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chega de

presets!APRENDA A CRIAROS SEUS PRÓPRIOSTIMBRES DO ZEROEM QUALQUER VST

CHEGA DE PRESETS! APRENDA A CRIAR OS SEUS PRÓPRIOS TIMBRES DO ZERO EM QUALQUER VST.

Isenção de Responsabilidade

Todas as informacoes contidas neste guia sao provenientes de minhas experiencias pessoais com o aprendizado de producao de música eletrônica de varios anos de estudos. Todos os nomes de marcas, produtos e servicos mencionados neste guia sao propriedades de seus respectivos donos e sao usados somente como referencia.

Direitos Autorais

Este guia esta protegido por leis de direitos autorais. Todos os direitos sobre o guia sao reservados. Nao esta autorizada qualquer tipo de reproducao parcial/integral ou venda em qualquer mídia. Qualquer tipo de violacao dos direito autorais estara sujeita a acoes legais.

Sobre o Autor

Meu nome é Eduardo Juliato, tenho 29 anos e, ha 7, eu estudo producao de música eletrônica. Sou biólogo de formacao, especialista em farmacologia clínica e durante 7 anos dediquei a minha vida à carreira profissional que, além do emprego formal, contemplava uma empresa própria - uma fran-quia de escola de idiomas.Desde 2014, abandonei a carreira de biólogo/farmacologista para me dedicar completamente ao ensino de de produção de música eletrônica, criando a PME-Experts, um canal no YouTube, uma Pagina no Facebook e também um curso online voltados à producao de música eletrônica, como o Top Produtor e o Síntese na Pratica (curso de sobre síntese sonora). Este guia que voce esta lendo é uma compilacao de todos os meus estudos e ideias sobre o aprendizado de producao de música eletrônica, com foco em síntese sonora, e tem como objetivo levar meus métodos e minha mensa-gem para o maior número possível de pessoas que sonham se tornar grandes produtores de música eletrônica.

INTRODUÇÃOVoce costuma perder horas e horas procurando presets nos sintetizadores e VSTs (sintetizadores virtuais), na esperanca de encontrar um timbre que seja adequado à sua música?

Aquele monte de botoes, knobs e faders dos VSTs te assustam?

Toda vez que voce quer achar um timbre, acaba utilizando outros porque nao encontrou um preset ideal?

Se voce respondeu SIM para qualquer uma dessas perguntas, nao se preocupe, pois voce nao esta sozinho.

No entanto, se voce continuar na tentativa e erro até achar o som que voce procura, voce vai perder muitas e muitas horas da sua vida. E isso, definitivamente, não é o que você precisa!

É exatamente por esse motivo que eu resolvi escrever esse E-book. Vou lhe apresentar um passo-a--passo de como DOMINAR qualquer sintetizador/VST que você quiser. Vou te mostrar quais são os 4 territórios que voce precisa desbravar para encontrar o som perfeito.

Não tenho a menor pretensão de esgotar esse assunto tão extenso com um E-book, mas sim te fornecer informações práticas, simplificadas e orientadas para a produção de música eletrônica, em uma linguagem simples e informal, para que voce ja possa colher os resultados imediatamente. Sem frescura!

Eu perdi anos e anos da minha vida tentando produzir música eletônica sem entender p perfeita-mente como funcionavam os VSTs. Como todo produtor iniciante, eu ficava preso aos presets e acreditava que eu não tinha condições de criar os meus próprios timbres, que isso era coisa para engenheiro de audio.Entao, tudo que eu queria era encontrar um banco novo de presets. E mais um. E mais um… No fim, eu tinha uma tonelada de bancos com milhões de presets em cada… ...E NENHUM QUE SE ADEQUASSE AO QUE EU QUERIA!!!O resultado disso tudo era que as minhas músicas pareciam colchas de retalho, sem coerência e coesao entre os timbres. Isso mesmo, coesao e coerencia. Se voce ja passou pelo vestibular, deve se lembrar das aulas de redacao sobre esses 2 termos. A música nao é diferente de uma redacao. Ela é uma história, com sentimento e, acima de tudo, começo, meio e fim. Cada elemento deve ter um certo grau de conexao com o elemento vizinho.

E acredite, por mais que voce se orgulhe da sua biblioteca de presets, ela pode ser uma grande vila na sua carreira de produtor!

Mas, não se preocupe!

A partir de agora, voce vai aprender a dominar qualquer VST e criar os seus próprios timbres, a partir do zero e criar a SUA própria biblioteca de presets.

Com isso, as suas músicas vao ser construídas com muito mais coesao e coerencia e voce nao vai mais precisar passar o domingo inteiro caçando um bendito preset ideal!

A sua busca chegou ao fim! A partir de hoje, você cria os seus próprios timbres. Combinado?

Entao, vamos la…

COMPONENTES DE UM VST DE SÍNTESE SUBTRATIVA

Antes mergulharmos de cabeca nesse assunto, precisamos entender quais sao os tipos de síntese sonora.

Basicamente, podemos considerar que existem 5 tipos de síntese:

samples. Portanto, estamos falando de samplers (instrumentos que tocam e manipulam samples). Não confunda os termos (sample e sampler)!

Se você já trabalhou com instrumentos como o Sylenth1, Operator (Ableton), Albino, Diva, Van-guard, Blue, Discovery, Synth1, TAL Noisemaker, Hive, MiniMoog, Virus, dentre muitos outros, voce ja lidou com a síntese subtrativa. Se você não conhece nenhum destes acima descritos, eu sugiro que você baixe e instale o TAL-Noi-semaker, uma vez que ele é FREE, fácil de entender e possui um som excelente. Inclusive, é ele que eu uso em minhas aulas de síntese no curso Top Produtor e no Síntese na Pratica

Voce vai perceber que a maioria dos VSTs possui as mesmas secoes, com as mesmas funcionalida-des. É claro que cada um possui as suas próprias características e peculiaridades, mas no fundo, todos funcionam de forma muito parecida.As principais secoes que voce deve dominar em um VST sao:

Acredite, por mais aterrorizante que um VST possa parecer, é muito provavel que ele possua todas as seções acima. O número de osciladores, filtros, envelopes, LFOs e efeitos pode variar. Mas, en-tendendo o conceito, vai ficar muito fácil manipular qualquer VST.

Além desses efeitos, alguns VSTs possuem outras ferramentas, como Arpeggiator, por exemplo, que cria arpejos automaticos.

SÍNTESE SUBTRATIVASÍNTESE ADITIVASÍNTESE FM

sÍNTESE POR WAVETABLESSAMPLE-BASED

Osciladores FiltrosEnvelope de Amplitude (ADSR)

Envelopes de Modulação LFOs (Osciladores de baixa frequência) Efeitos

Em um VST ou sintetizador, todo som percorre um caminho. E durante esse caminho, acontecem varias coisas com ele. Esse é o conceito basico. Vamos nos aprofundar um pouco: O som é gerado por um ou mais osciladores, passa por um filtro e, posteriormente, por um amplificador, até sair na caixa de som. Durante esse trajeto, ele sofre modulacoes e recebe efeitos, para que seja moldado como uma verdadeira escultura.

Com o domínio de todos esses controles, um produtor experiente é capaz de alcancar qualquer timbre que deseja, a partir do zero (preset inicial).

A primeira coisa que voce deve procurar quando abre um VST sao os osciladores, pois é nos osciladores que o som é gerado.

Consideremos o TAL-Noisemaker como exemplo. A secao de osciladores esta em azul e podemos obser-var que ha 2 osciladores.

Portanto, cada oscilador é responsavel por gerar uma onda sonora. Existem basicamente 5 tipos de ondas. O resto, são va-riacoes destas. Vamos entender quais sao os tipos de onda que um os-cilador pode gerar.

Vamos entender agora cada uma dessas secoes.

osciladores

A ROTA DO SINAL DE ÁUDIO

onda senoidal (sine)

onda dente de serra (saw)

A onda senoidal é uma onda primordial. Teoricamente, voce pode originar qualquer onda a partir dela, através de sobreposicoes. Nao vamos nos preocupar com esses conceitos de física agora. O que você precisa saber é que a onda sine é pobre em harmônicos. Isso quer dizer que o som dela é extremamente limpo.

Para entender melhor a questao os harmônicos, observe na imagem acima uma nota Lá tocada no TAL-Noisemaker apenas com a onda sine habilitada. Sabemos que a frequencia fundamental da nota Lá é 440Hz. E é exatamente nesse ponto do espec-tro que você pode observar um pico. Observe que há apenas um pico. Portanto, não há harmônicos. Na sequencia, veremos a diferenca da mesma nota tocada com uma onda saw.

A onda SINE é muito utilizada na síntese de elementos percussivos, como bumbo (kick), caixa (sna-re), tom e também de baixos. Sugiro que você abra o TAL-Noisemaker e observe na seção MASTER que você tem 2 knobs (botões de girar) referentes aos osciladores 1 e 2. Se voce fechar completamente um dos knobs, tera apenas um oscilador ativo. Então, escolha a onda SINE e toque algumas notas. Observe o timbre da onda.

A onda SAW é extremamente rica em harmônicos pares e ímpares. Nao se preocupe agora em entender os termos “pares e ímpares”. Mas, o que voce precisa saber é que a onda SAW é muito brilhante. Observe a nota Lá tocada com uma onda SAW.

Cada um destes picos representa um harmônico e eles sao múltiplos da frequencia fundamental (440Hz).

Tendo em vista que o espectro sonoro que o ser humano consegue ouvir vai do 20Hz até 20.000Hz, do mais grave para o mais agudo, podemos entender porque a onda SAW é tao brilhante.

*O termo “brilhante” (bright) é muito utilizado na música e refere-se a um conteúdo espectral com agudos muito presentes. O oposto é o termo “escuro” (dark), que refere-se a sons com menor presença de frequências altas. Por consequência, o som torna-se mais abafado. **Os harmônicos definem o TIMBRE. Guarde isso!

A onda SAW é imensamente utilizada em uma variedade de timbres, desde leads, pads, baixos etc. É extremamente comum no Trance, Dubstep, Electro-House, Techno e todos os respectivos subgê-neros.Observe a onda SAW no seu TAL-Noisemaker ou em qualquer outro VST.

A onda Square é rica em harmônicos ímpares. Ela possui um som mais metalico, robotizado e com um conteúdo de grave (Low End) muito preponderante. Por isso, é muito útil para basslines, sub--basses, mas é também utilizada para criar diversos timbres.

A onda triangular também só possui harmônicos ímpares, porém, estes se decaem muito mais ra-pidamente do que em uma onda quadrada, o que a torna mais “natural”, fazendo com que ela se pareca mais com uma onda SINE.

A Triangle tem um som bem sutil, parecido com o de uma flauta. É muito utilizado para criar timbres como Pads e strings.Sugiro que voce abra um instrumento virtual e procure por presets que contém a onda triangle. Ela possui um timbre bem sutil.

Voce pode observar que a mesma nota La possui metade dos picos (harmônicos) que a onda SAW.

*Eu aconselho que, no estudo da producao de música eletrônica, voce se acostume com os termos em ingles, pois é a linguagem universal dos VSTs e softwares de producao.

Figura 05 - Nota Lá representada em um analisador de espectro, evidenciando a frequência funda-mental e os harmônicos ímpares

onda quadrada (square)

onda triangular (triangle)

O ruído branco é produzido pela combinação simultânea de sons de todas as frequências. O termo “branco” é uma analogia ao funcionamento da luz branca, que é a combinacao de todas as frequ-encias cromaticas.O ruído branco é nada além de um chiado, mas que pode ser muito útil na criação de sweeps, uplif-ters, fx e também em caixas, bumbos e pratos, dentre outros.

Ok, você já conhece os principais tipos de onda e podemos subir mais um degrau na escalada do conhecimento. Ainda na seção de osciladores, temos outros parâmetros de controle que você precisa conhecer. Sao eles:

Este knob controla a altura do som. E quando eu falo altura, nao estou falando do volume. Por exemplo, se o tune está configurado no zero e você toca a nota Lá, você irá ouvir a nota Lá.

Mas, se o Tune estiver configurado no +1, você irá ouvir a nota Lá, porém meio tom à frente, ou seja La sustenido (A#). Então, cada número representa meio tom. Geralmente, você pode configurar o Tune do -24 até o +24. Aqui moram alguns segredos. Por exemplo, se você configurar o tune em 7, voce tera percorrido 7 semitons, e isso representa um intervalo de quinta na escala. Percorrendo até o número 12, isso representa uma oitava, ou seja, o mesmo tom, porém mais grave ou mais agudo.Desta forma, voce pode deixar o Tune no zero em um oscilador e no outro deixar no +7 ou no -7 e com isso, quando você apertar qualquer tecla, estara tocando um acorde automatico, pois o som

sera a somatória da nota fundamental acrescida da quinta. Lembrando que acordes sao formados por uma nota fundamental, uma terca e uma quinta, em um sintetizador com 3 osciladores, voce pode alcancar timbres incríveis. Além disso, pode também trabalhar com oitavas diferentes, através da configuração do Tune em -24, -12, 0, + 12 ou +24.

O ruído branco é o famoso som das TVs antigas quanto não estavam sintonizadas.

Figura 07 - Nota Lá representada em um analisador de espectro, gerada por uma onda white noise.

TUNE

ruído branco (white noise)

tune finetune pw (pulse width) phase

Interessante, nao?

Sugiro que voce pare de ler agora e teste algumas destas combinacoes e depois retome a leitura.

zzzZZzZzzzzzZZZZzzzz….

E aí, testou? Entao, é assim que se tira o maximo proveito do TUNE.

Enquanto o TUNE permite que você altere o pitch com intervalos de semi-tons, o FINE-TUNE promo-ve um ajuste fino, uma vez que, quando configurado no máximo, não altera mais do que meio tom.

Essas pequenas alteracoes no tom podem trazer timbres mais ricos.

Dica: Experimente fazer uma leve alteração no fine tune em um oscilador e no outro, faça a mesma alteracao, porém ao contrario.

Voce tera um som oscilante, como se estivesse com um efeito de Phaser.

Quando trabalhamos com o detune, o som fica mais aberto e rico. Esse resultado pode ou não ser o seu objetivo. Portanto, TESTE! Teste até internalizar o resultado das alteracoes. Com o tempo, voce sera capaz de prever o que aconteceria com o seu som se alterasse qualquer parâmetro do VST, mesmo sem alterá-lo.

Este parâmetro permite que você controle a largura do pulso em uma onda quadrada. Experimente colocar uma onda Pulse ou Square no seu oscilador e alterar o PW. Você vai perceber que com um PW mais “fino”, a onda fica mais parecida com a SAW, mais brilhante.

Importante: Esse parâmetro de controle só se aplica à onda Pulse/Square.

Quando for criar um novo timbre, comece com um oscilador apenas. Tente extrair o melhor som possível apenas com uma onda. Depois disso voce pode abrir lentamente um novo oscilador e ir testando a mistura de ondas.

Com este parâmetro, você vai controlar a fase da onda. Muitas vezes, se você está trabalhando com 2 osciladores, pode ocorrer o cancelamento de fases. Isso pode gerar efeitos interessantes na sua onda. Com o controle deste parâmetro, você pode anular o cancelamento ou até mesmo promover novas sonoridades através dele. Nao vamos entrar em detalhes técnicos sobre cancelamento de fase. Se voce quiser se aprofundar mais sobre esse assunto, existem muitas informacoes gratuitas disponíveis na internet. O mais importante é que você observe as alterações no som que esse efeito pode promover.

Fine TUNE

PW (pulse width)

Phase

dicas sobre osciladores

Esse filtro permite que as frequências baixas passem por ele. Quando ele está totalmente aberto, todas as frequencias passam.

O efeito do Low-Pass Filter varia dependendo da onda sonora selecionada. Se você escolher uma onda sine, o efeito do filtro será limitado. A sine possui apenas a frequência fundamental. Portanto, se o filtro retirá-la, ele estará filtrando o som inteiro. Entretanto, se você escolher uma SAW, que tem muita informacao de frequencias altas, o Low Pass Filter tera um grande impacto percebido.

O high-pass é o contrário do passa-baixa. Ele permite que as frequências altas passem por ele e, progressivamente, corta as frequencias mais baixas. A utilização desse filtro se dá quando você quer filtrar os graves, quando o som está “lamacento” ou quando há muito bass!

Muitos sound designers também utilizam o high-pass com ressonância para aumentar a frequência fundamental. Veremos o parâmetro ressonância a seguir.

O filtro passa-banda é uma combinação de um Low-Pass e um High-Pass, uma vez que se cortam as frequencias baixas e altas ao mesmo tempo, permitindo que apenas uma determinada banda passe através do filtro.

Esse tipo de filtro tende a retirar muita energia do som e, portanto, é necessário que se aumente a amplitude no final.

Agora que ja entendemos como o som é gerado, chegou a hora da lapidacao. Lembra que eu falei do conteúdo harmônico das diferentes ondas? Muitas vezes voce nao quer todo aquele conteúdo harmônico. E é nessa hora que entra a utilização do filtro.

Seguindo a rota do sinal, o som é gerado por um oscilador e passa por um filtro. Vamos entender agora os tipos de filtros presentes em um VST e os seus principais parâmetros.

tipos de filro

filtro

low-pass (passa baixa)

high-pass (passa alta)

band-pass (passa banda)

cutoff aberto cutoff fechado

Eu diria que o principal parâmetro do filtro é o CUTOFF.

O CUTOFF é um dos seus melhores amigos na síntese. Ele representa o ponto de corte dos harmô-nicos. Isso quer dizer que se o Cutoff está totalmente aberto, você não tem a atuação do filtro e, consequentemente, ouvira todos os harmônicos presentes na onda.

A partir do momento em que você vai fechando o Cutoff, percebe que a onda vai ficando mais limpa.

Faca o teste com uma onda SAW.

Podemos demonstra a atuação do Cutoff graficamente.

Voltando àquele conceito sobre brightness e darkness (som brilhante ou escuro), podemos dizer que o Cutoff controla o brilho. Quanto mais aberto, mais brilhante.

Esse pico que se observa exatamente no ponto de corte é a ressonância.

Você pode aumentar a ressonância em diversos timbres para alcançar novas sonoridades. Experi-mente!

Até o momento, ja aprendemos a gerar um som, através dos osciladores, entendemos os principais tipos de onda e o seu respectivo conteúdo harmônico e conhecemos os principais parâmetros da seção de filtro. Portanto, seguindo a rota do áudio, vamos para a próxima seção, que é a Amplificação.

parâmetros do filro

ressonância

cutoff

Depois que o som é gerado pelo oscilador e o seu conteúdo harmônico é delimitado pelo filtro, o som vai para a seção de amplificação, onde será controlada basicamente a amplitude (volume) até chegar à saída para o auto-falante.

Portanto, controlar a amplitude é nada mais do que ajustar o volume.

No entanto, a amplificação recebe uma das modulações mais importantes do sintetizador, o Enve-lope ADSR, que será discutido a seguir. O envelope ADSR é o que vai moldar a sua onda e dar a ela a característica de um pad ou de um elemento percussivo, por exemplo. É ele quem define o Punch do som.

Vou repetir, o som então é gerado pelos osciladores, posteriormente é filtrado e amplificado até ser direcionado à saída para agraciar os nossos ouvidos. Isso você já sabe! Mas, se você observar a figura da rota do áudio, lá no começo do ebook, perceberá que, tanto os osciladores, como o filtro e o amplificador podem ser modulados.

Isso que dizer que nós podemos controlar o comportamento destes parâmetros, para que eles não trabalhem de forma estatica. Imagine que você possa abrir e fechar o cutoff durante um intervalo de 1 segundo, por exemplo. Nesse espaço de 1 segundo, você abre o cutoff manualmente e depois fecha, enquanto um som é tocado. Certamente, isso traz muito mais movimento ao som. Mas voce nao precisa fazer isso de forma manual, pois pode contar com essas maravilhosas ferramentas de modulacao.

As modulacoes podem ocorrer basicamente de 2 formas, através de ENVELOPES ou LFOs (Oscila-dores de Baixa Frequencia). Ambos funcionam de forma relativamente parecida. Vamos falar sobre cada um.

O ENVELOPE ADSR pode aparecer tanto no filtro, como no amplificador. Entendendo o conceito ADSR, vai ficar muito fácil utilizá-lo. O envelope serve para modular algo (filtro ou amplitude) em função do tempo. Para isso, ele se utiliza de 4 parâmetros:

Para ficar mais fácil, vamos imaginar o volume (amplitude) de um som sendo modulado pelo Enve-lope de Amplitude (AMP Envelope).

amplificação

modulação

envelope adsr

O attack é o tempo entre o início do efeito e o seu efeito máximo. O tempo entre o momento em que a nota é tocada e o momento em que ela atinge o volume máximo é definido pelo attack. É como se voce estivesse aumentando o volume em uma fracao de segundo. É por isso que voce precisa entender que o Envelope é uma modulacao em funcao do tempo. Observe que, se o attack está totalmente aberto, o meu som vai demorar para atingir o volume má-ximo (como por exemplo em um PAD). Se o attack esta completamente fechado, o som ja comeca no volume maximo (como por exemplo em um som mais percussivo, com um kick, bass, snare, tom etc). Com isso, voce tem um som mais punch.

O decay é o tempo de decaimento. É o quanto o som demora para voltar e parar um ponto pre-de-terminado, que é o período de sustentacao (Sustain).

Entao, ainda no exemplo do volume, imagine que voce tem um som sendo gerado e que o attack é de 0,5s. Ou seja, em meio segundo, o seu som sairá do zero e atingirá o volume máximo (que você definiu no amplificador), como por exemplo 10 decibéis. Na sequência, esse volume decai até a sustentacao. Perceba que o sustain nao é uma medida em funcao do tempo, mas sim de amplitude. Imagine que o seu sustain representa uma amplitude de 7 decibeis. O seu som ficará sendo repro-duzido a 7 decibeis enquanto você ficar apertando a tecla do seu teclado midi. A partir do momento em que voce solta a tecla, a amplitude vai diminuindo até chegar a 0. Esse tempo em que voce solta a tecla e o som atinge o zero é definido pelo Release. Sendo assim, se voce tem um release bem rapido (fechado), a partir do momento em que voce solta a tecla, o som atinge o zero rapidamente.

Esse conhecimento é extremamente importante para moldar os sons.

Recapitulando, geralmente temos um envelope deste que pode controlar a amplitude (volume) e, por isso, o cha-mamos de Envelope de Amplitude (AMP Envelope). Além disso, podemos ter um envelope que funciona da mesma forma, mas, em vez de controlar a Amplitude, ele controla a atuação do filtro (Cutoff).

O envelope pode aparecer nos VSTs através de Faders, como no TAL-Noisemaker, representado na figura ao lado ou através de knobs (botões de girar). O funcionamento é o mesmo. Para ficar mais fácil, vamos imaginar o volume (amplitude) de um som sendo modulado pelo Envelope de Amplitude (AMP Envelope).

am

pli

tu

de

Agora que você já entendeu o conceito ADSR, vai ficar fácil entender o envelope do Filtro.Ele funciona da mesma forma que o envelope de amplitude, porém, em vez de modular o volume em função do tempo, ele modula a abertura do Cutoff em função do tempo.

E isso é muito poderoso para criar timbres incríveis.

Observe a figura abaixo.

Temos o knob do cutoff e da ressonância, que já vimos em uma seção anterior. Mas, abaixo deles, existem 4 faders que representam o Envelope do Filtro.

Imagine que o seu Cutoff está totalmente aberto, como na figura.

O Attack representa o tempo em que o Cutoff sairá do ZERO e atingirá o ponto máximo, que você definiu no knob. Portanto, o ponto máximo de atuação é definido pelo knob. Se o seu attack do envelope do filtro está totalmente aberto, que dizer que o seu Cutoff partirá do zero e atingira o ponto maximo lentamente.

Da mesma forma, ocorre com os demais parâmetros, decay, sustain e release.

Portanto, se voce quer criar um efeito Sweep, por exemplo, experimente deixar o attack levemente aberto.

É como se você estivesse abrindo o cutoff manualmente enquanto o som é tocado.

OBS.: Você pode controlar a porcentagem de atuação do seu envelope. E isso, geralemente é con-trolado por um knob chamado Amount. No caso do TAL-NoiseMaker, é controlado através do knob “CONT”, no canto superior direito da seção do filtro. Se o CONT estiver no zero, como na figura acima, voce nao tem atuacao do envelope e nao percebera qualquer mudanca no som se alterar os faders.

Uma outra forma de modular os parâmetros de um VST, ou seja, fazer com que eles sofram manipu-lações de forma automática, é através do LFO. O LFO é um sinal eletrônico que ocorre geralmente abaixo d 20Hz e cria uma pulsação ritmica em algum elemento pré-determinado. Apesar de ser um tipo de oscilador, ele nao gera um sinal sonoro.

E pra que serve entao?

Podemos imaginar um LFO como um envelope. Ele serve para modular diversos parâmetros de um sintetizador. E quem determina qual parâmetro ele vai modular é você.

Você deve ter em mente que a modulação pelo LFO é cíclica e é se dá através de 2 controles prin-cipais:

1 - Intensidade2 - Frequência

Imagine que eu vou modular o pitch do oscilador, ou seja, o TUNE. Eu posso partir do zero e chegar até o maximo em um espaco de tempo. Por exemplo, em 1 segundo, o meu pitch saira do zero e percorrera 24 semitons. Entao, considerando que 24 semitons é o maximo que o TUNE pode percorrer, a minha intensidade foi maxima e a minha frequencia foi de 1 ciclo por segundo.

Se o meu ciclo é de 1 segundo, a cada 1 segundo o meu pitch sai do zero, percorre 24 semitons e retorna ao zero.

A grosso modo, é assim que o LFO funciona. Ele modula algum parâmetro do seu VST com uma de-terminada intensidade e uma determinada frequencia.

Desta forma, o LFO é usado para criar efeitos como Wobble bass, tremolo, vibrato e até mesmo gate.

Um LFO pode ser encaminhado para controlar, por exemplo, a frequência do oscilador (como já foi dito), sua fase, o panning, a freqüência do filtro etc. Quando encaminhado para controlar o pitch, o LFO cria um vibrato. Quando um LFO modula a amplitude (volume), ele cria tremolo. Na maioria dos sintetizadores e módulos de som, os LFOs apresentam vários parâmetros controláveis, que muitas vezes incluem uma variedade de diferentes formas de onda, um controle de velocidade, opcoes de roteamento (como descrito acima), um recurso Tempo Sync, e uma opcao para controlar o quanto o LFO irá modular o sinal de áudio. LFOs também podem ser somadas e definir a diferentes frequên-cias para criar continuamente mudando as formas de onda de movimento lento, e quando vincula-do a vários parâmetros de um som, pode dar a impressão de que o som está “vivo”.

As diferenças entre as taxas de LFO também são responsáveis por uma série de efeitos comumente ouvidas na música moderna. Uma velocidade muito baixa pode ser usado para modular o Cutoff, proporcionando desse modo a sensacao progressiva de que o som esta cada vez mais claro ou mais perto do ouvinte. Como alternativa, uma taxa elevada pode ser usada para efeitos sonoros bizarros, ‘ondulação’ (na verdade, um outro uso importante do LFO é para vários efeitos sonoros usados em filmes). Dubstep e drum and bass são formas de música eletrônica que empregam o uso frequente de LFOs, muitas vezes sincronizado com o ritmo da track, para que sons graves que apresentem um efeito de “oscilação”. Devido à popularização desses gêneros, o LFO tem sido utilizado em outras vertentes da música eletrônica, como o House e o Trance.

Na música eletrônica, nao existe outro caminho para o sucesso a nao ser o estudo dedicado. Alias, até existe. Eu conheco produtores que nunca estudaram síntese sonora e aprenderam tudo por tentativa e erro. Dá pra aprender assim? Dá! Mas vai demorar MUITOS anos. Eu cometi essa mesma burrice e quando eu parei para estudar, aprendi em SEMANAS o que não tinha aprendido em ANOS. Então, por favor, não seja burro que nem eu!

Mas, se voce esta lendo este livro até agora, é sinal que ja esta um passo à frente de 90% dos pro-dutores.

E, realmente, conhecer o funcionamento basico de um sintetizador é essencial para poder manipu-lar o seu instrumento e comecar a construir a sua identidade sonora.

Uma excelente forma de aprender a criar timbres é estudando os próprios presets que o seu VST ja possui.

Eu queria que alguém tivesse me falado isso ha 5 anos atras. Agora que voce ja conhece as princi-pais funcionalidades de um VST/Sintetizador, vai ficar muito fácil compreender os presets.

Vamos fazer um exercício. Abra o seu VST favorito, preferencialmente o TAL-Noisemaker, mas se não o possuir, pode ser qualquer outro.

Escolha um preset de BASS.Agora, faça uma tabela anotando qual a configuração dos seguintes parâmetros:

Quantos osciladores abertos: _______

Quais são as ondas definidas em cada oscilador: ________

Qual a porcentagem que cada onda está aberta: _______

Qual é o tipo de filtro (high pass, low-pass, band-pass): __________

Qual a porcentagem de abertura do Cutoff: ________

Envelope ADSR:

Attack:_________

Decay: ________

Sustain:_______

Release:_______

Existe envelope no filtro? Como está?

Attack:_________

Decay: ________

Sustain:_______

Release:_______

Como está o volume do AMP?

Existe algum LFO habilitado?

Como está roteado?

Qual o tipo de onda?

Qual a frequência

Qual a intensidade (amount)

Existe algum efeito habilitado?

Delay:_______

Flanger:_______

Chorus:_______

Fez o exercício? Agora repita com um PAD, um FX, um LEAD, e também com elementos percussivos.

Observe os padrões, mas com foco no tipo de onda, número de osciladores, filtro e envelope ADSR.

Acredite, você vai ganhar um conhecimento NINJA se fizer isso!

Quanto mais você repetir esse exercício, mais vai identificar padrões. E isso vai fazer com que o entendimento seja cada vez mais sedimentado, para que voce possa criar os seus próprios timbres com excelencia.

Quando você conseguir construir um timbre que lhe agrade, salve-o. Comece a construir o seu pró-prio banco.

É isso aí!

Um grande abraco,

Eduardo Juliato