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DIREITO SINDICAL DIREITO SINDICAL Maria Vitoria Queija Alvar Maria Vitoria Queija Alvar Advogada, professora universitária da Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU, pós graduada Advogada, professora universitária da Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU, pós graduada em Direito do Trabalho USP e Castilla La Mancha –Espanha. Mestranda em Direito, membro em Direito do Trabalho USP e Castilla La Mancha –Espanha. Mestranda em Direito, membro da Comissão de Altos Estudos em Direito Humanos da Secretaria de Reforma do Poder da Comissão de Altos Estudos em Direito Humanos da Secretaria de Reforma do Poder Judiciário – Ministério da Justiça Judiciário – Ministério da Justiça Palestrante do Departamento de Cultura e Eventos da OAB SP. Palestrante do Departamento de Cultura e Eventos da OAB SP.

Direito sindical

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Page 1: Direito sindical

DIREITO SINDICAL DIREITO SINDICAL

Maria Vitoria Queija AlvarMaria Vitoria Queija AlvarAdvogada, professora universitária da Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU, pós graduada Advogada, professora universitária da Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU, pós graduada

em Direito do Trabalho USP e Castilla La Mancha –Espanha. Mestranda em Direito, membro da em Direito do Trabalho USP e Castilla La Mancha –Espanha. Mestranda em Direito, membro da

Comissão de Altos Estudos em Direito Humanos da Secretaria de Reforma do Poder Judiciário – Comissão de Altos Estudos em Direito Humanos da Secretaria de Reforma do Poder Judiciário –

Ministério da JustiçaMinistério da Justiça

Palestrante do Departamento de Cultura e Eventos da OAB SP. Palestrante do Departamento de Cultura e Eventos da OAB SP. 

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TÓPICOS DA TÓPICOS DA APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO Questões Propedêuticas Principio da Liberdade Sindical

OIT Brasil Unicidade; Autodeterminação; Sistema confederativo.As

centrais sindicais. Registro Fontes de Custeio

A autonomia Privada Coletiva Convenções Coletivas de Trabalho Acordos Coletivos de Trabalho

A greve como instrumento de pressão Lei de greve Atividades essenciais Dissídio de greve

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Questões Propedêuticas Denominação Direito Sindical ou Direito

Coletivo do Trabalho? Organização Sindical :

O Sindicalismo como conquista da Humanidade.

Tripé da Organização Sindical . Missão das Entidades Sindicais Funções Sociais, Econômicas , Políticas e

Jurídicas Tripé da Democracia.

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Liberdade Sindical – Modelos de Organização Sindical

Pluralidade vs Unicidade Contribuição Sindical Obrigatória

vs contribuição voluntária. Liberdade de Organização vs

intervenção estatal Representação da Categoria vs

representação dos associados

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Documentos Internacionais sobre Liberdade Sindical Constituição da OIT – Tratado de Versailles Convenções 87 e 98 da OIT Declaração da OIT relativa aos princípios e

direitos fundamentais Declaração da ONU de 1948, art. 23 Pacto Internacional sobre Direitos civis e

Políticos de 1966, art. 22 Pacto Internacional de Direitos

Econômicos, Sociais e Culturais, art. 8º Declaração Socio-Laboral do Mercosul, art.

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Em suma para a OIT Liberdade Sindical :

princípio da liberdade de organização ( criação)

princípio da liberdade de administração,princípio da não- interferência externa;princípio da liberdade de atuação;( autodeterminação)

Princípio da negociação coletiva princípio da liberdade de filiação; Direito de Greve

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LIBERDADE SINDICAL BRASIL – BASE CONSTITUCIONAL

artigo 8º CF É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no

órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

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Liberdade Sindical Brasileira

UnicidadeBase territorialCategoria

PreponderanteCategoria diferenciada

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ESTRUTURA SINDICAL BRASILEIRA

CONFEDERAÇÃO

FEDERAÇÃO

SINDICATOS

Artigo 8º CF Artigo 8º CF As centrais sindicais

Lei n.º 11.648/08

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Detalhando Sindicato 1 categoria, 1 base

territorial Federação 5 sindicatos da mesma

categoria Confederação 3 federações, sede em

Brasília Centrais sindicais : 100 sindicatos

das 5 regiões do país representando pelo menos 5 categorias diferentes.

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REGISTRO DAS ENTIDADES SINDICAIS

Para Sindicatos - Portaria MTE nº. 326/2013 de 1º de março de 2013.

Para as entidades de grau superior (Federações e Confederações) estas continuam a serem regidas pela Portaria MTE nº. 186/2008.

Súmula 677 do STF/ OJ SDC 15

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Fontes de Custeio do Sistema

Contribuição Sindical Contribuição Confederativa Contribuição Assistencial Mensalidade Sindical

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A JURISPRUDÊNCIA contribuições Precedente Normativo nº 119 da SDC do TST: “CONTRIBUIÇÕES

SINDICAIS. INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS. A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados.”

Orientação Jurisprudencial nº 17 do TST: “CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS. INCONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS. As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a qualquer título, obrigando trabalhadores não sindicalizados, são ofensivas ao direito de livre associação e sindicalização, constitucionalmente assegurado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os respectivos valores eventualmente descontados.”

Súmula nº 666 do STF: “A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.”

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Detalhando

Contribuição sindical e sua divisão pelos entes sindicais: 60% sindicatos 10% MTbE 10% centrais 5% confederações 15% federações

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.... Contribuição sindical obrigatória

artigos 578 a 610 da CLT. Um dia de salário no mês de março.

Contribuição confederativa apenas para sindicalizados. Súmula 666 do TST.

Contribuição assistencial e mensalidade dos associados apenas para sindicalizados.

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Autonomia Privada Coletiva

Artigo 611 e Seguintes da CLT Convenções Coletivas de Trabalho Acordo Coletivo de Trabalho

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Direito de Greve

A Constituição Federal, artigo 9º art. 9º: "É assegurado o direito de greve,

competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender".

§1º, da mesma Constituição dispõe: §1º. "A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento de necessidades inadiáveis da comunidade

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Lei de Greve 7783/89Serviços Essenciaisa) tratamento e abastecimento de água, produção e

distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;b) assistência médica e hospitalar; c) distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;d) funerários; e) transporte coletivo;f) captação e tratamento de esgoto e lixo; g) telecomunicação; h) guarda, uso e controle de substâncias radioativas,

equipamentos e materiais nucleares;i) processamento de dados ligados a serviços essenciais; j) controle de tráfego aéreo; k) compensação bancária.

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Obrigada!

Blog:mariavitoriadireitodotrabalho.blogspot.com.br