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MESTRADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E ACESSO EM INSTITUIÇÕES DE MEMÓRIA CONTRIBUTOS PARA O PROJETO MUSEU DIGITAL DA U. PORTO JOÃO PEDRO ALMEIDA RUA M 2016 UNIDADES ORGÂNICAS ENVOLVIDAS FACULDADE DE ENGENHARIA FACULDADE DE LETRAS

DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

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MESTRADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E

ACESSO EM INSTITUIÇÕES DE MEMÓRIA

CONTRIBUTOS PARA O PROJETO MUSEU DIGITAL DA U. PORTO

JOÃO PEDRO ALMEIDA RUA

M 2016

UNIDADES ORGÂNICAS ENVOLVIDAS

FACULDADE DE ENGENHARIA

FACULDADE DE LETRAS

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João Pedro Almeida Rua

DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E

ACESSO EM INSTITUIÇÕES DE MEMÓRIA:

CONTRIBUTOS PARA O PROJETO MUSEU

DIGITAL DA U. PORTO

Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Ciência da Informação, orientada pela

Professora Doutora Maria Manuela Gomes de Azevedo Pinto.

Faculdade de Engenharia

Universidade do Porto

Julho 2016

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DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E ACESSO EM

INSTITUIÇÕES DE MEMÓRIA: CONTRIBUTOS PARA O

PROJETO MUSEU DIGITAL DA U. PORTO

João Pedro Almeida Rua

Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Ciência da Informação,

orientada pela Professora Doutora Maria Manuela Gomes de Azevedo Pinto

Membros do Júri

Professora Doutora Maria Cristina de Carvalho Alves Ribeiro

Faculdade de Engenharia – Universidade do Porto

Professor Doutor Pedro Manuel Rangel Santos Henriques

Escola de Engenharia – Universidade do Minho

Professora Doutora Maria Manuela Pinto

Faculdade de letras – Universidade do Porto

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“I had rather be first in a village than second in Rome.”

Gaius Julius Caesar

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Agradecimentos

E neste culminar de um ciclo não posso não agradecer a todos aqueles que me

ajudaram e apoiaram ao longo de cinco anos de ensino superior.

Quero agradecer especialmente:

Aos meus pais, António e Manuela, que me acompanharam e me deram a

oportunidade de escolher o meu caminho, de fazer este magnifico trajeto e aos quais

estarei sempre grato.

Ao meu irmão, Tino, que sempre me ajudou em tudo o que precisei e com quem

posso sempre contar.

Ao meu grande camarada Filipe Ferreira que apesar de não ser comunista, dividiu

comigo as felicidades e infelicidades desta caminhada no ensino superior, desde as

gargalhadas, às noites de direta na FEUP.

À Mariana e à Rita por me mostrarem a verdadeira cara do pânico académico e

serem o motivo de imenso riso.

À minha orientadora, Professora Dr.ª Manuela Pinto, por ser uma força incansável

que me apoiou em todos os projetos que participei e me deu a oportunidade de participar

no magnifico projeto que acolheu esta dissertação.

À Reitoria da U. Porto por me ter acolhido, e em especial à equipa da sala da GDI,

nomeadamente, ao João Pereira pelo que me ensinou e pelo que me fez rir, à Ana

Gonçalves (hello), Susana Barros, Dr.ª Eugénia Fernandes, Joaquim Carlos Cruz (e à Ana

Malhoa), Sónia Teixeira e Isabel Gerós que tornaram a minha estadia na reitoria um

verdadeiro prazer. À Dr.ª Susana Medina, pela ajuda dada na dissertação e pela boa

disposição, e ao Eng.º Augusto Ribeiro pela paciência e disponibilidade que sempre teve

para me apoiar.

Aos amigos que conheci na Faculdade, aos amigos de Valbom, e a todos os outros,

para os quais necessitaria de mais 100 páginas para nomear e agradecer devidamente,

obrigado por me impedirem de perder (ainda mais) a sanidade mental durante todos estes

meses.

A todos os que mencionei e aos que ficaram por mencionar, Obrigado.

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Resumo

A produção informacional digital – nado-digital ou pela via da digitalização - é

indissociável da sociedade contemporânea e reflete o desenvolvimento tecnológico que, ao

longo do século XX, passou a fazer parte do quotidiano de instituições, organizações e

indivíduos. No entanto, acarreta novas problemáticas relacionadas com a quantidade e

qualidade dessa informação, bem como com a acelerada obsolescência tecnológica. Esta é

inerente às plataformas que suportam a produção, processamento, armazenamento e

difusão de informação para uso atual e futuro, como ativo de gestão e memória coletiva. O

emergente âmbito da preservação digital congrega, assim, as iniciativas e os esforços para

garantir o acesso continuado e a preservação da informação e respetivos atributos no longo

prazo.

Esta dissertação aborda a problemática da preservação da informação em meio

digital, na perspetiva da Ciência da Informação e no quadro de uma Gestão da Informação

dirigida a sistemas de informação híbridos e frequentemente geridos por diferentes

unidades/setores orgânicos. Em foco estão os Museus e mais concretamente o Museu

Digital, no contexto da Universidade do Porto. Nas necessidades identificadas surgem como

prioritárias uma rede integrada de serviços, a normalização e uniformização de processos e

uma infraestrutura tecnológica que permita uma eficiente e eficaz gestão dos museus físicos

e respetivas coleções. Visa-se contribuir, por esta via, para a qualidade e sustentabilidade

dos conteúdos a disponibilizar através do Museu Digital da U.Porto.

Identificaram-se como objetivos do projeto de dissertação a elaboração de propostas

de políticas e diretrizes para a gestão de objetos digitais, designadamente para a sua criação

através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo.

Como orientação metodológica adotou-se o método quadripolar e a abordagem

cíclica das etapas de diagnóstico, planeamento, ação, observação e reflexão aplicadas,

através dos seus polos técnico e morfológico, ao trabalho desenvolvido no terreno. Em foco

estão três vertentes do projeto do Museu Digital a saber: 1) a validação comparada de

requisitos relativos a sistemas de gestão de coleções e processos de gestão museológica; 2)

a digitalização de artefactos; e 3) o acesso e a preservação dos objetos digitais produzido no

longo prazo.

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Integram os resultados obtidos, uma proposta de política de preservação, uma

proposta de guia de digitalização, uma matriz ponderada de requisitos para avaliação de um

sistema de gestão e, por fim, uma súmula de ações a realizar e que atendam aos riscos de

perda de informação, às necessidade de interoperação, acesso e uso à escala global e, a um

nível mais amplo, à promoção do património científico e cultural das universidades.

Palavras-chave

Gestão da Informação; Digitalização; Preservação Digital; Sistema de Preservação Digital;

Instituição de Memória; Museu Digital; Universidade do Porto

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Abstract

Digital informational production – either native-digital or recurring from digitization

– is unalienable from today’s society and reflects the technological development which

became, throughout the XX century, part of the daily operations of institutions,

organizations and individuals. However, it also raises new questions related to the quantity

and quality of that information, as well as the growing technological obsolescence. This

ever-looming threat of obsolescence is inherit to platforms which support the production,

processing, storage and dissemination of information for current and future use, as an

management asset and a collective memory. The emerging subject of digital preservation

unites the initiatives and efforts which aim to guarantee the continued access and

preservation of information and respective features in the long-run.

This dissertation tackles Information preservation in a digital setting, through the

perspective of Information Science and in the context of Information Management directed

towards hybrid information systems which are frequently administered by different organic

units. Museums and more precisely the Digital Museum, of Universidade do Porto, are the

focus of this paper. The needs which were identified as primary are an integrated service

network, the normalization e uniformization of processes and a technological infrastructure

which allows an efficient and effective management of physical museums and their

collections. The plan is to contribute to the quality and sustainability of contents set to be

made available through the Digital Museum of U. Porto.

The objectives of this dissertation projects are the elaboration of proposals of politics and

guidelines for the management of digital objectives, namely their creation through

digitization and their storage in a long-term preservation system.

The methodological compass of this dissertation was the four-pole method whose

cyclic approach of diagnosis, investigation, planning, action, observation and reflection was

applied throughout the fieldwork. Of the Digital Museum Project three main areas are

highlighted: 1) compared validation of collection management systems and museological

management processes requirements; 2) artefact digitization: and 3) access and

preservation of digital objects produced in the long-term.

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The final results of this dissertation are embodied in a digitalization guide proposal,

digital preservation policy proposal, a requirements table for the evaluation of a

management system, and lastly, a sum of actions to be carried out in order to appropriately

respond to the dangers of information loss, to the needs for interoperation, access and use

at a global scale and, in a wider sense, to the promotion of universities’ scientific and

cultural patrimony.

Keywords

Information Management; Digitization; Digital Preservation; Digital Preservation System;

Heritage Institutions; Digital Museum; University of Porto.

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Sumário Resumo .................................................................................................................................................. iii

Abstract ................................................................................................................................................... v

Lista de abreviaturas ............................................................................................................................... 5

índice de Figuras ..................................................................................................................................... 3

Índice de Tabelas .................................................................................................................................... 4

Introdução ............................................................................................................................................... 5

1. Enquadramento e motivação...................................................................................................... 5

2. Problemas e Objetivos ................................................................................................................ 9

3. Abordagem teórica e metodológica ......................................................................................... 10

4. Estrutura da Dissertação ........................................................................................................... 12

1. Os Museus: Instituições de Memória e serviço orgânico ............................................................. 14

1.1. Biblioteca, Arquivo e Museu: institucionalização e perspetivação dos LAM............................. 15

1.2. O Museu Universitário ............................................................................................................... 18

2. O impacto da Ciência da Informação e dos Sistemas de informação ........................................... 19

2.1. O Sistema(s) de informação em instituições de memória ......................................................... 21

2.2. Uma nova perspetiva dos serviços de informação e o foco na informação .............................. 22

2.3. A pluridimensionalidade da unidade de informação digital ...................................................... 24

2.4. A dimensão essencial e o papel da meta-informação ............................................................... 25

3. A Preservação da Informação ........................................................................................................... 27

3.1. Preservação, conservação e curadoria ...................................................................................... 28

3.2. A preservação sob a perspetiva sistémica ................................................................................. 32

3.3. Estratégias de Preservação em Meio Digital.............................................................................. 34

3.4. Políticas de Preservação em Meio Digital .................................................................................. 35

4. Uma Digitalização para a preservação .............................................................................................. 37

4.1. Digitalização: produção, preservação e acesso a informação digital ........................................ 38

4.2. De ato a processo alinhado com a estratégia de GI .................................................................. 39

4.3. Especificação de requisitos, perfis e modelação de processos ................................................. 40

4.3.1. (re)Produção digital: matrizes e derivadas ............................................................................. 40

4.3.2. Armazenamento, preservação, disponibilização e uso .......................................................... 43

4.3.3. Políticas de Digitalização ......................................................................................................... 44

4.3.4. Normas e diretrizes ................................................................................................................. 45

4.4. Iniciativas e projetos .................................................................................................................. 46

5. Caso de aplicação: Museu Digital da Universidade do Porto ....................................................... 47

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5.1. Museus e Coleções da Universidade do Porto .......................................................................... 48

5.2. Plataforma Tecnológica Existente .............................................................................................. 54

5.3. O projeto Museu Digital da U.Porto .......................................................................................... 59

6. Plataforma tecnológica de suporte à gestão de coleções e serviços ........................................... 61

6.1. Validação de pesos junto de stakeholders (utilizadores) .......................................................... 62

6.2. Metodologia de validação de requisitos de software ................................................................ 66

6.3. Teste de alternativas .................................................................................................................. 70

6.3.1. Index Rerum ............................................................................................................................ 70

6.3.2. In Patrimonium ....................................................................................................................... 72

6.3.3. Resultados ............................................................................................................................... 74

7. Bases para a criação de um Guia de Digitalização ........................................................................ 76

7.1. Especificação de requisitos de digitalização e perfis de digitalização ....................................... 77

7.2. (re)Produção digital: testes e implementação .......................................................................... 80

7.3. Formatos para captura de imagem com máquina fotográfica .................................................. 87

7.4. Proposta de Guia de Digitalização ............................................................................................. 90

8. Bases para a criação de um Documento de Requisitos de Preservação digital E Politica de

Preservação Digital ............................................................................................................................... 93

8.1. Especificação de requisitos de sistema de preservação digital ................................................. 94

8.2. Esquemas para a representação de meta-informação ............................................................. 97

8.3. Proposta de Política de Preservação Digital ............................................................................ 101

Conclusões e perspetivas futuras ....................................................................................................... 105

Referências Bibliográficas ................................................................................................................... 110

Anexos ................................................................................................................................................. 113

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índice de Figuras

Figura 1 Fragilidades e Desafios (Pinto, 2009) ......................................................................... 23

Figura 2 "Curation Lifecycle Model” (DCC) .............................................................................. 32

Figura 3 Modelo de G.I. de Pinto (2015) .................................................................................. 33

Figura 4 Digitalização - Processos e ciclo de produção (Pinto M. M., 2013) ........................... 39

Figura 5 Menu Inicial do Portal Museu Virtual ........................................................................ 57

Figura 6 Resultados da pesquisa por todos os itens de mobiliário da FIMS ........................... 57

Figura 7 Infraestrutura tecnológica do Museu Digital ............................................................. 60

Figura 8 Parte Inicial do Inquérito enviado para o grupo de validação (anexo 1) ................... 63

Figura 9 Tabela usada na análise aos resultados dos inquéritos e entrevista (anexo 2) ........ 65

Figura 10 Tabela de Avaliação ................................................................................................. 68

Figura 11 Tabela de comparação (valores só para efeitos de demonstração) ........................ 69

Figura 12 Exemplo de recomendações existentes no guia de digitalização (neste caso para

documentos impressos com imagens ou anotações) .............................................................. 80

Figura 13 POWRR Tool Grid(POWRR) ..................................................................................... 94

Figura 14 Tabela de requisitos (Anexo 12) ............................................................................. 96

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Índice de Tabelas Tabela 1 Modelos empíricos no modelo teórico de Preservação ........................................... 27

Tabela 2 Tabela de resultados da verificação de requisitos .................................................... 75

Tabela 3 Vantagens e Desvantagens do Formato Raw ............................................................ 87

Tabela 4 Vantagens e Desvantagens do Formato TIFF 6.0 ...................................................... 88

Tabela 5 Vantagens e Desvantagens do formato JPEG ........................................................... 89

Tabela 6 Tabela comparativa de formatos .............................................................................. 89

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Introdução

Lista de abreviaturas

ADMAS - Associação Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar

ANSI - American National Standards Institute

CD – Compact Disk

CI – Ciência da Informação

DC – Dublin Core

DCC – Digital Curation Centre

DeltCI – Dicionário Eletrónico de Terminologia em Ciência da Informação

Dvd - Digital video disc

EDM – Europeana Data Model

ESE – Europeana Semantic Elements

FADGI - Federal Agencies Digitization Guidelines Initiative

FBAUP – Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

FIMS – Fundação Instituto Marques da Silva

GI – Gestão de Informação

GIF - Graphics Interchange Format

ICA – International Council on Archives

ICBAS – Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar

ICOM – (International Council of Museums

IFLA - International Federation of Library Associations and Institutions

IMS – Instituto Marques da Silva

ISO - International Organization for Standardization

JPEG - Joint Photographic Experts Group

LAM – Libraries, Archives and Museums (Bibliotecas, Arquivos e Museus)

NISO - National Information Standards Organization

OAI-PMH - Open Archives Initiative - Protocol for Metadata Harvesting

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OAIS – Open Archival Information System

OECD - Organization for Economic Co-operation and Development

P&C – Preservação e Conservação

PDF - Portable Document Format/File

PNG - Portable Network Graphics

RNOD – Repositório Nacional de Objetos Digitais

SAA – Society of American Archivists

SI – Sistema de Informação

SI-AP – Sistema de Informação Activo e Permanente

SsI - Sistemas de Informação

STI – Sistema Tecnológico de Informação

TIFF - Tagged Image File Format

UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

XML – Extensible Markup Language

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1. Enquadramento e motivação

À necessidade de registar e comunicar ideias e emoções o ser humano associa a

necessidade de os preservar constituindo, dessa forma, a memória da sua ação, individual

ou coletiva, inscrita em diversos suportes e que, mais recentemente, se vem a associar à

designação de património que é preciso recolher, salvaguardar, valorizar e difundir.

Com a Era da Informação, o impacto do uso das tecnologias tem, pois, consequências

a este nível. O boom da produção informacional que ocorre no pós 2ª Guerra Mundial,

envolve novos suportes e técnicas de registo, colocando entre o humano e a informação o

mediador tecnológico que vem complexificar os processos de gestão da informação,

nomeadamente no que respeita à sua preservação em meio digital.

Este novo ambiente e contextos de produção informacional caracterizam-se por

ciclos de obsolescência tecnológica muito curtos e por uma maior volatidade, quer ao nível

do hardware, quer de software e dos formatos usados na criação, gestão e disseminação da

informação, que estarão na base de iniciativas que, com a preocupação da preservação e

acesso no longo prazo, darão origem à chamada Preservação Digital. Esta tem os mesmos

objetivos da preservação tradicional, garantir a gestão e acesso à informação no longo

prazo, com a particularidade de se aplicar quer à nada-digital, quer à resultante de

digitalização.

A evolução ocorrida na útlima década permite que, hoje, já nos possamos referir a

soluções e sistemas tecnológicos de preservação digital que controlam o planeamento e a

execução de processos de gestão da pesevação em repostórios digitais, que, por sua vez,

poderão ser certificados como repositórios de preservação, isto é, confiáveis. É necessário

avaliar e controlar a submissão e ingestão da informação digital que se pretende preservar,

aplicar um conjunto pré-definido de ações (como normalização de formatos, criação de

checksums etc.) e proceder ao seu armazenamento e posterior gestão e disseminação

assegurando a autenticidade, integridade, fidedignidade, inteligibilidade, confiabilidade e o

acesso continuado à mesma no longo prazo.

Porém, a preservação digital é mais do que um sistema tecnológico, pois depende de

determinações organizacionais para ser eficiente e eficaz, nomeadamente de uma política

de preservação digital que concretize a visão da organização relativamente à Gestão da

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Informação, alinhando-a com a estratégia e os objetivos organizacionais no curto, médio e

longo prazo. Nesta Politica são descritos os princípios que guiam a preservação digital e que

regem as decisões relativas à mesma.

Por sua vez, a Digitalização surge associada à Preservação, desde logo considerada

em si mesma uma estratégia de preservação (Matusiak & Johnston) do documento original

em suportes tradicionais perecíveis e fragilizados, procedendo-se à transferência de suporte

que, para além do micro-filme, da fotografia ou mesmo da fotocópia, passa a incluir a

digitalização.

Esta ligação não tem transposição direta para o que se entende por preservação

digital, na medida em que estamos, de facto, perante um processo de produção de

informação digital que terá que ser avaliada e, se for o caso, garantida a sua preservação no

longo prazo. Pode-se, pois, afirmar que a digitalização preserva digitalmente conteúdos do

espectro físico, mas não é uma estratégia de preservação digital. A digitalização pode, no

entanto, ser feita com a preservação digital em mente, pois o processo usado terá impacto

na preservação dos resultados, por exemplo, o formato de imagem que se usa para tirar

uma fotografia vai ter impacto na informação resultante e, consequentemente, na sua

preservação digital, dependendo a escolha do formato e da estratégia de preservação do

uso a que se destina.

Neste contexto, as Instituições de Memória estão vocacionadas para a preservação

da memória, neste caso da memória registada em artefactos. Se numa primeira fase a sua

preocupação era a proteção do original “físico” (papiro, pergaminho ou papel …) e viam na

digitalização um acesso mais rápido e amigável, a par da preservação da espécie física, estão

hoje cada vez mais envolvidas na problemática e práticas de preservação da informação

digital que recolhem e que produzem.

O desafio que se nos coloca é o de perspetivar a digitalização e a preservação dessa

informação em meio digital numa perspetiva holística e integrada da Gestão da Informação.

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2. Problemas e Objetivos

A Universidade do Porto possui várias unidades museológicas, treze das quais

integraram, em 2007, o então designado Museu Virtual da Universidade do Porto (U.Porto).

Este constituía um portal de acesso às coleções dos museus da U.Porto, suportado pela

plataforma tecnológica Index Rerum, desenvolvida pela empresa FCo, e que ao longo dos

anos foi suscitando reservas acabando por não se impor como solução adequada às

necessidades de gestão de coleções e de serviços.

Este impasse e a necessidade de reavaliar o “Museu Virtual” para partir para a

criação de um “Museu Digital” estão na origem de um projeto que, em 2015, começa com

um diagnóstico aos museus e às plataformas tecnológicas que usam, constituindo-se o

Grupo de Trabalho para a constituição do Museu Digital, em articulação com a Vice-Reitoria

para os Museus, os Diretores das diferentes unidades museológicas, docentes e técnicos da

área da Museologia ou ligados aos Museus.

Neste contexto surge a oportunidade de participar na fase de conceção e

operacionalização do projeto Museu Digital da U.Porto, contribuindo para a atividade chave

de produção de conteúdos digitais através da reprodução digital / digitalização numa

perspetiva integrada da Gestão da Informação (GI) que implicava a sua ponderação em

termos de acesso continuado no longo prazo.

O plano de ação desenvolvido sob o conceito de Museu Digital (Pinto et al., 2015)

visa garantir o acesso online e a interação com os Museus da U.Porto (acervos e serviços)

nas suas diferentes valências, isto é como: 1) suporte ao ensino, à investigação e ligação à

comunidade/público em geral; 2) memória e evidência da Universidade e da sua

missão/ação; 3) memória e evidência da Comunidade U.Porto (Professores,

Investigadores…); 4) memória e evidência da(s) Comunidade(s) em que se insere a U.Porto.

Deste plano é selecionada como tema de um projeto de dissertação a ação que se

insere no domínio da especificação e produção de representações digitais dos bens das

coleções dos Museus da U.Porto e da digitalização de documentação relacionada, com vista

à disponibilização através do Museu Digital da U.Porto, numa perspetiva de preservação e

acesso continuado no longo prazo.

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Para o efeito identificaram-se e analisaram-se projetos (como o ENUMERATE),

modelos (de digitalização, de preservação, de custos de digitalização) e casos de boas

práticas relacionados com a reprodução digital do Património Científico e Cultural, focando

particularmente os Museus mas situando-os no domínio mais alargado designado na área

da Museologia por LAM (Library, Archives and Museums), que adiante serão abordados na

perspetiva da Ciência da Informação (CI).

A orientação local do projeto de dissertação envolveu elementos da equipa do

projeto Museu Digital da U.Porto e da Universidade Digital, fazendo confluir as áreas da CI e

das Tecnologias com a Museologia.

O principal objetivo fixado prende-se com a elaboração de propostas e a definição de

políticas e orientações que fomentem a produção de objetos digitais e a criação de meta-

informação numa perspetiva de longo prazo, envolvendo, mais concretamente, a

especificação de requisitos e perfis, bem como um Guia de Processos de Digitalização e

Preservação para o Museu Digital da Universidade do Porto.

Como objetivos específicos do projeto identificaram-se os seguintes:

avaliar a plataforma tecnológica existente;

avaliar os registos e as imagens disponibilizados e a disponibilizar via web;

especificar os requisitos e perfis de digitalização, preservação e acesso/uso que

orientarão o processo de produção de representações digitais dos bens das

coleções dos Museus da U.Porto a integrar no museu Digital da U.Porto;

elaborar o Guia de Processos de Digitalização;

elaborar o Guia de Processos de Preservação.

3. Abordagem teórica e metodológica

Este projeto recorre ao Método Quadripolar como guia metodológico que sustenta a

investigação através da constante interação entre seus os polos: epistemológico, teórico,

técnico, morfológico.

Segundo Ribeiro “o método de investigação quadripolar, concebido por Paul de

Bruyne e outros autores, constitui-se, pois, como o dispositivo mais adequado às exigências

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do conhecimento da fenomenalidade informacional, uma vez que não se restringe a uma

visão meramente instrumental. Pelo contrário, a dinâmica investigativa resulta de uma

interação entre quatro polos o epistemológico, o teórico, o técnico e o morfológico

permitindo uma permanente projeção dos paradigmas interpretativos, das teorias e dos

modelos na operacionalização da pesquisa e na apresentação dos resultados da mesma”

(Ribeiro, 2008).

À semelhança de um projeto investigativo também um projeto de intervenção

operacional ganha com uma linha orientadora caracterizada no DeltCI1 da forma que segue.

No polo epistemológico, opera-se a permanente construção do objeto científico e a

definição dos limites da problemática de investigação, dando-se uma constante

reformulação dos parâmetros discursivos, dos paradigmas e dos critérios de cientificidade

que orientam todo o processo de investigação. Este projeto insere-se na área científica da

Gestão da Informação, com o foco no processo de transferência de suporte, mas também

passando pelo armazenamento, recuperação e preservação da informação, bem como na

área disciplinar aplicada da Museologia e dos Sistemas de Informação.

No polo teórico, centra-se a racionalidade do sujeito que conhece e aborda o objeto,

bem como a postulação de leis, a formulação de hipóteses, teorias e conceitos operatórios e

consequente confirmação ou infirmação do “contexto teórico" elaborado. Tendo este polo

em mente, identifica-se o seguinte problema:

“Como garantir a preservação e acesso continuado à informação a disponibilizar

através de um Museu Digital, no contexto da gestão de um sistema de informação

universitário?”

No polo técnico, consuma-se, por via instrumental, o contacto com a realidade

objetivada, aferindo-se a capacidade de validação do dispositivo metodológico, sendo aqui

que se desenvolvem operações cruciais como a observação de casos e de variáveis, a

avaliação retrospetiva e prospetiva, a infometria e até a experimentação mitigada ou

ajustada ao campo de estudo de fenomenalidades humanas e sociais, sempre tendo em

vista a confirmação ou refutação das leis postuladas, das teorias elaboradas e dos conceitos

operatórios formulados.

1 DeltCI - Dicionário Eletrónico de Terminologia em Ciência da Informação. Disponível em: https://paginas.fe.up.pt/~lci/index.php/1738.

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Neste polo será usada uma abordagem inspirada na metodologia da investigação-

ação, direcionada à atuação num contexto aplicado. Fica claro o envolvimento no problema

e na realidade em estudo e o processo de resolução ativa em cooperação com as diferentes

equipas de trabalho, envolvendo diagnóstico, análise, experimentação/aplicação,

observação e reflexão.

Socorremo-nos também aqui da Engenharia de Requisitos, na medida em que a

conformidade com os requisitos de integridade, autenticidade, fidedignidade,

inteligibilidade e acesso continuado a informação no longo prazo começa, desde logo, na

especificação de requisitos. Estes suportam a conceção e implementação das plataformas e

das ferramentas que sustentam quer a automatização dos processos de gestão de serviços e

de coleções, quer a desmaterialização/transferência de suporte, a par da aplicação de

técnicas de certificação e autenticação, bem como na criação e captura de meta-informação

e produção/agregação de documentos (Pinto 2009).

No polo morfológico, formalizam-se os resultados do estudo levada a cabo, através

da representação do objeto em análise e da exposição de todo o processo desenvolvido.

Integram os resultados obtidos, uma proposta de política de preservação, uma proposta de

guia de digitalização, uma matriz ponderada de requisitos para avaliação de um sistema de

gestão e, por fim, uma súmula de ações a desenvolver futuramente.

4. Estrutura da Dissertação

O presente documento é composto por uma introdução, sete capítulos, conclusões e

perspetivas futuras.

Na Introdução são definidos o enquadramento e a motivação que justificam o

desenvolvimento desta dissertação, o problema e os objetivos do projeto e, ainda, a

abordagem teórica e metodológica adotada e a estrutura da dissertação.

O primeiro capítulo aborda o papel do museu como Instituição de Memória e Serviço

orgânico. Começa-se por analisar o conceito de Museu, passando pelo movimento LAM e as

definições de Biblioteca e Arquivo e, por fim, centra-se a atenção no caso muito particular

do Museu Universitário.

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No segundo capítulo explora-se a ligação entre a Ciência da Informação e os

Sistemas de Informação. Começa-se por apresentar várias definições deste último, incluindo

a definição sob a perspetiva de CI. É, também, feita a distinção entre Sistema de Informação

(SI) e Sistema Tecnológico de Informação (STI). Ainda neste capitulo é abordado o papel dos

Sistemas de Informação (SsI) em instituições de memória, o perfil pluridimensional da

unidade de informação digital, sendo focada, ainda, a sua dimensão essencial e o papel da

meta-informação.

Relativamente ao terceiro capítulo, é introduzida a temática da Preservação de

Informação, distinguindo conceitos como conservação, preservação e curadoria e

apresentando um modelo de preservação sob a perspetiva sistémica. Em mais detalhe, são

referenciadas as várias estratégias de preservação digital e efetua-se uma análise de várias

políticas de preservação digital, em instituições internacionais.

O quarto capítulo é dedicado à digitalização. Aborda-se a estreita ligação entre

preservação, digitalização e preservação digital. Exploram-se questões técnicas como

imagens master e derivadas e procede-se a uma análise de políticas de digitalização, com a

enumeração de algumas das normas aplicáveis a este contexto e a apresentação de projetos

relevantes neste domínio.

No quinto capítulo é descrito o contexto de desenvolviemnto do projeto. Apresenta-

se o Museu Digital da U.Porto, bem como os museus e núcleos museológicos da

Universidade do Porto e as plataformas tecnológicas utilizadas.

O sexto capítulo inclui a verificação de requisitos de um sistema de gestão de

coleções e a análise comparativa das duas soluções proprietárias selecionadas.

No sétimo capítulo, sistematizam-se os contributos para uma proposta de Guia de

Digitalização, apresentam-se os testes de digitalização realizados, bem como alguns dos

resultados obtidos.

No oitavo e último capitulo, sistematizam-se os contributos para a definição de uma

Política de Preservação Digital para a Universidade do Porto.

Por fim, são apresentadas as Conclusões e perspetivas futuras, delineando o que foi

feito e o que ainda falta fazer ao nível de digitalização e preservação digital no contexto do

projeto Museu Digital da U.Porto.

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1. Os Museus: Instituições de Memória e serviço orgânico

O ICOM (International Council of Museums) define museu como:

“a non-profit, permanent institution in the service of society and its development, open to the

public, which acquires, conserves, researches, communicates and exhibits the tangible and

intangible heritage of humanity and its environment for the purposes of education, study and

enjoyment.” (ICOM)

Na perspetiva da Ciência da Informação, a análise a realizar foca o Museu como uma

instituição multifuncional inserida num paradigma pós-custodial, informacional e cientifico2

onde o objetivo passa pela “intervenção teórico-prática na produção, no fluxo, na difusão e

no acesso (comunicação) da INFORMAÇÃO” (DeltCI, 2016) ao invés do tradicional e objetivo

de simplesmente custodiar e manter o documento.

É de acrescer, neste contexto, o conceito de Instituições de Memória que abrange

para além de Museus, as Bibliotecas e os Arquivos3. Usado por Roland Hjerppe em 1994

engloba as “libraries, archives, museums, heritage (monuments and sites) institutions, and

aquaria and arboreta, zoological and botanical gardens”. Por sua vez, Lorcan Dempsey usa-o

em 1999 para agrupar apenas as bibliotecas, os arquivos e os museus, não como resultado

de uma posição científica, mas por uma questão de concisão devido à falta de um termo

globalmente aceite pela comunidade científica para descrever este grupo: “We have no

term in routine use which includes libraries, archives and museums. Again, for conciseness,

we sometimes use cultural institutions and memory institutions in this inclusive sense”

(Dempsey, 2000).

Estamos, assim, perante um conceito que foi evoluindo sem que uma discussão

epistemológica fosse feita sobre o mesmo, verificando-se que, no século XXI, começam a

surgir trabalhos debatendo não só o conceito de Instituições de Memória mas também o

papel dos Museus, Bibliotecas e Arquivos como Instituições de Memória.

2 Paradigma pós-custodial, informacional e científico: https://paginas.fe.up.pt/~lci/index.php/1751 3 Na literatura não existe um consenso claro sobre a totalidade das organizações que são consideradas instituições de memória para além dos Museus, Arquivos e Bibliotecas, até mesmo for falta de consenso sobre as designações das próprias organizações que se perspetivam como instituições de memória.

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Articulando o conceito de Museu do ICOM com o conceito de Memória é fácil

perceber a razão da inclusão dos Museus nas Instituições de Memória, visto que estes se

assumem como lugares de preservação e manutenção de património memorial, “os

arquivos, as bibliotecas e os museus partilham semelhantes configurações organizacionais,

funções e metas. Na perspetiva da Memória e do Património, estas instituições têm como

uma das suas primordiais funções a preservação da história humana, através dos seus

acervos, o usufruto do público e a educação das comunidades que os albergam.” (Ramos,

Elisa, & Pinto, 2014)

Apesar de sucinta, a definição do ICOM aborda todas (ou grande parte) das facetas

dos Museus, incluindo a sua faceta como serviço orgânico, ao destacar o papel do Museu

como um serviço ao dispor da sociedade e que procura comunicar informação e disseminar

o conhecimento, respondendo, assim, às necessidades da comunidade. No entanto, é no

Museu Universitário que ressalta de forma particular a sua origem orgânica, isto é, surge e

desenvolve-se no seio da Universidade e ao seu serviço.

1.1. Biblioteca, Arquivo e Museu: institucionalização e

perspetivação dos LAM

As Bibliotecas, Arquivos e Museus (Libraries, Archives and Museums) são abrangidos

sob o conceito de Instituições de Memória pois partilham funções e objetivos relacionados

com a preservação da memória coletiva. No entanto, as semelhanças institucionais e

funcionais entre estas três áreas não ficam por aí, sobretudo quando se comparam as

definições de Biblioteca e Arquivo com a definição de Museu previamente apresentada:

Biblioteca

“Serviço criado organicamente numa determinada entidade e/ou uma instituição

cultural (Biblioteca de âmbito nacional, distrital ou municipal, pública ou privada)

destinada a incorporar e tornar acessível INFORMAÇÃO editada e posta a circular

pelo mercado editorial-livreiro, bem como publicada e distribuída por entidades com

objetivos e atividades específicas (Laboratórios científicos e farmacêuticos, Unidades

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Industriais dos mais diversos ramos, Instituições Culturais, Associações Políticas,

Cívicas e Humanitárias, etc.) (DeltCI)

Arquivo

“Serviço criado organicamente numa determinada entidade e/ou uma instituição

cultural (Arquivo de âmbito nacional, distrital ou municipal, público ou privado)

destinada a incorporar e tornar acessível INFORMAÇÃO produzida/recebida por

terceiros” (DeltCI)

As três definições (com grande pendor na área da Ciência de Informação4), apontam

para o objetivo comum de disponibilizar informação para uma determinada comunidade,

estando aqui patente o já referido paradigma pós-custodial, informacional e científico.

Ramos, Vasconcelos e Pinto, (2014) abordam a questão de uma outra forma,

analisando as missões de cada instituição e identificando um outro ponto comum, para

além da questão da preservação da memória e património já referida: “estas instituições

têm ainda como uma das suas metas a facilitação da educação das suas comunidades

através da disponibilização de informação”. Mas o paralelismo não se fica pelos objetivos,

alargando-se ao nível processual, nomeadamente através de funções como a catalogação

que é desempenhada nas três instituições ainda que não seja feita exatamente da mesma

maneira. As semelhanças são tais que permitem a disponibilização conjunta dos conteúdos,

ou seja, a forma como a catalogação – criação de meta-informação descritiva ao nível do

artefacto - poderá ser é feita nos museus é cada vez mais “compatível” com a que é feita

nas bibliotecas e arquivos. Além disso, com a produção e disponibilização de conteúdos

(digitais) online é, na verdade, um interesse partilhado que potencia o interesse em

normalizar o processo de inventariação/catalogação de forma a otimizar a disponibilização

de conteúdos de forma agregada, constituindo assim um fator encorajador para a

convergência destes serviços e de uma visão sistémica dos acervos que gerem, muitas vezes

no seio de uma mesma entidade.

4 (Apesar de só as duas ultimas terem como base cientifica a Ciência da Informação, a definição de Museu do

ICOM enquadra-se nesta área como já foi referido anteriormente).

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Outro fator potenciador da convergência entre Bibliotecas, Arquivos e Museus

relaciona-se com o financiamento. Muitas destas instituições encontram-se na mesma

instituição (por exemplo Universidades ou Organismos governamentais) o que resulta

inúmeras vezes numa disputa pelos financiamentos que uma atuação convergente

permitiria quer a racionalização de recursos, quer uma otimização da sua aplicação.

Perante tantos fatores facilitadores e potenciadores da convergência surge a

questão de saber porque é que a mesma se confina a projetos localizados5. Uma das razões

resulta da tradição e da resistência que se verifica no seio das áreas científicas de origem

destas instituições, mas como Ramos, Vasconcelos e Pinto afirmam, (2014) “a comunicação

e entreajuda entre profissionais com diferentes backgrounds (…) permite a otimização dos

recursos humanos e facilita a manutenção dos programas”. Outro fator que afeta

negativamente a convergência e causa receio nos profissionais e instituições prende-se com

a possível perda de controlo sobre a disseminação de informação sigilosa através de um uso

partilhado suportado por plataformas tecnológicas, e, principalmente, por softwares e bases

de dados partilhados. De forma a contornar este problema, vários projetos colaborativos

optam por permitir que as instituições determinem qual a informação que pretendem

disponibilizar de forma coletiva. Por fim, refira-se a variedade de padrões de normalização

ao nível da meta-informação6, não só entre áreas mas também no seio de uma mesma área,

motivando, assim, a necessidade de uma convergência normativa.

O balanço entre fatores de incentivo e de resistência à convergência que hoje é

exigida às Instituições Culturais/Memória traduz-se numa perspetivação positiva no que

toca à convergência e normalização no futuro, também justificada pela crescente enfase

atribuída às tecnologias digitais. Este caminho deverá ser pautado não só por uma

convergência ao nível do sistema tecnológico de informação7 mas também “em termos

teóricos e conceptuais tendo como referência o objeto de estudo e trabalho, a Informação,

e o Sistema de Informação8 que acaba por refletir a atividade e inerente consecução da

Missão da instituição ou organização em causa” (Ramos, Elisa, & Pinto, 2014), seguindo uma

5 Destacam-se os projetos da Universidade de Yale (Yale Collections Collaborative), da Universidade de Edimburgo, Universidade de Princeton, do Instituto Smithsonian e do Museu Victoria and Albert (Zorich, Waibel, & Erway, 2008) 6 Anglo-American Cataloguing Rules (AACR), Machine Readable Cataloguing (MARC), CIDOC e Spectum, Dublin Core (DC) etc. 7 Ver ponto 2 para definição de Sistema tecnológico de informação 8 Ver ponto 2 para definição de Sistema de Informação

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perspetiva há muito assumida pela Ciência da Informação que se caracteriza pela sua trans e

interdisciplinariedade.

1.2. O Museu Universitário

O Museu Universitário é um tipo muito particular da Museu. Apesar das

características conformes à definição geral de Museu apresentada e da sua integração sob o

conceito de Instituições de Memória, o Museu Universitário apresenta características

singulares que o destacam dos restantes museus.

A primeira prende-se com a natureza de uma missão que resulta dos contextos em

que se inserem. Segundo King os “University museums are increasingly called upon to serve

as a link between the campus and the community and to play an important role in the public

service and outreach mission of the university. At the same time, they must be part of the

central academic mission of the institution and participate fully in the education of students”

(OECD, 2001).

Esta definição do papel dos Museus Universitários expõe a maior particularidade dos

mesmos, o seu papel ativo na educação da comunidade de estudantes que servem. Apesar

da definição de Museu do ICOM englobar na sua missão a participação na educação esta é

exponencialmente mais importante e central na génese e atividade dos Museus

Universitários, sendo um recurso dual, para estudantes e docentes/investigadores. A estes

acresce o público extrauniversidade constituindo os Museus Universitários um recurso

importantíssimo para compreender e promover o desenvolvimento do conhecimento

científico.

Apesar da sua grande importância não só nesta faceta como motor de ensino mas

também na sua missão mais clássica de preservação do património cultural e científico, os

Museus Universitários enfrentam grandes dificuldades derivadas principalmente da falta de

apoios que lhes permitam desempenhar as suas funções de acordo com os padrões exigidos

a um centro de conhecimento: “Universty museums are also facing challenges, many of

which are connected with constraints that are affecting most other sectors of higher

education. Their staff and leaders therefore feel concerned that they are not prioritised as

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highly as they would have woshed. This particularly regards financial resources and

attention of university management to their needs” (OECD, 2001).

Esta falta de apoio impede, ou no mínimo dificulta, que os Museus Universitários

concretizem a importante tarefa de dar a conhecer e permitir o manuseamento de

artefactos e informação ou mesmo de disponibilizar os conteúdos relativos aos mesmos

numa plataforma online. Fica, assim inviabilizado o acompanhamento das tendências da

Museologia desvalorizando assim o próprio Museu, o que, por sua vez, leva à diminuição de

motivos que justifiquem o necessário investimento por parte da Universidade no seu Museu

criando assim ciclo vicioso.

Um importante passo para ajudar na recuperação do Museu Universitário prende-se

e reflete-se na normalização e no movimento de convergência desenvolvido em torno dos

LAM (Libraries, Archives and Museums). Caso a biblioteca, o museu e o arquivo universitário

convergissem seria possível captar e aplicar fundos que potenciassem uma missão que lhes

é comum, nomeadamente, apoiar a educação e a produção de conhecimento científico das

universidades onde se inserem.

Para além da questão de gestão, esta convergência proporcionaria um serviço

informacional integrado, mais rico e com possibilidade de desenvolvimento exponencial

caso enveredassem pela adoção das Tecnologias de Informação e Comunicação.

2. O impacto da Ciência da Informação e dos Sistemas de informação

No ponto 1.1 foi referida a necessidade da convergência dos LAM não só ao nível do

Sistema Tecnológico de Informação (STI) mas também ao nível do Sistema de Informação

(SI), sendo necessário clarificar estes dois conceitos.

Se usarmos a metodologia aplicada por Silva no seu trabalho de 2015 “Arquivo,

biblioteca, museu, sistema de informação: em busca da clarificação possível…”, e

examinarmos a definição de Sistema de Informação presente no Wikipédia:

“An information system is any organized system for the collection, organization, storage and

communication of information. More specifically, it is the study of complementary networks

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of hardware and software that people and organizations use to collect, filter, process, create

and distribute data.” (Wikipédia)

Conclui-se que de um modo geral entende-se Sistema de Informação como um

conjunto de recursos humanos e tecnológicos cuja função é gerir informação numa

determinada organização. Esta definição apesar de crowdsourced9 vai ao encontro de

definições criadas em contexto de trabalhos científicos10.

De um ponto de vista da Ciência da Informação, um Sistema de Informação é:

“…uma totalidade formada pela interação dinâmica das partes, ou seja, [que] possui uma

estrutura duradoura com um fluxo de estados no tempo. Assim sendo, um Sistema da

Informação é constituído pelos diferentes tipos de informação registada ou não

externamente ao sujeito, não importa qual o suporte, de acordo com uma estrutura

prolongada pela ação na linha do tempo” (DeltCI)

Comparando as duas definições é possível tirar algumas ilações. Por um lado a

semelhança que existe entre as duas, nomeadamente no que toca ao foco na gestão do

ciclo de vida informação e na articulação entre recursos humanos e tecnológicos e por outro

na grande diferença relacionada com informação que não se encontra externa ao sujeito. O

grande contributo da Ciência da Informação neste conceito passa exatamente pelo englobar

no sistema de Informação do conhecimento implícito e inerente aos sujeitos que pertencem

ao Sistema.

Relativamente aos Sistema Tecnológicos de Informação, apesar de alguma confusão

na literatura acerca da sua definição11, em Ciência da Informação este conceito é definido

como a:

“Mediação tecnológica do sistema de informação, suporta o fenómeno e processo

infocomunicacional, permite uma comunicação assíncrona e multidireccionada e potencia o

acesso à informação” (DeltCI)

Ou seja, o Sistema Tecnológico de Informação é indissociável do Sistema de

Informação. Com esta distinção percebe-se a importância da convergência quer em termos

9 Crowdsourced – processo que envolve a execução de uma tarefa por um grupo de pessoas sem qualquer critério de seleção das mesmas 10 Como por exemplo a definição presente no Web Dictionary of Cybernetics and Systems: http://pespmc1.vub.ac.be/ASC/INFORM_SYSTE.html 11 Por vezes usado como sinónimo de Sistema de Informação abrangendo pessoas e tecnologia e outras, referente somente à componente tecnológica

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da adoção de um Sistema Tecnológico de Informação que proporcione a partilha, quer ao

nível do Sistema de Informação, que se quer uno e íntegro.

2.1. O Sistema(s) de informação em instituições de

memória

Partindo da definição de Sistema de Informação de um ponto de vista de CI, parece

lógico olhar para as Instituições de Memória como Sistemas de Informação, mas a questão

não se prende com o facto de serem, ou não, um Sistema de Informação mas sim se se trata

de um Sistema ou de um Supersistema, isto porque pode ser considerada a existência de

dois sistemas distintos em cada instituição:

O Arquivo instituição/serviço, a Biblioteca instituição/serviço, o Centro de Documentação

instituição/serviço e o Museu instituição/serviço podem ser encarados como sistemas (semi)

abertos e tendencialmente dinâmicos. Mas, também podemos olhar para o Arquivo, a

Biblioteca e o Museu, mais precisamente para o respetivo «recheio», isto é, os «fundos» e as

coleções que foram incorporadas e destinadas a serem geridas por essas

instituições/serviços, como uma totalidade documental/informacional – um sistema próprio.

(Silva, 2015)

Esta segunda interpretação de sistema foca-se nas coleções de cada instituição e

define este conjunto como um novo sistema “porque esse conjunto de artefatos, articulados

entre si e referenciados através de um produto típico de mediação que se designa de “meta-

informação”, podem ser deslocados a qualquer momento daquele contexto institucional e

transposto para outro, ou seja, tem uma certa «vida própria»” (Silva, 2015)

Encarando este conjunto de artefactos como um sistema singular integrado num

outro sistema então é legítimo definir uma instituição de memória como um supersistema.

Focando no caso particular dos Museus, Isabel da Costa Marques, (2010) apoiada

numa fundamentação teórica de C.I., defende uma “visão integradora do museu partindo

do conceito de Sistema de Informação”, pois afirma que a informação produzida durante a

execução das funções do museu resulta da interação da informação das demais coleções;

defende que uma “visão integradora do acervo do museu” coloca o foco nas

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potencialidades informativas no acervo contribuindo assim para que a informação seja

devidamente contextualizada, registada, armazenada, interrelacionada, recuperada,

reproduzida e acedida; manifesta a convicção de que ao pensar no museu no sentido de um

Sistema de Informação supera divisões convencionais existentes como por exemplo a

distinção entre coleção museológica, bibliográfica e arquivística; e defende que tal, “Implica

ainda uma reavaliação das práticas habituais (gestão, inventariação, incorporação,

documentação, exposição, administração, etc.) no sentido de se tornarem mais eficientes, e

mais operacionalizáveis num contexto integrador das funções e objetivos do museu

enquanto instituição cultural”.

A autora destaca, da definição de CI de Sistema de Informação, a passagem que

referencia que este “possui uma estrutura duradoura com um fluxo de estados no tempo”

(DeltCI) e identifica o museu como esta estrutura duradoura que serve de base aos

“diferentes tipos de informação registada ou não externamente ao sujeito” (DeltCI). Ainda

segundo Marques, (2010) (e indo ao encontro do que já foi referido anteriormente), o

“museu torna-se, por esta via, uma realidade concebida como um supersistema, uma teia

dinâmica de informações inter-relacionadas, um todo orgânico onde as partes constituem

um todo”.

2.2. Uma nova perspetiva dos serviços de informação e

o foco na informação

Entendendo as instituições de memória como sistemas de informação com o

objetivo partilhado de disponibilizar informação e inseridas num paradigma pós-custodial, é

fundamental não esquecer as origens custodiais das mesmas, pois a necessidade de

preservar o património cultural não só se mantém como assume um papel ainda mais

relevante.

Segundo Pinto, no pós 2ª Guerra Mundial, com a inovação científica e técnica, a

preservação e conservação do património cultural assumiu um papel de relevo no foro da

comunidade internacional, tendo o seu desenvolvimento sido promovido por várias

instituições supranacionais como a UNESCO e instituições profissionais tal como o IFLA e o

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ICA. É nesta conjuntura que emerge o foco não apenas na Conservação mas também na

Preservação, com um sentido mais estratégico, do artefacto cultural escrito. Ao longo do

século XX a evolução tecnológica vai evidenciar a sua incapacidade para responder às

necessidades da Era da Informação e a necessidade de uma nova forma de ver, pensar e agir

no domínio da Preservação da informação.

Esta mudança ocorre, desde logo, ao nível dos paradigmas e da forma como estas

instituições olham para o seu objeto de estudo, cuja definição é, por si só, um ponto

absolutamente fulcral na resposta às necessidades contemporâneas.

Pinto, apresenta uma comparação entre o paradigma / modelo empírico da

Preservação e Conservação do artefacto cultural escrito e um novo paradigma/modelo, sob

a forma de uma tabela:

Figura 1 Fragilidades e Desafios (Pinto, 2009)

Nesta tabela, Pinto, referencia o facto do foco da ação das instituições deve ser

colocado na informação e não nos documentos, isto porque o meio digital que invade a área

abala as conceções clássicas de informação, documento e suporte e “um novo meio que

agora associa à dimensão física uma dimensão lógica e que condiciona e envolve os

contextos e situações comportamentais relativas à produção, fluxo, gestão, transmissão e

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uso/reprodução de informação em todo o seu ciclo de vida, em qualquer contexto

organizacional/humano e sem limitações físicas ou espaciais” (Pinto, 2009).

2.3. A pluridimensionalidade da unidade de informação

digital

A nova vaga tecnológica mais do que acrescentar uma dimensão aos termos

existentes, introduz novos termos para designar o documento/informação no meio digital.

O termo “objeto digital” afirma-se progressivamente como foco de profissionais e

investigadores. No entanto, está-lhe subjacente a unidade de informação digital tendo

como definição “qualquer informação que possa ser gerada em, ou convertida para uma

sequência de dígitos binários, armazenada e recuperada sob controlo de um computador e

que é tratada como uma unidade do ponto de vista da informação” (PINTO, 2009). Este

conceito, reflete a relativização do “conceito de documento como o concebemos na

realidade analógica e torna-o um entre diversos tipos de informação em meio digital, o que

faz colocar, definitivamente, a informação no centro das atenções” (PINTO, 2009).

Dada a natureza complexa do meio digital, a unidade de informação digital é

multidimensional e o DLM Fórum identifica-a como sendo constituído por:

Conteúdo – presente em um ou mais documentos eletrónicos/ e ou

tradicionais que veiculam a mensagem;

Contexto – contexto de produção;

Estrutura – os documentos são armazenados de forma a permitir aos futuros

utilizadores compreendê-los, tal implica que um documento contenha,

acrescidas ao conteúdo do seu documento informações relativas à estrutura

do documento;

Apresentação – a apresentação depende de uma combinação dos conteúdos

dos documentos, da sua estrutura e (no caso dos documentos eletrónicos) do

software utilizado para a expor/apresentar (PINTO, 2009).

Nesta mesma linha da pluridimensionalidade, a UNESCO (baseada no trabalho de

Kenneth Thibodeau) define que os objetos digitais sejam abordados como:

Objetos físicos;

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Objetos lógicos;

Objetos conceptuais;

Como aglomerados de elementos essenciais que representam a mensagem,

propósito, ou características pelas quais o material for escolhido para

preservação.

Em CI reconhece-se esta pluridimensionalidade e complexidade. Relativamente à

dimensão física (inscrições físicas num suporte) está-se perante o registo de informação em

cd’s, dvd’s, discos rígidos etc. A dimensão lógica refere-se ao formato do ficheiro, ou seja ao

código compreensível pelo computador. Segue-se a dimensão conceptual onde o código

adquire um significado para o ser humano e ocorre a transformação dos sinais digitais em

sinais analógicos. Por fim, a dimensão essencial é constituída pela meta-informação,

indissociável da informação propriamente dita, representando o seu contexto e atributos,

entre os quais o da inteligibilidade (Pinto, 2009).

2.4. A dimensão essencial e o papel da meta-

informação

A abordagem à pluridimensionalidade da unidade de informação digital desenvolve-

se se considerarmos na quarta dimensão supra referenciada, a dimensão essencial, uma das

características mais importantes na gestão da informação em meio digital, a questão da

meta-informação. Esta é comummente definida como informação sobre informação,

constituindo um ponto fulcral na manutenção da autenticidade e da fidedignidade dos

objetos digitais, sendo, ainda, fundamental para a sua preservação, isto porque a meta-

informação contida na dimensão essencial de um objeto digital garante “o acesso de futuros

utilizadores à verdadeira essência do objeto digital, a informação” (Pinto M. M., 2009).

São vários os equacionamentos, mas de uma forma simples podemos decompor a

meta-informação em quatro subtipos: a meta-informação descritiva, a meta-informação

técnica, a meta-informação administrativa e a meta-informação de preservação.

Fica claro que a passagem do analógico para o digital não deixa de exigir meta-

informação que descreva o conteúdo do objeto e que permite a sua recuperação através de

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um serviço de “discovery”, estando esta meta-informação ligada à dimensão conceptual

pois relaciona-se com informação sobre o conteúdo passível de ser interpretado pelo ser

humano.

A meta-informação técnica está ligada à dimensão lógica do ficheiro, por exemplo,

no caso de uma imagem capturada por camara fotográfica a meta-informação técnica inclui

a marca da câmara, zoom, lente usada etc. (a meta-informação técnica de imagens será

abordada no ponto 4.1. juntamente com algumas das normas aplicáveis).

A meta-informação administrativa refere-se a meta-informação relacionada com

questões jurídicas, direitos de uso e reprodução, contactos de possíveis detentores dos

direitos comerciais, etc.

Por fim a meta-informação de preservação é uma construção diretamente

relacionada com a emergência da Preservação Digital, que procura garantir o acesso

continuado aos materiais digitais, e, sob a configuração de sistema de informação, garantir

o acesso continuado aos objetos digitais. No dicionário de meta-informação PREMIS12 é

ressaltado que a meta-informação de preservação:

“Supports the viability, renderability, understandability, authenticity, and identity of

digital objects in a preservation context;

Represents the information most preservation repositories need to know to preserve

digital materials over the long term;

Emphasizes “implementable metadata”: rigorously defined, supported by guidelines

for creation, management, and use, and oriented toward automated workflows;

Embodies technical neutrality: no assumptions made about preservation

technologies, strategies, metadata storage and management” ( PREMIS Editorial

Committee, 2015).

É legítimo afirmar que se são as dimensões lógica e conceptual que permitem,

respetivamente, ao ser humano aceder, via computador, à mensagem do objeto digital, é a

dimensão essencial que garante que essa mesma mensagem será fiável e autêntica

independentemente do local ou altura a que esta seja acedida. Sendo esta dimensão e

12 O PREMIS constitui uma norma para compilação de meta-informação de preservação que será

abordada no ponto 4.1

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27

consequentemente a meta-informação de preservação um elemento essencial quando se

aborda a Preservação Digital.

3. A Preservação da Informação

É impossível refletir sobre o papel das instituições de memória e sobre o seu perfil

como sistema de informação sem referir a missão e função da Preservação da Informação,

mas é igualmente impossível continuar com esta reflexão sem abordar concretamente esta

temática.

A Preservação da Informação acompanha a evolução tecnológica e social humana,

em linha com a emergência de novos paradigmas. Este foi o caso da mudança do modelo

empírico da P&C do artefacto cultural escrito para um novo modelo focado na informação

com uma visão holística das características “virtuais” que a informação assume nos dias de

hoje, um modelo de Preservação sistémica que será abordado no ponto 3.2.

Porém, mesmo o modelo da P&C do artefacto cultural escrito foi uma evolução

necessária baseada nas necessidades emergentes. No seu estudo Pinto (2009) apresenta um

quadro que sintetiza os principais modelos empíricos que identificou, isto é, de formas de

ver, pensar e agir em Preservação:

Modelos Período

Proteção do artefacto escrito Da antiguidade ao séc. XVIII

Conservação do artefacto cultural escrito Séc. XVIII – Anos 70 séc. XX

Preservação e Conservação do artefacto

cultural escrito

Anos 70 séc. XX – Inicio séc. XXI

Preservação Sistémica Em construção na atualidade

Tabela 1 Modelos empíricos no modelo teórico de Preservação

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Como fica patente os conceitos usados para denominar os modelos são o reflexo da

atividade de serviços que se institucionalizam como instituições culturais/memória.

3.1. Preservação, conservação e curadoria

Arquivos, Bibliotecas e Museus partilham a missão de gerir o património cultural de

forma a mantê-lo ao longo do tempo, mas apresentam algumas diferenças.

Preservação

No que respeita à Preservação existem várias visões sobre o conceito de

preservação, para a SAA (Society of American Archivists) (n.d.), a preservação é:

“1. The professional discipline of protecting materials by minimizing chemical and physical

deterioration and damage to minimize the loss of information and to extend the life of

cultural property. - 2. The act of keeping from harm, injury, decay, or destruction, especially

through noninvasive treatment. - 3. Law · The obligation to protect records and other

materials potentially relevant to litigation and subject to discovery.”

Esta definição é claramente dedicada à preservação de documentos físicos não

tendo em consideração o impacto da Era da Informação e da emergência da Preservação

Digital.

Já o Dicionário Eletrónico de Terminologia em Ciência da Informação (n.d.) apresenta

a seguinte definição para o conceito de Preservação:

“Preservação é a aquisição, organização e distribuição de recursos, a fim de impedir posterior

deterioração ou renovar a possibilidade de utilização de um seleto grupo de materiais

(CONWAY, 1997:6). Na ótica da CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO preservação implica três planos

distintos: a conservação e o restauro do suporte, sendo este plano dominado pelo contributo

das Ciências Naturais com suas téncicas e procedimentos testados e padronizados, gerando-

se potenciais estratégias interdisciplinares; a adoção de medidas de gestão (políticas

públicas) através de legislação e de organismos regulamentadores e fiscalizadores; e a

intencionalidade orgânica de preservar para usar face a necessidades e imperativos

orgânico-funcionais vários” (DELTCI).

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29

Conservação

O conceito de conservação é muitas vezes usado como sinónimo de preservação,

mas a tendência é para colocar a conservação a um nível mais operacional:

“The repair or stabilization of materials through chemical or physical treatment to ensure

that they survive in their original form as long as possible. - 2. The profession devoted to the

preservation of cultural property for the future through examination, documentation,

treatment, and preventive care, supported by research and education.” (SAA, n.a.)

A diferença prende-se principalmente com o momento das intervenções. A

Preservação pensar estrategicamente a prevenção dos danos, a conservação tenta remediá-

los.

Curadoria

O conceito de curadoria convoca a ideia de cuidar, tratar de uma coleção e surge

muito ligado às instituições de memória, principalmente aos museus onde é associada à

administração e gestão de obras artísticas. Este conceito sofre profundas alterações com a

afirmação da Era da Informação e a emergência das coleções digitais, emergindo a

expressão curadoria digital.

Baseado na perspetiva de J. Gould (1992) de que “the history of life, is a series of

stable states, punctuated at rare intervals by major events that occur with great rapidity and

help to establish the next stable era", Castells (2010) escreve que no fim do século XX

vivemos um destes raros intervalos. Um intervalo pautado pela transformação da nossa

cultura material através da influência de um novo paradigma tecnológico baseado em

tecnologias de informação.

Este intervalo caracterizado por uma revolução tecnológica baseada em tecnologias

de informação, propiciou um boom informacional13 e uma alteração profunda no modo

como essa informação é registada e guardada. Estes fatores atraíram um foco de atenção

para a informação como já foi abordado nos pontos anteriores.

13 Boom de informação – grande aumento na produção de informação

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30

Esta revolução na forma de registar a informação e o foco dado reflete-se no

domínio da P&C (Preservação e Conservação da informação) e deu inevitavelmente origem

à expressão Preservação Digital.

Preservação Digital

A Preservação Digital surge como resposta à possibilidade de perda do património

cultural existente em meio digital, face à constante evolução das Tecnologias de Informação

e Comunicação (TIC), e, consequentemente, ao seu sempre permanente risco de

obsolescência.

A UNESCO, (2003) define preservação digital como:

“The processes aimed at ensuring the continued accessibility of digital materials. To do this

involves finding ways to re-present what was originally presented to users by a combination

of software and hardware tools acting on data. To achieve this requires digital objects14 to

be understood and managed at four levels: as physical phenomena; as logical encodings; as

conceptual objects that have meaning to humans; and as sets of essential elements that

must be preserved in order to offer future users the essence of the object”.

Esta definição evidencia a visão pluridimensional da unidade de informação digital,

mas, numa perspetiva CI, em vez de firmar o conceito de Preservação Digital esta requer o

reposicionamento da Preservação e da Conservação, ao considerar a Preservação numa

perspetiva sistémica e como variável da GI, fazendo convergir analógico e digital e

envolvendo “dois planos interrelacionados, a componente estratégica e de gestão

(Preservação) e a componente operacional (Conservação) (Pinto, 2015).

A UNESCO (2003) no seu relatório de Diretrizes para a Preservação do Património

Cultural aborda também a questão da confusão entre Digitalização e Preservação Digital:

“Digital preservation is used to describe the processes involved in maintaining information

and other kinds of heritage that exist in a digital form. In these Guidelines, it does not refer to

the use of digital imaging or capture techniques to make copies of non-digital items, even if

that is done for preservation purposes. Of course, digital copying (also known as digitisation,

or digitalisation), may well produce digital heritage materials needing to be preserved.”

14 - Pinto (PRESERVMAP) define objeto digital como “uma unidade de informação que possa ser representada por uma sequência de dígitos binários, cuja produção, armazenamento e uso envolve necessariamente a codificação de código humano para código binário (e vice-versa), o que a torna dependente do sistema tecnológico intermediário a partir do qual o processo de codificação/descodificação se opera

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31

Este comentário assume a digitalização não apenas como a possibilidade de

preservar os artefactos em suportes tradicionais mas também como o momento de criação

de informação nado-digital que também precisa ser preservada.

CURADORIA DIGITAL

Lee e Tibbo (Lee & Tibbo, 2007) definem Curadoria Digital como:

«Digital curation involves selection and appraisal by creators and archivists; evolving

provision of intellectual access; redundant storage; data transformations; and, for

some materials, a commitment to long-term preservation. Digital curation is

stewardship that provides for the reproducibility and re-use of authentic digital data

and other digital assets. Development of trustworthy and durable digital repositories;

principles of sound metadata creation and capture; use of open standards for file

formats and data encoding; and the promotion of information management literacy

are all essential to the longevity of digital resources and the success of curation

efforts».

O DCC (Digital Curation Centre) (n.d.) apresenta uma definição para este conceito:

“Digital curation involves maintaining, preserving and adding value to digital research data

throughout its lifecycle.”

Fica patente que a diferença entre as definições abordadas de Preservação Digital e

Curadoria Digital focam-se claramente no facto de na perspetiva da Curadoria Digital se

focar o domínio dos dados de investigação, apesar de assumir uma perspetiva holística do

ciclo de vida da informação, olhando para a manutenção de conteúdos digitais como mais

uma fase da gestão deste mesmo ciclo de vida.

O DCC apresenta, inclusive, um modelo de Curadoria baseado no ciclo de vida da

informação:

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Figura 2 "Curation Lifecycle Model” (DCC)

Este modelo usa o conceito de objeto digital e integra o conceito de Preservação

(digital), assumindo este como o processo que afeta os processos de ingestão e

armazenamento e deixado a curadoria (digital) para as restantes etapas do ciclo de vida.

Definindo este modelo como um modelo de curadoria o DCC, por sequência lógica,

define preservação como um importante e complementar fator da área da curadoria.

Considerando as diferentes perspetiva surge, naturalmente, a necessidade de

associar à análise destes conceitos o de Gestão da Informação.

3.2. A preservação sob a perspetiva sistémica

Semelhante ao ponto de vista do DCC sobre a Curadoria digital, a CI procura

introduzir a preservação digital no âmbito alargado da preservação da informação e no

processo de gestão do seu ciclo de vida, isto porque, segundo Pinto, (2015), ao considerar a

componente estratégica e operacional estas têm, necessariamente, de ser efetivadas nos

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33

Figura 3 Modelo de G.I. de Pinto (2015)

diferentes processos de gestão da informação de sistemas tendencialmente hhíbridos,

sendo necessário:

Planear estrategicamente a tecnologia;

Planear estrategicamente a produção/captura de informação;

Planear a administração do sistema;

Conhecer, avaliar e planear a estrutura produtora de informação/atores.

Desta forma, é realçada a importância do papel do profissional de informação na

abordagem do Sistema de Informação e na conceção/especificação e parametrização do

Sistema Tecnológico de Informação “o que nos leva a considerar, em matéria de

Preservação, a emergência de um novo modelo – o modelo da preservação sistémica”

(PINTO, 2009) que se refere aos vários níveis, nomeadamente ao da unidade informacional,

do Sistema de Informação, do Sistema Tecnológico de Informação, da Organização, ao nível

Interorganizacional, ao nível Nacional e ao nível Global.

Nesta perspetiva Pinto e Silva (2005) propõem um modelo integrado e apoiado num

único ciclo de gestão de informação

Neste modelo, o profissional de informação tem como competência analisar a

estrutura produtora, o processo de produção e fluxo da informação entre os atores da

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organização em que se insere (garantindo que a informação produzida é autêntica,

fidedigna, integra, inteligível/utilizável e preservável), assim como avaliar, representar e

descrever informação que, se determinada a necessidade de preservação no longo prazo,

será integrada num sistema de armazenamento, gestão e disseminação responsável

alinhado pelo modelo SI-AP (Sistema de Informação - Ativa e Permanente)15 sendo, depois,

disponibilizada para acesso ou eliminada consoante o necessário.

3.3. Estratégias de Preservação em Meio Digital

Definidos os conceitos e o enquadramento de que se partiu, é necessário apresentar

as estratégias que, hoje, são identificadas no domínio da preservação de informação em

meio digital, quer de informação que foi digitalizada, quer da nado-digital16, a saber:

Migração para suportes analógicos: reprodução de um objeto digital em papel,

microfilme ou outro qualquer suporte analógico;

Preservação de tecnologia: manutenção do hardware e software originalmente

necessário para aceder ao objeto. Bastante problemático devido à questão da

obsolescência tecnológica;

Refrescamento: Atualização do suporte físico onde o objeto se encontra armazenado

(disco rígido, disquete, DVD, etc.), não é uma solução autónoma, mas uma parte

importante dos processos de preservação;

Emulação: Recriação das condições originais de acesso ao objeto recorrendo a

tecnologias recentes. Estratégia focada na fidedignidade do objeto digital e na

manutenção das suas características e funcionalidades;

Migração/Conversão: transporte dos recursos digitais de uma plataforma

tecnológica para outra, adaptando-os aos ambientes de chegada, sempre que o risco

de obsolescência do hardware ou software se aproxima. Devido à natureza deste

transporte, o processo envolve reescrita de parte dos objetos o que põe em causa a

autenticidade do objeto.

15 SI-AP – Sistema de Informação Ativo e Permanente – modelo de repositório de preservação apresentado por Armando Malheiro da Silva e Manuela pinto (Pinto & Silva, 2005) 16 Nados-digitais – Conteúdos que não são resultantes de uma migração do suporte analógico para o sigital, tendo sido criados em contexto digital

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XML (Extensible Markup Language): pode ser vista como um tipo particular de

migração. Linguagem de enriquecimento de informação sobre estruturas e

significado, é independente da plataforma onde cai correr (padrão aberto) o que

favorece a interoperabilidade.

Encapsulação: Encapsulação do objeto no seu formato original, juntamente com

uma descrição formal do formato do ficheiro e do seu significado, conducentes à

interpretação do original quando for efetivamente necessário para utilizar

conversores, visualizadores ou emaladores.

Pedra de Roseta digital: utilizado como último recurso para os casos em que não se

dispõe de informação suficiente sobre o seu formato, funcionando a partir de

amostras representativas do mesmo, que deverão existir num formato diretamente

interpretado pelo ser humano que deles inferirá as regras (PINTO, 2009).

3.4. Políticas de Preservação em Meio Digital

Contextualizada a Preservação em termos teóricos e identificadas possíveis

estratégias a adotar, é necessário analisar e avaliar a sua tradução em termos práticos, o

que se procurou fazer através da análise de Politicas de Preservação Digital em diversas

instituições de memória.

Os principais pontos comuns encontrados nas politicas que melhor se identificam

como Politicas de preservação digital (visto que muitas se focam demasiado no processo de

digitalização) prendem-se com:

A explicação do que é a preservação digital e os seus desafios;

A necessidade de adoção de normas abertas e, em particular, o uso do modelo

concetual OAIS;

O uso de normas no âmbito da meta-informação e da interoperabilidade;

A existência de um documento extra que guia o processo de digitalização.

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Escolhido como exemplo do que deve conter uma Politica de Preservação digital17 foi

analisada de forma mais profunda a politica de Preservação e Digitalização do Museu

Nacional da Austrália (2012), tendo em mente que Austrália e Nova Zelância lideraram,

desde a última década do século XX a vanguarda dos estudos e iniciativas relacionadas com

a preservação digital.

Como objetivo deste documento presenta-se o dar a conhecer a todos os elementos

da organização (em primeiro lugar e só depois ao público em geral) os objetivos e diretrizes

para a preservação digital no museu, de forma a unir esforços e atingir os índices de

qualidade exigidos a uma instituição amplamente reconhecida.

Desta forma, o documento começa por fazer uma contextualização da organização

(breve comentário sobre a sua história) passando de seguida a explicitar o seu âmbito: a que

áreas de negócio se aplica, onde entram todas exceto aquelas ligadas aos registos

corporativos; a que tipologias de objetos digitais se aplica, ou seja, a todos os itens da

coleção ou materiais relacionados com coleções em formato digital ou analógico que

tenham sido identificados para preservação e/ou digitalização.

Segue-se a explicação do objetivo desta política, algo fundamental para que todos os

recursos humanos envolvidos percebam não só as necessidades que existem, mas

principalmente o porquê dessas necessidades existirem (por exemplo, não importa só saber

que é preciso digitalizar, é preciso saber porque é que é preciso digitalizar).

No ponto seguinte é feita uma enumeração de princípios tecnológicos e técnicos que

guiam a preservação digital e a digitalização, nomeadamente:

Uso do modelo OAIS;

Uso da norma de meta-informação AGLS;

Garantia da conformidade com os requisitos de normas de interoperabilidade da

meta-informação (AGLS e OAI-PMH);

Garantia do uso de Open-Standards para o processo de digitalização;

Comentários sobre os Direitos de autor e permissões para digitalização e cópia

dos conteúdos.

17 devido à sua estrutura de conteúdos que afirma claramente a politica da organização mantendo a acessibilidade a todos o publico com uma linguagem clara e objetiva sem se perder em termos extensivamente técnicos

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Exclusão de alguns conteúdos não suportados pelo hardware ou software

disponível, ou que sejam alvo de restrições (como material considerado sigiloso);

Enumeração das estratégias de preservação digital a usar (Migração, emulação e

encapsulamento);

Comentário sobre a prioritização em atividades de preservação;

Comentário sobre a gestão de risco, definindo que os objetos digitais devem ser

guardados para que em nenhuma circunstancia uma falha tecnológica possa

resultar em perda de dados.

Garantir que nenhuma alteração seja feita em imagens master e derivadas sem

que haja autorização para tal;

Definição de um período de retenção para que os objetos digitais só sejam

guardados enquanto forem necessários, implementando o definido aquando da

operação de avaliação e seleção da informação (que relaciona, necessariamente,

informação registada em meio digital e em suportes tradicionais).

Por fim, é efetuada uma definição de termos, de modo a clarificar os conceitos

usados, e a identificação dos responsáveis pela política apresentada.

Esta análise revela os pontos imprescindíveis para conceber uma política de

preservação digital.

4. Uma Digitalização para a preservação

Para a SAA (Society of American Archivists), (n.d.), digitalização é “The process of

transforming analog material into binary electronic (digital) form, especially for storage and

use in a computer.” enquanto que a DIGITALNZ (2009) define digitalização como “digital

content creation by making a digital copy or digital recording of analogue information,

where that information can reside in a document, artefact, sound, performance,

geographical feature or natural phenomena”.

As definições concordam que, no seu sentido mais objetivo, digitalização é a

passagem de informação em estado analógico para o seu estado digital, o que por si só não

pode de maneira alguma ser considerada como um processo, suficientemente extensivo e

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completo, de preservação digital, isto porque, como referido nos pontos 2.4 e 2.5, um

objeto digital é pluridimensional e necessita de um trabalho a nível de meta-informação que

permita que este se mantenha “autêntico, fidedigno, integro, inteligível/utilizável e

preservável”. (Pinto, 2009)

Desta forma, a digitalização assume-se como uma ferramenta indispensável mas não

suficiente para a Preservação.

4.1. Digitalização: produção, preservação e acesso a

informação digital

Importa determinar, também, quais os benefícios/impactos da digitalização e como

esta deve ser feita. Na linha do já referido, a digitalização é, em primeiro lugar, uma

passagem de um conteúdo analógico para o digital e esse processo acarreta consigo três

dimensões: a preservação do material original apesar de deixar o panorama analógico, a

facilitação e agilização do acesso ao material e por fim constitui-se como uma nova fonte de

informação.

Relativamente à preservação, referiu-se que a digitalização é uma ferramenta da

preservação, isto porque ao digitalizar um objeto analógico estamos a importar para um

outro panorama as características visuais do mesmo permitindo, assim, salvaguardar esta

informação dos riscos que pairam sobre os suportes tradicionais, como o perigo da

degradação e deterioração que inviabilizariam o acesso a esta informação no futuro.

Recuperando o exposto para o paradigma pós-custodial, informacional e científico, a

disponibilização de informação é um valor chave para a Preservação, sendo uma mais-valia

as potencialidades da digitalização, no que toca a disponibilizar informação de uma forma

assíncrona a um público muito maior e de uma forma muito mais ágil e amigável.

Por fim, a digitalização ao produzir representações digitais de objetos analógicos está

a produzir novos objetos informacionais com estreitas ligações com as suas contrapartes no

mundo analógico.

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4.2. De ato a processo alinhado com a estratégia de GI

Partindo de uma abordagem sistémica da Preservação, a digitalização assume-se

como uma etapa na gestão do ciclo de vida da informação, assim como diz Pinto, “Se

considerarmos o ciclo de vida da informação em meio digital, e não se tratando de

informação nado-digital, a digitalização constitui o primeiro passo para a conversão do

documento “analógico” para o formato digital, iniciando-se com a seleção e preparação

para a digitalização a gestão do ciclo de vida desse novo “produto” informacional”. (Pinto

M. M., 2013).

Nesta linha Pinto, apresenta um processo relativo ao ciclo de digitalização que, não

sendo suficiente por si só, deve estar alinhado com a estratégia de Gestão de Informação:

Tal como a gestão de informação no seu todo, também o processo de digitalização

deve ser pensado sistemicamente, desde a seleção e preparação dos materiais, à seleção de

técnicas e ferramentas para a captura e extração automática de meta-informação e

informação, passando depois pelo registo e descrição mais detalhada dos conteúdos através

de meta-informação pensada numa perspetiva de interoperabilidade, seguindo-se o seu

armazenamento seguro e confiável e “terminando” na disponibilização dos mesmos.

Figura 4 Digitalização - Processos e ciclo de produção (Pinto M. M., 2013)

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4.3. Especificação de requisitos, perfis e modelação de

processos

Com este enquadramento, o próximo passo será transpor a teoria para a prática

produzindo instrumentos orientadores que guiem o processo de digitalização,

nomeadamente a especificação de requisitos, a construção de perfis de digitalização e a

modelação de processos.

Após avaliação dos materiais que se pretendem digitalizar são definidos requisitos

mínimos de digitalização que servem de guia para a construção dos perfis de digitalizações

que, por sua vez, orientam os trabalhos de digitalização dos objetos pretendidos, evitando,

assim, a duplicação de trabalho decorrente da análise individual dos requisitos para a

digitalização de cada objeto.

A modelação de processos representa, também, um papel muito importante na

digitalização ao permitir sistematizar processos servindo, assim, como uma mais-valia para a

garantia da fiabilidade do objeto.

4.3.1. (re)Produção digital: matrizes e derivadas

A digitalização não se reduz à criação de uma cópia digital a partir do original,

existindo vários propósitos que podem estar na origem da produção de uma ou várias

representações digitais resultantes de um processo de digitalização. A imagem pode ser

usada para efeitos da preservação sendo, assim, necessário evitar qualquer tipo de

compressão, pode servir apenas como imagem de referência num índice necessitando de

muito pouca resolução, pode ser usada para estudar detalhadamente o objeto original

obrigando ao uso de um formato lossless18 ou, até, ser disponibilizada para download

público o que será incomportável se a imagem estiver num formato lossless. Sendo de

salientar que as características técnicas da imagem devem variar consoante o objetivo a que

se destina.

18 Lossless- Método de compressão que não perde informação (ou muito pouca) relativamente ao original, o que resulta num tamanho maior do ficheiro

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Centrando-nos na produção de imagens digitais, existem, pois, dois tipos resultantes

do processo de digitalização de um objeto: o ficheiro/imagem Matriz (Master) e o

ficheiro/imagem derivada.

Imagens Matriz (Master File)

As imagens Matriz são as imagens com mais qualidade, criadas com o objetivo de

criar uma representação digital (digital surrogate) fidedigna do objeto original para efeitos

de preservação e de criação de imagens derivadas.

Existe, ainda, uma corrente que divide as imagens Matriz em várias categorias,

nomeadamente Imagem Matriz de Arquivo e Imagem Matriz de Produção, ambas são

dotadas de uma grande qualidade, sendo que as Imagens Matriz de Arquivo não sofrem

qualquer tipo de compressão enquanto as Imagens Matriz de Produção podem ser alvo de

compressão lossless.

A FADGI (Federal Agencies Digitization Guidelines Initiative), (n.d.) define Imagem

Matriz de Arquivo como:

“File that represents the best copy produced by a digitizing organization, with best defined as

meeting the objectives of a particular project or program. Archival master files represent

digital content that the organization intends to maintain for the long term without loss of

essential features. Archival master files are the starting point when organizations produce

the production master files and/or derivative files that will in turn support a wide range of

objectives”

Define também, Imagem Matriz de Produção como:

“Files produced by processing the content in one or more archival master files, resulting in a

new file or files with levels of quality that rival those of the archival master.”

Um exemplo de uma Imagem Matriz de Produção pode ser uma imagem resultante

da junção de várias imagens de partes diferentes do mesmo objeto que foram criadas em

separado. Nestes casos surge a questão de saber se uma Imagem Matriz de Produção

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deveria ser considerada uma derivada, pois para todos os efeitos, é uma derivação de uma

ou mais Imagens Matriz de Arquivo.

O formato mais usual para Imagens Matrix é o TIFF (Tagged Image File Format)

sendo que existem propostas que apontam para o uso dos formatos PNG (Portable Network

Graphics) ou JPEG 2000. Pode, ainda, ser guardada a imagem em formato RAW. Este

formato é a representação direta da imagem capturada pelos sensores de uma câmara mas

apresenta o problema da falta de normalização e interoperabilidade. Cada marca de

câmaras apresenta o seu próprio tipo de formato RAW que apenas pode ser executado em

softwares proprietários da marca criando sérios problemas para a preservação a longo

termo.

Derivadas

As imagens derivadas são, como a própria designação indica, imagens criadas a partir

de outras, nomeadamente, a partir de imagens Matriz. Estas imagens podem assumir várias

características dependendo da sua finalidade.

A FADGI, (n.d.) define Imagens Derivadas como:

“Often called service, access, delivery, viewing, or output files, derivative files are by their

nature secondary items, generally not considered to be permanent parts of an archival

collection. To produce derivative files, organizations use the archival master file or the

production master file as a data source and produce one or more derivatives, each optimized

for a particular use. Typical uses (each of which may require a different optimization) include

the provision of end-user access; high quality reproduction; or the creation of textual

representations via OCR or voice recognition. In many cases, the derivatives intended to serve

end-user access employ lossy compression, e.g., JPEG-formatted images, MP3-formatted

sound recordings, or RealMedia-formatted video streams. The formats selected for derivative

files may become obsolete in a relatively short time.” (Federal Agencies Digitization

Guidelines Initiative)

Os formatos mais usados em imagens derivadas apresentam compressão lossy19 de

forma a reduzir o seu tamanho, como o formato GIF, JPEG e PDF.

19 Lossy - Método de compressão que perde informação relativamente ao original de forma a diminuir o tamanho do ficheiro.

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43

A definição do número de matrizes e derivadas a usar, bem como as suas

características técnicas (formato, bit depth, esquema de cores etc.) fica dependente das

necessidades de cada projeto como será abordado no ponto 4.5.3.

4.3.2. Armazenamento, preservação, disponibilização e

uso

De forma a potencializar a preservação, disponibilização e uso, as imagens

resultantes do processo de captura devem ser guardadas num repositório digital que

obedeça a um modelo conceptual direcionado ao armazenamento, gestão e disseminação

de informação digital, sendo o exemplo dominante o do modelo concetual OAIS (Open

Archival Information System) que serviu de base a repositórios digitais como o DSpace ou o

Fedora, que constituem opções open-source que também cumprem requisitos de

preservação não constituindo, de facto, um sistema de preservação.

Existe, porém, uma particularidade que deve ser sublinhada, isto é, o

armazenamento das derivadas que são acedidas pelo público em geral, deve estar separado

do sistema de armazenamento das Imagens de Matriz, para impedir, designadamente,

ataques informáticos através do sistema de disponibilização dos conteúdos.

Esta dimensão do armazenamento é só uma de várias, pois é extremamente

necessário e até vital (assim como em todos os sistemas que envolvam armazenamento de

dados) devem ser feitas várias cópias de segurança de modo a salvaguardar qualquer falha

técnica (hardware ou software), erro humano ou vandalismo propositado. As cópias de

segurança devem de ser atualizadas regularmente, com versões offline e offsite20 de forma

a salvaguardar contra ataques digitais e acidentes físicos.

Relativamente à preservação, esta deve ser composta por dois níveis, a atribuição de

meta-informação às imagens master e derivadas segundo as normas apresentadas

previamente, de forma a poder integrar estes objetos no repositório e consequente gestão

20 Offsite- fora do local de trabalho, neste caso distante das outras cópias de forma a prevenir contra acidentes físicos como incêndios e cheias.

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e implementação das estratégias de preservação apresentadas no ponto 3.3, de acordo com

o Plano de Preservação definido.

4.3.3. Políticas de Digitalização

Tendo avaliado as Politicas de Preservação Digital no ponto 3.4 é importante focar,

também, as Politicas de Digitalização21, para que sejam identificados pontos que permitam

guiar a criação de uma política de acordo com as características e necessidades do contexto

onde se insere.

Como resultado dessa avaliação identificaram-se três pontos-chave a ter em

consideração na Politica de Digitalização:

Âmbito

Onde é exposto o contexto e os objetivos da digitalização na organização.

Meta-informação

Definição das diretrizes para a atribuição de meta-informação descritiva, técnica,

administrativa e de preservação, bem como as normas a usar.

Abordagem Técnica

Onde são definidos os perfis de digitalização, bem como todos os seus detalhes

técnicos.

Estes pontos são fulcrais para a estruturação de um guia eficiente, sendo

obviamente apenas um ponto de partida, pois este deve ser adaptado ao contexto

especifico em que se insere.

21 Por exemplo foi avaliada a Politica de Digitalização da Universidade de Dublin, apontada pelo guia de melhores exemplos práticos de digitalização em bibliotecas da EUROPEANA( (Sotošek, 2011)) como um exemplo a seguir no que toca à captura e armazenamento de objetos digitais

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4.3.4. Normas e diretrizes

Com base no exposto, podemos enquadrar algumas normas capazes de guiar as

várias etapas do projeto.

A ISO 14721:201222, define um modelo de referência para criar um Open archival

information system (OAIS), modelo esse considerado basilar em sistemas de

armazenamento e preservação;

A ISO 13028:201023, apresenta recomendações para o processo de digitalização de

forma a ser adequado para uma preservação a longo termo;

A ISO 15801:200924, apresenta recomendações baseadas na totalidade do ciclo de

vida de informação, de forma a garantir a fidedignidade da informação digital;

A ISO/TR 18492:2005, fornece orientações práticas metodológicas para a

preservação a longo prazo e a recuperação de informação autêntica quando o

período de retenção excede a expectativa de vida da tecnologia (hardware e

software) utilizada para criar e manter essa informação.

A ANSI/NISO Z39.87-200625, define um conjunto de elementos de meta-informação

para imagens em bitmap, relativos à garantia de qualidade, processamento de

imagem e preservação a longo-prazo; ligada a esta norma surge o MIX, que constitui

um schema em XML baseado nos elementos apresentados pelo Z39.87.

O PREMIS Data Dictionary26, apresenta um conjunto de elementos de meta-

informação para a preservação de objetos digitais, conjunto esse que pode ser

integrado no standard METS, que se formula como um formato para meta-

informação discritiva, administrativa e estrutural;

O Modelo MoReq2010, é uma especificação de requisitos para um sistema de

gestão de arquivos;

22 Space data and information transfer systems -- Open archival information system (OAIS) -- Reference model

23 ISO/TR 13028:2010, Information and documentation - Implementation guidelines for digitization of records

24 ISO/TR 15801: 2009, Document management -- Information stored electronically -- Recommendations for

trustworthiness and reliability:

25 ANSI/NISO Z39.87-2006, Data Dictionary –Technical Metadata for Digital Still Images

26 PREMIS, Preservation Metadata: Implementation Strategies

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A ISO 16363:201227, define processos para determinar a fiabilidade de um

repositório digital, servindo igualmente de base para uma potencial certificação.

4.4. Iniciativas e projetos

Recordando o que foi dito no ponto 2.2, a inovação científica e técnica do pós 2ª

Guerra Mundial acarretou consigo um aumento da preocupação com a preservação e

conservação do património cultural por parte da comunidade internacional, esta

preocupação não se esbateu com o passar do tempo, sendo um foco predominante das

políticas comuns da União Europeia e da comunidade internacional em geral que

acompanharam a evolução da área existindo atualmente uma grande preocupação com a

preservação através do meio digital do património cultural.

Uma das mais importantes iniciativas no contexto europeu é a EUROPEANA, um

portal online destinado à disponibilização de coleções digitalizadas, oriundas de várias

instituições da União Europeia, tendo como objetivo alcançar o máximo número de

instituições e coleções. A integração na EUROPEANA é um objetivo a alcançar por qualquer

instituição de memória sendo este um fator de valorização da mesma. De forma a integrar

as suas coleções na EUROPEANA, uma instituição precisa de digitalizar um conjunto de

objetos e agregar-lhes meta-informação sob um padrão reconhecido (ESE, DC, EDM etc.). A

EUROPEANA patrocina, ainda, projetos de digitalização sendo assim uma hipótese a analisar

para obter financiamentos.

A ligação de uma instituição com a EUROPEANA não precisa de ser direta, por

exemplo, no caso português o RNOD28 (Registo Nacional de Objetos Digitais) faz essa ponte

(a ligação ao RNOD é feita através do protocolo OAI-PMH). Ainda ligado à EUROPEANA

surge o projeto ENUMERATE cujo principal objetivo é criar uma base fiável de dados

estatísticos (reutilizável pela comunidade) sobre digitalização, preservação digital e

disponibilização online do património cultural Europeu. O principal contributo do

27 ISO 16363:2012, Space data and information transfer systems -- Audit and certification of trustworthy digital

repositories

28 agregador de conteúdos digitais e digitalizados disponibilizados em rede por entidades portuguesas que visa a coordenação e difusão desses recursos, a nível nacional e internacional

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MINERVA29 passa pela conjunto de diretrizes e recomendações que agrupa no seu portal

online, que podem servir de apoio nos processos de digitalização e preservação digital. Na

mesma linha existe o DigiCULT que dirige o seu funcionamento para a monotorização e

análise de tecnologias existentes e emergentes que possam estabelecer-se como

oportunidades para otimizar o desenvolvimento, disponibilização, e preservação do

património cultural e cientifico Europeu.

No caso da U.Porto são de referir os contactos com a CyARK, uma organização sem

fins-lucrativos cuja missão passa por garantir que os bens e sitios identificados como

património (cultural) estejam disponíveis para geração futuras, através de um grande foco

em digitalização 3D. O ponto que se destaca aqui é o projeto CyARK 500, ao qual instituições

se podem candidatar de forma a obter apoio para projetos de digitalização 3D.

5. Caso de aplicação: Museu Digital da Universidade do Porto

A Universidade do Porto, sendo uma instituição de valorização e promoção do

conhecimento, é dotada de imensos recursos informacionais os quais disponibiliza não só a

toda a comunidade associada (estudantes, docentes e demais colaboradores) como

também à comunidade nacional e internacional. Um dos seus recursos mais importantes

são os seus centros direcionados ao património cultural, onde se enquadram os Museus e

Núcleos Museológicos, distribuídos pelas várias unidades orgânicas que constituem a

Universidade do Porto.

29Rede de ministérios dos estados membros da União Europeia criada para discutir, articular e harmonizar atividades relacionadas com a digitalização de conteúdos culturais e científicos com a finalidade de criar uma plataforma europeia comum, recomendações e diretrizes sobre digitalização, meta-dados, preservação e acesso a longo-prazo.

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5.1. Museus e Coleções da Universidade do Porto

Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto

O Museu de História Natural, fundado em 1996, “guarda alguns dos mais

impressionantes tesouros museológicos da Universidade, grande parte dos quais remonta à

época da fundação da Academia Politécnica, em 1837, a que se juntaram os acervos

provenientes dos anteriores departamentos de Botânica, Geologia e Zoologia e

Antropologia da Faculdade de Ciências da U.Porto”(Universidade do Porto).

Entre as coleções de zoologia, etnografia, mineralogia e paleontologia, o museu

dispõe de cerca de 44627 objetos museológicos30.

O Museu de Ciência foi fundado em março de 1996, integrando equipamento

científico e didático, cuja origem remonta aos tempos da Academia Real da Marinha e

Comércio, Academia Politécnica e Laboratórios de Física, Química, e Mineralogia/Geologia

da Faculdade de Ciências.

A sua coleção conta, atualmente, com cerca de 4789 objetos museólogos,

constituídos por diversos materiais (vidro, metal, madeira, ebonite, papel, gesso etc.).

O Museu de História Natural e Ciência da Faculdade de Ciência é o resultado da

junção administrativa destes dois museus, em 2016.

Fundação Instituto Arquiteto José Marques da Silva

Precedida pelo Instituto Arquiteto José Marques da Silva (IMS), a Fundação Instituto

Arquiteto José Marques da Silva (FIMS) tem como atribuições a gestão do património e

“legado testamentário da Arquiteta Maria José Marques da Silva e tem por objetivo social a

promoção científica, cultural, formativa e artística, designadamente a classificação,

preservação, conservação, investigação, estudo e divulgação de todo o património artístico

e arquitetónico do Arquiteto José Marques da Silva e, ainda, o acervo literário, artístico,

30 Apenas são considerados os objetos atualmente inventariados

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arquitetónico e urbanístico dos Arquitetos Maria José Marques da Silva Martins e David

Moreira da Silva”(Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva).

Para além do património já referido, o Instituto incorpora ainda outras coleções com

“valor patrimonial, histórico, científico, artístico ou documental relativos,

preferencialmente, à arquitetura e ao urbanismo portuense e português”(Fundação

Instituto Arquitecto José Marques da Silva, sem data).

Estes acervos encontram-se repartidos pela Casa-Atelier do Arquiteto José Marques

da Silva, pelo palacete da família Lopes Martins e pelo pavilhão/arquivo situados na Praça

Marquês de Pombal, no Porto. Todos estão disponíveis para consulta pública.

Casa-Museu Abel Salazar

A Casa-Museu Abel Salazar, atualmente uma instituição de utilidade pública, sem fins

lucrativos e sob a alçada administrativa da Universidade do Porto, com o apoio da

Associação Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar com estatutos publicados no Diário da

República nº 17 – III, de 20/01/90.

Tem como missão “promover a investigação, o estudo e a divulgação da obra

científica literária, filosófica e artística de Abel Salazar”(CMAS), recriando o ambiente onde

Abel Salazar viveu grande parte da sua vida.

A nível museológico, coleção da Casa-Museu Abel Salazar é constituída por 2776

objetos relacionados com a vida de Abel Salazar, nomeadamente:

Mobiliário;

Objetos do quotidiano;

Desenhos (esboços, autorretratos, caricaturas, retratos…) em grafite;

Desenhos (esboços, autorretratos, caricaturas, retratos…) em carvão;

Desenhos (esboços, autorretratos, caricaturas, retratos…) em tinta-da-china;

Desenhos (esboços, autorretratos, caricaturas, retratos…) em pena;

Desenhos (esboços, autorretratos, caricaturas, retratos…) em aguada;

Desenhos (esboços, autorretratos, caricaturas, retratos…) em sépia;

Desenhos (esboços, autorretratos, caricaturas, retratos…) em crayon;

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Desenhos (esboços, autorretratos, caricaturas, retratos…) em técnica mista;

Aguarelas;

Óleos sobre Madeira;

Óleos sobre Cartão;

Óleos sobre tela;

Esculturas (bustos, estatuetas e medalhões em gesso, barro e bronze);

Cobres Martelados;

Gravuras;

Trabalhos de investigação científica;

Manuscritos;

Epistolário;

Livros;

Jornais;

Revistas;

Testemunhos da sua colaboração na Imprensa.

Museu de Botânica

O Museu de Botânica, parte integrante do Departamento de Botânica da Faculdade

de Ciências, é constituído por espaços diversificados nomeadamente a Casa Andresen e seus

jardins, ocupando mais de quatro hectares. Encontra-se em fase de instalação no novo

edifício da Biologia, na Rua do Campo Alegre.

A coleção do Museu de Botânica é constituída por um conjunto de espécimes e

peças resultantes da atividade de botânicos e professores notáveis da Academia Politécnica

e da Faculdade de Ciências, destacando-se:

As coleções documentais de Gonçalo Sampaio e Américo Pires de Lima,

constituídos documentos epistolares, manuscritos de obras publicadas e inéditas,

provas tipográficas, cadernos de campo e de apontamentos, fotografias,

comentários em obras impressas e catálogos;

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equipamento diverso dos laboratórios de histologia e microbiologia

como microscópios, lupas, micrótomos, aparelhos de desenhar, estufas de

incubação, autoclave, centrífugas, funis metálicos e banhos-maria;

uma xiloteca, constituída por amostras de madeiras portuguesas, das antigas

colónias portuguesas e do Brasil;

um conjunto de sementes de plantas de todas as partes do mundo;

um conjunto de modelos didáticos de cogumelos;

vários conjuntos de preparações microscópicas definitivas. (Museu de Botânica da

Faculdade de Ciências)

Núcleo Museológico da Faculdade de Farmácia

“Inaugurado em 2013, o Museu da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

apresenta um espólio com objetos emblemáticos da história da farmácia e da ciência em

geral”(Universidade do Porto).

A sua coleção é predominantemente constituída por instrumentos técnicos em metal

e madeira, bem como amostras em frasco de vidro. No total perfazem, aproximadamente,

180 objetos museológicos.

Museu da Faculdade de Belas Artes

O Museu da FBAUP, inaugurado em 1996, tem como principal missão “constituir

como um instrumento de aprendizagem e aperfeiçoamento dos estudantes de Belas

Artes”(Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, 2006). Sendo assim, a sua

coleção é constituída, principalmente, por desenhos, gravuras e esculturas de mestres

europeus como Dórdio Gomes, Júlio Resende, Soares dos Reis e até Leonardo Da Vinci; por

obras de alguns dos melhores estudantes que passaram pela Academia de Belas Artes; e por

fim por provas de concurso de docentes com vista ao avanço na carreira.

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Museu de Anatomia da Faculdade de Medicina

O Museu de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foi criado

em 1825 e desde então tem vindo a acumular uma importante coleção composta por

quadros murais, fotografias, radiografias, desenhos, aguarelas e peças anatómicas que

documentavam lições e artigos de investigação.

Em 1959/60 acompanhou a Faculdade de Medicina para o edifício do Hospital de S.

João. Alguns anos mais tarde, foi transferido para o local que atualmente ocupa. Apesar de

se terem perdido com o tempo grande parte dos exemplares de Anatomia Humana que os

fundadores do ensino anatómico na Escola portuense prepararam, o Museu de Anatomia

possui ainda um importante acervo de centenas de peças anatómicas, algumas das quais

centenárias(Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 2015).

Em suma, o museu detém na sua coleção cerca de 2741 objetos museológicos, de

diferentes tipos de materiais (Material Cadavérico, vidro, acrílico, papel, gesso, telas etc.).

Museu da Faculdade de Engenharia

O Museu da FEUP teve como origem uma coleção da Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto, composta por peças que se prolongam desde o século XIX aos dias

de hoje. Esta coleção é constituída por conjuntos de objetos que remontam à Academia

Politécnica do Porto, na sua grande maioria instrumentos científicos.

“Para além do inventário, a atividade do FEUPmuseu centra-se na preservação,

interpretação e divulgação dos testemunhos materiais e imateriais representativos da

história, memória e identidade da Faculdade de Engenharia da U.Porto. O estudo e a

preservação das coleções têm permitido a realização de programas de divulgação do acervo

sob a forma de exposições temporárias e produtos multimédia”(Universidade do Porto).

Na sua totalidade, o museu é composto por cerca de 1200 objetos museológicos,

com diferentes tipologias de materiais, desde materiais orgânicos, a metálicos, cerâmicos,

poliméricos e compósitos.

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Museu de História da Medicina "Maximiano Lemos" da Faculdade de Medicina

O Museu de História da Medicina fundado em 1933 (Museu de História da Medicina

Maximiano Lemos), como a sua designação indica, procura incorporar na sua coleções todos

os objetos que contribuam para o conhecimento desta ciência. Desta mesma coleção fazem

parte 8118 objetos museológicos. Compostos por diferentes materiais: Material orgânico

(barba de baleia, osso, chifre, cerdas, tartaruga, dente, marfim, espongiário, couro, plumas);

Material vegetal (cartão, papel, madeiras, ébano, cortiça); Material não ferroso (alumínio,

bronze, cobre, prata, latão, prata alemã, ouro, estanho, platina); Materiais ferrosos (ferro,

aço, aço inoxidável);Metal eletrolaminado, Metal esmaltado; Goma Elástica; Borracha;

Plásticos; Tecidos (lã, cetim, veludo, camurça, algodão, flanela); Sirgaria; Pergamóide; Grés;

Cera; Barro; Porcelana; Faiança; Vidro; Mármore; Gesso; Zinco; Mercúrio.

Museu do Desporto da Faculdade de Desporto – MDFADUP

Em termos institucionais o Museu da Faculdade de Desporto existe há cerca de 15

anos, no entanto a sua atividade prática só recentemente começou a ganhar tração, tendo

sido recolhidos artefactos desportivos usados nas aulas dos cursos ministrados pela

Faculdade de Desporto.

O Museu define como objetivos:

Assegurar um rumo digno, coerente e unitário a um conjunto de pelas com um

significado cultural importante;

Inventariar, documentar, conservar, interpretar, expor, divulgar artefactos

desportivos com propósitos científicos, educativos e lúdicos;

Promover o estudo e a investigação do desporto a partir de diferentes contextos

espaciais, temporais e socioculturais.

Atualmente, o acervo do Museu de Desporto é constituído por cerca de 100 objetos

museológicos.

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Museu de Anatomia Professor Doutor Nuno Grande

O Museu de Anatomia Professor Doutor Nuno Grande tem como principal missão

apoiar e complementar o ensino no ICBAS, mantendo uma coleção com “modelos

anatómicos e peças humanas e de animais mantidas em frascos transparente”(Instituto de

Ciências Biomédicas Abel Salazar).

A sua coleção perfaz um total de 437 objetos museológicos predominantemente

com materiais cadavéricos; polímeros, madeira, gesso.

Outros núcleos

Existem, ainda, três instituições ligadas aos museus da Universidade do Porto e aos

seus projetos:

O Centro de Documentação e Urbanismo e Arquitetura da Faculdade de

Arquitetura, que “assume como função a recolha, aquisição e depósito de

materiais de valor patrimonial, histórico, artístico ou documental, relativos à

arquitetura e urbanismo português e portuense. A sua missão inclui, ainda, o

registo, preservação, investigação e difusão de documentação de valor

patrimonial, histórico ou artístico da Faculdade; bem como a promoção de ações

de extensão cultural.”(Universidade do Porto);

O Observatório Astronómico da Faculdade de Ciências cuja atividade também se

dedica ao apoio ao ensino;

E ainda o Instituto Geofísico da Faculdade de Ciências.

5.2. Plataforma Tecnológica Existente

A atividade dos Museus da Universidade do Porto, não sendo exceção, têm como

base a gestão de coleções31 e, consequentemente, têm necessidade de um sistema

31 Gestão de coleções pode ser definida como "a process of information gathering, communication, coordination, policy formulation, evaluation, and planning" (Johnson, 2009)

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tecnológico que lhes permita gerir todos os aspetos relacionados com as suas coleções,

desde a inventariação de peças à gestão de empréstimos e exposições.

Neste sentido, e para responder a esta necessidade, existem Sistemas de Gestão de

Coleções (SGC), direcionados a vários contextos e não apenas a “coleções” museologicas.

Como a própria designação indica, um sistema de gestão de coleções tem como função

auxiliar a atividade de um serviço/instituição em tudo o que for relacionado com as suas

coleções. As funcionalidades dos mesmos variam de aplicação para aplicação, mas

invariavelmente apresentam soluções para a inventariação, a ação fulcral da gestão de uma

coleção.

Quando o SGC é aplicado a coleções associadas ao património cultural, como no caso

dos museus, as suas atribuições expandem-se, sendo essencial que estes contribuam

também para:

a disponibilização dos conteúdos para o “exterior”, nomeadamente, para

investigadores que procurem os conteúdos pelo seu valor cientifico, e para o

público em geral;

a conservação dos conteúdos, auxiliando na documentação de necessidades de

ações de conservação e consequentes ações de conservação;

a preservação dos conteúdos, garantido o seu acesso continuado ao longo do

tempo.

Os Museus da Universidade do Porto, apesar de terem uma grande vertente

colaborativa, são dotados de grande autonomia, que herdam da faculdade a que

pertencem, no que toca à adoção de sistemas tecnológicos direcionados ao património

cultural (bibliotecas, arquivos, museus), o que contribuiu para a heterogeneidade dos

sistemas de gestão de coleções usados nos diferentes museus. Algumas destas diferenças

foram motivadas por falta de recursos financeiros e humanos, outras pelas diferentes

características dos vários museus (a diferença no volume de itens de cada museu é muito

significativa) e, também, devido à falta de enfâse atribuída a esta temática.

Face a esta situação, surge o projeto do Museu Virtual, com o objetivo de não só

responder às necessidades dos museus, mas também de normalizar a gestão de coleções a

nível tecnológico e, acima de tudo, permitir um ponto comum de acesso às coleções e

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informação relacionada através de um portal facilitador da comunicação com o exterior

potenciando e de exposição das valências dos museus universitários.

Este projeto resultou de um grupo de trabalho composto pelo:

Museu de História Natural da Faculdade de Ciências

Museu de Botânica da Faculdade de Ciências

Instituto Geofísico da Faculdade de Ciências

Museu da Faculdade de Belas Artes

Núcleo Museológico da Faculdade de Farmácia

Museu de Ciência da Faculdade de Ciências

Observatório Astronómico da Faculdade de Ciências

Museu da Faculdade de Engenharia

Museu da História da Medicina da Faculdade de Medicina

Centro de Documentação e Urbanismo e Arquitetura da Faculdade de

Arquitetura

Museu da Faculdade de Desporto.

O portal Museu Virtual32, representado na figura 5, passou a servir de front-end para

o acesso por parte de utilizadores externos aos Museus, o público em geral, bem como

porta de acesso ao back-office pois a ferramenta que o sustenta partiu de um interface web

– o Index Rerum33 - a partir do qual também os responsáveis acediam às funcionalidades de

registo e administração.

32 Disponível em https://museuvirtual.up.pt/up/jsp/inicio.faces 33 Criado pela FCo (http://www.fco.pt/)

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O uso do IndexRerum por parte dos Museus que integravam o grupo de trabalho

acaba por não acontecer (sendo exemplificativa a figura 6), verificando-se a par do pouco

uso pelos serviços envolvidos a progressiva desadequação face à rápida evolução

tecnológica.

Figura 6 Resultados da pesquisa por todos os itens de mobiliário da FIMS

Figura 5 Menu Inicial do Portal Museu Virtual

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Esta experiência e constatação está, pois, na base da reflexão em que se insere a

presente dissertação, sendo relevante perceber os motivos que impediram o projeto do

Museu Virtual de alcançar os seus objetivos, nomeadamente ao nível da:

a) falta de planeamento eficaz da plataforma tecnológica que suportaria todo este

projeto;

b) do insuficiente levantamento de requisitos juntos dos museus que viabilizasse a

identificação de especificadades inerentes a cada área científica;

c) não participação de alguns serviços (colaboradores/utilizadores) nos testes de

aceitação do software não foi testado pelos vários colaboradores;

d) não consideração de instrumentos normativos, que, à época, estavam a dar os

primeiros passos a nível internacional, dificultando a integração e a participação

colaborativa dos vários museus.

Em 2015 o Index Rerum não era, pois, uma resposta única, eficiente e ficaz,

partilhando a sua existência com o uso de ferramentas Office e da aplicação proprietária In

Arte. No Diagnóstico realizado o Index Rerum é usado por 4 museus34, o In Arte por 335, e as

ferramentas office por 236.

No que respeita à preservação da informação digital, existem vários repositórios

digitais na Universidade do Porto mas não foi desenvolvido nem implementado qualquer

sistema transversal ou específico, refletindo um panorama nacional e internacional em que

os sistemas de gestão da preservação (produto) estão a dar os primeiros passos. Existem,

pois, ferramentas que cumprem alguns dos requisitos de preservação digital, como é o caso

do repositório DSpace (usado, por exemplo, na FEUP) que pode cumprir funções de

armazenamento no modelo de referência OAIS, e do software de descrição arquivística

AtoM (usado, por exemplo, na Fundação Instituto Marques da Silva) que poderia fazer parte

de um sistema de preservação, mais concretamente como portal de disseminação de

conteúdos.

34 Nomeadamente, Museu de História da Medicina "Maximiano Lemos" da FMUP, a Casa-Museu Abel Salazar e o Museu de História Natural e Museu de Ciência da Faculdade de Ciência. 35 Nomeadamente, Museu de História da Medicina "Maximiano Lemos" da FMUP, Museu da FEUP e Museu da FBAUP. 36 Nomeadamente, Museu de Anatomia do Departamento de Anatomia da FMUP e Museu da Faculdade de Desporto.

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5.3. O projeto Museu Digital da U.Porto

O projeto Museu Digital da U.Porto tem como principal atribuição a conceção,

desenvolvimento e implementação de uma plataforma tecnológica, informacional e de

gestão, que permita o acesso, partilha, disseminação, interação e (re)uso dos conteúdos

digitais existentes e/ou produzidos com base nas coleções dos museus integrantes da

Universidade do Porto, promovendo sua produção, preservação e divulgação no contexto

da promoção do património científico e cultural da U.Porto.

Este projeto integra a criação de um portal digital agregador, suportado por uma

infraestrutura informacional de produção dinâmica de conteúdose de um repositório para a

sua preservação no longo termo, alinhado com a estratégia de gestão da Informação da

U.Porto.

A sua concretização passa obrigatoriamente pela definição de politicas e práticas de

gestão integrada dos acervos e serviços dos diferentes museus e entre estes e serviços

ligados ao património universitário – arquivos, bibliotecas, centros de documentação e o

próprio sistema SIGARRA -, nomeadamente a nível da:

Normalização de procedimentos e de instrumentos para a gestão de coleções e

serviços;

Normalização da produção, armazenamento, gestão e preservação a longo prazo de

conteúdos digitais

Criação de uma plataforma tecnológica (hardware e software) de suporte à

constituição de uma rede colaborativa de gestão de coleções, informação e serviços;

Conceção, desenvolvimento, implementação e manutenção do interface/portal

Museu Digital da U.Porto, ponto privilegiado de acesso ao Museus e Património da

U.Porto;

Promoção da autossustentabilidade do repositório de informação e do portal digital,

designadamente no que respeita aos processos de produção, desenvolvimento,

preservação e comunicação de conteúdos, da meta-informação associada e da

plataforma tecnológica no longo prazo.

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60

Este Museu Digital para além de se constituir como uma montra para o

conhecimento da Universidade do Porto, pretende também ser um parceiro relevante no

fortalecimento das redes de comunicação no meio académico e no desenvolvimento das

ligações entre este e as comunidades externas, nacionais e internacionais. Em suma, o

Museu Digital pretende constituir-se como uma ferramenta que permitirá à Universidade do

Porto enriquecer a sua coleção de conteúdos digitais disponibilizando-a num repositório

digital; promover o trabalho colaborativo entre a comunidade académica e os seus museus

através de uma dinâmica OpenLab, sustentada numa plataforma de gestão de

contribuições; e, por fim, facilitar o acesso ao conhecimento.

A produção de conteúdos para Museu Digital será realizada em duas fases:

1. Fase em que serão criados e armazenados conteúdos e recursos para suportar o

lançamento do Museu Digital, proveniente da agregação de informação e meta-

informação já existente e de novos registos;

2. Fase em que se acresce a (re)utilização e desenvolvimento de novos conteúdos a

partir dos já existentes, através do incentivo à colaboração de docentes,

investigadores e estudantes (a perspetiva OpenLab).

Nesta perspetiva de interação e colaboração, o Museu Digital pretende normalizar a

gestão das coleções museológicas da Universidade do Porto, nomeadamente a nível de

procedimentos e de meta-informação registada.

Figura 7 Infraestrutura tecnológica do Museu Digital (Pinto, et al, 2015)

Page 70: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

61

A nível tecnológico, e como é representado na figura 7, o Museu digital estará

assente num repositório associado a uma plataforma de gestão, numa plataforma de gestão

de contribuições da comunidade da U.Porto (U.Porto OpenLab) e numa framework que

suportará as restantes aplicações.

A plataforma de gestão de coleções, informação e serviços, alinhará com a definição

estratégica da U.Porto e disponibilizará ferramentas para adicionar, editar e gerir unidades

de informação digital e a respetiva meta-informação, bem como garantir a gestão do numa

perspetiva de longo prazo.

A framework adaptativa potenciará a criação de aplicações que tirem partido da

informação contida no repositório digital.

Por fim, o público poderá aceder aos conteúdos resultantes desta infraestrutura

tecnológica através de um portal único.

6. Plataforma tecnológica de suporte à gestão de coleções e serviços

Como já foi apresentado anteriormente, um dos objetivos do projeto do Museu

Digital passa pela “criação de uma plataforma tecnológica (hardware e software) de suporte

à constituição de uma rede colaborativa e à gestão de coleções, informação e serviços” e

deste modo, como estava no plano do projeto, foi elaborada um Documento de Requisitos

de software a usar na avaliação de potenciais soluções para um sistema de gestão de

coleções e de serviços museologicos.

Para além da identificação e seleção do conjunto de requisitos, foi, também,

atribuído um peso a cada um deles, de forma a quantificar a sua importância para os

objetivos fixados e permitir uma avaliação mais objetiva das diferentes soluções. Estes

pesos foram atribuídos numa escala de um (1) a dez (10), sendo que requisitos com um

peso entre um a cinco seriam considerados secundários, entre seis e nove seriam

considerados primários e por fim, os requisitos cujo peso fosse dez, seriam considerados

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obrigatórios e, caso o sistema avaliado não corresponda a um deles, seria automaticamente

posto de parte.

Este caracter decisório dos pesos exige que os mesmos sejam atribuídos com o

máximo de cuidado possível, sustentados pela opinião de especialistas e validados junto dos

futuros utilizadores (colaboradores dos museus).

6.1. Validação de pesos junto de stakeholders

(utilizadores)

Os pesos foram atribuidos numa fase inicial com o apoio de especialistas existindo,

ainda, a necessidade de os validar junto dos utilizadores, nomeadamente os colaboradores

dos museus envolvidos no projeto.

Por restrições de janelas temporais, tanto do projeto de dissertação, como dos

próprios colaboradores, envolvidos em processos de deslocação física de acervos, não seria

possível proceder à sua validação junto dos colaboradores de todos os museus e núcleos

museológicos, tendo-se optado pela determinação de uma amostra expressiva e que

representasse a heterogeneidade das necessidades das várias coleções.

Tendo estes critérios em conta foram escolhidos como grupo de validação, os

colaboradores do Museu de História Natural da Faculdade de Ciências, e do Museu de

Ciência da Faculdade de Ciência (agora fundidos no Museu de História Natural e Ciência da

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto). Estes dois museus possuem coleções com

tipologias bastante variadas, desde exemplares de instrumentos científicos a espécimes de

zoologia, passando ainda pela mineralogia, paleontologia e numismática, entre outras áreas

diversificadas o suficiente para serem uma representação fiel das necessidades transversais

dos Museus da Universidade.

De forma a validar os pesos junto destes utilizadores, foram definidas duas fases:

primeiro o preenchimento de um inquérito/formulário com os pesos que cada um

considerava apropriados e em segundo reuniões presenciais com o formato de entrevistas

semiestruturadas que permitissem perceber as razões que motivaram as escolhas dos vários

colaboradores.

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63

1ª Fase – Inquéritos

Como foi referido anteriormente, a lista de requisitos e pesos preliminares já tinha

sido previamente definida. Para a criação dos inquéritos essa lista foi alterada de maneira a

manter toda a informação relevante para o inquérito, mas retirando o preenchimento dos

pesos de modo a não influenciar as respostas dos participantes.

O resultado final foi um ficheiro Excel (de modo a facilitar comparações e

somatórios) que foi enviado para todos os colaboradores previamente determinados.

Devido às características do projeto e do conhecimento sobre o grupo de validação,

o único dado pessoal requerido é o nome do colaborador, que é informação suficiente para

identificar o tipo de coleção que gere, enquadrando assim as suas respostas. O inquérito

apresenta-se dividido por áreas, seguindo a mesma lógica da lista de requisitos CHIN 37

usada para a construção da lista de requisitos para o Projeto, e apresenta a designação do

requisito bem como uma breve descrição do mesmo.

Por fim, o inquérito apresenta duas formas de preenchimento, ou se preenche o

Peso (segundo a escala apresentada no inico do documento) com os números exatos, ou

então pode-se simplesmente preencher com um “X” a tipologia de requisito que melhor se

37 Disponível em http://canada.pch.gc.ca/eng/1443120174242

Figura 8 Parte Inicial do Inquérito enviado para o grupo de validação (anexo 1)

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adequa (secundário, primário ou obrigatório). Apesar de o ideal ser o preenchimento do

Peso, foi preciso salvaguardar a indisponibilidade de dispensa de tempo suficiente para esse

preenchimento por parte do grupo de validação38.

Foi pedido aos membros do grupo de validação que atribuíssem pesos aos requisitos

do grupo 1 (Gestão de Objetos) da lista de requisitos pois é o grupo que mais aborda as

necessidades de gestão inerentes à atividade museológica, sendo que os restantes grupos

se prendem mais estreitamente com questões técnicas do sistema. Ainda assim, no

inquérito constavam todos os grupos para que os colaboradores pudessem dar a sua

opinião sobre os restantes requisitos se assim o entendessem.

O objetivo deste inquérito passava por obter as respostas de todos os colaboradores

de modo a comparar os resultados com os pesos que tinham sido anteriormente definidos,

infelizmente apenas se conseguiu obter as respostas de 4 dos 7 elementos pertencentes ao

grupo de verificação.

2ª Fase – Entrevistas

Nesta segunda fase foram agendadas reuniões individuais com os membros do grupo

de validação com o objetivo de obter respostas aos elementos que não preencheram

aquano do inquérito por questionário, bem como averiguar se existiram problemas na

compreensão dos requisitos ou do método de validação que pudessem ter distorcido os

resultados. Atendendo à grande extensão da lista de requisitos não seria realista pensar em

abordar todos os grupos de requisitos existentes na mesma, pelo que, assim como nos

inquéritos, as entrevistas focaram-se apenas no primeiro grupo de requisitos (Gestão de

objetos).

A primeira reunião realizada a 6 de maio, foi realizada no Museu de Ciência da

Faculdade de Ciência com um elemento integrante do grupo de validação. Nesta reunião

tornou-se claro que por um lado existiam problemas de compreensão de alguns requisitos,

derivados da própria linguagem ambígua por vezes empregue na lista de requisitos CHIN, e,

por outro, era impossível recriar esta reunião individualmente com todos os outros

38 É de relembrar que esta validação decorreu em paralelo com o restante trabalho diário nos museus, pelo que a disponibilidade do grupo de validação era um importante fator a ter em conta

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membros do grupo de validação visto que a mesma durou cerca de cinco horas, o que seria

incomportável para os horários dos restantes colaboradores e para os prazos do projeto do

Museu Digital. Face a estas impossibilidades adotou-se uma nova estratégia que agilizasse

as reuniões sem que os seus resultados fossem afetados, para isso procedeu-se a uma

análise dos resultados das respostas dos inquéritos que já tinham sido respondidos39 bem

como os resultados da entrevista já realizada, comparando-os com os pesos dados antes

desta validação.

Nesta comparação, foi calculado o desvio médio dos pesos atribuídos por cada

requisito, sendo que a primeira coluna corresponde aos pesos atribuídos durante a

elaboração da lista de requisitos, e as três seguintes decorrentes dos inquéritos já recebidos

e da entrevista já realizada.

Pretendia-se com esta comparação reduzir o número de requisitos a rever em cada

uma das reuniões individuais, sendo que para isso avaliou-se cada requisito, marcando:

a azul aqueles cujas respostas demonstravam claramente que os pesos preliminares

estavam errados e que estes deveriam de ser alterados de acordo com as respostas;

39 Nesta altura ainda só dois dos inquéritos tinham sido preenchidos e entregues

Figura 9 Tabela usada na análise aos resultados dos inquéritos e entrevista (anexo 2)

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a amarelo aqueles que apresentassem um desvio médio superior a 2 pontos ou

suscitassem duvidas de interpretação. Em alguns casos foram marcados a amarelos

apenas algumas respostas em determinados requisitos, pois estas eram bastante

diferentes do que se previa sendo necessária uma clarificação da resposta junto do

inquirido.

Todos os requisitos assinalados a amarelo passaram a integrar o guião das seguintes

entrevista.

Durante as entrevistas seguintes foram discutidos os requisitos assinalados, sendo

feitas alterações ao mesmos quando justificável. Este processo culminou na criação da

tabela do anexo 3, que expõe os resultados dos inquéritos de todos os colaboradores, mas

com as alterações decorrentes das entrevistas realizadas, e por fim, na correção dos pesos

preliminares, agora atualizados com as contribuições do grupo de validação, e que estão

documentados na lista de requisitos final40

6.2. Metodologia de validação de requisitos de

software

Com a lista de requisitos definida e os pesos atribuídos, é possível passar à validação

de requisitos nas soluções de sistemas de gestão de coleções em consideração.

Validação é um conceito comummente aplicado aos processos de desenvolvimento

interno de software e definido como um processo de avaliação de software cujo objetivo é

determinar se o software em avaliação cumpre os requisitos especificados (Wallace & Fujii,

1989), porém este mesmo conceito pode ser aplicado na avaliação de softwares externos à

entidade que executa a validação, com o objetivo de determinar qual o software que mais

se adequa às necessidades identificadas, no caso do Projeto do Museu Digital, a lista de

requisitos.

40 Estes pesos podem também ser vistos nas tabelas de análise de soluções (anexos 6 e 7)

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67

É possível de segmentar as técnicas de validação em três categorias separadas,

caracterizadas pelos diferentes focos da sua validação, nomeadamente:

Métodos baseados em documentação, onde se avalia a documentação do

software;

Métodos baseados em testes funcionais, onde se avalia o desempenho do

sistema;

Métodos baseados no código-fonte, onde se avalia a integridade do código-

fonte (Jacobson, 2004).

No caso em análise, onde o objetivo é determinar qual o software que melhor

responde às necessidades existentes, o foco da validação deve ser colocado no desempenho

do sistema, por um lado porque o foco na documentação é insuficiente para comprovar o

cumprimento de requisitos e porque os softwares em análise são proprietários pelo que não

existe acesso ao código-fonte, e por outro porque só com testes funcionais é que se

consegue adquirir informação suficiente do sistema para os diferenciar dos outros

“concorrentes”. Porque na comparação de softwares, mais do que perceber se um requisito

é cumprido, é fulcral perceber como é que é cumprido.

De forma a guiar estes testes funcionais e a aumentar a objetividade das avaliações

foi desenvolvido um método de atribuição de notas ao desempenho dos softwares em cada

um dos requisitos analisados, nomeadamente uma escala de 0 a 2, em que 0 corresponde

ao não cumprimento de um requisito, 1 ao cumprimento parcial e 2 ao cumprimento

integral.

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Após as avaliações individuais das alternativas em consideração, foi necessário

proceder à comparação de resultados, através de um processo de Análise de Decisão41,

definido como “a logical procedure for the balancing of the factors that influence a

decision”(Howard, 1966). Para auxiliar esta tarefa foi escolhida uma ferramenta

característica deste tipo de processos, uma decision analysis spreedsheet42. Esta ferramenta

enquadra-se na mesma perspetiva de objetividade que pauta este processo de análise,

adequando-se às várias escalas numerais usadas para a avaliação quer dos requisitos (a

escala de 1 a 10 dos pesos) quer das soluções (a escala de 0 a 2).

41 Primeiramente usado por Ronald A. Howard em 1966 42 Tabela de Excel que auxilia, através de operações matemáticas, a tomada de decisões

Figura 10 Tabela de Avaliação

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Com a tabela apresentada na figura 11 é possível comparar os resultados

quantitativos das diversas avaliações individuais, com a pontuação final a ser o resultado da

soma dos Pesos Relativos que cada software obteve em cada requisito. O Peso Relativo é

alcançando através da divisão dos Pesos dos requisitos consoante o valor da avaliação:

Um valor de 2 na avaliação corresponde ao valor total do requisito (Peso / 1);

Um valor de 1 na avaliação corresponde a metade do valor total do requisito (Peso /

2);

Um valor de 0 na avaliação corresponde a 0 (Peso / 0).

Em casos onde não fosse possível verificar o requisito por falta de informação ou

impossibilidades técnicas, o espaço para resposta é preenchido a laranja.

Esta metodologia de verificação aplica-se somente a requisitos funcionais do

sistema, não sendo avaliados os não-funcionais devido à sua subjetividade.

Figura 11 Tabela de comparação (valores só para efeitos de demonstração)

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6.3. Teste de alternativas

Apesar desta metodologia de validação e análise de decisão ser a mais indicada para

a seleção de um software neste contexto, a mesma não pode, nem deve, ser aplicada a

todas as soluções disponíveis no mercado, por uma questão de exequibilidade, não existe

por um lado tempo para se fazer uma análise tão profunda de todos os sistemas e por outro

nem todas as soluções têm condições de disponibilizar uma versão demo ou uma instalação

local provisória para que os testes possam ser executados.

Desta forma a lista de soluções a testar foi filtrada usando:

requisitos gerais (como a disponibilização de um sistema na língua portuguesa);

características do fornecedor (grau de confiabilidade do mesmo);

e ferramentas como o CHIN choose-a-CMS43)

Como já foi mencionado, um dos requisitos obrigatórios para a entrada nesta lista de

softwares a testar passa pela disponibilização de mecanismos para a validação de requisitos

(uma instalação local, plataforma web ou uma até mesmo uma demo online). Este requisito

prende-se coim a necessidade já realçada de perceber como é que o software responde aos

requisitos de forma a poder determinar se o faz parcialmente ou integralmente.

Depois deste filtro e análise preliminares44, foram selecionados dois softwares para a

validação de requisitos, nomeadamente o Index Rerum e o InPatrimonium, ambos

softwares que já são usados por diferentes Museus da Universidade do Porto45.

6.3.1. Index Rerum

O Index Rerum é, apesar de tudo, o sistema de gestão de coleções mais usado nos

museus da Universidade do Porto46 e integrou a fase de validação de requisitos, primeiro

para determinar a extensão das suas falhas, segundo para perceber se o mesmo pode ainda

ser considerado como uma solução viável e, por fim, porque a instalação do mesmo já existe

43 Disponível em: http://www.collectionstrust.org.uk/collections-link/collections-management/spectrum/choose-a-cms 44 Desempenhada por outros membros do Projeto Museu Digital 45 A versão do InPatrimonium que é o foco dos testes não é a mesma que está a ser usada em alguns Museus, mas apresenta muitas semelhanças. 46 Como já foi referido, este facto justifica-se com o Projeto do Museu Virtual que tentou implementar o Index Rerum em todos os museus UP

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e no caso da solução não ser considerada como viável servirá, pelo menos, como base de

comparação com outros softwares.

Informações

Designação: Index Rerum

Apresentação oficial: “O IR é um sistema baseado na web, funcionando em qualquer

navegador de internet moderno sem exigir qualquer instalação nas máquinas-cliente. Sem

limitações ao número de utilizadores e sem custos associados a esse número. Segue todas

as exigências legislativas nacionais e internacionais e é baseado no ISO 21127:2006 que

respeita. É absolutamente parametrizável em função das necessidades das coleções”(FCo.).

Versão: 2.5

Normas seguidas: CIDOC CRM

Fornecedor: FCo. fullservice company in multimedia

Website: http://www.fco.pt/

Outros clientes relevantes: Museu Digital de paredes de Coura, Banco de Portugal

Licença: Proprietária

Ambiente de testes

Não foi necessário seguir nenhum procedimento especial para conseguir executar os

testes no Index Rerum pois este já se encontra em uso na Universidade do Porto e o acesso

ao mesmo consegue-se através do portal on-line do Museu Virtual47.

O sistema encontra-se dividido por Museus, sendo que credenciais de acesso a um

museu não funcionam nos outros sendo assim foi escolhida a parte do Museu de História

Natural como área de testes devido à proximidade dos colaboradores do museu com os

responsáveis pela validação de requisitos (ambos exercem a sua atividade no edifício da

Reitoria da Universidade do Porto).

Bastou contactar o responsável pela administração do sistema que criou contas-

administrador para este Museu, dão total acesso às configurações do Index Rerum (do lado

47 Disponível em https://museuvirtual.up.pt/up/jsp/inicio.faces

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web, pois muitas configurações só podem ser feitas pela própria entidade fornecedora).

Sendo que os testes iriam ser executados num ambiente em uso, foi com cuidados

redobrados que se procedeu à sua execução, de forma a garantir que não se alterava

informação relevante já existente no sistema, porém esta limitação impediu a verificação de

alguns requisitos que não poderiam ser testados sem que esse processo introduzisse

alterações no sistema.

Antes ainda do desenvolvimento da lista de requisitos a usar, já tinham sido feitos

testes de exportação do Index Rerum que contribuíram para a verificação que se veio a

realizar (anexo 4).

6.3.2. In Patrimonium

O In Patrimonium não é uma típica solução singular, é na verdade a designação

atribuída à integração de duas ou mais aplicações da Sistemas de Futuro (empresa

fornecedora). Existem seis aplicações diferentes:

In Arte, gestão de património cultural móvel;

In Domus, gestão de património cultural imóvel;

In Natura, gestão de património natural;

In Memoria, gestão de património imaterial;

In Doc, gestão de património documental;

In Anthropos, gestão de vestígios osteológicos humanos.

Qualquer configuração que reúna duas ou mais aplicações destas no mesmo sistema,

designa-se como In Patrimonium, no caso do Projeto do Museu Digital e tendo em atenção

as tipologias de coleções existentes, as aplicações relevantes seriam o In Arte e o In Natura.

O In Arte é a parte do In Patrimonium que se encontra atualmente em uso na

Universidade do Porto. As boas indicações obtidas bem como a pré-existência de uma

relação institucional e a disponibilidade para instalação de uma versão de testes foram

fatores que favoreceram o In Patrimonium na decisão relativa a que softwares testar.

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Informações

Designação: In Patrimonium;

Apresentação oficial:

In Patrimonium – “permitindo uma gestão global do património cultural,

o in patrimonium veio dar continuidade e complementaridade à linha de produtos, com as

mesmas características técnicas, mesmo tipo de interface e qualidade, que a Sistemas do

Futuro tem vindo a desenvolver para a área da gestão do património. Num conceito de

gestão global, o in patrimonium inclui de base pelo menos dois produtos, sendo possível

integrar e combinar num único programa as diferentes aplicações

(in arte, in domus, in doc, in natura e inmemoria) permitindo uma melhor gestão e

integração do património”(Sistemas de Futuro);

In Arte – “Destinado à gestão do património cultural móvel, o in arte foi o primeiro

produto a ser desenvolvido pela Sistemas do Futuro e encontra-se em utilização por um

vasto número de instituições (Museus, Fundações, Universidades, etc) com

responsabilidades nesta área de salvaguarda do património”(Sistemas de Futuro);

In Natura – “O In Natura atua na área do património natural, na qual se assume

como uma solução de gestão global capaz e flexível. Para a investigação e desenvolvimento

deste software, foram estabelecidos protocolos com diversas universidades e instituições,

que contribuíram com o conhecimento e experiência de técnicos especializados. É um

produto tecnologicamente evoluído e cientificamente comprovado, permitindo uma gestão

integrada de informação relativa a espécies e espécimes, complementada com informação

sobre o habitat e localização geográfica, permitindo ainda a integração com Sistemas de

Informação Geográfica”(Sistemas de Futuro);

Versão: In Patrimonium .net;

Normas seguidas: CIDOC CRM, SPECTRUM, Normalizacion documental de museos, Normas

de classificação de património da UNESCO.

Fornecedor: Sistemas de Futuro

Website: http://www.sistemasfuturo.pt/

Outros clientes relevantes: Universidade de Coimbra

Licença: Proprietária

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Ambiente de testes

Ao contrário do Index Rerum, o teste do In Patrimonium requereu uma instalação

local de uma versão exemplificativa do sistema, ou seja, não foi uma versão final do produto

que seria adquirido pela Universidade do Porto, mas sim uma versão genérica não

parametrizada, mas que poderia ainda assim ser usada como ferramenta de avaliação.

Esta instalação foi feita não só para suportar os testes descritos nesta dissertação,

mas também a experimentação por parte de colaboradores dos vários museus envolvidos

no projeto.

O sistema deveria estar operacional e pronto para ser utilizado em fevereiro, porém

quando finalmente foi possível iniciar os testes práticos em meados de abril, foram

detetados bugs que impossibilitavam o trabalho, tendo sido criados alguns relatórios (anexo

5) sobre os mesmos de forma a agilizar a sua resolução.

Finalmente, em maio, o sistema encontrava-se estável o suficiente para ser testado

apesar de ainda existirem falhas que inviabilizaram a verificação de alguns requisitos como a

questão de importação de ficheiros (PNG, PDF etc.). Paralelamente a estes, existem ainda

outros requisitos que não puderam ser testados, nomeadamente, requisitos geridos pelo

fornecedor, fora do alcance da versão-cliente (o portal on-line) do software.

6.3.3. Resultados

O somatório de todos os pesos definidos no documento de requisitos perfaz 1962,

sendo este o valor máximo que cada software poderia obter no final da verificação, e após o

teste individual de ambos os softwares48, bem como da sua transcrição para a tabela de

comparação, os resultados globais obtidos foram:

48 As analises individuais encontram-se disponíveis nos anexos 6 e 7

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Resultado Index Rerum Resultado In Patrimonium

Área de Requisitos

Peso

total

Peso % Peso

Obtido

% Peso não-

avaliado Peso

% Peso

Obtido

% Peso não-

avaliado

Total 1962 729 37% 7% 996 51% 30%

Management of

Objetcs 620 284,5 46% 0% 447,5 72% 10%

Management of

Metadata 381 81 11% 10% 215 56% 34%

User Interface 205 52 25% 0% 95,5 47% 8%

Query 174 76 44% 0% 90 52% 23%

Reports 102 25 25% 24% 10 10% 67%

Enhanced Collections

Management 136 59 43% 0% 60,5 44% 37%

Technical

Requirements 193 81,5 42%

4%

44 23% 55%

System

Administration 151 70 46% 37% 33 22% 78%

Tabela 2 Tabela de resultados da verificação de requisitos

O objetivo da metodologia escolhida para esta tarefa era diminuir ao máximo a

subjetividade da análise (ainda que seja impossível elimina-la completamente), e os

resultados matemáticos apresentados são a prova disso.

Nesta tabela é possível observar que o In Patrimonium se destacou como a solução

superior não só olhando para os valores globais, onde alcançou uma pontuação de 996 (51%

do peso total possível) comparativamente com a pontuação de 729 do Index Rerum (37% do

peso total possível), mas também olhando individualmente para cada área de requisitos,

tendo o In Patrimonium dominado as áreas com mais peso e sendo apenas ultrapassado

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pelo Index Rerum em três áreas menores, onde se registou uma impossibilidade de

verificação de mais de 50% dos requisitos no In Patrimonium.

Podemos verificar que o domínio do In Patrimonium não se deve só à combinação de

resultados das áreas mais pequenas, pois este também domina as áreas de requisitos mais

importantes, mais precisamente, Management of Objects (620) e Management of Metadata

(381). É possível constatar que o In Patrimonium não só teve um excelente desempenho

com os requisitos que foram analisados, mas apresenta também o potencial de aumentar

ainda mais o total de peso obtido quando os restantes requisitos forem verificados.

É ainda de realçar de ambos os softwares se apresentarem como soluções viáveis,

nenhum tendo falhado em qualquer dos requisitos considerados obrigatórios.

7. Bases para a criação de um Guia de Digitalização

Para a construção de um Museu Digital é fulcral a disponibilização de conteúdos

Multimédia, sendo, portanto, sem surpresa que um dos pilares do Projeto Museu Digital

passa pela criação de diretrizes para a sua produção, inclusive um guia de digitalização de

objetos bidimensionais e tridimensionais.

O trabalho executado para os objetivos do Museu Digital constitui também uma

oportunidade para alargar a normalização de diretrizes e procedimentos de digitalização a

toda a Universidade, onde atualmente os trabalhos de digitalização não são apoiados por

uma politica de digitalização definida transversalmente, mas sim definida projeto a projeto.

Esta situação origina questões ligadas à correta representação digital de objetos analógicos

(por exemplo, qual a perspetiva que deve ser usada para fotografar um objeto cientifico),

aos formatos de imagem que devem ser utilizados ou até mesmo a nomenclatura que deve

ser usada nos ficheiros resultantes da digitalização.

Neste sentido procura-se criar um guia de digitalização que aborde a digitalização

por scanner (objetos bidimensionais) e com camara digital (objetos tridimensionais), tendo

noção que a digitalização 3D é uma temática que terá de vir a ser também discutida,

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atendendo principalmente à democratização do acesso a estas tecnologias que tem vindo a

ocorrer e que se continuará a desenvolver nos próximos anos.

7.1. Especificação de requisitos de digitalização e perfis

de digitalização

Na criação deste guia a primeira tarefa passou pela avaliação de diretrizes e possíveis

normas de digitalização de entidades com credibilidade e renome na área, de forma a

sistematizar conhecimento e criar uma base que sustentasse os testes de digitalização que

seriam feitos posteriormente de forma a validar as especificações feitas nesta fase.

Das referências analisadas as que se apresentaram como mais completas e capazes

de auxiliar este processo foram:

Technical Guidelines for Digitizing Cultural Heritage Materials: Creation of Raster

Image Master Files (Federal Agencies Digitization Initiative (FADGI) - Still Image

Working Group) - 2009

A FADGI, e este documento de 2009 em especifico, serve de base para as politicas de

digitalização de várias instituições assumindo-se como uma referência na área. Bastante

extenso e especifico, este guia apresenta diretrizes para todas as fases do acto de

digitalização, desde diretrizes para a calibração dos aparelhos tecnológicos de captura

(scanners e camaras digitais) a diretrizes sobre as condições de visualização das imagens

resultantes (calibrações do ecrã) passando como é claro pelas diretrizes de captura para as

diferentes tipologias de objetos.

Technical Guidelines for Digitizing Cultural Heritage Materials: Creation of Raster

Image Master Files (Federal Agencies Digitization Initiative (FADGI) - Still Image

Working Group) - 2015

Os constantes ciclos de aparecimento e obsolescência que caracterizam a inovação

tecnológica estão em muito presentes nas práticas de digitalização, por esse mesmo motivo

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78

a FADGI está em processo de formulação de um novo conjunto de diretrizes, mudando não

só as características técnicas como também os seus procedimentos.

A principal alteração deste documento comparativamente com o de 2009 prende-se

com o uso de um novo sistema para avaliação das reproduções digitais. Ao invés de

determinar apenas um conjunto de características técnicas para cada tipologia documental,

este documento de 2015 apresenta um sistema de quatro classificações diferentes de

reproduções digitais para cada uma das tipologias documentais, relacionadas com a sua

qualidade/finalidade49.

Esta versão mantém a mesma perspetiva da versão anterior relativamente à

reprodução digital de objetos tridimensionais, não se focando em tipologias diferentes, mas

sim determinando diretrizes gerais para todo o tipo de objetos.

Digitization Standards for the Canadian Museum of Civilization Corporation (2006)

Este documento é um guia de diretrizes de digitalização para os Museus da

Civilização e de Guerra do Canada e destaca-se dos guias da FADGI relativamente às

diretrizes para objetos tridimensionais. Segue a mesma metodologia usada para os

bidimensionais, ou seja, divide-os em várias tipologias e fornece diretrizes para cada uma

delas. Além disto, este documento não se destaca pela informação técnica sobre os

equipamentos que fornece (os da FADGI são muito mais complexos e detalhados no que

toca por exemplo a formatos de imagem, luz ou calibração), mas sim pelo seu foco nas

diretrizes procedimentais (colocação de escalas, perspetivas a capturar, formas de

manipulação da luz para objetos transparentes etc.). Este documento assume uma grande

importância no levantamento teórico pois a fotografia de artefactos é uma área que envolve

muitos processos de tentativa e erro, não sendo possível definir valores específicos para a

luminosidade ou até mesmo para o calibre de brancos na camara digital, decorrente das

diferenças existentes entre os vários lugares onde se fotografa, os diferentes equipamentos

usados e os próprios objetos fotografados. Outro ponto que complica a criação de normas

especificas é o paradigma da “experiência do fotografo” que coloca enfase na experiência

49 “FADGI defines four quality levels of imaging, from 1 star to 4 star. Higher star ratings relate to better image quality, but require greater technical performance of both operator and imaging system to achieve. The appropriate star performance level for a particular project should be carefully considered in the planning stage of the project.”(Federal Agencies Digitization Initiative - Still Image Working Group, 2015)

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do fotografo deixando que o mesmo guie os trabalhos de digitalização ao invés de normas

pré-estabelecidas.

Depois de uma sistematização e análise dos diferentes perfis de digitalização

apresentados por cada documento (anexo 8), foram definidos os perfis de digitalização num

guia preliminar (anexo 9) que suportaria os testes de digitalização a serem realizados.

Nesta fase preliminar o guia foca-se sobretudo nas diretrizes para cada tipologia

documental sendo que os testes serão focados na digitalização de objetos tridimensionais

devido à sua maior complexidade quer a nível técnico quer a nível logístico, fornecendo

ainda recomendações para os formatos de imagem pois é um fator que interfere nos

processos de digitalização, nomeadamente o formato a usar pela camara digital no

momento de captura.

O guia preliminar encontra-se integralmente em anexo, porém, estes são os perfis de

digitalização contemplados:

1) Documentos Textuais

a. Manuscritos ou artefactos bidimensionais

b. Documentos impressos a preto e branco

c. Documentos impressos com imagens ou anotações

d. Documentos em suportes com transparência ou reluzente

e. Jornais

f. Livros

2) Documentos fotográficos

a. Fotografias

b. Still Film entre 35 mm e 4” x 5”

c. Still Film maior que 4” x 5”

d. Radiografias

e. Microfilme

3) Artefactos

a. Artefactos de tamanho médio

b. Artefactos refletores

c. Artefactos de tamanho pequeno

d. Artefactos redondos

e. Artefactos com selo, assinatura ou marca

f. Artefactos longos em tecido detalhado e colorido

g. Artefactos de tamanho grande

h. Peças de Vestuário

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i. Artefactos com várias componentes

7.2. (re)Produção digital: testes e implementação

Tendo acabado a pesquisa teórica e sido feita a sistematização da informação num

guia preliminar, a próxima fase lógica é o teste dos diferentes perfis de digitalização (e suas

diretrizes) contempladas no documento.

Ambiente de Testes

O ambiente ideal para fotografia seria um espaço fechado com paredes de cor

neutra para permitir uma correta manipulação da luminosidade, porém, tal não foi possível

devido à inexistência de um local com essas características (e com disponibilidade) nas

várias instalações da Universidade do Porto.

Foi então decidido que o melhor local para estes testes seria nas imediações de um

dos museus pertencentes ao projeto para que as suas peças fossem os objetos de testes de

forma inclusive a diminuir as dificuldades logísticas. Com o auxilio do museu da FEUP, foi

disponibilizado um espaço no departamento de engenharia civil da Faculdade de

Engenharia, nomeadamente, uma sala de reuniões que apesar de deixar muito a desejar em

Figura 12 Exemplo de recomendações existentes no guia de digitalização (neste caso para documentos impressos com imagens ou anotações)

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termos de luminosidade (três janelas), tinha o tamanho certo, bem como a disponibilidade

necessária.

Infelizmente não foi possível utilizar as escalas de cor durante os testes, pelo que foi

usada uma régua como recurso de improviso de forma a substituir as mesmas.

Peças de Teste

Durante a escolha de artefactos a usar nos testes, as fragilidades dos perfis de

digitalização definidos rapidamente emergiram:

A separação entre objetos pequenos, médios e grandes era demasiado ambígua; a

diferenciação entre os perfis por tamanho (pequeno, médio e grande) e perfis como

redondo e refletor não fazem sentido pois um objeto pode ser grande, redondo e refletor,

situação esta que um conjunto de categorias rigorosas não contempla.

Sendo assim escolheram-se cinco peças com características impares de forma a

identificar todos os obstáculos à sua digitalização e conseguir posteriormente reformular o

guia provisório e principalmente os perfis de digitalização.

Teste 1

Tipologia segundo o guia preliminar: Artefacto Pequeno

Recomendações segundo o guia preliminar:

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Usar uma lente macro para objetos muito pequenos

O artefacto deve preencher ao máximo possível, a imagem

Fotografar o artefacto duas vezes com a escala, uma vista frontal e outra traseira

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Resultados, dificuldades e comentários:

Obtiveram-se duas fotografias (Anexo 10) de perspetivas diferentes, incluindo uma

com a etiqueta do objeto.

A escala presente no próprio objeto exige um cuidado extra para garantir que é

percetível na fotografia.

A recomendação “Fotografar o artefacto duas vezes com a escala, uma vista frontal e

outra traseira” é demasiado restritiva pois duas fotografias podem não ser suficientes para

capturar a totalidade do objeto, ou podem até ser demais dependendo do objeto em

questão.

Teste 2

Tipologia segundo o guia preliminar: Artefacto; Artefactos refletores; Artefactos com selo,

assinatura ou marca

Recomendações segundo o guia preliminar:

Fotografar pelo menos duas vezes de ângulos diferentes

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Usar uma lente micro para objetos muito pequenos

Reduzir ao máximo as reflexões no artefacto

Tirar uma primeira fotografia com uma escala de cor e outra sem escala para que

não seja reflectida

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto como um todo

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Fotografar marca (ou assinatura…)

Resultados, problemas e comentários:

Foram fotografadas três perspetivas (Anexo 10), uma frontal, uma com uma

perspetiva de cima para baixo e ainda outra focando no detalhe presente na imagem.

Este objeto em acrílico para além de levantar a questão sobre a sua transparência

que com a configuração atual do local de testes (sala com janelas, e iluminação com flashes)

dificulta a sua correta digitalização, suscita ainda outro ponto a considerar, nomeadamente

qual a perspetiva correta para o capturar. Se por um lado interessa capturar o objeto como

um todo, é também necessária uma perspetiva que representa a funcionalidade do objeto.

Retirando as recomendações de cada perfil onde o objeto se enquadra é facilmente

percetível que muitas destas recomendações são transversais e podem ser sistematizadas

de outra forma. Por outro lado, a recomendação “reduzir ao máximo as reflexões” é,

novamente, uma recomendação demasiado restritiva, pois a fotografia do objeto não pode

ser desprovida de alguns contrastes que lhe dão vivacidade, onde se encontram incluídas as

reflexões.

Teste 3

Tipologia segundo o guia preliminar: Artefacto Médio; Artefactos refletores; Artefactos

com selo, assinatura ou marca

Recomendações segundo o guia preliminar:

Fotografar pelo menos duas vezes de ângulos diferentes

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

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Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Usar uma lente micro para objetos muito pequenos

Reduzir ao máximo as reflexões no artefacto

Tirar uma primeira fotografia com uma escala de cor e outra sem escala para que

não seja refletida

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto como um todo

Fotografar marca (ou assinatura…)

Resultados, dificuldades e Comentários:

Neste objeto bastante mais complexo foram tiradas fotografias de várias perspetivas

(anexo 10), pois a sua captura é dificultada pela impossibilidade de expor o objeto de uma

forma que represente a sua funcionalidade, isto pois o objeto necessitaria de uma base que

o segurasse.

Segundo o guia preliminar o procedimento para captura deste objeto tem as

mesmas diretrizes que o procedimento para a captura do objeto do teste 2, no entanto as

diferenças entre os mesmos são notáveis, tanto a nível do material (com várias cores e

diversos graus de reflexão) como das perspetivas que deverão ser capturadas. Questiona-se

novamente a configuração preliminar dos perfis de digitalização quando agrupam nas

mesmas categorias objetos tão diferentes.

Teste 4

Tipologia segundo o guia preliminar: Artefacto Grande; Artefacto com selo, assinatura ou

marca

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Recomendações segundo o guia preliminar:

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto a partir de cima

Para evitar distorção do objeto, a parte traseira da camara deve estar paralela ao

artefacto

Um quadro ou mobília podem também ser colocados de maneiras que os cantos

estejam a 90 graus da camara

Várias perspetivas são aceitáveis, no mínimo uma frontal e outra traseira

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto como um todo

Fotografar marca (ou assinatura…)

Resultados dificuldades e Comentários:

Foram tiradas fotografias de três perspetivas diferentes (anexo 10) tendo em conta

as limitações encontradas.

Este objeto suscitou um aspeto que ainda não tinha sido considerado no guia

preliminar (nem nos documentos que lhe serviram de referência), a impossibilidade de

transportar um artefacto para o estúdio/local de fotografia. No caso de objetos de grandes

dimensões existe por uma razão logística uma grande dificuldade em proceder à sua

manutenção, sendo necessário fotografar o artefacto no mesmo sitio onde está

exposto/armazenado, e por vezes sem ser sequer possível alterar a orientação do objeto

para se possibilitar a captura de todas as perspetivas.

Outra característica deste objeto prende-se com a existência de uma base,

sendo necessário determinar se a base deve ser contemplada na digitalização ou não.

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Teste 5

Tipologia segundo o guia preliminar: Artefacto Grande; Artefactos refletores; Artefacto

com selo, assinatura ou marca

Recomendações segundo o guia preliminar:

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Usar uma lente micro para objetos muito pequenos

Reduzir ao máximo as reflexões no artefacto

Tirar uma primeira fotografia com uma escala de cor e outra sem escala para que

não seja refletida

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto como um todo

Fotografar marca (ou assinatura…)

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto a partir de cima

Para evitar distorção do objeto, a parte traseira da camara deve estar paralela ao

artefacto

Um quadro ou mobília podem também ser colocados de maneiras que os cantos

estejam a 90 graus da camara

Várias perspetivas são aceitáveis, no mínimo uma frontal e outra traseira

Resultados, dificuldades e comentários:

Desta peça apenas uma imagem exemplificativa foi anexada (anexo 10) devido à

impossibilidade de alterar as condições de fotografia.

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Para além das questões já referidas anteriormente esta peça apresenta um

obstáculo que ainda não foi mencionado, a existência de uma vitrine da qual os objetos não

podem ser retirar. Este caso difere dos simples objetos refletores pois o processo de

manipulação de luminosidade é ainda mais critico pões pretende-se evitar reflexões na

vitrine, mas mesmo assim capturar o objeto de forma percetível. Como podemos ver nestas

condições, muitas das recomendações são impraticáveis.

7.3. Formatos para captura de imagem com máquina

fotográfica

Ao nível dos formatos partiu-se dos referenciados inicialmente.

RAW

Este formato armazena a imagem de uma forma totalmente inalterada, é a mais fiel

representação daquilo que a máquina captura, é um formato verdadeiramente lossless, o

que quer dizer que o tamanho dos ficheiros resultantes é o maior entre todos os formatos

disponíveis.

*O formato raw não é necessariamente um formato tradicional, é muito mais uma

designação para o conjunto de formatos proprietários que cada marca usa nas suas

máquinas, sendo assim para trabalhar estas imagens são necessários softwares

proprietários o que acarreta consigo novas preocupações a nível de preservação pois para

garantir o acesso a estes ficheiros é preciso preservar também os softwares proprietários.

Existem, porém, duas possíveis soluções:

Vantagens Desvantagens

Verdadeiramente Lossless

Grande tamanho dos ficheiros

Não é um formato homogéneo

Grande dependência de softwares

proprietários*

Tabela 3 Vantagens e Desvantagens do Formato Raw

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Soluções open-source que permitem visualizar/editar e converter estas imagens

(Exemplo: IrFanView50)

Estes softwares são, no entanto, bastante mais limitados que os softwares

proprietários e terão também que ser preservados de forma a garantir o acesso continuado

Conversão para o formato DNG (formato RAW proprietário da Adobe, criado com o

intuito de se tornar um standard para ficheiros Raw), que não só normaliza a

variedade de formatos raw com perdas mínimas (quando comparado com outros

formatos), como também resulta em ficheiros com tamanho inferior.

Esta possibilidade apresenta, no entanto, desvantagens, nomeadamente obriga à

conversão da imagem antes de qualquer edição, aumentando a morosidade do processo, e

o facto de não ser um formato universalmente aceite pelos softwares de pós-

processamento leva a um downgrade da qualidade de imagem bastante percetível quando

comparado com as versões raw (depende também da máquina usada para fotografar).

TIFF 6.0 (Exif se existente)

Este formato apresenta-se como o mais usado para efeitos de preservação (Ver por

exemplo diretrizes FADGI51 ou recomendações da biblioteca do congresso52),

50 Disponível em: http://www.irfanview.com 51 Disponível em: http://www.digitizationguidelines.gov/guidelines/FADGI_Still_Image_Tech_Guidelines_2015-09-02_v4.pdf 52 Disponível em: http://www.digitalpreservation.gov/formats/content/still_preferences.shtml

Vantagens Desvantagens

Formato (quase) Lossless Grande tamanho dos formatos

Universalmente aceite Perda de alguma qualidade

Recomendado como formato para

preservação Perda de informação

Tabela 4 Vantagens e Desvantagens do Formato TIFF 6.0

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nomeadamente o TIFF_UNC. Apresenta uma qualidade de imagem inferior aos formatos

raw.

O tratamento de imagens TIFF é muito mais generalizado aos softwares de edição

pois é um standard adotado globalmente não estando em causa (pelo menos pra já) a sua

obsolescência a curto prazo.

O TIFF_Exif é um subtipo deste formato que acrescenta meta-dados técnicos sobre a

máquina usada para fotografar, o que não só melhora os processos de pós-produção como

também permite um maior controlo sobre a produção.

JPEG

O formato JPEG sendo um formato Lossy não deve ser considerado para a produção

de ficheiros master, não só pela perda de informação na altura da captura como também

pela perda de informação continuada derivada do seu constante uso.

Existe, no entanto, dentro do espectro JPEG outra solução, o JPEG 2000 que se

assume como um potencial concorrente ao formato TIFF, no entanto é um formato que

ainda não convenceu o mercado sendo que o número de máquinas que suporta JPEG 2000 é

muito reduzido.

Formato Tamanho Qualidade Pós-Produção Preservação

RAW 1 10 5 4

TIFF 3 8 10 10

JPEG 10 4 5 2

Tabela 6 Tabela comparativa de formatos

Vantagens Desvantagens

Pequeno tamanho dos ficheiros Formato Lossy

Universalmente aceite Perda de muita qualidade

Rapidez de processamento Perda de informação

Tabela 5 Vantagens e Desvantagens do formato JPEG

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Escala comparativa de 1 a 10, sendo que primeiro foi escolhido o melhor dos

formatos em cada categoria, sendo-lhe atribuída a classificação “10”, e depois foram

definidas as classificações dos restantes formatos quando comparados com o melhor.

Com está análise verifica-se que o formato raw é o mais aconselhado para obter a

representação mais fiável do objeto a digitalizar. É, no entanto, o formato que menos

garantias apresenta a nível de preservação e que mais dificuldades cria a nível de edição e

armazenamento (acesso a softwares e armazenamento de ficheiros). O formato TIFF sendo

um open standard é passível de ser editado por uma grande variedade de softwares open

source, mas mesmo assim mantendo um elevado padrão de qualidade. Visto que no

processo de digitalização tem que ser considerada a preservação dos objetos digitais, o

formato JPEG é pouco aconselhável devido ao seu formato Lossy.

7.4. Proposta de Guia de Digitalização

O Guia em anexo (anexo 11) é resultado da atualização do guia provisório, com a

informação recolhida nos testes práticos e contempla os seguintes campos:

Âmbito

Nesta parte são determinados quais as tipologias de material a que o guia se aplica

assim como que instituições da Universidade do Porto procura servir.

Objetivos

Para obter sucesso e adesão na implementação deste guia é necessário explicitar

quais os objetivos do mesmo, informando assim o porque da necessidade da sua criação e

uso.

Formatos

É preciso determinar quais os formatos usados para captura de imagem bem como

para o armazenamento das mesmas. Este ponto baseia-se no estudo feito no ponto 7.3 bem

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como em recomendações definidas em exemplos de referência como é o caso da Biblioteca

do Congresso. É de realçar que o formato de captura pode não ser uniformizado devido às

diferentes condições existentes para digitalização.

Meta-informação

Todas as imagens resultantes de digitalização devem ser acompanhadas por um

ficheiro de meta-informação que descreve as características técnicas da mesma. Nesta

secção do guia de digitalização são descritas recomendações para a criação destes ficheiros

com base na pesquisa realizada no ponto 7.2. desta dissertação, e em trabalhos pré-

existentes realizados para a Universidade do Porto.

Nomenclatura dos ficheiros

A nomenclatura dos ficheiros é um ponto essencial em qualquer projeto de

digitalização, apesar da existência de meta-dados ser suficiente para identificar um ficheiro,

o seu nome para além de facilitar a identificação pode ser uma salvaguarda em casos em

que o ficheiro de meta-dados se separe da imagem. Este ponto foi baseado nas

recomendações das bibliotecas de Standford53.

Perfis de digitalização

Nesta secção manteve-se a dicotomia entre objetos bidimensionais e

tridimensionais.

Não tendo sido feitos testes usando os perfis de digitalização previamente definidos,

os perfis para objetos bidimensionais mantiveram-se inalterados, incluindo o sistema de

avaliação que define quatro categorias de imagem baseadas na sua finalidade:

53 Disponível em http://library.stanford.edu/research/data-management-services/data-best-practices/best-practices-file-naming

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1 Estrela – Digitalização resultante em imagem que não se assume como um possível

“substituto” do documento original, sendo apenas usado pelo seu valor informacional

2 Estrelas – Digitalização resultante em imagem que não se assume como um

possível “substituto” do documento original, sendo apenas usado pelo seu valor

informacional embora sendo de maior qualidade do que a categoria anterior

3 Estrelas – Digitalização resultante em imagem com uma qualidade profissional

suficiente para a maioria dos fins.

4 Estrelas – Digitalização resultante em imagem da melhor qualidade possível

Este sistema pode ser útil não só para guiar o processo de digitalização como

também para a avaliação das imagens já existentes. Por outro lado, a escolha de um só

padrão mínimo pode simplificar todo esse processo, permitindo assim uma maior

homogeneidade nos processos de digitalização dos Museus/UP, sendo este um ponto a

debater e aprofundar futuramente.

Tendo os testes sido feitos com artefactos tridimensionais, a grande maioria das

alterações efetuadas neste documento prendem-se precisamente com os perfis de

digitalização e recomendações para objetos tridimensionais.

E a principal alteração passa pela eliminação dos perfis de digitalização.

A criação de representações digitais recorrendo ao uso de máquinas fotográficos é

um processo muito menos mecânico e estandardizável do que a criação através de

scanners, isto porque não só os objetos capturados podem apresentar um infindável

número de configurações como também as condições de captura variam imenso (espaço de

fotografia, camara usada, fotografo responsável etc). Por estas razões a criação de perfis de

digitalização para objetos tridimensionais na Universidade do Porto seria um trabalho

infrutífero pois nunca culminaria na sua aplicação prática nos processos de digitalização da

Instituição.

Sendo assim são definidas recomendações gerais, técnicas e procedimentais com

base não só nas diretrizes previamente extraídas dos cados de referência identificados, mas

também nos resultados dos testes realizados.

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Guias Específicos de digitalização

Apesar de não existirem normas universais para digitalização, existem por vezes

guias obrigatórios para a colaboração com bases de dados externas, com outras instituições

ou projetos. Como exemplo, o Museu de História Natural da Faculdade de Ciências, têm as

suas coleções de botânica no herbário da STOR, a Global Plants54, e a única forma destas

serem aceites é seguindo as suas diretrizes de digitalização.

Este ponto servirá futuramente para a indexação de links/informação sobre guias

específicos usados na Universidade.

8. Bases para a criação de um Documento de Requisitos de Preservação digital E

Politica de Preservação Digital

Como ficou patente no ponto 5.2. não existe atualmente na Universidade do Porto

um sistema de preservação digital transversal, para além de alguns repositórios de objetos

digitais espalhados pelas várias unidades orgânicas, no entanto, um dos objetivos do Museu

Digital passa pela introdução de um destes sistemas de forma a combater a perda de

informação e acompanhar as grandes universidades europeias e mundiais que já têm estes

procedimentos definidos.

Este é um processo complexo que exige várias etapas, duas delas são abordadas

nesta dissertação, nomeadamente, uma lista de requisitos capaz de servir de base para uma

primeira análise aos softwares disponíveis no mercado, e um documento que guie este

processo sob a forma de uma Politica de Preservação Digital.

54 Disponível em http://plants.jstor.org/

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8.1. Especificação de requisitos de sistema de

preservação digital

Não existe atualmente uma lista de requisitos para sistemas de preservação

universalmente aceite, nem mesmo uma cujo uso seja generalizado, foi então necessária a

criação de uma lista para que se pudesse fazer uma primeira triagem dos softwares

disponibilizados no mercado.

Apesar de não existir uma lista de requisitos, existem entidades que comparam

softwares de referência e uma delas é a Digital POWRR55 (Preserving digital Objects with

Restricted Resources) que desenvolveu uma tabela para comparação de ferramentas de

preservação:

Esta tabela segue as diferentes etapas do modelo de referência OAIS56, obrigatório

para sistema de preservação, desta forma as etapas desta tabela deverão estar

representadas no documento de requisitos que se pretende formular.

Um dos pontos a ter em consideração quando se pretende implementar um sistema

de preservação passa pela possibilidade de certificação do repositório incorporado nesse

sistema, e atualmente esta certificação é um must-have para garantir que o sistema de

preservação em uso está a desempenhar as suas funções corretamente garantido a

preservação da fidedignidade da informação armazenada ao longo do tempo. Esta

certificação é conseguida após a avaliação do repositório segundo um conjunto de

requisitos já estabelecidos, nomeadamente, a lista TRAC (que deu origem à ISO 16363). Esta

lista encontra-se dividida em três tipologias diferentes de critérios:

55 http://digitalpowrr.niu.edu/ 56 Descrito na ISO 14721:2012 e já referido nos capítulos inicias desta tesa

Figura 13 POWRR Tool Grid(POWRR)

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95

Infraestrutura organizacional;

Este conjunto de critérios foca-se no contexto organizacional do repositório

incluindo existência de documentação, recursos humanos e financeiros.

Gestão de objetos digitais;

Este conjunto de critérios foca-se nas operações tecnológicas necessárias para a

correta gestão de objetos digitais, mas também inclui aspetos organizacionais.

Infraestrutura tecnológica e de segurança;

Este conjunto de critérios foca-se em boas práticas para a correta gestão de meta-

dados e segurança do sistema (OCLC - Online Computer Library Center, CRL - The

Center for Research Libraries, & NARA - National Archives and Records

Administration, 2007).

Apesar de não ter sido criada com o intuito de ser incorporada num caderno de

requisitos para um sistema de preservação, muitos dos pontos da TRAC são passiveis de se

traduzir em requisitos funcionais para um sistema que procure, em determinado ponto do

seu ciclo de vida, ser certificado

A junção dos requisitos elaborados com base na grelha POWRR e na TRAC,

acrescidos ainda de outros requisitos funcionais adaptados ao contexto do Museu Digital,

deu origem à seguinte tabela:

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96

Esta tabela apresenta não só os requisitos como também a sua correspondência aos

referenciais usados para os definir. É ainda possível observar que esta tabela foi posta em

prática para avaliar três softwares de preservação digital contemplados pela Universidade

do Porto para colmatar as suas necessidades, nomeadamente, o Rosetta, o LibSafe e ainda o

Roda.

O propósito deste capítulo da dissertação não se prende com a elaboração de um

parecer sobre software a usar, pelo que os resultados desta avaliação, executada com base

em informações públicas disponibilizadas on-line e ainda com base nas apresentações que

cada uma das empresas fez na Universidade do Porto, não deverão ser usados como uma

ferramenta informativa o suficiente para a escolha entre os três analisado.

Ressalva-se ainda, que um sistema de preservação digital pode não ser constituído

apenas por uma aplicação, sendo aqui importante entender sistema como o conjunto de

funcionalidades tecnológicas que permitam uma eficiente e eficaz preservação digital

independentemente da sua arquitetura. A título de exemplo, um sistema de preservação

digital pode ser edificado através de um grupo de aplicações open-source que em conjunto

cumpram as mesmas funções que uma aplicação única como é o caso do Rosetta.

Figura 14 Tabela de requisitos (Anexo 12)

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97

8.2. Esquemas para a representação de meta-

informação

Com base no modelo referencial OAIS, um objeto digital é constituído pelos ficheiros

com a informação que se pretende preservar (imagens, textos, vídeos etc.), e por ficheiros

de meta-informação que descrevem o conteúdo do objeto digital, através de meta-

informação. Como foi abordado nos capítulos inicias desta dissertação, a distribuição dos

tipos de meta-informação varia consoante a perspetiva/ferramenta usada, porém, o OAIS

contempla informação sobre propriedade intelectual, informação descritiva, informação

sobre fixidez, origem e informação estrutural(CCSDS, 2012), campos estes que devem estar

salvaguardados independentemente dos esquemas de meta-informação usados.

Segundo a formulação apresentada no capitulo 2.4. sobre os vários sub-tipos de

meta-informação, podemos estabelecer um paralelo entre estes e os apresentados no OAIS:

Meta-informação descritiva = Meta-informação descritiva

Meta-informação técnica = Meta-informação técnica

Meta-informação administrativa= Informação sobre propriedade intelectual

Meta-informação de preservação= Informação sobre fixidez, origem e informação

estrutural

Numa nota mais prática, a Biblioteca do Congresso, define três tipos de meta-

informação:

Descritiva;

Administrativa, que por sua vez se divide em três subtipos:

o Técnica;

o Fonte digital/eventos;

o Propriedade intelectual;

Estrutural.

E sendo esta instituição um motor na pesquisa, desenvolvimento e implementação de

esquemas de meta-informação, é esta a configuração que se deve ter em conta durante a

análise de esquemas de meta-informação a usar.

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Meta-informação descritiva

Existem várias opções para o registo de meta-informação descritiva em XML,

destacam-se atualmente (Hillmann, 2008):

DC

Dublin Core57, apresenta-se como um standard internacional, é genérico o suficiente

para ser transversal a todas as áreas do conhecimento. A sua existência é um

requisito mínimo para o uso do protocolo de comunicação OAI-PMH.

EAD

Encoded Archival Description, é um standard para a codificação eletrónica de auxílios

de busca (finding aids). É particularmente direcionado para as necessidades dos

arquivos.

MODS

Metadata Object Description Schema, este standard é um derivado do MARC,

voltado principalmente para recursos digitais. Apresenta um espectro de descrição

mais completo que o Dublin Core, mas mais simples que o MARC. A sua

implementação é recomendada pela Biblioteca do Congresso, tendo sido já feita em

instituições como a Biblioteca da Universidade de Chicago e a Biblioteca Nacional da

Austrália.

MARCXML

Representação do standard MARC 21 em XML, beneficia do uso generalizado do

MARC 21, com mais de 30 anos de desenvolvimento e implementações.

Devido à variedade das tipologias de coleções que existem na Universidade do Porto,

o standard usado na informação descritiva deve-se adaptar à coleção que se pretende

descrever, pelo que não se deverá definir um só standard para toda a universidade, nem

sequer um só standard para cada instituição pertencente à U.Porto.

57 Existem duas versões, Dublin Core: Simples e Dublin Core: Qualificado, este último apresenta opções de descrição mais complexas mas as características referidas no texto aplicam-se às duas versões.

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Meta-informação administrativa

Técnica (Hillmann, 2008):

Existem esquemas genéricos para a descrição de meta-informação técnica como o

PREMIS (abordado posteriormente), porém a melhor prática passa pelo uso de standards

específicos para o material que se pretende descrever, sendo que os mais comuns são texto,

imagens, áudio e vídeo.

A NISO Z39.87 define regras para a descrição de meta-informação técnica de

imagens, regras que se traduziram no standard MIX, desenvolvido pela Biblioteca do

Congresso. Este esquema de XML é o standard com maior apoio internacional devido à sua

facilidade de integração com outros esquemas de meta-informação. Para texto, áudio e

vídeo existem os esquemas textMD, audioMD e videoMD respetivamente, todos

recomendados pela Biblioteca do Congresso.

Fonte digital/eventos (Hillmann, 2008):

Este subtipo de meta-informação está diretamente ligado à preservação digital do

objeto que descreve, surge então, como opção, o esquema PREMIS.

Este esquema pode ser usado para meta-informação técnica, Fonte digital/eventos e

propriedade intelectual, e é recomendado pela Biblioteca do Congresso para o efeito.

Propriedade intelectual (Hillmann, 2008):

Vários esquemas podem ser usados para a descrição de meta-informação sobre

direitos de autor e propriedade intelectual, como o PREMIS, o Creative commons e inclusive

o METS (abordado posteriormente).

Meta-informação estrutural (Hillmann, 2008):

Pode também ser considerada como um subtipo de meta-informação administrativa,

e pode ser representada de várias formas, com METS, PREMIS ou ainda EAD.

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100

Este capítulo apresenta um grande foco nas recomendações da Biblioteca do

Congresso, facto explicado não só pelo seu estatuto como instituição de referência, mas

também com o objetivo de introduzir o standard METS, criado e mantido pela Biblioteca do

Congresso.

Apesar da meta-informação poder ser registada separadamente, existem

ferramentas que podem agrupar conjuntos de meta-informação, como o caso do METS, um

standard para a codificação de meta-informação em XML58. O METS apresenta-se como um

esquema de meta-informação capaz de representar meta-informação descritiva,

administrativa e estrutural, bem como um esquema capaz de integrar outros esquemas,

apresentando-se assim como um contentor (container) de meta-informação.

O METS, para além de ter sido criado por um instituto de referência como a

Biblioteca do Congresso, é dotado de um assegurador historial de utilização por parte de

várias instituições internacionais e nacionais. A nível nacional é usado por exemplo pela

Universidade do Porto e pela Câmara Municipal do Porto, nos seus processos de

digitalização e armazenamento de informação. Apesar de existirem alternativas, como o

XFDU59, nenhuma outra apresenta o grau de confiabilidade e validação apresentado pelo

METS, tornando-o como o único esquema do género com aceitação transversal.

Todos os esquemas de representação de meta-informação descritiva, administrativa

e estrutural apresentados, são compatíveis com o METS, o que deixa em aberto a questão

de quais esquemas utilizar para cada uma das partes do METS, trabalho esse não abordado

no âmbito desta dissertação. É, no entanto, de referir que a conjugação de METS, PREMIS e

MIX é o esquema que faz mais sentido no caso especifico dos objetivos do Museu Digital, e

no caso da particular da digitalização abordado nesta dissertação.

58 “XML is the de-facto standard for metadata descriptions on the Internet” (Hillmann, 2008) 59 Deu origem à ISO 13527:2010

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8.3. Proposta de Política de Preservação Digital

Os esforços de preservação digital numa instituição só darão resultados positivos se

todos os envolvidos contribuírem para a mesma com base em objetivos e trajetos bem

definidos.

Neste sentido é irrefutável a necessidade da criação de uma Politica de Preservação

Digital que informe a comunidade do caminho adotado pela Universidade e que guie os

processos de Preservação Digital.

Assente na análise desenvolvida no estado da Arte, foi criada uma proposta de

Politica de Preservação Digital (anexo 13) que servirá de base para a versão final a

implementar pela instituição. É constituída por cinco ponto (mais as referências),

concretamente, a introdução e objetivos, o âmbito, os princípios, a definição de conceitos e

responsabilidades.

Introdução, Objetivos e Âmbito

Neste capitulo é feita a contextualização da Politica de Preservação, de forma a

sensibilizar a comunidade para as necessidades de uma eficaz preservação digital e a

descrever o modo como esta politica poderá afetar a sua atividade.

Os objetivos foram determinados tendo como referencial os objetivos gerais da

preservação digital e os objetivos específicos do Projeto do Museu Digital.

Princípios

Nesta parte são enumerados os princípios técnicos e procedimentais que guiam os

processos de preservação digital, foram escolhidos após a análise de várias politicas de

preservação digital60 e do contexto organizacional e técnico da Universidade do Porto,

nomeadamente:

60 Extraídas do trabalho “Analysis of Current Digital Preservation Policies: Archives, Libraries and Museums” (LeFurgy, 2013)

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1. Modelo de Referência OAIS para o sistema de preservação

Este principio é aceite universalmente como obrigatório, o modelo de referência

Open Archival Information System é um marco da preservação digital e um guia para

sistemas de preservação digital em todo o mundo.

2. Standards abertos de meta-informação

Para potenciar a preservação digital na Universidade, é necessário, utilizar, sempre

que possível, standards abertos e bem documentados que não ponham em risco a

preservação e acesso a longo-termo.

3. Protocolos de comunicação

A Universidade é uma instituição que transcende a sua comunidade, sendo um

importante foco de conhecimento para toda a Europa, neste sentido é crucial que os seus

sistemas automáticos sejam dotados de protocolos de comunicação que facilitem a disseminação

de informação. Atualmente, no caso dos museus o protocolo mais comum é o OAI-PMH,

usado por exemplo na ligação com a Europeana.

4. Formatos

A Universidade de procurar normalizar o uso de formatos abertos que facilitem não

só a troca de informação como também a sua preservação. Este principio deve ser

suportado por documentação extra, esta dissertação contribui para este ponto através do

guia de digitalização criado que enumera os formatos desejáveis.

5. Direitos de autor

O respeito pela propriedade intelectual é um pilar de qualquer instituição de ensino,

e a preservação digital, apesar da sua grande importância, deve submeter-se às regras

estabelecidas para o material que pretende preservar. Este principio poderá impedir a

correta preservação de materiais através por exemplo da migração, sendo necessário

considerar outros métodos de preservação nesses casos, como o encapsulamento.

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6. Exclusões

Este principio básico existe para legitimar a não-preservação de conteúdos, quando

esta não é possível por motivos externos à faculdade.

7. Métodos de preservação digital

Como foi possível constatar no estado da arte, o método mais comum, mais prático e

mais eficaz de preservação digital é a migração, que apesar do seu grau de intrusão continua

a ser o método que oferece mais garantias. É o método standard para sistemas de

preservação digital comerciais como é o caso do Rosetta ou LibSafe. Ainda assim, em casos

em que se justifique, podem ser utilizados outros métodos de preservação (por exemplo,

para não infringir direitos de autor ou para garantir completamente que os objetos a

preservar permanecem inalterados).

8. Priorização de atividades de preservação

Este principio é também bastante universal e foi incorporado na politica de forma a

guiar de forma genérica as atividades de preservação.

9. Gestão de Risco e Recuperação em caso de desastre

Uma diretriz universal da preservação digital, este principio é crucial pois é uma das

medidas que mais contribui para que se evite perdas de informação. É inclusive um dos

pontos obrigatórios para a certificação de repositórios.

10. Segurança

Este principio é também obrigatório para a certificação, pois garante a existência de

um histórico de alterações feitas aos objetos digitais, o que permite comprovar a sua

autenticidade.

11. Retenção

Este ponto existe para garantir que existe um paralelo entre as politicas de

documentação da Universidade e do sistema de preservação digital, relativamente a não só

prazos estabelecidos pela Universidade, mas também prazos legais para o seu

armazenamento.

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12. Documentação

Documentar politicas, procedimentos e diretrizes é não só, um fator obrigatório para

a certificação, mas também uma prática recomendada para facilitar o uso dos sistemas. Um

dos grandes problemas nas instituições públicas é que muita informação está centrada em

colaboradores singulares e quando existe necessidade de renovar os recursos humanos esta

informação perde-se, este requisito garante também a agilização na transição entre

recursos humanos.

13. Certificação

Como uma entidade que procura sempre melhorar os serviços oferecidos à

comunidade, a Universidade do Porto deve sempre procurar que os seus esforços sejam

reconhecidos de forma a não só garantir que os seus processos são os ideais, mas também

de forma a elevar a imagem da Universidade para o exterior.

Definição de conceitos

Este capitulo é composto por definições de termos usados ao longo da politica de

preservação de forma a garantir a compreensão deste documento por indivíduos que não

estejam familiarizado com a área.

Responsabilidades

Nesta secção são definidos os elementos da instituição responsáveis pela

manutenção desta politica de preservação. Por norma são referidos cargos e não nomes de

colaboradores específicos. Esta informação deve ser preenchida posteriormente assim que

as atribuições sejam decididas pela instituição.

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Conclusões e perspetivas futuras

Em termos teóricos o projeto em que se inseriu esta dissertação procura ir mais

longe do que a convergência dos LAM, assumindo a Ciência da Informação e a relação

estreita entre áreas disciplinares como a Arquivistica, a Biblioteconomia, a Documentação e

a Museologia.

Os paradigmas tradicionais da gestão de coleções, com padrões descritivos rígidos

para bibliotecas, arquivos ou museus estão a assumir-se cada vez mais como instrumentos

do passado, sendo progressivamente substituídos por lógicas fluidas de gestão

interdisciplinar, motivadas por crescentes apelos à interoperabilidade, por sua vez

originados na necessidade de providenciar mais e melhores serviços de informação à

comunidade. O projeto do Museu Digital da Universidade do Porto é um exemplo desta

mudança de paradigmas ao apostar na interoperabilidade através da normalização da

gestão das coleções museológicas da Universidade do Porto com o objetivo de aumentar

exponencialmente os serviços oferecidos à comunidade U.P. (tanto interna como externa).

Porém, um projeto desta envergadura obriga a um planeamento e execução detalhado e

longo mas que não pode ser ignorado.

É neste sentido que surge o projeto sintetizado na presente dissertação, tendo todos

os trabalhos executados durante a mesma contribuído para o estabelecimento de bases que

permitirão tomadas de decisão informadas por parte dos responsáveis pelas mesmas.

Aliada à lista de requisitos pré-existente, a verificação de pesos junto do grupo de

teste garantiu que a implementação do sistema de gestão de coleções não será perturbada

pelos colaboradores pois estes foram consultados durante o processo de decisão. Permitiu,

também, estabelecer uma base para o desenvolvimento de uma metodologia de validação

de requisitos que se traduz numa avaliação objetiva (ou o menos subjetiva possível) das

alternativas consideradas pela Universidade do Porto para o sistema de gestão de coleções.

Os testes realizados permitiram concluir objetivamente que o Index Rerum no seu estado

atual não colmata de forma alguma as necessidades dos museus da Universidade do Porto e

que existe uma necessidade urgente da implementação de um novo sistema. Ainda

resultante da avaliação feita, é possível concluir que o In Patrimonium é uma opção válida, e

que dentro do leque de soluções consideradas pela Universidade, é claramente a única

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106

capaz de responder às necessidades existentes. Estes resultados são fundamentais para

uma tomada de decisão objetiva.

Assente na linha da normalização da gestão das coleções museológicas, um dos

objetivos desta dissertação prendia-se com a necessidade de normalizar os processos de

captura de imagem, de digitalização, em toda a Universidade, para isso deveria ser criado

um guia de digitalização que fornecesse as indicações necessárias. Através da simbiose

entre o levantamento de informação teórica e a produção de nova informação através de

testes práticos, foi elaborado um guia que contempla digitalização por scanner e por

câmara, fornecendo indicações não só a nível técnico e procedimental da captura de

imagem, mas também sobre meta-informação a guardar, que formatos de imagem usar e

que nomenclatura usar para os ficheiros. Apesar deste guia ser já uma boa base, o trabalho

no mesmo precisa de continuar, sendo necessário: testar os perfis de digitalização para

objetos bidimensionais; acrescentar recomendações para a captura de detalhes de imagem

sob uma perspetiva de conservação; acrescentar e descrever os guias específicos utilizados

na universidade; e por fim atualizar continuadamente o guia de forma a manter o mesmo a

par dos padrões de qualidade praticados internacionalmente.

O Projeto do Museu Digital patrocina ainda a potencialização de uma preservação

digital transversal a toda a Universidade do Porto, fator que deu origem à terceira parte

desta dissertação. De forma a contribuir para a edificação de um sistema de preservação

digital, foi definido um conjunto de requisitos, formulados através da combinação de

documentos de referência, nomeadamente a grelha POWRR e a lista de requisitos TRAC,

que permite avaliar diferentes soluções de preservação digital. Apesar de ter sido feita uma

avaliação preliminar de três sistemas de preservação digital, esta foi feita por necessidade

da instituição não sendo, à partida um dos objetivos desta dissertação. É agora necessário

fazer uma avaliação mais aprofundada das soluções disponíveis, procurando inclusive testar

os mesmos como foi feito no caso do software de gestão de coleções. No caso da

preservação digital é ainda importante considerar a possibilidade do uso de uma

combinação de software open source de forma a implementar um sistema mais flexível e

menos dispendioso.

Ainda na preservação digital, qualquer sistema tecnológico que seja implementado,

não colmatará as necessidades transversais da Universidade a não ser que esta disponha de

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um documento que guie o processo de preservação digital, uma politica de preservação

digital.

Neste sentido foram analisadas diversas políticas de preservação digital de onde se

extraiu uma base que guiou a criação da proposta de politica de preservação apresentada

nesta dissertação.

Este documento providencia um conjunto de princípios que definem o modus

operandi da Universidade do Porto relativamente à preservação digital, foram definidos

com base na avaliação de outras políticas de preservação, no contexto da Universidade e

nas necessidades para futura certificação. Foram ainda estudados esquemas de meta-dados

que poderiam sustentar as necessidades para preservação digital, tendo-se definido quatro

tipos de esquemas para quatro tipos de documentos, nomeadamente, textual, áudio, vídeo

e imagem.

No domínio da preservação digital ainda existe muito trabalho pela frente antes de

ter um sistema de preservação operacional: é necessário definir a configuração exata dos

ficheiros de meta-informação a usar, nomeadamente que conjunto de campos usar no MIX,

no audioMD, no videoMD e no textMD; é necessário definir qual a configuração e qual o

conteúdo que os SIP’s devem ter; definir um plano de preservação para as várias tipologias

de documentos; assegurar a interoperabilidade entre sistemas para que se possa

automatizar workflows; e estes são só alguns dos exemplos do que ainda é necessário fazer

para serem alcançados os objetivos do projeto do Museu Digital relativamente à

preservação digital.

Outro ponto relevante que deve estar presente no planeamento de cada aspeto dos

sistemas é a certificação, tudo deve ser feito de acordo com as diretrizes internacionais de

forma a garantir que quando a altura certa chegar, a Universidade consegue obter

certificações de qualidade não só no sistema de preservação digital/repositório, como

também em todos os outros sistemas implementados.

O Museu Digital é um projeto amplo e que comporta inúmeros riscos. Seja

concretizado, ou não, está a dar oportunidades de reflexão e de trabalho colaborativo que

já tem consequências. Se for concretizado poderá servir como referência apresentando na

sua base não uma instituição de memória mas grupos de colaboradores não docentes e

docentes da Universidade do Porto empenhados no seu sucesso.

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O objetivo final será a convergência da informação que integra o sistema de

informação da U.Porto e que constitui, para além de recurso de gestão, a memória da

Universidade do Porto e o seu património científico e cultural.

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Anexos

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Anexo 1 - Inquérito enviado para o grupo de validação

Escala: 1-5 (Secundário); 6-9 (Primário); 10 (Obrigatório)

Contributo de: <Nome>

Requisito Descrição Obrigatório Funcional Primário

Funcional Secundário

Peso Total

de pesos

1 Management of Objects 0 0

1.1 Object Entry Process

The management and documentation of the receipt of objects that are not currently part of the collections. These objects may or may not eventually be accessioned.

0

1.1.1 Uniquely identify objects on deposit

The system can uniquely identify newly received objects or object lots, and assign a unique local deposit number which can be differentiated from accession numbers.

1.1.2 Acquisition or loan records

The system can use entry records as a basis for acquisition or loan records.

1.1.3 Account for objects

The system can ensure that the institution is able to account for all objects or object lots on deposit with identifying data (e.g. owner name, depositor name, location, unique identifier, number of lots, return date).

1.1.4 Receipts

The system can provide a receipt for the owner of the objects or object lots on deposit.

1.1.5 Establish an institution's liability

The system can help to establish the extent of the institution's liability for deposited objects or object lots (e.g. reference to paper file with signed deposit documents).

1.1.6 Record reason for deposit of object

The system can link the deposit of the objects or object lots to a type of event (e.g. valuation, conservation treatment, identification or potential acquisition.)

1.1.7 Finite end to deposit

The system can allow the user to designate a finite end to the period that objects or object lots are temporarily deposited with an institution.

1.1.8 Notification of end to deposit

The system can provide notification about the end of a deposit (e.g. a reminder that the user has to do something, or generate a report).

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1.1.9 Objects returned to owner

The system can record that deposited objects or object lots have been returned to the owner as required (e.g. track that the objects have been returned with a return date).

1.2 Acquisition Process

The management and documentation of the addition of objects or object lots to the collection.

0

1.2.1 Basic Information captured

The system records basic information, determined by the institution, about the object or object lot, e.g. Object number, object name, brief description, number of objects, acquisition date, acquisition method, acquisition source, transfer of title, current location, location data and permanent collection

1.2.2 Accession by lot

The system can accommodate accessioning by object lot. This means that it can assign a unique local number to a group of objects that are being accessioned together. The separate objects in the lot may eventually be numbered separately.

1.2.3 Unique system number assigned

The system can ensure that a unique system number is assigned to all objects or object lots.

1.2.4 Local unique numbers

The system can accommodate non-system local unique numbering systems (e.g. accession numbers in a wide variety of formats, Borden numbers).

1.2.5 Previous number

The system can document previous number(s) assigned to the acquired objects or object lots.

1.2.6 Source

The system can record source information (e.g. acquisition source, title, surname, address) about objects or object lots.

1.2.7 Justification of acquisition

The system can record the justification for acquisition of an object or object lot (e.g. reason for acquisition, supporting documentation).

1.2.8 Title transfer

The system can note the transfer of title to the acquiring institution (e.g. method of acquisition, evidence of original title, signature confirming transfer of title, brief description of objects or object lots, and previous owner information).

1.2.9 Accessions register maintained

The system can ensure that an accessions register is maintained, describing all acquisitions and listing them by number.

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1.3 Inventory Control Process

The maintenance of up-to-date information identifying all objects or object lots for which the institution has a legal responsibility, including objects on loan, not-yet-accessioned, or previously undocumented items and enquiries.

0

1.3.1 Object location

The system can document details about the current location of objects or object lots.

1.3.2 Object status

The system can indicate the status of all objects or object lots. For example, indicate whether the object or object lot is accessioned, not-yet-accessioned, loaned, exhibited, deaccessioned or missing).

1.3.3 Basic physical inventory

The system can record basic physical inventory information (e.g. record location, date inventoried, staff name).

1.3.4 Spot-checking (verifying inventory information)

The system can document the process of spot-checking to verify the location of an object or object lot, and other inventory information (e.g. record the date checked, checker's name).

1.3.5 Distinguish between spot check and inventory

The system can distinguish between information that has been gathered during an inventory, and during a spot check (e.g. field identifying whether the information was gathered during inventory or during spot check, or separate fields for inventory and spot check information).

1.4 Location & Movement Control Process

The documentation and management of information concerning the current and past locations of all objects/object lots in the institution's care to ensure that the institution can locate any object at any time.

0

1.4.1 Record of permanent location

The system can provide a record of the location where an object or object lot is normally displayed or stored (e.g. permanent location).

1.4.2 Location field

The location field can be made mandatory, even if a location is ‘unknown’.

1.4.3 Location search

The system can retrieve information about objects or object lots by location.

1.4.4 Unique local number search

The system can enable access to location information by unique local number (e.g. Borden number, accession number).

1.4.5 Record of displaced objects

The system can provide a record of the location of an object or object lot when it is not in its previously assigned location (e.g. current location).

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1.4.6 Previous location field

The system can ensure that when an object or object lot is relocated the previous location details, including date, are automatically transferred to a previous location field.

1.4.7 Date moved field The "date moved” field is maintained automatically.

1.4.8 Override date moved field

There is a provision to override the "date moved" field.

1.4.9 Location of parts

The system can attach distinct locations to parts of a single object, or single items within an object lot (e.g. indicate that the teapot is on display, but the rest of the tea set is in storage).

1.4.10 Group relocation

The system allows for the relocation of a group of objects, including parts of a single object or items within an object lot, by globally changing the location while still maintaining controls and authorizations.

1.4.11 Temporary location

The system can issue a notification when temporary time limits on locations have been reached.

1.4.12 Person responsible The system can record the person who moved objects or object lots.

1.4.13 Authorizing movements

The system can note the members of staff responsible for authorizing movements of objects or object lots.

1.4.14 History of authorization for object movement

The system can record the history of authorization of movements of objects or object lots.

1.4.15 Transfer

The system allows the transfer of responsibility for objects or object lots between collections within the institution (e.g. transfer from costume to ethnology collection).

1.4.16 Movement audit trail

The system can provide an audit trail for any movement of objects or object lots across the physical or administrative boundaries of the organization.

1.4.17 Handling and packing

The system can document information about the handling, packing, storage and display of objects or object lots.

1.4.18 History of movement

The system can record an unlimited number of previous locations for an object or object lot.

1.5 Cataloguing Process

The compilation and maintenance of primary information describing, formally identifying, or otherwise relating to objects in the collection.

0

1.5.1 Ownership The system can provide reference to ownership of the object or object lot.

1.5.2 Object history

The system can document the history of the object or object lot (e.g. historical data).

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1.5.3 Ownership history The system can document the history of the ownership of objects or object lots.

1.5.4 Scholarly research

The system allows information produced by researchers to be recorded (e.g. reference to research files, or actual research data).

1.5.5 Publication history The system can record references to the object that appear in publications.

1.5.6 Frames and other supports

The system can document information about frames and other supports.

1.5.7 Reference to files

An object record can include references to documents or records outside of the collections system.

1.5.8 Whole or parts relationships

The system allows for the management of information about relationships between parts of a single object, between single items within an object lot, and between multiple objects.

1.6 Conservation Management Process

The documentation and management of information about the conservation of objects from a curatorial and collections management perspective.

0

1.6.1 Request for conservation

The system can record request or recommendations about conservation work for an object, object part, or object lot.

1.6.2 Examinations

The system can record the process and results of conservation examinations and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

1.6.3 Preventive measures

The system can record any preventative measures that are taken and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

1.6.4 Treatments

The system can record any remedial treatment and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

1.6.5 Conservation history

The system can document the history of the conditions and treatments of an object.

1.6.6 Notification of treatment call-backs

The system can send an email or other notification triggered by an event in the conservation workflow (e.g. 5 years after an object is repaired or examined).

1.6.7 Access to information by unique local number

The conservation information is accessible via the object's unique local number (Borden number, accession number, etc.).

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1.7 Risk Management Process

The management and documentation of information relating to potential threats to an institution's own collection and the objects and object lots for which it is temporarily responsible.

0

1.7.1 Information on threats

The system can document information relating to potential threats to an institution’s collections.

1.7.2 Preventative measures

The system can document information on preventive measures.

1.7.4 Accountability

The system can enable accountability for any object or object lot during and after a disaster (e.g. generate lists of objects by location, condition, or institution's liability).

1.8 Insurance Management & Valuation Control Process

The documentation and management of the insurance needs of objects in an institution's permanent collection, and those for which it is temporarily responsible (such as loans or deposits).Valuation control is the management of information relating to the valuations placed on individual objects or groups of objects, normally for insurance/indemnity purposes.

0

1.8.1 Appraisal The system can document information about appraisals.

1.8.2 Appraiser The system can document information on people who perform appraisals.

1.8.3 Value history

The system can document information relating to the history of valuation placed on individual objects, object lots or other groupings of objects.

1.8.4 Valuation information confidentiality

The system can help to ensure that valuation information is treated in confidence and not released to anyone without the appropriate authority (e.g. only authorized users can access the valuation information).

1.8.5 Objects appropriately insured

The system can check that all the objects in an institution's care are appropriately insured (e.g. report on insurance values, policy numbers, and policy expiry dates).

1.8.6 Insurance claim

The system can document all decisions and actions in the institution's response to insurance claim(s) including cross reference to paper files.

1.8.7 Notification of renewal

The system can provide notification when insurance policies need to be reviewed and renewed (e.g. a reminder that the user has to do something or generate a report).

1.9 Exhibition Management Process

The management and documentation of temporary exhibitions and permanent displays from the curatorial and collections management perspective.

0

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1.9.1 Exhibitions & Displays process

The system supports the management and documentation of both analog and digital exhibitions.

1.9.2 Analog and Digital Exhibitions

Analog and digital exhibits can be coordinated or managed separately.

1.9.3 Object reservation

The system can place notices of reserves of objects or object lots for special events.

1.9.4 Document research The system can document research for an exhibition or display.

1.9.5 Exhibition tracking The system can document information about an exhibition's itinerary.

1.9.6 Object exhibition history

The system can document the history of exhibition activities.

1.9.7 Exhibition history of objects

The system can document the exhibition history of specific objects.

1.9.8 Online Exhibit Management

The system can create accessible web pages for online/digital exhibits.

1.10 Dispatch Process

The management and documentation of objects or object lots leaving the institution's premises.

0

1.10.1 / 1.10.2 Location information about accessioned and un-accessioned objects

The system can maintain location information for accessioned and un-accessioned objects or object lots leaving the institution's premises.

1.10.3 Responsibility

The system can record information about persons responsible for authorization of the dispatch of objects or object lots.

1.10.4 Transportation

The system can document details about transportation of objects or object lots.

1.11 Borrowing and Loaning

0

1.11.1 Borrowing

Managing and documenting the borrowing of objects for which the institution is responsible for a specific period of time and for a specified purpose, such as display, research, education, or photography.

0

1.11.1.1 Automatic loan number

For incoming loans, the system can automatically assign a unique loan number to objects or object lots within the loan.

1.11.1.2 Establish periods The system can designate fixed periods for incoming loans.

1.11.1.3 Special considerations

The system can document special considerations regarding borrowed objects or object lots (e.g. maintain information about security requirements).

1.11.1.4 Loaned objects

The system can manage individual objects within an incoming loan (e.g. one object from a group of loaned objects to be returned sooner than the rest).

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1.11.1.5 Generate loan-in agreements

The system can generate incoming loan agreements to be signed by both borrower and lender before the loan commences.

1.11.2 Loaning

Managing and documenting the loaning of objects to other institutions for a specific period of time and for a specific purpose, such as display, research, education, or photography.

0

1.11.2.1 Automatic loan number

For outgoing loans, the system can automatically assign a unique loan number to objects or object lots within the loan.

1.11.2.2 Establish periods The system can designate fixed periods for outgoing loans.

1.11.2.3 Special considerations

The system can document special considerations regarding loaned objects or object lots (e.g. maintain information about security requirements).

1.11.2.4 History

The system can document the history of outgoing loans for each object or object lot within the loan.

1.11.2.5 Loaned objects

The system can manage individual objects within an outgoing loan (e.g. one object from group of loaned objects to be returned sooner than the rest).

1.11.2.6 Generate loan agreements

The system can generate outgoing loan agreements to be signed by both borrower and lender before the loan commences.

1.11.2.7 Record of loans

For outgoing loans, the system can maintain a record of all loans, including details of the borrower, the venues, the loan period and the purpose of the loan.

1.11.2.9 Overdue loans

For outgoing loans, the system can track any objects or object lots within an outgoing loan that are overdue.

1.11.3 Logistics of Loans The handling and insuring of objects loaned or borrowed.

0

1.11.3.1 Insurance activities

For incoming and outgoing loans, the system can record insurance activities such as requirements, insurer, appraisers, valuation, etc.

1.11.3.2 Shipping activities

For incoming and outgoing loans, the system can record shipping activities such as schedules and references to files.

1.11.3.3 Link objects to cases

For incoming and outgoing loans, the system can link objects to packing cases.

1.11.3.4 Location tracking

For incoming and outgoing loans, the system can track the location of objects or object lots while on loan.

1.11.3.5 Packing cases

For incoming and outgoing loans, the system can track the location of packing cases.

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1.11.3.6 Packing list For incoming and outgoing loans, the system can generate packing lists.

1.11.3.7 Associated costs

The system can record and calculate costs associated with incoming and outgoing loans.

1.12 Process of Deaccession & Disposal

The management of object disposals (transfer, sale, exchange, or destruction) and deaccessions (documentation of the disposal).

0

1.12.1 Transfer of title The system can record the transfer of title to any receiving institution.

1.12.2 Approval

The system can ensure that deaccessioning does not occur without approval being recorded.

1.12.3 Legal title

The system can ensure that the institution has legal title to the object or object lot before commencing with deaccession or disposal (e.g. will not allow user to fill in deaccession or disposal fields unless the institution has demonstrated legal title).

1.12.4 Audit trail

The system can keep an audit trail on objects or object lots that have been disposed of.

1.12.5 Reason for disposal The system can document the reason for disposal

2 Management of Metadata 0

2.1 Metadata Administration

The way in which metadata is stored, tracked and recognized

0

2.1.2 Metadata import/export

The metadata about multimedia files can be imported/exported (e.g. EXIF).

2.1.3 Metadata search

The metadata about multimedia files can be searched (e.g. the user wants to find all the images created with a Canon scanner).

2.1.4 Recognition of metadata

The system can recognize existing metadata produced by digital equipment (e.g. recognize and automatically read in metadata produced by a digital camera).

2.1.5 Language of metadata

The system flags the language of the metadata.

2.1.6 Display of metadata

Users can view metadata for specified data fields, such as classification fields, and files, such as image files.

2.2 Multimedia Files The support and handling of metadata for multimedia files.

0

2.2.1 Indexing Multimedia files are indexed.

2.2.2 Sound files

The system supports sound files (*.wav, *.au, etc.). List the formats supported.

2.2.3 Associated sound files

The system can associate (link) sound files to an object.

2.2.4 Image Files

The system supports image files (*.jpg, *.gif, *.tif, etc.). List the formats supported.

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2.2.5 Associated image files

The system can associate image files to an object and the image files can be viewed within the system.

2.2.6 Streaming Data files The system can accept and deliver streaming data.

2.2.7 Associated streaming data files

The system can associate link streaming data files to an object.

2.2.8 Animation files The system supports Flash and non-Flash content.

2.2.9 Associated animation files

The system can associate (link) animation files to an object.

2.2.10 3-D images The system supports 3-D imaging. (*.mov, *.dwg).

2.2.11 Associated 3-D files The system can associate (link) 3-D files to an object or object lot.

2.2.12 Other files

Other multimedia formats are supported, including any file format currently in use by the institution. [Note: Formats to be listed by the institution.]

2.2.13 View both images and text

The system allows images and text to be viewed together on the same screen.

2.2.14 Automatic production of multiple image resolutions

They system can automatically produce images into multiple resolutions for display within the system, for reports generated by the system or for export.

2.2.15 Options for display of images

Users have access to non-destructive editing features, such as dynamic rotate or resizing, that only change the way the image is displayed.

2.2.16 Image captions The system can record a caption that is to be displayed with the image.

2.2.17 Images per object The system can associate multiple images with an object.

2.2.18 Maximum images

The supplier can provide the institution with information about the maximum number of images that can be associated with an object.

2.2.19 Tiling of images The system can tile multiple images on the screen.

2.2.20 Images stored in CMS

The database is capable of containing image files.

2.2.21 Convert images

The system allows images to be converted to multiple image file formats and resolutions.

2.2.22 Reference to original images

The system can document information about the original image (e.g. image reference number, classification, storage location).

2.2.23 Retrieval by image characteristic

The system can enable image retrieval by image characteristic (e.g. find images of objects that are a certain colour (blue), shape (round) or layout (portrait/landscape)).

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2.2.24 Search object and image info

The system can search object information and image information at the same time (e.g. search for the name of a photographer in both object record and image record).

2.2.25 Image editing

The system can provide functionality for editing digital images (e.g. colour correct, rotate, resize, resample).

2.2.26 Management of digital files

The system can rename, move, copy digital object files (.WAV, .AVI, .JPG, etc.).

2.2.27 Multimedia plug-ins The system can use plug-ins required by the institution.

2.3 Data Field Structure The way in which data fields are defined.

0

2.3.1 Date Date format can be defined by the institution (yyyymmdd etc.).

2.3.2 Money

Money ($99999.99) with the number of characters (e.g. 12) required by the institution.

2.3.3 Variable-length fields All fields can be stored as variable length fields.

2.3.4 Fixed length fields A field can be defined as fixed length when needed.

2.4 Data Validation 0

2.4.1 Numeric

Numeric values can be validated (e.g. integer only for a specific field such as number of items in a lot).

2.4.2 Real The system can validate real values (e.g. decimal numbers).

2.4.3 Alphabetic Alphabetic values can be validated.

2.4.4 Upper/lower case

The system can validate that values are the correct mix of upper or lower case (e.g. Borden number = AaAa).

2.4.5 Date The system can validate date values as defined by the institution.

2.4.6 Data Entry Tools

The system supports data entry tools to facilitate validation (e.g. date pickers).

2.4.7 Time The system can validate time data type (e.g. hh:mm:ss).

2.4.8 Fixed-length

The system can validate fixed length values (e.g. enter data which exceeds the field length, update, retrieve and display).

2.4.9 Minimum/maximum value

The system can validate minimum/maximum values (e.g. minimum value is 1 and/or maximum value is 10).

2.4.10 Pattern matching

Values can be matched against a pre-defined pattern (e.g. Canadian postal codes, US zip codes).

2.4.11 Input masks and smart data validation

The System supports input masks and/or smart data validation.

2.5 Data Update Refers to the manner in which the system keep data current.

0

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2.5.1 Real-time updates Updates are processed as soon as they are made.

2.5.2 Batch updates

Updates can be grouped and processed in a designated sequence (e.g. several changes made to different records and processed in a batch).

2.5.3 Global updates

Updates can be processed against all records (e.g. one change made to all records).

2.5.4 Validation batch updates

Validation can be applied to batch updates.

2.5.5 Validation global updates

Validation can be applied to global updates.

2.6 Indexing of Fields

Refers to the processing of data indexing tasks performed by the system.

0

2.6.1 Multiple fields to one index

One index can be used to search on many fields (e.g. the index name could be location and under the index named location would be all the location fields like room, cabinet, drawer).

2.6.2 Concatenation of fields and character string

A field and a character string can be concatenated to create a single entry in the index.

2.6.3 Updates indices automatically

Indices are updated automatically and immediately whenever a change (addition, update, deletion) in an indexed field occurs.

2.7 Vocabulary Control 0

2.7.1 Authority Control

For the purposes of this document, "authority" should be taken to mean a simple list of permissible terms (not arranged hierarchically) to be used during data entry and/or retrieval.

0

2.7.1.1 Authority control with software

Authority control is available within the software.

2.7.1.2 Update authority lists procedure

The system can provide a separate procedure to update an authority list.

2.7.1.3 Develop authority lists

Authority lists can be developed within the software.

2.7.1.4 Fields with authority control

The user can choose the fields for authority control.

2.7.1.5 Integrate pre-built authority lists

External pre-built authority lists can be integrated into the software at any time.

2.7.1.6 Authority lists for entry and validation

Authority lists can be used to assist in the entry and validation of data (e.g. user can select from the authority list during data entry).

2.7.1.7 Authority lists included in the system

The supplier can provide a list of authority lists that are included in the system.

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2.7.1.8 Authority lists for search

Authority lists can be used to assist in the formulation of search criteria (e.g. user can select from the authority list to help select terms to enter as search criteria).

2.7.1.10 Authorization to alter authority lists

The system can control permissions to add, change, and delete terms in an authority list to ensure that a specific user is authorized to make changes.

2.7.1.11 Print authority lists

All authority lists can be printed.

2.7.1.12 Several authority lists used within one field

Several different authority lists can be used within a single field (e.g. Object Name field has separate term list for Textile department, Ethnology department).

2.7.1.13 Deletion/change of terms - implications for records

The system can handle the change or deletion of an authority term if the term is currently used in the records.

2.7.2 Thesaural Control

For the purposes of this document, "thesaurus" is taken to mean a list of terms showing hierarchical, synonymous, and other relationships.

0

2.7.2.1 Thesaural control with software

Thesaural control is available within the software.

2.7.2.2 Update thesaurus files procedure

The system provides a procedure to update a thesaurus file.

2.7.2.3 Developed thesauri Thesauri can be developed within the software.

2.7.2.4 Fields with thesaural control

The user can choose the fields for thesaural control.

2.7.2.5 Integrate pre-built thesaural files

External pre-built thesauri (e.g. Thesaurus of Geographic Names, Art & Architecture Thesaurus, or a locally-built thesaurus that is already in use by the museum) can be imported and integrated with the system.

2.7.2.6 Thesauri for entry and validation

Thesauri can be used to assist in the entry and validation of data (e.g user can browse and select from the thesaurus during data entry).

2.7.2.8 Thesauri for search

Thesauri can be used to assist in the formulation of search criteria (e.g. user can browse and select from the thesaurus to help select terms to enter as search criteria).

2.7.2.9 Thesauri for term expansion during retrieval

Thesauri are used during the retrieval process to expand a users’ search to include synonyms and narrower terms (e.g. if a user searches for “Painting”, the system invokes the thesaurus to include narrower terms like “Watercolour”).

2.7.2.11 Authorization to alter thesaurus

The system can provide a control over who can add, change, and delete terms in a thesaurus file.

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2.7.2.12 Homonyms within thesaurus

The system can handle homonyms within the thesaurus and prompt users towards options (e.g. "drum" as a percussion instrument or as a container).

2.7.2.13 Thesaurus viewed hierarchically

The terms in the thesaurus can be viewed and browsed hierarchically.

2.7.2.14 Unauthorized term

The system can create and use an unauthorized term which can then be marked for review at a later date.

2.7.2.15 Print thesauri files All thesaurus files can be printed.

2.7.2.16 Display all thesaurus information

The system can display all information associated with a thesaurus term (e.g. relationships, definition, scope notes, etc.).

2.7.2.17 Several thesauri used within one field

More than one thesaurus can to be used with a single field (e.g. Object Name field has separate thesauri for Textile department, Ethnology department, etc.).

2.7.2.18 Monolingual and multilingual thesaurus, ISO standard

The system can support ISO 25964-1:2011 - Information and documentation -- Thesauri and interoperability with other vocabularies -- Part 1: Thesauri for information retrieval.

2.7.2.19 Development of multilingual thesauri

Multilingual thesauri can be developed within the software.

2.7.2.20 Development of monolingual thesauri

Monolingual thesauri can be developed within the software.

2.7.2.21 Change of terms - implications for records

The system can handle the change of a thesaurus term if the term is currently used in the records.

2.7.2.22 Change of terms - implications for narrower terms

The system can handle the change of a thesaurus term which has narrower terms linked to it.

2.7.2.23 Deletion of terms - implications for records

The system can handle the deletion of a thesaurus term if the term is currently used in the records.

2.7.2.24 Prevent deletion of terms which have narrower terms

The system will prevent the user from deleting a thesaurus term which has narrower terms linked to it.

3 User Interface 0

3.1 Help Features 0

3.1.2 Tutorial available The system has an integrated tutorial.

3.1.3 On-line help The system can provide on-line Help.

3.1.4 Help on request The system only offers Help when requested.

3.1.5 Context-sensitive help

When the help function is invoked, the information displayed always relates to the process being executed (e.g. while in query invoke help).

3.1.6 Help at the field level

Help is available to describe the proper content of a field during data entry or retrieval.

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3.1.7 Self-explanatory help

The on-line help is self-explanatory (must not consist only of codes that requires the operator to consult a manual).

3.1.8 User-defined help The system allows users to add to or change the current help information.

3.1.9 User-built help file

The system allows users to build their own help files (e.g. adding help for a field which currently does not have help).

3.2 Data Entry 0

3.2.1 Repeatable field

The system allows a field entry to be flagged as being repeatable for subsequent entries until the flag is removed.

3.2.2 Repeatable multiple entries

The system allows multiple entries to be flagged as being repeatable for subsequent entries until the flag is removed.

3.2.3 Record duplication

The system allows data duplication to be performed automatically at the record level.

3.2.4 Default Values

The system allows any data field to be assigned a start-up default value that will be automatically entered for new entries (e.g. department name).

3.2.5 Mandatory fields The system allows any number of fields to be flagged as mandatory.

3.2.6 Override mandatory fields

The system allows mandatory fields to be temporarily overridden.

3.2.7 Calculated fields

The system allows field entries to be calculated from other field entries or constants (e.g. taxes are set at a fixed rate and calculated automatically).

3.2.8 Cut and paste

The system allows cut and paste operations (e.g. cut a field and paste it to another field within the same document).

3.2.9 Fields copying

The system allows copying of fields selectively from one record to another (e.g. copy two fields from an existing document into a new document).

3.2.10 Data formatting

The system can support text format standards (italic, bold, underline, etc.).

3.2.11 Macros

The system can record information inside macros to speed data entry (e.g. create a new document, update, retrieve and display).

3.2.12 Hot-key

The macros can be executed for data entry purposes by pressing special key combinations (e.g. Ctrl + R will execute a macro to print the document that has been entered).

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3.2.13 Search and replace within record

The system can offer a search and replace function within a single record during the data entry process (e.g. identify a source name, search for the name within one record only, and replace with new text).

3.2.14 Search and replace between records

The system can offer a search and replace function between records during the data entry process (e.g. identify a source name, search for the name across the database, and replace with new text).

3.2.15 Import data from other sources for part/entire records

The system can draw date from required formats, such as Microsoft Office, open source files, etc.

3.2.16 Field level controls

The system allows the institution to set controls over mandatory/optional settings for each field to set the default value of a field and to apply input masks.

3.2.17 Date pickers The system includes a date-picker.

3.2.18 Spell checker There is an on-line spell checker.

3.2.19 Language of spell checker

Users can choose the language of the spell checker.

3.2.20 Add terms to spell checker

Users can add terms to the spell checker.

3.3 Date Formats 0

3.3.2 Date entry The system supports date pickers and pop-up calendars.

3.3.3 Date searching The system can specify the date format for searching.

3.3.4 Date display The system can specify the date format for display.

3.3.5 Date output The system can specify the date format for output (e.g. reports).

3.3.6 Attribution dates

The system supports approximate dates (e.g. prior to, later than, circa, ?, BC, AD).

3.3.7 Date conversion

The system can convert dates to a standard format (e.g. when entering dates different formats (050596, 05 MA 96, 05 May 1996, 19960505, 960505) can be entered and the system will convert to a standard format).

3.3.8 Unknown dates The system allows unknown dates to be entered as such (e.g. unknown).

3.4 User Customization 0

3.4.1 Data entry screen(s) The system allows users to customize the layout of data entry screens,

3.4.2 Data retrieval screen(s)

The system allows users to customize data retrieval screens (e.g. on the data retrieval screen change a field label, retrieve and display a document).

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3.4.4 Error messages

The system allows users to customize error messages (e.g. generate an error message, change the wording in the error message, invoke new error message).

3.5 Bilingual (English/Portuguese)

0

3.5.1 Alternate language The system can function in an alternate language.

3.5.2 Language selection at login time

The system allows an alternate language to be selected at login time.

3.5.3 Language selection on any screen

The system allows an alternate language to be selected from any screen.

3.5.4 English or Portuguese information

The system allows all information to be displayed in either language (e.g. English or Portuguese).

3.5.5 English and Portuguese information

The system allows all information to be displayed in both languages (e.g. English and Portuguese).

3.6 Other Languages 0

3.6.1 UTF-8 The Unicode UTF-8 character-set standard is supported.

3.7 Web Interface 0

3.7.1 Access via Internet The system can provide access through a web browser.

3.7.2 Consistent between platforms

The system can provide full functionality through a web browser.

3.8 Accessibility

The system supports tools for ensuring the user interface and content is accessible to people with disabilities.

0

3.8.1 Alternative formats The system supports alternate formats for accessibility.

3.8.2 Input methods The system offers a choice of input methods.

3.8.3 Output methods The system offers a choice of output methods.

4 Query 0

4.1 General Requirements 0

4.1.1 Query using native language

A query can be executed using the query native language.

4.1.2 Formatted screens The system can use formatted screens to execute a query.

4.1.3 Query any field A query can be run against any field.

4.1.4 / 4.1.5 / 4.1.6 Boolean AND; OR; NOT

The boolean operator AND is accepted.

4.1.7 Nesting expressions

The system can enter nested searching expressions in the command line or search box (e.g. First Name=TOM AND ((Surname=SMITH) OR (Surname=BROWN)) to a level required by the institution.

4.2. Range Searches 0

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4.2.1 Search operators

Range searches using the =,<,> operators are accepted (e.g. find artists whose birth dates are greater than or equal to 1950).

4.2.2 Range searches on numeric fields

Range searches on numeric values are accepted (e.g. find all objects in the database that have a value between $5,000 and $10,000).

4.2.3 Range searches on date fields

Range searches on date fields are accepted (e.g. find all objects that were accessioned between May 12, 1999 and June 14, 2000).

4.2.4 Using attribution dates

Date arithmetic can be performed on date fields with attributions (e.g. there is data that is c1945. Find everything from 1920-1944 will be including a search of ‘c1945’).

4.2.5 Range searches on character fields

Range searches on alphanumeric fields are accepted.

4.3 Wilcard Searching 0

4.3.3 Wildcard on any field The use of wildcards on any field is accepted.

4.3.4 Character substitution

The use of wildcards for any character substitution is accepted (e.g. "sm*th" finds both "smith" and "smyth").

4.4 Query Results 0

4.4.1 Save results

The system allows the results from a query be saved for future use. (Not saving the query, but saving the results from the query).

4.4.2 View results in alternative format

The results of the query can be displayed and formatted in the data entry screen.

4.4.3 Default format The system has a default record display order.

4.4.4 Object display order The system has a default field display order.

4.4.5 Define default field display order

The system allows the default field display order to be changed.

4.4.6 Field display The system can select the fields to be displayed.

4.4.7 Forward, backward browsing

The system can browse forward and backward through individual records and/or groups of records.

4.4.8 Carry forward

When viewing a record that has many screens, the system can carry forward basic information which identifies the record (e.g. unique key, accession/catalogue number, object lot).

4.4.9 Relative position

The system can indicate the relative position of the current screen within the record or set of records being displayed (e.g. Screen N of N or Record N of N).

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4.4.10 Access to related objects

The system can retrieve and display related objects based on their whole/part relationship (e.g. retrieve a record with a whole/part relationship, display all related information).

4.4.11 Sort results

The results from a query can be sorted by various fields (e.g. perform a query, sort results on 3 different fields and display the documents).

4.4.12 / 4.4.13 Ascending and Descending

The results from a query can be sorted by various fields in ascending/descending order (e.g. perform a query, sort the results in ascending/descending order, and display the documents).

4.5 Features 0

4.5.4 Presence/absence searching

The system allows searches for the presence of a value or expression or for the absence of a value or expression (e.g. search for the presence of a value, then search for the absence of a value).

4.5.5 Non-indexed fields Searches can be performed on non-indexed fields.

4.5.6 Multiple field searches

The system allows a search to be performed on multiple indexed and not-indexed fields.

4.5.7 Query hit list The system can browse through lists of previous queries.

4.5.8 Number of hits The system can inform the user of the number of hits (query results).

4.5.10 Search refinement

The system can refine search results with new search criteria (e.g. a search was done for Tom Thomson paintings; a new criterion is used to find the Emily Carr paintings in the same result set, narrowing it).

4.5.12 Search history The system can provide a facility for displaying previous search results.

4.5.13 Review results in query mode

The system can view the results from a query without having to exit the query function.

4.5.14 Modify query Once a query has been executed, it can be modified for re-execution.

4.5.15 Save query A query can be saved for future use.

4.5.16 Print query results Query results can be printed.

4.5.17 Simple (Google style) search

A simple Google-type search interface is available to the public.

5 Reports 0

5.1 Pre-defined Reports

Reports that have been designed and created in a specific layout format and that are available within the software.

0

5.1.1 Pre-defined reports provided

The system comes with a series of pre-defined reports that can be generated in file formats required by the institution.

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5.1.2 List pre-defined reports

List the pre-defined reports available (e.g. accession/catalogue number, artist/maker, object, source).

5.1.3 Change pre-defined reports

The system can change a pre-defined report.

5.1.4 Save changed reports The system can save a changed report as a new report for future use.

5.1.5 Specify sort order

The system allows the user the flexibility to specify the sort order of a pre-defined report.

5.1.6 Frequency report

The system can provide a frequency report for any field (e.g. Object Name - 10 dolls, 5 chairs).

5.1.7 Concatenated fields

The system can provide a frequency list for any concatenation of fields (e.g. Object Name, Object Type (10 chairs; rocking, 11 chairs; arm)).

5.1.8 Count of terms

The system can provide a frequency report on a count of unique terms (e.g. a query for Tom Thomson finds 300 works. Provide a frequency list for the object name field - 100 paintings, 200 sketches).

5.1.9 Records processed

The system can provide a frequency report with totals (e.g. total number of records processed).

5.1.10 Offline object worksheets

The user can work off-line on printed or electronic worksheets and use the system to synchronize changes for the database.

5.1.11 User input

The system can provide a pre-defined report in columnar format with user input required (e.g. pre-defined report with six columns, user specifies the fields, headings, and the width of columns).

5.1.12 Modify report format

The system allows users to temporarily change a pre-defined report.

5.2 User Defined Reports 0

5.2.1 General Requirements

Ways in which users can choose and limit data for reporting.

0

5.2.1.1 User defined reports

The system allows users to define reports.

5.2.1.2 Copy and modify reports

The system allows the user to copy an existing report, modify it and create a new report.

5.2.1.3 Labels The system can create labels using any fields defined by the user.

5.2.1.4 Generate form(s) The report generator can generate a form (e.g. legal form).

5.2.1.5 Include/exclude fields

The report generator allows any field(s) to be included or excluded from a report in administrator mode.

5.2.1.6 Full boolean search The report generator allows the use of boolean searches.

5.2.1.7 Sort on any field The report generator sorts on any field.

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5.2.1.8 / 5.2.1.9. Ascending / Descending sort

The report generator sorts fields in ascending / descending sequence.

5.2.1.10 Calculates totals

The report generator calculates totals (e.g. total insurance value for the entire collection).

5.2.1.11 Calculate sub-totals

The report generator calculates sub-totals (e.g. total insurance value for entire collection by department with sub-totals).

5.2.1.12 Columnar reporting

The report generator produces columnar reports (e.g. select a group of records, sort by object number, print these fields in columns - object number, object, location).

5.2.1.13 Redefine field names

The report generator allows for field names to be customized when printed (e.g. Object Name field name changed to Name of Object).

5.2.1.14 Report browsing The system allows users to browse reports.

5.2.1.15 Indication of progress

When a report is run on-line, the system displays an indication of progress (e.g. scale or percentage completed).

5.2.1.16 Report display on screen

The user can view the output from a report on the screen.

5.2.1.17 Reports printed The user can print the output from a report.

5.2.1.18 Reports saved on disk

The system allows users to save reports on disk (e.g. save output form report, retrieve report from disk and display).

5.2.1.19 Reuse saved output

The system allows the saved output from the report to be reused (e.g. retrieve the saved report from 5.2.1.19 and display in a Word Processing Package).

5.2.2 Formatting Features Ways in which users can define the look of reports.

0

5.2.2.1 Text formatting

The system supports text format standards including diacritics and different fonts.

5.2.2.2 Document formatting

The system supports document formatting including headers and footers, margin control.

5.2.2.3 Date produced The report generator outputs the date that the report was generated.

5.2.2.4 Date formats The report generator outputs the date that the report was generated in various date formats selected by the user.

5.3 Document Production Ways in which users can define the outputs of system-created reports.

0

5.3.1 Templates

The system has the functionality to edit report and other templates by administrators. It is possible to change report templates without system customization.

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5.3.2 Web Reports The system can create reports in accessible HTML.

5.3.3 Emails The system can generate emails based on user-defined triggers.

5.4 Visual representation of data

Features that would allow users to see broad data categories through visual representations, rather than through lists.

0

5.4.1 Browsing taxonomies

The system can highlight or visually represent characteristics of taxonomies, such as taxonomy structures, or usage and search statistics.

5.4.2 Temporal data

Temporal data can be rendered through timelines or other forms of visualization.

5.4.3 Geographic data

The system can render geographic data through maps, floor plans or other visualization formats.

6 Enhanced Collections Management 0

6.1 Rights and Reproductions

The documentation and management of information about the reproduction of objects, including the preparation of images, casts, and models.

0

6.1.1 Rights and Reproductions Management

The system integrates a variety of rights management schemes (Canadian copyright, CC, other jurisdictions) into its workflow.

6.1.2 Record copyright ownership

The system can document ownership of copyright of an object.

6.1.3 Ownership of copyright of reproductions

The system can document the ownership of copyright of any reproduction.

6.1.4 Document information about reproductions

The system can document information about reproductions of objects, including images, casts and models.

6.1.5 Access to reproductions by unique local number

The system allows reproductions to be accessed via the unique local number (e.g. if any type of reproduction exists can it be documented and searched via the unique number (accession number, reproduction number, Borden number).

6.1.6 Illegal Reproduction

The system can incorporate features to discourage the illegal reproduction of the digital image (watermarks).

6.1.7 Copyright

The system can record the copyright information for both the master digital image and its surrogates.

6.1.9 Print images The system can print any image.

6.1.10 Print image/text and copyright

Notification of copyright is provided upon printing of images/text.

6.1.11 Sale of images

The system can deal with the sale of images (digital/printed) (e.g. Client name, address, order quantity and price).

6.1.12 E-commerce The system connects to a third party e-commerce service.

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6.1.13 Receipt The system can produce a receipt for the sale of images.

6.1.14 Link to Object record

The system can link the sale of image to the object record (e.g. does the object record now indicate that one reproduction of the object exists?).

6.1.15 Physical characteristics

The system can document the physical characteristics of the image file (e.g. resolution, colour depth or compression).

6.2 Public Access and Engagement

The system’s capacity to support public viewing of and input into information accessed by the public.

0

6.2.1 Searching module The system can provide a searching module for public access.

6.2.2 Internet public access The system can provide public access via Internet.

6.2.3 Subset access Public users can define subsets at a level controlled by the institution.

6.2.5 Alternate language The system allows the selection of an alternate language by the public.

6.2.7 Multiple databases

The system allows the public to select the database of choice (e.g. If an institution has many departments, can the public select only one or two?).

6.2.8 View selected fields The system allows viewing only selected fields.

6.2.9 Search refinement The system allows the public to refine searches, both by including other search criteria and amending existing ones.

6.2.10 Save searches The public can create accounts to save searches and results.

6.2.11 Collect information from public

The system can collect information from the public.

6.2.12 Print results The system allows the public to print the results from searches.

6.2.13 Print control

The system allows the institution to control the format, content and the number of records to print.

6.2.15 Printing of images The system allows images to be printed by the public over the web.

6.2.16 Visitor statistics The system can run statistics on visitors, hits, etc.

6.3 Customization Customization of workflows, data entry fields, reports, controlled vocabularies, event types, and access control levels.

0

6.3.1 Customization by the supplier

The software can be customized by the supplier.

6.3.2 Customization by the user

The software can be customized by the user.

7 Technical Requirements 0

7.1 Import/Export Functions

0

7.1.1 Import Files 0

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7.1.1.2 Field selection available

The system can import ASCII files and load the information into specific fields (e.g. create a word processing file containing information for Accession Number and Object Name; import to specific fields).

7.1.1.3 Summary report

The system can generate a summary report for the import function listing such things as number of records read, rejected, accepted, etc.

7.1.1.4 Field validation The system can perform field validation when importing data.

7.1.1.5 Duplicate checking When importing records, the system can check for duplicate records.

7.1.1.7 Bypass field validation

The system can permit bypassing of field validation during imports and generate appropriate error reports.

7.1.1.8 Hold for verification

For records that have failed data validation during import, the system can produce an error report or hold these records for user verification (e.g. import data with an invalid term to an authority-controlled field).

7.1.1.9 Long fields

The system can provide a report if data has been rejected or truncated on import.

7.1.1.10 Import XML The system can import in XML.

7.1.2 Export Files 0

7.1.2.3 Field selection available

The export function allows the selection of fields to be exported (e.g. export the Accession Number and Object Name data from records imported).

7.1.2.4 Summary report

The system can generate a summary report for the export function listing such things as number of records read, number of records exported, etc.

7.1.2.5 Flag data records The system can flag the record(s) that have been exported.

7.1.2.6 Flag data fields The system can flag the fields that have been exported.

7.1.2.8 Object linking

The system supports object linking or equivalent (e.g. link to a Word document within a text field).

7.1.2.10 Export XML

The system can export in XML in a standard (e.g. Dublin Core or SPECTRUM) or customizable format.

7.1.3 Interface with Other Software

0

7.1.3.1 Word processor

The system allows data to be imported from and exported to word processing software.

7.1.3.2 Spreadsheet

The system allows data to be imported from and exported to spreadsheet software.

7.1.3.4 ODBCCompliant

The system allows queries to be performed from outside the institution using ODBC (Open Database Connectivity).

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7.1.3.5 Interoperability The system can exchange data with other systems based on interoperability standards (e.g. OAI, Dublin Core).

7.2 Documentation & Support

0

7.2.1 User documentation

The supplier can describe options for user documentation, release notes and updating documentation.

7.2.3 On-line documentation

All documentation is available on-line.

7.2.4 Documentation for new users

A ‘quick start’ version of the full documentation is available to support new users.

7.2.5 System documentation

The supplier can fully describe the components of the system, including base software.

7.2.7 Data dictionary formats

The data dictionary is available electronically or online, and it is included as part of the documentation package.

7.2.8 Customized modules

The system can be customized to add functions specific to disciplines (e.g. separate module for ethnology, history or fine arts).

7.2.9 Source code provided Does the vendor provide access to the source code?

7.2.10 Protection

The supplier agrees to have a machine-readable copy of the full source code for all the purchased software, plus necessary supporting documentation, delivered to an agreed third party at the time of installation and with each new release.

7.2.11 Institution’s rights if the supplier withdraws from business

The supplier can confirm and provide proof that the institution will have the right to maintain and develop the collections management system itself if the supplier withdraws from business or from supplying the system.

7.3 Training 0

7.3.1 Training included with software

The supplier can describe and provide costs related to all training options, including specialized and customized training (e.g. security and control, backups, and system administration).

7.3.2 Third-party training Third-party suppliers are in place to provide training.

7.3.3 On-site training The training will be provided at the client site.

7.3.4 Train-the-trainer option

The supplier can provide or support a train-the-trainer program.

7.4 Features

Data fields and tasks related to specialized collections, topics or disciplines relevant to collections.

0

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7.4.1 Discipline

The system has built-in modules or functions specific to discipline (e.g. separate module for ethnology, history or fine arts).

7.5 Special Features

Data fields and tasks related to special forms or types of information relevant to collections

0

7.5.1 Customized sort table

The system allows sort tables to be customized to change the order (collating sequence) of the results (e.g. sort accession numbers in a logical order).

7.5.2 Saving sort table The system allows a modified sort table to be saved for further use.

7.5.3 Multi-tasking

The system lets the user interrupt what they are doing to perform other tasks.

7.5.4 Reminder function The system can interrupt a user to do other tasks.

7.5.5 Measurement conversion

The system can automatically convert and display imperial and metric measurements.

7.5.6 Converts measurements on reports

The system can automatically convert imperial and metric measurements for reports.

7.5.7 Selection of measurements

The system allows users to select preferred measurement units for data entry, display, reports, etc.

7.5.8 Overrides converted measurements

The system can change the values of the converted measurements (e.g. change converted measurements while in data entry mode).

7.5.9 Support bar codes The system supports bar code information.

7.5.10 Bar code labels The system can produce bar code labels.

7.5.11 Bar code software Bar code support software comes with the system.

7.5.12 Support bar-code scanners

The system allows information scanned by a bar code scanner to be loaded into the collections management system at a later time.

7.5.13 Supports OCR The system supports Optical Character Recognition (OCR).

8 System Administration 0

8.1 Security The way in which the system handles the identity of users and the control and tracking of permissions to change data.

0

8.1.1 Multi-level security

The system provides security for different levels of user (e.g. Administrator, Data Entry clerk, Curator, Public Access, Scholarly research).

8.1.2 User ID security The system requires user-id for access to the system.

8.1.3 Password security The system requires all users to enter a password for access to the system.

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8.1.4 Password administration

The system has procedures for initiating and changing passwords.

8.1.5 User function security

The system allows system administration to define security at the function level (e.g. allow a user to access data entry functions only).

8.1.6 File security

The system allows system administration to control access, for different levels of user, to one or more specific files.

8.1.7 Field(s) security

The system provides controls to limit access to one or more specific fields within the system (e.g. amending location information).

8.1.8 Record(s) security

The system provides controls to limit access to a specific record or group of records within the system.

8.1.9 Security by discipline

The system provides controls to limit access to one or more specific disciplines within the system.

8.1.10 Record amendment security

When a record is being amended by a user, that record is protected from being changed or deleted by other users.

8.1.11 / 8.1.12 Record locked & available

When a record is being amended by a user, that record is available to other users in read-only mode or unavailable to other users.

8.2 Index(s) The administration of indexing activities. 0

8.2.1 Change of index System administration can change the index of any field.

8.2.2 Restructuring of affected indexes

System can be used while indexes are being rebuilt.

8.3 Backup

The system’s role in creating and storing back-ups of data, interfaces, configurations, metadata, data structures, reports etc.

0

8.3.1 Backup and recovery process

The software has a built in backup and recovery process.

8.3.2 Back-end database back-up and recovery

The standard functionality of the back-end database will completely back-up and recover the system. This includes data, settings, transactions, users, interface, etc…

8.3.5 Backup process

The system has a built-in backup process or can use the standard functionality of the back-end database for backups.

8.3.6 Recovery process

The system has a built-in recovery process or can use the standard functionality of the back-end database for recovery.

8.3.9 Automate backups

The backup process can be automated. Briefly describe how the backup process is automated.

8.3.10 Automate recovery

The recovery process can be automated. Briefly describe how the recovery process is automated.

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8.4 Audit Reports Options for reporting on the system itself, rather than the data in the system.

0

8.4.1 Audit report on data

The system provides a report of all newly created/amended/deleted records (e.g. display the report of all newly created/amended/deleted records).

8.4.2 Deleted records For deleted records, the audit report contains all contents.

8.4.3 Audit report on changes

The system provides a report of all changes in a record.

8.4.4 User access profiles The system provides a report of all user access profiles.

8.4.5 Audit report on user activity

The system provides a report by user id of login/logout time on the system over a specific period (e.g. list login/logout times for each user).

8.4.6 Audit report on module activity

The system provides a report of functional usage by user ID of system activity over a specific period (e.g. list the number of times each type of system activity (report, query, accession) was accessed on a certain day by a user.

8.4.7 Audit module usage

The system provides a report by system activity on user access over a specific period (e.g. for each system activity (report, query, accession, etc.) list each user who accessed on a particular day).

8.4.8 Query report The system provides a report of the queries performed by users.

8.4.10 System limits

The system can support the number of objects managed now and anticipated to be managed in # years.

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Anexo 2 - Análise de Respostas aos inquéritos por

Questionário

J&F Rita Marisa Simão Desvio Médio

1 Management of Objects 541 930 581 570 137,25

1.1 Object Entry Process

The management and documentation of the receipt of objects that are not currently part of the collections. These objects may or may not eventually be accessioned.

36 56 41 40

6,38

1.1.1 Uniquely identify objects on deposit

The system can uniquely identify newly received objects or object lots, and assign a unique local deposit number which can be differentiated from accession numbers.

3 10 3 3

2,63 1.1.2 Acquisition or loan records

The system can use entry records as a basis for acquisition or loan records. 9 9 9 10 0,38

1.1.4 Receipts The system can provide a receipt for the owner of the objects or object lots on deposit. 2 8 2 4

2,00

1.1.6 Record reason for deposit of object

The system can link the deposit of the objects or object lots to a type of event (e.g. valuation, conservation treatment, identification or potential acquisition.)

9 4 9 7

1,75

1.1.7 Finite end to deposit

The system can allow the user to designate a finite end to the period that objects or object lots are temporarily deposited with an institution.

4 8 9 7

1,50

1.1.8 Notification of end to deposit

The system can provide notification about the end of a deposit (e.g. a reminder that the user has to do something, or generate a report).

2 9 2 4

2,38

1.1.9 Objects returned to owner

The system can record that deposited objects or object lots have been returned to the owner as required (e.g. track that the objects have been returned with a return date).

7 8 7 5

0,88

1.2 Acquisition Process The management and documentation of the addition of objects or object lots to the collection.

57 81 64 71 7,75

1.2.1 Basic Information captured

The system records basic information, determined by the institution, about the object or object lot, e.g. Object number, object name, brief description, number of objects, acquisition date, acquisition method, acquisition source, transfer of title, current location, location data and permanent collection

10 10 10 10

0,00

1.2.2 Accession by lot

The system can accommodate accessioning by object lot. This means that it can assign a unique local number to a group of objects that are being accessioned together. The separate objects in the lot may eventually be numbered separately.

4 8 4 7

1,75

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1.2.3 Unique system number assigned

The system can ensure that a unique system number is assigned to all objects or object lots. 10 10 10 10

0,00

1.2.4 Local unique numbers

The system can accommodate non-system local unique numbering systems (e.g. accession numbers in a wide variety of formats, Borden numbers).

4 7 4 4

1,13

1.2.5 Previous number The system can document previous number(s) assigned to the acquired objects or object lots. 8 10 10 10

0,75

1.2.6 Source The system can record source information (e.g. acquisition source, title, surname, address) about objects or object lots.

7 10 10 10 1,13

1.2.7 Justification of acquisition

The system can record the justification for acquisition of an object or object lot (e.g. reason for acquisition, supporting documentation).

6 9 8 6

1,25

1.2.8 Title transfer

The system can note the transfer of title to the acquiring institution (e.g. method of acquisition, evidence of original title, signature confirming transfer of title, brief description of objects or object lots, and previous owner information).

3 9 3 8

2,75

1.2.9 Accessions register maintained

The system can ensure that an accessions register is maintained, describing all acquisitions and listing them by number.

5 8 5 6 1,00

1.3 Inventory Control Process

The maintenance of up-to-date information identifying all objects or object lots for which the institution has a legal responsibility, including objects on loan, not-yet-accessioned, or previously undocumented items and enquiries.

33 50 42 46

5,25

1.3.1 Object location The system can document details about the current location of objects or object lots. 9 10 9 9

0,38

1.3.2 Object status

The system can indicate the status of all objects or object lots. For example, indicate whether the object or object lot is accessioned, not-yet-accessioned, loaned, exhibited, deaccessioned or missing).

7 10 7 9

1,25

1.3.3 Basic physical inventory The system can record basic physical inventory information (e.g. record location, date inventoried, staff name).

7 10 10 10 1,13

1.3.4 Spot-checking (verifying inventory information)

The system can document the process of spot-checking to verify the location of an object or object lot, and other inventory information (e.g. record the date checked, checker's name).

7 10 9 9

0,88

1.3.5 Distinguish between spot check and inventory

The system can distinguish between information that has been gathered during an inventory, and during a spot check (e.g. field identifying whether the information was gathered during inventory or during spot check, or separate fields for inventory and spot check information).

3 10 7 9

2,25

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1.4 Location & Movement Control Process

The documentation and management of information concerning the current and past locations of all objects/object lots in the institution's care to ensure that the institution can locate any object at any time.

99 166 106 126

21,75

1.4.1 Record of permanent location

The system can provide a record of the location where an object or object lot is normally displayed or stored (e.g. permanent location).

8 10 10 9

0,75

1.4.2 Location field The location field can be made mandatory, even if a location is ‘unknown’. 7 10 7 9 1,25

1.4.3 Location search The system can retrieve information about objects or object lots by location. 5 10 5 7 1,75

1.4.4 Unique local number search

The system can enable access to location information by unique local number (e.g. Borden number, accession number).

5 9 4 5 1,63

1.4.6 Previous location field

The system can ensure that when an object or object lot is relocated the previous location details, including date, are automatically transferred to a previous location field.

6 10 6 6

1,50

1.4.7 Date moved field The "date moved” field is maintained automatically. 4 10 2 5 2,38

1.4.8 Override date moved field There is a provision to override the "date moved" field. 9 9 9 7 0,75

1.4.9 Location of parts

The system can attach distinct locations to parts of a single object, or single items within an object lot (e.g. indicate that the teapot is on display, but the rest of the tea set is in storage).

7 10 10 9

1,00

1.4.10 Group relocation

The system allows for the relocation of a group of objects, including parts of a single object or items within an object lot, by globally changing the location while still maintaining controls and authorizations.

6 10 8 7

1,25

1.4.11 Temporary location The system can issue a notification when temporary time limits on locations have been reached.

2 10 2 7 3,25

1.4.12 Person responsible The system can record the person who moved objects or object lots. 8 10 6 9 1,25

1.4.13 Authorizing movements The system can note the members of staff responsible for authorizing movements of objects or object lots.

4 10 8 7 1,75

1.4.14 History of authorization for object movement

The system can record the history of authorization of movements of objects or object lots.

4 9 4 9 2,50

1.4.15 Transfer

The system allows the transfer of responsibility for objects or object lots between collections within the institution (e.g. transfer from costume to ethnology collection).

6 10 6 9

1,75

1.4.16 Movement audit trail

The system can provide an audit trail for any movement of objects or object lots across the physical or administrative boundaries of the organization.

7 10 8 7

1,00

1.4.17 Handling and packing The system can document information about the handling, packing, storage and display of objects or object lots.

4 10 4 8 2,50

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1.4.18 History of movement The system can record an unlimited number of previous locations for an object or object lot. 7 9 7 6

0,88

1.5 Cataloguing Process The compilation and maintenance of primary information describing, formally identifying, or otherwise relating to objects in the collection.

52 76 42 37

12,25

1.5.1 Ownership The system can provide reference to ownership of the object or object lot. 8 9 8 9 0,50

1.5.2 Object history The system can document the history of the object or object lot (e.g. historical data). 8 10 10 8

1,00

1.5.3 Ownership history The system can document the history of the ownership of objects or object lots. 7 9 7 6 0,88

1.5.4 Scholarly research The system allows information produced by researchers to be recorded (e.g. reference to research files, or actual research data).

10

0,00

1.5.5 Publication history The system can record references to the object that appear in publications. 8 9 0,50

1.5.6 Frames and other supports

The system can document information about frames and other supports. 7 10 7 4 1,50

1.5.7 Reference to files An object record can include references to documents or records outside of the collections system.

7 9 1,00

1.5.8 Whole or parts relationships

The system allows for the management of information about relationships between parts of a single object, between single items within an object lot, and between multiple objects.

7 10 10 10

1,13

1.6 Conservation Management Process

The documentation and management of information about the conservation of objects from a curatorial and collections management perspective.

43 68 45 40

9,50

1.6.1 Request for conservation The system can record request or recommendations about conservation work for an object, object part, or object lot.

8 10 7 8

0,88

1.6.2 Examinations

The system can record the process and results of conservation examinations and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

7 10 7 6

1,25

1.6.3 Preventive measures

The system can record any preventative measures that are taken and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

8 10 8 5

1,38

1.6.4 Treatments

The system can record any remedial treatment and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

7 10 10 4

2,25

1.6.5 Conservation history The system can document the history of the conditions and treatments of an object. 8 9 8 8

0,38

1.6.6 Notification of treatment call-backs

The system can send an email or other notification triggered by an event in the conservation workflow (e.g. 5 years after an object is repaired or examined).

2 10 2 6

3,00

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1.6.7 Access to information by unique local number

The conservation information is accessible via the object's unique local number (Borden number, accession number, etc.).

3 9 3 3 2,25

1.7 Risk Management Process

The management and documentation of information relating to potential threats to an institution's own collection and the objects and object lots for which it is temporarily responsible.

11 28 19 12

6,00

1.7.1 Information on threats The system can document information relating to potential threats to an institution’s collections.

2 10 6 4 2,50

1.7.2 Preventative measures The system can document information on preventive measures. 2 9 6 4 2,25

1.7.4 Accountability

The system can enable accountability for any object or object lot during and after a disaster (e.g. generate lists of objects by location, condition, or institution's liability).

7 9 7 4

1,38

1.8 Insurance Management & Valuation Control Process

The documentation and management of the insurance needs of objects in an institution's permanent collection, and those for which it is temporarily responsible (such as loans or deposits).Valuation control is the management of information relating to the valuations placed on individual objects or groups of objects, normally for insurance/indemnity purposes.

27 67 26 47

15,25

1.8.1 Appraisal The system can document information about appraisals. 7 10 7 8 1,00

1.8.2 Appraiser The system can document information on people who perform appraisals. 2 9 2 7 3,00

1.8.3 Value history

The system can document information relating to the history of valuation placed on individual objects, object lots or other groupings of objects.

2 9 2 7

3,00

1.8.4 Valuation information confidentiality

The system can help to ensure that valuation information is treated in confidence and not released to anyone without the appropriate authority (e.g. only authorized users can access the valuation information).

7 10 7 7

1,13

1.8.5 Objects appropriately insured

The system can check that all the objects in an institution's care are appropriately insured (e.g. report on insurance values, policy numbers, and policy expiry dates).

3 10 3 7

2,75

1.8.6 Insurance claim

The system can document all decisions and actions in the institution's response to insurance claim(s) including cross reference to paper files.

4 9 3 5

1,88

1.8.7 Notification of renewal

The system can provide notification when insurance policies need to be reviewed and renewed (e.g. a reminder that the user has to do something or generate a report).

2 10 2 6

3,00

1.9 Exhibition Management Process

The management and documentation of temporary exhibitions and permanent displays from the curatorial and collections management perspective.

26 76 26 25

18,88

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1.9.1 Exhibitions & Displays process

The system supports the management and documentation of both analog and digital exhibitions.

10 0,00

1.9.2 Analog and Digital Exhibitions

Analog and digital exhibits can be coordinated or managed separately. 9 0,00

1.9.3 Object reservation The system can place notices of reserves of objects or object lots for special events. 8 10 7 5 1,50

1.9.4 Document research The system can document research for an exhibition or display. 3 9 3 5 2,00

1.9.5 Exhibition tracking The system can document information about an exhibition's itinerary. 2 9 2 5 2,50

1.9.6 Object exhibition history The system can document the history of exhibition activities. 5 10 5 5 1,88

1.9.7 Exhibition history of objects

The system can document the exhibition history of specific objects. 8 10 9 5 1,50

1.9.8 Online Exhibit Management

The system can create accessible web pages for online/digital exhibits. 9 0,00

1.10 Dispatch Process The management and documentation of objects or object lots leaving the institution's premises.

19 30 17 25 4,75

1.10.1 / 1.10.2 Location information about accessioned and un-accessioned objects

The system can maintain location information for accessioned and un-accessioned objects or object lots leaving the institution's premises.

7 10 8 8

0,88

1.10.3 Responsibility The system can record information about persons responsible for authorization of the dispatch of objects or object lots.

8 10 5 8 1,38

1.10.4 Transportation The system can document details about transportation of objects or object lots. 4 10 4 9 2,75

1.11 Borrowing and Loaning 104 184 105 72 33,88

1.11.1 Borrowing

Managing and documenting the borrowing of objects for which the institution is responsible for a specific period of time and for a specified purpose, such as display, research, education, or photography.

30 49 29 18

8,75

1.11.1.1 Automatic loan number

For incoming loans, the system can automatically assign a unique loan number to objects or object lots within the loan.

8 10 8 4 1,75

1.11.1.2 Establish periods The system can designate fixed periods for incoming loans. 8 9 8 4 1,63

1.11.1.3 Special considerations

The system can document special considerations regarding borrowed objects or object lots (e.g. maintain information about security requirements).

7 10 7 4

1,50

1.11.1.4 Loaned objects

The system can manage individual objects within an incoming loan (e.g. one object from a group of loaned objects to be returned sooner than the rest).

4 10 3 4

2,38

1.11.1.5 Generate loan-in agreements

The system can generate incoming loan agreements to be signed by both borrower and lender before the loan commences.

3 10 3 2 2,75

1.11.2 Loaning

Managing and documenting the loaning of objects to other institutions for a specific period of time and for a specific purpose, such as display, research, education, or photography.

47 79 47 30

14,13

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1.11.2.1 Automatic loan number

For outgoing loans, the system can automatically assign a unique loan number to objects or object lots within the loan.

8 10 8 4 1,75

1.11.2.2 Establish periods The system can designate fixed periods for outgoing loans. 8 10 8 4 1,75

1.11.2.3 Special considerations

The system can document special considerations regarding loaned objects or object lots (e.g. maintain information about security requirements).

7 9 7 4

1,38

1.11.2.4 History The system can document the history of outgoing loans for each object or object lot within the loan.

8 10 8 4 1,75

1.11.2.5 Loaned objects

The system can manage individual objects within an outgoing loan (e.g. one object from group of loaned objects to be returned sooner than the rest).

3 10 3 4

2,50

1.11.2.6 Generate loan agreements

The system can generate outgoing loan agreements to be signed by both borrower and lender before the loan commences.

3 10 3 2 2,75

1.11.2.7 Record of loans

For outgoing loans, the system can maintain a record of all loans, including details of the borrower, the venues, the loan period and the purpose of the loan.

7 10 7 4

1,50

1.11.2.9 Overdue loans For outgoing loans, the system can track any objects or object lots within an outgoing loan that are overdue.

3 10 3 4 2,50

1.11.3 Logistics of Loans The handling and insuring of objects loaned or borrowed. 27 56 29 24 11,00

1.11.3.1 Insurance activities

For incoming and outgoing loans, the system can record insurance activities such as requirements, insurer, appraisers, valuation, etc.

7 10 7 4

1,50

1.11.3.2 Shipping activities For incoming and outgoing loans, the system can record shipping activities such as schedules and references to files.

6 9 6 4 1,38

1.11.3.3 Link objects to cases For incoming and outgoing loans, the system can link objects to packing cases. 3 9 3 4 2,13

1.11.3.4 Location tracking For incoming and outgoing loans, the system can track the location of objects or object lots while on loan.

4 10 3 4 2,38

1.11.3.5 Packing cases For incoming and outgoing loans, the system can track the location of packing cases. 4 9 3 4

2,00

1.11.3.6 Packing list For incoming and outgoing loans, the system can generate packing lists. 3 9 7 4 2,25

1.12 Process of Deaccession & Disposal

The management of object disposals (transfer, sale, exchange, or destruction) and deaccessions (documentation of the disposal).

34 48 48 29

8,25

1.12.1 Transfer of title The system can record the transfer of title to any receiving institution. 7 10 10 4 2,25

1.12.2 Approval The system can ensure that deaccessioning does not occur without approval being recorded.

8 10 10 6 1,50

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1.12.3 Legal title

The system can ensure that the institution has legal title to the object or object lot before commencing with deaccession or disposal (e.g. will not allow user to fill in deaccession or disposal fields unless the institution has demonstrated legal title).

8 9 9 6

1,00

1.12.4 Audit trail The system can keep an audit trail on objects or object lots that have been disposed of. 4 9 9 5

2,25

1.12.5 Reason for disposal The system can document the reason for disposal 7 10 10 8 1,25

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Anexo 3 - Pesos finais atribuídos pelo grupo de validação

J&F Rita José Marisa Simão Francisco Cristiana Elsa Desvio Médio

1 Management of Objects 541 914 94 581 570 90 745 801 225,25

1.1 Object Entry Process

The management and documentation of the receipt of objects that are not currently part of the collections. These objects may or may not eventually be accessioned.

36 47 10 41 40 5 46 50 13,44

1.1.1 Uniquely identify objects on deposit

The system can uniquely identify newly received objects or object lots, and assign a unique local deposit number which can be differentiated from accession numbers.

3 3 3 3 3 3 3 5 0,44

1.1.2 Acquisition or loan records The system can use entry records as a basis for acquisition or loan records. 9 9 9 10 10 9 0,44

1.1.4 Receipts The system can provide a receipt for the owner of the objects or object lots on deposit. 2 5 2 4 5 8 1,67

1.1.6 Record reason for deposit of object

The system can link the deposit of the objects or object lots to a type of event (e.g. valuation, conservation treatment, identification or potential acquisition.)

9 4 9 7 5 7 1,56

1.1.7 Finite end to deposit The system can allow the user to designate a finite end to the period that objects or object lots are temporarily deposited with an institution.

4 8 9 7 7 7 1,00

1.1.8 Notification of end to deposit The system can provide notification about the end of a deposit (e.g. a reminder that the user has to do something, or generate a report).

2 10 7 2 4 2 7 4 2,44

1.1.9 Objects returned to owner

The system can record that deposited objects or object lots have been returned to the owner as required (e.g. track that the objects have been returned with a return date).

7 8 7 5 9 10 1,33

1.2 Acquisition Process The management and documentation of the addition of objects or object lots to the collection. 57 80 32 64 71 19 67 75 16,59

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1.2.1 Basic Information captured

The system records basic information, determined by the institution, about the object or object lot, e.g. Object number, object name, brief description, number of objects, acquisition date, acquisition method, acquisition source, transfer of title, current location, location data and permanent collection

10 10 10 10 10 10 0,00

1.2.2 Accession by lot

The system can accommodate accessioning by object lot. This means that it can assign a unique local number to a group of objects that are being accessioned together. The separate objects in the lot may eventually be numbered separately.

4 8 9 4 7 7 7 10 1,50

1.2.3 Unique system number assigned The system can ensure that a unique system number is assigned to all objects or object lots. 10 10 10 10 10 9 0,28

1.2.4 Local unique numbers The system can accommodate non-system local unique numbering systems (e.g. accession numbers in a wide variety of formats, Borden numbers).

4 7 9 4 4 4 6 7 1,63

1.2.5 Previous number The system can document previous number(s) assigned to the acquired objects or object lots. 8 10 10 10 10 8 0,89

1.2.6 Source The system can record source information (e.g. acquisition source, title, surname, address) about objects or object lots.

7 10 10 10 7 8 1,33

1.2.7 Justification of acquisition The system can record the justification for acquisition of an object or object lot (e.g. reason for acquisition, supporting documentation).

6 9 8 6 5 8 1,33

1.2.8 Title transfer

The system can note the transfer of title to the acquiring institution (e.g. method of acquisition, evidence of original title, signature confirming transfer of title, brief description of objects or object lots, and previous owner information).

3 8 7 3 8 3 5 8 2,13

1.2.9 Accessions register maintained The system can ensure that an accessions register is maintained, describing all acquisitions and listing them by number.

5 8 7 5 6 5 7 7 1,00

1.3 Inventory Control Process

The maintenance of up-to-date information identifying all objects or object lots for which the institution has a legal responsibility, including objects on loan, not-yet-accessioned, or previously undocumented items and enquiries.

33 46 0 42 46 0 37 39 15,19

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1.3.1 Object location The system can document details about the current location of objects or object lots. 9 10 9 9 10 10 0,50

1.3.2 Object status

The system can indicate the status of all objects or object lots. For example, indicate whether the object or object lot is accessioned, not-yet-accessioned, loaned, exhibited, deaccessioned or missing).

7 10 7 9 9 10 1,11

1.3.3 Basic physical inventory The system can record basic physical inventory information (e.g. record location, date inventoried, staff name).

7 10 10 10 6 7 1,67

1.3.4 Spot-checking (verifying inventory information)

The system can document the process of spot-checking to verify the location of an object or object lot, and other inventory information (e.g. record the date checked, checker's name).

7 8 9 9 7 6 1,00

1.3.5 Distinguish between spot check and inventory

The system can distinguish between information that has been gathered during an inventory, and during a spot check (e.g. field identifying whether the information was gathered during inventory or during spot check, or separate fields for inventory and spot check information).

3 8 7 9 5 6 1,67

1.4 Location & Movement Control Process

The documentation and management of information concerning the current and past locations of all objects/object lots in the institution's care to ensure that the institution can locate any object at any time.

99 164 22 106 126 30 125 140 38,38

1.4.1 Record of permanent location The system can provide a record of the location where an object or object lot is normally displayed or stored (e.g. permanent location).

8 10 10 9 10 10 0,67

1.4.2 Location field The location field can be made mandatory, even if a location is ‘unknown’. 7 10 7 7 9 8 9 10 1,13

1.4.3 Location search The system can retrieve information about objects or object lots by location. 5 9 7 5 7 7 9 10 1,47

1.4.4 Unique local number search The system can enable access to location information by unique local number (e.g. Borden number, accession number).

5 9 4 5 8 10 2,17

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1.4.6 Previous location field The system can ensure that when an object or object lot is relocated the previous location details, including date, are automatically transferred to a previous location field.

6 9 6 6 8 9 1,33

1.4.7 Date moved field The "date moved” field is maintained automatically. 4 10 2 5 5 7 2,00

1.4.8 Override date moved field There is a provision to override the "date moved" field. 9 9 9 7 6 5 1,50

1.4.9 Location of parts

The system can attach distinct locations to parts of a single object, or single items within an object lot (e.g. indicate that the teapot is on display, but the rest of the tea set is in storage).

7 10 10 9 10 10 0,89

1.4.10 Group relocation

The system allows for the relocation of a group of objects, including parts of a single object or items within an object lot, by globally changing the location while still maintaining controls and authorizations.

6 10 8 7 10 10 1,50

1.4.11 Temporary location The system can issue a notification when temporary time limits on locations have been reached. 2 10 3 2 7 7 3 6 2,50

1.4.12 Person responsible The system can record the person who moved objects or object lots. 8 10 6 9 6 6 1,50

1.4.13 Authorizing movements The system can note the members of staff responsible for authorizing movements of objects or object lots. 4 10 8 7 8 6 1,50

1.4.14 History of authorization for object movement

The system can record the history of authorization of movements of objects or object lots. 4 9 4 9 4 5 2,11

1.4.15 Transfer

The system allows the transfer of responsibility for objects or object lots between collections within the institution (e.g. transfer from costume to ethnology collection).

6 10 5 6 9 8 6 10 1,75

1.4.16 Movement audit trail The system can provide an audit trail for any movement of objects or object lots across the physical or administrative boundaries of the organization.

7 10 8 7 8 8 0,67

1.4.17 Handling and packing The system can document information about the handling, packing, storage and display of objects or object lots.

4 10 4 8 9 8 2,11

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1.4.18 History of movement The system can record an unlimited number of previous locations for an object or object lot. 7 9 7 6 6 10 1,33

1.5 Cataloguing Process The compilation and maintenance of primary information describing, formally identifying, or otherwise relating to objects in the collection.

52 76 7 42 37 2 65 76 22,63

1.5.1 Ownership The system can provide reference to ownership of the object or object lot. 8 9 8 9 10 10 0,67

1.5.2 Object history The system can document the history of the object or object lot (e.g. historical data). 8 10 10 8 7 10 1,17

1.5.3 Ownership history The system can document the history of the ownership of objects or object lots. 7 9 7 6 5 10 1,44

1.5.4 Scholarly research The system allows information produced by researchers to be recorded (e.g. reference to research files, or actual research data).

10 8 10 0,89

1.5.5 Publication history The system can record references to the object that appear in publications. 8 9 10 10 0,75

1.5.6 Frames and other supports The system can document information about frames and other supports. 7 10 7 7 4 2 8 10 1,94

1.5.7 Reference to files An object record can include references to documents or records outside of the collections system. 7 9 7 6 0,88

1.5.8 Whole or parts relationships

The system allows for the management of information about relationships between parts of a single object, between single items within an object lot, and between multiple objects.

7 10 10 10 10 10 0,83

1.6 Conservation Management Process The documentation and management of information about the conservation of objects from a curatorial and collections management perspective.

43 68 19 45 40 23 49 61 12,25

1.6.1 Request for conservation The system can record request or recommendations about conservation work for an object, object part, or object lot.

8 10 7 8 6 8 0,89

1.6.2 Examinations

The system can record the process and results of conservation examinations and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

7 10 9 7 6 8 7 10 1,25

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1.6.3 Preventive measures The system can record any preventative measures that are taken and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

8 10 8 5 6 10 1,56

1.6.4 Treatments The system can record any remedial treatment and any supporting documentation held by the institution, such as archival materials or contracts.

7 10 10 4 10 10 2,00

1.6.5 Conservation history The system can document the history of the conditions and treatments of an object. 8 9 8 8 10 10 0,83

1.6.6 Notification of treatment call-backs

The system can send an email or other notification triggered by an event in the conservation workflow (e.g. 5 years after an object is repaired or examined).

2 10 3 2 6 7 3 6 2,38

1.6.7 Access to information by unique local number

The conservation information is accessible via the object's unique local number (Borden number, accession number, etc.).

3 9 7 3 3 8 7 7 2,16

1.7 Risk Management Process

The management and documentation of information relating to potential threats to an institution's own collection and the objects and object lots for which it is temporarily responsible.

11 28 0 19 12 0 15 20 7,38

1.7.1 Information on threats The system can document information relating to potential threats to an institution’s collections. 2 10 6 4 3 5 2,00

1.7.2 Preventative measures The system can document information on preventive measures. 2 9 6 4 7 7 1,89

1.7.4 Accountability The system can enable accountability for any object or object lot during and after a disaster (e.g. generate lists of objects by location, condition, or institution's liability).

7 9 7 4 5 8 1,44

1.8 Insurance Management & Valuation Control Process

The documentation and management of the insurance needs of objects in an institution's permanent collection, and those for which it is temporarily responsible (such as loans or deposits).Valuation control is the management of information relating to the valuations placed on individual objects or groups of objects, normally for insurance/indemnity purposes.

27 67 0 26 47 0 45 48 19,25

1.8.1 Appraisal The system can document information about appraisals. 7 10 7 8 7 6 1,00

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1.8.2 Appraiser The system can document information on people who perform appraisals. 2 9 2 7 6 6 2,22

1.8.3 Value history The system can document information relating to the history of valuation placed on individual objects, object lots or other groupings of objects.

2 9 2 7 3 5 2,33

1.8.4 Valuation information confidentiality

The system can help to ensure that valuation information is treated in confidence and not released to anyone without the appropriate authority (e.g. only authorized users can access the valuation information).

7 10 7 7 7 5 0,94

1.8.5 Objects appropriately insured

The system can check that all the objects in an institution's care are appropriately insured (e.g. report on insurance values, policy numbers, and policy expiry dates).

3 10 3 7 8 10 2,56

1.8.6 Insurance claim The system can document all decisions and actions in the institution's response to insurance claim(s) including cross reference to paper files.

4 9 3 5 8 10 2,50

1.8.7 Notification of renewal

The system can provide notification when insurance policies need to be reviewed and renewed (e.g. a reminder that the user has to do something or generate a report).

2 10 2 6 6 6 2,22

1.9 Exhibition Management Process The management and documentation of temporary exhibitions and permanent displays from the curatorial and collections management perspective.

26 76 0 26 25 0 69 71 26,53

1.9.1 Exhibitions & Displays process The system supports the management and documentation of both analog and digital exhibitions. 10 10 10 0,00

1.9.2 Analog and Digital Exhibitions Analog and digital exhibits can be coordinated or managed separately. 9 10 10 0,44

1.9.3 Object reservation The system can place notices of reserves of objects or object lots for special events. 8 10 7 5 10 8 1,33

1.9.4 Document research The system can document research for an exhibition or display. 3 9 3 5 7 8 2,17

1.9.5 Exhibition tracking The system can document information about an exhibition's itinerary. 2 9 2 5 6 9 2,50

1.9.6 Object exhibition history The system can document the history of exhibition activities. 5 10 5 5 9 10 2,33

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1.9.7 Exhibition history of objects The system can document the exhibition history of specific objects. 8 10 9 5 9 10 1,33

1.9.8 Online Exhibit Management The system can create accessible web pages for online/digital exhibits. 9 8 6 1,11

1.10 Dispatch Process The management and documentation of objects or object lots leaving the institution's premises. 19 30 17 25 3 20 15 5,80

1.10.1 / 1.10.2 Location information about accessioned and un-accessioned objects

The system can maintain location information for accessioned and un-accessioned objects or object lots leaving the institution's premises.

7 10 8 8 6 1,04

1.10.3 Responsibility The system can record information about persons responsible for authorization of the dispatch of objects or object lots.

8 10 5 8 8 8 0,94

1.10.4 Transportation The system can document details about transportation of objects or object lots. 4 10 4 4 9 3 6 7 2,13

1.11 Borrowing and Loaning 104 184 0 105 72 0 160 156 55,22

1.11.1 Borrowing

Managing and documenting the borrowing of objects for which the institution is responsible for a specific period of time and for a specified purpose, such as display, research, education, or photography.

30 49 0 29 18 0 42 41 15,09

1.11.1.1 Automatic loan number For incoming loans, the system can automatically assign a unique loan number to objects or object lots within the loan.

8 10 8 4 7 10 1,56

1.11.1.2 Establish periods The system can designate fixed periods for incoming loans. 8 9 8 4 9 7 1,33

1.11.1.3 Special considerations The system can document special considerations regarding borrowed objects or object lots (e.g. maintain information about security requirements).

7 10 7 4 7 7 1,00

1.11.1.4 Loaned objects The system can manage individual objects within an incoming loan (e.g. one object from a group of loaned objects to be returned sooner than the rest).

4 10 3 4 10 7 2,67

1.11.1.5 Generate loan-in agreements The system can generate incoming loan agreements to be signed by both borrower and lender before the loan commences.

3 10 3 2 9 10 3,50

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1.11.2 Loaning

Managing and documenting the loaning of objects to other institutions for a specific period of time and for a specific purpose, such as display, research, education, or photography.

47 79 0 47 30 0 71 69 24,66

1.11.2.1 Automatic loan number For outgoing loans, the system can automatically assign a unique loan number to objects or object lots within the loan.

8 10 8 4 10 10 1,67

1.11.2.2 Establish periods The system can designate fixed periods for outgoing loans. 8 10 8 4 6 7 1,50

1.11.2.3 Special considerations The system can document special considerations regarding loaned objects or object lots (e.g. maintain information about security requirements).

7 9 7 4 10 7 1,44

1.11.2.4 History The system can document the history of outgoing loans for each object or object lot within the loan. 8 10 8 4 8 10 1,33

1.11.2.5 Loaned objects The system can manage individual objects within an outgoing loan (e.g. one object from group of loaned objects to be returned sooner than the rest).

3 10 3 4 9 7 2,67

1.11.2.6 Generate loan agreements The system can generate outgoing loan agreements to be signed by both borrower and lender before the loan commences.

3 10 3 2 9 10 3,50

1.11.2.7 Record of loans For outgoing loans, the system can maintain a record of all loans, including details of the borrower, the venues, the loan period and the purpose of the loan.

7 10 7 4 10 10 2,00

1.11.2.9 Overdue loans For outgoing loans, the system can track any objects or object lots within an outgoing loan that are overdue. 3 10 3 4 9 8 2,83

1.11.3 Logistics of Loans The handling and insuring of objects loaned or borrowed. 27 56 0 29 24 0 47 46 15,88

1.11.3.1 Insurance activities For incoming and outgoing loans, the system can record insurance activities such as requirements, insurer, appraisers, valuation, etc.

7 10 7 4 10 10 2,00

1.11.3.2 Shipping activities For incoming and outgoing loans, the system can record shipping activities such as schedules and references to files.

6 9 6 4 7 8 1,33

1.11.3.3 Link objects to cases For incoming and outgoing loans, the system can link objects to packing cases. 3 9 3 4 8 7 2,33

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1.11.3.4 Location tracking For incoming and outgoing loans, the system can track the location of objects or object lots while on loan. 4 10 3 4 8 7 2,33

1.11.3.5 Packing cases For incoming and outgoing loans, the system can track the location of packing cases. 4 9 3 4 6 7 1,83

1.11.3.6 Packing list For incoming and outgoing loans, the system can generate packing lists. 3 9 7 4 8 7 1,89

1.12 Process of Deaccession & Disposal The management of object disposals (transfer, sale, exchange, or destruction) and deaccessions (documentation of the disposal).

34 48 4 48 29 8 47 50 14,88

1.12.1 Transfer of title The system can record the transfer of title to any receiving institution. 7 10 10 4 10 10 2,00

1.12.2 Approval The system can ensure that deaccessioning does not occur without approval being recorded. 8 10 10 6 10 10 1,33

1.12.3 Legal title

The system can ensure that the institution has legal title to the object or object lot before commencing with deaccession or disposal (e.g. will not allow user to fill in deaccession or disposal fields unless the institution has demonstrated legal title).

8 9 9 6 10 10 1,11

1.12.4 Audit trail The system can keep an audit trail on objects or object lots that have been disposed of. 4 9 4 9 5 8 7 10 2,00

1.12.5 Reason for disposal The system can document the reason for disposal 7 10 10 8 10 10 1,11

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Anexo 4 - Relatório de exploração da exportação com OAI-

PMH do Index Rerum

Resumo

Relatório de exploração da exportação com OAI-PMH do Index Rerum no contexto do Museu Virtual, com

listagens das funcionalidades da mesma bem como uma explicação sucinta de cada operação executada.

João Rua

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Exploração da documentação oficial do OAI-PMH disponibilizada em http://www.oaforum.org/

1. Teste dos vários pedidos ao repositório do museu virtual:

Identify

Descrição: Serve para recuperar a descrição do arquivo

Pedido: ”https://museuvirtual.up.pt/up/oai?verb=Identify”

Resultado:

Elemento Restrições Conteúdo

repositoryName 1 A

baseURL 1 A

protocolVersion 1 A

adminEmail + A

earliestDatestamp 1 A

deletedRecord 1 A

granularity 1 A

compression * A

description * A

Legenda:

1-Obrigatório, único/ +-Obrigatório/ *-Não obrigatório, um ou mais

A-Existente com conteúdo aparentemente correto/ B-Existente com conteúdo aparentemente errado/ C-Inexistente

ListMetadataFormats

Descrição: Serve para recuperar os formatos de metadados disponíveis no arquivo

Pedido: ”https://museuvirtual.up.pt/up/oai?verb=ListMetadataFormats”

Resultado:

Dois formatos, dublin core (prefixo- oais_dc) e europeana (prefixo- ese)

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ListSets

Descrição: Serve para recuperar a estrutura de “sets” de um repositório

Pedido: https://museuvirtual.up.pt/up/oai?verb=ListSets

Resultado:

Erro, mensagem “This repository does not support sets”

ListIdentifiers

Descrição: Serve para recolher apenas os “headers” dos registos

Pedido: “https://museuvirtual.up.pt/up/oai?verb=ListIdentifiers&metadataPrefix=oai_dc”

Resultado:

Lista de 100 identifiers e o resumptionToken necessário à recuperação dos próximos 100,

acompanhado de um indicador do número total de registos (completeListSize=”2312”)

Este resumptionToken deve ser incluído no pedido de forma a recuperar os próximos 100 identifers

Novo pedido:

https://museuvirtual.up.pt/up/oai?verb=ListIdentifiers&metadataPrefix=oai_dc&ResumptionToken=3mj5T

Resultado:

Lista de 100 identifiers e o resumptionToken necessário à recuperação dos próximos 100,

acompanhado de um indicador do número total de registos (completeListSize=”2312”)

(…)

Parâmetros disponíveis:

Parâmetro Condição Estado

from Opcional Funcional

until Opcional Funcional

metadataPrefix Obrigatório Funcional (oais_dc ou esse)

set Opcional Não suportado

resumptionToken Exclusivo Funcional

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ListRecords

Descrição: Serve para recuperar os registos do repositório

Pedido: https://museuvirtual.up.pt/up/oai?verb=ListRecords&metadataPrefix=oai_dc

Resultado:

Lista de 100 registos e o resumptionToken necessário à recuperação dos próximos 100,

acompanhado de um indicador do número total de registos (completeListSize=”2312”)

Este resumptionToken deve ser incluído no pedido de forma a recuperar os próximos 100 identifers

(…)

Parâmetros disponíveis:

Parâmetro Condição Estado

from Opcional Funcional

until Opcional Funcional

metadataPrefix Obrigatório Funcional (oais_dc ou esse)

set Opcional Não suportado

resumptionToken Exclusivo Funcional

GetRecord

Descrição: Serve para recuperar um registo específico do repositório

Pedido:

https://museuvirtual.up.pt/up/oai?verb=GetRecord&identifier=oai:museuvirtual.up.pt:70&metadataPrefix=o

ai_dc

Resultado:

Lista o registo com o identifier especificado.

Parâmetros disponíveis:

Parâmetro Condição Estado

identifier Obrigatório Funcional

metadataPrefix Obrigatório Funcional

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Anexo 5 - Relatório de Bugs do InPatrimonium

Data de verificação: 30/03/2016

Browser usado: Google Chrome

Sempre que se tentam acrescentar campos na catalogação, a sessão expira.

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Quando se tenta aceder ao dashboard obtém-se o seguinte erro

Quando se tenta aceder ao relatório de visibilidade dos campos obtém-se o seguinte erro

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Quando se tenta aceder aos procedimentos obtém-se o seguinte erro

Quando se tenta proceder ao upload de imagens por via normal obtém-se o seguinte erro

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Quando se tenta proceder ao upload de imagens por drag and drop o upload fica encravado como se

pode ver na imagem seguinte

Na atribuição de um responsável a um evento “exposição”, quando se muda de página na lista de

autoridades, obtemos o seguinte erro

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Ao criar eventos por vezes acontecem erros a salvar os mesmos, sem apresentar justificação

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Anexo 6 - Avaliação do Index Rerum

Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

Total: 1962 211

1 Management of Objects 620 79

1.1 Object Entry Process 44 9

1.1.1 Uniquely identify objects on deposit

3 2

1.1.2 Acquisition or loan records 7 1

1.1.4 Receipts 5 0

1.1.6 Record reason for deposit of object

9 2

1.1.7 Finite end to deposit 7 2

1.1.8 Notification of end to deposit 5 0

1.1.9 Objects returned to owner 8 2

1.2 Acquisition Process 68 12

1.2.1 Basic Information captured 10 2

1.2.2 Accession by lot 7 0

1.2.3 Unique system number assigned

10 2

1.2.4 Local unique numbers 5 0

1.2.5 Previous number 10 2

1.2.6 Source 9 2

1.2.7 Justification of acquisition 7 2

1.2.8 Title transfer 5 2

1.2.9 Accessions register maintained

5 0

1.3 Inventory Control Process 38 4

1.3.1 Object location 9 2

1.3.2 Object status 7 0

1.3.3 Basic physical inventory 10 2

1.3.4 Spot-checking (verifying inventory information)

7 0

1.3.5 Distinguish between spot check and inventory

5 0

1.4 Location & Movement Control Process

113 10

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

1.4.1 Record of permanent location

8 2

1.4.2 Location field 9 2

1.4.3 Location search 7 0

1.4.4 Unique local number search 1.2.4 5 0

1.4.6 Previous location field 7 0

1.4.7 Date moved field 4 0

1.4.8 Override date moved field 1.4.7 9 0

1.4.9 Location of parts 1.5.8 9 0

1.4.10 Group relocation 8 0

1.4.11 Temporary location 5 0

1.4.12 Person responsible 8 2

1.4.13 Authorizing movements 4 1

1.4.14 History of authorization for object movement

4 1

1.4.15 Transfer 7 0

1.4.16 Movement audit trail 7 0

1.4.17 Handling and packing 5 1

1.4.18 History of movement 7 1 Histórico do objeto, não é especifico

1.5 Cataloguing Process 55 3

1.5.1 Ownership 8 0

1.5.2 Object history 8 2

1.5.3 Ownership history 7 0

1.5.5 Publication history 8 0

1.5.6 Frames and other supports 7 1

1.5.7 Reference to files 7 0

1.5.8 Whole or parts relationships 10 0

1.6 Conservation Management Process

45 9

1.6.1 Request for conservation 8 0

1.6.2 Examinations 7 2

1.6.3 Preventive measures 8 2

1.6.4 Treatments 7 2

1.6.5 Conservation history 8 1

1.6.6 Notification of treatment call-backs

4 0

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

1.6.7 Access to information by unique local number

1.2.4 3 2

1.7 Risk Management Process 18 0

1.7.1 Information on threats 5 0

1.7.2 Preventative measures 6 0

1.7.4 Accountability 7 0

1.8 Insurance Management & Valuation Control Process

31 6

1.8.1 Appraisal 7 1 Apenas quando registadas deslocações dos objetos

1.8.2 Appraiser 2 1 Apenas quando registadas deslocações dos objetos

1.8.3 Value history 2 1 Apenas quando registadas deslocações dos objetos

1.8.4 Valuation information confidentiality

7 1 Apenas quando registadas deslocações dos objetos

1.8.5 Objects appropriately insured

5 1 Apenas quando registadas deslocações dos objetos

1.8.6 Insurance claim 4 1 Apenas quando registadas deslocações dos objetos

1.8.7 Notification of renewal 4 0

1.9 Exhibition Management Process

29 0

1.9.3 Object reservation 8 0

1.9.4 Document research 3 0

1.9.5 Exhibition tracking 5 0

1.9.6 Object exhibition history 5 0

1.9.7 Exhibition history of objects 8 0

1.10 Dispatch Process 21 4

1.10.1 / 1.10.2 Location information about accessioned and un-accessioned objects

7 0

1.10.3 Responsibility 8 2

1.10.4 Transportation 6 2

1.11 Borrowing and Loaning 119 14

1.11.1 Borrowing 35 4

1.11.1.1 Automatic loan number 8 0

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

1.11.1.2 Establish periods 8 2

1.11.1.3 Special considerations 7 2

1.11.1.4 Loaned objects 5 0

1.11.1.5 Generate loan-in agreements

7 0

1.11.2 Loaning 56 6

1.11.2.1 Automatic loan number 8 0

1.11.2.2 Establish periods 8 2

1.11.2.3 Special considerations 7 2

1.11.2.4 History 8 0

1.11.2.5 Loaned objects 5 0

1.11.2.6 Generate loan agreements

7 0

1.11.2.7 Record of loans 7 2

1.11.2.9 Overdue loans 6 0

1.11.3 Logistics of Loans 28 4

1.11.3.1 Insurance activities 7 2

1.11.3.2 Shipping activities 6 2

1.11.3.3 Link objects to cases 3 0

1.11.3.4 Location tracking 5 0

1.11.3.5 Packing cases 4 0

1.11.3.6 Packing list 3 0

1.12 Process of Deaccession & Disposal

39 8

1.12.1 Transfer of title 7 2

1.12.2 Approval 8 2

1.12.3 Legal title 8 0

1.12.4 Audit trail 7 2

1.12.5 Reason for disposal 9 2

2 Management of Metadata 381 22

2.1 Metadata Administration 15 0

2.1.2 Metadata import/export 3 0

2.1.3 Metadata search 3 0

2.1.4 Recognition of metadata 3 0

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

2.1.5 Language of metadata 3 0

2.1.6 Display of metadata 3 0

2.2 Multimedia Files 77 6

2.2.1 Indexing 8 0

2.2.2 Sound files 2 0

2.2.4 Image Files 10 2

2.2.5 Associated image files 10 2

2.2.11 Associated 3-D files 6 0

2.2.14 Automatic production of multiple image resolutions

4 0

2.2.15 Options for display of images

2 0

2.2.16 Image captions 2 0

2.2.17 Images per object 9 2

2.2.20 Images stored in CMS 8

2.2.21 Convert images 4 0

2.2.22 Reference to original images

4 0

2.2.23 Retrieval by image characteristic

3 0

2.2.25 Image editing 3 0

2.2.26 Management of digital files 2 0

2.3 Data Field Structure 18 6

2.3.1 Date 7 2

2.3.3 Variable-length fields 7 2

2.3.4 Fixed length fields 4 2

2.4 Data Validation 24 0

2.4.1 Numeric 3 0

2.4.2 Real 3 0

2.4.3 Alphabetic 3 0

2.4.5 Date 4 0

2.4.6 Data Entry Tools 5 0

2.4.7 Time 4 0

2.4.10 Pattern matching 2 0

2.5 Data Update 24 1

2.5.1 Real-time updates 8 1

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

2.5.2 Batch updates 7 0

2.5.3 Global updates 9 0

2.6 Indexing of Fields 14 2

2.6.1 Multiple fields to one index 7 2

2.6.3 Updates indices automatically

7 0

2.7 Vocabulary Control 209 7

2.7.1 Authority Control 78 0

2.7.1.1 Authority control with software

8 0

2.7.1.2 Update authority lists procedure

8 0

2.7.1.3 Develop authority lists 4 0

2.7.1.4 Fields with authority control

5 0

2.7.1.5 Integrate pre-built authority lists

9 0

2.7.1.6 Authority lists for entry and validation

9 0

2.7.1.7 Authority lists included in the system

3 0

2.7.1.8 Authority lists for search 3 0

2.7.1.10 Authorization to alter authority lists

8 0

2.7.1.11 Print authority lists 3 0

2.7.1.12 Several authority lists used within one field

9 0

2.7.1.13 Deletion/change of terms - implications for records

9 0

2.7.2 Thesaural Control 131 7

2.7.2.1 Thesaural control with software

8 2

2.7.2.2 Update thesaurus files procedure

8 2

2.7.2.3 Developed thesauri 4 0

2.7.2.4 Fields with thesaural control

5 0

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

2.7.2.5 Integrate pre-built thesaural files

9 0

2.7.2.6 Thesauri for entry and validation

9 0

2.7.2.8 Thesauri for search 4 0

2.7.2.9 Thesauri for term expansion during retrieval

5 0

2.7.2.11 Authorization to alter thesaurus

8 1

2.7.2.12 Homonyms within thesaurus

7

2.7.2.13 Thesaurus viewed hierarchically

8 0

2.7.2.14 Unauthorized term 3 0

2.7.2.15 Print thesauri files 3 2

2.7.2.16 Display all thesaurus information

4 0

2.7.2.17 Several thesauri used within one field

4

2.7.2.18 Monolingual and multilingual thesaurus, ISO standard

8 0

2.7.2.19 Development of multilingual thesauri

2 0

2.7.2.20 Development of monolingual thesauri

2 0

2.7.2.21 Change of terms - implications for records

9

2.7.2.22 Change of terms - implications for narrower terms

9

2.7.2.23 Deletion of terms - implications for records

4

2.7.2.24 Prevent deletion of terms which have narrower terms

8

3 User Interface 205 17

3.1 Help Features 27 4

3.1.2 Tutorial available 5 2

3.1.3 On-line help 3 2

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

3.1.4 Help on request 1 0

3.1.5 Context-sensitive help 3 0

3.1.6 Help at the field level 7 0

3.1.7 Self-explanatory help 4 0

3.1.8 User-defined help 2 0

3.1.9 User-built help file 2 0

3.2 Data Entry 85 3

3.2.1 Repeatable field 4 0

3.2.3 Record duplication 3 0

3.2.4 Default Values 8 1 Através de fichas padrão

3.2.5 Mandatory fields 9 2

3.2.6 Override mandatory fields 4 0

3.2.7 Calculated fields 2 0

3.2.9 Fields copying 9 0

3.2.10 Data formatting 5 0

3.2.11 Macros 5 0

3.2.12 Hot-key 7 0

3.2.13 Search and replace within record

7 0

3.2.15 Import data from other sources for part/entire records

6 0

3.2.16 Field level controls 8 0

3.2.17 Date pickers 4 0

3.2.18 Spell checker 2 0

3.2.19 Language of spell checker 2 0

3.3 Date Formats 43 0

3.3.2 Date entry 3 0

3.3.3 Date searching 7 0

3.3.4 Date display 4 0

3.3.5 Date output 3 0

3.3.6 Attribution dates 9 0

3.3.7 Date conversion 8 0

3.3.8 Unknown dates 9 0

3.4 User Customization 5 1

3.4.1 Data entry screen(s) 2 0

3.4.2 Data retrieval screen(s) 2 1 Alterar para miniaturas

3.4.4 Error messages 1 0

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

3.5 Bilingual (English/Portuguese) 25 4

3.5.1 Alternate language 9 2

3.5.2 Language selection at login time

5 0

3.5.3 Language selection on any screen

5 2

3.5.4 English or Portuguese information

5 0

3.5.5 English and Portuguese information

1 0

3.6 Other Languages 8 1

3.6.1 UTF-8 8 1 A extração de dados demonstra erros na codificação

3.7 Web Interface 12 4

3.7.1 Access via Internet 5 2

3.7.2 Consistent between platforms

3.7.1 7 2

3.8 Accessibility 0 0

3.8.1 Alternative formats 4 0

4 Query 174 25

4.1 General Requirements 20 0

4.1.1 Query using native language 6 0

4.1.3 Query any field 5 0

4.1.4 / 4.1.5 / 4.1.6 Boolean AND; OR; NOT

5 0

4.1.7 Nesting expressions 4 0

4.2. Range Searches 29 2

4.2.1 Search operators 7 0

4.2.2 Range searches on numeric fields

7 0

4.2.3 Range searches on date fields

7 2

4.2.4 Using attribution dates 4 0

4.2.5 Range searches on character fields

4 0

4.3 Wilcard Searching 8 0

4.3.3 Wildcard on any field 4 0

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

4.3.4 Character substitution 4 0

4.4 Query Results 67 10

4.4.1 Save results 3 0

4.4.2 View results in alternative format

2 0

4.4.3 Default format 7 2

4.4.4 Object display order 7 2

4.4.5 Define default field display order

7 2

4.4.6 Field display 9 2

4.4.7 Forward, backward browsing 7 2

4.4.8 Carry forward 7 0

4.4.9 Relative position 4 0

4.4.10 Access to related objects 3 0

4.4.11 Sort results 4 0

4.4.12 / 4.4.13 Ascending and Descending

7 0

4.5 Features 50 13

4.5.4 Presence/absence searching 2 2

4.5.5 Non-indexed fields 7 2

4.5.6 Multiple field searches 7 2

4.5.7 Query hit list 3 0

4.5.8 Number of hits 8 2

4.5.10 Search refinement 4 0

4.5.12 Search history 3 0

4.5.13 Review results in query mode

3 0

4.5.14 Modify query 4 0

4.5.15 Save query 3 2

4.5.16 Print query results 4 2

4.5.17 Simple (Google style) search 2 1 Tem um campo para pesquisa simples mas é muito limitado

5 Reports 102 14

5.1 Pre-defined Reports 27 2

5.1.1 Pre-defined reports provided 3 2

5.1.3 Change pre-defined reports 3

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

5.1.4 Save changed reports 3

5.1.5 Specify sort order 2

5.1.6 Frequency report 3

5.1.7 Concatenated fields 3

5.1.8 Count of terms 3

5.1.9 Records processed 3

5.1.10 Offline object worksheets 4

5.2 User Defined Reports 58 10

5.2.1 General Requirements 47 8

5.2.1.1 User defined reports 4 0

5.2.1.2 Copy and modify reports 2 0

5.2.1.3 Labels 3 0

5.2.1.4 Generate form(s) 4 0

5.2.1.5 Include/exclude fields 4 0

5.2.1.6 Full boolean search 2 0

5.2.1.7 Sort on any field 3 0

5.2.1.8 / 5.2.1.9. Ascending / Descending sort

2 0

5.2.1.10 Calculates totals 2 0

5.2.1.11 Calculate sub-totals 2 0

5.2.1.12 Columnar reporting 2 0

5.2.1.13 Redefine field names 2 0

5.2.1.14 Report browsing 3 2

5.2.1.15 Indication of progress 1 0

5.2.1.16 Report display on screen 3 2

5.2.1.17 Reports printed 3 2

5.2.1.18 Reports saved on disk 3 2

5.2.1.19 Reuse saved output 5.2.1.18 2 0

5.2.2 Formatting Features 11 2

5.2.2.1 Text formatting 1 0

5.2.2.2 Document formatting 1 0

5.2.2.3 Date produced 7 2

5.2.2.4 Date formats 2 0

5.3 Document Production 7 0

5.3.1 Templates 3 0

5.3.2 Web Reports 2 0

5.3.3 Emails 2 0

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

5.4 Visual representation of data 10 2

5.4.1 Browsing taxonomies 3 0

5.4.2 Temporal data 4 0

5.4.3 Geographic data 3 2 Inclusão de googlemaps

6 Enhanced Collections Management

136 16

6.1 Rights and Reproductions 59 3

6.1.1 Rights and Reproductions Management

9 0

6.1.2 Record copyright ownership 9 1 Apenas informação

6.1.3 Ownership of copyright of reproductions

8 0

6.1.4 Document information about reproductions

4 0

6.1.5 Access to reproductions by unique local number

4 2

6.1.6 Illegal Reproduction 7 0

6.1.7 Copyright 7 0

6.1.9 Print images 7 0 Impressão de Imagens só com o resto das informações do registo

6.1.10 Print image/text and copyright

4 0

6.2 Public Access and Engagement 58 10

6.2.1 Searching module 4 2

6.2.2 Internet public access 10 2

6.2.3 Subset access 5 2

6.2.5 Alternate language 9 2

6.2.7 Multiple databases 9 0

6.2.8 View selected fields 8 2

6.2.9 Search refinement 5 0

6.2.12 Print results 4 0

6.2.16 Visitor statistics 4 0

6.3 Customization 19 3

6.3.1 Customization by the supplier

10 2

6.3.2 Customization by the user 9 1 Apenas parte do software

7 Technical Requirements 193 15

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

7.1 Import/Export Functions 108 10

7.1.1 Import Files 47 2

7.1.1.2 Field selection available 2 0

7.1.1.3 Summary report 7 0

7.1.1.4 Field validation 7 0

7.1.1.5 Duplicate checking 5 0

7.1.1.7 Bypass field validation 4 0

7.1.1.8 Hold for verification 5 0

7.1.1.9 Long fields 8 0

7.1.1.10 Import XML 9 2

7.1.2 Export Files 38 4

7.1.2.3 Field selection available 7 2

7.1.2.4 Summary report 7 0

7.1.2.5 Flag data records 3 0

7.1.2.6 Flag data fields 3 0

7.1.2.8 Object linking 8 0

7.1.2.10 Export XML 10 2

7.1.3 Interface with Other Software

23 4

7.1.3.1 Word processor 2 0

7.1.3.2 Spreadsheet 8 2

7.1.3.4 ODBCCompliant 4

7.1.3.5 Interoperability 9 2

7.2 Documentation & Support 46 3

7.2.1 User documentation 7 2

7.2.3 On-line documentation 3 1 Apenas parte está disponivel online

7.2.4 Documentation for new users

2 0

7.2.5 System documentation 4 0

7.2.7 Data dictionary formats 4

7.2.8 Customized modules 8 0

7.2.9 Source code provided 5 0

7.2.10 Protection 4 0

7.2.11 Institution’s rights if the supplier withdraws from business

9 0

7.4 Features 9 0

7.4.1 Discipline 9 0

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

7.5 Special Features 30 2

7.5.3 Multi-tasking 4 0

7.5.5 Measurement conversion 3 0

7.5.7 Selection of measurements 3 0

7.5.8 Overrides converted measurements

8 0

7.5.9 Support bar codes 3 2

7.5.10 Bar code labels 3 0

7.5.11 Bar code software 2 0

7.5.12 Support bar-code scanners 2 0

7.5.13 Supports OCR 2 0

8 System Administration 151 23

8.1 Security 71 15

8.1.1 Multi-level security 8 1 Apenas administrador e superadministrador

8.1.2 User ID security 9 2

8.1.3 Password security 8 2

8.1.4 Password administration 4 2

8.1.5 User function security 7 2

8.1.6 File security 7

8.1.7 Field(s) security 5

8.1.8 Record(s) security 8

8.1.9 Security by discipline 4 2

8.1.10 Record amendment security 7 2

8.1.11 / 8.1.12 Record locked & available

4 2 Apenas em modo de leitura

8.2 Index(s) 11 2

8.2.1 Change of index 8 2

8.2.2 Restructuring of affected indexes

3

8.3 Backup 33 0

8.3.1 Backup and recovery process 4

8.3.2 Back-end database back-up and recovery

4

8.3.5 Backup process 8

8.3.6 Recovery process 7

8.3.9 Automate backups 7

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Avaliação Index Rerum

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

8.3.10 Automate recovery 3

8.4 Audit Reports 36 6

8.4.1 Audit report on data 6 1 Apenas para registos apagados

8.4.2 Deleted records 6 2

8.4.3 Audit report on changes 7 0

8.4.4 User access profiles 4 2

8.4.5 Audit report on user activity 4 1 Apenas o tempo de sessão atual

8.4.6 Audit report on module activity

2 0

8.4.7 Audit module usage 3 0

8.4.8 Query report 4 0

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Anexo 7 - Avaliação InPatrimonium

Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

Total: 1962 309

1 Management of Objects 620 130

1.1 Object Entry Process 44 10

1.1.1 Uniquely identify objects on deposit

3 2

1.1.2 Acquisition or loan records

7 1

1.1.4 Receipts 5 0

1.1.6 Record reason for deposit of object

9 2

1.1.7 Finite end to deposit 7 2

1.1.8 Notification of end to deposit

5 1

1.1.9 Objects returned to owner

8 2

1.2 Acquisition Process 68 16

1.2.1 Basic Information captured

10 2

1.2.2 Accession by lot 7 1

1.2.3 Unique system number assigned

10 2

1.2.4 Local unique numbers 5 2

1.2.5 Previous number 10 2

1.2.6 Source 9 2

1.2.7 Justification of acquisition

7 2

1.2.8 Title transfer 5 2

1.2.9 Accessions register maintained

5 1

1.3 Inventory Control Process

38 6

1.3.1 Object location 9 2

1.3.2 Object status 7 0

1.3.3 Basic physical inventory

10 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

1.3.4 Spot-checking (verifying inventory information)

7 1

1.3.5 Distinguish between spot check and inventory

5 1

1.4 Location & Movement Control Process

113 26

1.4.1 Record of permanent location

8 1

1.4.2 Location field 9 2

1.4.3 Location search 7 2

1.4.4 Unique local number search

1.2.4 5 2

1.4.6 Previous location field 7 2

1.4.7 Date moved field 4 0

1.4.8 Override date moved field

1.4.7 9 0

1.4.9 Location of parts 1.5.8 9 2

1.4.10 Group relocation 8 2

1.4.11 Temporary location 5 0

1.4.12 Person responsible 8 2

1.4.13 Authorizing movements

4 2

1.4.14 History of authorization for object movement

4 2

1.4.15 Transfer 7 2

1.4.16 Movement audit trail 7 2

1.4.17 Handling and packing 5 1

1.4.18 History of movement 7 2

1.5 Cataloguing Process 55 12

1.5.1 Ownership 8 2

1.5.2 Object history 8 2

1.5.3 Ownership history 7 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

1.5.5 Publication history 8 2

1.5.6 Frames and other supports

7 1

1.5.7 Reference to files 7 2

1.5.8 Whole or parts relationships

10 1

1.6 Conservation Management Process

45 12

1.6.1 Request for conservation

8 2

1.6.2 Examinations 7 2

1.6.3 Preventive measures 8 2

1.6.4 Treatments 7 2

1.6.5 Conservation history 8 2

1.6.6 Notification of treatment call-backs

4 0

1.6.7 Access to information by unique local number

1.2.4 3 2

1.7 Risk Management Process

18 4

1.7.1 Information on threats 5 1

1.7.2 Preventative measures 6 2

1.7.4 Accountability 7 1

1.8 Insurance Management & Valuation Control Process

31 7

1.8.1 Appraisal 7 2

1.8.2 Appraiser 2 2

1.8.3 Value history 2 2

1.8.4 Valuation information confidentiality

7

1.8.5 Objects appropriately insured

5

1.8.6 Insurance claim 4 1

1.8.7 Notification of renewal 4

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

1.9 Exhibition Management Process

29 7

1.9.3 Object reservation 8 0

1.9.4 Document research 3 1

1.9.5 Exhibition tracking 5 2

1.9.6 Object exhibition history

5 2

1.9.7 Exhibition history of objects

8 2

1.10 Dispatch Process 21 6

1.10.1 / 1.10.2 Location information about accessioned and un-accessioned objects

7 2

1.10.3 Responsibility 8 2

1.10.4 Transportation 6 2

1.11 Borrowing and Loaning 119 16

1.11.1 Borrowing 35 0

1.11.1.1 Automatic loan number

8

1.11.1.2 Establish periods 8

1.11.1.3 Special considerations

7

1.11.1.4 Loaned objects 5

1.11.1.5 Generate loan-in agreements

7

1.11.2 Loaning 56 12

1.11.2.1 Automatic loan number

8

1.11.2.2 Establish periods 8 2

1.11.2.3 Special considerations

7 2

1.11.2.4 History 8 2

1.11.2.5 Loaned objects 5 1 Através das fichas relacionadas

1.11.2.6 Generate loan agreements

7 1 Através dos relatórios

1.11.2.7 Record of loans 7 2

1.11.2.9 Overdue loans 6 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

1.11.3 Logistics of Loans 28 4

1.11.3.1 Insurance activities 7 2

1.11.3.2 Shipping activities 6 2

1.11.3.3 Link objects to cases

3 0

1.11.3.4 Location tracking 5 0

1.11.3.5 Packing cases 4 0

1.11.3.6 Packing list 3 0

1.12 Process of Deaccession & Disposal

39 8

1.12.1 Transfer of title 7 2

1.12.2 Approval 8 2

1.12.3 Legal title 8

1.12.4 Audit trail 7 2

1.12.5 Reason for disposal 9 2

2 Management of Metadata 381 69

2.1 Metadata Administration

15 0

2.1.2 Metadata import/export

3

Não foi possivel testar a importação de ficheiros,

impedidndo a verificação deste requisito

2.1.3 Metadata search 3

2.1.4 Recognition of metadata

3

2.1.5 Language of metadata 3

2.1.6 Display of metadata 3

2.2 Multimedia Files 77 11

2.2.1 Indexing 8

2.2.2 Sound files 2

2.2.4 Image Files 10 2

2.2.5 Associated image files 10 2

2.2.11 Associated 3-D files 6 2

2.2.14 Automatic production of multiple image resolutions

4 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

2.2.15 Options for display of images

2

Não foi possivel testar a importação de ficheiros, impedidndo a verificação deste requisito

2.2.16 Image captions 2

Não foi possivel testar a importação de ficheiros, impedidndo a verificação deste requisito

2.2.17 Images per object 9 2

2.2.20 Images stored in CMS 8

Não foi possivel testar a importação de ficheiros, impedidndo a verificação deste requisito

2.2.21 Convert images 4 1

2.2.22 Reference to original images

4

Não foi possivel testar a importação de ficheiros, impedidndo a verificação deste requisito

2.2.23 Retrieval by image characteristic

3 0

2.2.25 Image editing 3 0

2.2.26 Management of digital files

2

Não foi possivel testar a importação de ficheiros, impedidndo a verificação deste requisito

2.3 Data Field Structure 18 6

2.3.1 Date 7 2

2.3.3 Variable-length fields 7 2

2.3.4 Fixed length fields 4 2

2.4 Data Validation 24 12

2.4.1 Numeric 3 2

2.4.2 Real 3 2

2.4.3 Alphabetic 3 2

2.4.5 Date 4 2

2.4.6 Data Entry Tools 5 2

2.4.7 Time 4 2

2.4.10 Pattern matching 2

2.5 Data Update 24 0

2.5.1 Real-time updates 8

2.5.2 Batch updates 7

2.5.3 Global updates 9

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

2.6 Indexing of Fields 14 4

2.6.1 Multiple fields to one index

7 2

2.6.3 Updates indices automatically

7 2

2.7 Vocabulary Control 209 36

2.7.1 Authority Control 78 14

2.7.1.1 Authority control with software

8 2

2.7.1.2 Update authority lists procedure

8 2

2.7.1.3 Develop authority lists

4 2

2.7.1.4 Fields with authority control

5 2

2.7.1.5 Integrate pre-built authority lists

9 2

2.7.1.6 Authority lists for entry and validation

9 2

2.7.1.7 Authority lists included in the system

3 2

2.7.1.8 Authority lists for search

3 0

2.7.1.10 Authorization to alter authority lists

8 0

2.7.1.11 Print authority lists 3 0

2.7.1.12 Several authority lists used within one field

9

2.7.1.13 Deletion/change of terms - implications for records

9

2.7.2 Thesaural Control 131 22

2.7.2.1 Thesaural control with software

8 2

2.7.2.2 Update thesaurus files procedure

8 2

2.7.2.3 Developed thesauri 4 2

2.7.2.4 Fields with thesaural control

5 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

2.7.2.5 Integrate pre-built thesaural files

9 2

2.7.2.6 Thesauri for entry and validation

9 2

2.7.2.8 Thesauri for search 4

2.7.2.9 Thesauri for term expansion during retrieval

5

2.7.2.11 Authorization to alter thesaurus

8 2

2.7.2.12 Homonyms within thesaurus

7 2

2.7.2.13 Thesaurus viewed hierarchically

8 2

2.7.2.14 Unauthorized term 3 0

2.7.2.15 Print thesauri files 3 0

2.7.2.16 Display all thesaurus information

4 2

2.7.2.17 Several thesauri used within one field

4 2

2.7.2.18 Monolingual and multilingual thesaurus, ISO standard

8

2.7.2.19 Development of multilingual thesauri

2

2.7.2.20 Development of monolingual thesauri

2

2.7.2.21 Change of terms - implications for records

9

2.7.2.22 Change of terms - implications for narrower terms

9

2.7.2.23 Deletion of terms - implications for records

4

2.7.2.24 Prevent deletion of terms which have narrower terms

8

3 User Interface 205 37

3.1 Help Features 27 4

3.1.2 Tutorial available 5 0

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

3.1.3 On-line help 3 0

3.1.4 Help on request 1 2

3.1.5 Context-sensitive help 3 0

3.1.6 Help at the field level 7 0

3.1.7 Self-explanatory help 4 2

3.1.8 User-defined help 2 0

3.1.9 User-built help file 2 0

3.2 Data Entry 85 12

3.2.1 Repeatable field 4 2

3.2.3 Record duplication 3 2

3.2.4 Default Values 8

3.2.5 Mandatory fields 9 2

3.2.6 Override mandatory fields

4 0

3.2.7 Calculated fields 2

3.2.9 Fields copying 9 0

3.2.10 Data formatting 5 0

3.2.11 Macros 5 0

3.2.12 Hot-key 7 0

3.2.13 Search and replace within record

7 0

3.2.15 Import data from other sources for part/entire records

6 0

3.2.16 Field level controls 8 2

3.2.17 Date pickers 4 2

3.2.18 Spell checker 2 1 Visto ser web-based, usa o corretor do browser

3.2.19 Language of spell checker

2 1 A do browser

3.3 Date Formats 43 12

3.3.2 Date entry 3 2

3.3.3 Date searching 7 2

3.3.4 Date display 4 2

3.3.5 Date output 3 2

3.3.6 Attribution dates 9 2

3.3.7 Date conversion 8 0

3.3.8 Unknown dates 9 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

3.4 User Customization 5 0

3.4.1 Data entry screen(s) 2 0

3.4.2 Data retrieval screen(s) 2 0

3.4.4 Error messages 1 0

3.5 Bilingual (English/Portuguese)

25 4

3.5.1 Alternate language 9 2

3.5.2 Language selection at login time

5 0

3.5.3 Language selection on any screen

5 0

3.5.4 English or Portuguese information

5

3.5.5 English and Portuguese information

1

3.6 Other Languages 8 2

3.6.1 UTF-8 8 2

3.7 Web Interface 12 3

3.7.1 Access via Internet 5 2

3.7.2 Consistent between platforms

3.7.1 7 1

a configuração atual apresenta algumas diferenças entre o chrome e o firefox apesar de que esta situação possa ser um simples erro de configuração

3.8 Accessibility 0 0

3.8.1 Alternative formats 4 0

4 Query 174 30

4.1 General Requirements 20 6

4.1.1 Query using native language

6 2

4.1.3 Query any field 5 2

4.1.4 / 4.1.5 / 4.1.6 Boolean AND; OR; NOT

5 2

4.1.7 Nesting expressions 4

4.2. Range Searches 29 4

4.2.1 Search operators 7

4.2.2 Range searches on numeric fields

7 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

4.2.3 Range searches on date fields

7 2

4.2.4 Using attribution dates 4

4.2.5 Range searches on character fields

4

4.3 Wilcard Searching 8 0

4.3.3 Wildcard on any field 4 0

4.3.4 Character substitution 4 0

4.4 Query Results 67 8

4.4.1 Save results 3 0

4.4.2 View results in alternative format

2 0

4.4.3 Default format 7 2

4.4.4 Object display order 7 2

4.4.5 Define default field display order

7 2

4.4.6 Field display 9 2

4.4.7 Forward, backward browsing

7

4.4.8 Carry forward 7

4.4.9 Relative position 4

4.4.10 Access to related objects

3

4.4.11 Sort results 4 0

4.4.12 / 4.4.13 Ascending and Descending

7 0

4.5 Features 50 12

4.5.4 Presence/absence searching

2 2

4.5.5 Non-indexed fields 7 2

4.5.6 Multiple field searches 7 2

4.5.7 Query hit list 3 0

4.5.8 Number of hits 8 2

4.5.10 Search refinement 4 1 Filtrar pela existencia de imagem

4.5.12 Search history 3 0

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

4.5.13 Review results in query mode

3 0

4.5.14 Modify query 4 0

4.5.15 Save query 3 0 Através do browser

4.5.16 Print query results 4 1

4.5.17 Simple (Google style) search

2 2

5 Reports 102 4

5.1 Pre-defined Reports 27 2

5.1.1 Pre-defined reports provided

3 2

5.1.3 Change pre-defined reports

3

5.1.4 Save changed reports 3

5.1.5 Specify sort order 2

5.1.6 Frequency report 3

5.1.7 Concatenated fields 3

5.1.8 Count of terms 3

5.1.9 Records processed 3

5.1.10 Offline object worksheets

4

5.2 User Defined Reports 58 2

5.2.1 General Requirements 47 0

5.2.1.1 User defined reports 4

5.2.1.2 Copy and modify reports

2

5.2.1.3 Labels 3

5.2.1.4 Generate form(s) 4

5.2.1.5 Include/exclude fields

4

5.2.1.6 Full boolean search 2

5.2.1.7 Sort on any field 3

5.2.1.8 / 5.2.1.9. Ascending / Descending sort

2

5.2.1.10 Calculates totals 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

5.2.1.11 Calculate sub-totals 2

5.2.1.12 Columnar reporting 2

5.2.1.13 Redefine field names

2

5.2.1.14 Report browsing 3

5.2.1.15 Indication of progress

1

5.2.1.16 Report display on screen

3

5.2.1.17 Reports printed 3

5.2.1.18 Reports saved on disk

3

5.2.1.19 Reuse saved output 5.2.1.18 2

5.2.2 Formatting Features 11 2

5.2.2.1 Text formatting 1 0

5.2.2.2 Document formatting

1 0

5.2.2.3 Date produced 7 2

5.2.2.4 Date formats 2 0

5.3 Document Production 7 0

5.3.1 Templates 3

5.3.2 Web Reports 2

5.3.3 Emails 2

5.4 Visual representation of data

10 0

5.4.1 Browsing taxonomies 3

5.4.2 Temporal data 4

5.4.3 Geographic data 3

6 Enhanced Collections Management

136 13

6.1 Rights and Reproductions

59 7

6.1.1 Rights and Reproductions Management

9

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

6.1.2 Record copyright ownership

9 2

6.1.3 Ownership of copyright of reproductions

8 1

É possivel acrescentar informação sobre direitos de autor, e guardar um documento anexo ao registo, porém não existe ligação entre esta informação e documento.

6.1.4 Document information about reproductions

4 2

6.1.5 Access to reproductions by unique local number

4

Não foi possivel testar a importação de ficheiros, impedidndo a verificação deste requisito

6.1.6 Illegal Reproduction 7 0

6.1.7 Copyright 7 2

6.1.9 Print images 7

Não foi possivel testar a importação de ficheiros, impedidndo a verificação deste requisito

6.1.10 Print image/text and copyright

4

Não foi possivel testar a importação de ficheiros, impedidndo a verificação deste requisito

6.2 Public Access and Engagement

58 6

6.2.1 Searching module 4 2

6.2.2 Internet public access 10 2

6.2.3 Subset access 5

6.2.5 Alternate language 9

6.2.7 Multiple databases 9

6.2.8 View selected fields 8 2

6.2.9 Search refinement 5

6.2.12 Print results 4

6.2.16 Visitor statistics 4

6.3 Customization 19

6.3.1 Customization by the supplier

10 2

6.3.2 Customization by the user

9 1 Não totalmente

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

7 Technical Requirements 193 16

7.1 Import/Export Functions 108 4

7.1.1 Import Files 47 0

7.1.1.2 Field selection available

2

7.1.1.3 Summary report 7

7.1.1.4 Field validation 7

7.1.1.5 Duplicate checking 5

7.1.1.7 Bypass field validation

4

7.1.1.8 Hold for verification 5

7.1.1.9 Long fields 8

7.1.1.10 Import XML 9

7.1.2 Export Files 38 2

7.1.2.3 Field selection available

7

7.1.2.4 Summary report 7

7.1.2.5 Flag data records 3

7.1.2.6 Flag data fields 3

7.1.2.8 Object linking 8

7.1.2.10 Export XML 10 2

7.1.3 Interface with Other Software

23 2

7.1.3.1 Word processor 2

7.1.3.2 Spreadsheet 8

7.1.3.4 ODBCCompliant 4

7.1.3.5 Interoperability 9 2

7.2 Documentation & Support

46 8

7.2.1 User documentation 7 2

7.2.3 On-line documentation 3 2

7.2.4 Documentation for new users

2

7.2.5 System documentation 4 2

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

7.2.7 Data dictionary formats

4

7.2.8 Customized modules 8 2

7.2.9 Source code provided 5 0

7.2.10 Protection 4

7.2.11 Institution’s rights if the supplier withdraws from business

9

7.4 Features 9 2

7.4.1 Discipline 9 2

7.5 Special Features 30 2

7.5.3 Multi-tasking 4 0

7.5.5 Measurement conversion

3 0

7.5.7 Selection of measurements

3 2

7.5.8 Overrides converted measurements

8 0

7.5.9 Support bar codes 3

7.5.10 Bar code labels 3

7.5.11 Bar code software 2

7.5.12 Support bar-code scanners

2

7.5.13 Supports OCR 2

8 System Administration 151 10

8.1 Security 71 8

8.1.1 Multi-level security 8

8.1.2 User ID security 9 2

8.1.3 Password security 8 2

8.1.4 Password administration

4 2

8.1.5 User function security 7

8.1.6 File security 7

8.1.7 Field(s) security 5

8.1.8 Record(s) security 8

8.1.9 Security by discipline 4 2

8.1.10 Record amendment security

7

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Avaliação InPatrimonium

Escala 0-2

Requisito Dependências Peso Avaliação Comentários

8.1.11 / 8.1.12 Record locked & available

4

8.2 Index(s) 11 2

8.2.1 Change of index 8 2

8.2.2 Restructuring of affected indexes

3

8.3 Backup 33 0

8.3.1 Backup and recovery process

4

8.3.2 Back-end database back-up and recovery

4

8.3.5 Backup process 8

8.3.6 Recovery process 7

8.3.9 Automate backups 7

8.3.10 Automate recovery 3

8.4 Audit Reports 36 0

8.4.1 Audit report on data 6

8.4.2 Deleted records 6

8.4.3 Audit report on changes

7

8.4.4 User access profiles 4

8.4.5 Audit report on user activity

4

8.4.6 Audit report on module activity

2

8.4.7 Audit module usage 3

8.4.8 Query report 4

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Anexo 8 - Análise Diretrizes Digitalização

(Diretrizes presentes no documento da Fadgi de 2015 - Excerto do excel integral)

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG 2000 TIFF, JPEG 2000 TIFF, JPEG 2000 TIFF, JPEG 2000

Derivada de acesso Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de CorGrey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de Cinzentos ou CorEscala de Cinzentos ou

Cor

Escala de Cinzentos ou

CorEscala de Cinzentos ou Cor

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Mapas, Desenhos ou Originais de grande tamanho

Tecnlogias de Captura

recomendadas

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso Todas Todas Todas Todas

Resolução 100 ppi 200 ppi 400 ppi 600 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998, ECIRGBv2Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de Cinzentos ou Cor Escala de Cinzentos ou Cor Cor Cor

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Tecnlogias de Captura recomendadas

Fotografias

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Anexo 9 - Guia de digitalização pré-testes

Guia de digitalização

Gestão do serviço e coleções dos Museus da U. Porto

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2

Informação do Documento

Revisões

Revisão 1

Data da Revisão Editor(s)

dd/mm/aaaa Primeiro ultimo Nome

Razão da revisão e alterações

dd/mm/aaaa …

Titulo Guia de Digitalização

Responsabilidade Universidade do Porto

Autor João Rua

Tipo de Documento Guia Técnico

Data de Publicação …

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3

SUMÁRIO

1 Introdução ............................................................................................................................. 5

1.1 Âmbito ........................................................................................................................... 5

1.2 Objetivos ........................................................................................................................ 5

2 Formatos ................................................................................................................................ 6

3 Meta-informação ................................................................................................................... 8

4 Nomenclatura ...................................................................................................................... 11

5 Perfis de digitalização .......................................................................................................... 11

5.1 Documentos Textuais .................................................................................................. 12

5.1.1 Manuscritos ou artefactos Bi-Dimensionais ........................................................ 12

5.1.2 Documentos impressos a preto e branco ............................................................ 13

5.1.3 Documentos impressos com imagens ou anotações .......................................... 14

5.1.4 Documentos em suportes com transparência ou reluzente ............................... 15

5.1.5 Jornais .................................................................................................................. 16

5.1.6 Livros .................................................................................................................... 17

5.2 Documentos Fotográficos ............................................................................................ 18

5.2.1 Fotografias ........................................................................................................... 18

5.2.2 Still Film entre 35 mm e 4" x 5" ........................................................................... 19

5.2.3 Still Film maior que 4" x 5" .................................................................................. 25

5.2.4 Radiografias ......................................................................................................... 31

5.2.5 Microfilme ........................................................................................................... 32

5.3 Artefactos .................................................................................................................... 33

5.3.1 Artefactos de tamanho médio ............................................................................. 33

5.3.2 Artefactos refletores ............................................................................................ 34

5.3.3 Artefactos de tamanho pequeno......................................................................... 35

5.3.4 Artefactos redondos ............................................................................................ 36

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4

5.3.5 Artefactos com selo, assinatura ou marca .......................................................... 37

5.3.6 Artefactos longos em tecido detalhado e colorido ............................................. 38

5.3.7 Artefactos de tamanho grande ............................................................................ 39

5.3.8 Peças de vestuário ............................................................................................... 40

5.3.9 Artefactos com várias componentes ................................................................... 41

6 Guias específicos de digitalização ........................................................................................ 42

7 Referências .......................................................................................................................... 43

8 Anexos ................................................................................................................................. 44

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5

1. Introdução

Este Guia de Digitalização procura definir diretrizes e práticas para a uniformização dos processos de

digitalização na Universidade do Porto, assegurando a sua conformidade com os princípios de qualidade e

preservação digital assumidos pela Universidade.

As recomendações apresentadas com neste guia são o resultado da simbiose entre as normas e

práticas de referência existentes nesta área, e testes práticos realizados pela própria Universidade.

Esta é ainda uma versão em construção pelo que questões como a conservação ainda não são

considerados, nem processos emergentes de digitalização como é o caso a digitalização 3D.

1.1 Âmbito

Este documento procura auxiliar todos os processos de digitalização na Universidade do Porto,

incluindo aqueles incluídos no Projeto do Museu Digital.

1.2 Objetivos

O principal objetivo destas diretrizes é suportar os processos de digitalização assegurando que são

escolhidos os melhores parâmetros para as finalidades das diversas digitalizações, e que os ficheiros

resultantes contêm a meta-informação necessária para a sua correta ingestão no sistema de preservação da

Universidade.

Paralelamente, este documento procura também normalizar a produção de representações digitais em

toda a Universidade, assegurando que dois objetos da mesma tipologia são digitalizados da mesma forma

independentemente do local de digitalização ou do responsável pela mesma.

Procura-se ainda, garantir que existem as diretrizes necessárias para a criação de representações

digitais que respondam às necessidades dos diferentes membros da comunidade UP e público externo,

nomeadamente, investigadores, docentes, alunos e público em geral.

Por fim, a criação de nados-digitais deve também tirar partido deste guia, especialmente, das secções

de meta-informação e nomenclatura.

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6

2. Formatos

A digitalização de objetos envolve a criação de vários ficheiros para a mesma fotografia ou

digitalização. Estes ficheiros dividem-se em duas categorias: Imagens Master e Imagens Derivadas.

Imagens Master

As imagens Master são os originais, as imagens diretamente resultantes do processo de digitalização

e partir das quais são criadas as imagens derivadas.

Estas imagens têm como objetivo ser a representação mais fidedigna do objeto sendo assim

necessário o uso de um formato de imagem que lhes permita reter e apresentar o máximo de qualidade

possível evitando formatos Lossy.

Neste sentido são recomendados os seguintes formatos:

TIFF

JPEG 2000

PDF/A

RAW

Porém, os formatos seguintes apresentam-se como as melhores soluções de um ponto de vista

global:

PDF/A – para reprodução de documentos textuais/nativos digitais textuais

O PDF/A não é um formato de imagem, mas é apropriado para digitalizações de documentos

administrativos ou de arquivo, onde o interesse resida no conteúdo dos mesmos e não no documento em si.

TIFF – para as restantes reproduções/produções (nativos digitais)

A escolha do formato Master está também depende das características do projecto, objeto a

digitalizar e finalidade da digitalização pelo que a variações no formato são aceitáveis quando necessárias.

Page 217: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

7

No caso da fotografia digital, estas devem ser tiradas em formato RAW sendo esse ficheiro guardado,

e duplicado. Na duplicação são executados os processos de pós-produção e a imagem final é guardada em

formato TIFF.

Imagens Derivadas

As imagens derivadas, resultantes das imagens Master, servem uma variedade de propósitos e

possuem uma variedade de características dependentes dos fins para que são utilizadas, neste sentido, os

formatos a usar estão muito dependentes desses fins sendo recomendado uma escolha caso a caso, dos

formatos das imagens derivadas.

No entanto é aconselhável a criação de pelo menos duas derivadas por cada imagem (no caso dos

ficheiros TIFF), uma versão para disponibilização online e ainda outra para usar como thumbnail.

Page 218: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

8

3. Meta-informação

Todas as imagens resultantes de digitalização devem ser acompanhadas por um ficheiro de meta-

informação que descreve as características técnicas da mesma.

O standard MIX, derivado da NISO Z39.87-2006 e expresso em XML, oferece um conjunto de

elementos dedicados à representação de meta-informação técnica de imagens, sendo o seu uso generalizado

tendo inclusive o patrocínio da Biblioteca do Congresso. É recomendada a adoção deste standard em

conjunto com PREMIS e METS para garantir uma correta preservação das imagens criadas, no entanto, visto

que a implementação deste conjunto de standards está ainda dependente de investigação mais profunda,

pode-se tirar partido de uma especificação feita anteriormente para a Universidade do Porto61 onde a meta-

informação a recolher segue o esquema EXIF em XML.

A seguinte tabela expõe os elementos deste esquema bem como valores exemplificativos

Campo Preenchimento

ExifTool Version Number 7.39

File Name 6513_TM_01_0001.tif

Directory \RUP\Teses\6513_TM_01

File Size 23 MB

File Modification Date/Time 14

File Type TIFF

MIME Type image/tiff

Exif Byte Order Little-endian (Intel, II)

Image Width 2324

Image Height 3456

Bits Per Sample 8 8 8

61 Esta especificação foi realizada pela Professora Manuela Pinto em 2007

Page 219: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

9

Compression Uncompressed

Photometric Interpretation RGB

Fill Order Normal

Document Name \RUP\Teses_B\6513_TM_01\00000001\6513_TM_01_0.tif

Strip Offsets (Binary data 29504 bytes, use -b option to extract)

Orientation Horizontal (normal)

Samples Per Pixel 3

Rows Per Strip 1

Strip Byte Counts (Binary data 17279 bytes, use -b option to extract)

X Resolution 300

Y Resolution 300

Planar Configuration Chunky

Resolution Unit inches

Page Number 0 41

Software //www.imagemagick.org

Image Size 2324x3456

Empresa Microfil

Departamento DPR

Responsavel Máximo Manuel Fardilha

Operadores Luis Silva

Data e Hora 26-06-2009 15:54

Programa Utilizado Kodak capture software

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10

Versão do Programa Utilizado 6.11

Plataforma

Sistema Operativo Windows XP

Empresa Desenvolvedora Kodak

Modelo de Scanner i840

Tipo de Scanner i800 series

Fabricante de Scanner Kodak

Muita da informação técnica aqui presente é passível de ser extraída automaticamente do

equipamento usado para digitalização, desde que este suporte o standard EXIF nativamente

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11

4. Nomenclatura

A nomenclatura atribuída aos ficheiros resultantes de processos de digitalização deve ter um caracter

consistente e descritivo, de maneira a que seja possível identificar e contextualizar um ficheiro apenas pelo

seu nome.

Informação obrigatória a incluir no nome do ficheiro:

Nome ou Acrónimo do Museu/Projeto ou Projeto/Exploração

Nome ou Iniciais do fotógrafo/responsável pela digitalização

Data da digitalização

Estas informações são transversais a todas as digitalizações pelo que devem estar espelhadas no nome

dos ficheiros produzidos.

Alguns tipos de informação potencialmente relevante a incluir nos nomes dos ficheiros:

Código Único do objecto digitalizado

Código indicativo da perspectiva da fotografia (Casos em que sejam tiradas várias fotos ao mesmo

objecto)

Código indicativo da componente fotografada (Casos em que o objecto se divida em várias

componentes)

As informações adicionais a incluir no nome do ficheiro variam de projecto para projecto e de objecto

para objecto consoante o que for necessário e adequado.

Recomendações

O formato AAAAMMDD para a data garante que os ficheiros permaneçam em ordem cronológica.

Nomes muito grandes podem originar problemas em alguns softwares

Evitar caracteres especiais (~ ! @ # $ % ^ & * ( ) ` ; < > ? , [ ] { } ‘ “)

Não usar espaços para separar as informações, usar underscore [ _ ]

Criar um ficheiro de texto separado com a explicação da nomenclatura usada

5. Perfis de digitalização

O sistema de classificação em estrelas apresentado neste documento e baseado no da mesma tipologia

da FADGI divide-se em quatro categorias:

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1 Estrela – Digitalização resultante em imagem que não se assume como um possível “substituto” do

documento original, sendo apenas usado pelo seu valor informacional

2 Estrelas – Digitalização resultante em imagem que não se assume como um possível “substituto” do

documento original, sendo apenas usado pelo seu valor informacional embora sendo de maior qualidade do

que a categoria anterior

3 Estrelas – Digitalização resultante em imagem com uma qualidade profissional suficiente para a maioria dos

fins.

4 Estrelas – Digitalização resultante em imagem da melhor qualidade possível

Este sistema pode ser útil não só para a avaliação das imagens já existentes como também para guiar o

processo de digitalização. Por outro lado a escolha de um só padrão mínimo pode simplificar todo esse

processo, permitindo assim uma maior homogeneidade nos processos de digitalização dos Museus/UP.

5.1 Documentos Textuais

5.1.1 Manuscritos ou artefactos Bi-Dimensionais

Exemplos: Manuscritos antigos, Postais, mapas, desenhos, livros de edições especiais

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Scanners Manuais de Livros

Câmaras Digitais com suporte para livros

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato Master

TIFF, JPEG 2000, PDF/A

TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas

Resolução 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor Adobe 1998,

ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Cor Cor Cor

Page 223: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

13

Recomendações

A digitalização deste tipo de documentos deve ser levada a cabo por profissionais com treino e

experiencia no manuseamento dos mesmos;

Os ficheiros master não devem ser retocados

Escala de cor ou de cinzentos

Procedimento

5.1.2 Documentos impressos a preto e branco

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor Grey Gamma 2.2,

SRGB, Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Recomendações

Escala de cor ou de cinzentos

Procedimento

Page 224: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

14

5.1.3 Documentos impressos com imagens ou anotações

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor Grey Gamma 2.2,

SRGB, Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de Cinzentos

ou Cor Cor Cor Cor

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Recomendações

Escala de cor ou de cinzentos

Procedimento

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15

5.1.4 Documentos em suportes com transparência ou reluzente

Exemplos: Documentos em papel de cebola, papel vegetal, papel de arroz

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG

2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de

Cinzentos ou Cor

Cor Cor Cor

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Escala de cor ou de cinzentos

Procedimento

Page 226: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

16

5.1.5 Jornais

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG

2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de

Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Recomendações

Escala de cor ou de cinzentos

Procedimento

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17

5.1.6 Livros

Tecnologias de captura recomendadas:

Scanners Manuais de Livros

Câmaras Digitais com suporte para livros

Recomendações:

Escala de cor ou de cinzentos

Procedimento

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG

2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor SRGB, Adobe

1998, ECIRGBv2 Adobe 1998,

ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de

Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Cor

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18

5.2 Documentos Fotográficos

5.2.1 Fotografias

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 100 ppi 200 ppi 400 ppi 600 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998,

ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de

Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Cor Cor

Tecnologias de captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Escala de cor ou de cinzentos

Procedimento

Page 229: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

19

5.2.2 Still Film entre 35 mm e 4" x 5"

5.2.2.1 Negativos a preto e branco

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

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20

5.2.2.2 Negativos de cor

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Negativos de cor não serão digitalizados corretamente a não ser que seja usado um scanner com

software sofisticado de conversão de negativos de cor.

Procedimento

Page 231: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

21

5.2.2.3 Negativos em vidro

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

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22

5.2.2.4 Slides

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

Page 233: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

23

5.2.2.5 Acetatos

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

Page 234: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

24

5.2.2.6 Slides de Lanterna

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

Page 235: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

25

5.2.3 Still Film maior que 4" x 5"

5.2.3.1 Negativos a Preto e Branco

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

Page 236: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

26

5.2.3.2 Negativos a Cor

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Negativos de cor não serão digitalizados corretamente a não ser que seja usado um scanner com

software sofisticado de conversão de negativos de cor.

Procedimento

Page 237: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

27

5.2.3.3 Negativos a Vidro

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

Page 238: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

28

5.2.3.4 Slides

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

Page 239: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

29

5.2.3.5 Acetatos

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

Page 240: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

30

5.2.3.6 Slides de Lanterna

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

Page 241: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

31

5.2.3.7 Radiografias

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato JPEG, JPEG 2000, TIFF,

DICOM

JPEG, JPEG 2000, TIFF, DICOM

TIFF, DICOM TIFF, DICOM

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 300 ppi 400 ppi 500 ppi 500 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor Grey Gamma

2.2 Grey Gamma 2.2 Grey Gamma 2.2 Grey Gamma 2.2

Cor Escala de Cinzentos

Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Flatbed

Scanners Especializados para Radiografias

Procedimento

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32

5.2.3.8 Microfilme

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Procedimento

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 300 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 8

Espaço de Cor Grey Gamma

2.2 Grey Gamma 2.2 Grey Gamma 2.2 Grey Gamma 2.2

Cor Escala de Cinzentos

Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos

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33

5.3 Artefactos

Os detalhes técnicos da fotografia são transversais aos vários perfis de artefactos, nomeadamente:

Recomendado Mínimo

Resolução Entre 10 a 16 megapixéis em modo de

imagem RGB 24-bit

6 Megapixéis em modo de

imagem RGB 24-bit

Formato Formato RAW/TIFF Formato RAW/TIFF

Espaço de Cor Adobe 1988 Adobe 1988

Balanço de

Brancos

Usar o modo automático da camara ou ajustar manualmente conforme a luz

5.3.1 Artefactos de tamanho médio

Exemplo: Prato, ferramenta

Recomendações:

Fotografar pelo menos duas vezes de ângulos diferentes

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Procedimento

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34

5.3.2 Artefactos refletores

Exemplo: Objetos de vidro; espelho; cerâmica; prata;

Recomendações:

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Usar uma lente micro para objetos muito pequenos

Reduzir ao máximo as reflexões no artefacto

Tirar uma primeira fotografia com uma escala de cor e outra sem escala para que não seja reflectida

Procedimento

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35

5.3.3 Artefactos de tamanho pequeno

Exemplos: moedas; pins.

Recomendações:

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Usar uma lente macro para objetos muito pequenos

O artefacto deve preencher ao máximo possível, a imagem

Fotografar o artefacto duas vezes com a escala, uma vista de frontal e outra traseira

Procedimento

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36

5.3.4 Artefactos redondos

Exemplos: Vaso; cálice.

Recomendações:

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Se não houver variação no padrão, apenas se fotografa um lado

Procedimento

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37

5.3.5 Artefactos com selo, assinatura ou marca

Exemplo: Garrafa; prato.

Recomendações:

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto como um todo

Fotografar marca (ou assinatura…)

Procedimento

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38

5.3.6 Artefactos longos em tecido detalhado e colorido

Exemplo: Carpete, tecido.

Recomendações:

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto a partir de cima

Para evitar distorção do objeto, a parte traseira da camara deve estar paralela ao artefacto

Se o padrão for uniforme é aceitável dobrar o artefacto de forma a mostrar apenas uma secção

Fotografar duas vezes, uma perspetiva frontal e outra traseira

Procedimento

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39

5.3.7 Artefactos de tamanho grande

Exemplo: Quadro; mobília

Recomendações:

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto a partir de cima

Para evitar distorção do objeto, a parte traseira da camara deve estar paralela ao artefacto

Um quadro ou mobília podem também ser colocados de maneiras que os cantos estejam a 90 graus

da camara

Várias perspetivas são aceitáveis, no mínimo uma frontal e outra traseira

Procedimento

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40

5.3.8 Peças de vestuário

Exemplo: Roupas; disfarces

Recomendações

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar o artefacto a partir de cima

Para evitar distorção do objeto, a parte traseira da camara deve estar paralela ao artefacto

Fotografar pelo menos duas vezes, uma perspetiva frontal e outra traseira

Fotografar detalhes sendo que nestes casos a inclusão da escala não é obrigatória

Colocar o artefacto num manequim

Procedimento

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41

5.3.9 Artefactos com várias componentes

Exemplo: Jogo de tabuleiro, puzzle

Recomendações

Fundo Preto ou cinzento neutro

Escala de cor ou cinzentos

Garantir que a escala possa ser excluída caso seja necessário

Fotografar várias vezes de forma a captar todas as componentes

Procedimento

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42

6. Guias específicos de digitalização

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43

7. Referências

CARLI Digital Collections Users’ Group. (2014). GUIDELINES FOR THE CREATION OF DIGITAL COLLECTIONS.

Illinois, EUA: Consortium of Academic and Research Libraries in Illinois.

LIBRARY, ARCHIVES AND DOCUMENTATION SERVICES. (Março de 2006). Digitization Standards for the

Canadian Museum of Civilization Corporation. Canadian Museum of Civilization Corporation.

Stanford University Libraries. (s.d.). Case study: File naming done well. Obtido em 11 de 12 de 2015, de

Stanford University Libraries.

Still Image Working Group. (2009). Technical Guidelines for Digitizing Cultural Heritage Materials: Creation of

Raster Image Master Files. Federal Agencies Digitization Initiative (FADGI).

Still Image Working Group. (2015). Technical Guidelines for Digitizing Cultural Heritage Materials: Creation of

Raster Image Master Files. Federal Agencies Digitization Initiative (FADGI).

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8. Anexos

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Anexo 10 - Fotografias de teste

Teste 1

Perspetiva frontal

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Perspetiva com foco no detalhe (escala)

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Teste 2

Perspetiva frontal

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Perspetiva de cima para baixo

Perspetiva com foco no detalhe

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Teste 3

Perspetiva frontal

Perspetiva traseira

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Perspetiva com foco no detalhe

Perspetiva Funcional

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Teste 4

Perspetiva frontal

Perspetiva lateral (lado esquerdo do fotógrafo)

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Perspetiva lateral (lado direito do fotógrafo)

Teste 5

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Anexo 11 - Guia de Digitalização

Guia de digitalização

Gestão do serviço e coleções dos Museus da U. Porto

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Informação do Documento

Revisões

Revisão 1

Data da Revisão Editor(s)

20/06/2016 João Rua

Atualização de perfis de digitalização após testes práticos

Titulo Guia de Digitalização

Responsabilidade Universidade do Porto

Autor João Rua

Tipo de Documento Guia Técnico

Data de Publicação …

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3

Sumário 1 Introdução ............................................................................................................................. 4

1.1 Âmbito ........................................................................................................................... 4

1.2 Objetivos ........................................................................................................................ 4

2 Formatos ................................................................................................................................ 5

3 Meta-informação ................................................................................................................... 6

4 Nomenclatura ........................................................................................................................ 9

5 Perfis de digitalização .......................................................................................................... 10

5.1 Objetos Bidimensionais ............................................................................................... 10

5.1.1 Documentos Textuais .......................................................................................... 11

5.1.2 Documentos Fotográficos .................................................................................... 17

5.2 Objetos Tridimensionais .............................................................................................. 32

6 Guias específicos de digitalização ........................................................................................ 34

7 Referências .......................................................................................................................... 35

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4

1. Introdução

Este Guia de Digitalização procura definir diretrizes e práticas para a uniformização dos processos de

digitalização na Universidade do Porto, assegurando a sua conformidade com os princípios de qualidade e

preservação digital assumidos pela Universidade.

As recomendações apresentadas com neste guia são o resultado da simbiose entre as normas e

práticas de referência existentes nesta área, e testes práticos realizados pela própria Universidade.

Esta é ainda uma versão em construção pelo que questões como a conservação ainda não são

considerados, nem processos emergentes de digitalização como é o caso a digitalização 3D.

1.1 Âmbito

Este documento procura auxiliar todos os processos de digitalização na Universidade do Porto,

incluindo aqueles incluídos no Projeto do Museu Digital.

1.2 Objetivos

O principal objetivo destas diretrizes é suportar os processos de digitalização assegurando que são

escolhidos os melhores parâmetros para as finalidades das diversas digitalizações, e que os ficheiros

resultantes contêm a meta-informação necessária para a sua correta ingestão no sistema de preservação da

Universidade.

Paralelamente, este documento procura também normalizar a produção de representações digitais em

toda a Universidade, assegurando que dois objetos da mesma tipologia são digitalizados da mesma forma

independentemente do local de digitalização ou do responsável pela mesma.

Procura-se ainda, garantir que existem as diretrizes necessárias para a criação de representações

digitais que respondam às necessidades dos diferentes membros da comunidade UP e público externo,

nomeadamente, investigadores, docentes, alunos e público em geral.

Por fim, a criação de nados-digitais deve também tirar partido deste guia, especialmente, das secções

de meta-informação e nomenclatura.

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5

2. Formatos

A digitalização de objetos envolve a criação de vários ficheiros para a mesma fotografia ou

digitalização. Estes ficheiros dividem-se em duas categorias: Imagens Master e Imagens Derivadas.

Imagens Master

As imagens Master são os originais, as imagens diretamente resultantes do processo de digitalização

e partir das quais são criadas as imagens derivadas.

Estas imagens têm como objetivo ser a representação mais fidedigna do objeto sendo assim

necessário o uso de um formato de imagem que lhes permita reter e apresentar o máximo de qualidade

possível evitando formatos Lossy.

Neste sentido são recomendados os seguintes formatos:

TIFF

JPEG 2000

PDF/A

RAW

Porém, os formatos seguintes apresentam-se como as melhores soluções de um ponto de vista

global:

PDF/A – para reprodução de documentos textuais/nativos digitais textuais

O PDF/A não é um formato de imagem, mas é apropriado para digitalizações de documentos

administrativos ou de arquivo, onde o interesse resida no conteúdo dos mesmos e não no documento em si.

TIFF – para as restantes reproduções/produções (nativos digitais)

A escolha do formato Master está também depende das características do projeto, objeto a digitalizar

e finalidade da digitalização pelo que a variações no formato são aceitáveis quando necessárias.

No caso da fotografia digital, estas devem ser tiradas em formato RAW sendo esse ficheiro guardado,

e duplicado. Na duplicação são executados os processos de pós-produção e a imagem final é guardada em

formato TIFF.

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6

Imagens Derivadas

As imagens derivadas, resultantes das imagens Master, servem uma variedade de propósitos e

possuem uma variedade de características dependentes dos fins para que são utilizadas, neste sentido, os

formatos a usar estão muito dependentes desses fins sendo recomendado uma escolha caso a caso, dos

formatos das imagens derivadas.

No entanto é aconselhável a criação de pelo menos duas derivadas por cada imagem (no caso dos

ficheiros TIFF), uma versão para disponibilização online e ainda outra para usar como thumbnail.

3. Meta-informação

Todas as imagens resultantes de digitalização devem ser acompanhadas por um ficheiro de meta-

informação que descreve as características técnicas da mesma.

O standard MIX, derivado da NISO Z39.87-2006 e expresso em XML, oferece um conjunto de

elementos dedicados à representação de meta-informação técnica de imagens, sendo o seu uso generalizado

tendo inclusive o patrocínio da Biblioteca do Congresso. É recomendada a adoção deste standard em

conjunto com PREMIS e METS para garantir uma correta preservação das imagens criadas, no entanto, visto

que a implementação deste conjunto de standards está ainda dependente de investigação mais profunda,

pode-se tirar partido de uma especificação feita anteriormente para a Universidade do Porto62 onde a meta-

informação a recolher segue o esquema EXIF em XML.

A seguinte tabela expõe os elementos deste esquema bem como valores exemplificativos

Campo Preenchimento

ExifTool Version Number 7.39

File Name 6513_TM_01_0001.tif

Directory \RUP\Teses\6513_TM_01

File Size 23 MB

File Modification Date/Time 14

62 Esta especificação foi realizada pela Professora Manuela Pinto em 2008

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7

Campo Preenchimento

File Type TIFF

MIME Type image/tiff

Exif Byte Order Little-endian (Intel, II)

Image Width 2324

Image Height 3456

Bits Per Sample 8 8 8

Compression Uncompressed

Photometric Interpretation RGB

Fill Order Normal

Document Name \RUP\Teses_B\6513_TM_01\00000001\6513_TM_01_0.tif

Strip Offsets (Binary data 29504 bytes, use -b option to extract)

Orientation Horizontal (normal)

Samples Per Pixel 3

Rows Per Strip 1

Strip Byte Counts (Binary data 17279 bytes, use -b option to extract)

X Resolution 300

Y Resolution 300

Planar Configuration Chunky

Resolution Unit inches

Page Number 0 41

Software //www.imagemagick.org

Image Size 2324x3456

Empresa Microfil

Departamento DPR

Responsavel Máximo Manuel Fardilha

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8

Campo Preenchimento

Operadores Luis Silva

Data e Hora 26-06-2009 15:54

Programa Utilizado Kodak capture software

Versão do Programa Utilizado 6.11

Plataforma

Sistema Operativo Windows XP

Empresa Desenvolvedora Kodak

Modelo de Scanner i840

Tipo de Scanner i800 series

Fabricante de Scanner Kodak

Muita da informação técnica aqui presente é passível de ser extraída automaticamente do

equipamento usado para digitalização, desde que este suporte o standard EXIF nativamente

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9

4. Nomenclatura

A nomenclatura atribuída aos ficheiros resultantes de processos de digitalização deve ter um caracter

consistente e descritivo, de maneira a que seja possível identificar e contextualizar um ficheiro apenas pelo

seu nome.

Informação obrigatória a incluir no nome do ficheiro:

Nome ou Acrónimo do Museu/Projeto ou Projeto/Exploração

Nome ou Iniciais do fotógrafo/responsável pela digitalização

Data da digitalização

Estas informações são transversais a todas as digitalizações pelo que devem estar espelhadas no nome

dos ficheiros produzidos.

Alguns tipos de informação potencialmente relevante a incluir nos nomes dos ficheiros:

Código Único do objecto digitalizado

Código indicativo da perspectiva da fotografia (Casos em que sejam tiradas várias fotos ao mesmo

objecto)

Código indicativo da componente fotografada (Casos em que o objecto se divida em várias

componentes)

As informações adicionais a incluir no nome do ficheiro variam de projecto para projecto e de objecto

para objecto consoante o que for necessário e adequado.

Recomendações

O formato AAAAMMDD para a data garante que os ficheiros permaneçam em ordem cronológica.

Nomes muito grandes podem originar problemas em alguns softwares

Evitar caracteres especiais (~ ! @ # $ % ^ & * ( ) ` ; < > ? , [ ] { } ‘ “)

Não usar espaços para separar as informações, usar underscore [ _ ]

Criar um ficheiro de texto separado com a explicação da nomenclatura usada

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10

5. Perfis de digitalização

5.1 Objetos Bidimensionais

O sistema de classificação em estrelas apresentado neste documento baseia-se mesma tipologia da

FADGI e divide-se em quatro categorias:

1 Estrela – Digitalização resultante em imagem que não se assume como um possível “substituto” do

documento original, sendo apenas usado pelo seu valor informacional

2 Estrelas – Digitalização resultante em imagem que não se assume como um possível “substituto” do

documento original, sendo apenas usado pelo seu valor informacional embora sendo de maior qualidade do

que a categoria anterior

3 Estrelas – Digitalização resultante em imagem com uma qualidade profissional suficiente para a

maioria dos fins.

4 Estrelas – Digitalização resultante em imagem da melhor qualidade possível

Esta matriz pode ser usada não só para guiar a criação de novas imagens mas também para avaliar

imagens pré-existentes.

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11

5.1.1. Documentos Textuais

5.1.2 Manuscritos ou artefactos Bidimensionais

Exemplos: manuscritos antigos, postais, mapas, desenhos, livros de edições especiais

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Scanners Manuais de Livros

Câmaras Digitais com suporte para livros

Recomendações

A digitalização deste tipo de documentos deve ser levada a cabo por profissionais com treino e

experiencia no manuseamento dos mesmos;

Os ficheiros master não devem ser retocados;

Escala de cor ou de cinzentos.

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato Master

TIFF, JPEG 2000, PDF/A

TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas

Resolução 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor Adobe 1998,

ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Cor Cor Cor

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12

5.1.3 Documentos impressos a preto e branco

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor Grey Gamma 2.2,

SRGB, Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Recomendações

Escala de cor ou de cinzentos

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13

5.1.4 Documentos impressos com imagens ou anotações

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor Grey Gamma 2.2,

SRGB, Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de Cinzentos

ou Cor Cor Cor Cor

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Recomendações

Escala de cor ou de cinzentos

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14

5.1.5 Documentos em suportes com transparência ou reluzente

Exemplos: Documentos em papel de cebola, papel vegetal, papel de arroz

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG

2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de

Cinzentos ou Cor

Cor Cor Cor

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Escala de cor ou de cinzentos

Page 277: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

15

5.1.6 Jornais

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG

2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2

Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de

Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Documentais

Scanners Flatbed

Recomendações

Escala de cor ou de cinzentos

Page 278: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

16

5.1.7 Livros

Tecnologias de captura recomendadas:

Scanners Manuais de Livros

Câmaras Digitais com suporte para livros

Recomendações:

Escala de cor ou de cinzentos

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF, JPEG

2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000,

PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A TIFF, JPEG 2000, PDF/A

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 150 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 8 ou 16

Espaço de Cor SRGB, Adobe

1998, ECIRGBv2 Adobe 1998,

ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de

Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Cor

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17

5.1.2 Documentos Fotográficos

5.1.2.1 Fotografias

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 100 ppi 200 ppi 400 ppi 600 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998,

ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2 Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor Escala de

Cinzentos ou Cor

Escala de Cinzentos ou Cor

Cor Cor

Tecnologias de captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Escala de cor ou de cinzentos

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18

5.1.2.2 Still Film entre 35 mm e 4" x 5"

5.1.2.2.1 Negativos a preto e branco

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Page 281: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

19

5.1.2.2.2 Negativos de cor

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Negativos de cor não serão digitalizados corretamente a não ser que seja usado um scanner com

software sofisticado de conversão de negativos de cor.

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20

5.1.2.2.3 Negativos em vidro

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Page 283: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

21

5.1.2.2.4 Slides

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Page 284: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

22

5.1.2.2.5 Acetatos

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Page 285: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

23

5.1.2.2.6 Slides de Lanterna

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 1000 ppi 2000 ppi 3000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 8 ou 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners de Filme

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Page 286: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

24

5.1.2.3 Still Film maior que 4" x 5"

5.1.2.3.1 Negativos a Preto e Branco

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Page 287: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

25

5.1.2.3.2 Negativos a Cor

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Negativos de cor não serão digitalizados corretamente a não ser que seja usado um scanner com

software sofisticado de conversão de negativos de cor.

Page 288: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

26

5.1.2.3.3 Negativos a Vidro

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Page 289: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

27

5.1.2.3.4 Slides

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Page 290: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

28

5.1.2.3.5 Acetatos

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Page 291: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

29

5.1.2.3.6 Slides de Lanterna

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 500 ppi 1500 ppi 2000 ppi 4000 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor

Grey Gamma 2.2, SRGB,

Adobe 1998, ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, SRGB, Adobe 1998,

ECIRGBv2

Grey Gamma 2.2, Adobe 1998, ECIRGBv2

Cor

Escala de Cinzentos ou Cor conforme

for apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Escala de Cinzentos ou Cor conforme for

apropriado

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Planetários

Câmaras Digitais

Scanners Flatbed

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

Page 292: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

30

5.1.2.3.7 Radiografias

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato JPEG, JPEG 2000, TIFF,

DICOM

JPEG, JPEG 2000, TIFF, DICOM

TIFF, DICOM TIFF, DICOM

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 300 ppi 400 ppi 500 ppi 500 ppi

Bit Depth 8 8 16 16

Espaço de Cor Grey Gamma

2.2 Grey Gamma 2.2 Grey Gamma 2.2 Grey Gamma 2.2

Cor Escala de Cinzentos

Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos

Tecnologias de Captura recomendadas:

Scanners Flatbed

Scanners Especializados para Radiografias

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31

5.1.2.3.8 Microfilme

Recomendações:

Se o negativo permitir, digitalizá-lo de forma a preservar a margem bem como quaisquer anotações

que aí se encontrem

1 estrela 2 estrela 3 estrela 4 estrelas

Formato TIFF TIFF TIFF TIFF

Derivada de acesso

Todas Todas Todas Todas

Resolução 300 ppi 300 ppi 300 ppi 400 ppi

Bit Depth 8 8 8 8

Espaço de Cor Grey Gamma

2.2 Grey Gamma 2.2 Grey Gamma 2.2 Grey Gamma 2.2

Cor Escala de Cinzentos

Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos Escala de Cinzentos

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32

5.2 Objetos Tridimensionais

A criação de representações digitais recorrendo ao uso de máquinas fotográficos é um processo muito

menos mecânico e estandardizável do que a criação através de scanners, isto porque não só os objetos

capturados podem apresentar um infindável número de configurações como também as condições de

captura variam imenso (espaço de fotografia, camara usada, fotografo responsável etc). Por estas razões a

criação de perfis de digitalização para objetos tridimensionais na Universidade do Porto seria um trabalho

infrutífero pois nunca seriam aplicados na prática e no dia-a-dia da Instituição.

Com este ponto em mente foram definidas recomendações, diretrizes e pontos gerais a considerar

durante o processo de digitalização.

Detalhes técnicos:

Recomendado Mínimo

Resolução Entre 10 a 16 megapixéis em modo de

imagem RGB 24-bit

6 Megapixéis em modo de

imagem RGB 24-bit

Formato Formato RAW/TIFF Formato RAW/TIFF

Espaço de Cor Adobe 1988 Adobe 1988

Balanço de

Brancos

Usar o modo automático da camara ou ajustar manualmente conforme a luz

Recomendações Ambiente de digitalização:

Espaço que permita o máximo de manipulação da luminosidade, ou seja um local com o mínimo

possível de iluminação natural;

Gerais: Usar Fundo Neutro;

Usar Escala de cor e cinzentos, de forma a que possa ser excluída caso seja necessário;

No caso de o objeto ser refletor, tirar fotografias com escala para efeitos de documentação e sem

escala para efeitos de presentação (evitando assim, a reflexão da mesma no objeto);

Usar uma lente macro para objetos muito pequenos.

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33

No caso da existência de etiqueta do objeto, capturar a mesma de forma a que possa ser excluída da

imagem caso seja necessário.

Perspetivas:

O artefacto deve preencher ao máximo possível, a imagem;

Tirar fotografias das perspetivas necessárias à representação integral do objeto, incluindo uma

perspetiva que represente a funcionalidade do objeto. (Por exemplo, no caso de um vaso cilíndrico);

No caso de objetos compostos, fotografar às vezes necessárias para correta captura de todas as

componentes;

Em casos de marcas, assinaturas, inscrições ou outro tipo de detalhes, tirar fotografia centrada no

detalhe ou garantir que uma fotografia de o objeto como um todo, tem qualidade o suficiente para

permitir a inspeção do detalhe.

Extra:

No caso de vestuário, colocar o artefacto num manequim

Objetos cuja digitalização tenha de ser feita no local de armazenamento/exposição:

Nestes casos, as recomendações podem ser impossíveis de seguir, deferindo assim o processo de

digitalização para o julgamento dos responsáveis pelo menos.

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6. Guias específicos de digitalização

(Em curso).

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35

7. Referências CARLI Digital Collections Users’ Group. (2014). GUIDELINES FOR THE CREATION OF DIGITAL COLLECTIONS.

Illinois, EUA: Consortium of Academic and Research Libraries in Illinois.

LIBRARY, ARCHIVES AND DOCUMENTATION SERVICES. (Março de 2006). Digitization Standards for the

Canadian Museum of Civilization Corporation. Canadian Museum of Civilization Corporation.

Stanford University Libraries. (s.d.). Case study: File naming done well. Obtido em 11 de 12 de 2015, de

Stanford University Libraries.

Still Image Working Group. (2009). Technical Guidelines for Digitizing Cultural Heritage Materials: Creation of

Raster Image Master Files. Federal Agencies Digitization Initiative (FADGI).

Still Image Working Group. (2015). Technical Guidelines for Digitizing Cultural Heritage Materials: Creation of

Raster Image Master Files. Federal Agencies Digitization Initiative (FADGI).

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Anexo 12- Lista de requisitos de preservação e comparação

de softwares

LEGENDA S=Sim N=Não IND=Informação não disponivel

Referenciais Soluções

Nome Descrição Trac POWRR ROSETTA LIBSAFE RODA

Configuração

Configuração de conteúdos obrigatórios

Disponibilizar mecanismos para a definição de campos/conteúdos obrigatórios para a submissão de ficheiros no sistema

B 1.2. IND IND S

Ordem de Submissão de SIP

O sistema deve permitir a definição de regras para ordenamento de submissão de SIP (Ex:. Data)

IND IND S

Definição de tipos de AIP

O sistema deve permitir definir diferentes tipos de AIP (Ex:. Os ficheiros que constituem determinado AIP, o propósito do objeto digital etc.)

B2.1. B2.2.

IND IND IND

Planeamento de preservação

O sistema é dotado de mecanismos que permitam definir um plano de preservação que guiará as ações de preservação do sistema

B3.1. B3.3. B3.4.

S S S

Gestão de Notificações

O sistema deve fornecer mecanismos para a configuração de notificações automáticas nos vários pontos do workflow do sistema (falhas na ingestão, riscos, pedidos de eliminação…)

B1.6. B1.7. B3.2.

IND IND IND

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37

Períodos de retenção

O sistema deve permitir a configuração de períodos de retenção e consequente eliminação de objetos digitais

IND N IND

Ingestão

Extração de informação de sistemas externos

Extrair informação de sistemas externos para criação de SIP (Exemplo:. Sigarra)

S IND IND

Atribuição de identificador Único

Atribuir identificadores únicos a todos os objetos digitais

B2.5. X S IND IND

Ignorar Ficheiros Duplicados

O sistema deve identificar e ignorar ficheiros duplicados na mesma submissão

X S S IND

VIrus Check

O sistema deve realizar uma análise aos SIP durante a ingestão para garantir a inexistência de Vírus.

X S IND S

Mecanismos de autênticação do material recebido

Repository has mechanisms to authenticate the source of all materials.

IND IND IND

Validação CheckSum

O sistema deve gerar checksums durante a ingestão (caso estas não existam), de forma a criar uma base de comparação para garantir a sua autenticidade no futuro.

X S S S

Criação de master e cópia de acesso

O sistema deve gerar automáticamente uma versão master e outra de acesso, dos objetos

X S IND IND

Ingestão - Features

Interface de status de pacotes em pré-submissão

Disponibilizar um interface que permita ao utilizador examinar o status dos pacotes em preparação para

IND IND IND

Page 300: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

38

submissão

Preservação dos identificadores únicos Originais dos Objetos

O sistema deve garantir a manutenção das

ligações dos objetos digitais ingeridos com os

seus identificadores únicos anteriores

B2.6. IND IND IND

Processamento

Gestão da criação de SIP

O Sistema deve disponibilizar mecanismos para gerir a criação de pacotes de submissão (SIP’s)

X S S S

Standards de Metadados

O sistema deve suportar schemas de metadados estandardizados (PREMIS, METS MODS…)

X S S S

Gestão de Direitos

O sistema permite definir permissões de acesso, uso e alteração, dos objetos digitais

X S S i

Gestão manual de meta-informação

O sistema deve permitir o acréscimo de meta-informação manual durante o processamento do SIP

X S S S

Identificação de metadados em sistemas externos

Identificar metadados relevantes em sistemas externos para adição a SIP’s

X S IND IND

Criação automática de meta-informação

O sistema deve gerar meta-informação com base em dados embebidos nos objetos

X S IND IND

Identificação de Formatos

O sistema deve identificar os formatos (exatos) dos ficheiros contidos no SIP

S S S

Validação de Formatos

O sistema deve validar os ficheiros pertencentes ao SIP de

B1.4. IND S S

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39

forma a garantir que não existem erros na sua construção

Validar Conteúdo

Garantir que os SIP são constituídos pelos conteúdos estipulados na configuração de ingestão

IND IND IND

Normalização

O sistema deve permitir normalizar formatos de ficheiros de acordo com as politicas de preservação

IND S S

Processamento - Features

Garantia de lista atualizada de formatos para validação

O sistema deve possuir mecanismos que garantam a actualização da lista de formatos de ficheiros (ex:. PRONOM)

B2.7. S S IND

Acesso

Criação automática de DIPs

O sistema deve criar automáticamente DIPs como resposta aos pedidos realizados

X S IND S

Interface para utilizador-final

O sistema deve fornecer um interface para disponibilizar ao utilizador-final

X S IND IND

Comunicação entre sistema e plataformas de acesso

O sistema deve fornecer mecanismos para responder a pedidos oriundos de plataformas de acesso, de forma automática e segura

S S S

OAI-PMH O sistema deve suportar o protocolo OAI-PMH

S S IND

Pesquisa por qualquer Campo de Metadados

O sistema deve permitir que seja feita pesquisa por qualquer campo

IND S IND

Armazenamento Estratégia de Saída

O sistema é dotado de mecanismos capazes de exportar toda a informação contida no mesmo.

X S IND IND

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40

Criação de cópias

O sistema deve automaticamente gerar cópias dos objetos digitais submetidos, a armazenar em localizações diferentes consoante as politicas de preservação definidas

C1.3 X IND S IND

Comunicação entre camadas de armazenamento

O sistema deve comunicar entre as várias camadas de armazenamento para permitir a actualização das cópias de segurança dos objetos digitais

IND S IND

Criação de AIP

O sistema deve gerar automaticamente pacotes informacionais de arquivo (AIP) para armazenamento, resultantes do processo de ingestão

X S IND IND

Migração

O sistema é capaz de executar acções de migração (de formato) nos objetos digitais

X S IND S

Captura de meta-informação de Preservação

O sistema deve capturar meta-informação de preservação

B2.9. IND IND IND

Eliminação ad-hoc

Permitir a eliminação manual de objetos do sistema

IND N IND

Armazenamento - Features

Retenção de objetos “eliminados”

Reter objetos eliminados durante um período configurável, possibilitando a sua restauração se necessário

IND N IND

Manutenção de objetos originais

O sistema retém os objetos digitais originais (antes de qualquer ação de migração) mesmo

IND IND S

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41

após uma migração

Manutenção

Recuperação Automática

Quando o sistema encontra um objeto corrompido, este deve proceder automáticamente à substituição do mesmo por uma das cópias de segurança

X S IND IND

Checksums continuadas

O sistema deve criar checksums novas sempre que um objeto digital é modificado

IND IND IND

Validações periódicas por Checksum

O sistema executa validações periodicas dos objetos digitais para garantir a sua integridade

B4.4. C1.5.

X S S IND

Monotorização dos formatos

O sistema deve possuir mecanismos para monotorizar os formatos usados, de forma a alertar para possiveis riscos de obsolescencia

B3.2. S IND IND

Atualização de meta-informação

O sistema deve actualizar automaticamente metadados que tenham sido recolhidos de sistemas externos, quando estes são alterados no sistema de origem

IND IND IND

Histórico como Metadado de preservação

O sistema deve guardar toda a informação sobre actividades e ações relacionadas com os objetos digitais como metadados de preservação (como ingestão, eliminação de

B1.8. B2.13. B4.5.

IND IND IND

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objetos ou metadados, validações por checksum…)

Utilizador como Metadado de preservação

O sistema deve incluir na informação sobre actividades e ações, o utilizador responsável pelas mesmas

IND S IND

Modificações em Lote

O sistema deve permitir a alteração/actualização de campos de metadados para vários objetos digitais simultaneamente

IND S IND

Gestão de Risco O sistema identifica riscos para a preservação dos objetos

S S S

Manutenção - Features

Interface de Gestão

O sistema deve ter um interface integrado para a visualização e gestão de objetos digitais e metadados

S S S

Registos

Registo de alterações entre o SIP e o AIP

Qualquer alteração feita aos objetos digitais na passagem de SIP a AIP deve ser registada (Ex:. Normalização de formatos)

B2.3. B2.4.

I I I

Histórico

Manter histórico de todas as alterações feitas aos objetos digitais

B1.8. B2.13. B4.5. C1.6.

S IND S

Histórico de Acessos

O sistema deve manter um registo de acessos ao sistema, bem como um registo das acções dos utilizadores (Inciuldo acessos e ações falhadas)

B6.3. B6.4. B6.5. B6.6.

IND S IND

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Histórico de Objetos acedidos

O sistema deve manter um registo dos pedidos feitos e respostas dadas (DIP)

B6.7. B6.8. B6.9.

IND IND IND

Controlo de Permissões

Gestão de Contas

O sistema deve fornecer mecanismos para a criação e gestão de contas de utilizadores (ou então integração com serviços já existentes)

B6.4. B6.5. C.3.3.

S IND S

Restrições de Utilizadores

O sistema deve permitir restringir as permissões de acesso/utilização com base em grupos de utilizadores/papéis de utilizadores

B6.3. B6.4. C3.3.

S IND S

Genéricos

Bases de sistema operacional e software estrutural

O sistema deve funcionar em sistemas operativos e outro softwares estruturais, bem documentados e suportados

C1.1 S S S

Disponibilização de APIs e Documentação

O sistema deve ter APIs disponiveis para facilitar desenvolvimentos in-house

S IND IND

Open Source O sistema deve ser Open Source

N N S

Total 32 23 22

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Anexo 13- Proposta de Política de Preservação

Política de Preservação Digital

Universidade do Porto

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2

Informação do Documento

Titulo Política de Preservação

Responsabilidade Universidade do Porto

Autor João Pedro Almeida Rua

Tipo de Documento Política

Data de Publicação …

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3

Conteúdo

1 Introdução ............................................................................................................................. 4

1.1 Objetivos ....................................................................................................................... 4

2 Âmbito................................................................................................................................... 5

3 Princípios ............................................................................................................................... 5

3.1 Modelo de Referência OAIS para o sistema de preservação ........................................ 5

3.2 Standards de meta-informação .................................................................................... 5

3.3 Protocolos de comunicação .......................................................................................... 5

3.4 Formatos ....................................................................................................................... 6

3.5 Direitos de autor ........................................................................................................... 6

3.6 Exclusões ....................................................................................................................... 6

3.7 Métodos de preservação digital ................................................................................... 6

3.8 Priorização de atividades de preservação .................................................................... 6

3.9 Gestão de Risco e Recuperação em caso de desastre .................................................. 7

3.10 Segurança ...................................................................................................................... 7

3.11 Retenção ....................................................................................................................... 7

3.12 Documentação .............................................................................................................. 7

3.13 Certificação ................................................................................................................... 7

4 Definição de Conceitos ......................................................................................................... 7

5 Responsabilidades................................................................................................................. 9

6 Referências .......................................................................................................................... 10

Page 310: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

4

Introdução

A Universidade do Porto é uma instituição dedicada ao conhecimento, à sua produção e à

sua disseminação, constituída por diversas unidades orgânicas todas com diferentes incumbências,

mas sempre com o objetivo central de promoção do conhecimento.

Tal dedicação à criação de conhecimento acarreta consigo uma responsabilidade acrescida

de garantir que o mesmo não se perde com o passar do tempo, assegurando a sua manutenção e

preservação.

Objetivos

Esta politica procura assegurar a manutenção do acesso à informação digital produzida na

Universidade independentemente do formato original em que foi criada, através da definição de

diretrizes que asseguram que as práticas da universidade estão de acordo com os standards

internacionais de preservação digital.

Como pontos exatos, a política de preservação pretende:

Minimizar o risco de perda permanente de informação devido a obsolescência

tecnológica e/ou erosão tecnológica63

Garantir a correspondência das práticas da Universidade com os standards

internacionais

Garantir que a meta-informação de objetos digitais é capturada

Garantir que direitos de autor e outros pontos legais são respeitados durante os

processos de preservação

63 Comummente designada como bit loss

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5

Âmbito

A politica de preservação digital deverá aplicar-se a todas as coleções e itens digitais da

orbita legal da Universidade do Porto tidos como relevantes e cuja preservação a longo termo é

valorizada. Esta politica deve também ser considerada durante a gestão de objetos físicos cuja

informação deve ser preservada digitalmente de forma a facilitar o acesso ao mesmos e evitar

detioração. A natureza do objeto é irrelevante, ou seja, tanto objetos nados-digitais como objetos

resultantes de projetos de digitalização estão sob a alçada desta política. Bem como sistemas

vocacionados para o armazenamento de informação da Universidade, sendo necessária uma correta

interligação com o sistema de preservação.

De forma a suportar os princípios estabelecidos nesta politica, existem documento de

suporto que guiaram mais detalhadamente os processos abordados nesta politica de preservação.

Princípios

Modelo de Referência OAIS para o sistema de preservação

O sistema de preservação digital da Universidade deverá seguir os padrões internacionais de

qualidade, e neste caso o standard aceite homogeneamente pela comunidade internacional é o

Open Archival Information Systems (ISSO 14721:2003) que define as várias etapas da gestão de

objetos digitais incluindo a ingestão, distribuição e armazenamento, assegurando ainda o acesso à

informação através de processos de preservação eficientes.

Standards de meta-informação

A Universidade do Porto irá usar standards abertos, bem documentados e aceites na

comunidade internacional.

Protocolos de comunicação

A Universidade irá garantir o suporte a protocolos de comunicação destinados à partilha de

recursos digitais, como o protocolo OAI-PMH.

Page 312: DIGITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DIGITAL E …...através da digitalização e o seu armazenamento num sistema de preservação a longo prazo. Como orientação metodológica adotou-se

6

Formatos

A Universidade irá usar formatos abertos e bem documentados de forma a potenciar a

preservação de ficheiros produzidos. Os formatos recomendados nos vários documentos da

Universidade (incluindo o guia de digitalização) deverão ser atualizados sempre que necessário.

Direitos de autor

A Universidade irá respeitar todas as obrigações legais em todos os processos de preservação

digital.

Exclusões

A Universidade admite que possa ser impossível preservar alguns conteúdos devido a

restrições alheias à Universidade

Métodos de preservação digital

Todas as cópias de ficheiros digitais deverão ser autênticas e passiveis de serem ligados ao

original através da sua meta-informação.

A migração para formatos mais recentes será o método de preservação preferido.

Outros métodos de preservação poderão ser adotados em casos em que a migração não

consiga cumprir a sua função assegurando que não existe perda (ou que exista perda negligenciável)

de dados.

Os repositórios onde os ficheiros digitais serão armazenados devem obedecer às politicas e

procedimentos determinados pela Universidade.

Priorização de atividades de preservação

Nos casos em que se aplique, a Universidade irá priorizar itens para preservação, de acordo

com a sua importância institucional, cientifica, histórica, necessidades operacionais e o risco de

perda que enfrentam.

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7

Gestão de Risco e Recuperação em caso de desastre

Os ficheiros digitais devem ser armazenados de forma a que um único desastre (falha técnica

ou acidente físico) não possa resultar numa perda permanente de informação.

Segurança

Nenhum ficheiro de preservação deve ser modificado sem autorização, e mesmo quando

existe autorização estas mudanças devem ser feitas em cópias do ficheiro original.

Retenção

Nos casos em que se aplique, a Universidade deverá definir um período de retenção para os

objetos digitais, cuja manutenção deve ser revista quando esse período findar.

Documentação

A Universidade irá documentar políticas e procedimentos, revendo-os regularmente de

forma a garantir o uso dos procedimentos mais eficientes e eficazes.

Certificação

A Universidade admite que a certificação de repositórios digitais é uma importante meta a

alcançar e pretende obtê-la sempre que possível.

Definição de Conceitos

audioMD

Schema para a descrição de detalhes técnicos para ficheiros áudio. É um standard aceite

universalmente, inclusive adotado pela Biblioteca do Congresso, muitas vezes usado em sintonia

com o Premis e Mets.

Meta-Informação

Tradução do termo metadata. Neste contexto refere-se à informação descritiva,

administrativa, técnica e de preservação relativa ao(s) objeto(s) digital(ais).

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8

METS

Schema para a criação de meta-informação descritiva, administrativa e estrutural de objetos

digitais. É um standard aceite universalmente, inclusive adotado pela Biblioteca do Congresso.

Migração

Transporte dos recursos digitais de uma plataforma tecnológica para outra, adaptando-os

aos ambientes de chegada, sempre que o risco de obsolescência do hardware ou software se

aproxima. Comummente explicada como a conversão de um ficheiro de um formato para outro.

MIX

Schema para a descrição de meta-informação técnica, para imagens. É um standard aceite

universalmente, inclusive adotado pela Biblioteca do Congresso.

OAI-PMH

Protocolo de comunicação entre repositórios, usado universalmente inclusive pelo portal

Europeana.

Modelo de Referência OAIS

O Open Archival Information Sistem (ISO 14721:2003) é uma standard que detalha um

modelo para o arquivo (e preservação) de informação em formato digital e físico.

Objeto Digital Ficheiro ou conjunto de ficheiros a preservar. Pode ser nado-digital ou o resultado de uma

digitalização.

PREMIS Standard para a descrição de meta-informação de preservação que suporta a preservação de

objetos digitais. É um standard aceite universalmente, inclusive adotado pela Biblioteca do

Congresso.

Preservação Digital Processos e ações associados à manutenção da acessibilidade a objetos digitais e sua

autenticidade, a longo termo.

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9

textMD Schema para a descrição de detalhes técnicos para ficheiros de texto. É um standard aceite

universalmente, inclusive adotado pela Biblioteca do Congresso, muitas vezes usado em sintonia

com o Premis e Mets.

videoMD Schema para a descrição de detalhes técnicos para ficheiros de vídeo. É um standard aceite

universalmente, inclusive adotado pela Biblioteca do Congresso, muitas vezes usado em sintonia

com o Premis e Mets.

Responsabilidades

Em progresso.

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Referências

CCSDS. 2012. Reference Model for an Open Archival Information System (Oais).

LeFurgy, Bill. 2013. «Analysis of Current Digital Preservation Policies: Archives, Libraries and

Museums».

http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.400.9350&rep=rep1&type=pdf.

National Museum Australia. 2012. «Digital preservation and digitisation policy».

Open Archives Initiative, e Protocol for Metadata Harvesting. 2016. «pmh». Acedido Junho 4.

https://www.openarchives.org/pmh/.

The Library of Congress. 2015. «Standards at the Library of Congress».

https://www.loc.gov/standards/.

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DIGITALIZAÇÃO,PRESERVAÇÃO DIGITALE ACESSO EM INSTITUIÇÕESDE MEMÓRIA CONTRIBUTOS PARA O PROJETO MUSEU

DIGITAL DA U.PORTO

João Pedro Almeida RuaOrientação: Prof.ª Dr.ª Manuela PintoDissertação em Ambiente Institucional - Reitoria U.Porto

A reitoria da Universidade do Porto em parceria com os museus da U.Porto, apresentam uma iniciativa com o propósito de disponibilizar on-line as coleções dos museus, de uma forma atrativa e funcional. É neste contexto que surge o projeto do Museu Digital da Universidade do Porto

Especificação e produção de representações digitais dos bens das coleções dos Museus da U.Porto

disponibilização através do Museu Digital da U.Porto

perspetiva de preservação e acessocontinuado no longo prazo.

com vista à

numa

NECESSIDADE CRONOGRAMAMÉTODO E METODOLOGIAS

Método Quadripolar Investigação Ação

POLOEPISTEMOLÓGICO

POLO TEÓRICO

POLO MORFOLÓGICO

POLO TÉCNICO

MÉTODO QUADRIPOLAR

DIAGONÓSTICO PLANEAMENTO

REFLEXÃOEXPERIMENTAÇÃO

INVESTIGAÇÃO - AÇÃO

Análise de registos e imagensdisponibilizadas via Index Rerume In Arte (FEUP, FMUP E FBAUP);

Avaliação da plataformatecnológica existente

Análise de procedimentos/práticasde reprodução/digitalização,armazenamento, disponibilizaçãoe preservação

identificação e análise de referenciais sob a forma de normas, directrizes, exemplospráticos e projetos nacionais/internacionais

Criação de uma política de Digitalização e PreservaçãoDigital para o Museu digital da Universidade do Porto

Especificação de Requisitos e Perfis de Digitalização

Elaboração do Guia de Processos de Digitalizaçãoe Preservação

orienta a orienta a

contribui para contribui para contribui para contribui para

suporta a

OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS