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Direito Constitucional TRT-INSS Da Organização do Estado DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18 e seguintes

Da Organização do Estado DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18 e seguintes

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Direito Constitucional TRT-INSS

Direito ConstitucionalTRT-INSS

Da Organizao do Estado

DA ORGANIZAO POLTICO-ADMINISTRATIVAArt. 18 e seguintesOrganizao Poltico-AdministrativaArt. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fundamentos:

- Forma de Estado: Federao

Entidades territoriais autnomas, dotadas de governo prprio.

Autnomas: conjunto de competncias garantidas pela CF que no podem ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo governo central.

Art. 18. A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil compreende a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos, nos termos desta Constituio.

A Federao Brasileira composta por: Unio, Estados-membros, Distrito Federal e Municpios autnomos e de mesma hierarquia. Todos com competncias definidas pela Constituio.

3 Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territrios Federais, mediante aprovao da populao diretamente interessada, atravs de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Trs possibilidades de alterao da diviso geopoltica interna:

Incorporao: fuso entre dois ou mais estados, originando a formao de um novo Estado diverso daqueles que se incorporaram.

Subdiviso: ciso do Estado originrio em novos Estados. distinto daqueles que se subdividiu.

Desmembramento:

I - anexao de parte desmembrada a outro Estado, sem criao de um novo entre federativo; II formao de um novo Estado- Membro; ou, III formao de um Territrio Federal.

Requisitos:

I- aprovao da populao diretamente interessada, manifestada por meio de uma consulta prvia (plebiscito); e, II aprovao do Congresso Nacional, veiculada por lei complementar.Art. 19. vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;

- Neutralidade religiosa Estado laico ausncia de uma religio oficial e respeito ao pluralismo

II - recusar f aos documentos pblicos;

III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si.

DA UNIOart. 20 a 24Pessoa jurdica de direito pblico interno, sem personalidade internacional, autnoma, com competncias administrativas e legislativas enumeradas pela CF.

No se confunde com a Repblica Federativa do Brasil, pessoa jurdica de direito pblico internacional.

O art. 20 enumera os bens da unio (acompanhar apostila, p. 71)

Estados-membros art. 25 a 28So entes autnomos, apresentado personalidade jurdica de direito pblico interno.

Apresentam capacidade de auto-organizao (se d por meio da elaborao de suas Constituies) e auto legislao (ocorre pela edio de sua prprias leis) conforme se depreende do art. 25 da CF:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituies e leis que adotarem, observados os princpios desta Constituio.Tanto a auto legislao quanto a auto-organizao devem obedecer aos princpios constitucionais sensveis, enumerados taxativamente pela CF em seu art. 34, VII. O nome sensveis se deve aos fato de que estes so de observncia obrigatria, sob pena de interveno federal.

Art. 34. A Unio no intervir nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:(...)VII - assegurar a observncia dos seguintes princpios constitucionais:a) forma republicana, sistema representativo e regime democrtico;b) direitos da pessoa humana;c) autonomia municipal;d) prestao de contas da administrao pblica, direta e indireta.e) aplicao do mnimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferncias, na manuteno e desenvolvimento do ensino e nas aes e servios pblicos de sade.Devem, tambm, obedecer aos princpios constitucionais extensveis, normas de organizao que a CF estender a Estados-Membros, Municpios e DF. Ex.: fundamentos e objetivos fundamentais( arts. 1, 3)

E obedincia aos princpios constitucionais estabelecidos: normas espalhadas pelo texto da CF que, alm de organizarem a prpria federao, estabelecem preceitos de observncia pelos Estados em sua auto-organizao. Ex.: artes. 27, 28, etc.

Os Estados-membros possuem tambm autogoverno, apresentando Legislativo, Executivo e Judicirio estaduais. E autoadministrao, quer dizer, os Estados federados organizaro suas administraes, seus servios pblicos e seus servidores.

Bens dos Estados (art. 26 da CF) ver apostila p. 77)Municpiosartes. 29 e 30So entes autnomos, com capacidade de auto-organizao, auto legislao, autogoverno e autoadministrao.

Se auto organiza por meio de sua Lei orgnica Municipal e leis municipais; autogoverna-se por meio da eleio direta de seu Prefeito, Vice-Prefeito e vereadores sem qualquer ingerncia dos Governos Federal e Estadual; e por fim, auto administra-se ao pr em exerccio suas competncias administrativas, tributrias e legislativas, diretamente conferidas pela CF. Entretanto, diferentemente do que acontece nos demais entres da federao, no h Poder Judicirio municipal.No que diz respeito auto-organizao, determina a CF que:

Art. 29. O Municpio reger-se- por lei orgnica, votada em dois turnos, com o interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal, que a promulgar, atendidos os princpios estabelecidos nesta Constituio, na Constituio do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

A Lei Orgnica organizar os rgos da Administrao, a relao entre Poderes, disciplinar a competncia legislativa do Municpio, bem como suas competncias comum e suplementar, estabelecer as regras do processo legislativo municipal e a regulamentao oramentria do Municpio.

Compete Lei Orgnica, ainda, fixar o nmero de vereadores, observando os limites mximos estabelecidos (art. 29, IV, alneas)O art. 29, X da CF estabelece o julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justia (apenas para infraes penais comuns).Smula 208 do STJ: compete Justia Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestao de contas perante rgo federal.Smula 209 do STJ: compete Justia Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimnio municipal.Delitos eleitorais: TRE.Crimes dolosos contra a vida: Tribunal de Justia.Crimes de responsabilidade prprios: infraes poltico-administrativas, cuja sano corresponde perda do mandato e suspenso dos direitos polticos julgados pela Cmara Municipal. Ex.: art. 29-ACrimes de responsabilidade imprprios infraes penais, apenados com penas privativas de liberdade julgados pelo Judicirio.Distrito Federal (art. 32)Territrios (art. 33)O DF Apresenta algumas caractersticas dos Estados e algumas caractersticas dos Municpios.Como os Municpios, regido por lei orgnica; da mesma forma, apresenta competncias prprias dos Estados e est sujeito interveno federal.No que se refere auto legislao, apresenta uma caracterstica peculiar: a ele so atribudas as competncias legislativas reservadas aos Estados e Municpios.No h previso constitucional para alterao dos seus limites territoriais, no podendo ser dividido.Os Territrios Federais NO so entres federados, integram a Unio. Podero, ou no, ser divididos em Municpios.Repartio de CompetnciasO objetivo da repartio de competncias na CF dividir o poder poltico entre os entres federados de forma racional e equilibrada, garantindo o federalismo de equilbrio entre Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.

Adotou como critrio para estabelecer competncias o princpio da predominncia do interesse: matrias de interesse geral seriam de competncia da Unio, as de interesse regional, dos Estados e as de interesse local dos municpios.

A CF reparte competncias ao dividir, entre os entes federados, as diversas atividades do Estado brasileiro. Essa repartio pode ser modificada por emenda constitucional, desde que no ocorra de tal forma que haja tendncia abolio da forma federativa de Estado (clusula ptrea).

- CRITRIOS PARA A REPARTIO DE COMPETNCIAS:

1) Campos especficos de competncia legislativa e administrativa (repartio horizontal);

Foram atribudos poderes enumerados Unio (arts. 21 e 22) e aos Municpios (art. 30) e poderes remanescentes ou residuais aos Estados-membros (art. 25, 1). O DF foi contemplado com competncias estaduais e municipais (art. 32, 1).

2) Possibilidade de delegao de certas competncias legislativas federais;

A Unio, por meio de lei complementar, poder autorizar os Estados a legislarem sobre questes especficas das matrias de sua competncia3) Competncias administrativas comuns;

4) Competncias legislativas concorrentes( repartio vertical)

Realiza a distribuio de idntica matria legislativa entre as pessoas estatais: tcnica da legislao federal fundamental, de normas gerais e de diretrizes essenciais, cujo preenchimento dever ser feito pela legislao estadual conforme as peculiaridades e exigncias de cada Estado federado (art. 24).

Repartio horizontal: os entres federados atuam em reas especficas, sem a interferncia de um sobre o outro, sob pena de inconstitucionalidade.Repartio vertical: h uma atuao coordenada dos entes federados.

LegislativaCompetncia para que as entidades federadas elaborem suas prprias leis e disponham de seu prprio direito.Material (no-legislativa ou de execuo)Competncia para dispor de assunto poltico-administrativo.ExclusivaAtribuda a uma entidade federada com excluso de todas as demais, sem possibilidade de delegao.PrivativaAtribuda a uma entidade federada com excluso de todas as demais, com possibilidade de delegao.Remanescente (no-enumerada ou residual)Conferida aos Estados-membros como sobra aps a enumerao das competncias das demais entidades.Comum (cumulativa ou paralela)Atribuda a mais de um ente federado com atuao em p de igualdade.ConcorrenteAtribuda a mais de um ente federado com atuao em nveis distintos.SuplementarConferida a determinado entre para complementar as normas gerais dispostas por outro (suplementar-complementar) ou para suprir a ausncia dessas normas gerais (suplementar-supletiva)Tcnicas do Texto Constitucional:

Enumerao dos poderes da Unio (arts. 21 e 22);Poderes remanescentes para os Estados (art. 25, 1);Poderes para os Municpios (art. 30);Possibilidade de delegao (art. 22, pargrafo nico);Competncias comuns de todos os entes federativos (art. 23);Competncias concorrentes entre Unio e Estados (art. 24);Competncias concorrentes entre Unio, Estados e Municpios (art. 30, II).

Competncias da UnioArtigo 21 da CF:

Competncias administrativas: para executar atividades de contedo individual e concreto, previstas na lei, voltadas satisfao do interesse pblico (verbos fazer algo)

Competncia exclusiva: A Unio atuar com exclusividade. So indelegveis a outros entes federativos. Mesmo diante da omisso da Unio, no podem os demais entres federados atuar no mbito dessas matrias. Art. 21. Compete Unio: (p. 74 da apostila)

I - manter relaes com Estados estrangeiros e participar de organizaes internacionais;II - declarar a guerra e celebrar a paz;III - assegurar a defesa nacional;IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que foras estrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneam temporariamente;V - decretar o estado de stio, o estado de defesa e a interveno federal;VI - autorizar e fiscalizar a produo e o comrcio de material blico;VII - emitir moeda;VIII - administrar as reservas cambiais do Pas e fiscalizar as operaes de natureza financeira, especialmente as de crdito, cmbio e capitalizao, bem como as de seguros e de previdncia privada;IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social;X - manter o servio postal e o correio areo nacional;XI - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso, os servios de telecomunicaes, nos termos da lei, que dispor sobre a organizao dos servios, a criao de um rgo regulador e outros aspectos institucionais;XII - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso:a) os servios de radiodifuso sonora, e de sons e imagens;b) os servios e instalaes de energia eltrica e o aproveitamento energtico dos cursos de gua, em articulao com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergticos;c) a navegao area, aeroespacial e a infraestrutura aeroporturia;d) os servios de transporte ferrovirio e aquavirio entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Territrio;e) os servios de transporte rodovirio interestadual e internacional de passageiros;f) os portos martimos, fluviais e lacustres;

XIII - organizar e manter o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico do Distrito Federal e dos Territrios e a Defensoria Pblica dos Territrios;XIV - organizar e manter a polcia civil, a polcia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistncia financeira ao Distrito Federal para a execuo de servios pblicos, por meio de fundo prprio;XV - organizar e manter os servios oficiais de estatstica, geografia, geologia e cartografia de mbito nacional;XVI - exercer a classificao, para efeito indicativo, de diverses pblicas e de programas de rdio e televiso;XVII - conceder anistia;XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades pblicas, especialmente as secas e as inundaes;XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hdricos e definir critrios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transportes urbanos;XXI - estabelecer princpios e diretrizes para o sistema nacional de viao;XXII - executar os servios de polcia martima, aeroporturia e de fronteiras;

XXIII - explorar os servios e instalaes nucleares de qualquer natureza e exercer monoplio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrializao e o comrcio de minrios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princpios e condies:a) toda atividade nuclear em territrio nacional somente ser admitida para fins pacficos e mediante aprovao do Congresso Nacional;b) sob regime de permisso, so autorizadas a comercializao e a utilizao de radioistopos para a pesquisa e usos mdicos, agrcolas e industriais;c) sob regime de permisso, so autorizadas a produo, comercializao e utilizao de radioistopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existncia de culpa;XXIV - organizar, manter e executar a inspeo do trabalho;XXV - estabelecer as reas e as condies para o exerccio da atividade de garimpagem, em forma associativa.O artigo 22 da CF:

Estabelece a competncia privativa da Unio;

Competncias legislativas sobre as quais os demais entes federados no podem legislar, mesmo diante da omisso da Unio. Entretanto, possvel que Estados e DF (jamais Municpios) legislem sobre questes especficas (nunca gerais) dessas matrias, desde que a Unio lhes delegue tal competncia por lei complementar.

delegvel.Art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre: (p. 75 da apostila)

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho;II - desapropriao;III - requisies civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;IV - guas, energia, informtica, telecomunicaes e radiodifuso;V - servio postal;VI - sistema monetrio e de medidas, ttulos e garantias dos metais;VII - poltica de crdito, cmbio, seguros e transferncia de valores;VIII - comrcio exterior e interestadual;IX - diretrizes da poltica nacional de transportes;X - regime dos portos, navegao lacustre, fluvial, martima, area e aeroespacial;XI - trnsito e transporte;

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;XIII - nacionalidade, cidadania e naturalizao;XIV - populaes indgenas;XV - emigrao e imigrao, entrada, extradio e expulso de estrangeiros;XVI - organizao do sistema nacional de emprego e condies para o exerccio de profisses;XVII - organizao judiciria, do Ministrio Pblico do Distrito Federal e dos Territrios e da Defensoria Pblica dos Territrios, bem como organizao administrativa destes;XVIII - sistema estatstico, sistema cartogrfico e de geologia nacionais;XIX - sistemas de poupana, captao e garantia da poupana popular;XX - sistemas de consrcios e sorteios;XXI - normas gerais de organizao, efetivos, material blico, garantias, convocao e mobilizao das polcias militares e corpos de bombeiros militares;

XXII - competncia da polcia federal e das polcias rodoviria e ferroviria federais;XXIII - seguridade social;XXIV - diretrizes e bases da educao nacional;XXV - registros pblicos;XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;XXVII normas gerais de licitao e contratao, em todas as modalidades, para as administraes pblicas diretas, autrquicas e fundacionais da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas pblicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, 1, III;XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa martima, defesa civil e mobilizao nacional;XXIX - propaganda comercial.

Pargrafo nico. Lei complementar poder autorizar os Estados a legislar sobre questes especficas das matrias relacionadas neste artigo.A delegao de competncia legislativa privativa da Unio aos Estados depende do cumprimento de trs requisitos :

A delegao deve ser objeto de lei complementar devidamente aprovada pelo Congresso Nacional;S poder haver delegao de um ponto especfico da matria de um dos incisos do art. 22, pois a delegao no se reveste de generalidade;A proibio, constante do art. 19, de que os entes federativos criem preferncias entre si, implica que a lei complementar editada pela Unio dever delegar a matria igualmente a todos os Estados, sob pena de ferir o pacto federativo.Competncia Comum

O artigo 23 da CF trata da competncia comum, paralela ou cumulativa da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.

So matrias de competncia administrativa de todos os entes da Federao, de forma solidria, com inexistncia de subordinao em sua atuao.

Trata-se tipicamente de interesses difusos, ou seja, interesses de toda a coletividade.Art. 23. competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios: (p. 76 da apostila)

I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico;II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural;V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao, cincia, tecnologia, pesquisa e inovao;VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar;IX - promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico;X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito.Pargrafo nico. Leis complementares fixaro normas para a cooperao entre a Unio e os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, tendo em vista o equilbrio do desenvolvimento e do bem-estar em mbito nacional.Competncia Legislativa Concorrente art. 24 da CF atribuda Unio, aos Estados e ao DF (os Municpios no foram comtemplados).A competncia da Unio est limitada ao estabelecimento de regras gerais. Fixadas essas regras, caber aos Estados e DF complementar a legislao federal (competncia suplementar)Caso a Unio no edite as normas gerais, Estados e DF exercero competncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.Caso posteriormente a Unio edite a regra geral, ela suspender a eficcia da lei estadual apenas no que for contrria quela.Adotou-se o modelo de competncia concorrente no cumulativa, em que h repartio vertical, isto , dentro de um mesmo campo material reservou as regras gerais Unio e deixou aos Estados a complementao.

A competncia suplementar dos Estados-membros e do DF pode ser dividida em duas espcies:

Competncia complementar: depender da existncia prvia de lei federal, a ser especificada.Competncia supletiva: quando da inrcia da Unio em editar lei federal, permitindo aos Estados-membros e ao DF exercerem a competncia legislativa plena.

Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: - p. 76 da apostila.I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico;II - oramento;III - juntas comerciais;IV - custas dos servios forenses;V - produo e consumo;VI - florestas, caa, pesca, fauna, conservao da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteo do meio ambiente e controle da poluio;VII - proteo ao patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico e paisagstico;VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico;IX - educao, cultura, ensino, desporto, cincia, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovao;X - criao, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;XI - procedimentos em matria processual;XII - previdncia social, proteo e defesa da sade;XIII - assistncia jurdica e Defensoria pblica;XIV - proteo e integrao social das pessoas portadoras de deficincia;XV - proteo infncia e juventude;XVI - organizao, garantias, direitos e deveres das polcias civis. 1 No mbito da legislao concorrente, a competncia da Unio limitar-se- a estabelecer normas gerais. 2 A competncia da Unio para legislar sobre normas gerais no exclui a competncia suplementar dos Estados. 3 Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercero a competncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4 A supervenincia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficcia da lei estadual, no que lhe for contrrio.Competncia dos Estados:A CF no lista taxativamente as competncias dos Estados-membros, reservando-lhes a chamada competncia remanescente ou residual (art. 25, 1)Entretanto, a CF enumera isoladamente algumas competncias dos Estados, veja as mais cobradas em concursos:Art. 25 2Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concesso, os servios locais de gs canalizado, na forma da lei, vedada a edio de medida provisria para a sua regulamentao.

3 Os Estados podero, mediante lei complementar, instituir regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies, constitudas por agrupamentos de municpios limtrofes, para integrar a organizao, o planejamento e a execuo de funes pblicas de interesse comum.Competncias dos Distritos Federais:

A CF atribuiu ao DF as competncias legislativas, administrativas e tributrias reservadas aos estados e aos municpios (art. 32,1).

Contudo, h excees: no so competncias do DF, organizar e manter o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico, e a Polcia (art. 21, XIII e XIV), bem como legislar sobre a organizao judiciria e do Ministrio Pblico do Distrito Federal (art. 22, XVII, e art. 48, IX)39Competncias dos Municpios art. 30 da CF p. 80 apostila

Art. 30. Compete aos Municpios:I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislao federal e a estadual no que couber;III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual;V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo, que tem carter essencial;VI - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental;VII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao;VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano;IX - promover a proteo do patrimnio histrico-cultural local, observada a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual.A competncia legislativa dos municpios subdivide-se em exclusiva e suplementar:Exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local.Suplementar: para suplementar a legislao federal ou estadual, no que couber.

Explorao de atividade de estabelecimento comercial alvar ou licenas para funcionamento.Fixao do horrio de funcionamento do comrcio local.