23
DAVID AUSUBEL 1

David Ausubel

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: David Ausubel

1

DAVID AUSUBEL

Page 2: David Ausubel

2

CONTEXTONo fim do século XIX e começo do século XX, os movimentos migratórios judaicos tomaram uma nova direção, a da América.

Juntavam-se milhões que deixavam uma Europa empobrecida e dilacerada pelos conflitos, em busca de uma nova vida. A maior parte ia para os Estados Unidos; só no período de 1905-1914, setecentos mil judeus chegaram.

A população judia sofria muitos preconceitos nesta época, como por exemplo à dos moradores do Klu Klux klan, que afirmavam que o banditismo não é produto americano. Diziam que os imigrantes europeus da "classe baixa" é que tinham trazido para a América. Existiam também muitos choques religiosos.

Page 3: David Ausubel

3

DAVID P. AUSUBEL

"Escandalizou-se com um palavrão que eu, patife de seis anos, empreguei certo dia. Com sabão de lixívia lavou-me a boca. Submeti-me. Fiquei de pé num canto o dia inteiro, para servir de escarmento a uma classe de cinqüenta meninos assustados(...)" (AUSUBEL).

" A escola é um cárcere para meninos . O crime de todos é a pouca idade e por isso os carcereiros lhes dão castigos" (AUSUBEL).

David Paul Ausubel nasceu nos Estados Unidos, na cidade de Nova York, (25/10/1918), filho de uma família judia pobre de imigrantes da Europa Central.A teoria de David Paul Ausubel é o oposto da educação violenta e reacionária que recebera em sua época de colégio.

Page 4: David Ausubel

4

• Nas Universidade da Pensilvânia e Middlesex se formou nos campos da medicina e da psicologia.

• Começou no serviço militar com o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos. Foi designado para Nações Unidas de Assistência e Administração de Reabilitação, em Stuttgart (Alemanha) tratando dos refugiados.

• Posterior aos seus estudos de psiquiatria, começou a estudar na Universidade de Columbia até obter o doutorado em psicologia do desenvolvimento.

• David Ausubel, professor emérito da Universidade de Colúmbia, psiquiatra de formação, dedicou-se à psicologia educacional, durante 25 anos.

Page 5: David Ausubel

5

• A primeira edição de sua obra, Education psychology: a cognitive view, é de 1968. A segunda edição, tem Joseph Novak como co-autor.

• O pensamento de David Ausubel foi introduzido no Brasil na década de 70 pelo Prof. Joel Martins.

• Em 1973, Ausubel se afastou da vida acadêmica para se dedicar em tempo integral á sua prática psiquiátrica.

• Desde os anos 70, Joseph D. Novak tem interpretado, refinado e utilizado a teoria de David Ausubel como referencial para a pesquisa educacional e para a organização do ensino.

• Em 1975, Ausubel esteve no Brasil, na PUC-SP, e coordenou um Seminário Avançado (reunindo 25 pesquisadores do Brasil).

Page 6: David Ausubel

6

• Seus principais interesses em psiquiatria têm sido psicopatologia geral, desenvolvimento do ego, a toxicodependência, e da psiquiatria forense.

• Em 1976 ele recebeu o Prêmio Thorndike, da Associação Americana de Psicologia para "Ilustres Contribuições psicológicas para a Educação“.

• Ausubel se aposentou da vida profissional em 1994, para dedicar-se a tempo inteiro, com a idade de 75, com a escrita.

• Dr. Ausubel faleceu em 9 de julho de 2008.

Page 7: David Ausubel

7

PUBLIC

AÇÕES

1. Ego Development and the Personality Disorders. Orlando, FL: Grune & Stratton, 1952.

2. Theory and Problems of Adolescent Development. Orlando, FL: Grune & Stratton, 1954. (German edition, 1968). (Portuguese edition. In press.) (2nd edition, 1977.) (Italian edition, 1968,) (2nd German edition, 1981).

3. Alcohol and Narcotic Drugs. Teachers' Manual (with W. B. Spalding). Springfield: Office of Superintendent of Public instruction, State of Illinois, 1957.

4. Theory and Problems of Child Development. Orlando, FL: Grune & Stratton, 1958. Revised edition (with E. V. Sullivan), 1970. (German edition, 1974.) (3rd edition, 1980.)

5. Drug Addiction: Physiological, Psychological, and Sociological Aspects. New York: Random House, 1958.

6. The Fern and the TIkli An American View of New Zealand National Character, Social Attitudes and Race Relations. Sydney, Australia: Angus & Robertson, 1960. Reissued by Holt, Rinehart & Winston (New York), 1965, and Christopher House (N. Quincy, MA), 1977.

7. Maori Youth. A Psychoethnological Study of Cultural Deprivation. Wellington, New Zealand: Price, Milburn, 1961. Reissued by HoIt, Rinehart & Winston (New York), 1965. Reissued by Christopher House (N. Quincy, MA), 1977.

Page 8: David Ausubel

8

8. The Psychology of Meaningful Verbal Learning. Orlando, FL: Grune & Stratton, 1963. (Italian edition, 1966.)

9. Readings in the Psychology of Cognition. (Co-editor with R. C. Anderson.) New York: Holt, Rinehart & Winston, 1965.

10. Learning Theory and Classroom Practice. Toronto: The Ontario Institute for Studies in Education, 1967.

11. Educational Psychology: A Cognitive View. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1968. (German edition, 1974.) (2nd edition, 1978.) (Spanish edition, 1977.) (2nd German edition, 1980.) (Italian edition, 1978.) (Portuguese edition, 1980.) (Romanian edition, 1981.) (2nd Spanish edition, 1982).

12. School Learning: An Introduction to Educational Psychology. (With Floyd C. Robinson.) New York: Holt, Rinehart & WInston, 1969. (British edition, 1971.) (Japanese edition, with A. Yoshida, 1984.) (Australian edition, 1972.) (Romanian edition, 1973.)

13. Reading. In School Learning. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1969. (British edition, 1970.) (Australian edition, 1971.)

14. Psychology in Teacher Preparation. (With John Herbert.) Toronto: The Ontario Institute for Studies in Education, 1969.

PUBLIC

AÇÕES

Page 9: David Ausubel

9

15. Ego Psychology and Mental Disorder. New York: Grune & Stratton, 1977.

16. What Every Well-Informed Person Should Know About Drug Addiction. Chicago: Nelson-Hail, 1980.

17. Der Erwerb und dam Behalten von Wissen. Beltz Verlag Weinbein, West Germany. (The Acquisition and Retention of Knowledge.) (Written in, not translated into, German. Subsequently withdrawn from publication.)

18. Ego Development and Psychopathology. New Brunswick, NJ, Transaction Publishers (Rutgers University),1996.

19. The Acquisition and Retention of Knowledge. Dordrecht, The Netherlands, Kluwer Academic Publishers 2000

21. Death and the Human Condition. iUniverse, 2002,

22. Theory and Problems of Adolescent Development, 3rd edition iUniverse. 2002

Original articles in psychiatric and psychological journals: 148 (1948-1994)

PUBLIC

AÇÕES

Page 10: David Ausubel

10

TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

“Se tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um só princípio, diria o seguinte: o fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. Averigüe isso e ensine-o de acordo”.

Page 11: David Ausubel

11

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA:Processo pelo qual uma nova informação se relaciona, de maneira substancial (não literal) e não arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do indivíduo.

APRENDIZAGEM MECÂNICA:Aquela em que novas informações são aprendidas praticamente sem interagirem com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva, sem ligarem-se a conceitos subsunçores específicos.

Page 12: David Ausubel

12

Ausubel vê o armazenamento na mente

humana como sendo altamente organizado,

formando uma espécie de hierarquia

conceitual, na qual elementos mais

específicos do conhecimento são ligados (e

assimilados por) a conceitos e idéias,

proposições mais gerais e inclusivos .

Page 13: David Ausubel

13

APRENDIZAGEM POR RECEPÇÃO(CONTEÚDO na forma final)

Mais frequente em sala de aula

APRENDIZAGEM MECÂNICA

APRENDIZAGEM POR DESCOBERTA

(CONTEÚDO é descoberto)

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Ex: Progressões (introdução por recepção/ por descoberta)Na verdade, aprendizagem por descoberta e por recepção, também não se constituem em uma dicotomia, podendo ocorrer concomitamente, na mesma tarefa de aprendizagem, e situar-se ao longo de um continuum, como o das aprendizagens significativa e mecânica.

Page 14: David Ausubel

14

CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

MATERIAL POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVO

SIGNIFICADO LÓGICO(inerente a natureza do

material)

SIGNIFICADO PSICOLÓGICO(é uma experiência inteiramente

idiossincrática)

DISPOSIÇÃO DO APRENDIZ PARA RELACIONAR O NOVO MATERIAL

POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVO À SUA ESTRUTURA COGNITIVA

IDIOSSINCRASIA: maneira própria de ver, sentir, reagir, de cada indivíduo.

Do relacionamento substantivo e não arbitrário do material logicamente significativo à estrutura cognitiva emerge o significado psicológico, cujos componentes são tipicamente idiossincráticos.

Page 15: David Ausubel

15

Como são adquiridos os significados iniciais que permitem a ocorrência da aprendizagem significativa e a aquisição de novos significados?

Os primeiros subsunçores são adquiridos pelo processo de formação de conceitos (aprendizagem por descoberta) , porém ao atingir a idade escolar a maioria das crianças já possui um conjunto adequado de conceitos que permite a aquisição de novos conceitos por assimilação (aprendizagem receptiva), processo que passa predominar em crianças mais velhas e adultos.

Page 16: David Ausubel

16

O que fazer quando não existe subsunçores?

Ausubel propõe o uso de organizadores prévios (materiais introdutórios, apresentados antes do próprio material a ser aprendido, porém em um nível mais alto de abstração, generalidade e inclusividade do que esse material) que servem para facilitar a aprendizagem, na medida em que funcionam como “pontes cognitivas”.

A costrução de um organizador depende, sempre, da natureza do material da aprendizagem, da idade do aprendiz e do grau de familiaridade que este já tem com o assunto a ser aprendido.

Os organizadores prévios não, necessariamente, são textos escritos. Uma discussão, uma demonstração, ou quem sabe, um filme ou vídeo podem funcionar como organizador, dependendo da situação de aprendizagem.

Page 17: David Ausubel

17

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA1. REPRESENTACIONAL

(símbolo-referente)2. DE CONCEITOS

(símbolo- atributos criteriais)

3. PROPOSICIONAL(significados das

idéias em forma de proposição –

expressas verbalmente)

3.1 SUBORDINADAEnvolve a subsunção

de conceitos e proposições

potencialmente significativos sob

ideias mais gerais e inclusivas já existente na estrutura cognitiva.

3.2 SUPERORDENADAConceitos ou proposição

potencialmente significativo A, mais geral e inclusivo que ideias ou conceitos já estabelecidos na

estrutura cognitiva a1, a2, a3 é adquirido a partir destes e passa

a assimilá-las.Ex: o aluno pode chegar a

proposição geral de que todos os quadriláteros tem 360 graus através de exemplos diferentes

de quadriláteros.

3.3 COMBINATÓRIAA nova proposição não pode ser assimilada por outras já estabelecidas na estrutura cognitiva nem é capaz de

assimilá-las, visto que esses conhecimentos (prévios e novos) estão no mesmo

patamar dentro da hierarquia conceitual da

estr. Cognitiva.

3.1.1 DERIVADAQuando o material aprendido

é entendido como um exemplo específico de um conceito já

estabelecido na estrutura cognitiva, ou apenas corrobora

ou ilustra uma proposição geral, previamente aprendida.EX: “gatos sobem em arvores”

“O gato do vizinho está subindo na árvore” é

subordinada a ela.

3.1.2 CORRELATIVAQuando o material é aprendido

como uma extensão, elaboração, modificação ou qualificação de conceitos ou

proposições previamente aprendidos.

EX: “o triangulo equilatero é uma figura fechada com 3 lados

de igual comprimento”.“Se os 3 lados de um triângulo tem comprimento igual, então

os 3 ângulos também são iguais.

Page 18: David Ausubel

18

A estabilidade na memória de um material significativo é ampliada pela ancoragem na estrutura cognitiva. O estabelecimento de uma rede de conceitos interligados e com níveis de inclusividade diferenciados aumenta a resistência ao esquecimento.

Page 19: David Ausubel

Evidência da aprendizagem significativa(alternativas de verificagem)

I. a melhor maneira de evitar a “simulação da aprendizagem significativa” é formular questões e problemas de maneira nova.

II. Solicitar que aos estudantes que diferenciem idéias relacionadas, mas não idênticas, ou que identifiquem os elementos de um conceito ou proposição de uma lista contendo, também, elementos de outros conceitos e proposições similares.

III. Propor ao aprendiz uma tarefa de aprendizagem, sequencialmente dependente da outra, a qual não possa ser executada sem uma genuína compreensão da precedente.

IV. Solução de problemas, sem dúvida, é um método válido e prático (talvez a única maneira de avaliar, em certas situações, se os alunos, realmente, compreenderam significativamente as idéias que são capazes de verbalizar). Porém, se o aprendiz não for capaz de resolver um problema, isso não significa, necessariamente, que tenha apenas memorizado os princípios e conceitos relevantes à solução de problemas, pois esta envolve, também, o uso de outras habilidades, além da compreensão.

19

Page 20: David Ausubel

20

PRINCÍPIO DA ASSIMILAÇÃO

O produto interacional A’a’ pode sofrer modificações ao longo do tempo, podendo envolver novas aprendizagens e perda de capacidade de reprodução de idéias subordinadas (as novas informações tornam-se, espontânea e progressivamente, menos dissociáveis de suas ideias-âncora (subsunçores) até que não mais estejam disponíveis, isto é, não mais reproduzíveis como entidades individuais – assimilação obliteradora). O esquecimento é, portanto, uma continuação temporal do mesmo processo que facilita a aprendizagem e a retenção de novas informações.

NOVA INFORMAÇÃO POTENCIALMENTE

SIGNIFICATIVAa

Relacionada e assimilada por

Conceito subsunçor existente na estrutura

cognitivaA

Produto interacionalA’a”

Page 21: David Ausubel

21

O termo assimilação de Ausubel difere do de Piaget. Em Ausubel:

• O novo conhecimento interage com conceitos ou proposições relevantes específicas existentes na estrutura cognitiva, e não com ela, como um todo.

• A assimilação é um processo contínuo e modificações relevantes na aprendizagem significativa ocorrem, não como resultado de períodos gerais de desenvolvimento cognitivo, mas de uma crescente diferenciação e integração de conceitos específicos na estrutura cognitiva.

Tanto Ausubel quanto Piaget, no entanto, concordam que o desenvolvimento cognitivo é um processo dinâmico e que a estrutura cognitiva está sendo constantemente modificada pela experiência.

Page 22: David Ausubel

22

A teoria de Ausubel é dedutiva ou indutiva?

A teoria de Ausubel apresenta tanto aspectos indutivos

como dedutivos, o que aliás, seria de se esperar pois, em

termos de aprendizagem e solução de problemas, é

questionável a existência de abordagens puramente

indutivas ou dedutivas.

Page 23: David Ausubel

23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDAVID PAUL AUZUBEL. Disponível em: < http://www.oocities.org/eduriedades/davidpaulauzubel.html> Acessado em: 20/09/2012

DAVID PAUL AUSUBEL. Disponível em: <http://www.davidausubel.org/publication.html > Acessado em: 20/09/2012.

A teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel. In: MOREIRA, Marco Antonio. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2006.

RONCA, Antonio Carlos Caruso. Teorias de Ensino: A contribuição de David Ausubel. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v2n3/v2n3a09.pdf >. Acessado em: 27/09/2012.

RONCA, Antonio Carlos Caruso. O modelo de Ensino de David Ausubel. In: PENTEADO, Wilma Millan Alves (org). Psicologia e Ensino. São Paulo: Papelivros, 1980.