos fatores de risco para as doenças coronarianas, sendo possível observar que a população estudada não possuía conhecimento adequando sobre tais fatores, permite-se concluir que os índices elevados das doenças, esta associado ao despreparo da população. Considera-se importante que as políticas públicas reforcem a educação e a prevenção primária, principalmente aos indivíduos mais suscetíveis aos riscos como os idosos e os obesos.

“Agravos a Saúde, Hipertensão Arterial e Predisposição ao Estresse em Motoristas de Caminhão.” (CAVAGIONI, L.C; PIERIN, A.M.G; BATISTA, K.M; BIANCHI, E.R.F; COSTA, A.L.S, 2009).

Os autores realizaram uma pesquisa entre os caminhoneiros, buscando identificar a associação entre a elevação da pressão arterial sistólica e o tempo utilizado durante a jornada de trabalho. Utilizou-se do questionário do Self ReportingQuestionnaire (SRQ-20). Tratou-se de um estudo descritivo, transversal com uma amostra composta por 258 motoristas que trafegavam pela Rodovia BR-116, na Rodovia Paulista-Régis Bittencourt. Identifica-se a predominância entre o sexo masculino, dado relativo ao tipo de profissional selecionado para a pesquisa, com apresentando-se entre a faixa etária de 37 anos, houve predominância da pele de cor branca e grande parte relatou possuir o ensino fundamental incompleto. . Em relação tempo utilizado pelos caminhoneiros diariamente durante a jornada de trabalhado a média ficou em torno de 10 horas. Observa-se que um pouco menos da metade dos motoristas confirmaram ser hipertensos. Conclui-se através dos dados apresentados nesta pesquisa, que um percentual significativo era hipertensos, observando que grande parte da amostra foi

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composta por indivíduos jovens, o que nos remete a dar mais importância aos dados. Acredita-se que o tempo e o tipo de profissão contribuem para o baixo controle dos motoristas em relação a saúde, identificando que os mesmos, possuem uma jornada de trabalho longa e exaustiva. Outro ponto que podemos identificar como fator positivo para o desenvolvimento ou agravamento para alterações pressóricas esta relacionado ao desgaste profissional, que envolve tão prática, onde os motoristas ficam mais expostos, a situações de risco, como acidentes, fadiga, sono e assaltos. Pode-se considerar que as condições de trabalho e as formas de enfrentamentos de situações estressantes poderiam contribuir para as alterações na homeostase corporal, ocasionando o desenvolvimento das doenças. Sugere-se a necessidade de ações públicas de saúde, que visem essa categoria profissional tão importante, adotando medidas preventivas e de controle dos fatores de risco, as quais estes indivíduos jovens estão mais expostos, visando à promoção da saúde contribuindo para a qualidade de vida.

“Prevalência de Hipertensão Arterial e Fatores Associados em Estudantes do Ensino Médio de Escolas Públicas da Região Metropolitana do Recife, Pernambuco, Brasil, 2006.” (GOMES, B.M.R; ALVES, J.G.B, 2009).

De acordo com os autores durante os anos de 2002 a 2005, o Estado de Pernambuco cadastrou mais de 140.277 novos casos de hipertensão arterial isolada ou associada a outras doenças, entre a faixa etária de 14-19 anos de idade. O estudo teve como objetivo identificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica associada aos fatores biológicos e aos fatores de saúde entre estudantes do ensino médio. O estudo foi do tipo epidemiológico transversal, de base populacional, a amostra foi composta por 1.878 alunos. Os dados foram coletados utilizando-se um questionário Global School-basedStudent Health SURVEY. No presente estudo houve predomínio do sexo feminino em relação ao masculino. Identifica-se a prevalência maior entre o sexo feminino, a faixa etária de 14-15 anos. Identificou-se que do total 17,3% escolares apresentaram alterações nos níveis pressóricos, dentre estes que apresentaram alterações houve prevalência do sexo masculino, sendo que destes 6,9% encontravam acima do peso e 3,7% eram obesos. Observou-se um gradativo aumento da prevalência da HA conforme o aumento da idade destaca-se como um dado importante elevado percentual de estudantes que negaram realizar qualquer tipo de atividade física. Podemos correlacionar os dados apresentados de acordo com as pesquisas apresentadas pelos autores Constanzi e colaboradores (2009) entre os escolares na Região Sul do país, foi possível identificar que entre os estudantes com a circunferência abdominal

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aumentada, apresentaram 2,8 vezes riscos para alterações nos níveis pressóricos. Em outro estudo Gomes; Alves (2009) constatam que os indivíduos que praticavam atividades físicas possuem menos riscos de apresentarem hipertensão. Os dados revelam a necessidade da adoção de novas práticas voltadas as atividades escolares que contribuam para mudanças do estilo de vida entre os estudantes.

“A Influência de Fatores Emocionais Sobre a Hipertensão Arterial.” (FONSECA, F.C.A; COELHO, R.A; NICOLATO, R; MALLOY-DINIZ, L.F; FILHO, H.C.S, 2009).

O estudo teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica dos artigos que abordavam a relação entre hipertensão arterial e os fatores emocionais. Realizou-se uma busca na Biblioteca Virtual em Saúde, na base de dados MedLine (1997-2008), utilizaram-se como palavras chaves “hipertensão” e “doença cardíaca coronária”. Utilizou-se como descritores as palavras: “hostilidade”, “raiva”, “ansiedade”, “comportamento impulsivo” e “personalidade impulsiva”. Os autores acreditam na associação entre os fatores emocionais com a hipertensão, entre eles destacam-se a impulsividade, hostilidade, estresse, ansiedade e a raiva. Os autores identificaram em uma pesquisa realizada com 196 trabalhadores, constatou que 76 dos trabalhadores eram hipertensos, os quais apresentaram 2,7 vezes mais chances de obterem a elevação da pressão arterial relacionada às suas atividades laborais, os mesmos acreditam que o estresse emocional pode desencadear a elevação da pressão arterial, podendo estar associado ao tipo de ocupação que este indivíduo está inserido. Em relação a sentimentos como a raiva e a hostilidade é possível observar que estudos comprovaram uma possível associação positiva com a hipertensão arterial. Também foi possível identificar associações entre ansiedade elevação da pressão arterial, estudos demonstram que a impulsividade esta relacionada com a incidência das doenças cardiovasculares. Através da análise do estudo apresentado é possível concluir que os fatores emocionais podem influenciar para o desenvolvimento das doenças coronárias e da hipertensão.

“Prevalência, Controle e Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica em Nobres-MT.” (ROSÁRIO, T.M; SCALA, L.C.N; FRANÇA, G.V.A.; PEREIRA, M.R.G; JARDIM, P.C.B.V, 2009).

Estima-se que mais de 30 milhões de pessoas em todo o país, sofram de distúrbios relacionados a alterações pressóricas. Considerando que a hipertensão arterial é caracterizada como uma das principais causas para o desenvolvimento de doenças coronarianas, torna-se importante a identificação

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da sua real distribuição entre as regiões do país. O estudo teve como objetivo analisar e interpretar os aspectos epidemiológicos da hipertensão arterial em Nobres, procurando determinar a prevalência, as principais características associadas e os níveis de conhecimento, tratamento e controle, na população urbana entre a faixa etária de 18-90 anos. Estudo observacional, analítico, de delineamento transversal, de base populacional, com amostragem aleatória, constituído por 1.003 participantes. Pode-se identificar o percentual mais elevado para o sexo masculino, entre as faixas etárias de 19-20 anos e a baixa escolaridade. Os dados identificados assim como nas pesquisas realizadas por Simonetti, Batista e Carvalho (2002) apresentaram singularidade em relação ao grau de escolaridade onde os autores destacaram a relação entre o nível de instrução com a hipertensão arterial, acredita-se que quanto maior o nível de escolaridade menor o risco para hipertensão arterial. Observa-se a prevalência da hipertensão novamente elevada para o sexo masculino entre os indivíduos maiores de 60 anos, baixa escolaridade, sedentários e que possuíam hábitos alcoólicos. Estudos realizados por Makdisset e colaboradores (2008), entre idosos apontam que a prevalência fica em torno de 7 e 36% estão mais suscetíveis para as doença arterial periférica. Carotto, Andrade e Cabreza (2009) identificaram o sedentarismo como o fator de risco mais prevalente, tanto para indivíduos com ou sem hipertensão. Foi possível observar entre as práticas adotadas grande a grande maioria confirmou utilizar os medicamentos. Identificando-se que grande parte dos indivíduos confirmou possuir conhecimento sobre a doença. Observa-se que entre estes indivíduos que confirmaram utilizar, e possuírem conhecimento apenas 24,2% apresentarem valores normais da pressão arterial. O estudo sugere novos estudos de monitoramento para as causas, bem como a adoção de ações de atenção básica para os hipertensos.

“Prevalência de Hipertensão Arterial em Militares Jovens e Fatores Associados.” (WENZEL, D; SOUZA, J.M.P; SOUZA, S.B, 2009).

Estudo do tipo estudo transversal entre militares ativos da Força Aérea Brasileira (FAB), na Base Aérea de São Paulo, SP. A coleta de dados foi realizada entre o mês de agosto de 2000 até agosto de 2001. Participaram do estudo 514 militares do sexo masculino entre a faixa etária de 19 - 49 anos. O estudo teve como objetivo estimar a prevalência da hipertensão arterial em uma população de militares jovens e os fatores associados. Identifica-se entre os principais resultados que a maioria dos militares eram solteiros, encontravam-se entre a faixa etária de 20-24 anos de idade, trabalhavam em média a 5 anos na base. A prevalência de hipertensão arterial obteve um percentual de 22%, observa-se que para os militares que afirmaram ser ex-fumante a prevalência para a hipertensão arterial apresentou-se em 40%, entre os indivíduos obesos a

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prevalência dobrou. Foi possível observar a associação positiva para a hipertensão arterial e o índice de massa corporal. O estudo revelou que os indivíduos que realizavam atividades físicas rotineiramente a prevalência para a hipertensão arterial se reduz pela metade. Os resultados apresentados confirmam os resultados apresentados anteriormente, verificando-se que a hipertensão arterial está atingindo cada vez mais entre a população mais jovem, analisa-se que um dos fatores de risco que contribuem para essa elevação destaca-se o sedentarismo. Considera-se que os resultados do presente estudo, indicam a necessidade do planejamento de condutas que visem o controle deste agravo à saúde na população jovem.

“Frequência da Hipertensão Arterial e Fatores Associados: Brasil, 2006.” (FERREIRA, S.R.G; MOURA, E;C; MALTA, D.C; SARNO. F, 2009).

O estudo teve como objetivo realizar uma análise da frequência da hipertensão arterial auto referida e os seus fatores associados. Estudo do tipo transversal baseado em dados do sistema (VIGITEL) durante o ano de 2006. O processo amostral do VIGITEL baseou-se no sorteio de 5.000 residências com linha telefônica fixa por cidade, seguido de sorteio de um morador com idade ≥ 18 anos para cada domicílio. A amostra foi composta por um total de 54.369 entrevistas. Identifica-se a prevalência de hipertensão arterial em 21,6% da amostra, observa-se o predomínio entre o sexo feminino, destaca-se a região Sudeste como a região que mais apresentou incidência da doença, é possível observar a existência da associação entre idade e HA, foi possível identificar que quanto maior era a idade mais observa-se a presença da HA, estudos apresentados por Loffreto, Telarolli e Basso (2003) descrevem a associação significativa da hipertensão arterial como aumento da idade. Em relação a escolaridade observa-se que quanto menor era escolaridade maior era prevalência, destacando-se os indivíduos da pele da cor negra. Foi possível identificar a associação entre hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia, em estudo Gus, Fischmann e Medina (2002) descrevem que o diabetes, como um fator de risco importantíssimo para as doenças cardiovasculares. A pesquisa demonstrou a prevalência de ex-fumantes, o a realização de atividade física e a redução alimentar, onde os participantes declararam realizar o controle da ingesta de sal. Os autores do estudo sugerem neste estudo, visto que o sexo feminino apresentou-se como mais prevalente que as mulheres em relação aos homens, aderem mais ao tratamento.

“Fatores Associados a Níveis Pressóricos Elevados em Escolares de uma Cidade de Porte Médio do Sul do Brasil.” (COSTANZI, C.B; HALPERN, R; RECH, R.R; BERGMANN, M.L.A; ALLI, L.R; MATTOS, A.P, 2009).

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Dados de pesquisas realizadas, descrevem que a hipertensão arterial afeta cerca de 14 a 18% dos indivíduos na fase adulta. Atualmente novos dados têm apresentado altas prevalências em indivíduos mais jovens, considera-se que fatores podem estar associados para a elevação da pressão arterial na infância, entre o acumulo de gordura abdominal tem se obtido destaque. O estudo teve como objetivo verificar a prevalência de hipertensão arterial e fatores de risco associados em crianças de 7 a 12 anos de idade. Estudo do tipo transversal, realizado durante os meses de Abril a Agosto de 2007, composto por um total de 1.413, estudantes. Identificou-se a predominância entre o sexo masculino e estudantes com a pele de cor branca. O estudo destacou que 31% dos estudantes apresentavam o peso acima dos valores normais. 8,4% da amostra eram constituídas por estudantes hipertensos, destacou-se o sexo masculino e estudantes com a cor da pele branca novamente como os mais prevalentes para a hipertensão arterial, os estudo associou a cor da pele com a hipertensão arterial sistêmica, apontando que indivíduos com a cor da pele branca estão 2,4 vezes mais propensos a apresentarem quadros hipertensivos, o estudo apresentou que quanto maior era a escolaridade menor eram as chances dos estudantes apresentarem hipertensão arterial sistêmica, pode-se identificar que crianças com a circunferência abdominal aumentada apresentavam-se mais predispostas a hipertensão arterial. Um dado importante apresente pelos autores do estudo foi à relação aos fatores socioeconômicos de que quanto maior fosse a renda maior seria a prevalência para a hipertensão arterial. Teve como destaque o teste de aptidão que apresentam como fator de proteção para elevação dos níveis pressóricos entre os estudantes. Analisa-se no presente estudo a associação entre a hipertensão arterial e a obesidade. Os resultados apresentados apontam para a importância da verificação das medidas da circunferência abdominal como uma ferramenta importante para a avaliação durante as consultas pediátricas.

“Estado Nutricional, Consumo Alimentar e Risco Cardiovascular: Um Estudo em Universitário.” (PETRIBÚ, M.M.V; CABRAL, P.C; ARRUDA, I.K.G, 2009).

As doenças cardiovasculares caracterizam-se como uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo. Considera-se que os fatores genéticos e os hábitos alimentares podem ser fundamentais para a determinação das condições clínicas. O estudo teve como objetivo descrever a proporção dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, buscando dar dando ênfase aos fatores nutricionais, entre os alunos de universidade pública na Cidade do Recife. Foram avaliados 250 estudantes utilizando-se um questionário. A construção de banco de dados e análise estatística foi realizada em programas.

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Entre os principais resultados identificados, destaca-se a maior prevalência entre o sexo feminino com a faixa etária entre 22 anos.Identifica-se que o elevado consumo de colesterol e o baixa consumo de ácido graxo linoléico, entre os estudantes. Entre os fatores de risco o sedentarismo apresentou-se como o mais prevalente entre o sexo feminino, entre os motivos justificados para a elevada incidência a falta de tempo foi a mais descrita pelas estudantes. Observa-se que a história familiar possui uma associação positivas para as doenças cardiovasculares, foi possível destacar no presente estudo a hipertensão, diabetes e a obesidade, como os mais apresentaram incidência. Analisa-se através dos resultados que um dos principais pontos críticos no estudo esta relacionado à alimentação inadequada, conclui-se que tais hábitos sendo realizados em longo prazo, podem vir a contribuir para o desenvolvimento para as doenças cardiovasculares.

“Conhecimento e Modificações de Comportamento Frente ao Tratamento Não farmacológico da HAS: Antes e após Educação em Saúde do Profissional Enfermeiro.” (SEVERO, D.F; AMESTOY, S.C; THOFEHRN, M.B; GOLDMEIER, 2009).

O estudo teve como objetivo verificar o conhecimento sobre o tratamento não farmacológico da hipertensão arterial sistêmica e as modificações de comportamento frente a este tipo de tratamento, antes e após educação em saúde do profissional enfermeiro, em pacientes hipertensos submetido à hemodiálise. O delineamento do estudo foi do tipo descritivo exploratório, pesquisa-ação, com abordagem quantitativa. Realizado em uma clínica renal na cidade de Torres-RS, entre o período de outubro a dezembro 2007. A clínica atendia 43 pacientes submetidos à hemodiálise. A pesquisa foi composta por 19 pacientes hipertensos em tratamento. Identifica-se a prevalência maior para o sexo masculino, que se encontravam entre a faixa etária de 55 anos, prevalência maior para os pacientes com a pele da cor branca e a baixa escolaridade. Em relação ao tempo de tratamento da HA e da terapia hemodalítico ficou entre 12-14 anos, 32% dos pacientes relataram possuir outras patologias associadas destacando-se a cardiopatia. Foi possível identificar que grandes partes dos pacientes confirmaram realizar controle da ingesta de sal, associando atividade física, abandono no consumo de cigarros e bebidas alcoólicas. Observa-se o aumento do conhecimento sobre o tratamento, através da elevação do percentual de pacientes que realizam o controle na ingestão do sódio e aumento da prática de atividades físicas, pode-se concluir que a pesquisa apresentou resultados positivos. Pode-se entender que umas das mais importantes medidas para a modificação do comportamento, buscando uma maior adesão ao tratamento fundamenta-se na educação e promoção a saúde

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“Prevalência de Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares entre Homens de Uma população Urbana do Sudeste do Brasil.” (EYKEN, E.B.B.E.V; MORAES, C.L, 2009).

Identifica-se que em mais de 80% dos casos de óbitos relacionados as doenças cardiovasculares estão relacionados com fatores de risco já conhecidos. Dentre os fatores de riscos, a hipertensão arterial tem se apresentado como o mais prevalente para as doenças isquêmicas e para o acidente vascular cerebral. O estudo teve como objetivo estimar a prevalência de tabagismo, sobre peso, atividade física insuficiente, hipertensão arterial, entre homens adscritos em uma Estratégia Saúde da Família em Juiz de Fora. Tratou-se de um estudo do tipo transversal de base populacional, na unidade de saúde do Alto Grajaú, a pesquisa se realizou durante os meses de Junho a Agosto de 2006, os dados foram coletados através de questionários. Observa-se que a prevalência entre a faixa etária de 40-49 anos, a cor da pele branca e de indivíduos que cursaram o nível médio. Dentre os principais dados observa-se que 80% dos indivíduos apresentaram pelo menos um fator de risco para as doenças cardiovasculares. Considerando que a pesquisa identificou adultos jovens, analisa-se que tais dados reforçam para a importância da adoção de ações que visem à identificação para a prevenção das doenças cardiovasculares entre o público de indivíduos jovens. Pode-se concluir que a hipertensão arterial sistêmica também pode ter o seu controle realizado através da realização de atividades física, controle no consumo de sal e de bebidas alcoólicas, pelo abandono do habito de fumar, diminuição de peso e estresse. Acredita-se que a educação em saúde possa vir a contribuir significativamente no incentivo e na efetivação de mudanças de comportamento.

“O Efeito de Intervenções Educativas no Conhecimento da Equipe de Enfermagem Sobre Hipertensão Arterial.” (SILVA, S.S.B.E; COLÓSIMO, F.C; PIERIN, A.M.G, 2010).

Estudo do tipo comparativo, transversal de campo, exploratório, descritivo de abordagem quantitativa. Com o objetivo de comparar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre hipertensão arterial e seu tratamento antes e após intervenções educativas. O estudo foi composto por uma amostra de 103 usuários, adscritos em duas Unidades Básicas de Saúde da região oeste da cidade de São Paulo. Para a coleta dos dados, foi utilizado questionário composto por 28 questões semi-estruturadas. Identifica-se que percentualmente houve acréscimo no conhecimento de todos os participantes após o processo educativo, esse aumento foi estatisticamente significante apenas na questão que avaliou os níveis de pressão arterial que caracterizam o limite para hipertensão arterial.

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Os resultados apresentam um significativo aumento do percentual do conhecimento entre os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, observa-se que entre os agentes comunitários tais percentuais não apresentaram alterações. Analisa-se que no âmbito de saúde pública, todos os profissionais envolvidos devem possuir conhecimento, um dos principais pontos da atenção básica está relativo a identificação das doenças, o agente de saúde é o profissional que realiza está ligação entre comunidade e unidade de saúde, diante te tal importante os dados da pesquisa revelam que medidas educativas devem ser mais destacadas para este profissional, para que o mesmo, possa está capacitado para a identificação correta, principalmente dos pacientes portadores de hipertensão, que cada mais tem necessidade de ações mais eficazes, para o controle e redução dos fatores de risco. “Obesidade Como Fator de Risco para a Hipertensão entre Profissionais de Enfermagem de Uma Instituição Filantrópica.” (OLIVEIRA, A.F.C; NOGUEIRA, M.S, 2010).

Considera-se que o aumento da circunferência abdominal está fortemente associado à elevação da pressão arterial. Podendo também ser caracterizada como um forte indicador para as doenças cardiovasculares. O estudo teve como objetivo analisar a presença da obesidade relacionando como os níveis de pressão arterial alterados entre os profissionais de enfermagem em uma instituição filantrópica, visando à identificação precoce de possíveis hipertensos. A população deste estudo foi constituída de 147 profissionais da enfermagem. Observa-se maior prevalência para o sexo feminino. Indivíduos com a faixa etária de 40-49 anos. Observa-se a incidência maior de gordura abdominal entre o sexo masculino, o estudo apresentou associação positiva entre a obesidade e HA. Destaca-se que a maioria dos profissionais não realizava nenhum tipo de atividade física. Em relação a distribuição da gordura corporal na prevalência da HA, foi identificado um aumento de 23,0% nos indivíduos com sobrepeso e 67,1% nos indivíduos com obesidade de grau III. Os dados revelam a existência de elevado número de profissionais na instituição com o peso acima dos valores normais e que não praticam atividade física, em especial entre o sexo feminino. Considera-se necessário a identificação dos fatores de risco para a doença hipertensiva devido ao fato do elevado número de profissionais de enfermagem sedentários e obesos. A educação em saúde pode ser tornar uma ferramenta importante no controle e mudanças no estilo de vida dos profissionais envolvidos.

“Perfil Epidemiológico da Hipertensão Arterial Sistêmica em Pacientes Atendidos em Um Hospital Público” (TACON, K.C.B; SANTOS, H.C.O; CASTRO, E.C, 2010).

Tratou-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com o objetivo de

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analisar o perfil epidemiológico da HAS em pacientes atendidos em um hospital público, identificando os fatores de risco mais frequentes. A pesquisa foi realizada durante o período de Maio a Julho de 2010 no ambulatório de Cardiologia. Utilizou-se como instrumento para a coleta de dados um questionário estruturado. Os resultados foram analisados e tabulados através de um programa GraphPadInStar 3.0. Os resultados destacam-se um percentual maior para sexo feminino, entre os fatores de risco mais prevalentes o sedentarismo apresentou-se com maiores incidências, seguido pelo histórico familiar para as doenças cardiovasculares. Observa-se que o número de prontuários foi diminuindo de acordo com o aumento da gravidade da HAS. Também foi possível identificar no estudo a associação entre hipertensão arterial sistêmica e a histórica familiar. Os dados apresentados são semelhantes aos de outros estudos, que confirmam a associação da obesidade com a HA. Reforçado a necessidade de estratégias que promovam a redução de peso, através de a reeducação alimentar e realização de exercícios físicos.

“Prevalência de Obesidade Abdominal em Hipertensos Cadastrados em Uma Unidade de Saúde da Família.” (GIROTTO, E; ANDRADE, S.M; CABRERA, M.A.S, 2010).

Analisa-se que a obesidade abdominal tem se apresentado como um dos mais prevalentes fatores prejudiciais a saúde, associada para ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O estudo teve como objetivo verificar a prevalência de obesidade abdominal e os fatores associados em hipertensos. Estudo do tipo transversal, realizado entre janeiro e junho de 2007. Os dados foram coletados utilizando-se como ferramenta a entrevista. Foi possível identificar uma considerável prevalência de obesidade abdominal entre a população estudada. Caracterizada por indivíduos que possuíam baixo nível socioeconômico e escolaridade. Outro dado importando destaca pelos autores foi a baixa freqüência entre a realização de atividades físicas, considerando este dado como um dos fatores contribuintes para o aumento da prevalência da hipertensão arterial, visto que, estudos já comprovaram que indivíduos que realizam alguma prática de exercício rotineiramente tendem a diminuir até 50% as chances de desenvolveram a HA e as doenças cardiovasculares. Os resultados também identificaram o sexo feminino como o mais prevalente. Neste estudo pode-se observar que tanto o sexo masculino quanto o feminino estiveram associação entre a obesidade abdominal e o diabetes. Analisa-se que estratégias que visem mudança de hábitos de vida, principalmente a realização do controle na alimentação, para a diminuição do peso e a realização de atividades físicas contribuem para a promoção e prevenção da saúde dos portadores de hipertensão arterial.

“Hipertensão Arterial e sua Correlação com Alguns Fatores de Risco em

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Cidade Brasileira de Pequeno Porte.” (NASCENTE, F.M.N; JARDIM, P.C.B.V; PEIXOTO, M.R.G; MONEGO, E.T; MOREIRA, H.G.M; VITORINO, P.V.O; SOUZA, W.K. S.B; SCALA, L.N, 2010).

Analisa-se que a hipertensão arterial tem sido identificada como sério problema de saúde pública no Brasil. Acredita-se que tais dados não se referem aos elevados percentuais apresentados, mais também aos elevados índices de abandono relativos ao seu tratamento. O estudo teve como objetivo estudar a prevalência de hipertensão arterial e sua correlação com os fatores de risco cardiovasculares na população adulta de Firminópolis-GO. Estudo do tipo descritivo, observacional e transversal de base populacional em Firminópolis, o estudo inclui uma amostra de indivíduos adultos maiores de 18 anos durante o ano de 2002. Identifica-se um percentual de 32,7% de hipertensos entre a população estudada, observando a associação entre idade, índice de massa corpórea. Entre os dados em destaque foi que hipertensão arterial se apresentou inversamente proporcional a escolaridade da população. Analisa-se que a baixa escolaridade está diretamente relacionada para o aumento de doenças crônicas. Desse modo, os autores acreditam que a escolaridade é um dado importante a ser considerado para a abordagem de medidas de promoção e prevenção a saúde. Os resultados apresentados destacam a importância de medidas, buscando a intervenção sistemática para a redução dos fatores de risco, contribuindo assim, para a promoção em saúde.

“Controle da Hipertensão Arterial e Fatores Associados na Atenção Primária em Unidades Básicas de Saúde Localizadas na Região Oeste da Cidade de São Paulo.” (PIERIN, A.M.G; MARRONI, S.N; TAVEIRA, L.A.F; BENSENOR, I.J.M, 2011).

A hipertensão arterial tem sido considerada como umas das mais importantes causas para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Tratou-se de um estudo observacional e analítico, do tipo transversal, que fez parte de um projeto de políticas públicas de saúde com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, durante o período de Novembro 2004 a Março de 2005. Os dados coletados foram analisados e tabulados e processados por meio do software SPSS. A amostra foi composta por 440 hipertensos. O objetivo principal do trabalho foi caracterizar a prevalência do controle de pressão arterial. Entre os resultados mais prevalentes dos indivíduos hipertensos, observou-se que um pouco menos da metade encontravam-se com os valores pressóricos em níveis normais. Pode-se identificar a positiva associação entre o controle da hipertensão arterial

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com a idade, sexo que neste estudo foi predominantemente feminino, tempo da doença, que se revelou em média entre 5 anos para os que não realizavam o controle da doença, antecedentes familiares, prática de exercícios físicos, número de drogas utilizadas no tratamento e o comprometimento em relação ao horários em que os pacientes utilizavam os medicamentos. Os resultados nos permitem considerar através das associações apresentadas que as mulheres realizam o controle da hipertensão mais que os homens, identificando-se que com a elevação da idade a doença tende a apresentar-se com mais frequência. Em relação aos hábitos de vida tornasse importante descrever que a adoção de um estilo de vida mais saudável com práticas de controle na ingestão do sal, redução do consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, comprometimento com a utilização dos medicamentos para o controle da pressão arterial e prática de exercícios físicos, contribuem para um estilo de vida mais saudável, proporcionando qualidade de vida, as quais interferem positivamente para uma maior adesão ao tratamento.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A hipertensão arterial representa um grave problema de saúde. Isso não se deve apenas à elevada prevalência, mas também a grande parcela de indivíduos hipertensos não diagnosticados e tratados inadequadamente, ou ainda pela alto índice de abandono ao tratamento. Por ser uma causa relevante de mortalidade, a hipertensão arterial vem exigindo de todos os profissionais na área de saúde, incluindo os enfermeiros, a identificação dos fatores de risco para minimizar a incidência do problema. Realizar este estudo de revisão sobre hipertensão arterial revelou-se de grande valia para a enfermagem e para a formação das autoras, possibilitando a identificação dos diversos fatores de riscos, para a prevenção e tratamento da doença. A hipertensão arterial tem sido reconhecida como o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, proporcionando o aparecimento de doenças associadas. Vale ressaltar que a não adesão do paciente ao tratamento tem constituído como um grande desafio para os profissionais de saúde envolvidos. Enfim, todos os resultados apresentados nos estudos demonstram a necessidade da implementação de ações mais efetivas nas atividades educativas, contribuindo para a promoção da saúde e prevenção da doença.

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7 RECOMENDAÇÕES

A hipertensão arterial pode se apresentar como uma questão socioeconômica no contexto de saúde pública. Por este motivo, faz-se necessário que as políticas públicas de atenção a saúde adotem estratégias especiais de promoção, prevenção e controle, para minimizar ou evitar complicações decorrentes a doença.

Ao final do estudo as autoras recomendam que:

• Os profissionais de saúde, inclusive os enfermeiros, reconheçam os principais fatores de risco associados a hipertensão arterial sistêmica, afim de implementar medidas educativas e assistências que visem a prevenção e tratamento da doença; • Levem em consideração as necessidades dos pacientes em questão; • Estabeleçam uma adequada comunicação e interação entre os pacientes e os profissionais da saúde, dando ênfase ao diálogo, à interação e à reflexão;• Busquem o envolvimento da família no tratamento do portador da hipertensão arterial.

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APÊNDICE A

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS

1.Título da Obra:2. Ano da publicação: 3. Título do Periódico:4. Descritores:5. Número dos autores: ( ) 1 autor ( ) 2-3 autores ( ) acima de 4 autores6. Titulação do primeiro autor: ( ) graduação ( ) especialização ( ) mestrado( ) doutorado ( ) não informado 7.Procedimento para a coleta de dados:8. Tipo de instrumento: